edição 40

16
Empresas de sucesso ECONOMIA. O ministro da Economia visitou três empresas do concelho e conheceu o Palácio da Pena. Na fábrica da Lusiteca são produzidas 2,5 milhões de pastilhas Gorila por dia. Concelho, 4 Aeroporto em Sintra SOCIEDADE. O grupo de trabalho criado pelo governo para estudar a localização do aeroporto complementar à Portela deve apresentar proposta até abril. Sintra pode ser o destino dos voos ‘low cost’. Concelho, 6 Entrevista a Paulo Futre FUTEBOL. O Correio de Sintra entrevistou o antigo internacional português que, após vários anos afastado da ribalta, voltou a reencontrar- se com os portugueses. Desporto, 11 Violência Doméstica SOCIEDADE. A esquadra da PSP de Agualva-Cacém tem uma nova sala para receber as vítimas deste crime. Por mês há dez novos casos de violência doméstica nesta cidade. Cacém, 14 PUB PUB PUB Mãe condenada a 18 anos de prisão por matar o filho O tribunal de Sintra deu como provado que a mulher de 24 anos afogou o bebé de dois anos numa ribeira junto à Serra das Minas, apesar de esta, inicialmente, ter atribuído a autoria do crime a um grupo de cinco homens. Concelho, 5 Viaturas da PSP paradas nas esquadras Na divisão de Sintra existem 35 viaturas avariadas e em seis das oito esquadras apenas existe um veículo operacional. O Comando Metropolitano de Lisboa cedeu duas novas viaturas, mas o número de veículos continua insuficiente. Queluz, 14

Upload: correio-sintra

Post on 29-Mar-2016

222 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

Edição 40 do Correio de Sintra.

TRANSCRIPT

Page 1: Edição 40

Empresas de sucessoECONOMIA. O ministro da Economia visitou três empresas do concelho e conheceu o Palácio da Pena. Na fábrica da Lusiteca são produzidas 2,5 milhões de pastilhas Gorila por dia. Concelho, 4 Aeroporto em SintraSOCIEDADE. O grupo de trabalho criado pelo governo para estudar a localização do aeroporto complementar à Portela deve apresentar proposta até abril. Sintra pode ser o destino dos voos ‘low cost’. Concelho, 6

Entrevista a Paulo FutreFUTEBOL. O Correio de Sintra entrevistou o antigo internacional português que, após vários anos afastado da ribalta, voltou a reencontrar-se com os portugueses. Desporto, 11

Violência DomésticaSOCIEDADE. A esquadra da PSP de Agualva-Cacém tem uma nova sala para receber as vítimas deste crime. Por mês há dez novos casos de violência doméstica nesta cidade.

Cacém, 14

PUB

PUB

PUB

Mãe condenada a 18 anos de prisão por matar o filhoO tribunal de Sintra deu como provado que a mulher de 24 anos afogou o bebé de

dois anos numa ribeira junto à Serra das Minas, apesar de esta, inicialmente, ter

atribuído a autoria do crime a um grupo de cinco homens. Concelho, 5

Viaturas da PSP paradas nas esquadras

Na divisão de Sintra existem 35 viaturas avariadas e em seis das oito esquadras

apenas existe um veículo operacional. O Comando Metropolitano de Lisboa cedeu

duas novas viaturas, mas o número de veículos continua insuficiente.Queluz, 14

Page 2: Edição 40

2 Correio de Sintra 09 de março de 2012 A abrir

Quinze crianças do Bairro de São José, em Mem Martins, tiveram a oportunidade de visitar o circo Victor Hugo Cardinali. Esta iniciativa destinada a crianças carenciadas foi promovida pela associação Diakonia, que desta forma permitiu um dia diferente a estes jovens.

Salta à vista...Ao longo dos anos o agudizar da situação financeira do país mostra que há um nexo causa/efeito com o aumento da criminalidade. Se atualmente enfrentamos uma das mais graves crises financeiras da história do país, desvirtuar a operacionalidade das polícias pode provocar muitos dissabores. Sintra é hoje uma das divisões da PSP com maiores falhas ao nível da falta de meios das esquadras. Se as algemas e os equipamentos eram em número insuficiente, se agora começam a faltar tinteiros e papel por quebra de ‘stock’, mais grave é o acumular de viaturas avariadas junto às esquadras. Não esquecer que o patrulhamento e presença policial nas ruas é um fator fundamental como dissuasor da criminalidade.A prevenção de crimes neste município conta nos dias de hoje apenas com uma viatura em seis das oito esquadras da divisão. As freguesias de Mira Sintra e São Marcos desesperam e continuam sem qualquer veículo, com as rondas a serem feitas por viaturas e por elementos de outras esquadras. A falta de veículos policiais nas estradas contrasta com os parques das esquadras, alguns deles atolados de viaturas ‘cadavéricas’, encostadas por falta de reparação. E desta forma se evidencia o olhar dos sucessivos governos para a questão da criminalidade. A falta de veículos é um

problema crónico com alguns anos. Desde operações de fiscalização que mais parecem ações “auto stop” junto às esquadras, porque os polícias não têm forma de se deslocar para outros locais, a grupos de polícias a deslocarem-se a um local de crime através de comboio. Estas são situações que já aconteceram no concelho de Sintra, onde os crimes, alguns deles mediáticos, são diários.Mas porque é que se chegou a esta situação? Agora, sugere-se que o problema reside não na falta de dinheiro do Ministério da Administração Interna, mas sim em questões administrativas, uma vez que cessaram há pouco tempo alguns dos contratos com empresas que, supostamente, deveriam fazer essas reparações e manutenção das viaturas. É desta forma que se tem defraudado o desempenho das forças de autoridade.Não é assim que se dá resposta à criminalidade. Não pode, nem deve, ser assim que se pretende diminuir o sentimento de insegurança das populações que estão cada vez mais pobres e desiludidas com as perspetivas de vida geradas por esta crise. Nestes tempos, se as autoridades policiais não tiverem os meios, dificilmente podem cumprir a sua função.

JOAQUIM JOSÉ REIS

editorialE agora, vão a pé?

CASA DA GANDARINHASituada junto à entrada Sul do Parque da Liberdade, a ruína do edifício da Casa da Gandarinha tem acesso pela Rua Bernardim Ribeiro.NOTASQuem sobe da Fonte da Sabuga para São Pedro de Penaferrim, ou quem desce de São Pedro de Penaferrim até à Vila de Sintra passa irremediavelmente pela ruína da Casa da Gandarinha, em avançado estado de degradação. Este edifício estava inicialmente na posse da Viscondessa de Gandarinha tendo, sido doado por testamento a uma obra católica de proteção a raparigas sem família. O internato funcionou aqui até 1974, ano em que foi deixada ao abandono. A casa teve um comprador que tinha o objectivo de construir um hotel, mas a família da Viscondessa de Gandarinha, ao saber da intenção do investidor, procedeu imediatamente à impugnação da venda da casa em tribunal, encontrando-se as obras embargadas até aos dias de hoje.PROPOSTA DE INTERVENÇÃOReabilitação total das fachadas e da cobertura do edifício. Resolução do caso em tribunal, para que se retomem as obras para a construção de um hotel.

http://www.sintraemruinas.blogspot.com/

SIN

TRA

EM R

UíN

AS

Page 3: Edição 40

PUB

Page 4: Edição 40

4 Correio de Sintra 09 de março de 2012

SOCIEDADE. O Bloco de Esquerda acusou a Câmara de Sintra de violar o regulamento municipal ‘Bem-estar Animal’ por supostamente dar apoio a uma tourada que se realizou a 3 de março na localidade de Dona Maria, na freguesia de Almargem do Bispo.

EEm comunicado, o BE informou que questionou a Câmara de Sintra sobre o

apoio institucional dado à realização da tourada, avançando que o cartaz de promoção ao evento apresentava o logotipo da câmara, “sinal de que

haverá apoio institucional da autar-quia” que, a verificar-se, considera o partido, viola o regulamento de ‘Bem-Estar Animal’.

“A verificar-se este apoio, a câmara está em incumprimento do espírito do seu regulamento na qual se compro-mete “com a promoção do bem-estar animal no concelho, adoptando prin-cípios de precaução contra actos que inflijam sofrimento físico ou psíquico” (artigo 3º), verificando-se também a violação da disposição que afasta qualquer tipo de apoio da autarquia a este tipo de “espectáculos” (artigo

69º)”, referiu o Bloco de Esquerda.Fonte do pelouro das Atividades

Económicas da autarquia de Sintra disse ao Correio de Sintra desco-nhecer o apoio dado à realização do evento, adiantando que a organi-zação apenas apresentou os docu-mentos necessários à sua realização no dia anterior à tourada.

No entanto, a fonte adiantou que o regulamento evocado pelo BE não impede a realização deste tipo de espetáculos no concelho, mas que apenas impede o apoio da autarquia. Redação

BE questiona câmara sobre apoio a tourada

ECONOMIA. Na fábrica da Lusiteca, em Mem Martins, são produzidas 2,5 milhões de pastilhas elásticas por dia. Na última década, a empresa que produz as ‘famosas’ pastilhas Gorila apostou na exportação, tendo praticamente desaparecido das prateleiras dos estabelecimentos portugueses, mas agora quer recuperar o mercado nacional.

As pastilhas Gorila fazem parte do imaginário dos portu-gueses, pois dominou o mer-

cado nos anos 80 e 90. Nos últimos dez anos a empresa fundada em 1975 esteve adormecida, tendo apostando mais nos mercados do Médio Oriente (Dubai e Israel) e África (Angola), que hoje em dia representam 40 por cento da faturação da empresa. Em 1975 lançou pela primeira as pastilhas Gorila (sabor ‘tutti frutti’), mas hoje em dia aposta igualmente nos rebu-çados Penha, Circo e Mouro, num total de quatro mil toneladas de produção anual.

A empresa pretende duplicar o volume de négocios para 20 milhões anuais e para responder ao aumento de produção, vai instalar uma nova linha de fabrico. Desta forma, a Lusi-

teca pretende aumentar a capacidade da fábrica entre quatro a cinco tone-ladas por dia.

Esta foi uma das empresas do con-celho de Sintra visitadas pelo ministro da Economia que, a 24 de fevereiro, dedicou a iniciativa “Empresas à Sexta” para conhecer o setor empre-sarial do município. Das pastilhas Gorila ao Palácio da Pena, Álvaro Santos Pereira conheceu realidades diferentes.

O ministro começou a iniciativa no Palácio da Pena, monumento gerido pela empresa pública Parques de Sintra Monte da Lua. Pela primeira vez na sua história, a empresa que gere ainda o Castelo dos Mouros, os jardins e o Palácio Monserrate e o Convento dos Capuchos registou, em 2011, mais de um milhão de visitas. Cerca de noventa por cento dos visitantes destes monumentos são estrangeiros – na sua maioria espanhóis.

O ministro visitou o espólio do Palácio da Pena e assistiu aos traba-lhos de conservação e restauro desen-volvidos “à vista dos visitantes”.

De seguida, Álvaro Santos Pereira visitou a Wurth, líder mundial de dis-tribuição de produtos e sistemas pro-fissionais de montagem. Esta multi-nacional emprega 730 pessoas em todo o país, apresenta um volume de vendas que ronda os 55 milhões de euros anuais e tem como clientes um dos setores mais fortemente afetados pela crise, a construção civil.

No final da visita, o ministro disse aos jornalistas que encontrou nas empresas que visitou “uma grande determinação em vencer as dificul-dades atuais” mas também empresas com dificuldade em aceder ao crédito.

“Ouvimos de várias empresas [falarem] das dificuldades, essen-cialmente a curto prazo, que sentem a nível de crédito. Temos tentado atuar, não só com a restruturação do capital de risco público, mas também com o reforço dos seguros de crédito e do alargamento das linhas PME´s Investe, cujos dados, só num mês temos mais de 120 milhões de euros de crédito já concedido”, disse.

Joaquim Reis.

Pastilhas Gorila apostam no mercado nacional

DR

Fernando Seara e Álvaro Santos Pereira na fábrica das pastilhas Gorila.

Concelho

DR

PUB PUB

Page 5: Edição 40

509 de março de 2012

JUSTIÇA. O tribunal de Sintra condenou a 18 anos de prisão a mulher que há 15 meses afogou o filho de dois anos numa ribeira na Serra das Minas, em Rio de Mouro. O tribunal deu como provado que a mulher de 24 anos foi a autora do crime, apesar de esta, inicialmente, ter atribuído a autoria a um grupo de cinco homens.

O caso remonta a 29 de novembro de 2010. Na altura, a mulher revelou

às autoridades policiais que dois homens encapuzados a abordaram junto ao jardim da Serra das Minas, perto das 22:30, tendo mais tarde surgido três homens que a agar-raram, retirando-lhe a criança dos braços.

A mulher justificou à polícia que, depois de ter sido ameaçada, o grupo de assaltantes atirou o bebé para dentro da ribeira, e que ainda lhe roubaram 130 euros que tinha dentro da carteira.

A jovem agora condenada explicou às autoridades que o ataque teria sido motivado por uma “vingança” contra o pai do bebé.

Esta versão foi, na altura, corro-

borada por vizinhos e amigos, que adiantaram ter ouvido os gritos de desespero da mulher que à data

dos factos tinha 22 anos.Os bombeiros voluntários de

Algueirão-Mem Martins foram os

primeiros a chegar ao local, tendo encontrado a mãe com a criança ao colo. Segundo adiantaram os bombeiros, após várias tentativas de reanimação o bebé acabou por falecer no local.

Fonte da PSP disse na altura ao Correio de Sintra que a “história da mulher estava muito mal contada”, uma vez que, considerou, não con-seguiu justificar os acontecimentos. “É estranho porque foi às onze da noite num descampado. Não há tes-temunhas, ninguém viu um carro nem os cinco homens. Só a mãe é que conta esta história, mas faltam -lhe detalhes”, disse.

No entanto, um morador do local disse à SIC ter visto os cinco homens de volta da mãe da criança.

Dias depois, após investigação e várias horas de interrogatório, a jovem confessou ser a autora do crime.

A progenitora do bebé viria a ser acusada de homicídio qualificado e julgada em tribunal de júri a pedido do Ministério Público.

Segundo a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa do MP, a con-denação correspondeu, quase na íntegra, ao sustentado pela acusação. Redação

Mãe condenada a 18 anos por matar o filho

PUB

Jardim da Serra das Minas, junto à ribeira onde a criança faleceu.

DR

Page 6: Edição 40

6 Correio de Sintra 09 de março de 2012 Concelho

Concelho

SOCIEDADE. A decisão do Governo sobre a localização de um aeroporto complementar à Portela (Lisboa) deve ser conhecida em abril, estando em cima da mesa as bases aéreas de Sintra, Montijo e Alverca. A aposta em Sintra é vista pela autarquia como um investimento importante, mas as populações temem o ruído e a desvalorização das propriedades.

As bases militares de Sintra, Alverca e Montijo estão a ser alvo de estudo de um grupo

de trabalho criado pelo governo para a localização da base da companhia aérea de baixo custo easyJet. O presi-dente da autarquia, Fernando Seara, já se mostrou disponível para receber o novo aeroporto e o autarca de Algueirão-Mem Martins, Manuel do Cabo, consi-dera que esta é uma importante fonte de crescimento económico do con-celho.

No entanto, os moradores do bairro das Raposeiras – situado na freguesia de Algueirão-Mem Martins mas próximo da Base Aérea de Pêro Pinheiro - temem que a eventual instalação de um aero-porto para voos ‘low cost’ provoque um “inferno sonoro” e desvalorize as pro-

priedades da zona envolvente. Os moradores temem que a insta-

lação de uma infraestrutura aeropor-tuária complementar ao aeroporto de Lisboa – que representa um regresso à chamada solução Portela + 1 – na Base Aérea 1 possa pôr em causa a quali-dade de vida de quem mora na zona envolvente.

“O nosso bairro fica bastante perto da base aérea e os aviões vão passar por cima de nós. Hoje em dia a base

tem pouca utilização, mas com a ins-talação de um aeroporto aqui vai haver mais aviões, mais poluição sonora, mais poluição e as propriedades vão-se desvalorizar”, disse ao Correio de Sintra o presidente da Associação de Proprie-tários do Bairro das Raposeiras, Hugo Neto.

O morador adiantou ainda que os habitantes locais temem um “inferno sonoro” com a utilização “dia e noite” da pista de aterragem da base militar,

cujos “corredores de acesso para ater-ragem” passam por cima de loca-lidades com grande concentração urbana, como Queluz, Massamá, Monte Abraão, Agualva-Cacém, Rio de Mouro e Mem Martins.

“Temos ainda algumas preocupa-ções ao nível da segurança. Sabemos que hoje em dia os aviões são seguros e não costumam cair, mas se houver algum problema à volta da base aérea há ali muitas habitações. Pode ser peri-goso”, disse.

Osvaldo Sousa, morador no bairro há três anos, teme que “o aumento do ruído” ponha em causa a qualidade de vida de uma localidade “que parece uma pequena aldeia”.

“Vai haver muito barulho, impedindo-nos de descansar. Já para não falar que as pessoas têm medo que possa cair algum avião, porque estamos muito perto da base”, disse.

O grupo de trabalho criado pelo Governo inclui elementos dos ministé-rios da Economia e da Defesa, da ANA Aeroportos, do Instituto Nacional de Aviação Civil, da NAV, da Força Aérea e do Laboratório Nacional de Engenharia Civil e tem até abril para apresentar um relatório com a melhor localização.

Joaquim Reis

Governo decide aeroporto até abril

DR

Base Aérea de Sintra pode ser a localização do futuro aeroporto para voos ‘low cost’.

Praias de Sintra no concurso das 7 MaravilhasSOCIEDADE. A iniciativa ‘7 maravilhas – Praias de Portugal’ selecionou três zonas balneares do concelho de Sintra nas setenta pré-finalistas do concurso. Sintra candidatou sete praias, mas apenas três foram escolhidas.

A Praia das Maçãs é uma das dez nomeadas na categoria Praias Urbanas, a Adraga

consta na lista de Praias de Arribas e a Praia da Ursa representa a categoria Praias Selvagens.

Segundo a organização, a iniciativa

“7 Maravilhas – Praias de Portugal”, pretende promover a qualidade ambiental de Portugal, dos recursos hídricos, a beleza da nossa costa, rios e albufeiras, como fator decisivo na escolha de Portugal enquanto destino turístico.

A eleição das “7 Maravilhas - Praias de Portugal” centra-se em três eixos estratégicos - Ambiente, Turismo e Mar - e apresenta sete categorias dis-tintas: praias de rios, praias de albu-feiras e lagoas, praias urbanas, praias de arribas, praias de dunas, praias

selvagens e praias de uso desportivo. A região com maior número de pré-

finalistas é o Algarve, com 13 praias, seguindo-se a região de Lisboa e Setúbal com 11 praias, Alentejo com 9, Estremadura e Ribatejo também com 9, Beira Litoral com 7, Açores com 6, Beira Interior com 5 praias, Entre o Douro e o Minho com 4, Madeira e Trás-os-Montes e Alto Douro ambas com 3 praias pré-finalistas cada.

A fase de candidaturas terminou a 15 de janeiro e após validação das 327 candidaturas recebidas, por

parte do Conselho Científico, foi apre-sentada uma lista de 295 nomeadas. Um painel de 70 especialistas, tendo como base a lista de nomeadas, selec-cionou as 70 praias pré-finalistas, 10 em cada uma das 7 categorias. A lista de 21 finalistas é selecionada por um painel de 21 personalidades, de vários quadrantes da sociedade portuguesa, e será revelada a 7 de Maio, data em que se inicia a votação pública. As ‘7 Maravilhas - Praias de Portugal’ são reveladas a 8 de Setembro de 2012. Redação

PUB

Page 7: Edição 40

709 de março de 2012 Correio de SintraPUB

Para todos aqueles que prezam a sua SAÚDE e acreditam que o equilíbrio físico, emocional e espiritual é a chave de um estado de saúde susten-tável, abriu, recentemente, no centro em Queluz um espaço dedicado exclusivamente ao bem-estar e à saúde natural. EM BRANCO alia a oferta de consultas de Medicina Naturai com actividades reequilibrado-ras da energia de cada SER humano.

A Equipa é constituída por Médicos de clínica médica que abraçaram a Medicina Integrativa, por Terapeutas e Professores reconhecida-mente credenciados, com o saber fazer desper-tar as capacidades curativas que existem em cada um de nós.

Vale a pena visitar o espaço, vivenciar o conceito e o atendimento personalizado.

[email protected] 210992630

Telemovel 916193200 Avenida José Elias Garcia

nº55 A Queluzhttp://www.embranco.pt

Massagens Terapeuticas - Ayurvedica ,Shiatsu, Tui-na- Homepatia, Osteopatia, Yoga, Acupuntura, Nutrição, Medicina Integrativa

Page 8: Edição 40

8 Correio de Sintra 09 de março de 2012

PUB

PUB

Page 9: Edição 40

909 de março de 2012 Correio de SintraPUB

Page 10: Edição 40

10 Correio de Sintra 09 de março de 2012PUB

PUB

PUB

Page 11: Edição 40

1109 de março de 2012 Correio de Sintra

FUTEBOL. Paulo Futre, um dos grandes nomes da história do futebol português, começou a sua carreira no Sporting Clube de Portugal, onde se estreou como internacional A. Passou pelo FC Porto, o SL Benfica, o Atlético de Madrid, o Olympique de Marselha, o Reggina, o AC Milan, o West Ham e o Yokohama Flugels. O Correio de Sintra entrevistou Paulo Futre, que é hoje apresentador de um programa desportivo no TVI 24.

Ao longo da carreira, qual foi a experiência que mais o marcou?

Foram etapas todas diferentes. Em Portugal, foram poucos os joga-dores que conseguiram jogar nos três grandes. Mas direi que o Atlético de Madrid foi a maior experiência na minha carreira como futebolista, não só por se tratar do terceiro maior clube de Espanha, mas também porque estive lá dez anos, primeiramente como jogador de futebol, e depois como diretor desportivo. Além disso, tive a oportunidade de ingressar nos campeonatos inglês, francês, italiano e japonês. É algo de extraordinário.

Recorda-se de algum momento em especial durante a sua carreira?

Tenho dois momentos incríveis. Em

primeiro, a vitória da Taça dos Cam-pões com o Porto. Depois, guardo uma recordação especial da final da Taça de Espanha com a camisola do Atlé-tico de Madrid. No Sporting, registei a minha primeira internacionalização A – fui o jogador mais jovem que vestiu a camisola das Quinas –, e no Benfica, recordo-me da final da Taça de Por-tugal contra o Boavista. Foi um jogo perfeito onde marquei dois golos e um penalti, e fiz uma assistência. É um dos melhores jogos da minha carreira.

Mudava alguma coisa na sua car-reira?

Acho que o destino assim o quis.

Muita gente me diz que, depois de ter saído do Porto, se tivesse ido para o Real Madrid ou para o Barcelona, podia ter ganho mais do que uma Bola de Ouro. Mas foi assim e estou muito orgulhoso por ter representado o Atlé-tico de Madrid tanto tempo.

Conhece a realidade dos clubes de futebol regional, nomeada-mente a do concelho de Sintra?

Conheço a realidade da minha zona. Existe uma grande rivalidade entre o Montijo e o Alcochete. Também sei que os clubes estão a passar por grandes dificuldades financeiras, e infelizmente esta situação estende-

se por todo o país, nomeadamente no concelho de Sintra. Vejamos. Se até os clubes da primeira divisão estão a passar francamente mal, imagine aqueles da terceira e das distritais. A situação não está fácil, mas com amor pela camisola e pelo futebol, conseguiremos ultrapassar qualquer problema.

Depois de uma carreira de sucesso no futebol, escreveu um livro, par-ticipou em videoclipes, em tele-novelas e agora é apresentador. Quais são os projetos futuros?

Não existem projetos futuros. Sou um ex-jogador de futebol que regressou a Portugal com um projeto preciso, o do Sporting. Não ganhámos, mas agora estou a divertir-me. Se vai durar mais um dia, uma semana ou um ano, não sei. Mas enquanto durar, vou aproveitar.

No programa ‘A Noite de Futrebol’, no TVI 24, prometeu oferecer opor-tunidades de emprego a vários portugueses. Como está a correr esta iniciativa?

Está a correr muito bem. Já encon-trámos emprego a 17 pessoas, temos uma média de duas pessoas por pro-grama.

Alexandre Oliveira Pereira

Desporto

AOP

PUB

“Os clubes estão a passar por grandes dificuldades financeiras”

Paulo Futre numa sessão de autógrafos no concelho de Sintra.

TAEKWONDO. O pavilhão do Hockey Club de Sintra acolheu, pela primeira vez na história da modalidade, o campeonato nacional de Taekwondo. A iniciativa permitiu dar a conhecer uma prática desportiva em crescimento.

A primeira edição dos campeo-natos de Portugal de Taekwondo, realizada a 18 de fevereiro, dividiu-se em duas vertentes distintas: em combate Kyorugi (formado olímpico com oito categorias de peso) e em

técnica Poomsae Dans (formato de competição individual, pares e trios), dividida por categoria e sexo.

“Foi a primeira vez que estiveram reunidas, num só campeonato, estas duas vertentes da modalidade. Está-vamos com receio mas acabou por correr tudo bem, e mais importante ainda, por ter uma boa adesão do público e dos atletas”, disse um dos membros da organização e também participante da prova, Pedro Tomaz.

Segundo o ainda co-fundador do Clube Taekwondo de Sintra (CTDS),

o pavilhão do Hockey Club de Sintra acolheu cerca de 400 espetadores e 200 atletas oriundos de todo o país.

A nível classificativo, em Poomsae Dans, registam-se as vitórias de Rui Vasconcelos, na categoria sub-49, de Joaquim Vieira nos mais de 60, e da dupla Rui Vasconcelos e Dora Alves nos 2.º pares, todos represen-tantes da Associação Desportiva de Sintra. Destaca-se ainda a vitória dos fundadores do CTDS, Pedro Tomaz e Sérgio Ramos, na categoria 2.º trios masculino, com Carlos Casquinha.

Em Kyorugi, Joana Cardoso, atleta do Futebol Clube Despertar, alcançou o primeiro lugar, na categoria menos 67 quilos.

A prova, promovida pela Fede-ração Portuguesa de Taekwondo, e organizada pela Associação de Taekwondo de Lisboa, contou com o apoio institucional do Hockey Club de Sintra e com o apoio logístico da Câmara Municipal de Sintra, e teve ainda como parceiro organizativo o Clube de Taekwondo de Sintra.

Alexandre Oliveira Pereira

Os melhores da modalidade pela primeira vez em Sintra

Page 12: Edição 40

12 Correio de Sintra 09 de março de 2012

GINÁSTICA. Ansiosa, Patrícia Fernandes prepara os últimos ensaios antes de apresentar a sua nova série em Duplo Mini Trampolim (DMT) perante o júri. Tal como ela, foram mais de 600 atletas que se apresentaram na maior prova qualificativa de DMT e Tumbling do país, que se realizou no primeiro fim-de-semana de março.

A pós uma primeira tentativa - falhada - no primeiro dia de competição, na qual não

conseguiu pontuar para o campeo-nato da Europa, a atleta da Gimnoa-nima, Patrícia Fernandes, aproveitou o segundo dia para melhorar a sua série.

“Mais confiante e descontraída”, a ginasta apresentou uma série “requin-tada” que lhe permitiu alcançar o acesso ao campeonato nacional de DMT.

“Inicialmente pensava que apenas iria competir no segundo dia de com-petição, mas, no sábado, nos treinos livres, fui informada que tinha que pon-tuar para o campeonato europeu. Não estava à espera, senti-me muito ner-vosa e, por isso, não correu muito bem, mas recuperei da melhor maneira hoje. Há já algum tempo que objetivava per-tencer à elite feminina”, disse Patrícia Fernandes ao Correio de Sintra.

Com o objetivo bem traçado, o de alcançar um lugar no campeonato nacional, apresentaram-se no pavilhão gimnodesportivo da Escola Básica Fer-reira de Castro, em Mem Martins, cerca de 600 ginastas em representação de 55 clubes oriundos de todo o país. Em representação sintrense, estiveram a Gimnoanima, a Associação Desportiva de Sintra e o Mem Martins Sport Clube. Entre os apurados para a fase final do campeonato nacional, destacou-se Tiago Pereira, também do clube Gim-noanima. Apesar de ter ficado em

quarta posição da elite júnior mascu-lino em DMT, conseguiu apurar-se para a prova nacional, beneficiando do apu-ramento automático dos três primeiros classificados do campeonato distrital.

Para o atleta, os objetivos passam agora por vencer a competição nacional, obter um bom resultado no campeonato europeu e alcançar a elite sénior.

O projeto, organizado pela Fede-ração de Ginástica de Portugal (FGP), em parceria com a Gimnoanima, aco-lheu um pavilhão com casa cheia no primeiro dia de prova. Estiveram pre-sentes três campeões do mundo de DMT, André Fernandes, Bruno Nobre e André Pousinho, e o bi-campeão do mundo individual em 2009 e 2010, André Lico.

Para Nuno Merino, da Gimnoa-nima, um dos membros da organi-zação, a maior preocupação passou pela boa gestão do pavilhão, uma vez que o espaço “não era muito grande para a envergadura da competição”. “Gerimos da melhor forma o espaço

e os treinadores e dirigentes conse-guiram manter os ginastas organi-zados. Isto refletiu-se na zona de com-petição, porque não houve muitas intrusões”, sublinhou Nuno Merino.

O organizador adiantou ainda que a realização de competições de âmbito nacional traz grandes vantagens quer para a modalidade, quer para o con-celho. “Esta prova tem mais partici-pantes que o próprio campeonato nacional, uma vez que é daqui que são escolhidos os atletas apurados para a competição. É como se fosse um cam-peonato nacional para todos”, explicou Nuno Merino.

Para Eduardo Mendes (FGP), esta parceria entre a federação e a Gim-noanima “tem trazido grandes frutos” para elevar o nome da modalidade a nível nacional.

“Além das ótimas condições do pavilhão, a dinâmica e a organização da Gimnoanima dão à federação totais garantias. É uma aposta para se manter”, disse o organizador.

Alexandre Oliveira Pereira

Autarquia disponibiliza aulas grátis de judoA Câmara Municipal de Sintra está a pro-porcionar aulas gratuitas de judo, uma vez por mês, até junho, nas instalações dos clubes locais.Cada aula tem um programa de trabalho específico, com enfoque em questões de carácter técnico, relacionadas com a preparação para a competição des-portiva e para a realização de exames de graduação.A iniciativa, que se realiza no último sábado de cada mês, destina-se a judo-cas de ambos os sexos, a partir dos 13 anos e que tenham a graduação mínima de 2.º kyu (cinto azul).

Mem Martins Sport Clube inaugurou o novo relvado sintéticoO Mem Martins Sport Clube inaugurou, a 26 de fevereiro o novo relvado sinté-tico, no Complexo Municipal da Quinta do Recanto. O projeto, aprovado pelo presidente da Associação de Futebol de Lisboa, Nuno Lobo, contou com o apoio de uma insti-tuição bancária, no âmbito de um proto-colo que envolveu a autarquia sintrense, através do pelouro do Desporto do vereador Marco Almeida.O novo relvado sintético rege-se pelas dimensões mínimas necessárias para receber jogos oficiais (100 metros de cumprimentos por 64 de largura).

5.ª Milha Urbana de São Marcos a 31 de marçoOrganizada pela junta de freguesia de São Marcos, a 5.ª edição da corrida pe-destre ‘Milha Urbana’ realiza-se no próxi-mo dia 31 de Março, com início marcado para as 15h00, junto à escola EB/JI, na avenida do Brasil, em São Marcos. A prova tem uma extensão de uma milha, ou seja, de 1609 metros.As inscrições estão abertas, na Divisão de Desporto e Juventude, a todos os atletas federados e não-federados, até dia 27.

Breves

DesportoSintra recebeu maior campeonato de Duplo Mini Trampolim e Tumbling

AOP

Pavilhão da Escola Ferreira de Castro recebeu o maior campeonato da modalidade.

PUB

Page 13: Edição 40

1309 de março de 2012

PUB

Sala São Miguel atende vítimas de violência doméstica

SOCIEDADE. Na esquadra da PSP de Agualva-Cacém, a nova sala de apoio às vítimas de violência doméstica foi criada para diminuir os constrangimentos que envolvem a denúncia deste tipo de crimes. Denominada ‘Sala de São Miguel’, o santo padroeiro da PSP, recebe cerca de dez casos por mês.

A sala que foi inaugurada no final do mês de feve-reiro conta com um pequeno

parque infantil para que as outras vítimas deste crime – as crianças – se possam abstrair do processo.

Em declarações ao Correio de Sintra, o comandante da esquadra da PSP, Tiago Fernandes, adiantou que a nova sala permite “aliviar” o mais possível o processo de denúncia.

“É uma sala calma, com espaço isolado das outras salas para garantir segurança, conforto e proximidade. Acrescentámos um pequeno parque para as crianças que, por norma, também são vítimas no sentido psi-cológico, porque assistem aos casos de violência entre os pais”, disse.

O responsável adiantou que, por mês, surgem na esquadra uma média de dez casos de violência domés-tica, um crime onde, por norma, con-tinuam a ser as mulheres as prin-cipais vítimas. Segundo dados da direção nacional da PSP, em 2010, esta autoridade policial registou 2428 casos de violência doméstica no con-celho de Sintra – na sua maioria denunciadas pelas próprias vítimas já numa fase avançada de agressões continuadas. Para combater este crime no município, a câmara de Sintra e o Ministério Público estão a desenvolver um Plano de Prevenção Contra a Violência Doméstica com o objetivo de acelerar resposta às vítimas.

Com uma média de 200 casos por mês – no concelho de Sintra – este é um dos crimes mais reportados às

autoridades policiais e a autarquia pretende envolver vários parceiros sociais como a PSP, a GNR, juntas de freguesia e algumas das instituições de solidariedade social, incluindo as duas casas que abrigam vítimas deste crime.

Desta forma, o plano vai permitir uma maior envolvência entre as dife-rentes entidades, permitindo, por exemplo, que quando uma autori-dade policial seja chamada a intervir num caso de violência doméstica possa entrar em contacto direta-mente com uma das instituições que albergam as vítimas, acelerando assim a sua institucionalização.

Esquadra renovadaA nova sala de apoio à vítima

resultou de uma requalificação transversal a toda a esquadra da PSP. Segundo o sub-comissário Tiago Fernandes, a população da cidade, associações e várias empresas cederam material de construção à PSP para que, dessa forma, avan-çasse com obras de requalificação.

Assim, o hall de entrada foi reno-vado – o atendimento é agora feito

numa sala privada – todo o edifício foi pintado, tem um balcão novo de atendimento, o espaço exterior também foi pintado e a central tele-fónica e a sala de policiamento de proximidade foram renovadas.

“As condições que a esquadra apresentava antes eram mínimas para o número de profissionais que ali trabalham (54). Isto dá um novo ânimo e foi uma injeção de moti-vação”, acrescentou o responsável, nomeado há poucos meses como comandante da esquadra.

Tiago Fernandes adiantou que “desta forma assinalamos o virar da página e o começo de um novo ciclo, com uma nova identidade na forma de trabalhar da esquadra e dos seus profissionais.

Para o comandante, ideal seria a deslocação da esquadra para um novo edifício, independente e somente dedicado à polícia, uma vez que as atuais instalações se encon-tram num edifício de habitação. A esquadra atual está inserida nos pri-meiros três pisos de um prédio habi-tacional de sete andares.

REDAÇÃO

Agualva - Cacém

DR

Escritor José Fanha apadrinhou iniciativa da Junta de Freguesia de Agualva.

CDU crítica reforma administrativa

A CDU condena a proposta do Governo sobre a reforma administrativa que prevê a redução de 20 para 11 freguesias no con-celho de Sintra. A coligação iniciou na sexta-feira, 9 de março, um ciclo de sessões públi-cas sobre a reorganização administrativa.Segundo Pedro Ventura, do PCP, os crité-rios definidos pelo Governo, incidem numa lógica demográfica, que além da perda de identidade das populações abrangidas pela reforma vai ainda aumentar a incapacidade de resposta das futuras juntas, que vão acu-mular muito mais território e mais popula-ção.Pedro Ventura adiantou que, segundo os cri-térios, duas juntas de freguesia da cidade de Agualva-Cacém vão ser extintas. Numa lógi-ca de proximidade, São Marcos é agregada pelo Cacém e Mira Sintra por Agualva.As três freguesias de Sintra são agregadas numa só e na cidade de Queluz, a fregue-sia sede deverá, segundo Pedro Ventura, agregar Belas e Casal de Cambra, caso Monte Abraão e Massamá se constituam apenas numa. “Esta é uma hipótese para cumprir o que o Governo quer. No livro Verde, o Governo dizia que a lógica que estava patente na redução de freguesias era a da conten-ção de custos. Mas é uma falsa questão porque as freguesias só absorvem 0,98 por cento das verbas do Orçamento Geral do Estado”, disse o responsável que vai ser um dos oradores das sessões públi-cas organizadas pela CDU para discutir a reforma administrativa.

REDAÇÃO

Page 14: Edição 40

14 Correio de Sintra 09 de março de 2012

OpiniãoQueluz - BelasExistem 35 viaturas paradas nas esquadras de Sintra

SOCIEDADE. A falta de viaturas na divisão de Sintra da PSP fez com que um grupo de agentes desenvolvesse uma ação de fiscalização junto à esquadra de Massamá, uma vez que esteve impossibilitado de se deslocar para outro local. Ao todo, nas esquadras de Sintra existem 35 viaturas “encostadas” por falta de manutenção e de reparação.

No domingo, 4 de fevereiro, a única viatura da esquadra de Massamá esquadra ardeu devido a problemas mecâ-nicos, sendo substituída na segunda-feira por um veículo cedido pela Divisão da Ama-dora.

O facto de uma equipa de agentes ter efetuado a 2 de março uma operação a que apelidaram de “auto stop” - uma vez que, à falta de uma viatura para deslocar os polí-cias, estes optaram por efe-tuar uma ação de fiscalização junto à esquadra de Massamá - mostra as dificuldades que a divisão de Sintra atravessa por falta de veículos.

No entanto, fonte da PSP

desvalorizou esta situação, considerando que neste caso não está posta em causa a operacionalidade desta ação e que “a viatura até poderia estar em deslocação ao hos-pital para transportar alguém que tivesse que fazer um teste de alcoolémia”.

A mesma fonte da PSP lamentou ao Correio de Sintra as dificuldades que existem na divisão devido à falta de via-turas operacionais. As esqua-dras de Mira Sintra e São Marcos não têm qualquer veí-culo, enquanto que as res-tantes seis do concelho têm somente uma viatura opera-cional, num número consi-derado bastante inferior ao desejável, especialmente na esquadra de Massamá, que faz ainda a cobertura da área de Belas.

“A questão é que em algumas das esquadras estão viaturas paradas por falta de reparação ou manutenção”, explicou fonte policial, salien-tando que uma viatura a cir-cular por esquadra em fregue-sias densamente povoadas e com grande extensão territorial põe em causa a operacionali-dade das autoridades policiais.

“Apenas uma viatura numa esquadra como Mira Sintra basta, mas em Algueirão-Mem Martins, Cacém ou Rio de Mouro, com áreas muito grandes, o aconselhável seria ter duas viaturas. Além do mais, há os programas de proximidade, como a Escola Segura, onde precisamos de mais viaturas e que estão postos em causa porque não há carros”, disse.

Contactado pelo Correio de Sintra, o presidente da Junta de Massamá, Pedro Matias, considerou que a falta de viaturas e de “meios” na esquadra desta freguesia “é preocupante”.

“Os meios em si já são escassos e quando não estão operacionais a preocupação cresce. A freguesia carece de policiamento e tendo em conta que esta esquadra também serve a freguesia de Belas é óbvio que apenas uma viatura não chega”, disse o autarca da freguesia onde reside o pri-meiro-ministro, Pedro Passos Coelho.

No entanto, o autarca con-sidera que a criminalidade em Massamá não é alarmante, tra-tando-se maioritariamente de

casos de pequenos furtos ou assaltos a estabelecimentos, ou casos de “grupos de jovens junto à estação” ferroviária, mas “já identificados pelas autoridades”. “É o retrato da sociedade em que vivemos”, acrescentou.

A 5 de março, o comando nacional da PSP anunciou que vai assinar em breve um con-trato por ajuste direto com uma empresa para viabilizar a manutenção e reparação de viaturas.

Segundo o presidente da distrital de Lisboa da Asso-ciação Sindical dos Profissio-nais da Polícia (ASPP/PSP), José Mendes, no comando dis-trital de Lisboa existem cerca de 300 viaturas “encostadas” por falta de reparação, o que dá em média 16 viaturas por cada uma das 16 divisões do distrito.

No entanto, na divisão de Sintra o caso é mais grave, uma vez que existem 35 via-turas paradas. Para fazer face às necessidades, o Comando Metropolitano de Lisboa anunciou esta semana que foram cedidas duas viaturas à divisão de Sintra.

Joaquim Reis

PUB

Esquadras sem papel e tinteirosUm dia após a polémica sobre a recuperação e manutenção de viaturas, a Associação Sindical dos Profissionais de Policia alertou que há esquadras no distrito de Lis-boa que já não conseguem emitir “certidões de acidentes” por falta de ‘stocks’ de tinteiros e de papel para impressoras. A associação refere que esta situação põe em causa a operacionalidade policial.“Há esquadras do trânsito onde não estão a ser passadas as cer-tidões dos acidentes porque não têm tinteiros para imprimir os documentos. É uma lacuna grave que põe em causa a operaciona-lidade policial”, disse o presidente da distrital de Lisboa da ASPP, José Mendes.Segundo o presidente da associa-ção, esta situação ocorre há pelo menos “duas semanas”, dificul-tando a entrega de documentação necessária às seguradoras por parte dos proprietários de viaturas acidentadas.A relações públicas do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, Carla Duarte, avançou somente que esta autoridade policial “tem conhecimento” da situação e que” estão em curso processos admin-istrativos que vão solucionar este e outros problemas”.

Resolução em breveO ministro da Administração In-terna avançou que está prevista a abertura de um concurso público internacional, no valor de sete mil-hões de euros, para a aquisição de viaturas para a PSP e a GNR.Miguel Macedo admitiu que não há falta de verbas para arranjar os veículos das forças de autoridade, considerando que não há “ne-nhum problema orçamental” para resolver estes problemas. O min-istro justificou que foi necessário abrir um concurso público que deverá estar concluído em breve.

Várias esquadras têm viaturas “avariadas” nas suas imediações.Na esquadra de Massamá existe apenas uma viatura.

JR JR

Page 15: Edição 40

1509 de março de 2012

O Governo PSD/CDS apresentou na Assembleia da Republica a proposta de Lei sobre a “Reorganização administrativa das Freguesias”, que vem concretizar a intenção de acabar com mais de 1500 freguesias.

Lamentavelmente esta proposta de lei surge ao arrepio de qualquer debate. Diria mesmo que o governo, pelas piores razões, conseguiu surpreender os portugueses. Após o debate suscitado pelo Documento Verde, também ele da autoria do governo, percebeu-se que o único objectivo que se procura atingir com esta pseudo reforma é a redução do número de juntas de freguesia, afastando os portugueses da participação política e infligindo um rude golpe na demo-cracia local.

A Concelhia de Sintra do Partido Socia-lista, reconhecendo a importância e a necessidade de continuar a desenvolver o sistema de governo local, desde logo se disponibilizou para em concertação com os outros partidos e em colaboração com a Câmara Municipal de Sintra encontrar o caminho adequado à elaboração de uma proposta que atendendesse às condições de identidade cultural e de contexto socioe-conómico do concelho de Sintra.

Enquanto presidente da Concelhia de Sintra do Partido Socialista, anunciei a dis-ponibilidade do PS para contribuir activa-mente na elaboração de uma proposta de reforma que, a exemplo do que aconteceu nas cidades de Lisboa e Amadora, garan-

tisse maior racionalidade e eficiência às diversas autarquias do concelho.

Surpreendentemente, nem a Câmara Municipal nem o PSD mostraram vontade ou disponibilidade para trabalhar com o PS, com os presidentes de Junta ou com as instituições de referência do concelho com vista a desenvolver uma reforma que res-peitasse as idiossincrasias do concelho de Sintra, reforçando e valorizando as nossas estruturas autárquicas, com benefício de todos sintrenses.

Num contexto de desinteresse e alhea-mento por parte da Câmara Municipal e do PSD, entretidos com questiúnculas e guer-rinhas de capelinha, o concelho perdeu

uma enorme oportunidade de obter os con-sensos políticos e sociais tão necessários à correção dos desequilíbrios resultantes da enorme transformação que o concelho pro-tagonizou nas últimas décadas.

Se o Documento Verde já se caracterizava pela mera aplicação de fórmulas matemá-ticas sobre espaços diferenciados, sem ter em conta a identidade cultural, o contexto sócio-económico e histórico dos diversos terri-tórios, esta Proposta de Lei vem agravar ainda mais essa situação. Aliás, pode dizer-se que a principal diferença entre o documento verde e a proposta de lei do governo é que de uma eli-minação de freguesias a régua e esquadro se

passou para uma lógica de calculadora com um princípio orientador de obrigatoriedade de reduzir à percentagem.

Empenhado em reduzir o número de fre-guesias, em Sintra, 55 por cento têm de desa-parecer, o Governo ignora quaisquer critérios de racionalidade, de rigor, de equidade e de envolvimento das populações, preferindo a imposição de fórmulas e de grelhas cegas.

O que se passou em Sintra, quer ao nível da Câmara, quer na Assembleia Municipal é bem ilustrativo, nem o PSD nem o CDS/PP apresentaram quaisquer propostas mas

tudo fizeram para não ficar associados às propostas do Governo que apoiam, tal a sua dimensão negativa para as populações do Concelho!

A actual Proposta de Lei é preocupante no que respeita ao futuro de um conjunto de apoios e serviços públicos prestados pelas Juntas de Freguesia. No texto desta Proposta de Lei está expressamente assu-mido que o Governo apenas se responsa-biliza pela preservação “daqueles serviços públicos que, pela sua imprescindibilidade e sustentabilidade, deverão continuar a ser prestados às populações”. O Governo deixa, assim, a porta aberta para que alguns dos actuais serviços prestados pelas Juntas de Freguesia às suas populações sejam, pura e simplesmente, extintos e não é claro sobre quais, nem em que circunstâncias!

No que se refere ao Concelho de Sintra, a aplicação dos critérios que esta Proposta de Lei integra, revela-se praticamente impos-sível. Em determinadas circunstâncias, dessa aplicação resultariam, até, algumas “monstruosidades” que iriam contra o espí-rito da própria Lei.

O Partido Socialista de Sintra rejeita limi-narmente esta Proposta de Lei e considera que a mesma apenas trará problemas e retrocesso na relação entre os habitantes do Concelho e os seus órgãos de Poder Local, especialmente as Juntas de Freguesia.

Rui Pereira - Concelhia PS de Sintra

PSD quer acabar com as Juntas de Freguesia de Sintra

“ mera aplicação de

fórmulas matemáticas sobre espaços diferenciados

PUB

TribunaTribuna

Page 16: Edição 40

PUB