EQUILÍBRIO E BEM ESTAR

NA ESCOLA

Andrea Wolney www.pedagogiaquantica.com.br

EQUILÍBRIO E BEM ESTAR

NA ESCOLA Quando caminho pelos corredores da escola onde trabalho vou reparando em cada detalhe: as salas de aula, os murais, as plantas, o semblante das crianças sorrindo, a dedicação de cada funcionário... Penso em quantas cabeças e mão de obra foram necessárias para que hoje a escola estivesse ali em pleno vapor, cumprindo seu papel.

Tudo começou com a idéia de alguém... aliás tudo acontece primeiro no pensamento... Como essa idéia saiu da cabeça e se concretizou? Foram etapas e mais etapas de planejamento, estudos para a viabilização de recursos humanos e financeiros, aquisição de material, gerenciamento da obra, contratação de pessoal, etc.

Hoje estou inserida nesta roda, fazendo a minha parte nesta história. Cada pessoa que atua neste espaço contribui de alguma forma. Cada família que matricula o seu filho, deposita ali anseios de um futuro melhor para ele. Cada aluno entra cheio de desejo de aprender, de fazer amigos, de ser reconhecido enquanto aprendente. Cada professor se organiza para dar as melhores aulas, todo professor vibra com o sucesso do seu aluno!!

Quanta beleza! Se continuarmos observando com atenção vamos descobrir mais e mais amor depositado em cada cantinho, em cada ação!

Esta é uma visão romântica e utópica? Não!! Isso é uma visão real, que muitas vezes negligenciamos. Preferimos focar naquilo que não funciona, nos problemas, nas dificuldades, na escassez... Nossa escola está adoecida em função disto. Estamos criando uma atmosfera ruim no nosso ambiente escolar, para nós professores, para as crianças, para os pais.

Saímos pesados e cansados depois de um dia de trabalho. Porque?

Se você prestar atenção vai perceber essa energia sutil que circula no espaço. Você já teve uma sensação de bem estar e leveza apenas ao entrar em um ambiente? O inverso também é verdadeiro, sentimos uma espécie de mal estar quando estamos em um ambiente carregado por vibrações negativas. Pois é... neste espaço ficam impressos os sentimentos, os pensamentos, as intenções das pessoas que ali atuam. A união de tudo isto é que cria o campo vibracional. Este campo responde apenas ao que inserimos nele, seja positivo ou negativo.

A física quântica nos diz que, de acordo com o que pensamos e sentimos, é que vamos moldando a nossa realidade. O meu campo vibracional atua no coletivo.

A proposta da Pedagogia Quântica (PQ) é alterar positivamente o campo vibracional da escola, mudar o foco, olhar para o que realmente tem valor, ao infinito que nos movimenta para o mais, para o positivo, para o que é melhor!

Toda dificuldade traz em si uma mensagem oculta. Elas são degraus para olharmos para novas possibilidades. Quais as possibilidades que temos? Elas são infinitas, basta estarmos atentos a elas!

O que fazer na escola para começarmos a mudar a nossa frequência vibracional?

Nada se altera externamente sem que seja alterado internamente. Isso mesmo, tudo começa dentro. Na verdade o externo só nos reflete como um espelho aquilo que estamos processando a nível individual.

Somos nós que construímos a nossa realidade!

Isso nos dá um grande poder! Quando sabemos disto, aliás, quando estamos realmente convencidos disto, aí começa o nosso processo transformador. Saímos da posição de vítimas das situações externas e assumimos o nosso poder. Temos um poder infinito e olhar para ele faz toda diferença.

Quando estamos bem internamente enxergamos todas as coisas no seu devido lugar. Quer um exemplo? Lembre-se de quando esteve apaixonado por alguém, como era a sensação interna?

Geralmente ficamos com um sorriso pregado na “cara” e todos percebem... queremos dizer a todos que a vida é linda, fazemos planos, nada que é negativo parece nos atingir, não é assim? Este é o estado de encantamento. Podemos nos reencantar pela

vida, nos apaixonarmos por ela, pelo nosso trabalho, por nossa família, por nossos amigos... nos reencantando primeiro por nós mesmos, pelas as nossas potencialidades e talentos e assim contagiar quem está ao nosso redor, nossa escola, nossos alunos...

Quando estamos neste estado desistimos de mudar o outro, de convencer as pessoas sobre as nossas verdades. Damos um passo para traz com amorosidade e respeito por todas as coisas do jeito que são. Tudo tem um propósito, cada um tem o seu processo, o seu caminho. Só posso contribuir com o outro na medida em que sou capaz de contribuir comigo mesmo.

Faça-se essa pergunta:

Sou capaz de contribuir comigo

mesmo?

Como estou fazendo isto?

O processo de autoconhecimento é muito pessoal, cada um dá significado às suas experiências e sabe a relevância delas no seu desenvolvimento, mas muitas vezes as experiências de outras pessoas são boas dicas para nos empenharmos melhor neste processo. Então vou compartilhar com vocês algumas coisas que tenho usado e que me fazem muito bem, e tem feito um bem enorme para muita gente que já é adapto a estas práticas, inclusive a ciência já comprova isto.

Reserve alguns minutos diariamente para ficar sozinho, num canto só seu onde ninguém vai interferir. Feche os olhos e sinta o que acontece com você. Só perceba, sem julgar se o que sente está certo ou errado... coloque-se na posição do observador, como um cientista com neutralidade diante do seu experimento.

Feche os olhos, assim você desliga o sentido da visão e aguça outros sentidos.

Deixe de se movimentar, dessa forma você diminui as informações motoras que o cérebro precisa organizar.

O simples fato de fechar os olhos e parar o corpo já diminui sua demanda cerebral. É isto que queremos, desacelerar para sermos capazes de perceber as coisas mais sutis...

Fique assim conhecendo melhor você mesmo, deguste cada sensação física, observe a sua respiração, fique atento a ela, entregue-se a você. Fique deste jeito por alguns minutos. No início pode parecer bastante estranho se você não tem nenhum tipo de prática que te coloque num padrão de relaxamento, é até provável que você sinta um desconforto... fique atento apenas perceba as sensações no corpo, não lute contra e nem se apegue a elas, não importa se são negativas ou positivas. Observe os seus pensamentos como se estivesse contemplando-os através de uma janela, deixe-os passar e sempre volte o foco da sua atenção para a sua respiração, para o seu corpo.

Este é o estado de presença, o

momento onde você não está

preso as suas ideias.

Estar no momento presente é

altamente curativo sabe

porque?

Porque na maioria do tempo deixamos que os nossos pensamentos nos conduzam aleatoriamente remoendo situações do passado ou imaginando eventos futuros.

A depressão e a ansiedade que são grandes males da atualidade são gerados aí. A depressão está relacionada com eventos passados que geraram dor, tristeza, sofrimento e como não podemos alterar o que passou, ficamos remoendo estes fatos através da memória que nos mantem presos neste estado emocional. A ansiedade é gerada quando estamos sofrendo antecipadamente por situações que ainda vão acontecer... Por isso ao abrir espaço para desfrutar o momento presente estamos favorecendo o equilíbrio e o bem estar. É necessário dedicação e persistência para desenvolver o hábito e deixar que isso faça parte da sua rotina diária.

Ao comer uma maçã, observe a maçã com atenção, sinta o cheiro da maçã, perceba o toque dos seus lábios na maçã, sinta o sabor da primeira mordida apreciando a textura dela na sua boca, a explosão adocicada do sabor, mastigue suave e delicadamente, engula e sinta o trajeto que o alimento faz até alcançar o seu estômago. Envolva nesta ação todos os seus sentidos visão, olfato, tato, audição e paladar. Tente não se distrair com outros pensamentos, fique completamente focado na sua ação. Leve isto para breves momentos do seu dia, ative os cinco sentidos ao fazer pequenas coisas: ao coar o café pela manhã, ao beber água, ao tomar banho, quando estiver dirigindo... coloque-se no momento presente e descubra que a sensação de bem estar vai se ampliando gradualmente.

Aos poucos você vai levando esta consciência para outros momentos do seu dia. Simplesmente focando a atenção no momento presente. Por exemplo, escolha uma situação rotineira e faça-a lentamente saindo do piloto automático e percebendo as sensações daquela ação.

Como no exemplo inicial deste ebook, caminhe pela escola neste estado de presença. Apenas observando o que acontece neste espaço sem julgamentos ou ideias pré-concebidas. Apenas perceba o seu local de trabalho com gratidão e amorosidade.

Quando você experenciar este estado vai poder sugerir que seus alunos façam o mesmo com atividades simples do cotidiano da sala de aula. Atividades apreciativas que estimulem os alunos a se perceberem melhor como reguladores da sua própria ação, do seu próprio comportamento. Atividades assim estimulam a percepção sensorial, a atenção e o freio inibitório. Freio inibitório é a capacidade de gerenciar uma ação sem agir precipitadamente, no impulso. Essas habilidades são a base para toda e qualquer aprendizagem. Ações simples como estas de silenciar, de controlar conscientemente uma tarefa rotineira, ampliam a qualidade do ensino deixando as crianças mais abertas e mais focadas para aprender. Como colocar estas ações dentro da sala de aula?

Ao iniciar a aula, ou no horário que achar conveniente, reserve um pequeno momento explicando que este será o tempo que irão reservar diariamente para fazerem um mergulho interior. Eu sempre nomeio este espaço como o momento de “ouvir o coração”. Explico a eles que o coração conversa com a gente a partir das sensações e para escutar o que ele diz é necessário parar o corpo e silenciar as palavras. Peça apenas que fechem os olhos e permaneçam parados atentos às sensações do corpo, ao ritmo da respiração.

Inicie com apenas um minuto e vá ampliando a medida em que eles forem ficando mais confortáveis com a proposta. Se preferir coloque uma música suave ao fundo (no meu site www. pedagogiaquantica.com.br você vai encontrar um áudio para a meditação livre de um minuto”, o intuito deste áudio é mostrar para você professor como é simples conduzir este processo, posteriormente você vai criar o seu jeito).

Com o tempo você vai perceber claramente a alteração na postura dos alunos. Refiro-me à postura como modo de agir, de ser, de se expressar, com menos pressa, menos ansiedade, com mais serenidade e tranquilidade. O equilíbrio emocional vai se instalando gradualmente e você vai perceber isto nas ações do dia a dia.

Deixe que seja natural, não inicie a prática já com ansiedade pelos resultados, ou analisando e medindo comportamentos com frequência. Apenas pratique, sem expectativas. Nós professores temos esta habilidade em alta, a capacidade de avaliar, testar, comprovar resultados... Esta prática que estou sugerindo é diferenciada, é para ser leve, sem cobranças de padrões a serem atingidos. Apenas proponha experimente, vivencie com amorosidade e paciência.

Ao oportunizar que eles se conheçam melhor internamente faz com que percebam que são capazes de acionar este estado de tranquilidade em outras situações. Nosso cérebro se condiciona facilmente a situações agradáveis, confortáveis e a tendência é que ele busque este estado com mais frequência. Por isso a regularidade da prática é importante. Vai chegar um momento em que eles mesmos vão solicitá-la pelo bem estar que ela proporciona.

É importante lembrar que esta prática tem que passar antes pela sua experiência pessoal professor. A PQ não é uma receita, um método. A proposta é muito além disso, é uma concepção de humanização da escola e isso envolve a todos, não somente o aluno.

Com certeza você já observou que só conseguimos ensinar aquilo que faz sentido para nós. Não conseguimos repassar algo que não acreditamos. Por isso sugiro, experimente, vivencie a prática. Tudo bem se você não concordar com ela, meu objetivo aqui não é te convencer disto. Aquilo que não é bom para você também não será para o seu aluno, confie apenas naquilo que acredita, que faz o seu coração vibrar. Esteja empenhado em realizar a sua missão de vida da melhor forma.

Apenas se autorize a experimentar novas possibilidades e agrega-las aos seus conhecimentos. Temos uma função cerebral responsável pela “flexibilidade mental”. Esta é a capacidade de pensar diferente, de ser criativo, de ousar.

Os grandes cientistas tem essa habilidade bastante desenvolvida e nós também precisamos estimulá-la na escola, em nós mesmos e nos nossos alunos.

O que trago aqui é diferente, foge dos padrões escolares a que estamos acostumados. Parar, respirar, prestar atenção ao seu corpo, aos seus sentimentos e sensações não é um prática habitual na escola. No entanto, por experiência pessoal e por relatos de pessoas que já estão atentos a isto, pelas inúmeras comprovações científicas que já foram feitas, sabemos dos benefícios humanos que esta prática representa. Benefícios que agregam a formação do ser integral, dotado de capacidades e ferramentas pessoais para regular o seu comportamento, a sua qualidade de vida, enfim a capacidade de criar conscientemente a sua realidade.

Vamos juntos regar as sementes

de uma nova humanidade!

Resumindo, autorize-se a conhecer o novo, silencie, descubra o potencial que habita em você, procure olhar para o positivo, desconstrua crenças que te limitem, conduza seus alunos a este estado também, um estado de amor, de alegria, bem estar, empoderamento e capacidade de gerir mais conscientemente as emoções, pensamentos e sentimentos!

A Pedagogia Quântica traz dicas, integra conhecimentos a práticas culturais de auto cuidado, qualidade de vida, equilíbrio e bem estar.

A humanidade precisa do nosso olhar, da nossa ação positiva na reconstrução do nosso planeta!

Vamos juntos!! Conto como você!!

Andréa Wolney Pedagoga, especialista em Psicopedagogia,

Educação Inclusiva e Neuropsicologia (em curso)

www.pedagogiaquantica.com.br

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