edição nº 40

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www.jornalcapital.jor.br | ANO 3 - N° 40 | CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA | 18 A 24 DE JANEIRO DE 2011 | NAS BANCAS - RS 1,00 Alerj aciona shoppings na Justiça PÁG. 2 INDICADORES* INDICADORES* Câmbio* Câmbio* (*) FECHAMENTO: 17 DE JANEIRO DE 2011 (*) FECHAMENTO: 17 DE JANEIRO DE 2011 MOEDAS COTADAS EM DOLAR (USA) MOEDAS COTADAS EM DOLAR (USA) Região Serrana pode virar Zona Franca ABR/VALTER CAMPANATO ABR/VALTER CAMPANATO SCERJ/MARINO AZEVEDO; ABR/VLADIMIR PLATONOV; A BANCADA do Rio de Janeiro no Senado Federal está organizado um plano econômico para a reconstrução dos municípios da re- gião serrana afetados pelas chuvas, que já fez 671 vítimas fatais até a noite de segunda-feira (17). As medidas visam atender cinco se- tores: a indústria de máquinas, a indústria têxtil, a agricultura, o turismo e o comércio. A ideia é instalar uma área de comércio livre, uma zona franca na região e favorecer a concessão de estímulos financeiros por meio de bancos públicos como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A região atingida pelas chuvas foi visitada pela presidenta Dilma Roussef. PÁGINA 5 BC negocia em leilão US$ 987,8 milhões PÁGINA 8 Ministro anuncia salário mínimo de R$ 545,00 Centrais Sindicais querem corrigir a tabela do IRExportações do agronegócio no ano passado registraram novo recorde AS EXPORTAÇÕES do agronegócio brasileiro foram recorde em 2010, com vendas que soma- ram US$ 76,4 bilhões. O valor é 18% maior do que o registrado em 2009 (US$ 64,7 bilhões) e supera em US$ 4,6 bi- lhões o recorde anterior, conquistado em 2008, de US$ 71,8 bilhões. Os dados foram divulga- dos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As im- portações aumentaram 35,2%, passando de US$ 9,9 bilhões, em 2009, para US$ 13,4 bilhões em 2010. PAGINA 3 BANCO DE IMAGENS O NOVO VALOR do salário mínimo será de R$ 545,00 disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, depois de participar da primeira reunião ministerial do governo da presidenta Dilma Rousseff. O aumento terá impacto de R$ 1,4 bilhão nas contas públicas este ano PÁGINA 7 AS SEIS CENTRAIS sindicais do país estão reivin- dicando uma correção de 6,43% na tabela de cobran- ça do Imposto de Renda. Se for preciso, prometem ir à Justiça reivindicar o reajuste. PÁGINA 2 Moeda Compra (R$) Venda (R$) Variação % Dolar Comercial 1,681 1,683 0,11 Dólar Paralelo 1,590 1,730 0,00 Dólar Turismo 1,620 1,790 0,55 (U$) (U$) % Coroa Dinamarca 5,603 5,607 0,76 Dólar Austrália 0,993 0,993 0,36 Dólar Canadá 0,987 0,987 0,24 Euro 1,328 1,328 0,75 Franco Suíça 0,964 0,965 0,21 Iene Japão 82,740 82,790 0,22 Libra Esterlina Inglaterra 1,587 1,587 0,06 Peso Chile 491,200 491,500 0,41 Peso Colômbia 1.870,000 1.872,000 0,02 Peso Livre Argentina 3,960 4,000 0,00 Peso MÉXICO 11,982 12,005 0,26 Peso Uruguai 19,850 20,050 0,00 Índice Valor Variação % Ibovespa 70.609,07 0,47 Dow Jones 11.787,38 0,47 Nasdaq 2.755,30 0,73 IBX 22.648,45 0,36 Merval 3.563,35 0,69 Poupança 17/01 0,564 Poupança p/ 01 mês 0,578 Juros Selic meta ao ano 10,75 TR 0,100 Salário Mínimo (Federal) R$ 540,00 Salário Mínimo (RJ) R$ 581,88

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Jornal Capital - Edição nº 40

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Page 1: Edição Nº 40

1CAPITAL18 a 24 de Janeiro de 2011

www.jornalcapital.jor.br | ANO 3 - N° 40 | CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA | 18 A 24 DE JANEIRO DE 2011 | NAS BANCAS - RS 1,00

Alerj aciona shoppings na Justiça

PÁG. 2

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(*) FECHAMENTO: 17 DE JANEIRO DE 2011(*) FECHAMENTO: 17 DE JANEIRO DE 2011

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Região Serrana pode virar Zona Franca

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A BANCADA do Rio de Janeiro no Senado Federal está organizado um plano econômico para a reconstrução dos municípios da re-gião serrana afetados pelas chuvas, que já fez 671 vítimas fatais até a noite de segunda-feira (17). As medidas visam atender cinco se-tores: a indústria de máquinas, a indústria têxtil, a agricultura, o turismo e o comércio. A ideia é instalar uma área de comércio livre, uma zona franca na região e favorecer a concessão de estímulos fi nanceiros por meio de bancos públicos como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A região atingida pelas chuvas foi visitada pela presidenta Dilma Roussef. PÁGINA 5

BC negocia em leilão US$ 987,8 milhões

PÁGINA 8

Ministro anuncia salário mínimo de R$ 545,00

Centrais Sindicais querem corrigir a tabela do IRaaaa

Exportações do agronegócio no ano passado registraram novo recorde

AS EXPORTAÇÕES do agronegócio brasileiro foram recorde em 2010, com vendas que soma-ram US$ 76,4 bilhões. O valor é 18% maior do que o registrado em 2009 (US$ 64,7 bilhões) e supera em US$ 4,6 bi-lhões o recorde anterior, conquistado em 2008, de US$ 71,8 bilhões. Os dados foram divulga-dos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As im-portações aumentaram 35,2%, passando de US$ 9,9 bilhões, em 2009, para US$ 13,4 bilhões em 2010. PAGINA 3

BANCO DE IMAGENS

O NOVO VALOR do salário mínimo será de R$ 545,00 disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, depois de participar da primeira reunião ministerial do governo da presidenta Dilma Rousseff. O aumento terá impacto de R$ 1,4 bilhão nas contas públicas este ano PÁGINA 7

AS SEIS CENTRAIS sindicais do país estão reivin-dicando uma correção de 6,43% na tabela de cobran-ça do Imposto de Renda. Se for preciso, prometem ir à Justiça reivindicar o reajuste. PÁGINA 2

Moeda Compra (R$)

Venda(R$)

Variação %

Dolar Comercial 1,681 1,683 0,11Dólar Paralelo 1,590 1,730 0,00Dólar Turismo 1,620 1,790 0,55

(U$) (U$) %Coroa Dinamarca 5,603 5,607 0,76Dólar Austrália 0,993 0,993 0,36Dólar Canadá 0,987 0,987 0,24Euro 1,328 1,328 0,75Franco Suíça 0,964 0,965 0,21Iene Japão 82,740 82,790 0,22Libra Esterlina Inglaterra 1,587 1,587 0,06Peso Chile 491,200 491,500 0,41Peso Colômbia 1.870,000 1.872,000 0,02Peso Livre Argentina 3,960 4,000 0,00Peso MÉXICO 11,982 12,005 0,26Peso Uruguai 19,850 20,050 0,00

Índice Valor Variação %

Ibovespa 70.609,07 0,47Dow Jones 11.787,38 0,47Nasdaq 2.755,30 0,73IBX 22.648,45 0,36Merval 3.563,35 0,69

Poupança 17/01 0,564Poupança p/ 01 mês 0,578

Juros Selic meta ao ano 10,75TR 0,100

Salário Mínimo (Federal) R$ 540,00Salário Mínimo (RJ) R$ 581,88

Page 2: Edição Nº 40

CAPITAL 18 a 24 de Janeiro de 201122

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Colaboradores: Alberto Marques, Arthur Salomão, Karla Ferreira, Geiza Rocha, Samuel Maia e Roberto Daiub

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Alerta máximo

GEIZA ROCHA é jornalista e secretária-geral do Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro Jornalista Roberto Marinho. www.querodiscutiromeuestado.rj.gov.br

QUANDO OCORRE UMA CATÁSTROFE natural como a que vitimou as cidades da região serrana há um fator que sempre impressiona: a capacidade de mobilização da população para ajudar. Na mesma velocidade em que che-gavam as informações sobre a tragédia, recebi uma série de e-mails e apelos via rede social com pedidos de doações. Órgãos públicos montaram postos de coleta. Pessoas que possuem casa na serra e subiram para ajudar amigos e pa-rentes também encheram seus carros. Apesar de as chuvas estarem difi cultando os resgates, quem consegue estabelecer comunicação com algum destes pontos posta pedidos de ajuda no facebook e twitter.

Esta rede de solidariedade, tão importante para amparar as pessoas que viram seus pertences sumirem na lama, suas casas serem destruídas e parentes desaparecerem na fúria das águas, traz esperança, mas, sobretudo, lança um alerta: o tão falado aquecimento global vai tornar estes eventos cada vez mais constantes. E as piores consequências destas catástrofes irão sempre recair sobre os mais pobres.

Por isso, é preciso criar também uma rede de informa-ção que seja capaz de avisar em tempo as pessoas sobre a gravidade das chuvas. Em Areal, por exemplo, muitas mortes foram evitadas porque as pessoas saíram de suas casas localizadas às margens do rio. Ainda que a descrença vitime alguns, dar a chance de as pessoas se salvarem é dever do poder público. Outro ponto fundamental é atuar na prevenção. Dragar rios e canais, monitorar as encostas e remover ocupações irregulares, tudo isso ajuda a diminuir o numero de mortos.

Precisamos nos preparar. E investir fortemente para minimi-zar os impactos, quando possível. É impossível conter a força da natureza. Mas somos inteligentes e devemos estar prepara-dos para responder a eles protegendo a população e reduzindo os riscos. O Fórum de Desenvolvimento do Rio está atento a esta agenda. Os grandes investimentos em infraestrutura que estão em curso podem contribuir para resolver problemas históricos. É preciso, assim que a lama baixar, começar a tirá-los do papel. Não há mais tempo. Nossa única opção é agir.

A ESTIMATIVA de con-sultores financeiros da iniciativa privada para o Índice de Preços ao Con-sumidor Amplo (IPCA) este ano passou de 5,32% para 5,34%, segundo o boletim Focus, divulgado pelo Banco Central (BC). A projeção é inferior aos 5,91% registrados no ano passado, mas a perspectiva tem aumentado gradativa-mente há cinco semanas.

Enquanto cresce a ex-pectativa para o IPCA, que mede a inflação ofi-cial, os outros dois ín-dices pesquisados para preços no varejo mantêm-se estáveis. Os preços administrados (água, luz,

combustíveis e outros) devem subir 4,5% no ano e o Índice de Preços ao Consumidor, da Funda-ção Instituto de Pesquisa Econômica (IPC-Fipe) deve atingir 4,90%.

A expectativa média do boletim Focus mostra es-tabilidade nos índices de preços no atacado, medi-dos pela Fundação Getulio Vargas. O Índice Geral de Preços por Disponibilida-de Interna (IGP-DI) deve fi car em 5,50% e o Índice Geral de Preços do Mer-cado (IGP-M), em 5,53%. Para o ano que vem, todos os indicadores preveem 4,50%, tanto no varejo quanto no atacado.

Mercado eleva para 5,34%estimativa da infl ação ofi cial em 2011

Ponto de ObservaçãoPonto de ObservaçãoALBERTO MARQUES

Governo é impotente para evitar tragédiasPARECE UM ABSURDO, mas o governo admitiu ofi -cialmente à ONU-Organiza-ção das Nações Unidas, que grande parte do sistema de defesa civil do País vive um “despreparo” e que não tem condições de verifi car a efi ci-ência de muitos dos serviços existentes. O documento foi enviado em novembro de 2010 por Ivone Maria Va-lente, da Secretaria Nacional da Defesa Civil (Sedec), fazendo um escabroso Raio X da implementação de um pomposo Plano Nacional de Redução do Impacto de Desastres Naturais. O docu-mento mostra que a tragédia na região serrana fl uminense era uma possibilidade admi-tida pelas próprias autorida-des. Diante do Tsunami que atingiu a Ásia e do aumento do número de desastres na-turais no mundo nos últimos anos, a ONU foi pressionada

a estabelecer um plano para ajudar governos a fortalecer seus sistemas de prevenção.

Segundo o documento, um a cada quatro municípios sequer tem um serviço de Defesa Civil e, onde ele existe, não há como medir sua eficiên-cia. No relatório, o Brasil é obrigado a dar uma resposta ao desempenho em determi-nados indicadores sugeridos pela ONU. Um dos indicado-res - a avaliação de risco de regiões - o governo admite ter feito avanços, “mas com limitações reconhecidas em aspectos chave, como recursos fi nanceiros”. Na avaliação de risco, por exemplo, o governo admite que não analisou a si-tuação de nenhuma escola ou hospital no País para preparar o documento. O próprio go-verno reconhece suas próprias limitações em criar um sistema para monitorar e disseminar dados sobre vulnerabilidade no

território. O governo também reconhece que a situação é cada vez mais delicada para a população.

- A falta de planejamento [pelas Prefeituras] da ocu-pação e/ou da utilização do espaço geográfi co, descon-siderando as áreas de risco, somada à defi ciência da fi sca-lização local, têm contribuído para aumentar a vulnerabili-dade das comunidades locais urbanas e rurais, com um número crescente de perdas de vidas humanas e vulto-sos prejuízos econômicos e sociais - diz o documento assinado por Ivone Maria.

Segundo o documento, a não implementação do Pro-grama (de redução de riscos) contribui para o aumento da ocorrência dos desastres naturais, agravados pelo des-preparo dos órgãos federais, estaduais e municipais res-ponsáveis pela execução das

ações preventivas de defesa civil, aumentando a inse-gurança das comunidades locais”, afi rmou o relatório.

O grande volume de re-cursos gastos com o socorro à população atingida, por exemplo, é muitas vezes maior do que o necessário para a execução de projetos de grande impacto social, como criação de emprego e renda”, conclui o documento. Só em 2010, foram aplicados R$ 2,3 Bi para socorrer e dar assistência a pessoas afetadas por calamidades. Significa que foram gastos 14 vezes mais para remediar do que prevenir, que chegaram a apenas 39%, ou R$ 167,5 milhões em todas as 12 ações que integram a rubrica, ape-sar de terem sido notifi cadas ofi cialmente, segundo a Se-cretaria Nacional de Defesa Civil, mais de 800 ocorrên-cias de desastres.

COMISSÃO DE DEFESA do Consumidor (Codecon) da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) deu entrada no último dia 11, em uma ação civil pública no Tri-bunal de Justiça do Estado (TJ/RJ) contra os quatro shopping centers vistoria-dos pelo Procon-RJ no dia anterior. A petição inicial da ação, que foi distribuída na 4ª Vara Empresarial, busca proibir o aumento dos valores cobrados pelo uso de estacionamentos nos shoppings Via Parque, Norte Shopping, Barra

Shopping e Rio Sul - re-ajustados após a entrada em vigor da Lei Estadual 5.862/11, na última se-mana.

A nova norma, de inicia-tiva da deputada Cidinha Campos (PDT), proíbe a cobrança de tempo mínimo nos estacionamentos parti-culares, permitindo apenas a cobrança por períodos de meia hora. De acordo com o documento elaborado pela comissão, ao fazer o reajuste, os shoppings apli-caram um aumento abusi-vo ao serviço, e sem justa

causa, o que está previsto no artigo 39 do Código de Defesa do Consumidor. Ao documento, foram anexadas reportagens veiculadas por jornais e notifi cações feitas pelo Procon aos quatro shoppings citados, além de mais de 100 denúncias fei-tas por consumidores a eles.

A ação parte do princípio de que a lei acabou com a venda casada realizada nes-ses locais - que forçavam o pagamento por um número de horas que poderia não ser utilizado. Como respos-ta, solicita a proibição do

reajuste; a emissão, pelos estacionamentos, de com-provantes com os horários de entrada, de pagamento e o valor pago; e a resti-tuição, em dobro, do valor cobrado de forma abusiva - como preceitua o código em seu artigo 42. Segundo o coordenador jurídico da Codecon, Paulo Girão, um primeiro posicionamen-to, que, espera-se, defi ra a proibição da cobrança e a emissão do comprovante, deverá sair em uma semana. Já a decisão sobre a restitui-ção poderá levar até um ano.

Alerj entra com ação contra shoppings

As seis centrais sindicais do país vão pedir à pre-sidenta Dilma Rousseff uma correção de 6,43% na tabela de cobrança do Imposto de Renda (IR). Caso o governo federal não aceite a proposta, as entida-des pretendem ir à Justiça para reivindicar o reajuste. A decisão foi tomada na se-mana passada, em encontro que reuniu representantes da Central Única dos Tra-balhadores (CUT), Força Sindical, Nova Central, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) e União Geral dos Trabalhadores (UGT).

Segundo eles, o percentual de 6,43% de correção é o mesmo da infl ação acumula-da em 2010. Os sindicalistas disseram que esse reajuste garantiria que as conquistas salariais dos trabalhadores não fossem reduzidas com

o pagamento do IR. “A maior parte dos sindicatos conseguiu aumento real para sua categoria. Alguns, 4 ou 5 pontos percentuais acima da infl ação”, afi rmou o presidente da UGT, Ricar-do Patah. “Esses aumentos

fi cam completamente pre-judicados pela não correção da tabela do IR.”

Segundo Patah, a bus-ca pela Justiça também foi a estratégia usada por centrais para a correção da tabela do IR durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Car-doso. Portanto, pode ser repetida. “Já estamos com a ação pronta. Só vamos esperar a resposta do go-verno”, disse ele. De acor-do com as centrais, desde 1995, a tabela do IR acu-mula defasagem de cerca de 70%. Este percentual é referente à infl ação do perí-odo não repassada à tabela de cobrança do imposto.

Centrais Sindicais querem garantir correção na tabela do IRBANCO DE IMAGENS

O NÚMERO DE empresas que procurou crédito em 2010 cres-ceu 7,6% em relação a 2009. Em dezembro houve queda de 5,7% ante o mês anterior. Na compa-ração com dezembro de 2009 a procura por crédito aumentou 11,7%, aponta o Indicador Se-rasa Experian da Demanda das Empresas por Crédito. As princi-pais responsáveis pelo aumento da procura por crédito foram

as micro e pequenas empresas que registraram alta de 8,5%. As grandes empresas tiveram aumento de 8,2% em 2010. Já as médias empresas registraram recuo de 7,9%. Segundo a Se-rasa, o crescimento nas micro e pequenas se deve ao fato de que o mercado dessas empresas é predominantemente doméstico.

O crescimento anual foi maior no Nordeste com 10,7%,

seguido pelo Centro-Oeste que cresceu 9,8%. Logo depois aparecem o Norte com alta de 8,2%, Sudeste com aumento de 6,8% e Sul com 6%. Por área destacaram-se as empresas do setor comercial que aumenta-ram em 8,2% sua busca pelo crédito em 2010. Serviços vie-ram depois com expansão de 7,6% e em seguida a indústria com 4,8%.

De acordo com os economistas do Serasa, o avanço da demanda das empresas por crédito em 2010 foi determinado pelo crescimento robusto da atividade econômica, pelo dinamismo do mercado doméstico e pela recuperação do mercado de crédito às empresas, que puderam encontrar condições de prazo e de taxas de juros mais favoráveis do que as que prevale-ceram em 2009.

Procura por crédito pelas empresas cresce em 2010

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33CAPITAL18 a 24 de Janeiro de 2011

Perturbações do sono

ROBERTO DAIUB ALEXANDRE é médico cardiologista concursado da Prefeitura de Duque de Caxias, médico-chefe do Centro de Terapia Intensiva do Hospital de Clínicas de Teresópolis (Unifeso) e médico plantonista da emergência do Hospital das Clínicas Mario Lioni, em Duque de Caxias

AS PERTURBAÇÕES DO SONO são alterações relativas à duração do sono, ou a comportamentos anormais associados ao sono, como o terror noturno e o sonambulismo. O sono é algo necessário para sobreviver e gozar de boa saúde, mas ainda não se sabe porque se necessita do sono nem exata-mente como nos benefi cia. As necessidades individuais de sono variam amplamente e nos adultos saudáveis e vão de apenas 4 horas diárias de sono até 8/ 9 horas. Geralmente, as pessoas dormem à noite, embora muitas o façam durante o dia devido aos seus horários de trabalho, situação que muitas vezes provoca perturbações do sono. Algumas dessas perturbações são relativamente freqüentes.

Muitos fatores, como a excitação ou o stress emocional, podem determinar as horas de sono de uma pessoa e a forma como se sente ao despertar.Medicamentos podem também desempenhar um importante papel: alguns produzem sono-lência enquanto outros difi cultam o sono. Alguns alimentos ou aditivos, como a cafeína,podem afetar diretamente a qualidade do sono.

O padrão de sono não é uniforme, pois existem várias fases diferenciadas. Durante um sono noturno normal há 5 ou 6 ciclos de sono. O sono começa pela fase 1 (o grau mais superfi cial, em que a pessoa acorda facilmente) e avança até à fase 4 (o grau de maior profundidade, em que a pessoa acorda com difi culdade). Na fase 4, o tônus muscular, a pressão arterial e a frequência cardíaca e res-piratória normalmante estão diminuídos ao máximo. Para além destas 4 fases existe um tipo de sono acompanhado de movimentos oculares rápidos (REM) e de atividade cerebral intensa. Num electroencefalograma (EEG) pode registar-se a mobilidade ocular e as alterações nas ondas cerebrais que se produzem durante o sono REM.

A maioria dos sonhos ocorre durante o sono REM e na fase 3 do sono, enquanto o falar ao dormir, o terror noturno e o sonambulismo costumam acontecer durante as fases 3 e 4.

AS EXPORTAÇÕES do agronegócio brasileiro fo-ram recorde em 2010, com vendas que somaram US$ 76,4 bilhões. O valor é 18% maior do que o registrado em 2009 (US$ 64,7 bilhões) e supera em US$ 4,6 bilhões o recorde anterior, conquis-tado em 2008, de US$ 71,8 bilhões. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no último dia 12. As importações au-mentaram 35,2%, passando de US$ 9,9 bilhões, em 2009, para US$ 13,4 bi-lhões em 2010. Com isso, a balança comercial do agro-negócio registrou superávit de US$ 63 bilhões no ano passado, US$ 8,1 bilhões a mais do que em 2009. O resultado supera o saldo geral da balança comercial do país em 2010, que foi de cerca de US$ 20 bilhões.

O principal destaque das

exportações recordes do agronegócio foi o açúcar. Segundo o Ministério, o produto teve, pelo segundo ano consecutivo, cresci-mento superior a 50% no valor embarcado, gerando receitas de US$ 12,7 bilhões no ano passado. O cresci-mento de 52,3% em relação a 2009, de acordo com o Ministério, se deve ao au-mento da quantidade expor-tada aliado à alta dos preços

no mercado internacional. O valor do produto subiu 32,2% em 2010. Enquanto o preço médio da tonelada de açúcar exportada foi de US$ 345 em 2009, no ano passado chegou a US$ 456.

A alta dos preços foi muito influenciada pela quebra de safra na Índia, há dois anos, causada por uma má distri-buição no regime de chuvas. O país asiático era o maior ex-portador mundial de açúcar e,

com o problema, usou o Brasil como seu principal fornecedor para repor seus estoques. Com o aumento das vendas exter-nas, o setor sucroalcooleiro conquistou o segundo lugar no ranking de exportadores, repre-sentando 18% dos embarques agropecuários para o exterior, com US$ 13,7 bilhões. O complexo soja se manteve em primeiro lugar, com 22% e vendas que somaram US$ 16,8 bilhões.

Exportações do agronegócio em 2010 registram novo recorde

O MINISTRO DA Agri-cultura, Wagner Rossi, anunciou semana passada a retomada de leilões de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) para a comercialização de ar-roz. Segundo Rossi, serão ofertadas 50 mil toneladas do produto proveniente do Rio Grande do Sul e 7,5 mil toneladas de Santa Catarina. A operação será feita ainda esta semana e o valor do prêmio pago aos empresários que pagarem o

preço mínimo de R$ 25,80, pela saca de 50 quilos de arroz de melhor qualidade, destinado principalmente à exportação, será de R$ 4,82 por saca.

- Decidimos fazer a ação de apoio ao setor. Há 14 semanas, os preços estão em queda e atingiram o patamar abaixo do preço mínimo”, afirmou Rossi após reunião realizada no Ministério da Agricultura com representantes dos rizicultores. Em algumas

regiões, o valor de merca-do do arroz está mais R$ 4 abaixo do preço mínimo estipulado pelo governo.

O ministro descartou, no entanto, a possibilidade do governo fazer aquisições do produto porque faltam recursos do orçamento no momento. “Leilão de PEP será sufi ciente para conter a queda do preço do arroz”, disse. Segundo especia-listas, a queda dos preços aconteceu, principalmente, pela expectativa de uma

safra cheia no Brasil e em outros países do Mercosul.

O deputado federal Car-los Heinze (PP-RS), re-presentante do riziculto-res, informou que o valor do prêmio estipulado para o leilão é 26% superior ao da última operação. “O valor anterior não estimulava a participação em leilão após a mudan-ças internacionais e no câmbio. Esperamos que isso possa ajudar o setor”, disse.

Leilões de arroz serão retomados para ajudar preços ao produtor

Direito EmpresarialDireito EmpresarialARTHUR SALOMÃO*

Empresarios amargam fortes prejuizos com o caos na região serranaAS FORTES CHUVAS que atingiram a região ser-rana do estado, causaram estragos incomensuráveis a toda população fl uminen-se. O cenário que antes era desenhado pelo verde das árvores e pela serenidade da serra, hoje nos remete aos campos de batalha vistos em fi lmes de guerra.

O desastre ocorrido con-tinua mobilizando todo o país, que está solidário com as vítimas e com a população do local. Nessa esteira, diversas medidas foram tomadas pelo Poder

Público, inclusive pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que mobilizou seus funcionários no úl-timo dia 14 para doarem sangue no Hemorio, no intento de que seja envia-da tal ajuda para os locais mais necessitados.

Não é de se olvidar que os empresários da região amargaram fortes prejuí-zos. Segundo a Secretaria de Turismo do Estado, o impacto econômico para a rede hoteleira pode ultra-passar os R$ 30 milhões. Além da rede hoteleira,

todo o comércio da região foi afetado em virtude da difi culdade de locomoção, do perigo de novos desaba-mentos e da súbita perda de bens da população. Nesse sentido, o Governo Federal liberou recursos na ordem de R$ 100 milhões para os municípios de Nova Fri-burgo, Teresópolis, Petró-polis, Sumidouro, Areal, Bom Jardim, São José do Vale do Rio Preto e para a Capital.

Merece destaque o de-creto presidencial publi-cado no Diário Ofi cial do

dia 17/01/11, que eleva para R$ 5,4 mil o limite de saques do FGTS para os trabalhadores que estão em regiões serranas do Rio de Janeiro castigadas pelas chuvas nas últimas semanas e para moradores de cidades com decreto de situação de emergência ou estado de calamidade pública em qualquer outra região do país.

Para mais informações sobre como ajudar as ví-timas da região serrana, acesse o site www.jornal-capital.jor.br.

(*)ARTHUR SALOMÃO É ESPECIALISTA EM DIREITO EMPRESARIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL.

A INFLAÇÃO MEDIDA pelo Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) foi de 0,49% em janeiro deste ano, taxa inferior à registrada no mês anterior, que havia sido de 1,27%. A redução do IGP-10, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), foi infl uenciada pela queda na infl ação de dois sub-índices: o Índice de Preços ao

Produtor Amplo (IPA) e o Ín-dice de Preços ao Consumidor (IPC). O IGP-10 é calculado com base nos preços coletados entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.

O Índice de Preços ao Produ-tor Amplo caiu de 1,46% em dezembro para 0,35% em ja-neiro. A queda foi infl uenciada por produtos como alimentos

processados, que registraram defl ação (redução nos preços) de 1,14%, bovinos (com de-fl ação de 4,02%) e soja em grão (com infl ação de 1,10%, inferior à de dezembro).

O IPC também teve infl a-ção menor: 0,90%, em janei-ro, ante 1,05%, em dezem-bro. A queda foi infl uenciada principalmente pelo grupo

de despesas alimentação, cuja taxa passou de 2,45% em dezembro de 2010 para 1,52% em janeiro deste ano. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) foi o único sub-índice que regis-trou aumento na infl ação em janeiro, com taxa de 0,50%, acima do resultado do mês anterior, de 0,49%.

INFLAÇÃO MEDIDA PELO IGP-10 FICA EM 0,49% EM JANEIRO

BANCO DE IMAGENS

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CAPITAL 18 a 24 de Janeiro de 201144

A INFLAÇÃO FICARÁ acima da meta em 2011 por causa dos alimentos, disse o ministro da Fa-zenda, Guido Mantega. Ele negou que a alta dos preços observada nos úl-timos meses seja refl exo de problemas estruturais da economia brasileira. De acordo com ele, a alta dos alimentos afeta não apenas o Brasil, mas to-dos os países produtores de commodities (bens agrícolas e minerais com cotação no mercado in-ternacional). “Não é uma inflação estrutural [de-corrente da incapacidade de o país produzir o que é consumido], mas de um fator externo que é a alta dos alimentos”, afi r-mou o ministro. Segundo

Mantega, os preços estão sendo pressionados por fatores internacionais e

pelas chuvas de janeiro, que afetam as lavouras.O encarecimento dos ali-

mentos, disse o ministro, foi o fator que fez o Minis-tério da Fazenda estimar

infl ação de 5% em 2011 pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo

(IPCA), acima do centro da meta de 4,5% defi nida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para ele, o aquecimento da economia, que cresceu 7,5% no ano passado, tem impacto sobre os preços de serviços, mas o proble-ma é localizado.Apesar das pressões in-flacionárias, Mantega afi rmou que o Brasil não corre o risco de passar do o teto da meta de infl ação, que é de 6,5%. “Cumpri-mos a meta em 2010. A infl ação no ano passado foi de 5,9% e será menor neste ano. A desacelera-ção não é imediata, mas o Banco Central está aí para atuar se necessário [para garantir o cumprimento da meta]”, declarou.

Alimentos farão infl ação fi car acima do centro da meta em 2011

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BANCO DE IMAGENS

DUZENTOS E DEZ MO-RADORES de Duque de Caxias receberam o certifi cado de conclusão do curso de Telemarketing promovido pela Secretaria de Trabalho, Emprego, Renda, Ciência e Tecno-logia, em parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego e o Instituto Cos-ta Verde. A solenidade, re-alizada segunda-feira (17), aconteceu no auditório do campus local da Uni-versidade Estácio de Sá e contou com a presença do secretário Jorge Cezar de Abreu, da deputada federal

Andreia Zito, de represen-tantes de sindicatos patronal e de empregados e parentes dos formandos.

Dos novos operado-res, 125 já conseguiram emprego em empresas da capital e da Baixada Fluminense. O secretário Jorge Cezar disse que para o próximo curso de telemarketing, que come-ça na segunda quinzena de fevereiro, oferecerá mais de 500 vagas para jovens de 18 a 29 anos. A inscrição pode ser fei-ta na tenda instalada na Praça do Pacifi cador junto

à Biblioteca Municipal Le-onel Brizola, onde poderão ser efetuadas também para o ProJovem, ou na sede do órgão, na Avenida Al-mirante Graenfal nº 405, bloco 1, sala 510 (Centro Empresarial), junto à Ro-dovia Washington, pista sentido Petrópolis, bair-ro Beira-Mar. Os alunos recebem durante o curso uniforme, lanche, material didático e transporte. O curso de Telemarketing é ministrado pelo Instituto Costa Verde e os certifi -cados são expedidos pelo ministério do Trabalho e

Emprego. O Instituto Costa Verde

foi representado pelo diretor de projetos Juedir Teixeira, o Sindicato dos Trabalha-dores nas Indústrias da Construção Civil, Monta-gem Industrial, Mármores e Granitos, Mobiliário e Vime de Duque de Caxias, São João de Meriti, Magé e Guapimirim pelo presidente Josimar Campos de Souza e o Sindicato da Construção Civil e do Mobiliário de Duque de Caxias (SINCO-CIMO) pelo presidente, engenheiro Jorge Rodrigues do Nascimento.

Duque de Caxias forma 210 Operadores de TelemarketingMARCELO CUNHA

A INTERNET DE ALTA velocidade deve estar disponível para a gran-de maioria da população em, no máximo, quatro anos. Segundo o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, o governo fe-deral deverá defi nir, nos próximos cinco meses, os detalhes do Plano Nacio-nal de Banda Larga, que estabelece as diretrizes para a massificação do acesso à banda larga no país. “Vamos começar este ano a oferta de ser-viços em condições mais adequadas, tanto do ponto de vista técnico como de preço”, disse o ministro, em entrevista ao programa 3 a 1, da TV Brasil, que vai ao ar hoje, às 22h. O programa, ancorado pelo jornalista Luiz Carlos Azedo, teve a participação dos jornalistas Samuel Possebon, da revista Tele-time, e Elvira Lobato, do jornal Folha de S.Paulo.

Segundo o ministro, será preciso um grande esforço conjunto dos go-vernos estaduais e federal e da iniciativa privada para baratear o preço do serviço. “Nos últimos anos, a compra de com-putadores no Brasil foi

facilitada, mas acesso à internet ainda é caro e muito restrito”, avaliou. Paulo Bernardo anunciou que determinou à nova diretoria dos Correios que prepare uma nova licitação para o serviço de Banco Postal, cujos atuais contratos terminam em novembro. Em relação aos contratos com as 1,4 mil agências franqueadas, que venceram e foram prorrogados até junho, ele disse que o governo pode retomar os serviços con-cedidos caso a licitação de novos contratos fracasse. “As franquias são uma coisa boa, e devem con-tinuar. Mas, se a licitação não der certo, não vamos fi car prorrogando, vamos tomar conta do serviço”.

O ministro disse ainda que o governo poderá buscar alternativas para baratear ou acabar com a assinatura básica da telefonia fixa. Segundo ele, os valores cobrados atualmente são altos, mas a assinatura básica está prevista em contrato e qualquer alteração deve ser negociada com as operadoras.

Banda larga barata estará massifi cada em quatro anos

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55CAPITAL18 a 24 de Janeiro de 2011

__________________________________________________SAMUEL MAIA é Secretário de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento de Duque de Caxias

Prestando contas01 - INICIAMOS O ANO DE 2009 com uma Secretaria Municipal de Meio Ambiente sucateada. Não havia equipa-mentos, veículos, nem arquivos com a memória dos serviços prestados a população e ausência de pessoal especializado na área ambiental.Hoje conquistamos 07 (Sete) viaturas, sem custos para o município, todos os profi ssionais traba-lham com Computadores e Impressoras, a rotina adminis-trativa está dentro das normas da gestão pública e o nosso pessoal é especializado nas funções.02 - Em 2009 a Secretaria Estadual de Ambiente, reprovou várias Licenças Ambientais expedidas no período de 2006 e 2008 em Duque de Caxias. Hoje o Licenciamento Am-biental está dentro do padrão IBAMA e INEA.03 - No início de 2009 o contribuinte não tinha acesso rápi-do e impessoal aos serviços da Secretaria nem a legislação ambiental e informações importantes da política de uso do solo municipal. Iniciativa inovadora deu transparência aos trabalhos da Secretaria e colocou na internet todos os serviços prestados pela Secretaria de Meio Ambiente, Agri-cultura e Abastecimento, através do endereço eletrônico www.caxiasmaisverde.blogspot.com. 04 - No início de 2009 o Movimento Social e o MST ques-tionavam os Conselhos de Meio Ambiente e de Políticas Agrícolas.No ano de 2010 de forma transparente e democrá-tica, envolvendo mais de 1000 (Mil) pessoas, foi realizado 02(duas) Conferências e empossados os dois Conselhos, sendo que o de agricultura é o primeiro do século XXI.05 - No início de 2009, graças a permissão do governo anterior, vários crimes enquadrados na Lei 9605 de 1998 eram praticados em Duque de Caxias. Hoje, janeiro de 2011, tem registradas várias prisões e tolerância zero aos crimes ambientais.06 - No início de 2009 não havia coleta seletiva, educação ambiental, Reserva Biológica Municipal e Parcerias. Hoje há a coleta seletiva de óleo e resíduos sólidos, o projeto guarda ambiental mirim, foi criada a 1ª Reserva Biológica Municipal do Estado do RJ a Rebio-Aequitativa e parcerias estão estruturadas para a qualidade ambiental em Duque de Caxias.

A BANCADA DO RIO de Janeiro no Senado Federal organiza um plano econô-mico para a reconstrução dos municípios da região serrana afetados pelas chu-vas. Mesmo antes de tomar posse, o senador eleito Lin-dberg Farias (PT) anunciou na segunda-feira (17) a intenção de apresentar um pacote de medidas em par-ceria com ministérios. “Os prefeitos estão na linha de frente. Fiz uma consulta ao ministro [do Desenvolvi-mento] Fernando Pimentel, conversei com [secretário-executivo do Ministério da Fazenda] Nelson Barbosa sobre medidas imediatas desde a postergação de tributos federais a medidas de estímulo a pequenos agricultores”, afirmou ao lado do senador Francisco Dornelles (PP), em encon-tro com prefeitos em Tere-sópolis.

As medidas visam atender cinco setores: a indústria de

máquinas, a indústria têxtil, a agricultura, o turismo e o comércio. Para estimulá-las, a ideia de Lindberg é insta-lar uma área de comércio livre, uma zona franca na região e favorecer a conces-são de estímulos fi nanceiros por meio de bancos públicos como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econô-

mico e Social (BNDES). “Já estamos na luta para postergar o pagamento de IPI [Imposto sobre Proprie-dade Industrial], pagamento de INSS, PIS/Cofi ns. São impostos que vencem agora e há uma impossibilidade concreta de a região pagar nesses prazos.”

De acordo com Lindberg,

as linhas gerais do projeto, que está sendo elaborado em parceria com os minis-térios, sob coordenação dos senadores e da assessoria técnica do Ministério das Relações Institucionais, se-rão apresentadas no Senado, na quinta-feira (20). “Temos pessoas trabalhando nisso”, assegurou.

Senadores do Rio elaboram plano para a economia da região serrana

ABR/VALTER CAMPANATO

QUANDO TERESÓPO-LIS amanheceu, no dia 12, uma quarta-feira, a cidade parecia deserta. Peguei o carro e percorri os poucos quilômetros entre minha residência e o Hospital de Clinicas, para mais um plantão nos qua-se 12 anos em que traba-lho no Centro de Terapia Intensiva. Mas, naquela manhã, alguma coisa es-tava errada. Árvores pelo caminho, carros do Corpo de Bombeiros de um lado ao outro da cidade, muita lama e lixo pela ruas. Um

A TRAGÉDIA VISTA BEM DE PERTO

Roberto Daiub

trajeto que eu levaria no máximo 1 0 m i n u -tos, fiz em quase 40.

Q u a n d o finalmente cheguei ao hospital, vi que a cida-de não ti-nha somen-te lama e arvores caídas, mas muitas vidas ceifadas e muita gente ferida. Não cheguei nem a ir ao CTI. Já me dirigi rapidamente

ao Pronto S o c o r r o , o n d e d e -z e n a s d e p a c i e n t e s vítimas de s o t e r r a -mento tra-zidos pelo C o r p o d e B o m b e i -ros, aguar-d a v a m

para serem atendidas. Um mutirão de médicos e acadêmicos de me-dicina, técnicos de en-fermagem, enfermeiros,

fisioterapeutas, se uniram para poder atender tanta gente grave.

Eram fraturas por todo o corpo, algumas expondo a parte óssea, traumatis-mos cranianos, fer idas abertas e sangrando por todo o corpo. Um casal completamente queimado (queimaduras de 3º grau), atingido por uma explosão de botijão de gás, ele que, numa tentativa heróica de salvar a esposa, também se feriu gravemente. Os dois foram internados no CTI mas ficaram algumas horas e logo após transfe-ridos de helicóptero para o Centro de Tratamento de Queimados do hospital do Andaraí, no Rio de Janei-ro. Perdemos muitas vidas mas, felizmente salvamos muitas outras.

Todos estão de parabéns. A solidariedade humana é uma coisa extraordinária. Alguns buscam forças onde não têm. Muitos per-deram tudo, só ficaram com a roupa do corpo, mas estavam ajudando, trazen-do um pouco de alento e entregando seu tempo aos feridos e seus familiares.

Que essa tragédia sirva de lição para muitos. Que o ser humano repense e refaça seus conceitos em relação ao respeito à natu-reza e à ocupação do solo urbano. E para aqueles que sobreviveram, o alento de que Deus esteja em seus corações para recomeçar suas vidas com dignidade e saúde.

(Roberto Daiub é médi-co-chefe do Centro de Te-rapia Intensiva do Hospital de Clínicas de Teresópolis - Unifeso)

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CAPITAL 18 a 24 de Janeiro de 201166

A ESCOLA ANA LAURA vai iniciar o ano letivo de 2011 oferecendo aos alunos uma nova ferramenta cha-mada de Ambiente Virtual de Aprendizagem-AVA, que tem como objetivo funcionar como apoio ao professor e reforço escolar ou “complementação de conhecimento” do aluno - como diz o diretor João Weslley Trigo Lage, um dos fundadores da escola - oferecendo a ele a opor-tunidade de, sem sair de casa, esclarecer dúvidas que venha a ter em qualquer disciplina de seu currículo. O sistema, implantado pela empresa IESDE-Inteligên-cia Educacional e Sistemas de Ensino, oferece também aos alunos as aulas às quais ele não pôde comparecer.

- O aluno, em qualquer lugar que estiver, poderá ter acesso a essa tecno-logia, bastando possuir apenas um microcompu-tador e possuir a senha de acesso que repassamos a ele. E se, por ventura ficar alguma dúvida, o aluno poderá encaminhar,

pelo sistema, as perguntas que julgar necessárias – informa o professor. Ele acrescenta que os alunos vão dispor de professores de alto nível e de reconhe-cida competência em todo o país. Mesmo com tudo isso, João Trigo faz ques-tão de frisar que a inicia-tiva não trouxe acréscimo nas mensalidades, apesar do investimento alto feito pela escola.

O conteúdo desse am-biente virtual vai do 1º ano fundamental ao 3° do ensino médio, “tudo de acordo com as diretrizes e bases da educação”, assinala Trigo. Ele escla-receu que o projeto piloto começou em outubro e se estendeu aos meses de novembro e dezembro, com 50 alunos do esta-belecimento, seleciona-dos por critérios, como possuir computador e mostrar interesse pelo ap rend i zado . “Tudo funcionou como esperá-vamos e vamos começar forte com o sistema a partir de 1° de feverei-

ro”, garantiu Trigo. Ele acrescenta que esse ser-viço é oferecido somente a Universidades, como a da Cidade de S. Paulo, de Caxias do Sul e o Centro Universitário Barão de Mauá, de Ribeirão Preto.

A Escola Ana Laura foi inaugurada em 1970 no mesmo endereço onde funciona até hoje, na Avenida Dr. Mano-el Reis n° 462, bairro Centenário. Este ano,

a previsão da escola é atender cerca de 1.500 alunos. A Escola foi fun-dada pelo professor João Weslley Trigo Lage e sua mãe, Loide Martha Trigo Lage. O nome é uma homenagem a avó e mãe, Sra. Ana Laura Mil-homens Trigo, que participou da fundação do município ao lado do marido João Nascimento Trigo. A sede da escola funciona em um imóvel

onde ela viveu com o marido até sua morte.

Além do ensino regu-lar, a escola mantém tam-bém vários cursos técni-cos, ensino fundamental e médio à distância em parceria com o Colégio e Curso Cetepis-Brasil, além de nível superior, pela Universidade de Uberaba - UNIUBE, e de cursos de pós-graduação com a Universidade Cas-telo Branco.

Atualidade

Escola de Caxias utiliza nova tecnologia na aprendizagem

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O SONHO DE SER jogador de futebol e brilhar nos gra-mados do Rio de Janeiro fi cou mais perto de se tornar realidade para os jovens talentos de Duque de Caxias. Uma parceria entre a Secretaria Muni-cipal de Esporte e Lazer e o Clube de Regatas Vasco da Gama abrirá ins-crições para testes de avaliação. As matrículas poderão ser feitas até 7 de fevereiro, na pró-pria Vila Olímpica, das 9h às 17h. O projeto será aberto oficialmente pelo prefeito José Ca-milo Zito e pelo presidente da Vas-co, Roberto Dina-mite, no dia 14 de fevereiro, às 8h.

Serão selecio-nados jovens dos 10 aos 16 anos, para as categorias pré-mirim, mirim, infantil e juvenil. No ato da inscri-ção, que é gratuita, os atletas deverão levar dois quilos de alimentos não perec íve i s , não vale sal, além de atestado médico, cópia da carteira de identidade ou certidão de nasci-mento e foto 3x4. Os alimentos arre-cadados serão en-tregues às institui-ções beneficentes da cidade. O ende-reço da Secretaria é Rua Garibaldi s/nº, bairro 25 de Agos-to. Mais informa-ções pelo telefone 2653-4874.

Vasco busca novos craques

em Caxias

A ANTIGA AVENIDA Presidente Kennedy (RJ 101), hoje denominada de Governador Leonel de Moura Brizola, a prin-cipal artéria de ligação entre o Centro de Duque de Caxias e os demais bairros, será recuperada. A boa notícia foi dada pelo prefeito de Duque de Caxias, José Camilo Zito, que anunciou ter conseguido junto ao go-vernador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, o seu recapea-mento.

Com 15 quilômetros de extensão, a avenida é uma via estadual que corta 12 bairros da ci-

dade, como Gramacho, Pilar e Cidade dos Me-ninos. Trafegar por ela não é uma tarefa fácil, uma vez que a pista apre-senta vários buracos que estão se transformando em verdadeiras crateras, especialmente em Gra-macho. Com as chuvas, a situação da pista tende a piorar ainda mais. Cerca de 200 mil veículos pas-sam por dia pela velha estrada.

A solicitação ao go-vernador, de acordo com o prefeito Zito, foi feita em dezembro do ano passado. “È um pedido antigo que fiz ao Sérgio Cabral e agora

recebemos o presente de Nata l , um pouco depois dos fes te jos , mas o importante é que ele veio”, anunciou o prefeito de Duque de Caxias. A previsão do Governo do Estado é começar a obra de for-ma imediata. Em 2005, o Departamento de Es-trada e Rodagem (DER-RJ) começou a duplica-ção da Avenida. A obra não deslanchou e fi cou inacabada, provocando transtornos à população. “Com a obra de recupe-ração asfáltica, a pista fi cará em melhores con-dições e o trânsito fl uirá melhor”, destacou Zito.

A avenida foi inaugu-rada em 1928 pelo então presidente Washington Luiz, 35º presidente dos Estados Unido. Ela foi a primeira estrada do Bra-sil a usar asfalto em sua pavimentação, ligando a então Capital da Repú-blica à Petrópolis. Com a criação da Rodovia

Washington Luiz no fi nal dos anos 40, a avenida ateve o nome mudado para Avenida Presidente Kennedy – BR 101. Em 2007, por iniciativa do então deputado esta-dual José Camilo Zito, ganhou o nome do ex-governador Leonel de Moura Brizola.

Estado vai recapear a antiga avenida Presidente Kennedy

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77CAPITAL18 a 24 de Janeiro de 2011

País

Internacional

O NOVO VALOR do salário mínimo será de R$ 545, disse o ministro da Fazenda, Guido Man-tega, no dia 14, depois de participar da primeira reunião ministerial do go-verno da presidenta Dilma Rousseff. O aumento terá impacto de R$ 1,4 bilhão nas contas públicas este ano. Inicialmente, estava previsto que o salário mínimo seria de R$ 540. Essa proposta chegou a ser aprovado no Orça-mento da União deste ano.

O governo fez a mu-dança porque o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) fe-chou 2010 maior que o previsto. A fórmula de reajuste do mínimo, acertada com as centrais sindicais, estabelece a reposição pelo INPC do

ano anterior mais o cresci-mento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores. Segundo o ministro, o valor fi caria em R$ 543, mas o gover-no arredondou para R$ 545 para facilitar o saque

nos caixas eletrônicos. O novo mínimo valerá a partir de fevereiro, mas só será pago em março.

O ministro anunciou ainda que, nos próxi-mos dias, o governo enviará ao Congresso

uma medida provisória para transformar em lei a fórmula de reajuste do salário minimo acertada com as centrais sindi-cais. Essa política vai vigorar nos próximos quatro anos.

Ministro da Fazenda anuncia mínimo de R$ 545,00 ABR/JOSÉ CRUZ

COMEÇAM NESTA sexta-feira (21) as ins-crições para o Programa Universidade para To-dos (ProUni). Os inte-ressados em concorrer a uma bolsa de estudos em instituições priva-das de ensino superior deverão se inscrever pelo site do Ministério da Educação (MEC), de 21 a 25 de janeiro. O MEC ainda não divul-gou o número de bolsas que serão oferecidas no primeiro semestre de 2011. O benefício pode custear 50% ou 100% da mensalidade em fa-culdades que partici-pam do programa. Para concorrer a uma bolsa,

o estudante precisa ter cursado todo o ensino médio em escola públi-ca e participado do Exa-me Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2010, além de atender a alguns critérios de renda.

As bolsas integrais são destinadas aos alu-nos com renda familiar mensal per capita (por membro da família) de até um salário míni-mo e meio. Já as bol-sas parciais são para os candidatos cuja renda familiar mensal per ca-pita de até três salários mínimos. Entre 2005 e 2010, 748 mil alunos tiveram acesso a uma bolsa do ProUni.

Inscrições para o ProUni começarão no dia 21

BANCO DE IMAGENS

EM DUAS SEMANAS, a presidenta Dilma Rous-seff mostrará seu estilo de comandar a política externa brasileira. A deci-são de começar a agenda internacional pela Argen-tina, no próximo dia 31, indica que a prioridade dela será a América do Sul. A ideia é reunir em uma só agenda os temas de políticas econômica e social. Por todos os paí-ses que vai visitar, Dilma deve defender que a área social é fundamental para

o desenvolvimento equili-brado da região.

Uma das propostas em estudo é mostrar os re-sultados positivos dos programas de transferên-cia de renda no Brasil. O exemplo deverá ser o Programa Bolsa Família, que atende cerca de 60 milhões de pessoas, re-passando R$ 90 mensais. O destaque da experiência brasileira, segundo espe-cialistas, está na parceria entre órgãos públicos e privados. A presidenta

avisou a assessores que pretende visitar também o Uruguai, o Paraguai e o Peru até março. A meta em todas as viagens é dar destaque às questões sociais. Só depois ela viajará para outros países, como os Estados Unidos, a China e a Bulgária. Antes de visitar cada um, Dilma enviará o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, para articular as reuniões.

Para a Argentina, a pre-sidenta seguirá com uma

comitiva de ministros e assessores que atuam nas áreas econômica, de ci-ência e tecnologia, defesa e social. No total, brasi-leiros e argentinos estão envolvidos em 22 projetos distintos – nos setores nu-clear, espacial, de material de defesa e coordenação macroeconômica, além de construção de obras. Apenas o comércio entre o Brasil e a Argentina, em 2010, registrou US$ 32,9 bilhões – favoráveis ao Brasil.

Política externa: Dilma deverá destacar área social

O BRASIL INVESTIU mais de R$ 2,89 bilhões em projetos de coope-ração com outros países no período de 2005 a 2009. Segundo levanta-mento feito pelo Instituto de Pesquisa Econômi-ca e Aplicada (Ipea) em parceria com a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), ligada ao Minis-tério das Relações Exte-riores, a maior parte dos investimentos (79%) foi direcionada para ações de organizações internacio-nais e bancos regionais.

O restante dos recursos coube às áreas de assis-tência humanitária, bolsas de estudo e cooperação técnica. Segundo o dire-tor da Agência Brasileira de Cooperação, ministro Marco Farani, o cresci-mento nos investimentos para projetos de coope-ração é necessário, prin-cipalmente, para um país como o Brasil, que quer ser protagonista no plano internacional. - A ajuda internacional, auxilia o desenvolvimento, seja por meio de coope-

ração na área de educa-ção, ciência, técnica, ajuda humanitária, cooperação fi nanceira, que não está re-tratada no documento, vai ser cada vez mais, quase uma obrigação do gover-no”, afi rmou Farani. Para ele, não se pode imaginar que um país que queira ter infl uência, ter um papel na construção do mundo, sem uma ação correspondente no plano técnico e prático.A Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organi-zação Mundial da Saúde receberam R$ 1,38 bilhões

no período de 2005 a 2009. O Brasil contribui ativa-mente para o Alto Comis-sariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), devido ao crescente núme-ro de refugiados que o país vem acolhendo e à atuação em assistência humanitária internacional, coordenada pelo organismo.O Brasil também contribui com cerca de 70% dos recursos anuais do Fundo de Convergência Estru-tural e de Fortalecimento Institucional do Mercosul (Focem).

Em cinco anos, Brasil investiu R$ 2,89 bilhões em cooperação com outros países

A RETOMADA DO diálogo de representan-tes do Irã com o P5+1 (Rússia, China, França, Grã-Bretanha, Estados Unidos e Alemanha) e integrantes do Conse-lho de Segurança das Nações Unidas vai ocor-rer em várias etapas nos próximos dias 21 e 22. O enviado ira-niano para a Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), Ali Asghar Soltanieh, disse que ocorrerão conver-sas “multifacetadas”. As informações são da rede estatal de televisão, PressTV. “As conversas devem ser realizadas em um ambiente baseado no respeito mútuo e a questão mais importan-te é que todos os lados manterão as condições para gozar de direitos iguais”, disse Soltanieh. As conversas vão ocor-rer em Istambul, na Tur-quia.

O retorno das conver-sas sobre o programa nuclear do Irã ocorre no momento em que o

país está submetido a uma série de sanções impostas por parte da comunidade internacio-nal. Para o Conselho de Segurança das Nações Unidas e vários países, há a produção secreta de armas atômicas no Irã.

Porém, mais uma vez, as autoridades do Irã negaram as suspeitas. “No Irã não há armas nucleares e somos com-pletamente contra elas”, disse Soltanieh “Nós temos sempre chamado [a comunidade interna-cional] para conversas. Com base na cultura islâmica, o Irã acredita que as questões inter-nacionais devem ser resolvidas por meio de conversas e respeito mútuo, não em cena de guerra.”

O representante do governo iraniano criti-cou o que chamou de “política de confronto” contra o Irã. Segundo ele, a atmosfera e as bases das negociações “são muito importantes” para a busca do diálogo.

Diálogo do Irã com acomunidade internacional

vai ocorrer em várias etapas

ATÉ 2014, 56% da po-pulação brasileira estará na classe C. O percentual equivale a 113 milhões de pessoas. O dado foi apresen-

tado dia 14 pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, na primeira reunião ministerial conduzida pela presidenta Dilma Rousseff. De acordo

com o documento elaborado pelo Ministério da Fazenda, o percentual de brasileiros nas classes A e B, conside-radas de maior poder aqui-

sitivo, também deve crescer em quatro anos, passando de 11% (20 milhões) em 2009 para 16% (31 mi-lhões) em 2014.

Mais da metade da população estará na classe C em 2014

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CAPITAL 18 a 24 de Janeiro de 201188

O MINISTRO DAS Comunica-ções, Paulo Bernardo, afi rmou que é contra a concessão de emissoras de rádio e televisão para políticos. Bernardo, no en-tanto, reconheceu que esse é um tema sensível e que ainda precisa

de regulamentação. “Tem uma restrição colocada na Constitui-ção, mas não está regulamentada. Todos sabem que tem um monte de políticos que tem rádio e te-levisão e acho que não deveria ser permitido”, afirmou ele, após

reunião com a presidenta Dilma Rousseff para tratar do Plano Na-cional de Banda Larga (PNBL). Paulo Bernardo lembrou de uma entrevista que deu esta semana sobre o assunto. “Fiz uma avalia-ção realista, pragmática, de que

acho um tema difícil, sensível, por que tem que ser aprovado no Congresso. Até brinquei que é mais fácil votar o impeach-ment de um presidente do que a revogação de uma concessão de rádio e TV”, disse.

Paulo Bernardo: ‘Político não deve ter concessões de rádio e TV’

O BANCO CENTRAL (BC) negociou todos os 20 mil títulos ofertados no leilão de swap cambial reverso, no dia 14, arrecadando US$ 987,8 milhões. Bem próxi-mo, portanto, da estimativa de US$ 1 bilhão feita pela própria autoridade monetária na véspera, quando anunciou a reedição de um instrumento de política cambial que não usava desde maio de 2009. Por essa modalidade, que equivale a compra de dóla-res no mercado futuro, o BC assume posição ativa em va-riação cambial e passiva em taxa de juros doméstica. Em outras palavras, se a moeda norte-americana se valorizar, o BC ganha. Caso contrário, as instituições financeiras ganham as taxas de juros previamente estipuladas.

De acordo com o BC, o leilão foi dividido em três lotes. Foram ofertados 3 mil títulos com vencimento em 1º de abril deste ano (74 dias), negociados por US$

149,4 milhões e taxa linear de 1,856% ao ano; 7 mil tí-tulos com vencimento em 1º de julho (165 dias), vendi-dos por US$ 347,3 milhões com taxa de 1,686%; e 10 mil papéis com vencimento em 2 de janeiro de 2012 (350 dias), negociados por US$ 491,1 milhões à taxa de 1,86%. Em nota divulgada no dia anterior, o BC comu-nicou que a decisão de fazer a oferta depois de pesquisa

no mercado para saber se havia demanda pleos con-tratos. Como a sinalização das instituições fi nanceiras foi positiva, a autoridade monetária resolveu adotar a medida, que é mais uma alternativa para enxugar o mercado de dólares exce-dentes e conter a valoriza-ção da moeda nacional.

Coincidentemente, a me-dida veio na mesma hora em que a China anunciava

mais um aumento do com-pulsório bancário. A união dessas notícias fez a cotação da moeda norte-americana abrir a sexta-feira em alta de mais de 1% em relação à véspera, depois de três quedas seguidas. Depois do leilão do BC, a alta ar-refeceu um pouco. Às 15 horas, o dólar estava cotado a R$ 1,682 para compra e R$ 1,684 para venda, com valorização de 0,89%.

Banco Central negocia US$ 987,8 milhões em leilão de swap cambial

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