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Lat.Bus o bom momento na indústria de ônibus + Scania mostra, mas nem tanto... Edição 58 - R$ 14,00 Medicamentos Uma logística ainda mais complicada

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1 - Edição 58

Lat.Buso bom momento

na indústria de ônibus

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Edição 58 - R$ 14,00

+ Scania mostra, mas nem tanto...

MedicamentosUma logística ainda

mais complicada

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2 - Transpo Magazine 3 - Edição 58

Índice

Eleições e desgoverno

Pela primeira vez na história estamos vivendo uma época de campanha

eleitoral que passa despercebida para a população. Ninguém, além dos

políticos, parece perder tempo com política. As pessoas comuns só querem

saber do seu dia a dia, de como vão ganhar seu rico dinheirinho e a maioria não

tem a menor convicção de um nome no qual votar para presidente, tampouco

para governador de estado. Os nomes que tentam se oferecer causam a mais

nojenta das repulsas junto ao eleitorado e cresce a dúvida sobre voto útil ou

não. Voto inútil, de qualquer jeito. “Em fulano eu não voto, de jeito nenhum”,

virou jargão. Votar em quem? Quem sabe em ninguém? “Acho que vou anular

meu voto, a menos que seja obrigado a votar contra ciclano, na última hora”.

Infelizmente, não procede a ideia de que se todos os brasileiros votassem

nulo a eleição ganharia um remake. Nem mesmo a história da metade mais um

seria capaz de mandar as tranqueiras para casa.O governo que se despede, na

verdade apenas mais um dos desgovernos de plantão, já vai tarde, seguramente

com o título assegurado de pior administração da História brasileira. Venal,

fraco, incompetente, apenas para mencionar algum adjetivo educado, são

termos provavelmente insuficientes para definir o Postiço e sua curriola. Que,

desde a posse, já mostrava um ministro de estado depois de outro, caindo de

podre e prenunciando o desastre.

Resumindo, para não subir mais o tom do descontentamento, vamos apenas

esperar que o Próximo não atrapalhe e deixe o Brasil tocar sua vida. Para

termos pelo menos isso é preciso rapar o radicalismo. Não precisamos mais de

ditadura, seja de governo ou da mídia.

Ufa, até daqui a pouco...

Obrigado,

Roberto Queiroz

Transpo Magazine Análiseé uma publicação bimestraltemática da RQ Editora Ltda.

Editor e jornalista responsávelRoberto Queiroz, MTB 12.020 [email protected]

RedaçãoGustavo Queiroz, MTB 56.791 [email protected]

Administração Allan Bueno [email protected]

ComercialAngelo [email protected]: Transpoonline / Divulgação

editorial/expediente/Índice

notas

lat.BUs, evento impUlsiona mercado de ôniBUs

e-delivery, Base do maior contrato do gênero moovel, aplicativo da mercedes sUrpreende scania mostra linha nova de caminhões medicamentos tem logÍstica complicada eletromoBilidade tem proposta voith citroen mostra Berlingo e miniBUs daF troca presidente no Brasil

Ed. 58, julho/agosto, circulação agosto

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4 - Transpo Magazine 5 - Edição 58

Ao atingir 5,4 milhões de toneladas de soja e milho embarcadas nos últimos 12 meses, o Terminal de Grãos do Maranhão (TEGRAM), no Porto do Itaqui (São Luís, MA), deu início à segunda fase do projeto para duplicar sua capacidade de recepção ferroviária e de embarques de navios. Deste volume, 44% foram recebidos pela moega ferroviária e 56% pelo modal rodoviário, totalizando 85 navios embarcados no período.

A segunda fase do projeto permitirá duplicar a capacidade na movimentação de carga pela recepção ferroviária, agregando também uma segunda linha de embarques de navios em mais um berço de atracação no porto, redimensionando as capacidades do terminal para uma movimentação de volumes superiores a 10 milhões de toneladas/ano. Quando concluída, a segunda fase envolve a infraestrutura necessária para operar

mais um berço de atracação. Isso engloba a aquisição de um segundo shiploader, que permitirá ao terminal alcançar uma taxa de embarque de 5 mil toneladas de grãos por hora, distribuídas nos dois berços, permitindo o embarque de dois navios de forma simultânea, assim como a ativação da segunda linha da moega ferroviária, que permitirá a descarga de oito vagões simultaneamente, a uma taxa de 4 mil toneladas de grãos por hora. Quando concluída, a expectativa do TEGRAM é receber 80% do volume pelo modal ferroviário e os 20% restantes pelo modal rodoviário.

notas

Pneu do futuro próximoA Bridgestone Corporation anunciou o desenvolvimento do primeiro polímero do mundo capaz de formar ligações entre borracha

e resinas a nível molecular. O novo polímero apresenta 5 vezes mais resistência a rachaduras, 2,5 vezes mais resistência à abrasão, e resistência à tração 1,5 vez maior que a borracha natural, que é mais resistente que a borracha sintética comum.

O material recentemente desenvolvido, chamado HSR – High Strength Rubber (Borracha de Alta Resistência), é um híbrido com ligações entre componentes da borracha sintética, como o butadieno e o isopreno, e componentes de resinas, tais como o etileno, a nível molecular usando o novo catalisador gadolíneo (Gd) (via copolimerização) de tecnologia proprietária da Bridgestone. O resultado é um material capaz de combinar a maleabilidade da borracha com a resistência da resina. Esse avanço foi alcançado por meio do aprimoramento das tecnologias do catalisador Gd, usado para sintetizar a borracha de poliisopreno.

A HSR apresenta níveis de durabilidade e resistência à abrasão muito maiores que os da borracha natural. Por essa razão, a HSR é considerada um material promissor, com o potencial para criar pneus que alcancem os níveis de performance necessários utilizando menos materiais.

São Bernardo com frota novaEm agosto, mês de aniversário da cidade, SBCTrans colocou

em operação 30 novos ônibus. Os veículos, que contam com carroceria Caio Apache VIP e chassi Mercedes-Benz OF-1724, fazem parte do maior programa de modernização do transporte da operadora, que já substituiu 105 ônibus e oito vans, desde o final do ano passado, circulando nos bairros Alvarenga, Irajá e Baeta, atendendo mais de 150 mil pessoas.

Segundo Milena Baga Romano, diretora executiva da SBCTrans, 20 novos ônibus já estavam em operação. “Desde o dia 20, colocamos em operação outras 10 unidades para atender a população. Esses 30 veículos incorporam as mais modernas tecnologias, como a biometria facial e também o inovador sistema com visor no painel do motorista, para observar o movimento das portas, o que garante ainda mais segurança e conforto para os passageiros”, destaca.

Todos os veículos têm capacidade para transportar 31 passageiros sentados e 40 em pé, e são equipados com internet sem fio (Wi-Fi), sistema de ar-condicionado, tomadas USB em diversos pontos, elevadores dos dois lados para acesso de passageiros com mobilidade reduzida e monitores de televisão.

Rio de Janeiro adere aos ônibus 100% elétricosTrês unidades do modelo BYD D9W, com carroceria Caio Millenium, estão em funcionamento na cidade de Volta

Redonda. Cumprindo com o planejamento municipal, os veículos têm sido utilizados para o programa Tarifa Comercial Zero e circulam gratuitamente nos quatro principais pontos comerciais do município (Vila Santa Cecilia, Centro, Aterrado e Retiro). O período de testes começou em 18 de julho deste ano e a linha teve quase 100% de aprovação dos usuários e também dos comerciantes do Centro.

“O projeto é inovador. Aquece a economia, levando os consumidores aos principais centros comerciais da cidade sem interferir nas linhas convencionais. Além do mais, os veículos não provocam poluição sonora e nem atmosférica. Com isso, vamos melhorar a mobilidade de Volta Redonda”, avalia o prefeito Samuca Silva.

O chassi BYD D9W é utilizado para aplicação em carrocerias com até 13,2 metros de comprimento. Os dois motores BYD-2912TZ-XY-A, de 150 KW, juntos equivalem a 402 cavalos e estão integrados nas rodas do eixo traseiro, contando com um módulo de controle eletrônico de tração.

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Terminal de Grãos do Maranhão ganha mais investimentos

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6 - Transpo Magazine 7 - Edição 58

notas

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Baidu e King Long desenvolvem ônibus autônomos

Domino’s Pizza pavimenta a entrega de pizzas

A Baidu vai ingressar no mercado de ônibus autônomos, no Japão, a partir de 2019. Sim, trata-se daquele buscador chato para caramba que tenta se instalar em seu computador junto com seus downloads. A empresa quer mostrar a sua força fora da China e se posicionar como uma das marcas líderes em internet das coisas e inteligência artificial.

Entretanto, para o desenvolvimento deste projeto, a Baidu se juntou com a fabricante de ônibus King Long, uma das maiores da China. Atualmente, mais de 100 unidades do modelo Apolong já estão em circulação em caráter de testes. O modelo pode transportar até 14 passageiros e, sendo autônomo, sequer haverá um cockpit para o motorista equipado com banco, volante ou pedais, por exemplo.

Quem nunca pediu uma pizza que foi entregue em sua residência toda bagunçada ou com recheio todo de um lado?

A famosa pizzaria norte-americana Domino’s Pizza apostou em uma estratégia de marketing muito diferente e criativa. Foi criada a ação “Paving for Pizza”, em que a empresa está recapando buracos das ruas para garantir, justamente, que as suas pizzas cheguem inteiras e bem apresentáveis aos consumidores.

A Domino’s afirmou que o maior inimigo de uma pizza entregue em domicílio é, justamente, aquele maldito buraco na rua, que provoca verdadeiras cambalhotas da cobertura das pizzas

dentro das caixas. Por isso, pode acontecer de você receber uma pizza toda bagunçada.Para não precisar justificar mais aos seus clientes o motivo do estado da pizza entregue pelo serviço de delivery, a Domino’s

criou a sua própria “Operação Tapa-Buracos”, sob o nome “Paving for Pizza”.

Argentina sai na frente com lançamento do Arocs

A Mercedes-Benz Argentina apresentou os novos Actros e Arocs. O novo Actros é mais avançado do que o produto disponibilizado no Brasil, destacando soluções como a sua nova geração de motores, caixas de velocidades Mercedes PowerShift 3, a nova geração de eixos que reduzem as perdas por atrito e inovações na cabine, redesenhada e otimizada para melhorar sua aerodinâmica. Aqui, o foco está no segmento premium entre os extrapesados. O produto ganha versões também para a faixa entre 45 e 75 toneladas de carga permitindo que o cliente trabalhe com grande rentabilidade.

A nova família Arocs foi desenvolvida com foco específico em aplicações off-road. As suas características específicas e a grande variedade de versões disponíveis incluem configurações especiais para pesos extremamente elevados, como é o caso de cargas especiais e / ou indivisíveis até 250 toneladas, abrangendo setores mineração, petróleo, construção e silvicultura.

Abrindo o lequeEm 2015, a antiga BGM-Rodotec, hoje Praxio, empresa focada em programas de suporte à gestão de empresas de transporte de

carga ou passageiros, tomou uma decisão estratégica para seu futuro: crescer por aquisição e, nessa agenda, fez prospecção de mais de uma centena de empresas e start-ups com escopos que poderiam complementar sua oferta de serviços.

Focando no segmento de transportadoras de pequeno porte, com frota de um a cinco caminhões, acabou adquirindo a Hive Cloud, que oferecia uma solução administrativa justamente para esse público, além de manter duas negociações em andamento. O segmento, que representa 5% do mercado total de transportadoras, oferece um potencial de 180 mil empresas com esse perfil. O Grupo já atendia 12% do mercado de cargas e 37% do ramo de passageiros. Lauro Freire, diretor, explica que “esse reposicionamento merecia uma marca nova para ser trabalhada no mercado, um nome com uma pegada mais moderna”. O portfólio da empresa destaca produtos como Globus, Manu360, Ponto Virtual, Escala, Encomendas e Intelligence, a partir de um sistema ERP de gestão integrada. A novidade, além do novo nome, está no atendimento a pequenas transportadoras ou mesmo autônomos.

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8 - Transpo Magazine 9 - Edição 58

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notas

A distância entre Fortaleza de Minas, quase na fronteira com o território paulista, e Mauá, na Grande São Paulo, é de 416 km. Demorar 28 dias para percorrer tal percurso pode parecer muito tempo, mas não quando a carga é de dois enormes tanques de estocagem (cada um deles pesando 105 toneladas, com 34,8 m de comprimento e 4.820 de diâmetro) e 24 vaporizadores, com seus respectivos acessórios. Somando os tanques e o conjunto transportador, o peso bruto total é de 200 toneladas com o comprimento superior a 50 m.

"Por isso, ao entregarmos a carga em Mauá, comemoramos o êxito da operação e o sucesso de um projeto de equipe bem-sucedido, vencendo

todas as barreiras do trajeto, cumprindo o prazo programado e superando as expectativas”, salienta Ricardo Teixeira, diretor de Transporte da Locar Guindastes e Transportes Especiais, que realizou o inusitado frete para seu cliente Air Liquide Brasil.

O diretor explica que "o transporte de equipamentos de tamanha dimensão é de extrema complexidade e envolve numerosos desafios, relacionados ao prazo e à garantia de segurança dos profissionais envolvidos, bem como à integridade das peças". Todo o cuidado também foi tomado no tocante à utilização das rodovias.

"Convencional, aliás, é um termo que não se aplica, nem de longe, aos veículos disponibilizados pela Locar

para transportar os grandes tanques", observa Teixeira. "Nessa operação, usamos um cavalo Mercedes- Benz 3850A 6x6, um Volvo FH 540, 20 linhas de eixo Goldhofer e mais duas plataformas de extensão."

Para colocar tudo isso sobre os veículos especiais de transporte e descarregar em Mauá, foram necessárias complexas operações de içamento, com duração total de 10 dias. Foram utilizados um guindaste de 220 toneladas, um de 500 toneladas, e outro de 25 toneladas. Na cidade mineira, além dos dois tanques de estocagem transportados, içaram-se outros três equipamentos similares, sendo um deles de 96 toneladas, com 34,75m de comprimento e 5,3 de largura.

Carga excedente, prazo curtoTransporte e içamento de equipamentos de grande porte exigiram complexa operação e planos de engenharia

UPS testará novo caminhão elétrico

Após dez anos de aplicações em condições reais de trabalho, a Renault Trucks anuncia a sua segunda geração de veículos com motorização elétrica para uso urbano. O pacote cobre as linhas Renault Master Z.E., Renault Trucks D Z.E. e Renault Trucks D Wide Z.E., uma gama completa de 3,1 a 26 toneladas. Os modelos serão fabricadas na planta da montadora em Blainville-sur-Orne, na França e chegarão ao mercado em 2019. O furgão Master Z.E. vai ser lançado ainda neste ano.

A UPS anunciou no último dia 31 de julho uma parceria com a Thor Trucks, Inc. para desenvolver e testar um caminhão completamente elétrico em Los Angeles, Califórnia, Estados Unidos. O caminhão deverá estar pronto para utilização já neste ano.

A parceria faz parte dos planos da UPS para trabalhar conjuntamente com diversas empresas para testar e utilizar veículos de tecnologia avançada e movidos a combustíveis alternativos, contribuindo para atingir suas metas de sustentabilidade. Os veículos elétricos, juntamente com a infraestrutura de abastecimento necessária para carregá-los, têm um papel fundamental na visão da UPS para sua futura frota. O caminhão elétrico da Thor terá autonomia de, aproximadamente, 160 km, movido por uma bateria projetada e produzida pela Thor que será leve e durável.

Renault Trucks revela a sua segunda geração de caminhões elétricos

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10 - Transpo Magazine 11 - Edição 58

N

ôniBUs

Feira do transporte de passageiros cresce, abre espaço para expositores latinos e apresenta as novidades do segmento Por Renato Siqueira

Setor de ônibus rejuvenesce com a Lat.Bus

No aniversário de 20 anos da NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos), a instituição promoveu, entre os dias 31 de julho e 2 de agosto, em São Paulo, uma nova feira que reuniu os principais fabricantes de chassis, carrocerias e componentes para ônibus do país. Apostando na retomada do crescimento do setor, o evento passou a se chamar Lat.Bus Transpúblico - Feira Latino-Americana do Transporte.

Diferentemente das edições anteriores, a Lat.Bus se apresentou em 16 mil m²,

dobrando o espaço de exposições com vistas a proporcionar negócios, além de mostrar aos visitantes os produtos, tecnologias e serviços disponíveis para o setor.

Entre as novidades destacam-se as tecnologias para gestão das empresas de transporte, chassis, carrocerias, aplicativos para usuários do setor, veículos movidos a energia limpa, sistemas de ITS além de meios de pagamento e bilhetagem eletrônica. Para o presidente executivo da NTU a feira aponta a retomada do setor no país e abre as portas para o mercado

internacional. “É a primeira vez que a feira traz os parceiros latinos e fortalece ainda mais esse tradicional evento do setor”, analisou.

Otimismo, mas com ausências - O primeiro dia da Lat.Bus contou com a apresentação de novidades da indústria como as linhas de chassis Mercedes Benz, Volvo, Man e Scania e BYD, assim como a reformulação no portfólio de produtos da Neobus, as carrocerias Marcopolo que receberam design mais moderno, além da ampliação da família

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12 - Transpo Magazine 13 - Edição 58

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Neobus aproveita venda para São Paulo e mostra novo micro

Caio destaca elevador na porta central de seu urbano

Volkswagen foi à feira enfatizar negócios, reforçou chassi micro e rodoviário 6x2

Volare reposiciona toda sua linha e facilita identificação pelo cliente

de linhas regulares de curta e médias distâncias com o Spectrum 3.25.

Já no segmento urbano, a empresa projeta êxito para o New Mega. Produzido e comercializado desde maio, o modelo reforça atributos de eficiência e baixo custo de manutenção, mas se mantém fiel aos quesitos relacionados a modernidade e ergonomia e conforto para os passageiros como cita João Ledur. “Esse ônibus mantém os atributos já conhecidos da marca. Para o usuário final o foco está em ergonomia e comodidade. Os operadores sentirão a diferença em facilidade de manutenção e baixo custo operacional” - destaca.

O new Mega está disponível para ser montado em vários modelos de chassis das principais marcas. Com diferentes opções de comprimento

total, varia de 9750mm a 13345 mm e permite transportar até 54 passageiros. A Neobus ainda levou o micro-ônibus Thunder. Opção importante para linhas alimentadoras ou complementares dos sistemas regulares de transporte.

Terceiro eixo, conectividade... - A linha Volksbus comemorou 25 anos na Lat.Bus Transpúblico com novidades nos veículos com motor dianteiro nos modelos 2019. Os chassis 9.160 OD Urban, 15.190 ODR, e 17.260 ODS e 18.280 OTS LE, assim como os que atendem ao programa Caminho da Escola, estão equipados com um pacote de melhorias para maior competitividade. A empresa também marcou presença com seu primeiro rodoviário com terceiro eixo, o Volksbus 18.330 OT 6x2, cujo primeiro exemplar

vai atender o time do Palmeiras. O modelo está equipado com motor Cummins de 360 cv e transmissão automática ZF Ecolife, com retarder integrado.

A Scania levou como sua atração principal o chassi K440 8x2, mais vendido do novo segmento de ônibus rodoviários de 15 metros e responsável por 40% das vendas da marca em 2017. A marca sueca, hoje parte do Grupo Traton alemão, também aproveitou o evento e promoveu a oferta de pacotes de manutenção integrados aos veículos, com a flexibilidade de custeio por quilômetro percorrido, como cita Alan Frizeiro, gerente de Vendas de Ônibus. ”Temos uma gama de ofertas para atender a necessidade dos clientes conforme o tipo de operação”. Outra novidade apresentada foi o pacote de serviços de

Volare, a volta da Busscar ao segmento de carrocerias, além de outros destaques em modelos Comil e Mascarello. Com o crescimento da feira foi possível notar a ausência de “players” importantes como Iveco Bus, Agrale e Irizar.

Como já havia antecipado para a imprensa, a Mercedes Benz apresentou na Lat.Bus os ônibus RS e RSD equipados com o piloto automático adaptativo, também conhecido como ACC. O dispositivo, quando acionado, vai fazer com que o ônibus mantenha uma velocidade similar ao veículo que trafega à frente, minimizando riscos de acidentes, conforme Walter Barsosa, seu diretor de Vendas e Marketing Ônibus. “Definida a distância, o motorista não vai precisar acionar o acelerador e o sistema de freio e o veículo vai se manter a uma velocidade e distância seguras reduzindo, significativamente, os riscos de acidentes,” disse.

Como o mote do evento é a mobilidade, a Mercedes-Benz mostrou que está atenta. Em breve, deve lançar no Brasil o aplicativo Moovel, já disponível para download, mas ainda dependendo de homologação, e que vai facilitar o deslocamento dos usuários do transporte coletivo conectando todas as soluções de

mobilidade, independente do modal de transporte utilizado. O aplicativo ainda servirá como meio de pagamento e opção para os serviços de compartilhamento de carros e bicicletas.

Gigantes se unem - Líder no mercado de micro-ônibus, a Volare promoveu a reformulação do seu “cardápio” com a entrada das linhas Attack, voltada para as mais diversas aplicações, sem deixar de lado a prerrogativa de maior custo benefício e, também, a Fly, destinada para os segmentos de transporte executivo e de turismo. A marca completa duas décadas e aproveitou a feira para mostrar os novos veículos.

Na oportunidade, a Volare mostrou a evolução e crescimento da família de produtos, com opções que vão de cinco a 11 toneladas, com variações que podem transportar de 13 a 54 passageiros, voltadas para os mais diferentes nichos.

João Paulo Ledur, diretor de Negócios da Volare, , ressaltou a flexibilidade dos produtos da marca que, ao longo desses anos tornou-se uma referência nos mais diversos tipos de aplicação. “Atingimos 50% do mercado de micro-ônibus graças ao reconhecimento e confiança dos clientes em nossos produtos, que podem ser utilizados desde o transporte urbano

até o turismo, ou no dia a dia no deslocamento de estudantes

e funcionários”, explica.

Pela primeira vez, a Marcopolo se apresentou junto das outras marcas do grupo, Volare e Neobus, além do banco Moneo, instituição financeira que integra o conglomerado de empresas e que, segundo Francisco Gomes Neto, diretor geral da Marcopolo S.A, a atuação conjunta “ressalta a estratégia de cada uma das marcas com foco e posicionamento diferentes dentro da estrutura corporativa, de acordo com o segmento de atuação e produtos.”

Do ponto de vista de produtos, a Marcopolo, alcançou mais de 70% de participação no segmento rodoviário e apresentou a linha New G7, além do micro-ônibus Senior, reestilizado e com a configuração interna atualizada. Entre suas novidades estão a largura externa com 2.400 mm, aumento da altura interna do salão para 1.493 mm, além de apresentar elementos da linha New G7. A versatilidade do veículo permite configurações para até 32 passageiros. E a “nova” Neobus mudou tudo, porém preservando nomenclaturas nos produtos, como o intermunicipal Spectrum 325, o urbano New Mega e o micro-ônibus urbano Thunder plus.

Após reformulação, a Neobus desembarcou na feira revitalizada. Com um portfólio de produtos mais enxuto, vai em busca de novos nichos e se estabelecer no mercado como a linha complementar dos ônibus do grupo Marcopolo. Para isso, vai explorar o segmento rodoviário intermunicipal e fretamento assim como

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14 - Transpo Magazine 15 - Edição 58

conectividade, que permitem uma gestão mais assertiva da frota, melhorando inclusive o aproveitamento de peças e otimizando custos com combustível.

A Volvo aposta em inovações para conquistar ainda mais clientes, seja no mercado nacional, cujas entregas foram 133% maiores do que no mesmo período em 2017, assim como na América Latina, em que o aumento atingiu 29%. A empresa apresenta um conjunto de tecnologias para ônibus rodoviários denominado SSA (Sistema de Segurança Ativa) que inclui avisos sonoros e visuais em casos de emergência além de freio de emergência. Sua principal inovação, que já vem dando resultado, é o serviço de controle de velocidade por conectividade, presente em veículos urbanos e agora

disponível em ônibus rodoviários.Em termos de produto a Volvo

apresentou o chassi rodoviário B450 R, de 15 metros, com capacidade de até 14% a mais em relação aos modelos tradicionais. Outra novidade é o B270F também preparado para 15 metros, com terceiro eixo opcional, ampliando sua capacidade em até 50% a mais do que a versão convencional. “Trata-se de uma solução para cidades que demandam uma frota flexível a um custo operacional competitivo,” afirma Gilberto Vardânega, diretor Comercial de Ônibus da empresa.

A Busscar retorna ao mercado de ônibus explorando seu know-how na produção de ônibus rodoviários e que se mostram presentes na nova fase da marca. “Passamos por um processo de retomada

efetiva da produção e conseguimos manter a excelência em qualidade”, fala Mauricio Cunha, diretor da empresa.

A encarroçadora de Joinville apresentou os modelos Vissta Buss 340, Vissta Buss 360 e Vissta Buss Double Decker, desenvolvidos para os segmentos rodoviário, turismo e fretamento. A empresa projeta o lançamento dos modelos Vissta Buss 400 e EIBuss 320 para os próximos meses. A direção da empresa, afirma ter pelo menos 160 veículos em carteira, incluindo alguns já entregues. A Caio, por sua vez, expôs os urbanos Millenium BRT superarticulado, Millenium motor traseiro em versões padron e elétrico, um Apache Vip 15 metros e o micro-ônibus F2400.

Eletricidade, cada vez mais... A Caio fez presença com o ônibus

elétrico padron piso alto, encarroçando um elétrico BYD D9A, desenvolvido para aplicação urbana e rodoviária

para carrocerias com até 13,2 m, com suspensão pneumática dianteira e

traseira. Os motores acoplados às rodas têm uma potência de 150 kW, que nos

dois eixos somam 300 kW.Para Wilson Pereira, vice-presidente Sênior de Vendas de Ônibus da BYD, esta potência

é bem significativa para um veículo urbano e o custo operacional é baixo.

“Para se ter uma ideia, se formos fazer uma comparação, esta potência equivale a 420 cavalos de um ônibus a combustão, o que

garante elevado desempenho operacional. Em rampas, por exemplo, os resultados são

muito bons,” garante. Pereira ressaltou que a empresa oferece

o que chamou de solução completa na mobilidade elétrica. “A BYD disponibiliza

o ponto de recarga para cada ônibus e um pacote de aquisição de energia com

custo prefixado, com o kW/h mais barato que para consumidores residenciais e até

industriais.”

O Seminário Nacional NTU 2018 trouxe à tona novamente o drama vivido pelo setor de transporte público por ônibus que, nos últimos anos, vem perdendo demanda. Um estudo da associação apontou que, somente em 2017 os sistemas regulares perderam mais de três milhões de passageiros diariamente.

Com menos usuários no sistema a tendência é de aumento nas tarifas, única fonte de renda dos operadores para a prestação de serviço. Recai ainda sobre o segmento o custeio das gratuidades, que totalizam cerca de 20% das viagens.

Apesar de ser o modal mais seguro e com menor índice de acidentalidade, o

transporte púbico por ônibus se vê diante de um quadro nada animador, tanto que, atualmente, 30% dos deslocamentos são realizados a pé e, dos 3.300 municípios brasileiros que contam com serviço regular de transporte, apenas 5% possuem planos de mobilidade estruturados. “No Brasil existem 281 projetos de infraestrutura parados. Caso estivessem em andamento, além de gerar emprego e renda para o trabalhador gerariam mais viagens,” disse Otávio Cunha, presidente executivo da NTU.

Mesmo assim, o setor resiste às adversidades como o incentivo ao transporte individual motorizado, movimenta 60 bilhões de reais anuais

e transporta mais de 80% da população brasileira todos os dias.

Apesar de a infraestrutura deixar a desejar, a indústria vem crescendo em 2018. Nada que possa ser comemorado, mas aponta para a retomada diante dos baixos números apresentados nos últimos anos. Do ponto de vista das políticas públicas, o segmento formulou seis propostas, entregues aos presidenciáveis. Alguns representantes de candidaturas participaram do painel promovido pela Folha de São Paulo denominado “E agora, Brasil? - Transporte Público e, apesar da expectativa, poucas propostas foram apresentadas. A justificativa é a situação econômica pelo qual o país

Seminário debate panorama e alternativas para o setor atravessa e a contenção dos gastos públicos.

Se do ponto de vista de políticas públicas de transporte as principais candidaturas deixaram a desejar, o setor trabalha para melhoria das condições atuais, com as metas para o desenvolvimento sustentável buscando ainda mais a redução de acidentes, que geram custo para os operadores e para a saúde pública, assim como a diminuição das emissões de poluentes.

A relação do setor com a sociedade, rompendo as fronteiras da prestação do serviço também foi discutida. O exemplo da cidade de Joinville, em que o operador local (Gidion Transportes e Turismo) dialoga com seus passageiros por meio de uma ação social realizada em sua garagem, visa de maneira contínua estreitar a relação com a comunidade além de cativar e fidelizar novos clientes.

Diesel x EletricidadeA utilização de novos dispositivos para

pagamentos do transporte público, assim como a incorporação de novos serviços aos cartões de bilhetagem eletrônica foi destaque no segundo dia de seminário. O advento das startups com a introdução

de serviços “on demand” no setor assim como otimizar a gestão e a melhor relação com os passageiros foi debatida em função das transformações que estão por vir no campo da operação. Especialistas apontam para um novo modelo de mobilidade com o advento de aplicativos geridos pelos operadores ou empresas parceiras com aval do gestor público.

Por fim, a tão almejada virada tecnológica, mas que ainda esbarra na falta de legislação e na resistência da indústria e dos operadores: a entrada definitiva da energia elétrica como modo de propulsão dos ônibus. Executivos das principais montadoras participaram do debate, que teve mediação do presidente do SP Urbanuss, Francisco Cristóvão, que mencionou brevemente alguns termos da licitação que ocorre em São Paulo e que vai demandar a redução de emissões por parte da indústria. Taxativo, Adalberto Maluf, representante da BYD, ressaltou a participação da eletricidade no transporte público em cidades do exterior e afirmou que, “enquanto aqui se protela a introdução de novas tecnologias, no exterior as empresas dos senhores estão perdendo contrato para as companhias chinesas que detém a tecnologia.”

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16 - Transpo Magazine 17 - Edição 58

A

eletriFicação

Cervejaria Ambev terá mais de 1/3 da frota parceira composta por caminhões elétricos até 2023. Parceria com a Volkswagen Caminhões e Ônibus envolve 1.600 veículos movidos a energia limpa, no maior anúncio do tipo já feito no mundo

Por Renato Siqueira

Ambev banca e-Delivery

A Cervejaria Ambev, dona de marcas como Skol, Brahma, Antarctica e Guaraná, anunciou que, até 2023, irá passar a utilizar 1.600 caminhões elétricos da Volkswagen Caminhões e Ônibus no transporte de bebidas. Com a parceria, cerca de 35% da frota que atende a cervejaria será composta

por veículos movidos a energia limpa, deixando de emitir mais de 30,4 mil toneladas de carbono em sua cadeia logística por ano. A negociação é a maior da VWCO no ano para o segmento de cargas.

O primeiro caminhão a integrar essa frota será o VW e-Delivery,

que chegará às ruas ainda este ano, inaugurando assim a primeira fase de testes para determinar a tecnologia mais adequada para atender as operações da Cervejaria Ambev. O modelo será recarregado com 100% de energia elétrica comprada de fontes limpas, como eólica e solar.

Esse é o maior anúncio do tipo já feito no mundo. Entre 2014 e 2017, a Ambev já reduziu seu índice de emissões em 33,9%.

“Estamos sempre buscando parceiros engajados nas mesmas causas, como a Volkswagen Caminhões e Ônibus, para prover novas tecnologias e processos que tenham um impacto positivo no meio ambiente. Temos certeza que esse projeto contribuirá muito para a construção do legado sustentável que queremos deixar para as próximas gerações,” afirma Guilherme Gaia, diretor de logística e suprimentos da Cervejaria Ambev.

Esse é o primeiro caminhão leve 100% elétrico da América Latina com zero emissão de CO2. A solução está

alinhada à política de desenvolvimento e promoção de tecnologias limpas do Grupo VW Truck & Bus, do qual a VW Caminhões e Ônibus faz parte.

Saindo na frente - “Nosso centro mundial de desenvolvimento da Volkswagen Caminhões e Ônibus, localizado no Brasil, investigou e aplicou as melhores soluções mundiais e locais disponíveis para atender às necessidades de nossos clientes em veículos de baixas emissões em países emergentes. Graças à nossa parceria com a Cervejaria Ambev, que já dura mais de vinte anos, fomos os primeiros a desenvolver veículos vocacionais para distribuição de bebidas. E agora, mais uma vez, saímos juntos na frente,

ingressando na era elétrica”, destaca Roberto Cortes, presidente e CEO da VW Caminhões e Ônibus, fabricante das marcas Volkswagen e MAN.

Desenvolvidos no Brasil, os veículos trazem soluções de última geração para logística verde, como sistemas inteligentes para ajustar a demanda da bateria conforme a operação e para recuperar a energia da frenagem. Os caminhões podem chegar a uma autonomia de até 200 quilômetros, de acordo com sua aplicação e configuração. O nível de ruído é extremamente baixo quando comparado aos modelos tradicionais, melhorando o conforto do motorista e seus ajudantes na operação.

Nos últimos cinco anos, a Ambev destinou mais de R$ 1 bilhão para projetos voltados a sustentabilidade socioambiental em sua operação. O montante contribuiu para a superação de seis das sete metas anunciadas em 2013 para serem atingidas em 2017. Agora, a cervejaria anunciou mais um passo importante nesse trabalho, com novos compromissos, para até 2025. As metas, definidas pela AB InBev globalmente, são divididas em quatro pilares, sendo que um deles se refere especificamente à redução das emissões de carbono em suas operações e à compra de eletricidade de fontes renováveis:I. Ações Climáticas: 100% da eletricidade comprada pela Cervejaria Ambev deve ser advinda de fontes renováveis. Além disso, a cervejaria vai reduzir em 25% as emissões de carbono ao longo da sua cadeia de valor.II. Embalagem Circular: 100% dos produtos da Cervejaria Ambev devem estar em embalagens retornáveis ou que sejam majoritariamente feitas de conteúdo reciclado.III. Gestão de Água: melhorar de forma mensurável a disponibilidade e a qualidade da água para 100% das comunidades em áreas de alto estresse hídrico com as quais a cervejaria se relaciona.IV. Agricultura Inteligente: 100% dos agricultores parceiros da cervejaria devem estar treinados, conectados e com estrutura financeira para desenvolver um plantio cada vez mais sustentável.

Programa Ambev

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18 - Transpo Magazine 19 - Edição 58

mercedes-Benz

Com o tema “Pensando no coletivo. Pensando no futuro”, a Mercedes-Benz preparou vários destaques para a Lat.Bus & Transpúblico 2018, realizada no Transamerica Expo Center, em São Paulo. Mas, apesar de

toda a sofisticação da tecnologia eletrônica envolvida, novidade, mesmo, foi só o Moovel, plataforma eletrônica integradora dos meios de transporte urbano,

O lançamento do ACC, piloto automático adaptativo, foi a grande

atração tecnológica para ônibus rodoviários no estande da marca, chegando à oferta de 14 itens de segurança ativa. No entanto, apesar de importantes, essas tecnologias já vinham sendo trabalhadas pela montadora há vários meses.

Mesmo com muitos itens de eletrônica embarcada, a novidade da Mercedes-Benz no evento foi o aplicativo Moovel, que integra diferentes modais de transporte público

Ao lado do ACC, ganham evidência no evento tecnologias como o pacote “Fuel Efficiency”, o sistema de desligamento automático do motor (EIS) e o módulo de recuperação de energia elétrica (RKM), que reduzem o consumo de combustível, otimizando o custo operacional para as empresas, além de diminuir as emissões na atmosfera, melhorando a qualidade do ar.

A Daimler Financial Services, divisão do Grupo Daimler, atua com dois pilares principais: serviços financeiros e serviços de mobilidade. E o grande destaque foram as características e potencialidades do inédito

“moovel”, plataforma integradora dos meios de transporte urbano, bem mais que o portfólio de financiamentos e seguros oferecidos pelo Banco Mercedes-Benz para os clientes do segmento.

Grandes vendas - Na abertura do evento, a Mercedes-Benz anunciou grandes vendas de ônibus para clientes do Brasil e da Nigéria. Para a Viação Águia Branca são 50 ônibus rodoviários O 500 neste mês de julho, sendo que duas unidades do O 500 RSD já contam com o piloto automático adaptativo – ACC. Além disso, no primeiro semestre, a Águia Branca já havia adquirido mais 55 veículos com o

Pacote “Fuel Efficiency”. Em julho, a Viação Garcia

adquiriu 8 ônibus rodoviários O 500 com Pacote “Fuel Efficiency”, chegando a 70 novos ônibus da marca no primeiro semestre deste ano. O Pacote “Fuel Efficiency” também equipa 22 unidades do O 500 que a Expresso Guanabara comprou em julho, chegando a mais 65 ônibus rodoviários O 500 na frota da empresa.

Também foram anunciados negócios para o mercado externo, com a exportação de 500 ônibus urbanos para o Grupo Coscharis, da Nigéria, a ser destinados ao transporte coletivo na capital Lagos.

Novidade surpreendente

C

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20 - Transpo Magazine 21 - Edição 58

O lançamento, propriamente dito, vai acontecer só em outubro, com o início da produção e vendas. Assim, a tão aguardada Nova Geração Scania, que

deve custgar entre 10 e 15% acima da atual, será linha 2019 e, pelo menos até outubro, permanecerá envolta em mistérios. Coisa de marketeiros.

Resumidamente, a linha tem cabines completamente novas por dentro e por fora, promete uma economia total de diesel de até 12% e o menor TCO do

O

mercado, com a solução mais barata na relação custo por km rodado. O esperado modelo S traz, pela primeira vez, um piso plano. A justificativa formal da montadora para não divulgar todos os dados agora é que o lançamento provoca mudança radical na rede de concessionárias na forma de vender e é preciso aplicar muito treinamento antes de abrir o jogo.

A Nova Geração Scania chegará ao Brasil apenas dois anos depois do lançamento na Europa. A América do Sul é o último dos continentes a receber a inovação e, por isso, aqui toda a gama será lançada ao mesmo tempo. Nenhum jornalista foi convidado a subir ou andar no caminhão. Dirigir, então, nem se fala. Quem quiser mais detalhes técnicos pode buscar a apresentação da Scania européia em português lusitano, por exemplo. Ou aguardar outubro.

As novas cabines foram desenvolvidas a partir do motorista. Nem uma única peça de cabine da atual gama P, G e R foi reaproveitada na nova linha. “Da linha atual P, G e R, passaremos de 7 opções para 19 tipos de combinações variantes das novas cabines R, S, P, G e a XT, para pisos irregulares”, diz Silvio Munhoz, gerente Comercial da Scania. XT não é uma cabine, mas um acabamento opcional aplicável a qualquer uma deles, indicado para estradas ruins como as brasileiras.

A cabine S é uma das principais novidades para o Brasil, pois traz o piso plano como sua maior vantagem. “O desafio é criar um mix de cabines que pode oferecer as soluções e funcionalidades corretas para todas as aplicações e demandas”, completa. O anúncio acaba com comentários de que a linha S não seria lançada no Brasil, sob

o argumento da cabine ser muito baixa para nossas irregulares estradas.

Destaques técnicos - O Brasil fará a estreia mundial do novo motor de 540 CV, na verdade uma recalibração do anterior 510 CV. Aliás, a gama de propulsores terá novidades nas potências de 220,280, 320, 410 e 500 cavalos. E, no campo da sustentabilidade, o lançamento chega com cinco novos motores, movidos a GNV/Biometano (2 opções) e bioetanol (3 opções). A Scania está avançando na gama de combustiveis alternativos.

Outra novidade é a chegada do motor de 7 litros para o segmento semipesado, acabando de vez com o posicionamento de que os semipesados da marca eram apenas pesados adaptados. Na ponta, na rede de concessionárias, a equipe de vendas passará por intenso treinamento que vai mudar radicalmente

pré-lançamento

Scania mostra, mas só de longe

Montadora reúne multidão, mas para lançar a atividade promocional The Journey, em que dois caminhões com a nova cabina S vão rodar no Brasil, Argentina, Chile e Peru. Informação técnica, por enquanto, bem superficial...

Por Roberto Queiroz

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22 - Transpo Magazine 23 - Edição 58

o dia a dia. Hoje, o vendedor vende o caminhão, adequa seus itens opcionais e agrega serviços e melhor forma de financiamento.

“A partir da Nova Geração, o vendedor passa a ser praticamente um consultor de negócios. A equipe de vendas terá uma ferramenta que vai escolher a melhor solução de transporte para a necessidade real do cliente, baseando a especificação na aplicação ideal”, conta. Será possível, no mínimo, montar 500 alternativas de especificações de caminhões. A ferramenta vai escolher a solução completa para o cliente ter, em troca, o melhor em cabine, trem de força, eixos e tração, além de implemento, serviços e alternativa financeira. Falta explicar ao cliente se ele tem alternativa fora desse pacote completo.

“Sabemos que este lançamento é resultado do maior investimento na história da empresa,” comenta

Christopher Podgorski, Presidente e CEO da Scania Latin America. “É um novo caminhão, que vem embarcado com uma nova forma de pensar o transporte e com uma plataforma preparada para o presente e para o futuro”, completa. Até mesmo para a tecnologia Euro VI, por exemplo.

Lançada na Europa em Agosto de 2016, a nova Geração Scania é resultado de 10 anos de desenvolvimento e investimentos ao redor de 2 bilhões de Euros. No Brasil, o projeto está dentro do pacote de investimentos de R$ 2,6 bilhões entre 2016 e 2020. “Por uma questão estratégica, fizemos a introdução por fases. E, ao longo dos últimos dois anos, acompanhamos as introduções das aplicações de Longa Distância, Regional e Urbana e Severas”, explica Podgorski.

Dentro do seu parque industrial em São Bernardo do Campo, a Scania tem uma nova fábrica, com destaque para a solda

de cabinas – que apresenta o estado da arte em Indústria 4.0 e impressiona pela tecnologia de ponta e 75 robôs, além de novas linhas de produção para montagem do novo caminhão.

Celso Torii, vice-presidente de Sales & Marketing da Scania Latin America, ressalta que a nova geração de caminhões foi projetada e planejada para atender necessidades específicas por aplicação. “Criamos algo inédito até agora: uma forma de oferta customizada, pois sabemos que quanto mais precisa a especificação, maiores as chances de retorno em relação à rentabilidade”, destaca. “Não estamos introduzindo apenas um caminhão, mas uma combinação de solução em transporte. Em síntese, a nova geração Scania redefine o termo 'premium' dentro da indústria de veículos comerciais na América Latina,” diz, como bom marqueteiro.

A estreia oficial da Nova Geração Scania na região ocorreu em 2 de agosto, quando foi dada a largada para a atividade promocional The Journey. Dois caminhões com a nova cabina S e com o novo motor XPI com potência de 500 cavalos deixaram a fábrica de São Bernardo do Campo rumo a uma jornada por quatro países da América Latina – Brasil, Argentina, Chile e Peru.Um deles fará paradas em concessionários Scania da América Latina para eventos com clientes, colaboradores, fãs da marca e jornalistas. O segundo veículo será testemunha de histórias latinas de transformação para um mundo mais sustentável, resultando em uma web-serie de cinco capítulos, com estreia marcada para o dia 29 de outubro, data oficial de lançamento na região (as primeiras entregas serão feitas a partir de fevereiro de 2019).“Sabemos que mudar o mundo é uma jornada, e não podemos fazer isso sozinhos. Por meio do projeto The Journey, vamos mostrar atitudes de transformação, ou melhor, dar voz e rosto a pessoas que estão de alguma maneira buscando soluções sustentáveis”, explica Podgorski.

The Journey

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24 - Transpo Magazine 25 - Edição 58

pode ser uma farmácia, um instituto de pesquisa, uma clínica ou hospital, faz a solicitação à empresa escolhida.

Após o primeiro contato, em que é feito o preparo do produto e aprovação do orçamento, o departamento operacional responsável agenda a entrega no destino, dia e horário disponíveis. “Todas as particularidades do transporte são encaminhadas ao supervisor da frota, que fará o roteiro para o motorista e, a partir de uma nota fiscal, o departamento financeiro prepara o conhecimento de transporte eletrônico (CT-e) que acompanhará a carga. Todo o processo poderá ser acompanhado pelo cliente através do número do CTA (documento interno que acompanha todas as remessas) em nosso site; o departamento operacional acompanha todas as cargas em transito e, à medida em que inserimos as confirmações de retirada, o cliente, além de ser notificado por telefone, recebe um e-mail automático de cada evento separadamente”, explica Sandra Regina Bezerra, diretora Comercial da Bio Transportes.

Plano B - A grande dificuldade de transportar produtos com controle de temperatura é chegar ao destino final preservando as características originais. Por isso, para manter a refrigeração é preciso pensar em todas as possibilidades críticas possíveis para garantir as condições ideais de temperatura.

Afinal, uma adversidade impacta em alto custo logístico. O distribuidor que recebe um medicamento fora das especificações e, por isso, inutilizável, devolve o mesmo, e a logística reversa vai custar uma nova entrega, novos insumos, retrabalho, imagem da

empresa, e falta de abastecimento do produto.

Por outro lado, se um imprevisto faz com que o produto atrase, sem uma embalagem que suporte um tempo maior na temperatura ideal, além da perda de material, sempre haverá um paciente à espera da medicação. Um exemplo são medicamentos essenciais para saúde do paciente, que são importados e demoram até meses para chegar, desde que saem do laboratório fabricante.

"Um plano B é pensado dentro de algum cenário especificado pelo cliente, que faz uma análise de quais riscos ele quer enfrentar, e quais ele quer mitigar," explica Liana Montemor, farmacêutica e gerente de Desenvolvimento Estratégico em Cold Chain do Grupo Polar, empresa do segmento de elementos refrigerantes e soluções para transporte de medicamentos.

O Laboratório Valida, do Grupo Polar, possui câmaras térmicas capazes de

executar testes em perfis de temperatura que vão de -10 a +50°C, com equipe especializada e a qualificação térmica das caixas conforme registro do produto evita excursões, em diferentes elos da cadeia: desde o laboratório fabricante até o momento em que ela é aplicada.

Então, se uma entrega está prevista para chegar em 48 horas até o destino final, os especialistas recomendam uma solução backup que contemple maior tempo, para combater eventuais riscos para até 72 horas, ou até mesmo 96 horas, que suporte a logística reversa, ou seja, um plano de contingência.

A farmacêutica, especialista no assunto, recomenda caixas qualificadas, com tamanho e materiais mais robustos e que atendam prazos longos, para ajudar a enfrentar alguns riscos como barreiras fiscais, atraso na entrega de mercadoria, ou em uma necessidade de logística reversa por conta de uma avaria ou recusa.

Para que possíveis crises e eventualidades não parem ou impactem

A

medicamentos

Controle de etapas é fundamental no processo, no segmento da cadeia farmacêutica

Uma logística ainda mais estratégica...

A logística de um medicamento é um dos mais importantes processos da indústria, desde a separação do produto até o seu destino final. A maioria das vezes, estamos falando de cadeia fria, temperatura controlada e um alto

nível de exigência de qualidade dos laboratórios farmacêuticos. No Brasil, os custos com logística podem ser até 30% mais caros se comparados com países desenvolvidos, como os Estados Unidos.

Isto faz com que o medicamento seja encarecido. Em geral, após a fabricação, o produto é alocado em depósitos, centros de distribuição ou na própria indústria. O processo de logística inicia quando um cliente, que

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26 - Transpo Magazine 27 - Edição 58

nas atividades de armazenagem e transportes, a AGV Logística, cliente e parceira do Grupo Polar, tem um sistema de gestão de qualidade chamado Business Continuity Plan (BCP), em português Plano de Continuidade de Negócios, que desenha alternativas mediante algum contexto.

"Diante da crise existe uma metodologia de contenção das operações para que elas continuem funcionando dentro da maior normalidade possível, mesmo diante de uma crise tão grave como foi a paralisação dos veículos." cita Kleber dos Santos Fernandes, Head of Quality and Management da AGV, se referindo a última greve, em que as estradas foram paralisadas por caminhoneiros durante 10 dias em todo o Brasil (maio de 2018).

Dessa forma, a análise das embalagens e transporte são pensados e qualificados de acordo com o cenário em que o produto vai passar, baseado nos parâmetros do “Guia para Qualificação de Transportes de Produtos Biológicos” da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de 2017.

Burocracia nacional - As empresas do ramo concordam que o processo de logística no Brasil é mais burocrático, se comparado com mercados como Europa e Estados Unidos, principalmente, devido à legislação do país. “No âmbito nacional, temos as barreiras interestaduais, todavia operamos de acordo com a legislação e normas do transporte aéreo/rodoviário vigentes. A principal diferença e a mais notória é que os órgãos regulatórios são mais eficazes nos países desenvolvidos”, justifica Sandra.

O custo da logística brasileira chama a atenção e pode ser justificado pelo nível de exigência que a delicadeza do produto demanda, como altos custos de manutenção de frota, seguros e equipamentos e a garantia de todo processo de qualidade que envolve profissionais capacitados, licenças, embalagens e insumos importados, impostos e outros custos que compõem a operação e que agregam valor.

“No ponto de vista geral, precisamos de parcerias com empresas nacionais para a fabricação de insumos de qualidade, reduzindo os custos de importação. Uma fiscalização mais contundente, que abrangesse todas as transportadoras voltadas a este nicho, para que concorrência desleal não acontecesse, empresas conscientes que não contratassem empresas não qualificadas e uma série de pequenas ações garantiriam um preço menor ao consumidor”, argumenta Sandra.

Pesquisa clínica - Algumas empresas são especialistas no transporte dos chamados medicamentos investigacionais, que são os tratamentos que chegaram à fase clínica (testes envolvendo seres humanos). Um medicamento desse pode levar até 10 anos de pesquisa, ao custo de US$1bilhão. A logística tem o papel de levar esse tratamento ao seu voluntário, mantendo a qualidade do produto. A vantagem desse tipo de medicamento é que a empresa que o transporta está sempre na vanguarda do que estará no mercado daqui há alguns anos. É importante um alinhamento entre quem entregará o produto e quem receberá o material, com o treinamento de todos

que vão participar do estudo.No caso deste tipo de medicamento,

a importação acontece para um estudo específico e não pode ser usado para outro fim que não seja o da pesquisa original, e possui algumas particularidades: as informações na etiqueta devem cumprir algumas regras e estarem legíveis (não são aceitas etiquetas somente com QRcode); o armazenamento e transporte necessitam de documentos como nota fiscal e CTe; o registro de produtos biológicos pede comprovação da qualificação de transporte, incluindo trechos nacionais e internacionais; por conta do tamanho continental, as entregas podem levar de 24 a 48hrs, uma realidade bem diferente de alguns países europeus, bem menores.

O custo nesse tipo de logística pode ser ainda mais caro. Devido à fragilidade do produto, é importante escolher empresas segmentadas. “Não se pode colocar em risco US$ 1 bilhão em investimentos para descobrir um novo tratamento, por isso é importante escolher um fornecedor baseado na qualidade. É muito comum compararmos valor de um fornecedor versus outro e não incluirmos o custo da contingência. No caso da pesquisa clínica, erros não são tolerados e, por isso, não devemos comparar o custo dessa logística com o custo da logística de produto comercial, onde eu já tenho dados de estabilidade, conheço a elasticidade térmica, tenho seguro ou posso repor o lote em caso de contingência”, conclui Erika Rabak, gerente global de Projetos da World Courier, empresa especializada em medicamentos para pesquisa clínica.

Roberto Queiroz - Sabemos que o custo do aéreo é maior. O que torna a operação economicamente viável?Roberto Vilela - O cliente quando opta por transportar a carga em meio aéreo, busca a garantia da entrega da carga, que esta chegue ao destino sem avarias. Por meio do avião conseguimos atender todos os requisitos da empresa, pois eliminamos o risco rodoviário, como furtos e extravios, garantimos um ambiente ideal de locomoção da carga. Porém, a maior agilidade na entrega é, sem dúvida, o principal ponto observado pelos clientes, que conseguem diminuir o prazo de faturamento e antecipar o fluxo de caixa.RQ - Como a opção do aéreo foi detectada?RV - A RV Ímola está sempre atenta em oferecer o melhor serviço para os seus clientes. Com a nossa experiência no transporte rodoviário conseguimos enxergar a oportunidade de oferecer mais um serviço de excelência, porém utilizando o avião como meio de transporte. Nossa principal carga são medicamentos e sabemos de cada critério para que este produto chegue ao destino de forma segura e com a sua eficácia

garantida. Houve também mudanças na legislação, que nos ajudou a seguir com essa estratégia.RQ - O principal trecho é São Paulo-Manaus?RV - Optamos pelo transporte aéreo quando o destino está acima de 800 quilômetros.RQ - Que medidas foram tomadas para viabilizar a conta no final? RV - Movimentamos medicamentos e os de alto custo entram na nossa apólice de aéreo, o que viabiliza.RQ - Já existe um primeiro cliente?RV - Sim. Temos clientes de diversos portes. No transporte aéreo, as principais cargas são: alimentos, amostras biológicas, controlados, correlatos, infecciosos e medicamentos (carga seca e perecível de 2 a 8ºC).RQ - Qual a diferença ou ganho para o cliente com o uso do aéreo?RV - O cliente tem vários ganhos utilizando esse meio de transporte. A carga chega ao destino de forma mais rápida, há a diminuição dos riscos rodoviários, menos avarias e extravios, além de atender as exigências e prazo de validade dos insumos.

Por todos os caminhosCom experiência em operações na área da Saúde na região amazônica e Nordeste, a RVI Ímola incluiu

recentemente o transporte aéreo em seu atendimento multimodal. Roberto Vilela, presidente da empresa, adianta algumas informações sobre essa nova modalidade em sua logística de distribuição.

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28 - Transpo Magazine 29 - Edição 58

xxxxxxxxxenergia

Leveza na traçãoSistema de tração inovador para uma operação de ônibus eficiente e ecológica baixo peso, baixo nível de ruído e baixo consumo de energia graças à recuperação de frenagem e elevada autonomia e completado por gerenciamento de energia com autoaprendizagem e eficiência maximizada. E pode ser utilizado em veículos de todos os fabricantes

AAté 2030, os acionamentos elétricos terão ultrapassado as outras soluções de tração nas frotas das operadoras de ônibus. A estimativa é da Voith, que prevê um crescimento significativo do mercado de eletromobilidade para ônibus em todas as regiões do mundo. Nesse processo, o segmento de ônibus urbanos constituirá apenas um primeiro passo rumo a cidades isentas de emissões – uma tendência que deverá ocorrer nos outros segmentos do setor de transporte.

Com seu novo sistema de tração elétrica para ônibus, a Voith oferece um sistema completo e otimizado para entrar no crescente mercado da mobilidade elétrica. O sistema foi

originalmente concebido como um protótipo para um ônibus Solaris Urbino, mas pode ser instalado sem restrições em veículos de qualquer fabricante. "A autonomia depende principalmente da bateria, que adquirimos de um fornecedor consagrado internacionalmente", explica Jürgen Berger, gerente de projetos da Voith Turbo GmbH & Co. KG. "Atualmente estamos usando uma bateria de fosfato de ferro-lítio. Essa bateria oferece a maior confiabilidade, mas o sistema de elétrico de tração foi projetado para trabalhar com qualquer tecnologia de bateria", afirma Berger.

Com um torque de 2.250 Nm e uma potência de 260 quilowatts, seu motor

de ímãs permanentes resfriado por água é combinado com um inversor de alta eficiência e um sistema inteligente de gerenciamento de energia para garantir o máximo desempenho de condução, sem a necessidade de uma transmissão adicional. O sistema permite inclusive operar com alta eficiência até mesmo em ônibus articulados. O projeto compacto do sistema de tração significa que ele não tem apenas baixo peso, mas também baixas emissões de ruído e baixa manutenção.

Sua abordagem de projeto focada em leveza permitiu minimizar os excessos de peso, o que se traduziu em menor consumo de energia e,

consequentemente, maior autonomia. Além disso, a recuperação da energia de frenagem proporcionada pelo inversor também contribui para aumentar sua autonomia. O fato de todos os seus componentes serem resfriados com água aumenta a sua confiabilidade e desempenho, permitindo reduzir as emissões de ruído durante a operação.

A autonomia do ônibus de demonstração em que o sistema foi instalado supera os 200 quilômetros, o que corresponde à quilometragem total de um dia de operação de uma linha de ônibus convencional. Em alguns anos, essa autonomia deverá aumentar ainda mais, com o crescente desenvolvimento

da tecnologia de baterias.Eletromobilidade em ascensão

- Estudos indicam que o tráfego urbano passará por grandes mudanças devido a fatores como crescimento populacional, poluição do ar e mudanças climáticas. A demanda por transmissões ecológicas e de baixo ruído no transporte público vem crescendo rapidamente. Além disso, pressões políticas – como as restrições às emissões de óxido de nitrogênio e de ruído, por exemplo – implicam que o número de veículos com acionamento elétrico continuará a crescer nos próximos anos.

No caso de o tráfego individual continuar sendo permitido dentro das

cidades, o conceito de mobilidade deverá adaptar-se a essas condições no futuro. “Especialmente para as frotas de ônibus urbanos, a mobilidade elétrica chegou para ficar”, afirma Cornelius Weitzmann, vice-presidente executivo e CEO da área de Mobility da Voith Turbo GmbH & Co. KG. "Como um parceiro estabelecido e experiente no setor de ônibus, adquirimos ampla experiência sobre os vários sistemas de acionamento e transmissão usados em ônibus. Com o novo sistema elétrico de tração, estamos aproveitando essa experiência e acrescentando ao nosso portfólio mais um marco na história da nossa empresa."

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30 - Transpo Magazine 31 - Edição 58

comerciais leves

Citroën e Peugeot ajustam portfólio

As duas marcas da PSA agora já oferecem o mesmo produto de entrada no segmento de veículos utilitários leves. Depois da Peugeot Partner, agora a Citroen inicia as vendas do Berlingo no Brasil, com preço a partir de R$ 64.990,00. Como o produto é exatamente o mesmo, a diferença fica no atendimento da rede

Por Roberto Queiroz

AA Citroën equaliza seu portfólio com o lançamento da Berlingo, equivalente da marca à Peugeot Partner, e que teve sua avant-première na FIPAN 2018 – Feira Internacional da Panificação, Confeitaria e do Varejo Independente de Alimentos. O modelo, que já teve mais de 1,5 milhão de unidades vendidas em todo o mundo, chega às concessionárias da marca em agosto e reforça a ofensiva Citroën no segmento de veículos utilitários leves, logo após a chegada do Jumpy, nas configurações Furgão e Minibus.

Por sinal, o Minibus é exclusividade Citroen e, segundo Lucas Lins, chefe de Produto Veículos Utilitários da PSA, deve representar de 30 a 40% do volume geral de Jumpy, hoje em torno de 100 unidades/mês e que deve aumentar. Nos bastidores, a PSA negocia com a Nordex uruguaia um

significativo aumento no volume de produção dos furgões Jumpy/Expert, que passaria de 6.000 para 10.000 unidades/ano.

A Berlingo/Partner apresenta uma capacidade de carga de 800 kg e um volume útil de 3 m³, graças ao excelente aproveitamento de sua carroceria, em que as caixas de rodas que não invadem o compartimento de carga. O modelo também é um dos únicos de seu segmento a contar com porta lateral deslizante de série, indicada para o carregamento em ambientes urbanos ou com espaço reduzido.

A potência de 122 cv @ 5.800 rpm, a maior da categoria, e um torque máximo de 16,1 kgfm @ 4.000 rpm, associados a uma caixa de câmbio manual de cinco marchas, representam argumento favorável ao produto. A Partner fechou 2017 com participação de 6% no segmento de furgões pequenos. Com o início das vendas da Berlingo, a PSA

já chegou a 10% no acumulado. Entre os concorrentes diretos, a Fiat Fiorino domina com 75 a 80%, enquanto a Renault Kangoo está em processo de phase out para a chegada da Docker.

A Berlingo/Partner recebeu Etiqueta A no PBEV (Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular), do INMETRO. Contribui para isso o novo quadro de instrumentos 100% digital que, além de moderno e com excelente legibilidade, oferece Indicador de Troca de Marcha (GSI).

A exposição da Citroën Berlingo na FIPAN marcou o início das vendas em toda a rede de concessionárias. Disponível em versão única, traz de série equipamentos como direção hidráulica, ar-condicionado, chave com telecomando, grade divisória de carga, ganchos para amarração, portas traseiras com abertura de 180°, volante com regulagem de

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altura, computador de bordo, entre outros.

Lucas Lins explica que essa ofensiva com a Berlingo está baseada em três pilares, caso de produto (motor mais forte do segmento, capacidade de carga de 800 kg ou 3 m³), uma nova estratégia de canais de vendas, com participação em licitações públicas ao lado da atenção às vendas avulsas e uma rede de distribuição mais madura para tratar de veículos comerciais.

Aliás, essa força da rede é que vai explicar a preferência do cliente por uma das duas marcas. “O que uma perde, a outra pega”, explica Lucas Lins. A estratégia de estar em pequenas feiras segmentadas vai continuar, completada por ações regionais ditas de guerrilha. Para veículos comerciais, o Banco PSA trabalha com entrada de 20%.

Minibus, só com o Citroën JumpyO lançamento da versão de

passageiros do Jumpy amplia a gama da marca entre os VUL e dá impulso à ofensiva da Citroën no segmento de utilitários leves. O Jumpy Minibus tem capacidade para levar 11 ocupantes (10+1) e utiliza a mesma plataforma EMP2 do furgão, com motor 1.6 Turbo Diesel BlueHDi, de 115 cavalos, associado a uma caixa de câmbio manual de seis marchas. A pré-venda do modelo foi iniciada com preço de lançamento de R$ 118.600,00.

A avant-première do Jumpy Minibus foi realizada na Feira do Empreendedor 2018 SEBRAE-SP. O Novo Jumpy Minibus não será acompanhado por uma oferta semelhante da Peugeot, que só terá a versão furgão. Isso fará do

Mercedes-Benz Vito seu único concorrente direto. O projeto valoriza a segurança, fruto da presença de equipamentos como Controle de Estabilidade (ESP), Assistente de Partida em Rampa (Hill Assist) e cintos de segurança de três pontos para todos os ocupantes. Quanto ao motor, tecnologias como o sistema BlueHDi, que elimina até 90% de óxidos de nitrogênio (NOx) e 99,9% das partículas, fazem com que o modelo tenha o menor nível de emissões de CO2 do segmento.

Bem equipado, o Citroën Jumpy Minibus será vendido em versão única e trará de série itens como direção eletrohidráulica, ar-condicionado, vidros e travas elétricas, bancos reclináveis, computador de bordo, rádio FM/AM/MP3, faróis de neblina, entre outros.

O Jumpy Minibus vem atender especialmente ao ramo de serviços, que hoje responde por 41% dos pequenos negócios somente em São Paulo. Dados do Sebrae-SP indicam que 5% dos

donos de negócios no Brasil e 4% no estado paulista utilizam veículos para empreender. Em números absolutos, isso indica um total de 1,27 milhão de brasileiros.

Foco em serviços

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34 - Transpo Magazine 35 - Edição 58

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Carlos Ayala, mexicano, assume a DAF Caminhões Brasil No país desde janeiro, executivo vinha atuando como

vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios

A DAF Caminhões Brasil anuncia Carlos Ayala como novo Presidente da operação brasileira. O executivo, terceiro presidente em um período de cinco anos, assume o lugar de Michael Kuester, que volta à Seattle, nos Estados Unidos, em uma posição junto ao Board da PACCAR.

Em rápido contato com jornalistas especializados, Ayala confirmou planos para expandir a linha de caminhões CF com portfólio de modelos rígidos e, mais para frente, introduzir também a linha leve LF.

Entretanto, não adiantou nenhuma data para o lançamento desses produtos.

Ayala está na companhia desde 1985 e vinha atuando como diretor Comercial América Latina, diretor Comercial e diretor Nacional de Vendas da Kenworth México, outra marca do Grupo PACCAR. O executivo também fez parte do quadro de profissionais da engenharia e operações, acumulando grande experiência em todo o ciclo do produto, do desenvolvimento ao pós-venda.

Crescimento no Brasil - A DAF Caminhões vem apresentando crescimento constante no país, com mais de 3,5 mil caminhões emplacados. O desempenho de vendas da marca a coloca em uma posição de destaque no seu segmento de atuação, de caminhões acima de 40 toneladas. A participação de mercado da DAF em 2018 é de 7,2%, no quarto lugar em vendas, tendo atingido 10,2% em julho. Esse número, provavelmente, animou Ayala a afirmar que a montadora almeja atingir 10% de participação.

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