educação para a saúde -...

25
Agrupamento de Escolas de S. Martinho REFERENCIAL 2 Educação para a Saúde

Upload: voduong

Post on 30-Nov-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Educação para a Saúde - agsmartinho.ccems.ptagsmartinho.ccems.pt/images/Aesm/Documentos/docs_2018/Referencial 2... · promover a auto-estima dos jovens, desenvolvendo neles capacidades

Agrupamento de Escolas de S. Martinho

REFERENCIAL 2

Educação para a Saúde

Page 2: Educação para a Saúde - agsmartinho.ccems.ptagsmartinho.ccems.pt/images/Aesm/Documentos/docs_2018/Referencial 2... · promover a auto-estima dos jovens, desenvolvendo neles capacidades

Referencial de Educação para a

Saúde

Introdução

A Educação para a Saúde surge nas Escolas como uma

necessidade de direitos de todos os cidadãos, quanto à

salvaguarda de saúde, começando por exigir, logo a partir da

infância, no meio escolar e fora dele, o respeito pelas regras

elementares de higiene de vida. É há muito sabido que o

sucesso escolar está relacionado com a saúde, o bem-estar, e

os estilos de vida na infância e na juventude. Assim, não se

pode ignorar a relação entre a saúde e o sucesso escolar.

A escola que inicialmente era vista como uma

acumulação de conhecimentos passa também a exercer um

papel fundamental na transmissão de valores, promover a

saúde e a cidadania, culminado numa aprendizagem de

competências que são úteis ao longo da vida.

A Educação para a saúde visa promover o bem-estar

físico, psicológico e social, culminando num equilíbrio

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE S.MARTINHO

“Pelo Sonho é que

vamos,

Comovidos e mudos.

Chegamos? Não

Chegamos?

Haja ou não haja

frutos,

pelo Sonho é que

vamos.

Basta a fé no que

temos.

Basta a esperança

naquilo

que talvez não

teremos.

Basta que a alma

demos,

Com a mesma alegria,

Ao que desconhecemos

E ao que é o dia-a-dia.

Chegamos? Não

chegamos?

Partimos. Vamos.

Somos

Sebastião da

Gama

Page 3: Educação para a Saúde - agsmartinho.ccems.ptagsmartinho.ccems.pt/images/Aesm/Documentos/docs_2018/Referencial 2... · promover a auto-estima dos jovens, desenvolvendo neles capacidades

individual. Para atingir este objetivo é necessário abordar muitos temas, uma vez

que a saúde é um conceito muito amplo. Deste modo, de acordo com as propostas

do GTES, na abordagem à Educação para a Saúde, deve dar-se prioridade aos

temas:

Sexualidade;

IST, com relevância para a prevenção da SIDA;

Alimentação e atividade Física;

Consumo de Substâncias Psicoativas

Violência em Meio Escolar/ Saúde Mental

A Promoção e Educação para a Saúde deve ser desenvolvida nas várias

disciplinas curriculares, envolvendo desta forma, não só os professores de

Ciências Naturais, mas também os professores de outras áreas.

De uma forma geral, é unânime a ideia de Escola como um local privilegiado

para a promoção de hábitos de vida saudável, encontrando-se esta numa posição

ideal para promover e manter a saúde da sua comunidade educativa e envolvente.

Assim, novos desafios se colocam à Escola que, a par do trabalho de

transmissão de conhecimentos subjacentes ao currículo, deve também educar para

os valores, promover a saúde, a formação e a participação cívica dos alunos, num

processo de aquisição de competências que sustentem as aprendizagens ao longo da

vida e promovam a autonomia.

A Educação para a Saúde está prevista desde 1984, tendo a sua

operacionalização sido facilitada por legislação específica entretanto emanada, a

par das orientações constantes das propostas do Grupo de Trabalho de Educação

Sexual (GTES), de onde aliás derivou alguma legislação atual, com competências

específicas para conceber / executar as políticas de “Promoção da Saúde.”

Page 4: Educação para a Saúde - agsmartinho.ccems.ptagsmartinho.ccems.pt/images/Aesm/Documentos/docs_2018/Referencial 2... · promover a auto-estima dos jovens, desenvolvendo neles capacidades

Educação Sexual

As matérias respeitantes à educação para a saúde e educação sexual têm

merecido, em tempos mais recentes, particular atenção por parte da sociedade

portuguesa.

Na sequência e reconhecendo que a Educação Sexual é uma das dimensões

da educação para a saúde, a Assembleia da República fez aprovar em 2009, através

da Lei nº 60/2009, de 6 de Agosto, um conjunto de princípios e regras, em matéria

de educação sexual, prevendo, desde logo, a organização funcional da educação

sexual nas escolas. Juntamente com esta, a Portaria nº 196 – A/2010 de 9 de Abril

procede à regulamentação da Lei nº 60/2009, de 6 de Agosto, que estabelece a

educação sexual nos estabelecimentos do ensino básico e do ensino secundário e

define as respectivas orientações curriculares adequadas para os diferentes níveis

de ensino.

A educação sexual é aplicada nos ensinos básicos e secundário, no âmbito da

educação para a saúde. Os conteúdos da educação sexual são desenvolvidos no

quadro das áreas curriculares não disciplinares, designadamente em formação

cívica e completados pelas áreas curriculares disciplinares.

A carga horária dedicada à educação sexual é adaptada a cada nível de

ensino e a cada turma. De acordo com os limites definidos no artigo 5º da Lei

60/2009, de 6 de Agosto, a carga horária não pode ser inferior a seis horas para o

1º e 2º Ciclos do ensino básico, nem inferior a doze horas para o 3º Ciclo do ensino

básico e do secundário, distribuídas de forma equilibrada pelos diversos períodos

do ano letivo. São ainda imputados à educação sexual tempos letivos de disciplinas

e de iniciativas e acções extracurriculares que se relacionem com esta área.

Page 5: Educação para a Saúde - agsmartinho.ccems.ptagsmartinho.ccems.pt/images/Aesm/Documentos/docs_2018/Referencial 2... · promover a auto-estima dos jovens, desenvolvendo neles capacidades

EDUCAÇÃO SEXUAL NOS 1º, 2º E 3º CICLOS

«A sexualidade é uma energia que nos motiva a procurar amor, contacto,

ternura e intimidade, que se integra no modo como nos sentimos, movemos,

tocamos e somos tocados, é ser-se sensual e ao mesmo tempo sexual; ela influencia

pensamentos, sentimentos, ações e interações e, por isso, influencia também a

nossa saúde física e mental».

Conceito de sexualidade da OM

Esta definição traduz a complexidade do tema: a sexualidade humana envolve

componentes morfológicas, fisiológicas, emocionais, afetivas e culturais.

Considerada, até há relativamente pouco tempo, assunto do foro íntimo,

passou a ser encarada como um aspeto fundamental da formação integral do ser

humano e, por isso, implicando também a escola. As doenças sexualmente

transmissíveis, designadamente o VIH/SIDA, e a gravidez não desejada tornaram

mais urgente a clarificação do papel da educação sexual em contexto escolar.

O 1º, 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico abrangem períodos distintos de

evolução da sexualidade dos jovens e do seu desenvolvimento global, caraterizados

por mudanças rápidas e em ritmos muito diferenciados de jovem para jovem.

Os adolescentes preocupam-se com a aparência e interrogam-se sobre a sua

capacidade de sedução. Vão, paralelamente, sentindo atrações físicas e

descobrindo as suas primeiras emoções sexuais. Os pensamentos tornam-se

eróticos e esta é a altura em que vão viver as suas primeiras histórias românticas.

Estas pulsões naturais são-lhes agradáveis, ao mesmo tempo que lhes trazem

alguns receios. O outro sexo representa o desconhecido e nesse campo o melhor é

estar seguro.

Page 6: Educação para a Saúde - agsmartinho.ccems.ptagsmartinho.ccems.pt/images/Aesm/Documentos/docs_2018/Referencial 2... · promover a auto-estima dos jovens, desenvolvendo neles capacidades

Partindo destes pressupostos e tendo presente que é no seio da família que

a criança começa a sua educação sexual, mas, como local de socialização, é na

escola onde a criança passa grande parte do seu tempo, esta tem que assumir um

papel complementar da família, elaborou-se este anteprojeto. Pretende-se com ele,

promover a auto-estima dos jovens, desenvolvendo neles capacidades de tomada de

decisões responsáveis, expressão de ideias ou sentimentos próprios e ainda de

respeito pelos outros.

Porque estamos conscientes das carências e lacuna que ao nível da informação

e, sobretudo, da formação nesta área da educação sexual, da saúde reprodutiva e

da prevenção de doenças transmitidas por via sexual se continua a verificar num

número significativo de adolescentes.

Porque reconhecemos e defendemos o papel importante e insubstituível que à

Escola também cabe assumir na promoção da educação e da saúde sexuais,

conforme é claramente evidenciado nas mais recentes medidas legislativo -

administrativas.

Porque consideramos que pretender ignorar esta problemática nunca será a

atitude correta, como o provam as situações mais ou menos dramáticas de:

1) abusos e violência nos domínios da sexualidade;

2) gravidezes não desejadas em jovens adolescentes;

3) contágio não prevenido de doenças sexualmente transmitidas;

4) disfuncionamentos e dificuldades comunicacionais, frequentemente

causadores de dor e sofrimento

5) atitudes e comportamentos preconceituosos e estereotipados nesta área;

6) uma (des)educação não assumida assente em interditos e “entre ditos”

perversos;

Page 7: Educação para a Saúde - agsmartinho.ccems.ptagsmartinho.ccems.pt/images/Aesm/Documentos/docs_2018/Referencial 2... · promover a auto-estima dos jovens, desenvolvendo neles capacidades

OBJETIVOS GERAIS

Entusiasmar os professores a encontrarem e desenvolverem com os seus

alunos as questões da sexualidade e que tenha por finalidade: aquisição de

conhecimentos, elaboração de sentimentos, atitudes e desenvolvimento de

capacidades que possam promover a constituição de laços emocionais fortes e

duradouros, origem do amor e da solidariedade.

Ajudar e apoiar os jovens ao longo do seu desenvolvimento físico, emocional,

cultural e moral, proporcionando-lhes um clima de confiança e discernimento que

lhes facilite a transição da infância para a adolescência e desta para a idade

adulta.

Desenvolver competências que tornem cada indivíduo capaz de “ relacionar

harmoniosamente o corpo com o espaço, numa perspetiva pessoal e interpessoal

promotora da saúde e da qualidade de vida”.

Abordar a dimensão humana da sexualidade no quadro da educação para os

afetos;

Valorizar e promover o diálogo e a partilha dos afetos no contexto da família,

entendida como unidade relacional de suporte ao desenvolvimento harmonioso de

uma sexualidade sem riscos.

Promover a discussão saudável sobre as dúvidas dos adolescentes.

Conhecer a sexualidade, como forma de crescimento.

Reconhecer a importância dos afetos e sentimentos pessoais.

Expressar opiniões e aceitação mútua face à sexualidade

Fomentar hábitos de vida saudável.

Melhorar a compreensão sobre os fatores de risco, encorajando a adoção de

modos de vida e comportamentos saudáveis.

Page 8: Educação para a Saúde - agsmartinho.ccems.ptagsmartinho.ccems.pt/images/Aesm/Documentos/docs_2018/Referencial 2... · promover a auto-estima dos jovens, desenvolvendo neles capacidades

Incentivar o desenvolvimento e a aquisição de conhecimentos, atitudes e

competências para a saúde.

Promover as condições para escolhas seletivas e direcionadas para a saúde

individual e comunitária.

Propiciar a vivência e a partilha de experiências relacionadas com a saúde.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Na área cognitiva:

Integrar as várias dimensões da sexualidade.

Reconhecer as diferentes expressões da sexualidade ao longo do ciclo de

vida.

Compreender a diversidade dos comportamentos sexuais, dependentes das

características individuais.

Conhecer os mecanismos da resposta sexual, da reprodução, da contraceção e

da prática de sexo seguro.

Relativizar as ideias e valores de diversas sociedades relativamente à

sexualidade, ao amor, à reprodução e às relações entre os sexos.

Conhecer a morfofisiologia do aparelho reprodutor humano.

Conhecer métodos contracetivos e o seu grau de eficácia

Identificar as IST’s assim como os processos de transmissão

Vivenciar e partilhar experiências

Na esfera atitudinal:

Page 9: Educação para a Saúde - agsmartinho.ccems.ptagsmartinho.ccems.pt/images/Aesm/Documentos/docs_2018/Referencial 2... · promover a auto-estima dos jovens, desenvolvendo neles capacidades

Desenvolver as capacidades para perceber e lidar com a sexualidade, na base

do respeito por si próprio e pelos outros.

Recusar as expressões da sexualidade que envolvam violência ou coação, ou

relações pessoais de dominação e de exploração.

Defender uma atitude não sexista.

Afirmar uma atitude não discriminatória face às diferentes expressões e

orientações sexuais.

Valorizar uma atitude preventiva face à doença e promotora do bem-estar e

da saúde. No domínio das competências, contribuindo para:

Valorizar uma aceitação positiva e gratificante do corpo sexuado, do prazer e

da afetividade.

Desenvolver as competências de comunicação e a aquisição e utilização de um

vocabulário adequado.

Promover as capacidades individuais que ajudem a construir uma consciência

clara da importância da tomada de decisão e da recusa de comportamentos não

desejados.

Utilizar responsavelmente meios seguros e eficazes de contraceção e de

prevenção do contágio de ISTs.

Orientações curriculares respeitantes aos conteúdos da educação sexual

Os objetivos mínimos da área de educação sexual devem contemplar os

seguintes conteúdos que podem ser abordados nas áreas disciplinares ou nas áreas

curriculares não disciplinares.

1º Ciclo (1º ao 4º anos)

Noção de corpo;

Page 10: Educação para a Saúde - agsmartinho.ccems.ptagsmartinho.ccems.pt/images/Aesm/Documentos/docs_2018/Referencial 2... · promover a auto-estima dos jovens, desenvolvendo neles capacidades

O corpo em harmonia com a Natureza e o seu ambiente social e cultural;

Noção de família;

Diferenças entre rapazes e raparigas;

Proteção do corpo e noção dos limites, dizendo não às aproximações abusivas;

2º Ciclo (5º e 6º anos)

Puberdade – aspectos biológicos e emocionais;

O corpo em transformação;

Carateres sexuais secundários;

Normalidade, importância e frequência das suas variantes biopsicológicas;

Diversidade e respeito;

Sexualidade e género;

Reprodução humana e crescimento; contraceção e planeamento familiar;

Compreensão do ciclo menstrual e ovulatório;

Prevenção dos maus tratos e das aproximações abusivas;

Dimensão ética da sexualidade humana.

3º Ciclo (7º ao 9º anos)

Dimensão ética da sexualidade humana:

Compreensão da sexualidade como uma das componentes mais sensíveis da pessoa,

no contexto de um projeto de vida que integre valores (por exemplo: afetos,

ternura, crescimento e maturidade emocional, capacidade de lidar com

frustrações, compromissos, abstinência voluntária) e uma dimensão ética;

Compreensão da fisiologia geral da reprodução humana;

Compreensão do ciclo menstrual e ovulatório;

Compreensão do uso e acessibilidade dos métodos contracetivos e, sumariamente,

dos seus mecanismos de acção e tolerância (efeitos secundários);

Compreensão da epidemiologia das principais IST em Portugal e no mundo

(incluindo infeção por VIH/vírus da imunodeficiência humana – HPV2/vírus do

Page 11: Educação para a Saúde - agsmartinho.ccems.ptagsmartinho.ccems.pt/images/Aesm/Documentos/docs_2018/Referencial 2... · promover a auto-estima dos jovens, desenvolvendo neles capacidades

papiloma humano - e suas consequências) bem como os métodos de prevenção.

Saber como se protege o seu próprio corpo, prevenindo a violência e o abuso físico

e sexual e comportamentos sexuais de risco, dizendo não a pressões emocionais e

sexuais;

Conhecimento das taxas e tendências de maternidade e paternidade na

adolescência e compreensão do respetivo significado;

Conhecimento das taxas e tendências das interrupções voluntárias da gravidez,

suas sequelas e respetivo significado;

Compreensão da noção de parentalidade no quadro de uma saúde sexual e

reprodutiva saudável e responsável;

Prevenção dos maus tratos e das aproximações abusivas.

A EDUCAÇÃO ALIMENTAR EM MEIO ESCOLAR

A qualidade e a quantidade de géneros alimentícios, sólidos ou líquidos têm um

impacto enorme na saúde e bem-estar dos jovens. Efetivamente, é na escola que os

jovens passam um elevado número de horas, sendo portanto aí que ingerem uma

parte substancial dos alimentos.

Verifica-se que a alimentação tem consequências diretas na saúde global do

indivíduo. Estima-se que que um excesso de peso na ordem dos 40% seja suficiente

para duplicar o risco de morte prematura, quando comparado com um indivíduo

normoponderal. Ainda, no caso do adulto, para o desenvolvimento da diabetes de

tipo II, o risco duplica quando o aumento de peso do indivíduo é de 24 a 40 quilos.

O problema da obesidade infantil tem vindo a apresentar valores crescentes e

preocupantes em Portugal. Alguns estudos apontam para valores da ordem de 30%

de crianças e jovens com excesso de peso.

Page 12: Educação para a Saúde - agsmartinho.ccems.ptagsmartinho.ccems.pt/images/Aesm/Documentos/docs_2018/Referencial 2... · promover a auto-estima dos jovens, desenvolvendo neles capacidades

Uma alimentação saudável e equilibrada é um fator determinante para ganhos

em saúde. Prevenindo desde cedo os erros em matéria de alimentação, evitam-se

gastos do erário público, uma vez que estas doenças têm custos imensos para a

sociedade, não só do ponto de vista humano mas também financeiro. Estima-se que

3,5% das despesas totais que o Estado Português tem com a Saúde se devem à

Obesidade.

Assim, as escolas, enquanto espaços educativos e promotores da saúde devem

criar cenários valorizadores de uma alimentação saudável, através dos conteúdos

curriculares, para que as nossas crianças e adolescentes, sejam progressivamente

capacitados a fazer escolhas saudáveis.

OBJETIVOS GERAIS

Presentemente a OMS reconhece que a obesidade apresenta uma prevalência

superior à desnutrição e às doenças infeciosas e define a obesidade como a

epidemia do Séc. XXI. Estima-se que a obesidade é, à escala mundial, a segunda

causa de morte passível de prevenção.

Ciente desta realidade, o projeto de educação para a saúde tem como objetivo

contribuir para:

Melhorar o estado de saúde global dos jovens;

Inverter a tendência crescente de perfis de doença que se traduzem

no aumento das taxas de incidência e prevalência de enfermidades

como sejam a obesidade, diabetes tipo II, cáries dentárias, doenças

cardiovasculares e outras;

Colmatar carências nutricionais de uma população estudantil mais

carenciada, fornecendo-lhes os nutrientes e a energia necessários

para o bom desempenho cognitivo;

Page 13: Educação para a Saúde - agsmartinho.ccems.ptagsmartinho.ccems.pt/images/Aesm/Documentos/docs_2018/Referencial 2... · promover a auto-estima dos jovens, desenvolvendo neles capacidades

Promover a saúde dos jovens através de conteúdos em matéria de

Alimentação Saudável e Atividade Física.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Medidas preventivas da obesidade:

Identificar géneros alimentícios com efeito pernicioso sobre os

jovens;

Elaboração de guias sobre alimentação saudável;

Recomendações nutricionais em termos qualitativos e quantitativos

dos alimentos;

Reconhecer guias de boas práticas de rotulagem de produtos

alimentares destinados às crianças;

Promoção de hábitos alimentares saudáveis;

Identificar alimentos que favoreçam uma alimentação saudável;

Reconhecer guias de boas práticas;

Conhecer a importância dos frutos frescos, da água e dos sumos de

fruta sem açúcar na alimentação.

Orientações curriculares respeitantes aos conteúdos da Educação

Alimentar

As questões alimentares e nutricionais constam das Competências Essenciais

dos diferentes ciclos, onde, no final destes, se presume que os alunos sejam

capazes de:

No 1º Ciclo:

Page 14: Educação para a Saúde - agsmartinho.ccems.ptagsmartinho.ccems.pt/images/Aesm/Documentos/docs_2018/Referencial 2... · promover a auto-estima dos jovens, desenvolvendo neles capacidades

Conhecimento das normas de higiene alimentar (lavagem correta dos

alimentos consumidos em cru, desvantagens do consumo excessivo de

doces e refrigerantes, importância de uma alimentação variada…);

Identificar os alimentos indispensáveis a uma vida saudável ou a

verificação do prazo de validade dos alimentos;

Identificar os fenómenos relacionados com algumas das funções

vitais, nomeadamente a digestão.

No 2º Ciclo:

Reconhecer que a sobrevivência e o bem-estar humano dependem de

hábitos individuais de alimentação equilibrada, de higiene e de

atividade física, e de regras de segurança e de prevenção;

Compreender a importância da alimentação para o funcionamento

equilibrado do organismo.

No 3º Ciclo:

Discutir sobre a importância de aquisição de hábitos individuais e

comunitários que contribuam para o equilíbrio da vida;

Reconhecer a importância da “Nova Roda dos Alimentos” de forma

simples e explícita, das doses diárias dos diferentes tipos de

alimentos que a população portuguesa deve adotar.

Como nota final, relativamente à educação alimentar em meio escolar, é de

referir que o currículo deve contemplar de forma explícita as questões

relacionadas com a Educação Alimentar numa prespetivas de bem-estar, equilíbrio

e saúde, não negligenciando os aspetos socioculturais.

Prevenção do Consumo de Substâncias Psicoativas

Page 15: Educação para a Saúde - agsmartinho.ccems.ptagsmartinho.ccems.pt/images/Aesm/Documentos/docs_2018/Referencial 2... · promover a auto-estima dos jovens, desenvolvendo neles capacidades

A problemática da luta contra a droga e a toxicodependência é um fenómeno

complexo, multifacetado e de dimensão mundial. A comunidade internacional

procura concertar esforços no sentido de minorar a criminalidade, os riscos sociais

e em matéria de saúde, decorrente deste fenómeno.

Esta estratégia internacional é enquadrada juridicamente por três convenções

das Nações Unidas, que impõem aos Estados um conjunto de obrigações em matéria

de luta contra a droga.

Em Portugal, a estrutura de coordenação de combate à droga e à

toxicodependência está assente em quatro pilares, como dispõe o Decreto-Lei nº

1/2003, de 6 de janeiro:

Conselho interministerial do Combate à Droga e Toxicodependência;

Membro do Governo responsável do Combate à Droga e

Toxicodependência;

Coordenador Nacional do Combate à Droga e Toxicodependência;

Conselho Nacional do Combate à Droga e Toxicodependência;

Os estudos em Meio Escolar apontam para o planeamento de ações eficazes no

âmbito da prevenção e promoção de comportamentos saudáveis que pressupõem o

conhecimento quer da dimensão e características do fenómeno (doença,

comportamento…) que se pretende modificar, quer das variáveis que o podem

influenciar significativamente, seja ao nível do indivíduo, seja globalmente, na

população a que os indivíduos pertencem e no ambiente em que estão inseridos.

OBJETIVOS GERAIS

Page 16: Educação para a Saúde - agsmartinho.ccems.ptagsmartinho.ccems.pt/images/Aesm/Documentos/docs_2018/Referencial 2... · promover a auto-estima dos jovens, desenvolvendo neles capacidades

Apresenta-se a seguir os níveis operacionais de intervenção preventiva, os

princípios orientadores do desenho de projetos a serem implementados em meio

escolar com sugestões para os professores e alunos abordarem e discutirem este

tema em contexto de sala ou outros.

O consumo problemático de substâncias psicoativas não tem uma causalidade

simples, resultando antes da interação dinâmica das três vertentes:

- As características das diferentes substâncias;

- A personalidade e o mundo interno do indivíduo;

- O meio envolvente e os contextos em que o indivíduo se move.

A intervenção preventiva operacionaliza-se através de três níveis de estratégias:

- Prevenção Universal – dirigido à população em geral;

- Prevenção seletiva – dirigida a subgrupos específicos da população geral;

- Prevenção indicada- dirigida a indivíduos com comportamento de uso de

substâncias.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Na área cognitiva:

Intervenção preventiva na escola:

- Compreender que a escola é o contexto onde se continua o processo de

socialização iniciado na família, constituindo-se como um dos principais meios

socializadores;

Page 17: Educação para a Saúde - agsmartinho.ccems.ptagsmartinho.ccems.pt/images/Aesm/Documentos/docs_2018/Referencial 2... · promover a auto-estima dos jovens, desenvolvendo neles capacidades

- Alertar para o facto de que durante a idade escolar os alunos estão sujeitos a

momentos de crise e mudanças que os expõem a múltiplos riscos (entre eles o

consumo de drogas);

- Reconhecer que a escola é um espaço ideal para detetar precocemente os

fatores de risco;

- Reconhecer que os professores, assim como outros elementos da comunidade

escolar, constituem-se como elementos de referência para os alunos

- Compreender que a escola é um lugar onde se podem efetuar aprendizagens

relacionadas com a conduta social e afetiva, necessárias para lidar adequadamente

com os riscos de consumo de SPA.

Na esfera atitudinal:

- Desenvolver estratégias que potenciem o sucesso académico, o fortalecimento

de laços entre os alunos e a escola e reduzam a probabilidade de abandono e o

sucesso escolar;

- Envolver a família e a comunidade;

- Abranger prioritariamente a faixa etária entre os 11 e 14 anos;

- Promover competências de vida pessoais e sociais;

- Utilizar estratégias interativas;

- Promover aprendizagens académicas e sócio/emocionais: autocontrolo,

consciência emocional, comunicação, métodos de estudo, etc;

- Promover programas que promovam o aumento da participação na vida da escola e

promovam atitudes positivas em relação aos outros, à escola e ao futuro.

Page 18: Educação para a Saúde - agsmartinho.ccems.ptagsmartinho.ccems.pt/images/Aesm/Documentos/docs_2018/Referencial 2... · promover a auto-estima dos jovens, desenvolvendo neles capacidades

Metodologias a utilizar

O uso da Metodologia de Projeto será a melhor resposta para este problema de

uma maneira mais estruturada. Este deve ser desenhado tendo em conta as

necessidades, os recursos disponíveis e as características dos grupos-alvo:

Utilizar a internet como instrumento auxiliar à disposição dos jovens;

Motivar e orientar os alunos para a procura de informação, dados, ideias,

conceitos e preconceitos e riscos associados ao consumo;

Utilizar artigos de revista (especializados ou não), jornais e outros meios de

comunicação audiovisual;

Utilizar vídeos de caracter educativo, ou mesmo filmes de ficção, que podem ser

pontos de partida para a análise da problemática da droga (tais como temas ligados

a grupos de jovens em risco, famílias problemáticas ou outros);

Utilizar jogos pré-existentes, ou a construir, bem como a construção de

materiais com mensagens preventivas ou dissuasivas;

Desenvolver o tema não o focalizando especialmente nas substâncias, mas

articulando-o com outras questões: juventude, sexualidade, comportamentos de

risco, etc.

VIOLÊNCIA EM MEIO ESCOLAR

O espaço escolar é um ambiente extremamente importante na vida de uma

criança, logo é merecedor de todas as possíveis reflexões e cuidados, ainda mais,

quando ocorrem comportamentos agressivos entre alunos, sendo estes altamente

nefastos para os intervenientes. A escola assume o objetivo de possibilitar

aprendizagem, de ensinar e promover desenvolvimento de competências, num

ambiente seguro e acolhedor.

Page 19: Educação para a Saúde - agsmartinho.ccems.ptagsmartinho.ccems.pt/images/Aesm/Documentos/docs_2018/Referencial 2... · promover a auto-estima dos jovens, desenvolvendo neles capacidades

O Bullying assume-se como uma problemática extremamente preocupante e

comum no espaço escolar. Pretende-se com este projeto fomentar a educação para

a saúde, onde as crianças integrem logo desde o a pré-escola conceções de

empatia, respeito mútuo, amizade e de como é fundamental existir paz na escola.

O Bullying caracteriza-se por ser um comportamento de violência física ou

verbal (insultos, piadas, gozar, alcunhas depreciativas, ridicularizar). Inclui mais do

que um interveniente em que um tem poder sobre o outro, a vítima é o objeto de

agressão e assume esse papel de forma repetida, a agressão pode ser realizada por

um elemento, ou um grupo. (Olweus, 1997, cit. por Smith 2001). O Bullying é um

comportamento intencional tem o objetivo de controlar o outro. É repetido ao

longo do tempo e com regularidade existe uma relação de poder, com desiquilibrio,

um domina, o outro é dominado.

Estratégias que possam prevenir a existência deste comportamento no espaço

escolar

A escola deve ser um local saudável, que proporciona bem-estar para todos, onde

os alunos e professores se sentem seguros.

OBJETIVOS GERAIS

Refletir sobre os valores morais (respeito, diferença, solidariedade, partilha

cooperação, amizade);

Estimular uma atitude positiva com estilos de vida saudáveis e promotores de bem-

estar;

Reduzir comportamentos de risco;

Estimular crianças, pais e professores para assumirem um papel ativo na conquista

da melhoria da saúde e do bem-estar.

Page 20: Educação para a Saúde - agsmartinho.ccems.ptagsmartinho.ccems.pt/images/Aesm/Documentos/docs_2018/Referencial 2... · promover a auto-estima dos jovens, desenvolvendo neles capacidades

Metodologia

Propor tarefas lúdicas específicas através de:

- Realização de momentos de relação, união, partilha, cooperação, vivência

afetiva em conjunto;

- Educar para a empatia;

- Educar para sentir a emoção do outro;

- Educar para “trocar de pele” com o outro;

- Educar para a empatia, para os afetos, para a relação.

Estratégias:

No 1º Ciclo

- Envolvimento de todos os alunos na escola em atividades desenvolvidas pela

escola dentro e fora do espaço escolar, (um exemplo de atividade fora do espaço

escolar pode ser o pertencer a um programa de voluntariado em que se ajude

outros ou fazer um jardim na escola onde a cooperação seja essencial).

- Atividades extracurriculares fora e dentro da escola devem hipervalorizar a

interação do grupo, partilha de momentos e de afetos, pois estas permitem um

melhor conhecimento e relacionamento entre todos os alunos, mesmo de diferentes

anos.

- Refletir em sala de aula sobre o que é o Bullying, quais os intervenientes e

que consequências lhe estão associadas.

- Utilizar o espaço da sala de aula para que as crianças possam falar sobre o

tema e projetarem-se no mesmo, de acordo com as suas vivências. Educar para a

empatia, onde todos são convidados a colocarem-se na “pele” uns dos outros nos

mais diversos contextos, começando por contextos de sala de aula, entre outros.

Page 21: Educação para a Saúde - agsmartinho.ccems.ptagsmartinho.ccems.pt/images/Aesm/Documentos/docs_2018/Referencial 2... · promover a auto-estima dos jovens, desenvolvendo neles capacidades

- Utilizar técnicas de role play em que se “troca de pele” com o outro e se

ensina a “sentir” as emoções causadas no colega.

No 2º e 3º Ciclo

- Promover discussões e debates com os alunos sobre o Bullying;

- Informar sobre as manifestações e consequências do Bullying;

- Dramatizar em rol-play com os alunos situações de Bullying;

- Estimular os alunos a “trocarem de pele” com personagens implicadas no

Bullying;

- Promover a partilha de emoções, educar para a aceitação das diferenças

entre as pessoas, educar para a empatia;

- Exercitar com os alunos o “trocar de pele” em contextos propícios e

promotores de reflexão sobre comportamentos agressivos;

- Fazer campanhas de sensibilização na escola contra o Bullying;

- Sensibilizar os alunos para praticas de voluntariado, dentro e fora da escola.

- Sensibilizar os alunos para o desporto de grupo em que se aceita e integra

facilmente o outro, principalmente os que têm dificuldades a este nível.

- Educar para os valores como: diferença, tolerância, solidariedade, cooperação,

aceitação e integrar estas temáticas em trabalhos escolares.

- Realizar workshops de gestão de conflitos para que todos os alunos participem

e possam aprender a controlar a impulsividade ou a ter uma atitude mais assertiva

- Realizar Workshops informativos e educativos sobre o Bullying e suas

consequências.

Page 22: Educação para a Saúde - agsmartinho.ccems.ptagsmartinho.ccems.pt/images/Aesm/Documentos/docs_2018/Referencial 2... · promover a auto-estima dos jovens, desenvolvendo neles capacidades

CONCLUSÃO

O Bullying é sem dúvida um fenómeno social e interpessoal, e como tal tem e

deve ser trabalhado ao nível da prevenção e intervenção como um acontecimento

da relação e que ocorre na relação entre crianças ou jovens. Como tal, acreditamos

que para o prevenir de forma ativa, tal como para intervir, devemos adotar

estratégias que também ocorram maioritariamente na relação entre os alunos, mas

também na relação com os professores, auxiliares de educação e pais. Envolver os

alunos na escola aumenta o sentimento de pertença, permite aos alunos serem

agentes ativos no meio onde se movem e sentirem-se felizes.

Atividades Gerais

Caixa de perguntas.

Realização de Acções de Formação com um técnico especializado;

Sexualidade e afetos, alimentação saudável e toxicodependência – elaboração

de pequenas fichas para análise de textos, noticias, poemas e jogos,

dramatizações, escrita de textos ou poemas .

Aplicação de um questionário, anónimo, a todos os alunos do 3º Ciclo, que

permite o levantamento da perceção dos adolescentes desta faixa etária

relativamente:

a) – ao nível da sua informação / formação sobre a sexualidade

humana; alimentação humana e toxicodependência;

b) – à importância efetivamente desempenhada por diferentes

agentes na sua informação / formação sobre a sexualidade humana;

alimentação humana e toxicodependência.

Page 23: Educação para a Saúde - agsmartinho.ccems.ptagsmartinho.ccems.pt/images/Aesm/Documentos/docs_2018/Referencial 2... · promover a auto-estima dos jovens, desenvolvendo neles capacidades

c) – ao seu conceito de sexualidade; ao conceito de alimentação

saudável e toxicodependência;

d) – ao papel que a escola deve desempenhar nestes domínios.

As técnicas usadas envolverão atividades de dinâmica de grupo, tais como:

caixa de perguntas ;

trabalho em pequenos grupos;

jogos activos de discussão/clarificação de valores (com o eventual uso do role-

play);

visualização e esclarecimento de videogramas;

discussão de histórias de vida (inventadas ou reais);

Apresentações em PowerPoint.

Recursos

Formadores e/ou técnicos especializados (Centro de Saúde, Liga Portuguesa

Contra o Cancro)

Professores das áreas curriculares não disciplinares

Diretores de Turma

Computadores, projetores, fotocópias, papel, tinteiros

Espaços da escola

Quanto aos materiais, utilizamos DVDs, suportes informáticos, cartazes,

painéis expositivos, pequenos textos, folhetos informativos, questionários de

avaliação, etc.

Conclusão

A implementação do projeto e a consecução das atividades previstas

necessita da partilha das ideias e dos objetivos iniciais com os diferentes

intervenientes. A definição de caminhos deve ter sempre em atenção os resultados

Page 24: Educação para a Saúde - agsmartinho.ccems.ptagsmartinho.ccems.pt/images/Aesm/Documentos/docs_2018/Referencial 2... · promover a auto-estima dos jovens, desenvolvendo neles capacidades

obtidos e ser constantemente ajustada, tarefa que nem sempre é fácil. É também

desejável, e necessário, que os alunos não sejam meros consumidores mas sintam

que são a parte integrante e fundamental do projeto e se deixem envolver pelas

práticas. Só assim poderá ser possível a mudança efetiva de comportamentos e

atitudes.

É fundamental que os alunos possam refletir, expressar e partilhar as suas

opiniões e sentimentos, aumentar a sua auto-estima e desenvolver a capacidade de

decisão de modo a tomarem atitudes conscientes e responsáveis. Apesar de ser

inquestionável a importância da família na Educação Sexual, na Alimentação

Saudável e na Prevenção do Consumo de Substâncias Psicoativas e do Bulliyng dos

jovens não é menos inquestionável que ao longo da vida estas se integram em

contextos diferenciados, correspondendo cada um desses contextos a vivências

também diferentes com canais de comunicação próprios. Por este motivo, são

múltiplos os agentes intervenientes na aprendizagem dos temas relacionados com a

sexualidade, nem sempre de forma estruturada. É neste contexto que a escola se

situa, podendo ser um agente privilegiado na educação para a sexualidade e para os

afetos, cabendo-lhe ensinar, educando de forma a favorecer o desenvolvimento

global dos alunos fomentando atitudes e valores e incentivando a formação de

cidadãos livres, responsáveis, autónomos e respeitadores.

Tendo em conta a urgência de incutir hábitos de vida saudável nos nossos

jovens, consideramos que este projecto se reveste de grande interesse para o

bem-estar dos alunos.

Uma vez que as mudanças de comportamento requerem acções consistente e

continuadas no tempo, consideramos pertinente, continuar a aplicar o projecto

neste biénio letivo, no sentido de melhorar a participação e envolvimento de toda a

comunidade educativa, principalmente a dos alunos, procurando formá-los no

sentido de se tornarem cidadãos mais ativos, conscientes e críticos no que respeita

às suas escolhas.

Page 25: Educação para a Saúde - agsmartinho.ccems.ptagsmartinho.ccems.pt/images/Aesm/Documentos/docs_2018/Referencial 2... · promover a auto-estima dos jovens, desenvolvendo neles capacidades

A implementação do projeto e a consecução das atividades previstas

necessita da partilha das ideias e dos objetivos iniciais com os diferentes

intervenientes. A definição de caminhos deve ter sempre em atenção os resultados

obtidos e ser constantemente ajustada, tarefa que nem sempre é fácil. É também

desejável, e necessário, que os alunos não sejam meros consumidores mas sintam

que são a parte integrante e fundamental do projeto e se deixem envolver pelas

práticas. Só assim poderá ser possível a mudança efetiva de comportamentos e

atitudes.

É fundamental que os alunos possam refletir, expressar e partilhar as suas

opiniões e sentimentos, aumentar a sua auto-estima e desenvolver a capacidade de

decisão de modo a tomarem atitudes conscientes e responsáveis. Apesar de ser

inquestionável a importância da família na Educação das crianças e dos jovens não é

menos inquestionável que ao longo da vida estas se integram em contextos

diferenciados, correspondendo cada um desses contextos a vivências também

diferentes com canais de comunicação próprios. Por este motivo, são múltiplos os

agentes intervenientes na aprendizagem dos temas, nem sempre de forma

estruturada. É neste contexto que a escola se situa, podendo ser um agente

privilegiado na educação para a sexualidade e para os afetos, na alimentação

saudável e na toxicodependência, cabendo-lhe ensinar, educando de forma a

favorecer o desenvolvimento global dos alunos fomentando atitudes e valores e

incentivando a formação de cidadãos livres, responsáveis, autónomos e

respeitadores.

O Coordenador

Manuel Matos Miranda