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Enciclopédia ASD 1 ENCICLOPÉDIA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA A . . . . . . . . . . . . . 2 B . . . . . . . . . . . 116 C . . . . . . . . . . . 181 D . . . . . . . . . . . 334 E . . . . . . . . . . . 448 F . . . . . . . . . . . 548 G . . . . . . . . . . . 591 H . . . . . . . . . . . 612 I . . . . . . . . . . . 655 J . . . . . . . . . . . . 822 K . . . . . . . . . . 852 L . . . . . . . . . . . 869 M . . . . . . . . . . . 928 N . . . . . . . . . . 1072 O . . . . . . . . . . 1119 P . . . . . . . . . . 1139 Q . . . . . . . . . . 1211 R . . . . . . . . . . 1219 S . . . . . . . . . . . 1282 T . . . . . . . . . . 1434 U . . . . . . . . . . 1458 V . . . . . . . . . . 1468 W . . . . . . . . . 1517 Y . . . . . . . . . . 1585 Z . . . . . . . . . . 1587

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1. Enciclopdia ASD 1 ENCICLOPDIA ADVENTISTA DO STIMO DIA A . . . . . . . . . . . . . 2 B . . . . . . . . . . . 116 C . . . . . . . . . . . 181 D . . . . . . . . . . . 334 E . . . . . . . . . . . 448 F . . . . . . . . . . . 548 G . . . . . . . . . . . 591 H . . . . . . . . . . . 612 I . . . . . . . . . . . 655 J . . . . . . . . . . . . 822 K . . . . . . . . . . 852 L . . . . . . . . . . . 869 M . . . . . . . . . . . 928 N . . . . . . . . . . 1072 O . . . . . . . . . . 1119 P . . . . . . . . . . 1139 Q . . . . . . . . . . 1211 R . . . . . . . . . . 1219 S . . . . . . . . . . . 1282 T . . . . . . . . . . 1434 U . . . . . . . . . . 1458 V . . . . . . . . . . 1468 W . . . . . . . . . 1517 Y . . . . . . . . . . 1585 Z . . . . . . . . . . 1587 2. Enciclopdia ASD 2 A ABOMINAO DA DESOLAO. Designao enigmtica encontrada em Mat. 24:15, emprestada de Daniel (11:31; 12:11), onde a frase correspondente aparece como abominao desoladora. Daniel predisse uma grande profanao do templo por um poder estrangeiro, em uma tentativa de substituir o verdadeiro sistema de culto por um falso. O gr. bdelugma tes eremoseos, abominao da desolao, em Mat. 24:15 idntico traduo da LXX, (MS, 88) do heb. shiqqs shmem em Dan. 12:11. Em Dan. 11:31 shiqqs meshmem traduzido como bdelugma ton eremoseon. (Compare bdelugma ton eremoseon, Abominaes assoladoras, em Daniel 9:27; e hamartia eremoseos, transgresso assoladora, no cap. 8:13, ambas as expresses, sem dvida, devem ser identificadas com bdelugma tes eremoseos, dos caps. 11:31 e 12:11). O heb. shiqqs um termo comum no A.T. que designa uma deidade idoltrica (e.g., Deut. 29:17; II Reis 23:24; II Crn. 15:8; Ez. 37:23). Dizia-se que tais abominaes colocadas no templo aviltavam e poluam o recinto sagrado nos tempos do A.T. (Jer. 7:30; Ez. 5:11). O heb. shamem, a forma pela qual traduzida desolao, (mais literalmente, alguma coisa que torna desolado) significa devastao causada por um exrcito invasor (Jer. 12:11), uma cena que cria um senso de horror na pessoa que a observa (Jer. 18:16). O heb. pesha, transgresso, na expresso paralela transgresso assoladora, em Dan. 8:13 usado para atos de *Apostasia e rebelio contra *Deus (Veja Ams 2:4, 6; Miq. 1:5). Interpretao. Cerca de 100 a.C., o escritor de I Macabeus (Veja I Mac. 1:54, 59; cf. 6:7) identificou a abominao desoladora (bdelugma eremoseos) como um *Altar idoltrico erigido por Antoco Epifnio, sobre o altar de ofertas queimadas no templo de Jerusalm em 3. Enciclopdia ASD 3 168 a.C.. Cerca de 70 a.C., Josefo aplicou igualmente a profecia de Daniel a um altar idoltrico, construdo sobre o altar de Deus (Josefo, Antigidades, X. 11.7 [Loeb, 272-276]; XII 5 [Loeb, 253]. Em Mat. 24:15 (cf. Luc. 21:20-22), Cristo aplicou-a aos romanos, que, 40 anos mais tarde, em 70 A.D., invadiram Jerusalm e queimaram o templo, e no ano 130 A.D. ordenaram a construo de um templo a Jpiter Capitolino em seu lugar (Cambridge Ancient History, vol. XI, p. 313). Comentaristas judeus da Idade Mdia, tais como Ibn Ezra, de modo semelhante, aplicaram-na obra dos romanos no primeiro sculo A.D. (L. E. Froom, Prophetic Faith of Our Fathers, vol. 2, pp. 210, 213). Irineus, Orgenes e outros escritores cristos dos primeiros sculos aplicaram-na a um futuro *Anticristo (ibid., vol. 1, pp. 247, 320, 366), como fizeram escritores catlicos medievais posteriormente, tais como Villanova e Olivi (ibid., pp. 752-754, 773). Pseudo Joaquim aplicou-a aos Papas de seus dias (ibid., p. 728), Wyclif (ibid., vol. 2, p. 58), Huss (ibid., p.118), Lutero (ibid., pp. 272, 277, 280) e vrios comentaristas protestantes identificaram-na com o Papado ou com as prticas e doutrinas da igreja papal. *Guilherme Miller e provavelmente a maioria dos pregadores Mileritas fizeram o mesmo. A maioria dos comentaristas protestantes modernos aplicam a abominao desoladora ao culto idoltrico institudo por Antoco Epifnio, enquanto que os comentaristas fundamentalistas consideram Antoco Epifnio como um prottipo do homem do pecado que viria no futuro. Interpretao ASD. *Urias Smith, comentarista pioneiro ASD, aplicou a disseminao das abominaes de Dan. 9:27 aos eventos do ano 70 A.D., sob o domnio de Roma pag, e a abominao da desolao ao Papado. (RH, 28 de fevereiro, 1871) Especificamente identificando *O Contnuo (dirio) de Dan. 8:11; 11:31; 12:11 com o paganismo do Imprio Romano, e a abominao da desolao com o Papado, Smith aplicou a remoo do contnuo e a introduo da abominao desoladora em seu lugar ao estabelecimento da 4. Enciclopdia ASD 4 supremacia papal sobre a dissoluo do Imprio Romano, um processo que ele considerou completo por volta de 538 A.D. e um estado de eventos contnuos por 1.260 anos at a priso do Papa Pio VI em 1798 (com base em Dan. 7:25 e 12:7). Smith identificou a *Ponta Pequena de Daniel 8 com Roma em suas duas fases, pag e papal (Daniel and Revelation, 1882, ed., p. 202). Comentaristas ASD contemporneos semelhantemente identificam a abominao da desolao com os ensinamentos e prticas Papais no fundamentados nas Escrituras, tais como sacrifcio da missa, confisso, venerao da virgem Maria, celibato sacerdotal e estrutura hierrquica da igreja porm, enquanto alguns defendem a interpretao de Smith do contnuo, outros compreendem que o contnuo, substitudo por essas prticas extrabblicas, refere-se, na aplicao da profecia de Daniel na Era Crist, ao ministrio de Cristo como nosso grande Sumo Sacerdote no *Santurio Celestial. Eles igualam a ponta pequena ou um rei de feroz catadura (Dan. 8:9-14, 23), que estabeleceu a transgresso desoladora, e o rei do Norte dos caps. 11 e 12, que estabeleceu a abominao da desolao, com o *Homem do Pecado, mistrio da iniqidade ou o inquo de II Tess. 2:2-12; com o anticristo de I Joo 2:18; com a *Besta semelhante a um leopardo de Apoc. 13; com mistrio, *Babilnia, a grande, a me das meretrizes e das abominaes da terra de Apoc. 17. A abominao introduzida pelo poder apstata, que consiste em prticas e ensinos no-bblicos, causadora de sua queda (literalmente, apostasia) da verdade revelada nas Escrituras (II Tess. 2:3, 9-12), de suas blasfmias (Apoc. 13:1, 5, 6); e do vinho de Babilnia (Apoc. 17:2). Na tradio histrica protestante, os ASD consideram que a Igreja de Roma e seus ensinos no fundamentados na *Bblia so o cumprimento histrico dessas profecias. 5. Enciclopdia ASD 5 ACADEMIA ADVENTISTA DE ARTE (ACARTE). Localiza-se na Estrada de Itapecerica, 22901, Km 23, So Paulo, SP, junto ao *Instituto Adventista de Ensino (IAE/SP). Segundo as instrues bblicas dadas s escolas dos profetas, o IAE inclui, desde a sua fundao a msica em seu currculo. O Prof. Paulo Hennig, primeiro docente da instituio, alm de dar aulas de canto, formou um coral de 20 componentes. Havia ento, na escola, apenas 3 harmnios. Em 1918, a Prof. Margarida Steen veio reforar o departamento, e trouxe o primeiro piano ao campus, sendo a primeira professora do instrumento. Em 1919, a aluna *Isolina Avelino (Waldvogel) escreveu a letra para o primeiro hino da escola Minha Escola com a msica do hino de uma escola americana. O objetivo principal do ensino de msica era ensinar os hinos para serem cantados com capricho e exatido, auxiliando o trabalho de evangelismo. Em 1923, a famlia Steen retornou aos Estados Unidos e a direo do departamento de Msica, bem como as aulas de piano ficaram sob a responsabilidade da Sra. Arabela Moors. Em 1933, o Prof. Flvio Monteiro introduziu o ensino do violino e, neste mesmo ano, organizou- se o primeiro conjunto de cordas. Em 1939, com vinda do Prof. Walter Wheeler, o departamento teve novo impulso para o progresso. Com a msica do Colgio Adventista de Illinois e letra da Prof. Ruth Oberg Guimares, foi institudo o hino oficial do colgio Meu IAE mais tarde revisado pela Prof. Ruth e pelo Prof. Siegfried J. Schwantes. Em 1945, comearam a surgir os quartetos masculinos e conjuntos femininos. O primeiro quarteto do IAE foi chamado Quarteto Harmonia, formado por Rubens Dias, Cludio Belz, Jos A. Torres e Rodolfo Gorski. Em 1948, o Prof. Wheeler retornou sua ptria deixando com o departamento de msica farto 6. Enciclopdia ASD 6 repertrio do coral e um hinrio com msicas especiais Coros Celestes. At o ano de 1953, ainda no havia um lugar fixo para o departamento de msica. Os alunos estudavam na capela, no refeitrio ou em casa de professores que possuam piano. Ao vagar uma residncia, resolveram instalar o departamento de msica ali. Em 1956, com a doao da famlia Schwantes, o departamento passou a ter sede prpria. A inaugurao do prdio, que passou a ser o Conservatrio Musical Adventista, CMA, deu-se em 3 de abril de 1956, s 13:15h. Neste ano o CMA j contava 126 alunos. Em 1963, o CMA adquiriu um rgo eletrnico, um passo bastante significativo. A cerimnia de inaugurao contou com a presena do grande maestro e organista ngelo Camim que em 1973 comemorou o 10o aniversrio do conservatrio com um magnfico recital oferecido ao pblico Iaense. Em 1967, o CMA foi agraciado com a doao de instrumentos de iniciao musical Carl Orff e, posteriormente com os tmpanos doados pela Repblica Federal Alem recebendo no ato da entrega a honrosa visita do cnsul que recebeu a gratido da escola, ouvindo, em alemo, o hino de sua ptria. O ano de 1966 foi um marco histrico para o CMA pois os cursos de msica foram oficializados. Em 1968, formou-se a primeira turma de msicos: Ana Maria F. Santos Nascimento (piano), Dilza Ferraz A. Garcia e Eunice M. Garcia (canto). Em 1973, formou-se a orquestra chamada Pedaggica, formada quase exclusivamente de flautas doces sob regncia do Prof. Grson Gorski Damaceno. Em 1980, o CMA passou a se chamar Academia Adventista de Arte (ACARTE). Atualmente a ACARTE oferece cursos de piano, violino, viola, violoncelo, clarineta, trompa, trombone, trompete, sax, flauta, marimba, percusso e musicalizao infantil. H tambm corais para as diversas faixas etrias: Pequenos Cantores da Colina para alunos de 1 7. Enciclopdia ASD 7 a 4 srie do 1o Grau, Coral Juvenil para os alunos de 5 a 8 srie do 1o Grau; Coral Jovem para alunos do 2o Grau e *Coral Carlos Gomes para alunos das faculdades, alm da orquestra e da banda que sempre abrilhantaram as programaes cvicas, sociais e, principalmente as religiosas. O Colgio sempre teve departamento de Msica, mesmo sem ter um prdio exclusivo para isso. Paulo Hennig - Canto (1915-1920); Sra. Margarida M. Steen - rgo (1919-1927); Sra. Gladys Taylor - Piano (1919); Alma Meyer Bergold - Piano e rgo (1922-1931); Anna Mascarenhas - Piano (1924); Sra. Arabella Moor - Piano (1928-1934); Antonieta Grandmaison - Piano (1935); Theone Wheeler - Piano (1941); Maria de Falco de Brito (1942- 1943); Werner Weber - Violino (1942-1944); Alice Schwantes (1944- 1945); Walton Brown - Msica (1945); Nair Villela Lima - Piano (1946- 1947); Charles Pierce - Piano e Canto (1952-1955). Diretores: Dean Friedrich (1956-1957); *Walter Nelson (1958); Flvio Arajo Garcia (1959-1974); Trcio Simon (1975-1976); Williams Costa Jnior (1977-1978); Orly Ferreira Pinto (1979-1983); Renato Gross (1984); Jaime Daniel (1985- ). ADECEANO, O. Peridico trimestral. rgo Oficial da *Associao dos Diplomados pelo Colgio Adventista Brasileiro (ADCA), com sede no *Colgio Adventista Brasileiro (CAB), atual *Instituto Adventista de Ensino (IAE/SP), em So Paulo, SP. Jornal-revista impresso, com um nmero varivel de pginas, construda por editorial, artigos do redator, crnicas, reportagens, notas sociais, notcias sobre adeceanos, relatrios da entidades, etc. Seus colaboradores so os adeceanos, membros associados do ADCA. Foi criado em 1950 e alguns dos seus redatores foram: Miguel J. Malty (1950-1951); *Guilherme Frederico Denz (1952- ); Josino 8. Enciclopdia ASD 8 Campos (1957- ); Jos Nunes Siqueira (1959- ); Gideon de Oliveira (1960- ). Veja Associao dos Diplomados pelo Colgio Adventista Brasileiro (A.D.C.A.). ADMINISTRAO DA IGREJA. Veja Igreja Local. ADOO. [gr. huitheosia, adoo, adoo como filhos, colocao como filho.] Termo usado no N.T. para descrever o processo pelo qual o crentes em Cristo entra na condio de filhos do Pai (Rom. 8:15, 23; Gl. 4:5; Ef. 1:5). A figura foi certamente extrada da lei romana, de acordo com a qual um filho adotivo participava dos plenos privilgios gozados por um filho legtimo. O termo enfatiza o desejo de Deus de estender Seu terno amor sobre Seus filhos. Em Rom. 9:4, o chamado especial de Deus nao judaica como Seu representante e filhos pela f chamada adoo. Em Rom. 8:23, a palavra descreve a redeno de nosso corpo do pecado, dor e morte no *Segundo Advento de Cristo. Embora a palavra no se encontre no A.T., a prtica da adoo era conhecida. Por exemplo, Moiss foi adotado pela filha de Fara (x. 2:8-10) e Ester por Mardoqueu (Est. 2:7). ADORNOS. Veja Vesturio. ADULTRIO. As palavras hebraica e grega assim traduzidas descrevem especificamente o intercurso sexual de uma pessoa casada com algum que no um cnjuge legal. Sob a lei levtica, tal ato era punido pela morte (Lev. 20:10). Porm, o stimo mandamento (x. 20:14) parece abranger a impureza sexual de qualquer espcie, seja por ato seja por palavra. Acrscimos tradicionais ao mandamento obscureceram a idia de pureza moral imaculada e criam brechas para 9. Enciclopdia ASD 9 padres de conduta insinceros e culposos, mas em Seu sermo da montanha Jesus esclareceu a inteno do mandamento (Mat. 5:27, 28, 32). O termo adultrio freqentemente usado de modo figurado. Embora a fidelidade conjugal simbolize lealdade incondicional ao Criador, o adultrio o smbolo da transgresso humana do concerto com Deus, mediante idolatria ou outras formas de apostasia (Jer. 3:8, 9; Eze. 23:37; Os. 2:2; Mat. 12:39; Apoc. 2:22). ADVENTISTA. (a) Original e corretamente, um membro do *Movimento Adventista (ou *Milerita) ou de qualquer das cinco corporaes da Igreja Adventista que dele se originaram; (b) na linguagem dos Adventistas do Stimo Dia (ASD), um termo abreviado para *Adventista do Stimo Dia; (c) em alguns dicionrios, qualquer crente no Adventismo, que eles definem vagamente como a doutrina da proximidade do *Segundo Advento e fim do mundo ou dos sculos. Os termos Adventista e Adventismo foram criados pelos Mileritas (Veja Movimento Milerita). Por conseguinte, esses termos so mais corretamente empregados na estrutura da escatologia Milerita, que inclui no apenas o ensinamento do prximo Advento pessoal de Cristo, mas tambm um corpo distintivo de doutrinas com os eventos ligados a ela. Compreendido deste modo, o Adventismo era e distinto e no deve ser confundido com outras concepes sobre o Segundo Advento. Definido no sentido impreciso da crena na proximidade do Segundo Advento o Adventismo no se originou nos Estados Unidos da Amrica nem com o Movimento Milerita. Nos primrdios do sculo dezenove, nas ilhas e no continente britnico, houve grande reavivamento e interesse no breve retorno de Cristo em contraste com o ensino ento dominante de que Cristo viria apenas aps um futuro *Milnio. Os Mileritas, na Amrica, eram parte distintiva do *Despertamento do Advento geral e consideravam a todos os que 10. Enciclopdia ASD 10 defendiam a proximidade do Advento como irmos, apesar das diferenas em outras reas da doutrina. (Veja Pr-milenismo). Mais tarde, quando representantes do grupo de adventistas guardadores do *Sbado, na Amrica, foram para o exterior, primeiro Europa, encontraram outros esperando pelo Segundo Advento. Em muitas lnguas, a expresso Adventista passou a ser usada por aqueles que no conhecem a origem da palavra, significando especificamente a igreja que ensina tanto a observncia do sbado do stimo dia como a preparao para o advento do Senhor, a saber, a Igreja Adventista do Stimo Dia. ADVENTISTA DO STIMO DIA. Nome descritivo adotado como nome denominacional em 1860 por uma ramificao dos Adventistas os que especificamente, guardam o *Sbado. (Veja Igreja Adventista do Stimo Dia, Organizao e Desenvolvimento da, para saber das circunstncias da adoo). As pessoas que primeiramente receberam o nome em 1860 foram j os Adventistas, no somente no amplo sentido da crena na proximidade da vinda de Cristo pois muitos, nos idos de 1840 em todas as partes do mundo, criam nisto mas tambm no sentido restrito de ter-se desenvolvido do *Movimento Milerita, que se tinha autodenominado *Adventista. Adotando o nome de Adventistas Guardadores do Sbado, distinguiam-se de outros dissidentes do Movimento Milerita. Deste modo, a explicao popular de que o nome era reservado a algum que cr no *Segundo Advento e observa o stimo dia superficial demais. Primeiro, h no-adventistas que observam o stimo dia os Batistas do Stimo Dia. Segundo, o termo Adventista no inclui todos os que crem no Segundo Advento (por exemplo, o Credo dos Apstolos professa crena no Segundo Advento) assim como o termo Presbiteriano no designa s os que so dirigidos por presbteros 11. Enciclopdia ASD 11 ou o termo Batista aqueles que limitam o *Batismo imerso dos crentes (que seriam ambos aplicados aos ASD). O ttulo todo Adventista do Stimo Dia (ou o equivalente em vrias lnguas) o nome oficial de uma denominao Crist com um corpo especfico de doutrinas, das quais sbado e o Segundo Advento so parte. No aplica aos que (mais em pequenos grupos) guardam o stimo dia e defendem a proximidade do Advento mas que diferem em outras doutrinas, e por isso no so parte da denominao. Por outro lado, no negado aos que tenham a mesma f mas que estejam separados por circunstncias de uma ligao organizacional com o corpo dos ASD. ADVENTISTA DO STIMO DIA, IGREJA. Corporao crist conservadora, mundial em extenso, evanglica em doutrina, no professando nenhum credo alm da *Bblia. Caracterizada por forte nfase no *Segundo Advento, que ela cr estar prximo e observa o *Sbado bblico, o stimo dia da semana. Esses dois pontos distintivos so incorporados com o nome *Adventista do Stimo Dia. A Igreja administrada por uma organizao democrtica, desde Igreja local (Veja Igreja Local), Associaes (Veja Associao Local) e Unies (Veja Igreja Adventista do Stimo Dia, Organizao e Desenvolvimento da) at a *Associao Geral da IASD (AG), com suas 13 Divises (Veja Divises) em vrias partes do mundo. O total de membros em todo o mundo (7.498.653 em 1992) distribudo aproximadamente como se segue: um quarto na Amrica Latina; um quinto na frica; um quinto na Amrica do Norte; um dcimo na Europa; um vinte avos na Austrlia. Doutrinas e Padres. A IASD rejeitou firmemente adotar um credo ou confisso, preferindo basear todas as suas crenas na Bblia. Porm, vrias declaraes de crenas gerais tm sido publicadas. (Veja Declaraes Doutrinrias da IASD; e tambm os nomes das doutrinas). Ser *Membro da Igreja, por voto da *Congregao local, 12. Enciclopdia ASD 12 envolve *Converso e *Batismo por imerso, seguindo a instruo e aceitao das doutrinas da Igreja e padres de comportamento, inclusive total abstinncia de bebidas alcolicas e fumo. A mensagem ASD distintiva pode ser resumida como o Evangelho eterno a mensagem crist bsica de *Salvao mediante a f em Cristo no conjunto das *Trs Mensagens Anglicas de Apoc. 14:6-12 o chamado para adorar o Criador, pois chegada a hora do seu *Juzo e para tomar uma posio para *Deus na crise. Essa mensagem resumida na frase, os mandamentos de Deus e a f em Jesus (v. 12). Veja Igreja Remanescente. Poltica e Organizao. A administrao da Igreja local parcialmente de modelo Presbiteriano, embora os ministros no sejam escolhidos pela *Congregao, mas sejam escolhidos pelas Associaes (ou misses, ou sees), compostas de vrias igrejas. As atividades departamentais so supervisionadas por representantes da Associaes. Vrias Associaes formam Unies, e essas constituem a Associao Geral da IASD, a corporao administrativa mundial. O Comit Executivo da Associao Geral funciona no somente mediante divises administrativas geogrficas mas tambm atravs de departamentos de orientao, comits e comisses. Veja Constituio da Associao Geral. A organizao da Igreja representa sua composio internacional. O Comit Executivo da AG inclui membros de todas as divises (exceto a da China que interrompida pelas condies mundiais e completamente autnoma do restante da Igreja). Cada Diviso tem seu presidente (que tambm vice-presidente da AG), seus oficiais e seu comit executivo e representantes que pertencem ao Comit Executivo da AG, servindo como uma espcie como um subcomit que opera em sua prpria seo do globo. A IASD opera em 204 pases e ilhas, empregando 687 lnguas. 13. Enciclopdia ASD 13 Estatsticas. As estatsticas para 1992 so: igrejas: 36.032; membros: 7.498.653; colgios e universidades: 1.018; instituies de sade: 461; fbricas de alimento: 33; ministros ordenados: 11.915; obreiros ativos: 128.725; professores: 15.576 (total). Histria. Precursores. Os ASD so, em termos de doutrina, herdeiros do *Movimento Adventista ou *Milerita dos anos de 1840; mas so herdeiros tambm de um despertamento geral anterior, em muitos pases, de interesse no *Segundo Advento, do qual o movimento Milerita era uma parte (Veja Pr-milenismo). Desenvolvimento da Denominao. O nome da denominao e a organizao bsica foram adotados entre 1860 e 1863. Porm o grupo que chegou ento ao ponto da organizao, tinha por alguns anos desde 1844 formado um corpo bem definido de indivduos, grupos e igrejas locais, que estavam desenvolvendo e ensinando doutrinas que os distinguiam claramente dos outros. Por volta de 1850, a fuso dos grupos dispersos de Adventistas guardadores do sbado na Nova Inglaterra e Nova Iorque foi assegurado por uma srie de Associaes (Veja Congressos Sabticos) sob a liderana do casal *Tiago e *Ellen G. White e de *Jos Bates. Durante o perodo de 1848 at 1850, as diferenas foram resolvidas e o esboo principal das doutrinas em comum foi estabelecido. Assim formou-se o ncleo da IASD, anos antes de existir o nome da organizao. Em 1848, Tiago White, incentivado por sua esposa, comeou a publicar o Present Truth, em Middletown, Connecticut; no ano seguinte, a Advent Review (Revista Adventista), em Auburn, Nova Iorque, e mais tarde em 1850 a *Review and Herald, em Paris, Maine mais tarde em Rochester, Nova Iorque, onde estabeleceu-se uma pequena casa publicadora. A Review and Herald tornou-se o rgo oficial da denominao. Em tudo isso, os conselhos de Ellen G. White deram 14. Enciclopdia ASD 14 inspirao e Tiago White, a liderana, a maioria dos sermes, as publicaes e a promoo. A publicadora, operada primeiramente em Rochester, Nova Iorque, foi mudada para Battle Creek, Michigan, em 1855. Battle Creek logo se tornou a sede da denominao. Durante a dcada de 1850, a elaborao das doutrinas se desenvolveu, em sua maior parte por artigos que tratavam de vrios assuntos bblicos, freqentemente citados como respostas a opositores. *John N. Andrews, um jovem em seus vinte anos com tendncia ao intelectualismo, escreveu inmeros artigos sobre o *Sbado, o *Santurio, as Bestas de Apoc. 13 (Veja Marca da Besta), e outros assuntos profticos. Seus artigos, bem formulados e bem escritos, formaram a base para folhetos posteriores e livros sobre esses assuntos. *Urias Smith, mais tarde conhecido por seus estudos em Daniel e Apocalipse, comeou a escrever sobre as profecias. Em uma reunio geral em Battle Creek em 1860, adotou-se o nome denominacional e foi formado um comit para incorporar a publicadora. A publicadora ASD tornou-se uma corporao em 1861. Em 1861, as igrejas tambm de Michigan foram organizadas em uma associao (no sentido Metodista da palavra); mais tarde, outras associaes foram formadas. Em 1863, realizou-se uma *Conferncia Geral e estruturou-se uma constituio. Veja Igreja Adventista do Stimo Dia, Organizao e Desenvolvimento da, sees I e II. Numerosas instituies foram estabelecidas na sede de Battle Creek em 1866, o Instituto Ocidental de Reforma de Sade, que em 1877 tornou-se o Sanatrio Cirrgico e mais tarde o Sanatrio de Battle Creek; em 1874, o Colgio de Battle Creek; e em 1895, o Colgio Mdico-Missionrio Americano. Em 1868, os evangelistas foram para o Oeste e iniciaram uma obra prspera na Costa do Pacfico. Na Nova Inglaterra, o evangelismo leigo foi promovido atravs de sociedades missionrias e de folhetos, iniciado 15. Enciclopdia ASD 15 no fim da dcada de 1860 e organizado em uma base denominacional em 1874. Publicaes em diferentes lnguas eram impressas para o uso entre os estrangeiros nos Estados Unidos e a influncia desse evangelismo espalhou-se (Veja Publicaes, Obra de). No fim da dcada de 1860, os ensinos Adventistas foram levados para a Europa (Itlia e Sua) por um missionrio no enviado pela denominao (Veja Czechowski, Michael Belina), e grupos dos que aceitavam as doutrinas foram formados sem contato com o grupo original. Em 1874, a AG enviou John Nevins Andrews para a Europa. Esse foi o incio de uma expanso mundial. Ao os ASD entrarem em outras terras, eles encontraram pessoas que j esperavam o retorno de Cristo, e alguns que observavam o sbado, que se uniram ao movimento Alemanha, Rssia, Argentina, Brasil e em outras partes. No fim da dcada de 1870, foi iniciada a venda da literatura ASD de casa-em-casa, que levou as publicaes ASD ao pblico em geral. Essa inovao foi to bem sucedida que se tornou um dos mtodos padro de evangelismo (Veja Colportor; King, George Albert). Na dcada de 1880, havia ASD espalhados das Ilhas Britnicas at a Rssia e da Escandinvia at a Itlia, sendo a Itlia o centro. Havia at mesmo um pequeno nmero na Turquia. Do lado oposto do mundo, Austrlia e Nova Zelndia foram alcanadas, tambm a ilha de Pitcairn no mdio Pacfico. Sentiu-se um incio na frica do Sul. Nos anos oitentas (1880), o evangelismo alcanou a Amrica Central (Honduras) e partes da Amrica do Sul (Guiana Inglesa). Na dcada dos noventas, o navio missionrio, Pitcairn iniciou contatos com vrias Ilhas do Pacfico e alcanou-se a ndia e o Japo. Embora um missionrio de sustento prprio tenha trabalhado em Hong Kong, a China no foi alcanada at a virada do sculo. No anos iniciais do sculo vinte, a igreja estava em todo o mundo e tambm voltou suas atenes para a administrao a fim de facilitar a obra nas reas onde ela j tinha se estabelecido. As Associaes Locais 16. Enciclopdia ASD 16 foram unidas em uma rea mais ampla, as Unies (Veja Igreja Adventista do Stimo Dia, Organizao e Desenvolvimento da) durante o perodo de 1894 a 1901; em 1913, as Divises (Veja Diviso) foram formadas em uma base continental. Em 1901, o planejamento e controle sobre as vrias fases da obra da Igreja tornaram-se mais centralizadas com a formao dos departamentos da Associao Geral no lugar de vrias organizaes independentes e um Comit Executivo melhor representado assumiu a funo de liderana. Em 1903, a sede foi mudada para Washington, D.C. Em anos posteriores, como todas as partes do globo estavam determinadas s vrias Divises, novos territrios foram alcanados e tornaram-se bases para maiores expanses ao se desenvolver a liderana indgena. A Igreja se tornou verdadeiramente mundial em expanso, embora sempre desafiada por regies posteriormente alcanadas. Seu crescimento mostrado em uma tabela anterior de estatsticas histricas. ADVENTISTA, REVISTA. Veja Revista Adventista. ADVENTISTAS DAVIDIANOS E MOVIMENTO VARA DO PASTOR. Um ramo fundado por Victor T. Houteff, membro de uma Igreja ASD de Los Angeles, Califrnia, em 1929, popularmente chamada de Vara do Pastor, segundo o ttulo de sua primeira publicao. Sua organizao tomou o nome de Adventista do Stimo Dia Davidianos em 1942. Houteff, que se considerava divinamente inspirado e mensageiro de Deus, estabeleceu o assunto primrio de seus ensinos em sua primeira publicao como segue: Esta publicao contm apenas um nico assunto com uma lio dupla; isto , os *Cento e Quarenta e Quatro Mil (Apoc. 7:4-9; 14:1) e um chamado para reforma (A Vara do Pastor, 1 ed. 1930, vol. 1, p. 11). 17. Enciclopdia ASD 17 Em maio de 1935, Houteff e 11 seguidores (inclusive crianas), migraram para Waco, Texas, e estabeleceram uma colnia em uma fazenda prxima a que se referiam como Centro do Monte Carmelo. Este centro deveria ser um quartel temporrio para a reunio dos 144.000 selados, preparatrio para sua transferncia para a Palestina como o reino restabelecido de Davi sob um regime teocrtico, para dirigir o trabalho final do Evangelho sobre a terra antes do *Segundo Advento de Cristo. Antes de sua morte em 5 de fevereiro de 1955, Houteff apontou sua esposa para que dirigisse seu rebanho at que o Senhor escolhesse outro profeta para que tomasse a responsabilidade. O Tribune-Herald de 27 de fevereiro de 1955, noticiou, pouco depois da morte de Houteff, que, por vezes, havia 125 pessoas vivendo no Monte Carmelo, incluindo crianas e alguns invlidos no lar de repouso. Imediatamente aps a morte de Houteff, a Vara do Pastor comeou a se esfacelar em pequenos grupos. O principal, sob a liderana de Houteff, anunciou ao pblico, atravs da imprensa, que o perodo proftico de 1.260 dias preditos em Apoc. 11 terminariam no dia 22 de abril de 1959; e que, naquela data, *Deus interviria de uma maneira notvel na Palestina para expulsar judeus e rabes para o estabelecimento do reino Davidiano naquele pas. Respondendo a um chamado oficial para se reunirem em Waco nos dias 16-22 de abril de 1959, em prontido para se mudarem para a Palestina to logo a Providncia indicasse, muitas centenas de pessoas se reuniram no Centro do Monte Carmelo para esperar o cumprimento da predio. Quando a data passou normalmente, a maioria das pessoas desapontadas, confusas, e embaraadas espalharam-se vagarosamente de Waco para recomear vida nova em outro lugar, medida do possvel. Alguns retornaram Igreja ASD, alguns perderam totalmente a f na *Bblia e voltaram para o mundo, alguns se uniram a grupos pequenos, tais como o Ramo (que realmente enviou alguns 18. Enciclopdia ASD 18 colonizadores para Israel em uma misso que terminou em fracasso). Alguns ficaram com os lderes de Waco para enfrentarem o futuro. A Sra. Houteff e seus lderes associados publicamente reconheceram, em uma edio de 12 de dezembro de 1961 e 16 de janeiro de 1962, que o grupo da Vara do Pastor e seus ensinos particulares no eram sadios. Finalmente, em 11 de maro de 1962, eles renunciaram, declararam a Associao Davidiana dissolvida, fecharam seu Centro do Monte Carmelo, e colocaram a propriedade venda. Uns poucos dissidentes da Vara do Pastor, opostos entre si, ainda lutam para sobreviver. Tragdia em Waco. O maior grupo do Ramo dos Davidianos se encontrava no Rancho Apocalipse no Monte Carmelo pertencente seita, em Waco, Texas, EUA. Era liderado por David Koresh (Vernon Howell), 33 anos. Ele cresceu na IASD, demonstrando-se muito inteligente nas coisas da Igreja. Seus problemas comearam quando ele comeou a ir para a escola, abandonando-a alguns anos depois. Apenas estudava a Bblia e tocava violo. Aos 18 anos, usando cabelos compridos e roupas muito informais, comeou a freqentar novamente a Igreja em Chandler, Texas. Mudou- se algum tempo para Waco e uniu-se ao Ramo Davidiano. Quando chegou, a seita era liderada por Lois Roden, uma senhora impopular entre os seguidores por afirmar que o Esprito Santo do sexo feminino. Seu filho, George Roden aspirava liderana do grupo, mas era tambm impopular. Howell logo conseguiu a simpatia do grupo por seu carisma e conhecimento da Bblia. Em breve a liderana dos Davidianos foi posta em suas mos. Isso se deu devido s novas pretensas revelaes de Howell: ele era o stimo anjo do Apocalipse destinado por Deus a trazer o fim do mundo. O fim do mundo viria quando Israel comeasse a converter os judeus. A converso causaria uma excitao mundial culminando com a invaso da Terra Santa pelas foras armadas dos EUA, ocorrendo o *Armagedom. Ento Howell seria transformado em 19. Enciclopdia ASD 19 um anjo guerreiro que limparia a terra, preparando-a para a Nova Jerusalm. Ele realmente foi para Israel em 1980. Mas, como seus planos falharam, ele ps em ao o Plano B: em 1990, mudou seu nome para David Koresh. Koresh a forma hebraica de Ciro, o rei babilnico que libertou Israel. Abandonando a teoria do Apocalipse em Israel, comeou a predizer que o fim seria no Texas. Os fiis esperariam no Monte Camelo at o momento em que o exrcito americano traria o fim do mundo. Koresh levava o estigma de imoralidade sexual, mantendo relaes sexuais com adolescentes, rebelio contra o governo e uso de bebidas durante os cultos. As condies higinicas tambm eram das piores. Foi nesse ambiente que ocorreu o fim da seita. O Armagedom teve incio em 28 de fevereiro de 1993, quando agentes do Departamentos de lcool, Tabaco e Armas dos EUA, foram informados de que os davidianos estocavam armas e munies. Alm disso, Koresh foi acusado tambm de poligamia com as esposas e filhas dos fiis, ingesto de cerveja durante os cultos e abuso sexual de crianas. Nesse dia, tentaram prender Koresh, porm, sem sucesso. Havia no local 120 homens, mulheres e crianas. O cerco se alongou por 51 dias de negociaes com Koresh e Steve Schneider com o FBI, e os fiis falavam em suicdio coletivo. Na madrugada de 19 de abril de 1993, o FBI invadiu o rancho dos Davidianos. Porm, ao meio dia do dia 20 de abril, comeou um incndio que carbonizou 86 fiis, entre eles crianas e o lder, David Koresh. Apenas 9 sobreviveram ao incndio. No se sabe se foi Koresh e seus seguidores que atearam fogo no rancho, ou se lanternas derrubadas pelo FBI provocaram o incndio, como afirmaram os sobreviventes. O movimento ainda sobrevive em aproximadamente 10 grupos de 40 membros cada. Eles esperam alcanar o nmero 144.000 para irem a Jerusalm, e expulsarem os judeus e rabes para se estabelecerem definitivamente ali. 20. Enciclopdia ASD 20 ADVENTO. Veja Segundo Advento. ADVOGADO. [gr. parakletos, pessoa chamada para estar ao lado de algum a fim de dar assistncia ou conselho, ajudador, intercessor, conselheiro.] Termo que aparece uma vez na Bblia, usada para Cristo em Seu ministrio em favor de pecadores arrependidos (I Joo 2:1). Parakletos em suas outras ocorrncias no N.T. (Joo 14:16, 26; 15:26; 16:7) refere-se ao *Esprito Santo e traduzido como Consolador (ARA). Designao do Esprito Santo como outro Consolador em Joo 14:16 infere que Cristo tinha estado a servir Seus discpulos na mesma funo a de um Consolador. difcil achar uma s palavra portuguesa que substitua perfeitamente os vrios usos sugeridos por parakletos. Em I Joo 2:1, as funes de intercessor, mediador, ajudador, estavam provavelmente na mente do autor. AGNCIA ADVENTISTA DE ASSISTNCIA E DESENVOLVIMENTO (ADRA) (Adventist Development Relief Agency). Envolve filantropia e projetos de desenvolvimento. Organizada com o objetivo de prestar ajuda com roupas, alimentos, medicamentos, abrigos e outros socorros s vtimas das grandes catstrofes, como: terremotos, furaces, enchentes, guerras, secas, fome, etc., em qualquer parte do mundo. Conta com a participao de empresas, banqueiros e industriais, cujo objetivo dar apoio e suporte s instituies adventistas regionais. Ralph S. Watts Jr. o lder mundial do Departamento de Assistncia Social Adventista (ADRA) da *Associao Geral da IASD, nos EUA. Na *Diviso Sul-Americana da IASD (DSA) dirigida pelo Pr. Haroldo Morn. (1994). Uma atividade indita da ADRA com recursos alimentcios da Europa na DSA, foi a realizada no municpio de Cod, no Estado do Maranho, que uma regio de mais altos ndices de populao em pobreza 21. Enciclopdia ASD 21 absoluta. Distante 300 Km. da capital, Cod alvo do projeto da Comunidade Econmica Europia que, atravs da ADRA, levou esperana a 50 mil pessoas. A ADRA da Alemanha a mantenedora e responsvel pelo projeto, e esta designou como diretor do mesmo, o Sr. Paulo Seidl e o Pr. Joo Cludio do Nascimento como diretor executivo. Foi organizada a distribuio de todos os alimentos. Tambm foi oferecido um treinamento que lhes permita alternativa de trabalho. Seu incio efetivo no Brasil foi em 1931, com o lanamento da lancha assistencial Luzeiro I, com o Pr. *Leo Blair Halliwell e sua esposa *Jessie Halliwell, nas guas dos Rio Amazonas. A partir da vrias pessoas tem recebido atendimento mdico e alimentar em todo o pas. Depois de 1960 o comandante da Luzeiro do Sul, realizou uma exposio de uma pintura da lancha Baa de Paranagu, em Curitiba, PR. Em 1966, foi repetida a exposio com a lancha com fatos e fotos da obra assistencial, a fim de levantar donativos para este trabalho. Neste mesmo ano a *Obra Filantrpica e de Assistncia Social Adventista (OFASA) teve uma sede em Belo Horizonte, MG, onde foi instalada tambm uma clnica mdica chamada Luminar. Em 1967, a *Unio Norte-Brasileira da IASD recebeu a doao de uma avio anfbio para as atividades assistenciais realizada pelas lanchas. O hidroavio foi batizado com o nome de Leo Halliwell. Muitos outros centros assistenciais foram inaugurados, os quais organizavam cursos de alfabetizao de adultos, formao profissional, arte culinria, corte e costura, pintura em tecido e bordados artsticos, socorristas voluntrios e outros. A Assistncia Social Adventista (ASA) administrou os ambulatrios circulantes na transamaznica em convnio com o Funrural. Em 1973, a *Misso Costa-Norte da IASD, vendeu o avio Leo Halliwell e comprou outros de mais capacidade. A ASA no Brasil, a OFASA nos pases latino-americanos de fala espanhola e o Seventh Day 22. Enciclopdia ASD 22 Adventist World Service (SAWS), nos EUA - Servio Social Adventista Mundial. (At 1972 recebia o nome de Seventh-day Adventist Welfare Service - Servio Beneficente Adventista do 7o Dia), todos tem o mesmo propsito: prestar auxlio onde houver necessidade. Em 1977, foi um ano de preparao. Estocaram roupas e medicamentos. Pela primeira vez as trs Unies Brasileiras participaram em convnio com o SAWS e em colaborao com a Superintendncia Nacional de Abastecimento APD e Diaconia. A *Unio Sul-Brasileira da IASD foi a primeira a possuir o seu Centro Assistencial prprio. No dia 23 de junho de 1981 a IASD comemorou o cinqentenrio do lanamento da lancha assistencial Luzeiro I, em 1931. Foi feito um carimbo comemorativo do jubileu da ASA no Brasil, solicitado Empresa Brasileira de Correios e Telgrafos. Em 1983, a Associao Geral organizou um novo departamento de Assistncia Social, que passou a englobar o SAWS e o Setor de Projetos Especiais: a ADRA, patrocinando assim o servio social adventista em todo mundo. Com a ajuda de doadores norte-americanos, a ADRA construiu 26 igrejas em 1993 na regio amaznica. So estruturas simples, sem sofisticao, desenhadas para conter entre 200 a 300 pessoas cada uma. Nos dias 25 a 27 de agosto de 1994, foi realizado o I Encontro de Lderes da ADRA da *Associao Paulista Central da IASD sob coordenao do Pr. Daniel Pereira dos Santos, lder do setor. Ali partilharam idias, experincias do trabalho e receberam instrues quanto dinmica das atividades. AGREMIAO DOS OBREIROS ADVENTISTAS DE HORTOLNDIA (AJAH). A sede da sociedade localiza-se Rua Schiaveto, 310, nas proximidades do *Instituto Adventista So Paulo (IASP). uma Associao formada por obreiros jubilados adventistas residentes em Hortolndia, SP. 23. Enciclopdia ASD 23 O objetivo da AJAH desenvolver um melhor relacionamento entre os membros mediante a promoo de atividades religiosas, sociais, fsicas, bem como imaginar meios que lhes possibilitem bem-estar e condies mais favorveis. Atualmente, a AJAH, tem sua sede prpria em terreno da Obra ASD, doado gentilmente pela Prefeitura de Sumar, SP. As instalaes da sede compreendem dois pavilhes de 7,5 metros de largura por 26 metros de comprimento, cada um. Segundo Moiss Nigri, essa a primeira agremiao de obreiros jubilados que possui sede prpria no mundo adventista. O pavilho principal tem um salo de 7 x 18 metros, para reunies regulares, mensais, a cada segundo sbado do ms, quando h um perodo de oraes, palestras de mdicos que do orientaes quanto medicina preventiva, alimentao, exerccios fsicos adequados para a terceira idade. Anexas, h ainda uma cozinha equipada com geladeira, fogo, etc. e ainda uma sala para secretaria e tesouraria. O outro pavilho destina-se exclusivamente ao exerccio fsico dos idosos. Ali joga-se tambm malha e bocha. A agremiao promove tambm almoos de confraternizao, excurses a instituies adventistas, parques, zoolgicos e guas termais. Realiza-se programas juntos s igrejas, aos sbados, desde a *Escola Sabatina at o Programa JA relatando experincias de como *Deus tem operado maravilhosamente atravs dos anos. notrio que os jubilados que aprenderam a divina arte de envelhecer, ou seja, viver vida longa, feliz e com sade, participando dos programas espirituais, sociais e recreativos, so os que seguem uma vida ativa junto s igrejas onde atuam, no confiando apenas na experincia do passado. Os associados da AJAH seguem a filosofia contida em um dos pensamentos do *Esprito de Profecia que diz: 24. Enciclopdia ASD 24 No vos jacteis pelo que fizestes no passado, mas mostrai o de que sois capazes agora. ... Mantende jovem vosso corao e esprito, mediante exerccio contnuo. (IIME, p. 222.) Em meados de 1979, j havia em Hortolndia cerca de 30 obreiros adventistas jubilados. Surgiu a idia de fundar-se uma associao dos obreiros aposentados que residiam naquela regio. A primeira reunio foi convocada para a efetivao do plano, no livro da secretaria da entidade: Aos 4 dia do ms de agosto de 1979, s 20 horas, sob a presidncia do Pr. Oscar Luiz dos Reis, indicado pela Assemblia, teve lugar na residncia do Pr. *Paulo Marquardt, uma reunio das pessoas interessadas na criao de uma entidade que congregasse obreiros jubilados da *Igreja Adventista do 7o Dia, nesta regio de Hortolndia. Decidida a criao da referida entidade, ficou definido que a associao teria o nome de Associao dos Jubilados Adventistas de Hortolndia AJAH, passando em 1985 para Agremiao dos Obreiros Jubilados Adventistas. Uma vez definido o nome, passou-se aprovao dos regulamentos que deveriam reger a entidade. O regulamento interno, foi aprovado por unanimidade e, em seguida, a assemblia procedeu a votao da diretoria para o ano de 1979 o primeiro ano da sociedade. Foram indicados os seguintes nomes: Presidente: Oscar L. dos Reis; Vice- Presidente: Carlos Trezza; Vice-Presidente: Sesstris C. Souza; Diretor Financeiro: Willy Baranski; Vice-Diretor Financeiro: Paulo Marquardt; Diretor Capelo: Honrio Perdomo; Diretor Promocional: Lapim Nunes; Secretria: Lcia Trezza; Vice Secretria: Zuleica Queiroz. 25. Enciclopdia ASD 25 ALBUQUERQUE, JOO (1921-1978). Impressor da *Casa Publicadora Brasileira (CPB). Nasceu no dia 04 de setembro de 1921, em Bebedouro, SP. Em maio de 1943, casou-se com Ester Apolinrio de Albuquerque, cerimnia realizada pelo Pr. *Luiz Waldvogel. Dessa unio nasceram 3 filhas: Evani, Nanci e Dulci. Em 08 de dezembro de 1937, foi admitido na CPB onde trabalhou 41 anos em vrios setores da editora, sendo considerado um dos impressores do mais alto nvel tcnico. Faleceu no dia 7 de novembro de 1978, em So Paulo, aos 57 anos de idade. ALELUIA. [gr. alleluoia, transliterao do heb. halel-yah, louvai a Jah.] Uma interjeio piedosa que significando louvai a Jah ou louvai ao Senhor (Apoc. 19:1, 3, 4, 6). O termo uma transliterao de uma forma imperativa do heb. halal, louvar, qual acrescentada a forma heb. Yahweh, o nome pessoal de Deus. A frase hebraica encontra- se vrias vezes no A.T. hebraico, principalmente no hallel, isto , nos salmos de louvor, mas sempre traduzida como Louvai ao Senhor. Em muitos desses salmos, a exclamao aparece no incio e no fim (Sal. 106; 113; 146-150), em outros apenas no incio (Sal. 111; 112), e em outros no final (Sal. 104; 105). Essas expresses de louvor em tais salmos podem ter servido para alguns propsitos litrgicos ou podem simplesmente ter sido usadas como expresses de profundo louvor e gratido a Deus. Sendo que a expresso tem uma referncia ao nome de Deus, seu uso comum ou irreverente seria proibido pelo terceiro mandamento. ALFA E O MEGA. [gr. A (alpha) e (omega), a primeira e a ltima letras do alfabeto grego.] Ttulo para Deus o Pai e para Cristo. Ocorre 4 vezes no livro de Apocalipse (1:8; 11; 21:6; 22:13) e na ARA apenas 3, omitindo a do verso 11 devido a fortes evidncias textuais. Como o prprio Joo a explica, a expresso significa o incio e o fim 26. Enciclopdia ASD 26 (1:8). Ela infere que Deus eterno Ele sempre foi, Ele sempre ser. Nos caps. 1:8 (cf. v. 4); 21:6 (cf. 20:11; 21:3, 5) o ttulo provavelmente descritivo de Deus o Pai, embora no captulo 22:13 (cf. v. 6) refira-se claramente a Cristo. ALIMENTOS. Veja Dieta; Sade, Princpios de. ALLEN, ALVIN NATHAN (1880-1945). *Pastor, Missionrio na Amrica Latina, professor e administrador. Nasceu em lar adventista e recebeu educao nos colgios de Battle Creek e Union em 1900 e 1901. Casou-se com Luella Emilu Goodrich em 1901. De seu casamento com Luella, nasceram: Winifred, casada com George Floodman; Ana, falecida em 1918; Ester, casada com Carlos Rentfro; Tadlock e Victor, falecido em 1915. Foram para Bay Islands e Honduras onde Luella e seus pais j atuavam como missionrios. Juntos colportaram, lecionaram e pregaram. Em Honduras, Allen fez um curso de Odontologia. Em 1907, obteve uma licena e estudou no Washington Missionary College. Ali fez cursos rpidos de medicina. Em 1908, foi ordenado e enviado ao Peru como superintendente, mdico, missionrio e dentista. Sentiu o desejo de trabalhar entre os indgenas e seguiu para as regies inspitas do Peru, a fim de conhecer aquele povo to sacrificado que habitavam uma regio de 8.000 Km2 . Havia corredores ngremes distantes, muitos quilmetros uns dos outros, e por entre as montanhas. Os antigos possuam objetos valiosos feitos de ouro e prata. Havia abundncia de minrios preciosos na regio o que despertou cobia nos espanhis que vieram explorar a terra e escravizar aquele povo que habitava as alturas da Cordilheira dos Andes. Organizou-se um trabalho educacional entre os ndios, com o total apoio de Manuel Camacho, seu chefe. O governo apreciou o trabalho realizado pela Obra Adventista, que apoiou o incio de uma escola em nvel superior, que mais tarde tornou-se a Universidade Unio Incaica. 27. Enciclopdia ASD 27 Entre os anos de 1914 e 1917, Allen dirigiu a Misso Cubana e depois foi presidente da Associao Carolina do Sul. Em 1917 assumiu a responsabilidade pelas relaes de servios de guerra, na Unio Sul (Estados Unidos) e pregou no Tennessee e Kentucky. Em 1920 foi para o Mxico, onde trabalhou entre os ndios de Techuantepec e entre os Sapotecos. Ao voltar aos Estados Unidos, organizou e dirigiu interinamente a Spanish-American Training School (Escola de Treinamento Hispano-Americana), escola de treinamento para falantes de lngua castelhana, em Phoenix, Arizona. Em 1926, veio para o Brasil e lecionou Bblia no *Colgio Adventista Brasileiro (CAB). Foi chamado para trabalhar entre os *ndios Carajs, Javas, Tapiraps, Xavantes, no Rio Araguaia, Ilha do Bananal e Rio Tapiraps. Em 1938, Allen adoeceu e retornou aos Estados Unidos. Continuou trabalhando e pregando na Flrida, Kentucky, Tennessee e Califrnia, at poucas semanas antes de sua morte. Faleceu em 1945 e foi sepultado em Redland, entre Los Angeles e So Francisco, no Estado da Califrnia, EUA. ALMA. Os termos gregos e hebraicos traduzidos como alma tm muitas variaes de significados. A primeira ocorrncia da palavra hebraica nephesh a de Gn. 2:7: E formou o Senhor *Deus ao homem do p da terra e lhe soprou nas narinas o flego de vida e o homem passou a ser alma vivente (nephesh). Alma a traduo mais comum do hebraico nephesh (de nephash, respirar) e do grego psyche. Sendo que o flego a mais notvel evidncia da vida, nephesh designa basicamente o homem como um ser vivente, uma pessoa. Neste sentido, o homem uma alma, por exemplo, em Nm. 19:18, onde o plural de nephesh traduzido como pessoas. Freqentemente nephesh significa vida (I Sam. 20:1; 22:23; I Reis 3:11; etc.) assim traduzida na KJV 119 vezes. Geralmente nephesh 28. Enciclopdia ASD 28 usada no lugar de um pronome pessoal, significando eu, voc, ele, ela etc. (I Reis 20:32, mim; e em Jer. 17:21, vocs, etc.). Nephesh tambm aplicado a animais (Gn. 1:20, 21, 24, traduzido como criatura, etc.). No N.T., a palavra grega psyche, alma, tem um significado semelhante, embora freqentemente enfatize o consciente ou a personalidade. Nem nephesh nem psyche conotam uma entidade imaterial ou imortal ou parte de um homem capaz de conscincia independente de um corpo. Na morte, o homem pra de ser uma alma vivente. Seu esprito (Heb. rach) retorna a Deus que o deu (Ecl. 12:7; Veja Esprito). Neste mesmo dia perecem todos os seus desgnios (Sal. 146:4). A existncia consciente cessa na *Morte, pois os mortos no sabem coisa alguma (Ecl. 9:5). O conceito de uma alma imortal no momento da morte, como um esprito sensitivo e inteligente com existncia separada do *Corpo, entrou no pensamento judaico durante o perodo intertestamentrio atravs da influncia da filosofia grega. Durante os trs primeiros sculos depois de Cristo, telogos cristos adotaram a idia da mesma fonte, especialmente de Plato. De acordo com o historiador grego Herdoto, os gregos emprestaram este conceito dos egpcios (History of The Persian Wars, ii. 123). Esse conceito totalmente pago eventualmente substituiu o significado Bblico original de nephesh e psyche to completamente que impregnou estes termos com uma significao totalmente estranha quela estabelecida na *Bblia por seus escritores. Este conceito popular a base para vrias doutrinas no- bblicas, tais como a idia de que ao morrer o homem vai para o cu, purgatrio ou *Inferno e que os mpios devem ser enviados para um inferno de fogo. As Escrituras ensinam que Deus somente tem a imortalidade (I Tim. 6:16), que o homem pode obt-la somente em Cristo (Joo 3:16; II Tim. 1:10), que o homem pode receber o mrito deste dom quando aceita a Cristo (I Joo 5:10-12), e que a imortalidade 29. Enciclopdia ASD 29 ser concedida a todos os salvos simultaneamente na *Ressurreio e na *Segunda Vinda de Cristo (Rom. 2:7, 8; I Cor. 15:20-26, 51-54). Desde o incio, os ASD tm rejeitado o conceito pago da imortalidade natural da alma, juntamente com as doutrinas derivadas dele e baseadas nele. Veja Esprito; Imortalidade; Morte; Ressurreio; Vida Eterna. ALTAR. Veja Santa Ceia. ALTO CLAMOR. A proclamao da mensagem de Apoc. 18:1-4, representada como sendo proclamada pelo *Anjo que vinha do cu, que tinha grande autoridade, e com sua glria a terra se iluminou. A frase reflete a declarao de que este anjo exclamou com potente voz. A mensagem proclamada pelo anjo o chamado final de *Deus queles dentre Seu povo que ainda esto na *Babilnia para que saiam dela a fim de evitar serem participantes de seus pecados e de suas pragas. Essa mensagem evidentemente dada antes do fechamento da *Porta da Graa, tendo em vista que ainda haja bastante tempo e oportunidade para o povo achar salvao fugindo de Babilnia. tambm o apelo final do Cu para o homem, ltima mensagem relatada na *Bblia, pois precede imediatamente as cenas terrveis da retribuio divina que marcam a transio dos reinos deste mundo para o reino de *Jesus Cristo. Os ASD entendem que o anjo de Apoc. 18 une sua voz do terceiro anjo do captulo 14:9-11, em vista do fato de que a mensagem proclamada pelo ltimo, em seu contexto, tambm a ltima mensagem de Deus ao homem e precede imediatamente a vinda de Cristo e o julgamento final de Deus sobre a Terra. Este anjo, de igual modo, falava com uma potente voz. Conseqentemente, os ASD, s vezes, misturam as duas em uma s mensagem qual se referem como o alto clamor do terceiro anjo. O primeiro anjo de Apocalipse 14 anuncia a hora do 30. Enciclopdia ASD 30 julgamento divino; o segundo anjo, a queda espiritual de Babilnia. O terceiro anjo adverte contra o Evangelho forjado de Babilnia. A obra deste anjo vem, no tempo devido, unir-se ltima grande obra da mensagem do terceiro anjo, ao tomar esta o volume de um alto clamor. (PE, 277). Estes anncios (Apoc. 18:1-4), unindo-se com a terceira mensagem anglica (cap. 14:9-11), constituem uma advertncia final a ser dada aos habitantes da terra (GC, 610). uma mensagem do Cu pronunciando uma advertncia final contra a Cristandade corrupta e apostatada, e que vai com tanto poder que a terra toda se ilumina com a sua glria (*Tiago White, *Review and Herald, 15/01/1880). A terceira mensagem para amadurecer a colheita da terra (Tiago White, ibid., 11/06/1861). Quanto aplicao literal desta profecia simblica, *Urias Smith escreveu: O anjo no literal, e no devemos supor que devamos ouvir uma voz literal soando pela terra, advertindo e proclamando essa mensagem. simplesmente a verdade tomando seu rumo para todas as partes do mundo (ibid., 31 de janeiro de 1878). Este futuro desenvolvimento, *Ellen G. White descreveu em mais detalhes como segue: Servos de Deus, com o rosto iluminado e a resplandecer de santa consagrao, apressar-se-o de um lugar para outro para proclamar a mensagem do Cu. Por milhares de vozes em toda a extenso da terra, ser dada a advertncia. ... Assim os habitantes da terra sero levados decidir-se. (GC, 617). 31. Enciclopdia ASD 31 Os homens de todas as partes viro das igrejas apstatas que compem a Babilnia mstica e se uniro ao remanescente de Deus (PE, 33). Todos os que no haviam ouvido e rejeitado as trs mensagens, obedeceram chamada e deixaram as igrejas cadas. (PE, 278). Sobre as crises nas quais o alto clamor culmina, a Sra. White escreveu posteriormente: Terrvel a crise para a qual caminha o mundo. Os poderes da Terra unindo-se para combater os mandamentos de Deus, decretaro que todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os servos (Apoc. 13:16), se conformem aos costumes da igreja, pela observncia do falso *Sbado. Todos os que se recusarem a conformar-se sero castigados pelas leis civis, e declarar-se- finalmente serem merecedores de *Morte. Por outro lado, a lei de Deus que ordena o dia de descanso do Criador, exige obedincia, e ameaa com ira divina todos os que transgridem os seu preceitos. Esclarecido o assunto, quem quer que pise a lei de Deus para obedecer a uma ordenana humana, recebe o sinal da *Besta; aceita o sinal de submisso ao poder a que prefere obedecer em vez de Deus (GC, 610). Compare Apoc. 13:13-17. Quando essa ltima trombeta do Evangelho soar escreveu M. E. Cornell, o tempo da graa acabar, e o eterno decreto sair (Apoc. 22:11, citado). O destino de todos ser ento irrevogavelmente fixado (RH, 10 de outubro1854). A porta da graa se fecha e as *Sete ltimas Pragas caem. Veja tambm Chuva Serdia; Trs Mensagens Anglicas. AMADON, MARTHA D. (BYINGTON) (1834-1937). A filha mais velha de *John Byington, a primeira professora de uma escola estabelecida em Bucks Bridge, Nova Iorque, com seu pai em 1853, que 32. Enciclopdia ASD 32 a primeira escola organizada para crianas ASD. Em 1860, ela se casou com George W. Amadon. Foi tambm a primeira diretora da Sociedade Beneficente Dorcas (Veja Dorcas, Sociedade Beneficente), e realizou muitas reunies em sua casa em Battle Creek, onde costurava roupas para os carentes. AMARAL, OSCAR FERRAZ DO (1908-1990). Ex-padre convertido ao Adventismo. Nasceu no dia 18 de abril de 1908 em Piracicaba, SP. Cursou Teologia no Seminrio do Ipiranga, SP. Posteriormente, seguiu para a Itlia onde estudou Filosofia. Retornando ao Brasil exerceu o sacerdcio catlico em diversas cidades paulistas. Em 1962 teve os primeiros contatos com a IASD, sendo batizado em 31 de janeiro de 1965. Casou-se com Nadir Dentello no dia 26 de dezembro de 1965. Atuou como obreiro por cerca de 12 anos visitando igrejas e famlias atravs do Brasil. O Padre Oscar, como era conhecido, faleceu no dia 13 de setembro de 1990 aos 82 anos de idade, em So Paulo, SP. AMM. [heb. amen, certamente, sem dvida, verdadeiramente, de aman, ser fiel, ser firmemente estabelecido; gr. amen, transliterao do hebraico.] No A.T., amm aparece como um afirmao de assentimento de uma proclamao (como em Deut. 27:15-26), e como uma resposta, talvez de uma congregao, aos salmos cantados no servio do Templo (Sal. 41:13). Em Is. 65:16, amen traduzido como verdade, literalmente, Deus do Amm, enfatizando a fidelidade e confiabilidade de Deus. No N.T., Amm comumente segue uma doxologia, ou atribuio de louvor a Deus, seja longo (como em I Tim. 1:17) seja curto (Rom. 11:36). tambm usado como a palavra final na maioria das epstolas (como em Judas 25), embora em alguns casos, a evidncia dos manuscritos seja divergente quanto a ter realmente ocorrido a palavra nos autgrafos originais (veja Fil. 4:23). 33. Enciclopdia ASD 33 Em alguns casos, o amen grego traduzido como verdadeiramente, em vez de ser transliterado. Esse o caso quando amen prefixa as afirmaes mais solenes da verdade por nosso Senhor, como em Mat. 5:18. No *Evangelho de Joo (cap. 1:51) o termo duplicado, sem dvida, por motivos de nfase. AMIGOS. Veja Desbravadores, Clube de. AMILENISMO. Veja Pr-milenismo. AMOR. Muitos termos gregos e hebraicos so traduzidos como amor na Bblia, tendo vrias nuanas de significado. A palavra do A.T. geralmente traduzida como amor ahabah e o verbo amar ahad. Esses termos compreendem amor em sua esfera mais ampla, o amor de Deus para com o justo (Sal. 146:8), o amor do homem para com Deus (Deut. 11:1; Sal. 116:1) e pelas coisas de Deus (Sal. 119:97), o amor de um homem para com sua famlia e amigos (Gn. 22;1, 24:67; Lev. 19:18) ao amor ilegtimo nascido da paixo (II Sam. 13:1; I Reis 11:1). O N.T. tem duas palavras para amor, agape, e seu respectivo verbo agapao, amar, e o verbo phileo, gostar, ter afeio, amar. O substantivo associado philia amizade, amor, no aparece no N.T.. Os gregos tm uma terceira palavra para amor: eros, amor, mais para a paixo sexual e est associada ao verbo erao, amar apaixonadamente, mas essas palavras no aparecem no N.T.. Agape era antigamente um termo distintamente cristo, pois no se achou nenhum exemplo dele em fontes gregas seculares. Agora, porm, tm sido achados vrios exemplos inquestionveis de seu uso fora da literatura crist. Porm, a escassez de tais exemplos, e a freqncia de agape na literatura crist mostram que os cristos adotaram especialmente esse termo para descrever o conceito mais alto de amor revelado no evangelho. Deus agape (Rom. 5:8; Ef. 2:4; I Joo 3:1). 34. Enciclopdia ASD 34 Agape tambm descreve a relao entre Deus e Cristo (Joo 15:10; 17:26). usado para o amor humano (Joo 3:35; Rom. 12:9) e citado como um fruto do Esprito, sendo o primeiro fruto mencionado (Gl. 5:22). A definio clssica de agape encontra-se em I Cor. 13. Aps listar vrios dons especiais e consecues (cap. 12), o apstolo nota que o amor um caminho mais excelente (v. 31). Das qualidades inerentes da f, esperana e amor, ele lista o amor como a maior (cap. 13:13). Nessa e em vrias outras passagens, a ARA traduz agape como caridade. Phileo, amar, gostar, beijar, ocorre muito menos freqentemente do que agapao. O amor representado por phileo o amor por afeio ou sentimental, baseado mais em sentimentos e emoes do que o amor representado por agapao. Exemplos de tal uso so Mat. 6:5; 10:37; 23:6; Joo 11:3, 36. Esse amor nunca ordenado na Bblia, pois menos espontneo, como o amor do pai para com o filho e o amor de um filho para com seu pai (Mat. 10:37); mas o amor representado por agapao (Mat. 5:44; Ef. 5:25). Isso possvel porque agape um princpio, e pode ser descrito como amor respeitoso e estima, um amor que traz em cena os mais altos poderes da mente a inteligncia. a espcie de amor que o cristo deve ter para com seus inimigos (Mat. 5:44). Isto , ele deve tratar seus inimigos com o devido respeito, mas ele no ordenado a ter uma afeio emocional para com eles, tal como seria exigido se tratasse do amor phileo. ANTEMA. [gr. anathema, literalmente, algo colocado, algo estabelecido, algo separado, como algo devotado no templo, algo amaldioado. Na LXX, anathema comumente traduz o heb. cherem, (uma coisa) devotada, (uma coisa) amaldioada.] Termo usado na ARA de I Cor. 16:22 para pronunciar uma maldio sobre o que deliberadamente repele o amor de Cristo. Mais comumente, anathema 35. Enciclopdia ASD 35 traduzido como amaldioado (Rom. 9:3; I Cor. 12:3; Gl. 1:8). Essa tambm a traduo de anathema em I Cor. 16:22. ANCIO DA IGREJA. Oficial mais alto na *Igreja (Organizao Local), subordinado apenas ao *Pastor. Ele eleito pela Igreja por um ano, e pode ser reeleito. Aps sua eleio inicial, ele deve ser ordenado ao cargo por um ministro ordenado (Veja Ordenao). Ele no tem que ser reordenado ao aceitar o mesmo cargo em outra Igreja. Pode tambm trabalhar como *Dicono sem ordenao quele cargo. Na ausncia do Pastor, o *Ancio da Igreja responsvel pelos cultos, seja para program-los ou conduzi-los. Ele tambm conduz a *Santa Ceia. Enquanto o Pastor geralmente o presidente da Comisso da Igreja, o ancio local pode agir como secretrio se parecer aconselhvel (Veja *Manual da Igreja, pp. 68, 79, 99, 163). O trabalho de um ancio local est limitado Igreja que o elegeu. Por arranjo especial com o presidente da Associao, o ancio pode conduzir um servio de batismo quando um ministro ordenado no estiver disponvel. Ele no est autorizado a dirigir uma cerimnia de casamento (Veja Associao Local). o ancio da Igreja que promove todas a atividades da Igreja, e deve cooperar com a Associao, para garantir que todos os oficiais cumpram suas responsabilidades, e que os delegados sejam eleitos para as sesses da Associao. Ele mesmo no delegado ex officio nas sesses. As primeiras Igrejas Adventistas no elegiam delegados; o *Dicono parece ter sido o nico oficial da Igreja. Mas j em 1854, *Jos Bates em um artigo Ordem da Igreja falou das duas espcies de ancios da Igreja do *Novo Testamento: aqueles que dirigem e aqueles que pregam a Palavra (RH, 29 de agosto de 1854). No seguinte ano, J. B. Frisbie, um ministro pioneiro em Michigan, escreveu, em um artigo de duas partes sob o mesmo ttulo, de 36. Enciclopdia ASD 36 (1) ancios que tinham a superviso de todas as Igrejas os ancios viajantes e (2) os ancios locais que tinham o cuidado pastoral de uma Igreja. Estes, ele distinguiu dos diconos que deviam cuidar dos negcios temporais da Igreja (ibid., 9 de janeiro de 1855). Na edio de 23 de janeiro (p. 164), em resposta a uma questo de *John Byington se os ancios ou diconos deveriam ser apontados em cada Igreja, *Tiago White frisou que a ordem da igreja do *Novo Testamento deveria ser adotada e que em cada Igreja onde os nmeros, os talentos e graas de indivduos seriam suficientes, os oficiais da Igreja deveriam ser apontados. Artigos posteriores sobre a ordem da Igreja de Frisbie, apareceram em junho e julho de 1856. Na edio de 15 de outubro de 1861 da *Review and Herald, uma abordagem sobre organizao da Igreja de *J. N. Loughborough, Moses Hull e M. E. Cornell aparece. Eles declaram na introduo: O assunto de organizao que foi referido a ns pela ltima *Conferncia Geral da IASD, com pedido de que tenhamos uma classe Bblica depois disso, e levemos at voc atravs da Review, j concordamos em considerar e investigar o assunto e submeter os seguintes pensamentos para sua considerao. Na referncia, a eleio e *Ordenao de ancies bem como de diconos nas Igrejas so claramente prescritas (ibid., pp. 156, 157). Uma srie de artigos em 1874 por G. I. Butler, intitulado Reflexes Sobre a Direo de Igreja, mais tarde definiu o ofcio do Ancio da Igreja. Enquanto o trabalho de ancio era reconhecido como o principal na igreja, seus poderes eram considerados meramente como conselheiro, sendo que o corpo da Igreja era a autoridade decisiva (Review and Herald, 18 de agosto de 1874). Porm, o trabalho de corrigir, admoestar, e supervisionar a Igreja pertencia a ele mais do que a 37. Enciclopdia ASD 37 qualquer outro (ibid., 8 de setembro de 1874), e o ministro e os membros deviam apoi-lo contra boatos e reclamaes negligentes (ibid., 15 de setembro de 1874). Em um artigo posterior de H. A. St. John, os deveres principais dos ancios da Igreja foram novamente delineados (ibid., 25 de novembro 1875). Eles deveriam visitar os membros e buscar os transviados, batizar e conduzir as ordenaes na ausncia do evangelista, e marcar reunies de negcios antes da sesso da Associao, no final do ano, e em outras ocasies quando necessrio. Se a Igreja no tinha nenhum dicono, o ancio devia agir em seu lugar, auxiliar a *Escola Sabatina e assistir a todas as reunies possveis. Ele deveria manter os registros de seu trabalho e das reunies. Em 1885, o trabalho do ancio da Igreja estava definido como o atualmente. Por exemplo, no relatrio dos procedimentos da Associao Geral comeando em 18 de novembro de 1885, em Battle Creek (*Yearbook, Anurio ASD, 1886, p. 47), a regra foi estabelecida que se um ancio local fosse reeleito, ou se eleito, propriamente, como ancio de outra Igreja, no precisaria ser reordenado. Aparentemente, essa regra no foi imediatamente seguida universalmente, porque j em 1886 a seguinte questo e sua resposta apareceram na Review and Herald. Se um ancio local se muda para outra Igreja e h outro ancio escolhido, ele precisa ser reordenado? Sim; pensamos que ele deveria ser ordenado novamente, porque as ordenaes so locais (Review and Herald, 25/02/1896.) ANDREWS, JOHN NEVINS. (1829-1883). Primeiro missionrio ASD enviado Europa. Nasceu em Portland, Maine. Em 1856, casou-se com Angeline Stevens; seus filhos eram Charles (nascido em 1857), Mary (nascida em 1861) e dois que morreram na infncia. Poucos detalhes a respeito de sua infncia e juventude so conhecidos. Aos 13 anos encontrou o Salvador. Apreciava muito mais estudo srio do 38. Enciclopdia ASD 38 que atividades fsicas. Em anos posteriores poderia ler a *Bblia em sete lnguas e afirmava possuir a habilidade de reproduzir o *Novo Testamento de memria. Aos 17 anos comeou a guardar o *Sbado. Comeou seu trabalho como ministro aos 21 anos, em 1850, e foi ordenado em 1853. Durante aqueles trs anos, liderou encontros envangelsticos em 20 localidades diferentes no Maine, New Hampshire, Vermont, Nova York, Ohio, Michigan e Leste do Canad e publicou 35 artigos totalizando mais de 170.000 palavras. Como resultado desse intenso programa de escrever e ministrio pblico, em 5 anos encontrava-se quase totalmente prostrado; sua voz falhou e sua viso foi prejudicada. Para recobrar sua sade, dirigiu-se a Waukon, Iowa, em 1855 e trabalhou na fazenda de seus pais. Em 1859 retornou ao trabalho ministerial e dirigiu vrias conferncias pblicas durante muitos anos em Michigan, Massachusetts, Minnesota e Nova York. Em 1864, tornou-se membro do comit da Associao de Nova York e no ano seguinte, membro do Comit Executivo da *Associao Geral da IASD (AG). Em 1867, tornou-se o terceiro presidente da Associao Geral, posio que ocupou por dois anos. Foi editor da Review and Herald (maio/ 1869-maro/1870). Dia 15 de setembro, em companhia de seus filhos, Charles e Mary (sua esposa havia falecido em 18 de maro de 1871) tomou um navio de Boston para Liverpool, Inglaterra, em rota para a Sua. Seu primeiro trabalho na Sua foi visitar e organizar os conversos j existentes ali e fazer trabalho pessoal com interessados. Assim, escreveu folhetos e traou planos para a publicao de um impresso. Em abril de 1876, a Associao Geral votou a concesso de US$10.000,00 para uma Casa Publicadora (Veja Editoras ASD) na Europa. Em julho de 1876, foi impresso o primeiro nmero de Les Signes dos Temps (Sinais dos Tempos), uma publicao mensal abrangendo vrios assuntos tais como eventos mundiais, profecias, doutrinas bblicas, sade e *Temperana e contendo artigos de jornais e 39. Enciclopdia ASD 39 revistas americanos. A absoro do tempo na publicao desse peridico, levaram os lderes da Associao Geral a expressar apreenso no sentido em que Andrews, negligenciando o trabalho pessoal e ministrio pblico a que Andrews respondeu que nunca havia planejado trancar-se em um escritrio de publicaes e que, no futuro, planejaria um programa mais equilibrado, mas como ele era escritor de corao e sua sade no era muito promissora, estava fazendo o melhor sob as circunstncias vigentes. Nove anos depois, morreu na Basilia, aos 54 anos de idade. Como telogo, Andrews deu contribuies significativas ao desenvolvimento de vrias doutrinas da denominao adventista do Stimo dia. ANEL. Veja Vesturio. ANIMAIS IMPUROS. Veja Dieta. ANJO. [heb. malak, mensageiro; gr. angelos, mensageiro.] Um ser sobrenatural, criado por *Deus, superior ao homem, que age como representante ou mensageiro de Deus. H passagens bblicas onde malak e angelos no se referem a seres sobrenaturais, mas a profetas e outros que cumprem a funo de mensageiro (II Sam. 3:14; Ez. 23:16; Ag. 1:13; Mat. 11:10; Luc. 7:24). H outras passagens onde os termos parecem aplicar-se ao prprio Cristo (x. 23:20; Mal. 3:1; Atos 7:35). As referncias especficas em qualquer caso devem ser encontradas atravs de um estudo do contexto. Talvez o texto mais definitivo a respeito dos anjos seja Heb. 1:14. Do ponto de vista humano, o ministrio dos anjos significativo. A eternidade revelar a amplitude das funes desses seres em relao ao Universo. O homem ser ento iguais aos anjos (Luc. 20:36; Mat. 22:30). A relao entre os anjos e os homens no plano da redeno 40. Enciclopdia ASD 40 indica a possibilidade de um nico relacionamento por toda a eternidade. ANJO DO SENHOR. Essa e outra expresso anjo de Deus so expresses comuns no A.T. como no N.T., descrevendo um ser sobrenatural enviado por Deus aos homens para aconselhar, advertir, confortar, dirigir e auxili-los. Os termos grego e hebraico traduzidos como anjo (malak e angelos) significam simplesmente mensageiro e so aplicados aos homens bem como aos anjos. Um anjo do Senhor um mensageiro do Senhor no somente no sentido de pertencer ao Senhor e ser fiel a Ele, mas mais particularmente no sentido de vir como um mensageiro enviado por Deus, com uma mensagem de Deus. Parece que Cristo s vezes referido como o anjo do Senhor (x. 3:2, 4; Zac. 3:1, 2; Gn. 32:24, 30; x. 23:20, 21; 32:34; 33:14; Jos. 5:13-15; I Cor. 10:4). ANIQUILAO. Veja Inferno. ANNIEHS, ARNOLDO OSCAR (1915-1993). *Pastor, evangelista. Nasceu no dia 26 de fevereiro de 1915, em Curitiba, PR. Era filho de Martha Seeling e Alberto Anniehs. Casou-se com Sarah Maluf em 28 de dezembro de 1944. Da unio, nasceram dois filhos: Aroldo Valter Anniehs e Marisa Esther Anniehs Blahovich. Desde a infncia, auxiliou em campanhas evangelsticas distribuindo convites. Nos anos da juventude ajudava a montar tendas e dar estudos bblicos. Em 1928, concluiu os estudos elementares. Em 1932, terminou o curso complementar no *Colgio Adventista Brasileiro (CAB), SP. Formou-se em Teologia no ano de 1944. Foi ordenado ao ministrio em 1955. Atuou como tesoureiro da *Unio Este-Brasileira da IASD, de 1938 a 1940; *Colportor de 1941 a 1944; evangelista e professor na 41. Enciclopdia ASD 41 *Associao Paranaense da IASD, em 1945; professor e administrados no *Instituto Petropolitano Adventista de Ensino (IPAE), de 1946 a 1961; Pastor e evangelista na *Associao Esprito-Santense da IASD, de 1951 a 1959 e evangelista na *Associao Paulista da IASD, de 1959 a 1980. Durante a vida, participou de mais de 50 sries evangelsticas na Bahia, Rio de Janeiro, Esprito Santo, Paran e So Paulo. Seis meses antes de sua *Morte, participou com entusiasmo de uma srie de conferncias na cidade de Cosmpolis, SP. Viveu seus ltimos anos na cidade de Artur Nogueira, SP, onde sempre foi um forte apoio obra evangelstica e missionria. Faleceu em 22 de maro de 1993 e foi sepultado em Artur Nogueira. ANO SABTICO. Todo o stimo ano, durante o qual ordenava-se aos hebreus que deixassem a terra descansar (Lev. 25:1-7). Nem mesmo o que crescesse sozinho deveria ser colhido. Esse era um equivalente antigo da prtica moderna de rotao de culturas, a fim de evitar o esgotamento do solo. O stimo ano era tambm chamado de o ano do descanso (Deut. 31:10; 15:1-3), no qual as dvidas dos hebreus mais pobres eram apagadas. Embora a Bblia no mencione nenhuma real observncia de um ano sabtico especfico, os judeus evidentemente observavam o costume no tempo de Alexandre o Grande e de Jlio Csar, que isentavam-nos dos impostos nos anos sabticos (Jos. Ant. xi. 8. 6; xiv. 10.6). Sete semanas de anos culminavam no Jubileu. Os anos sabticos evidentemente ocorriam de Tishri a Tishri, pois (1) eram anos agrcolas, e o ano agrcola se iniciava com a aragem no outono, aps a estao chuvosa iniciar; e (2) eles ocorriam em srie com os anos de jubileu, que comeavam no dia 10 de Tishri. O termo ano sabtico no ocorre na Bblia, mas a instituio referida em frases tais como o sbado da terra (Lev. 25:6) ento a terra guardar um sbado ao Senhor (v. 2). 42. Enciclopdia ASD 42 ANTICRISTO. Palavra que aparece somente em contextos cristos, e no N.T. somente em I Joo 2:18, 22; 4:3; II Joo 7; provavelmente criada pelo apstolo destas epstolas. Nessas passagens, o termo tem uma aplicao histrica a falsos mestres, especialmente Gnsticos (cf. I Joo 4:2, 3), nas igrejas da sia Menor na ltima parte do primeiro sculo, que parecem ter ensinado a doutrina Docetista de que Cristo era somente uma aparncia e no realmente humano. Porm, o tema de um anticristo muito mais amplo e o termo foi usado para se referir a poderes que se opem ao plano da salvao (cf. *Ellen G. White, SDABC). A figura do grande antagonista de *Deus aparece em outro lugar, por exemplo, em II Tess. 2:1-4 e nas profecias do Apocalipse. Repetidamente, Cristo retratado como vitorioso sobre este poder em Sua *Segunda Vinda (II Tess. 2:8; Apoc. 17:14; 19:19-20). O conceito de um antagonista, sobrenatural e primitivo de *Yahweh encontrado nas figuras do A.T. tais como o Leviat, Raabe e no drago de muitas cabeas (como em Is. 27:1). Este antagonista tanto primitivo quanto escatolgico, e simblico de Satans. Figuras semelhantes so apresentadas no apocalptico judaico; desta forma, nos manuscritos do Mar Morto, duas personalidades aparecem dirigidas contra Deus o Sacerdote do Mal e o Homem do Engano (antiga evidncia talvez em 4QTest). Possivelmente essas sejam paralelas, negativamente, s duas figuras messinicas tambm encontradas naquela literatura, os messias de Aaro e Israel, e desta forma podem ter sido uma espcie de antimessias ou anticristo. Na histria crist, o epteto anticristo foi aplicado a uma variedade de personagens histricos e instituies como por exemplo, a Nero, a vrios Papas e imperadores, e s figuras vagas esperadas para se levantarem no Oriente. Freqentemente ele foi antecipado como um judeu da tribo de D. A identificao com o Papado remonta, a no mnimo, ao Arcebispo Eberhard II de Salzburgo (1200-1246), durante a 43. Enciclopdia ASD 43 controvrsia entre Frederico II e Gregrio IX. Um posio similar era popular entre os Franciscanos espirituais, influenciados pela interpretao proftica de Joaquim de Floris (que esperava que o Anticristo fosse uma Papa falso, hertico). John Wycliffe e John Huss adotaram essa interpretao, que aparece tambm entre os Valdenses. Com a Reforma, a idia de que o Papado era o Anticristo tornou-se um dogma Protestante. Lutero escreveu esse conceito nos Artigos de Schmalkald (1537), que permaneceu um artigo caracterstico da interpretao proftica do sculo dezesseis at o sculo dezenove. Os ASD tm, semelhantemente, aplicado o termo anticristo ao Papado (por exemplo, *John N. Andrews em *Signs of the Times, 13 de novembro de 1881). Chamam de *Espiritismo a manifestao do Anticristo (PP, 686). Eles consideram a Satans, o autor da rebelio no *Cu, como o anticristo por excelncia (9T, 229, 230), e identificam-no como o mistrio da iniqidade (TM, 365; cf. II Tess. 2:7), que afirmar ser Deus e enganar o homem com seus *Milagres (5T, 698; 6T, 14, 8T, 27, 28; 9T, 16; TM, 62, 364, 365; GC, 624; SDABC 7:975). ANTIGO TESTAMENTO. Coleo de 39 escritos religiosos que constituem a primeira e mais longa das 2 divises gerais em que a Bblia crist est naturalmente dividida. O nome Testamento vem do Latim testamentum, e representa o gr. diatheke, que usado na Septuaginta (LXX) como uma verso para o heb. berith concerto, acordo. O A.T. era a Bblia dos hebreus e ainda a Bblia dos judeus atuais. O nmero de livros da Bblia hebraica, de acordo com o cmputo hebraico, porm, era 24, e o A.T. era dividido em 3 sees: a Lei (Trah, o nosso Pentateuco), os Profetas (Nebihm, Josu, Juzes, Samuel, Reis e os profetas incluindo Daniel), e os Escritos (Kethubm, o restante dos livros). A disposio dos livros em nossa Bblia uma adaptao da Vulgata Latina, que por sua vez estava baseada, pelo menos em parte, na Septuaginta (LXX). Em nossa Bblia Almeida Revista e Atualizada, os 44. Enciclopdia ASD 44 39 livros so classificados como histricos (17), poticos (5) e profticos (17). O perodo de produo desses livros abrange aproximadamente 1.000 anos, e talvez 30 autores tenham sido envolvidos. Esses livros contm a narrativa dos atos de Deus na histria na redeno do homem. Eles cobrem o perodo da histria sagrada, desde a Criao at a restaurao dos judeus aps o cativeiro Babilnico. Eles no so um mero catlogo de eventos, mas uma interpretao desses eventos luz da revelao que Deus faz de Si mesmo humanidade. O A.T. era a Bblia de Jesus e de Seus apstolos, que se valeram dele para ensinar a religio crist (Joo 5:39, 45-47; Atos 9:22; 18:24, 25, 28; 24:14; 26:22, 23; 28:23; etc.). Ele no foi suplantado pelo Novo. O N.T. somente o avano e o desdobramento do Antigo. O N.T. assume a teologia do Antigo, e declara serem esses escritos como de valor para os cristos (Rom. 15:4; II Tim. 3:16, 17; I Cor. 10:11; II Ped. 3:1, 2). O A.T. foi escrito em sua maior parte em hebraico. Duas sees de Esdras (Esd. 4:8 a 6:18 e cap. 7:12-26), uma parte substancial de Daniel (Dan. 2:4 a 7:28), e um nico verso de Jeremias (Jer. 10:11) foram escritos em aramaico, uma lngua semtica relacionada ao hebraico, assim como o espanhol e o italiano. O aramaico era uma lngua internacional amplamente usada no Oriente Prximo, do 6o ao 3o sculo a.C. Tornou-se, de fato, a lngua oficial do Imprio Persa, e era o meio das comunicaes governamentais, culturais e comerciais. Homens estudados tais como Esdras e Daniel eram versados em hebraico e em aramaico. A Bblia hebraica atual impressa nos caracteres quadrados desenvolvidos pelos Arameus. Aproximadamente todos os manuscritos hebraicos e fragmentos de manuscritos do A.T. existentes atualmente esto escritos nos caracteres quadrados. Isso inclui as antigas cpias de Isaas e outros manuscritos do A.T. entre os rolos do Mar Morto e o Papiro de Nash. Alguns desses so datados do 3o sculo a.C. Os bem- 45. Enciclopdia ASD 45 conhecidos papiros de Elefantina e outros documentos aramaicos do 5o sculo a.C. tambm esto escritos nesses caracteres quadrados. O que Jesus disse sobre a Lei (Mat. 5:18) pressupe um alfabeto no qual o Yod a menor letra, e isso verdadeiro somente em relao aos escritos Aramaicos com seus caracteres quadrados. Originalmente, os primeiros livros do A.T. parecem ter sido escritos no alfabeto da escrita Proto-Semtica (ou Sinatica), que tinha a forma semi-hieroglfica, consistindo em 27 letras. Inscries nessa escrita encontradas no Sinai e na Palestina datam do 12o e 19o sculos a.C. Livros do A.T. escritos durante o perodo dos reis hebreus devem ter sido escritos no alfabeto Fencio, ou hebraico pr-exlico, que conhecido por inscries do 10o e do 11o sculos a.C. Alguns dos monumentos que exibem essa escrita so os sarcfagos de Airo, em Byblos, c. 1.000 a.C., o calendrio de Gezer da Palestina, c. 950 a.C., a Pedra Moabita de Dibon (Mesha), c. 850 a.C., os stracos de Samaria, do palcio de Acabe, c. 775 a.C., a inscrio de Silo do tnel de Ezequias em Jerusalm, c. 700 a.C., e alguns manuscritos bblicos encontrados entre os rolos do Mar Morto, notavelmente contendo livros do Pentateuco. Os livros ps-exlicos do A.T. provavelmente foram escritos na escrita aramaica quadrada discutida no pargrafo anterior. O texto atual da Bblia hebraica conhecido como o texto Massortico, ou tradicional (do heb. Massorah, tradio). Esse texto foi padronizado e preservado por um grupo de eruditos textuais judeus, conhecidos como os Massoretas, cujo principal perodo de atividade se estendeu aproximadamente do 6o e 7o sculos A.D. at a primeira parte do 10o sculo A.D. Esses Massoretas projetaram um elaborado sistema de proteo e salvaguarda do texto, tais como contar os versos, as palavras e at as letras dos livros. Eruditos judeus tambm inventaram sistemas de sinais vogais (conhecidos como pontos) e acentos para indicar a vocalizao prpria de acordo com a pronncia tradicional. Conhecem-se no mnimo 3 mtodos de pontuao vogal: o sistema 46. Enciclopdia ASD 46 Babilnico e o Palestino com seus sinais vogais supralineares e o Tiberiano escrito encima, dentro, mas na sua maioria embaixo das consoantes. Eventualmente, o sistema Tiberiano prevaleceu e usado nas Bblias hebraicas da atualidade. Aps o Exlio, o Pentateuco (Trah) foi dividido em sees para a leitura na sinagoga (cf. At. 13:15; 15:21). Dois arranjos foram feitos: (1) o sistema Palestino, de acordo com o qual o Tor foi dividido em 152 sees semanais, chamadas de Sedarm (ordens, arranjos), que exigiam 3 anos para leitura do Pentateuco na adorao; (2) o Babilnico, segundo o qual o texto foi dividido em 52 ou 54 sees mais longas, conhecidas como Parashm, permitindo assim que todo o Pentateuco fosse lido durante um ano. O sistema Babilnico finalmente prevalece, e desde o 13o sculo, os judeus tm como uma prtica universal ler todo o Tor durante um ano em seus servios de culto. Isso significa que uma poro considervel das Escrituras deve ser lida a cada semana. A primeira percope, por exemplo, abrange Gn. 1:1 a 6:8; a 2o , os caps. 6:9 a 11:32; e a 3o , dos caps. 12:1 a 17:27. Essas longas percopes foram por sua vez divididas em sees menores ou pargrafos, conhecidos tecnicamente como abertos ou fechados. A diviso em versos do A.T. remonta ao tempo dos Massoretas, embora a numerao dos versos seja encontrada somente a partir do 16o sculo A.D. ou posteriormente. Os Massoretas usavam os dois pontos (:), conhecidos como Sph-pasq, para marcar o fim dos versos. Os eruditos crem que a diviso em versos comeou com as pores poticas do A.T. A atual diviso em captulos foi tirada da Vulgata Latina e creditada a Lefranc, Estevo Langton e Hugo a Santa Caro. Eruditos judeus adotaram essas divises como referncias, sendo usadas nos manuscritos do 13o sculo A.D. em diante, embora a primeira Bblia hebraica a dividir o texto em captulos e usar a atual numerao tenha sido a do 47. Enciclopdia ASD 47 texto hebraico rio Montano, com uma traduo latina interlinear em 1571. A maioria dos manuscritos existentes da Bblia hebraica so recentes. Antes da descoberta dos manuscritos do Mar Morto em 1947 e posteriormente, os manuscritos mais antigos de grandes pores da Bblia hebraica no eram anteriores ao fim do 9o sculo A.D. Isto sem dvida deve-se em parte devastao das guerras e perseguies e aos deliberados esforos dos inimigos dos judeus de exterminarem com as Escrituras. Jerusalm foi destruda pelos Babilnicos em 586 a.C. e pelos Romanos em 70 A.D. Entre esses eventos (c. 167 a.C.) Antoco Epifnio ordenou a destruio das Escrituras (I Mac. 1:56, 57). Em acrscimo, o extremo atraso dos manuscritos hebraicos deve-se em parte prtica judaica de dispor de manuscritos gastos, apagados ou danificados. Os tais eram postos em um genizah, uma sala ligada sinagoga e ento, quando o armrio estava cheio, eram enterrados numa elaborada cerimnia. Nossa evidncia mais antiga pode ser classificada sob 3 ttulos: (1) os manuscritos do Mar Morto; (2) manuscritos do Genizah do Cairo; e (3) manuscritos da era Massortica. 1. Os Manuscritos do Mar Morto. Todos os livros da Bblia, exceto Ester, esto representados entre as descobertas feitas em Qnram e no Wdi Murabbat. A maior parte desse material est em fragmentos, mas um livro existe em uma cpia completa e de outras pores maiores de livros esto preservadas. Eles datam do 3o sculo a.C. at o 2o sculo A.D., e em sua maioria manuscritos vindos do 1o sculo A.D. Do Pentateuco (Trah), o livro de Deuteronmio est representado por fragmentos de mais de 10 cpias e outros livros por fragmentos maiores. A maioria deles est de acordo com o texto Massortico, embora uma cpia de xodo, Nmeros e Deuteronmio esteja relacionada ao texto hebraico usado na LXX. Dos primeiros profetas, uma cpia quase completa de I e II Samuel foi reconstruda a partir de muitos fragmentos. 48. Enciclopdia ASD 48 Essa cpia bem prxima LXX. Os ltimos profetas esto tambm representados, especialmente Isaas. Dos Escritos, o livro de Salmos est presente em muitas cpias fragmentadas, mas uma da Caverna 11 de Qunram est quase completa. O livro de Daniel est representado pelos manuscritos fragmentrios que seguem o texto Massortico. 2. Manuscritos do Genizah do Cairo. No 19o sculo, um genizah esquecido foi descoberto na Sinagoga Carata do Cairo, do qual um grande nmero de manuscritos bblicos e extra-bblicos foram levados a vrias instituies na Europa e na Amrica, principalmente para a Universidade de Cambridge, a Biblioteca Bodleian em Oxford e a Biblioteca de Leningrado. Entre os manuscritos bblicos, esto fragmentos da era pr-massortica que remontam ao 6o sculo A.D. H um importante documento de Daniel (Dan. 9:24 a 12:13) do 7o sculo A.D. Outros documentos mais antigos contm as seguintes passagens: Sal. 69:28 a 71:2; Isa. 53:4 a 58:8; Jer. 26:19 a 29:31; Ez. 13:11 a 16:31. Textos que ilustram os vrios desenvolvimentos da pontuao Massortica lanam luz sobre a obra dos Massoretas. 3. Manuscritos da Era Massortica. O manuscrito mais primitivo desse perodo, exceto os do Genizah do Cairo, um que contm os primeiros e os ltimos profetas, pertencente a uma comunidade Carata do Cairo. Foi escrito, segundo P. Kahle, por Moiss Ben Asher, em 895 A.D. Um manuscrito tambm to importante o do Pentateuco do Museu Britnico, escrito por Aaro Ben Moiss Ben Asher, no incio do 10o sculo A.D. Do mesmo erudito judeu vem um manuscrito completo do A.T., originalmente pertencente uma comunidade judaica de Aleppo, agora em Israel. Uma cpia desses manuscritos est agora em Leningrado e foi feita por Samuel Ben Jacob, no Cairo, em 1009 A.D. O manuscrito hebraico mais antigo precisamente datado um dos ltimos profetas, em Leningrado (Ms. Heb. B3), datado do que equivalente ao ano 916 A.D. 49. Enciclopdia ASD 49 O atraso geral dos manuscritos existentes, porm, no precisa perturbar nossa confiana na exatido do texto sagrado. Os escribas exerciam extremo cuidado ao copiar os manuscritos, resultando em pouca variao entre manuscritos antigos ou mais recentes. Esse fato demonstrado pelos manuscritos do Mar Morto, que lanam luz sobre a Bblia hebraica de 1.000 anos atrs, e, no geral, confirmam o texto Massortico. O primeiro livro do A.T. impresso foi um saltrio publicado em 1477. Em 1487, todos os livros do A.T. hebraico estavam disponveis de forma impressa e, em 1488, todo o A.T. em hebraico foi publicado em Soncino, um pequeno lugar perto de Milo, Itlia. Mais duas edies apareceram antes de 1500, uma em Npoles, outra em Brescia. Portanto, o A.T. hebraico est representado entre os incunabula (livros impressos antes de 1500 A.D.), embora o N.T. grego no tenha-se tornado disponvel de forma impressa at a edio do N.T. de Erasmo, que foi publicada em 1516. ANTINOMISMO. De anti, contra, e nomos, lei, significando uma atitude de hostilidade para com a *Lei, especificamente, dos cristos para com a Lei, incluindo o Declogo. Traos do antinomismo eram evidentes entre os Maniqueus Gnsticos do terceiro sculo, e por toda a Idade Mdia. Originou-se como um fenmeno teolgico distinto, com Johannes Agrcola (1492-1566), na Alemanha, cujas idias foram condenadas pela Frmula de Concord, em 1577. Durante o sculo dezesseis e dezessete, apareceu na Inglaterra, onde seus defensores eram conhecidos como Os Ranters encontrado atualmente em certas formas de *Dispensacionalismo. A anttese do antinomismo o nomismo, que se manifesta como *Legalismo, isto , a idia de que a *Salvao pode ser obtida por estrita obedincia aos requisitos legais em vez de pela f em Cristo. Os ASD crem que o legalismo e o antinomismo so igualmente contrrios ao 50. Enciclopdia ASD 50 esprito do Evangelho. Eles vem a Lei dos *Dez Mandamentos dum lado, no mutuamente exclusivos, mas complementrios (Rom. 1:17; 3:31; 5:1; 7:12). Para os ASD, a salvao vem somente pela f, mas a obedincia a toda a vontade revelada de Deus, inclusive ao Declogo, o fruto da f (Veja DTN, 126). A funo do Declogo convencer do *Pecado, mas a lei no tem poder para perdoar. O perdo vem exclusivamente pela justificao mediante a f em Cristo (RH, 10/06/1852). Veja Lei; Lei e Graa; Justificao Pela F. APCRIFOS. (Livros Apcrifos da *Bblia). Termo usado pelos protestantes, com relao a um grupo de escritos encontrados na Septuaginta e na Vulgata (com poucas diferenas) que no aparecem no cnon hebraico das Escrituras. Os catlicos designaram, pelo menos, 12 desses livros como deuterocannicos, e usam o termo apcrifo ao se referirem aos escritos religiosos judeus-cristos entre 200 A.C. e 200 A.D. que os protestantes, geralmente, chamam de pseudo-epgrafos. Originalmente os Apcrifos apareceram na Verso King James e em algumas edies catlicas da Bblia, todavia, no sculo dezenove, as sociedades bblicas insistiram em remover esses livros da Bblia que imprimiam e tornou-se comum omiti-los da maior parte das edies dessa verso. Embora os ASD reconheam algum valor histrico e literrio dos Apcrifos, concordam geralmente com os protestantes em negar que sejam fonte de doutrina inspirada e autorizada. APOSTASIA. Veja Disciplina. ARAJO, GILSEMBERG PEREIRA (1965-1994). Missionrio, Evangelista. Nasceu no dia 19 de abril de 1965 no Rio de Janeiro, RJ. Formou-se em Teologia e Educao e fez um curso de Sade Pblica. 51. Enciclopdia ASD 51 Serviu como *Pastor no Brasil, estudante missionrio nas Ilhas de Cabo Verde e foi diretor dos Ministrios da Igreja e Evangelista em Benin, frica Ocidental. Durante o tempo em que atuou como Missionrio na frica, o Pr. Gilsemberg Arajo empreendeu um importante trabalho evangelstico e dada a sua personalidade dinmica e comu