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Guarda na casa do Prefeito Alterações no Magistério Modificados pontos do Plano de Carreira dos Professores de Canoas. Segundo o sindicato da categoria, as alterações trazem novos prejuízos em alguns pontos. Uma viatura da Guarda Municipal protegeu a casa do Prefeito durante o dia em que ocorre- ram as manifestações, causando indignação por parte da corporação. Canoas, 28 de junho a 4 de julho de 2013 Edição n° 2554 Fundado em 29.07.66 R$ 1,50 Pág. 11 Pág. 15 SEMANA DE CANOAS SEMANA DE CANOAS MÊS DO BRASIL Na semana em que Canoas completa 74 anos , milhares saem às ruas para protestar contra a corrupção.

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Page 1: Edicao 2554

Guarda na casa do Prefeito Alterações no MagistérioModificados pontos do Plano de Carreira dos Professores de Canoas. Segundo o sindicato da categoria, as alterações trazem novos prejuízos em alguns pontos.

Uma viatura da Guarda Municipal protegeu a casa do Prefeito durante o dia em que ocorre-ram as manifestações, causando indignação por parte da corporação.

Canoas, 28 de junho a 4 de julho de 2013

Edição n° 2554Fundado em 29.07.66

R$ 1,50

Pág. 11 Pág. 15

46anos

Semana de CanoaSSemana de CanoaS

mêS do BraSil

Na semana em que Canoas completa 74 anos, milhares saem às ruas para protestar contra a corrupção.

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CANOAS, 28 DE JUNHO A 4 DE JULHO DE 2013 I POLÍTICA I O TIMONEIRO I 3

INCOMPETÊNCIAJornalista inglês publicou:“Desde 2003, o Brasil já sabia que seria sede da Copa

do Mundo de 2014. Não fez nenhum planejamento nem teve nenhuma organização para as obras. Deixou tudo para a última hora. Assim, conseguiu a falta de controle, a ausência de fiscalização e preços superfaturados.”

Assim funcionou a incompetência e a irresponsa-bilidade do Governo Federal, mas quem pagou foi o povo. Obras superfaturadas levaram os brasileiros às ruas para protestar.

Não tem propaganda que consiga enganar, caiu a máscara da farsa e da mentira.

CANOASPREVA entidade fundada em 2003, no governo Ronchetti

(PSDB), completa 10 anos. Seu crescimento se deve à fiscalização de funcionários públicos, crescimento que não é maior pela culpa dos governos.

Todos os prefeitos usaram o dinheiro do Canoasprev sem pagar juros nem correção monetária. O patrimônio da entidade estaria maior se o dinheiro que o Prefeito atual e o anterior usaram no caixa da Prefeitura sem pagar nada de renda. Se o Canoasprev tivesse aplicado o dinheiro que a Prefeitura tomou compulsoriamente, sem pagar nada, já teria algumas centenas de milhares de reais em rentabilidade.

A previdência dos funcionários está prejudicada pela incompetência dos governos. O que tem que terminar é a presidência da entidade ser indicada pelo Prefeito. Quem tem que designar o presidente da entidade são os seus responsáveis. O governo não tem que mostrar os responsáveis para o Canoasprev.

Para o futuro da previdência dos servidores públicos de Canoas, quanto mais longe do gabinete dos prefeitos, melhor, eles só atrapalham e dão prejuízo. Tem que tirar as mãos da Prefeitura do caixa do Canoasprev.

DONA AMÉLIAO mês de maio marcou os 90 anos de dona Amélia

Nascimento. Uma trajetória de vida dedicada à solida-riedade, à família e ao seu fervoroso espírito religioso. Seu falecido esposo, Alcides Nascimento, em vários mandatos, inclusive como presidente da Câmara, nunca despertou em dona Amélia de proselitismo, marketing ou exposição de seus trabalhos beneficentes.

Os amigos, familiares e os que conhecem a gran-deza de dona Amélia comemoram com alegria a data e a sua predisposição para a vida e para apoiar os que mais necessitam.

[email protected]

Quaisquer semelhanças com fatos, dados, nomes ou pessoas conhecidas, relacionados com esta estória, é simplesmente mera coincidência, ou produto da inteligência fantasiosa ou excepcional do leitor.

Cidade do Faz de ContaMEDO

Assessor encarregado de receber “contribuições espontâneas” chega esbaforido na casa do prefeito DA CIDADE DO FAZ DE CONTA.

ASSESSOR - Chefe, estou com medo. Estão des-cobrindo tudo, já mexeram na minha conta bancária e tomaram informação dos meus bens. Essa onda vai me atingir. Recebo muito telefonema me avisando de investigações.

CHEFE - Calma, não é bem assim. Isto passa. É só não dar entrevista e nem colocar a cara na janela.

ASSESSOR, ao telefone - Chefe, estou com medo. Avisaram-me que estão investigando a minha vida, a sua e daquele parente da sua mulher que o senhor colocou os bens no nome dele. O cara que me avisou é meu amigo e é da federal.

CHEFE - Calma, vamos ficar quietos que isso passa e não acontece nada.

MULHER DO CHEFE - Querido, tu tens que fazer alguma coisa, tem gente do teu gabinete gravando os teus telefonemas e tirando cópia dos documentos. Uma amiga minha viu uns documentos daquele terreno que compramos em nome da minha prima lá naquele loteamento caríssimo. Estou com medo, muito medo.

CHEFE - Calma, deixa passar a onda, isto passa. Já tem exemplos na história que isto aconteceu e passou.

Depois de uma hora de telefonemas a todos da equipe de subserventes e tomadores de “contribuições espontâneas”, o CHEFE ligou para o seu marqueteiro.

CHEFE - Meu querido, já sabes o que está acon-tecendo. Faz alguma coisa, quero te dizer que estou com medo, muito medo. Estão gravando tudo, tirando cópia, ouvindo gente nossa. Estou com medo. Estou te falando aqui escondido num banheiro de restaurante.

MARQUETEIRO - Quem está falando? Não lhe conheço. Quem lhe deu meu telefone?

CHEFE - Querido, sou eu. Aqui vai o meu código para não ter dúvidas: xp4pc84.

MARQUETEIRO - Deve ser engano. Não conheço ninguém com o assunto que o senhor está falando e nem tenho código nenhum. Desculpe-me, deve ser um erro seu de discagem.

CHEFE, sussurrando - Agora meu medo aumentou, até o querido está me abandonando. Começo acre-ditar que a casa caiu. Vou fazer mudanças rápidas e enérgicas para ver se contem essa avalanche.

POVO NA RUAQuem assistiu às manifestações populares de todo

Brasil e em Canoas, pode ressaltar três aspectos:1) O povo é ordeiro e pacífico, mas protesta dura-

mente contra a corrupção que tomou conta do país e agride a sociedade;

2) O povo não quer mais donos do poder, nem che-fões, nem ditadores, muito menos políticos que só pen-sam em seus interesses, em suas vaidades e esquecem os compromissos assumidos em campanha;

3) Que a propaganda e o marketing dos governos não enganam mais ninguém. Pronto. Saturou. Assim como saturou o empreguismo, a utilização de cargo em confiança para fortalecer os partidos políticos e o abuso de poder de alguns governantes.

O resultado é que: a casa caiu. Ou muda, ou vêm mais manifestações e com elas o carimbo:

“NÃO QUERO MAIS VOCÊS, VÃO PARA CASA. QUERO MUDAR OS DIRIGENTES. OS ATUAIS FRACASSARAM”

JOSÉ FONTESO amigo e jornalista José Fontes, um dos pioneiros

da cultura e da imprensa canoense, quando já em 1956 editava o Boletim Informativo, e logo mais, em 1958, lançava o Gazeta de Notícias, e que também editou o Fato Ilustrado, Revista Interclubes, Jornal de Canoas (o verdadeiro, não esse planejado pela Prefeitura Munici-pal) entre outros e atualmente atua como co-editor do Jornal da Cidade e colunista de O Timoneiro, pregou um susto em seus familiares e amigos. Na quinta-feira, dia 20, teve um AVC. Mas como guerreiro valente não se entrega, já está em pronta recuperação, e começando seus primeiros exercícios de fisioterapia para o mais breve possível retornar às suas atividades, sempre com posições fortes sobre os assuntos da cidade e do país.

DEPUTADO NELSINHOÉ o atual presidente da Comissão de Segurança e

de serviços públicos, que na segunda-feira, 24, este-ve em Itabuna Minas Gerais juntamente com outros parlamentares integrantes da comissão para conhecer a experiência da prisão sem guardas mantida por uma associação de voluntários.

Assim, não poderia comparecer às manifestações populares que ocorreram em Canoas.

PROTESTOSOs executivos foram os grandes alvos dos protes-

tos que os brasileiros levaram às ruas. A Presidente da República, governadores e prefeitos receberam as mais duras críticas por incompetência administrativa, excesso de promoção pessoal, mordomia e má aplicação dos recursos públicos. O prefeito Jairo Jorge (PT) vem sofrendo grande desgaste na opinião pública pelo uso excessivo para sua promoção pessoal e de seu partido na maquina pública. A péssima situação da saúde e da falta de recursos para a educação motivou grande número de protestos na cidade.

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O sonho

Na semana do aniversário de Canoas, a cidade resolveu não apenas comemorar. Os canoenses foram às ruas para mostrar seu descontentamento com situações que são enfrentadas diariamen-te na cidade que completa agora 74 anos. São

mais de sete décadas de Educação precária no município, de caos na saúde, de transporte público sucateado e de tantos outros descasos do poder público com a população.

Era natural que um dia os canoenses fossem acordar. E o povo acor-

dou, justamente nesta que é conhecida como a Semana de Canoas, e que desta vez ocorre em um mês no qual o Brasil inteiro resolveu se levantar para protestar por temas diversos. Os protestos, quando pacíficos, ajudam a sedimentar a democra-cia e a escrever a história. Estes 74 anos são apenas o início da trajetória desta cidade. Portanto, que estes protestos sirvam para que os próximos 74, 100, 200 anos sejam melhores para os canoenses.

4 I O TIMONEIRO I OPINIÃO I CANOAS, 28 DE JUNHO A 4 DE JULHO DE 2013

Editorial

Canoas acordou!

Diretor: Feres Jorge UequedRedator: Émerson VasconcelosDiagramação: Sinara DutraColaboradores: Daltiva UequedCirculação: Celço Andreotti Redação: Av. Victor Barreto, 3056/3º andarSala 314 - Centro - Canoas - RS - Cep 92010-000Circulação SemanalFechamento comercial: Quintas-feiras, às 14 horasIMPRESSO: Gazeta do Sul S/A - Rua Ramiro Barcelos, 1.206Santa Cruz do Sul-RS.Filiado a ADJORI/RS Os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores, não traduzindo obrigatoriamente a opinião do jornal.

Editado por: CEDRO - Editora e Empresa de Comunicação Ltda. CGC/MF 02.347.932/0001-30

Fone/fax: 3032.3022 - 3472.3022 e-mail: [email protected]

site: www.otimoneiro.com.brEscritório comErcial Porto alEgrE

AV. CARLOS GOMES, 126/207 - HIGIENÓPOLIS - F.:8415.3142

Desde 1966 relatandoa história de Canoas

“E o povo acordou, justamente nesta que é conhecida como a Semana de Canoas...”

Estou aposentado, então ouço esses programas de reportagense entrevistas nas rádios Am. Gostaria mui-to de um dia participar de alguns assuntos polêmicos como o novo aeroporto. Fui servidor público militar e sei de informações que certos repórteres desconhecem. Outro dia enviei um e-mail a uma apresentadora de um programa matutino, mas esta não deu lá muita atenção ao tema mencionado. Preferiu falar sobre terapias al-ternativas, horóscopo, numerologia, calendário maya e reclamações do serviço público. Assisto a programas de debates na TV com importantes temas mas decep-ciono-me quando vejo autoridades suspeitas. Pessoas vaidosas que só defendem seus cargos parlamentares e comprometidas com os partidos de apoio às grandes corporações capitalistas do logro. Naquele filme Tropa de Elite I, o personagem Capitão Nascimento definiu muito bem como é o serviço público quando disse: “A Polícia em primeiro plano preserva-se, depois ela realiza seu trabalho público de Segurança”. Quando eu era major na Marinha Paraguaya, anotei enormes aberrações. Mais de cem homens com seus altos soldos jogando e tomando o tererê sem absolutamente nada a fazer, o comodoro determinou sigilo absoluto. Ouvi falar sobre falta de asssistência a pessoas enfermas e necessitadas em transporte aéreo. Ao mesmo tempo, militares sendo transportados em avião pra uma pelada de futebol na unidade com churrasco e cervejada. Penso que o MP deveria fazer visitas surpresas aos quartéis e falar com graduados da tropa, pois as inspeções milita-res são previstas em meses antecedentes e culminam em formaturas com condecorações e cocktail. (Continua).

*Colaborador

Outro dia, sonhei que fui ao teatro. A peça era sobre um reino muito bonito. Muito grande, com mui-tas riquezas. Tinha lindas praias. E o povo era alegre, mesmo ganhando pouco por seu trabalho. E pagando os tributos mais caros da terra.

Mas... neste reino existia um homem do povo. Que fazia que trabalhava. E que pensava muito; pen-sava e queria ser rei. Juntou alguns amigos e começou a falar para o povo. Falar só não, ele fazia um jogo de palavras que uma grande parte gostava. E acreditava. E foi assim que disse às pessoas para aceitá-lo como seu rei. E o aplaudiram, acreditando ser ele o seu me-lhor defensor.

E o levaram ao trono. E festejaram muito. Mas o seu objetivo não era o que as pessoas precisavam. Ele estava atrás somente das riquezas. E junto com seus apoiadores diretos, começou a reinar, do seu jeito. Não diminuindo os tributos. Sem aumentar os poucos tostões dos que trabalhavam, como tinha prometido. Só tratou de enriquecer seus asseclas e a sua corte sinistra. E é claro, enriqueceu. Continuando a mentir e enganar os incautos.

E o pior ainda, deixou como herança sua segui-dora e seus afins. Que continuou na mesma linha; atirando míseras esmolas ao povaréu. Mas o povo acordou, finalmente. Viu que continuava sendo exau-rido e enganado. Percebeu que os jogos populares e as festas musicais não lhes ajudavam em nada; que eram só cortina de fumaça, para facilitar a governança de poucos, sem escrúpulos, onde os marginais têm cada vez mais direitos e o povo menos. Que a cura de seus males é cada vez mais difícil. E mesmo assim, vinha calada e submissa.

Entendeu, enfim, que eram os bobos da corte. Aí as pessoas dignas e honestas, que não estavam do lado da monarquia, saíram às ruas. E demonstraram seu descontentamento, sua insatisfação; mostrando deste modo aos outros povos o que é a realidade de sua pátria.

Foi então que acordei. E fiquei pensando que o teatro, às vezes, imita a vida. Por mera coincidência? Quem sabe?

*Colaborador

O novo aeroporto - I

Bronquinha*

Julio C. de Vargas Neto*

Antes de chamar o povo para escutar seus dese-jos, os governos deviam fazer exames de consciência. Já deviam tê-los feito, e poderiam ver o que o povo já sentiu e sofreu. E se não viram, nem sentiram, serão condenados definitivamente. Na palavra governo estão todos os que exercem funções públicas: da Câmara de Vereadores à Presidência da República. Gastam demais, folgam demais, prometem e não cumprem, dão cargos a “amigos do peito”, remuneram-se regiamente, ao passo que o povo (professores e outros) são mal pagos. Esse abuso de poder vem se repetindo, há anos e anos, até que transbordou o copo da paciência. E o povo virou touro enfurecido...

Comparem-se com quem não está em governo e sintam vergonha. Há pessoas, a maioria, que decai moral-mente ao assumirem algum poder. Urge, então, submeter a vontade pessoal à da coletividade, que merece viver em harmonia, segurança, paz. Trabalhem mais, reduzam seus ganhos exorbitantes, façam orçamentos obedientes às prioridades, acabem com senadores “Biônicos”, com os pontos facultativos religiosos, com os gastos supér-fluos etc, etc, etc. Fiquem de plantão trabalhando, até resolverem esses assuntos e o touro se acalmará.

Tomara que o espírito que move estas manifesta-ções físicas, digamos, se concretizem no próximo pleito eleitoral. Que cada um dos indignados de agora eleja outros para os lugares onde estão os infiéis. Sò assim estas ações de hoje não terão sido vãs.

Contra a inutilidade

*Escritor, jornalista, editor dos Cadernos Canoenses, mantenedor da Fundação Cultural de Canoas, membro da

Associação Canoense de Escritores, da Associação Canoense de Comunicação Social e da Casa do Poeta

Canabarro Tróis filho*

Esta seção está aberta a todos os canoenses, a todos que queiram falar sobre nossa cidade. São duas páginas reservadas para a opinião por edição. Para participar, envie seu texto por correspondência eletrônica para o endereço [email protected], ou diretamente na redação do jornal, na rua Victor Barreto, 3056, sala 314, no Centro. A preferência é para os textos que tenham referência à cidade e que tenham, em média, 25 linhas.

Espaço Aberto

Na velha mania das autoridades ditas competen-tes, as quais vão ignorando o acúmulos de escândalos em razão das demoradas ações punitivas, no geral, encontrando muitas dificuldades do enquadramento por tempo maior do infrator encarcerado com danos ao patrimônio público. Interessante salientarmos que a partir da Constituição de 1988, a chamada Constitui-ção Cidadã, com a qual o povo brasileiro, na área da suade, não tem muito claro os serviços de saúde com tantas dificuldades de avanços de uma saúde pública, tendo as prevenções o ponto básico no Sistema SUS. A partir dessa Constituição, passando por todos gover-nos estaduais do RS, ninguém cumpriu os 12% e isso avolumou para o fantástico valor em torno de R$ 10,5 bilhões. Como responsabilizar tantos atores políticos, os quais ignoraram o texto constitucional no qual “Saúde, direito Constitucional dever do Estado”. Portanto, cada um que assumiu seus mandatos durante 12 anos teve ações de governos fracionados e não sequencial da proposta SUS. O grande mal que o nosso SUS enfrenta e de gestores com poderes administrativos, acabando-se definitivamente de profissionais sem cumprimento do horário de chegada e saída, com respeito aos pacientes enfermos, que vão aos atendimentos dos profissionais de saúde.

*Comunitarista

Saúde cidadã Odil Gonçalves Gomes*

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CANOAS, 28 DE JUNHO A 4 DE JULHO DE 2013 I GERAL I O TIMONEIRO I 5

Uma Semana de Canoas histórica

Cerca de 3 mil protestam em frente à Prefeitura e paralisaram a BR-116A onda de protestos que toma o Brasil chegou em

Canoas no último dia 24, na Semana de Aniversário de Canoas. Mais de 3 mil pessoas coloriram o centro da cidade com as cores do Brasil, com bandeiras, faixas e cartazes que pediam dignidade na política e mais cuidado com saúde, educação, segurança, entre outros temas. O prefeito Jairo Jorge foi o mais lembrado, junto com suas políticas de muita propaganda e poucas ações completas. Os problemas com o teleagendamento para marcação de consulta médicas e a desvalorização do magistério foram os temas campeões em cartazes.

Prefeito inibe manifestação popular

Tão valorizada nas propagandas feitas pelo Prefeito, a democrática participação popular sofreu duro golpe por parte de Jairo Jorge, que fechou todos os acessos à Prefeitura. A praça da Emancipação, em frente ao Paço, foi totalmente cercada por gradis, impedindo a população de ali se manifestar. Do lado de dentro do cercamento, centenas de policiais militares, guardas municipais e bombeiros, junto com faixas gigantes de propaganda.

Os manifestantes acabaram indo para a BR-116, já que o espaço era muito pequeno para tamanha multidão. A estratégia do Prefeito era impedir o povo de chegar à Prefeitura, o que acabou empurrando a multidão para a praça do Avião, junto à BR-116.

ONDA DE PROTESTOS PARA LAVAR A NAÇÃO

Junho ficará na História como o mês em que a sociedade brasileira acordou para o necessário debate político sobre tudo que envolve a sua vida. Milhões saíram às ruas para bradar seu amor pela nação, pedir o fim da corrupção e da impunidade, além de mais atenção para a educação, saúde, transporte público.

O movimento começou com o protesto contra os aumentos das tarifas de transporte público e contagiou a população, que tomou as ruas como copo que transborda após as últimas gotas de lí-quido. Os governos parecem atônitos. Primeiro, porque não esperavam um levante com fundo tão consciente e com argumentos tão fortes e, depois, porque perderam a capacidade de dialogar com uma sociedade muito mais moderna e avançada do que eles, em meios de comunicação e conceitos democráticos.

As pesquisas que borbulham pela nação tentam entender o que pede as ruas. Uma delas é do Ibope, divulgada pela revista época. Esta pesquisa diz que 75% dos brasileiros apoiam as manifestações por melhores serviços públicos. Apesar do elevado apoio, apenas 6% disseram ter ido às manifesta-ções e apenas 35% dos que não foram tiveram a intenção de fazê-lo. Estes dados deixam gover-nantes apavorados: e se mais gente tomar as ruas?

Em relação ao motivo dos protestos, 77% cita-ram o transporte público deficiente, 47% a insa-tisfação com os políticos, 32% a corrupção, 31% deficiências na educação e na saúde, e 18% a in-flação. Interrogados sobre os principais problemas do país, 78% citaram a saúde, 55% a segurança pública, 52% a educação, 26% as drogas, 17% a corrupção e 11% a miséria.

A EDUCAÇÃONos cabe enfatizar os dados relacionados à este

tema. Entre os principais problemas do país, 52% respondeu ser a Educação um deles. Porém, ou-tros problemas citados pelos entrevistados estão diretamente relacionados ao abandono do ensino pela sociedade.

Tanto o flagelo das drogas como o da segurança pública seriam amenizados se as políticas públicas priorizassem uma educação com estrutura e qua-lidade. A miséria também só será vencida com a educação das populações marginalizadas.

Os brasileiros sabem, e a pesquisa prova isso, que sem uma educação de qualidade o País não avança.

Nesta hora, em que o Brasil ressurge, é de extrema importância que se olhe para o ensino, para que não continuemos nas mãos daqueles que detém o conhecimento do sistema político e governamental, mas carecem de qualidades e bases sólidas nos campos ético e moral.

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Maioria pacíficaNos primeiros momentos de manifestação, hinos fo-

ram entoados, bandeiras tremuladas e as palavras proferi-das pediam melhoras no país e especificamente na cidade. O caso na saúde, tema sempre abordado nas páginas de O Timoneiro, era certamente o assunto mais lembrado pelos manifestantes. Outros temas como as PECs 33 e 37 e o sucateamento da educação também tiveram grande destaque na manifestação.

Depois de mais de quatro horas de manifestação pacífica, começaram os atritos com a polícia. Um grupo de jovens com o rosto tapada, infiltrado entre os manifes-tantes, começaram a lançar pedras e garrafas nos prédios próximos à praça do Avião e em direção à polícia de choque, que estava posicionada em frente à Prefeitura. Não demorou até que as grades de contenção colocadas para isolar a sede da administração municipal fossem derrubadas, ocasionando, na sequência, uma ação mais enérgica da polícia, que utilizou bombas de efeito moral para dispersar a multidão.

Enquanto o grupo de marginais corria da polícia, fugindo pela avenida Victor Barreto, alguns membros da gangue saquearam bancas de ambulantes, deixando uma destas bancas totalmente destruída. Foram confirmadas três prisões (duas por danos ao patrimônio e uma por furto) e treze feridos (sendo 3 policiais militares).

Mais de seis horas de protestosEm dado momento, em torno das 20 horas, cerca de 3

mil manifestantes se dividiam entre o entorno da Prefei-tura, o bloqueio na BR-116 na altura da praça do Avião (que durou 5h30min) e um segundo bloqueio, no viaduto da Metrovel. Quando a ação dos vândalos se iniciou, os manifestantes pacíficos tentaram impedir a violência, primeiro pedindo que o manifesto fosse mantido pacífi-co e depois segurando as grades que os outros tentavam derrubar. Por fim, muitos dos manifestantes pacíficos acabaram debandando e o movimento perdeu força após às 21 horas. Pouco antes do desbloqueio, apenas 200 pessoas trancavam os dois lados da BR-116.

Leia mais sobre o aniversário da cidade e os protestos nas próximas páginas.

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6 I O TIMONEIRO I OPINIÃO I CANOAS, 28 DE JUNHO A 4 DE JULHO DE 2013

LIVROS

[email protected] Uequed Pitol

Relendo Hegel

De santos e sábios

O filósofo esloveno Slavoj Zizek possui uma curiosa predileção por temas e autores que o debate intelectual moderno relegou a segundo plano ou simplesmente descartou. Por exemplo: em um de seus livros, “Em defesa das causas perdidas”, tenta reabilitar a teoria e a prá-tica revolucionárias em nosso contexto atual; em outro, “Às portas da revolução” , exorta-nos a – segundo ele mesmo - “repetir, nas condições do mundo atual, o gesto leninis-ta que reinventou a prática revolucionária”. Zizek faz isso por considerar que estas discussão são centrais e que toda tentativa de escapar de-las é vã. Assim, neste mesmo espírito, volta-se em seu último livro,“Menos que nada” (Editora Boitempo, 656 páginas, tradução de Rogério Bettoni) para o pensador que mais o influenciou: Georg Wilhelm Friedrich Hegel.

Tal como Lênin e a revolução do proletariado, Hegel já não está tão na moda. Segundo Zizek, é uma injusti-ça: para ele, o momento histórico em que vivemos, em que o capitalismo global dá mostras de esgotamento, assemelha-se muito ao da passagem do mundo antigo, tradicional, para o moderno, pós-tradicional, quando Hegel - que viveu a época intensamente - “por um breve momento, viu algo que não estava visível nem antes, nem depois”. Por isso a necessidade de repetir Hegel: seu tempo é o nosso, suas questões são as nossas e a atitude que tomou dever ser a nossa. Concordando-se ou não com Zizek (este articulista não concorda na integralidade com ele), o fato é que “Menos que nada” é uma audaciosa reflexão de um dos mais importantes intelectuais públicos do momento, um refinadíssimo leitor de Hegel e arguto interprete do mundo atual. Só isto já é suficiente para recomendar-lhe a leitura.

Os leitores que acompanham os lançamentos lite-rários podem ser divididos, de maneira bem genérica, em dois tipos básicos: de um lado, o acadêmico es-pecializado; de outro, o competente aficcionado que Borges qualificou certa vez, falando de si mesmo, de “hedonista”. Os dois diferem em pontos fundamentais quanto à atitude perante o texto e mesmo na opinião acerca das obras. O que é relevante e bom para um frequentemente não é para outro.

Dito isto, é quase certo que ambos concordarão sobre a re-levância e a qualidade de “De santos e sábios” (Iluminuras, 328 páginas). E concordarão porque, fundamentalmente, os integrantes destes dois grupos – sendo desneces-sário dizer que uma mesma pessoa pode, em momentos e circunstâncias diferentes, fazer parte de um e de outro – sairão da leitura plenamente satisfeitos com que a obra

tem a oferecer. É a primeira vez que os ensaios, con-ferências, artigos de jornal, entrevistas, reportagens, anotações, cartas e escritos de juventude do autor de “Ulysses”, produzidos ao longo de quatro décadas, são publicados em língua portuguesa num só volume. Assim, o acadêmico especializado encontrará o pri-meiro conhecido texto de Joyce - “Não se deve confiar nas aparências” - resenhas, notas e comentários de livros publicados em jornais irlandeses e até uma entrevista com um automobilista francês, conduzida pelo escritor quando foi repórter do “Irish Times”. Já o leitor aficcionado, o “hedonista”, terá o prazer de ler páginas como “Irlanda, ilha dos santos e sábios”, uma belíssima introdução à cultura e à história de seu país (e que, como se vê, dá título ao livro), artigos sobre seus companheiros de panteão Wilde, Shaw e Blake e textos acerca da conturbada história política irlandesa e suas relações com a Inglaterra e o restan-te do Ocidente. Os escritos vêm acompanhados de comentários e notas e são seguidos de ensaios dos responsáveis pela edição.

O “Vermelhão” de Brasília

Antes de entrar no mérito do tema proposto como foco central deste texto, começo dizendo que gosto da cor vermelha e a considerando uma das mais belas e significativas, pois simboliza - apenas para citar dois exemplos - o sangue que nos corre nas veias e a rosa que enfeita o jardim com seu viço e seu perfume. Infe-lizmente, essa linda cor, símbolo de entidades sadias e voltadas à prática do bem, foi a escolhida como ícone cromático da mais cruel e duradoura forma de ditadura que se instalou na face do Planeta, representada pelos regimes comunistas, que ao longo de décadas oprimiu os povos do Leste europeu e remanesce hoje em países como a China, a Coreia do Norte e Cuba.

Isso posto, fácil se torna entender o porquê de o estádio Mané

Garrincha, de Brasília, remodelado com dinheiro público, sob forte suspeita de superfaturamento, ter seu interior, onde se localizam os assentos, todo decorado na cor vermelha, embora seja reconhecido oficialmente como Estádio “Nacional” Mané Garrincha. Se é “nacio-nal”, nada mais natural de que as cores predominantes fossem qualquer uma das que se acham contidas na Bandeira.do Brasil, na qual não figura o vermelho. Não é difícil entender a tese. Imagine se, ao adentrar a Arena do Grêmio pela primeira vez, os torcedores do clube se deparassem com um estádio repleto de cadeiras vermelhas e não na cor azul, como lá está posto. Cer-tamente, descarregariam todo o seu desconforto visual e a sua decepção, destruindo um a um os assentos não condizentes com a simbologia da agremiação. Idem com a torcida colorada, se topasse o novo Beira-Rio com suas cadeiras na cor azul.

É público e notório que temos hoje no comando

da nação, a começar pela presidente Dilma Rousseff, pessoas que em passado ainda recente estiveram a ser-viço do Movimento Comunista Internacional, tentando a implantação desse regime em nosso país. Está mais que comprovado - à luz dos acontecimentos -que, tendo chegado ao poder graças à fragilidade de nosso sistema eleitoral, esses traidores pátrios de ontem continuam cultivando a ideia macabra de transformar o Brasil naquela “Cuba gigante”, cujo projeto não lograram consumar, na década de 1960, porque a sociedade brasileira, empregando as suas Forças Armadas, não permitiu.

Nessa caminhada rumo à consolidação desse go-verno absolutista com que sempre sonharam, contando com a parceria de ‘confrades’ dos países vizinhos do mesmo viés doutrinário, aqueles que têm nas mãos as rédeas da Nação usam e abusam de todas as formas de propaganda, convencional ou subliminar, para induzir o povo a aceitar pacificamente, com a distração de um peixe que morde a isca movido pelo instinto de se alimentar, esse golpe silencioso, que visa à destruição paulatina do estado de direito e, em última análise, daquela liberdade que nos legaram os heróis pátrios de um passado de gloriosas lutas. Às vaias que ‘abor-taram’ o discurso da presidente Dilma, na abertura da Copa das Confederações, aconteceram pelos gastos su-pérfluos na construção do estádio, mas entre elas, ainda que em número reduzido, certamente havia a de alguns brasileiros não satisfeitos com essa homenagem velada ao símbolo do PT e da doutrina comunista da qual esse partido é um derivado.

*Jornalista - [email protected]

Lino Tavares*

Chegou a Primavera, estão voltando as flores

Acabou-se a letargia do sono em “berço esplên-dido”. O Gigante acordou é o que dizem as ruas. E ao que parece para uma longa vigília em favor do bem comum. Quem tiver ouvidos de ouvir que ouça. A minha geração tremia, de raiva e não de medo, nos tempos da repressão, do abuso de poder, da tortura, do “sabe com quem está falando?”, da inflação mascarada, do uso da Previdência para construir pontes e estradas, da corrupção abafada pela censura, das eleições indiretas. As ruas, então, se encheram como agora. “Diretas já!”. Voltou o poder do povo e para o povo. Mas, o povo foi traído novamente. De volta às ruas, então! Agora de caras pintadas: “Fora Collor!”, e o presidente caiu. E os exilados, presos e torturados chegaram ao poder. “Agora a coisa vai! São políticos de boa cepa!”. Qual o quê... Agravaram-se a corrupção, a impunidade, a violência urbana, uma exorbitância de impostos sem o retorno devido, a Educação em petição de miséria, a troca de apoio no Congresso por dinheiro, condenados julgados gozando de liberdade, o caos na saúde pública, a delinquência juvenil impune e sem controle. Fica o gosto amargo de saber que os nossos eleitos não nos representam. E as obras para a Copa? A Grêmio Arena, particular, sem dinheiro público, erguida do zero, ficou em quatrocentos milhões; a “reforma” do Maracanã,

obra pública, custou um bilhão de reais. A senhora “presidente”, em Roma, hospedou-se em hotel de luxo, com sua comitiva, ao custo de dezenas de milhares de reais, desprezando nossa Embaixada e a inteligência do povo. Temos mais? Ah, tem... Tem o mensalão, com a “eminência parda” do Lula, inexplicavelmente fora do processo, tem o Renan, tem o Feliciano com a “cura gay” (Meu Deus!), tem a Hidrelétrica de Belo Monte, temos os foros “privilegiados”. Temos desigualdade, enfim! Mas, a rua não tem estatutos. O simples au-mento nas passagens de ônibus em Porto Alegre serviu de estopim para incendiar o Brasil. O povo, nas ruas, clama por consertar qualquer coisa que entenda injus-ta, rejeitando Partidos, tanto faz situação ou oposição (que parece não haver), e que não são bem vindos. A exemplo das primaveras espalhadas pelo mundo, desde o “occupy wall street” passando pelo mundo árabe e pela Europa, a nossa primavera parece ter chegado no começo do Inverno. Ninguém, em sã consciência, quer o vandalismo, que seja reprimido com dureza. Mas, a manifestação pacífica...? Deixem o povo nas ruas! A classe política, se tiver ouvidos de ouvir, que faça seu trabalho decentemente. Vejam! Estão voltando as flores.

*Escritor

Gerson Colombo*

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Semana de CanoaSSemana de CanoaS

mêS do BraSil

CANOAS 74 ANOSESPECIAL Jornal O Timoneiro - 28 de junho de 2013

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8 I O TIMONEIRO I ESPECIAL I CANOAS, 28 DE JUNHO A 4 DE JULHO DE 2013

CANOAS 74 ANOSESPECIAL SEmAnA dE CAnoASSEmAnA dE CAnoAS

mêS do BrASIL

Embora a cidade tenha completado 74 anos no último dia 27, sua história é muito mais antiga do que isso. Os registros remontam o ano de 1871 como o início do povoamento da região que viria a se tornar Canoas, quando houve a inauguração do primeiro trecho da estrada de ferro que ligaria São Leopoldo a Porto Alegre. A área pertencia aos municípios de Gravataí e São Sebastião do Caí. O major Vicente Ferrer da Silva Freire, então proprietário da Fazenda Gravataí, aproveitou a Viação Férrea para transformar suas terras em uma estação de veraneio. Ponto de referência obrigatório, o local passou a ser designado Capão das Canoas. Logo, as grandes fazendas foram perdendo espaço para as pequenas propriedades, chácaras e granjas.

EvoluçãoEm 1908, Canoas é elevada a Capela Curada,

tendo por órago (santo que dá nome à igreja) São Luiz Gonzaga. Em 1938, assume a condição de Vila e, no ano seguinte, torna-se cidade e sede de município. Em 1937, a instalação do 3º Regimento de Aviação Militar (RAV), hoje o 5º Comando Aéreo Regional (V Comar), foi decisiva para a emancipação. O movi-mento emancipacionista foi liderado por Victor Hugo

Ludwig, que levou ao general Flores da Cunha, inter-ventor federal no Estado, as razões da emancipação.

FundaçãoEm 27 de junho de 1939, a cidade foi criada pelo

Decreto Estadual nº 7.839. Em 15 de janeiro de 1940 foi instalado o município de Canoas. Edgar Braga da Fontoura foi o primeiro prefeito e o município contava com 40.128 habitantes.

Crescimento econômicoO crescimento econômico de Canoas deu-se, prin-

cipalmente, a partir de 1945, depois do fim da Segun-da Guerra Mundial. Além de numerosas indústrias, instalam-se no município a Base Militar da V Zona Aérea e a Refap, impulsionando o desenvolvimento da cidade.

AtualidadeHoje Canoas é o município mais populoso da Re-

gião Metropolitana. No Rio Grande do Sul, a cidade só fica atrás de Porto Alegre, Pelotas e Caxias do Sul. Aqui também está o quarto maior colégio eleitoral gaúcho, com mais de 200 mil eleitores, divididos em 598 seções.

O aniversário da Emancipação PolíticaEm meio a uma revolução de pensamento e comportamento no País, Canoas completa 74 anos

Comemoramos no dia 29 de junho, 51 anos

de vida dedicado ao cuidar dos usuários do

SUS e operadoras privadas.

Evoluímos, nos qualificamos, modernizamos

nossa estrutura. Estamos inovando, porque

nosso maior presente é a sua saúde.

Vista aérea da praça da Bandeira na época da

Emancipação; ao lado, primeiro prédio da Prefeitura

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CANOAS 74 ANOSESPECIAL Semana de CanoaSSemana de CanoaS

mêS do BraSil

CANOAS, 28 DE JUNHO A 4 DE JULHO DE 2013 I ESPECIAL I O TIMONEIRO I 9

O cineasta e historiador Antonio Jesus Pfeil, que nasceu em Canoas no ano de 1939, conta que viu de perto a cidade crescer e se tornar o que é hoje. “A cidade é como a gente, vai mudando com o passar do tempo. A diferença é que nós ficamos cada vez mais feios, enquanto a cidade fica cada vez mais bonita”, compara o historiador.

Para os que desejam reencontrar o passado de Ca-noas, Jesus recomenda uma visita às ruas Germânia e Araçá, que ainda preservam características dos pri-mórdios da cidade. “Hoje, Canoas é muito diferente do que era algumas décadas atrás, mas estas ruas eu visito de vez em quando para me lembrar daqueles tempos. Algumas casas estão lá até hoje”, revela.

Como um dos marcos da história da cidade, Jesus ressalta a criação, em 1984, da Fundação Cultural Canoas, que veio a ser extinta em 2009. A instituição foi um centro cultural que realizava atividades nas áreas de Literatura, Artes Plásticas, Teatro, Folclore, Música e Dança, entre outras. Sua sede, uma antiga estação ferroviária localizada na avenida Victor Bar-reto, hoje abriga a Associação Cultural de Canoas. Para o historiador, no entanto, houve apenas uma mudança de nomes e não um novo marco histórico

quando a fundação deu lugar à associação.Jesus recorda-se de um tempo em que Canoas

era considerada uma cidade dormitório. “Realmente, por algum tempo as pessoas trabalhavam em Porto Alegre e dormiam aqui, mas hoje em dia isso não existe mais. Tem gente que trabalha aqui e dorme em Porto Alegre, ou em outros municípios. Cada vez mais as cidades estão se misturando”, explica.

Entre as contribuições de Jesus para a preserva-ção da história do município está sua série de livros intitulada Canoas: anatomia de uma cidade. Jesus tem um ambicioso projeto de resgate do passado de Canoas. Ele tem em suas mãos vários filmes gravados durante os primeiros anos da cidade. A posse do primeiro prefeito, a construção da praça da Bandeira e a inauguração do primeiro cemitério do município são alguns dos raros documentários que possui. Sua ideia é produzir novos negativos deste acervo, para salvá-lo e depois gravá-los em DVD. Por fim, pretende fazer um documentário utilizando os materiais coletados nestas gravações. “Quero que, quando estiver pronto, cada escola de Canoas rece-ba uma cópia do documentário para que os alunos possam conhecer o passado da cidade”, concluiu.

Testemunha ocular da históriaAntonio Jesus Pfeil dedica seu tempo a resgatar fatos históricos que presenciou na cidade

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CANOAS, 28 DE JUNHO A 4 DE JULHO DE 2013 I ESPECIAL I O TIMONEIRO I 1110 I O TIMONEIRO I ESPECIAL I CANOAS, 28 DE JUNHO A 4 DE JULHO DE 2013

SEmAnA dE CAnoASSEmAnA dE CAnoAS

mêS do BrASIL

Guarda Municipal protege casa do Prefeito

Uma viatura e três guardas municipais ficaram de prontidão em frente à casa do prefeito Jairo Jorge, no bairro Niterói, em Canoas. Os funcionários públicos muni-cipais ficaram de prontidão no endereço desde às 4 horas da madrugada de se-gunda-feira, causando grande indignação por parte dos integrantes da Guarda, que reclamavam, ainda, que se a Prefeitura fosse depredada durante as manifestações os guardas sofreriam punições.

fotos Ageu Cardoso, Emerson Vasconcelos e Vanderlei Dutra/OT

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SEmAnA dE CAnoASSEmAnA dE CAnoAS

mêS do BrASIL

Guarda Municipal protege casa do Prefeito

Uma viatura e três guardas municipais ficaram de prontidão em frente à casa do prefeito Jairo Jorge, no bairro Niterói, em Canoas. Os funcionários públicos muni-cipais ficaram de prontidão no endereço desde às 4 horas da madrugada de se-gunda-feira, causando grande indignação por parte dos integrantes da Guarda, que reclamavam, ainda, que se a Prefeitura fosse depredada durante as manifestações os guardas sofreriam punições.

fotos Ageu Cardoso, Emerson Vasconcelos e Vanderlei Dutra/OT

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CANOAS 74 ANOSESPECIAL

JOAPIJOAPI

Semana de CanoaSSemana de CanoaS

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CANOAS, 28 DE JUNHO A 4 DE JULHO DE 2013 I ESPECIAL I O TIMONEIRO I 13

A Câmara Municipal realizou sessão solene, na quarta-feira, 26, em comemoração ao aniversário de Canoas. A cerimônia homenageou os 74 anos de emancipação política do município, data celebrada em 27 de junho.

Onze vereadores manifestaram-se em nome de suas bancadas. As manifestações realizadas em todo o país, e que ocorreram em Canoas na última segunda-feira, foram um dos assuntos tratados na sessão. Outro assunto citado foi a recente realização do 3º Fórum Mundial de Autoridades Locais de Periferia (Falp).

Sessão solene na CâmaraHomenagem ocorreu na quarta-feira, 26, quando foram abordadas também as manifestações

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CANOAS, 28 DE JUNHO A 4 DE JULHO DE 2013 I GERAL I O TIMONEIRO I 15

Alteração no Plano de Carreira desagrada professoresVereadores aprovaram as mudanças sem considerar sugestões do Sindicato da categoria

CAOS NA EDUCAÇÃO

17 ANOS

Na última terça-feira, 25, os vereadores aprovaram mudan-ças no Plano de Carreira dos professores municipais, criado em 2011. Há cerca de dois anos, os educadores pedem revisões no plano, mas a nova versão não atende aos pedidos e gerou descontentamento na categoria.

O Plano aprovado em 2011 previa que o professor que ti-vesse de uma a dez faltas perdia 30 pontos de frequência, usados como critério para progressão na

carreira. “Sugerimos que fosse proporcional, mas agora eles determinaram cinco pontos por falta, então dez faltas geram 50 pontos. Tentamos negociar com os vereadores, mas só um compa-receu na reunião que marcamos. Então mandamos um ofício su-gerindo três pontos por falta, ao invés de cinco. Nenhum vereador respondeu ou contatou o Sindi-cato”, explicou o presidente do Sindicato dos Professores Mu-nicipais de Canoas (Sinprocan),

Jari Rosa de Oliveira.Segundo Jari, outro ponto

que desagradou à categoria foi a forma como a Prefeitura e os vereadores resolveram a questão do Piso Nacional do magistério. “Como a lei exige que seja pago o Piso Nacional, o Prefeito está dando um reajuste para quem não é graduado alcançar este valor. Quem é graduado e já ganha o piso não terá aumento. Hoje, a diferença entre graduados e não graduados é de 33%, mas vai

reduzir com esse aumento para em torno de 26 a 27%. Com isso, teremos uma enxurrada de professores entrando na Justiça querendo também reajuste”, prevê Jari.

O presidente do Sinprocan ressalta que na tarde de terça-feira o projeto não estava na ordem do dia. “Avisaram no dia, mais especificamente na hora em que foi votado. Entrou dia 9 de maio e foi retirado, depois disso não se falou mais”, pontua.

Bandas da Assembléia de Deus

No próximo domingo, 30, às 14 horas, ocorre no Templo Central da Assembléia de Deus um evento que reunirá seis bandas da Região Metropolitana.A organização es-pera reunir na tarde de domingo aproximadamente 200 músicos (adolescentes, jovens e adultos de ambos os sexos). O evento tem como objetivo principal fortalecer e incentivar a atividade musical desenvolvida pelas bandas de mú-sicas na Assembléia de Deus, visto que esse tipo de trabalho musical é uma marca registrada destas igrejas. Outro objetivo é divulgar entre os músicos e participantes do evento a realização do 6º Seminá-rio de Música que ocorrerá de 21 a 25 de agosto.

Cemitério oferece palestra para pessoas em luto

O Cemitério Parque Jardim São Vicente realiza no sá-bado, 29, em nova palestra do Projeto de Apoio a Enlutados (PAE). Com o tema "As Mudanças da Vida no Processo do Luto", o encontro é gratuito e tem o objetivo de abordar os aspectos que envolvem o luto.

A palestra será realizada no empreendimento, após a missa das 15 horas. O encontro tem como palestrante a psicóloga Adriana Binotto, da "ABClínica de Psicologia e Apoio ao Luto", sendo direcionado a familiares eamigos de pessoas que perderam entes queridos. O objetivo é levar acolhimento e orientação na maneira de lidar com as reações oriundas do luto, especialmente nos primeiros dias após a morte. "As pessoas precisam ser preparadas para se adaptar à ausência do ente querido", diz Adriana. "Assim, vamos mostrar a realidade do luto, e que é possí-velrecuperar o cotidiano, sem a sensação de estar traindo a pessoa que faleceu", complementa.

SERVIÇOData: 29 de junho de 2013 (sábado).Local: Cemitério Parque Jardim São Vicente. Endereço: Av. Santos Ferreira, 3721 - Canoas. Horário: após a missa das 15h (por volta de 15h45).

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16 I O TIMONEIRO I GERAL I CANOAS, 28 DE JUNHO A 4 DE JULHO DE 2013

“O livro está na mesa” dia 29Dia 29, último sábado deste mês, o artista plástico

Fernando Lima será o convidado principal do almoço do projeto “O Livro está na mesa”, que esta Associação realiza para valorizar o Livro como ferramenta básica de humanização. Fernando Lima falará sobre sua relação com os livros e, especialmente, sobre o livro de sua autoria que lançará em breve. Também responderá a questões que lhe forem propostas. Cada participante ganhará, como cortesia, um livro de autor associado. Convite individual por R$ 15, sem bebida. Canoas Tênis Clube, 11h30min.

Balanço da FeiraEsta Associação, em sua reunião de ontem, prosseguiu

realizando seu balanço desta 29ª Feira Municipal do Livro. Divulgação, programa, tratamento dado aos es-critores daqui e de fora, valores pagos pela participação de escritores, apoio dado à atuação do Patrono da Feira etc. O resultado do balanço será enviado à Secretaria Municipal da Cultura e divulgado pela mídia.

Da poesia (trecho)Sempre pensei que a poesia deve ser espontânea,

porque ela é o canto do coração, como a ciência é o lampejo do cérebro. O coração é o motor do homem e do mundo. P or ele tudo marcha e se agita na convulsão ondulante e vertiginosa para a Felicidade. Têm-se visto homens com o coração do lado direito; e, mau grado esse caso teratológico, os médicos verificam que se porta do mesmo modo, como se estivesse do lado esquerdo: - é sempre o mesmo motor trêmulo, amando, cantando, sorrindo, chorando... (Marques da Cruz – Nova Biblioteca da Língua Portuguesa, Ed. Formar Ltda. – São Paulo SP).

(Republicado por haver saído incompleto)

“Uma literatura dá a medida de uma sociedade”*

Airton Joel Cardoso*

A estigmatização da doença relacio-nada ao vírus HIV, por si só, não presume incapacidade para o trabalho. A Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais (TNU) firmou a tese de que a estigmatização da doença cau-sada pelo HIV, por si só, não presume a incapacidade para o trabalho. No mesmo julgamento, o colegiado também reafirmou outro entendimento, já consolidado ante-riormente pela TNU, de que as condições pessoais e sociais devem ser analisadas para atestar ou não a incapacidade labo-ral nos casos dos portadores do vírus. A decisão aconteceu na última quarta-feira, 12/6, durante sessão da Turma.

O autor da ação solicitou ao INSS o direito de receber o benefício de amparo assistencial ao deficiente (LOAS). Porém, teve o seu pedido negado pela autarquia, sob a alegação de que o laudo pericial constatou que não há incapacidade para o trabalho. Diante da negativa, o requerente ajuizou demanda judicial, buscando o Jui-zado Especial Federal, que lhe indeferiu o pedido na primeira instância. Entrou com recurso contra a sentença, porém, a Turma Recursal do Juizado Especial Federal da Seção Judiciária de São Paulo também negou o pedido.

Inconformado, o autor recorreu à TNU alegando, que para concessão do benefí-cio, devem ser levadas em consideração as condições sociais, pessoais e econô-micas, em face da extrema dificuldade de reinserção dos soropositivos no ambiente

de trabalho. Para a relatora, ainda que a questão do preconceito sofrido pelo portador de HIV seja praticamente notória, a segregação pura e simples do portador da moléstia, afastando-o do mercado de trabalho, não contribui para solucionar o problema. “Ao contrário, o afastamento do portador da moléstia assintomática ou com leves sequelas do meio social agravaria o preconceito, uma vez que aumentaria o seu isolamento que em nada contribui para a redução desse preconceito”, disse.

Em seu voto, a magistrada ressaltou que os argumentos da dificuldade de reinserção no mercado de trabalho e da imprevisibilidade da manifestação de doenças oportunistas em virtude da baixa imunidade, poderiam dizer que todo e qualquer portador de HIV é incapaz para o trabalho, independentemente de sua condição clínica no momento da realiza-ção do laudo pericial.

O acórdão recorrido não efetuou análise das condições pessoais e sociais do autor, contrariando, assim, a juris-prudência fixada nesta TNU no sentido da necessidade dessa análise para a aferição da incapacidade quando a parte autora é possuidora do vírus do HIV . Por isso, o processo retorna agora para a Turma Recursal de SP onde o acórdão recorrido deverá ser adequado a partir das premissas de direito uniformizadas pela TNU.Proc. 00212758020094036301.Fonte CNJ.

*Advogado OAB/RS 43.486 Telefone: 3059.1111 / 8419.5050

Vírus HIVDireito Previdenciário

* Frase do poeta português Guerra Junqueiro.

Marco leite

INFORMATIVO ASMCNº. 413 - Ano III

Associação dos Servidores Municipais de Canoas Fundada em 12/06/62

e-mail: [email protected] site: www.asmc.com.brFone: (51) 3472-1866

PROTESTOS Na segunda-feira passada tínhamos programado, por orien-

tação da CDL, encerrar o expediente na ASMC às 16h e, ao iniciarmos o mesmo na segunda-feira, já tomamos conhecimento de que o trânsito nas ruas próximas à Prefeitura, estava sendo sinalizado e que a mesma iria encerrar suas atividades às 14h.

Como os funcionários da ASMC dependem de ônibus para se deslocarem até as suas residências, acompanhamos o expe-diente da Prefeitura e encerramos também às 14h. Foi um meio de garantir a integridade física dos funcionários e associados, e liberando-os, se desejassem, acompanhar o protesto, onde eu também concordo, desde que seja pacífico.

Na minha função como presidente de uma Associação, que funciona nos moldes de uma Cooperativa, com a diferença de que a ASMC não trabalha direto nas vendas, mas com autorizações e garantias para as mesmas, através das atuais 2438 empresas conveniadas e como lidamos com todos os tipos e ramo de atividades, somos sabedores de quanto aumenta diariamente o custo de vida, assim como, somos sabedores o quanto sofrem os empresários para manterem as suas empresas com os altos custos dos impostos, aluguéis e juros, enquanto que os grandes poderes acham ou tentam passar, através da mídia, que o povo está protestando somente devido à alta das passagens de ônibus e cada município negocia e diminui centavos, que no final não influi em nada. Creio eu, que se não houver a cobertura dos prejuízos das empresas prestadoras de transportes (ônibus), o serviço tam-bém será fornecido de acordo com os prejuízos, de má qualidade.

Posteriormente, quando passar essa onda, novos protestos surgirão, para qualificar os transportes.

CANOASPREV Ocorreu no sábado passado, dia 22, o almoço de confra-

ternização alusivo aos 10 anos do Canoasprev e a posse do novo Conselho Fiscal e Deliberativo. O evento foi realizado nas dependências do salão social da ASMC.

O presidente Cláudio Schneider recepcionou a vice-prefeita Beth Colombo, Vereadores, Secretários Municipais, Funcionários do Canoasprev, além de Inativos e Pensionistas, que compare-ceram ao almoço para prestar a sua homenagem e abraçar a Diretoria.

JANTAR DE MULHERES É grande a revolução das mulheres solicitando que a ASMC

realize em agosto, o Jantar só para as Mulheres. Vou tentar formar uma comissão e se der certo, no próximo

Informativo estarei divulgando, se ocorrerá ou não o evento. Como a ASMC promove os seus eventos, sem visar lucros,

o que importa é a presença do associado e seus dependentes. Como o Jantar para Mulheres é independente do calendário social, tentaremos organizar o mesmo, com qualidade e preços baixos, que cubram somente as despesas.

FOTOS Já recebemos as fotografias dos participantes do Jantar ASMC

51 Anos, ocorrido no dia 15 de junho passado e os interessados podem ir até o Escritório Central e escolher as suas fotos.

TROFÉU SÍMBOLO A ASMC foi uma das escolhidas para receber o Troféu Símbolo

2013. O evento ocorrerá no próximo dia primeiro de julho, no Palácio Farroupilha da Assembléia Legislativa Estado do Rio Grande do Sul, é uma promoção do Jornal Símbolo, do amigo Jandir Sidnei.

AUXÍLIO FUNERAL A Angelus Serviços Funerários, parceira da ASMC há muitos

anos, comunica aos nossos associados e seus clientes, que já se encontra instalada na rua Muck nº 50, no centro de Canoas, onde em breve funcionará a sua funerária.

A Angelus possui Plano Funeral Familiar com cremação, sem limite de idade e com uma pequena parcela mensal. Para maio-res informações ligue para (51) 3468-6688 ou [email protected].

CANOAS No ano e mês em que a ASMC comemorou 51 anos de

fundação, Canoas comemora 74 anos de Emancipação Política. Apenas 23 anos nos separa do inicio da formação do Município, que não pára de crescer, e nossa entidade tem a sua participação nesse desenvolvimento.

Parabéns Canoas Canoas, 28.06.13.

ASMC 51 ANOS COM VOCÊ!

Firmo Farias dos Santos Presidente

MUITOS GANHOS E POUCAS PERDAS...

. . . e m m i n h a v i d a desregrada e no mundo das drogas as co isas não fo ram to ta lmente inaproveitáveis. Durante esse período de fugas encontrei também grandes amigos, pessoas boas e que, como eu, se perderam em algum momento de suas vidas.

O uso das drogas e álcool começa como uma brincadeira, alguns usam por um tempo e abandonam, outros passam a vida inteira usando com moderação em festas, fins de semana e ocasionalmente. Mas, como eu, muitas pessoas desenvolveram a dependência e não conseguiram recuperação ou ajuda de alguma entidade, tipo a que me foi oferecida pela Comunidade Terapêutica Fazenda Renascer.

D u r a n t e o p e r í o d o d e m i n h a drogadição ativa e em minha recuperação perdi muitos amigos especiais e digo especiais mesmo. O primeiro deles morreu muito jovem aos 19 anos e era quase que um irmão mais novo, o ano foi 1989. Naquele tempo eu ainda não usava drogas e era um bebedor de fins de semana, mas estava sempre com esse menino e o protegia. Foi um garoto que ensinei a profissão de diagramador, mas ele, talentoso, logo já estava superando o mestre. Foi meu colega de serviço durante anos, mas foi tirado de minha vida de uma maneira chocante, foi a primeira grande perda de um amigo que tive. Volta e meia lembramos dele em nossas rodas de conversas, era um menino sem maldade e uma alma pura, mas que foi derrotado pela dependência.

Passaram-se os anos e fui perdendo vários de meus amigos e parceiros de consumo. Volta e meia, subo a lomba da Santos Ferreira para velar alguém que perdeu ou não teve tempo de acordar para uma vida espiritual e, assim, poder preencher o vazio que as drogas deixam na gente.

Esse é o efeito que as drogas e o álcool causam em um dependente, e sem ajuda o cara não tem coragem de lutar sozinho. Por experiência própria, eu sei que ainda vou computar muitas perdas pelo caminho de recuperação. O índice de pessoas que conseguem ficar em pé é de dois em cada 10, e isso se elas buscarem ajuda, quer seja de uma igreja, comunidades ou outra forma.

Existe saída, mas não é fácil, é preciso coragem para mudar os hábitos de uma vida sem rumo. É preciso novas atitudes, e corretas, para obter os resultados que podem levar a uma mudança de comportamento.

Com tudo isso concluo que quando procurei ajuda computei muitos ganhos e melhoras em minha vida, as perdas foram fortes, porém poucas perto do muito que Deus me concedeu.

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CANOAS, 28 DE JUNHO A 4 DE JULHO DE 2013 I GERAL I O TIMONEIRO I 17

Coluna do JuninhoLiga de Futsal ainda sem recursos

A Liga Canoense de Futsal segue aguardando as verbas pretendidas e expostas ao secretário de Esportes do município. Em reunião realizada em março com os clubes w entidades, Liga de Futsal e secretário de Es-portes, ficou praticamente acertada a verba de repasse para pagamentos de arbitragens. Mas até o presente momento nada foi destinado. No próximo dia 30/06, a Liga terá encerrado dez campeonatos e quatro torneios femininos, todos sem a ajuda financeira da Prefeitura. Os clubes participantes na sua maioria foram prejudi-cados e alguns não garantem participação nos próxi-mos campeonatos. A Liga informa que estão previstos mais trinta campeonatos e nove torneios femininos até o final de 2013. O presidente da Entidade, Jeferson Péss, aguarda uma posição favorável da Prefeitura em torno deste assunto. Mesmo sem o apoio dos nossos governantes, a Liga de Futsal realizou neste primeiro semestre campeonatos de ótimo nível. Esperamos que nosso Prefeito fique sensibilizado e ajude o Futsal de Canoas a ocupar um lugar de destaque.

Municipal MirimEstância Velha e Ponte Preta chegaram às finais

do Campeonato Municipal na categoria Mirim. As equipes vão se enfrentar em duas partidas, sendo a pri-meira no próximo sábado 29/06, às 10 horas no campo da Ponte Preta. A segunda e decisiva partida será no campo do Estância, dia 06/07, também às 10 horas. A equipe do Estância, que obteve melhor campanha ao longo da competição, jogará por dois empates para ser a grande campeã do certame.

Nesta edição, transcrevo abaixo o manifesto de repúdio, que está publicado na página do Facebook da Liga Canoense de Futsal:

“ Mais uma vez a Liga Canoense de Futsal vem a público repudiar a atitude das torcidas, neste domingo (23/06). O jogo entre EC Alt x Escolinha do Juninho teve que ser interrompido para que um torcedor fosse retirado do ginásio para que o jogo pudesse continuar. É inadmissível que uma pessoa adulta saia de sua casa e venha para um ginásio para torcer por seu filho, sobrinho, neto ou até mesmo só amigo em um jogo da categoria iniciação, para dizer palavrão e incen-tivar os atletas a baterem em seus adversários. Isso é uma vergonha e estas pessoas deveriam por a mão na consciência e refletir nas consequências de seus atos irão trazer a estas crianças, pois como adultos deveriam dar o exemplo de respeito e educação. Las-timamos muito que ainda existam pessoas que agem desta maneira, como verdadeiros baderneiros. Um aviso às equipes: não será mais tolerado este tipo de conduta e se as equipes não controlarem suas torci-das passarão a ser responsabilizadas por seus atos, tomaremos providencias a este respeito.”

Nós, da Futuro Craque, e tantas outras equipes e escolas de futsal deixaram de participar da Liga Cano-ense por este tipo de acontecimento. Tudo isso passa pela educação. Um ginásio ou campo de futebol não pode ser considerado por alguns como “terra sem lei”. As equipes e técnicos devem ser responsáveis por tais ocorrências e por colocarem em risco a integridade física de tantas crianças, adolescentes e expectadores. Punições exemplares são urgentes. A Liga Canoense teve melhorias consideráveis sob o comando do presi-dente, o sr. Jéferson Péss, e entendemos que este seja o caminho, mas ainda há muito a ser feito. Parabéns, presidente.

Edital de Intimação de Tereza Maria da Silva.1ª Vara Cível da Comarca de Canoas/RS. Prazo de Trinta (30) dias. Natureza: Execução de Tútulo Extra-judicial Processo: 008/1.10.0003580-3 (CNJ:.0035801-45.2010.8.21.0008). Exequente: Antônia Souza da Silveira. Executado: Tereza Maria da Silva. Objeto: IN-TIMAÇÃO de Tereza Maria da Silva, brasileira, inscrita no CPF sob o nº 289.474.010-72, atualmente em lugar incerto e não sabido, da penhora/constrição judicial le-vada a efeito nos autos da Ação de Execução de Título Extrajudicial em apreço, recainte sobre o bem imóvel de matrícula nº 59.765 do Registro de imóveis de Osório/RS para, querendo, no PRAZO de QUINZE (15) DIAS, apersentas Embargos/Impugnação à Penhora.Canoas, 04 de abril de 2013.SERVIDOR: Paulo Sérgio R. Boeira.JUIZ: Rodrigo de Souza Allem.

Edital de Citação – Cível3ª Vara Cível – Comarca de Canoas Prazo de: 20 dias.

Natureza: Cobrança Processo: 008/1.10.0006918-0 (CNJ:. 0069181-59.2010.8.21.0008). Autor: Condomínio Edifício Porto do Pireu. Réu: Adriana Coutinho Reis e outros.

Objeto: CITAÇÃO de Vanessa Coutinho Reis, atual-mente em lugar incerto e não sabido, para, no PRAZO de QUINZE (15) dias, a contar do término do presente edital (art. 232, IV, CPC), contestar, querendo, e, não o fazendo, serão tidos como verdadeiros os fatos articulados pelo autor na inicial.

Canoas, 28 de maio de 2013. SERVIDOR: Luciana Goulart Moura. JUIZ: Gioconda Fianco Pitt.

EDITALA ASSOCIAÇÃO BENEFICENTE DE CANOAS – HOSPITAL NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS, sociedade civil sem fins lucrativos, inscrita no CNPJ sob o nº 88.314.133/0001-83, com sede na Rua Santos Ferreira, nº 1864, Canoas, RS, informa

aos interessados e à população em geral que estará escolhendo a melhor dentre as propostas apresentadas para realização da Reforma da Unidade de Diagnóstico objeto do convênio 085/2009, conforme princípio da lei 8.666/93, publicidade, econo-micidade e moralidade, para a contratação de empresa para a execução do projeto de melhorias e qualificação da Unidade de Diagnóstico do Sistema Único de Saúde (SUS) do Hospital Nossa Senhora das Graças, com 390 m2 (trezentos e noventa metros quadrados) de área a ser reformada, o valor máximo disponibilizado para a obra é R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais), conforme Consulta Popular 2008 – 2009. Para participação do processo seletivo de prestação de serviço estarão a disposição dos interessados, na direção do Hospital Nossa Senhora das Graças, o CD com o projeto e memorial descritivo a partir de 01/07/2013. Execução do Projeto: Alvenaria a demolir e construir, instalações: de pisos granito, vinílico e cerâmico, forro de gesso e MDF, luminárias e iluminação de emergência, esquadrias internas e externas, instalação de réguas de gases, bate macas, dutos, grelhas, difusores, rede de gases medicinais, rede hidrosanitária, rede elétrica, lógica, sonorização e telefonia, PPCI, pintura de forro e paredes, execução de reforço estrutural e execução da blindagem de raio proteção. Ressalta-se ainda que a obra iniciará somente após a entrega das ARTs, relação dos colaboradores com sua função e documentação (APR, PCMSO, ASO, Curso NR10, uso EPIs e identidade), e realizar integração junto ao SESMT do Hospital. No dia 22 de julho de 2013, às 14h00min, no auditório do Hospital Nossa Senhora das Graças, sito a Rua Santos Ferreira, 1864, Canoas/RS, as empresas interessadas deverão apresentar, além dos documentos de habilitação, a proposta de preço, que engloba o fornecimento de materiais e mão-de-obra que deverá conter planilha com valores discriminados, sendo escolhida a proposta que apresentar menor preço. Os documentos necessários à habilitação são: documento de identidade do representante da empresa (que deverá ter poderes para tal), con-trato social, cartão CNPJ, comprovante de inscrição no cadastro de contribuintes estadual ou municipal, Certidão Negativa de Débitos Conjunta da Procuradoria da Fazenda Nacional, prova de regularidade para as Fazendas Estadual e Municipal do domicílio ou sede do licitante e regularidade relativa à Seguridade Social e ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), registro da empresa no CREA, comprovante de possuir em seu quadro permanente, na data prevista para entrega da proposta, profissional registrado no CREA. Na data acima serão analisados os documentos e abertas às propostas financeiras, sendo aberto o prazo de três dias para eventuais impugnações, sendo as mesmas julgadas no quarto dia. Ao final da apreciação dos resultados, será proclamado o vencedor.

Liga Canoense de futsalMOVIMENTO SOCIAL

O movimento começou em Porto Alegre com uma demanda objetiva: a luta pela redução das tarifas de ônibus e a proposta de um sistema público de transporte. Porém, em um processo de “fermentação política”, houve grande repercussão em todo o País. Iniciaram-se grandes movimentos em várias cidades de diversos Estados. E esses movimentos levaram milhares de pessoas às ruas, ampliando-se o anseio da população. Às reivindicações, que antes se res-tringiam ao transporte, somaram-se ao atendimento à saúde, educação, PEC37, segurança etc.

Entretanto, os movimentos tomaram proporções incontroláveis. Ocorre infiltração, dentro do movimen-to, de criminosos, baderneiros e agitadores. Estes se aproveitam do momento para cometer violências, assaltos, roubos, destruições de patrimônios públicos e privados, colocando assim em risco a ordem e a democracia do País.

JUSTIÇA DO TRABALHO Atendendo solicitação do TRT, modificaremos

a sala da OAB que mantemos no prédio da Justiça do Trabalho de Canoas. Por este motivo, não aten-deremos do dia de hoje (28/06/2013) até segunda-feira (01/07/2013) ao meio dia. Neste dia e horário reiniciaremos com a mesma atenção, Agradecemos a compreensão de todos por este impedimento involuntário.

REUNIÃO MENSALComo acontece em todas as primeiras

segundas-feiras do mês, às 19h, no auditório da sede, teremos a reunião geral com os advo-gados de Canoas e

Nova Santa Rita, inscritos nesta Subseção. Nessa reunião todos têm oportunidade de ex-por suas ideias e, até mesmo, inconformidades com os assuntos tratados. Venham, participem, e auxiliem a Subseção a crescer e continuar unida e forte.

TREINAMENTO SOBRE PJE-JT.Como era do conhecimento de todos a OAB,

Subseção Canoas, em parceria com o TRT4, realizou, neste mês de junho, Treinamento sobre o Processo Judicial Eletrônico “PJe-JT”, para cerca de 250 Advogados presentes ao evento. O treinamento foi ministrado pelo Desembargador do Trabalho

Cláudio Antônio Cassou Barbosa, que coordena a implantação do sistema no Estado. Participou ainda, o Juiz do Trabalho Marcelo Bergmann Hents-chke e o Advogado Miguel Torres, Vice-Presidente da Comissão Especial de Direito da Tecnologia da Informação da OAB/RS. O juiz Marcelo detalhou a funcionalidade do PJe-JT e da página do sistema no site do TRT4. Reiterou a necessidade de se instalar o Mozilla Firefox e o plugin Java, assim como, a de fazer a certificação digital.

REFLEXÃO

“ACUMULAR BOAS AÇÕES É O CAMINHO QUE CONDUZ PARA A

FELCIDADE E OSUCESSO”.

(Seicho Taniguchi)

Carlos Alberto MaackOAB/RS 40983

Vice-Presidente.

Palavra da Ordem

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18 I O TIMONEIRO I CULTURA I CANOAS, 28 DE JUNHO A 4 DE JULHO DE 2013Memória da Cidade

A história de Canoas, mês a mês

AGOSTO, 1935No dia 10 saiu às ruas do

então distrito de Gravataí o nosso primeiro jornal impres-so, “O Cruzeiro”. Em 5 de se-tembro do mesmo ano, o nosso segundo jornal, “O Canoense”. Nemézio Miranda de Meirelles foi o redator-chefe do primeiro e diretor geral do segundo. De “O Cruzeiro” José Franca Leal foi o gerente e Jocelino Martins, o diretor artístico. De “O Canoense” Rômulo Sierra Delgado foi o redator e Israel Iolovittch, o gerente. Essas pessoas tiveram seus nomes na primeira edição de cada veículo. Em seu número sete, “O Cruzeiro” substituiu José Franca Leal por José Newton Moral, que foi gerente até o último número, o nono, ti-nha Achilles Dal Forno como gerente em lugar de Israel Iolovittch. “O Cruzeiro” tinha também Sebastião Vieira da Silva como tesoureiro, Nelson de Sá Britto como diretor social e Edgar Augusto Friederich como diretor humorístico. Em seu número derradeiro, “O Cruzeiro” tinha um procurador, Napoleão Gomes, e apenas um diretor, Jocelino Martins,

artístico. “O Canoense” só informou seu endereço no seu quadro número, sem informar qual prédio ocupava na rua Guilherme Schell. Só no nú-mero seguinte, informou que ocupava o prédio 838 daquela rua, onde trabalhava sua equi-pe que era mais numerosa que a de “O Cruzeiro”: Meirelles era o diretor geral; Rômulo Bomfim, o social; Ruy Pinto Cadaval, o de publicidade; Anselmo Milanez de Oliveira, o esportivo. Romualdo Sierra Delgado era o redator, o geren-te era Marcos Iolovittch, o se-cretário era Argemiro Benites Coimbra, o humorista era José Newton Morel. Na edição de número três, Agenor Pereira da Rosa foi anunciado como correspondente. No número sete, nova alteração: Achiles Dal Forno era diretor social, Agenor Pereira da Rosa era responsável pela publicidade, Manoel Joaquim Ribeiro era diretor artístico e Anselmo Milanez de Oliveira era cor-respondente. No número nove, nova mudança: Ferry Uberty era o diretor social e Achiles Dal Forno, gerente. (continua). CT.

Agenda tradicionalista

Maçonaria

A Natureza é tida como modelo mais sábio, a partir de sua capacidade de determinar-se a si mesma, sem precisar de ajudas externas. Nós, igual-mente, devemos viver por conta própria, somando nossa força pessoal à força invencí-vel da coletividade. Esta é a primeira lição da Natureza, a de autonomia.

A Terra, planeta que habi-tamos, é medida pela forma de conhecimento chamada Geometria (medida da terra), que representa com figuras os acidentes geográficos. O delta é um destes acidentes e tem a forma de um triângulo, o sím-bolo mais usado no mundo. A

Geografia unida à Geometria, para enriquecimento de nossa pequena sabedoria. Delta é o nome da quarta letra do alfabeto grego. Como a Ma-çonaria tem muito a ver com os números, devemos lembrar que o quatro representa os elementos primordiais (fogo, ar, terra, água) formadores da matéria da qual, por exemplo, é construída nossa casa onde podemos ter segurança, har-monia. Nosso Templo também é uma casa, espaço sagrado, onde respira o espírito dos que já dormem no Oriente Eterno, e onde os vivos trabalham pela mesma nobre causa de rege-neração humana. (Sócrates).

Natureza, melhor modelo

ANO 1957O Oriental Futebol Clube, da vila Fernandes, jogava no campo do Grêmio

Esportivo Niterói. Em pé, da esquerda para a direita: técnico Amarante, Emir, Fernando, Ademar, Vaca Preta, Canhioti, Zé Herman e Adão. Agachados, na mesma ordem: João W., Quicas, Ernani, Mica e Telmo. (Foto do arquivo de Toninho Silva).

Olegar Lopes*

O nosso colega associado da Associação Cano-ense de Escritores, Décio Dalke, foi um patrono atuante e presente. Ele e sua cara-metade, a dona Ana Dalke, que esteve sempre ao seu lado, com seu apoio ao patrono, isso fez a diferença.

Décio não demonstrou preocupação com a orga-nização do evento, se ele era ou não convidado ou comunicado para participar de momentos, de maior ou menor importância, o certo é que em todos os momentos possíveis ele estava lá desempenhando o seu papel de Patrono da Feira.

O patrono, pelo visto suspendeu sua atividades profissionais, bem como compromissos particula-res, para se dedicar exclusivamente ao patronato. Foi de total dedicação, e o mais importante, bem ao seu estilo, sem soberba, com simplicidade e modéstia.

Os 48 anos do CTG Brazão do Rio GrandeA entidade tradicionalista do antigo bairro Chá-

cara Barreto viu seu 48º aniversário de fundação ser comemorado bem ao seu estilo e jeito, com um suculento mocotó, prato tradicional daquele galpão. O dia 16 de junho, véspera do aniversário, foi im-

portante, no sentido que veio fortalecer e fixar cada vez mais uma tradição, o mocotó de aniversário do Brazão. Na ocasião foram servidas cerca de 500 poções de mocotó, entre os que foram servidos nas mesas e os que levaram para casa.

Este evento anual proporciona, além do ali-mento, o reencontro de antigos associados e até fundadores, que por motivos particulares frequen-tam mais esporadicamente a entidade e, nesta data, marcam presença.

Dia 16 de junho, eu encontrei amigos que havia muitos anos não os encontrava, como Ildo Paiva e o sobrinho Emilton Paiva, Carlos Hoerle (Neco), um dos fundadores do Brazão. Na ocasião recor-damos tempos passados. Para maior autenticidade ao momento, fomos comer nosso mocotó, num local muito significativo, no museu do CTG junto ao fogo de chão, juntou-se a nós outro caudilho, o Roberto Müller.

Alguém pode dizer que não houve grandes co-memorações, mas pode haver melhor comemoração que esta que acabei de citar? Cada um comemora do seu jeito.

Tradicionalista [email protected].

Feira do Livro e o Patrono

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CANOAS, 28 DE JUNHO A 4 DE JULHO DE 2013 I SOCIAL I O TIMONEIRO I 19

Zandoná e Sabrina

Carlos e Ana

Rui e esposa

Leonardo, José, Firmo, Mirian e Farias

A diretoria da ASMC realizou jantar-baile para comemorar seus 51 anos de fundação. Na noite foram homenageadas autoridades e funcionários na presença de diversos convidados. Registro aqui meus parabéns a esta diretoria e em especial ao buffet Primo Piato Belo.

51 anos da ASMC

[email protected] (51) 9906-1060 / 9110-0931

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Canoas, 28 de junho a 4 de julho de 2013Segurado do INSS, requeira já

sua aposentadoria, não espere mais tempo, procure-nos, pois en-caminhamos revisão de pensão, aposentadoria, auxilio-doença e aposentadoria por invalidez.

O INSS indeferiu sua aposen-tadoria ou pensão, venha nos consultar.

I N S SOAB-RS 43.486

Airton Joel Cardoso

Rua Frei Orlando, 33/404 ao lado da Praça do Avião Centro Fone: (51) 3059.1111 – 8419.5050

Mostra Literária mobiliza estudantes em Niterói

Evento tem como objetivo a construção do conhecimento e o despertar da imaginaçãoDurante toda esta semana, ocorre a

Mostra Literária do Colégio La Salle Nite-rói. O evento pretende, através da participa-ção em diversas formas de manifestações artísticas e culturais, ajudar a comunidade estudantil a construir o conhecimento e despertar a imaginação.

A abertura do evento se deu na manhã de segunda-feira, 24, om um momento cívico realizado no pátio do colégio. No turno da tarde também foi realizada uma abertura oficial, durante um momento de reflexão no páti. O dia foi marcado pelas apresentações de trabalhos dos alunos.

Foi no segundo dia, terça-feira, 25, que começaram as visitas de autores no colé-gio. O primeiro escritor a participar dos encontros foi Hermes Bernardi Jr, que foi recebido pelos alunos. O tema da conversa foi o livro Planeta Caiqueria, escrito por Hermes e trabalhado em sala de aula com as turmas.

O autor falou sobre seu processo criati-vo e sobre suas motivações para se tornar um escritor. Curiosos, os alunos queriam saber as origens dos temas abordados por Bernardi em seus livros. O autor explicou que trabalha muito inspirado em lembran-ças de sua infância e do decorrer de sua vida, incentivando que os estudantes valo-

Vice-Cônsul do Canadá visita o Unilasalle Canoas

Na manhã da quarta-feira, 26, a Vice-Cônsul canadense RamneetS-ran visitou o Unilasalle Canoas para conhecer um pouco mais sobre o tra-balho da instituição em parceria com o Canadá. Ramnet foi recebida pelo Assessor para Assuntos Interinstitu-cionais e Internacionais, Prof. José Miranda, pela Diretora Adjunta de Extensão, Pós-graduação e Pesquisa Patrícia Kayser e pelas professoras do Mestrado em Memória Social e Bens Culturais, Zilá Bernd e Nádia Maria Weber Santos.

Por considerar o Rio Grande do Sul um dos seis estados brasileiros prioritários, o Canadá investe pesada-mente em ações de aproximação nas áreas política, comercial e educacio-nal no Estado, com uma programa-ção intensa de visitas a instituições e órgãos governamentais da região metropolitana nesta semana.

A Revista Interfaces, publicada conjuntamente pelo Unilasalle Canoas e a FURG, que traz artigos de profes-sores e pesquisadores canadenses e brasileiros baseados no estreitamento dos laços culturais e científicos entre os dois países, foi apresentada à Vice-Cônsul, que aproveitou a visita para convidar formalmente o Unilasalle para participar da Feira Imagine es-tudar no Canadá. A feira trará mais de 40 instituições canadenses para compartilharem informações com estudantes e instituições de ensino canadenses no dia 24 de setembro em Porto Alegre, aproximando brasileiros e canadenses e possibilitando cada vez mais parcerias.

rizem suas próprias histórias e vivências.Na quarta-feira, foi a autora Léia Cassol

que visitou a escola e interagiu com várias turmas. Já na quinta-feira, a Mostra contou com a participação do escritor Alexandre Brito. Na sexta-feira, será Carlos Urbin

quem estará presente no colégio. Além da presença dos autores, oficineiros exercitam diversos temas literários com os alunos. Hora do conto, sarau, apresentações artís-ticas e momentos de reflexões completam a programação.

Obras da Corsan causam transtornos aos canoenses

Na rua Saldanha da Gama, próximo à esquina com a rua Brasil um vazamento de água, surgido na terça-feira, 25, permanecia aberto até a tarde de quinta-feira, 27. Com o fluxo de veículos, a água foi espalhada pela pista e era possível se ter uma dimensão, pelo trecho encharcado, da quan-tidade desperdiçada com o descaso da Corsan.

O vazamento é recorrente e esta é pelo menos a terceira vez em que os canos se rompem no mesmo local em pouco mais de um ano. Nas duas ocasiões anteriores, quando o conserto dos canos finalmente foi feito, a empresa responsá-vel por reparar o asfalto demorou semanas para concluir a obra.

Já na esquina das avenidas Inconfidência e Getúlio Vargas, vários buracos reabrem em decorrência das chuvas e do fluxo de veículos. Os reparos naquele ponto do asfalto foram fei-tos às pressas um dia antes do início do Falp, evento que reuniu prefeitos do mundo inteiro em Canoas e que provocou uma verdadeira corrida da administração municipal para maquiar os problemas da cidade.

O jornal O Timoneiro faz um acompanha-mento periódico dos problemas ocasionados pelas obras da Corsan na cidade. Embora a Pre-feitura tenha prometido tomar providências e até mesmo municipalizar o serviço água e esgoto se fosse necessário, a situação piora cada vez mais e nenhuma medida efetiva é anunciada.Vazamentos, buracos abertos e obras mal finalizadas são problemas frequentes

Autora Léia Cassol prendeu a atenção dos estudantes