editorial n.15 (jan fev 2008)
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E D I T O R I A L
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“Veterinário não é custo, é investimento”
Após um 2007 de bons resultados para a eqüinocultura,
iniciamos 2008 com otimismo. Para este otimismo se transfor-
mar em bons resultados, vamos arregaçar as mangas e traba-
lhar muito. Uma das promessas de bons negócios é o merca-
do internacional. Mas antes de falar do futuro, relembremos
alguns fatos marcantes de nossa história.
O ano 2008 registra importantes aniversários. Vamos citar
dois: o bicentenário da chegada da corte ao Brasil e o centená-
rio da implantação do Serviço de Veterinária do Exército. Estes
dois fatos históricos têm relação com a eqüinocultura.
Em sua fuga para o Brasil, D. João VI trouxe o plantel da
coudelaria do Alter Real para o Rio de Janeiro. Era o início da
importação de cavalos de melhor qualidade. A relação do Bra-
sil com o mercado internacional se modificava. Até então, li-
mitávamos a importar animais para lida e exportar animais para
abastecer as tropas portuguesas em Angola.
Ainda com relação à transferência da corte para o Brasil,
há 200 anos era criado o 1º Regimento de Cavalaria de Guar-
das (atualmente conhecido como Dragões da Independência).
Há 100 anos, graças ao esforço do Tenente-Coronel Mo-
niz de Aragão, foi implantado o Serviço de Veterinária do Exér-
cito, que foi o início do processo que resultou na criação, seis
anos depois, da Escola de Veterinária. Em dezembro passado
comemorou-se 90 anos da formatura da primeira turma de
veterinários no Brasil.
Hoje, para que o bom momento vivido pelo Brasil no
mercado internacional, com crescentes oportunidades para os
criadores brasileiros, se fortaleça, devemos estar atentos ao
processo iniciado há 100 anos por Moniz de Aragão. É neces-
sário investir na veterinária e no profissional para valorizar nos-
so produto. Somente o manejo e o acompanhamento profissi-
onais permitirão elevar a aceitação de nosso produto. Cuida-
dos sanitários devem ser priorizados. É sempre bom lembrar
as palavras do Dr. Thiago Salles: veterinário não é custo, é in-
vestimento. Moniz de Aragão já sabia disso.
Roberto Arruda de Souza [email protected]
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