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ELIMINAÇÃO ADIADA: O OCASO DAS CLASSES POPULARES NO INTERIOR DA ESCOLA E A OCULTAÇÃO DA (MÁ) QUALIDADE DO ENSINO. Luiz Carlos de Freitas Síntese do texto: Por: Maria Inês Ambrosio Garcia

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ELIMINAÇÃO ADIADA: O OCASO DAS CLASSES POPULARES NO INTERIOR DA ESCOLA E A OCULTAÇÃO DA (MÁ) QUALIDADE DO ENSINO.

Luiz Carlos de Freitas

Síntese do texto:

Por: Maria Inês Ambrosio Garcia

A IDEOLOGIA LIBERAL ADOTADA NOS

PROJETOS EDUCACIONAIS É

RESPONSÁVEL POR BOA PARTE DOS

PROBLEMAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA.

Introdução

Por que isso acontece?

O ACESSO existe, mas falta QUALIDADE.

Os resultados são DESIGUAIS.

O ESFORÇO PESSOAL (uma retribuição ao

acesso permitido) determina o sucesso.

AS DESIGUALDADES DE OPORTUNIDADES

(econômicas e culturais) não são consideradas.

Consequências

A EQUIDADE fica limitada ao ACESSO ou ao COMBATE AOS ÍNDICES DE REPROVAÇÃO (através da progressão continuada).

O problema da UNIVERSALIZAÇÃO da QUALIDADE da educação não se resolve.

Os resultados (índices) são expostos à sociedade e a ESCOLA é responsabilizada pelo sucesso ou fracasso.

PORQUE ALUNOS QUE NÃO ACOMPANHAM A

APRENDIZAGEM PERMANECEM NA ESCOLA,

OU SEJA, TÊM SUA ELIMINAÇÃO ADIADA E

SAEM DAS ESTATÍSTICAS DE REPROVAÇÃO.

Por que o autor fala em OCASO no

interior das escolas?

RESULTADOS

Com a divulgação dos resultados por escola, o serviço público transforma-se em MERCADO.

As políticas de equidade ocultam o problema central: a desigualdade socioeconômica.

RESULTADOS

Melhores desempenhos escolares estão nas camadas com melhor nível socioeconômico, brancas.

Este resultado é atribuído ao mérito pessoal dos alunos e aos profissionais da escola.

POR CAUSA DA FALTA DE INVESTIMENTO NAS ESCOLAS QUE MAIS

NECESSITAM.

Surge a questão: por que nem todas as escolas são

eficazes?

AOS GESTORES.

Mas, a quem é atribuído o sucesso ou fracasso

escolar?

O FALSEAMENTO DAS

NOTAS OU A

EXCLUSÃO DOS MAIS

FRACOS.

O que pode ocorrer...

A meritocracia limita a universalização

da melhoria da qualidade da escola

porque a Avaliação se coloca a serviço

dela e oculta a desigualdade social sob a

forma de indicadores “neutros”

(resultados do IDEB), criados pelo MEC.

Conclusões

Nesses sistemas de avaliação, o desempenho

individual é subsumido nas estatísticas que lidam

com tendências globais dos sistemas de ensino ao

longo do tempo, a partir da proficiência média dos

alunos.

Não se pode fazer do resultado o ponto de partida para um processo de responsabilização da escola, pois essa é apenas UMA VARIÁVEL.

O nível socioeconômico é uma variável relevante nas análises de avaliação do desempenho do aluno e da escola.

As metas não podem ser definidas a longo prazo.

Durante muito tempo, duas vertentes

se opuseram no cenário educacional:

uma tentando explicar o fracasso

escolar por fatores pedagógicos,

internos à escola, e outra tentando

explicar o mesmo fracasso por fatores

externos à escola, sociais.

Nenhuma delas, isoladamente, dá conta

do fenômeno.

Durante muito tempo, duas vertentes

se opuseram no cenário educacional:

uma tentando explicar o fracasso

escolar por fatores pedagógicos,

internos à escola, e outra tentando

explicar o mesmo fracasso por fatores

externos à escola, sociais.

Nenhuma delas, isoladamente, dá conta

do fenômeno.

Outras questões a serem levantadas:

Quais as condições de vida dos alunos e professores?

E as políticas governamentais inadequadas?

O que dizer da remoção? E dos professores horistas?

O que dizer dos alunos que habitam as crescentes favelas

sem condições mínimas de sobrevivência e muito menos

para criar um ambiente propício ao estudo?

Sem falar do número de alunos em sala de aula.(grifo do autor)

DESENVOLVER UMA NOVA FORMA DE

CONCEBER A RELAÇÃO COM AS ESCOLAS:

QUALIDADE NEGOCIADA, OU SEJA

RESPONSABILIZAÇÃO BILATERAL (ESCOLA E

SISTEMA).

O que fazer?

Como fazer?

Os mecanismos para este processo ocorrer devem

ser baseados no Projeto Político-Pedagógico da

escola (sintonizado com as políticas públicas

de Estado e governo) e no processo de

Avaliação Institucional.

Proposta de ação do autor:

Articular a avaliação em larga escala de redes de ensino com a avaliação institucional e de sala de aula.

Mobilizar a comunidade local da escola, com a finalidade dupla de comprometer-se com resultados e, ao mesmo tempo, demandar do poder público condições para tal.

FREITAS, Luiz Carlos de. Eliminação Adiada: o ocaso das classes populares no interior da escola e a ocultação da (má) qualidade do ensino. Educação e Sociedade, Campinas, vol. 28. Disponível em <http://www.cedes.unicamp.br>

Referência bibliográfica

Obrigada!