edição 224- mai/jun 2002

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www.acm.org.br Nº 224 • Maio/Junho 2002 Jornal da ACM Jornal da ACM Associação Catarinense de Medicina Filiada à Associação Médica Brasileira CORREIOS IMPRESSO ESPECIAL Nº. 68001020/20001 DR/SC ASSOCIAÇÃO CATARINENSE DE MEDICINA Nos dias 24 e 25 de maio, a classe médica esteve reunida na cidade de Lages para debater e definir as ações em defesa da medicina e da saúde a partir deste ano de 2002. As discussões sobre remuneração, mercado de trabalho, escolas médicas, SUS e planos de saúde fizeram do evento um momento ímpar de conscientização e fortalecimento dos médicos catarinenses. Páginas 04 e 05 Lages Reúne a Classe Médica no V FEMESC XV Congresso Catarinense de Medicina Páginas 13 a 16

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Lages reúne a classe médica no V FEMESC

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www.acm.org.br Nº 224 • Maio/Junho 2002

Jornal da ACMJornal da ACMA s s o c i a ç ã o C a t a r i n e n s e d e M e d i c i n a

Filiada à Associação Médica Brasileira

CORREIOS

IMPRESSO ESPECIALNº. 68001020/20001

DR/SCASSOCIAÇÃO CATARINENSE

DE MEDICINA

Nos dias 24 e 25 de maio, a classe médica esteve reunida na cidade de Lages para debater e definir as ações em defesa da

medicina e da saúde a partir deste ano de 2002. As discussões sobre remuneração, mercado de trabalho, escolas

médicas, SUS e planos de saúde fizeram do evento um momento ímpar de conscientização e fortalecimento dos

médicos catarinenses.

Páginas 04 e 05

Lages Reúne a ClasseMédica no V FEMESC

XV Congresso Catarinense de Medicina Páginas 13 a 16

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Jornal da ACM2

EXPEDIENTEInformativo da Associação

Catarinense de Medicina - ACMRodovia SC-401, Km 4,

Bairro Saco Grande - Florianópolis/SCFone/Fax: (48) 231-0300

DIRETORIAPresidente

Dr. Carlos Gilberto CrippaVice-Presidente

Dr. Viriato João Leal da CunhaSecretário Geral

Dr. Jorge Anastácio Kotzias FilhoDiretor de Patrimônio

Dr. João José Luz SchaeferDiretor de Publicações

Dr. André Sobierajsk dos SantosDiretor Científico

Dra. Regina Célia S. ValinDiretor de Esporte

Dr. Gilberto D. da VeigaDiretor de Defesa de ClasseDra. Nilzete L. Bresolin

Diretor Sócio-CulturalDra. Sandra M. W. Rinaldi

Diretor AdministrativoDr. Irineu M. Brodbeck

Diretor de PrevidênciaDr. Waldemar de Souza Júnior

Diretor FinanceiroDr. Dorival Vitorello

Diretor de RegionaisDr.Tarcísio Crocomo

VICE-DISTRITAISSul � Dr. Júlio Márcio Rocha

Planalto � Dr. Fernando Luiz PagliosaNorte � Dr. Marcos F. F. Subtil

Vale do Itajaí � Dr. Péricles HenriqueZarske de Mello

Centro-Oeste � Dr. Élcio Luiz BonamigoExtremo-Oeste � Dr. Airton José Macarini

DELEGADOS JUNTO À AMBDr. Remaclo Fischer Júnior

Dr. Jorge Abi Saab NetoDr. Almir GentilDr. Théo Bub

Dr. Luiz Carlos EspíndolaDr. Roberto Benvenutti

Dr. Milton Ernesto ScopellDr. Altair Carlos PereiraDr. Manoel Bardini Alves

Dr. Oscar Antônio Defonso

EdiçãoTexto Final - Assessoria de Comunicação

JornalistasLena Obst Reg. 6048 MT/RS

Denise Christians Reg. 5698 MT/RS

FotografiaRenato Gama

Diagramaçãoe

ImpressãoGráfica e Editora Agnus Ltda.

Tiragem7.000 exemplares

EDITORIAL

RESPONSABILIDADE POLÍTICA

Os médicos brasileiros têm neste ano de2002 uma nova responsabilidade: o engaja-mento político, na defesa dos candidatos re-almente comprometidos com as causas damedicina e com a saúde da população. Não éuma luta partidária ou de apoio a esta ou aque-la sigla, mas é uma ação de fortalecimento daclasse, de integração junto às entidades querepresentam a medicina nos cenários nacio-nal e estadual.

Tudo o que apren-demos nos últimosanos, nos movimen-tos inéditos de união,nas inúmeras mudan-ças que protagoniza-mos frente à nova re-alidade vivida em nos-sa atividade profissio-nal, na consciência deluta, na necessidadede nos organizarmos efortalecermos nossavoz, chega ao seu ápi-ce neste ano em quevamos eleger nossosnovos representantesna Presidência da Re-pública, no Senado,nas Câmaras Federaise Estaduais.

Ou nós conquistamos as nossas metas ouvamos ter que reformular nossas ações, re-pensar o caminho trilhado e ampliar nossasparcerias.

Entre as armas que dispomos, as urnassão as que têm maior capacidade de atingir-mos o alvo: uma política de saúde séria e jus-ta para os médicos e para a sociedade.

Esse novo pensar fica evidente a cada de-bate médico realizado em nosso país, a cadareunião de classe, evento científico e políticoda medicina, a cada conversa que temos com

nossos colegas nos corredores dos hospitais,nos centros de estudos e nos encontros deconfraternização.

Ficou evidente também nos dois eventosde maior destaque estadual realizados no pri-meiro semestre de 2002: o XV CongressoCatarinense de Medicina, promovido pelaACM, e o V FEMESC (Fórum das Entida-des Médicas de Santa Catarina), realizado pelaACM, CREMESC e SIMESC, sobre os quais

tratamos em matériasespeciais nesta ediçãode nosso Jornal.

É nítida a conscien-tização da classe sobreo momento históricoque vivemos. É trans-parente a vontade demudar o quadro vivido,vencer os desafios quese avolumam em nossaatividade. É incontes-te a indignação diantede tantos descalabros,imposições de todos oslados, cerceamento doexercício da medicina,interferências em nos-sas condições de traba-lho e em nossa remu-neração.

Que o amadurecimento coletivo leve-nos agora a uma ação mais efetiva atrás denossas metas, que sem dúvida alguma pre-cisam contar com o apoio político, com re-presentatividade nos poderes Legislativoe Executivo, únicos realmente capazes dedecidir os destinos da saúde em nosso Paíse Estado.

Carlos Gilberto CrippaPresidente

�ENTRE AS ARMAS QUE

DISPOMOS,

AS URNAS SÃO AS QUE

TÊM MAIOR

CAPACIDADE DE

ATINGIRMOS O ALVO:

UMA POLÍTICA DE SAÚDE

SÉRIA E JUSTA

PARA OS MÉDICOS E PARA

A SOCIEDADE�

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AMB COMEMORA VITÓRIAS JUNTOÀ AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE

AMB COMEMORA VITÓRIAS JUNTOÀ AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE

A ANS (Agência Nacional de Saúde Su-plementar) anunciou, no último dia 24 demaio, o índice máximo de reajuste dos pla-nos de saúde para o período 2002/2003:9,39%. A aplicação deste índice só será au-torizada para as operadoras que concederem20% de reajuste no valor das consultas, comoforma de recompor os honorários médicos,que há sete anos estão congelados e vêmaté sofrendo reduções por algumas empre-sas de planos em atividade no país. A vincu-lação do reajuste do valor dos planos com oaumento dos honorários pagos aos médicosatende a um dos pedidos feitos pela AMB(Associação Médica Brasileira) à ANS, atra-

vés de negociações entre os dirigentes deambas as instituições.

As operadoras que eventualmente nãocorrigirem os honorários estarão obrigadas aefetuar um desconto no valor percentual de1,7% nas mensalidades para seus associa-dos. Se repassarem indevidamente estepercentual aos usuários, sem reajustar os va-lores da consulta, serão penalizadas commultas.

A AMB também comemora a criação deduas novas Câmaras Técnicas pela ANS, queampliam a participação da entidade associati-

va médica na tomada de decisões que regemo setor de saúde suplementar no Brasil:n Câmara de Contratualização, que será

responsável pela regulamentação da rela-ção entre médicos e operadoras, abran-gendo desde os contratos com usuários,autonomia médica até a discussão de ho-norários.

n Câmara de Assuntos Médicos, cujo obje-tivo principal é a discussão de assuntoscomo rol de procedimentos, hierarquiza-ção, doenças preexistentes, alta comple-xidade, entre outros.As duas Câmaras terão prazo de 60 dias

para normatizar as questões específicas, queposteriormente deverão ser regulamentadas.

MOBILIZAÇÃO CONTRA OS PIORES PLANOS DE SAÚDEAs entidades médicas promoveram, no dia

8 de maio, o Dia Nacional de Mobilização con-tra os piores planos de saúde. O evento, reali-zado a nível nacional, foi organizado pela Asso-ciação Médica Brasileira (AMB), Federadas As-sociativas Estaduais, Conselhos Federais eRegionais de Medicina, Confederação MédicaBrasileira (CMB), Sindicatos dos Médicos eFederação Nacional dos Médicos (Fenam).Durante este dia, médicos de todo o Brasildedicaram alguns minutos de suas consultaspara conscientizar e alertar a população sobreas condições de trabalho impostas pelas ope-radoras de planos de saúde. Entre as princi-pais reclamações estão remuneração, restrição,burocracia e descredenciamento.

Na segunda fase do movimento, as entida-des apresentarão uma pesquisa realizada peloDataFolha, que apontará os piores planos desaúde em cada estado. Cerca de 2.500 médi-cos de todo país já estão respondendo um

questionário contendo perguntas relacionadasao atendimento, tempo de internação, restri-ção para doença preexistente, inexistência depré-operatório, honorários médicos, entre ou-tras.

�É inaceitável o momento em que passa osetor privado de saúde, que opera apenas como objetivo de lucro. É preciso haver limiteséticos, pois não abriremos mão de um bomatendimento à população�, declarou o Presi-dente da AMB, Dr. Eleuses Vieira de Paiva,sobre o movimento inédito no país. �O movi-mento mostra a força e a determinação dosmédicos na luta por condições mais dignas detrabalho. Este é apenas o começo. Com resul-tados concretos estaremos realizando um abai-xo-assinado, um ato público em todas as capi-tais do país e uma mobilização no CongressoNacional�.

�Os planos de saúde que não pagam os pro-fissionais médicos ou pagam mal, que descre-

denciam quem pede exames absolutamentenecessários ou cerceiam o trabalho dos médi-cos são um perigo para a saúde dos cidadãos.Precisamos reverter este quadro. Acredito queestamos no caminho certo�, finalizou o Presi-dente do Conselho Federal de Medicina, Dr.Edson de Oliveira Andrade.

Protesto contra:n Redução dos honorários pagos aos mé-dicos.n Interferência na autonomia da atividademédica.n Realização de glosas inexplicáveis de no-tas de serviços realizados.n Imposição de maiores restrições para osclientes.n Ampliação de burocracia na prestaçãodos serviços, tanto para os médicos comopara os clientes.

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REALIZADO O V FÓRUM DAS ENTIDADESMÉDICAS CATARINENSES

Dirigentes da ACM (Associação Catarinen-se de Medicina), CREMESC (Conselho Re-gional de Medicina) e SIMESC (Sindicato dosMédicos) reuniram-se nos dias 24 e 25 de maiono V FEMESC � FÓRUM DAS ENTIDA-DES MÉDICAS CATARINENSES. O even-to teve como sede a cidade de Lages, na Asso-ciação Médica da Serra, contando com a parti-cipação de profissionais e lideranças médicasde todo o estado. Os debates e palestras daprogramação fizeram um verdadeiro �raio-X�da atividade em Santa Catarina, enfocandodesde a qualidade do ensino médico nas cincofaculdades de medicina no estado, as condi-ções de trabalho dos profissionais, até a remu-neração em todas as suas áreas: salários da redepública, honorários pagos pela rede privada,pró-labore, plantão e sobreaviso.

Um dos destaques da programação foi apalestra de abertura do evento, ministrada peloPresidente da Associação Médica Brasileira(AMB), Dr. Eleuses Vieira de Paiva, que falousobre o cenário da atividade médica em todo opaís: �O Brasil contabiliza um gasto de R$160,00 pessoa/ano, enquanto a França investemais de 2 mil dólares pessoa/ano e a Austráliagasta mil dólares pessoa/ano. Esta é apenasuma das faces da saúde brasileira, diante daqual os médicos, no mínimo, precisam ter acapacidade de se indignar, buscando umamedicina mais justa para a população e para osprofissionais que atuam no setor�.

Santa Catarina tem hoje aproximadamente7.100 médicos em atividade (260 mil em todoo país), que recebem cerca de R$ 2,50 por con-sulta prestada ao Sistema Único de Saúde edesde 1995 não têm qualquer reajuste real naremuneração paga pela rede privada.

A partir de agora a Diretoria da Associação Catarinense de Medicina passa aassumir a coordenação do COSEMESC (Conselho Superior das EntidadesMédicas do Estado de Santa Catarina), que integra a ACM, o CREMESC e oSIMESC. A coordenação é alternada entre as três entidades, com gestãoanual, encerrada a cada edição do FEMESC. Durante o Fórum realizado emLages, o Presidente do Sindicato dos Médicos, Dr. Cyro da Veiga Soncini,passou a função para o Presidente da Associação Catarinense de Medicina,Dr. Carlos Gilberto Crippa, que seguirá a política de união entre asrepresentantes da classe e será responsável pela realização do VI FEMESC,em 2003, na cidade de Laguna.

MESA-REDONDA SOBREREMUNERAÇÃO DO ATOMÉDICO: DRS. REMACLOFISCHER JUNIOR (PRÓ-LABORE), NEWTON JOSÉMARTINS MOTA (PLANTÃOE SOBREAVISO), CYRO DAVEIGA SONCINI (SALÁRIOMÉDICO), VIRIATO LEAL DACUNHA (COORDENADOR DODEBATE), E DAVIMALINVERNI (SECRETÁRIO)

MESA REDONDA SOBREPERSPECTIVAS DO

TRABALHO MÉDICO: DRS.CARLOS GILBERTO CRIPPA

(ESCOLAS MÉDICAS),DALMO CLARO DE

OLIVEIRA (COOPERATIVASE ANS), JOÃO PEDRO

CARREIRÃO (NOAS-2002),WILMAR GERENT

(COORDENADOR DODEBATE), E LAÉRCIO

DELLAZEN (SECRETÁRIO)

FORÇA DAS ENTIDADESASSOCIATIVAS NO VFEMESC: DRS. DAVIMALINVERNI (PRESIDENTEDA ASSOCIAÇÃO MÉDICA DASERRA), ELEUSES VIEIRA DEPAIVA (PRESIDENTE DAASSOCIAÇÃO MÉDICABRASILEIRA) E CARLOSGILBERTO CRIPPA(PRESIDENTE DAASSOCIAÇÃO CATARINENSEDE MEDICINA)

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ACM ASSUMECOORDENAÇÃO DOCOSEMESC

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SANTA CATARIN

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As decisões do V FEMESC serão publicadas posteriormente pelas trêsentidades à frente do COSEMESC, através da Carta de Lages, que entre asimportantes definições apóiam a ação política em busca de candidatos ao pleitoeleitoral verdadeiramente comprometidos com a saúde e a medicina.

Acompanhe, a seguir, uma síntese das ações deliberadas na defesa dos mé-dicos e da saúde catarinense:

n Buscar mecanismos capazes de garantir que todo e qualquer ato médicoexecutado seja devidamente remunerado, destacando-se o plantão e o sobrea-viso nos hospitais.n Criar mecanismos para que o Pró-Labore seja uma remuneração legal emtodos os âmbitos, garantindo o seu pagamento integral, pontual e documenta-do. Nesse sentido, o FEMESC apóia totalmente a Comissão do COSEMESCque irá atuar junto à Secretaria de Estado da Saúde para a devida regularizaçãodesta sistemática de remuneração da produtividade médica junto aos hospitais.n Defender a fixação de Piso Nacional de Salário Médico e apoiar a elaboraçãode estudos para a fixação de Piso Estadual de Salário Médico, para remuneraçãodos profissionais que atuam no sistema público de assistência à saúde.n Orientar aos médicos catarinenses que o Sindicato dos Médicos (SIMESC) é o principal vetor de defesa da classe nas discussões de dissídioscoletivos e negociações para os profissionais que trabalham junto à rede privada de assistência à saúde.n Incentivar a agilização no processo de implantação da NOAS-2002 (Norma Operacional de Assistência à Saúde), desde que sejam asseguradasas conquistas da classe médica e de que não haja riscos na remuneração dos profissionais do setor.n Apoiar as entidades médicas nacionais na atuação junto à ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), para que seja garantida a justaremuneração dos médicos que atuam nos planos de saúde (Cooperativas Médicas, empresas de medicina de grupo, seguradoras e auto-gestão),assim como a regulação da relação das operadoras de planos com os médicos e a defesa dos usuários do sistema de saúde suplementar no país.n Atuar nas seguintes frentes de ação em prol da qualidade do ensino médico no país:a) Apoiar a campanha nacional desencadeada pelas entidades médicas (AMB,CFM, CMB e FENAM) para coibir a abertura de novos cursos de

medicina sem condições adequadas e em desacordo com as necessidades sociais.b) Manter a avaliação periódica dos cursos já em atividade em Santa Catarina, através da Comissão Mista de Ensino Médico, criada pelas

entidades médicas, e do Conselho Estadual de Educação.c) Elaborar uma forma de avaliação mais abrangente e justa do estudante de medicina.d) Lutar para a criação de instrumento legal junto à Assembléia Legislativa, para que sejam normatizados e regularizados, por Lei, critérios

adequados para a abertura de novos cursos de medicina.e) Empenhar-se para que sejam criados instrumentos que compatibilizem o número de vagas nas escolas médicas com as de residência médica

no estado.

DECISÕES GERADAS PELO ENCONTRO EM LAGES

MÉDICOS DE TODO ESTADO PARTICIPARAM DOS DEBATES,E PAUTARAM AS AÇÕES DAS ENTIDADES QUE

REPRESENTAM A CLASSE

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CLUBE MÉDICO

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No último dia 07 de maio, osdirigentes integrantes do COSE-MESC (Conselho Superior dasEntidades Médicas) estiveramreunidos na sede da ACM, emFlorianópolis, no segundo encon-tro deste ano com o Secretário deEstado da Saúde, Dr. João JoséCândido da Silva, que recebeuassessoria do Diretor de Assun-tos Hospitalares da SES, Dr. Di-mas Espíndola, na abordagem dealgumas das importantes ques-tões que envolvem a atual práti-ca da medicina na rede públicaestadual.

Escolas MédicasEntre os temas tratados, des-

tacou-se a manutenção da campa-nha pela qualidade do ensinomédico no estado, obtendo doSecretário o comprometimento deauxiliar no novo encaminhamen-to, junto ao Executivo, da Lei dasEscolas, que foi derrubada atra-vés de Ação de Inconstitucionali-dade, no final do ano passado.Também sobre o mesmo assuntoficou definido que será criada umacomissão com as Assessorias Jurí-dicas da ACM, do CREMESC edo SIMESC, que vão elaborar oencaminhamento de uma propos-ta junto ao Congresso Nacionalque garanta duas ações funda-mentais na luta das entidades,ambas em caráter nacional: a) a vis-toria periódica dos cursos em fun-cionamento; b) a obrigatoriedadede cumprimento de critérios mí-nimos para criação de novos cur-sos de medicina.

Pró-LaboreMais uma vez foi ratificada a

necessária formação da Comissãodo Pró-Labore, com a participaçãode representantes das entidadesmédicas e técnicos da Secretariade Estado de Saúde, com vistas a

COSEMESC BUSCA MELHORIAS JUNTOÀ SECRETARIA DA SAÚDE

regularizar a situação deste siste-ma de pagamento de produtivi-dade médica, praticado junto aosprofissionais que atendem na redepública estadual. A Comissão estásob a coordenação do Dr. Rema-clo Fischer Junior, Vice-Presiden-te da AMB Região Sul e Conse-lheiro do CFM pela AMB. Segun-do ele, 965 médicos recebem atu-almente o pagamento de Pró-La-bore, em todos os 16 hospitais es-taduais.

Sobre este assunto, os dirigen-tes das entidades posicionaram-se contra a ação da SES, que noúltimo repasse do Pró-Laborejunto aos médicos reduziu emcerca de 20% os valores do paga-mento, gerando uma série dequeixas junto às representantesda classe no estado, que sequerforam comunicadas sobre a alte-ração. A explicação dada ao fatopelo Secretário justificou a redu-ção dos valores com a também di-minuição do Teto Financeiro paraInternações que o Sistema Úni-co de Saúde (SUS) repassou aoEstado, que antes era de 8,5 epassou para 7,6%.

Mostrando-se insatisfeitoscom a explicação, os médicos so-licitaram que a SES elaborasseum documento oficial justifican-do tecnicamente a decisão dosgestores da saúde em Santa Ca-tarina, inclusive com a previsãode como serão os pagamentos nospróximos meses.

Plano de Cargos eSalários

O encontro com o Secretáriotambém deixou clara a reivindi-cação urgente da classe para a ela-boração de um Plano de Cargos eSalários da saúde, conforme jáprevê a Lei, até hoje ignoradapelo Governo de Santa Catarina.

Mais uma vez o Secretário mos-trou-se receptivo ao pleito dos di-rigentes da classe e garantiu es-tar aberto a negociações que via-bilizem o PCC na SES.

OrçamentoPor fim, o Secretário de Esta-

do da Saúde apresentou o �Or-çamento da Saúde em Santa Ca-tarina�. Durante suaexplanação, Dr. JoãoJosé Cândido da Silvadeu destaque às açõesde estadualização efe-tiva da saúde em San-ta Catarina, o investi-mento em instalaçãode serviços descentra-lizados de alta comple-xidade e o desenvol-vimento do PPI (Pro-grama de PactuaçãoIntegrada), que a partir dos pró-ximos meses vai poder fazer umverdadeiro raio-x da saúde no es-tado, representando uma realprestação de contas dos municí-pios, que terão de mostrar ondee quanto gastaram dos recursosque receberam para a saúde emsuas cidades.

Entre os dados de maior re-levância apresentados pelo Se-cretário destaca-se que atual-mente a SES destina 61% deseus recursos para gastos com

PRESIDENTES DA ACM, DR.CARLOS GILBERTO CRIPPA, DOCREMESC, DR. NEWTON JOSÉMARTINS MOTA, E DO SIMESC,DR. CYRO DA VEIGA SONCINI,REUNIRAM-SE COM OSECRETÁRIO DE ESTADO DASAÚDE, DR. JOÃO JOSÉ CÂNDIDODA SILVA, NA SEDE DA ACM,PARA DISCUTIR SOBRE DIVERSASQUESTÕES DE INTERESSE DACLASSE E DA ASSISTÊNCIA ÀSAÚDE DOS CATARINENSES

pessoal, 26% para o custeio dosetor e mais 13% em investimen-to de novos serviços. Por pes-soa/ano, Santa Catarina recebedo Sistema Único de Saúde ovalor de R$ 70,27, enquanto oRio Grande do Sul recebe cercade R$ 91,00 por pessoa/ano e oParaná recebe R$ 89,00 por pes-soa/ano, demonstrando a neces-sidade de mobilização junto aosgestores federais para um maiorreconhecimento pelo estado porparte da União.

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Em 2002, o COSEMESC (Conselho Superior das Entidades Médicas deSanta Catarina) e o CEE (Conselho Estadual de Educação) retomam o trabalhode avaliação e vistoria dos cursos de medicina oferecidos pelas Instituições doEnsino Superior já em funcionamento no estado. A realização deste trabalho éconsiderada fundamental pelos dirigentes da ACM, CREMESC e SIMESCpara a garantia da qualidade da assistência à saúde da população catarinense e naformação adequada dos novos profissionais do setor.

A ação de fiscalização das escolas de medicina nasceu, em Santa Catarina,junto com a Comissão Mista de Avaliação do Ensino Médico, em 1998, peloCEE, atendendo pedido das entidades médicas. Em 2000, com a participação doCOSEMESC, quatro faculdades foram avaliadas em todo estado: Furb, Univali,Univille e Unisul. Na ocasião foram detectadas diversas carências nas instituiçõesde ensino, que receberam do Conselho Estadual de Educação a determinaçãode corrigir as falhas relativas à grade curricular, qualificação de docentes, equipa-mentos, bibliotecas e assistência hospitalar, entre outras, a maioria já resolvidapelas respectivas universidades.

Neste ano, os mesmos cursos passam por nova avaliação, que deverá iniciar jános próximos meses.

FÓRUNS SOBRE ENSINO MÉDICOREAFIRMAM AÇÃO PELA QUALIDADE DOS CURSOS

A AMB (Associação Médica Brasileira) játem a data marcada para o Fórum Nacional deEnsino Médico: 14 de junho, em São Paulo.O evento nacional vai encerrar os debates re-gionais e estaduais realizados nos últimosmeses e que levarão à plenária final as suasconclusões e preocupações sobre o tema. EmSanta Catarina, o Fórum Estadual de EnsinoMédico aconteceu no último dia 04 de maio,na cidade de Joinville, onde foi conquistadoo manifesto reconhecimento e a valorizaçãopor parte das Universidades catarinenses daimportância da campanha em prol da quali-dade do ensino médico, desencadeada des-de 1998 pelas entidades que compõem o CO-SEMESC (ACM, CREMESC e SIMESC).

O Fórum teve como tema a �Formação doMédico em Santa Catarina�, reunindo diri-

gentes das entidades médicas e gestores doscursos de medicina da UFSC, FURB, Univa-li, Univille e Unesc. O próximo encontro en-tre as entidades e as universidades será nomês de julho/2002, em Itajaí, que contarátambém com a participação de estudantes doscursos em funcionamento no estado.

Já o Fórum da Região Sul sobre EnsinoMédico (PR,SC e RS) aconteceu no dia 17de abril, em Curitiba, contando com a pre-sença do Presidente da ACM, Dr. CarlosGilberto Crippa. Durante o evento foi tira-da a decisão de que a ação deve agora serconcentrada na aprovação de um dispositi-vo legal junto à LDB (Lei de Diretrizes eBases) que obrigue as novas escolas médi-cas a cumprirem requisitos de demandasocial, corpo docente qualificado, hospital

LIDERANÇAS DE SANTA CATARINA, PARANÁ E RIO GRANDEDO SUL REUNIRAM-SE NO FÓRUM DA REGIÃO SUL SOBREENSINO MÉDICO, COM A PRESENÇA DO PRESIDENTE DA

AMB, DR. ELEUSES DE PAIVA

AÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE

CONTRA A LEI DAS ESCOLAS MÉDICASA classe médica catarinense está mobilizada para re-

verter os prejuízos advindos da Ação de Inconstitucio-nalidade (ADIN) que derrubou a Lei regulamentadapelo Conselho Estadual de Educação e homologada peloGovernador Esperidião Amin através de Decreto 1.575,de 23 de agosto de 2000. O resultado da Ação foi divul-gado em dezembro de 2001, mas somente agora as enti-dades tiveram conhecimento, passando então a tomar asmedidas cabíveis para sensibilizar o Executivo catari-nense, segundo a ADIN o único poder capaz de assumira responsabilidade em �estabelecer requisitos para a cria-ção, a autorização de funcionamento, o acompanhamento, aavaliação e o reconhecimento dos cursos de graduação na áreada saúde, das instituições de educação superior integrantes doSistema Estadual de Educação�, da mesma forma que jáprevia a Lei derrubada.

NOVA AVALIAÇÃO EM 2002

universitário e oferta de residências médi-cas proporcional ao número de novos pro-fissionais formados.

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Jornal da ACM10

Membros da Diretoria da Associação Ca-tarinense de Medicina acompanharam o Pre-sidente Carlos Gilberto Crippa, dias 19 e 20de abril, em reuniões com médicos das cida-des de Caçador, Curitibanos e região, paradiscutir sobre as condições de trabalho dosprofissionais da saúde e conhecer de perto arealidade local, suas dificuldades e necessi-dades. A iniciativa foi muito bem acolhidapela classe, que viu nesta atitude da Direto-ria uma forma de descentralizar a administra-ção e de aproximação junto aos médicos dointerior do estado.

CaçadorPara o Presidente da Regional Médica de

Caçador, Dr. Airton José de Aguiar, a reuniãofoi de extrema importância porque Caçadorfica muito distante da sede da ACM, em Flo-rianópolis, o que muitas vezes faz com que�os médicos sintam-se abandonados, desmo-tivados, por isso a visita serviu para unir aclasse local, que se sentiu prestigiada e valo-rizada pelos dirigentes da Associação�. Dr.Airton Aguiar acredita que o encontro reu-

DIRETORIA DA ACM REÚNE-SE COM MÉDICOS DE CAÇADOR E CURITIBANOSniu cerca de 30 pessoas, que conhecerammelhor as ações que a ACM está realizando eos trabalhos planejados pela entidade.

Para ampliar ainda mais os importantes re-sultados do encontro, a Assessoria Jurídicada ACM esclareceu uma série de dúvidas dosmédicos da região, sobre a legislação na áreada saúde e os aspectos específicos da res-ponsabilidade civil do médico.

Também presente à reunião, o Dr. Ede-gard Sérgio Allage, destacou o amplo aprovei-tamento dos debates. �A Diretoria atual daACM reconhece a importância do Oeste Cata-

rinense, gerando resultados também na suaproposta de descentralização das atividades�.

CuritibanosEm Curitibanos cerca de 60% dos médi-

cos da Regional prestigiaram a visita da Dire-toria da ACM. O Presidente da AssociaçãoMédica de Curitibanos, Dr. Albari de Mora-es, avaliou como fundamentais as discussõessobre a importância da ACM na defesa daqualidade das faculdades de medicina, as im-plicações jurídicas do médico na sociedade, aatuação da entidade na busca de uma políticade saúde eficaz e o relato sobre o que a Asso-ciação Catarinense de Medicina oferece paraos associados em todo o estado. �Na minhaavaliação o encontro foi muito bom e clareouos horizontes. Com a visita da Diretoria daACM na região, o Dr. Carlos Gilberto Crippamostrou que vem cumprindo com o projetode interiorizar a sua gestão. A reunião foi tãoprofícua que depois dela um grande númerode médicos locais voltaram a associar-se eoutros estão associando-se à entidade pelaprimeira vez�.

PRESIDENTE DA ACM, DR. CARLOS GILBERTO CRIPPA,ESTEVE REUNIDO COM OS MÉDICOS DA REGIÃO DECAÇADOR NO ÚLTIMO DIA 19 DE ABRIL

No dia 9 de abril, a Unimed de SantaCatarina lançou em Florianópolis, em co-memoração ao Dia Mundial da Saúde (7 deabril), o Prêmio de Jornalismo Prevençãoem Saúde Unimed SC. O almoço de lança-mento, no Restaurante Bragança - HotelBlue Tree Towers -, reuniu representantesde entidades jornalísticas, das faculdadesde Jornalismo, profissionais de imprensa edirigentes da Unimed.

O Prêmio de Jornalismo foi criado coma finalidade de reconhecer o trabalho dosprofissionais de imprensa que publicammatérias sobre a saúde preventiva. De acor-do com o presidente da Federação das Uni-meds de Santa Catarina, Dalmo Claro deOliveira, a iniciativa vem ao encontro da fi-losofia da cooperativa de zelar pela saúde equalidade de vida dos clientes e da comu-nidade. �Com esta iniciativa, a Unimed acre-dita estar contribuindo para a formação einformação da sociedade�, destaca.

Dividido em quatro categorias, Jornal/Revista, Rádio, Televisão e Acadêmica, oPrêmio de Jornalismo Prevenção em Saú-de Unimed SC vai distribuir R$ 10,5 mil em

prêmios. O 1º colocado de cada uma dascategorias profissionais vai receber R$ 3mil, e o 1º lugar da categoria acadêmicaserá premiado com R$ 1,5 mil. Podem con-correr reportagens veiculadas de 1º de ja-neiro a 15 de agosto de 2002, em veículossediados em Santa Catarina.

Unimed lança prêmio visandoestimular a prevenção em saúde

As informações sobre o Prêmio de Jor-nalismo Unimed SC estão disponíveis nas23 cooperativas do estado para facilitar ocontato dos jornalistas com a Unimed maispróxima de sua cidade. O regulamento e aficha de inscrição também estão disponí-veis no portal www.clicunimed.com.br.

Os presidentesdasFederações doPR, SC e RS,respectivamentea partir daesquerda,Dr. Luiz CarlosMisurelliPalmquist,Dr. DalmoClaro deOliveira eDr. Nilson May,e ocoordenadordeComunicacãoda Unimed doBrasil, VirgínioSanches

INFORME PUBLICITÁRIO

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Jornal da ACM 11

NOVOS PROGRAMAS AO VIVO

Ortopedia e Traumatologia�Lesões Esportivas� � 5ª-Feira, às 19 horasAulas gravadas sob a orientação da Comissãode Educação Continuada da SBOT (Socieda-de Brasileira de Ortopedia e Traumatologia).

Clínica Médica� Espaço Real Médico� � 4ª-Feira, às 19 horasProgramação que já tem incluída a discussão deassuntos como diabetes gestacional, hiperten-são arterial, HIV/AIDS na gestante, além de te-mas com foco em neurologia, gastroenterologia,cardiologia, endocrinologia, entre outros.

GastroenterologiaA Conexão Médica estreou em março passadoo primeiro seminário de sua programação �payper view�, que tem como foco a gastroentero-logia, montada em parceria com a NetGastro.Sessões mensais, sempre no último sábadodo mês, das 9 às 13 horas.

PARCERIA EM PROL DO APRIMORAMENTO PROFISSIONALOs médicos da Associação Catarinense de

Medicina comemoram o primeiro ano deprogramação da Conexão Médica, um siste-ma inovador de ensino e treinamento viasatélite na área de saúde. Através de convê-nio firmado junto à ACM, hoje a ConexãoMédica está ao alcance de todos os associa-dos da entidade, ampliando os canais de co-municação no setor e a troca de experiênci-as entre os profissionais.

Composta atualmente por cerca de 80 ins-tituições médicas, a Conexão é um canal deTV fechado que opera por meio da tecnolo-gia de vídeo digital em banda larga. O siste-ma funciona de forma similar a uma TV porassinatura, só que o assinante recebe o sinaldo satélite no computador ao invés da televi-são. Ao assinar o serviço, os hospitais e socie-dades médicas instalam o sistema em auditó-rios e salas de videoconferência. A assinaturado canal dá direto à instalação de uma placa esoftware especiais (para decodificar o sinal dosatélite) e uma antena parabólica.

Os médicos da Associação Catarinense deMedicina podem acompanhar o conteúdo docanal pelo site (www.conexaomedica.com.br),programando-se para assistir aos programas.Aulas, cursos, simpósios, reuniões clínicas ecirurgias sobre as mais recentes técnicas de-senvolvidas em importantes centros de refe-rência do mundo são transmitidos com umaaltíssima qualidade de imagens e sons.

O principal benefício da Conexão Mé-dica é facilitar o acesso destas informaçõesaos médicos que estão distantes dos gran-des centros de referência. Trata-se da de-mocratização do ensino médico, conceitoque traduz a possibilidade de um médico,em Santa Catarina, por exemplo, poderdiscutir um caso complexo com um colegado Hospital Sírio Libanês, em São Paulo,ou mesmo com médicos de instituiçõesinternacionais, como Cleveland Clinic e Sr.Jude Childrens�s Research Hospital, quetambém figuram como parceiros da Cone-xão Médica.

Page 12: Edição 224- Mai/Jun 2002

Jornal da ACM12

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escritórios planejados

UMA ONDA DE MODERNIDADE

!E ERGONOMIA

A Assembléia Legislativa do Estado deSanta Catarina concedeu a Honraria de Méri-to ao cirurgião pediátrico Murillo Ronald Ca-pella, que além de seus 40 anos dedicados àmedicina acumula em seu currículo, entretantos outros títulos, as ex-Presidências daACM, da Academia Catarinense de Medici-na e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pe-diátrica. O médico, que foi um dos idealiza-dores do primeiro hospital infantil no estadoe atualmente exerce a função de Vice-Prefei-to de Florianópolis, foi homenageado em ses-são solene no Legislativo Catarinense na noitede 03 de junho, quando reuniu colegas, fa-miliares, amigos, dirigentes da classe e convi-dados especiais num momento de reconhe-cimento pela sua dedicação à saúde da crian-ça catarinense e sua importante contribuiçãopara a formação dos novos médicos nas últi-mas décadas.

�Homenageamos na Assembléia não ape-nas o pediatra, mas também o professor, o ho-mem público e o companheiro, num agradeci-mento em nome de todo o povo de Santa Ca-

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA PRESTA HOMENAGEM AO DR. MURILLO CAPELLAtarina�, declarou o Deputado Júlio Garcia, au-tor da indicação do novo título concedido aomédico, que foi aprovado por unanimidadeentre todos os Deputados Estaduais.

Em nome da bancada de oposição, o De-putado João Henrique Blasi também ocupoua plenária para enaltecer o cirurgião pediátri-co: �A Honraria de Mérito concedida ao Dr.Murillo Capella é por tudo o que este profis-sional representa para a saúde de Santa Cata-rina, por se tratar de um amigo de todas ashoras da comunidade. A homenagem é, naverdade, a demonstração clara do nosso or-gulho e júbilo em tê-lo como cidadão catari-nense�.

A Honraria foi entregue ao homenageadopelas mãos do Presidente da Assembléia Le-gislativa, Deputado Onofre Santo Agostini,que também exaltou o cirurgião pediátrico esolicitou que a esposa do médico, Thaís Ca-pella, lhe entregasse a placa concedida peloLegislativo Catarinense.

No seu pronunciamento de agradecimen-to, Dr. Capella fez uma breve retrospectiva

de sua história, destacando a importância detodos os seus colegas profissionais, entesqueridos e parceiros em sua trajetória na ati-vidade médica e pública. �A base do sucessoestá em ter oportunidades e saber aproveitá-las. Quero agradecer a todos os que me de-ram as inúmeras oportunidades que tive emminha vida, as quais respondi com trabalhoe dedicação�.

DR. MURILLO CAPELLA RECEBEU HONRARIA DEMÉRITO DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA, POR INDICAÇÃO

DO DEPUTADO JÚLIO GARCIA

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Jornal da ACM 13

MÉDICOS REALIZAM MAIOR EVENTO CIENTÍFICODA CLASSE EM SANTA CATARINA

Médicos de todo estado reuniram-se nomais importante evento científico da classe:o XV Congresso Catarinense de Medicina,que aconteceu em Florianópolis, nos dias25, 26 e 27 de abril. Promovido pela ACM, oevento integrou debates entre as quatro es-pecialidades centrais da medicina: ClínicaMédica, Clínica Cirúrgica, Ginecologia/Obs-tetrícia e Pediatria, tendo como tema centrala discussão sobre a �Infecção�. O eventoteve a participação de aproximadamente 800profissionais do setor, que acompanharamas palestras, painéis e mesas-redondas daprogramação, que ainda contemplou deba-tes especiais sobre defesa do exercício damedicina e cursos de �Reanimação Neona-tal�, �Antibioticoterapia�, �Climatério�,�Mortalidade Materna� e �Programa de Saú-de da Família�.

�Atingimos o objetivo do evento, contan-do com uma participação efetiva do médicocatarinense e com palestrantes de qualidadenão apenas de Santa Catarina, como tambémde outros estados brasileiros, que enrique-ceram ainda mais a programação científica de-senvolvida�, avaliou o Presidente da ACM edo Congresso, Dr. Carlos Gilberto Crippa. Omédico destacou ainda a importância dos cur-sos paralelos e dos temas pautados para osdebates, que reafirmaram o momento vividopela classe no estado e a preocupação pre-mente com a defesa do exercício ético damedicina. �Muitos foram os destaques daprogramação, mas podemos salientar de ma-neira especial o Curso sobre o Programa de

Saúde da Família (PSF), e a mesa-redondacoordenada pelo Conselho Regional de Me-dicina, que abordou Aspectos Ético-Profissio-nais em Medicina, demonstrando o grande in-teresse do médico neste tema, diante das di-

A assistência à saúde doscatarinenses ganhou um aliadoimportante: Secretaria de Estado daSaúde (SES) e Associação Catarinensede Medicina (ACM) uniram-se paraampliar a qualificação dos médicos queparticipam do Programa de Saúde daFamília (PSF). Para tanto, o XVCongresso Catarinense de Medicina

CURSO AMPLIA QUALIFICAÇÃODO PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA

reservou um espaço inédito e especialpara um curso de PSF, com palestras queincluíram desde cuidados no pré-natal,prevenção de doenças na infância,atenção básica ao paciente hipertenso eaté alerta clínico para o diagnóstico decâncer, tendo como público alvo osprofissionais que atuam no Programaatravés da rede estadual e da Prefeitura

Municipal de Florianópolis, ambasparceiras da ACM durante o evento.

O Programa de Saúde da Famíliaresgata a figura do médico que atendeas comunidades em suas casas, comogeneralista. Só em Santa Catarina oPSF já tem 760 médicos integrando aação, que atuam ao lado de equipesmultiprofissionais.

ficuldades do mercado. Por tudo isso, fiqueimaravilhado com o Congresso, com a uniãodas entidades e o forte apoio das Sociedadesde Especialidades�.

DEBATE DE DESTAQUE: �ASPECTOS ÉTICO-PROFISSIONAISDA MEDICINA�, COM A PARTICIPAÇÃO DOS DRS. EDEVARD

ARAUJO (CONSELHEIRO DO CREMESC), CARLOSGILBERTO CRIPPA (PRESIDENTE DA ACM), NELSON

GRISARD (CONSELHEIRO DO CREMESC), MARCOANTONIO CURI AL CICI (CORREGEDOR DO CREMESC),

JÚLIO SILVA (CONSELHEIRO FEDERAL DE MEDICINA) E DODESEMBARGADOR JOÃO SCHAEFER

MESA DE ABERTURA DO XVCONGRESSO CATARINENSE DEMEDICINA CONTOU COM APARTICIPAÇÃO DE LIDERANÇASMÉDICAS NACIONAIS, ESTADUAIS EAUTORIDADES

PRESIDENTE DA ACM, DR. CARLOS GILBERTOCRIPPA, FOI TAMBÉM O PRESIDENTE DOCONGRESSO, QUE RECEBEU, ENTRE OUTRASAUTORIDADES, A PREFEITA DE FLORIANÓPOLIS,ANGELA AMIN, E O SECRETÁRIO DE ESTADODA SAÚDE, DR. JOÃO JOSÉ CÂNDIDO DA SILVA

XV CONGRESSO CATARINENSE DE MEDICINA

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Jornal da ACM14

CASAL ANFITRIÃO DA NOITE: CLEUSAE CARLOS GILBERTO CRIPPARECEBERAM OS ASSOCIADOS ECONVIDADOS COM MUITA ANIMAÇÃO,AO SOM DA DESTAQUE BAND SHOWE UM CARDÁPIO QUE AGRADOU ATODOS OS PALADARES, SERVIDOPELO STYLLU�S BUFFET

XV CONGRESSO CATARINENSE DE MEDICINA

ENCERRAMENTO COMEMORA OS 65 ANOS DA ACMPara encerrar o XV Congresso Catarinense

de Medicina foi realizada uma comemoraçãoaos 65 anos da ACM, a mais antiga entidaderepresentativa da classe médica em SantaCatarina, congregando hoje cerca de 3.500médicos de todo estado e integrando as 46Sociedades/Departamentos deEspecialidades Médicas, responsáveis pelapromoção científica de todos os profissionaisdo setor.

A Diretoria da entidade, através de seuPresidente, Dr. Carlos Gilberto Crippa,recebeu os associados e convidados numjantar dançante na sede social, sob aresponsabilidade do Styllu�s Büffet e ao som daDestaque Band Show, que realizou umaperformance especial para a noite. Acomemoração coroou o espírito decongraçamento registrado durante os três diasda programação científica da classe.

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Jornal da ACM 15

ASSOCIATIVOS

* Dr. Euclides Reis Quaresma � FlorianópolisCirurgião Pediátrico, Presidente da Sociedade Brasileira de CirurgiaPediátrica, ex-Presidente da ACM, da Unimed e da Unicred de Flo-rianópolis. Ex-Diretor do Hospital Infantil Joana de Gusmão e atualPresidente da Unicred Central de Santa Catarina.

* Dr. Edwin Schossland � JoinvilleNeurologista, Presidente da Unimed de Joinville e Vice-Presidenteda Unisanta, ex-Secretário e ex-Tesoureiro da Sociedade Joinvilensede Medicina.

* Dr. Atomos Benigno Galastri � Jaraguá do SulGinecologista/Obstetra e Médico do Trabalho, fundador e ex-Presi-dente da Associação Médica de Jaraguá do Sul.

* Dra. Tânia Maria Lorenzoni � CriciúmaCancerologista, ex-Presidente da Regional Médica da Zona Carboní-fera, da qual hoje é Suplente de Delegada.

* Dr. João Natel Pollonio Machado � BlumenauNeurologista e Neurofisiologista, pesquisador de neuropatia perifé-rica em pacientes HIV/AIDS.

* Dr. Clotar Egon Schroeter � BlumenauGinecologista, trabalha há 18 anos no Hospital Santa Catarina e por12 anos atuou como Diretor Clínico do Hospital Santo Antônio.

* Dr. César Tourneir Elias � BrusquePediatra, ex-Presidente da Regional Médica de Brusque, sócio fun-dador da Unimed de Brusque e 1º Diretor de Saúde do município.

* Dr. Alceu Fernandes Filho � LagesCirurgião Geral, Presidente da Unimed de Lages, Ex-Presidente daAssociação Médica da Serra e Diretor de Saúde Pública da PrefeituraMunicipal de Lages

XV CONGRESSO CATARINENSE DE MEDICINA

HOMENAGEM ESPECIAL AOS MÉRITOS CIENTÍFICOS E ASSOCIATIVOSDurante a programação do Congresso, a ACM também aproveitou para realizar uma

homenagem especial a destacados médicos catarinenses, escolhidos como Méritos Associativos eCientíficos da entidade em 2002.

CIENTÍFICOS

* Dr. Nelson Grisard � FlorianópolisPediatra/Neonatologista, ex-Presidente e Conselheiro do CREMESC,Conselheiro Suplente do Conselho Federal de Medicina, Presidenteda Academia Catarinense de Medicina, responsável pela implantaçãoda neonatologia em Santa Catarina e de diversos avanços na pediatriano estado. Autor de vários trabalhos científicos e capítulos de livros.

* Dr. Sérgio Gouvêa de Araújo Silva � JoinvilleCardiologista, participou com três trabalhos no Congresso Americanode Unidades de Dor Torácica, realizado em 2000, em Baltimore, e commais dez trabalhos no Congresso Catarinense de Cardiologia, em 2001.

* Dr. Dalisbor Marcelo Weber Silva � Jaraguá do SulEndocrinologista, ex-Vice-Presidente da Sociedade Brasileira deEndocrinologia, Chefe do Serviço de Medicina Interna do HospitalSão José e Jaraguá do Sul e 1º Secretário da Sociedade Catarinensede Osteoporose.

* Dr. Antônio Carlos Althoff � CriciúmaReumatologista, Diretor Clínico do Hospital São João Batista, ex-Presidente da Sociedade Catarinense de Reumatologia e Vice-Presi-dente da Sociedade Brasileira de Reumatologia.

* Dr. Laércio Cadore � BrusqueCirurgião Geral/Gastroenterologista, membro titular do Colégio Bra-sileiro de Cirurgiões, com Certificados de Habilitação em CirurgiaOncológica e Vídeo-Endoscópica, e membro titular da SociedadeBrasileira de Endoscopia Digestiva.

* Dr. Vidal de Souza � LagesMédico do Trabalho, coordenador de grupo de pesquisa em SaúdePública pela UNIPLAC (Universidade do Planalto Catarinense),Auditor-Fiscal do Ministério do Trabalho e responsável pela apre-sentação de trabalhos científicos em diversas jornadas e congressosbrasileiros e catarinenses.

Page 16: Edição 224- Mai/Jun 2002

Jornal da ACM16

A casa de Saúde São Sebastião é eminentementecirúrgica, com cerca de 64 cirurgiões em váriasespecialidades, aberta para médicos que comseriedade e competência queiram exercer suasatividades profissionais.

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vivenciando um processo de mudanças

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Sebastião busca fornecer ao cliente e

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dentro de um enfoque holístico.

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d e c a d a s e r h u m a n o e

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domiciliares, a Casa de Saúde São

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hospitalar que busca aproximar-se do

ambiente domiciliar, favorecendo o

convívio familiar, permitindo o uso de

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favorável no processo de recuperação e

bem estar dos clientes. Além disso, o

cliente tem acesso a uma privilegiada

visão e contato com a natureza.

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Casa de Saúde São Sebastião busca

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Lideranças médicas brasileiras e estadu-ais foram presenças especiais no XV Con-gresso Catarinense de Medicina, que tevepalestra proferida pelo Presidente da Asso-ciação Médica Brasileira � AMB, Dr. EleusesVieira de Paiva, que falou sobre os princi-pais assuntos de interesse da classe: a açãoda entidade nacional contra o corte de pelomenos R$ 6 bilhões do orçamento da saúdeaté o ano de 2004, após interpretação irregu-lar da Emenda Constitucional nº 29 (PECda Saúde), por parte da Advocacia Geral daUnião; a instalação indiscriminada de novoscursos de medicina no país (atualmente emnúmero de 120, formando cerca de 10 milnovos profissionais por ano); a nova LPM,que deverá chamar-se de Rol de Procedi-mentos Hierarquizados de Valores, elabora-do numa parceria inédita entre a AMB, o Con-selho Federal de Medicina e a FIPE, quedeverá estar concluídoainda neste ano e já rece-beu, inclusive, uma pro-messa do atual Ministroda Saúde, Barjas Negri, edo ex-ministro, José Ser-ra, de estudar a maneiraadequada de repassar osnovos valores para o Sis-tema Único de Saúde.

Durante a programaçãodo evento, o Presidenteda AMB também estevereunido com as liderançasdas entidades médicascatarinenses para umaconversa de grande im-portância ao setor. Entreoutros assuntos tratados,o dirigente nacional apro-veitou o momento paradenunciar, mais uma vez,o descalabro do SistemaÚnico de Saúde, que ain-da paga R$ 2,50 por umaconsulta médica, e tam-bém o abuso praticadopela medicina privada,que desde 1995 não re-

XV CONGRESSO CATARINENSE DE MEDICINA

PRESIDENTE DA AMB FOIPRESENÇA DE DESTAQUE

gistra qualquer reajuste real na remune-ração dos médicos que atendem aos pla-nos, convênios e seguros saúde, mesmocom as mensalidades dos clientes dasempresas sendo majoradas anualmente.

Dr. Eleuses Vieira de Paiva encer-rou sua participação no evento da ACMdestacando o papel pioneiro na defesade classe desenvolvido por Santa Cata-rina, que foi o estado precursor na inte-gração das entidades médicas, atravésdo COSEMESC, engajando-se de ma-neira histórica na luta pela qualificaçãodas escolas médicas, entre inúmerasoutras ações nos últimos anos. �Os mé-dicos catarinenses são exemplo de or-ganização, integração e trabalho, repre-sentando um solo fértil para a defesa daclasse e perspectivas de mudanças naprática ética da medicina�.

DR. ELEUSES VIEIRA DE PAIVA, PRESIDENTE DA AMB, AOLADO DO PRESIDENTE DA ACM, DR. CARLOS GILBERTO

CRIPPA, REUNIU-SE COM AS LIDERANÇAS MÉDICASCATARINENSES PARA FALAR SOBRE AS PRINCIPAIS

DIFICULDADES ENFRENTADAS PELA CLASSE NA ATUALIDADE

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Jornal da ACM 17

A tributação de ISSQN (Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natu-reza) pelas Prefeituras, fixado em 5% do faturamento bruto das socie-dades civis, inclusive as médicas, vem sendo tema de debate de diver-sas entidades que defendem a prática da medicina no país, tendo àfrente a AMB � Associação Médica Brasileira, que em seu último Con-selho Deliberativo, realizado no mês de março, voltou a tratar do assun-to entre os Presidentes das Federadas Estaduais. Nesse sentido, aAssociação Médica de Minas Gerais (AMMG) vem merecendo atençãoespecial da classe, tendo em vista que foi vitoriosa junto à negociaçãofirmada com a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, a qual divulga atodos a decisão final da ação:a) A Lei nº 6810, de 28 de dezembro de 1994 estabeleceu que, no

âmbito do Município de Belo Horizonte, as sociedades civis de pres-tação de serviços deveriam recolher, a título de ISSQN, 5% de seufaturamento bruto. Era facultado aos fiscais da Prefeitura considerarcomo empresa e aplicar alíquota de 5% a simples ocupação por di-versos profissionais de mesma área física, ainda que os mesmos nãoconstituíssem, de direito, uma sociedade civil.

b) Defendia a AMMG que a tributação das sociedades civis, cujos servi-ços são prestados, em nome da sociedade, em caráter pessoal, deveria

MODELO NACIONAL

VITÓRIA MINEIRA NA LUTACONTRA ALÍQUOTA DO ISSQN

se dar nos moldes preconizados no Decreto Lei nº 406/68, no seuartigo 9º, parágrafo terceiro (valor fixo, calculado em relação ao númerode sócios), e não como estabelecido na legislação municipal.

c) Tal entendimento foi adotado pelo Supremo Tribunal Federal nasdecisões prolatadas em maio de 1999, nos processos RE 236.604/PRe RE 220.323/MG.

d) Após contatos mantidos com a Prefeitura de Belo Horizonte, emdezembro de 1999, a AMMG foi convocada pelo Prefeito para rece-ber a informação de que o Executivo Municipal estava alterando suasistemática de cobrança do ISSQN, adotando valores fixos para associedades de prestação de serviços.

e) Contudo, foi proposto, num primeiro momento, a adoção de valoresdiferenciados para os autônomos e para as sociedades civis, que seriamsuperiores. Tal fato recebeu veemente protesto da AMMG, já que asociedade civil constitui uma opção operacional dos médicos.Dessa forma, a AMMG obteve a resposta solicitada à Prefeitura e,

por meio da Lei nº 8.147, ficou estabelecido que as sociedades civisprestadoras de serviços terão a tributação calculada pelo número desócios, sendo devido um valor fixo em razão de cada sócio, em valorigual ao da pessoa física.

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Jornal da ACM18

A Acupuntura é uma modalidade terapêu-tica originária da China, que se utiliza da esti-mulação de pontos da superfície corporal, coma finalidade de restaurar e preservar a saúde.Isso se faz através da utilização de agulhasmuito finas, introduzidas em pontos especí-ficos do corpo, podendo-se, conforme o casoutilizar também estímulos elétricos, térmi-cos etc. Sua prática requer formação préviaem medicina bem como, curso de pós-gra-duação e treinamento específico, o quepermite ao médico especialista uma atu-ação precisa e segura, minimizandoos riscos e possibilitando melhoresresultados terapêuticos.

Sua ação se dá pela inserção dasagulhas em pontos criteriosamen-te escolhidos (em cada caso clínico), em pro-fundidades variáveis. A agulha penetra napele, no tecido celular subcutâneo e na fás-cia muscular, entremeando-se às fibrasmusculares. Desse modo, obtém-se aestimulação das terminações nervo-sas, em zonas neuroreativas especí-ficas.

Por meio de manipulaçõesapropriadas das agulhas, obtém-se a ampliação dos estímulos, osquais transitam pelos nervos peri-féricos até o sistema nervoso central, ondedeflagram a liberação de diversos tipos deneuro-transmissores (tanto a nível medularcomo encefálico), além da ação local, induzi-da pelo agulhamento. Essas substâncias (neu-roquímicas) são responsáveis pelos principaismecanismos de ação da Acupuntura.

DEFESA DE CLASSE

ACUPUNTURA MÉDICA:UMA ABORDAGEM CONTEMPORÂNEA

O reconhecimento da Acupuntura comoespecialidade médica, pelo Conselho Fede-ral de Medicina (CFM), ocorreu em 11 agos-to de l995. Sua prática requer um diagnóstico

clínico-etionosológico, bemcomo uma prescrição pre-

cisa e a realização de

procedimento cirúrgico invasivo, o que a ca-racteriza como ato médico.

Portanto, a realização de tratamento pormeio de Acupuntura por pessoa sem gradu-ação em medicina constitui-se em crime deprática ilegal de medicina e curandeirismo,conforme estabelecem os artigos nº282 e

nº284 do Código Penal Brasileiro. Além dis-so, tal prática coloca em risco a integridadesanitária da população.

Fica claro, pelo exposto, que carece de fun-damentação, tanto técnica como jurídica, a vei-culação na mídia, por parte de outros conselhosprofissionais, que reivindicam para si a prática

da Acupuntura. Tal posicionamento vemsendo contestado judicialmente pelo CFMe pelo Colégio Médico de Acupuntura.

As indicações da Acupuntura sãoinúmeras, sendo sua eficácia

comprovada notadamen-te nos quadros dolorosos,

especialmente na dor crô-nica, seja de natureza reumá-

tica, seja na chamada dor miofas-cial, em que os nódulos tensionaisdolorosos tendem a perpetuar o qua-dro, se não forem adequadamente tra-tados. Sua eficácia nas doenças alér-gicas, bem como nos quadros funci-

onais e psicossomáticos faz daAcupuntura, mais que umaalternativa, podendo ser otratamento de escolha em

diversas enfermidades refratá-rias a outras abordagens terapêuticas,

sendo também eficaz como coadjuvan-te em muitas outras patologias.

Dr. Augusto KravchychynMédico Especialista em Acupuntura

Diretor de Defesa Profissional da SociedadeMédica Brasileira de Acupuntura - SMBA

Fone/Fax: 3025-3584 - e-mail: [email protected]

Page 19: Edição 224- Mai/Jun 2002

Jornal da ACM 19

ALMOÇO ESPECIAL PARA COMEMORAR O DIA DAS MÃESO Dia das Mães mereceu uma comemoração espe-

cial por parte da ACM, que promoveu um almoço nasua sede social, em Florianópolis, em 12 de maio pas-sado. A comemoração reuniu mães, pais e filhos, netos,associados e amigos de todas as idades, tendo aindauma causa de destaque: arrecadar recursos para o pro-grama ACM Qualidade de Vida, desenvolvido na atualgestão da entidade e que vem realizando ações sociaisjunto às comunidades carentes da capital catarinense.O almoço festivo foi preparado pelo Styllu�s Büffet, queampliou ainda mais o sucesso do evento, consagran-do-o de vez no calendário de atividades da AssociaçãoCatarinense de Medicina.

�Foi um dia das mães muito bonito�, recorda Cleu-sa Crippa, esposa do Presidente da ACM, Dr. CarlosGilberto Crippa, que participou do almoço com prati-camente toda a família. �Estava tudo maravilhoso, numverdadeiro ambiente de integração, aconchegante ecom uma organização irretocável.�.

A comemoração teve direito ainda a distribuição deflores entre as homenageadas da data, uma decoraçãoespecial sobre as mesas e um acompanhamento musi-cal ao som de violino, complementado pela descontra-ção dos participantes.

O ALMOÇO FOI REALIZADO NUM AMBIENTEDESCONTRAÍDO, ACONCHEGANTE E FAMILIAR

CLEUSA CRIPPA (ESPOSA DO PRESIDENTE DAACM) COMEMOROU A DATA AO LADO DA MÃE,MARIA DE LOURDES BOTELHO, NO ALMOÇOPROMOVIDO PELA ASSOCIAÇÃO

MÃES DE TODAS AS GERAÇÕES PRESTIGIARAMA FESTA NA ACM, COM DIREITO ADISTRIBUIÇÃO DE FLORES E ACOMPANHAMENTOAO SOM DE VIOLINO

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Page 20: Edição 224- Mai/Jun 2002

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mio Abramge de Medicina 2002, que nes-ta edição terá como tema: �Obesidade �Causas, Efeitos e Tratamentos�. O con-curso é aberto a médicos e jornalistas detodo o país, com o valor de prêmio de R$7 mil, troféu e diploma para cada categoria.Podem concorrer matérias e trabalhos ci-entíficos publicados, no sentido de valori-zar a pesquisa e o desenvolvimento damedicina brasileira. É também meta doPrêmio estimular a divulgação de assuntosdas áreas médica e de saúde, contribuindopara melhor informar, orientar e conscien-tizar a comunidade.

Informações: www.abramge.com.br/premiohtm

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Jornal da ACM 21

O médico Euclides Reis Qua-resma foi empossado no final de2001 como Presidente da Socie-dade Brasileira de Cirurgia Pe-diátrica � CIPE, que congregacerca de 800 médicos da especi-alidade em todo o país. Ao assu-mir a Diretoria da entidade, o di-rigente eleito para a gestão 2001/2003 reafirmou os propósitos daSociedade: congregar os cirurgi-ões pediátricos na promoção doaperfeiçoamento, na pesquisa,no ensino e na difusão da espe-cialidade; estabelecer normaspara o aprendizado e treinamen-to dos profissionais do setor;normatizar o credenciamento dosserviços de cirurgia pediátrica.

A CIPE foi fundada em 1964,representando o DepartamentoCientífico da especialidade jun-to à AMB � Associação MédicaBrasileira, tendo sua sede insta-lada na cidade de São Paulo.Como forma de realizar de ma-neira eficaz suas atividades, a So-ciedade está dividida em Comis-sões Permanentes de Trabalho:Ensino, Pesquisa, Ética, Defe-sa Profissional, Urologia, Trau-ma, Tórax, Oncologia e Videoci-rurgia.

Os desafios da CIPE para ospróximos anos também já foramtraçados pelo Presidente e inclu-em fortalecer a entidade, ampli-ar a sua representatividade naclasse, apoiar os jovens profissi-

DESTAQUE CATARINENSE

DR. EUCLIDES REIS QUARESMAonais que optam pela especiali-dade, lutar pela qualidade da as-sistência oferecida à população,estimular o desenvolvimento dapesquisa no setor e promover oCongresso Brasileiro de Cirur-gia Pediátrica, que acontecerá em2003, em Florianópolis.

Formado em medicina pela

Universidade Federal de SantaCatarina, no ano de 1976, comespecialização em Cirurgia Pedi-átrica, Dr. Euclides Reis Qua-resma já foi Diretor do HospitalInfantil Joana de Gusmão e tomaposse, no próximo dia 21 de ju-nho, na Presidência da CentralUnicred de Santa Catarina. Na

Associação Catarinense de Me-dicina já exerceu as funções dePresidente, Diretor Financeiroe Diretor de Esportes. Na Uni-med � Cooperativa de TrabalhoMédico da Grande Florianópo-lis, já exerceu os cargos de Pre-sidente e Conselheiro Adminis-trativo, enquanto na Unicred �Cooperativa de Economia eCrédito Mútuo dos Profissionaisda Área de Saúde da GrandeFlorianópolis foi fundador e ex-Presidente por oito anos.

Ao assumir a Sociedade Bra-sileira de Cirurgia Pediátrica, Dr.Quaresma destacou a satisfaçãoem mais uma vez atuar no de-senvolvimento da especialidadee da medicina. �Venho exercen-do funções de classe e associati-vas nos últimos 20 anos, massempre fui um médico em pri-meiro lugar, pois acredito quepara estar à frente de uma enti-dade e ser um bom dirigente,acima de tudo se deve ser umprofissional consciente e inte-grado à sua área de atuação, nocaso, a medicina�.

DR. EUCLIDES QUARESMA É O ATUALPRESIDENTE DA SOCIEDADE BRASILEIRA DECIRURGIA PEDIÁTRICA E SERÁ EMPOSSADOCOMO PRESIDENTE DA CENTRAL UNICREDDE SANTA CATARINA NO PRÓXIMO DIA 21DE JUNHO, EM BLUMENAU

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Jornal da ACM22

O queestou lendo ALÉM DO CONSULTÓRIO ...O queestou lendo

�Desde a época da faculdade gosto de lerlivros de Psicologia, principalmente na áreade relações humanas e comunicação. Com opassar de tempo, meu interesse foi aumen-tando, ainda mais quando iniciei a residên-cia de Oncologia Clínica. Senti a necessida-de de estar cada vez mais preparada paraconversar sobre a morte, controlar minhaansiedade da impotência frente ao câncer epara dar apoio aos pacientes e familiares. As-sim, enveredei pelo caminho da leitura. Hoje,leio em média três livros por mês, de todasas áreas, mas preferentemente de auto-aju-da e auto-conhecimento.

Costumo lê-los ao mesmo tempo, paraser mais estimulante. Normalmente, deixoum na cabeceira da cama, outro no consultó-rio para as horas de folga e outro ao lado dabanheira. Geralmente compro os livros pelainternet, porque esperar pela tradução de-mora muito, e assim também posso treinar omeu inglês. Meus livros de cabeceira sãoEssência e Coração de Diamante, de H. A .Almaas, Ensinamentos das Montanhas de Cáu-caso, de Murat Yagan, e The Loves Poems ofRumi. No momento, estou lendo Pai Rico,Pai Pobre, de Robert T. Kiyosaki, Discoveryour Genius, de Michael J. Gelb e A Era doParadoxo, de Charles Handy.

Estou ensaiando um pequeno livro comminha experiência como palestrante para oGrupo de Apoio a Pacientes Oncológicos doHospital Santa Isabel. A cada palestra, façoanotações que hoje estou compilando paratalvez, em dezembro, poder lançar meu li-vro Como Perceber o Perfume da Rosa, que cer-tamente será lançado na ACM�

Dra. Lisiane Anzanello MeiraOncologista � Blumenau

UM BANQUINHO ... UM VIOLÃOA música foi a forma que o pediatra e in-

tensivista Sérgio Marcos Meira encontrou pararelaxar e compartilhar com sua família e ami-gos seus momentos de lazer. Após um perí-odo de frustação com aulas de violão na in-fância, resolveu, há quatro anos, retomar suashabilidades auditivas e vocais, iniciando comaulas de canto e violão.

MPB, bossa nova, samba e rocking roll sãoalguns dos estilos musicais que fazem partedo variado repertório do artista, que tambémé Presidente da Associação Médica de Blu-menau. Entre seus ídolos estão Toquinho,Vinícius de Morais, Caetano Veloso, MarisaMonte, Gilberto Gil, Paulinho da Viola,Skank, Capital Inicial, Eric Clapton e EltonJohn.

O �manezinho� da Ilha de Santa Catari-na, que há 13 anos escolheu Blumenau paratrabalhar e criar sua família, já participou dequatro apresentações como integrante da es-cola de música do Teatro Carlos Gomes, can-tando, tocando violão ou fazendo percussão.

DR. SÉRGIO MEIRA JÁ PARTICIPOU DE QUATROAPRESENTAÇÕES NO TEATRO CARLOS GOMES

Atualmente, estuda violão aproximada-mente cinco horas por semana e pretende,em breve, aprender a tocar outros instrumen-tos musicais, como cavaquinho e pandeiro.

MAR SEM LIMITESOs passeios de barco de Florianópolis a

Garopaba com seu avô, quando era criança,continuam vivos na memória do cirurgião plás-tico Jorge Bins Ely. Talvez tenham sido eles,na época que ainda não haviam estradas ligan-do uma cidade a outra, que despertaram nomédico a paixão pelos veleiros. �Velejar é muitobom. Quando se está no mar, a sensação é queele não tem limites�.

Entre os passeios que o médico fez comsua família ou amigos estão visitas à Ilha Bela,em São Paulo, e Porto Alegre, no Rio Grandedo Sul. �Na minha opinião, de todo o litoralbrasileiro, o de Santa Catarina é um dos maisbonitos, pois é todo recortado e tem costõeslindíssimos�.

Entre as belas cenas que pôde apreciar deum veleiro, uma próxima à Ilha do Campeche,em Florianópolis, foi a que mais lhe chamouatenção: �Era uma noite sem lua, mas com céumuito estrelado. Os golfinhos brincavam próxi-mo ao barco fazendo manobras. Com o movi-mento das águas, que eles provocavam, as pe-quenas luzes das ardentias brilhavam muito nomar. Foi um espetáculo maravilhoso�.

Há oito anos como Vice-Comodoro do IateClube de Santa Catarina, Dr. Ely foi um dosprincipais organizadores da Regata Clínica Janede Vela Oceânica, com o percurso de Florianó-polis a Porto Belo. �Esta regata reunia de 40 a50 barcos. Foram 16 anos de competições�,conta o médico, que já chegou a participar deregatas quase que mensalmente. O cirurgiãoplástico foi também proprietário do LouvainLa Neuve III. �O veleiro que mais ganhouprêmios em regatas em Santa Catarina. Tenhosaudades. Quero, em breve, poder adquirir umnovo barco deste porte�.

Atualmente, o médico aluga barcos quandoquer velejar. Um passeio que não abre mão é irde veleiro, durante o Carnaval, ao Hotel PlazaItapema. �Eu vou com a família, mas perma-necemos no barco. É uma delícia�.

DR. JORGE BINS ELY COM A FAMÍLIA ABORDO DO LOUVAIN LA NEUVE III

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Jornal da ACM 23

Farmácia de farmacêutico para sua família

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Jornal da ACM24

Desenhar e pintar é a realiza-ção de um sonho, o início da car-reira de uma nova artista para afisioterapeuta Maria Luiza Cle-to Dal-Cól, filha da oftalmolo-gista Zuleika Dal-Cól, que resi-de na cidade de Brusque. �Apóscursar Fisioterapia, especializa-ção em Educação Especial e es-tar cursando mestrado, percebique era chegada a hora de reali-zar meu sonho. Com minha mu-dança de Florianópolis para Ri-beirão Preto (SP) comecei a fa-zer aulas de pintura no Temploda Arte, com o professor Taroc-co, e assim, o projeto artísticovem se tornando realidade�.

Maria Luiza sempre gostoude desenhar e apreciar as pintu-ras de suas duas avós, mas sóagora deu novo impulso a estahabilidade. Atualmente, nasvésperas de iniciar seu doutora-

FAMÍLIA DE MÉDICO AUTO-DIDATA NA ARTE DE PINTARA habilidade para o desenho e a

pintura em Maria Efigênia, carinho-samente chamada de Fifi, manifes-tou-se desde cedo, quando aindaera criança. �Eu só tirava 10 nasaulas de artes�, conta a mulher doanestesiologista Gilberto Digiáco-mo da Veiga, que tem o dom artís-tico como herança de família, já queseu pai e outros parentes dedicam-se a expressar seus sentimentosatravés do desenho ou pintura.

Só na adolescência, aos 15 anos,na cidade de Rio do Sul, onde nas-ceu, a artista teve seu primeiro con-tato profissional com a arte. �Foiquando aprendi a desenhar mode-los vivos�. Mais tarde participou decursos em São Paulo e, em 1998,em Buenos Aires. �Na realidade,considero-me uma auto-didata. Fizalguns cursos, mas grande parte doque sei, aprendi pesquisando emlivros, visitando galerias de arte, cri-ando técnicas e estilos. Quando vi-ajo, minha família já sabe. Visito

galerias e compro sempre pincéis etintas. A pintura é algo muito fortepra mim�, relata a artista.

Apesar de toda habilidade e ta-lento, tanto na pintura como emtrabalhos com bicuits ou nas decuo-pages, Maria Efigênia só expôs umavez, na Assembléia Legislativa deSanta Catarina. Nos quadros a óleoou acrílico seus temas preferidossão os copos de leite e os peixes. Aartista faz também espelhos commolduras folhadas à ouro. �Já fizpintura acadêmica, mas hoje prefi-ro o estilo mais solto e moderno�.

OS QUADROS A ÓLEO DA ARTISTA TÊMENTRE SEUS TEMAS DE PREFERÊNCIA OS

COPOS DE LEITE E OS PEIXES

TRANSFORMANDO SONHO EM REALIDADEdo, está cursando aulas de mate-riais de pinturas �do carvão aoacrílico�, que proporcionam umpreparo maior para o artista pro-duzir obras de arte utilizandomaterial com durabilidade, alémde aprender novas técnicas.

Os trabalhos de Maria Luizaretratam com muito talento a fi-gura humana. �Sempre me ima-ginei pintando paisagens, mas sófiz uma. Minha preferência épela figura humana�. Seu próxi-mo objetivo é montar uma ex-posição com o tema �Mãos�.Maria Luiza, que tem uma veiaartística forte, também está cur-sando aulas de desenho no Tem-plo da Arte, com a professoraRegina Gierlemger, de fotogra-fia e Oficina Coral na USP, e deHistória da Arte na Escola deArtes do Bosque, com o profes-sor Francisco.

Rua Bocaiuva, 2468 Lj. 226 Beiramar Shopping Fone 223 6296Rua Geroncio Thives Lj. 308 Shopping Itaguaçu Fone 343 9272Rua Tenente Silveira, 286 Lj. 04 Centro Fone 222 5525

Jóias paraquem ama.

Page 25: Edição 224- Mai/Jun 2002

Jornal da ACM 25

DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA

AGRAVOS (Região de Florianópolis):

n II Encontro Catarinense de Endo-crinologia e MetabologiaData: 28 e 29 de junho/2002Local: sede da ACM, em Florianó-polisInformações: fone (48) 222-3985e-mail: [email protected]

n V Jornada Científican V Simpósio de Enfermagemn IV Encontro dos Ex-Residentes doHospital Governador Celso RamosData: 24 e 25 de Outubro/2002Local: Sede da ACM,em FlorianópolisInformações: Hospital Celso RamosFone (48) 251-7000

n 36º Congresso Brasileiro de Otor-rinolaringologiaData: 19 a 23 de novembro/2002Local: CentroSul, em FlorianópolisInformações: www.sob.org.br ou naSecretaria Executiva, através dofone (11) 3865-5354

A Prefeitura Municipal de Florianópolis solicitou que a ACM orientasse mais uma vez aos médicos ematividade na capital catarinense para que cumpram as determinações de notificação compulsória dos casossuspeitos ou confirmados das doenças abaixo relacionadas:

BotulismoCarbúnculo ou �Antraz�

CóleraCoqueluche

DengueDifteria

Doença de Chagas(casos agudos)

Doença MeningocócicaEsquistossomose

Febre AmarelaFebre Maculosa

Febre TifóideHanseníaseHantaviroseHepatite BHepatite C

HIV em gestantes e criançasLeishmaniose Tegumentar

Leishmaniose VisceralLeptospirose

MaláriaMeningite por Haemophilus

Peste

PoliomieliteParalisia Flácida Aguda

Raiva HumanaRubéola

Síndrome da Rubéola CongênitaSarampo

Sífilis CongênitaSIDA/AIDS

TétanoTularemia

TuberculoseVaríola

Acidentes com animaispeçonhentos

Acidentes de TrânsitoCisticercose

Desnutrição InfantilFilariose

Gonorréia

Hepatite ViralIntoxicação Alimentar

Intoxicação por AgrotóxicosLinfogranuloma Venéreo

Maus TratosPneumoconiose

Parotidite (Caxumba)

Tétano AcidentalTétano Umbilical

TracomaVaricela

Violência Sexual

AGENDE-SE !

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Jornal da ACM26

Gosto de vinho, embora nãoseja um amante apaixonado. Pre-firo os tintos, principalmente oschilenos, reconhecendo que hásafras brasileiras e argentinasmuito boas. Bebo vinho tinto noinverno, acompanhando carnes emassas. Às vezes, bebo vinhofrancês. Não gosto de vinho bran-co, gelado, mesmo nos dias quen-tes. Tenho a sensação de estarbebendo refrigerante com os efei-tos óbvios se fazendo sentir ho-ras depois. Mas, mesmo não sen-do um expert, fui convidado paraparticipar do Clube do Vinho daAssociação Catarinense de Me-dicina, uma feliz criação da atualDiretoria. Ausente nas três pri-meiras reuniões, por �compro-missos anteriormente assumi-dos�, decidi comparecer ao quar-to encontro.

Chegamos, eu e minha mu-lher, trinta minutos atrasados.Dirigimo-nos ao restaurante,aquele que fica próximo ao lago eabriga cerca de 60 pessoas. Esta-va lotado. Ao entrar, enxergandomuito pouco, fomos conduzidos,

CRÔNICA MÉDICA

CLUBE DO VINHODR. MURILLO CAPELLA

na penumbra, a uma mesa defundos onde ocupamos os doisúltimos lugares vagos. Nossamesa era formada por colegas cu-jos nomes eu não lembrava, situ-ação logo amenizada pela rápidaapresentação mútua. À frente dobalcão, havia um cidadão de pé,em manga de camisa, emboraquase todos trajassem blazer azul-marinho (uniforme de médico),falando sobre vinho. Era o convi-dado especial, um enólogo, cujosotaque denunciava a procedên-cia, pelo menos para mim . Afinalde contas, estudei seis anos emCuritiba. Quando ele falou emvinho �quente�, matei a chara-da. Era mesmo um professor pa-ranaense, importado para nosensinar tudo sobre vinho.

As mesas, bem decoradas, ofe-reciam a cada confrade três tiposde taça. À medida que o enólogofalava, os garçons colocavam umdedo ( na horizontal) de vinho tintonuma taça. Rebolando, a taça, éóbvio, todos deviam identificar a�lágrima�, depois cheirar e sentiro aroma e, por último, degustar,

identificar o sabor etc., etc. Era sóum gole...e eu querendo beber aomenos meia taça. Mas, não podiadar vexame. O homem falava bo-nito e todos pareciam embeveci-dos com as revelações sobre a his-tória do vinho.

Fiquei sabendo que existevinho abafado, delicado, filante,mole, macho, rafado e, pasmem,vinho trepador (aquele que sobeà cabeça). Vinte minutos depois,o garçom depositou um dedo deoutro tipo de vinho na segundataça. Seguiu-se o mesmo ritual :lágrima, buquê etc. Os compa-nheiros de mesa fizeram os mai-ores elogios ao vinho servido. Nãoentendi como eles elogiavam tan-to o vinho sorvendo apenas umgole. Eu já queria a taça cheia...aísim poderia opinar. Olhando paraos lados, eu via as pessoas mara-vilhadas com a exposição do pro-fessor curitibano, o que, confes-so, muito me impressionou pelafacilidade de expressão e conhe-cimento. Só achava que, sendoincipiente na matéria, pelo me-nos, ele poderia orientar o gar-

çom para encher minha taça até ametade e não com um gole.

Seguiu-se o mesmo ritual com aterceira taça e outro tipo de vinho.Quando, cerca de uma hora e meiadepois, eu estava aprendendo e en-trando no clima, o enólogo termi-nou a aula, sendo muito aplaudido.Eu próprio fui cumprimenta-lo,sem, todavia, fazer qualquer comen-tário sobre os vinhos degustados,com medo de ser alvo de algumapergunta e dar uma resposta idio-ta. A bem da verdade, eu me sen-tia, no recinto, o único ignorantesobre aquela importante matéria.

Quando o bufê foi aberto, ovinho começou a correr à solta.Minhas taças vibravam com aatenção a ela dispensadas. Antesde jantar, precisei ir ao banheiro.Driblando algumas mesas, pas-sei pela do colega Jorge Anastá-cio Kotzias Filho, Secretário daACM. Cumprimentei-o e preten-dia seguir adiante, quando ele selevantou, pegou no meu braço esussurrou no meu ouvido:

- Será que fica mal se eu pediruma cerveja???!!!

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