e-book metáforas

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  • 8/4/2019 E-Book Metforas

    1/54

    .

    [M

    ETFOR

    AS]

    METFORAS

    Se h algum texto de sua autoria, por favor, nos escreva para que

    possamos retirar seu texto ou dar a devida assinatura!

    Escreva [email protected]

    Divirta-se!

    Metforas no se explicam... apenas sentimos o que mais nos tocou

    naquele momento...

    Metforas so o alimento da alma....

    Aqui est a compilao de todas as

    metforas do meu site

    www.ricardoventura.com.br

    Caso queira participar com sua metfora

    predileta, envie-a para o email:

    [email protected]

    Se houver um autor, por favor, indique sua

    autoria!

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]://www.ricardoventura.com.br/http://www.ricardoventura.com.br/mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]://www.ricardoventura.com.br/mailto:[email protected]
  • 8/4/2019 E-Book Metforas

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    O Samurai IdosoPerto de Tquio vivia um grande samurai, j idoso,que adorava ensinar sua filosofia para os jovens.Apesar de sua idade, corria a lenda que ele ainda eracapaz de derrotar qualquer adversrio.

    Certa tarde, um guerreiro conhecido por sua total faltade escrpulos apareceu por ali. Era famoso porutilizar a tcnica da provocao: esperava que seuadversrio fizesse o primeiro movimento e, dotado deuma inteligncia privilegiada para reparar os erroscometidos contra-atacava com velocidade fulminante.

    O jovem e impaciente guerreiro jamais havia perdidouma luta. E, conhecendo a reputao do velho

    samurai, estava ali para derrot-lo, aumentando sua fama de vencedor.

    Todos os estudantes manifestaram-se contra a idia, mas o velho aceitou o desafio.Foram todos para a praa da cidade, e o jovem comeou a insultar o velho mestre.Chutou algumas pedras em sua direo, cuspiu em seu rosto, gritou todos os insultosconhecidos - ofendeu inclusive seus ancestrais.

    Durante horas fez tudo para provoc-lo, mas o velho mestre permaneceu impassvel. Nofinal da tarde, sentindo-se j exausto e humilhado, o impetuoso guerreiro retirou-se.

    Desapontados pelo fato do mestre ter aceito tantos insultos e provocaes, os alunosperguntaram: Como o senhor pode suportar tanta indignidade? Por que no usou suaespada, mesmo sabendo que podia perder a luta, ao invs de mostrar-se covarde diantede todos ns?

    - Se algum chega at voc com um presente, e voc no o aceita, a quem pertence opresente? - perguntou o velho samurai.

    - A quem tentou entreg-lo - respondeu um dos discpulos.

    - O mesmo vale para a inveja, a raiva, e os insultos - disse o mestre. Quando no soaceitos, continuam pertencendo a quem os carrega consigo.

  • 8/4/2019 E-Book Metforas

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    Corrida de SapinhosEra uma vez uma corrida de sapinhos!O objetivo era atingir o alto de uma grandetorre.Havia no local uma multido assistindo.

    Muita gente para vibrar e torcer por eles.Comeou a competio.Mas, como a multido no acreditava que ossapinhos pudessem alcanar o alto daquelatorre, o que mais se ouvia era: "Que pena!!!Esses sapinhos no vo conseguir... No voconseguir..."E os sapinhos comearam a desistir.Mas havia um que persistia, e continuava asubida em busca do topo.A multido continuava gritando: "Que

    pena!!! Vocs no vo conseguir!"E os sapinhos estavam mesmo desistindo, umpor um, menos aquele sapinho quecontinuava tranqilo.

    Embora cada vez mais arfante.J ao final da competio, todos desistiram, menos ele. A curiosidade tomou conta detodos.Queriam saber o que tinha acontecido.E assim, quando foram perguntar ao sapinho como ele havia conseguido concluir aprova, a sim conseguiram descobrir que ele era surdo!

    No permita que pessoas com o pssimo hbito de serem negativas, derrubem asmelhores e mais sbias esperanas de nosso corao! Lembre-se sempre: "H poder emnossas palavras e em tudo o que pensamos".

    Portanto, procure sempre ser POSITIVO!

    Resumindo: Seja surdo quando algum lhe diz que voc no pode realizar seus sonhos!

  • 8/4/2019 E-Book Metforas

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    A Fora da SolidariedadeConta-se que um poeta estava, um dia,passeando ao crepsculo em uma floresta,quando, de repente, surgiu diante dele umaapario do maior dos poetas. O grande

    poeta disse ao apavorado poeta que odestino estava sorrindo para ele e que eletinha sido escolhido para conhecer ossegredos do Cu e do Inferno. O grandepoeta transportou-se ento, junto ao poeta,ainda apavorado com experincia to sbita,ao velho e mtico rio que circundava aquelaregio. Entraram em uma canoa e o grandepoeta instruiu o poeta para remar at oInferno. Quando chegaram, o poeta estavaalgo surpreso por encontrar um lugar

    semelhante floresta onde estavam antes, eno feito de fogo e enxofre nem infestadode demnios alados e criaturas exalandofogo, como ele pensava.

    O grande poeta pegou o poeta pela mo e levou-o por uma trilha. Logo o poeta sentiu, medida que se aproximava de uma barreira de rochas e arbustos, o cheiro de umdelicioso ensopado. Junto com o cheiro, entretanto, vinham misteriosos sons delamentaes e ranger de dentes. Ao contornar as rochas, deparou com uma cenaincomum. Havia uma grande clareira com muitas mesas grandes e redondas. No meiode cada mesa, havia uma enorme panela contendo um ensopado, cujo cheiro o poetahavia sentido, e cada mesas estava cercada de pessoas definhadas e famintas. Cadapessoa segurava uma colher com a qual tentava comer o ensopado. Devido ao tamanhoda mesa, entretanto, e por serem as colheres compridas de forma a alcanar a panela nocentro, o cabo das colheres era duas vezes maior que os braos das pessoas. Isso tornavaimpossvel para qualquer daquelas pessoas colocarem a comida na boca. Havia muitaluta e imprecaes enquanto cada uma tentava desesperadamente pegar pelo menos umagota do ensopado.

    O poeta ficou muito abalado com aquela cena, fechou os olhos e suplicou ao grandepoeta que o tirasse dali. Em um momento, eles estavam de volta canoa e o grande

    poeta mostrou ao poeta como chegar at o Cu. Quando chegaram, o poeta surpreendeu-se novamente ao ver uma cena que no correspondia s suas expectativas. Aquele lugarera quase exatamente igual ao que eles tinham acabado de sair. No havia grandesportes de prolas nem bandos de anjos a cantar. Novamente o grande poeta conduziu-opor uma trilha aonde o cheiro de comida vinha de trs de uma barreira de rochas earbustos. Desta vez, entretanto, eles ouviram cantos e risadas quando se aproximaram.Ao contornarem a barreira, o poeta ficou muito surpreso de encontrar um quadroidntico ao que eles tinham acabado de ver no inferno; grandes mesas cercadas porpessoas com colheres de cabos, grandes tambm, e uma grande panela de ensopado nocentro de cada mesa. A nica e essencial diferena, entre aquele grupo de pessoas e oque eles tinham visto no inferno, era que as pessoas neste grupo estavam usando sua

    colheres para alimentar uns aos outros.

  • 8/4/2019 E-Book Metforas

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    As Trs PeneirasOlavo foi transferido de projeto. Logo noprimeiro dia, para fazer mdia com o chefe, saiu-se com esta:

    - Chefe, o senhor nem imagina o que mecontaram a respeito do Silva. Disseram que ele...

    Nem chegou a terminar a frase, o chefe aparteou:

    - Espere um pouco, Olavo. O que vai me contarj passou pelo crivo das trs peneiras?

    - Peneiras? Que peneiras, chefe?

    - A primeira, Olavo, a da VERDADE. Voc

    tem certeza de que esse fato absolutamenteverdadeiro?

    - No. No tenho no. Como posso saber? O quesei foi o que me contaram. - Ento sua histria jvazou a primeira peneira. Vamos ento para asegunda peneira que a da BONDADE. O quevoc vai me contar, gostaria que os outros

    tambm dissessem a seu respeito?

    - Claro que no! Nem pensar, Chefe.

    - Ento, sua historia vazou a segunda peneira. Vamos ver a terceira peneira que aUTILIDADE. Voc acha mesmo necessrio me contar esse fato ou mesmo pass-loadiante?

    - No chefe. Passando pelo crivo dessas peneiras, vi que no sobrou nada do que iriacontar - fala Olavo, surpreendido.

    - Pois Olavo. J pensou como as pessoas seriam mais felizes se todos usassem essaspeneiras? - diz o chefe sorrindo e continua: - Da prxima vez em que surgir um boato

    por ai, submeta-o ao crivo dessas trs peneiras: VERDADE, BONDADE, UTILIDADE,antes de obedecer ao impulso de pass-lo adiante

  • 8/4/2019 E-Book Metforas

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    A Raposa e o LenhadorExistiu um lenhador que acordava as 6 da manhe trabalhava o dia inteiro cortando lenha, e s

    parava tarde da noite.

    Esse lenhador tinha um filho, lindo, de poucosmeses e uma raposa, sua amiga, tratada comobicho de estimao e de sua total confiana.

    Todos os dias o lenhador ia trabalhar e deixava araposa cuidando de seu filho.

    Todas as noites ao retornar do trabalho, a raposaficava feliz com sua chegada.

    Os vizinhos do lenhador alertavam que a raposaera um bicho, um animal selvagem; e portando,no era confivel. Quando ela sentisse fomecomeria a criana. O lenhador sempre retrucandocom os vizinhos falava que isso era uma grandebobagem. A raposa era sua amiga e jamais fariaisso. Os vizinhos insistiam:

    - "Lenhador abra os olhos! A raposa vai comer seu filho."

    - "Quando sentir fome, comer seu filho! "

    Um dia o Lenhador muito exausto do trabalho e muito cansado desses comentrios - aochegar em casa viu a raposa sorrindo como sempre e sua boca totalmenteensangentada.

    O lenhador suou frio e sem pensar duas vezes acertou o machado na cabea da raposa.

    Ao entrar no quarto desesperado, encontrou seu filho no bero dormindo tranqilamentee ao lado do bero uma cobra morta.

    O Lenhador enterrou o machado e a raposa juntos.

  • 8/4/2019 E-Book Metforas

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    O Cavalo no PooUm fazendeiro, que lutava com muitasdificuldades, possua alguns cavalos para ajudarnos trabalhos em sua pequena fazenda.Um dia,seu capataz veio trazer a notcia de que um dos

    cavalos havia cado num velho pooabandonado.

    O fazendeiro foi rapidamente ao local doacidente e avaliou a situao. Certificando-se deque o animal no se machucara, mas, peladificuldade e o alto custo de retir-lo do fundodo poo, achou que no valeria a pena investirnuma operao de resgate.

    Tomou ento a difcil deciso: determinou ao

    capataz que sacrificasse o animal, jogando terrano poo at enterr-lo, ali mesmo.

    E assim foi feito: os empregados, comandados pelo capataz, comearam a jogar terrapara dentro do buraco de forma a cobrir o cavalo.

    Mas, medida que a terra caa em seu dorso, o animal sacudia e ela ia se acumulandono fundo, possibilitando ao cavalo ir subindo. Logo, os homens perceberam que ocavalo no se deixava enterrar, mas, ao contrrio, estava subindo medida que a terraenchia o poo, at que enfim, conseguiu sair.

    Sabendo do caso, o fazendeiro ficou muito satisfeito e o cavalo viveu ainda muitos anosservindo ao dono da fazenda.

  • 8/4/2019 E-Book Metforas

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    Deixe a raiva secarMariana ficou toda feliz porque ganhou depresente um joguinho de ch, todo azulzinho, combolinhas amarelas. No dia seguinte, Jlia, suaamiguinha, veio bem cedo convid-la para brincar.

    Mariana no podia porque ia sair com sua menaquela manh. Jlia, ento, pediu coleguinhaque lhe emprestasse o seu conjuntinho de ch paraque ela pudesse brincar sozinha na garagem doprdio. Mariana no queria emprestar, mas, com ainsistncia da amiga, resolveu ceder, fazendoquesto de demonstrar todo o seu cime por aquelebrinquedo to especial.

    Ao regressar do passeio, Mariana ficou chocada aover o seu conjuntinho de ch jogado no cho.

    Faltavam algumas xcaras e a bandejinha estavatoda quebrada. Chorando e muito nervosa, Marianadesabafou:

    - Est vendo, mame, o que a Jlia fez comigo? Emprestei o meu brinquedo, elaestragou tudo e ainda deixou jogado no cho.

    Totalmente descontrolada, Mariana queria, porque queria, ir ao apartamento de Jliapedir explicaes. Mas a mame, com muito carinho, ponderou:

    - Filhinha, lembra daquele dia quando voc saiu com seu vestido novo todo branquinhoe um carro, passando, jogou lama em sua roupa? Ao chegar sua casa voc queria lavarimediatamente aquela sujeira, mas a vov no deixou. Voc lembra do que a vovfalou?

    - Ela falou que era para deixar o barro secar primeiro. Depois ficava mais fcil limpar.

    - Pois , minha filha! Com a raiva a mesma coisa. Deixa a raiva secar primeiro.Depois fica bem mais fcil resolver tudo.

    Mariana no entendeu muito bem, mas resolveu ir para a sala ver televiso.

    Logo depois algum tocou a campainha. Era Jlia, toda sem graa, com um embrulhona mo. Sem que houvesse tempo para qualquer pergunta, ela foi falando:

    - Mariana, sabe aquele menino mau da outra rua que fica correndo atrs da gente? Eleveio querendo brincar comigo e eu no deixei. A ele ficou bravo e estragou o brinquedoque voc havia me emprestado. Quando eu contei para a mame ela ficou preocupada efoi correndo comprar outro brinquedo igualzinho para voc. Espero que voc no fiquecom raiva de mim. No foi minha culpa.

    - No tem problema, disse Mariana, minha raiva j secou. E, tomando a sua coleguinha

    pela mo, levou-a para o quarto para contar a histria do vestido novo que havia sujadode barro.

  • 8/4/2019 E-Book Metforas

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    Passe adiante...Ele quase no viu a senhora, com o carroparado no acostamento. Mas percebeuque ela precisava de ajuda. Assim parouseu carro e se aproximou. O carro dela

    cheirava a tinta, de to novinho. Mesmocom o sorriso que ele estampava na face,ela ficou preocupada. Ningum tinhaparado para ajudar durante a ultima hora.Ele iria aprontar alguma? Ele no pareciaseguro, parecia pobre e faminto.

    Ele pode ver que ela estava com muitomedo e disse:

    - Eu estou aqui para ajudar madame. Por

    que no espera no carro onde estaquentinho? A propsito, meu nome

    Bryan.

    Bem, tudo que ela tinha era um pneu furado, mas para uma senhora era ruim o bastante.Bryan abaixou-se, colocou o macaco e levantou o carro. Logo ele j estava trocando opneu. Mas ele ficou um tanto sujo e ainda feriu uma das mos.

    Enquanto ele apertava as porcas da roda ela abriu a janela e comeou a conversar comele. Contou que era de St.Louis e s estava de passagem por ali e que no sabia comoagradecer pela preciosa ajuda. Bryan apenas sorriu enquanto se levantava. Elaperguntou quanto devia. Qualquer quantia teria sido muito pouco para ela. J tinhaimaginado todos as terrveis coisas que poderiam ter acontecido se Bryan no tivesseparado.

    Bryan no pensava em dinheiro. Aquilo no era um trabalho para ele. Gostava de ajudarquando algum tinha necessidade e Deus j lhe ajudara bastante. Este era seu modo deviver e nunca lhe ocorreu agir de outro modo. Ele respondeu:

    - Se realmente quiser me reembolsar, da prxima vez que encontrar algum que precisede ajuda, d para aquela pessoa a ajuda que precisar.

    E acrescentou:

    -... e pense em mim.

    Ele esperou at que ela sasse com o carro e tambm se foi. Tinha sido um dia frio edeprimido, mas ele se sentia bem, indo para casa, desaparecendo no crepsculo.Algumas milhas abaixo a senhora encontrou um pequeno restaurante.

    Ela entrou para comer alguma coisa. Era um restaurante sujo. A cena inteira eraestranha para ela. A garonete veio ate ela e trouxe-lhe uma toalha limpa para que

    pudesse esfregar e secar o cabelo molhado e lhe dirigiu um doce sorriso, um sorriso quemesmo os ps doendo por um dia inteiro de trabalho no pode apagar.

  • 8/4/2019 E-Book Metforas

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    A senhora notou que a garonete estava com quase oito meses de gravidez, mas ela nodeixou a tenso e as dores mudarem sua atitude. A senhora ficou curiosa em saber comoalgum que tinha to pouco, podia tratar to bem a um estranho.

    Ento se lembrou de Bryan. Depois que terminou a refeio, enquanto a garonetebuscava troco para a nota de cem dlares, a senhora se retirou.

    J tinha partido quando a garonete voltou. A garonete ainda queria saber onde asenhora poderia ter ido quando notou algo escrito no guardanapo, sob o qual tinha mais4 notas de $100 dlares. Havia lagrimas em seus olhos quando leu o que a senhoraescreveu. Dizia: "Voc no me deve nada, eu j tenho o bastante. Algum me ajudouuma vez e da mesma forma estou lhe ajudando. Se voc realmente quiser me reembolsarno deixe este circulo de amor terminar com voc".

    Bem, haviam mesas para limpar, aucareiros para encher, e pessoas para servir. Aquela

    noite, quando foi para casa e deitou-se na cama, ficou pensando no dinheiro e no que asenhora deixou escrito. Como pode aquela senhora saber o quanto ela e o maridoprecisavam disto? Com o bebe para o prximo ms, como estava difcil! Ela virou-separa o preocupado marido que dormia ao lado, deu-lhe um beijo macio e sussurrou:

    - Tudo ficar bem; eu te amo, Bryan.

  • 8/4/2019 E-Book Metforas

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    A Casa dos mil espelhosTempos atrs em um distante e pequenovilarejo, havia um lugar conhecido como acasa dos 1000 espelhos. Um pequeno efeliz cozinho soube deste lugar e decidiu

    visitar. L chegando, saltitou feliz escadaacima at a entrada da casa. Olhou atravsda porta de entrada com suas orelhinhasbem levantadas e a cauda balanando torapidamente quanto podia. Para sua grandesurpresa, deparou-se com outros 1000pequenos e felizes cezinhos, todos comsuas caudas balanando to rapidamentequanto a dele. Abriu um enorme sorriso, efoi correspondido com 1000 enormessorrisos.

    Quando saiu da casa, pensou,

    - Que lugar maravilhoso! Voltarei sempre, um monto de vezes.

    Neste mesmo vilarejo, um outro pequeno cozinho, que no era to feliz quanto oprimeiro, decidiu visitar a casa. Escalou lentamente as escadas e olhou atravs da porta.Quando viu 1000 olhares hostis de ces que lhe olhavam fixamente, rosnou e mostrouos dentes e ficou horrorizado ao ver 1000 ces rosnando e mostrando os dentes para ele.

    Quando saiu, ele pensou,

    - Que lugar horrvel, nunca mais volto aqui.

    Todos os rostos no mundo so espelhos.

  • 8/4/2019 E-Book Metforas

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    O eterno descontenteUm homem descontente com a sorte queixava-sede Deus.- Deus d aos outros as riquezas, e a mim no dcoisa alguma. Como que posso ser feliz nesta

    vida, sem possuir nada?

    Um velho ouviu estas palavras e lhe disse:- Acaso voc to pobre quanto diz? Deus nolhe deu, porventura, sade e mocidade?

    - No digo que no, at me orgulho bastante daminha fora e da minha juventude.

    O velho ento pegou na mo direita do homem elhe perguntou:

    - Deixe-me cortar esta mo por mil dinheiros?

    - Nem por doze mil!

    - E a esquerda?

    - Tambm no!

    - E por dez mil dinheiros voc ficaria cego por toda vida?

    - Nem um olho daria por tal dinheiro!

    - Veja - observou o velho - quanta riqueza Deus lhe deu e voc ainda se queixa?

  • 8/4/2019 E-Book Metforas

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    Abrindo a portaNuma terra em guerra, havia um rei quecausava espanto.Cada vez que fazia prisioneiros, no os matava,levava-os a uma sala, que tinha um grupo de

    arqueiros em um canto e uma imensa porta deferro do outro, na qual haviam gravadas figurasde caveiras.Nesta sala ele os fazia ficar em crculo, e entodizia:- Vocs podem escolher morrer flechados pormeus arqueiros, ou passarem por aquela porta epor mim l serem trancados.Todos os que por ali passaram, escolhiamserem mortos pelos arqueiros.Ao trmino da guerra, um soldado que por

    muito tempo servira o rei, disse-lhe:Senhor, posso lhe fazer uma pergunta?- Diga, soldado.

    - O que havia por trs da assustadora porta?- V e veja.O soldado ento a abre vagarosamente, e percebe que a medida que o faz, raios de solvo adentrando e clareando o ambiente, at que totalmente aberta, nota que a portalevava a um caminho que sairia rumo a liberdade.O soldado admirado apenas olha seu rei que diz:Eu dava a eles a escolha, mas preferiram morrer a arriscar abrir esta porta.

    Quantas portas deixamos de abrir pelo medo de arriscar ?Quantas vezes perdemos a liberdade, apenas por sentirmos medo de abrir a porta denossos sonhos?

  • 8/4/2019 E-Book Metforas

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    Tolo?Conta-se que numa pequena cidade dointerior um grupo de pessoas se divertiacom o idiota da aldeia...Um pobrecoitado de pouca inteligncia, que vivia

    de pequenos biscates e esmolas.Diariamente eles chamavam o bobo aobar onde se reuniam e ofereciam a ele aescolha entre duas moedas - umagrande de 400 ris e outra menor, dedois mil ris. Ele sempre escolhia amaior e menos valiosa, o que eramotivo de risos para todos.Certo dia, um dos membros do grupochamou-o e lhe perguntou se ainda nohavia percebido que a moeda maior

    valia menos.

    "Eu sei" - respondeu o no to toloassim - "ela vale cinco vezes menos,mas no dia que eu escolher a outra, abrincadeira acaba e no vou maisganhar minha moeda".

  • 8/4/2019 E-Book Metforas

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    Agenda do prazer" idosa, mas o seu rosto to calmo! Asdificuldades no a pouparam, mas parece sersuperior a todas as preocupaes e a todos osaborrecimentos que so o quinho das

    mulheres."

    Assim falava uma pessoa que se impacientavafacilmente. Perguntou velha senhora o segredoda sua felicidade.

    Com um sorriso luminoso, esta ltimarespondeu-lhe:

    - Cara amiga, tenho a minha Agenda do Prazer.

    - O qu?

    - A minha agenda do prazer. H j muito tempoque aprendi isto: nenhum dia assim to triste que no tenha algum raio de luz, ecomecei a escrever todas as pequenas coisas boas que me aconteciam.

    Desde que sa da escola, mantive fielmente todos os anos a minha agenda em dia.

    Contm muitos detalhes insignificantes: um vestido novo, uma conversa com umaamiga, uma ateno do meu marido, uma flor, um livro, um passeio de carro, um por dosol, a lua cheia, um bom almoo, tudo isto est na minha agenda e quando me sinto umpouco triste ou com o moral em baixa, releio algumas pginas para me rememorar quemulher feliz eu sou.

    Mostro-lha, se isso lhe interessa.A mulher descontente e entediada pegou na agenda que lhe estendia a amiga, e viroulentamente as pginas.

    Num dia, lamos isto: "Recebi uma carta amorosa de minha me, vi um lindo lrio,brinquei com uma criana na rua, tomei chuva. Encontrei a jia que pensava ter perdido.Encontrei uma jovem alegre e bonita. O meu marido trouxe-me rosas hoje noite.Ouvi

    uma msica que me encheu de alegria "Fragmentos de leituras feitas durante o dia tambm figuravam na agenda, de tal maneiraque esta ltima era uma mina de verdade e de beleza.

    - Descobriu um prazer todos os dias para anotar? perguntou a amiga ansiosa.

    - Sim, todos os dias; queria que a minha teoria se tornasse uma realidade, foi-lherespondido com uma voz grave.

    A outra continuou a virar as pginas e chegou a uma que continha estas palavras:

    "Morreu segurando a minha mo na dele e o meu nome nos seus lbios."

  • 8/4/2019 E-Book Metforas

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    "Mais, Papai, Mais..."Recentemente, uma mulher segurou meu braoaps uma palestra que fiz a respeito da enormenecessidade que temos de auto-afirmao.

    - Ricardo, posso contar-lhe minha histria?ela perguntou.Na verdade, uma histria arespeito do que meu filho fez com minha neta eque ilustra o que foi dito aqui, a importncia daauto-afirmao.

    - Meu filho tem duas filhasela prosseguiu -,uma com cinco anos e outra com aquela"terrvel" idade de dois anos.

    Quando uma av usa a palavra "terrvel" para

    descrever um neto ou uma neta, podemacreditar, porque verdade!

    - Nesses ltimos anos, meu filho tem levado amenina mais velha para passear com ele, mas

    s levou a mais nova recentemente. No primeiro passeio com ela, levou-a para tomarcaf da manh em uma lanchonete.

    Quando chegaram as panquecas, meu filho achou o momento seria propcio para dizer filha quanto ele a amava.

    - Paulinhaele disse filhaquero que voc saiba quanto eu a amo e como voc especial para a mame e para mim. Oramos por voc durante anos, e, agora que estaqui e se transformou em uma menina to linda, estamos muito orgulhosos de voc.

    Depois de dizer isso, ele parou de falar e esticou o brao para pegar o garfo e comear acomer... mas no chegou a coloc-lo na boca. A menina ps a mo sobre a do pai. Eleolhou para a filha e, com voz meiga e suplicante, ela disse:

    - Mais, papai... mais.

    Ele pousou o garfo na mesa, e prosseguiu, apresentando outros motivos que o levaram aamar tanto a filha, e, em seguida, fez meno de pegar o garfo novamente. Pela segundavez... terceira vez... e quarta vez, ele ouviu as palavras.

    - Mais, papai... mais.

    Aquele pai quase no conseguiu saborear o desjejum naquela manh, mas sua filharecebeu o sustento emocional de que tanto necessitava. Alguns dias depois, ela correuespontaneamente em direo me e disse:

    - Eu sou uma filha muito especial, mame. Foi o papai que disse!

  • 8/4/2019 E-Book Metforas

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    Joo e MarioJoo era um importante empresrio. Moravaem um apartamento de cobertura, na zonanobre da cidade.

    Naquele dia, Joo deu um longo beijo emsua amada e fez em silncio a sua oraomatinal de agradecimento a Deus pela suavida, seu trabalho e suas realizaes.

    Aps tomar caf com a esposa e os filhos,Joo levou-os ao colgio e se dirigiu a umade suas empresas.

    Chegando l, cumprimentou com umsorriso os funcionrios, inclusive Dona

    Tereza, a faxineira.

    Tinha ele inmeros contratos para assinar,decises a tomar, reunies com vriosdepartamentos da empresa, contatos com

    fornecedores e clientes, mas a primeira coisa que disse para sua secretria foi: "Calma,fazer uma coisa de cada vez, sem stress".

    Ao chegar a hora do almoo, ele foi para casa curtir a famlia. A tarde tomouconhecimento que o faturamento do ms superou os objetivos e mandou anunciar quetodos os funcionrios teriam gratificaes salariais no ms seguinte. Apesar da suacalma, ou talvez, por causa dela, conseguiu resolver tudo que estava agendado paraaquele dia. Como j era sexta-feira, Joo foi ao supermercado, voltou para casa, saiucom a famlia para jantar e depois foi dar uma palestra para estudantes, sobre motivaopara vencer na vida.

    Enquanto isso, em bairro mais pobre de outra capital, vive Mrio. Como fazia em todasas sextas-feiras, Mrio foi para o bar jogar sinuca e beber com amigos. J chegou lnervoso, pois estava desempregado. Um amigo seu tinha lhe oferecido uma vaga em suaoficina como auxiliar de mecnico, mas ele recusou, alegando no gostar do tipo detrabalho. Mrio no tinha filhos e estava tambm sem uma companheira, pois sua

    terceira mulher, partiu dias antes, dizendo que estava cansada de ser espancada e deviver com um intil.

    Ele estava morando de favor, num quarto imundo no poro de uma casa.

    Naquele dia, Mrio bebeu mais algumas, jogou, bebeu, jogou e bebeu at o dono do barpedir para ele ir embora. Ele pediu para pendurar a sua conta, mas seu crdito haviaacabado, ento armou uma tremenda confuso... e o dono do bar o colocou para fora.

    Sentado na calada, Mrio chorava pensando no que havia se tornado sua vida, quandoseu nico amigo, o mecnico, apareceu aps lev-lo para casa e curando um pouco o

    porre, ele perguntou a Mrio: - "Diga-me por favor, o que fez com que voc chegasseat o fundo do poo desta maneira?"

  • 8/4/2019 E-Book Metforas

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    Mrio ento desabafou:

    - A minha famlia... Meu pai foi um pssimo exemplo. Ele bebia, batia em minha me,no parava em emprego nenhum. Tnhamos uma vida miservel.

    Quando minha me morreu doente, por falta de condies, eu sa de casa, revoltado coma vida e com o mundo. Tinha um irmo gmeo, chamado Joo, que tambm saiu de casano mesmo dia, mas foi para um rumo diferente, nunca mais o vi. Deve estar vivendodesta mesma forma.

    Enquanto isso, na outra capital, Joo terminava sua palestra para estudantes. J estava sedespedindo quando um aluno ergueu o brao e lhe fez a seguinte pergunta:- "Diga-me por favor, o que fez com que o senhor chegasse at onde est hoje, umgrande empresrio e um grande ser humano?"

    Joo emocionado, respondeu:

    - "A minha famlia. Meu pai foi um pssimo exemplo. Ele bebia, batia em minha me,no parava em emprego nenhum. Tnhamos uma vida miservel.

    Quando minha me morreu, por falta de condies, eu sa de casa, decidido que noseria aquela vida que queria para mim e minha futura famlia.

    Tinha um irmo gmeo, chamado Mrio, que tambm saiu de casa no mesmo dia, masfoi para um rumo diferente, nunca mais o vi. Deve estar vivendo desta mesma forma."

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    Sobre a coragem de experimentarUm rei submeteu sua corte prova parapreencher um cargo importante. Umgrande nmero de homens poderosos esbios reuniu-se ao redor do monarca.

    " vs, sbios", disse o rei, "eu tenhoum problema e quero ver qual de vstem condies de resolv-lo."

    Ele conduziu os homens a uma portaenorme, maior do que qualquer outrapor eles j vista.

    O rei esclareceu:"Aqui vedes a maior e mais pesada

    porta de meu reino. Quem dentre vspode abri-la?

    "Alguns dos cortesos simplesmentebalanaram a cabea. Outros, contadosentre os sbios, olharam a porta mais deperto, mas reconheceram no ter

    capacidade de faz-lo.

    Tendo escutado o parecer dos sbios, o restante da corte concordou que o problema eradifcil demais para ser resolvido. Somente um nico vizir aproximou-se da porta.

    Ele examinou-a com os olhos e os dedos, tentou mov-la de muitas maneiras e,finalmente, puxou-a com fora. E a porta abriu-se.

    Ela tinha estado apenas encostada, no completamente fechada, e as nicas coisasnecessrias para abri-la eram a disposio de reconhecer tal fato e a coragem de agircom audcia.

    O rei disse: "Tu recebers a posio na corte, pois no confias apenas naquilo que vsou ouves; tu colocas em ao tuas prprias faculdades e arriscas experimentar."

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    Afiando o Machado !No Alasca, um esporte tradicional cortarrvores. H lenhadores famosos, com domnio,habilidade e energia no uso do machado.Querendo tornar-se tambm um grande

    lenhador, um jovem escutou falar do melhor detodos os lenhadores do pas. Resolveu procur-lo.

    - Quero ser seu discpulo. Quero aprender acortar rvore como o senhor.

    O jovem empenhou-se no aprendizado daslies do mestre, e depois de algum tempoachou-se melhor que ele. Mais forte, mais gil,mais jovem, venceria facilmente o velho

    lenhador. Desafiou o mestre para umacompetio de oito horas, para ver qual dosdois cortaria mais rvores.

    O desafio foi aceito, e o jovem lenhadorcomeou a cortar rvores com entusiasmo e vigor. Entre uma rvore e outra, olhava parao mestre, mas na maior parte das vezes o via sentado. O jovem voltava s suas rvores,certo da vitria, sentindo piedade pelo velho mestre.

    Quando terminou o dia, para grande surpresa do jovem, o velho mestre havia cortadomuito mais rvores do que o seu desafiante.

    - Mas como que pode?surpreendeu-se. Quase todas as vezes em que olhei, vocestava descansando!

    - No, meu filho, eu no estava descansando. Estava afiando o machado. Foi por issoque voc perdeu.

    Aprendizado um processo que no tem fim. Sempre temos algo a aprender. O tempoutilizado para afiar o machado recompensado valiosamente. O reforo no aprendizado,que dura a vida toda, como afiar sempre o machado. Continue afiando o seu.

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    A Linha Mgica"Era uma vez uma viva que tinhaum filho chamado Pedro. O meninoera forte e so, mas no gostava deir escola e passava o tempo todo

    sonhando acordado.

    - Pedro, com o que voc estsonhando a uma hora destas? -perguntava-lhe a professora.

    - Estava pensando no que sereiquando crescer - respondia ele.

    - Seja paciente. H muito tempopara pensar nisso. Depois de

    crescido, nem tudo divertimento,sabe? - dizia ela.

    Mas Pedro tinha dificuldades paraapreciar qualquer coisa queestivesse fazendo no momento, eansiava sempre pela prxima. No

    inverno, ansiava pelo retorno do vero; e no vero, sonhava com passeios de esqui etren, e com as fogueiras acesas durante o inverno. Na escola, ansiava pelo fim do dia,quando poderia voltar para casa; e nas noites de domingo, suspirava dizendo: "Se asfrias chegassem logo!" O que mais o entretinha era brincar com a amiga Lise. Eracompanheira to boa quanto qualquer menino, e a ansiedade de Pedro no a afetava, elano se ofendia. "Quando crescer, vou casar-me com ela", dizia Pedro consigo mesmo.

    Costumava perder-se em caminhadas pela floresta, sonhando com o futuro. s vezes,deitava-se ao sol sobre o cho macio, com as mos postas sob a cabea, e ficavaolhando o cu atravs das copas altas das rvores. Uma tarde quente, quando estavaquase caindo no sono, ouviu algum chamando por ele. Abriu os olhos e sentou-se. Viuuma mulher idosa em p sua frente. Ela trazia na mo uma bola prateada, da qualpendia uma linha de seda dourada.

    - Olhe o que tenho aqui, Pedro - disse ela, oferecendo-lhe o objeto.- O que isso? - perguntou, curioso, tocando a fina linha dourada.

    - a linha da sua vida - retrucou a mulher. - No toque nela e o tempo passarnormalmente. Mas se desejar que o tempo ande mais rpido, basta dar um leve puxo nalinha e uma hora passar como se fosse um segundo. Mas devo avis-lo: uma vez que alinha tenha sido puxada, no poder ser colocada de volta dentro da bola. Eladesaparecer como uma nuvem de fumaa. A bola sua. Mas se aceitar meu presente,no conte para ningum; seno, morrer no mesmo dia. Agora diga, quer ficar com ela?

    Pedro tomou-lhe das mos o presente, satisfeito. Era exatamente o que queria.Examinou-a. Era leve e slida, feita de uma pea s. Havia apenas um furo de onde saa

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    a linha brilhante. O menino colocou-a no bolso e foi correndo para casa. L chegando,depois de certificar-se da ausncia da me, examinou-a outra vez. A linha parecia sairlentamente de dentro da bola, to devagar que era difcil perceber o movimento a olhonu. Sentiu vontade de dar-lhe um rpido puxo, mas no teve coragem. Ainda no.

    No dia seguinte na escola, Pedro imaginava o que fazer com sua linha mgica. Aprofessora o repreendeu por no se concentrar nos deveres. "Se ao menos", pensou ele,"fosse a hora de ir para casa!" Tateou a bola prateada no bolso. Se desse apenas umpequeno puxo, logo o dia chegaria ao fim. Cuidadosamente, pegou a linha e puxou. Derepente, a professora mandou que todos arrumassem suas coisas e fossem embora,organizadamente. Pedro ficou maravilhado. Correu sem parar at chegar em casa. Comoa vida seria fcil agora! Todos seus problemas haviam terminado. Dali em diante,passou a puxar a linha, s um pouco, todos os dias.

    Entretanto, logo apercebeu-se que era tolice puxar a linha apenas um pouco todos osdias. Se desse um puxo mais forte, o perodo escolar estaria concludo de uma vez.

    Ora, poderia aprender uma profisso e casar-se com Lise. Naquela noite, ento, deu umforte puxo na linha, e acordou na manh seguinte como aprendiz de um carpinteiro dacidade. Pedro adorou sua nova vida, subindo em telhados e andaimes, erguendo ecolocando a marteladas enormes vigas que ainda exalavam o perfume da floresta. Mass vezes, quando o dia do pagamento demorava a chegar, dava um pequeno puxo nalinha e logo a semana terminava, j era a noite de sexta-feira e ele tinha dinheiro nobolso.

    Lise tambm mudara-se para a cidade e morava com a tia, que lhe ensinava os afazeresdo lar. Pedro comeou a ficar impaciente acerca do dia em que se casariam. Era difcilviver to perto e to longe dela, ao mesmo tempo. Perguntou-lhe, ento, quandopoderiam se casar.

    - No prximo ano - disse ela. - Eu j terei aprendido a ser uma boa esposa.

    Pedro tocou com os dedos a bola prateada no bolso.

    - Ora, o tempo vai passar bem rpido - disse, com muita certeza.

    Naquela noite, no conseguiu dormir. Passou o tempo todo agitado, virando de um ladopara outro na cama. Tirou a bola mgica que estava debaixo do travesseiro. Hesitou um

    instante; logo a impacincia o dominou, e ele puxou a linha dourada. Pela manh,descobriu que o ano j havia passado e que Lise concordara afinal com o casamento.Pedro sentiu-se realmente feliz.

    Mas antes que o casamento pudesse realizar-se, recebeu uma carta com aspecto dedocumento oficial. Abriu-a, trmulo, e leu a noticia de que deveria apresentar-se aoquartel do exrcito na semana seguinte para servir por dois anos. Mostrou-a,desesperado, para Lise.

    - Ora - disse ela -, no h o que temer, basta-nos esperar. Mas o tempo passar rpido,voc vai ver. H tanto o que preparar para nossa vida a dois!

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    Pedro sorriu com galhardia, mas sabia que dois anos durariam uma eternidade parapassar.

    Quando j se acostumara vida no quartel, entretanto, comeou a achar que no era toruim assim. Gostava de estar com os outros rapazes, e as tarefas no eram to rduas a

    princpio. Lembrou-se da mulher aconselhando-o a usar a linha mgica com sabedoria eevitou us-la por algum tempo. Mas logo tornou a sentir-se irrequieto. A vida noexrcito o entediava com tarefas de rotina e rgida disciplina. Comeou a puxar a linhapara acelerar o andamento da semana a fim de que chegasse logo o domingo, ou o diada sua folga. E assim se passaram os dois anos, como se fosse um sonho.

    Terminado o servio militar, Pedro decidiu no mais puxar a linha, exceto por umanecessidade absoluta. Afinal, era a melhor poca da sua vida, conforme todos lhediziam. No queria que acabasse to rpido assim. Mas ele deu um ou dois pequenospuxes na linha, s para antecipar um pouco o dia do casamento. Tinha muita vontadede contar para Lise seu segredo; mas sabia que se contasse, morreria.

    No dia do casamento, todos estavam felizes, inclusive Pedro. Ele mal podia esperar paramostrar-lhe a casa que construra para ela. Durante a festa, lanou um rpido olhar paraa me. Percebeu, pela primeira vez, que o cabelo dela estava ficando grisalho.Envelhecera rapidamente. Pedro sentiu uma pontada de culpa por ter puxado a linhacom tanta freqncia. Dali em diante, seria muito mais parcimonioso com seu uso, e sa puxaria se fosse estritamente necessrio.

    Alguns meses mais tarde, Lise anunciou que estava esperando um filho. Pedro ficouentusiasmadssimo, e mal podia esperar. Quando o beb nasceu, ele achou que no iriaquerer mais nada na vida. Mas sempre que o beb adoecia ou passava uma noite emclaro chorando, ele puxava a linha um pouquinho para que o beb tornasse a ficarsaudvel e alegre.

    Os tempos andavam difceis. Os negcios iam mal e chegara ao poder um governo quemantinha o povo sob forte arrocho e pesados impostos, e no tolerava oposio. Quemquer que fosse tido como agitador era preso sem julgamento, e um simples boatobastava para se condenar um homem. Pedro sempre fora conhecido por dizer o quepensava, e logo foi preso e jogado numa cadeia. Por sorte, trazia a bola mgica consigoe deu um forte puxo na linha. As paredes da priso se dissolveram diante dos seusolhos e os inimigos foram arremessados distncia numa enorme exploso. Era a guerra

    que se insinuava, mas que logo acabou, como uma tempestade de vero, deixando orastro de uma paz exaurida. Pedro viu-se de volta ao lar com a famlia. Mas era agoraum homem de meia-idade.

    Durante algum tempo, a vida correu sem percalos, e Pedro sentia-se relativamentesatisfeito. Um dia, olhou para a bola mgica e surpreendeu-se ao ver que a linha passarada cor dourada para a prateada. Foi olhar-se no espelho. Seu cabelo comeava a ficargrisalho e seu rosto apresentava rugas onde nem se podia imagin-las. Sentiu um medosbito e decidiu usar a linha com mais cuidado ainda do que antes. Lise dera-lhe outrosfilhos e ele parecia feliz como chefe da famlia que crescia. Seu modo imponente de serfazia as pessoas pensarem que ele era algum tipo de dspota benevolente. Possua um ar

    de autoridade como se tivesse nas mos o destino de todos. Mantinha a bola mgica

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    bem escondida, resguardada dos olhos curiosos dos filhos, sabendo que se algum adescobrisse, seria fatal.

    Cada vez tinha mais filhos, de modo que a casa foi ficando muito cheia de gente.Precisava ampli-la, mas no contava com o dinheiro necessrio para a obra. Tinha

    outras preocupaes, tambm. A me estava ficando idosa e parecia mais cansada como passar dos dias. No adiantava puxar a linha da bola mgica, pois isto s aceleraria achegada da morte para ela. De repente, ela faleceu, e Pedro, parado diante do tmulo,pensou como a vida passara to rpido, mesmo sem fazer uso da linha mgica.

    Uma noite, deitado na cama, sem conseguir dormir, pensando nas suas preocupaes,achou que a vida seria bem melhor se todos os filhos j estivessem crescidos e comcarreiras encaminhadas. Deu um fortssimo puxo na linha, e acordou no dia seguintevendo que os filhos j no estavam mais em casa, pois tinham arranjado empregos emdiferentes cantos do pas, e que ele e a mulher estavam ss. Seu cabelo estava quasetodo branco e doam-lhe as costas e as pernas quando subia uma escada ou os braos

    quando levantava uma viga mais pesada. Lise tambm envelhecera, e estava quasesempre doente. Ele no agentava v-la sofrer, de tal forma que lanava mo da linhamgica cada vez mais freqentemente. Mas bastava ser resolvido um problema, e joutro surgia em seu lugar. Pensou que talvez a vida melhorasse se ele se aposentasse.Assim, no teria que continuar subindo nos edifcios em obras, sujeito a lufadas devento, e poderia cuidar de Lise sempre que ela adoecesse. O problema era a falta dedinheiro suficiente para sobreviver. Pegou a bola mgica, ento, e ficou olhando. Paraseu espanto viu que a linha no era mais prateada, mas cinza, e perdera o brilho.Decidiu ir para a floresta dar um passeio e pensar melhor em tudo aquilo.

    J fazia muito tempo que no ia quela parte da floresta. Os pequenos arbustos haviamcrescido, transformando-se em rvores frondosas, e foi difcil encontrar o caminho quecostumava percorrer. Acabou chegando a um banco no meio de uma clareira. Sentou-separa descansar e caiu em sono leve. Foi despertado por uma voz que chamava-o pelonome: "Pedro! Pedro!"

    Abriu os olhos e viu a mulher que encontrara havia tantos anos e que lhe dera a bolaprateada com a linha dourada mgica. Aparentava a mesma idade que tinha no dia emquesto, exatamente igual. Ela sorriu para ele.

    - E ento, Pedro, sua vida foi boa? - perguntou.

    - No estou bem certo - disse ele. - Sua bola mgica maravilhosa. Jamais tive quesuportar qualquer sofrimento ou esperar por qualquer coisa em minha vida. Mas tudofoi to rpido. Sinto como se no tivesse tido tempo de apreender tudo que se passoucomigo; nem as coisas boas, nem as ruins. E agora falta to pouco tempo! No ousomais puxar a linha, pois isto s anteciparia minha morte. Acho que seu presente no metrouxe sorte.

    - Mas que falta de gratido! - disse a mulher. - Como voc gostaria que as coisas fossemdiferentes?

    - Talvez se voc tivesse me dado uma outra bola, que eu pudesse puxar a linha para forae para dentro tambm. Talvez, ento, eu pudesse reviver as coisas ruins.

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    A mulher riu-se. - Est pedindo muito! Voc acha que Deus nos permite viver nossasvidas mais de uma vez? Mas posso conceder-lhe um ltimo desejo, seu tolo exigente.

    - Qual? - perguntou ele.

    - Escolha - disse ela. Pedro pensou bastante. Depois de um bom tempo, disse: - Eugostaria de tornar a viver minha vida, como se fosse a primeira vez, mas sem sua bolamgica. Assim poderei experimentar as coisas ruins da mesma forma que as boas semencurtar sua durao, e pelo menos minha vida no passar to rpido e no perder osentido como um devaneio.

    - Assim seja - disse a mulher. - Devolva-me a bola. Ela esticou a mo e Pedro entregou-lhe a bola prateada. Em seguida, ele se recostou e fechou os olhos, exausto.

    Quando acordou, estava na cama. Sua jovem me se debruava sobre ele, tentando

    acord-lo carinhosamente.

    - Acorde, Pedro. No v chegar atrasado na escola. Voc estava dormindo como umapedra!

    Ele olhou para ela, surpreso e aliviado.

    Tive um sonho horrvel, me. Sonhei que estava velho e doente e que minha vidapassara como num piscar de olhos sem que eu sequer tivesse algo para contar. Nem aomenos algumas lembranas.

    A me riu-se e fez que no com a cabea.

    Isso nunca vai acontecer disse ela. As lembranas so algo que todos temos, mesmoquando velhos. Agora, ande logo, v se vestir. A Lise est esperando por voc, nodeixe que se atrase por sua causa.

    A caminho da escola em companhia da amiga, ele observou que estavam em plenovero e que fazia uma linda manh, uma daquelas em que era timo estar vivendo. Empoucos minutos, estariam encontrando os amigos e colegas, e mesmo a perspectiva deenfrentar algumas aulas no parecia to ruim assim. Na verdade, ele mal podia esperar."

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    Aprendendo a dizer no!Quando Angela tinha apenas dois ou

    trs anos, seus pais a ensinaram anunca dizer NO. Ela deviaconcordar com tudo o que elesfalassem, pois, do contrrio, era umapalmada e cama.

    Assim, Angela tornou-se umacriana dcil, obediente, que nuncase zangava. Repartia suas coisas comos outros, era responsvel, nobrigava, obedecia a todas as regras, e

    para ela os pais estavam semprecertos.

    A maioria dos professores valorizavamuito essas qualidades, porm osmais sensveis se perguntavam comoAngela se sentia por dentro.

    ngela cresceu cercada de amigos que gostavam dela por causa de sua meiguice e desua extrema prestatividade: mesmo que tivesse algum problema, ela nunca se recusava aajudar os outros.

    Aos trinta e trs anos, Angela estava casada com um advogado e vivia com sua famlianuma casa confortvel. Tinha dois lindos filhos e, quando algum lhe perguntava comose sentia, ela sempre respondia: "Est tudo bem."

    Mas, numa noite de inverno, perto do Natal, Angela no conseguiu pegar no sono, acabea tomada por terrveis pensamentos. De repente, sem saber o motivo, ela sesurpreendeu desejando com tal intensidade que sua vida acabasse, que chegou a pedir aDeus que a levasse.

    Ento ela ouviu, vinda do fundo do seu corao, uma voz serena que, baixinho, disseapenas uma palavra: NO.

    Naquele momento, Angela soube exatamente o que devia fazer. E eis o que ela passou adizer queles a quem mais amava:

    No, no quero.

    No, no concordo.

    No, faa voc.

    No, isso no serve pra mim.

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    No, eu quero outra coisa.

    No, isso doeu muito.

    No, estou cansada.

    No, estou ocupada.

    No, prefiro outra coisa.

    Sua famlia sofreu um impacto, seus amigos reagiram com surpresa. ngela era outrapessoa, notava-se isso nos seus olhos, na sua postura, na forma serena mas afirmativacom que passou a expressar o seu desejo.

    Levou tempo para que Angela incorporasse o direito de dizer NO sua vida. Mas a

    mudana que se operou nela contagiou sua famlia e seus amigos. O marido, a princpiochocado, foi descobrindo na sua mulher uma pessoa interessante, original, e no umamera extenso dele mesmo. Os filhos passaram a aprender com a me o direito doprprio desejo. E os amigos que de fato amavam Angela, embora muitas vezesdesconcertados, se alegraram com a transformao.

    medida que Angela foi se tornando mais capaz de dizer NO, as mudanas seampliaram. Agora ela tem muito mais conscincia de si mesma, dos seus sentimentos,talentos, necessidades e objetivos. Trabalha, administra seu prprio dinheiro, e naseleies escolhe seus candidatos.

    Muitas vezes ela fala com seus filhos: "Cada pessoa diferente das outras e bom agente descobrir como cada um . O importante dizer o que voc quer e ouvir o desejodo outro, dizer a sua opinio e ouvir o que o outro acha. S assim podemos aprender ecrescer. S assim podemos ser felizes."

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    A Cenoura, o Ovo, o CafUma filha se queixou a seu pai sobresua vida e de como as coisas estavamto difceis para ela. Ela j no sabiamais o que fazer e queria desistir.

    Estava cansada de lutar e combater.Parecia que assim que um problemaestava resolvido um outro surgia.

    Seu pai, um cozinheiro, levou-a at acozinha dele. Encheu trs panelas comgua e colocou cada uma delas em fogoalto. Em uma ele colocou cenouras, emoutra colocou ovos e, na ltima p decaf. Deixou que tudo fervesse, sem

    dizer uma palavra.

    A filha deu um suspiro e esperou impacientemente, imaginando o que ele estariafazendo.

    Cerca de vinte minutos depois, ele apagou as bocas de gs. Pescou as cenouras e ascolocou em uma tigela. Retirou os ovos e os colocou em uma tigela. Ento pegou o cafcom uma concha e o colocou em uma tigela. Virando-se para ela, perguntou:

    - Querida, o que voc est vendo?

    - Cenouras, ovos e caf. - ela respondeu.

    Ele a trouxe para mais perto e pediu-lhe para experimentar as cenouras.

    Ela obedeceu e notou que as cenouras estavam macias.

    Ele, ento, pediu-lhe que pegasse um ovo e o quebrasse. Ela obedeceu e depois deretirar a casca verificou que o ovo endurecera com a fervura.

    Finalmente, ele lhe pediu que tomasse um gole do caf. Ela sorriu ao provar seu aromadelicioso.

    - O que isto significa, pai?

    Ele explicou que cada um deles havia enfrentado a mesma adversidade, a guafervendo, mas que cada um reagira de maneira diferente.

    A cenoura entrara forte, firme e inflexvel, mas depois de ter sido submetida guafervendo, ela amolecera e se tornara frgil.

    Os ovos eram frgeis - sua casca fina havia protegido o lquido interior, mas depois deterem sido fervidos na gua, seu interior se tornara mais rijo.

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    O p de caf, contudo, era incomparvel; depois que fora colocado na gua fervente, elehavia mudado a gua.

    Ele perguntou filha:

    - Qual deles voc, minha querida? Quando a adversidade bate sua porta, como vocresponde? Voc como a cenoura que parece forte, mas com a dor e a adversidade vocmurcha,torna-se frgil e perde sua fora? Ou ser voc como o ovo, que comea com umcorao malevel, mas que depois de alguma perda ou decepo se torna mais duro,apesar de a cascaparecer a mesma? Ou ser que voc como o p de caf, capaz de transformar aadversidade em algo melhor ainda do que ele prprio?

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    O MullAssim que o Mull saiu da mesquita, logo apsas oraes, um mendigo sentado na rua pediu-lhe uma esmola. A seguinte conversa teve lugar:

    Mull: "Voc extravagante?"

    Mendigo: "Sou, Mull".

    Mull: "Gosta de sentar-se por a para tomar umcaf e fumar?"

    Mendigo: "Gosto".

    Mull: " Suponho que gosta de ir aos banhostodos os dias."

    Mendigo: "Gosto".

    Mull: "...como tambm talvez se divirta bebendo com os amigos".

    Mendigo: ", gosto de todas essas coisas".

    "Chega, j chega", disse o Mull, e deu-lhe uma moeda de ouro.

    Alguns metros adiante, outro mendigo, que havia escutado a conversa anterior, pediu-lhe noportunamente uma esmola.

    Mull: "Voc extravagante?"

    Mendigo: "No Mull."

    Mull: "Gosta de sentar-se por a para tomar um caf e fumar?"

    Mendigo: "No".

    Mull: " Suponho que gosta de ir aos banhos todos os dias..."

    Mendigo: "No".

    Mull: "...como tambm talvez se divirta bebendo com os amigos".

    Mendigo: "No, quero apenas viver modestamente e rezar".

    Ao que o Mull estendeu-lhe uma pequena moeda de cobre.

    "Mas por qu", queixou-se o mendigo, "voc me d um tosto a mim, um homem pio efrugal, enquanto d quele companheiro extravagante uma moeda de real valor?"

    "Ah, replicou o Mull, "as necessidades dele so maiores que as suas."

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    Eu sou o cliente.Hoje, eu escolhi para mensagem, ocomeo de um discurso, de um dosmaiores empresrios do mundo, naabertura do programa de treinamento

    para os funcionrios dele.A empresa criada por ele fatura cercade 350 bilhes de dlares anuais emvendas.Vale a pena ouvir o que ele disse, novale?

    "Eu sou o homem que vai a umrestaurante, senta-se mesa epacientemente espera, enquanto ogarom faz tudo, menos o meu pedido.

    Eu sou o homem que vai a uma loja e espera calado, enquanto os vendedores terminamsuas conversas particulares.

    Eu sou o homem que entra num posto de gasolina e nunca toca a buzina, mas esperapacientemente que o empregado termine a leitura do seu jornal.

    Eu sou o homem que, quando entra num estabelecimento comercial, parece estarpedindo um favor, ansiando por um sorriso ou esperando apenas ser notado.

    Eu sou o homem que entra num banco e aguarda tranqilamente que as recepcionistas eos caixas terminem de conversar com seus amigos, e espera.

    Eu sou o homem que explica sua desesperada e imediata necessidade de uma pea, masno reclama pacientemente enquanto os funcionrios trocam idias entre si ou,simplesmente abaixam a cabea e fingem no me ver.

    Voc deve estar pensando que sou uma pessoa quieta, paciente, do tipo que nunca criaproblemas.

    Engana-se.

    Sabe quem eu sou???

    Eu sou o cliente que nunca mais volta!!!

    Divirto-me vendo milhes sendo gastos todos os anos em anncios de toda ordem paralevar-me de novo sua firma.

    Quando fui l, pela primeira vez, tudo o que deviam ter feito era apenas a pequenagentileza, to barata, de me enviar um pouco mais de cortesia.

    Clientes podem demitir todos de uma empresa, do alto executivo para baixo,simplesmente gastando seu dinheiro em algum outro lugar".

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    O Rio e o oceanoDiz-se que, mesmo antes de um rio cair nooceano ele tremede medo.Olha para trs, para toda a jornada,os cumes,

    as montanhas,o longo caminho sinuoso atravs das florestas,atravs dospovoados, e v sua frente um oceano tovasto que entrarnele nada mais do que desaparecer parasempre.Mas no h outra maneira. O rio no podevoltar.Ningum pode voltar.Voltar impossvel na existncia. Voc

    pode apenas ir em frente.O rio precisa se arriscar e entrar no oceano.E somente quando ele entra no oceano que omedo desaparece.Porque apenas ento o rio saber que no se

    trata de desaparecer no oceano, mas tornar-se oceano.Por um lado desaparecimento e por outro lado renascimento.

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    Torcida da vidaMesmo antes de nascer, j tinhaalgum torcendo por voc.Tinha gente que torcia para voc sermenino.

    Outros torciam para voc ser menina.Torciam para voc puxar a beleza dame, o bom humor do pai. Estavamtorcendo para voc nascer perfeito.Da continuaram torcendo...Torceram pelo seu primeiro sorriso,pela primeira palavra , pelo primeiropasso.O seu primeiro dia de escola foi amaior torcida.E o primeiro gol, ento?

    E, de tanto torcerem por voc, vocaprendeu a torcer.Comeou a torcer para ganhar muitos

    presentes e flagrar Papai Noel.Torcia o nariz para o quiabo e a escarola.Mas torcia por hambrguer e refrigerante.Comeou a torcer at para um time.Provavelmente, nesse dia, voc descobriu que tem gente que torce diferente de voc.Seus pais torciam para voc comer de boca fechada, tomar banho, escovar os dentes,estudar ingls e piano.Eles s estavam torcendo para voc ser uma pessoa bacana.Seus amigos torciam para voc usar brinco, cabular aula, falar palavro.Eles tambm estavam torcendo para voc ser bacana.Nessas horas, voc s torcia para no ter nascido.E por no saber pelo que voc torcia, torcia torcido.Torceu para seus irmos se ferrarem, torceu para o mundo explodir.E quando os hormnios comearam a torcer, torceu pelo primeiro beijo, pelo primeiroamasso.Depois comeou a torcer pela sua liberdade.Torcia para viajar com a turma, ficar at tarde na rua. Sua me s torcia para vocchegar vivo em casa.

    Passou a torcer o nariz para as roupas da sua irm, para as idias dos professores e paraqualquer opinio dos seus pais.Todo mundo queria era torcer o seu pescoo.Foi quando at voc comeou a torcer pelo seu futuro.Torceu para ser mdico, msico, advogado...Na dvida, torceu para ser fsico nuclear ou jogador de futebol. Seus pais torciam parapassar logo essa fase.No dia do vestibular, uma grande torcida se formou. Pais, avs, vizinhos, namoradas etodos os santos torceram por voc.Na faculdade, ento, era torcida pra todo lado.Para a direita, esquerda, contra a corrupo, a fome na Albnia e o preo da coxinha na

    cantina.E, de torcida em torcida, um dia teve um torcicolo de tanto olhar para 'ela'...

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    Primeiro, torceu para ela no ter outro. Torceu para ela no te achar muito baixo, muitoalto, muito gordo, muito magro.Descobriu que ela torcia igual a voc. E de repente vocs estavam torcendo para noacordar desse sonho.Torceram para ganhar a geladeira, o microondas e a grana para a viagem de lua-de-mel.

    E, da pra frente, voc entendeu que a vida uma grande torcida. Porque, mesmo antesdo seu filho nascer, j tinha muita gente torcendo por ele.Mesmo com toda essa torcida, pode ser que voc ainda no tenha conquistado algumascoisas.Mas muita gente ainda torce por voc!!!

    "Se procurar bem voc acaba encontrando... No a explicao (duvidosa), mas a poesia(inexplicvel) da vida." (atribudo a:Carlos Drummond de Andrade).

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    O Mal existe ?Um professor ateu desafiou seus alunoscom esta pergunta:- Deus fez tudo que existe?Um estudante respondeu corajosamente:

    - Sim, fez!- Deus fez tudo, mesmo?- Sim, professor - respondeu o jovem.O professor replicou:- Se Deus fez todas as coisas, ento Deusfez o mal, pois o mal existe, econsiderando-se que nossas aes so umreflexo de ns mesmos, ento Deus mal.

    O estudante calou-se diante de tal

    resposta e o professor, feliz, sevangloriava de haver provado uma vezmais que a F era um mito.

    Outro estudante levantou sua mo edisse:

    - Posso lhe fazer uma pergunta, professor?

    Sem dvida, respondeu-lhe o professor.

    O jovem ficou de p e perguntou:- Professor, o frio existe?- Mas que pergunta essa? Claro que existe, voc por acaso nuncasentiu frio?

    O rapaz respondeu:- Na verdade, professor, o frio no existe. Segundo as leis da Fsica, oque consideramos frio, na realidade ausncia de calor. Todo corpo ou objeto pode serestudado quando tem ou transmite energia, mas ocalor e no o frio que faz com que tal corpo tenha ou transmita energia.O zero absoluto a ausncia total e absoluta de calor, todos os corpos ficam inertes,

    incapazes de reagir, mas o frio no existe.Criamos esse termo para descrever como nos sentimos quandonos falta o calor.

    - E a escurido, existe? - continuou o estudante.O professor respondeu:- Mas claro que sim.

    O estudante respondeu:- Novamente o senhor se engana, a escurido tampouco existe.A escurido na verdade a ausncia de luz. Podemos estudar a luz, mas a escurido

    no. O prisma de Newton decompe a luz branca nas varias cores de que se compe,com seus diferentes comprimentos de onda.

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    A escurido no. Um simples raio de luz rasga as trevas e ilumina asuperfcie que a luz toca. Como se faz para determinar quo escuro estum determinado local do espao? Apenas com base na quantidade de luz presente nesselocal, no mesmo? Escurido um termo que o homem criou para descrever o queacontece quando no h luz presente.

    Finalmente, o jovem estudante perguntou ao professor:- Diga, professor, o mal existe?

    Ele respondeu:- Claro que existe. Como eu disse no incio da aula, vemos roubos, crimes e violnciadiariamente em todas as partes do mundo, essas coisas so o mal.

    Ento o estudante respondeu:- O mal no existe, professor, ou ao menos no existe por si s.O mal simplesmente a ausncia de Deus. , como nos casos anteriores,

    um termo que o homem criou para descrever essa ausncia de Deus.Deus no criou o mal. No como a F ou o Amor, que existem comoexiste a Luz e o Calor.O mal resulta de que a humanidade no tenha Deus presente em seus coraes.

    como o frio que surge quando no h calor, ou a escurido que acontecequando no h luz.

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    MudeMas comece devagar,porque a direo mais importanteque a velocidade.

    Sente-se em outra cadeira,no outro lado da mesa.Mais tarde, mude de mesa.

    Quando sair,procure andar pelo outro lado da rua.Depois, mude de caminho,ande por outras ruas,calmamente,observando com atenoos lugares por onde

    voc passa.

    Tome outros nibus.Mude por uns tempos o estilo das roupas.D os teus sapatos velhos.Procure andar descalo alguns dias.

    Tire uma tarde inteirapara passear livremente na praia,ou no parque,e ouvir o canto dos passarinhos.

    Veja o mundo de outras perspectivas.Abra e feche as gavetase portas com a mo esquerda.

    Durma no outro lado da cama...depois, procure dormir em outras camas.

    Assista a outros programas de tv,compre outros jornais...

    leia outros livros,Viva outros romances.

    No faa do hbito um estilo de vida.Ame a novidade.Durma mais tarde.Durma mais cedo.

    Aprenda uma palavra nova por dianuma outra lngua.Corrija a postura.

    Coma um pouco menos,escolha comidas diferentes,

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    novos temperos, novas cores,novas delcias.

    Tente o novo todo dia.o novo lado,

    o novo mtodo,o novo sabor,o novo jeito,o novo prazer,o novo amor.a nova vida.

    Tente.Busque novos amigos.Tente novos amores.Faa novas relaes.

    Almoce em outros locais,v a outros restaurantes,tome outro tipo de bebidacompre po em outra padaria.Almoce mais cedo,

    jante mais tarde ou vice-versa.

    Escolha outro mercado...outra marca de sabonete,outro creme dental...tome banho em novos horrios.

    Use canetas de outras cores.V passear em outros lugares.Ame muito,cada vez mais,de modos diferentes.

    Troque de bolsa,de carteira,

    de malas,troque de carro,compre novos culos,escreva outras poesias.

    Jogue os velhos relgios,quebre delicadamenteesses horrorosos despertadores.

    Abra conta em outro banco.V a outros cinemas,

    outros cabeleireiros,outros teatros,

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    visite novos museus.

    Mude.Lembre-se de que a Vida uma s.E pense seriamente em arrumar um outro emprego,

    uma nova ocupao,um trabalho mais light,mais prazeroso,mais digno,mais humano.

    Se voc no encontrar razes para ser livre,invente-as.Seja criativo.

    E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa,

    longa, se possvel sem destino.

    Experimente coisas novas.Troque novamente.Mude, de novo.Experimente outra vez.

    Voc certamente conhecer coisas melhorese coisas piores do que as j conhecidas,mas no isso o que importa.O mais importante a mudana,o movimento,o dinamismo,a energia.

    S o que est morto no muda !

    Seu autor o escritor Edson Marques, livro Manual da Separao, 1998. Eis umcaptulo do seu mais novo livro Solido a Mil, de onde se retirou o poema Mude.

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    After a WhileDepois de algum tempo voc aprende adiferena, a sutil diferena entre dar a moe acorrentar uma alma.E voc aprende que amar no significa

    apoiar-se, e que companhia nem sempresignifica segurana.E comea a aprender que beijos no socontratos e presentes no so promessas.E comea a aceitar suas derrotas com acabea erguida e olhos adiante, com agraa de um adulto e no com a tristeza deurna criana.E aprende a construir todos as suasestradas no hoje, porque o terreno doamanh incerto demais para os planos, e

    o futuro tem o costume de cair em meio aovo.Depois de um tempo voc aprende que osol queima se ficar exposto por muitotempo.

    E aprende que no importa o quanto voc se importe, algumas pessoas simplesmenteno se importam...E aceita que no importa quo boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando evoc precisa perdo-la por isso.Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.Descobre que se levam anos para construir confiana e apenas segundos para destru-la,e que voc pode fazer coisas em um instante, das quais se arrepender pelo resto de suavida.Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distncias e oque importa no o que voc tem na vida, mas quem voc tem na vida.E que bons amigos so a famlia que nos permitam escolher.Aprende que no temos que mudar de amigos se compreendermos que os amigosmudam, percebe que seu melhor amigo e voc podem fazer qualquer coisa, ou nada, eterem bons momentos juntos.Descobre que as pessoas com quem voc mais se importa na vida so tomados de vocmuito depressa - por isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras

    amorosas, pode ser a ltima vez que as veremos.Aprende que as circunstncias e os ambientes tm influncia sobre ns, somosresponsveis por ns mesmos.Comea a aprender que no se deve comparar com os outros, mas com o melhor quepode ser.Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que se quer ser, e que otempo curto.Aprende que no importa aonde j chegou, mas onde est indo, mas se voc sabe paraonde est indo, qualquer lugar serve.Aprende que, ou voc controla seus atos ou eles o controlaro, que ser flexvel nosignifica ser fraco ou no ter personalidade, pois no importa quo delicada e frgil seja

    uma situao, sempre existem dois lados.

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    Aprende que heris so pessoas que fizeram o que era necessrio fazer, enfrentando asconseqncias. Aprende que pacincia requer muita prtica.Descobre que algumas vezes, a pessoa que voc espera que o chute quando voc cai, uma das poucas que o ajuda a levantar-se.Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experincia que se teve e que

    voc aprendeu com elas, do que com quantos aniversrios voc celebrou.Aprende que h mais dos seus pais em voc do que voc supunha.Aprende que nunca se deve dizer a uma criana que sonhos so bobagens, poucas coisasso to humilhantes e seria uma tragdia se ela acreditasse nisso.Aprende que quando est com raiva tem o direito de estar com raiva, mas no te d odireito ser cruel.Descobre que s porque algum no ama do jeito que voc quer que ame, no significaque esse algum no ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam,mas simplesmente no sabem como demonstrar ou viver isso.Aprende que nem sempre suficiente ser perdoado por algum, algumas vezes voc temque aprender a perdoar a si mesmo.

    Aprende que com a mesma severidade com que julga, voc ser em algum momentocondenado.Aprende que no importa em quantos pedaos seu corao foi partido, o mundo nopra para que voc o conserte.Aprende que o tempo no algo que possa voltar para trs.Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invs de esperar que algum lhe tragaflores.E voc aprende que realmente pode suportar.Que realmente forte, e pode ir muito mais longe depois de pensar que no se podemais.E que realmente a vida tem valor e que voc tem valor diante da vida!

    Esse texto circula na internet como sendo de William Shakespeare. Bem, no !Esse texto de autoria de Veronica Shoffstall , com uns enchertos de Shakespeare emais coisas annimas.

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    Sorte

    Sorte...

    Sorte para os fracos...

    Desejo que voc tenha tombos...para selevantar mais forte!Desejo que voc tenha falsosamigos...pra reconhecer os fieis!Desejo que voc perca um grandeamor...para saber o sabor da paixo!Desejo que voc derrame lgrimas...prasaber o valor de uma risada!Desejo que voc fique um poucodoente...para dar valor sade e ascoisas corriqueiras!

    Desejo que voc seja humilhado...paraquando tiver poder, no ser arrogante!Desejo que voc perca o ltimotrem...para saber o valor de um minuto!Desejo que voc chore desaudades...para saber como tem tantagente que faz falta na nossa vida!

    Desejo que voc tenha filhos e passe noites em claro...para dar o devido valor aos seuspais!Desejo que voc tenha dvidas...para saber o sabor da certeza!Desejo que voc tenha derrotas...para quando vencer, saber que o derrotado fez o seumelhor,e merece respeito!Desejo que voc seja enganado...para saber reconhecer quem te quer bem!Desejo que voc viva!...Pois viver isso!Seja feliz!Voc pode!Voc merece!

    Autor:Ricardo Ribeiro Ventura

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    A caixinha.H certo tempo atrs, um homemcastigou sua filhinha de 3 anos pordesperdiar um rolo de papel depresente dourado.

    O dinheiro andava escasso naquelesdias, razo pela qual o homemficou furioso ao ver a meninaenvolvendo uma caixinha comaquele papel dourado e coloc-ladebaixo da rvore de Natal.Apesar de tudo, na manh seguinte,a menininha levou o presente a seupai e disse :"Isto pra voc, paizinho !".Ele sentiu-se envergonhado da sua

    furiosa reao, mas voltou a"explodir" quando viu que a caixaestava vazia.Gritou, dizendo :"Voc no sabe que quando se d

    um presente a algum, a gente coloca alguma coisa dentro da caixa ?A pequena menina olhou para cima com lgrima nos olhos e disse :"Oh, Paizinho, no est vazia. Eu soprei beijos dentro da caixa. Todos para voc,Papai."O pai quase morreu de vergonha, abraou a menina e suplicou que ela o perdoasse.Dizem que o homem guardou a caixa dourada ao lado de sua cama por anos e sempreque se sentia triste, chateado, deprimido, ele tomava da caixa um beijo imaginrio erecordava o amor que sua filha havia posto ali.

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    Tudo que o senhor supremo faz bom!Havia um rei que era sempreaconselhado por seu ministro: "Tudoque o Senhor Supremo faz bom" -

    dizia ele.

    Ento uma vez por acaso o rei cortouum dedo e tendo ficado muitoangustiado perguntou ao ministro:- "Tenho cumprido meus deveresreligiosos, porque Deus fez essainjustia comigo?".

    - "Tudo que o Senhor Supremo faz bom", respondeu o ministro.

    Tendo ficado muito irritado com essaresposta, o rei decidiu castig-loprendendo-o na cadeia.

    Na manh seguinte, o rei que sempre saia para caar com o ministro, decidiu ir sozinhomantendo-o preso.

    Porm na floresta ele foi capturado pelos canibais que queriam oferec-lo em sacrifcio.

    Ento ele foi banhado e preparado, quando no ltimo momento investigando seu corpoviram que estava incompleto, faltando um dedo, e no podendo oferec-lo em sacrifcio,resolveram solt-lo.

    Sentindo-se aliviado, o rei voltou ao seu palcio e soltando o ministro disse.

    "Agora entendo o que voc queria dizer com "tudo o que o Senhor Supremo faz bom".

    Estava a ponto de ser morto e quando viram que me faltava um dedo decidiram soltar-me.

    Agora s no entendo porque voc foi preso injustamente. Por que o Senhor Supremofez isso com voc?

    "Tudo que o Senhor Supremo faz bom" repetiu o ministro.

    - Eu sempre vou caar com voc na floresta, se o tivesse acompanhado teria sidooferecido em sacrifcio pois tenho todos os meus dedos.

    "TUDO QUE O SENHOR SUPREMO FAZ BOM".

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    BatatasCerta vez um discpulo foi perguntar aomestre como poderia esquecer as magoasque os outros cometiam com ele.

    O mestre disse: pegue esse saco e coloquepara cada magoa, que voc se lembra, umabatata destas.

    Voc deve levar essa saco com voc portodo tempo! Volte aqui depois de 6semanas!

    E assim fez o discpulo. J no final daprimeira semana, era incomodo carregaraquele saco.

    Na segunda semana j deixava-o muitonervoso e descontente.Na terceira semana ele s pensava nasbatatas.

    Na quarta semana as batatas comearam a apodrecer e o cheiro no deixava com queningum ficasse ao seu lado.O cheiro era insuportvel!Uma semana antes do prazo o discpulo voltou ao mestre.Mestre no aguento mais carregar essas batatas. Alm de pesadas elas cheiram mal!Minha vida se resumiu a levar essas batatas e ficar s, pois ningum aguenta ficar aomeu lado!Ento vejo que aprendeu a lio- disse o mestre.Como assim mestre? Eu vim aqui pedir ao senhor que me ensinasse a parar de me sentirmagoado pelo que os outro me fazem... e o senhor me fez carregar batatas... Ainda noentendi...As batatas so sua magoas. Voc pode deixa-las para trs e viver sua vida.Ou apenas carrega-las para sempre, tornado cada vez mais pesado essa saco. E de toazedo que voc vai ficando, as pessoas no mais vo querer ficar ao seu lado.Pois sua vida se resumiu a levar batatas podres.Voc prefere continuar a levar batatas ou joga-las fora?Mestre- Eu quero joga-las fora!- Obrigado!.

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    A histria dos dois videntesPressentindo que seu pas em breve iriamergulhar numa guerra civil, o sultochamou um dos seus melhoresvidentes, e perguntou-lhe quanto tempo

    ainda lhe restava viver.

    Meu adorado mestre, o senhorviver o bastante para ver todos os seusfilhos mortos.

    Num acesso de fria, o sulto mandouimediatamente enforcar aquele queproferira palavras to aterradoras.Ento, a guerra civil era realmente umaameaa! Desesperado, chamou um

    segundo vidente.

    Quanto tempo viverei?perguntou,procurando saber se ainda seria capaz de controlar uma situao potencialmenteexplosiva.

    Senhor, Deus lhe concedeu uma vida to longa, que ultrapassar a gerao dos seusfilhos, e chegar a gerao dos seus netos.

    Agradecido, o sulto mandou recompens-lo com ouro e prata. Ao sair do palcio, umconselheiro comentou com o vidente:

    Voc disse a mesma coisa que o adivinho anterior. Entretanto, o primeiro foiexecutado, e voc recebeu recompensas. Por qu?

    Porque o segredo no est no que voc diz, mas na maneira como diz.

    Sempre que precisar disparar a flecha da verdade, no esquea de antes molhar suaponta num vaso de mel.

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    CherokeesVoc conhece a lenda do rito de passagem da

    juventude dos ndios Cherokees?

    O pai leva o filho para a floresta durante o

    final da tarde, venda-lhe os olhos e deixa-osozinho.O filho se senta sozinho no topo de umamontanha toda a noite e no pode remover avenda at os raios do sol brilharem no diaseguinte.Ele no pode gritar por socorro paraningum.Se ele passar a noite toda l, serconsiderado um homem.Ele no pode contar a experincia aos outros

    meninos porque cada um deve tornar-sehomem do seu prprio modo, enfrentando omedo do desconhecido.O menino est naturalmente amedrontado.Ele pode ouvir toda espcie de barulho.Os animais selvagens podem, naturalmente,

    estar ao redor dele.Talvez alguns humanos possam feri-lo.Os insetos e cobras podem vir pic-lo.Ele pode estar com frio, fome e sede.O vento sopra a grama e a terra sacode os tocos, mas ele se senta estoicamente, nuncaremovendo a venda.Segundo os Cherokees, este o nico modo dele se tornar um homem.Finalmente...Aps a noite horrvel, o sol aparece e a venda removida.Ele ento descobre seu pai sentado na montanha perto dele.Ele estava a noite inteira protegendo seu filho do perigo....

    Pense nisso...

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    Ajudando a ChorarA menina chegou em casa atrasada parao jantar.

    Sua me tentava acalmar o nervoso pai

    enquanto pedia explicaes sobre o quehavia acontecido. A menina respondeuque tinha parado para ajudar Janie, suaamiga, porque ela tinha levado um tomboe sua bicicleta tinha se quebrado.

    - "E desde quando voc sabe consertarbicicletas?" perguntou a me.

    - "Eu no sei consertar bicicletas!" dissea menina. "Eu s parei para ajud-la a

    chorar".

    No muitos de ns sabemos consertarbicicletas. E quando nossos amigoscaram e quebraram, no as suas

    bicicletas mas suas vidas, poucas vezes tivemos capacidade para consert-la. Nopodemos simplesmente consertar a vida de outra pessoa, embora isso seja o que nsgostaramos de fazer.

    Mas como a menina, ns podemos parar para lhes ajudar a chorar.

    s vezes as feridas so to profundas que o luto a dor so necessrios... e nos resta"apenas" ajudar a "chorar"

    Estar juntos, partilhar a dor!

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    Entre ter razo e ser feliz...Oito da noite, numa avenidamovimentada.O casal j est atrasado para jantar nacasa de uns amigos.

    O endereo novo e ela consultou nomapa antes de sair.Ele conduz o carro.Ela orienta e pede para que vire, naprxima rua, esquerda.Ele tem certeza de que direita.Discutem.Percebendo que alm de atrasados,poderiam ficar mal-humorados, ela deixaque ele decida.

    Ele vira direita e percebe, ento, queestava errado. Embora com dificuldade,admite que insistiu no caminho errado,enquanto faz o retorno.Ela sorri e diz que no h nenhumproblema se chegarem alguns minutosatrasados.Mas ele ainda quer saber:

    - Se tinhas tanta certeza de que eu estava indo pelo caminho errado, devias ter insistidoum pouco mais...E ela diz:- Entre ter razo e ser feliz, prefiro ser feliz.

    Estvamos beira de uma discusso, se eu insistisse mais, teramos estragado a noite!

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    A importncia de ser voc mesmo!Certo dia, um Samurai, que era um guerreiromuito orgulhoso, veio ver um Mestre Zen.Embora fosse muito famoso, ao olhar oMestre, sua beleza e o encanto daquele

    momento, o samurai sentiu-serepentinamente inferior.

    Ele ento disse ao Mestre:- "Por que estou me sentindo inferior?Apenas um momento atrs, tudo estava bem.Quando aqui entrei, subitamente me sentiinferior e jamais me sentira assim antes.Encarei a morte muitas vezes, mas nuncaexperimentei medo algum. Por que estou mesentindo assustado agora?"

    O Mestre falou:- "Espere. Quando todos tiverem partido,responderei."

    Durante todo o dia, pessoas chegavam para ver o Mestre, e o samurai estava ficandomais e mais cansado de esperar. Ao anoitecer, quando todos tinham sado, o samuraiperguntou novamente:- "Agora voc pode me responder por que me sinto inferior?"

    O Mestre o levou para fora. Era um noite de lua cheia e a lua estava justamente surgindono horizonte. Ele disse:- "Olhe para estas duas rvores: a rvore alta e a rvore pequena ao seu lado. Ambasestiveram juntas ao lado de minha janela durante anos e nunca houve problema algum.A rvore menor jamais disse maior: "Por que me sinto inferior diante de voc? " Estarvore pequena e aquela grande - este o fato, e nunca ouvi sussurro algum sobreisso."

    O samurai ento argumentou:- "Isto se d porque elas no podem se comparar."

    E o Mestre replicou:Ento no precisa me perguntar, voc sabe a resposta. Quando voc no compara, toda ainferioridade e superioridade desaparecem. Voc o que e simplesmente existe. Umpequeno arbusto ou uma grande e alta rvore, no importa, voc voc mesmo.

    Uma folhinha da relva to necessria quanto a maior das estrelas. O canto de umpssaro to necessrio quanto qualquer Buda, pois o mundo ser menos rico se estecanto desaparecer.

    Simplesmente olhe sua volta. Tudo necessrio e tudo se encaixa. uma unidadeorgnica: ningum mais alto ou mais baixo, ningum superior ou inferior. Cada um

    incomparavelmente nico. Voc necessrio e basta. Na Natureza, tamanho no diferena. Tudo expresso igual de vida!

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    Frases"A mente que se abre a uma nova idia ,

    jamais voltar ao seu tamanho original"Oliver Wendell Holmes

    "Se voc pensar que pode ou que nopode, de qualquer forma, voc estarcerto."Henry Ford

    "Qualquer coisa que a mente do homempode conceber, pode, tambm, alcanar."William Clement Stone

    "Tudo o que somos resultado de nossospensamentos."

    Buddha

    "Suba o primeiro degrau com f. No necessrio ver toda a escada. Apenas d oprimeiro passo."Martin Luther King Jr.

    "Ou voc est fotografando, ou est nsfotos... Eu prefiro estar nas fotos!Ricardo Ventura

    As pessoas que saem dos maiores agouros, das maiores intempries da vida so as queolham para frente!So pessoas que tem a superao, a resilincia, o foco, como parte do seu DNA!Ricardo Ventura

    No existem heris! Existem pessoas que fizeram e fazem o que tinha que ser feito!Ricardo Ventura

    Seja resiliente, no um saco de pancada! Amolde-se a situao e a transforme empassageira!

    Tenha foco! Pense, planeje, imagine como ser depois que as turbulncias passarem!Ricardo Ventura

    Olha... janeiro vem depois de dezembro... Assim como setembro vem depois de agosto!Isso bom para lembrarmos que no precisamos do fim do ano ou do fim da semanapara comear algo!Ricardo Ventura

    O segredo em falar a verdade, no afrontar a pessoa e sim o problema. Semjulgamentos ou crticas afiadas. Descreva o que foi combinado, o que aconteceu e o quevoc espera do seu interlocutor.

    Ricardo Ventura

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    O que eu no consigo entender o preconceito que existe com as pessoas queGOSTAM de ser vendedor, que tem prazer tanto quanto um dentista ou mdico ematender seus pacientes!Ricardo Ventura

    Em muitos vendedores-profissionais-iniciantes ou bem experientes no batente, resideessa falsa ideia que eles tm que ser muito diferentes quando esto atuando comovendedores.Ricardo Ventura

    Engana-se quem achar que relacionamentos so diferentes entre uma pequena merceariacom dois funcionrios ou o Grupo Po de Acar!!Os dramas e estratgias so exatamente iguais, o que muda so apenas as cifras!..Ricardo Ventura

    As empresas sadias sabem que muito mais importante do que ter a lista de preos mais

    baixo do mercado, ter pessoas que focam relacionamento" gerindo suas empresas. Equando digo pessoas da empresa, so todos mesmo. Desde o porteiro at o mais alto

    CEO!Ricardo Ventura

    Oua o que a pessoa pede ou tem a dizer! Muitos vendedores vomitam suas cartilhassem ao menos saber o que seu cliente quer!Ricardo Ventura

    Temos a impresso que o tempo voa! O dia... a semana... o ms... o ano... A VIDA.Porque sempre estamos focando o amanh e deixando o presente para os outros...Ricardo Ventura

    Muita gente foca alguns itens carimbados por alguns gurus da administrao comosendo a meta do sucesso. E esquecem-se de ver se estas metas esto alinhadas aos seusprincpios...Ricardo Ventura

    Acredito que evoluo constante!Mas amigo tome cuidado... Veja se esse crescer no est sendo imposto de fora para

    dentro.

    Ricardo Ventura

    As pessoas excelentes, acredite, sempre fizeram o que tinha que ser feito, no apenas onecessrio para a tarefa!Ricardo Ventura

    No tenha medo de ter ideias impactantes e polemicas. Se d pelo menos a liberdade desonhar, discutir, algo novo!Muitas vezes as limitaes esto apenas dentro da sua cabea.Ricardo Ventura

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    No mexer em time que est ganhando, pedir para o concorrente te passar e dartchauzinho...Ricardo Ventura

    Muitas coisas ns fazemos no automtico e no percebemos o quanto poderamos

    mudar e melhorar com pequenos ajustes de comportamento!Ricardo Ventura

    As grandes invenes, as grandes sacadas, as grandes descobertas, foram resultados demuitas tentativas e erros!O ser humano estar vivo hoje e estar podendo ler essas linhas foi uma grandeexperincia de tentativa e erro da natureza... rsRicardo Ventura

    Quando voc um dos primeiros naquilo que se prope a ser, existe uma centena deoutros querendo ser, ou passar voc.

    O foco talvez no seja estar na excelncia, mas sim estar sempre a caminho dela! Estar no topo no um momento de glria ou de descanso.Estar no topo s faz parte do processo, pois em um breve momento posterior voc jpode estar em terceiro ou quarto!Ricardo Ventura

    Mas o que vemos que nem sempre a maior empresa ou o melhor produto ou ainda

    o que tem o melhor preo so os que tm os melhores resultados!Ricardo Ventura

    Pessoas no gostam que lhe vendam coisa alguma! Elas gostam de comprar!Ricardo Ventura

    As pessoas compram e somente gostam de comprar coisas e ideias, as quais aceitamcomo justas e confiantes.Ricardo Ventura

    Meu amigo trabalhe arduamente! Se prepare! Vena seus concorrentes! Mas no faados objetivos da sua empresa seus objetivos.Ricardo Ventura

    Sei que ainda vou me arrepender de muitas coisas que vou fazer Mas no tenho odireito, comigo mesmo, de no ter tido aprendizado nesses arrependimentos.Ricardo Ventura

    A nica coisa que encontro em cada caso de sucesso? Pr-atividade! E ponto...A diferena entre aceitar o mundo como ele Ou faz-lo ser como EU QUERO QUESEJA!Ricardo Ventura

    Eu adoro ter inveja! Ela me tira da zona de conforto! Ela me tira do pedestal daarrogncia de achar que eu j fao o melhor!

    Ricardo Ventura

  • 8/4/2019 E-Book Metforas

    54/54

    Funcionrio e empresa no vestem a mesma camisa! Seus objetivos so totalmentediferentes. Acredito mais numa analogia com um jogo de xadrez, onde empresa efuncionrio se superam para um belo jogo!Ricardo Ventura

    Esse papo de colaborador a coisa mais deprimente que eu j vi! Colaborador ocunhado que colabora no dia da mudana... Eu sou FUNCIONRIO, eu tenho funo,funcionalidade!Ricardo Ventura"

    Ol! Curtiu?!

    Pois bem, estas metforas foram tiradas na net ou ainda envidas por pessoas quevisitaram meu site!No sei se h direito autoral sobre as mesmas.Caso voc seja dono de algum texto aqui presente e queira que seja retirado, por favor,faa-me ficar sabendo.Envie um email [email protected] eu a retirarei ou assinarei com seus dados, se assim, desejar!

    No ganho qualquer valor sobre elas.Eu as envio junto com meus textos e artigos graciosamente.

    Att.

    RRIICCAARRDDOOVVEENNTTUURRAA!!FF,,SSAADDEE,,SSUUCCEESSSSOO,,SSEEMMPPRREE!!!!EEUUPPOOSSSSOO!!WWWWWW..EEUUPPOOSSSSOO..OORRGGRRIICCAARRDDOOVVEENNTTUURRAA@@EEUUPPOOSSSSOO..OORRGGWWWWWW..TTWWIITTTTEERR..CCOOMM//RRIICCAARRDDOORRVVEENNTTUURRAAPPRRAAAA NNIIPPPPOONN,,110077CCOOBBEERRTTUURRAAJJ..JJAAPPOO--SSPP--SSPP0022112244..003300AASSSSIISSTTEENNTTEEEEXXEECCUUTTIIVVAAEEMMAANNUUEELLLLEEMMAARRIIZZYYMMAANNUU@@EEUUPPOOSSSSOO..OORRGGTTEELL::1111..77118844--11225588//1111..22993344--22441111

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]://www.euposso.org/http://www.euposso.org/http://www.euposso.org/http://www.euposso.org/http://www.euposso.org/http://www.euposso.org/http://www.euposso.org/http://www.euposso.org/http://www.euposso.org/http://www.euposso.org/http://www.euposso.org/http://www.euposso.org/http://www.euposso.org/http://www.euposso.org/http://www.euposso.org/http://www.euposso.org/http://www.euposso.org/http://www.euposso.org/http://www.euposso.org/http://www.euposso.org/http://www.euposso.org/http://www.euposso.org/http://www.euposso.org/http://www.euposso.org/http://www.euposso.org/http://www.euposso.org/http://www.euposso.org/http://www.euposso.org/http://www.euposso.org/http://www.euposso.org/http://www.euposso.org/mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]://www.twitter.com/ricardoRventurahttp://www.twitter.com/ricardoRventurahttp://www.twitter.com/ricardoRventurahttp://www.twitter.com/ricardoRventurahttp://www.twitter.com/ricardoRventurahttp://www.twitter.com/ricardoRventurahttp://www.twitter.com/ricardoRventurahttp://www.twitter.com/ricardoRventurahttp://www.twitter.com/ricardoRventurahttp://www.twitter.com/ricardoRventurahttp://www.twitter.com/ricardoRventurahttp://www.twitter.com/ricardoRventurahttp://www.twitter.com/ricardoRventurahttp://www.twitter.com/ricardoRventurahttp://www.twitter.com/ricardoRventurahttp://www.twitter.com/ricardoRventurahttp://www.twitter.com/ricardoRventu