edição número 2399 - 19 de julho de 2015

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ARAPIRACA COMÉRCIO PERDE POR FALTA DE ACESSO A DEFICIENTE FÍSICO Por falta de acessibilidade, portadores de deficiência deixam de gastar até R$ 3,7 milhões no comércio de Ara- piraca. O montante é a renda calculada desse segmento, que se vê impossibilitado de chegar às lojas. PÁGINA 9 SANDRO LIMA DAVI SALSA SANDRO LIMA DOMINGO MACEIÓ - ALAGOAS 19 DE JULHO DE 2015 N 0 2399 R$ 4,00 tribunahoje.com EXEMPLAR DO ASSINANTE Bom a parcialmente nublado com possiblidades de chuvas em áreas isoladas Mínima 22º Máxima 27º TEMPO MARÉS FINANÇAS CARRO 0 KM MAIS BARATO NO BRASIL É O DOBRO DOS 10 MAIS BARATOS DO MUNDO PÁGINA 13 CLEDJA LOURENÇO trabalhava em serviços gerais num salão de beleza e tinha um so- nho que virou realidade; com muito trabalho, administra hoje seu próprio centro de estética 05:30 2.0m 11:51 0.3m 17:56 1.9m 23:56 0.5m “Gatos” dão prejuízos de R$ 136 milhões à Eletrobras MULHERES SÃO MAIORIA ENTRE EMPREENDEDORES ALAGOANOS INDEPENDENTE A ELETROBRAS EM ALAGOAS DEIXOU DE RECEBER R$ 136 MILHÕES POR ENERGIA ELÉTRICA CONSUMIDA IRREGULARMENTE EM 2014. ESTIMA-SE QUE 14,57% DAS PERDAS, MAIS DE 50% DOS 24,57% RE- GISTRADOS, VÊM DE FURTO OU LIGAÇÃO CLANDESTINA. PÁGINAS 10 e 11 SANDRO LIMA CAMILA CAMARGO ESTREA EM COMÉDIA E DIZ QUE JÁ TEM NOVOS PLANOS Camilla Camargo estreou no mundo da co- média com Izabellen, no #PartiuShopping, no Multishow, com Tom Cavalcante. “É um grande desafio, mas sou movida a isso, gosto de trabalhos que me tirem da zona de conforto”, diz a filha de Zezé Di Ca- margo e Zilu. Ela faz planos com o novo namorado - mas não diz quem é. SUPLEMENTO MAIS DA METADE - O EQUIVALENTE A 54% - DAS EMPRESAS INDIVI- DUAIS EM ALAGOAS SÃO DE MULHERES, ASSIM COMO 51,8% DOS NOVOS NEGÓCIOS NA REGIÃO NORDESTE SÃO DELAS, SEGUNDO O SEBRAE ALAGOAS. NO BRASIL, 33,5% DOS EMPREENDEDORES USAM SALTO ALTO E BATOM E SABEM UTILIZAR QUALIDADES INERENTES AO GÊNERO PARA O SUCESSO DOS NEGÓCIOS. PÁGINAS 14 e 15 POUPANÇA: 0,6854% DÓLAR COMERCIAL R$ 3,19 R$ 3,19 DÓLAR PARALELO R$ 3,05 R$ 3,41 OURO: R$ 116,00 EX-CANDIDATO AO GOVERNO DO ESTADO, JULIO CÉZAR ESTÁ DE SAÍDA DO PSDB O ex-candidato ao governo e vereador por Palmeira dos Índios, Júlio Cezar, disse que vai deixar o PSDB ainda este ano. O verea- dor espera permanecer no mandato, já que a sua saída está sendo motivada por “in- compatibilidades com o diretório municipal do partido”. Júlio já conversa com outras agremiações para decidir o seu destino. PÁGINA 2

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ARAPIRACA

COMÉRCIO PERDE POR FALTA DE ACESSO A DEFICIENTE FÍSICO

Por falta de acessibilidade, portadores de deficiência

deixam de gastar até R$ 3,7 milhões no comércio de Ara-piraca. O montante é a renda calculada desse segmento, que se vê impossibilitado de chegar às lojas. PÁGINA 9

SANDRO LIMA

DAVI SALSA

SANDRO LIMA

DOMINGOMACEIÓ - ALAGOAS 19 DE JULHO DE 2015

N0 2399

R$ 4,00 tribunahoje.com

EXEMPLAR DOASSINANTE

Bom a parcialmente nublado com possiblidades de chuvas

em áreas isoladas

Mínima

22ºMáxima

27ºTEMPO MARÉS FINANÇAS

CARRO 0 KMMAIS BARATO NO BRASIL É O DOBRO DOS 10 MAIS

BARATOS DO MUNDOPÁGINA 13

CLEDJA LOURENÇO trabalhava em serviços gerais num salão de beleza e tinha um so-nho que virou realidade; com muito trabalho, administra hoje seu próprio centro de estética

05:30 2.0m11:51 0.3m

17:56 1.9m23:56 0.5m

“Gatos” dão prejuízos de R$ 136 milhões à Eletrobras

MULHERES SÃO MAIORIA ENTRE

EMPREENDEDORES ALAGOANOS

INDEPENDENTE

A ELETROBRAS EM ALAGOAS DEIXOU DE RECEBER R$ 136 MILHÕES POR ENERGIA ELÉTRICA CONSUMIDA IRREGULARMENTE EM 2014. ESTIMA-SE QUE 14,57% DAS PERDAS, MAIS DE 50% DOS 24,57% RE-GISTRADOS, VÊM DE FURTO OU LIGAÇÃO CLANDESTINA. PÁGINAS 10 e 11

SANDRO LIMA

CAMILA CAMARGO ESTREA EM COMÉDIA E DIZ QUE JÁ TEM NOVOS PLANOSCamilla Camargo estreou no mundo da co-média com Izabellen, no #PartiuShopping, no Multishow, com Tom Cavalcante. “É um grande desafio, mas sou movida a isso, gosto de trabalhos que me tirem da zona de conforto”, diz a filha de Zezé Di Ca-margo e Zilu. Ela faz planos com o novo namorado - mas não diz quem é.

SUPLEMENTO

MAIS DA METADE - O EQUIVALENTE A 54% - DAS EMPRESAS INDIVI-DUAIS EM ALAGOAS SÃO DE MULHERES, ASSIM COMO 51,8% DOS

NOVOS NEGÓCIOS NA REGIÃO NORDESTE SÃO DELAS, SEGUNDO O SEBRAE ALAGOAS. NO BRASIL, 33,5% DOS EMPREENDEDORES USAM

SALTO ALTO E BATOM E SABEM UTILIZAR QUALIDADES INERENTES AO GÊNERO PARA O SUCESSO DOS NEGÓCIOS. PÁGINAS 14 e 15

POUPANÇA: 0,6854%

DÓLAR COMERCIALR$ 3,19 R$ 3,19

DÓLAR PARALELOR$ 3,05 R$ 3,41

OURO:R$ 116,00

EX-CANDIDATO AO GOVERNO DO ESTADO, JULIO CÉZAR ESTÁ DE SAÍDA DO PSDB

O ex-candidato ao governo e vereador por Palmeira dos Índios, Júlio Cezar, disse que

vai deixar o PSDB ainda este ano. O verea-dor espera permanecer no mandato, já que

a sua saída está sendo motivada por “in-compatibilidades com o diretório municipal

do partido”. Júlio já conversa com outras agremiações para decidir o seu destino.

PÁGINA 2

Eu decidi sair do partido por conta de não ter mais identidade com o diretório do PSDB em Palmeira dos Índios. Tenho muito respeito pelo partido e suas lideran-ças, mas, esta decisão é de foro íntimo

JÚLIO CEZARVEREADOR POR PALMEIRA DOS ÍNDIOS

PolíticaMACEIÓ - DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015POLÍTICA2

Vereador espera ficar no mandatoEx-candidato ao governo pelo PSDB, Júlio Cezar deixará o partido após divergências com o diretório municipal

SANDRO LIMA

Júlio Cezar nutre respeito com o diretório estadual, mas, a paciência esgotou em Palmeira dos Índios

NIGEL SANTANAEDITOR DE POLÍTICA

Um mandato de Vereador sendo desempenhado em

Palameira dos Índios, uma candidatura ao gov-erno estadual em 2014. Em ambas as atividades, Júlio Cezar sempre levou consigo o PSDB, par-tido o qual estuda e deve deixar. Desentendimentos partidários com o di-retório municipal culmi-naram com a decisão em deixar a sigla e conversar com outras legendas para decidir qual o seu des-tino. Nesta entrevista à Tribuna Independente, o vereador por Palmeira dos Índios deixa em aberto se disputará à reeleição ou entrará em campanha para admin-istrar a prefeitura. Em meio ao seu mandato no município, Júlio deixou de ser um aliado do prefeito James Ribeiro (PSDB) para fazer oposição. Recentemente, o vereador publicou em sua rede social que sofreu intimidações por conta de sua atuação no parla-mento municipal. Para Júlio Cezar, o caso está nas mãos da segurança pública.

Tribuna Independente - A candidatura ao gover-no foi um ponto alto de sua vida política recen-te. Atualmente, o senhor pretende deixar o PSDB. Por qual motivo não quer ficar mais na sigla?

Júlio Cezar - Eu deci-di sair do partido por conta de não ter mais identidade com o diretório municipal do PSDB em Palmeira dos Índios. Tenho muito respei-to pelo partido e suas lide-ranças, mas, esta decisão é de foro íntimo, levando em consideração as avaliações que neste momento o melhor é sair. Todos sabem que eu fui para um sacrifício muito grande quando aceitei ser candidato a governador em um momento muito difícil do partido. Fui uma opção, e me sinto lisonjeado, porque foi um reconhecimento ao meu trabalho. No entanto, agora é pensar em novos caminhos. A saída é a condição que tirei para consolidar estes novos voos.

Tribuna Independente - Faltou apoio à sua can-didatura ao governo em 2014?

Júlio Cezar - Não te-nho o que reclamar do par-tido. O momento era muito complicado. As lideranças já haviam feito compromis-sos com outros candidatos. O partido não queria que estas lideranças desfizesses os seus compromissos, pois, seria muito doloroso e causa-ria um prejuízo enorme para estas pessoas. A desistência do Eduardo Tavares [primei-ro candidato do PSDB], que ao meu ver era muito prepa-rado e que tinha uma condi-ção muito grande de crescer no decorrer da campanha, porém, a sua desistência culminou com a indicação do meu nome. Eu fui para a campanha do governo com as

estrutura que o partido pode-ria me dar. Recebi o apoio do então governador Teotonio Vilela Filho. Ele honrou to-dos os compromissos que fo-ram assumidos com a minha candidatura. E fomos para a rua com poucos apoios ex-pressivos porque o momento político não permitia. Não te-nho reclamação, apenas um sentimento de gratidão.

Tribuna Independen-te - O vereador teme que com a sua saída do parti-do, o PSDB entre na Justi-ça para lhe tomar o man-dato?

Júlio Cezar - Eu acredi-to que o PSDB não vá pedir o meu mandato porque eu não quero mais ficar. O partido sabe que eu não tenho mais identidade com o diretório de Palmeira dos Índios. O par-tido há de reconhecer e fazer um gesto para a preservação do meu mandato. Eu tive uma conversa com o ex-governador Teotonio Vilela em relação a isso e ele me garantiu que pre-servaria o meu mandato. Se o partido tomar o meu manda-to, vai me tornar uma vítima potencial, principalmente depois de nossa participação em uma luta e sacrifício que fizemos nas eleições do ano passado. Eu me recordo que a Marta Suplicy, senadora pelo Partido dos Trabalhado-res, deixou o partido e o PT não quis o seu mandato em respeito à história da Marta no partido. Então, eu acredito que o PSDB não tome esta ati-tude. Tenho um respeito mui-to grande pelas pessoas que compõem o diretório estadual e creio que isso seja recíproco. Não seria interessante para mim, tampouco para o PSDB tomar o mandato.

Tribuna Independente - Existe algum partido que o vereador esteja mantendo contato?

Júlio Cezar - Tenho sim. Tenho conversado com diver-sos partidos, no entanto, não posso adiantar com quem estou conversando para não prejudicar todo o processo. Estamos bem encaminhados e acredito que até meados de setembro, esta situação este-ja solucionada. Dei entrada

Cerco duplo ao menor bandido

O Senado aprovou o projeto de José Serra (PSDB-SP) que au-menta de 3 para 10 anos a internação do menor autor de crime hediondo. Deve ser referendado pela Câmara. Os governistas

comemoraram. Mas a ficha caiu. É o senador Lindbergh (PT-RJ) quem alerta: corre-se o risco de um cerco duplo se o Senado também aprovar a redução para 16 anos na PEC que a Câmara enviará aprovada em segundo turno. O artífice da proposta, presidente da Câmara, Eduardo Cunha, já conversa com o presidente do Senado, Renan Calheiros, a fim de conquistar a maioria em apoio no plenário.

Rumo à promulgação?Renan e Cunha começaram a se afinar contra a presidente Dilma. Cien-tes de que ela é contra a PEC, vão fazer o possível para a redução, e a promulgação ainda este ano.

Balança No Senado o cenário é diferente, mais favorável ao Governo – são os senadores quem seguram Dilma. Mas há entre os governistas muitos insatisfeitos com a presidente.

Justiça para Frei TitoA presidente Dilma concedeu, em decreto, pensão especial aos her-deiros diretos do Frei Tito de Alencar, morto sob causas misteriosas durante a ditadura militar.

Quase-prisão A operação da PF no apartamento funcional do senador Fernando Collor semana passada por pouco não deu briga. Irritado com o que considerou abuso, o chefe da Polícia Legislativa só se aquietou após ser ameaçado de prisão por um agente federal. O clima continuou tenso, porque os policiais legislativos foram impedidos de entrar.

Há precedente Em cumprimento do dever, o policial federal pode dar voz de prisão caso seja prejudicado ou se sinta ameaçado. Foi o que ocorreu no governo FH, num episódio não divulgado. Um agente que fazia escolta do minis-tro Raúl Jungmann (Desenvolvimento Agrário) algemou e levou presa a chefe de gabinete após ser insultado.

Insalubridade no ar...A Associação de Empregados da Infraero (Anei) ameaça ir à Justiça contra a direção da estatal se forem obrigados a se transferirem para a antiga sede da Transbrasil no Aeroporto de Brasília. Apontam o lugar como insalubre.

.. e aluguel salgadoHá mais de um ano, a Coluna revelou que a Infraero fecharia contrato de R$ 528 mil por mês com o concessionário do JK pelo prédio. Ficou em R$ 350 mil/mês.

Polícia x Seguranças Não é de hoje que a PF e a Polícia Legislativa se estranham. Quando houve operação da PF no gabinete do então diretor do Senado, Agaciel Maia, um agente quase foi preso.

Fundos de Pen$ãoSerá tiro no pé ou uma CPI de fachada, bem controlada – por Renan e Cunha – essa dos Fundos de Pensão. A dúvida é se serão investigadas os fortes indícios de ingerências de ambos nos fundos Postalis (Cor-reios) e Real Grandeza (Furnas), respectivamente.

Minha Casa (no chão)O programa Minha Casa, Minha Vida, carro chefe da campanha de reeleição da presidente Dilma, está sob risco de falência. Sem caixa, o Governo deve a empreiteiras mais de R$ 1,5 bilhão, sem contar juros, em projetos já concretizados e entregues. O Ministério das Cidades e a Caixa se viram como pode e pagam a granel, bem atrasados.

Bomba & estopimA piada que rola em Vitória (ES), após a polícia retirar de avião mulher que sonhava ‘ser uma bomba’ para explodir avião, ao ver o governador Paulo Hartung no voo: ‘a bomba saiu, mas o estopim ficou’, diz um expert em assuntos capixabas.

Entre delegadosRelator da PEC da redução da maioridade penal para 16 anos, aprova-da em 1º turno na Câmara, o deputado Laerte Bessa (PR-DF) foi nome-ado relator do projeto de autoria de Fraga (DEM), que concede porte de arma aos agentes de segurança socioeducativos.

Aviso prévioO PL 805/15 visa proteger a categoria. Há casos em Brasília, por exem-plo, de agentes que são marcados por internos, agredidos e ameaçados de morte pelos menores, nas ruas, quando são liberados pela Justiça. No Rio, sete agentes foram assassinados.

Vendeta Em Ceilândia, satélite do DF, um agente foi reconhecido por menor na rua e teve o carro alvejado por tiros.

Ponto Final‘O País vive uma crise, mas é dever da Câmara assegurar a Gover-nabilidade’Eduardo Cunha, no pronunciamento em rede nacional de TV e rádio.

no Tribunal Regional Eleito-ral (TRE-AL) pedindo a justa causa para que o PSDB me liberasse por meio da Justiça e sem o prejuízo do mandato.

Tribuna Independente - De aliado à oposição em Palmeira dos Índios. Quais motivos lhe fizeram con-testar os atos do prefeito James Ribeiro?

Júlio Cezar - Fui aliado por muito tempo. Acredito que os princípios partidários que foi prometido durante campanha não estão aconte-cendo como esperava. Tomei a decisão de não compactuar com algumas ideias e enve-redei pela oposição. Ajudo da maneira que posso aprovando matérias de interesse da po-pulação. Não aprovo matérias que não sejam benefícas ao in-teresse público. Estou bem na oposição. Faço uma oposição responsável e não pessoal.

Tribuna Independente - Suas críticas durante as sessões na Câmara Muni-cipal lhe renderam amea-ças. É fato que o vereador não solicitará segurança individualizada ao esta-do?

Júlio Cezar - Na verda-de eu não falo em ameaças. Falo em intimidações, que na verdade não coadunam com os meus princípios. Coloquei publicamente o meu ponto de vista. Conversei com o se-cretário de Defesa Social [Al-fredo Gaspar de Mendonça] e com a cúpula da segurança e vou deixar que eles trabalhem este caso. Não há necessidade de segurança ou mudar a ro-tina. A polícia faz o trabalho dela e estas intimidações eu não concordo.

Tribuna Independente - O vereador estuda dis-putar à reeleição ou pode sair em campanha para administrar a prefeitura?

Júlio Cezar - Não tem candidatura posta. O pro-cesso de viabilizar um nome para o próximo ano não tem nada definido. Nós temos ou-tras situações a solucionar. Temos vários partidos, diver-sas lideranças com interesses em discutir uma frente para apresentar um projeto para o município.

TRIBUNAINDEPENDENTE

ESPLANADALEANDRO MAZZINI - [email protected]

Com Equipe DF, SP e Nordestewww.colunaesplanada.com.brcontato@colunaesplanada.com.brTwitter @leandromazzini

Todos sabem que eu fui para um sacrifício muito grande quando aceitei ser candidato a governador em um momento muito difícil do partido. Fui uma op-ção, e me sinto lisonjeado, porque foi um reconheci-mento ao meu trabalho

Eu acredito que o PSDB não vá pedir o meu man-dato porque eu não quero mais ficar. Eu tive uma conversa com o ex-gov-ernador Teotonio Vilela em relação a isso e ele me garantiu que preservaria o meu mandato

Na verdade eu não falo em ameaças. Falo em intimi-dações, que na verdade não coadunam com os meus princípios. Conversei com o secretário de Defesa Social e com a cúpula da segu-rança e vou deixar que eles trabalhem este caso

ASSESSORIA

Jacob Brandão corre contra o tempo para não ser penalizado durante a próxima etapa da fiscalização

FECHAMENTO

Abate clandestino ocorre nos municípios

DESDOBRAMENTOS

Ações começam a ser planejadas em agosto

Já o prefeito Aloísio Ro-drigues (PMDB), de Bata-lha, no Sertão, assegura que uma nova FPI do São Fran-cisco não lhe causa preo-cupação. “Acho que o senti-mento deles [dos 24 órgãos que compõem a Fiscalização Preventiva Integrada] é o mesmo que o nosso: saúde e proteção ao meio ambiente, que são fundamentais”.

O gestor contou que não sabia que seu município se-ria alvo das ações da FPI dos São Francisco e que foi

pego de surpresa.“Ano passado eu assinei

um TAC [Termo de Ajuste de Conduta] com a Justiça do Trabalho, sanamos os problemas, atendemos as exigências e em junho de 2014 o matadouro foi rea-berto. Agora eles chegaram de surpresa e não tive o di-reito nem de conversar”, ressaltou Rodrigues.

O município está tra-balhando para sanar os problemas e reabrir o ma-tadouro municipal. “Esta-

mos reunindo o pessoal, cumprindo umas diligências pequenas, conversando com alguns órgãos e tudo indica que o matadouro será rea-berto dentro de dois ou três meses. Enquanto isso, esta-mos usando o matadouro de Arapiraca para fazer o aba-te”, esclareceu o gestor.

Apesar do deslocamento até Arapiraca para realizar o abate do boi, o prefeito contou que sabe que mui-ta gente está matando os animais clandestinamente.

“Com o matadouro fechado, o preço da carne aumentou e quem está pagando o preço é a população”, enfatizou.

Segundo o prefeito, a re-gião que vive da pecuária, tanto do comércio da carne quanto de leite, quando fe-cha um matadouro e laticí-nios geram prejuízos.

“Não sou contra a fisca-lização, o problema é a dose que se aplica. Sou prefeito há dois anos, não tenho con-dições de sanar problemas de 40 anos”, avalia. (AT)

“A FPI do São Francisco não pode ser temida por fa-zer coisas corretas, ela deve ser vista como uma oportu-nidade de regularização dos problemas, uma vez que os 24 órgãos que integram a fiscalização estão de portas abertas para dar os enca-minhamentos necessários”, declarou a promotora de Justiça, Lavínia Fragoso, que está à frente da Fisca-lização, como uma das re-presentantes do Ministério Público Estadual.

De acordo com a pro-motora, as determinações provenientes das ações da FPI permanecem valendo até que os empreendedores corrijam os problemas e con-sigam o licenciamento para funcionar, junto aos órgãos competentes. Caso algum município queira recorrer das decisões podem fazê-lo de forma administrativa.

Quanto às declarações do presidente da Adeal, Marce-lo Lima, proferidas na últi-ma segunda-feira, dia 13,

durante reunião de alguns órgãos com prefeitos alagoa-nos, de que o abate clandes-tino teria aumentado após o fechamento dos matadou-ros, Lavínia Fragoso con-testou dizendo que o abate clandestino já existia.

“O abate clandestino só mudou de lugar, pois antes também era feito de forma irregular, por isso não hou-ve um aumento”, destacou a promotora, salientando que o Ministério Público não es-teve presente á reunião des-

ta semana porque o órgão não foi convidado.

NOVA FPIAs ações da FPI são con-

tínuas e a 4ª etapa começará a ser planejada já no pró-ximo mês, no qual todos os órgãos envolvidos definirão as datas e os municípios que serão alvos das novas ações.

No momento, a promoto-ra contou que os trabalhos estão voltados à confecção dos relatórios dos desdobra-mentos da 3ª etapa realiza-da em maio passado. (AT)

Nova etapa da FPI deixa prefeitos preocupadosFiscalizações devem ocorrer ainda este ano e prefeituras temem novas sanções

ANDREZZA TAVARESREPÓRTER

Prefeitos de Alagoas es-tão apreensivos quan-to a uma nova etapa da

Fiscalização Preventiva In-tegrada (FPI) do São Fran-cisco que são ações conjun-tas que envolvem 24 órgãos dentre eles, o Ministério Público Estadual (MPE/AL). Nos últimos meses, a FPI in-terditou vários matadouros e laticínios no interior do estado por falta de condições de funcionamento, sendo alvo de muitas críticas, so-bretudo, na Assembleia Legislativa Estadual (ALE).

O prefeito de Mata Gran-de, Jacob Brandão (PP), mostra-se receoso com uma nova FPI porque com a in-terdição do matadouro mu-nicipal, os bois estão sendo abatidos no matadouro de Delmiro Gouveia.

“Dizem que essa nova etapa vai atingir Delmiro [Gouveia]. Se isso ocorrer, só nos resta Arapiraca e lá, fica inviável. É longe daqui”, de-clarou o prefeito. A distância entre Mata Grande e Arapi-raca é de aproximadamente 169 km, num percurso de aproximadamente duas ho-ras e meia.

“O marchante que depen-de desse trabalho vai matar

“ABUSIVAS”Parlamento contestou trabalhos no interiorA última etapa da FPI do São Francisco, realizada em maio passado, foi alvo de críticas por parte dos deputados estaduais que usaram os microfones da Assembleia Legislativa para destacar o que eles chamaram de “abusivas”, as ações da Fiscalização encabeçada pelo Ministério Público. “Na minha ótica essa ação da FPI foi um crime. É preciso que a ALE faça valer suas prerrogativas para coibir alguns abusos cometidos por alguns órgãos”, declarou Antonio Albuquerque (PRTB).

ATIVIDADESPlanejamento é posto em prática após mesesCada etapa da FPI do São Francisco leva meses para ser planejada. A promotora Laví-nia Fragoso, que está à frente das atividades da FPI, como representante do MP Estadual, explicou que é feito um levan-tamento dos alvos e que tanto eles quanto as demandas são sugeridos pelos órgãos que inte-gram o grupo. “Quem indica os alvos são os órgãos que fazem parte da FPI”, reforçou a promo-tora, acrescentando que outros municípios deverão receber a visita da FPI ainda este ano.

Volume morto

De Arnaldo Jabor, em “O Globo”, comparando a esquerda de ontem com a de hoje: “... A palavra de ordem não era derrotar o capitalis-mo? Pois agora estão conseguindo cumprir sua utopia: derrotá-lo

(e o Brasil junto) sem terem nada para botar no lugar. É espantosa a capacidade de errar dessa gente. Mas para eles, na pior tradição hegeliana, o ‘erro’ é apenas um acidente de percurso. O erro é apenas uma contradição negativa e passageira. Nesse tempo, as reuniões eram incessantes e insuportavelmente longas. E era o mesmo papo de agora no PT: precisamos falar com o povo, com movimentos sociais, sindicatos e (uma palavra que me deprimia) ‘associações de bairro’. Eu pensava: ‘Que será isso? Será que querem conscientizar minhas tias?’. Nas infi-nitas reuniões todos falavam inflados de certezas e ao final se pergunta-vam: o que fazer? Ninguém sabia. Mas continuávamos firmes militantes do nada, sem saber para onde ir, porque ter dúvidas era ‘revisionismo’. É como hoje; ver o Rui Falcão falando até me emociona, pois é uma via-gem no tempo. Não havia espaço para os males internos e seculares do Brasil; tudo era culpa dos inimigos externos (como hoje - não é, Dilma?). Hoje já estão no ‘volume morto’, como definiu o Lula num raro acesso de autocrítica, mas continuarão persistindo na marcha da insensatez. Eles não mudam nunca...”

ExpectativaEleito novo presidente do PSDB em Alagoas, o ex-governador Teotonio Vilela Filho deverá trazer para sua posse lideranças nacionais do partido e de outras legendas. Para muitos, será o pontapé para sua candida-tura ao Senado, em 2018. A presença de lideranças locais é esperada com expectativa. Afinal, estariam saradas as feridas da traição do ano passado?

Sob nuvensAmigos mais próximos do presidente do Senado, Renan Calheiros, estão preocupados com a possibilidade de alguma ação ostensiva da Polícia Federal em relação a ele, como tem ocorrido com outras lideranças polí-ticas citadas na Operação Lava Jato como beneficiárias do esquema de corrupção na Petrobras. O clima, de fato, é de muita ansiedade.

Entenda...O PT expulsou da legenda a então senadora Heloísa Helena por críticas ao partido, que estaria desvirtuado dos seus princípios. Há 12 anos, quando a legenda chegou ao poder. José Dirceu, então figura poderosa, foi o mentor da ação. Interessante: Dirceu e outros expoentes petistas estão enrolados até o pescoço em falcatruas, muitos presos. E são até elogiados pelos companheiros.

MergulhoQuem anda sumido, da mídia e da política, é o jornalista Jeferson Mo-rais. Presidente do DEM em Maceió, desde que encerrou o mandato de deputado estadual, em fevereiro, por não ter sido reeleito, passou a ser figura rara. Até pessoas que lhe são próximas não conseguem conta-to. Sobre Jeferson há quem diga que em 2016 ele poderá concorrer à Prefeitura de Satuba.

Novos aresEx-deputado federal por São Paulo, pelo PC do B, nosso conterrâneo Aldo Rebelo já chegou, em outros tempos, a ser cotado para disputar governo ou Senado em Alagoas. Agora ministro, mas sem mandato, ficou difícil tal possibilidade, pelo momento político complicado, que inclui o desgaste de Lula, Dilma e do PT, que seriam os seus patronos.

OitentãoO jurista Marcos Bernardes de Melo, um dos mais respeitados do Brasil, completa hoje 80 anos de idade. E será personagem da festa, amanhã, dos 33 anos da Associação dos Procuradores do Estado de Alagoas, que ajudou a fundar e foi primeiro presidente. Também presidiu a Associação Nacional dos Procuradores de Estado e foi Procurador Geral do Estado.

ProtestoDo senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), vice-presidente da CPI do HSBC, contrariado porque o Senado não quebrou os sigilos bancários de empresários poderosos embora o Supremo Tribunal Federal tenha dado autorização: “Não querem investigar, querem o sepultamento da comissão. Nunca vi uma vergonha tamanha na história do Congresso Nacional.”

o boi em qualquer lugar”, acrescentou. Segundo o gestor, com o deslocamento para fazer o abate em outro município, o preço da carne sobe.

Jacob Brandão disse que não é contra a fiscalização e que a saúde e o bem estar

da população devem vir em primeiro lugar, porém, as ações da FPI foram realiza-das de forma errada. “Como dizem que a fiscalização é preventiva, deveria apontar os problemas e dar um prazo para a gente concertar o que estava errado, até a gente se

preparar para matar o boi em outro lugar”, criticou.

Jacob contou que não há previsão para a reabertu-ra do matadouro de Mata Grande, mas garantiu que está trabalhando para sa-nar os problemas e atender as exigências da FPI.

MACEIÓ - DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015 POLÍTICA 3 TRIBUNAINDEPENDENTE

* A pergunta que não queria calar parece que está começando a ter res-posta: Por que não dá nada para Lula, principal interessado em coisas do tipo “Mensalão” e “Petrolão”? Agora, com a iniciativa do Ministério Público Federal no DF, quem sabe...

* O secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação de Alagoas, Pablo Viana, concederá amanhã, em Arapiraca, entrevista coletiva, às 8 horas, no auditório do Planetário Municipal. Falará sobre o funcionamen-to do Polo Agroalimentar e as regras para a sua utilização.

* Profissionais brasileiros ou com diplomas revalidados têm à disposição 276 novas vagas para integrar o Programa Mais Médicos. Em Alagoas, quatro municípios confirmaram vagas para esta etapa. Interessados só poderão se inscrever até hoje. Contato: maismedicos.saude.gov.br.

* A Fundação Municipal de Ação Cultural iniciou as oficinas de capacita-ção voltadas aos artistas e produtores culturais que pretendem concorrer aos Editais das Artes e do Audiovisual. As próximas oficinas serão no Centro Cultural Arte Pajuçara, nos próximos dias 22 e 29.

* A quinta edição da Corrida Duque de Caxias, em homenagem ao pa-trono do Exército Brasileiro, será lançada amanhã, às 19 horas, no Hotel Radisson. O comandante do 59º BIMtz, coronel Júlio César Macário, abrirá oficialmente as inscrições. A Braskem patrocina o evento

* O Coruripe, vice-campeão alagoao, estreia hoje na Série D do Cam-peonato Brasileiro, contra o Globo, do Rio Grande do Norte. O jogo será no Estádio Barretão, às 17 horas, na cidade de Ceará-Mirim. O técnico Evandro Guimarães tem o desfalque de cinco titulares, todos lesionados.

* O ASA, que fez excelente campanha este ano (só perdeu dois jogos, para CRB e Palmeiras) pega hoje o Icasa, no Estádio Municipal de Arapi-raca, pela Série C do Campeonato Brasileiro. Tentará manter a invencibi-lidade na competição e permanecer entre os quatro melhores colocados.

Um procedimento absoluta-mente irregular, intempesti-vo e injustificado”LUIZ INÁCIO LULA DA SILVAEx-Presidente da República, desmerecendo acu-sação do Ministério Público Federal de tráfico de influência em favor da construtora Odebrecht, com uso de dinheiro do BNDES

FLAVIO GOMES DE BARROS - [email protected]

Conjuntura

EDITORIA DE POLÍTICA COM ASSESSORIA

Em vigor desde 2012, a Lei de Acesso à Infor-mação (LAI) viu mais

um capítulo ser escrito na capital alagoana, com a im-plantação do Informa Ma-ceió. A ferramenta garante a qualquer interessado o pleno acesso às informações públicas do município e cumpre as determinações do decreto nº 8.052, de 10 de abril de 2015, com a oferta de um Serviço de In-formação ao Cidadão (SIC).

Idealizado pela Secreta-ria Municipal de Controle

Interno (SMCI), o sistema foi elaborado pela Diretoria de Tecnologia de Informáti-ca (DTI), da Secretaria Mu-nicipal de Administração, Recursos Humanos e Patri-mônio (Semarhp). Segun-do o secretário de Controle Interno, Diogo Coutinho, o Informa Maceió representa mais um avanço no esforço de transparência realizado pelo Município.

“O projeto foi iniciado no Controle Interno, quando a gestão era de Fellipe Mame-de, atual secretário de Ad-ministração. Sem dúvidas, o sistema representa um marco para a população e

para a gestão, que depois de um trabalho árduo e muito competente, entrega a po-pulação uma ferramenta tão valiosa como o Informa Maceió”, disse o secretário da SMCI.

Intuitivo e fácil de ser usado, o Informa Maceió dá suporte à transparência passiva, onde toda e qual-quer informação que o cida-dão procurar no site oficial e não encontrar poderá ser solicitada por meio da ferra-menta.

“O trabalho começou em 2013 e teve seu ponto de culminância em abril des-te ano, com a publicação do

decreto municipal. A partir daí, o treinamento dos servi-dores foi intensificado para que as secretarias ficassem aptas para atender as de-mandas”, disse Mamede.

Ainda segundo o gestor, com o Informa Maceió, o cidadão não precisa se des-locar até os órgãos. “Basta fazer um cadastro e solici-tar as informações no site da Prefeitura. Porém, quem tiver dificuldade de acessar o serviço online pode se di-rigir ao órgão que será aten-dido por pessoal treinado”, ressaltou o secretário de Administração, Felipe Ma-mede.

Informa Maceió reforça lei da transparênciaSistema representa mais um esforço do município para informações públicas

RESTOS A PAGARMontante devido é de R$ 13,4 bilhõesDe acordo com levantamento feito pelo CNM, do montante devido aos municípios, R$ 13,4 bilhões podem ser cancela-dos, pois estão classificados como restos a pagar. A maior parte dos RAPs nesta situação - 92,9% - já foi iniciada e repre-sentaria uma perda de recursos exclusivamente municipal em caso de cancelamento. Além dos empenhos iniciados, exis-tem alguns finalizados que, de acordo com a pesquisa, repre-sentam 40% dos empenhos que estão aguardando pagamento.

LIBERADASDiário traz portaria sobre emendasUma portaria que autoriza a liberação de R$ 300 milhões para pagamento das obras de Emendas Parlamentares foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). A CNM, por sua vez, informou que que este valor não chega nem perto do montante necessário para solucionar parte dos problemas dos Restos a Pagar (RAP). Os Municípios enfrentam problemas porque os recursos dos convê-nios ou emendas parlamentares seguem um cronograma político muito mais lento.

Cultura para ricos

Cerca de 58% dos espaços existentes no Brasil para divulgação científica e de conhecimento, estão concentrados na Região Sudeste, 16% nas Regiões Sul e Nordeste, 6% no Centro-O-

este e 4% na Região Norte. Nestes espaços estão incluídos museus de ciência, planetários, observatórios, jardins botânicos e zoológicos. A constatação pode ser vista no guia Centros e Museus de Ciência do Brasil 2015, lançado ontem durante a 67ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). A pesquisa Percepção Pública da C&T no Brasil 2015, divulgada no inicio da semana pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos, revelou que a dificuldade do acesso é um dos principais problemas para visitações. Segundo o levantamento, 40% das pessoas informaram não visitar os centros de ciência e tecnologia porque não existem na região monde vivem. En-tre os pesquisados, 7,7% disseram não saber onde ficam estes locais. De acordo com os coordenadores da pesquisa, a diferença entre as regiões reflete a desigualdade do país. Para alguns conselheiros da SBPC, o Brasil precisa enfrentar desafios culturais e burocráticos para ampliar o número e a qualidade dos museus nacionais. No compa-rativo com os Estados Unidos, um terço do orçamento dos museus científicos vem do governo, um terço de doações da iniciativa privada e um terço da venda de ingressos e do lucro de lojas vinculadas a eles. No Brasil, 100% do orçamento é governamental.

O Palhaço do BrasilNeste Sábado, 18, o Palhaço Carequinha, se vivo estivesse, completaria 100 anos. Ele foi o mais famoso animador que este país já conhe-ceu, enaltecendo a profissão e modificando o conceito que a população brasileira sempre teve destes profissionais e de seus locais de trabalho, os circos mambembes espalhados por todo o território nacional. George Savalla Gomes, seu nome de batismo, foi o grande responsável por criar novas tendências nos

picadeiros. Além de um cômico completo, era ótimo saltador, incluindo essa destreza aos seus números.

O Palhaço do Brasil 2Carequinha também foi o responsável por levar o circo para a televi-são, com o programa “O Circo Bombril”. Além disso, passou a utilizar as músicas para divulgar seu trabalho emplacando diversos sucessos reproduzidos até hoje como “Parabéns prá você”, “O bom menino...” “Rock do Ratinho” entre outras. No Rio de Janeiro, seus antigos com-panheiros de profissão e também jovens artistas admiradores do seu trabalho estão apresentando o espetáculo “Ao Mestre com Sorrisos” encenado em um circo improvisado, montado na Praça Tiradentes no centro da cidade.

A macaxeira em altaO governo federal liberou esta semana a compra de 40 mil toneladas de farinha ou fécula de macaxeira, mandioca ou aipim. A compra vai ficar sob a responsabilidade da Companhia Nacional de Abasteci-mento (Conab). O objetivo é garantir rentabilidade aos produtores de várias regiões brasileiras. Com a estiagem atingindo vários estados nordestinos, produtores de outros estados brasileiros aumentaram a produção, mas com a recuperação do Nordeste, acabou acontecendo um excesso na oferta da mandioca em todo o Brasil.

A macaxeira em alta 2Recentemente a Presidente Dilma Rousseff, durante um evento saudou o produto, como sendo uma das maiores conquistas do Brasil. O fato acabou dando ainda mais visibilidade á mandioca. A partir de agora produtores rurais, cooperativas, sindicatos e associações interessados em vender o produto podem procurar Conab aqui em Alagoas. Cada um poderá vender até 105 toneladas de farinha e 90 de fécula. Em nota, a Conab disse que pretende estocar e escoar o produto para regularização do mercado dependendo da época de carência.

Um filme perigosoO filme “Roar” feito ao longo de 11 anos, em cenários repletos de leões selvagens deve estrear no Brasil em breve. O filme é descrito como “o mais perigoso do mundo já produzido”, uma vez que durante as filmagens, 70 integrantes da equipe foram feridos pelos animais. A história mostra um especialista em vida selvagem que trabalha na África e leva sua família para acompanha-lo. Quando os leões da reserva percebem a mudança, começam a duelar pela liderança do bando, colocando a família sob risco constante. A mulher do pesqui-sador teve uma perna quebrada e ferimentos graves na cabeça. Sua enteada, a atriz Mellanie Griffith foi submetida a cirurgias reparadoras após ser atacada e levar mais de 100 pontos. O ataque faz parte do filme.

Despedida de jornalMais um impresso brasileiro resolveu fechar suas portas. O jornal Brasil Econômico circulou pela última vez nesta sexta feira, segundo anunciou sua diretoria no país. Pertencente a um grupo português, o Ongoing, da família Mascarenhas Vasconcellos, o Brasil Econômico foi lançado em 8 de Outubro de 2009. Outras operações do grupo no Brasil, como os jornais O Dia e Meia Hora, além do portal de notícias IG seguem normalmente. Os funcionários o jornal foram avisados pre-viamente do encerramento das atividades do Brasil Econômico. Cerca de 30 profissionais devem deixar a empresa.

• O Secretário da Ciência, Tecnologia e Inovação de Alagoas, Pablo Viana, concede entrevista coletiva, amanhã, segunda feira às 8h no Planetário Municipal em Arapiraca.

• O assunto em pauta é o funcionamento do Polo Agroalimentar de Arapiraca, que esta construído e equipado e deve iniciar seus traba-lhos no apoio aos pequenos produtores do agreste em breve.

• O secretário vai tirar as dúvidas dos companheiros de imprensa do interior e tratar sobre o apoio ás cadeias produtivas da região,

• A coletiva também deverá servir também para orientar empresas, cooperativas, associações e instituições de ensino e pesquisa, além de profissionais e pesquisadores sobre a apresentação de projetos e a participação de todos nas ações do Polo, e na ocupação de suas dependências.

• O Polo Agroalimentar de Arapiraca esta construído no Sítio Piauí, no Povoado Bananeira, próximo a AL 102 e é composto por uma mi-ni-usina de beneficiamento de macaxeira para a produção de álcool, além de biblioteca, laboratórios de pesquisa, sala de informática com acesso a internet, auditório e salas de aula.

BARTOLOMEU DRESCH [email protected]

MACEIÓ - DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015POLÍTICA4 TRIBUNAINDEPENDENTE

ASSESSORIA

Felipe Mamede diz que a ferramenta assegura o acesso da população à informações importantes

EM CAIXA

Segundo repasse do FPM para julho será superior a R$ 559 mi

Na próxima segunda--feira (20) as prefeituras brasileiras irão receber R$ 559.908.155,28 do Fundo de Participação de Municípios (FPM).

O montante diz respeito ao segundo decêndio do mês de julho deste ano e já des-conta a retenção do Fundo de Manutenção e Desenvol-vimento da Educação Básica e de Valorização dos Profis-sionais da Educação (Fun-deb). Em valores brutos, com a inclusão da retenção do Fundo, o repasse é de R$ 699.885.194,10.

Em comparação com o se-gundo decêndio de julho do ano passado, a Confedera-ção Nacional dos Municípios

destaca que houve uma ex-pansão de 2,1%, em termos reais. Os cálculos realizados pela área de Estudos Técni-cos levam em conta a infla-ção do período.

A entidade explica aos gestores que os decêndios de julho somaram R$ 3,126 bilhões frente aos R$ 3,979 bilhões acumulados no mes-mo período do ano anterior. Isso, em termos reais, re-presenta uma retração de 21,44% para este mês.

Com relação aos valo-res acumulados neste ano, o FPM soma R$ 49,163 bi-lhões. No mesmo período do ano passado o acumulado foi registrado em R$ 49,502 bilhões. Com isso, o FPM fi-

cou, em termos reais, 0,69% menor. Esse valor acumu-lado de 2015 já conta com o repasse extra de 0,5%, reali-zado no dia 9 de julho, alerta a Confederação.

CAUTELA A entidade pede cautela

e prudências aos gestores municipais na execução de suas despesas, pois a pers-pectiva é de queda conside-rável no repasse agregado do mês de julho. Mesmo com a previsão da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) de R$ 1,399 bilhão para o ter-ceiro decêndio do mês vigen-te, o valor acumulado men-sal deflacionado será 10,44% inferior ao mesmo período do ano anterior.

CONHECIMENTO

Gestão não terá custos com nova ferramenta

Sem custos adicionais, a gestão utilizou o conhe-cimento dos servidores da Diretoria de Tecnologia da Informação para desenvol-ver a ferramenta. Os dados coletados pela Secretaria Municipal de Controle In-terno foram usados para fa-cilitar o desenvolvimento do sistema. “O Controle Inter-no nos procurou para desen-volver a ferramenta. Ele já está online e o cidadão pode se cadastrar no site e fazer sua solicitação. A demanda será atendida por servidores treinados, que responderão dentro dos prazos legais”, destacou o Diretor da DTI, Fernando Dantas, ao ava-liar o quanto a ferramenta pode contribuir com o acesso à informação para a popula-ção da capital alagoana.

Existem dois tipos de acesso: a transparência ati-va, quando a prefeitura di-vulga as informações sem a necessidade de provocação, e a passiva, quando o cida-dão provoca a administração pública por meio do Informa Maceió.

Segundo o assessor do Secretaria Municipal de Controle Interno, Willian Costa, com o Informa Ma-ceió, a Prefeitura de Maceió vem cumprindo o que o de-creto exige. “Entregamos as placas e monitoramos a de-signação dos servidores de cada órgão. Além disso, rea-lizamos capacitações e esta-mos na fase de monitorar as informações solicitadas para que tenham o cumprimento da lei”, destacou.

A SMCI reforça ainda que este trabalho desenvol-vido atende ao que preconi-za o prefeito Rui Palmeira, principalmente por prezar por uma gestão transparen-te com investimentos para as contas públicas na capital alagoana.

CRÍTICAS

PSDB e PMDB com mais interesse para eleição 2018

A BBC Brasil tentou ou-vir Marina Silva, mas sua assessoria informou que a viagem à Colômbia impedia que fosse realizada uma en-trevista. Nos últimos meses, ela falado pouco com a im-prensa.

Em um desses raros mo-mentos, no mês passado, concedeu entrevista ao jor-nalista Keneddy Alencar, do SBT, em que disse não saber se disputará a eleição presidencial novamente e afirmou querer “pensar com tranquilidade” sobre como contribuir para o país.

“Eu ainda não tenho essa resposta (sobre se seria can-didata). Não acho que uma candidatura deva ser em função da fadiga de material desse ou daquele partido. Uma candidatura será sem-pre em função de um proje-to de país, de uma visão de mundo, de um programa de governo”, disse, ao ser ques-tionada sobre a possibilida-de de ser uma alternativa ao governo e ao PSDB.

“Eu quero discutir, pen-sar com tranquilidade qual é a natureza da minha con-tribuição para a sociedade brasileira.”

Em seu site oficial, em março, também rebateu as cobranças a respeito de seu “silêncio”: “Como disse (o escritor americano) Mark Twain, ‘os boatos a respei-

to da minha morte estavam um pouco exagerados’. Não andei tão calada assim, bas-ta ver que em minhas pági-nas na internet tratei das questões mais importantes da vida brasileira, como a crise hídrica, a retomada dos ataques aos direitos in-dígenas e, é claro, as inves-tigações da corrupção na Pe-trobras.”

“Se me ative às páginas da internet, especialmente nas redes sociais, deixando de lado as entrevistas e ar-tigos na chamada ‘grande mídia’, é porque preferi não seguir a pauta convencio-nal, onde o bate-boca pós--eleitoral e as versões da guerra partidária continua-vam acirrados”, explicou. A postura de Marina destoa da atuação de outros líderes da oposição como o senador Aé-cio Neves e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, claramente interessados em disputar novamente a pre-sidência e que têm aprovei-tado o desgaste do governo federal para ganhar força.

Até mesmo o partido aliado PMDB já disse ofi-cialmente que romperá com o PT nas próximas eleições e lançará um candidato pró-prio ao Planalto – alguns no-mes possíveis são o prefeito do Rio, Eduardo Paes e do vice-presidente, Michel Te-mer.

QUESTIONAMENTOS

Marina Silva some em meio ao país em crise e com escândalosBBC BRASIL

No momento em que o país passa por uma escala-da da crise política, muitos se perguntam por onde anda Marina Silva, a candidata de 22,176 milhões de eleito-res na eleição presidencial de 2014.

A resposta é: na Colôm-bia, para uma viagem de cerca de dez dias, onde, se-gundo sua conta no Insta-gram, tem visitado grupos da sociedade civil que atuam em áreas como sustentabili-dade, democracia participa-

tiva e redução da violência.A coincidência de sua au-

sência do país, em um mo-mento de intensificação do desgaste do governo Dilma Rousseff, e em que novos desdobramentos da opera-ção Lava Jato atingem con-gressistas, de certa forma reforça o sentimento de que Marina “desapareceu” do ce-nário político após a acirra-da disputa de 2014.

Na quarta-feira (15), en-quanto a Polícia Federal cumpria mandados de busca e apreensão contra o ex-pre-

sidente e hoje senador Fer-nando Collor e outros cinco políticos, Marina entrou no Facebook e no Twitter para fazer apenas duas postagens sobre a Conferência do Cli-ma em Paris.

No dia seguinte, compar-tilhou mais três links com conteúdo sobre mudanças climáticas, direitos indíge-nas e críticas à educação no país. Alguns leitores reagi-ram à falta de comentários sobre a situação política, econômica e as denúncias de corrupção.

MACEIÓ - DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015 POLÍTICA 5 TRIBUNAINDEPENDENTE

REUTERS

Marina Silva tem posturas críticas em relação ao atual governo

Ajuste fiscal está para “desajuste”Presidente do Senado, Renan Calheiros, apresentou balanço das atividades em Brasília e falou sobre o governo

EDITORIA DE POLÍTICACOM AGÊNCIA SENADO

O ajuste fiscal caminha “celeremente para ser um desajuste so-

cial”, alertou o presidente do Senado, Renan Cal-heiros, ao apresentar um balanço das atividades do Senado no primeiro semes-tre. Em sua opinião, existe atualmente uma “explosiva combinação de recessão, inflação alta, desemprego e juros pornográficos”. Até aqui só o trabalhador pa-gou a conta, advertiu o senador, e não há ainda horizonte após o ajuste.

“A realidade econômica é conhecida de todos, e as difi-culdades inegáveis. Em um sistema presidencialista, o chefe do governo pediu a autorização do Parlamento a fim de implementar medi-das apontadas como impres-cindíveis para fazer face à crise. Aprimorando-as, como é de sua atribuição, o Con-gresso, no seu limite, forne-ceu essas ferramentas, mas os resultados, como alerta-mos, são muito modestos”, analisou. O presidente dis-

se ainda que o Congres-so é composto de “homens responsáveis e patriotas” e não é um agente de ins-tabilidade. Segundo ele, as dificuldades enfrentadas pelo país não foram criadas no Parlamento. Além disso, não é a política que conta-mina a economia, mas o que alimenta a crise política é a crise econômica.

“Aqui procuramos aju-dar, contribuir e aperfeiçoar medidas para recolocar a na-ção no rumo do crescimento e da distribuição de riquezas e, quando necessário, frear a sanha arrecadadora, como o fizemos na devolução de uma medida provisória ju-ridicamente equivocada que teria agravado a recessão e o desemprego”, lembrou.

As considerações sobre o momento econômico do país foram feitas quando o pre-sidente abordou o protago-nismo do Congresso. Segun-do ele, não se trata de fato atrelado às circunstâncias, mas um processo que vem evoluindo há algum tempo, “com o resgate das prerroga-tivas dos parlamentares e a independência dos poderes”.

AGÊNCIA SENADO

Senador Renan Calheiros ressalta que as dificuldades econômicas do país são reconhecidas por todos

AVALIAÇÃO

Câmara aprova 90 proposições em seis meses

No primeiro semestre do ano, o Plenário da Câmara dos Deputados aprovou 90 proposições — entre projetos de lei, propostas de emenda à Constituição, medidas pro-visórias, projetos de decreto legislativo, projetos de lei complementar e projetos de resolução. Vários deles já se tornaram lei — como a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, a regulamentação dos direitos dos empregados domésticos e a melhora do acesso ao pa-trimônio genético.

Temas polêmicos tam-bém foram votados em Ple-nário, como as propostas do ajuste fiscal do governo, a regulamentação do serviço terceirizado e as PECs da re-forma política e da redução da maioridade penal. Essas duas últimas ainda preci-sam passar por um segundo turno de votações. Os depu-tados votaram ainda uma minirreforma eleitoral, que prevê a diminuição do tempo de propaganda eleitoral, do teto de doações e de gastos com campanhas.

Porém, muitas das pro-postas analisadas na Câ-mara não precisam passar pelo Plenário para se trans-formar em lei. São as que tramitam em caráter con-clusivo. Se passarem pelas comissões de mérito e pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e de Cidada-nia, estarão aprovadas. Só no primeiro semestre deste ano, a Câmara dos Deputa-dos aprovou cerca de 80 pro-postas dessa forma.

Entre as principais, destaca-se a que protege da penhora judicial o patrimô-nio do novo cônjuge ou com-panheiro de um devedor de pensão alimentícia.

Opinião

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RENAN CALHEIROS

OLÍVIA DE CÁSSIA

JOÃO LYRA

Presidente do Congresso Nacional

Jornalista

Empresário

MACEIÓ - DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015OPINIAO6 TRIBUNAINDEPENDENTE

Economia e dívidasDe acordo com os dados do Serviço

de Proteção ao Crédito (SPC Bra-sil) e da Confederação Nacional

de Dirigentes Lojistas (CNDL), o Indi-cador de Recuperação de Crédito teve uma queda de 4,87% no acumulado dos seis primeiros meses de 2015, em com-paração com o mesmo período do ano passado.

O número mostra que a situação da economia com inflação elevada, altas ta-xas de juros e aumento do desemprego reflete cada vez mais no orçamento dos consumidores e uma das principais con-sequências é a dificuldade encontrada para quitar as contas em atraso.

Na variação anual, ou seja, em rela-ção ao mesmo mês do ano passado, o indicador recuou 5,91% em junho – a quinta queda consecutiva. Segundo a economista-chefe do SPC Brasil, Marce-

la Kawauti, a desaceleração econômica impacta rápida e diretamente na regu-larização de dívidas pelos brasileiros:

O cenário econômico afeta fortemente a renda das famílias e isso dificulta a recu-peração de crédito por parte das empre-sas credoras. Na comparação com maio de 2015, o número de pessoas inadim-plentes que regularizaram suas pendên-cias aumentou 4,25%. Ainda assim, essa variação não representa um avanço da economia, já que não compensa as conse-cutivas quedas do início do ano.

Mesmo com o ajuste fiscal e medidas implementadas visando a retomada do crescimento econômico, o cenário a mé-dio e longo prazo ainda é incerto.

Agora é hora de o consumidor econo-mizar dinheiro para imprevistos, or-ganizar seu orçamento e evitar novas dívidas.

O recente protagonismo do Congresso Nacional foi visto em raros momentos da Nação. É um processo que vem evoluindo há algum tempo com o resgate das prerrogativas dos parlamentares e a independência entre poderes.

Quebramos o monopólio da União e avançamos no Orça-mento Impositivo. Em relação às Medidas Provisórias, inova-mos ao fixar um prazo mínimo para a chegada das mesmas. No Supremo, provamos não ser ad-missível o controle preventivo da constitucionalidade. Também devolvemos aos parlamentares a palavra final sobre o processo legislativo, com a apreciação pe-riódica de vetos presidenciais.

No último semestre, avança-mos na discussão do Pacto Fe-derativo. Além de realizarmos duas reuniões históricas – com todos os governadores e os pre-feitos do País – aprovamos pro-jetos relevantes e iremos seguir votando uma extensa agenda a fim de atenuar o atual centralis-mo fiscal.

Procuramos no Congresso

ajudar, contribuir e aperfeiçoar medidas para recolocar a Nação no rumo do crescimento e da dis-tribuição de riquezas e, quando necessário, frear a sanha arre-cadadora, como fizemos na devo-lução de uma medida provisória juridicamente equivocada.

Neste semestre, apreciamos 236 matérias, entre emendas constitucionais e mais de 100 projetos de lei. Mais do que a quantidade, é importante res-saltar a qualidade dos temas. É oportuno também ressaltar os debates nas 115 sessões plená-rias realizadas no Senado Fe-deral e outras 14 do Congresso Nacional.

Além do ajuste fiscal, podemos destacar o projeto que agravou as penas para crimes praticados contra agentes de segurança pú-blica, a novíssima lei que criou a mediação com solução para conflitos, a ampliação da arbi-tragem, a regulamentação dos direitos dos empregados e em-pregadas domésticas, a esperada Lei da Biodiversidade, a amplia-ção da idade para aposentadoria

no serviço público e no Supremo Tribunal Federal.

Também aprovamos as novas regras para fusão de partidos, o orçamento impositivo, a reforma do Código de Processo Civil, o enquadramento do feminicídio, a correção da tabela do Imposto de Renda, a Lei Brasileira da Inclu-são da Pessoa com Deficiência, a convalidação dos incentivos fiscais, a mudança do indexador das dívidas estaduais, a promul-gação do compartilhamento da receita do comércio eletrônico, o acesso aos depósitos judiciais e administrativos, entre tantas outras propostas relevantes.

Muitas destas políticas pú-blicas nasceram no Legislativo, desfazendo a impressão de que o Congresso não consegue au-tonomamente propor e votar políticas para o País. No âmbi-to administrativo, as ações de transparência e austeridade se-guem normalmente. A nova cul-tura, felizmente, já está incorpo-rada ao nosso cotidiano e iremos encerrar o ano de 2015 gastando menos do que em 2014.

A classe política brasileira tem o dever de encontrar uma saída para a grave crise política e econômica que atinge o País. Para isso, é preciso o bom senso de todos – governo e oposição. Nesse cenário, há de se consi-derar que, além do ajuste fiscal, que se busque um acordo polí-tico. Do contrário, corremos o risco de uma derrocada de vez, assim como aconteceu com a Grécia.

Dessa forma, “o País não pode se contentar apenas com a ar-rumação das contas públicas; é preciso oferecer ao Brasil uma nova agenda de desenvolvi-mento”. Não será fácil, porém, porque algumas figuras da oposição, aproveitando-se de um cenário negativo, insistem exclusivamente na interrupção do processo democrático. E o ca-minho não é por aí.

É verdade que a economia brasileira se encontra quase paralisada com perspectivas de um crescimento negativo, em 2015, da ordem de 1,5%. Mas é bom que se registre que a indús-tria vem dando sinais de lenta recuperação: de acordo com o IBGE, o setor cresceu 0,6% em maio, na comparação com o mês de abril; por sua vez, de janeiro a junho, as exportações supera-ram as importações em R$ 2,3 bilhões.

No ano passado, no mesmo

período, o saldo havia sido ne-gativo em R$ 2,5 bilhões. Some--se a isso, a criação do Programa de Proteção ao Emprego-PPE, cujos mecanismos, segundo fon-tes sindicais, devem reduzir sig-nificativamente a dispensa de mão-de-obra em setores impor-tantes da economia nacional.

No que respeita à crise po-lítica, que a presidenta Dilma Rousseff enfrenta desde o início do seu segundo mandato, não se pode negar que é gravíssima.

Como assinalou Luiz Carlos Bresser Pereira “não é uma cri-se de Estado, cujas instituições estão fortes, mas de governo”.

Com efeito, reconheçamos que − como registram as últi-mas pesquisas de opinião −, a Presidenta perdeu o apoio da sociedade e, por consequência, também perdeu popularidade, em que pese o esforço do vice--presidente Michel Temer para conter insatisfações da chama-da base aliada, nas duas Casas do Congresso Nacional.

Diante disso, poder-se-ia imaginar que, em se contendo a crise política, tudo estaria re-solvido. Isso é verdadeiro? Não, e não é mesmo. Nesse sentido, ainda segundo Bresser, ponti-ficam dois fatos: “desde 1980, o crescimento per capita foi in-ferior a 1%, contra 4,1%, entre 1950 e 1979” e, em 2014, não houve crescimento, fazendo com

que a recessão se instalasse de-finitivamente no País.

Num quadro desses, parece--nos que a prioridade é trilhar caminhos que conduzam a um pacto político, com o que tam-bém concorda o ministro Joa-quim Levy.

Dialogando diariamente com o Poder Legislativo, o titular da Fazenda planta as semen-tes para o pacto. Tenta voltar ao azul e atingir, até 2016, um saldo de 2% do PIB, o mínimo necessário para estabilizar a dívida.

Na luta contra a inflação, o BC deverá sair vitorioso. Na-turalmente, Levy e sua equipe sabem muito bem que os inves-timentos devem voltar para a infraestrutura, com o pacote de concessões já em execução – vi-tal para vencer o pessimismo presente em nossa vida cotidia-na.

Temos certeza de que se hou-ver um mínimo de entendimen-to entre governo e oposição, a economia voltará a crescer, impedindo-se, com isso, que nos tornemos uma Grécia, no cur-tíssimo prazo.

Caso o acordo seja firmado, com a humildade e a respon-sabilidade que o Brasil requer, “amanhã será outro dia”, como escreveu o poeta, compositor e escritor Chico Buarque num dos seus mais famosos versos.

Vou iniciar meu texto de hoje transcrevendo o conceito de im-probidade administrativa. “O ato ilegal ou contrário aos prin-cípios básicos da Administração Pública, cometido por agente público, durante o exercício de função pública ou decorrente desta. Segundo Calil Simão, o ato de improbidade qualificado como administrativo é aquele impregnado de desonestidade e deslealdade”.

É por causa dessa irregulari-dade que estamos às voltas com tanta Comissão Parlamentar de Inquérito e denúncias de cor-rupção e irregularidades, guar-dadas as devidas proporções. Muita gente se põe a comentar e a falar mal do país, por conta das notícias veiculadas de cor-rução e roubalheira, confundem alhos com bugalhos, como é do interesse dos que se dizem opo-sitores e se põe a falar mal da corrupção que se agigantou no país.

Essa gente mesmo que fala mal de gestores e políticos foi quem colocou no Congresso Na-cional e nos demais parlamen-tos tais políticos e nas próximas eleições voltarão a fazê-lo: por beleza, amizade ou falta de pro-postas e depois não lembra nem em quem votou.

Sobre a crise econômica do país tão alardeada na mídia, sabemos que não acontece só no Brasil, mas é uma constatação mundial, segundo os economis-tas e especialistas sérios, esse período de turbulência tende a arrefecer nesse segundo se-mestre. Tomara. Quem conhece uma pouco da história sabe que é por conta de fatores como a corrupção, improbidade e da fal-ta de leitura que nascem a cor-rupção e o desalinho no mundo.

Voltando às atividades do par-lamento, da janela da Assem-bleia Legislativa, numa pausa para o café, vejo o movimento da rua, em frente à Ladeira da Catedral: tudo continua como antes. Na calçada uma mulher jovem, sentada, todo dia, com uma criança nos braços, expos-ta à intempéries do tempo, sem comida, sem escola e sem lazer.

Todo dia é assim e de volta à rotina pela manhã, avaliava que o cenário tivesse mudado. Tudo igual, bem próximo a essa moça, um idoso pedinte, com a perna enfaixada. E fico me perguntan-do cadê as instituições que deve-riam observar isso.

É verdade que há dez anos essa cena era mais frequente e a miséria mais aparente, mas me causa estranheza que nem

o Conselho Tutelar e nem um órgão do poder público tenha atentado para a questão, que se dá bem no centro de Maceió, e na calçada da Igreja da Catedral Metropolitana. A criança já está em idade escolar de creche in-fantil e sendo usada para atrair possíveis doadores.

Também diariamente, nos ônibus da capital alagoana, já se tornou uma rotina a prática dos pedintes e o curioso é que tem um rapaz ainda jovem, que já pede nos ônibus há mais de dois anos com o mesmo discur-so, usa uma criança para pedir dinheiro.

Ele diz que a filha estava in-ternada, que precisou de uma medicação que é cara e que dei-xou de vender as guloseimas no ônibus, porque precisa de dinheiro para a medicação e a alimentação da filha.

Mesmo diante desse quadro a gente tem que reconhecer que a miséria no País diminuiu depois da implantação do programa Bolsa Família, embora muita gente critique e chame de bol-sa esmola. Avalio ainda que na desvirtuação dos projetos, a corrupção sempre aparece e fal-ta fiscalização, mas tem muita gente que se aproveita disso e é preciso ficar de olho.

Missão cumprida

Amanhã será outro dia

De volta ao começo

INDEPENDENTE

O deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi - e

continua sendo -um dos protagonistas do noticiário político brasileiro em 2015. Sua carreira política, en-tretanto, começou muito antes do 1º de fevereiro que o elegeu presidente da Câmara dos Deputados.

Os primeiros passos do de-putado federal carioca come-çaram nos momentos iniciais da redemocratização. Em 1989, Paulo César Farias, conhecido como PC Farias, o convida para se filiar ao PRN e assumir a tesouraria do co-mitê eleitoral de Fernando Collor no Rio de Janeiro, en-

tão candidato à Presidência da República. A atuação lhe valeu a presidência da Te-lerj. A passagem de Cunha pela companhia rendeu de-núncias posteriores de irre-gularidades em contratos públicos e licitações.

Cunha foi um dos persona-gens secundários na queda de Collor. O irmão do então presidente da República acusa PC farias, tesoureiro da campanha presidencial, de operar no governo um esquema de corrupção cujo volume, na época, foi estima-do em R$ 1 bilhão de reais. Collor cai em 1992. Cunha é um dos investigados no “Es-quema PC”, e é afastado da

Telerj em 93. Após a saída do político da estatal de te-lefonia, Cunha se aproxima de Francisco Silva, então deputado federal mais vo-tado do Rio e dono de uma rádio evangélica. Em 1994, se filia ao PPB, hoje PP. Por indicação de Silva, Cunha se torna presidente da Compa-nhia Estadual de Habitação na gestão de Anthony Garo-tinho. Fica no cargo por seis meses, sendo afastado por denúncias de contratos sem licitação e favorecimento de empresas inexistentes.

Em 2001, Cunha assume, por meio de uma articulação de Garotinho, como deputa-do na Alerj, o que dificulta as

7 TRIBUNAINDEPENDENTE POLÍTICAMACEIÓ - DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015

DDDDD

Campanha contra

atos, con-siderados antidemo-cráticos e arbitrários

de Eduardo Cunha são denuncia-

dos nas re-des sociais e protestos

começam a pedir sua

saída da Presidência da Câmara

QUOEFICIENTEPuxador de voto gastou R$ 6 milhões

BAIXO CLEROMais de 200 deputados o seguem

Outra parte da explicação é o fato de que se trata de um dos políticos com maior capa-cidade de arrecadação para campanhas. No último pleito, gastou mais de 6 milhões de reais para se eleger, de acordo com o que declarou para o Tri-bunal superior eleitoral..

Desta forma, Cunha garan-te a fidelidade de deputados eleitos por conta das ajudas financeiras para suas campa-nhas e pelo quoficiente eleito-ral. Obviamente, há um outro lado. Cunha se compromete com as pautas de seus finan-ciadores: a terceirização, o per-dão da dívida das seguradoras e o próprio financiamento em-presarial de campanha são bandeiras do presidente da Câmara.As pautas de Cunha apontam para o fato de que as bandeiras defendidas por ele transcendem bancadas par-tidárias e a própria noção de oposição e situação.

Nesse cenário, Cunha con-seguiu importantes vitórias. Utilizando-se de manobras, recolocando em votação questões que havia perdido, ele foi capaz de obter maio-rias expressivas. Conseguiu, algumas vezes torcendo a le-galidade, aprovar sua agen-da conservadora em ques-tões fundamentais para a sociedade brasileira. Não é forçoso dizer que Cunha tem desestabilizado as relações entre os poderes da Repú-blica.

Entretanto, Cunha não faz tudo isso sozinho. Para descobrir quem são os par-lamentares que compõem a base mais fiel à ele, cruzou--se as listas de votação de três importantes e polêmicos temas que ocorreram no pri-meiro semestre de 2015:

O resultado: 213 parla-mentares seguiram Eduardo Cunha em votações.

Cunha e irregularidades andam juntosPresidente da Câmara, revelado pelo PRN, partido de Collor, é alvo de acusações por onde passou

investigações contra ele. Em 2002, é eleito deputado fede-ral. Em 2003, troca o PP pelo PMDB. É reeleito em 2006 e 2010.

Em “paralelo” à política, pela proximidade com Fran-cisco Silva, Cunha se torna evangélico e radialista. Sua voz torna-se famosa no seg-mento. Isso explica parte de sua popularidade no Rio de Janeiro – em 2014, foi o terceiro candidato deputa-do federal mais votado, com 232.708 votos, o que equivale a 3% de todo o eleitorado flu-minense .

DENÚNCIASNo Supremo Tribunal

Federal (STF), pelo menos vinte e dois processos têm como parte o Deputado Fe-deral Eduardo Cosentino da Cunha, líder do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) na Câ-mara dos Deputados. Ora como autor, ora como réu.

Entre eles, três inquéritos 2123, 2984 e 3056. Todos para apurar possíveis cri-mes cometidos por Cunha na época em que ele era Pre-sidente da Companhia de Habitação de Estado do Rio de Janeiro (CEHAB-RJ) en-tre 1999 e 2000. São crimes contra a ordem tributária (sonegação de impostos) e contra a fé pública por falsi-ficação de documentos.

8 TRIBUNAINDEPENDENTEPUBLICIDADE MACEIÓ - DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015

Vagas especiais em estacionamentos são frequentemente desrespeitadasO desrespeito a idosos e deficientes físicos ocorre diariamente em vários estabelecimentos de Maceió. Apesar de a legislação indicar que 2% das vagas dos estacionamentos públicos e privados devem ser destinadas para deficientes físicos e 5% para idosos, motoristas insistem em descumprir a lei e estacionam em locais proibidos. Em vários locais, as vagas até exis-tem, mas muitas vezes são ocupadas, na maioria das vezes por motoristas e motociclistas normais. Muitos estabelecimentos tem inúmeras vagas, um claro respeito a porcentagem estabelecida em lei tanto para idosos quanto para deficientes físicos. A SMMT tem feito sua parte com fiscalizações, mas vários condutores ainda insistem na imprudência.

CidadesMACEIÓ - DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015 CIDADES 9 TRIBUNAINDEPENDENTE

Comerciantes deArapiraca perdem por falta de acessoPessoas com deficiência movimentam R$ 3,7 mi na cidade, mas lojistas ainda não despertaram para esse nicho de mercado

Daniel Nunes acredita que o preconceito ainda existe

Projeto tem o apoio da prefeitura e diversas entidades

DAVI SALSAREPÓRTER

A segunda maior ci-dade de Alagoas tem uma população es-

timada em 230 mil habit-antes, e uma forte economia regional, tendo, inclusive, sido motivo de destaque em estudo do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) como uma das 20 cidades que mais geraram empregos no primeiro tri-mestre deste ano no país.

Foram 1.846 novos pos-tos de trabalho abertos com carteira assinada em Arapi-raca.

Mas o que pouca gente sabe é que existe um nicho de mercado que movimenta R$ 3,7 milhões por mês - o das pessoas com deficiência,

e a maior parte dos empre-sários ainda não despertou para atrair esses recursos para os seus empreendi-mentos.

Segundo o presidente da Associação das Pessoas com Deficiência de Arapiraca (Adefima), Adriano Targino, 4.800 pessoas recebem por mês o valor de R$ 788,00, por meio do Benefício da Prestação Continuada (BPC), do Governo Federal.

Esse público consumi-dor movimenta 3 milhões e 782 mil reais no comércio do município e cidades vizi-nhas.

Contudo, os lojistas de Arapiraca ainda não estão preparados para atrair de forma efetiva as pessoas com deficiência física, visual ou intelectual como poten-

ciais consumidores.Adriano Targino afirma

que a maior parte dos estabe-lecimentos não possui acessi-bilidade. Faltam rampas na entrada das lojas, banheiros adequados e placas ou adesi-vos de identificação e sinali-zação, principalmente para deficientes visuais ou surdos.

O presidente da associa-ção defende maior acessibi-lidade para as pessoas com deficiência, citando o Decreto 5.296, de dezembro de 2004, que regulamenta as Leis 10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a pro-moção da acessibilidade das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Mesmo com rampa na entrada, estabelecimento impede acesso com guichê de caixa registradora

DEFICIENTE VISUAL

“Muitos atendentes pensam que a pessoa entra para pedir ajuda”

ESPAÇO

Parceria vai garantir revitalização do centro comercial da cidade

“Isso, sem falar no pre-conceito. Muitos atendentes e até donos de lojas pensam que a pessoa com deficiên-cia visual está entrando no local para pedir ajuda”, con-ta Daniel Nunes, que tem 33 anos de idade e perdeu a visão totalmente aos 29 anos.

Ele é diretor de Relações Públicas da Associação das Pessoas com Deficiência Vi-sual do Agreste (Apedeva) e trabalha como voluntário na entidade.

Para Daniel Nunes, o

mais importante para faci-litar o acesso das pessoas com deficiência visual aos estabelecimentos comer-ciais, especificamente, re-fere-se à colocação de piso tátil e placas nas portas e divisórias das lojas, além de etiquetas com pontos para que ajude na identificação das cores dos produtos.

O cadeirante Antônio Marcos dos Santos, de 36 anos, ficou sem o movimen-to das pernas desde os 14 anos de idade, durante uma cirurgia que provocou uma

lesão na medula. Ele tam-bém revela as dificuldades enfrentadas para ter aces-so aos estabelecimentos e outros prédios no centro co-mercial da segunda maior cidade de Alagoas.

“Nossa maior dificuldade está no momento de entrar na loja, uma vez que a maio-ria não possui rampas ou coloca em lugares errados, e as cabines de provadores de roupa que não têm espa-ço adequado para a gente”, acrescenta Antônio Marcos. (D.S.)

No início da semana, ca-deirantes e representantes das associações de pessoas com deficiência estiveram reunidos com diretores da Câ-mara de Dirigentes Lojistas (CDL) e Associação dos Apo-sentados, Idosos e Pensionis-tas de Arapiraca.

O encontro ocorreu na sede da CDL e também con-tou com a presença do depu-tado estadual Tarcizo Freire (PSD).

Na ocasião, a presidente da CDL de Arapiraca, empre-sária Tânia Núbia Albuquer-que, voltou a defender a ini-ciativa da prefeitura, com a implantação do projeto “Cen-tro Limpo”.

A empresária reforçou que a entidade apoia a iniciativa

da gestão da prefeita Célia Rocha em ordenar a área cen-tral da cidade, tornando as vias públicas mais acessíveis para clientes, lojistas e mora-dores.

No caso do projeto de revi-talização do centro comercial de Arapiraca, Tânia Núbia disse que a iniciativa tem como foco central a Rua Aníbal Lima, Praça Bom Conselho e Praça Manoel André, num es-paço de aproximadamente 15 mil metros quadrados.

Ela adiantou que o projeto de revitalização dos espaços comerciais de Arapiraca é uma iniciativa da Federação do Comércio (Fecomércio), Sebrae, Senai, Senac, Sesc, CDL, FCDL, Sindilojas e Associação Comercial, com

apoio da Prefeitura de Ara-piraca, que está encarrega-da da elaboração do projeto urbanístico e das políticas públicas para viabilização do projeto.

O projeto de intervenção urbanística, com a implanta-ção do shopping a céu aber-to e revitalização do centro comercial da cidade, ganha mais reforço com a partici-pação de representantes de pessoas com deficiência de Arapiraca.

O arquiteto Mário Aloí-sio foi contratado pela pre-feitura para ajudar a classe empresarial da cidade, e a previsão é de que os serviços sejam iniciados em dezem-bro, com prazo de conclusão em dois anos. (D.S.)

DAVI SALSA

DAVI SALSA

DAVI SALSA

Antônio Marcos dos Santos conta que tem dificuldades para ter acesso aos estabelecimentos no centro comercial

Encontro no CDL de Arapiraca reuniu representantes de pessoas com deficiência e várias instituições

MACEIÓ - DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015 CIDADES 11MACEIÓ - DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015CIDADES10 TRIBUNAINDEPENDENTE TRIBUNAINDEPENDENTE

ANA PAULA OMENAANDREZZA TAVARESREPÓRTERES

As fraudes e os furtos de ener-gia elétrica, dentre elas as ligações clandestinas, consi-

deradas ‘comuns’ em Alagoas, são perdas administrativas que a Eletro-bras Distribuição Alagoas tem que lidar dia a dia. Somente em 2014, a concessionária deixou de receber R$ 136 milhões em energia elétrica con-sumida de forma irregular. Estima-se que 14,57% das perdas (mais de 50% dos 24,57% registrado) são oriundas de fraude, furto, além de dificulda-de de leitura ou ligação clandestina.

De acordo com o gerente de Medição e Combate às Perdas da Eletrobras, Givanildo Duarte, as perdas não são apenas um problema de dificuldades de receita da distribuidora de energia elétrica, mas também do Estado, que somente no ano passado, perdeu R$ 24 milhões em Imposto sobre Circu-lação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) que deixaram de ser recolhido e repassado ao Governo de Alagoas.

As perdas são a diferença entre a energia que entra no Estado e a que é faturada. “Esse prejuízo a sociedade sente pelo ICMS que não é recolhido, e interfere também em nossa capacida-de de investir no sistema”, salientou Duarte, informando ainda que, a Ele-trobras está com uma série de ações para baixar ainda mais suas perdas.

Embora as ligações clandestinas e fraudes sejam consideradas furtos, Givanildo Duarte explicou, que a frau-de acontece quando um consumidor regular tem cadastro padrão de entra-da regular, mas adultera o medidor ou faz um desvio, uma ligação no ramal de entrada antes da medição, desvian-do parte dessa carga. Já as ligações clandestinas ocorrem quando as uni-

Furto de energia, SANDRO LIMA

De acordo com a Eletrobras, as ligações clandestinas são responsáveis por boa parte dos problemas de oscilação de energia elétrica; somente de janeiro a maio deste ano, a distribuidora detectou 1.175 consumidores nessa situação

SANDRO LIMA

ASCOM ELETROBRAS

SANDRO LIMA

ASCOM ELETROBRAS

Cícera Bernardo mora em um barraco de madei-

ra e teme perigos invisíveis com energia elétrica

Muitas irregularidades são encontradas durante

visitas para verificar oscilações de energia

Madalena conta o tremendo susto que levou

após neto tomar choque em fio desencapado

O RUBRO-NEGRO QUE JÁ ERA

Assim que começou a se entender por gente, o Ansaldo Calixto optou por ser torcedor do Clube de Regatas Flamengo. Influência da família, toda

ela rubro-negra, a partir do tetravô, seu Herodes, que já bateu as botas há décadas. Na medida em que o tempo foi passando Ansaldo foi ficando cada vez mais fanático pelo time. Coisa de louco. Até do coração o cara pas-sou a sofrer. A ponto do seu cardiologista, doutor Cid Célio Cavalcante, certo dia, adverti-lo: - Você tome cuidado com esse seu coração, rapaz! Ele poderá não suportar prolongados picos de pressão, principalmente depois de cada partida do seu Flamen-go! E ele, ousado e desafiador: - Ah, doutor Cid, o senhor diz isso porque é torce-dor do Fluminense. E todo torcedor do Fluminense morre de inveja da galera rubro-negra. - Estou apenas lhe abrindo os olhos, tanto como médico, quanto como amigo... – completou o cardiolo-gista. - S’imcomode não, doutor. Este velho coração vermelho e preto é forte por demais da conta barra! Fortíssimo! Depois dessa conversa com o esculápio, Ansaldo sofreu pelo menos umas dez ameaças de infarto, mas, obstinadamente irresponsável, se achava superior a qualquer doençazinha coração. Isso, ele manifestou perante sua dedicada e preocupadíssima esposa, dona Solineuza: - Vou te contar uma coisa, mulher... do jeito como a medicina está tão evoluída, doença de coração, hoje em dia, não constitui mais problema, tá me entenden-do? - Mas o doutor... - O doutor tá por fora, mulher. Será que ele quer saber mais do meu coração do que eu? Eu é que sei! Os dias voaram. Até que chegou aquele fatídico jogo do Flamengo contra o Fluminense, seu mais tradicional adversário, conforme todo mundo sabe. Nesse dia, logo cedo, “apenas por precaução”, conforme disfarçou, Ansaldo engoliu meio frasco de comprimidos para o coração e outro tanto para o controle da pressão arteri-al. E dona Solineuza, mais apreensiva que de costume: - Meu nego, acho que o melhor pra você é não as-sistir a esse jogo pela televisão... - Mas de jeito nenhum! Tá maluca, mulher? Deixar de ver o meu Flamengo dar a maior surra naquele timezinho mixuruca? Nem morto! Encurtando o barato. Cinco da tarde, Maracanã lotadíssimo, a televisão mostrando para o Brasil e para o mundo, aquela boniteza toda de movimentação das torcidas de ambos os times, e os jogadores sapecando as canelas pra frente. Em casa, diante do aparelho de TV, o Ansaldo dis-farçou mais uma vez, e engoliu o resto do conteúdo dos dois frascos. E começou a tremer. Em dado momento, um atleta do time tricolor cor-reu até a linha de fundo com a pelota no pé, driblou um zagueiro rubro-negro e cruzou para a área, onde se achava o artilheiro-matador Fred, que só fez mandar a redonda para o fundo da rede flamenguista. Gooollll! Ansaldo estatelou-se no chão, pedindo mais comprimidos e um copo d’água, sob a alegação de que estava morrendo. Verdade. Seu coração ameaçava saltar pela boca. - Soc... soc... orro! Traz a bubônica dessa água, mulher! Nesse domingo, o Fluzão estava infernal. No quarto gol que enfiou na rede do Mengão, o Ansaldo já se encontrava nos estertores da morte. Ainda chegou a ouvir o narrador televisivo bradar: - Gooollll! É gol do Fluminense! 5x0! Ansaldo ainda teve forças para protestar: - Eita timezinho safado da peste! Tá pior do que a seleção brasileira! E esticou as canelas.

O COCHILO DO GOLEIRO Antigamente – isso pelos idos de 1945, mais ou menos - , existiu em Maceió uma tal Liga Suburbana de Futebol que costumeiramente promovia com-petições envolvendo times dos bairros mais célebres (Farol, Bebedouro, Bom Parto, Pajuçara, Ponta Grossa, Poço...) Aos sábados e aos domingos, nesses bairros, a negrada torcia a valer. Entre as agremiações que mais se destacaram nas ditas competições, o Alexandria Futebol Clube – que, anos mais tarde, chegou até ser campeão alagoano do bate-bola – mantinha um plantel muito fiel à tradição religiosa do bairro de onde surgiu. Em março de 1950, começando o campeonato do ano, os jogadores do Alexandria resolveram ir à igreja de Nossa Senhora do Bom Parto, para pedir proteção aos poderes divinos. A missa noturna, que era uma novidade, corria nor-malmente quando, de repente, faltou luz na igreja no momento em que o padre Luiz Marinho fazia a leitura de uma passagem bíblica. Ele, então, recomendou aos fiéis que orassem em silêncio até que o problema fosse resolvido. O goleiro do time, um baixinho abusado con-hecido como Ziu, costumeiramente dormia durante as missas. Naquele momento da escuridão, quando todos meditavam em silêncio profundo, ele acordou ataran-tado e gritou: - Cambada de filhos da puta! Foram embora e me deixaram aqui sozinho!

AÍLTON VILLANOVA [email protected]

Eletrobras realiza inspeções regulares para

combater fraudes e ligações clandestinas

dades não são cadastradas e não têm o medidor.

Quem for pego furtando energia pode pegar até oito anos de detenção, de acordo com o artigo 155 do Código Penal.

IMPACTOS NOVALOR DA TARIFAAs ligações clandestinas não cau-

sam prejuízos somente a Eletrobras Distribuição Alagoas, mas ao próprio consumidor, uma vez que o dinheiro que deixou de ser pago com os furtos de energia elétrica, não serão repassa-dos ao Estado para o investimento em políticas públicas, e também não serão investidos na melhoria do sistema de distribuição de energia. Além disso, os riscos de se tomar um choque e até morrer é grande. O número de perdas também tem um impacto no valor da tarifa, e acaba todo mundo pagando tudo.

O gerente de Medição e Combate às Perdas da Eletrobras Distribuição Alagoas, Givanildo Duarte (acima), informou que a responsabilidade le-gal da operadora vai até o medidor de energia, e alerta para os riscos de se contratar um profissional sem qualifi-

cação. “Muitas vezes quando se contra-ta um pedreiro ele faz a parte elétrica e a hidráulica, aí, se a hidráulica der problema, você tem água na sua sala, mas se o problema for a parte elétrica, alguém pode até morrer. Geralmente, as pessoas descuidam disso e muitas vezes a energia não dá uma segunda chance, o primeiro choque pode ser fa-tal”, enfatizou.

As ligações clandestinas são cone-xões feitas na rede, e por não usarem materiais adequados como bitolas e conectores nos cabos, gera o que se chama de ponto quente, que quando começa a esquentar, pode chegar ao ponto do cabo partir e cair no chão, e aí, as consequências podem ser desas-trosas.

QUASE DOIS MILCLANDESTINOSQuando os consumidores regula-

res começam a reclamar de problemas como oscilação ou falta de energia, e a empresa vai verificar a origem do problema, acaba identificando muitas unidades consumidoras clandestinas, cuja ligação é desligada, ocorrendo assim, a interrupção do fornecimento. Somente de janeiro a maio deste ano, foram detectados 1.175 consumidores clandestinos no estado.

De acordo com Duarte, das 6.000 inspeções feitas por mês na grande Maceió, em 58,69% das unidades con-sumidoras visitadas são encontradas algum tipo de irregularidades. “Como nosso estado não é muito industrializa-do, nós temos uma quantidade de con-sumidores residenciais muito grande, mas proporcionalmente a energia que é desviada das residências é menor, que a energia desviada em irrigação, por exemplo. A gente pode afirmar que o maior volume de energia que nós te-mos hoje em perdas elétricas está na área de irrigação”, destacou o gerente.

Não tem distinção entre rico e po-bre quando o assunto é furto de ener-

gia elétrica, em suas variáveis, como fraude e ligações clandestinas. Segun-do informações de Givanildo Duarte, proporcionalmente falando, a quanti-dade de irregularidades encontradas na periferia de Maceió é a mesma identificada em qualquer área nobre da capital, seja ela na orla ou nos con-domínios de luxo. A única diferença é que na área nobre, existem menos ligações clandestinas pelas dificulda-des. Já na periferia, as redes são mais vulneráveis e existem muitas unida-des consumidoras em pouco espaço, o que facilita a conexão irregular na rede elétrica.

“Isso mostra que é uma questão cultural e não necessidade. Não é a classe social. As pessoas furtam por-que a índole delas não é boa. Nós encontramos pessoas que moram na periferia, que recebem o benefício da tarifa social, que o governo chega a pa-gar 90% da conta, e elas pagam pouco pela energia consumida e não furtam. Mas existem outras pessoas nas mes-mas condições que furtam energia. Então, não é classe social, é índole. Não encontramos nenhuma pessoa que tenha justificado que furtou ener-gia por necessidade”, revelou.

REGULARIZAÇÃOE QUALIDADEEm Alagoas, uma boa parte dos

problemas detectados durante as ins-peções são regularizadas todos os me-ses. Quando há uma regularização, em 100% dos casos melhora a qualida-de de energia para quem estava usan-do de maneira clandestina, e também, para quem está em seu entorno. “Há benefício direto para as pessoas, a gente reduz o risco de acidentes”, lem-brou Givanildo Duarte.

Como os furtos de energia aconte-cem em todos os níveis sociais no esta-do e principalmente na capital, a área nobre é o primeiro alvo da Eletrobras. As fiscalizações nessa área resultam

em um número maior de redução de perdas, receita maior no menor espaço de tempo. Porém, as camadas menos favorecidas não são esquecidas.

“Têm programas específicos finan-ciados pelo Banco Mundial para regu-larizar esses consumidores que moram na periferia. Para eles, há uma série de benefícios. Primeiro porque muitos não têm instalação regular de ener-gia. E como eletricidade é o primeiro serviço que chega, antes da água e do esgoto para muitos, eles passam a ter seu primeiro comprovante de residên-cia. O valor da conta é um peso muito grande para eles. A maioria dos que hoje estão em grotas são cadastrados no Bolsa Família e em outros progra-mas sociais, e por isso, eles têm direito a tarifa social e podem pagar até 10% da conta. Esse desconto pode ser de até 100% para indígenas e quilombo-las”, explicou.

O gerente de Medição e Combate às Perdas esclareceu ainda que é fei-to um trabalho de sensibilização dos consumidores para que eles se regula-rizem e funcionários da distribuidora de energia vão até as residências para fazer os cadastros das famílias e mos-trar que a qualidade da energia deles melhora com a regularização do ser-viço. “Com uma ligação clandestina, o morador não tem nem como ligar para a Eletrobras e reclamar, porque ele não tem o código único”, lembrou.

INSPEÇÕES COMAPOIO DA POLÍCIAPara fazer a leitura dos medido-

res de energia elétrica, os técnicos não têm dificuldades, mas quando o assunto é inspeção é fundamental o apoio da polícia e do Ministério Públi-co Estadual (MPE) para que o serviço seja realizado, diante da resistência de muitos moradores.

“Sem o apoio desses órgãos não te-ríamos como fazer, porque estamos no estado mais violento do país e comba-

A Eletrobras Distribuição Alagoas não produz energia elétrica, toda a energia que é disponibilizada aos ala-goanos é comprada no Mercado Aber-to Energia (MAE), por meio de leilão, com a participação de todas as 64 em-presas de distribuição do país, para serem consumidas ao longo dos anos.

Alagoas compra por mês 394 GWh (gigawaltts por hora) e a energia che-ga ao estado pelas linhas da Compa-nhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf).

PERIGO OCULTO“Corremos risco de tomar um cho-

que elétrico o tempo todo e quando chove a situação fica ainda pior por conta das gambiarras. Mas fazer o que, se não temos para onde ir?”, de-sabafa uma moradora da Favela do Dique Estrada, em Maceió. Dona Cí-cera Bernardo mora com o seu esposo

Em março deste ano, Antônio Dó-ria dos Santos, de 65 anos, foi vítima da própria armadilha. Cansado de ser assaltado, ele resolveu por conta própria e sem experiência alguma montar um artefacto para os ladrões de seu barraco, onde vendia lanches na parte alta de Maceió. No entanto, ele se enroscou na fiação e morreu eletrocutado após também receber uma descarga elétrica.

ter furto aqui, seria muito difícil sem esse apoio. A quantidade de ameaças na periferia e área nobre é muito gran-de. E também há oferta de propina. Nossa premissa é que não há no Es-tado de Alagoas um medidor que seja imune à inspeção. Até hoje não houve um medidor que queríamos inspecio-nar e que não foram fiscalizados”, ga-rantiu.

ASCOM ELETROBRAS

ASCOM ELETROBRAS

SANDRO LIMA/ARQUIVO

prejuízo de todos

Uma cena chocante do mesmo modo chamou a atenção de transeuntes na Avenida Comendador Leão, no bairro do Poço, em Maceió. O pedreiro José Maurício da Silva (foto), que presta-va serviço em um galpão, se despôs a tentar fazer uma ligação clandestina no poste e também faleceu.

Totalmente despreparado, sem lu-vas, capacete e escada de fibra (isola-mento sem metal), talvez, José Mau-rício tenha morrido sem mesmo ter noção dos riscos que estaria sofrendo ao alcançar a fiação daquele poste.

há mais de um ano naquela localidade e soma as estatísticas do último Cen-so divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com a análise dos dados do Censo, aproximadamente 120 mil pessoas vivem em favelas e grotas na capital alagoana, representando 10% da população da cidade. Morado-res que se quer dispõem de recursos básicos para sobreviver, como ener-gia elétrica, saneamento e água, por exemplo.

Sem ter para quem recorrer, a al-ternativa mais próxima é “caçar” um fio de alta tensão que passa por ali por perto do barraco. Dona Madalena Santos Oliveira é outra moradora da Favela do Dique Estrada, que conta que por pouco não perdeu o neto de 7 anos para um choque elétrico.

Isso mesmo, ela conta que foi na hora do almoço que o garoto sentou ao lado de um fio desencapado que leva-va energia para a geladeira de casa e por um triz seu neto não veio a óbito.

“Considero como sendo um mi-lagre a vida dele. Nós presenciamos a morte bem de perto, mas graças a Deus ele voltou”, disse Madalena em um misto de tristeza e alegria. “Foi um susto muito grande para nós, mas a gente quer ter ‘gatos’ [ligação clan-destina] dentro de casa para poder sobreviver e acaba se submetendo a riscos invisíveis”, reconheceu.

Cícera Bernardo comentou com tristeza que um jovem acabou per-dendo a vida por conta das gambiar-ras dentro de um barraco daqueles. “O rapaz foi ligar o DVD e recebeu uma descarga elétrica e faleceu”, la-mentou.

Eletrobras registrou perda de R$ 136 milhões com o resultado de fraudes e ligações clandestinas em Alagoas; dano também para o Estado, que deixou de arrecadar R$ 24 milhões de ICMS, em 2014

MACEIÓ - DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015 CIDADES 11MACEIÓ - DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015CIDADES10 TRIBUNAINDEPENDENTE TRIBUNAINDEPENDENTE

ANA PAULA OMENAANDREZZA TAVARESREPÓRTERES

As fraudes e os furtos de ener-gia elétrica, dentre elas as ligações clandestinas, consi-

deradas ‘comuns’ em Alagoas, são perdas administrativas que a Eletro-bras Distribuição Alagoas tem que lidar dia a dia. Somente em 2014, a concessionária deixou de receber R$ 136 milhões em energia elétrica con-sumida de forma irregular. Estima-se que 14,57% das perdas (mais de 50% dos 24,57% registrado) são oriundas de fraude, furto, além de dificulda-de de leitura ou ligação clandestina.

De acordo com o gerente de Medição e Combate às Perdas da Eletrobras, Givanildo Duarte, as perdas não são apenas um problema de dificuldades de receita da distribuidora de energia elétrica, mas também do Estado, que somente no ano passado, perdeu R$ 24 milhões em Imposto sobre Circu-lação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) que deixaram de ser recolhido e repassado ao Governo de Alagoas.

As perdas são a diferença entre a energia que entra no Estado e a que é faturada. “Esse prejuízo a sociedade sente pelo ICMS que não é recolhido, e interfere também em nossa capacida-de de investir no sistema”, salientou Duarte, informando ainda que, a Ele-trobras está com uma série de ações para baixar ainda mais suas perdas.

Embora as ligações clandestinas e fraudes sejam consideradas furtos, Givanildo Duarte explicou, que a frau-de acontece quando um consumidor regular tem cadastro padrão de entra-da regular, mas adultera o medidor ou faz um desvio, uma ligação no ramal de entrada antes da medição, desvian-do parte dessa carga. Já as ligações clandestinas ocorrem quando as uni-

Furto de energia, SANDRO LIMA

De acordo com a Eletrobras, as ligações clandestinas são responsáveis por boa parte dos problemas de oscilação de energia elétrica; somente de janeiro a maio deste ano, a distribuidora detectou 1.175 consumidores nessa situação

SANDRO LIMA

ASCOM ELETROBRAS

SANDRO LIMA

ASCOM ELETROBRAS

Cícera Bernardo mora em um barraco de madei-

ra e teme perigos invisíveis com energia elétrica

Muitas irregularidades são encontradas durante

visitas para verificar oscilações de energia

Madalena conta o tremendo susto que levou

após neto tomar choque em fio desencapado

O RUBRO-NEGRO QUE JÁ ERA

Assim que começou a se entender por gente, o Ansaldo Calixto optou por ser torcedor do Clube de Regatas Flamengo. Influência da família, toda

ela rubro-negra, a partir do tetravô, seu Herodes, que já bateu as botas há décadas. Na medida em que o tempo foi passando Ansaldo foi ficando cada vez mais fanático pelo time. Coisa de louco. Até do coração o cara pas-sou a sofrer. A ponto do seu cardiologista, doutor Cid Célio Cavalcante, certo dia, adverti-lo: - Você tome cuidado com esse seu coração, rapaz! Ele poderá não suportar prolongados picos de pressão, principalmente depois de cada partida do seu Flamen-go! E ele, ousado e desafiador: - Ah, doutor Cid, o senhor diz isso porque é torce-dor do Fluminense. E todo torcedor do Fluminense morre de inveja da galera rubro-negra. - Estou apenas lhe abrindo os olhos, tanto como médico, quanto como amigo... – completou o cardiolo-gista. - S’imcomode não, doutor. Este velho coração vermelho e preto é forte por demais da conta barra! Fortíssimo! Depois dessa conversa com o esculápio, Ansaldo sofreu pelo menos umas dez ameaças de infarto, mas, obstinadamente irresponsável, se achava superior a qualquer doençazinha coração. Isso, ele manifestou perante sua dedicada e preocupadíssima esposa, dona Solineuza: - Vou te contar uma coisa, mulher... do jeito como a medicina está tão evoluída, doença de coração, hoje em dia, não constitui mais problema, tá me entenden-do? - Mas o doutor... - O doutor tá por fora, mulher. Será que ele quer saber mais do meu coração do que eu? Eu é que sei! Os dias voaram. Até que chegou aquele fatídico jogo do Flamengo contra o Fluminense, seu mais tradicional adversário, conforme todo mundo sabe. Nesse dia, logo cedo, “apenas por precaução”, conforme disfarçou, Ansaldo engoliu meio frasco de comprimidos para o coração e outro tanto para o controle da pressão arteri-al. E dona Solineuza, mais apreensiva que de costume: - Meu nego, acho que o melhor pra você é não as-sistir a esse jogo pela televisão... - Mas de jeito nenhum! Tá maluca, mulher? Deixar de ver o meu Flamengo dar a maior surra naquele timezinho mixuruca? Nem morto! Encurtando o barato. Cinco da tarde, Maracanã lotadíssimo, a televisão mostrando para o Brasil e para o mundo, aquela boniteza toda de movimentação das torcidas de ambos os times, e os jogadores sapecando as canelas pra frente. Em casa, diante do aparelho de TV, o Ansaldo dis-farçou mais uma vez, e engoliu o resto do conteúdo dos dois frascos. E começou a tremer. Em dado momento, um atleta do time tricolor cor-reu até a linha de fundo com a pelota no pé, driblou um zagueiro rubro-negro e cruzou para a área, onde se achava o artilheiro-matador Fred, que só fez mandar a redonda para o fundo da rede flamenguista. Gooollll! Ansaldo estatelou-se no chão, pedindo mais comprimidos e um copo d’água, sob a alegação de que estava morrendo. Verdade. Seu coração ameaçava saltar pela boca. - Soc... soc... orro! Traz a bubônica dessa água, mulher! Nesse domingo, o Fluzão estava infernal. No quarto gol que enfiou na rede do Mengão, o Ansaldo já se encontrava nos estertores da morte. Ainda chegou a ouvir o narrador televisivo bradar: - Gooollll! É gol do Fluminense! 5x0! Ansaldo ainda teve forças para protestar: - Eita timezinho safado da peste! Tá pior do que a seleção brasileira! E esticou as canelas.

O COCHILO DO GOLEIRO Antigamente – isso pelos idos de 1945, mais ou menos - , existiu em Maceió uma tal Liga Suburbana de Futebol que costumeiramente promovia com-petições envolvendo times dos bairros mais célebres (Farol, Bebedouro, Bom Parto, Pajuçara, Ponta Grossa, Poço...) Aos sábados e aos domingos, nesses bairros, a negrada torcia a valer. Entre as agremiações que mais se destacaram nas ditas competições, o Alexandria Futebol Clube – que, anos mais tarde, chegou até ser campeão alagoano do bate-bola – mantinha um plantel muito fiel à tradição religiosa do bairro de onde surgiu. Em março de 1950, começando o campeonato do ano, os jogadores do Alexandria resolveram ir à igreja de Nossa Senhora do Bom Parto, para pedir proteção aos poderes divinos. A missa noturna, que era uma novidade, corria nor-malmente quando, de repente, faltou luz na igreja no momento em que o padre Luiz Marinho fazia a leitura de uma passagem bíblica. Ele, então, recomendou aos fiéis que orassem em silêncio até que o problema fosse resolvido. O goleiro do time, um baixinho abusado con-hecido como Ziu, costumeiramente dormia durante as missas. Naquele momento da escuridão, quando todos meditavam em silêncio profundo, ele acordou ataran-tado e gritou: - Cambada de filhos da puta! Foram embora e me deixaram aqui sozinho!

AÍLTON VILLANOVA [email protected]

Eletrobras realiza inspeções regulares para

combater fraudes e ligações clandestinas

dades não são cadastradas e não têm o medidor.

Quem for pego furtando energia pode pegar até oito anos de detenção, de acordo com o artigo 155 do Código Penal.

IMPACTOS NOVALOR DA TARIFAAs ligações clandestinas não cau-

sam prejuízos somente a Eletrobras Distribuição Alagoas, mas ao próprio consumidor, uma vez que o dinheiro que deixou de ser pago com os furtos de energia elétrica, não serão repassa-dos ao Estado para o investimento em políticas públicas, e também não serão investidos na melhoria do sistema de distribuição de energia. Além disso, os riscos de se tomar um choque e até morrer é grande. O número de perdas também tem um impacto no valor da tarifa, e acaba todo mundo pagando tudo.

O gerente de Medição e Combate às Perdas da Eletrobras Distribuição Alagoas, Givanildo Duarte (acima), informou que a responsabilidade le-gal da operadora vai até o medidor de energia, e alerta para os riscos de se contratar um profissional sem qualifi-

cação. “Muitas vezes quando se contra-ta um pedreiro ele faz a parte elétrica e a hidráulica, aí, se a hidráulica der problema, você tem água na sua sala, mas se o problema for a parte elétrica, alguém pode até morrer. Geralmente, as pessoas descuidam disso e muitas vezes a energia não dá uma segunda chance, o primeiro choque pode ser fa-tal”, enfatizou.

As ligações clandestinas são cone-xões feitas na rede, e por não usarem materiais adequados como bitolas e conectores nos cabos, gera o que se chama de ponto quente, que quando começa a esquentar, pode chegar ao ponto do cabo partir e cair no chão, e aí, as consequências podem ser desas-trosas.

QUASE DOIS MILCLANDESTINOSQuando os consumidores regula-

res começam a reclamar de problemas como oscilação ou falta de energia, e a empresa vai verificar a origem do problema, acaba identificando muitas unidades consumidoras clandestinas, cuja ligação é desligada, ocorrendo assim, a interrupção do fornecimento. Somente de janeiro a maio deste ano, foram detectados 1.175 consumidores clandestinos no estado.

De acordo com Duarte, das 6.000 inspeções feitas por mês na grande Maceió, em 58,69% das unidades con-sumidoras visitadas são encontradas algum tipo de irregularidades. “Como nosso estado não é muito industrializa-do, nós temos uma quantidade de con-sumidores residenciais muito grande, mas proporcionalmente a energia que é desviada das residências é menor, que a energia desviada em irrigação, por exemplo. A gente pode afirmar que o maior volume de energia que nós te-mos hoje em perdas elétricas está na área de irrigação”, destacou o gerente.

Não tem distinção entre rico e po-bre quando o assunto é furto de ener-

gia elétrica, em suas variáveis, como fraude e ligações clandestinas. Segun-do informações de Givanildo Duarte, proporcionalmente falando, a quanti-dade de irregularidades encontradas na periferia de Maceió é a mesma identificada em qualquer área nobre da capital, seja ela na orla ou nos con-domínios de luxo. A única diferença é que na área nobre, existem menos ligações clandestinas pelas dificulda-des. Já na periferia, as redes são mais vulneráveis e existem muitas unida-des consumidoras em pouco espaço, o que facilita a conexão irregular na rede elétrica.

“Isso mostra que é uma questão cultural e não necessidade. Não é a classe social. As pessoas furtam por-que a índole delas não é boa. Nós encontramos pessoas que moram na periferia, que recebem o benefício da tarifa social, que o governo chega a pa-gar 90% da conta, e elas pagam pouco pela energia consumida e não furtam. Mas existem outras pessoas nas mes-mas condições que furtam energia. Então, não é classe social, é índole. Não encontramos nenhuma pessoa que tenha justificado que furtou ener-gia por necessidade”, revelou.

REGULARIZAÇÃOE QUALIDADEEm Alagoas, uma boa parte dos

problemas detectados durante as ins-peções são regularizadas todos os me-ses. Quando há uma regularização, em 100% dos casos melhora a qualida-de de energia para quem estava usan-do de maneira clandestina, e também, para quem está em seu entorno. “Há benefício direto para as pessoas, a gente reduz o risco de acidentes”, lem-brou Givanildo Duarte.

Como os furtos de energia aconte-cem em todos os níveis sociais no esta-do e principalmente na capital, a área nobre é o primeiro alvo da Eletrobras. As fiscalizações nessa área resultam

em um número maior de redução de perdas, receita maior no menor espaço de tempo. Porém, as camadas menos favorecidas não são esquecidas.

“Têm programas específicos finan-ciados pelo Banco Mundial para regu-larizar esses consumidores que moram na periferia. Para eles, há uma série de benefícios. Primeiro porque muitos não têm instalação regular de ener-gia. E como eletricidade é o primeiro serviço que chega, antes da água e do esgoto para muitos, eles passam a ter seu primeiro comprovante de residên-cia. O valor da conta é um peso muito grande para eles. A maioria dos que hoje estão em grotas são cadastrados no Bolsa Família e em outros progra-mas sociais, e por isso, eles têm direito a tarifa social e podem pagar até 10% da conta. Esse desconto pode ser de até 100% para indígenas e quilombo-las”, explicou.

O gerente de Medição e Combate às Perdas esclareceu ainda que é fei-to um trabalho de sensibilização dos consumidores para que eles se regula-rizem e funcionários da distribuidora de energia vão até as residências para fazer os cadastros das famílias e mos-trar que a qualidade da energia deles melhora com a regularização do ser-viço. “Com uma ligação clandestina, o morador não tem nem como ligar para a Eletrobras e reclamar, porque ele não tem o código único”, lembrou.

INSPEÇÕES COMAPOIO DA POLÍCIAPara fazer a leitura dos medido-

res de energia elétrica, os técnicos não têm dificuldades, mas quando o assunto é inspeção é fundamental o apoio da polícia e do Ministério Públi-co Estadual (MPE) para que o serviço seja realizado, diante da resistência de muitos moradores.

“Sem o apoio desses órgãos não te-ríamos como fazer, porque estamos no estado mais violento do país e comba-

A Eletrobras Distribuição Alagoas não produz energia elétrica, toda a energia que é disponibilizada aos ala-goanos é comprada no Mercado Aber-to Energia (MAE), por meio de leilão, com a participação de todas as 64 em-presas de distribuição do país, para serem consumidas ao longo dos anos.

Alagoas compra por mês 394 GWh (gigawaltts por hora) e a energia che-ga ao estado pelas linhas da Compa-nhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf).

PERIGO OCULTO“Corremos risco de tomar um cho-

que elétrico o tempo todo e quando chove a situação fica ainda pior por conta das gambiarras. Mas fazer o que, se não temos para onde ir?”, de-sabafa uma moradora da Favela do Dique Estrada, em Maceió. Dona Cí-cera Bernardo mora com o seu esposo

Em março deste ano, Antônio Dó-ria dos Santos, de 65 anos, foi vítima da própria armadilha. Cansado de ser assaltado, ele resolveu por conta própria e sem experiência alguma montar um artefacto para os ladrões de seu barraco, onde vendia lanches na parte alta de Maceió. No entanto, ele se enroscou na fiação e morreu eletrocutado após também receber uma descarga elétrica.

ter furto aqui, seria muito difícil sem esse apoio. A quantidade de ameaças na periferia e área nobre é muito gran-de. E também há oferta de propina. Nossa premissa é que não há no Es-tado de Alagoas um medidor que seja imune à inspeção. Até hoje não houve um medidor que queríamos inspecio-nar e que não foram fiscalizados”, ga-rantiu.

ASCOM ELETROBRAS

ASCOM ELETROBRAS

SANDRO LIMA/ARQUIVO

prejuízo de todos

Uma cena chocante do mesmo modo chamou a atenção de transeuntes na Avenida Comendador Leão, no bairro do Poço, em Maceió. O pedreiro José Maurício da Silva (foto), que presta-va serviço em um galpão, se despôs a tentar fazer uma ligação clandestina no poste e também faleceu.

Totalmente despreparado, sem lu-vas, capacete e escada de fibra (isola-mento sem metal), talvez, José Mau-rício tenha morrido sem mesmo ter noção dos riscos que estaria sofrendo ao alcançar a fiação daquele poste.

há mais de um ano naquela localidade e soma as estatísticas do último Cen-so divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com a análise dos dados do Censo, aproximadamente 120 mil pessoas vivem em favelas e grotas na capital alagoana, representando 10% da população da cidade. Morado-res que se quer dispõem de recursos básicos para sobreviver, como ener-gia elétrica, saneamento e água, por exemplo.

Sem ter para quem recorrer, a al-ternativa mais próxima é “caçar” um fio de alta tensão que passa por ali por perto do barraco. Dona Madalena Santos Oliveira é outra moradora da Favela do Dique Estrada, que conta que por pouco não perdeu o neto de 7 anos para um choque elétrico.

Isso mesmo, ela conta que foi na hora do almoço que o garoto sentou ao lado de um fio desencapado que leva-va energia para a geladeira de casa e por um triz seu neto não veio a óbito.

“Considero como sendo um mi-lagre a vida dele. Nós presenciamos a morte bem de perto, mas graças a Deus ele voltou”, disse Madalena em um misto de tristeza e alegria. “Foi um susto muito grande para nós, mas a gente quer ter ‘gatos’ [ligação clan-destina] dentro de casa para poder sobreviver e acaba se submetendo a riscos invisíveis”, reconheceu.

Cícera Bernardo comentou com tristeza que um jovem acabou per-dendo a vida por conta das gambiar-ras dentro de um barraco daqueles. “O rapaz foi ligar o DVD e recebeu uma descarga elétrica e faleceu”, la-mentou.

Eletrobras registrou perda de R$ 136 milhões com o resultado de fraudes e ligações clandestinas em Alagoas; dano também para o Estado, que deixou de arrecadar R$ 24 milhões de ICMS, em 2014

TRIBUNAINDEPENDENTEMACEIÓ - DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015CIDADES 12

Sonhos eróticos, muitos significadosDe acordo com terapeuta sexual, eles podem falar de desejos, fantasias não concretizadas, insatisfações, tabus e preconceitos

Num cenário exótico, totalmente seduzida por aquele homem

sexy e misterioso, você se entrega sem medo e o sexo pega fogo. Mas de repente, a imagem fica mais nítida e o rosto dele ganha con-tornos até se transformar na figura do seu chefe. O susto é grande e o alívio só chega quando você acorda e se dá conta de que tudo não passou de um sonho.

Quando isso acontece, é difícil não ficar pensando o dia inteiro no significado desse sonho. “Será um re-cado do inconsciente para mim?”, você se pergunta.

Tudo fica ainda mais es-tranho se para você aquele homem nunca foi visto como objeto de desejo.

Antes de ficar se ator-mentado com isso e pensar em pedir demissão, é preciso entender que nenhum sonho tem caráter premonitório, muito menos deve ser enten-dido literalmente.

“O significado de um so-nho só pode ser compreendi-do se você analisá-lo dentro da história e do momento de vida de cada um”, explica a terapeuta sexual Fátima Protti.

“No exemplo citado, o so-nho pode expressar apenas o desejo de viver um romance, uma fantasia sexual, uma sedução, não necessaria-mente com aquela pessoa”, acrescenta Fátima.

A psicanalista Cecilia Orsini, membro da Socieda-de Brasileira de Psicanálise de São Paulo, explica que apesar do pai da psicanalise Sigmund Freud ter desen-volvido um sistema efetivo

de interpretação, esse mé-todo não pode ser utilizado de maneira generalista. “A chave para entender o sonho é o próprio sonhador. Duas pessoas podem ter sonhos iguais com significados bem diferentes”, pondera Cecilia.

Um sonho erótico pode ter uma longa lista de sig-nificados, de acordo com Fátima. “Eles podem falar de desejos, fantasias não concretizadas, experiências vividas, insatisfações, di-ficuldades sexuais, tabus, preconceitos”, exemplifica a terapeuta sexual. “Às vezes são memórias de um filme a que assistimos, um conto que lemos com potencial eró-tico, reflexos do cotidiano”, continua a especialista.

Mesmo tendo um signi-ficado particular para cada pessoa, o sonho envia sem-pre algum tipo de recado do nosso inconsciente para nós, segundo Cecilia. “Nós temos uma espécie de freio quan-do estamos acordados, uma censura das questões que reprimimos”, interpreta a psicanalista, que acrescen-ta: “Quando estamos dor-mindo, é como se essa cen-sura também cochilasse por um tempo, liberando essas repressões”.

Num processo terapêu-tico, Cecilia ajuda seus pa-cientes a entender o signifi-cado dos sonhos por meio de associação de ideias. “Cada detalhe é importante. O pa-ciente vai relacionar cada elemento do sonho ao seu cotidiano, ao seu histórico de vida. A associação vai abrindo janelas de entendi-mento”, conta a psicanalis-ta.

REPRODUÇÃO INTERNET

Sonhos enviam sempre um tipo de recado do inconsciente

De saída

O vereador por Palmeira dos Índios, Júlio Cesar (PSDB) está deixando o partido após desentendimentos com o diretório municipal. As conversas com outros partidos estão acontecendo

frequentemente, no entanto, ele ainda não quer dizer qual o seu futuro. Inclusive, deixa em aberto se disputará uma reeleição ou se pode sair em campanha para a prefeitura de Palmeira dos Índios.

Sem mágoas

Júlio Cesar informa ainda que não continuará no PSDB, porém, nutre um

grande respeito pelo partido, principalmente, porque recebeu do ex-governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) apoio e estrutura quando disputou o governo do estado no ano passado. Júlio mantém contato

com o ex-governador e espera ainda que o PSDB não tente tomar o seu mandato.

É guerraA guerra particular do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) com a presidência da República pode travar os trabalhos desempenhados pelos deputados federais alagoanos. A maioria deles votou em Cunha para presidir a Câmara dos Deputados com o intuito de ter projetos aprovados em plenário. Agora, com a guerra praticamente declarada, os parlamentares terão que votar o que for colocado em pauta pelo ‘todo poderoso’.

ForteO nome do superintendente da SMTT em Maceió, Tácio Melo, é con-siderado um dos mais fortes para a disputa de uma das vagas para a Câmara de Vereadores. Melo, apesar de saber das fortes críticas que a SMTT recebe diariamente, tem sido bastante elogiado nas comunidades e seus líderes comunitários em Maceió.

Ao ataqueO prefeito Rui Palmeira (PSDB), alvo de contestações por causa de sua gestão em Maceió, bateu de frente com os médicos que atuam em Maceió. Disse, inclusive, que muitos deles dão expediente em outros municípios e até em outros estados. As palavras do prefeito não soaram muito bem aos ouvidos da categoria, que promete respostas.

Mudou o tomA ocupação da Secretaria da Fazenda na última semana mostrou que apesar de o canal de negociação com os servidores estar aberto, o tom mudou. A Sefaz repudiou o ato da Central Única dos Trabalhadores (CUT/AL), na manhã de sexta-feira (17) fechou as portas do prédio sede da Sefaz com cadeados, impossibilitando suas atividades. “Esse ato arbitrário e antidemocrático trará sérios prejuízos para o Estado de Alagoas, pois o não funcionamento da Sefaz terá um impacto negativo na arrecadação de tributos e no pagamento de obrigações do Estado, como pagamentos de INSS e das dívidas, que irão correr multas e juros, e transferências de recursos para os municípios e órgãos dos poderes judiciário e legislativo, inclusive, se persistir, poderá comprometer o pagamento dos salários dos servidores”, informou a Sefaz.

OportunidadeA Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal) realiza na próxima semana, entre os dias 21, 22 e 23 de julho, reuniões com veterinários - oficiais e credenciados - com a finalidade de incen-tivar a vacinação contra a brucelose de bezerras com idade de três a oito meses. Os encontros serão realizados em Maceió, no auditório da Cooperativa de Produção Leiteira de Alagoas, no Parque da Pecuária e nas cidades de Arapiraca e de Santana do Ipanema, nos escritórios locais da Emater, no horário das 14h às 16h.

Nas contasNa próxima segunda-feira, 20 de julho, as prefeituras brasileiras irão receber R$ 559.908.155,28 do Fundo de Participação de Municípios (FPM). O montante diz respeito ao segundo decêndio do mês de julho deste ano e já desconta a retenção do Fundo de Manutenção e Desen-volvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Em valores brutos, com a inclusão da retenção do Fundo, o repasse é de R$ 699.885.194,10. Em comparação com o segundo decêndio de julho do ano passado, a CNM destaca que houve uma expansão de 2,1%, em termos reais. Os cálculos realizados pela área de Estudos Técnicos levam em conta a inflação do período.

[email protected]

CidadesemFocoROBERTO BAIA

PRAZER

Sonhos podem provocar orgasmos

Muitas pessoas têm so-nhos eróticos que se repetem mais de uma vez ou se tornam recorrentes. Nestes casos, Fátima considera que essa repetição pode significar que existe no sonho algum conteú-do importante que precisa ser reconhecido e que merece ser analisado pela via da cons-ciência. “Para serem signifi-cativos, no entanto, os sonhos têm que gerar sentimentos, como culpa, vergonha e pra-zer. Ou provocar sensações de desconforto, ansiedade e per-turbação”, analisa a terapeu-ta sexual.

Recorrentes ou não, os sonhos muitas vezes são tão realistas que podem ter con-sequências bem práticas, como provocar um orgasmo. “E o prazer pode ser bem in-tenso nessa hora. É muito comum nestes casos que a pessoa não se recorde inte-gralmente do que sonhou ou até não lembre nada”, revela Fátima.

SEM PESADELOSA professora da psicologia

da Universidade de Mary-lhursth (EUA), Gillian Hollo-way, diz que não devemos nos assustar com um sonho, mesmo que ele seja muito surpreendente e revele lados nossos que nunca imagina-mos. “Muitas vezes você só percebe o que quer quando visualiza a situação”, aponta Gillian, autora do livro “Ero-tic Dreams - The Secret to Understanding Women’s Hi-dden Passions” (Sonhos Eró-ticos – O Segredo para Enten-der os Desejos Secretos das Mulheres), ainda não lançado no Brasil.

Gillian lembra ainda que te-mos muito mais facetas do que imaginamos. “Algumas vezes, encontramos situações, pes-soas ou mesmo sonhos que nos alertam que podemos mais”.

NIGEL SANTANA – [email protected]

* Na próxima terça-feira (21) será realizada uma reunião com os aposentados e pensionistas do IAPREV do município de Pão de Açúcar, no auditório João Lisboa, da Unidade Municipal de Ensino Bráulio Cav-alcante, antigo Ginásio Dom Antonio Brandão.

* Aproximadamente 290 pessoas ficam sem atendimento nas agên-cias do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) de Santana do Ipanema e São José da Tapera, desde o início da greve dos servidores. Todas as agências do Sertão aderiram à greve, a exem-plo de Ouro Branco, Piranhas, Delmiro Gouveia e Pão de Açúcar.

* Secretária de Saúde do Estado, Rozangela Wysomirska, recebe pre-feita Juliana Almeida para discutir a consolidação da regionalização da saúde na região. Para a prefeita, as políticas do Estado unidas as dos municípios, trará grandes benefícios à população.

* Magistrados e servidores do Poder Judiciário de Alagoas passar-am a ter acesso, a partir desta sexta-feira (17), a biblioteca digital com livros, periódicos, códigos e vídeos da área jurídica, disponi-bilizados pela Editora Fórum, de Belo Horizonte. A ferramenta, já utilizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Superior Tribunal de Justiça (STJ), Ministério Público Federal (MPF) e Tribunal de Con-tas da União (TCU), contribuirá com a produtividade e trará maior segurança às pesquisas.

Um carro por R$ 7 mil. E zero quilômetro!Mais barato aqui é quase o dobro dos dez mais baratos do mundo

Que tal comprar um carro por pouco mais de dois mil dólares? É

isso o que custa o primeiro colocado na lista dos carros mais baratos do mundo, se-gundo a Jato Dynamics. O Nano, da marca indiana Tata (dona do grupo Jaguar Land Rover) custa US$ 2.231,00 (cerca de R$ 7.140,00). É o preço de uma moto de 150cc no Brasil. A Honda CG custa R$ 7 mil.

Lançado em 2008, o Nano recebeu mudanças este ano, mas mantém a proposta da montadora de ser vendido sempre abaixo dos US$ 2,5 mil. Tem 3,043m de compri-mento e pesa 600 kg, capaci-dade para quatro pessoas e tanque de 15 litros.

O motor é um 0.6 litro de dois cilindros a gasolina que leva o pequeno a 110 km/h e faz 22 km por litro (cidade/estrada).

Os dez mais baratos do mundo (que custam de US$ 2,2 mil a US$ 4,5 mil) são a prova de que é possível ven-der um carro a um preço bem inferior do praticado no Brasil, onde o modelo mais barato, o Clio, custa quase o dobro: R$ 27,8 mil.

O TT, da chinesa Jiang-nan, é o segundo mais ba-

rato do mundo, vendido a US$ 3.348,80 e o Alto 800 é o terceiro. Fabricado pela chi-nesa Maruti, ele custa US$ 3.754,80.

Oito dos dez mais baratos são chineses.

Todos os 15 mais baratos do mundo são fabricados em apenas três países: China, Índia e Rússia. Nesse aspec-to, como se vê, o Brasil não se alinha com seus parceiros dos Brics.

FABRICANTESTreze deles são carros de

empresas chinesas, russas ou indianas; um é da Hyun-dai, o Eon, que custa US$ 4.549,00, e outro da Nissan, o Micra, vendido por US$ 5.340,37.

Fica a pergunta: por que essas duas montadoras, que têm fábrica no Brasil, não produzem aqui os seus carros verdadeiramente populares? Se o atual comprador do car-ro de entrada não compraria um míni carro, certamente o produto teria boa penetração num segmento de menor po-der aquisitivo.

CARGA TRIBUTÁRIAA alta carga tributária

brasileira não explica, sozi-nha, a grande diferença de preço entre os mais baratos do mundo e os mais baratos

feitos no Brasil.O mais caro da lista, o

Tata Indica, custa menos (US$ 6.156,90) do que o car-ro mais barato vendido no Brasil.

Mas não são apenas os in-tegrantes dos Brics que têm carros mais baratos que no Brasil: Alemanha, Áustria e Canadá ganham do Brasil quando o assunto é preço, conforme pesquisa da Jato.

CANADÁO mais barato do Cana-

dá é o Nissan Micra, custa US$ 7.919,00 (R$ 25.350,00) e no Chile é o JAC J2, ven-dido por US$ 6.453,00 ou R$ 20.650,00. No Brasil o carro não tem a versão 1.0 vendida no Chile. O J2 1.4 custa aqui R$ 38.900,00

O México tem pelo menos três carros mais baratos que no Brasil e um deles, o Mar-ch 1.6, fabricado e vendido aqui, custa lá o equivalente a R$ 25,5 mil e aqui R$ 38 mil.

O mais barato da Alema-nha é o Sandero, que custa US$ 7.630,00 ou cerca de R$ 25 mil, com motor 1.0. No Brasil o Sandero mais barato é a versão de 1.0, que custa R$ 31 mil. O mesmo carro, com motor 1.2 é o mais bara-to da Áustria: US$ 8.405,00 (R$ 25,2 mil).

Nano, da marca indiana Tata (dona do grupo Jaguar Land Rover) custa US$ 2.231,00 (cerca de R$ 7.140,00); preço de uma moto de 150cc no Brasil

NO SEMESTRE

Regularização de dívidas tem queda de 4,86%De acordo com os dados

do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), o Indicador de Recuperação de Crédito teve uma que-da de 4,87% no acumulado dos seis primeiros meses de 2015, em comparação com o

mesmo período do ano pas-sado.

O número mostra que a situação da economia com in-flação elevada, altas taxas de juros e aumento do desem-prego reflete cada vez mais no orçamento dos consumi-dores e uma das principais consequências é a dificulda-

de encontrada para quitar as contas em atraso.

Na variação anual, ou seja, em relação ao mesmo mês do ano passado, o indi-cador recuou 5,91% em junho - a quinta queda consecutiva.

Segundo a economista-chefe do SPC Brasil, Marce-la Kawauti, a desaceleração

econômica impacta rápida e diretamente na regulariza-ção de dívidas pelos brasi-leiros: “O cenário econômico afeta fortemente a renda das famílias e isso dificulta a re-cuperação de crédito por par-te das empresas credoras.”

SEM AVANÇONa comparação com maio

de 2015, o número de pesso-as inadimplentes que regu-larizaram suas pendências aumentou 4,25%. Ainda assim, essa variação não re-presenta um avanço da eco-nomia, já que não compensa as consecutivas quedas do início do ano.

“Mesmo com o ajuste fis-

cal e medidas implementa-das visando a retomada do crescimento econômico, o ce-nário a médio e longo prazo ainda é incerto”, diz Kawa-uti. “Agora é hora do consu-midor economizar dinheiro para imprevistos, organizar seu orçamento e evitar novas dívidas”, conclui.

MACEIÓ - DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015 ECONOMIA 13 TRIBUNAINDEPENDENTE

EconomiaBanco do Brasil renegocia R$ 1 bilhão em dívidas pela internetO Banco do Brasil conseguiu renegociar mais de R$ 1 bilhão de dívidas em atraso por meio da internet. Mais de 100 mil clientes, entre empresas e pessoas físicas, fizeram a renegociação por meio da ferramenta online, lançada há 10 meses. O banco também pretende ampliar a ferramenta para permitir a renegociação de dívidas que não estão em atraso. A ideia é fazer a ampliação no final de setembro. Segundo vice-presidente de Controles Internos e Gestão de Riscos, Walter Malieni Júnior, 50% dos clientes que entram no portal de renegociação estão adimplentes.

MACEIÓ - DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015 ECONOMIA 15MACEIÓ - DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015ECONOMIA14 TRIBUNAINDEPENDENTE TRIBUNAINDEPENDENTE

Sara diz que medo deve ser enfrentado, assim como ela fez após doença do marido: trabalho pode ser a solução

Cledja começou como serviços gerais em salões de beleza, mas cabelereira tinha um sonho e fez acontecer; hoje se orgulha de seu centro de estética e quer avançar muito mais

Elas são mais que donas de casa:são empreendedoras de sucessoREPORTAGEM: ANA PAULA OMENAFOTOS: SANDRO LIMA

A habilidade da mulher de cuidar dos filhos, da casa, do marido, traz consigo um dom natural do saber administrar, do saber des-

viar das pedras, de se virar, de fazer cada coisa no seu tempo. E, é por isto, que o empreendedorismo feminino tem ganhado asas e alcançado voos ainda mais altos no Brasil. Em Alagoas, o cenário não é dife-rente.

O Portal Tribuna Hoje conversou com mulheres empreendedoras em Alagoas que romperam o medo e seguiram deter-minadas a vencer, na busca da realização dos seus sonhos, destemidas, desafiadas muitas vezes, mas nem um pouco preocu-padas em desistir, aliás, esta palavra para elas não existe no dicionário.

Dados mostram que as mulheres têm buscado formalizar o seu negócio e mais capacitação, elas também procuram supe-rar o machismo, e muitas vezes fazem o papel do homem sendo chefe da família, contribuindo 100% com a renda da casa.

DONASEntre 2002 e 2012, o número de Donas

de Negócio no País cresceu 18%, passando de 6,1 milhões para 7,2 milhões de pes-soas. Nesse mesmo período, o número de Donos de Negócio no País cresceu apenas 8%, passando de 14,8 milhões para 15,9 milhões de pessoas.

Uma pesquisa apresentada em feve-reiro deste ano pelo IBGE - Instituto Bra-sileiro de Geografia e Estatística mostra que a participação relativa das mulheres com negócio cresceu de 29% em 2002 para 32% em 2009, permanecendo próximo a 31% nos anos de 2011 e 2012.

Durante os últimos 10 anos, o número de Donas de Negócio se expandiu em 1,1 milhão de pessoas. A pesquisa observa que a tendência de aumento da participa-ção das mulheres como Donas de Negócio deve continuar nos próximos anos.

De acordo com o diretor do Sebrae - Ser-viço de Apoio às Micro e Pequenas Empre-

sas em Alagoas, Marcos Vieira, 54% das empresas individuais são de mulheres à frente do negócio e 51,8% dos novos negó-cios na região Nordeste são de mulheres.

Segundo ele, a modernização e a evo-lução da sociedade rompem com o precon-ceito de que: mulher nasceu somente para cuidar de casa, filhos e marido. “Hoje elas ajudam na contribuição da renda de forma totalmente independente. As mulheres têm qualidades inerentes ao gênero e os homens seguem estimulando, isto é, sendo parceiros”, ressaltou.

No Brasil, 33,5% dos empreendedores usam salto alto e batom.

A fachada do prédio não revela, mas no interior de um dos 48 apartamentos existe um negócio comandado por uma mulher que é bastante lucrativo na capital alagoa-na. Foi a necessidade, que transformou a cozinha do lar de dona Sara Nascimento, de 54 anos, o seu local de trabalho.

O SUCESSOO sucesso veio há três anos e não parou

mais. Ela conta que a ideia de cozinhar em casa não é nova, mas ganhou peso quan-do seu esposo teve um problema de saúde. “Tive que arregaçar as mangas e colocar o plano em prática, virei chefe de família, e com os filhos adolescentes não perdi tem-po, comecei a trabalhar na cozinha de casa primeiramente com marmita, depois com o pão de mel”, explicou.

Logo depois veio a iniciativa de habi-litar a sua ideia e surgiu assim a Maria do Pão de Mel. A empreendedora Sara, procurou o Sebrae - Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Alagoas, para formalizar sua empresa e contou com a disposição de pessoas que a orientaram em toda a sua trajetória.

Para ela, a consultoria do Sebrae foi fundamental para tocar o barco em meio as dificuldades de cuidar da casa, do ma-rido doente, dos filhos, e ainda trabalhar duro para o sustento da família.

Mas, ela não desistiu e incutiu na men-te que qualquer mulher pode ser mais que dona de casa, e caiu em campo em busca dos seus ideais.

“Passei por várias dificuldades, porém nunca pensei em parar, desistir. Sempre fui uma mãezona e queria algo que pudes-se fazer em casa mesmo, gosto de cozinhar e daí veio a ideia de empreender neste sentido. Hoje meu pão de mel faz sucesso e tenho orgulho disso, porque minha receita é exclusiva, em meio a uma concorrência tão grande”, observou.

Maria do Pão de Mel, a Sara, diz que não quer parar, que não se ver fazendo ou-tra coisa na vida.

“Trabalho por enquanto com encomen-da apenas, mas busco voos mais altos, pretendo abrir uma loja de pão de mel e sobremesas. Apoio é o que nunca me fal-tou; meus filhos e meu esposo sempre me ajudaram, e a mulher não pode ter medo, o medo paralisa, o medo deve ser enfren-tado, a mulher tem que ser persistente, se tem um dom ou um sonho tem mesmo é que ir atrás dele”, reforçou.

Ela frisou que a falta de tempo não é desculpa para a mulher empreendedora, e que sobra sim, tempo todos os dias até mesmo para a sua caminhada. “A mulher empreendedora, além de ser mãe, esposa e do lar, também tem que cuidar da sua saúde e da beleza, sempre sobra tempo, dá tempo, é só querer”, destacou.

BELEZA DE CLEDJAOutra história de vida que chama a

atenção é a da cabelereira Cledja Louren-ço, de 40 anos, ela é mais uma das mu-lheres, dona do próprio negócio, e que deu certo na capital alagoana.

No entanto, ela faz uma pausa duran-te a entrevista e conta emocionada que a sua vida não foi tão fácil; crescer e realizar o sonho de ser empreendedora geraram muitas lágrimas, mas ela acreditou que podia, que faria acontecer, e fez.

Fruto de uma adoção, Cledja diz que sua infância foi difícil, que teve que co-meçar a trabalhar logo cedo, e escolheu os salões de beleza como a sua primeira opor-tunidade de conhecer o mercado estético.

“Aos 13 anos tive que procurar um tra-balho, porque meus pais adotivos eram ca-rentes e a gente passava necessidade. Fui

servir nos salões de beleza, fazia limpeza, e aproveitava para observar as cabeleirei-ras, gostei tanto que aos 17 anos comecei a praticar e atender a domicílio as clientes”, relatou emocionada.

Para a cabelereira, não tem essa de di-zer que mulher nasceu para ser somente dona de casa. Cledja afirma que se a mu-lher souber dividir seu tempo, faz todos os afazeres domésticos, cuida dos filhos, do marido e ainda sobra para cuidar dela.

“Falta de tempo não é desculpa para a mulher que busca abrir o seu próprio ne-gócio. Filhos, marido e as coisas de casa não são empecilho para quem quer traba-lhar de verdade, sempre há tempo para tudo, basta apenas saber administrá-lo”, defendeu.

A cabeleireira não se intimida em afir-mar que assume 100% das despesas de sua casa, e ela não está sozinha.

Dados da pesquisa realizada pelo Se-brae intitulada “Os Donos de Negócio no Brasil: análise por sexo (2002 - 2012)” di-vulgada este ano, tendo como fonte de in-formação, - os dados disponíveis na última Pesquisa Nacional por Amostra de Domi-cílios (PNAD) do IBGE, referente ao ano de 2012, - revelaram que em 2002 havia 1,668 milhão de Donas de Negócio chefes de domicílio, número que subiu para 2,842 milhões em 2012 (expansão de quase de 1,2 milhão de Donas de Negócio chefes de domicílio).

Cledja tem duas filhas, uma de 14 anos e outra de 20, e enfatiza que elas não cor-rem o risco de passarem pela mesma si-tuação que a sua. “Graças ao meu esforço e muito trabalho, hoje elas têm tudo; a mais velha já está fazendo enfermagem numa faculdade particular, e a menor estuda em escola privada”, frisou com orgulho.

“Vou morrer trabalhando, antes fa-zia por necessidade, mas acabei aliando a satisfação e a gratidão, hoje faço meu trabalho por amor. A mulher empreende-dora não tem como não ser vitoriosa, mas sabemos que este mérito só é conquista-do com muita luta, batalha e coragem”, acrescentou.

HISTÓRIA

Sara é a “Maria do Pão de Mel” com a mão na massa

SEBRAE

CUIDADOSA, MULHER SEMPRE BUSCA MAIS CAPACITAÇÃOE INFORMAÇÕES

O GEM demonstra o crescimento, e indica que a mulher busca mais capacitação. Silvia Chamusca exemplifica que, o homem quando vai abrir uma empresa, ele leva apenas o co-nhecimento dele; diferente da mulher, que por uma questão cultural, age com cautela, busca mais apoio, busca se preparar mais para abrir um negócio.

“A procura por capacitação é maior de mu-lheres. Elas voltam ao Sebrae para buscar orientações. Comércio e serviços têm maio-res procuras. Elas começam inicialmente em casa, na informalidade, trabalhando entre a casa e o cuidar dos filhos, no entanto não pa-ram se expandem”, frisou a gerente do Sebrae.

Chamusca destaca centenas de histórias de superação de mulheres que não desistiram em meio aos tropeços da vida. Ela contou um caso em que a mulher empreendedora ao via-jar para receber um prêmio de destaque em Brasília, o marido não gostou o holofote em cima dela e pediu a separação.

“Elas podem e podem muito. Conciliar ne-gócio com casa é mais fácil, porque não tem patrão. É bonito de ser ver mulheres começan-do seu negócio com filhos pequenos, que irão acompanhá-la ali dentro, o que seria impos-sível levar filhos para nanar no trabalho pa-tronal, a licença maternidade tem prazo para terminar”, observou.

“No empreendedorismo feminino se dar para conciliar, é um trabalho de administra-ção onde se desvia das pedras, aonde se vai costurando, por isso que a mulher tenha uma capacidade maior de enfrentar os problemas, jogo de cintura, mulher tem uma expressivi-dade maior em todas as regiões do país”, co-memorou Sílvia Chamusca.

“Empreender muitas vezes significa conci-liar a sua vida doméstica com o seu negócio, leva a mulher a optar por esta forma de ga-nhar a vida”, finalizou.

APOIO

ESPOSO SEMPRE FOI O PARCEIRO NO SALÃO DE BELEZA DA CLEDJA Para dá uma mãozinha no ritmo intenso do trabalho em seu salão, Cledja contou com uma ajuda inesperada, que segue seus passos até agora. Ela conta que seu esposo Walter foi quem a presenteou com o seu primeiro secador, esmaltes, e de lá para cá não parou mais.“Meu esposo sempre foi meu grande parceiro, desde a época de namorados ele esteve presente, meu principal apoiador. Ele via tanto meu excesso de trabalho que resolveu se profissionalizar e aprendeu tudo. Valter me ajuda bastante!”, comemorou.A cabeleireira destacou o incentivo que o Sebrae dá para o empreendedor. Cledja disse que já tem 20 anos no mercado, mas formalizou sua empresa há três anos. “O Sebrae abre portas, mostra a oportunidade de visão de negócio no mercado, sem o pessoal do Sebrae não estaríamos neste patamar”, salientou.Ela que começou como cabeleireira e manicure a domicílio, hoje tem o seu centro de estética e pretende ampliar para uma escola profissionalizante no ano que vem.Alma do negócioAté 2009, as mulheres empreendiam em menor número, segundo Sílvia Chamusca, gerente de Capacitação Empresarial do Sebrae em Alagoas; mas de acordo com ela, com o advento da Lei da Micro e Pequena Empresa, quando foi instituído o Micro Empreendedor Individual (MEI), ficou notória a ‘enxurrada’ de mulheres que começaram a procurar o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Alagoas, com o intuito de se formalizar.A reportagem confirmou a informação quando se deparou com a maioria sendo de mulheres no atendimento para a formalização da empresa. Apenas um homem estava à espera, mas não era para se formalizar não, era apenas esperando a sua esposa.Ivone Romeiro dos Santos, que é artesã, trabalha há mais de dez anos com crochê e estava na informalidade, no entanto decidiu procurar o Sebrae e se formalizou. Ela conta que trabalha em casa mesmo, mas que tem clientes fiéis, que inclusive revenda suas peças em boutiques de luxo na capital alagoana.A artesã tem três filhos jovens e que para melhorar a renda familiar resolveu ajudar o marido e aprendeu a fazer crochê. Sílvia Chamusca diz que: “o número de mulheres nas salas de formalização é notória e aumentou significativamente com o surgimento do MEI, isto significa que elas existiam, porém não eram formalizadas”. São duas turmas diárias onde são feitas palestras enfatizando as vantagens da formalização, sem dúvida nenhuma o número de mulheres é bem maior que buscam pela palestra, a mulher atualmente supera o homem no que diz respeito gerir os negócios, do ponto de vista de gestão de pessoas, de processo”, destacou a gerente de capacitação.Chamusca enfatiza que a mulher tem a prática do lar, o próprio processo histórico do trabalho administrativo doméstico já faz com que a mulher tenha o controle das finanças, do estoque, de processos, isto é, segunda Sílvia, a mulher já faz um processo doméstico que se leva para a empresa. “Elas trabalham em cima do tempo, mapeiam o processo doméstico, elas sabem exatamente como funciona, porque faz parte do processo natural da mulher”.“Então quando ela abre um negócio, ela já sabe, já tem uma visão sistêmica que é de fundamental importância para a gestão do negócio”, explicou.A gerente do Sebrae acrescenta que uma pesquisa revela que os clientes se sentem mais confiantes quando atendidos por mulheres. “Interessante! Provavelmente trabalhando estes critérios se atinge os melhores resultados. Mais um ponto positivo para as mulheres empreendedoras”.De acordo com o Sumário Executivo que contém os resultados da pesquisa GEM Brasil 2013, que faz parte do projeto Global Entrepreneurship Monitor, - que objetiva compreender o papel do empreendedorismo no desenvolvimento econômico dos países, - no Brasil 52,2% da distribuição dos empreendedores iniciais são femininos e 47,8% masculino.

Tive que arregaçar as mangas e colocar o plano em prática, virei chefe de família, comecei a trabalhar na cozinha de casa primeiramente com marmita, depois com o pão de mel”SARA NASCIMENTO

Sílvia Chamusca diz que clientes se sentem mais confiantes quando atendidos por mulheres; elas, por sua vez, buscam muito mais formalização que os homens no Sebrae

51,8% dos novos negócios na

região Nordeste são gerados por mulheres

EMPRESÁRIA DA MARIA DO PÃO DE MEL

MACEIÓ - DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015 ECONOMIA 15MACEIÓ - DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015ECONOMIA14 TRIBUNAINDEPENDENTE TRIBUNAINDEPENDENTE

Sara diz que medo deve ser enfrentado, assim como ela fez após doença do marido: trabalho pode ser a solução

Cledja começou como serviços gerais em salões de beleza, mas cabelereira tinha um sonho e fez acontecer; hoje se orgulha de seu centro de estética e quer avançar muito mais

Elas são mais que donas de casa:são empreendedoras de sucessoREPORTAGEM: ANA PAULA OMENAFOTOS: SANDRO LIMA

A habilidade da mulher de cuidar dos filhos, da casa, do marido, traz consigo um dom natural do saber administrar, do saber des-

viar das pedras, de se virar, de fazer cada coisa no seu tempo. E, é por isto, que o empreendedorismo feminino tem ganhado asas e alcançado voos ainda mais altos no Brasil. Em Alagoas, o cenário não é dife-rente.

O Portal Tribuna Hoje conversou com mulheres empreendedoras em Alagoas que romperam o medo e seguiram deter-minadas a vencer, na busca da realização dos seus sonhos, destemidas, desafiadas muitas vezes, mas nem um pouco preocu-padas em desistir, aliás, esta palavra para elas não existe no dicionário.

Dados mostram que as mulheres têm buscado formalizar o seu negócio e mais capacitação, elas também procuram supe-rar o machismo, e muitas vezes fazem o papel do homem sendo chefe da família, contribuindo 100% com a renda da casa.

DONASEntre 2002 e 2012, o número de Donas

de Negócio no País cresceu 18%, passando de 6,1 milhões para 7,2 milhões de pes-soas. Nesse mesmo período, o número de Donos de Negócio no País cresceu apenas 8%, passando de 14,8 milhões para 15,9 milhões de pessoas.

Uma pesquisa apresentada em feve-reiro deste ano pelo IBGE - Instituto Bra-sileiro de Geografia e Estatística mostra que a participação relativa das mulheres com negócio cresceu de 29% em 2002 para 32% em 2009, permanecendo próximo a 31% nos anos de 2011 e 2012.

Durante os últimos 10 anos, o número de Donas de Negócio se expandiu em 1,1 milhão de pessoas. A pesquisa observa que a tendência de aumento da participa-ção das mulheres como Donas de Negócio deve continuar nos próximos anos.

De acordo com o diretor do Sebrae - Ser-viço de Apoio às Micro e Pequenas Empre-

sas em Alagoas, Marcos Vieira, 54% das empresas individuais são de mulheres à frente do negócio e 51,8% dos novos negó-cios na região Nordeste são de mulheres.

Segundo ele, a modernização e a evo-lução da sociedade rompem com o precon-ceito de que: mulher nasceu somente para cuidar de casa, filhos e marido. “Hoje elas ajudam na contribuição da renda de forma totalmente independente. As mulheres têm qualidades inerentes ao gênero e os homens seguem estimulando, isto é, sendo parceiros”, ressaltou.

No Brasil, 33,5% dos empreendedores usam salto alto e batom.

A fachada do prédio não revela, mas no interior de um dos 48 apartamentos existe um negócio comandado por uma mulher que é bastante lucrativo na capital alagoa-na. Foi a necessidade, que transformou a cozinha do lar de dona Sara Nascimento, de 54 anos, o seu local de trabalho.

O SUCESSOO sucesso veio há três anos e não parou

mais. Ela conta que a ideia de cozinhar em casa não é nova, mas ganhou peso quan-do seu esposo teve um problema de saúde. “Tive que arregaçar as mangas e colocar o plano em prática, virei chefe de família, e com os filhos adolescentes não perdi tem-po, comecei a trabalhar na cozinha de casa primeiramente com marmita, depois com o pão de mel”, explicou.

Logo depois veio a iniciativa de habi-litar a sua ideia e surgiu assim a Maria do Pão de Mel. A empreendedora Sara, procurou o Sebrae - Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Alagoas, para formalizar sua empresa e contou com a disposição de pessoas que a orientaram em toda a sua trajetória.

Para ela, a consultoria do Sebrae foi fundamental para tocar o barco em meio as dificuldades de cuidar da casa, do ma-rido doente, dos filhos, e ainda trabalhar duro para o sustento da família.

Mas, ela não desistiu e incutiu na men-te que qualquer mulher pode ser mais que dona de casa, e caiu em campo em busca dos seus ideais.

“Passei por várias dificuldades, porém nunca pensei em parar, desistir. Sempre fui uma mãezona e queria algo que pudes-se fazer em casa mesmo, gosto de cozinhar e daí veio a ideia de empreender neste sentido. Hoje meu pão de mel faz sucesso e tenho orgulho disso, porque minha receita é exclusiva, em meio a uma concorrência tão grande”, observou.

Maria do Pão de Mel, a Sara, diz que não quer parar, que não se ver fazendo ou-tra coisa na vida.

“Trabalho por enquanto com encomen-da apenas, mas busco voos mais altos, pretendo abrir uma loja de pão de mel e sobremesas. Apoio é o que nunca me fal-tou; meus filhos e meu esposo sempre me ajudaram, e a mulher não pode ter medo, o medo paralisa, o medo deve ser enfren-tado, a mulher tem que ser persistente, se tem um dom ou um sonho tem mesmo é que ir atrás dele”, reforçou.

Ela frisou que a falta de tempo não é desculpa para a mulher empreendedora, e que sobra sim, tempo todos os dias até mesmo para a sua caminhada. “A mulher empreendedora, além de ser mãe, esposa e do lar, também tem que cuidar da sua saúde e da beleza, sempre sobra tempo, dá tempo, é só querer”, destacou.

BELEZA DE CLEDJAOutra história de vida que chama a

atenção é a da cabelereira Cledja Louren-ço, de 40 anos, ela é mais uma das mu-lheres, dona do próprio negócio, e que deu certo na capital alagoana.

No entanto, ela faz uma pausa duran-te a entrevista e conta emocionada que a sua vida não foi tão fácil; crescer e realizar o sonho de ser empreendedora geraram muitas lágrimas, mas ela acreditou que podia, que faria acontecer, e fez.

Fruto de uma adoção, Cledja diz que sua infância foi difícil, que teve que co-meçar a trabalhar logo cedo, e escolheu os salões de beleza como a sua primeira opor-tunidade de conhecer o mercado estético.

“Aos 13 anos tive que procurar um tra-balho, porque meus pais adotivos eram ca-rentes e a gente passava necessidade. Fui

servir nos salões de beleza, fazia limpeza, e aproveitava para observar as cabeleirei-ras, gostei tanto que aos 17 anos comecei a praticar e atender a domicílio as clientes”, relatou emocionada.

Para a cabelereira, não tem essa de di-zer que mulher nasceu para ser somente dona de casa. Cledja afirma que se a mu-lher souber dividir seu tempo, faz todos os afazeres domésticos, cuida dos filhos, do marido e ainda sobra para cuidar dela.

“Falta de tempo não é desculpa para a mulher que busca abrir o seu próprio ne-gócio. Filhos, marido e as coisas de casa não são empecilho para quem quer traba-lhar de verdade, sempre há tempo para tudo, basta apenas saber administrá-lo”, defendeu.

A cabeleireira não se intimida em afir-mar que assume 100% das despesas de sua casa, e ela não está sozinha.

Dados da pesquisa realizada pelo Se-brae intitulada “Os Donos de Negócio no Brasil: análise por sexo (2002 - 2012)” di-vulgada este ano, tendo como fonte de in-formação, - os dados disponíveis na última Pesquisa Nacional por Amostra de Domi-cílios (PNAD) do IBGE, referente ao ano de 2012, - revelaram que em 2002 havia 1,668 milhão de Donas de Negócio chefes de domicílio, número que subiu para 2,842 milhões em 2012 (expansão de quase de 1,2 milhão de Donas de Negócio chefes de domicílio).

Cledja tem duas filhas, uma de 14 anos e outra de 20, e enfatiza que elas não cor-rem o risco de passarem pela mesma si-tuação que a sua. “Graças ao meu esforço e muito trabalho, hoje elas têm tudo; a mais velha já está fazendo enfermagem numa faculdade particular, e a menor estuda em escola privada”, frisou com orgulho.

“Vou morrer trabalhando, antes fa-zia por necessidade, mas acabei aliando a satisfação e a gratidão, hoje faço meu trabalho por amor. A mulher empreende-dora não tem como não ser vitoriosa, mas sabemos que este mérito só é conquista-do com muita luta, batalha e coragem”, acrescentou.

HISTÓRIA

Sara é a “Maria do Pão de Mel” com a mão na massa

SEBRAE

CUIDADOSA, MULHER SEMPRE BUSCA MAIS CAPACITAÇÃOE INFORMAÇÕES

O GEM demonstra o crescimento, e indica que a mulher busca mais capacitação. Silvia Chamusca exemplifica que, o homem quando vai abrir uma empresa, ele leva apenas o co-nhecimento dele; diferente da mulher, que por uma questão cultural, age com cautela, busca mais apoio, busca se preparar mais para abrir um negócio.

“A procura por capacitação é maior de mu-lheres. Elas voltam ao Sebrae para buscar orientações. Comércio e serviços têm maio-res procuras. Elas começam inicialmente em casa, na informalidade, trabalhando entre a casa e o cuidar dos filhos, no entanto não pa-ram se expandem”, frisou a gerente do Sebrae.

Chamusca destaca centenas de histórias de superação de mulheres que não desistiram em meio aos tropeços da vida. Ela contou um caso em que a mulher empreendedora ao via-jar para receber um prêmio de destaque em Brasília, o marido não gostou o holofote em cima dela e pediu a separação.

“Elas podem e podem muito. Conciliar ne-gócio com casa é mais fácil, porque não tem patrão. É bonito de ser ver mulheres começan-do seu negócio com filhos pequenos, que irão acompanhá-la ali dentro, o que seria impos-sível levar filhos para nanar no trabalho pa-tronal, a licença maternidade tem prazo para terminar”, observou.

“No empreendedorismo feminino se dar para conciliar, é um trabalho de administra-ção onde se desvia das pedras, aonde se vai costurando, por isso que a mulher tenha uma capacidade maior de enfrentar os problemas, jogo de cintura, mulher tem uma expressivi-dade maior em todas as regiões do país”, co-memorou Sílvia Chamusca.

“Empreender muitas vezes significa conci-liar a sua vida doméstica com o seu negócio, leva a mulher a optar por esta forma de ga-nhar a vida”, finalizou.

APOIO

ESPOSO SEMPRE FOI O PARCEIRO NO SALÃO DE BELEZA DA CLEDJA Para dá uma mãozinha no ritmo intenso do trabalho em seu salão, Cledja contou com uma ajuda inesperada, que segue seus passos até agora. Ela conta que seu esposo Walter foi quem a presenteou com o seu primeiro secador, esmaltes, e de lá para cá não parou mais.“Meu esposo sempre foi meu grande parceiro, desde a época de namorados ele esteve presente, meu principal apoiador. Ele via tanto meu excesso de trabalho que resolveu se profissionalizar e aprendeu tudo. Valter me ajuda bastante!”, comemorou.A cabeleireira destacou o incentivo que o Sebrae dá para o empreendedor. Cledja disse que já tem 20 anos no mercado, mas formalizou sua empresa há três anos. “O Sebrae abre portas, mostra a oportunidade de visão de negócio no mercado, sem o pessoal do Sebrae não estaríamos neste patamar”, salientou.Ela que começou como cabeleireira e manicure a domicílio, hoje tem o seu centro de estética e pretende ampliar para uma escola profissionalizante no ano que vem.Alma do negócioAté 2009, as mulheres empreendiam em menor número, segundo Sílvia Chamusca, gerente de Capacitação Empresarial do Sebrae em Alagoas; mas de acordo com ela, com o advento da Lei da Micro e Pequena Empresa, quando foi instituído o Micro Empreendedor Individual (MEI), ficou notória a ‘enxurrada’ de mulheres que começaram a procurar o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Alagoas, com o intuito de se formalizar.A reportagem confirmou a informação quando se deparou com a maioria sendo de mulheres no atendimento para a formalização da empresa. Apenas um homem estava à espera, mas não era para se formalizar não, era apenas esperando a sua esposa.Ivone Romeiro dos Santos, que é artesã, trabalha há mais de dez anos com crochê e estava na informalidade, no entanto decidiu procurar o Sebrae e se formalizou. Ela conta que trabalha em casa mesmo, mas que tem clientes fiéis, que inclusive revenda suas peças em boutiques de luxo na capital alagoana.A artesã tem três filhos jovens e que para melhorar a renda familiar resolveu ajudar o marido e aprendeu a fazer crochê. Sílvia Chamusca diz que: “o número de mulheres nas salas de formalização é notória e aumentou significativamente com o surgimento do MEI, isto significa que elas existiam, porém não eram formalizadas”. São duas turmas diárias onde são feitas palestras enfatizando as vantagens da formalização, sem dúvida nenhuma o número de mulheres é bem maior que buscam pela palestra, a mulher atualmente supera o homem no que diz respeito gerir os negócios, do ponto de vista de gestão de pessoas, de processo”, destacou a gerente de capacitação.Chamusca enfatiza que a mulher tem a prática do lar, o próprio processo histórico do trabalho administrativo doméstico já faz com que a mulher tenha o controle das finanças, do estoque, de processos, isto é, segunda Sílvia, a mulher já faz um processo doméstico que se leva para a empresa. “Elas trabalham em cima do tempo, mapeiam o processo doméstico, elas sabem exatamente como funciona, porque faz parte do processo natural da mulher”.“Então quando ela abre um negócio, ela já sabe, já tem uma visão sistêmica que é de fundamental importância para a gestão do negócio”, explicou.A gerente do Sebrae acrescenta que uma pesquisa revela que os clientes se sentem mais confiantes quando atendidos por mulheres. “Interessante! Provavelmente trabalhando estes critérios se atinge os melhores resultados. Mais um ponto positivo para as mulheres empreendedoras”.De acordo com o Sumário Executivo que contém os resultados da pesquisa GEM Brasil 2013, que faz parte do projeto Global Entrepreneurship Monitor, - que objetiva compreender o papel do empreendedorismo no desenvolvimento econômico dos países, - no Brasil 52,2% da distribuição dos empreendedores iniciais são femininos e 47,8% masculino.

Tive que arregaçar as mangas e colocar o plano em prática, virei chefe de família, comecei a trabalhar na cozinha de casa primeiramente com marmita, depois com o pão de mel”SARA NASCIMENTO

Sílvia Chamusca diz que clientes se sentem mais confiantes quando atendidos por mulheres; elas, por sua vez, buscam muito mais formalização que os homens no Sebrae

51,8% dos novos negócios na

região Nordeste são gerados por mulheres

EMPRESÁRIA DA MARIA DO PÃO DE MEL

MACEIÓ - DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015PUBLICIDADE16 TRIBUNAINDEPENDENTE

EsportesNovo evento de MMA está agendado para o mês de agosto em MaceióMaceió vai receber no dia 8 de agosto mais uma etapa do torneio Gladiador de MMA. A competição é um evento amador de arte marciais mistas que dá a oportunidade aos lutadores de Alagoas de assinarem contrato profis-sional com o Coliseu. Em agosto, o Gladiador vai ser realizado na academia Adois Fight, em Maceió, a partir das 16h. A pesagem acontece no dia 7, um dia antes da competição, no local das lutas. As lutas serão formadas no dia da pesagem, e os adversários serão conhecidos depois de um sorteio. Lembrando que a definição servirá para todas as categorias exceto a peso-mosca, que é até 57kg.

Embalado, ASA recebe hoje o IcasaTécnico Vica quer o time com a mesma postura e espera seguir vencendo no Campeonato Brasileiro da Série C

Foco agora na Série C. Eliminado da Copa do Brasil, o time

do ASA entra em campo neste domingo para seguir a caminhada rumo ao acesso. O Alvinegro recebe o Icasa, às 16h, no Estádio Municipal em Arapiraca com o objetivo de somar mais três pontos. Ainda invicto na competição, o técnico Vica quer o grupo com uma postu-ra agressiva para fazer valer o mando de campo.

O meia Didira, substi-tuído no intervalo do jogo contra o Palmeiras por conta de dores na coxa, e o atacante Luiz Paulo, também com dores mus-culares, não estão con-firmados contra o Icasa. Apesar da derrota para o Palmeiras, o técnico Vica parabenizou o espírito de luta dos jogadores do ASA

pela entrega dentro de campo. “Sabíamos que se-ria um jogo duro, mas eu tenho de parabenizar os nossos atletas pela grande partida feita em Londri-na. Agora vamos girar a chave e focar na série C do Campeonato Brasileiro. Essa que é a nossa meta para esta temporada”, afirmou o comandante

O time precisa tomar cuidado, isso porque cin-co atletas acumulam dois cartões amarelos e es-tão com o sinal de alerta ligado, são eles: André Nunes, Max Carrasco, Chiquinho, Lucas Bahia e Jorginho. Entre os pendu-rados, Chiquinho é reser-va, mas é sempre aprovei-tado pelo técnico Vica no decorrer das partidas. O jogo deste domingo é váli-do pela oitava rodada da

Série C. “Tenho certeza que

nossa torcida vai nos aju-dar neste domingo e eu espero entrar em campo. O ASA está em um bom momento e queremos co-roar nosso trabalho com um novo acesso para a Série B”, destacou o meia Didira.

Ainda invicto no cam-peonato, o ASA é o ter-ceiro colocado do Grupo A com 13 pontos. Em sete jogos foram três vitórias e quatro empates.

A CBF confirmou o ser-gipano Claudio Francisco Lima e Silva como árbitro central. Os assistentes se-rão Eric Nunes da Costa, também de Sergipe, e a alagoana Raquel Ferrei-ra Barbosa. Charles He-bert Cavalcante fica como quarto árbitro.

Alex Henrique é um dos destaques do ASA na temporada e será escalado na partoida de hoje

Coruripe fez treinamentos durante um longo período antes da estreia no Brasileirão da Série D

Valtteri Bottas e Kimi Raikkonen na coletiva de imprensa de Mônaco

ASCOM ASA

ASCOM CORURIPE

GETTY

CEARÁ MIRIM-RN

Coruripe estreia na Série D fora de casa contra o Globo

Vice-campeão estadual 2015, o Coruripe estreia neste domingo na Série D do Brasileirão. O time joga fora de casa, em Ceará Mirim--RN. O jogo será no Está-dio Barretão às 17h contra o Globo em jogo válido pela segunda rodada - o time ala-goano folgou na abertura da competição. Sem contar com Jeferson, George, Dja-ma, Etinho, Ivan e Orobó, vetados pelo departamento médico, o técnico Evandro Guimarães relacionou 18 jogadores e viajou com a es-calação praticamente defini-da.

Com as ausências de joga-dores importantes, o treina-dor deve mandar a campo a formação com Rudison; Die-go Aragão, Willames José, Fernando Belém e Paulo Victor; Mazinho, Luiz Má-

rio, Aurélio e João Paulo; Naôh e Fabiano. A partida contra o Globo-RN também marca a estreia de Evandro Guimarães em jogos oficiais no comando da equipe.

“Na Série D os jogos são sempre difíceis tanto dentro, quanto fora de casa. Nós te-mos que entrar nas partidas com muita luta e bater os nossos adversários com boas apresentações. Temos que fazer bonito para agradar os nossos torcedores. Vamos buscar os três pontos sem desespero. Nossa estreia é contra uma boa equipe, mas temos que nos impor mos-trando nossas qualidades e fazer um grande jogo”, disse o treinador.

O Hulk divide o Grupo A-3 da Série D com o Globo-RN, o Campinense, o Serra Ta-lhada e o Colo Colo-BA.

FÓRMULA 1

Jornal italiano crava Bottas na Ferrari na temporada 2016

A semana começou agita-da nos bastidores da Fórmu-la 1. O jornal italiano “Cor-riere dello Sport” publicou na edição uma reportagem assinada garantindo que a Ferrari chegou a um acordo com a Williams pela con-tratação de Valtteri Bottas para o lugar de Kimi Rai-kkonen para 2016.

Segundo a publicação, as-sinada pelo jornalista Fulvio Solms, a escuderia italiana teria pago 12 milhões de eu-ros (cerca de R$ 40 milhões) para o time inglês liberar o jovem finlandês, cujo víncu-lo valia até a próxima tem-porada. Assim, a equipe de Maranello não estenderia automaticamente o contrato

de Kimi, opção que poderia exercer até o dia 31 de ju-lho, deixando o “Homem de Gelo”, campeão mundial de 2007, a um passo de deixar a categoria.

O “Corriere dello Sport” afirma ainda que a ida do companheiro de Felipe Mas-sa para o time italiano pro-vocará um “efeito dominó” em quatro equipes, e indica a possibilidade da ida do brasileiro Felipe Nasr, hoje na Sauber, para o lugar de Bottas, na Williams.

O jornal diz que Didier Co-ton, um dos agentes de Bot-tas (ao lado de Toto Wolff e Mika Hakkinen) estaria por trás do acordo entre Ferra-ri e Williams. O empresá-

rio, porém, brincou com os rumores no twitter através de uma mensagem enig-mática. “Cara, que coisa! A onda quente atingiu muitos países, especialmente a Itá-lia. Vamos ligar o ar condi-cionado e esfriar as coisas”, ironizou.

Questionada sobre a vera-cidade da reportagem pelo site “GPUpdate”, a Ferrari respondeu que tudo não se passa de “besteira total ”. Procurados pelo GloboEs-porte.com, a Ferrari disse que “não comenta rumores”, enquanto a Williams afir-mou que “não se pronuncia sobre contratos dos seus pilotos, e por isso não tem nada a comentar”.

ALAGOANO

Campeonato Sub-20 pode recomeçar

O Pleno do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD--AL) negou provimento do Pedido de Liminar da As-sociação Desportiva São Domingos, em sessão de julgamento no auditório do Estádio Rei Pelé.

Com isso, caso o time da Massagueira não recorra até o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) até esta segunda-feira, o Campeonato Alagoano Sub-20 pode prosseguir normalmente.

Na sessão da última quarta-feira, o procura-dor-geral do TJD-AL, Pe-trúcio Guedes, apresentou a resposta da CBF sobre e regularização e trans-ferência de atletas. Se-gundo ele, após consulta feita a entidade nacional, são consideradas válidas, transferências e registro de atletas internos das Federações Estaduais de Futebol. O provimento da Liminar do São Domingos foi negado por unanimida-de pelo Pleno do Tribunal.

O Campeonato Alagoano Sub-20 está suspenso des-de o dia 26 de junho, após o presidente do São Domin-gos, Cordeiro Lima, entrar com Pedido de Liminar na secretaria do TJD-AL acu-sando o Dimensão Saúde de ter escalado um atleta irregularmente em parti-da no dia 02 de maio, con-tra o Santa Cruz, pela fase de Classificação do Esta-dual.

No dia 02 de julho, o vi-ce-presidente jurídico da Federação, advogado Fer-nando Pastor, informou ao Tribunal que o Dimensão Saúde não escalou nenhu-ma atleta irregular, tendo vista que durante o Con-gresso Técnico da competi-ção, realizado no dia 09 de abril, houve a necessidade de ser criado um sistema interno de registro e trans-ferência de atletas por par-te da Federação. Na época, o sistema da CBF passava por problemas.

MACEIÓ - DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015 ESPORTES 17 TRIBUNAINDEPENDENTE

18 VEÍCULOS TRIBUNAINDEPENDENTEMACEIÓ - DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015

A Aliança Renault-Nissan teve recorde de sinergias da or-

dem de €3,8 bilhões em 2014, uma alta em com-paração com o ano ante-rior, quando foram obtidos €2,87 bilhões de sinergias. Compras, engenharia e manufatura foram as áre-as de maior contribuição. Tanto o lançamento dos primeiros veículos da Família de Módulos Co-muns (CMF) da Aliança, como a recente convergên-cia de quatro unidades de negócio principais, ajudaram a alavancar sinergias nas três áreas.

As sinergias são gera-

O caminhão VM que a Volvo otimizou especial-mente para a operação de colheita e transbordo de cana-de-açúcar vem con-tribuindo decisivamente para aumentar a produ-tividade do transporte no setor sucroenergético bra-sileiro. A Volvo desenvol-veu para a Usina Santa Terezinha um veículo ca-paz de fazer com grande eficiência o acompanha-mento e recebimento da cana colhida e sua poste-rior transferência para os caminhões rodoviários com maior capacidade de carga.

Caminhão VM Volvo otimizado especialmente para a operação de colheita e transbordo de cana-de-açúcar aumenta produtiuvidade

APARECIDA

Actros da Mercedes-Benz em Feira do Carreteiro

MAIOR

JAC T8 ganha banco deslizante e mais espaço

Os caminhões Mercedes--Benz ganham destaque na 36ª Feira do Carreteiro, um dos mais tradicionais eventos do Brasil para motoristas e suas famílias, no Pátio do Santuá-rio Nacional de Nossa Senho-ra Aparecida, localizado na Rodovia Presidente Dutra, km 71, em Aparecida, SP. Even-to começou terça-feira (14) e terminou na sexta-feira (17).

Em parceria com o conces-sionário Prodoeste, da cidade de Guaratinguetá, a Merce-des-Benz irá demonstrar as vantagens dos caminhões da marca para as empresas de transporte de carga, bem como

para os profissionais autôno-mos e os motoristas, público--alvo do evento. O grande atrativo fica por conta da dis-ponibilização dos extrapesa-dos Actros 2546 6x2 e Actros 2646 6x4 para test-drive em composições com semirre-boques. Isso permite que os motoristas experimentem os atributos do Econfort, eleva-do patamar de economia, con-forto, força e desempenho dos caminhões Mercedes-Benz.

O conceito Econfort foi apresentado em detalhes na feira por meio da expo-sição do modelo Mercedes--Benz Atego 2430 6x2,

Maior modelo da JAC à ven-da no país, o T8 passa a contar com um “banco deslizante”. Ho-mologado pelo departamento de engenharia da marca no Brasil, ele aumenta a capacidade do porta-malas em 37%, ou seja, amplia o volume para 491 litros.

Esse “banco deslizante” é vendido como acessório por R$ 1.990 e está disponível em toda a rede de concessionárias da marca, sendo rapidamen-te instalado na própria loja.

Devido a uma solicitação de alguns operadores, a engenharia

da marca desenvolveu um kit de instalação rápida. Composto por uma chapa aparafusada no chassi, utiliza os pontos origi-nais de fixação do último banco e é dotada de ganchos suplemen-tares para permitir seu desloca-mento em 30 cm, o que ampliou o volume do compartimento de 1.330 litros para 1.821 litros.

Dependendo da posição de-finida pelo trilho das poltronas centrais, a distância para o últi-mo banco varia de 15 cm a 58 cm, o que mantém espaço para as pernas de quem viaja lá atrás.

Renault-Nissan alcança novo recordeConvergência de funções-chave da aliança em 2014 acelera sinergias e aumentam contribuições

Família de Módulos Comuns (CMF) permite sinergias nas principais áreas, resultando em oferta aos seus clientes com uma gama maior de veículos disponíveis em suas concessionárias em todo o mundo

“Além de produzir o melhor caminhão do mer-cado, nosso compromisso é oferecer a melhor solução de transporte para nossos clientes”, declara Claes Nilsson, presidente do Gru-po Volvo América Latina. No caso do VM 270cv 6x4 rígido usado para receber a cana e levá-la até os com-boios maiores, os engenhei-ros da marca promoveram uma série de mudanças para otimizar o transporte.

Com as adaptações, o veículo faz manobras mais rápidas, garantindo mais agilidade na lavoura. O

VM também tem um custo de aquisição menor, veloci-dades maiores, e consumo de combustível menor em relação aos tratores agrí-colas que tradicionalmen-te puxam um implemen-to para receber a cana ao

lado da colheitadeira. “Ele se tornou a solução ideal no transbordo de cana-de--açúcar”, afirma Bernardo Fedalto, diretor de cami-nhões da Volvo no Brasil.

Junto com a área téc-nica da Usina Santa Te-rezinha, a engenharia da Volvo decidiu colocar vá-rias proteções para evitar que componentes ficassem sujeitos à poeira e a agres-sividade do ambiente por onde o caminhão se des-loca. O objetivo foi princi-palmente diminuir a ne-cessidade de manutenção.

das a partir de reduções de custos, prevenção de custos e aumento de re-ceita. Apenas as novas si-nergias (não cumulativas) são consideradas a cada ano. O cálculo de siner-gias permite que Renault e Nissan verifiquem se estão cumprindo com seus objetivos de performan-ce. De forma significati-va, aumentos de receita e economias permitem que ambas as montadoras ofe-reçam veículos com maior valor agregado aos seus clientes em todo o mundo.

“Nossa Família de Mó-dulos Comuns continua a alavancar sinergias em

todas as áreas principais, de compras a engenharia de veículos e motores”, comentou Carlos Ghosn, Presidente e CEO da Aliança Renault-Nissan. “Ao mesmo tempo, a re-cente convergência de

quatro funções-chave na Renault e na Nissan – En-genharia, Engenharia de Manufatura & Gestão da Cadeia de Fornecimento, Compras e Recursos Hu-manos – permite acelerar ainda mais as sinergias”.

A Aliança conver-giu as quatro funções em 1 de abril de 2014.

Renault e Nissan con-tinuam sendo empresas distintas, mas cada fun-ção é comandada por um vice-presidente execu-tivo comum da Aliança.

Graças à convergência, a Aliança espera superar sua meta de gerar €4,3 bi-lhões em sinergias anuais até 2016, um aumento em comparação com o total de €1,5 bilhão em sinergias obtidas em 2009, quando este indicador passou a ser monitorado pela Aliança.

A Família de Módulos Comuns é um sistema

de arquitetura veicu-lar baseado em módu-los, que permite um aumento de sinergias.

A CMF permite que Renault e Nissan de-senvolvam uma gama mais ampla de veícu-los a partir de uma combinação menor de peças, que inversa-mente permite ofere-cer mais qualidade e opções aos clientes.

Os modelos compac-tos são baseados na pla-taforma CMF-A; já os médios utilizam a CMF--B, e os veículos maio-res são desenvolvidos com base na CMF-C/D.

CARLOS GHOSN PRESIDENTE E CEO DA ALIANÇA RENAULT-NISSAN

Ao mesmo tempo, a recente convergência de quatro funções-chave na Renault e na Nissan – Engenharia, Engenharia de Manufatura & Gestão da Cadeia de Fornecimento, Compras e Recursos Humanos – permite acelerar ainda mais as sinergias’’

VOLVO

VM para colheita de cana-de-açúcar

A MAN Latin America entregou 20 ônibus Volkswagen escolares ao Paraná. Os veículos, do modelo 15.190 ODR, vão transportar 5.770 estudantes de 20 municípios, dentro do programa Caminho da Escola. A montadora já vendeu mais de 15 mil unidades pelo programa. A partir da configuração sob medida, o Volksbus 15.190 ODR (que atende aos requisitos do ORE2, sigla para Ônibus Rural Escolar Reforçado Médio) consegue trafegar em condições difíceis para garantir o transporte dos alunos.

MAN entrega 20 escolares ao Paraná para transportar 5.770 estudantesVeículos

VEÍCULOS 19 TRIBUNAINDEPENDENTE

A Fiat Chrysler Automobi-les (foto), encerrou o primeiro semestre de 2015 no topo do ranking de vendas do mercado de automóveis e comerciais leves. O grupo vendeu 246.026 unidades nos primeiros seis meses do ano, o que representa um market share de 19,3%. Em junho foram licenciados 40.135 carros das marcas Fiat, Jeep, Chrysler, Dodge e RAM. Os dados foram divulgados hoje pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). A Fiat, marca líder por 13 anos, também segue na primeira posição em vendas, com 236.680 unidades licenciadas.

MACEIÓ - DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015

As vendas a prazo de veículos no Brasil soma-ram 2,7 milhões unidades no primeiro semestre do ano, sendo 1.216.449 no-vos e 1.495.601 usados.

O volume total repre-senta queda de 10,6% em relação ao mes-mo período de 2014.

Os números incluem automóveis de passeio, co-merciais leves, pesados e motos negociados por cré-dito direto ao consumidor (CDC), leasing, consórcio e outros parcelamentos.

O levantamento é da Ceip, que opera o Siste-ma Nacional de Gravames (SNG), base integrada de informações que reú-ne o cadastro das restri-ções financeiras de veícu-los dados como garantia em operações de crédito.

A queda de 19,5% no parcelamento de veícu-los novos foi puxada pe-los automóveis de pas-seio, que recuaram 22,1% no acumulado do ano.

No caso dos usados também houve retração nas vendas a prazo, mas bem menor, 1,6% na com-paração com o primeiro semestre do ano passado.

VARIAÇÕESAs motos parceladas

neste primeiro semestre (novas e usadas) somaram 484,7 mil unidades, volu-me 7,7% menor que o do mesmo período de 2014.

O resultado negativo foi puxado essencialmente pelas motocicletas zero--quilômetro, que soma-ram 431,4 mil unidades vendidas a prazo no pri-meiro semestre, resul-tando em queda ainda mais elevada, de 8,7%.

1º SEMESTREVendas a prazo recuam 10,6%

Nissan na caravana olímpica Rio 2016Modelo Sentra acaba de receber novidades tecnológicas e de segurança para o seu modelo 2016

Identidade visual do revezamento foi adaptada para os carros pela equipe de designers do Estúdio de Design da Nissan do Brasil e vão divulgar tocha olímpica Rio 2016

BYD

Ônibus elétricos em Campinas (SP)

EUROPA

Acea revisa para cima sua projeção de vendas

A partir de maio do próximo ano, a cara-vana do Reveza-

mento da Tocha Olímpica Rio 2016 vai ganhar as estradas e ruas de todo o Brasil formada por uma frota de carros da Nissan. O grafismo e o primeiro modelo que irá compor este comboio que passará por centenas de cidades do país, o Nissan Sentra, foram rev-elados pela fabricante de veículos na festa do Comitê Organizador dos Jogos Rio 2106 realizada no Jockey Club Brasileiro, no Rio de Janeiro, este mês, para mostrar a Tocha Olímpica.

O sedã médio Sentra, su-cesso de vendas da Nissan no país e que acaba de receber novidades tecnológicas e de segurança em seu ano mo-delo 2016, além de ganhar a série especial Unique, está confirmado como um dos veículos que rodarão o Bra-sil acompanhando o reveza-mento da tocha. O modelo comporá uma parte do total de mais de 5 mil automóveis que a empresa cederá para serem usados na frota do re-vezamento das tochas Olím-pica e Paralímpica e dos próprios Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, todos patrocinados pela Nissan.

“O Nissan Sentra é um sucesso de vendas que vem ganhando as ruas e estra-das de todo o Brasil. Ágil, confortável, seguro e ino-vador, ele é um carro que demonstrará mais uma vez sua versatilidade rodando pelo país e atendendo às diferentes necessidades da frota dos Jogos Rio 2016. Em breve, anunciaremos os outros carros que estarão junto com o Sentra nesta verdadeira prova de re-sistência”, afirma Arnaud Charpentier, Diretor de Ma-rketing da Nissan do Brasil.

A adaptação da identi-dade visual do revezamen-to da Tocha Olímpica Rio 2016 para a frota oficial foi realizada pelos designers do Estúdio Satélite de Design da Nissan no Rio de Janei-ro (NDA-R). Os profissionais da Nissan buscaram preser-var todas as linhas e cores criadas para passar o con-ceito de calor humano do re-vezamento ao mesmo tempo em que tiveram de lidar com a limitação e curvaturas das superfícies dos automóveis e criar um grafismo que ga-rantisse a sensação de mo-vimento para naturalmente compor com o deslocamen-to da caravana de veículos.

Um Sentra Unique, série especial que foi lançada jun-tamente com a linha 2016 do sedã médio da Nissan, foi o primeiro carro a rece-ber os grafismos. Equipado com motor 2.0 16V flexfuel, o modelo, assim como as versões SV e SL, chega com o Vehicle Dynamic Control (VDC), que integra contro-les de tração e de estabili-dade, e o Nissan Connect.

Após registrar em 2014 a primeira variação positiva desde a crise financeira ini-ciada em 2007, a associação dos fabricantes europeus de veículos, a Acea, revi-sou para cima a projeção de vendas de automóveis para 2015. A entidade estima nova alta de 5% este ano, com cerca de 13 milhões de carros de passageiros ven-didos, em comparação a 12,6 milhões nos 12 meses anteriores. A Acea reajus-tou sua previsão depois de constatar que a evolução positiva foi mantida nos cinco primeiros meses de

Uma frota de 10 ônibus elétricos começará a rodar em Campinas (SP) ainda neste ano de 2015. Os veí-culos serão fornecidos pela BYD, companhia chinesa que está construindo com-plexo industrial na cidade.

Os modelos zero emissão integrarão a frota da Ita-jaí, uma das operadoras do transporte da região. Segun-

do a fabricante, as unidades que rodarão no município paulista serão do modelo ar-ticulado K11, de 12 metros, piso baixo e quatro portas.

Sem divulgar dados, a companhia promete que o veículo é o ônibus elétrico com maior autonomia no mundo e com alto desempe-nho na comparação com si-milares a diesel. A iniciativa

de incluir os veículos com a tecnologia na frota da cida-de é parte da estratégia da prefeitura para reduzir as emissões de poluentes nas regiões centrais do município.

Com a ação, a BYD se apro-xima do mercado brasileiro, onde faz investimento inicial de R$ 150 milhões que pode chegar a R$ 350 milhões para construir duas fábricas em

Campinas: uma de baterias e chassis de ônibus elétricos e outra de painéis fotovoltaicos.

A empresa estima que o empreendimento gere 650 empregos até o fim de 2017.

O projeto conta com o apoio da empresa In-veste São Paulo, agên-cia de fomento do Estado.

É uma inicitaiva importan-te para mobilidade urbana.

Cidade de Campinas, em São Paulo, terá frota de 10 unidades do modelo de ônibus articulado K11

DESLIGAMENTOToyota: recall de 625 mil unidades do Prius

GRUPOFCA lidera mercado no primeiro semestre

A Toyota convocou 250 mil unidades do Prius (foto), para reparo gratuito.Estão envolvidos 340 mil carros no Japão, 160 mil na Europa e 120 mil na América do Norte. A empresa aponta que os veículos que circulam no Brasil não serão afetados pela campanha. A causa do chamado global é o risco de

degradação de alguns componentes eletrônicos das que controlam os motores e geradores do powertrain híbrido dos automóveis produzidos entre 2010 e 2014. Em casos extremos o defeito pode provocar o desligamento do sistema eletrônico do carro enquanto ele está em movimento.

ESPORTIVOChevrolet mostra novo Camaro conversívelA Chevrolet apresentou a nova geração do Camaro (foto), conversí-vel. O modelo segue a mesma linha de design da versão cupê e tem suas vendas programadas para o início de 2016 nos Estados Unidos. No Brasil, porém, não existe qualquer previsão de chegada do esportivo descapotável. A Che-vrolet deve esperar que unidades

disponíveis do modelo antigo sejam desovadas no mercado brasileiro. De acordo com a marca, a capota retrátil é eletro-hidráulico, acionada por um botão. Há um 2.0 turbo de quatro cilindros que rende 280 cv e 40,8 kgfm de torque, um 3.6 V6 de 340 cv e 39,3 kgfm e, por último e o mais vigoroso deles, o V8 6.2 de 460 cv

A Europa ainda enfrenta tempos difíceis. Hoje as vendas na UE estão atrás da China e Estados Unidos, onde as vendas agora se recuperaram para níveis anteriores à crise” avaliou

2015, com o emplacamento de 5,8 milhões de unidades, que representaram cresci-mento de 6,8% sobre idên-tico período do ano passado.

Apesar da perspectiva po-sitiva, a Acea destaca que os volumes ainda estão bastan-

te abaixo do recorde de 2007, quando foram vendidos 16 milhões de carros na região.

“A Europa ainda enfren-ta tempos difíceis. Hoje as vendas na UE estão atrás da China e Estados Uni-dos, onde as vendas agora

se recuperaram para níveis anteriores à crise”, ava-liou Erik Jonnaert, secre-tário geral da associação.

A Acea vem reforçando nos últimos meses a posição de que os recentes números positivos ainda não são su-ficientes para uma recupe-ração completa do mercado.

O objetivo é demover os reguladores da UE da ideia de votar legislações com me-tas ainda mais apertadas de emissões e segurança, que têm potencial para elevar os preços dos veículos com cus-tos de produção criados pela adoção de novas tecnologias. “ ERIK JONNAERT

SECRETÁRIO GERAL DA ASSOCIAÇÃO

TRIBUNAINDEPENDENTE20 MACEIÓ - DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015VEÍCULOS

Pouco mais de um ano após anunciar seu plano global de recuperação, o desempenho Grupo PSA avançou pouco, mas saiu do campo negativo. As vendas globais das marcas Peugeot, Citroën e DS somaram 1,55 milhão de veículos em todo o mundo no primeiro semestre do ano, com leve expansão de 0,4% em relação a idêntico período de 2014. O resultado se deveu principalmente à boa recuperação na Europa, que voltou a ter maior representatividade nos negócios, respondendo no período por quase dois terços (63,58%) dasa vendas no período, com 983,5 mil de unidades.

Três veículos modelo Marcopolo Viale circularão no corredor metropolitano

Começaram a circu-lar na Grande São Paulo três ônibus

movidos a hidrogênio. Os modelos Marcopolo Viale BRS rodarão no transporte urbano no corredor São Mateus-Jabaquara (ABD). A iniciativa faz parte do projeto Ônibus Brasileiro a Hidrogênio do Ministério das Minas e Energia (MME) e consórcio liderado pela EMTU, vinculada à Secre-taria Estadual dos Trans-portes Metropolitanos.

O programa nasceu para estudar o estudo do uso do hidrogênio como combus-tível em ônibus urbanos.

Os veículos têm de-

senvolvimento nacional, fruto da parceria entre a encarroçadora e outras empresas envolvidas no consórcio: Ballard Power Systems, EPRI Interna-tional, Hydrogenics Cor-poration, Petrobras Distri-buidora e Tuttotrasporti.

O grupo é responsável por construir os veículos e instalar uma estação de produção de hidrogênio por eletrólise a partir da água para abastecimento.

O ônibus roda com tra-ção elétrica híbrida, que combina um motor elé-trico alimentado por cé-lula de combustível a hidrogênio e baterias.

Há ainda recuperação de energia das frenagens. O conjunto garante autono-mia para 300 quilômetros.

A Marcopolo assegura que o sistema de célula a combustível não produz nenhum tipo de poluente.

A encarroçadora apon-ta que o Brasil é o pri-meiro país do hemisfé-rio sul a produzir um ônibus com a tecnologia.

Até então, apenas Alemanha, Canadá e Estados Unidos fa-ziam modelos do gênero.

“O destaque é que, gra-ças ao trabalho da engenha-ria, o veículo tem a mesma capacidade de passageiros

que um modelo convencional a diesel, o que o diferencia de outros movidos a combustí-veis limpos, onde a capaci-dade é bastante reduzida”, apontou Paulo Corso, diretor de operações comerciais da Marcopolo, em comunicado.

O projeto Ônibus Brasi-leiro a Hidrogênio nasceu em 1993, mas ganhou for-ça em 2006, quando quatro veículos com a tecnologia co-meçaram a operar em teste.

Para esta etapa do pro-grama está previsto ainda o acompanhamento e veri-ficação do desempenho das unidades em circulação.

É um avanço nimportan-te para mobilidade urbana.

Ônibus roda com tração elétrica híbrida, que combina um motor elétrico alimentado por célula de combustível a hidrogênio e baterias

FUSÃO

Com TWR, ZF já é 2ª maior fornecedora aftermarket

NOVO

Toyota Etios 2016 tem mais conectividade

O Toyota Etios 2016 recebeu como novo item de série para a versão XLS (hatchback e sedã) e para o aventureiro Cross (ha-tchback) um sistema de áudio e display exclusivos. O equipamento vem com tela sensível ao toque de sete polegadas e faz a co-nexão mirror link (espelha-mento) para smartphones.

A reprodução de arquivos MP3 está disponível pela co-nexão dos dispositivos USB, entrada para cartão SD, HDMI e Aux-In, além de pareamento por Bluetooth. O sistema tem ainda rádio AM/FM, viva-voz para tele-fone e controles no volante.

O novo dispositivo tam-bém permite o espelhamen-

to do navegador dos smar-tphones pela conexão de cabos USB e HDMI. Para utilizar essa função o usuá-rio deve baixar o aplicativo Sygic Car Navigation, já dis-ponível pelo Google Play e, em breve, pela Apple Store.

Apesar de o mercado ter recuado 19% neste primei-ro semestre, as vendas do Etios hatch registraram alta de 3,3% sobre o mesmo pe-ríodo de 2014. O sedã tam-bém cresceu, 2,1%. Juntas, as duas carrocerias tiveram 29.973 unidades emplaca-das. Desde a opção de en-trada o Toyota é equipado com direção com assistência elétrica regressiva, ar-con-dicionado, vidros e travas com acionamento elétrico.

A agora ZF TRW (foto), como é chamada a empresa alemã depois de ter concluí-do a compra da fabricante de sistemas norte-americana, em maio desde ano, anuncia a meta de ganhar espaço no mercado de reposição. A com-panhia fruto da fusão é a ter-ceira maior fabricante de auto-peças do mundo, atrás apenas da Bosch e da Continental. A posição é ainda mais impor-tante no aftermarket, segmen-to em que o conglomerado é o segundo fornecedor global.

Segundo a organização, a demanda do mercado de re-posição passa por expansão e o objetivo é aproveitar este momento para ampliar os ne-gócios. A partir de agora a ZF Services, que tem 77 unida-des e 650 parceiros de servi-ços no mundo, trará serviço de telemática em plataforma aberta e treinamento para a mobilidade elétrica. Parale-lamente, a TRW Aftermarket vai ampliar o portfólio digital com novo aplicativo de busca

de peças com a possibilidade de procurar no catálogo pelo número do chassi do veículo.

Dessa forma, a empresa pretende acompanhar o cres-cimento da frota de veículos elétricos e híbridos que, ape-sar de ainda ser pequena.

FORNECIMENTOA ZF TRW anuncia que assi-

nou os primeiros contratos para fornecer a próxima geração de sis-temas de câmeras, a S-Cam4, para montadoras europeias. Entre as funções garantidas possíveis com o dispositivo está a frenagem au-tomática de emergência em caso diante de um pedestre, por exem-plo, o AEB (Automatic Emergen-cy Braking). A tecnologia é um dos bons frutos da aquisição da TRW, que tornou mais competiti-va a oferta de soluções do grupo.

“A ZF conquista novos seg-mentos de produtos e amplia seu portfólio no mercado de sistemas de transmissão e tec-nologia de chassis, incluindo sistemas de segurança ativa e passiva”, apontou em comunica-do Stefan Sommer, CEO da ZF.

ÔNIBUS A HIDROGÊNIO

DUAS RODASDucati Monster 821 chega ao Brasil

SEMESTREVendas da PSA avançam pouco

RENAULTMotor do Zoe elétrico ganha mais autonomia

Na contra mão da crise no mercado de duas rodas, a Ducati aumenta seu catálogo de ofertas e já conta com 17 mo-delos vendidos no País. O lançamento da vez é a naked Monster 821 (foto), equipada com motor de 112 cavalos e torque máximo de 9,1kgm a 7.750 rpm. Os principais destaques da Monster 821 são: painel com tela de LCD, freios

Brembo de alta capacidade, assento com ajuste de altura, três modos de pilotagem – Sport, Touring e Urban, e conta com ABS com três níveis de ajuste. O modelo é montado em Manuas, em parceria com Dafra, e está disponível na cor vermelha Ducati ao preço de R$ 43,9 mil.

A Renault é uma das pioneiras nas vendas de carros elétri-cos no mundo e traz novi-dades para o mercado, o Zoe (foto), , na versão 2016 terá novo mo-

tor, com maior autonomia. Já o Twizy ganhou uma versão de carga, que já está no mercado desde o ano passado. O motor R240 que passa a equipar o Zoe, tem autonomia de 240 km, 30 km a mais que o da versão anterior. Além disso, a bateria carrega em um período de tempo 10% menor. O carro pode ser recarregado em qualquer terminal público para carros elétricos. A versão adaptada para transporte do Twizy tem capacidade de quase 200 litros no porta-malas (ocupando o banco de trás).

já circulam na cidade de São Paulo

Segundo a Toyota, o novo dispositivo, utilizado, permite espelhamento do navegador dos smartphones

DIVERSÃO&ARTE 1 TRIBUNAINDEPENDENTE

As produtoras superpoderosas Sony Pictures e Marvel Studios já defini-ram quem vai roteirizar o reboot de Homem-Aranha: John Francis Daley e Jonathan M. Goldstein. A dupla estava entre os mais cotados e têm a dura missão de reescrever a história do super-herói para estrear em 28 de julho de 2017. Entre os desafios, Daley e Goldstein terão de contar a história de Peter Parker partindo do ensino médio, mas sem repetir a origem do herói, como aconteceu em “O Espetacular Homem-Aranha”, de Mac Webb. O per-sonagem, que será interpretado pelo jovem Tom Holland, também vai fazer uma aparição no filme “Capitão América 3”, antes de protagonizar seu filme solo.

Roteirista de remaker de “Férias frustradas” escreverão o novo homem-aranha

MACEIÓ - DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015

O ilhadoDE SI MESMO “É a chance de

uma vida que eu estou tendo aqui”, declarou, ao vivo, em rede

nacional, um ainda púbere Is-mar Tirelli Neto. Depois de nove semanas enfrentando desafios sobre filmes clássicos no “Do-mingo Milionário”, um antigo quizz show da TV Manchete, ele estava agora a apenas algumas perguntas de ganhar uma via-gem a Hollywood, o seu sonho de adolescência. “E quem é que já não sonhou com Hollywood, eu pergunto a vocês que estão aqui, hein?”, lançou para a plateia o apresentador Jota Silvestre, com sua voz impostada de locutor. “Um garoto de 12 anos tem a chance de conhecer de perto a Meca do cinema!”, continuou ele, enquanto a câmera focava o rosto tenso e bochechudo do candidato.

O ano era 1997. A memória enciclopédica de Ismar, um pro-dígio capaz de citar datas, nomes e fichas técnicas inteiras de fil-mes, tinham feito dele uma atra-ção de shows televisivos da época (no programa do Jô Soares, che-gou a apresentar uma canção do longa “Minha adorável espiã”, de 1970). Em sua última participa-ção em “Domingo Milionário”, o garoto começou ouvindo homena-gens da sua professora de escola (‘Você é nosso sonho, Ismar, você é nossa esperança de um Brasil maravilhoso”) e seguiu acertando todas as respostas. Na nona per-gunta, porém, veio o erro bobo. Em choque, chorou abraçado ao apresentador, deixando o progra-ma de mãos vazias e o público de coração partido.

Hoje com 29 anos, Ismar já não sonha com Hollywood, nem participa de programas de TV. O garoto que fez uma plateia intei-ra chorar se tornou poeta. Autor dos elogiados “Synchronoscopio” (7Letras) e “Ramerrão” (7Letras, 2011), ele lança, nesta segunda, às 19h, na Livraria 7Letras (Rua Visconde de Pirajá 580), a sua terceira coletânea de poemas, “Os ilhados” (7Letras, 112 pags., R$ 37). Embora o livro não trate especificamente da experiência

frustrada na TV, o trauma ainda ecoa em sua literatura. Os 50 poe-mas da obra, diz ele, foram “escri-tos do ponto de vista de alguém que tem medo o tempo inteiro”.

“Eu me identifico com essa figura da pessoa promissora que não para de prometer. Aquilo foi uma experiência muito marcante que me assombra. Vejo um pa-drão de irrealização. Em mais de um sentido, é como se eu nunca tivesse saído daquele palco, como se estivesse constantemente errando uma resposta”, conta Ismar, que quase venceu o con-curso Contos do Rio, promovido pelo Prosa em 2007, e também já foi apontado, por críticos como a aposta literária do próximo ano, em 2009 e 2010.

As imagens do “Domingo Milionário” foram usadas no curta-metragem “Ismar” (2007), de Gustavo Beck, que compara o Ismar do passado, um meni-no cheio de esperanças, e o do presente, um adulto “desiludi-do e em busca de identidade” — segundo a sinopse do filme. O poeta, no entanto, conta que tenta se manter o mais afastado possível do material.

“Eu não me lembro muito de nada. Eu lembro do rosto do meu avô, tentando esconder o choro, o que foi muito impactante. Eu lembro que as portas não eram automáticas, as portas que da-vam para o palco eram puxadas por assistentes. Eu lembro espe-cificamente da sensação de “não me conter”. Esse jorro. Chorar em cadeia nacional de televisão, ao vivo. Foi uma humilhação

transformadora. E eu próprio me tinha colocado ali. Por algum motivo”.

“Os ilhados” representa uma ruptura na trajetória do autor. Além do uso recorrente da pro-sa, Ismar se distancia do humor autodepreciativo de “Synchronos-copio”, pois já não acha “o poema--piada possível”. Trata-se de um livro que trabalha “no limite, a partir de uma ameaça constante de desintegração”.

“São poemas de alguém que está tentando manter a calma, tentando organizar, no mais dos casos fracassando e encenando esse processo pelo qual a realida-de se mostra brutal demais para ser abarcada de um só golpe”, define o poeta. “A imagem do via-jante que não consegue ir a lugar algum não ficou muito explícita em “Ramerrão” (sua obra ante-rior), e foi uma espécie de guia na construção do livro”.

No ano passado, Ismar as-sumiu pela primeira vez um emprego formal: depois de toda uma vida adulta se defendendo com bicos de tradução e com a “esmola” familiar, como ele diz, ingressou em um escritório no Centro do Rio. A experiência corporativa se mostrou “tão mas-sacrante” quanto sempre supôs, mas rendeu versos instigantes sobre a rotina assalariada. “gon-go à garganta da ascensorista/ ‘desce’/ uma malha de corredores vazios, espalha-se a ordem por/ lajotas de mármore maravilhas?”, escreve ele no poema “Um funcio-nário”.

“Com quase 30 anos de idade,

devidamente posto em meu lu-gar, sóbrio há três anos e tendo já enterrado alguns parentes, achei por bem tomar alguma atitude no sentido de tocar uma vida mais viável”, diz. “No meu caso específico, trabalho com tradução de documentos legais. Tenho uma meta diária a cum-prir e a linguagem em que esses documentos são vertidos é re-petitiva ao ponto da hilaridade. Isso deve ter provocado em mim um novo respeito pelas palavras. Tornei-me ainda mais temeroso das palavras que escolho. Deve ter ocorrido alguma mudança no tom, também. Devo ter ficado mais amargo. Estou procurando me desiludir, me desiludir de-finitivamente de tudo, e ter um emprego no Centro da cidade é de grande ajuda nesse sentido’.

Como o próprio título indica, “Os ilhados” fala sobre isolamen-to. Mas também questiona o pró-prio desejo de narrar, de tornar “os eventos planos, sequenciais, causais”. Só que eles nunca se tornam — e Ismar tem cons-ciência disso. Dos palcos da TV ao lirismo do escritório, a vida oscilou de maneira brutal, “entre o causal e o despropositado”.

“Justo quando você se acos-tuma com esse modo de tocar a vida, surge o imprevisto, o hor-ror”, diz. “Tudo começa com essa sedução da forma, da expectativa de uma narrativa. Mas há algum sentido em uma criança falando sobre fitas hollywoodianas de 1940 aos 12 anos e, aos 29, dan-do uma entrevista sobre litera-tura? São figuras inteiramente distintas, mas apresentam-se numa mesma vida, no mesmo texto plano, com infância, madu-reza, velhice”.

Quase duas décadas depois, trechos do fatídico episódio do “Domingo Milionário” caíram no YouTube. Na caixa de comen-tários, há quem lembre ter cho-rado com Ismar, e até quem se inquiete com o seu futuro. “Tadi-nho, por onde andará ele hoje?”, pergunta-se uma internauta. Ismar manda avisar:

“Não se preocupe, estou des-graçado, obrigado”.

Em “Os ilhados”, sua terceira coletânea de poemas, Ismar Tirelli, versifica uma rotina de promessas

que nunca se concretizam

DIVERSÃO&ARTE2 TRIBUNAINDEPENDENTEMACEIÓ - DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015

FALE CONOSCO - A Agenda é um serviço gratuito de orientação ao leitor. Os interessados em divulgar eventos, shows e exposições podem enviar material através do endereço: [email protected]

“No Tempo da Guerra Fria” O Centro Universitário CESMAC promove o lan-

çamento, dia 23, às 19h, do livro “No Tempo da Guerra Fria – memórias e reflexões” de autoria

do Cel. José Fernando de Maya Pedrosa, na Galeria CESMAC de Arte Fernando Lopes. A obra se confi-gura em uma importante análise sobre o período da Guerra Fria e como esse movimento acabou estabele-cendo processos pelo mundo inteiro. A produção traz em 578 páginas a vivência do autor nessa época e pretende ser importante instrumento de estudo para quem se interessa pela história. Local: Galeria CES-MAC de Arte Fernando Lopes, Rua Cônego Machado, s/n, Farol. Mais Informações: (82) 3215 5094 | 9972 5188 (Contato do autor)

CPM22

Com 20 anos de carreira e canções do rock, a banda CPM 22 subirá ao palco da Musique no dia 01 de agosto, às 22h. A banda irá agitar o público com canções que marcaram a carreira como “Um minuto para o fim do mundo”,

“Não sei viver sem ter você” e “Dias atrás”. Ingressos: Pista (meia entrada) R$ 40; pista (inteira) R$ 80; Frontstage R$ 70. Ponto de Vendas: -Stand Viva Alagoas (Shopping Maceió),-Stand Folia Brasil (G Barbosa Stela Maris),-Mausoleu (Rua da Praia),-Tchuk Jhones (Hiper Gruta) e Point Radical (Shopping Pátio). Mais informações: (82) 3032-0088

Show BeneficenteO Padre Fábio de Melo é a atração de um Show Beneficente no dia 9 de agosto, às 19h no Papódromo. No repertório, ele vai mesclar canções do último CD, intitulado “Solo Sagrado”. O sacerdote também deve relembrar antigos sucessos como “Eu e o Tempo”, “Tudo é do Pai” e “Tudo Posso”. Ingressos: R$ 20,00 (Área 2), R$ 40,00 (Área 1) R$ 80,00 (Cadeira numerada). Pontos de Vendas: Livrarias Paulinas Maceió (Rua da Alegria, 71, Centro), Viva Alagoas (Maceió Shopping), Acesso Vip (Parque Shopping), Folia Brasil (GBarbosa Stela Maris).

Exposição internacional Durante os dias 18 de julho e 30 de agosto, o público alagoano terá a opor-tunidade de conhecer de perto um dos objetos mais estudados e misteriosos da história da Humanidade. Pela primeira vez em Maceió, a exposição interna-cional “Quem é o Homem do Sudário?” trará com exclusividade ao Parque Shopping a reconstituição da trajetória do Sudário de Turim, o pano que supos-tamente teria envolvido Jesus Cristo, por meio de réplicas de elementos datados da Antiguidade. Para ter acesso à expo-sição, bastar levar um quilo de alimento não perecível. Local: Parque Shopping, piso L2. Horário: 10h às 22 horas. (Do-mingo das 12h às 22h).

Tributo a DominguinhosNo dia 23 de julho às 20h30, no Teatro Deodoro, acontece a abertura do Projeto Cultural Encontros em Alagoas, com o sanfoneiro Cezzinha, que fará um tributo a Dominguinhos; as participações especiais do Grupo Mô Fio e a cantora Wilma Araújo. O projeto tem o objetivo de promover espetáculos musicais, humorísticos e teatrais proporcio-nando ao público Alagoano en-contros com importantes artistas de renome nacional com alguns dos melhores artistas Alagoanos , com um mesmo valor de ingresso e no mesmo palco , valorizando principalmente a nossa cultura. Informações 99979-5959, reali-zação da Eventur´s - Ltda com a Produção Cultural de Marcus Assunção e Produção Executiva de Fafá Rocha. Vendas a vista ou no cartão no local.

Projeto Jornada FotográficaA quinta edição do projeto Jornada Fotográfica vai reunir amantes, entusiastas e pro-fissionais do segmento para compartilhar e debater a Foto-grafia. O convidado especial da vez é o fotógrafo Marcos Bonisson, que tem seu trabalho exposto em diversos acervos de arte mundo afora. Estudou gravura, desenho e fotografia na Escola de Artes Visuais do Parque Lage no final da década de setenta e até hoje é um dos principais representantes da área. Na programação de palestras, nomes como Ricardo Lêdo, Renata Voss, Camila Caval-cante, Monica Guimarães, Pei Fon e Luciana Peixoto. Uma excursão para o Instituto Ricardo Brennand, em Recife, também integra as atividades.

RUDÁ – Um Sonho RealRudá: Um Sonho Real mistura linguagem teatral com dança e acrobacias aéreas para mostrar o lado mais lúdico da infância. Cumpriu, com gran-de sucesso, temporada de 2 meses no Rio de Janeiro e agora pode ser conferido em várias cidades do Brasil. Maceió está incluída no roteiro que comtempla também: Belo Horizonte, Salvador, Recife, Aracaju, Belém, Porto Alegre, Curitiba, Goiânia, Brasília e Maceió, entre outras. As apresen-tações na capital Alagoana acontecem dias 8 e 9 de agosto no Teatro Gus-tavo Leite – Centro de Convenções. Ingressos: Plateia: R$ 50,00 (meia) e R$ 100,00 (inteira) Mezanino: R$ 40,00 (meia) e R$ 80,00 (inteira). Formas de pagamento: cash / débito / crédito em até 2 X . Mais informações: 82 3235-5301 / 3317-0865 / 9928-8675 [email protected]

Parque ShowMuito jazz, samba e bossa nova esperam

pelo público em uma sequência gratuita de apresentações durante todo o mês de

julho no Parque Shopping. Agora com novas da-tas, às quartas e quintas-feiras, sempre a partir das 19h, a nova programação do projeto Parque Show receberá neste mês, na praça de alimenta-ção do mall, os artistas alagoanos Bruno Palagani e Ricardo Lopez. Com repertório variado que vai do samba de Waldir Azevedo e Pixinguinha até músicas célebres de Tom Jobim e B.B King, os clientes vão poder aproveitar três semanas de noites especiais ao som do melhor do chorinho, samba e blues nacional e internacional.

DIVERSÃO&ARTE 3 TRIBUNAINDEPENDENTE

TV TUDO

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

Solução

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BANCO 26

Vida defarrista(fig.)

O muscu-loso de

academia(gír.)

Kim Jong-(?), ditador

norte-coreano

A (?):nenhuma importân-cia (pop.)

Conjunto depessoas

(transpor-tadas)

Antigaspeças

para piso de cozinha

Líder dopanteãogrego(Mit.)

Conjuntode galhos

Fugir da(?): evitarum com-promisso

Estado dobarriga-verde(sigla)

Músicocomo

RobertPlant

Aveafricanade cristaamarela

Conside-rar comatenção

Comovieram

ao mundo1.050, emromanos

(?) Lee,diretor de "As Aventu-ras de Pi"

Quecostumaagir com

clemência

Barão de(?), indus-

trial doImpério

O de polopossuiquatro

jogadores

"(?) deIludir",

sucessode Caetano

Levantar(umaobra)

Na hora(?): no

momentopreciso

(?) Veneno-sa, inimigado Batman

(HQ)

Escritor, tradutor, de-senhista e humorista,foi um dos fundado-res de "O Pasquim"

Mercado Ver-o-(?):feira ao ar livre

localizada em BelémSem curvas (a rua)

Fixo (osolhos) em

Editor(abrev.)

Portal detemplos

japonesesExecuta

Nestelugar

Diâmetro(símbolo)

Oxalá! Capital brasileira totalmente nohemisfério NorteAparelho

trituradorde capim

Caracte-rística do inglês John Merrick,o Homem Elefante (séc. XIX)

EnfraquecePainel pu-blicitário

(ingl.)

3/ang. 4/tori. 6/mínima — tomara. 7/gandaia — outdoor. 9/deformado. 11/grou-coroado.

FLÁVIO RICCO - colaboração: José Carlos Nery - www.twitter.com/flavioricco

MACEIÓ - DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015

SEM POESIA Sem surpresas, ABL divulga vencedores dos A Academia Brasileira de Letras (ABL) confirmou os sete vencedores de seus prêmios literários de 2015. Não houve premiados na categoria de poesia - o que causou surpresa entre os autores do gênero -, e Rubem Fonseca levou o Machado de Assis pelo conjunto da obra. O escritor mineiro receberá R$ 100 mil pela homenagem, e os restantes vão ganhar R$ 50 mil cada. A cerimônia será realizada no salão nobre do Petit Trianon na próxima quinta-feira. Confira a relação com-pleta dos premiados:Prêmio Machado de Assis: Rubem Fonseca.Ensaio, Crítica e História Literária: Roberto Acízelo de Souza, por “Do mito das musas à razão das letras” (Editora Argos).Tradução: Denise Bottman, por “Aguapés” (Editora Biblioteca Azul), de Jhumpa Lahiri.Literatura infanto-juvenil: Nelson Cruz, por “O livro do acaso” (Aba-catte Editorial).Ficção: Ana Miranda, por “Musa praguejadora – a vida de Gregório de Matos” (Record).História e Ciências Sociais: Bolívar Lamounier, por “Tribunos, profetas e sacerdotes – intelectuais e ideo-logias no século XX” (Companhia das Letras)Cinema: Mauro Lima e Antonia Pellegrino, roteiristas do filme “Tim Maia”O quinto volume da “Correspondên-cia de Machado de Assis”, editado pela ABL, também terá lançamento oficial durante a festa. O livro foi organizado pelo acadêmico Sergio Paulo Rouanet, com auxílio de Silvia Eleutério e Irene Moutinho.

ÁRIES - (21/3 a 19/4) – Você está tão cheio de energia e com a cabeça tão cheia de idéias novas que não vê a hora de colocar em prática todos os seus planos. No entanto, existe sempre uma possibilidade de que seus planos precisem ser adaptados e remanejados devido à ação imprevista de Urano, que pode provocar condições súbitas que impõem algumas modificações em suas ações.TOURO – (20/4 a 20/5) – Neste mo-mento você se sente muito bem, pois transborda energia e pode canalizá--la em varias direções. Os momentos mais agradáveis se direcionam para o ambiente familiar, onde você terá mo-mentos de grande harmonia e alegria,

especialmente em eventos sociais e em reuniões com seus entes queridos.GÊMEOS – (21/5 a 21/6) – O gemi-niano, que está com suas energias renovadas pela passagem do Sol em seu signo, pode contar com algumas configurações astrológicas positivas que vão lhe abrir muitas portas, especial-mente no âmbito profissional. Porém, até mesmo no âmbito pessoal e familiar o céu vai lhe dar uma mão, ajudando-o a resolver conflitos e esclarecer eventu-ais mal-entendidos. É muito importante saber canalizar positivamente esta ener-gia porque você poderá receber apoio e conselhos preciosos de seus entes queridos. Abra seu coração e não confie em suas dúvidas para poder preparar

planos seguros rumo aos seus objetivos.CÂNCER – (22/6 a 22/7) – Nesta fase, com o Sol já entre o segundo e o ter-ceiro decanato do signo, a Terra recebe um reforço energético pela presença de Marte e será o seu signo o mais benefi-ciado. Você poderá aproveitar esta ener-gia para tomar novas iniciativas a fim de esquentar um relacionamento morno ou de iniciar um relacionamento novo,LEÃO – (23/7 a 22/8) – Ótimas opor-tunidades de expansão. Não deixe o momento passar sem aproveitar para investir em seus objetivos e dessa forma poderá receber a recompensa de seus esforços pessoais.VIRGEM – (23/8 a 22/9) – Neste período os aspectos astrológicos favorecem o

seu ambiente profissional e você poderá se beneficiar muito com isso! Você pode aproveitar este momento para conseguir ir adiante com seus planos, por mais complicados que eles lhe pareçam.LIBRA – (23/9 a 22/10) – As inúmeras solicitações não devem desviá-lo de seu caminho principal. Não tente fazer tudo ao mesmo tempo! Avance a pequenos passos rumo aos seus objetivos e sempre com cautela. Você poderá se esgotar e não chegará a lugar nenhum. Cuide de sua saúde, pois estará sujeito a pequenos acidentes e a oscilações da pressão arterial.ESCORPIÃO – (23/10 a 21/11) – Não deixe que assuntos do passado promo-vam mágoas e recriminações em seu

ambiente familiar. Passe uma borracha sobre o passado e enxergue o futuro com otimismo!SAGITÁRIO – (22/11 a 21/12) – Está na hora de você sentar e avaliar todos os seus planos futuros porque em breve Saturno ingressará em seu signo e você irá precisar de todas as suas forças para chegar a conquistar todas as suas metas! Por enquanto, aproveite este momento astrológico para terminar de “arrumar a casa”,CAPRICÓRNIO – (22/12 a 19/1) – Evite enfrentamentos radicais e diretos; prefi-ra acordos e compromissos, mesmo se você precisar ceder um pouco em suas próprias convicções. Um pequeno recuo nesse momento pode ser a melhor

solução para avaliar suas próximas ações que o ajudarão a alcançar os seus objetivos.AQUÁRIO – (20/1 a 18/2) – Você preci-sa estar atento para não se comprome-ter com despesas excessivas ou inúteis que comprometam seu orçamento pessoal. Por outro lado você poderá pensar numa viagem de férias, para poder recarregar as suas energias, já esgotadas por sucessivos imprevistos. PEIXES – (19/2 a 20/3) -Evite gastos desnecessários que comprometam suas finanças pessoais e avance firmemente na direção de seus objetivos. A ajuda de uma pessoa amiga ou de um familiar lhe será muito útil para implantar seus novos projetos profissionais.

HORÓSCOPO

Bate-rebate

C’est finiNada mau o momento de Chay Suede, o Rafael, em “Babilônia” na Globo.Praticamente todos os merchandisings da novela se concentram no seu personagem.No caso, Natura, Itaú, Honda e Globo Filmes. Então é isso. Mas amanhã tem mais. Tchau!

Efeito Liga Devido às transmissões da Liga dos Campeões, exclusivo, na TV paga, o canal Esporte Interativo já se movimenta nos bastidores.Estreia nas próximas semanas, a recém-con-tratada apresentadora Emilim Schmitz, que já trabalhou na RBS de Santa Catarina e no Fox Sports. Ela vai assumir o Caderno de Esportes, ao lado de Fred Caldeira.

Pelo telefoneTodo o acerto da Record com Roberto Justus e definição do seu nome como apresentador de “A Fazenda”, aconteceu pelo telefone. Foram várias conversas ao longo dos três últimos dias.Justus está Miami, em férias, com a mulher Ana Paula e a filha Rafaella.

Em cena de ”Verdades Secretas”, na Globo, prevista para ser exibida nesta sexta-feira, Sam (Felipe De Carolis) leva Larissa (Grazi Massafera) para um local onde costuma comprar drogas e Divanilda (Ana Barroso) dá carona para os dois. A personagem de Grazi terá os seus piores momentos com uso de drogas a partir de agosto

PAULO BELOTE/GLOBO

·Ainda não existe na Record um novo projeto para o autor Carlos Lombar-di...·... É uma situação que, para este ano ainda e primeiro semestre do próximo, não deverá se modificar.·E na Globo a dúvida é até quan-do vai “Babilônia”? Ou, segundo alguns, até quando ela consegue aguentar? ·Ainda não há uma manifestação oficial sobre o seu encerramento e a conse-quente definição de data para a estreia de “A Regra do Jogo”...·... Deve ser entre a última semana de agosto e a primeira de setembro, mas ainda está tudo muito assim.·Também na Globo, a participação de Mônica Iozzi, no papel de Tancinha, na “Sassaricando” mix, que vem por aí, é dada como certa...·... Assim como é cogitada uma parti-cipação especial de Cláudia Raia, que fez a personagem na primeira versão.·Terminando “Verdades Secretas”, Wal-cyr Carrasco irá se reunir com o diretor Jorge Fernando para fechar o elenco da sua próxima novela das 18 horas...·... Sérgio Guizé é um nome certo, reservado há algum tempo...·... Mas Marco Nanini, por enquanto, não passa de um desejo. Não tem nada acertado com ele.

Globo tem alguém pensando nas suas novelasNão é preciso voltar no tempo ou se jogar em estatísticas para comprovar a alta capacidade da Globo em

produzir novelas. No mesmo momento em que “Babilônia” apresenta problemas, que estão longe de ser um fracasso completo, temos o lançamento muito por cima de “Além do Tempo”, além dos resultados excelentes

registrados por “I Love Paraisópolis” e “Verdades Secretas”. A média, vamos combinar, é muito boa. Está certo que uma tropeçada na faixa das 9 da noite sempre provoca ruídos muito fortes e dá margem às mais pessimistas considerações. E que também o sucesso de algumas não justifica os problemas da outra, mas o índice de acerto continua bem elevado.Tudo isso apenas vem revelar que as medidas colocadas em prática na teledramaturgia nos últimos tempos, e entre as principais a presença de Silvio de Abreu na direção deste núcleo, foram das mais acerta-das. A Globo, além dessa bem interessante regularidade no resultado final, hoje tem alguém do ramo, pensando e agindo no setor. Os resultados chegam naturalmente. Como, de fato, estão chegando.

Não bate a contaO SBT tem dois telejornais no ar. O “SBT Brasil”, ao vivo, às 19h45, e o “Jornal do SBT”, gravado e exibido no começo da madrugada, com direito a reprises pela manhã.Para atender essa demanda e alguns boletins, existem na casa 12 apresentadores contratados.

Não há exageroEntre as apresentadoras, além das titulares, Rachel Sheherazade e Karyn Bravo, ainda tem a Cynthia Benini, Analice Nicolau, Neila Medeiros, Joyce Ribeiro, Patrícia Rocha e Carolina Aguaidas.E no time masculino, Joseval Peixoto, Carlos Nas-cimento, Hermano Henning e Marcelo Torres. Vamos combinar que tem alguma coisa errada.

Grupo forte Trata-se, indiscutivelmente, de um grupo muito bom e formado por excelentes profissionais, mas é preciso encontrar uma maneira de otimizar o trabalho de todos. Alguns poderiam, muito bem, ser aproveitados nas reportagens.

E outra...Para economizar no ônibus da madru-gada, o “Jornal do SBT” passou a ser gravado às 10 da noite. Uma hora e meia depois do encerramento do “SBT Brasil”.Evidente que o seu conteúdo não é nada diferente daquele que o antecede. Não seria o caso de trocar este da madrugada por um na hora do almoço? Não fosse por outros motivos, o jornalismo do SBT fica praticamente 24 horas sem atualizar as informações.

Vai ser assim 1No primeiro “É de Casa”, novo progra-ma dos sábados da Globo, com estreia dia 8, todos os apresentadores estarão presentes. Ou seja, Patrícia Poeta, Tiago Leifert, Zeca Camargo, Cissa Guimarães, André Marques e Ana Furtado.

Vai ser assim 2Já nas edições seguintes, aí sim, haverá um rodízio de duplas na sua apresenta-ção. A ideia é que a primeira delas seja forma-da por Patrícia Poeta e um apresentador, homem, uma vez que ela, Poeta, já está há um bom tempo fora do ar.

Vai ser assim 3Mas quanto aos demais, não haverá folga para ninguém. Todos serão pautados para reportagens especiais, inclusive a do qua-dro “Eu Repórter”, que serão utilizadas no programa. A ordem é essa: enquanto uma dupla estiver na casa, ancorando ao vivo, os demais estarão espalhados pelo Brasil, atrás de matérias que possam interessar.

Bastidor do programa “Tomara que caia”, que estreia domingo, 19, na Globo, após o “Fantástico”, com a Cia. Barbixas de Humor e os atores Priscila Fantin, Eri Johnson, Heloisa Périssé, Nando Cunha, Marcelo Serrado, Dani Valente e Fabiana Karla. Aliás, sobre o título escolhido para o programa, com toda certeza, é o que já devem estar torcendo os seus concorrentes do horário

CAIUÁ FRANCO/GLOBO

DIVERSÃO&ARTE4 TRIBUNAINDEPENDENTEMACEIÓ - DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015

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Dona de uma beleza única, TopNews enfoca a jovem senhora Rafaela Beltrão, uma amiga muito querida que

sempre se destaca nos grandes acontecimentos em nossa sociedade

TopNews aproveita este final de semana para parabenizar a grande fotógrafa Dressa Mello, uma profissional top do top

que vem realizando um trabalho maravilhoso na arte de fotografar. Parabéns!

Telma Toledo, uma nutricionista do mais alto conceito em nosso Estado, vem realizando um trabalho maravilhoso quando falamos em reeducação alimentar, com um cardápio em harmonia total.

Parabéns, Telminha!

FOTO BY CHICO BRANDÃO

“Os verdadeiros vencedores na vida são pessoas que olham para cada situação com a esperança de poder resolvê-la ou melhorá-la”

Camarão com molho de champanhe rosa, arroz e amêndoas1 quilo de camarão grande, descascado e limpo 1 garafa de champagne rosa 1 cebola grande 3 dentes de alho 1 tomate 1 maço de cebolinha verde 1 colher (sopa) de sementes de coentro 1 xícara de creme de leite azeite de oliva extra virgem a gosto

páprica picante a gosto salsa a gosto sal e pimenta do reino a gosto

MODO DE PREPARODescasque e corte os tomates, a cebola e o alho. Separadamente, triture-os num processador. Em uma frigideira, adicione o azeite, adicione o alho e a cebola e aguarde de 1 á 2 minutos. Imediatamente, coloque o tomate. Quando a mistura começa a

secar, acrescente o camarão, misture e incorpore o sal, a pimenta, a páprica e sementes de coentro. Misture bem. Faça um copo de champanhe rosa. Quando começar a ferver, adicione o creme de leite, cebola picada verde. Lembre-se que o camarão já está preparado, não deixe no fogo mais tempo.Como acompanhamento, acrescente o arroz branco com amêndoas.

FOTOS BY CHICO BRANDÃO

Cachaça alagoana entre as melhores

A Cachaça Caraçuípe

tornou-se uma das mais conceituadas bebidas do País. O “Concurso Mundial de Bruxelas Edição Brasil – Concurso Nacional de Vinhos e Destilados”, realizado anualmente, anunciou os grandes vencedores desta edição. Foram premiados com medalhas um total de 100 rótulos diferentes, sendo 49 vinhos e 51 destilados. Nesta última categoria, a alagoana Caraçuipe foi uma das agraciadas, recebendo a medalha de Prata.

Dançar contra depressão

Além dos benefícios tradicionais como controle de peso,

condicionamento físico, estimulação da concentração, melhora do desempenho cognitivo, aprendizagem e memória, elevação da autoestima, entre outros aspectos que a dança pode trazer, segundo uma pesquisa realizada pela Universidade Southwersten, do Texas, nos Estados Unidos, a prática deste exercício, pelo menos 30 minutos, três vezes por semana, pode ser tão eficiente quanto o uso de antidepressivos. A modalidade pode ser considerada um remédio natural para a saúde. Além do combate a depressão, ajuda a prevenir outras doenças degenerativas como o mal de Parkinson e patologias neurodegenerativas.

Lançamentos Mahogany

A Mahogany, marca brasileira

de produtos premium para cuidados especiais, traz para a linha Lavanda & Algodão dois novos integrantes: Creme para os Pés e Creme Multifuncional. Essa linha apresenta em suas notas uma deliciosa fragrância floral aromática, que proporciona à pele sensação de frescor e suavidade. A linha Lavanda & Algodão conta com itens para cabelo, corpo e mãos, e também tem fragrância e itens para a casa. Confira as novidades na loja Mahogany no 2º piso do Maceió Shopping.

Rock

Neste sábado e domingo a Expo RockWalk Brasil

continua na praça de eventos do Maceió Shopping e traz mais atrações além da “Calçada da Fama do Rock”, numa exclusiva coleção de placas em concreto marmorizado, trazendo gravados em baixo-relevo as mãos, autógrafos e mensagens das maiores celebridades do rock nacional. A “Expo RockWalk Brasil” tem por objetivo principal divulgar o projeto Rockwalk Brasil, um inesquecível ‘Tributo à História do Rock Brasileiro’. Em sua nova temporada, o evento apresenta também uma exposição de coleção de guitarras autografadas pelos astros do rock nacional. Painéis em alta resolução exibem algumas biografias e discografias dos rockwalkers, completando assim a Expo. Lembrando que a Expo RockWalk Brasil fica no Maceió Shopping até o dia 20 de julho, e a entrada é totalmente gratuita. Neste final de semana, no horário de 16 até 19h, também haverá apresentação de artistas da Casa de Música Vila Lobos, Beto Buarque , Missão 360 e Shalom.

Cristo Rei

Empresários Jorge e Gina Cardoso, comemorando com a

comunidade escolar a retomada das aulas no Colégio Cristo Rei. Com posição de destaque no Enem, o Colégio Cristo Rei oferece estrutura ímpar, além de metodologia inovadora para os seus alunos, o que tem se refletido na excelente média dos alunos aprovados. Parabéns a todos que fazem o Cristo Rei.

Quinta no Arena

A Diretoria de Teatros de Alagoas encerra no próximo dia 27

as inscrições da 11ª edição do projeto ‘Quinta no Arena’. As 14 apresentações acontecerão nos dias 20 e 27 de agosto; 03,10, 17 e 24 de setembro; 01,08,15 ,22 e 29 de outubro; e 05, 12 e 19 de novembro. Os espetáculos serão realizados sempre às quintas-feiras, às 19h, com ingressos a preços populares, R$ 10 inteira e R$ 5 meia (para estudantes e meia idade). Mais informações pelos telefones (82) 3315-5665/ 5664 ou na sede da Diteal, na praça Deodoro s/n – Centro de Maceió, onde estão sendo feitas as inscrições. O edital completo pode ser consultado no endereço eletrônico teatrodeodoro.al.gov.br.

Rio Branco em festas

Depois do sucesso da promoção de óculos das grifes mais cobiçadas do mundo, o empresário Mário Jorge Câncio

comemora também o sucesso da promoção nos relógios nas Óticas Rio Branco. A loja, instalada no Maceió Shopping, está com descontos de 50% nos relógios das grifes Technos, D&G, Ana Hickmann e Mormaii. É uma festa de preços inacreditável. Venha correndo conferir e garanta já o seu!

Elas são top do top, elas são mulheres que engrandecem e enaltecem o valor da mulher alagoana. Elas são Adriana Barbosa, Dalila Beltrão e Julieta Leite, amigas maravilhosas que sempre merecerão os

nossos aplausos. Saudades, amigas!

Parabéns, amigos!

Hoje queremos

parabenizar os amigos que no último dia 17 foram aniversariantes

especiais que comemoraram a data junto a familiares e amigos. Por isso, TopNews aproveita para parabenizar Martha Vieira, Rodrigo Sarmento, Marcella Ayalla, Eliane Aquino, Gileno Malta. A todos vocês, amigos, feliz aniversário e que todos os seus sonhos sejam realizados.

O valor de Dressa Mello

TopNews aproveita

este final de semana para parabenizar a grande fotógrafa Dressa Mello, uma profissional top do top

que vem realizando um trabalho maravilhoso na arte de fotografar. Sua técnica é única e seu ‘olhar’ encanta a todos. Dressa, uma profissional top do top, que sempre merecerá os nossos aplausos. Parabéns, amiga, seu estúdio está sempre repleto e você sempre merecerá a nossa admiração e o nosso carinho!

Colorir no Iphone

O aplicativo Colorfy é a mais nova opção para os adultos

que gostam de colorir. Esta moda pegou no “mundo real”, com muita gente comprando livros para pintar nos últimos meses. Agora, quem não quer ter esse gasto, pode fazer o download do programa, que já é o segundo mais popular da App Store entre os aplicativos grátis. O Colorfy está disponível gratuitamente para iOS 7 ou superior, sendo compatível tanto com iPhone como iPad. Com interface simples, o app é fácil de mexer e funciona bem. São mais de 30 tipos de desenhos para colorir, divididos em categorias e grau de dificuldade. A maioria possui elementos florais, mandalas e formas geométricas.

Neste domingo Top News enfoca a belíssima fachada da Maison Casa Moa que está localizada na Av. Deputado José Lages, PV. As empresárias Moacira e Andreia Cunha convidam todas as mulheres de

bom gosto da cidade para participarem da grande festa de preços de grifes nacionais e internacionais.Bom gosto, requinte e exclusividade. Venham participar desta bela festa. Parabéns!

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