edição 760 do abcd maior (22/07/2014)

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EXEMPLAR GRATUITO ANO 9 | Nº 760 | 22 E 23 DE JULHO DE 2014 www.abcdmaior.com.br AMANDA PEROBELLI ANDRIS BOVO CUT PATROCINA TIME DE FUTSAL EM S. BERNARDO PÁG. 16 ESPORTES Famílias suspeitam que polícia executou dois jovens Familiares de dois jovens mortos na semana passada, em São Bernardo, suspeitam que as mortes tenham sido uma execução feita por policiais. A polícia afirma que houve tiroteio, versão negada pelas famílias. O caso está sendo apurado pela Corregedoria da PM. PÁGINA 9 Haitianos aprendem português em Sto. André por melhor inserção no mercado de trabalho. PÁG. 10 RODOANEL DEIXA MOTORISTAS à PRóPRIA SORTE PÁG. 7 CIDADES FSA PARCELA DéBITOS DE ALUNOS PÁG. 6 POLÍTICA SINDSERV TEM CHAPA DE OPOSIçãO EM S. CAETANO PÁG. 4 POLÍTICA Em agenda de campanha em São Bernardo nesta segunda-feira (21/07), o candidato do PT ao governo do Estado de São Paulo, Alexandre Padilha, afirmou que, se eleito, a população pagará apenas uma tarifa para utilizar todos os sistemas de transporte público da Região Metropolitana, como CPTM, Metrô e EMTU. PÁGINA 3 PADILHA QUER BILHETE ÚNICO PARA GRANDE SÃO PAULO

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Page 1: Edição 760 do ABCD MAIOR (22/07/2014)

EXEMPLAR GRATUITO ANO 9 | Nº 760 | 22 e 23 de julhO de 2014

www.abcdmaior.com.bramanda perobelli

andris bovo

cut patrocina time de futsal em s. bernardo pÁG. 16

espOrtes

Famílias suspeitam que polícia executou dois jovensFamiliares de dois jovens mortos na semana passada, em são bernardo, suspeitam que as mortes tenham sido uma execução feita por policiais. a polícia afirma que houve tiroteio, versão negada pelas famílias. o caso está sendo apurado pela Corregedoria da pm. pÁGina 9

haitianos aprendem português em sto. André por melhor inserção no mercado de trabalho. pÁG. 10

rodoanel deixa motoristas à própria sorte pÁG. 7

cidAdes

fsa parcela débitos de alunos pÁG. 6

pOlíticA

sindserv tem chapa de oposição em s. caetano pÁG. 4

pOlíticA

em agenda de campanha em são bernardo nesta segunda-feira (21/07), o candidato do pt ao governo do estado de são paulo, alexandre padilha, afirmou que, se eleito, a população pagará apenas uma tarifa para utilizar todos os sistemas de transporte público da região metropolitana, como cptm, metrô e emtu. pÁGina 3

pAdilhA quer bilhete úNicO pArA grANde sãO pAulO

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2 ABCDMAIOR | 22 e 23 de julho de 2014

opiniãoeditOriAl

Um caso a esclarecer

Na semana passada, este jornal se posi-cionou pela defesa das investigações sobre a queima de ônibus na Vila Ferreira, em São Bernardo. Para o ABCD MAIOR, a população não está por trás da destruição do transporte coletivo que serve a todos, por pior que seja a qualidade deste transporte. O ato de vandalis-mo é um desafio à polícia pelo fato de a quei-ma de ônibus ser uma prática ligada de forma geral ao crime organizado, como demonstram as depredações desse tipo realizadas nos últi-mos anos. A cobrança também está ligada ao fato de o governo do Estado ter dificuldades no combate ao crime organizado.

O que se seguiu à destruição dos ônibus foi uma operação de cerco ao bairro, de forma a intimidar seus moradores. Pior: a investigação tem como pano de fundo a morte de dois jo-vens, fato que teria desencadeado os ataques aos coletivos. Se a ação do crime organizado tem de ser objeto de ação da polícia, o escla-recimento das mortes dos dois jovens também é responsabilidade do Estado. É nesse ponto que reside a questão que está colocada: as mortes podem ser classificadas apenas como uma resistência de suspeitos contra a polícia, por meio de tiroteio, ou a investigação deve também apurar de forma detalhada as duas mortes?

Familiares dos jovens mortos dizem que eles foram executados pelos policiais. A polí-cia nega e a apuração agora está a cargo da Corregedoria e da Ouvidoria da Polícia Militar. Independentemente dos resultados das apura-ções, é fundamental que a sociedade acompa-nhe o trabalho da Corregedoria e da Ouvidoria, para que não paire suspeita que comprometa a credibilidade dos poderes públicos. Os mor-tos são jovens que viviam na periferia, uma área onde a violência faz parte do cotidiano. Esclarecer o caso de forma séria e transparen-te será um avanço para todos.

Rua Luiz Mariane esquina comAv Mário Covas Júnior - Mauá

Aqui tem

Abcd mAiOr

ver lista completa no www.abcdmaior.com.br

mma é luta violenta e brutal

ver na televisão, ouvir no rá-dio ou ler nos jornais, revistas e agências, ações de violência contra pessoas inocentes, acu-sadas não se sabe por quem ou por que; talvez por incomo-darem ou se assemelharem a suspeitos de terem cometido al-gum delito; ou porque deixaram de “amar” ou “serem amadas” pelos/as parceiros/as; são si-tuações, dentre inúmeras, que parecem ter se tornado comuns na sociedade.

ver, ouvir ou ler a respeito da violência no trânsito, em razão das diferenças socioeconômi-cas, de conflitos religiosos, ét-nico-raciais ou pela orientação sexual de um semelhante, vêm se naturalizando no noticiário diariamente, como se vivêsse-mos na barbárie.

dessa forma, não basta so-mente a ação do poder público para mudar esse estado de coi-sas. É essencial que a socieda-de se mostre indignada.

a discussão precisa ser fei-ta com seriedade. afinal, as causas são diversas. Há estu-

põe proibir a transmissão de lutas de mma (artes marciais mistas, em inglês) na tevê bra-sileira, nosso objetivo é o de coibir a naturalização de ações violentas e brutais na televisão. evitar que a violência real seja mostrada como cena de um fil-me, onde o sangue que escorre pelo rosto é tinta e uma perna ou outro membro quebrado não passe de truque de montagem.

É claro que a exibição das lutas de mma não é a única res-ponsável pela propagação da violência nas telas, mas, devido ao seu grande alcance, sua vei-culação exerce forte influência sobre o comportamento de te-lespectadores, principalmente do público infantojuvenil.

por isso, repudiamos qual-quer forma de propaganda com conteúdo de violência e bruta-lidade, seja ela praticada nas ruas ou nos octógonos, por des-pertarem os piores instintos no ser humano.

diosos que atribuem a origem da violência à degradação da família, à falta de perspectivas no futuro, às instabilidades so-cioeconômicas, ao despreparo, à baixa qualidade da educação, aos exemplos dos adultos e por aí seguem. outros creditam a escalada da violência à propa-ganda de armas de brinquedo, desenhos animados, aos fil-mes, videogames… sem contar a violência imposta pelo crime organizado.

mas, concretamente, cada um de nós pode (e deve) dar sua contribuição para diminuir a publicização e banalização da violência na sociedade brasilei-ra. seja em casa, no trânsito, no ambiente de trabalho, en-fim, em todo e qualquer lugar é possível contribuir. na tele-visão também! não é censu-rando, mas buscando critérios mais definidos e educativos. afinal, uma concessão pública, como é a tevê, deve respeitar minimamente a qualidade do conteúdo veiculado a milhões de pessoas.

ao apresentarmos o projeto de lei nº 5.534/2009, que pro-

josé mentor*

*josé mentor é deputado federal (pT-sp) e autor do pl nº 5.534/2009, que trata da transmissão do mma na tevê.

TIRAGEM 20 mil ExEMPLARES

FONE 4193-5357

certificação:

abCd maior na internet: www.abcdmaior.com.brexpediente MP Editora Ltda | endereço: Trav. Monteiro Lobato, 95, Centro, SBC | CEP 09721-140 | (11) 4930-7450

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CIRCuLAçãO EM santo andré, são bernardo, são caetano, diadema, mauÁ, ribeirão pires E rio Grande da serra

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22 e 23 de julho de 2014 | ABCDMAIOR 3

No ABCD, Padilha apresenta bilhete único metropolitano

“livres” O prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), disse que

dará independência à base aliada na escolha do candidato à presidência da Câmara. A eleição ocorre em dezembro. Enquanto isso, a oposição deve indicar Josa Queiroz (PT).

política

No ABCD, apenas São Ber-nardo, Santo André e Mauá já têm bilhete único municipal, que ainda não são integrados. Atualmente, os moradores da Região Metropolitana têm até três cartões para pagamentos de transportes públicos: um é o cartão municipal, outro apenas para ser utilizado no trólebus, além de um terceiro cartão para utilizar trem, metrô e ônibus municipais na Capital.

metrô NO AbcdO candidato petista ao gover-

no do Estado fez duras críticas ao projeto de expansão do metrô, encabeçado pelo PSDB no Esta-do de São Paulo. Para o petista, a linha 18 do metrô (Bronze), que ligará o ABCD à Capital, só sairá do papel se o PT vencer as elei-ções de outro.

“A chance de São Bernardo ter um metrô está no PT go-vernando o Estado de Paulo. Se depender da velocidade dos tucanos, que fazem menos de dois quilômetros de metrô por ano, mesmo com dinheiro do governo federal, vamos esperar e o metrô não vai chegar até aqui (Região)”, criticou Padilha.

O candidato petista ressal-tou que o recurso federal para a

construção da Linha 18 já está garantido e acredita que a falta de planejamento e o possível envolvimento de cartel forma-do por empresas - em operação desde 1998 durante todas as gestões do PSDB no Estado – prejudicou a ampliação do me-trô em São Paulo.

As obras da Linha 18 do me-trô deveriam ter começado no

final do ano passado, de acordo com a proposta inicial do go-verno do Estado. O Ministério Público chegou a pedir a sus-pensão da licitação, com pre-ocupação de envolvimento do cartel, mas o processo foi rea-berto recentemente

A expectativa do PT é que a in-tenção de votos aumente em Pa-dilha após o início da propaganda

eleitoral na rádio e na TV, em 19 de agosto. Entretanto, Padilha e o prefeito Luiz Marinho reafirma-ram a importância da militância na rua.

“A campanha na rua é impor-tante até o final da disputa. Até o início da propaganda eleitoral na TV e nos rádios é ainda mais importante intensificar as ativida-des”, avaliou Marinho.

Em visita a São Bernardo na tarde desta segunda-feira (21/07), o candidato ao gover-no do Estado pelo PT, Alexan-dre Padilha, afirmou que, se eleito, irá implantar o Bilhete Único Metropolitano, que pre-tende unificar na Grande São Paulo a cobrança das passagens de ônibus, trem e metrô; ou seja, o usuário pagará apenas uma passagem, mesmo que uti-lizar sistemas diferentes, como EMTU, CPTM e Metrô.

Ao lado do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), e dos candidatos a deputado estadual e federal do PT na Re-gião, Padilha deu mais detalhes da proposta e garantiu a viabi-lidade da iniciativa.

“O cidadão que tiver de circular nos trens da CPTM, metro e ôni-bus da EMTU pagará uma passa-gem, o que deixará mais barato o bilhete para quem tiver de ir mais longe. Já existe estudo e estamos detalhando essa possibilidade. Vamos aplicar em toda a Região Metropolitana o que a Marta Su-plicy (ex-prefeita de São Paulo e ministra do Turismo) fez em São Paulo”, explicou Padilha.

Karen [email protected]

proposta pretende integrar transporte em toda a região metropolitana pagando apenas uma tarifa

michels descarta instalação de Upa no bairro piraporinhaAs obras da UPA (Unidade de

Pronto Atendimento) Pirapori-nha ainda nem tiveram início, mas o prefeito de Diadema, Lau-ro Michels (PV), praticamente já descartou a instalação da unidade no bairro. De acordo com o pre-feito, a prioridade do governo é buscar verbas da União para re-forma do Hospital Municipal, situado em terreno ao lado de onde seria instalada a UPA. Des-sa forma, o Paço terá de devolver

R$ 1,9 milhão que serviriam para construção da segunda unidade no município.

Pela avaliação de Michels, a UPA Piraporinha teria cus-tos reajustados, o que elevaria o valor da unidade para R$ 7 milhões.“Não preciso da UPA, tenho 256 leitos ali den-tro (do Hospital Municipal)”, pontuou.

O Ministério da Saúde esti-pulou prazo até setembro para a

Prefeitura de Diadema entregar a segunda UPA da cidade. Caso contrário, a Administração terá de devolver a verba aos cofres federais. O prefeito, porém, su-geriu que os repasses da União sejam destinados para construção de um posto de Pronto Atendi-mento em um terreno na região central do município, ao invés do Piraporinha.

Michels pleiteia junto com o governo federal ajuda de R$ 45

milhões do governo para reforma do Hospital Municipal. “A refor-ma aumentaria a urgência, au-mentaria o PS (Pronto-Socorro) do hospital, aumentaria a área de estacionamento, a área do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), aumentaria o con-forto das pessoas”, atestou.

eNtrAve pOlíticOO prefeito insinuou que entraves

políticos seriam outro fator que em-

perra a UPA Piraporinha. Um dos problemas é a certidão de titulari-dade do terreno. Até o ano passado, a área pertencia ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), mas o Ministério da Saúde adquiriu a posse do espaço. O passo seguinte seria transferi-lo para o município, mas Michels diz que isso não ocor-reu. “Hoje estamos com imbróglio mais político do que jurídico na mão”, constatou.

(bruno coelho)

andris bovo

alexandre padilha prioriza agenda no abCd até início da campanha eleitoral em rádio e Tv

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4 ABCDMAIOR | 22 e 23 de julho de 2014

para o frio A secretária de Inclusão de Santo André, a primeira-dama Fátima

Grana, receberá nesta terça (22/07), às 15h, uma tonelada de agasalhos que foram arrecadados pelo gabinete do vereador Marcos Pinchiari (Pros).

política

O Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos de São Caetano) de São Caetano tem como presidente Miguel Pa-rente há 25 anos. Diante do cargo quase “vitalício” servido-res da cidade organizam, após uma década, uma chapa de oposição na cidade. Apoiada pela CUT (Central única dos Trabalhadores, a candidatura de oposição tem como presi-dente o GCM (Guarda Civil Municipal) Maurício Belo.

A eleição para escolha da nova direção ocorrerá em 7 e 8 de agosto. Para Maurício Belo, que atua 16 anos na GCM (Guarda Civil Muni-cipal), o funcionalismo está insatisfeito com a atual gestão do Sindserv. São 51 funcioná-rios públicos que integram a chapa de oposição, sendo que 39 são GCMs.

“Os servidores estão insatis-feitos com a atual direção, pois

não defende os direitos dos tra-balhadores. Atualmente, exis-tem mil ações que tramitam na Justiça porque o Sindserv não apóia a categoria”, lamentou Maurício. Recentemente, além da GCM, profissionais da área da educação realizaram mani-festações pela cidade à revelia da direção do sindicato.

De acordo com o oposicio-nista, a atual diretoria tem criado entraves para “prejudi-car” os concorrentes. “Estão exigindo documentos desne-cessários só para nos prejudi-car”, afirmou Maurício.

Há 25 anos no poder, Paren-te está otimista e incluiu em sua chapa 15 GCMs para ten-tar neutralizar a candidatura adversária. Para o atual presi-dente da entidade, o Sindserv “tem conquistando melho-rias” para a categoria e citou o último aumento salarial de 7,09%, o maior da região do ABCD. “Não abandonamos os servidores. Isso é conversa”, completou.

sindicato dos servidores terá chapa de oposição em são Caetanogislayne jacinto

[email protected]

presidente da entidade ocupa cargo há 25 anos e é acusado de não defender interesses dos funcionários públicos pela oposiçãoandris bovo

Funcionalismo critica postura do sindicato e realizaram atos à revelia da entidade neste ano; CUT apóia chapa de oposição

michels e maninho estremecem relação entre executivo e legislativoO prefeito de Diadema, Lauro

Michels (PV), e o presidente da Câmara, Manoel Eduardo Mari-nho, o Maninho (PT), voltaram a trocar farpas na manhã de segun-da-feira (21/07). Durante coletiva de imprensa, o chefe do Legislativo afirmou que o prefeito age como “imperador” da cidade, ao comen-tar a relação entre o governo e ve-readores. O prefeito, por sua vez, acusou o parlamentar de fazer “po-liticagens” no comando da Casa.

“O Lauro (Michels) tem con-versado muito pouco com o Po-der Legislativo. Ele acredita que o prefeito é um ‘rei’ ou ‘impera-dor’ e o que ele decidir os outros devem obedecer. O governo tem enviado projetos em cima da hora, embora a Câmara aprove pela importância que têm para

cidade. E diálogo com a presidên-cia da Câmara quase não ocorre”, avaliou Maninho durante cole-tiva de imprensa para o balanço semestral do Legislativo.

Entre os projetos de “última hora” citados por Maninho, está a proposta visando convênio com Ministério da Cultura, que esta-belece a criação de 20 pontos de cultura em Diadema por meio de repasses do governo federal. A matéria foi aprovada na sema-na passada, momentos antes do recesso parlamentar. O presiden-te da Casa ainda insinuou que o chefe do Executivo ignora diálogo por rixa partidária.

Enquanto o petista dava cole-tiva na sala da presidência, Mi-chels realizava uma vistoria nas obras de recapeamento e drena-

gem nas ruas Bororós e Tapuias, no Bairro Serraria. Quando in-dagado sobre as articulações para eleição da presidência da Câmara ao biênio 2015-2016, o prefei-to criticou o atual mandatário. “Hoje, a presidência da Câmara é usada de forma errada. Fazem politicagem”, afirmou.

O atrito entre o prefeito e o presidente da Casa ficou evidente após Maninho garantir mandado de segurança para assumir o co-mando da Prefeitura de Diadema enquanto Michels estava em via-gem na Europa, no mês passado. Na ocasião, a vice-prefeita Silvana Guarnieri (PTB) estava sob licen-ça médica. Diante da polêmica viagem, Michels antecipou sua volta à Prefeitura.

(bruno coelho)

daniel TossaTo

para maninho, prefeito acha que é rei e não debate propostas com os vereadores

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22 e 23 de julho de 2014 | ABCDMAIOR 5

Agenda O candidato do PV ao governo de São Paulo, Gilberto Natalini,

participou nesta segunda de plenária no Conselho Regional de Contabilidade para debater propostas para a categoria, como o excesso de tributação ao exercício da atividade.

prOdutivO?O presidente da Câmara de Diadema, Maninho (PT), apresentou balanço semestral das atividades da Casa nesta segunda-feira. Durante o período, foram aprovados 66 projetos de lei, sendo 16 matérias do Executivo e 43 dos parlamentares.

Prefeitura de Diadema rebate denúncia sobre Bolsa Família

apontou critérios técnicos ao justificar a exclusão do auxílio.

Por nota, Neide avaliou que diversos podem ser os fatores que influenciam para o bloqueio ou cancelamento do programa Bolsa Família, como as famí-lias beneficiárias não realizarem a revisão cadastral obrigatória a cada dois anos. A secretária in-formou que o Cras (Centro de Referencia de Assistência Social) faz reuniões com beneficiários para esclarecer os critérios para permanência e periodicidade da revisão cadastral, determinada

pelo Ministério do Desenvolvi-mento Social.

Ronaldo acusou o governo do prefeito Lauro Michels (PV) de tirar munícipes do programa ao tomar conhecimento de com-pra de aparelhos eletrônicos como TVs LCD, computado-res ou até em caso de dívidas de cartão de crédito. Duas mo-radoras do Conjunto Habita-cional Júpiter, Laura Oliveira Costa e Neide Júlia da Silva, disseram que foram excluídas do cadastro pela situação des-crita pelo parlamentar.

A secretária de Assistência So-cial e Cidadania de Diadema, Neide Felicidade, rebateu a de-núncia da oposição referente ao descredenciamento de benefici-ários do programa Bolsa Famí-lia na cidade. De acordo com o vereador Ronaldo Lacerda (PT), algumas famílias perderam o direito ao repasse mensal do governo federal sem qualquer explicação da Administração. A responsável pela Pasta, porém,

bruno [email protected]

secretaria afirma que exclusão de famílias passa pelo recadastramentodivUlGação/marCos lUiZ

neide Felicidade afirma que ninguém foi excluído por comprar Tv ou computador

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Page 6: Edição 760 do ABCD MAIOR (22/07/2014)

6 ABCDMAIOR | 22 e 23 de julho de 2014

política dois palanques O coordenador da campanha à reeleição de Dilma Rousseff (PT),

Luiz Marinho (PT), pretende dialogar com o PMDB de São Paulo para conciliar a agenda da presidente entre os candidatos Alexandre Padilha (PT) e Paulo Skaf (PMDB).

A FSA (Fundação Santo An-dré) lançou programa para negociar dívidas dos alunos. Batizado de Jornada de Recon-ciliações, a ação teve início em 1º de julho e irá até o próximo dia 30. O reitor da faculdade, José Amilton de Souza, afirma que existem entre 8 mil e 10 mil processos judiciais em anda-mento por conta do não paga-mento de mensalidades.

“Nossa intenção é trazer alunos que deixaram de estudar por não pagamento. Além disso, preten-demos recuperar crédito para am-pliarmos os investimentos na ins-tituição”, garantiu José Amilton.

A Fundação Santo André pretende resgatar com a con-ciliação até R$ 6 milhões. As negociações envolvem alunos

e ex-alunos que ainda não pu-deram efetuar a regularização acadêmica e financeira. Serão apresentadas três propostas. No pagamento à vista há desconto de 100% sobre juros e multas. Na segunda opção, o devedor pode pagar 20% no ato e mais oito parcelas reajustadas, com 70% de desconto sobre juros e multas. A terceira alternativa envolve o pagamento entre nove e 21 parcelas, com quitação da primeira no ato e as demais rea-justadas, com desconto de 50% sobre os juros e multas.

A atual diretoria da Fundação assumiu em 1º de abril e herdou dívida de R$ 15 milhões. No ano passado, a FSA conseguiu reduzir a dívida de R$ 20 mi-lhões para R$ 15 milhões.

A faculdade tem 7,6 mil estu-dantes e conta com 312 profes-sores e 173 funcionários.

Fundação sto.andré lança programa para alunos parcelarem dívidasgsilayne jacinto

[email protected]

instituição pretende resolver débitos de cerca de dez mil alunos que estão na Justiça; intenção é recuperar até r$ 6 milhões andris bovo

Fundação santo andré: com parcelamento e novas opções de pagamento, instituição pretende investir valor arrecadado

Representes e presidentes das Comissões da Verdade das ci-dades do ABCD se reuniram nesta segunda-feira (21/07), em São Bernardo, para elaborar o relatório final dos trabalhos de-senvolvidos pelas comissões da Verdade de cinco cidades da Re-

gião (São Bernardo, Santo An-dré, Diadema, Mauá e Ribeirão Pires).

A ideia é unificar o resultado dos trabalhos desenvolvidos nas comissões municipais da Verda-de e entregar o relatório final as Comissões da Verdade Estadual

e Nacional. Os grupos realiza-ram entrevistas com familiares de desaparecidos, além de apu-rar crimes cometidos durante a ditadura militar (1964-1985), como tortura e desaparecimen-to de militantes de esquerda.

Entre os depoimentos co-

lhidos e que serão anexados ao documento encaminhado à Comissão Nacional e Estadual da Verdade, está o do secretá-rio de Finanças de Santo An-dré, Antonio Carlos Granado, que permaneceu preso por três anos, quando foi torturado por

Carlos Alberto Brilhante Us-tra. O coronel reformado foi o primeiro oficial condenado em ação por sequestro e tortura, em 2008. O ex-prefeito Maurício Soares (PT) também foi um dos entrevistados.

Comissões da verdade do abCd elaboram relatório integrado

(redação)

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22 e 23 de julho de 2014 | ABCDMAIOR 7

cidades uma entrada, uma saída O Rodoanel Leste recebeu 60 mil veículos desde 3

de julho, de acordo com a concessionária SPMar. Na fase atual de operação, existe apenas uma entrada (Trecho Sul) e uma saída (rodovia Ayrton Senna).

Rodoanel Leste deixa osmotoristas à própria sorte

por Ribeirão Pires até a rodovia Ayrton Senna, a previsão inicial do próprio Alckmin era que os 43,5 quilômetros de extensão da rodovia não tivessem qualquer iluminação. “A empresa entendeu a necessidade de instalar postes”, comentou o governador durante a cerimônia feita no dia 3 deste mês. Naquele dia, porém, o go-vernador permitiu a liberação, para o dia seguinte, de 37,7 quilô-

metros de pistas que representam 81,6% da obra.

A praça de pedágio em Mauá, primeira construção a aparentar condições para funcionamento antes mesmo da inauguração, também não funciona. Os veí-culos são direcionados, através de cones laranjas espalhados pela pista, a passarem entre alguns gui-chês. A Artesp (Agência de Trans-porte do Estado de São Paulo) in-

formou que não há previsão para a cobrança dos R$ 2,10 de tarifa.

perdidOO Rodoanel Leste cruza as ci-

dades de Arujá, Itaquaquecetuba, Mauá, Poá, Suzano e Ribeirão Pires. Porém, ao longo do trajeto, seja sentido Ayrton Senna/Mauá, ou o inverso, não é possível ao motorista descobrir em qual mu-nicípio se encontra. As placas de

retorno, de fato, estão posiciona-das. Informações ao condutor ou socorro imediato ainda são solu-ções que o próprio motorista deve alcançar. Ainda na manhã desta segunda-feira (21/07), o ABCD MAIOR flagrou operários ins-talando um dos call box (caixas com telefones para serem usados em caso de emergência) – os de-mais, em todo o trecho, estão co-bertos por plástico preto.

Os motoristas que tentarem acessar o trecho Leste do Rodo-anel Mário Covas nos próximos dias vão precisar de sorte e senso de direção apurado. Faltam placas de sinalização, não há sinal para telefones celulares, os guichês de atendimento não estão funcio-nando e em diversos pontos é possível se deparar com canteiros de obras. Quem utiliza a via logo pela manhã encontra cena bem conhecida: em velocidade alta, o motorista encontra operários no acostamento fazendo sinal com a mão indicando a redução da velo-cidade. À noite o cenário é mais dificultoso, pois longos trechos permanecem sem iluminação.

Após três semanas de o gover-nador Geraldo Alckmin (PSDB) usar o modal ainda inacabado para evento político de inaugura-ção, as falhas da rodovia lembram os percalços vividos pelos condu-tores que tentaram usar o trecho Sul em seus primeiros meses de funcionamento. No caso do tra-mo Leste, com entroncamento em Mauá e que segue passando

Em nota, a SPMar, conces-sionária dos trechos Leste e Sul, informou que “toda iluminação obrigatória da rodovia já foi insta-lada, seguindo as normas técnicas e os itens contratuais”. Além dis-so, informou que “no momento a rodovia está na fase final de implantação dos sistemas de aten-dimento ao usuário (call boxes). Durante este período a conces-sionária está dobrando o efetivo de viaturas para realizar o atendi-mento ao usuário, além de contar com apoio da Polícia Rodoviária. Em caso de problema no veículo, o usuário não ficará desassistido”.

A nota continua: “Como curio-sidade, dos atendimentos realiza-dos na rodovia apenas 3% são ori-ginados por ligações dos telefones de emergência. A grande maioria é identificada pelas viaturas da concessionária que circulam a via 24 horas por dia, somadas com as 21 da Polícia Militar Rodoviária”.

A SP Mar conclui: “Com re-lação à telefonia móvel, cerca de 85% das pistas têm cobertura de sinal de telefone móvel. Porém, a implantação esse serviço cabe às operadoras de telefonia, que já fo-ram contatadas pela concessioná-ria para ampliar o serviço”.

renan [email protected]

Trecho inaugurado às pressas por alckmin ainda apresenta falhas, após três semanas de operação

atendimento ao usuário está em fase de implantação

FoTos: andris bovo

Falta sinalização, não há sinal para telefones celulares e em diversos pontos o motorista se depara com canteiros de obrasTelefones de emergência ainda estão sendo instalados no trecho leste

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8 ABCDMAIOR | 22 e 23 de julho de 2014

As obras do programa Dre-nar no Bairro Demarchi, em São Bernardo, têm previsão de conclusão para outubro deste ano. Quase 75% dos trabalhos (74,25%) já foram executados, conforme informou a Prefei-tura. Para solucionar proble-mas de enchente na região, o córrego Capuava e o ribeirão dos Meninos estão sendo ca-nalizados.

No início de junho, as obras de macrodrenagem no Córre-go Capuava estavam com 55% dos trabalhos concluídos, o que demonstra o avanço no anda-mento do programa Drenar. Nos dois córregos estão sendo construídos canais abertos em concreto armado, com uma ex-tensão de 1,3 quilômetro, e um canal fechado em um trecho do ribeirão dos Meninos, na rua Schultz Wenk, com 475 metros, além da ampliação de travessias sobre os dois cursos de água.

Ao todo, foram investidos mais de R$ 30 milhões na re-

gião, com recursos da Prefei-tura e do governo federal para atender a demanda do OP (Orçamento Participativo) de 2010/2011 e conter enchentes prioritariamente nas ruas das Laranjeiras, dos Cajazeiros, Al-bino Demarchi, Schultz Wenk, Maximiliano Demarchi, João Gerbelli e próximo à Volkswa-gen, na Anchieta.

beNeFíciOOs moradores da rua Schultz

Wenk pensaram que os traba-lhos estavam paralisados no início do mês. “Não somos contra as obras, pelo contrário, sabemos que vão nos beneficiar muito. O problema é que estão paradas e o mato ficou alto”, disse o analista de infraestru-tura Oswaldo Teixeira Barbosa Junior, 30 anos, que mora em frente ao córrego Capuava.

Em nota, a Prefeitura infor-mou que não houve paralisação na obra, e sim atuação em outra frente de serviço, como estava planejado. No dia 7 de julho as máquinas voltaram a traba-lhar na rua Schultz Wenk sem

interromper os outros serviços. A Secretaria de Serviços Ur-banos irá providenciar o corte

do mato no local dentro de 30 dias e técnicos do CCZ (Cen-tro de Controle de Zoonoses)

pretendem inspecionar a área e realizar o controle de pragas, informou a Administração.

obras do programa drenar no bairro demarchi ficam prontas em outubrojessica marques

[email protected]

Canalizações do córrego Capuava e do ribeirão dos meninos estão com 74,25% dos trabalhos concluídos, de acordo com a prefeituraandris bovo

obras do drenar na região do demarchi representam investimentos de r$ 30 milhões da prefeitura e do governo federal

sisutec está com inscrições abertas Estão abertas desde esta segunda-feira (21/07) as inscrições para

o Sisutec (Sistema de Seleção unificada da Educação Profissional e Tecnológica). Nesta edição serão ofertadas gratuitamente 289.341 vagas em ensino técnico. Inscrições no site do Sisutec. (www.sisutec.mec.gov.br).

cidades

onG fornece medicamentos para pacientes com câncer na regiãoO GAPC (Grupo de Apoio a

Pessoas com Câncer), localizado em Mogi das Cruzes e que já auxi-liava moradores de São Bernardo, São Caetano, Santo André e Ri-beirão Pires, incluiu Rio Grande da Serra à sua rede de atendimen-to. A organização não-governa-mental sem fins lucrativos fornece itens como medicamentos, suple-mentos alimentares, fraldas, cestas básicas e atendimento psicológico a pacientes sem condições de ar-car com os custos do tratamento.

Cerca de duas mil pessoas estão cadastradas na unidade de Mogi, mas o GAPC possui outras cinco espalhadas pelo Brasil. A relações públicas da entidade, Wal Tribo-ni, ressalta que o espaço funciona

como clínica de apoio e não reali-za exames ou internação. Para ser atendido, é preciso ser maior de 18 anos e passar por triagem.

“Quem tiver o diagnóstico pode nos procurar que terá todo apoio clínico. Pode ligar ou ir até a unidade para agendar uma entre-vista de cadastro com a assistente social, que verá quais são as neces-sidades do paciente”, explicou. É preciso levar RG, CPF, resultado de exame de biópsia, comprovan-tes de renda e residência.

Wal destaca que a entidade é mantida com doações e com a re-alização de eventos beneficentes.

Ilca Oliveira Vianna, 70 anos, moradora de São Bernardo, foi atendida pela GAPC por cinco

anos. Em 2005, recebeu diagnós-tico de câncer de mama. Por um ano arcou com os custos do me-dicamento, que na época custava R$ 400 cada uma das duas caixas consumidas mensalmente.

“Soube sobre eles por meu cunhado, atendido pela unidade de São José dos Campos. Deram um apoio muito bom para mim e minha família. Quando recebi alta tinha uma caixa do remédio. Devolvi para que outra pessoa pudesse usar”, lembrou Ilca.

O GAPC fica na rua Barão de Jaceguai, 926 - Centro de Mogi das Cruzes. Mais informações pelo telefone (11) 4726-6575 ou no site www.gapc.org.br.

(rosângela dias)

andris bovo

ilca vianna, moradora de são bernardo, recebeu os remédios durante quatro anos

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22 e 23 de julho de 2014 | ABCDMAIOR 9

integrante da gaviões é morto com 15 tiros Fernando Wilson de Carvalho, 36 anos, integrante da

torcida organizada da Gaviões da Fiel, foi assassinado domingo (20/07) na rua das Goiabeiras, Santo André. Ele foi alvejado com 15 tiros, de acordo com a polícia.

FAltA sANgue NOs hemOceNtrOsInverno e férias resultam em queda no número de doadores de sangue no ABCD. Em São Bernardo, doações podem ser feitas no Hemocentro Regional (rua Pedro Jacobucci, 440 - Jardim das Américas) de segunda a sábado, das 8h às 13h. Tel: 4332-3900.

Famílias de rapazes mortos suspeitam de execução policial

Outra situação, que para a fa-mília reforça a hipótese de execu-ção policial, é o fato de a câmera de vigilância da Emeb Florestan Fernandes, local onde ocorreram as mortes, não ter filmado toda a ação. “A câmera filma a rua e quando o carro dos meninos para, a câmera fixa na parede e só volta a filmar a rua novamente quando o Samu e a perícia che-gam. É estranho, não é ?”, ques-tionou outro parente.

As imagens já estão com a polí-cia. O secretário de Segurança de São Bernardo, Benedito Maria-no, confirmou que a Ouvidoria e a Corregedoria da Polícia Mili-tar pediram as gravações. “A Pre-feitura cedeu as imagens da 1h até 3h da manhã. O assassinato ocorreu às 2h15. Isso era o que podíamos fazer para colaborar”, explicou Mariano.

Os três jovens de 16, 17 e 18 anos eram amigos desde a infân-cia, graças à amizade entre as mães dos rapazes. Dos três, apenas o mais novo sobreviveu. O jovem, que está internado e sob custódia da polícia, teria dito aos parentes que somente sobreviveu por ter se fingido de morto ao ser baleado.

Ao juntar as peças do que di-zem as testemunhas, policiais e o sobrevivente, familiares apura-ram que os rapazes estavam em um carro roubado, foram inter-ceptados pelos policiais da Força Tática, mas ficaram com medo e fugiram, parando apenas em fren-te da Emeb Florestan Fernandes,

pois sabiam que ali havia uma câ-mera. “Eles achavam que estavam seguros”, lamentou um familiar.

“O jovem que dirigia saiu com as mãos para cima e implorou para não morrer, mas mandaram que ajoelhasse e atiraram na cabeça”, afirmou um parente do rapaz. As famílias dos jovens ainda relatam

que o carro estava completamente alvejado. “O outro rapaz foi mor-to dentro do carro, no banco de trás, e depois arrastaram ele para fora”. Planos de trabalho e estudo foram interrompidos. “Um deles tinha entrevista de emprego no dia 14 e o outro ia começar um curso”, desabafou um familiar.

Após a morte dos dois jovens, na madrugada de 13 de julho, três ônibus foram incendiados e quatro foram apedrejados no Bairro Alves Dias, em São Ber-nardo, em locais próximos aos assassinatos. Desde o início, a polícia trabalha com a hipó-tese de que a comunidade é a responsável pelos ataques aos coletivos. Desde sexta-feira (18/07), as nove entradas da

Vila Ferreira são vigiadas por policiais militares.

“O bairro está fechado, nin-guém entra ou sai sem dar satisfação à polícia”, afirmou um morador que preferiu não se identificar. Outro mora-dor, que também pediu sigilo de identidade, acha a situação constrangedora. “Isso é tirar o direito de ir e vir das pessoas. Temos que pegar fila para en-

trar e sair, mostrar documentos e até agora ninguém sabe o mo-tivo real dessa operação.”

De acordo com os morado-res, das nove ruas usadas para entrar e sair da Vila Ferreira, apenas duas podem ser usadas atualmente. Os moradores po-dem sair pela rua João Batista Capitânio com a avenida Be-zerra de Menezes e entrar pela rua José Dias Donadelli.

Em nota, a Policia Militar explicou que o objetivo da operação é a manutenção da ordem pública que foi quebra-da pelos ataques aos ônibus na região. A PM ainda afirmou que os policiais permanecerão no bairro por tempo indeter-minado. Até o momento, três suspeitos foram presos acusa-dos de participar da depreda-ção dos coletivos.

Faz oito dias que os moradores da Vila Ferreira, em São Bernar-do, vivem cenas de terror. Tiro-teio, mortes e cerco policial fazem parte da vida da comunidade des-de a madrugada do último dia 13, quando policiais da Força Tática perseguiram três jovens de 16, 17 e 18 anos em um carro roubado. A ação terminou com a morte de dois adolescentes e a prisão do terceiro. Todos foram baleados na cabeça. As famílias e a comunida-de suspeitam de execução policial. A polícia nega e diz que houve troca de tiros. O caso foi parar na Ouvidoria e Corregedoria da Po-lícia Militar.

“Os meninos não eram bandi-dos ou traficantes como a polícia falou. Eram estudantes, cidadãos de bem, apenas crianças que er-raram por dirigir um carro rou-bado”, comentou um dos fami-liares dos jovens, que por medo preferiu não se identificar. Para os parentes, uma das provas é o fato de a dona do carro roubado não ter reconhecido nenhum dos três rapazes. “Ela disse que a pessoa que a roubou tinha uma cicatriz e os meninos não tinham”, refor-çou outro parente. Os familiares explicam que o veículo roubado estava na comunidade desde 6 de julho. “Mas eles não roubaram.”

As famílias dos jovens tam-bém contestam a troca de tiros e garantem que os adolescentes não estavam armados. “A perícia mostra que não havia resíduo de pólvora na mão de nenhum de-les”, revelou um familiar. Para os parentes, as armas que apare-ceram dentro do carro roubado foram colocadas pela polícia. “Tinha gente da comunidade lá que viu e filmou. Tanto é que tem gente sendo perseguida pela polícia, por isso”, afirmou outro familiar.

redaçã[email protected]

para a polícia houve troca de tiros, mas comunidade da vila Ferreira diz que jovens estavam sem armaandris bovo

de acordo com moradores, das nove ruas de entrada e saída do bairro, apenas duas podem ser ser usadas atualmente

Jovem que sobreviveu se fingiu de morto, diz parente

bairro está cercado pela polícia desde sexta-feira

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Apostila, lápis e papel na mão. Até uniforme ganhou. Jean Sony Mathurin acredita que os mate-riais simbolizam o início de uma nova vida, recomeçada com um único objetivo: ajudar a família que ficou no Haiti. A história se repete na comunidade de mais de 600 haitianos acolhidos em Santo André, mas ao menos 135, como Sony, conquistaram a sala de aula para aprender a língua portuguesa e a cultura brasileira. As atividades começaram há uma semana, na escola João de Barros Pinto, na Vila Metalúrgica, e o término é aguardado com ansiedade. “Que-ro um trabalho bom, fazer outra faculdade, e preciso começar do zero aprendendo a falar e enten-der o que todos dizem”, afirma.

O curso voltado aos estrangei-ros é inédito pelo Pronatec (Pro-grama Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego) e é realizado por meio do IFSP (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Pau-lo). Em Santo André são cinco turmas de 27 alunos divididas na escola da Vila Metalúrgica e na sede do Instituto no município, no Jardim Cristiane. As aulas são noturnas e acontecem três vezes por semana. O número de alunos na Região supera o da Capital, onde estão inscritos apenas 60 imigrantes.

Os primeiros haitianos che-garam a Santo André em 2011, um ano após o terremoto ter devastado o país caribenho. A maioria conseguiu visto para permanecer legalmente no Bra-sil, além da carteira de traba-lho, mas a nova situação vivida pelo poder público municipal ainda é motivo de preocupação acerca das condições básicas a

serem garantidas. De acordo com a diretora de Humani-dades da Prefeitura andreen-se, Maria Ferreira de Souza, a Loló, o perfil destes refugiados está sendo desenvolvido para que a integração com a socie-dade civil seja possível.

“Não vamos diferenciar o tra-tamento. Estamos desenvolvendo políticas públicas sem privilégios.

O direito à saúde, educação, tra-balho e moradia é igual para to-dos, apenas precisamos encontrar a melhor maneira de acolher os haitianos”, aponta.

Ainda de acordo com a dire-tora, a intenção é que os alunos do curso iniciado na semana passada tenham sequência, mas essa expectativa não está confir-mada. “A capacitação profissional

é fundamental. Sabemos que a maioria deles possui formação em medicina e enfermagem e vamos integrá-los às Unidades Básicas de Saúde como atendentes para faci-litar o atendimento”, informou.

As UBSs do Jardim Bom Pas-tor e de Utinga vão receber dois profissionais haitianos a partir de segunda-feira (28/07), após período de integração com os

demais profissionais.A supervisora da Secretaria

Municipal do Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo de São Paulo, Natália Rosa Sil-va, informou por meio de nota que, após a conclusão do curso de língua portuguesa e cultura bra-sileira, “os alunos estarão aptos e poderão se inscreve em quaisquer cursos do Pronatec”.

Aprender bem o português abrirá as portas para o mercado de trabalho. É a aposta de Elmond Hygens, de 28 anos, formado em contabilidade em seu país de ori-gem. Assim que chegou ao Brasil, há seis meses, conseguiu trabalhar como ajudante de pedreiro e ser-ralheiro, mas as condições ofere-cidas o fizeram retornar à procura por um serviço que pague parte das contas no final do mês.

“Sei que não posso exercer mi-nha profissão em outro país e não tenho grandes exigências, apenas que me paguem o combinado”,

diz, ao relatar atraso de pagamen-to durante dois meses, que com-prometeu o envio de auxílio aos pais e irmãos no Haiti. O mesmo aconteceu com Jean Sony, que também passou por dois empre-gos desde agosto do ano passado. “Estamos aceitando o trabalho que os brasileiros não querem e recebendo bem menos por isso, quem sabe com o tempo isso mude”, acredita o refugiado.

esperANçA Sem a possibilidade de se ins-

crever no curso oferecido em

Santo André, o casal de haitianos Mirielle Losier e Vilbet Dona-zard aguarda uma próxima cha-mada com turmas no período da manhã. Ambos trabalham em São Paulo e não conseguem chegar a tempo da aula noturna, mas Vilbert conseguiria frequen-tar as aulas se houvesse vagas no primeiro horário do dia. “O por-tuguês que falo aprendi sozinho, ouvindo meus vizinhos, e acredi-to que falando mais conseguiria emprego melhor”, diz o auxiliar de pedreiro.

No caso de Mirielle, que sai às

4h e retorna às 21h do trabalho na Capital, a vontade é de pagar por aulas particulares de língua portuguesa, mas a renda como diarista impossibilita a capacita-ção. “Ganho R$ 50 por serviço, mal consigo pagar o aluguel, mas gostaria de conseguir aprender junto com meus colegas haitia-nos”, afirma. Entre os colegas está Jean Sony, que conta sobre suas aulas e sonha até em abrir o pró-prio negócio no Brasil. “Sem de-sistir, chegaremos onde queremos aos poucos”, encerra seu diálogo para voltar aos estudos.

Curso de português é esperança de haitianos para mercado de trabalhoiara voros

[email protected]

santo andré recebe capacitação de estrangeiros pelo pronatec e favorece 135 refugiados; comunidade tem ao menos 600 haitianosamanda perobelli

o imigrante Jean sony na sala de aula na vila metalúrgica corre atrás de um lugar ao sol no mercado de trabalho para poder ajudar a família que ficou o Haiti

Abra sua empresa em mauá Até sexta-feira (25/07) a unidade móvel do Sebrae estará na praça

22 de Novembro, região central de Mauá, para atender a população interessada em abrir o próprio negócio ou em receber dicas de gestão de micro e pequenas empresas. O atendimento vai das 10h às 16h.

economia

santo andré busca integração social e econômica dos refugiados

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22 e 23 de julho de 2014 | ABCDMAIOR 11

cretos de como a escassez de água tem afetado a atividade industrial na região das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, que reúne pelo menos 50 municípios paulistas e qua-tro de Minas Gerais.

“Sabemos que quase três mil postos de trabalho deixaram de existir. Existem empresas que eliminaram um turno de produ-

ção. Temos empresas que estão deixando de se instalar porque não conseguem receber licenças para captar água. Isso sem falar daquelas que não conseguem ampliar as suas atividades.”

O diretor destacou que na re-gião existem 75 grandes indús-trias que respondem por 75% do consumo de água industrial. “Essas indústrias podem ter

cada vez mais prejuízo na sua capacidade produtiva se esse bem natural faltar, lembrando que em 2008 as indústrias des-sas bacias hidrográficas tinham autorização para captar 14,31 metros cúbicos por segundo e que esse volume caiu quase pela metade.

“O que nos entristece é que há dez anos aquele que admi-

nistra os reservatórios de água de toda essa região do Estado (Sabesp) já sabia que deveria ter sido feito alguma coisa e não fez”, criticou.

“Não é admissível que quem decida o sistema de operação seja a Sabesp, enquanto muitos mu-nicípios não são operados pela Sabesp, que é o caso de Campi-nas, que luta para receber água para toda a sua população.”

O racionamento de água ain-da este ano é um fator de pre-ocupação para 67,6% das 413 indústrias ouvidas em pesqui-sa realizada pelo Depecon da Fiesp e Ciesp.

O levantamento foi feito entre os dias 12 e 26 de maio com 229 empresas de micro e pequeno porte (até 99 empre-gados), 140 de médio porte (de 100 a 499 empregados) e 44 de grande porte (500 ou mais empregados). São justamente as empresas de grande porte as mais preocupadas.

Já pensando nas consequên-cias de uma interrupção no for-necimento de água, 64,9% das empresas avaliam que a medida teria impacto sobre seu fatura-mento. (Com informações da Agência Indusnet Fiesp).

A crise hídrica no Estado de São Paulo gera um horizonte de incerteza para a atividade indus-trial, afirmou Eduardo San Mar-tin, diretor do Departamento de Meio Ambiente da Fiesp e Ciesp (Federação e do Centro das In-dústrias do Estado de São Paulo).

San Martin comentou os nú-meros revelados por pesquisa realizada com 413 indústrias pelo Depecon (Departamento de Pesquisas e Estudos Eco-nômicos) das entidades. De acordo com o estudo, 64,9% das empresas avaliam que um eventual racionamento de água teria impacto sobre seu faturamento.

“Essa pesquisa nos mostra que 75% das indústrias de grande porte estão preocupadíssimas”, destacou. “Nós não sabemos o que vai acontecer. Dependemos de algo que não está a nosso al-cance [a possibilidade de chu-vas]”, reforçou o diretor.

Embora as empresas, por questões estratégicas de merca-do, não divulguem seus núme-ros, de acordo com San Martin é possível perceber sinais con-

redaçã[email protected]

na região de Campinas, quase 3 mil postos de trabalho foram fechados pela falta de águaraFael neddermeyer/FoTos públiCas

estudo da Fiesp e Ciesp indica que 65% das empresas avaliam que racionamento de água terá impacto no faturamento

nacional/internacional massacre em gaza Médicos de Gaza informaram que nove palestinos

da mesma família, sendo sete crianças, morreram nesta segunda-feira (21/07) após ataque da aviação israelense. O número de mortos com os ataques passa de 500.

Crise da água em São Paulojá é ameaça de desemprego

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12 ABCDMAIOR | 22 e 23 de julho de 2014

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22 e 23 de julho de 2014 | ABCDMAIOR 13

exposição laboratório Será aberta nesta quinta (24/07), às 19h, a exposição Laboratório,

do artista plástico andreense Karnel Carniel. A mostra ficará em cartaz no salão de exposição do Paço Municipal (praça 4º Centenário, s/n, Centro de Santo André) até 23 de agosto. Grátis. Informações: 4433-0577.

agenda

mAuáCINEMANesta terça-feira (22/07), às 19h, Mauá recebe mais uma edição do projeto Cinema no Museu. O tema do mês é Produção audiovisual al-ternativa em Mauá, e acontecerão projeções gratuitas de dois curtas: Última Sessão e O Inimigo, no Museu Barão de Mauá (avenida Getúlio Vargas, 276, Vila Guarani). Informações: 4518-4727.

diAdemAMÚSICAO Coral Kemuel lançará CD de mú-sica gospel no Teatro Clara Nunes (rua Graciosa, 300, Centro). Para mostrar as canções do terceiro disco o grupo fará show nesta sexta-feira (25/07), às 20h, com entrada gratuita. O novo trabalho que tem como título Qual é a Sua Escolha? foi gravado na Corações Produções. Os ingressos devem ser retirados com uma hora de antecedência. Informações: 4056-3366.

sãO berNArdOOFICINA DE DANçANa sexta-feira (25/07), a partir das 19h30, a escola Dançart (rua Afonsina, 135, Rudge Ramos) re-alizará oficina de sertanejo univer-sitário e zouk. Os dois workshops acontecerão simultaneamente em salas separadas e ao final do curso os participantes poderão praticar até as 23h em um baile que terá os dois ritmos como foco principal. Ingressos a R$ 20. Infor-mações: 4367-1740.

a partir deste ano, 30% dos projetos culturais selecionados serão da região, litoral ou interior de são paulo

mudanças em editais doproaC beneficiam o abCd

Quem nunca desejou tirar uma ideia do papel? Seja ela li-gada à literatura, desenho, dan-ça, teatro ou um pouco de tudo? Com o objetivo de desenvolver iniciativas artísticas no Estado, o ProAC (Programa de Ação Cultural) trouxe mudanças nos novos editais. A partir de agora, no mínimo 30% dos seleciona-dos em cada categoria devem ser do Interior, Litoral ou da Grande São Paulo – o que, neste último caso, prioriza o ABCD.

Conhecida como ProAC Edi-tais, a ação consiste em seleções do governo do Estado que destinam verbas a projetos culturais. Com 48 categorias, o ProAC beneficia diversos tipos de manifestações, como peças de teatro, espetáculos de dança, produção de livros, gra-vação de discos, entre outros. Para participar, os interessados devem acessar o site do programa, con-sultar a seleção de interesse e se inscrever gratuitamente.

rafael [email protected]

Além dos editais, o ProAC tem outra categoria: ProAC ICMS, que tem como objetivo incentivar empresas a investir em projetos culturais. As ações artísticas aprovadas por esta ação não recebem verba, mas auto-rização para buscar patrocínios em empresas. Caso uma empre-sa aceite produzir uma iniciati-va selecionada pelo ProAC, ela poderá destinar uma parcela do ICMS (Imposto sobre Circula-

ção de Mercadorias e Serviços) que recolhe para tal realização e ainda receberá descontos em de-mais impostos.

Outra diferença dos pro-cessos atuais é o prazo de se-leção dos projetos. “No Pro-

AC ICMS as inscrições ficam abertas durante o ano todo, com exceção do período entre novembro a fevereiro, quando o programa passa por uma re-estruturação de equipe”, con-cluiu Maria Tereza.

patrocínio financeiro ou incentivo fiscal?

cultura

serviçO

Para conhecer e participar das ações do ProAC basta acessar o site da Secretaria de Cultura – http://www.cultura.sp.gov.br/. As inscrições são gratuitas, mas suas condições variam conforme o edital de interesse.

“O ProAC é uma ação de fo-mento à produção cultural que oferece benefícios de R$ 10 mil a R$ 800 mil, dependendo da categoria”, contou Maria Tere-za Magalhães, coordenadora da Unidade de Fomento e Difusão de Produção Cultural – órgão estadual responsável pelo progra-ma. “Cada pessoa ou grupo en-caminha seu projeto conforme as condições do edital selecionado. Após as inscrições, uma comissão

formada por profissionais da área analisa os inscritos e seleciona os vencedores, que receberão uma verba do Estado para a realização de suas propostas.”

As primeiras seleções já foram publicadas online e estão com inscrições abertas. Aos interessa-dos a dica é acompanhar o site do programa sempre, pois ainda exis-tem categorias a serem divulgadas ainda neste mês. “No dia 29/07 serão lançados os últimos editais,

que são: território das artes, apri-moramento artístico e artes visu-ais. Os dois primeiros são novida-des deste ano. Território das artes é para manutenção de espaços culturais e aprimoramento é para grupos que desejam contratar profissionais para aperfeiçoar co-nhecimentos e práticas”, explicou Maria Tereza. Cada categoria fica aberta ao público durante 45 dias e os resultados saem, em média, um mês após seu encerramento.

amanda perobelli

Com 48 categorias de projetos, o proac contempla iniciativas de diversas linguagens artísticas como teatro, dança, produção de livros, gravação de discos, entre outros

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várzea em fotos A exposição “Onde Mora o Futebol” acontece de 21

de julho a 21 de agosto no Teatro Lauro Gomes, em São Bernardo, e retrata os campos de várzea pela visão do fotógrafo Caio Vilela, que visitou os cinco continentes.

pirações de glórias ludopédicas. Dessa forma, o Belenense abriu o placar com um gol de cabeça do zagueiro Rafael, logo aos 11 minutos do primeiro tempo. Foi a primeira explosão de alegria no estádio lotado, com mais de três mil pessoas. As coisas seguiram dessa forma até o empate do Jar-dim Canadá depois de cobrança de pênalti de Nilsinho.

Na volta do intervalo, em um chute tão mirabolante quanto as Ancas de Carole Lombard, o Be-lenense faz 2 a 1 com Binho e a coisa assim correu até o empate do persistente Jardim Canadá, fal-tando um minuto para o término do jogo. Gol de Lixo... Sim caros, o lateral-esquerdo Lixo empata a peleja para assim começar as coi-sas épicas que regem o futebol...

A hOrA de buchechAQuando o Win Wenders pen-

sou em filmar o romance do Peter Handke em 1978, sua atenção foi voltada para a coisa do desamparo do goleiro no meio do futebol, no quão impiedoso é a coisa do fute-bol, de seu medo ante o atacante impávido a estufar a sua rede. Tá...

Mas na várzea é bem diferente.Nela não tem muito espaço

para medos. Assim eu vi o goleiro

Buchecha, do Jardim Canadá.Durante o jogo, em voos pi-

rotecnicamente lindos de fazer inveja a um Douglas Fairbanks, Buchecha parou o ataque do Be-lenense. Pegou com o pé, com a mão, com a orelha, com o calo, com rezas, com tudo. Chegou até a cobrança de pênaltis intei-ro, tranquilo.

Um feliz.Sorria para a cobrança como

decerto sorri para a vida. Pegou duas cobranças e deu o título para sua equipe sem mudar um mús-culo facial de sua santa paz. Em meio à festa da conquista, correu para o alambrado. Por lá fez um sinal para a esposa e pegou o seu filinho Rian, quatro anos de ida-de, orgulhoso do pai. Com o me-nino abraçado a ele, Buchecha me deu a entrevista.

Falou que tem 28 anos, que joga bola na várzea desde os 18 e, quando perguntei o por que disso, não titubeou em responder com os olhos cheios de água:

“Ah cara... Olha aqui como meu filho tá feliz. Jogo bola pra isso...”

Diante da resposta não ousei mais atrapalhar a festa do moço. Peguei meu bloquinho de papel, minha caneta bic e caí fora...

Restava um minuto para o fim do jogo, que já estava nos acrésci-mos, e o tradicional Belenense, do Morro do Macuco, contava os se-gundos para comemorar o título da Divisão Especial de Mauá. No entanto, eis que o Jardim Canadá encontrou o empate em 2 a 2 e se consagrou nos pênaltis, tornan-do-se o novo campeão da cidade. Antes desse campeonato, nunca tinha jogado a divisão, nunca ha-via estado entre os melhores.

No estádio Pedro Benedetti, em meio a um sol para Akira Ku-rosawa filmar no último domin-go (20/07), as duas equipes apare-ceram para rolar a pelota em uma final que não tinha como não ser épica por uma série de aspectos. Em princípio o campo...

A partida foi disputada pau a pau, gota por gota de suor em que se decidia por sonhos e as-

marcelo [email protected]

Jardim Canadá desbanca favorito e é o mais novo campeão de mauáCom atuação espetacular do goleiro buchecha, time estreante na especial bate o belenense nos pênaltis diante de três mil pessoas

esportes

tabelão da várzea

no campo do nacional- IV Centenário Ypiranga4x1

no nacional- Alvi Negro Vila Alice2x1

no campo cid. dos meninos- Flamengo Cid. São Jorge0x0

no cid. dos meninos- Vila Sá Lua Nova2x0

no campo do marajoara- Vila Lamartine Vila Junqueira1x4

no estádio pedro benedetti- *Santa Cruz Mocidade4x2

no estádio pedro benedetti- *Jardim Canadá Belenense4x3

no campo do Águias- América do Sul Internacional5x0

no campo do Águias- AD São Caetano Águias1x0

no campo do Águias- Águias Barcelona3x0

no campo do Águias- Alvi Celeste América do Sul2x1

no campo do piraporinha- Estrela Azul Leônico0x1

no campo do lavínia- Jerusalém Divinéia0x0

no piraporinha- Boa Vista Promissão2x0

no campo do selecta- Silvina Vila Pelé2x1

no campo do madureira- Kuanga Triângulo 1x5

mAuáMasters – final – domingo (20/07)

Divisão Especial – final – domingo

Veteraníssimos – final – domingo

Dente de leite – final – sábado (19/07)

Dentão – final – sábado

sãO cAetANO Veteranos – final – domingo

diAdemAPrimeira Divisão – semifinal – sábado

sãO berNArdO Primeira Divisão – 2ª fase – domingo

sANtO ANdré Primeira Divisão – 8ª rodada – domingo

no marajoara- Guarara Vila Nova2x2

no campo do Guaraciaba- Real Jardim Sorocaba5x0

no Guaraciaba- Sacadura Cabral Jardim Stella2x0

*decidido nos pênaltis

amanda perobelli

Jardim Canadá se transformou no grande campeão de uma das maiores ligas do estado de são paulo, em meio a 280 equipes

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22 e 23 de julho de 2014 | ABCDMAIOR 15

Com estrelas, São Caetano conhece quatro campeões

são bernardo x ec são bernardo Os dois times de futebol profissional da cidade se

enfrentam nesta terça-feira (22/07), às 9h, no Estádio Primeiro de Maio. Os dois jogaram no fim de semana, mas não passaram do empate por torneios diferentes.

quatro estiveram presentes em duas das quatro decisões do fim de semana.

O duelo mais equilibrado e emocionante foi a final da ca-tegoria Veteranos (acima de 40 anos), domingo (20/07), entre Alvi Celeste e o próprio América do Sul, de Batata e Fubá. Gols, só no segundo tempo. Paulinho aproveitou rebote do goleiro após cruzamento da direta e ca-beceou para o fundo das redes, abrindo o placar para o Alvi Ce-leste, aos 6 minutos.

O América empatou aos 20, com Isaías, também de cabeça, aproveitando cobrança de escan-teio. Mas, depois de falha na sa-ída de bola da defesa adversária, Valdeci invadiu a área e tocou na saída do goleiro para fazer 2 a 1 e dar o título ao Alvi Celeste.

Na preliminar da decisão da

categoria veteranos, o América do Sul enfrentou o Internacio-nal pela final da veteraníssimos

(acima de 45 anos). E, desta vez, não deu chances ao adversário, goleando por 5 a 0. Os gols fo-

As arquibancadas do campo do Águias de Nova Gerte estavam lo-tadas no domingo (20/07). É cla-ro que o futebol amador é sucesso de público em São Caetano, mas a presença dos ex-corintianos Ba-tata (bicampeão brasileiro), Gil-mar Fubá (bicampeão brasileiro e campeão do mundo) e Ezequiel (campeão brasileiro e da Copa do Brasil) e do ex-flamenguista Bigu (campeão brasileiro) ajudou a le-var mais pessoas ao Águias. Os

redaçã[email protected]

ex-corintianos Gilmar Fubá e batata abrilhantaram a final dos veteranos, mas foram derrotados

sem Os cArAsO Santo André estreou na Copa Paulista com um empate em 0 a 0 com o Juventus no estádio Bruno Daniel, mas a torcida ainda não viu em ação a dupla Michael, ex-Palmeiras, e Rodriguinho, vice-campeão paulista em 2010. Os dois só devem jogar no próximo domingo contra o São José.

ram de Miranda, Alaor, Xuxa, Mendão e Picá, eleito o melhor do campeonato. Entre os que defenderam o time campeão es-tiveram o ex-flamenguista Bigu e o ex-corintiano Ezequiel.

Sidney, do Gisela, foi o artilhei-ro da veteraníssimos, com oito gols. E Guzula, do Unidos, foi escolhido o melhor goleiro.

FuturONo sábado (19/07) quem en-

trou em campo foi a garotada. Jogando em casa, o Águias esteve nas duas finais. Perdeu a dente de leite (sub-14) para a AD São Cae-tano (1 a 0), mas ganhou a dentão (sub-16) do Barcelona (3 a 0).

O calendário de competições tem prosseguimento neste se-gundo semestre, com o início dos torneios nas categorias fraldinha, dentinho, juniores e principal.

Canela de Ferro por mArcelO meNdez

Eis que na hora que Itamar Assun-ção cantava que “Tudo que eu podia fazer eu já fiz / No entanto você nem se toca / Ainda diz que a vida não é nada mais / Que um beijo na boca...” O telefone tocou:

“Oi, baby...”Era ela.Em meio a um sábado gelado, meio

cinza, comigo ali perambulando por entre um cômodo, um vinho, um verso e um saco de feijão pela metade, ela liga para dar um pouco de charme ao dia e ao nada demais que eu sou...

“Oi, e ae, tudo bem?”, perguntei.“Tudo ótimo. E você, o que tá fa-

zendo?”“Nesse exato momento tô descas-

cando alho para temperar o feijão e ouvindo o Itamar Assunção cantando uma música para ver se consigo en-tender essa coisa maluca que somos,

eu e você, e umas de amor. E depois de ouvir sua voz, passo a pensar em uma possível Jane Birkin imaginária, fumando desbragadamente um Luckie Strike pela Vila Madalena, clamando por massa para tapioca e assoviando um samba do Ismael Silva”

“Nossa. Te inspiro a pensar nisso tudo?”

“Inspira para muito mais, mas não adianta. Você não acredita nem a pau nos meus “ais” de pequeno basco--burguês-safado-redimido e completa-mente louco de amor por você”.

Ela riu como quem vê Fellini diri-gindo Mastroiani em La Doce Vita e mandou:

“Nêgo, tô com saudade de tu. Vem aqui amanhã almoçar comigo...”

“Amanhã não posso, tenho futebol de várzea para cobrir, você sabe...”

“De novo isso? Como assim me

ama? Ama, mas vai pra um campo de barro escrever sobre mais de 20 homens correndo atrás de uma bola marrom?”

“Até que tá mais branquinha e ama-nhã não tem barro. É a final da série especial de Mauá e o jogo é no está-dio municipal da cidade. Gramadinho e tals...”

“Ah tá... E isso é bom?”“Na atual conjuntura é ótimo”.Ela riu de novo, falamos mais algu-

mas coisas e desligou. Prometi que ligaria no outro dia e então fiquei a pensar:

Porque diacho gosto tanto desse fu-tebol de várzea?

No domingo, quando encontrei a Amandinha Perobelli e mais o Jefer-son, o motora, para irmos para a deci-são entre Belenense x Jardim Canadá em Mauá, eu ainda não tinha muito

bem a resposta. Cheguei no estádio Pedro Benedetti sem saber muito bem de como era isso tudo. Porque, por-que eu deixei de almoçar com a mais provável Jane Birkin da minha vida para cobrir uma final de um jogo de várzea atrasado, em um domingo cuja manhã de trabalho parecia interminá-vel? Pois é...

Depois de uma Copa do Mundo pode parecer meio insano voltar para a várzea, mas que nada...

No primeiro bom dia que se recebe, no primeiro abraço que se ganha dos bons parceiros de trabalho, no primei-ro sorriso de torcedor apaixonado que avisto num campo de várzea, todo res-tante de elucubrações insuspeitas vai às favas.

É a volta suprema e triunfal do liris-mo por entre os poros!

Caro leitor, como é bom voltar para

isso. O futebol de várzea é muito mais que épico como tanto falo. É puro.

Puro como a primeira paixão de um menino. Menino que fui que insisto em ser, que reluto em deixar de ser. Pois é. Na mesma música que ouvia, Itamar Assunção cantou que “Ora ora meu bem, não é sempre que o amor / Se resume num ponto de vista...” Então tá...

Não sei se ver aquele jogo de bola no lugar de ver aquela menina de fran-jinha imortal me foi tão redentor quan-to santo, mas sei lá... Não resumindo a questão em um simples ponto de vista, uso então safadamente o benefício da dúvida para encerrar a crônica anun-ciando que os trabalhos de várzea cá estão reabertos, e isso me deixa feliz, muito feliz e bem, senão tanto quanto o almoço, a gente dá sempre um jeito.

Sou poeta pra isso...

ela, itamar Assunção e a volta da várzea

eriC romero/pmsCs

alvi Celeste (de azul) venceu o time de ex-profissionais do américa e foi campeão

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campeão na ginástica Não é só Arthur Zanetti que se destaca nas provas de

argolas da ginástica artística por São Caetano. No último sábado (19/07), Henrique Flores sagrou-se campeão no Festival Desportivo realizado no México.

Disputar a elite do futsal bra-sileiro sem grandes recursos por trás. Desde que iniciou seu pro-jeto, ainda em 2005 e com outro nome, a AD São Bernardo busca superar limites e nesta segunda--feira (21/07) recebeu um apoio de peso para seguir nesta missão. A CUT (Central Única dos Tra-balhadores) firmou parceria com o clube que disputa atualmente a Liga Futsal, principal competição da modalidade no País. A entida-de ajudará a equipe financeira-mente, além de dar uma força na divulgação da marca.

A celebração trouxe ao salão nobre da Prefeitura os atletas, co-missão técnica e dirigentes, todos recepcionados pelo prefeito Luiz Marinho, o secretário de Esportes e Lazer, José Alexandre Devesa, além de outras autoridades.

“Sabemos da responsabilida-de que é levar um nome como a CUT em nossa camisa. Com cer-teza nos ajudará em todos os obje-tivos traçados, e esperamos fazer a nossa parte”, disse o presidente do São Bernardo, Nicivaldo Araújo. O mandatário contou que as ne-gociações tiveram início há alguns meses. “Já temos como parceiros a Brazul e a Unisoli e com a che-gada da CUT vamos alavancar a

nossa força. Além do aspecto fi-nanceiro, a divulgação oferecida com um nome tão forte só tende a contribuir”, emendou.

O presidente da CUT, Wagner Freitas, elogiou o trabalho realiza-do pelo futsal da cidade e pediu melhorias no âmbito nacional para o esporte em si. “Precisamos através do nosso governo criar uma grande política nacional de esporte. Tirar um pouco da mão

das instituições privadas essa au-tonomia e buscar uma forma de incentivar mais o esporte. A der-rota na Copa para a Alemanha deixou esta lição”, opinou.

Já o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, citou o poder de formar cidadãos presente no es-porte, enfatizando o projeto do futsal. “Atualmente, temos pelo menos 30 mil meninos e meninas envolvidos em atividades espor-

tivas e culturais na cidade. É um dos maiores programas, entre as cidades brasileiras, de inclusão que envolve esses dois setores. As pessoas perguntam se temos in-tenção de descobrir novos Falcões (referência a Falcão, jogador de futsal). Nosso plano é promover a inclusão social, a cidadania, mas quem sabe a gente possa também descobrir novos talentos”, finali-zou Marinho.

A equipe de São Bernardo joga contra os melhores do País na Liga Futsal. Nos dois primei-ros compromissos, na semana passada, perdeu para o São Pau-lo por 2 a 1 e empatou em 1 a 1 com o Assoeva (RS) fora de casa. Na próxima segunda-feira (28/07), recebe o Corinthians e, dois dias depois, o Blumenau/ São Caetano, às 20h, no ginásio Poliesportivo.

Time de futsal de s. bernardo ganha patrocínio da CUT e aposta no futuroguilherme menezes

[email protected]

equipe, que já tinha dois parceiros, seguirá priorizando formação de jogadores apesar de ter um novo fôlego econômico agora

hAll dA FAmACom história no basquete de Santo André, a ex-jo-gadora de basquete Janeth Arcain fará parte do hall da fama do basquete feminino em 2015, um time seleto das grandes atletas da modalidade.

raqUel ToTH/pmsbC

Time de futsal de são bernardo, que iniciou seu projeto em 2005, disputa atualmente a liga Futsal, o principal campeonato da modalidade existente no país

William, da Geração de prata, é contratado pelo são bernardo vôleise o treinador.

O time feminino do São Bernardo Vôlei aposta em jovens atletas que terão o su-porte de nomes experientes, casos das ponteiras Mari He-len (que está completamente recuperada de uma lesão no tendão de Aquiles sofrida na temporada passada) e Ciça (que estava no Rio do Sul), além da central Vivi Góes, que veio do Brasília Vôlei.

O ex-levantador e capitão da Seleção Brasileira de Vôlei e integrante do inesquecível time da Pirelli/ Santo André, William Carvalho, é o novo assistente técnico do São Ber-nardo Vôlei. Ensinará o que aprendeu nas quadras tanto como jogador quanto na fun-ção de técnico para as mulhe-res que representam São Ber-nardo em competições. Com toda sua experiência, o eterno camisa 7 da seleção brasileira

também assumirá outra fun-ção para o time feminino: será o gerente de vôlei.

“Nesse primeiro momento, como gerente vamos trabalhar na captação de novos recursos para o time. É um novo desa-fio em minha carreira, gosto dessa área e estou conhecendo a estrutura de São Bernardo. Quero conhecer de perto os quase 700 atletas que temos na base, será um grande tra-balho”, disse William.

O assistente-técnico é conhe-cido até hoje por ter integrado a Geração de Prata da Seleção Brasileira (nome dado em alu-são a duas medalhas de prata, nas Olimpíadas e no Mundial), mas também ganhou quando foi técnico. “Fomos campeões da Superliga com a Uniban/ São Bernardo (em 1999), fui muito feliz aqui”, afirmou.

Quem irá comandar o elen-co na temporada 2014-2015 é Flávio Aniceto, o Flavinho,

que ano passado era o assisten-te-técnico da equipe. Trabalhar ao lado de uma das referências do vôlei nacional é um apren-dizado para ele.

“Quando soube que o William viria para o proje-to fiquei muito feliz. Vamos conseguir unir a experiência de gerações, ele tem muito para me ajudar e eu também. Temos tudo para sermos fe-lizes em São Bernardo, aqui também é a minha casa”, dis- (redação)