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Tudo o que você precisa saber sobre Aspersão Térmica RIJEZA METALURGIA

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Page 1: Ebook: Tudo o que você precisa saber sobre Aspersão Térmica

Tudo o que você precisa saber sobre

Aspersão Térmica

RIJEZA METALURGIA

Page 2: Ebook: Tudo o que você precisa saber sobre Aspersão Térmica

2

SUMÁRIO SUMÁRIO……………………………………………………………………………………………………………………….…2

Introdução………………………………………………………………………………………………………………………..5

Processos de Desgaste………………………………………………………………………………………5

Figura 1: Processo de Desgaste………………………………………………………………….………6

Definição de Aspersão Térmica ……………………………………………………………………………..…….…..7

Figura 2: Processo de Aspersão Térmica………………………………………………………..….9

Aspersão Térmica e a Estrutura dos Revestimentos…………………………………………………………10

Figura 3: Estrutura do Revestimento……………………………………………………………….10

Classificação dos Processos……………………………………………………………………………..12

Figura 4: Tipos de AspersãoTérmica………………….……………………………………….……13

FS…………………………………………………………………………………………………….14

Figura 5: Processo por Flame Spray usando Pó…………..……15

Figura 6: Processo por Flame Spray usando Arame..…..……15

Page 3: Ebook: Tudo o que você precisa saber sobre Aspersão Térmica

HVOF…………………………….…………………………………………………………………16

Figura 7: Processo HVOF………………………………………………….17

D-GUN……………………………………………………………………………………………..18

Figura 8: Processo D-GUN………………………………………….…….18

PS…………………………………………………………………………………………………….20

Figura 9: Processo PS………………………………………….……………20

ASP………………………………………………………………………………………….…….…22

Figura 10: Processo ASP………………………………………….………..22

COLD SPRAY……………………………………………………………………………………..23

Figura 11: Processo Cold Spray…………………………………………25

HVAF………………………………………………………………………………………………..26

Figura 12: Processo HVAF…………………………………………………26

Quadro 1: Características de alguns processos de aspersão térmica……………….27

Gráfico 1: Correlação de temperatura com a velocidade das partículas atingidas

para diferentes processos de aspersão térmica……………………………....................................28

3

Page 4: Ebook: Tudo o que você precisa saber sobre Aspersão Térmica

Propriedades dos revestimentos aspergidos termicamente………………..…………………….……29

Preparação Superficial…………………………………………………………………………………………………..30

Aplicação dos Revestimentos por AspersãoTérmica………………………………………….…………...32

Materiais Aplicáveis por AspersãoTérmica………………………………………….…………….…………....34

Tabela 1: Materiais Aplicáveis por AspersãoTérmica………………………...…………....35

Pós…………………………………………………………………………………………………………………..36

Tabela 2: Pós utilizados no Processo de Aspersão Térmica………………………………39

Figura 11: Utilização do Pó em Processo HVOF do Início ao Fim……………………..41

Morfologia dos pós para aspersão térmica………………......………………………………..42

Quadro 2: Características de fabricação dos Pós para Aspersão

Térmica…………………………………………………………………………………………………………………………..42

Quadro 3: Morfologia dos Pós para Aspersão Térmica………………......43

Arames……………………………………………………………………………………………………………44

Varetas……………………………………………………………………………………………………………45

Algumas Aplicações realizadaqs pelo processo HVOF………………………………………………....46

4

Page 5: Ebook: Tudo o que você precisa saber sobre Aspersão Térmica

INTRODUÇÃO

PROCESSOS DE DESGASTE

Em praticamente todos os ramos de

engenharia encontram-se problemas

relacionados ao desgaste. As perdas econômicas

e consequentes de desgastes são generalizadas e

críticas. Estas não envolvem somente os custos

de reposição, mas também os custos de

depreciação de equipamentos, perdas de

produção, de competitividade e de

oportunidades de negócios.

O desgaste é definido como a perda de

material de uma ou de ambas as superfícies em

contato quando submetidas ao movimento

relativo.

5

Page 6: Ebook: Tudo o que você precisa saber sobre Aspersão Térmica

A figura abaixo relaciona os diferentes tipos de desgastes que ocorrem entre duas superfícies

em contato:

Figura 1: Processo de Desgaste

6

Page 7: Ebook: Tudo o que você precisa saber sobre Aspersão Térmica

Aspersão térmica

“Grupo de processos nos quais se divide finamente

materiais metálicos e não metálicos que são depositados

em uma condição fundida ou semi-fundida, sobre um

substrato preparado para formar um depósito aspergido”.

Definição segundo a AWS – American Welding Society:

7

Page 8: Ebook: Tudo o que você precisa saber sobre Aspersão Térmica

Os processos de aspersão térmica apresentam grande versatilidade na deposição

de revestimentos aplicados para a proteção de componentes contra desgaste abrasivo,

adesivo, erosivo, fadiga superficial e corrosão, além de funcionarem como barreira térmica.

A vantagem dessa técnica está relacionada com a versatilidade de revestimentos e

a baixa temperatura em que ocorre o processo. Podendo ser aplicado nos mais variados tipos

de substratos.

Aspersão térmica ou metalização se baseia nos princípios abaixo:

- Aquecimento do material a ser depositado

- Aspersão (aceleração, pulverização) das partículas no estado fundido ou semi-fundido,

contra um substrato devidamente preparado.

Aspersão térmica 8

Page 9: Ebook: Tudo o que você precisa saber sobre Aspersão Térmica

ASP

ERSÃ

O T

ÉRM

ICA

Figura 2: Processo de Aspersão Térmica

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Revestimento

Material Base

Page 10: Ebook: Tudo o que você precisa saber sobre Aspersão Térmica

De maneira geral, a aspersão

térmica pode ser definida como

um grupo de processos por meio

dos quais se deposita camadas

de materiais metálicos ou não

metálicos, finamente divididos,

sobre uma superfície

previamente preparada, a fim de

se obter um depósito aspergido

sobre este substrato.

Aspersão térmica e a Estrutura dos Revestimentos

As partículas aspergidas aderem ao substrato por mecanismos de natureza mecânica,

químico-metalúrgica e física, dependendo da temperatura da fonte de calor e da velocidade

imposta às partículas que pelas sucessivas deposições formam camadas lamelares com

óxidos e poros.

Figura 3: Estrutura do Revestimento

10

Page 11: Ebook: Tudo o que você precisa saber sobre Aspersão Térmica

Estrutura dos Revestimentos

A estrutura dos revestimentos aplicados por aspersão térmica é formada por

lamelas sobrepostas, que são oriundas do espelhamento das partículas do pó fundidas, ou

semi-fundidas, quando do impacto com o substrato.

O revestimento é formado pela ocorrência do mesmo mecanismo nas camadas

subsequentes, pois o tempo de solidificação é muito menor que o tempo de projeção das

partículas, que é de 10-²s. Outra particularidade dessa alta taxa de resfriamento é a

possibilidade de revestir materiais com menores temperaturas de fusão em relação ao

material do revestimento.

11

Page 12: Ebook: Tudo o que você precisa saber sobre Aspersão Térmica

Aspersão térmica

Classificação dos processos:

A divisão mais comum é baseada na forma de aquecimento, com dois tipos básicos:

Aquecimento por

Eletricidade

e

Aquecimento por

Combustão

12

Page 13: Ebook: Tudo o que você precisa saber sobre Aspersão Térmica

Aspersão Térmica

Aquecimento por Eletricidade

Arco Elétrico

Plasma

Arco Transferido

Arco não Transferido

Aquecimento por Combustão

Flame Spray

Arame

Varame

HVOF D-Gun

HVAF

Cold Spray

Tipos de Aspersão Térmica

Figura 4: Tipos de Aspersão Térmica

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Page 14: Ebook: Tudo o que você precisa saber sobre Aspersão Térmica

FS – Flame Spraying (aspersão a chama oxi-gás com material de adição na forma de pó

ou arame);

Nesse processo o material de arame ou pó funde-se uma chama gasosa de oxigênio e

combustível.

O gás combustível pode ser acetileno, propano ou hidrogênio.

No caso do arame o mesmo é alimentado concentricamente para a chama, onde é

derretida e atomizada por a adição de ar comprimido que também dirige o material

fundido em direção à superfície do substrato. O uso de matéria prima em forma de pó

permite uma maior seleção de materiais de pulverização, uma vez que nem todos os

materiais de pulverização pode ser fabricado na forma de arame.

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Figura 5: Processo por Flame Spray usando Pó

Figura 6: Processo por Flame Spray usando Arame 15

Page 16: Ebook: Tudo o que você precisa saber sobre Aspersão Térmica

HVOF – High Velocity Oxy-Fuel (aspersão a chama oxi-combustível de alta velocidade

com material de adição na forma de pó);

A aspersão oxi-combustível de alta velocidade (HVOF) é um processo relativamente

recente em relação à família de processos de aspersão térmica. Como faz uso de um

jato supersônico, a velocidade de impacto das partículas sobre o substrato é muito

mais elevada, o que resulta em características de revestimento melhoradas. O

mecanismo difere do Flame Spray por uma expansão do jato na saída da pistola. Gases

combustíveis de propano, propileno, acetileno, hidrogênio e gás natural podem ser

utilizados, assim como combustíveis líquidos tais como o querosene.

A alta energia cinética das partículas atingindo a superfície do substrato tira a

necessidade de as partículas estarem completamente fundidas para a obtenção de um

revestimento de qualidade. Esta é certamente uma vantagem para os revestimentos

de carbonetos e cermets, e é onde este processo realmente se destaca.

O aquecimento da peça é controlado entre 100 e 180ºC. Sendo assim, este processo

não altera as propriedades do substrato.

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Aspersão térmica: Processo HVOF

Figura 7: Processo HVOF

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D-gun – Detonation-Gun spraying (aspersão por detonação);

O Detonation Gun consiste basicamente de um tubo longo resfriado com água gelada

com injeção de gases combustíveis e pó no interior do tubo. Uma vela de ignição é

responsável por acender a mistura de gases e a detonação resultante aquece e acelera o

pó para uma velocidade hipersônica através do tubo. Um pulso de nitrogênio é usado

para interromper a combustão após cada detonação. Este processo repete-se várias

vezes por segundo. Desta forma, a aplicação do revestimento não é continuo, e sim na

forma de várias projeções por segundo.

A alta energia cinética deste processo forma uma camada muito densa e forte.

Figura 8: Processo D-GUN

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Page 19: Ebook: Tudo o que você precisa saber sobre Aspersão Térmica

ASPERSÃO TÉRMICA

O HVOF é o processo

com menor porosidade.

Apresenta porosidades inferior à

1% e alta adesão ao substrato.

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Page 20: Ebook: Tudo o que você precisa saber sobre Aspersão Térmica

PS – Plasma Spraying (aspersão a plasma);

É a mais versátil tecnologia de metalização. O termo "PLASMA" refere-se ao quarto

estado da matéria. O Plasma Spray é produzido e controlado em uma pistola especial

que através do arco elétrico e de um gás inerte cria uma chama ionizada de alta

temperatura. Esta transformação de energia elétrica em energia térmica produz

temperaturas entre 8.000 e 15.000 graus Celsius. O material a ser depositado em

forma de pó é injetado no meio da chama. Em seguida é acelerado até o substrato em

estado fundido ou pastoso. Desta forma, construímos a camada desejada partícula

sobre partícula, por aderência mecânica, microfusão e sinterização.

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Figura 9: Processo PS 20

Page 21: Ebook: Tudo o que você precisa saber sobre Aspersão Térmica

ASPERSÃO TÉRMICA

Em algumas aplicações o processo pode ser

realizado em um ambiente de baixa pressão

atmosférica, controlado para se obter um

revestimento com menores níves de óxidos,

aumentando-se assim a qualidade da camada.

21

Page 22: Ebook: Tudo o que você precisa saber sobre Aspersão Térmica

ASP – Arc Spraying (aspersão a arco elétrico);

Utilizando uma fonte de calor produzida pelo arco elétrico, diversos materiais em

forma de arame são fundidos e atomizados, até o substrato proporcionar

revestimentos densos e com ótima força de aderência.

Dois arames, com um potencial elétrico, encontram-se em um ângulo de

aproximadamente 20°. Uma corrente passa através dos fios e eles fundem no seu

ponto de encontro. Um gás atomizado propele as partículas fundidas contra a peça à

baixa velocidade

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Figura 10: Processo ASP 22

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COLD SPRAY- Aspersão com gás frio .

É um processo de deposição de material em que revestimentos são realizados a partir

da aceleração das matérias-primas em pó de metais dúcteis à velocidades de 300-1200

m/s usando alta velocidade de gases como nitrogênio ou hélio.

A pulverização é dita “à frio” devido às temperaturas relativamente baixas (0 a 800 ° C,

ou 32-1470 ° F) do gás e do fluxo das partículas que emana do bocal.

São possíveis taxas de alimentação de pó de até 14 kg / h (30 lb / h). Para HVOF um

valor típico fica na faixa de 8 lb/h.

O gás sob pressão de até 40 bar é aquecido a uma temperatura pré-estabelecida,

geralmente usando uma bobina de um tubo aquecido por resistência elétrica. Nesse

caso ele é aquecido não para aquecer ou amolecer as partículas de pulverização, mas

para alcançar uma maior velocidade de fluxo sônico, o que resulta em maiores

velocidades de impacto da partícula.

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Page 24: Ebook: Tudo o que você precisa saber sobre Aspersão Térmica

O gás a alta pressão é introduzido no secção de um bico do tipo

convergente/divergente e acelera à velocidade do som na região da garganta do injetor,

e, em seguida, transforma-se em fluxo supersônico.

O gás arrefece à medida que expande na pistola de pulverização e frequentemente sai

da pistola de pulverização a abaixo da temperatura ambiente (daí o nome de

pulverização "frio").

O pó é introduzido no lado de alta pressão do bico convergente/divergente e é

alimentado a uma taxa precisamente controlada.

Os materiais tipicamente aplicados através dessa técnica são:

Metais (Al, Cu, Ni, Ti, Ag, Zn, Ta, Nb)

Ligas (Aços, Ni alloys, MCrAlYs, Al-alloys)

Compósitos de matriz metálica (Cu-W, Al-SiC, Al-Al2O3)

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Figura 11: Processo Cold Spray

Características destes revestimentos:

- Baixíssimo teor de óxidos

- Alta densidade

- Alta taxa de deposição

25

Page 26: Ebook: Tudo o que você precisa saber sobre Aspersão Térmica

HVAF - High Velocity Air Fuel - Ar combustível de alta velocidade) A

SPER

SÃO

TÉR

MIC

A

Este sistema no qual o ar, ao invés de oxigênio, sustenta a combustão, juntamente

com outro combustível na forma líquida. O mesmo fluxo de ar é utilizado para

resfriar a tocha, ao invés de água, comum em outros processos.

A matéria prima, em forma de pó, é injetada ao longo da câmara de combustível

onde o gás a baixa pressão provém tempo suficiente para o impacto das partículas.

Figura 12: Processo HVAF 26

Page 27: Ebook: Tudo o que você precisa saber sobre Aspersão Térmica

Cada processo possui suas particularidades e variações que promovem diferentes condições de aplicação e

processamento dos revestimentos, modificando suas propriedades.

Quadro 1: Características de alguns processos de aspersão térmica.

27

Page 28: Ebook: Tudo o que você precisa saber sobre Aspersão Térmica

Correlação da temperatura com a velocidade das partículas

atingidas para diferentes processos de aspersão térmica

Gráfico 1: Correlação de temperatura com a velocidade das partículas atingidas para diferentes processos de aspersão térmica. 28

Page 29: Ebook: Tudo o que você precisa saber sobre Aspersão Térmica

Correlação da temperatura com a velocidade das partículas atingidas para diferentes processos de aspersão térmica

Propriedades dos revestimentos aspergidos termicamente

O revestimento após aspergido é caracterizado principalmente pelas propriedades abaixo:

Espessura de camada

Microdureza e dureza superficial

Porosidade, % de óxidos

Rugosidade, adesão ao substrato

Resistência à abrasão e desgaste erosivo.

Além de características específicas que se deseja obter.

29

Page 30: Ebook: Tudo o que você precisa saber sobre Aspersão Térmica

A adesão do revestimento está

diretamente ligada à preparação da

superfície à ser metalizada. Uma

superfície bem preparada, livre de

contaminantes, e com uma rugosidade

adequada, é meio passo para um

revestimento bem sucedido.

O primeiro passo na preparação de um

substrato para aspersão térmica é a

retirada de todos os contaminantes

superficiais, tais como poeira, óleo,

graxa e pintura. As peças devem ser

protegidas de partículas transportadas

pelo ar e marcas de dedos.

Preparação Superficial

30

Page 31: Ebook: Tudo o que você precisa saber sobre Aspersão Térmica

Deve-se criar uma rugosidade, através

de método do método de jateamento.

No jateamento deve ser utilizado um

abrasivo não contaminante, como o

óxido de alumínio. Não deve ser

utilizado jato de areia, pois além de

possuir sílica, o jato de areia não nos

fornece uma rugosidade esperada.

A geração de uma superfície rugosa é

usada para aumentar a aderência e a

coesão entre as partículas do

revestimento por geração de tensões

superficiais de contração,

intertravamento de camadas, aumento

da área de interação e descontaminação

da superfície. 31

Page 32: Ebook: Tudo o que você precisa saber sobre Aspersão Térmica

Aplicações dos Revestimentos por Aspersão Térmica

Os campos de aplicação industrial de revestimentos aspergidos são bastante abrangentes,

conforme indicados na relação a seguir:

- Proteção contra a corrosão de peças, estruturas e equipamentos fabricados em materiais

suscetíveis a diferentes formas de ataque corrosivo, dependendo do meio de exposição.

Indústrias químicas e petroquímicas de processamento fazem uso freqüente de revestimentos

para esse fim;

Exemplos de corrosões dadas pela ação marinha. 32

Page 33: Ebook: Tudo o que você precisa saber sobre Aspersão Térmica

Aplicações dos revestimentos por aspersão térmica:

- Proteção contra o desgaste adesivo e por fretting bem como aumento da resistência contra a

abrasão, erosão e cavitação. Praticamente todas as indústrias se beneficiam desse tipo de

proteção;

- Isolamento térmico e elétrico de componentes. Indústrias usuárias comuns são a eletrônica,

automotiva e aeroespacial;

- Operações de restauração dimensional em componentes de máquinas (eixos, cilindros,

mancais, etc...). Muitas indústrias utilizam a aspersão térmica para recuperar partes desgastadas

e danificadas de peças de elevado custo, sem a necessidade de substituí-las;

33

Page 34: Ebook: Tudo o que você precisa saber sobre Aspersão Térmica

Materiais aplicáveis por aspersão térmica

Os materiais aplicáveis por aspersão térmica são classificados em função da composição

química, classe morfologia e distribuição das partículas, processos de aspersão e tipo de

aplicação.

Em relação à composição química, os materiais aplicados por aspersão térmica podem ser

divididos em metais e suas ligas, cerâmicos, intermetálicos, compósitos, blends e polímeros.

Para aplicações que requeiram proteção contra o desgaste são encontrados materiais com

composição química específica para cada tipo de desgaste.

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Page 35: Ebook: Tudo o que você precisa saber sobre Aspersão Térmica

Mat

eri

ais

Ap

licáv

eis

po

r A

spe

rsão

rmic

a

A tabela mostra os tipos

de materiais indicados

para determinado

desgaste juntamente com

o processo utilizado.

Dentre as técnicas de

revestimentos mais

utilizadas, a aspersão

térmica desponta como

aquela que apresenta a

maior gama de materiais

possíveis de serem

aplicados.

Tabela 1: Materiais aplicáveis por Aspersão

Térmica

35

Page 36: Ebook: Tudo o que você precisa saber sobre Aspersão Térmica

Mat

eri

ais

aplic

áve

is p

or

asp

ers

ão t

érm

ica

Materiais diversos como: metais e ligas metálicas, polímeros e cerâmicas e/ou uma

combinação destes, podem ser transformados em materiais para aspersão.

Os materiais para aspersão podem ser oferecidos na forma de: pó, vareta ou arame

sendo estes puros ou ligados. Materiais mais frágeis como cerâmicos ou alguma

misturas destes vêm na forma de pós, com diferentes morfologias e granulometrias que

dependem do processo de fabricação.

Fonte da Imagem: kennametal.com 36

Page 37: Ebook: Tudo o que você precisa saber sobre Aspersão Térmica

Os métodos industriais de fabricação dos pós dependem do tipo de material. Metais e ligas

são geralmente preparados por uma das seguintes formas:

- Atomização (“atomization”) ou sinterização (“sintering”).

- Óxidos e carbetos cerâmicos são produzidos por sinterização ou fusão (“fusing or

sintering”) seguida de trituração.

- Por sua vez, pós de materiais compostos (compósitos) podem ser obtidos por recobrimento

(“cladding”).

- Em termos de processamento desses pós, provavelmente o método mais versátil é o de

aglomeração (“spray-drying”), o qual permite que qualquer tipo de material finamente

particulado se mantenha unido formando um aglomerado esférico com um ligante

orgânico. Pós preparados desta maneira podem ser submetidos a processos adicionais de

densificação, tais como sinterização.

Materiais Aplicáveis por Aspersão Térmica

37

Page 38: Ebook: Tudo o que você precisa saber sobre Aspersão Térmica

Algumas vezes para que se possa chegar a

uma composição específica, pós

produzidos por dois ou mais dos métodos

descritos acima podem ser combinados

em uma mistura homogênea.

38

Page 39: Ebook: Tudo o que você precisa saber sobre Aspersão Térmica

Pós Utilizados

Os pós utilizados para aspersão podem ser um metal puro, uma liga metálica, um compósito,

um carboneto, um cerâmico, um cermet ou combinação destes. O pó para aspersão é

armazenado num recipiente que pode ser parte integrante da tocha ou ser acoplado a ela.

Uma pequena quantidade de gás é desviada para arrastar o pó até o jato da mistura

oxigênio/combustível em chama, quando ele é fundido e acelerado em direção ao substrato.

Tabela 2: Pós utilizados no Processo de Aspersão Térmica

39

Page 40: Ebook: Tudo o que você precisa saber sobre Aspersão Térmica

Nos sistemas HVOF utiliza-se principalmente

uma ampla variedade de carbetos na forma de

pós, estes variam pela composição,

granulometria e também quanto ao tipo de

fabricação: sinterizado, aglomerado, recoberto,

esferoidizado, atomizado, britado ou apenas

misturado. O modo de fabricação determina a

morfologia dos pós. Essa característica tem

grande influência na troca de calor entre as

partículas e os gases de combustão, pois

diferencia os pós pela área de troca de calor e

capacidade de absorver a energia térmica.

40

Page 41: Ebook: Tudo o que você precisa saber sobre Aspersão Térmica

A morfologia dos pós é determinante também na maneira que as partículas ao se

chocarem com o substrato, se deformarão e adaptarão a ele, distribuindo

homogeneamente as fases duras, formando a estrutura da camada.

Figura 11: Utilização do Pó em Processo HVOF do Início ao Fim

41

Page 42: Ebook: Tudo o que você precisa saber sobre Aspersão Térmica

Sinterizado • Forma do grão em bloco

• • • • • • Grão denso

• Formação de fases dependendo da temperatura de fabricação, geralmente detectável.

• Carboneto < 10μm

Aglomerado Sinterizado • Forma da partícula esférica

• Grão poroso

• Raramente ou poucas vezes ocorre a formação de ligação entre o carboneto e o metal matriz

• Carboneto < 5μm

Recoberto • Forma do grão em bloco

• Grão denso

• Sem formação de ligação entre o carboneto e o metal matriz, se não é submetido a tratamento térmico

posterior.

Esferoidizado • Forma esférica da partícula

• Grãos densos e porosos, esferas ocas, conchas – dependendo da matéria prima há formação de ligação.

• Tamanho dos carbonetos dependem do material

Mo

rfo

logi

a d

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s p

ara

Asp

ers

ão T

érm

ica

Quadro 2: Características de fabricação dos Pós para Aspersão Térmica 42

Page 43: Ebook: Tudo o que você precisa saber sobre Aspersão Térmica

Morfologia dos Pós para Aspersão Térmica

Quadro 3: Morfologia dos Pós para Aspersão Térmica

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Page 44: Ebook: Tudo o que você precisa saber sobre Aspersão Térmica

Os arames são produzidos a partir de metais ou ligas metálicas e

são fornecidos normalmente em bobinas e só podem ser

utilizados nos processos FS, AS.

A elaboração desses materiais exige um mínimo de ductilidade, visando a sua conformação

mecânica. Sendo assim a quantidade de aditivos de elevada dureza que pode ser

incorporado aos mesmos é bastante limitada, fazendo com que os revestimentos aspergidos

a partir de arames maciços apresentem menores propriedades mecânicas e uma resistência

ao desgaste relativamente baixa.

O desenvolvimento na produção de arames tubulares baseia-se em tubos metálicos

preenchidos com pó, antes de serem processados na forma de bobinas. Por exemplo, arames

deste tipo podem ser fabricados a partir de tubos de ligas ferrosas preenchidos com pós

contendo cromo (Cr), boro (B) e silício (Si).

Materiais Aplicáveis por Aspersão Térmica

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Page 45: Ebook: Tudo o que você precisa saber sobre Aspersão Térmica

As varetas sinterizadas a base de materiais cerâmicos

são empregadas em menor escala que os pós

cerâmicos.

Materiais Aplicáveis por Aspersão Térmica

Uma desvantagem do uso de varetas é a forma descontínua com a qual elas são alimentadas,

o que inevitavelmente provoca variações microestruturais nas regiões onde o processo foi

interrompido e depois reiniciado. Cada material de revestimento cerâmico tem

características específicas, vantagens e limitações que devem ser avaliadas para cada

aplicação específica.

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Page 46: Ebook: Tudo o que você precisa saber sobre Aspersão Térmica

Alg

um

as A

plic

açõ

es

real

izad

as p

elo

p

roce

sso

HV

OF

Luvas Entenda melhor esta aplicação em: http://www.rijeza.com.br/espaco-academico/apresentacoes/como-aumentar-vida-util-de-luvasgaxetas-e-retentores

Pistões Homogeneizadores Entenda melhor esta aplicação em: http://www.rijeza.com.br/espaco-academico/apresentacoes/estudo-de-caso-aumento-de-vida-util-e-recuperacao-de-pistao

Misturadores de Tintas Entenda melhor esta aplicação em: http://www.rijeza.com.br/espaco-academico/apresentacoes/estudo-de-caso-em-misturadores-de-tintas

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Page 47: Ebook: Tudo o que você precisa saber sobre Aspersão Térmica

Alg

um

as A

plic

açõ

es

real

izad

as p

elo

p

roce

sso

HV

OF

Rotor de Turbina Francis Entenda melhor esta aplicação em: http://www.rijeza.com.br/aplicacoes/rotor-de-turbina-francis

Parafusos Entenda melhor esta aplicação em: http://www.rijeza.com.br/novidades/desgaste-por-abrasao-em-parafusos

Válvulas de Esfera Entenda melhor esta aplicação em: http://www.rijeza.com.br/aplicacoes/valvulas-de-esfera

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Page 48: Ebook: Tudo o que você precisa saber sobre Aspersão Térmica

Você também encontra mais

informações sobre Aspersão

Térmica e Revestimentos contra

Desgastes em nosso site. Acesse!

www.rijeza.com.br