edição 40 - dezembro 2012

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Pág. 1 Vargem Grande do Sul e Região - Dezembro de 2012 - Ano III - Nº 40 - Distribuição Gratuita

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Edição 40 - Dezembro 2012

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Vargem Grande do Sul e Região - Dezembro de 2012 - Ano III - Nº 40 - Distribuição Gratuita

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EDITORIAL

O Jornal do Produtor é uma publicação mensal, editadoà rua Quinzinho Otávio, 64, Centro, Vargem Grande doSul - SP. E-mail: [email protected]: (19) 3641-1392

Jornalista ResponsávelBruno de Souza - MTb 46.896

Diagramação, Fotos e ArtesRicardo Falcão - Angelino Jr.

PublicidadesFernando W. Franco - (19) 9310-5700Eduardo Manzini - (19) 9856-5661

Circulação: Vargem Grande do Sul -Aguaí - Águas daPrata - Caconde - Casa Branca – Campinas

( Ceasa) - Divinolândia - Espírito Santo do Pinhal -Itobi – Itapetininga - Mococa - Santa Cruz das

Palmeiras - Santo Antônio do Jardim - São João daBoa Vista - São José do Rio Pardo - São Sebastiãoda Grama - Tambaú - Tapiratiba – Porto Ferreira -Ribeirão Preto - Tapiratiba - Em Minas Gerais

Poços de Caldas - Sacramento e Araxá.

EXPEDIENTE

Alunos de Casa Branca são premiadosem concurso sobre Dia do Campo Limpo

Três estudantes de CasaBranca foram premiados pelosseus trabalhos artísticos sobreo Dia Nacional do Campo Lim-po. Após aval iação dosorganizadores, a aluna TatianeMarciano de Souza conquistouo primeiro lugar da etapa lo-cal do concurso de desenho,recebendo como prêmio umabicicleta de 18 marchas. Já osestudantes Aline Paiva de Sou-za e Rafael Augusto SilvaGasparin ficaram respectiva-mente com a segunda e ter-ceira colocação. Todos estu-dam na escola estadual “Dr.Rubião Júnior”.

Objetivo foi levantar a reflexão, conscientização e a participação dos jovensem atividades relacionadas ao meio ambiente

A premiação aconteceu nohall de entrada da escola nasexta-feira, dia 30 de novem-bro, e contou com as presen-ças do prefeito casabran-quense Roberto Minchillo, dadiretora de educação CarlaGlória Sabaini Pavan, da di-retora da escola Adriana deSouza Pimentel e do respon-sável pela Central de CasaBranca de Recebimentos deEmbalagens de Agrotóxicos,o engenheiro agrônomo IgorMasirevic.

O Dia Nacional do CampoLimpo foi realizado em CasaBranca em 17 de agosto e pro-

Dia do Campo Limpo foi celebrado nomês de agosto em Casa Branca

Os alunos Aline, Rafael e Tatiane com o prefeito RobertoMinchillo e a diretora Adriana de Souza Pimentel

moveu entre estudantes doEnsino Fundamental um con-curso de desenho, com o ob-jetivo de levantar a reflexão,conscientização e a participa-ção dos jovens em atividadesrelacionadas ao meio ambien-te. Este ano, cerca de 900 alu-nos das escolas estaduais emunicipais participaram. Oevento contou ainda com apresença de agricultores e vá-rios departamentos da prefei-tura, como a Promoção Soci-al, Turismo, Saúde e Educação,além do Grupo da Terceira Ida-de, a Cooperat iva deCatadores de Recicláveis.

No ano em que completa 45anos, a Coordenadoria de Assis-tência Técnica Integral (CATI)organizou uma programação vol-tada para a valorização de seusfuncionários, os responsáveis pelaconcretização de suas ações emprol do desenvolvimento daagropecuária paulista e damelhoria na qualidade de vida dasfamílias rurais.”Falar da CATI éfalar de uma história de muitosanos de trabalho, incluindo asações de extensionistas e profis-sionais que já atuavam na exten-são rural da Secretaria antes dea CATI ser formada, em 1967.Neste ano, decidimos por umaprogramação voltada para osnossos colaboradores que, comempenho diário, colocam em prá-tica ações e projetos que promo-vem o desenvolvimento dos agri-cultores paulistas”, ressaltou JoséCarlos Rossetti, coordenador daCATI.

Criada em 1967, aCoordenadoria de AssistênciaTécnica Integral é um órgão daSecretaria de Agricultura e Abas-tecimento do Governo do Estadode São Paulo. Seu objetivo é apoi-ar o setor agrícola do estado atra-vés da prestação de serviços eoferecimento de produtos,disponibilizando publicações evídeos sobre as mais diversasculturas agrícolas brasileiras, alémde mudas e sementes.

Sua sede está localizada emCampinas, porém, sua rede écomposta por 40 Escritórios deDesenvolvimento Rural (EDRs)distribuídos em todas asmicrorregiões do Estado de SãoPaulo. Estes escritórios atuamcom as Casas de Agricultura mu-nicipais que estão presentes emtodos os municípios do Estado.Além disto, a CATI possui 21 Nú-cleos de Produção de Sementes,Mudas e Matrizes. Com toda estaestrutura, este órgão tem se mos-trado de fundamental importân-cia aos produtores paulistas.

CATI: 45 anos aserviço do produtor

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Alunos da Associação Comercial de Santosvisitam fazenda em Espírito Santo do Pinhal

Ao visitarem uma fazenda emEspírito Santo do Pinhal, os alunosdo 52º Curso de Classificação eDegustação de Café, da Associa-ção Comercial de Santos, tiverama oportunidade de observar, naprática, o que aprendem duranteas aulas.

Sob supervisão do professorNilton Ribeiro, os estudantes esti-veram no dia 9 de novembro naFazenda São Benedito, de proprie-dade do produtor Cláudio AntonioRibeiro. Antes de chegar à propri-edade, a turma participou de umalmoço com a presença de Mauri-cio Gomes Coelho, gerente comer-cial da Stockler.

Na fazenda, os visitantes pude-ram conhecer melhor o método de“esqueletar” e “decotar” os pés decafé, com a finalidade de melhoraras próximas colheitas. Além disso,eles também tiveram contato como maquinário que lava e seca ocafé, conhecendo todas as etapasde beneficiamento do grão. Deacordo com o professor Nilton Ri-beiro, a visita complementa os co-nhecimentos passados em aula.“Para os alunos, isso é novidade,principalmente para os japoneses

Estudantes do 52º Curso de Classificação e Degustação de Café conheceram todas as etapas de beneficiamento do grão

que nunca tiveram contato com arealidade das fazendas. Esse tipode atividade enriquece muito”, co-mentou.

O cursoO Curso de Classificação de Café

da ACS começou em 1989, com oobjetivo de formar profissionaiscapazes de identificar as caracte-rísticas do produto, atender às exi-

gências do mercado e criar opor-tunidades de negócios. Desde en-tão, mais de 700 alunos já foramhabilitados técnicos.

Além de despertar o interessede alunos de várias partes do Bra-sil, o curso da ACS é reconhecidotambém pelos principais paísesconsumidores. No mês de julho,anualmente, japoneses que atuamem empresas relacionadas à indús-

tria do café vêm a Santos, especi-almente para o curso da ACS.

O curso tem edições em março,maio, julho, setembro e novembro.São duas horas diárias durantequatro semanas de aprendizagemteórica sobre a história do café,produção, armazenagem, aspectoseconômicos nacionais e internaci-onais, legislação, tecnologia, fisca-lização, identificação de grãos, pro-va de bebida e desenvolvimento deblends.

As aulas teóricas são ministra-das na Sala de Classificação e Pro-va de Café da Associação Comer-cial de Santos. As palestras sãoministradas por especialistas, o quecomplementam as aulas. Ao final,os alunos com frequência mínimade 80% e com bom desempenhonas aulas recebem certificado e car-teira de classificador, além de umacolher de prova de café.

Para participar é necessário ter18 anos de idade, cópia do diplo-ma ou certificado de conclusão doEnsino Médio ou equivalente, ates-tado de sanidade bucal emitido porprofissional habilitado e cópia dacarteira de identidade (RG) ou pas-saporte. (www.acs.org.br)

Estudantes durante visita à Fazenda São Benedito

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IqPR: tomate teve a maior queda de preçoDe acordo com levantamen-

to realizado pelo Instituto deEconomia Agrícola (IEA-Apta),da Secretaria de Agricultura eAbastecimento de São Paulo, oÍndice Quadrissemanal de Pre-ços Recebidos (IqPR) pelaAgropecuária Paulista registrouqueda de 2,45% na terceiraquadrissemana de novembro. Éa quarta quadrissemana conse-cutiva que o índice aparece ne-gativo, com a tendência de que-da aumentando, puxada pelosprodutos de origem vegetal. Osprodutos que registraram asmaiores altas foram: carnesuína (6,93%) e arroz (4,77%).

No caso da carne suína, oaumento nos volumes de ceva-dos, direcionados ao mercadointernacional, via exportação,reduziu a competição no mer-cado interno e melhorou os pre-ços recebidos pelos suinoculto-res.

Estoque de arroz insuficien-te para atender a demanda mo-tivou o reajuste dos preços doproduto do campo ao consumi-dor final. As intervenções daConab leiloando estoques de ar-roz ainda não reequilibraram os

Produção no Estado de São Paulo voltou à normalidade após as variações climáticas atípicas ocorridas este ano

preços no mercado nacional.Os produtos que apresenta-

ram as maiores quedas de pre-ços nesta quadrissemana fo-ram: tomate para mesa(21,97%), laranja para indús-tria (14,18%), batata(12,40%), soja (9,23%), laran-ja para mesa (8,98%) e bana-na nanica (6,88%), afirmam ospesquisadores Luis HenriquePerez, Danton Leonel deCamargo Bini, Eder Pinatti e

José Alberto Angelo.A produção de tomate em

São Paulo voltou à normalida-de após as variações climáticasatípicas ocorridas este ano, es-tabilizando os preços caíram. Damesma forma, a produtividadeda batata voltou ao normal, me-lhorando a oferta e levando àconsequente queda nos preços.

Para a soja, a divulgação devalores maiores para a safranorte-americana do produto

pelo USDA/USA, além da expec-tativa da boa produção no mer-cado interno influenciaram a re-dução das cotações.

A queda nos preços da laran-ja para indústria pode ser atri-buída ao fato dos custos da co-lheita terem sido assumidos pe-los compradores e à colheita devariedades menos valorizadas.A laranja para mesa teve seupreço reduzido em função doaumento da oferta de frutasconcorrentes. Segundo os pes-quisadores, a elevação da tem-peratura e a maior ocorrênciade chuvas começam a acelerara formação dos cachos de ba-nana e a aumentar a oferta. Poroutro lado, começa também aaumentar a oferta de frutasconcorrentes dando início a ci-clo de preços declinantes.

Levantamento apontou queda de 21,97% no preço do tomate

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A garantia de uma boa pro-dutividade na cultura da batataé sem dúvida a qualidade da ba-tata semente. Além de interfe-rir diretamente na produtivida-de e qualidade, a batata semen-te é um dos insumos mais carosna composição de custo de umalavoura de batata.

A virose é um dos principaismotivos de baixa produtividade nalavoura e para garantir que omaterial que estamos plantandopossui a qualidade necessáriapara uma lavoura rentável, a aná-lise de viroses é fundamental.

Produtores que produzam e/ou comercializem batatas se-mente, devidamente inscritos noRENASEM (Registro Nacional deSementes e Mudas), devem uti-lizar laboratórios competentespara a realização destas análi-ses como única forma de aten-der as normativas do MAPA (Mi-nistério da Agricultura, Pecuáriae Abastecimento).

Com o objetivo de atender asdemandas dos produtores, coo-perados e não cooperados, o La-boratório de Análise de Virosesde Batata Semente daCooperbatata obteve em setem-bro de 2012 o credenciamentojunto ao RENASEM, coroando osesforços iniciados em 2007, como objetivo de pertencer à redede laboratórios credenciadospelo MAPA, confirmando suacompetência técnica e seu sis-tema de garantia da qualidade,com analistas qualificados, mé-todos padronizados e um labo-ratório adequadamenteestruturado.

Agora, os boletins emitidospelo Laboratório – Cooperbatatapassam a ser reconhecidos legal-mente. Nesses boletins estãoespecificadas as característicasdo lote analisado, como catego-ria da semente, e é de suma im-portância para o produtor, devi-damente inscrito no RENASEM,comercializar suas sementes. Umsistema de produção, seja elequal for, deve garantir a qualida-

de de sua semente e para issodeve utilizar de meios que pos-sam assegurar tal qualidade.

O Laboratório –Cooperbatata possui uma es-trutura física adequada para arealização de seus ensaios eequipamentos apropriadospara a execução correta dasanalises, alem de seguir osmétodos, padrões e procedi-mentos estabelecidos na legis-lação vigente.

De acordo com Lei Nº10.711/2003 e seu Decreto Nº5.153/2004 do Ministério daAgricultura, Pecuária e Abaste-cimento (MAPA), todas aspessoas que produzam,comercializem, armazenem,analisem, importam ou expor-tam sementes, devem estar ins-critas no RENASEM, exceto pro-dutores que produzam apenaspara uso próprio. Esse procedi-mento é adotado para garantira identidade e a qualidade detodo material de multiplicação ede reprodução vegetal.

Vale a pena ressaltar que ouso de sementes sem o devidoregistro e cuidados de contro-le, contribui para a propagaçãode pragas e doenças, aumen-tando os custos da lavoura, porum maior numero de aplicaçõesde defensivos, alem de reduzira produtividade.

O Laboratório de Análises deVírus em Batata-Semente –Cooperbatata tem o papel decontribuir para um controle daqualidade da batata-semente enão restringe seus serviços so-mente a Cooperados, ofereceseus serviços a pessoas físicas ejurídicas não vinculadas aCooperbatata.

O credenciamento do labo-ratório da Cooperbatata é ummarco importante para que,além das viroses em batata,possamos oferecer em breveaos cooperados e usuários ou-tras análises de patógenos,como fungos, bactérias enematóides.

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O modelo de criação extensiva por sua condição e naturezamantém os bovinos em regime de pastagens o ano todo, desdeseu nascimento até o abate. Neste modelo secular debovinocultura, a dieta dos animais passou a ser apenas as pasta-gens de que se dispõe, e estas devem ser as provedoras detodos os nutrientes necessários à produção, assim proteínas,energia, minerais e vitaminas devem estar presentes nesta dietadisponível. Infelizmente as pastagens apresentam uma variaçãoem seu valor nutricional ao longo do ano, apresentando-se far-tas na época das águas e escassas no inverno, com o valornutricional muito reduzido.

Vários eram os “gargalos” desta modalidade de produção, queexiste desde o início da atividade zoopastoril no país. “Inicial-mente as gramíneas nativas, com pouca produção de massa,não permitiam lotações econômicas. Além disso, os solos de bai-xa fertilidade que se disponibilizavam à pecuária não apresenta-vam teores de elementos minerais adequados à nutrição animal.As técnicas de manejo de pastagens também não eram conheci-das e a própria genética animal, moldada naturalmente nestepanorama impróprio, não tinha como ser melhor”, comenta ozootecnista Lauro Cordeiro Cilento. “Pequenas interferências doprodutor em seus criatórios, com bases em observações,empirismo e adoção de simples técnicas, como a administraçãodo sal comum aos animais, deram as bases de uma pecuáriamais moderna e produtiva há algumas décadas, onde estabovinocultura extensiva encontrava-se estagnada”, explica.

De acordo com o pesquisador, estudiosos da história dabovinocultura destacam que o grande acontecimento do setorfoi a introdução das gramíneas da família das Brachiárias. Comsua incomum particularidade de se adaptarem em solos pobres,apresentando farta produção de verde, elas proporcionaram aoscriadores uma maior lotação animal na fazenda, ou seja, ummaior número de cabeças por unidade de área. No entanto, aausência de técnicas de manejo destas pastagens não evitava oconhecido “gargalo” da criação extensiva dos velhos tempos: aescassez de pastagens no período das secas, fazendo os bovinosperderem parte do peso adquirido na época das águas, para sóse recuperarem na próxima estação das chuvas. Fotos: Falcão Foto & Arte

Local: Fazenta Santa Rita - Vargem Grande do Sul - SPFotos: Falcão Foto & Arte

Local: Fazenta Santa Rita - Vargem Grande do Sul - SP

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Durante os primeiros anosde benefícios que a braquiáriaproporcionou à bovinocultura,as pesquisas de universidadese instituições alertavam parao fato de se oferecer aos re-banhos misturas minerais coma presença de macros e microsnutrientes, ao invés do salbranco comum apenas. Estaindicação baseava-se em umprincípio muito claro e lógico:uma gramínea que produzbem em solos de baixa fertili-dade e carência de nutrientesnão pode ostentar em sua par-te aérea níveis adequados des-

tes elementos em quantidadeque possam atender as neces-sidades dos animais. Assim, erarecomendado que os bovinosrecebessem, junto ao sal co-mum, elementos como fósforo,cálcio, manganês, zinco, enxo-fre e cobre inicialmente. “Destaforma, a disponibilidade de ener-gia e de proteína que eram far-tas no verde das folhas poderi-am ser aproveitadas em sua to-talidade, pois a presença de ele-mentos minerais viabilizavamseu total aproveitamento, corri-gindo a dieta das águas comprecisão nutricional e elevando

os índices de produtividade”,destaca Lauro.

Mas o “gargalo” persistia.Obtinham-se produções expres-sivas na época das águas, massabia-se que no período da secaera perdida parte do ganho.“Técnicas de manejo de pasta-gens, como reserva de áreas erotação dos animais, permitiamprolongar a permanência dospastos na fazenda. No entanto,o próprio ciclo biológico dasgramíneas, o frio e a seca der-rubavam o valor dessas pasta-gens preservadas em pé nocampo. O ‘gargalo’, apesar de

menos severo, ainda permane-cia segurando a produção”, re-lata o zootecnista.

O pesquisador explica queo conhecido “ganho compen-satório” – que é a capacidadeque o animal tem de nas épo-cas das águas seguintes recu-perarem rapidamente a perdada seca – já não estava en-contrando ‘consolo’ entre ostécnicos e pecuaristas. “Comisso, o período da seca passoua ser a preocupação das insti-tuições de pesquisas, univer-sidades e até a própria indús-tria de suplementos”, afirma.

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Conhecida pela sua virtude de serfonte de alternativa de proteína debaixo custo e volume para ser adici-onada ao sal mineral no período dassecas, a uréia não conseguia mantera produção dos animais, mesmoaqueles com sobras de pastos nocampo. Parecia que o “gargalo” es-tava fadado a conviver com abovinocultura brasileira.

Mas no final dos anos 80, osnutricionistas animais estavam con-vencidos de que a uréia era o “remé-dio” certo, mas sua dosagem estavaerrada. “Seu consumo poderia serbem maior e as misturas que às in-

cluíam não podiam aumentar suaporcentagem, devido a sua baixapalatabilidade. Quanto mais uréia seincluía nas misturas minerais, menorera o seu consumo pelos animais”,explica Lauro. A solução encontradaestava em uma experiência já antigarealizada por dr. Villares, grande pes-quisador do Instituto de Zootecnia deSertãozinho. Querendo forçar o con-sumo de uréia em animais mantidosno campo, ele resolveu incluir um in-grediente a mais na mistura mineral.“Naquele momento da pecuária bra-sileira, onde só se admitia o uso desal comum nos cochos, aspectos da

‘nova mistura’ com o custo mais ele-vado, maior volume de produto e ne-cessidade de cochos maiores não es-tavam sendo levadas em conta”, diz.

Assim o farelo de algodão que seutilizava no preparo das rações deanimais estabulados passou a fazerparte com sucesso das misturas nor-mais com uréia, perfazendo cerca de50% de sua formulação. Os outros50% eram os minerais conhecidoscomo comuns nas formulações daépoca: sal, farinha de ossos, enxofree alguns micronutrientes. Em possedos resultados destes experimentos,as indústrias passaram a produzir

“misturas fareladas” e as colocaramà disposição dos criadores.

Lentamente os bovinocultores fo-ram aderindo à nova técnica, que veioe ficou. “Hoje com as mesmasbraquiárias do passado, as misturasminerais na época das águas e asmisturas proteinadas no período dassecas, associadas a um bom manejode pastagem, podemos afirmar quepara os bovinocultores profissionaisque o ‘gargalo’ de outrora praticamen-te não mais existe e o gráfico sinuo-so do ganho compensatório deu lu-gar para uma função linear ascen-dente”, finaliza o zootecnista.

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Arrancadeira de Batata

Planejamento Sucessório e sua importânciaPensar em sucessão, automaticamente vem em mente

o fator morte, algo que se quer afastar. Contudo, essetemor deixa de existir a partir do momento em que asucessão é encarada como continuidade e não como fim.Ao longo da vida, buscamos com o trabalho, constituirum patrimônio, para que nos traga segurança financeirano momento da aposentadoria. E é esse mesmo patrimônioque será transmitido aos nossos herdeiros, no momentoda morte. Essa transmissão, em grande parte dos casos,se dá de maneira bem conflituosa, em relação à partilha eà administração dos bens. Esse conflito, além de desgas-tar as relações familiares, acaba por atingir o patrimônioe a perda financeira é certa. Assim, a melhor forma de seevitar esse conflito é planejar a sucessão. É importantedestacar que o planejamento deve partir do dono dopatrimônio, do seu empreendedor, ou seja, do chefe dafamília. Se foi dele o mérito da constituição do patrimônio,é dele também a iniciativa de estabelecer as condiçõesnecessárias para organizar o seu patrimônio, definindocomo ele será transmitido após sua ausência. Observa-seque o dono da herança, ao decidir pelo planejamento,não está, de maneira alguma, deixando de participar deseus negócios. Pelo contrário, ele deve decidir planejarsua sucessão em um momento em que está bastante ati-vo e com energias para discutir o assunto e decidir damelhor maneira. Para que o planejamento ocorra de ma-neira harmoniosa, algumas regras sucessórias devem serobservadas.

Aos herdeiros necessários¹, que são os descendentes, os ascenden-tes e o cônjuge, é resguardado metade dos bens da herança, nos ter-mos do artigo 1.846 do Código Civil. Essa metade da herança é denomi-nada tecnicamente de legítima. A lei, dessa forma, restringe a vontadedo dono do patrimônio de dispor livremente apenas sobre 50% de seusbens. Portanto, o chefe da família, ao definir o objetivo de como querque se estabeleça a sua sucessão, deve ter em mente que metade dosbens deverá ficar com os filhos e a outra metade poderá ser direcionadaa quem bem entenda. Há várias maneiras de se organizar e planejar adivisão dos bens. Tem-se o testamento, que é uma declaração de von-

Beatriz Bombi

Beatriz Bombi é espe-cializada em Direito Empre-sarial, com foco naconsultoria preventiva àsnecessidades da sociedadeempresária, incluindo ques-tões relacionadas ao DireitoInternacional. Planejamentosucessório do patrimôniofamiliar e empresarial,focado na preservação daempresa e na continuidadedos negócios, incluindo aformação de Holding Famili-ar. www.beatrizbombi.com

tade praticada pelo dono da herança mediante a qual sedefini a sucessão. A lei impede que a legítima seja incluídano testamento, uma vez que ela é resguardada aos herdei-ros necessários. Outra maneira muito comum adotada atu-almente como forma de planejamento é a doação. Por esta,o dono da herança doa a seus bens aos filhos, resguardan-do-lhe o usufruto. Isto significa que, enquanto viver, terádireito de usar e de usufruir tais bens. Contudo, é impor-tante destacar que a doação entre os herdeiros necessáriosequivale a adiantamento da legítima, conforme dispõe oartigo 544 do Código Civil². Além disso, atualmente tem sedivulgado muito sobre a holding patrimonial. A expressão“holding” é de origem inglesa, formada a partir do prefixo“hold”, que entre outros, significa “controlar”. Ela é concei-tuada como a sociedade que controla outras sociedades ouum patrimônio, não sendo uma espécie societária, mas ape-nas uma característica da sociedade. Surgiu no país em1976, por meio da Lei nº 6.404, conhecida como Lei das S/A. A sua legitimação encontra-se no parágrafo 3º do artigo 2ºda mencionada lei, ao prever que “[...] a companhia pode terpor objeto participar de outras sociedades [...]”. O objetivo daholding patrimonial é o de facilitar a administração de bens ea sucessão hereditária, garantindo a manutenção do conglo-merado de empresas em poder dos descendentes do suces-sor. Por ela, o dono da herança organiza a sucessão e definiaquele que administrará o patrimônio, que é o sucessor. Aexperiência nos mostra que nem sempre o herdeiro tem acondição de sucessor, pois este é aquele que dará efetiva-mente continuidade aos negócios. Em alguns casos, ele acaba

sendo terceira pessoa, estranha às relações familiares, uma vez que con-segue, com isso, conciliar os interesses entre todos os membros da famí-lia. Portanto, planejar a sucessão é garantir que as relações familiares e osnegócios possam continuar e sobreviver ainda que sem a presença daque-le que trabalhou por toda a vida e idealizou os negócios familiares.

1 -Artigo 1.845. São herdeiros necessários os descendentes, os as-cendentes e o cônjuge.

2 - “A doação de ascendente a descendentes, ou de um cônjuge aoutro, importa adiantamento do que lhes cabe por herança”.

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Levantamento

Cooxupé prevê quebra de 25,1%na safra de café em 2013

Marcada pela bienalidade, produção cafeeira na área de atuaçãoda cooperativa deverá ser menor no próximo ano, após safra alta em 2012

Técnicos da Gerên-cia de Avaliação deSafras (Geasa) e dassuperintendências re-gionais da Conab es-tão realizando o fe-chamento dos núme-ros da safra 2012 decafé. Ao todo, a com-panhia realiza três le-vantamentos anuaisdo grão, sendo que oúltimo já oferece tam-bém uma prospecçãopara 2013.

Os especialistas es-tão visitando os prin-cipais Estados cafeei-ros, que representam98% da produção na-cional: Minas Gerais,Espírito Santo, SãoPaulo, Paraná, Bahia,Rondônia e Goiás. Nadivulgação dos núme-ros para o café de se-tembro, o levanta-mento apontou que aprodução do país paraa safra 2012 deveráser de 50,48 milhõesde sacas beneficiadas,o que significará umcrescimento de16,1%, se comparadoà safra anterior, quefoi de 43,48 milhõesde sacas de 60 kg.

Para o próximo ano, a primeira estimativa de produção é de 7.254.756 sacasA safra de café para o ano de

2013 na área de ação da Coo-perativa Regional de Cafeiculto-res em Guaxupé (Cooxupé) so-frerá uma quebra de 25,1% emrelação ao ano de 2012. O dadoé apontado pela própria coope-rativa, que possui sua sede em

Guaxupé e abrange 12 mil pro-dutores do grão nas regiões deSul de Minas Gerais, CerradoMineiro e também no Estado deSão Paulo.

Os dados constatados pelaCooxupé são frutos de uma pes-quisa promovida por sua equipe

técnica, composta por engenhei-ros agrônomos e técnicos querealizaram durante o ano, entre-vistas, visitas em propriedadese avaliação de campo logo apósa florada e na fase em que o cafése encontra na forma de‘chumbinho’, geralmente nosmeses de outubro e novembro.

A cafeicultura brasileira tempor característica a bienalidade,ou seja, safras altas alternadascom safras baixas. Em 2012, naárea de ação da Cooxupé foramproduzidas 9.684.929 sacas decafé. Para o próximo ano, a pri-meira estimativa de produção éde 7.254.756 sacas, o quetotaliza uma quebra de 25,1%.Baseando-se nesse resultado, acooperativa ainda informa a pre-visão de quebra específica emcada região de ação, sendo de26,1% no Estado de São Paulo,de 25,9% no Sul de Minas e23,7% na área do Cerrado Mi-neiro.

Segundo José Eduardo San-tos Júnior, superintendente deDesenvolvimento dos Coopera-dos da Cooxupé, o trabalho depesquisa realizado pela equipetécnica é de suma importânciapara as descobertas e planeja-mento para as próximas safras.“Ao ter uma previsão dos núme-ros, tanto a cooperativa, quan-to os cafeicultores, têm condi-ções de se programarem comrelação às suas produções”, afir-ma.

O presidente da Cooxupé,Carlos Paulino da Costa, consi-dera que a quebra de 25,1% ésubstancial na produção em2013. “Apesar de ser o primeiroindicativo, se esse percentualabranger o restante do Brasil,não ficaremos imunes de umaquebra significativa na produçãovindoura. É preciso ficar aten-to!”, alerta.

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Cafeicultores da região estão per-to de começar a vender café diretopara a República de San Marino, naEuropa. O cônsul geral e decano doCorpo Consular em São Paulo,Giuseppe Lantermo Torre diMontelupo, representante da Câma-ra Ítalo-brasileira de Comércio, In-dústria e Agricultura, esteve emMuzambinho no final de outubro paralançar o selo de certificação do cafée do Sammarinese Blend. O eventosocial e de negócios aconteceu noRestaurante Cesário’s.

Para negociar o café no mercadoexterno por um preço melhor, umgrupo de vinte produtores quer in-vestir na venda direta. Daí surgiu abusca por um selo de umacertificadora brasileira, sendo estauma exigência do comprador exter-no. Os produtores estão recebendoapoio para divulgar o café do Sul deMinas na Europa. Em agosto, repre-sentantes do Consulado de SanMarino também estiveram emCaconde. Lá eles também conhece-ram a produção e estimularam avenda direta do produto, sematravessadores. Os produtores deMuzambinho acreditam que aindaeste ano, cerca de 1.000 sacas se-jam exportadas para San Marino.

Vale destacar que San Marino éum dos menores países do mundo eestá localizado numa região central

Muzambinho passa por momento histórico na cafeiculturaCom selo de certificação, produtores poderão comercializar com a República de San Marino

da Itália. Ocupa uma área de 60 qui-lômetros quadrados e tem uma po-pulação de 30 mil habitantes. É arepública mais antiga do mundo,fundada no ano 301. Apesar do nú-mero reduzido de moradores, SanMarino recebe mais de 3,5 milhõesde turistas por ano, sendo um pú-blico que já conhece a qualidade docafé produzido no Sul de Minas.

Selo de certificaçãoO ID Café é um selo garantidor

de que a propriedade certificadaatende ao Sistema de CafeiculturaSustentável (SCAS). Tem por mis-são otimizar a gestão normativa daprodução sustentável de cafés es-peciais, fomentando a preservaçãoda natureza, assim como o bem es-tar social e econômico das comuni-dades envolvidas e a preservaçãodas identidades culturais locais e re-

gionais. É necessário o aumento daeficiência produtiva, sem o aumen-to de área de produção, sempre emharmonia com o meio ambiente,promovendo o bem estar social e abusca de novas oportunidades demercado para o produtor. O ID Cafévem ao encontro dessas necessida-des, promovendo às propriedadescertificadas orientações seguras e di-ferencial de qualidade no mercado.Como diferencial, prevê completarastreabilidade com código de bar-ras e código QR.

Uma grande oportunidadeLantermo explicou que o consu-

lado é um ente institucional, ou seja,não pratica o comércio. Por outrolado, favorece os encontros econô-micos possível entre o país que re-presenta (San Marino) e o país ondese encontra (Brasil). Ele ainda rela-

tou que o empresário Alfredo Eduar-do, da empresa Santa Inês, fez umavisita a San Marino, quando foi rece-bido pelo ministro da Indústria, e foideclaro o interesse em desenvolveruma distribuição para a Itália e Eu-ropa dos cafés rastreáveis do Brasil.

O cônsul explicou que San Marinoé um pequeno país e não tem ne-nhuma vantagem e nem capacida-de de entrar na luta das milhares detoneladas. Diante disso, procura im-portar um café de alto valor técnicode qualidade, se tornando um “tram-polim” para toda a Europa.

Lantermo acrescentou que, atra-vés de um café de qualidade, o pro-dutor da região passa a contar comum preço mais elevado. “Temos quecolocar na Europa um café de altaqualidade”, disse. Segundo ele, a Itá-lia é o maior mercado europeu docafé brasileiro. Portanto, com o de-sembarque em San Marino, é possí-vel abrir um ninho de mercado bas-tante positivo. Até porque SanMarino faz parte do Mercado ComumEuropeu e usa o Euro. “É uma en-trada privilegiada e os brasileirossaem na frente”, falou.

O cônsul ainda destacou o dife-rencial na qualidade do café produ-zido na região e que, através do selode certificação e da rastreabilidade,existe uma grande chance de suces-so no mercado europeu. (A Folha Regional)

Cônsul Giuseppe Lantermo Torre di Montelupo foi bem recepcionado em Muzambinho

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Para quem vive nas cidades,longe das matas, campos e lavou-ras, é muito fácil ser ecologistae preservador da natureza. Bas-ta abrir a geladeira e ali está oalimento, prontinho para serconsumido. Se não tiver emcasa, é só ir buscar no super-mercado da esquina e o proble-ma está resolvido.

Para quem vive nos sítios e fa-zendas, que tem que retirar o sus-tento da terra, não é tão simplesassim. É preciso desmatar, araro solo, fazer o plantio, comba-ter pragas e doenças das plan-tas. Tudo isto bem vigiado porambientalistas, fiscais dos maisvariados setores para enquadraro nosso agricultor como crimi-noso.

Como não bastassem todos es-tes empecilhos, há também o pe-rigo com animais peçonhentos,como cobras, aranhas e escorpi-ões. Há outros menos perigosos,mas sempre um risco para aque-les que vivem nas áreas rurais,como abelhas, carrapatos,taturanas (lagartas de fogo). Masaqui vamos comentar um poucosobre as cobras peçonhentas.

A figura da cobra habita nossaimaginação desde o aparecimen-to da nossa espécie na terra. Ascivilizações antigas usavam as ser-pentes como símbolos, ora do mal,ora do bem. Na civilização ociden-tal é tida como a encarnação domal.

Ter aversão, repugnância porestes animais é natural, talvez im-presso no nosso código genético.Este fato certamente garantiu queos indivíduos que fugiam destes

Cobras, animais peçonhentos

répteis tivessem maiores chancesde sobreviver do que os que even-tualmente fossem atacados porestes animais.

As cobras são animais antigos,são contemporâneas dosdinossauros. Surgiram na terra noperíodo Cretáceo, há cerca de 100a 130 milhões de anos. São alta-mente adaptadas, capazes depredar animais mais modernos,como aves e roedores. Vivem emtodas as regiões onde haja calorsuficiente para “funcionarem”, poisnão são capazes de manter a tem-peratura do corpo dependendo datemperatura do ambiente. Serpen-tes fazem parte de “modelos” cri-ados pela natureza que, por seufuncionamento e adaptabilidade, semantêm até os dias atuais, o mes-mo que ocorrem com o tubarão,arraias, crocodilos, jacarés e tar-tarugas.

Os ofídios evoluíram a partir delagartos. No gênero Boa (jibóias epítons) é possível encontrar vestí-gios do osso da bacia, esta é a pro-va que perderam as patas no pro-cesso de evolução.

Cobras no BrasilNo Brasil ocorrem quatro gêne-

ros de serpentes peçonhentas, quesão: Micrurus (cobra coral), Bothrops(jararaca, urutu), Crotalus (casca-vel) e Lachesis (surucucu).

As cobras corais são tidas comoas mais venenosas do Brasil, po-rém, pelo hábito noturno e viverem buracos, não costuma ser fre-quentes os acidentes com elas. Noentanto, os acidentes com elas são

Cobras do gênero Bothrops, como a jararaca, por exemplo, têm como característica da peçonhaagir no local da picada, provocando dor viva, inchaço e hemorragias por todo o corpo

sempre graves e sem o soro es-pecífico a chances de óbitos émuito grande. A peçonha destascobras age somente no sistemanervoso central, causando pertur-bação da visão, pálpebras caídas,salivação abundante e diarréia.

O gênero Bothrops, que é re-presentado pelas diversas espé-cies de jararaca e da urutu, temcomo característica da peçonhaagir no local da picada, provocan-do dor viva, inchaço e hemorragi-as por todo o corpo, intestinais,bucais, urina e mesmo pela pele.Se o acidentado não for medicadoa possibilidade de infecções enecroses de tecidos são grandes,por vezes levar a amputação domembro atingido.

O efeito da peçonha das casca-véis age também sobre o sistemanervoso central. O acidentadoapresenta as pálpebras caídas ouolhos fechados, queda da pressãoe temperatura, morte por parali-sia respiratória. Cerca de 65% doscasos de acidentes com cascavéislevam a morte se não tratadoscom soro específico.

Acidentes com surucucu podemprovocar sintomas mistos das dogênero Crotalus (agem sobre o sis-tema nervoso) e das do gêneroBothrops (proteolítico).

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Em regiões onde há ocor-rências de alguma espécie ouso de botas é essencial quan-do se trabalha ou anda em lo-cais com vegetação alta. Tam-bém é importante manter aoredor das casas e instalaçõesrurais sempre limpos paraque não ofereça condições deabrigar cobras e outros ani-mais. Outra medida é evitaro acúmulo de lixo, grãos ouqualquer coisa que possaatrair ratos, pois, estes ali-mentos preferidos das cobraspeçonhentas.

As serpentes peçonhentassão de hábitos crepusculares,ou seja, se movimentam ou noinício da noite ou de madruga-da preferencialmente. Prefe-rem a locomover a noite quedurante o dia. O contato comestes animais durante o dia ésempre quando estão abriga-dos, o que é bem difícil devisualizar estes bichos, pois possu-em uma excelente camuflagem. Tersempre o cuidado na remoção deentulhos, sacarias ou madeirasamontoadas.

Picadas de cobras é sempre umapreocupação para quem vive nos

Como evitar acidentes ofídicos

A peçonha da cascavel age sobre o sistema nervoso central. Em caso de acidentes, o socorro médico é obrigatório

campos, não somente com huma-nos pode haver acidentes, mas tam-bém os animais domésticos. Emcaso de acidente com serpentes, omelhor é sempre buscar socorromédico. Identificar qual a espécietambém ajuda muito para a aplica-

ção do soro específico. Manter acalma (o que não é fácil) e evitarmovimentar para que a peçonhanão se espalhe pelo organismo. Ecomo dito acima a aplicação do soroantiofídico e o atendimento médicoé a forma mais segura de uma re-

cuperação sem sequelas.Apesar de repugnantes

para a maioria das pessoas,as cobras podem ser úteis. Apeçonha das serpentes é utili-zada em muitos medicamen-tos, desde remédios para hi-pertensão até anestésicos. Nanatureza tem um papel impor-tante no equilíbrio de roedo-res que muitas vezes são ca-pazes de causar sérias doen-ças, como o hantavírus quepode levar a morte se não fordiagnosticada a tempo. O há-bito de matar cobras nas co-munidades rurais persiste atéhoje e, lamentavelmente, sãomortas muitas cobras inofen-sivas por esta razão.

Vale lembrar que dentro dasleis ambientais, qualquer ani-mal, seja peçonhento ou nãoé protegido por lei e cabe mul-tas e até prisão para quemmatar qualquer animal.

NB - O termo “veneno” não ade-quado quando se fala em cobras, ocorreto é o termo “peçonha”, que ésubstancia que age quando em con-tato com nossos músculos e san-gue.

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Almoço marcou encerramento do curso deturismo rural em Vargem

Uma grande confraternizaçãomarcou o encerramento do cur-so de turismo rural desenvolvidopelo Serviço Nacional deApresndizagem Rural (SENAR)em Vargem Grande do Sul. Oevento ocorreu no domingo, dia18 de novembro, nas dependên-cias do Sítio Boa Esperança.

A arquiteta, urbanista e funci-onária pública municipal PatríciaCavalheiro Andrade e seu irmãoHumberto Cavalheiro Andrade,veterinário e empreendedor ru-ral, recepcionaram os alunos econvidados na propriedade. En-tre as autoridades presentes es-tava o vice-prefeito Antônio Sér-gio da Silva, o prefeito eleito Cel-so Itaroti e seu vice Zé da Kibon.

Este último módulo do cursofoi focado na área gastronômicae reuniu uma turma formada poroito alunos de diversos segmen-tos de trabalho. O cardápio foiestudado e desenvolvido com aparticipação de todos, visandooferecer pratos que mantivessemas raízes caipiras. A entrada con-tou com pão de torresmo, acom-

Atividades do SENAR tem auxiliado na qualificação da mão de obra no setor agropecuário no município

panhado de berinjela em conser-va e abobrinha, enquanto que oprato principal foi polenta comfranco, juntamente com arroz efeijão. Como sobremesa foramservidas frutas e doce de abóbo-ra com queijo. Além disso, osconvidados puderam degustarsuco de laranja e apreciar a tradi-

cional cachaça.Durante o evento, a coordena-

ção do curso aproveitou a presen-ça dos novos administradores deVargem Grande do Sul para soli-citar que fosse mantida a parceriaentre o municípío e o SENAR. Oscursos são focados em várias áre-as da agropecuária, sendo desen-

volvidos com o apoio da prefeitu-ra, juntamente com a Casa daAgricultura e o Sindicato Rural.

Vargem tem fortepotencial turístico

De acordo com Patrícia Ca-valheiro Andrade, VargemGrande do Sul é uma cidadecom forte potêncial turistico naárea rural, uma vez que suasatividades econômicas aindaestão interligadas com o meioagropecuário. Além disso, omunicípio possui regiões com-postas de serras e campos, oque poderiam compor roteirosturísticos no futuro.

De acordo com ela, o fomen-to do turismo rural poderá tra-zer também importantes bene-fícios, uma vez que agregarávalores às propriedades rurais,assim como também influenci-ará na área economia com a cria-ção novos postos de trabalho. Comisso, a atuação do SENAR se tor-na impressindível, uma vez que fi-cará responsável pela capacitaçãoda mão de obra local.

Fotos: Gazeta de Vargem Grande

Evento reuniu convidados no Sítio Boa Esperança