edgar morin avaliação
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Universidade
Cruzeiro do Sul
Carina Ribeiro RGM 991-1
Silvilene Oliveira RGM 966-1

Edgar Morin
• (Paris, 1921) é considerado um dos maiores pensadores do século XX.
• É doutor honoris causa em 17 universidades de diversos países, tais como Itália,
Portugal, Espanha, Dinamarca, Grécia, México, Bolívia e Brasil (em João Pessoa e
Porto Alegre).
• Tem formação pluridisciplinar, é sociólogo, antropólogo, historiador, geógrafo e
filósofo, e acima de tudo um intelectual livre que nos propõe uma visão
transdisciplinar do pensamento.
• Tem mais de 40 livros de Epistemologia, sociologia, política e antropologia,
publicados e traduzidos em diversas línguas. Merece ser destacada sua obra de 4
volumes, intitulada El Mètode que trata da transformação das ciências e do seu
impacto na sociedade contemporânea.
• É diretor do Centro de Estudos Transdisciplinares em Paris, (EHESS), presidente da
Agência Européia de Cultura da UNESCO e presidente da Associação de
Pensamento Complexo. É um apaixonado pelas artes em geral, principalmente pela
literatura e pelo cinema.
• Durante a II Guerra Mundial, foi combatente voluntário da resistência francesa nos
anos de 1942 a 1944, lutando contra o nazismo e o stalinismo.

AvaliaçãoSegundo o Projeto Político Pedagógico:
A avaliação é desenvolvida de forma contínua, sistemática e cumulativa
respeitando as características individuais, pois cada um aprende em tempo e
ritmos diferentes. O conhecimento não é produto acabado e sim um
processo que está sendo reformado, repensado e se adequando a nossa
realidade. A avaliação é qualitativa e quantitativa (regime da escola), mas
sempre se procura avaliar o aluno como um todo e não somente pelas
notas obtidas pelas provas.
Segundo Edgar Morin:
É uma forma de segregação que não ajuda a organizar oconhecimento e suas relações entre as distintas informações.
A avaliação não está de acordo com os sete saberes de EdgarMorin.

• Os sete saberes são essenciais ao
ensino, porque tudo está integrado para
permitir uma mudança de pensamento;
para que se transforme a concepção
fragmentada e dividida do mundo, que
impede a visão total da realidade. Essa
visão fragmentada faz com que os
problemas permaneçam invisíveis.

• Reconhecer as cegueiras do
conhecimento, seus erros e ilusões.
• Assumir os princípios de um
conhecimento pertinente
• Condição humana
• Identidade planetária
• Enfrentar as incertezas
• Compreender
• Ética do gênero humano
Quais são os 7 saberes de
Morin?

• Entende-se reconhecer as cegueiras do conhecimento, seus erros e
ilusões, é assumir o ato de conhecer como um traduzir e não como umafoto correta da realidade. Trata-se de armar nossas ates para o combatevital pela lucidez e isso o significa estar sempre buscando modos deconhecer o próprio ato de conhecer.
• Por assumir os princípios de conhecimento pertinente, entende-se a
necessidade de ensinar os métodos que permitam apreender as relaçõesmútuas e as influências recíprocas entre as partes e o todo se mundocomplexo. Trata-se de envolver uma atitude mental capaz abordarproblemas globais que contextualizem suas informações parciais e locais.
• Ensinar a condição humana deveria ser o objeto essencial de qualquer
sistema de ensino e isso passa considerar conhecimentos que estãodispersos em várias disciplinas como as ciências naturais, as ciênciashumanas, a literatura e a filosofia. As gerações precisam conhecer aunidade e a diversidade do humano.

• Ensinar a identidade planetária tem a ver com mostrar a complexidade da criseplanetária que caracteriza o século XX. Trata-se de ensinar a história da eraplanetária, mostrando como todas as partes do mundo necessitam serintersolidárias, a vez que enfrentam os mesmos problemas de vida e de morte.
• É preciso aprender a tentar as incertezas reveladas ao longo do século XX atravésda microfísica, da termodinâmica, da cosmologia, das ciências biológicasevolutivas, das neurociências e das ciências históricas. É preciso aprender anavegar no oceano das incertezas através dos arquipélagos das certezas.
• Compreender é ao mesmo tempo meio e fim da comunicação humana, portantonão pode ser algo desconsiderado pela educação. E, para tanto, precisamospassar por uma reforma das mentalidades.
• Por ética do gênero humano, entendo uma abordagem que considere tanto oindivíduo, quanto a sociedade e a espécie. E isso não se ensina dando lições demoral. Isso passa pela consciência que o humano vai adquirindo de si mesmocomo indivíduo, como parte da sociedade e como parte da espécie humana. Issoimplica conceber a humanidade como uma comunidade planetária composta deindivíduos que vivem em democracias.

Críticas à Educação
• Segundo Morin:
• “Há que se fazer uma total reorganização da educação. E essa
reorganização não se refere ao ato de ensinar. Refere-se à luta
contra os defeitos do sistema que estão cada vez maiores. Por
exemplo, o ensino de disciplinas separadas e sem comunicação
entre si produz uma fragmentação e uma dispersão que nos
impede de ver globalmente coisas que são cada vez mais
importantes no mundo. Existem problemas centrais e fundamentais
que permanecem completamente ignorados ou esquecidos e que
são importantes para qualquer sociedade e qualquer cultura”.

Críticas à Avaliação
• De acordo com Morin:
• “Não sou a favor de nenhum tipo de segregação, uma
vez que ao longo da vida passamos por tudo: atrasos,
progressos, encontros, desencontros, crises. Esse
tipo de avaliação (quantitativa) é uma forma de
segregação que não ajuda a organizar o
conhecimento e suas relações entre as distintas
informações”.

• Para avaliarmos uma disciplina
precisamos avaliar o curso, o currículo, o
ensino e aí o papel do professor é
central: seu treinamento, seu estilo, suas
crenças, atitudes, arte, inserção social,
psique.

Papel do Professor
• Mediador do processo de reconstrução do conhecimento.
Ele precisa possibilitar o acesso às ferramentas
necessárias para que o aluno possa elaborar uma nova
forma de compreensão de sua prática social e de seus
vínculos com a prática social global.
• O professor(a) precisa trabalhar-se, trabalhar sua relação
ao desejo de saber, desejo de ensinar e isso exige uma
leitura plural: filosófica, antropológica, psicanalítica,
sociológica: multirreferencial. O sujeito professor precisa
colocar-se em questão: auto-avaliar-se, auto-questionar-se,
perceber seu papel no instituído e no instituinte.

Conclusão
• A avaliação é um processo que deveriaajudar o aluno a organizar o seuconhecimento. No entanto, na maioria dasvezes é um meio utilizado para segregaros indivíduos, ou seja, separar osmelhores dos piores.

Referências Bibliográficas
• BORBA. Sergio da Costa. A Complexa Arte da Avaliação: Contribuições da
Psicanálise, Filosofia, História, Pedagogia, Sociologia e Antropologia”.
Maceió, EDUFAL, 2003
• MORIN, Edgar. Educação e complexidade: os sete saberes e outros
ensaios, 4 ed. – São Paulo: Cortez: 2007
• MORIN. Edgar. Os sete saberes necessários à Educação do Futuro. 5 ed.
São Paulo: Cortez: 2002.
• SÁTIRO, Angélica O pensamento complexo de Edgar Morin e sua Ecologia
da ação. Revista Linha Direta. Publicação Mensal dos Sinepes e da AEBJ,
Ano 5, nº 57, 2002 .