entorse do tornozelo

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Entorse de Tornozelo 1- Anatomia e Biomecânica 1.1 - Ossos: O tornozelo é uma estrutura formada pela união de 3 ossos: tíbia, fíbula e tálus. 1.2- Partes Moles: A estabilidade do tornozelo se dá através de ligamentos, que são: Ligamento, Colateral Medial - tem no maléolo tibial e inserção nos ossos navicular, tálus e calcâneo: são eles: tibiotalar anterior e posterior, tibiocalcâneio e tibionavicular, que juntos formam o forte ligamento deltóide. Ligamento Colateral - tem origem no maléolo fibular e inserção nos ossos tálus e calcâneo; são eles: talofibular anterior e posterior e calcâneo fibular. Sindesmose Tibiofibular - tem origem na tíbia e inserção na fíbula: são eles: tibiofibular anterior e posterior e interósseos. 1.3 - Articulações: O tornozelo é formado por três articulações: - Articulação Talocrural - formado pela extremidade inferior da tíbia e fíbula com o dorso do tálus. - Articulação Subtalar - entre o tálus e calcâneo. - Articulação tibiofibular - formada pela extremidade inferior da tíbia e da fíbula. 1.4 - Cinesiologia: Os movimentos envolvidos na articulação do tornozelo são: - Flexão Plantar - movimento pelo qual a planta do pé é voltada para o chão, músculos envolvidos neste movimento são: gastrocnêmio e sóleo, a amplitude de movimento é de 0 - 50º. - Flexão Dorsal - movimento no qual o dorso do pé é voltado para a cabeça, músculos envolvidos neste movimento são: tibial anterior e extensor longo dos dedos, a amplitude de movimento é de 0 - 20º. - Inversão - movimento no qual se vira a planta do

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Entorse de Tornozelo

1- Anatomia e Biomecânica

1.1 - Ossos:      O tornozelo é uma estrutura formada pela união de 3 ossos: tíbia, fíbula e tálus.

1.2- Partes Moles:      A estabilidade do tornozelo se dá através de ligamentos, que são:Ligamento, Colateral Medial - tem no maléolo tibial e inserção nos ossos navicular, tálus e calcâneo: são eles: tibiotalar anterior e posterior, tibiocalcâneio e tibionavicular, que juntos formam o forte ligamento deltóide.

  Ligamento Colateral - tem origem no maléolo fibular e inserção nos ossos tálus e calcâneo; são eles: talofibular anterior e posterior e calcâneo fibular.     Sindesmose Tibiofibular - tem origem na tíbia e inserção na fíbula: são eles: tibiofibular anterior e posterior e interósseos.

1.3 - Articulações:     O tornozelo é formado por três articulações:        - Articulação Talocrural - formado pela extremidade inferior da tíbia e fíbula com o dorso do tálus.        - Articulação Subtalar - entre o tálus e calcâneo.        - Articulação tibiofibular - formada pela extremidade inferior da tíbia e da fíbula.

1.4 - Cinesiologia:      Os movimentos envolvidos na articulação do tornozelo são:        - Flexão Plantar - movimento pelo qual a planta do pé é voltada para o chão, músculos envolvidos neste movimento são: gastrocnêmio e sóleo, a amplitude de movimento é de 0 - 50º.        - Flexão Dorsal - movimento no qual o dorso do pé é voltado para a cabeça, músculos envolvidos neste movimento são: tibial anterior e extensor longo dos dedos, a amplitude de movimento é de 0 - 20º.         - Inversão - movimento no qual se vira a planta do pé para a perna, músculos envolvidos são: tibial anterior e posterior, a amplitude de movimento é de 0 - 45º.         - Eversão - movimento no qual se vira a planta do pé para a parte lateral da perna. Músculos envolvidos são: extensor longo dos dedos e fibular longo e curto, a amplitude de movimento é de 0 - 30º.

      2. Mecanismo de Lesão:

      As lesões do tornozelo são causadas por uma súbita aplicação de força que exceda a resistência dos ligamentos, rodando o pé em inversão ou eversão.

  3. Lesão Traumática por Entorse:

3.1 - Definição:      Entorse pode ser uma sobrecarga grave, estiramento ou laceração de

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tecidos moles como cápsula articular, ligamentos, tendões ou músculos. Porém esse termo é freqüentemente usado em referência especifica a lesão de um ligamento, recebendo graduação de entorse de grau 1, grau II e grau III.

3.2 - Etiologia:      Após o trauma os ligamentos do tornozelo podem ser estirados ou rompidos, o tipo mais comum de entorse no tornozelo é provocado por uma sobrecarga em inversão e pode resultar em ruptura parcial ou total do ligamento talofibular anterior, provocando uma sobrecarga no tornozelo, tornando-o instável. Raramente componentes do ligamento deltóide são sobrecarregados, existe uma maior probabilidade de avulsão ou fratura do maléolo medial com uma sobrecarga em eversão.

3.3- Classificação:      As entorses de tornozelo são classificadas da seguinte maneira:        - Grau l - ligamento preservado, processo álgico ligamentar e edema local.        - Grau II - frouxidão ligamentar, dor intensa, edema difuso + hematoma.        - Grau III - ruptura ligamentar parcial ou total, provável fratura por avulsão, dor intensa, instabilidade, edema difuso e hematoma.

3.4- Cicatrização do Ligamento:      Os ligamentos tendo vascularização regular cicatrizam lentamente, sendo o reparo feito por tecido fibroso e colágeno. Os ligamentos com ruptura total devem ser saturados cirurgicamente.

3.5- Diagnóstico:      Nos entorses de tornozelo o diagnóstico é feito através de exames radiológicos, testes de instabilidades, artrografias e ultra-sonografias.

3.6- Objetivos de tratamento:      - Restaurar a amplitude de movimento      - Fortalecer os músculos do tornozelo      - Melhorar o equilíbrio e coordenação      - Diminuir dor e edema

3.7 - Tratamento:- Grau I - Crioterapia + compressão + elevação + fortalecimento muscular + propriocepção.- Grau II - imobilização de 3 a 4 semanas. Após 20 dias faz-se: crioterapia + fortalecimento muscular + propriocepção.- Grau III - cirúrgico.

     CASO CLÍNICO

      Paciente masculino, 19 anos, obeso, tabagista e etilista social, relata que quando caminhava normalmente teve uma queda da própria altura sobre o membro inferior direito.      Procurou auxílio médico onde foi realizado um exame clínico e logo após um exame complementar de raios-X, onde nada de significativo foi

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Entorse de Tornozelo

diagnosticado em partes ósseas, o mesmo constatou uma entorse de tornozelo em inversão.      Foi imobilizado durante 15 dias com bota engessada, com salto, fazendo uso paralelo de antiinflamatório, Cataflan (SIC) durante 7 dias.      Após 15 dias de imobilização, voltou a clínica para a retirada da bota engessada e foi observado pelo médico que o paciente ao caminhar, claudicava, sendo encaminhado a fisioterapia com cinesioterapia, crioterapia, ultra-som.

Exame Físico

- Análise da dor - paciente relata dor ao subir e descer escada.- Análise da palpação - em palpação profunda da região maléolo lateral, paciente relata dor.- Análise do edema - em região do maléolo medial e maléolo lateral edema do tipo quente e duro.- Análise da crepitação - sem crepitação.- Análise da pele - pequena hiperemia em toda a região do tornozelo direito- Análise do tônus muscular hipotomia de panturrilha direita.- Análise da marcha - paciente de marcha claudicante.- Análise de cacifo - positivo.

T. A. T. M.

Inversão    --    AIM 2ºEversão    --   AIM 2ºFlexão       --   AQCM 3ºExtensão   --    AQCM 3º

Objetivos do Tratamento

 - Diminuir edema - Diminuir quadro álgico - Aumento do arco de movimento - Alongar - Fortalecer - Voltar AVS'S

Tratamento

- Crioterapia por 20' em tornozelo direito em posição de drenagem- Bandagem elástica gelada- Massagem linfática- Técnica de controlar e relaxar (para todos os movimentos de tornozelo)- Alongamento D.D. - ísquios tibiais com faixa                * inversores, eversores, flexão e extensão                * panturrilha na mão

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- Exercícios (após redução de edema, redução de quadro álgico e arco completo de movimento).D. D. - exercício ativo livre para inversão, eversão, flexão, extensão e circundunção.

Exercício ativo resistido para inversão, eversão, flexão, extensão Theraband para inversão, eversão, flexão, extensão

Sentado - contração isométrica para inversão e eversão

- skate para flexão, extensão, inversão e eversãoP.O. - planti - flexão no piso- planti - flexão na espuma- giro - plano de dois pinos- giro - plano de um pino- paciente no giro plano de um pino e FT jogando a bola- FT jogando a bola para o paciente que está em PO e unipodal, chutando a bola e depois trocando de perna- paciente em cima da bola medicinibool e o FT desequilibrando-o- pular na espuma de frente- pular na espuma de costas- pular na espuma de lado- escada: uma perna do degrau fazendo semi-flexão de joelhos e outra esticada em direção ao chão- subir e descer a escada mantendo o membro lesado parado- pular na caixa de brita- pular na cama elástica- equilibrar na tábua de equilíbrio correr

Para Treino da Marcha

- tomada de peso antero-anterior e latero-lateral- escada para apoio dos membros inferiores- barra paralela- caminhada 90º

Entorse do Tornozelo (Pé)

A entorse do tornozelo resulta do estiramento/rotura de ligamentos que ligam os ossos entre si, por serem sujeitos a uma distensão excessiva devida a torção do pé.

A entorse do tornozelo resulta de uma lesão ligamentar secundária à rotação interna do pé - o pé fica preso no solo e o corpo roda para fora. Esta situação está frequentemente associada a rotura do ligamento perónio-astragalino anterior, mas também se podem verificar fracturas ósseas.

Quais as causas:

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Entorse de Tornozelo

A entorse do tornozelo é devida à rotação interna do pé, ou seja, o movimento em que a planta do pé afectado fica virada para o pé não afectado, ao mesmo tempo que o corpo roda para fora.

Se bem que pode estar relacionado com irregularidades no solo, a adopção de determinadas formas de andar, o uso de sapatos altos e saltos estreitos podem facilitar a entorse, tal como situações de fraqueza muscular ou ligamentar.

Quais os sintomas:

Os sintomas dependem da gravidade da situação, podendo ser considerados 3 graus, dependendo do grau de estiramento e/ou rotura dos ligamentos:

 Grau 1 ou entorse ligeira - os ligamentos sofrem estiramento mas não rotura. Os sintomas são ligeiros, no que diz respeito à dor e inchaço local.

       Grau 2 ou entorse moderada - os ligamentos sofrem estiramento e rotura incompleta. Os sintomas são mais exuberantes, com dor local, inchaço e, por vezes, hemorragia, dificultando, ou mesmo, impossibilitando a marcha.

       Grau 3 ou entorse grave - ocorre rotura completa de um ou mais ligamentos, o que provoca instabilidade do tornozelo. Este aspecto, em conjunto com os sintomas intensos que se desenvolvem imediatamente, tornam a marcha impossível.

Os sintomas (dor, inchaço) agravam-se progressivamente após a entorse e tornam-se mais intensos com o calor da cama ou com o banho de água quente.

Como se diagnostica:

O diagnóstico da entorse é clínico, ou seja, é feito após a observação do doente por especialista de ortopedia. A radiografia do tornozelo pode ser realizada, mas apenas para excluir a coexistência de fractura.

Nos casos mais complexos são necessários outros exames complementares como a radiografia sob esforço em varo, para comparação com o lado são.

Como se desenvolve:

Nem sempre a ausência de sintomas exuberantes permite excluir uma entorse mais grave, pelo que o exame clínico deve ser cuidadoso, além de serem realizados exames complementares sempre que for indicado.

A entorse pode provocar lesão de um nervo, ao longo da sua passagem no tornozelo, produzindo dor e formigueiro. Se se formar um pequeno nódulo no local de "consolidação" do ligamento, poderá perpetuar-se a dor e a inflamação

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Entorse de Tornozelo

crónicas.

Formas de tratamento:

O tratamento a seguir depende da gravidade da situação. O repouso é fundamental, tal como a elevação do tornozelo e a aplicação de compressas/toalhas geladas.

Na entorse ligeira, habitualmente opta-se pela aplicação de uma ligadura elástica seguida de mobilização imediata. A marcha será reiniciada de forma progressiva.

Na entorse moderada, além da ligadura elástica e repouso, deve ser utilizado um apoio de marcha (canadiana) durante 3 semanas, de forma a imobilizar a parte inferior da perna.

Na entorse grave, a indicação será de operar de forma a suturar os ligamentos e posteriormente aplicar uma imobilização gessada.

Formas de prevenção:

Nas pessoas que apresentam entorses frequentes podem ser utilizados aparelhos ortopédicos (mangas elásticas) e calçado estabilizador do pé e tornozelo.

Doenças comuns como diferenciar:

O diagnóstico diferencial coloca-se com a fractura do maléolo externo, por rotação externa do pé. A diferenciação é clínica.

Outras designações:

Torção do pé.

Quando consultar o médico especialista:

A entorse implica observação no serviço de urgência por médico especialista de ortopedia.

Pessoas mais predispostas:

O risco de entorse é maior nas pessoas que usam sapatos de salto alto e estreito, e nas que adoptam maneiras de caminhar que facilitam a torção do pé.

Se os músculos estiverem enfraquecidos ou os ligamentos do tornozelo mais frouxos, a entorse está facilitada.

Outros Aspectos:

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Entorse de Tornozelo

O risco de entorse é maior nas pessoas que usam sapatos de salto alto e estreito, e nas que adoptam maneiras de caminhar que facilitam a torção do pé.

Se os músculos estiverem enfraquecidos ou os ligamentos do tornozelo mais frouxos, a entorse está facilitada.

O risco de entorse é maior nas pessoas que usam sapatos de salto alto e estreito, e nas que adoptam maneiras de caminhar que facilitam a torção do pé.

Se os músculos estiverem enfraquecidos ou os ligamentos do tornozelo mais frouxos, a entorse está facilitada.

Recuperação de entorse de tornozelo

O entorse do tornozelo é uma lesão dos ligamentos do tornozelo. Os ligamentos são formados por tecido conjuntivo, servindo para estabilizar as articulações e para impedir a mobilidade anormal, sobretudo nas amplitudes de grau extremo. Suas fibras têm uma elasticidade muito reduzida e não se alongam, mas rompem-se em maior ou menor número quando seu coeficiente de elasticidade é ultrapassado (fig.1).

Aproximadamente 25.000 pessoas sofrem um entorse de tornozelo a cada dia. Estas lesões nem sempre são simples e podem resultar em sintomas residuais em até 40% dos pacientes.

Geralmente (85% dos casos), os entorses ocorrem quando o tornozelo roda para fora (fig.2), fazendo com que a planta do pé fique voltada para o outro pé (inversão).

As lesões agudas classificam-se em três graus:

Grau 1 (discretas): lesão mais leve, com ruptura de poucas fibras; dor instantânea seguida de um período de alívio, permitindo a continuidade da atividade e acentuação da dor após intervalo de repouso; pouco ou nenhum edema; testes mostram tornozelo estável;

Grau 2 (moderadas): com maior número de fibras rotas; dor instantânea e ininterrupta, dificultando muito ou impedindo continuação da atividade; edema moderado, de instalação mais rápida e, mais tarde, sufusão sangüínea subcutânea; perda parcial de estabilidade, geralmente com algum teste positivo;

Grau 3 (graves): com ruptura total de um ou mais ligamentos; dor instantânea e contínua, aumento de volume rápido, depois, sufusão sangüínea extensa; perda da capacidade de sustentar o peso; geralmente mais de um teste de instabilidade positivo.

Freqüentemente, são realizadas radiografias para determinar se existe alguma fratura óssea. Outros exames raramente são necessários.

Tratamento

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Entorse de Tornozelo

O tratamento de um entorse tem como objetivo proteger o ligamento lesado contra um estiramento ulterior durante o processo de recuperação. Compreende duas fases: a fase de tratamento imediato após o acidente e a fase de reabilitação.

Tratamento Imediato

Válido para todas as formas e graus de entorse, tratando-se dos primeiros cuidados destinados a evitar ao máximo o edema, a dor e agravamento, antes do exame clínico do médico, o qual determinará o nível de gravidade e o tratamento indicado:

Proteção do tornozelo através da aplicação imediata de uma bandagem ou de esparadrapos devidamente aplicados, que podem servir como um ligamento (externo) provisório; Aplicação de gelo sobre a contenção (20 a 30 minutos, a cada 3 a 5 horas). Quanto mais depressa for aplicado, melhor; Compressão da articulação envolvida por atadura elástica; Elevação do membro inferior afetado; Proibir o apoio do pé. A principal medida durante as primeiras 48 a 72 horas consiste em proteger a articulação afetada contra novos traumas e em controlar as dimensões do edema.

Fase de Reabilitação

A lesão dos ligamentos pode provocar certo grau de instabilidade articular, razão pela qual o seu tratamento implica na observação de determinado período de imobilização. O tratamento depende da gravidade do entorse. Geralmente, os entorses leves são tratados com um enfaixamento do tornozelo e do pé com faixa elástica ou esparadrapo, aplicação de gelo na região, elevação do tornozelo e, à medida que ocorre a cicatrização, um aumento gradual das caminhadas e dos exercícios. Para os entorses moderados, é utilizado um aparelho gessado que permite a deambulação, o qual é mantido por, aproximadamente, três semanas. Para os entorses graves, pode ser necessária a realização de uma cirurgia ou imobilização com gesso durante, aproximadamente, 10 semanas. A fisioterapia é importante para a restauração dos movimentos, o fortalecimento da musculatura e a melhoria do equilíbrio e do tempo de resposta, antes que o indivíduo retome as atividades mais exigentes do ponto de vista físico. O programa terapêutico poderá levar apenas duas semanas de duração, no caso de entorses menos sérios, ou até 6 a 8 semanas para as lesões graves.

Para os indivíduos que sofrem entorses de tornozelo com facilidade, as lesões subseqüentes podem ser prevenidas com o uso de suportes para o tornozelo e o uso de dispositivos no calçado para estabilizar o pé e o tornozelo.

Os critérios para o retorno às atividades compreendem: (1) mobilidade normal da articulação afetada; (2) boa força muscular e equilíbrio e (3) uso funcional do segmento lesado nas atividades necessárias

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Entorse de Tornozelo

O que é a entorse do tornozelo?

A entorse de tornozelo é uma lesão que causa um estiramento ou ruptura de um ou mais ligamentos da articulação do tornozelo. Ligamentos são fortes faixas de tecido que conectam os ossos das articulações e uma de suas funções é restringir o movimento da articulação.

As entorses podem ser classificados: graus I, II ou III, dependendo de sua gravidade:

• Entorse grau I: Dor, com dano mínimo ao ligamento.

• Entorse grau II: Porção maior do ligamento é danificada, que gera uma leve frouxidão da articulação.

• Entorse grau III: Ruptura completa do ligamento e a articulação fica bastante instável.

Como ocorre?

É gerada por uma virada forçada do tornozelo. Na maioria das entorses, o pé vira para dentro ou para baixo, causando uma lesão na parte externa do tornozelo.

Quais são os sintomas?

• Dor contínua e localizada, variando de suave a intensa e independente de descarga de peso,

• Edema,

• Equimose,

• Impossibilidade de movimentar o tornozelo.

Como é diagnosticada?

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Entorse de Tornozelo

O médico revisará o mecanismo de lesão e examinará o tornozelo, levando em conta os sintomas. Podem ser pedidos Raios-X.

Como é tratada?

O tratamento pode incluir:

• Compressas de gelo sobre o tornozelo, por 8 minutos, seguidos de 3 minutos de pausa. Esse ciclo deve ser repetido até completar 30 minutos, por 3 ou 4 dias ou até que a dor desapareça. Sempre proteger a pele com um lenço ou outro pano, para evitar queimaduras.

• Elevação de tornozelo, colocando um travesseiro embaixo do pé.

• Uso de faixa elástica envolta no tornozelo, para evitar que o edema piore.

• Uso de tornozeleira.

• Uso de muletas, até que seja possível andar sem sentir dor.

• Uso de medicamento antiinflamatório ou analgésico, prescrito pelo médico.

• Fisioterapia.

Em alguns casos de entorses graves com instabilidade, a cirurgia é necessária, neste caso, o tornozelo ficará engessado por 4 a 8 semanas.

Por quanto tempo perdurarão os efeitos?

A duração da recuperação depende de alguns fatores:

• Idade.

• Saúde.

• Gravidade da lesão.

• Lesões prévias naquela articulação.

Quando retornar ao esporte ou atividade?

O objetivo da reabilitação é que o retorno do paciente ao esporte ou à atividade aconteça o mais breve e seguramente possível.

O retorno precoce poderá agravar a lesão, o que pode levar a um dano permanente. Todos se recuperam de lesões em velocidades diferentes e, por isso, para retornar ao esporte ou à atividade, não existe um tempo exato, mas quanto antes o médico for consultado, melhor.

O retorno ao esporte ou à atividade acontecerá, com segurança, quando os itens listados abaixo acontecerem, progressivamente:

• Possuir total arco de movimento do tornozelo lesionado, em comparação ao não lesionado.

• Possuir total força do tornozelo lesionado, em comparação ao não lesionado.

• Correr em linha reta, sem sentir dor ou mancar.

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Entorse de Tornozelo

• Correr a toda velocidade, em linha reta, sem sentir dor ou mancar.

• Puder fazer viradas bruscas, a 45º, inicialmente, a meia velocidade e, posteriormente, a total velocidade.

• Puder fazer o “8”, com 18 metros, inicialmente, a meia velocidade e, posteriormente, atotal velocidade.

• Puder fazer viradas bruscas, a 90º, inicialmente, a meia velocidade e, posteriormente, a total velocidade.

• Puder fazer o “8”, com 9 metros, inicialmente, a meia velocidade e, posteriormente, a total velocidade.

• Puder pular com ambas as pernas e, depois, apenas com a perna lesionada, sem sentir dor.

Como prevenir a entorse do tornozelo?

• Usar sapatos apropriados e de tamanho ideal, durante o exercício.

• Alongar antes e depois de atividades atléticas ou de recreação.

• Evitar mudanças bruscas de posição e de direção.

• Enfaixar os tornozelos ou usar tornozeleiras durante esportes vigorosos, especialmente, se já houver uma lesão antiga.

Exercícios de reabilitação para entorse do tornozelo:

Os exercícios a seguir são apenas um guia de tratamento básico, por isso o paciente deve fazer a reabilitação acompanhado de um fisioterapeuta, para que o programa seja personalizado.

A fisioterapia conta com muitas técnicas e aparelhos para atingir objetivos como analgesia, fortalecimento muscular, manutenção ou ganho da amplitude de movimento de uma articulação, etc, e por isso, o tratamento não deve ser feito em casa e sem a supervisão de um profissional.

1 - Alongamento Com a Toalha:

Sentar sobre uma superfície firme, com a perna lesionada estendida à frente do corpo. 

Laçar o pé com uma toalha e puxá-la, suavemente, em direção ao corpo, mantendo os joelhos estendidos. 

Manter essa posição por 30 segundos e repetir 3 vezes.

Para um bom alongamento, é necessário sentir, apenas, um desconforto, não devendo permitir uma dor aguda. 

Quando esse alongamento for muito fácil, deve-se iniciar o alongamento da panturrilha em pé.

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Entorse de Tornozelo

2 - Alongamento da Panturrilha em Pé:

Ficar de pé, com os braços estendidos para frente e as mãos espalmadas e apoiadas em uma parede na altura do peito.

A perna do lado lesionado deve estar, aproximadamente, 40 cm atrás da perna do lado são.

Manter o lado lesionado estendido, com o calcanhar no chão, e inclinar-se contra a parede.

Flexionar o joelho da frente até sentir o alongamento da parte de trás do músculo da panturrilha, do lado lesionado.

Manter essa posição de 30 a 60 segundos e repetir 3 vezes.3 - Alongamento do Músculo Soleo:

Em pé, de frente para parede com as mãos na altura do peito, com os joelhos levemente dobrados e o pé lesionado para trás, gentilmente apoiar na parede até sentir alongar a parte inferior da panturrilha.

Virar o pé lesionado levemente para dentro e manter o calcanhar no chão.

Manter essa posição por 30 segundos e repetir 3 vezes.

4 - Arco do Movimento do Tornozelo:

Pode ser feito sentado ou deitado.

Com a perna esticada e o joelho apontando para o teto, movimentar o tornozelo para cima e para baixo, para dentro e para fora e em círculos.

Não dobrar o joelho enquanto estiver fazendo esse exercício.

Repetir 20 vezes para cada direção.

5 - Exercícios Com a Faixa Terapêutica:

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Entorse de Tornozelo

A - Resistência a dorsiflexão:

Sentado com a perna lesionada estendida e o pé perto de uma cama, enrolar a faixa ao redor da planta do pé. Prender a outra extremidade da faixa no pé da cama.

Puxar os dedos do pé, no sentido do corpo. Lentamente, retornar à posição inicial.

Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.

 

B - Resistência à flexão plantar:

Sentado com a perna lesionada estendida, laçar a planta do pé com o meio da faixa.

Segurar as pontas da faixa com ambas as mãos e, suavemente, empurrar o pé para baixo apontando os dedos do pé para frente, tencionando a faixa terapêutica (thera band), como se estivesse acelerando o pedal de um carro.

C - Inversão com resistência:

Sentar com as pernas estendidas, cruzar a perna não lesionada sobre o tornozelo lesionado.

Enrolar a faixa no pé lesionado e em seguida laçar pé bom, para que a faixa terapêutica (thera band) fique com uma ponta presa.

Segurar a outra ponta da faixa terapêutica (thera band) com a mão. Virar o pé lesionado para dentro e para cima.

Retornar à posição inicial. Fazer 3 séries de 10.

 

D - Eversão com resistência:

Sentado, com ambas as pernas estendidas e a faixa laçada em volta de ambos os pés.

Lentamente, virar o pé lesionado para cima e para fora.

Manter essa posição por 5 segundos. Fazer 3 séries de 10.

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Entorse de Tornozelo

 6 - Elevação dos Calcanhares:

Segurar em uma cadeira e suspender o corpo sobre os dedos dos pés, tirando os calcanhares do chão.

Manter esta posição por 3 segundos e, lentamente, voltar à posição inicial.

Repetir 10 vezes e fazer 5 séries.

À medida que o exercício ficar fácil, levantar, apenas, o lado lesionado.

7 - Elevação Dos Dedos do Pé:

Em pé, tirar os dedos do chão.

No início pode-se balançar para trás sobre os calcanhares, de maneira que os dedos dos pés saiam do chão, para facilitar o exercício.

Manter essa posição por 5 segundos e fazer 3 sériesde 10.

As aplicações do frio vem sendo utilizadas desde antes de Cristo. Quando gregos e romanos utilizavam gelo natural e neve para tratar problemas médicos, passando pelo século 19 quando compressas frias são reconhecidas como auxiliares nas cirurgias.

Hoje, século 21, aprimoramos técnicas, conhecemos fisiologicamente seus efeitos.

A seguir falaremos das diversas utilizações, sua fisiologia e atuação no campo da fisioterapia.

O que é Crioterapia?

Literalmente significa "Terapia com Frio", isto é, aplicação terapêutica de qualquer substância do corpo que remova o calor corporal, diminuindo a temperatura dos tecidos. Sendo assim, todas as técnicas que se utiliza do frio como massagem com gelo, criocirurgia, crioalongamento, colocação de uma queimadura sob água fria são consideradas Crioterapia.

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Entorse de Tornozelo

Fisiologia da Crioterapia

O uso da Crioterapia produz anestesia, analgesia, diminui espasmo muscular, incrementa o relaxamento, permite mobilização precoce, incrementa o limite de movimentos, quebra do ciclo dor-espasmo-dor, diminui o metabolismo.

Isso ocorre devido ao metabolismo fisiológico da circulação e do sistema nervoso, pois é através dessas respostas que obteremos os resultados terapêuticos no uso da Crioterapia.

A característica mais importante da circulação é que ela constitui um circuito contínuo.

O sistema nervoso simpático controla o sistema vascular.

O sistema funciona como um acro reflexo simples, ou seja, pelo estímulo dado, o sistema interpreta e admite a resposta em forma de vasoconstrução ou vasodilatação.

Calor Quente e Calor Frio.

Considerações:

De acordo com a revisão da literatura sobre os efeitos do calor e do frio, fica evidente que obtemos efeitos semelhantes entre os dois extremos de temperatura. Já em outros casos o uso do frio produz efeito oposto ao do calor. Algumas reações ao uso do frio e do calor são semelhantes. O espasmo muscular secundário a patologias articulares ou esqueléticas, pode ser reduzida com eficácia por ambas modalidades.

Em lesões do neurônio motor superior com espasticidade, o frio é bastante eficaz na redução da espasticidade, um efeito com longa duração o que prove a ele um valor terapêutico. Apesar do calor também reduzir a espasticidade seu efeito é curto, porque o tônus muscular é rapidamente restaurado. O fluxo sangüíneo aumenta na musculatura resfriando o tecido aquecido.

A dor pode ser diminuída por ambas modalidades se ela for secundária a espasmos musculares. O limiar de dor é elevado pelo efeito direto do calor e do frio nas terminações nervosas livres e pelo efeito das fibras especiais de amortecimento da dor.

Outras reações mostram comportamento diferente quando os tecidos são expostos ao calor ou ao frio. O fluxo aumenta com aplicação do calor e diminui após a aplicação de frio. O edema resultante de trauma aumenta com aplicação de calor e diminui com o frio. O edema associado com reações inflamatórias reage da mesma forma. A rigidez articular diminui com aplicação de calor e aumenta com o frio.

Tempo e Temperatura do Frio

Existe uma correlação direta entre as temperaturas de superfície e subcutânea, sendo que a reação de tecidos subcutâneos é a mesma da pele, apenas diminuindo em magnitude. Após aplicação do frio sobre a pele, as temperaturas subcutâneas sofrem rápido decréscimo ficando cada vez menor até chegar ao platô. Devemos levar em consideração a temperatura ambiente e a atividade pré e pós aplicação do frio.

As temperaturas nos tecidos profundos não diminuem tão rápido e seu decréscimo vai estar relacionado com o tempo de aplicação.

A magnitude da mudança de temperatura em tecidos profundos (todos os níveis) e dependente da magnitude da aplicação do frio, isto é, quantidade de calor removido do corpo e relação com o tempo de aplicação.

Exemplo: Após 10´ de aplicação do gelo as mudanças de temperatura em tecidos profundos (4cm) é mais de duas vezes maior do que as aplicações com 5´.

Para cada técnica utilizaremos uma temperatura específica e um tempo determinado.

A seguir técnicas, tempo e temperaturas.

* Compressas Frias - Temperatura 0º 4ºC - A primeira toalha 30" e as demais 3´e 4´;

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Entorse de Tornozelo

* Panquecas - Tempo Médio 20´a 30´;

* Imersão - 0º a 4ºC - Máximo 3´repetindo 7 a 8 vezes;

* Banho de Imersão - 0º a 1ºC. Tempo 7´a 15`;

Criomassagem em Pedra de Gelo durante 16´a 30´.

Criocinesioterapia

Trata-se de uma combinação de aplicações de frio para causar hipoestesia à área do corpo lesionadas combinada com exercícios ativo, graduado e progressivo. Pode ser usada para qualquer lesão músculo esquelética.

A Criocinesioterapia permite que a reabilitação comece muito antes do que a Termoterapia tradicional e pode reduzir o tempo de reabilitação em dias e até mesmo em semana.

Embora seja eficaz para tratar entorses articulares agudas, não é o melhor.

Nas distensões musculares agudas as distensões devem ser alongadas passivamente nos estágios iniciais da reabilitação. (chamado Crioalongamento - Frio e Alongamento Passivo).

Na Criocinesioterapia a aplicação do frio é para diminuir a dor e uma realização de exercícios ativos livre de dor.

A Criocinesiologia tem um dispositivo de segurança: a dor durante a hipoestesia induzida pelo frio indica que o exercício está forte e deve ser diminuído.

EFEITOS DA CRIOCINESIOTERAPIA:

* frio reduz a dor;

* exercício aumenta o fluxo sangüíneo;

* exercício restabelece a função neuro muscular.

VANTAGENS:

* Permite a realização de exercícios antes do que o tratamento convencional;

* Retarda a atrofia muscular e as inibições neurais;

* Reduz o edema pela ação da drenagem muscular;

* Tratamento barato.

DESVANTAGENS:

* Gelo é muito doloroso;

INDICAÇÕES:

* Entorses nos dedos;

* Entorses no ombro;

* Entorses em outras articulações.

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Entorse de Tornozelo

CONTRA-INDICAÇÕES:

* Não realizar nenhum exercício ou atividade que cause dor;

* Não usar gelo em indivíduos hipersensíveis ao frio.

PRECAUÇÕES:

* A dor deve ser usada com critério;

* A dor pode aumentar em 04 (quatro) a 08 (oito) horas após tratamento.

Crioestimulação

É uma técnica utilizada para tratar pacientes com lesão central ou periférica, tendo como objetivo obter alguma contração muscular. Esta técnica é indicada em graus de força Ø.

O procedimento consiste em passar o gelo longitudinalmente até encontrar o ponto motor, neste momento ocorre uma leve contração muscular. O tempo é entre 10` a 30`.

Spray

Kraus sugeriu que a nebulização de Cloreto de Etila eleva o limiar da dor. Porém, mais tarde, afirmou que não havia explicação científica adequada para o fato de a anestesia superficial diminuir a dor em estruturas profundas. Outros estudiosos (Lorenze Ej, Ellis M., Mennell J.M., e Travell J.) atribuíram o sucesso dos Sprays refrigerantes à contra-irritação. A área do sistema nervoso central que recebe os impulsos dolorosos era sensibilizada com uma alta quantidade de impulsos frios que eles eram diminuídos e bloqueados. Os impulsos sensoriais de frio chegariam ao sistema nervoso central com maior rapidez que os dolorosos.

A contra-irritação, alívio da dor em um local pela irritação de outro, tem sido um dos métodos mais importantes no controle da dor. Compressas de água quente e gelo, vibração, sensação tátil, estimulação elétrica muscular e eletricidade estática são empregados como contra-irritantes. A depressão ou a inibição sensorial central são responsáveis pela diminuição da dor.

As aplicações terapêuticas de frio produz uma diminuição na transmissão nervosa. O alívio da dor deve-se a contra-irritação.

* Indicação e Contra-Indicações do Spray Refrigerante:

O Cloreto de Etila e o Fluorometano líquidos evaporam muito rápido quando aplicados ao corpo, retirando o calor da pele nesse processo. Como sua evaporação é veloz, os efeitos são muito superficiais. O fluorometano é o preferido; o Cloreto de Etila é inflamável e pode congelar a pele até que fique dura.

Os efeitos superficiais do Spray Refrigerante limitam seu uso às técnicas que se baseiam na estimulação do sistema nervoso simpático para tratar dor e espasmo muscular. Os Sprays Refrigerantes nunca devem ser utilizados quando o objetivo é diminuir a temperatura dos tecidos subjacentes.

CUIDADOS DURANTE A APLICAÇÃO DO SPRAY REFRIGERANTE:

* Manter a embalagem 30cm do corpo e liberar um jato moderadamente fino, fazendo ângulo com o corpo;

* Borrifar a área do corpo em movimento deslizante, na velocidade de cerca de dez cada por segundo;

* Aplicar em uma só direção e prosseguir ritmicamente até que toda a área lesada tenha sido coberta duas vezes;

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Entorse de Tornozelo

* Tomar cuidado para não congelar a pele.

Bandagem com Spray Refrigerante:

Os Manguitos Cryomatic são bandagens de nylon com duas camadas que se adaptam às áreas selecionadas do corpo, como o tornozelo. O Spray Refrigerante é borrifado no envelope entre as camadas, proporcionando frio e compressão.

Conclusão:

A Crioterapia - o uso de frio, é uma das modalidades terapêuticas mais baratas e utilizadas para tratar e reabilitar lesões agudas.

Para que possamos aproveitar integralmente seus benefícios tanto no pronto atendimento quanto na reabilitação, precisamos dominar o processo inflamatório e termos sensibilidade para perceber todo o processo que envolve o período de reabilitação. Não devemos esquecer que teoria e prática andam juntas.

O que observamos com esse trabalho que o uso do gelo vai muito além de sua colocação imediata em alguma lesão na fase-inicial. É extremamente fascinante o quanto de procedimentos técnicos temos disponíveis utilizando o frio.

O que precisamos entender é que a Crioterapia é muito mais abrangente e complexas, sendo um recurso muito pouco estudado por nós Fisioterapêutas.