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EDUCAÇÃO INFANTIL ÁREAS DE CONHECIMENTO

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Áreas de conhecimento a serem trabalhadas na educação infantil.

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EDUCAÇÃO INFANTIL

ÁREAS DE CONHECIMENTO

MÚSICA

A música é uma linguagem universal, que está presente nas mais

diversas situações de vida. Ela reflete costumes, rituais e manifestações

próprias dos diferentes povos. Enfim, confere identidade a um determinado

grupo social e transporta a sua cultura além das fronteiras e do tempo.

Na Educação Infantil, a vivência das experiências musicais vai oferecer

às crianças meios para que possam expressar e comunicar sensações,

sentimentos e pensamentos, além de promover interações e a apropriação da

cultura.

Por isso, o repertório oferecido deve ser amplo e variado, não se

limitando às músicas “infantis”. Apresentar músicas de gêneros diversos,

estilos e ritmos regionais, nacionais e internacionais ampliam os horizontes,

levando as crianças a desenvolverem seu gosto musical e sua percepção da

música enquanto linguagem e identidade.

Uma infinidade de fontes sonoras pode ser utilizada experimentando o

uso da voz e dos variados sons que podem ser produzidos pelo corpo. A

exploração se expande a instrumentos musicais, objetos diversos e audição de

sons do ambiente e da natureza, apurando a percepção auditiva.

“A linguagem musical é

excelente meio para o

desenvolvimento da expressão,

do equilíbrio, da autoestima e

autoconhecimento, além de

poderoso meio de integração

social.” (RCNEI, 2002).

As práticas desenvolvidas nas instituições precisam garantir experiências lúdicas e de interação, através das quais as crianças possam:

Creche - Conhecer e utilizar a linguagem musical como forma de comunicação, de manifestação artística e de expressão de tradições culturais; - Perceber a produção de sons e do silêncio; - Produzir sons diversos, utilizando a voz, o próprio corpo, instrumentos musicais e objetos; - Conhecer diferentes ritmos e gêneros musicais; - Parodiar músicas já conhecidas; - Diferenciar sons de instrumentos musicais, da natureza, do próprio corpo ou outros produzidos mecanicamente; - Perceber as características do som (forte/fraco, alto/baixo, grave/agudo); - Localizar a origem da fonte sonora; - Interagir em situações que envolvam músicas e movimentos corporais espontâneos, dramatizados ou coreografados; - Perceber a música como um dos elementos orientadores da rotina diária; - Perceber a música como elemento norteador de algumas brincadeiras; - Reproduzir e criar sons e músicas de diferentes ritmos; - Participar de jogos e de brincadeiras cantadas e rítmicas; - Conhecer e explorar instrumentos musicais diversos.

Pré-escolar - Conhecer e utilizar a linguagem musical como forma de comunicação, de manifestação artística e de expressão de tradições culturais; - Interagir em situações que envolvam músicas e movimentos corporais espontâneos, dramatizados ou coreografados; - Perceber a produção de sons e do silêncio; - Perceber a música como elemento orientador da rotina diária; - Perceber a música como elemento norteador de algumas brincadeiras; - Participar de jogos e de brincadeiras cantadas e rítmicas; - Conhecer e explorar instrumentos musicais diversos; - Produzir sons diversos, utilizando a voz, o próprio corpo, instrumentos musicais e objetos alternativos; - Reproduzir e criar sons e músicas de diferentes ritmos; - Localizar a origem da fonte sonora; - Discriminar diferentes sons, ritmos e gêneros musicais; - Perceber as características do som (forte/fraco, alto/baixo, grave/agudo); - Perceber os elementos musicais básicos: refrão, rimas etc; - Interessar-se por variadas produções, aumentando seu repertório, desenvolvendo sua percepção e gosto musical; - Compor pequenas canções, a partir de melodias conhecidas;

MOVIMENTO

“O movimento é uma importante dimensão do desenvolvimento e da cultura humana”. Além disto, o movimento também é considerado um dos fios condutores da aprendizagem na educação infantil, uma vez que é a primeira manifestação na vida do ser humano, através da qual se estabelecem as primeiras interações com o mundo. Na infância, segundo Wallon (1979) o ato mental se desenvolve no ato motor, a criança pensa quando está realizando a ação e isso faz com que o movimento do corpo ganhe um papel de destaque nas fases iniciais do desenvolvimento infantil.

Os movimentos expressam nossos pensamentos, ritmos, sentimentos e atitudes. Assim, a linguagem do movimento torna-se o meio pelo qual as crianças agem sobre o ambiente e atuam socialmente. O desenvolvimento corporal está intimamente ligado ao desenvolvimento cognitivo e afetivo.

O trabalho com o corpo e o movimento pode oferecer às crianças uma gama de experiências que possibilitam a aquisição da consciência corporal e da descoberta de suas potencialidades. A educação infantil sagra-se como um espaço onde as crianças “através das situações de experiências – com o corpo, com materiais e de interação social - descubram os próprios limites, enfrentem desafios, conheçam e valorizem o próprio corpo, relacionem-se com outras pessoas, percebam a origem do movimento, expressem sentimentos utilizando a linguagem corporal, localizem-se no espaço, entre outras situações voltadas ao desenvolvimento de suas capacidades intelectuais e afetivas, numa atuação consciente e crítica.” (BASEI, 2008), sempre visando seu desenvolvimento global.

Percebendo a importância que o movimento tem para as crianças de 0 a 6 anos é necessário que os momentos destinados ao trabalho com corpo ocupem lugar de destaque nas rotinas das turmas da educação infantil. Essas atividades não podem estar restritas aos momentos de brincadeiras livres, embora elas também precisem ser garantidas; nem as atividades mecânicas, mas sim permear toda a rotina diária. Acontecer em consonância com outras linguagens, com as outras áreas do desenvolvimento infantil. Neste contexto, o professor e o agente de creche surgem como mediadores que organizam as tarefas, de modo que o desafio às crianças tenha local de destaque, proporcionando a eles realizarem suas descobertas, avanços e saberes a partir da experimentação.

As práticas desenvolvidas nas instituições precisam garantir experiências lúdicas e de interação, através das quais as crianças possam:

Creche - Perceber-se enquanto sujeito único, ampliando o conhecimento de si e do mundo; - Adquirir uma imagem positiva de si, ampliando sua confiança, aceitando-se e desenvolvendo suas potencialidades; - Utilizar o corpo como brinquedo; - Descobrir e nomear progressivamente as partes do corpo; - Reconhecer a sua imagem e a de outras pessoas utilizando recursos diversos; - Explorar o ambiente, utilizando o seu corpo e os sentidos como instrumento de descobertas de objetos, de pessoas e do espaço que o cerca; - Desenvolver progressivamente o controle motor, adquirindo confiança para movimentar-se no espaço e em brincadeiras; - Explorar a música e o movimento, percebendo as estruturas rítmicas e expressando-se; - Executar movimentos de deslocamento com ou sem obstáculos, ampliando sua capacidade motora e destreza, de acordo com a sua faixa etária; - Manusear, com crescente destreza, objetos, jogos e brinquedos diversos, explorando as suas possibilidades de encaixe, empilhamento, construção, lançamento, montagem e desmontagem; - Desenvolver, de forma gradativa, a autonomia e a independência quanto a sua alimentação e cuidados com o seu corpo e vestimentas que usa; - Utilizar talheres, escovas de dente e de cabelos e outros objetos necessários em seu cotidiano, demonstrando progressiva habilidade de manuseá-los;

Pré-escolar - Perceber-se enquanto sujeito único, ampliando o conhecimento de si e do mundo; - Adquirir uma imagem positiva de si, ampliando sua confiança, aceitando-se e desenvolvendo suas potencialidades; - Utilizar o corpo como brinquedo; - Descobrir e nomear as partes do corpo; - Explorar o ambiente, utilizando o seu corpo e os sentidos como instrumento de descobertas de objetos, de pessoas e do espaço que o cerca; - Executar movimentos de deslocamento com ou sem obstáculos, ampliando sua capacidade motora e destreza, de acordo com a sua faixa etária; - Adquirir progressivo controle do seu corpo, utilizando suas habilidades motoras em deslocamentos e brincadeiras; - Explorar a música e o movimento, percebendo as estruturas rítmicas e expressando-se; - Participar de jogos coletivos e individuais, estabelecendo, reconhecendo e seguindo as regras; - Participar de atividades em grupo e/ou individuais que envolvam movimento, respeitando a organização do tempo e do espaço e seguindo orientações recebidas; - Dançar, cantar, imitar e inventar coreografias; - Ajustar às diferentes necessidades as potencialidades e limites do próprio corpo, relacionados à coordenação motora e à organização espaço-temporal; - Participar de jogos nos quais seja necessário ajustar força, velocidade e resistência de seus movimentos; - Desenvolver a agilidade, flexibilidade e o equilíbrio corporal;

- Seguir orientações verbais que combinem alguns movimentos como andar e quicar uma bola, andar e puxar, etc.; - Criar brincadeiras que envolvam dança e dramatizações, vivendo personagens com características corporais próprias; - Fazer uso de materiais como lápis, tintas, colagens, etc., produzindo, individual ou coletivamente, movimentos que respeitem limites e orientações espaciais pré-determinadas pelo professor ou grupo; - Criar e reproduzir objetos diversos fazendo encaixes, empilhamentos, construindo, destruindo e reconstruindo suas invenções a partir da observação e experimentação das características de variados materiais; - Desenvolver, de forma gradativa, a autonomia e a independência quanto a sua alimentação e cuidados com o seu corpo e vestimentas que usa; - Utilizar talheres, escovas de dente e de cabelo e outros objetos necessários em seu cotidiano, demonstrando progressiva habilidade de manuseá-los.

ARTES

O espaço da educação infantil se caracteriza pela possibilidade de oferta

às crianças de inúmeras experiências de conhecimento, produção, apreciação

e releitura das variadas linguagens artísticas do nosso cenário cultural. Neste

espaço, a criança é levada a um olhar apreciador das produções dos colegas e

artistas variados, ao mesmo tempo em que imprime identidade as suas

criações.

Ao oportunizar atividades criadoras, desvinculadas de modelos que

representam apenas exercícios motores (como colorir uma cópia), o professor

e/ ou agente de creche contribui para a formação da expressividade da criança.

Tais atividades devem ser oferecidas de forma regular, a fim de que a prática

organize e reorganize as ideias, aprimorando o manuseio e uso de materiais,

propiciando o processo de apropriação estética. O desenho e a pintura das

crianças são registros que elas deixam a partir da sua interação e visão de

mundo.

Enfim, “o que interessa nas expressões visuais – desenhos, pinturas,

colagens, esculturas, cinema, fotografia, construções, gravuras, etc – criadas

por crianças pequenas é aquilo que elas têm de singular, de único, de marca

pessoal daquela criança, de diferente! Suas produções são narrativas visuais

que contêm uma história e uma dinâmica próprias ali retratadas, fruto de suas

memórias, sensações e vivências, em diálogo permanente com sua

imaginação. Expressões visuais são transbordamentos, devemos estar atentos

às condições por nós oferecidas para que produzam seus desenhos, pinturas

etc, ressaltando sua autoria, despregados de modelos e julgamentos externos,

respeitando seus resultados como expressões singulares e únicas. (...) que as

instituições educativas possam ser espaços de participação, respeito, troca,

socialização e aprendizagens diversas que contribuam para a formação de

sujeitos inteiros, críticos, autores e autônomos. Espaços de múltiplas

linguagens e expressões, espaços privilegiados de apropriação de diferentes

códigos estéticos, de diferentes culturas, espaço de produção significativa e

autoral, ampliando, assim, as diversas formas de relação homem-cultura-

natureza.” (PROINFANTIL, 2006)

“O mundo é multicolorido,

multiforme e diverso em suas

texturas. Incentivar que as

crianças fiquem mais atentas

para as cores, formas e

texturas do mundo – tanto da

natureza quanto dos bens

culturais – é um grande

estímulo para elas e uma

oportunidade de sensibilizar

seu olhar e ampliar seu

repertório. Não importa se a

criança está usando formas

específicas ou cores tais e

quais – menos ainda se sabem

seus nomes corretamente.

Interessa-nos, sim, que em

suas expressões (desenhos,

pinturas, colagens) possam

explorar diferentes formas,

cores e texturas, ampliando

seu acervo de sensações e de

imagens, combinando-as entre

si, de maneira própria, autoral.”

(PROINFANTIL, 2006)

As práticas desenvolvidas nas instituições precisam garantir experiências lúdicas e de interação, através das quais as crianças possam:

Creche - Explorar as possibilidades de movimentos no desenho, na pintura, na modelagem, na colagem e na construção, reconhecendo gradativamente o resultado de seus gestos; - Amassar, apalpar e rasgar papéis de diferentes texturas e resistências; - Conhecer diversas formas de expressão artística; - Reconhecer e valorizar suas produções artísticas e dos colegas, percebendo-as como tal; - Expressar-se livremente, escolhendo os materiais e as técnicas a serem utilizadas em suas produções; - Vivenciar e construir suas aprendizagens, utilizando suas produções para verbalizar seu universo criativo; - Explorar materiais com características diferenciadas; - Observar e identificar imagens diversas; - Explorar objetos de diferentes matérias-primas; - Desenvolver sua criatividade ao interagir com diferentes formas de expressão artística;

Pré-escolar - Manipular diferentes materiais, explorando suas características, propriedades e possibilidades de manuseio e expressão; - Explorar as possibilidades de movimentos no desenho, na pintura, na modelagem, na colagem, da dobradura e na construção, reconhecendo gradativamente o resultado de seus gestos; - Amassar, apalpar e rasgar e cortar papeis de diferentes texturas e resistências, usando as mãos e a tesoura sem ponta, sob supervisão do professor; - Expressar-se livremente, escolhendo os materiais e as técnicas a serem utilizadas em suas produções; - Vivenciar e construir suas aprendizagens, utilizando suas produções para verbalizar seu universo criativo; - Desenvolver sua criatividade ao interagir com diferentes formas de expressão artística; - Cuidar dos materiais de uso individual e coletivo, desenvolvendo noções relacionadas ao seu manuseio e sua conservação; - Representar através de materiais variados o esquema corporal; - Reconhecer e valorizar suas produções artísticas e dos colegas, percebendo-as como expressões artísticas; - Conhecer a diversidade das produções artísticas, como desenhos, pinturas, esculturas, construções, fotografias, colagens, ilustrações, cinema, etc.; - Estabelecer relações entre as características das produções dos artistas e as suas; - Observar e identificar imagens diversas; - Conhecer e utilizar a linguagem plástica como forma de comunicação, de manifestação artística e de expressão de tradições culturais;

LINGUAGEM ORAL E ESCRITA

“É através da linguagem que compartilhamos conhecimentos, valores,

regras de conduta, experiências adquiridas pelos homens ao longo da história,

entre tantas outras coisas. A linguagem é responsável pela formação da

subjetividade, ou seja, é através da linguagem que nos constituímos como

seres humanos, participantes da cultura na qual estamos inseridos.” (Proinfantil

modulo II unidade 6 –pag. 16, 2006).

A partir desta concepção, percebe-se a importância do trabalho com a

linguagem oral e escrita na Educação Infantil, pois é nesta fase que o ser

humano constrói grande parte dos conhecimentos, conceitos e hábitos que

levará para sua vida.

O desenvolvimento da linguagem colabora de maneira significativa para

a formação das crianças, além de ser uma das mais eficazes formas de

interação e construção de conhecimentos. Além disto, é através da linguagem

que os sujeitos têm a oportunidade de desenvolver e expressar o pensamento.

Assim, a linguagem pode ser entendida como mediadora entre pessoa e o

mundo.

A linguagem oral, vista por muitos como tendo sua aquisição de forma

natural, também precisa ser estimulada. Porém, há que se ter em mente que

este processo não deve ser visto como algo isolado. A linguagem tem sua

função social e precisa, desde a primeira infância, ter seu aprendizado

contextualizado. Não é coerente estimularmos uma criança a falar uma lista de

palavras, já que em seu cotidiano as palavras estão inseridas em textos e

contextos, sejam eles orais ou escritos.

A Educação Infantil, primeira etapa da educação básica, também precisa

proporcionar à criança o contato com o mundo letrado, onde cultura e

conhecimento são transmitidos através da linguagem oral e escrita. É preciso

que os educadores estejam cientes que letrar e alfabetizar são conceitos

distintos, apesar de complementares. A concepção da Educação Infantil como

fase preparatória para o ensino fundamental precisa ser abandonada. Com

isso, fica claro que o objetivo não deve ser alfabetizar ou pré-alfabetizar os

alunos, mas sim dar-lhes instrumentos para que possam ser competentes no

uso da língua.

De acordo com o MEC “entende-se alfabetização como o processo

específico e indispensável de apropriação do sistema de escrita, a conquista

dos princípios alfabético e ortográfico que possibilita ao aluno ler e escrever

com autonomia. Entende-se letramento como o processo de inserção e

participação na cultura escrita.” (BRASIL: Proletramento, 2008).

Sob esta ótica, a educação infantil contribui no processo de letramento

de seus alunos, de proporcionar momentos que os insira no mundo da

linguagem escrita. Daí a importância das leituras diárias, feitas pelo professor e

pelo agente de creche, que contemplem os variados gêneros textuais de

circulação social, da organização de atividades que desenvolvam o

comportamento leitor dos alunos e que mostrem que a linguagem oral pode ser

registrada através da escrita, entre outras que concebem a língua como tendo

importante função social.

As práticas desenvolvidas nas instituições precisam garantir experiências lúdicas e de interação, através das quais as crianças possam:

Creche: . Utilizar as aprendizagens adquiridas, relativas à linguagem, na relação adulto-criança, na relação criança-criança e na relação com o objeto do conhecimento; .Desenvolver sua imaginação, sua capacidade de representação, atenção e memória; . Comunicar-se no grupo, entendendo e se fazendo entender; . Desenvolver a linguagem, ampliando seu vocabulário, para expressar seus desejos, necessidades e sentimentos, para resolver conflitos e tomar decisões em grupo ou individualmente; . Participar de momentos contínuos, organizados e intencionais de leituras variadas, desenvolvendo o conhecimento de um repertório significativo de textos escritos; .Desenvolver comportamentos leitores, manifestando sentimentos, experiências, ideias e opiniões, e definindo preferências; .Ter contato com livros, revistas, quadrinhos, jornais, entre outros suportes de textos; .Perceber a funcionalidade, os usos e práticas da linguagem escrita no cotidiano, estabelecendo uma relação entre o que é falado e o que está escrito; . Vivenciar momentos de escrita espontânea utilizando diversos materiais gráficos para registrar o seu pensamento de forma significativa, mesmo que de forma não convencional; -Conhecer e utilizar a linguagem oral e escrita como forma de comunicação, de manifestação artística e de expressão de tradições culturais.

Pré-escolar . Utilizar a estrutura básica da linguagem nas situações comunicativas, expressando seus sentimentos, desejos e fatos cotidianos em sequência temporal e causal, elaborando e respondendo perguntas de forma a ser entendido pelo grupo. . Desenvolver comportamentos leitores, manifestando sentimentos, experiências, ideias e opiniões, indicando leituras, fazendo recontos, fundamentando suas opiniões e preferências, atribuindo sentido aos textos lidos; . Construir textos oralmente (individuais e/ou coletivos), com registro escrito feito pelo professor, para estabelecer uma relação entre o que foi falado e o que está escrito, . Experimentar as várias funções da escrita no seu cotidiano; - Participar de situações de leituras de textos de gêneros e autores variados; - Conhecer várias obras de um mesmo autor e de uma mesma coleção; - Relacionar a leitura feita pelo professor com outros textos ou histórias conhecidas, utilizando indicadores para antecipar o conteúdo do texto; - Participar de momentos de escrita espontânea expressando suas ideias e registrando-as mesmo que de forma não convencional; - Produzir textos (orais e escritos) em situações de comunicação: dramatização, livros, convites, receitas, etc; - Reconhecer e escrever o próprio nome; - Explorar a literatura infantil como fonte de identificação simbólica, de prazer e entretenimento; - Conhecer e utilizar a linguagem oral e escrita como forma de comunicação, de manifestação artística e de expressão de tradições culturais.

RACIOCÍNIO LÓGICO

MATEMÁTICO

Vivemos em uma sociedade onde, de maneira simples ou mais

complexa, a matemática está presente em quase todas as relações. Assim,

diariamente, nas práticas sociais, as crianças aprendem e convivem com a

matemática, participando de situações que envolvem números, relação e

comparação de quantidades.

Respeitando e valorizando todos os conhecimentos matemáticos que a

vida, seja dentro ou fora da Unidade Escolar, possibilita, esta proposta de

Educação Infantil visa instrumentalizar a criança, organizando os

conhecimentos que ela já possui e desenvolvendo novos conceitos, para,

diante de novos desafios, resolver os problemas do cotidiano.

Brincar com números, descobrir o que eles significam, como funcionam,

até operá-los a partir do manuseio de materiais diversos, torna o ambiente da

creche, CMEI, ou escola um local de letramento matemático.

As crianças são produtoras de conhecimento e cada uma tem seu

próprio tempo e ritmo de aprendizagem. Em brincadeiras livres e dirigidas ou

atividades previamente elaboradas, o professor e o agente de creche devem

estar constantemente atentos às perguntas dos seus alunos, compreendendo e

acompanhando o seu raciocínio, para serem capazes de fazer intervenções

que possibilitem o confronto e a reelaboração da ideia inicial desta criança,

levando-a a avançar em suas hipóteses.

As práticas desenvolvidas nas instituições precisam garantir experiências lúdicas e de interação, através das quais as crianças possam:

Creche - Explorar todo o espaço a sua volta, engatinhando, se arrastando, andando, correndo, pulando ou deslocando objetos no espaço, considerando pontos de referência indicados; - Estabelecer relações espaciais usando o seu corpo como referência (longe, perto, na frente, atrás, ao lado, dentro, fora, em cima, em baixo); - Criar estratégias para transpor obstáculos, de acordo com sua faixa etária, apropriando-se das noções espaciais; - Compreender, obedecer e estabelecer regras para jogos e brincadeiras individuais e coletivas; - Posicionar objetos e brinquedos, utilizando conceitos como dentro, fora, embaixo e em cima; - Utilizar vocabulário relativo às noções matemáticas nas situações cotidianas; - Utilizar jogos compatíveis com sua faixa etária explorando diversas possibilidades, tais como: manusear, montar, encaixar, empilhar, classificar (tamanho, forma, cor e espessura); - Utilizar a contagem oral em jogos, músicas, brincadeiras, contagem de objetos, calendário, tabelas, chamadinhas, gráficos; - Vivenciar situações cotidianas e lúdicas nas quais possa comparar, acrescentar, retirar e igualar elementos concretos;

Pré-escolar - Perceber os diferentes usos dos numerais na vida cotidiana; - Vivenciar situações de comparação, acréscimo e retirada de elementos, utilizando material concreto; - Classificar, seriar e ordenar objetos utilizando atributos comuns (tamanho, forma, cor, espessura); - Associar os números de 1 a 9 às respectivas quantidades e vivenciar situações onde esta mesma relação se faça com números diversos, levantando hipóteses sobre suas representações a partir de seus conhecimentos prévios; - Explorar as noções espaciais em relação ao próprio corpo e aos objetos entre si (dentro/fora, perto/longe, atrás/na frente, ao lado, em cima, embaixo, etc.); - Perceber que as atividades desenvolvidas por ele e por seus colegas ocorrem num determinado tempo e que têm uma duração, utilizando diferentes registros de tempo em sala de aula (calendário, relógio, ampulheta, etc.); - Vivenciar a partir de situações reais os conceitos de antes/depois, cedo/tarde, ontem/hoje/amanhã, novo/velho, etc. - Identificar a medida monetária padrão, utilizada no país, através do contato com dinheiro e da observação de cédulas e moedas; - Perceber a “troca” entre dinheiro e mercadoria/serviço; - Reconhecer atributos: tamanho (grande/médio/pequeno) e espessura

- Criar hipóteses para solucionar situações-problema do seu cotidiano; - Reconhecer formas geométricas (círculo, triângulo, quadrado, retângulo) em jogos e brincadeiras. - Perceber que as atividades desenvolvidas por ele e por seus colegas ocorrem num determinado tempo e que têm uma duração, utilizando diferentes registros de tempo em sala de aula (calendário, relógio, ampulheta, etc.); - Vivenciar os conceitos de antes/depois, cedo/tarde, ontem/hoje/amanhã, novo/velho, etc.

(grosso/fino, estreito/largo) e cores; - Reconhecer formas geométricas (círculo, triângulo, quadrado, retângulo); - Perceber relações de semelhança entre diferentes materiais realizando agrupamentos entre elementos, verbalizando os critérios pré-estabelecidos e inventados pelos alunos; - Realizar medições e pesagem utilizando recursos variados (líquidos, garrafas, copos, partes do corpo, fita, barbante, folha de papel, balança, o próprio corpo: pé, mão, etc.), comparando quantidades e tamanhos (cheio, vazio, mais que, menos que, pouco, muito, inteiro, metade, maior, menor); - Realizar ações concretas, verbalizando as suas estratégias, demonstrando seus conhecimentos matemáticos para resolução de situações problemas que envolvam materiais concretos, dramatização, jogos, brincadeiras, etc.;

NATUREZA E SOCIEDADE

A criança já nasce em um mundo carregado de produção científica,

cultural e social, onde ela explora, reproduz e produz conhecimentos. O espaço

de Educação Infantil é um campo perfeito para que, em interação com outras

crianças e adultos, a curiosidade tome forma e movimento, quer seja por meio

da observação, da discussão, de questionamentos e/ou das descobertas.

Mais interessante que trazer informações para as crianças é ouvir o que

elas têm a dizer. Seguindo sua curiosidade natural, tendo o professor e o

agente de creche como parceiros propiciadores de atividades que desenvolvam

suas habilidades investigativas, a criança pequena traz sua vontade e

disposição a serviço de saciar seus porquês. Seu encantamento pela natureza

e pelo meio social em que vive é tão grande quanto sua curiosidade. Por isso,

é importante que ela vivencie situações onde possa conhecer as diferentes

manifestações culturais brasileiras e reconhecer a diversidade.

Compreender e questionar o meio em que vive, as normas socialmente

estabelecidas e a atuação do homem na natureza podem parecer atividades

precoces para nossas crianças, mas elas estão inseridas em um mundo onde a

informação chega a uma velocidade absurda a todo canto, não poupando,

inclusive, nossos pequeninos. A tecnologia está nas mãos destas crianças

desde muito cedo. Cabe ao professor e ao agente de creche uma postura

sensível frente estas crianças, democratizando o conhecimento e reafirmando

o compromisso da Educação Infantil em formar cidadãos críticos, éticos,

capazes de lutar por uma sociedade mais justa, que desenvolva práticas de

respeito à natureza, “sustentabilidade da vida na Terra, assim como o não

desperdício dos recursos naturais” (DCNEI, 2009).

As práticas desenvolvidas nas instituições precisam garantir experiências lúdicas e de interação, através das quais as crianças possam

Creche

. Conhecer e cuidar do ambiente em que está inserido;

- Estabelecer contato com as pessoas criando vínculos diferenciados nas relações;

- Perceber os recursos naturais como fontes de vida: o ar e a água;

- Formular hipóteses a partir da observação de fenômenos naturais ou de experiências concretas;

- Desenvolver atitudes de preservação do planeta (utilização racional de água, luz elétrica, matérias primas, reciclagem, reflorestamento, preservação de espécies em extinção);

- Interagir com animais e plantas, desenvolvendo atitudes de cuidado;

. Ajudar a cuidar e organizar os pertences pessoais e coletivos;

. Identificar os diferentes espaços da creche, respeitando suas especificidades e regras;

- Desenvolver segurança e autonomia para deslocar-se pelos diversos ambientes da creche;

- Respeitar regras básicas de convivência social;

- Vivenciar possibilidades de resolução de conflitos que surgem nas relações com as outras crianças (com a mediação, quando necessário);

Pré-escolar

. Conhecer e cuidar do ambiente em que está inserido;

- Estabelecer contato com as pessoas criando vínculos diferenciados nas relações;

- Perceber os recursos naturais como fontes de vida;

- Formular hipóteses a partir da observação de fenômenos naturais ou de experiências concretas;

- Desenvolver atitudes de preservação do planeta e sua sustentabilidade (utilização racional de água, luz elétrica, matérias primas, reciclagem, reflorestamento, preservação de espécies em extinção);

- Interagir com animais e plantas, desenvolvendo atitudes de cuidado;

- Perceber as relações entre os seres vivos e o ambiente e a importância da preservação das espécies;

. Ajudar a cuidar e organizar os pertences pessoais e coletivos;

. Identificar os diferentes espaços da creche, respeitando suas especificidades e regras;

- Desenvolver segurança e autonomia para deslocar-se pelos diversos ambientes da creche;

- Vivenciar possibilidades de resolução de conflitos que surgem nas relações com as outras crianças (com a mediação, quando necessário);

- Partilhar com outras crianças conhecimentos e a identidade que o grupo infantil confere a seus membros, além de

- Partilhar com outras crianças conhecimentos e a identidade que o grupo infantil confere a seus membros, além de construir sua imagem pessoal no grupo.

- Vivenciar a diversidade e pluralidade cultural e social em que está inserido (cultura regional – eventos, costumes, culinária, trajes, músicas, manifestações folclóricas, etc.);

- Estabelecer relações mútuas e respeitosas com adultos e outras crianças;

- Interagir com crianças da mesma idade e de faixas etárias diferentes, estabelecendo uma relação afetiva e democrática;

- Desenvolver atitudes de solidariedade e proteção contra qualquer forma de violência ou negligência em relação a si e ao outro;

-Conhecer e utilizar a linguagem tecnológica como forma de comunicação e de manifestação artística e de expressão de tradições culturais;

- Vivenciar situações de aprendizagem para a elaboração da autonomia nas ações de cuidado pessoal, saúde e bem-estar.

construir sua imagem pessoal no grupo.

- Vivenciar a diversidade e pluralidade cultural e social em que está inserido (cultura regional – eventos, costumes, culinária, trajes, músicas, manifestações folclóricas, etc.);

- Oportunizar relações mútuas e harmoniosas com adultos e outras crianças, respeitando a opinião e o espaço;

- Interagir com crianças da mesma idade e de faixas etárias diferentes, estabelecendo uma relação afetiva e democrática;

- Desenvolver atitudes de solidariedade e proteção contra qualquer forma de violência ou negligência em relação a si e ao outro;

-Conhecer e utilizar a linguagem tecnológica como forma de comunicação e de manifestação artística e de expressão de tradições culturais;

- Desenvolver autonomia para escolher parceiros, os objetos, os temas e o espaço para brincar;

- Cooperar com os colegas em brincadeiras e atividades propostas;

- Reconhecer os papéis desempenhados pelas pessoas que compõem sua família, que atuam na escola e na sociedade;

- Identificar através de atividades a existência de símbolos, sinais, signos e códigos presentes em seu cotidiano;

- Vivenciar situações de aprendizagem para a elaboração da autonomia nas ações de cuidado pessoal, saúde e bem-estar.

Referências bibliográficas

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