Download - Secovi-SP Condomínios
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Índice
18 CapaA Expo Síndico Secovi Condomínios, que acontece em setembro, apresentará as mais modernas tecnologias do mercado
24 ManutençãoPara que o prédio pareça novo, obras de restauração, lavagem e pintura de fachada devem ocorrer a cada cinco anos
28Mercado regional
Fácil acesso, boa infraestrutura e grande oferta de unidades espaçosas fazem do ABC
uma grande opção de moradia e investimento
14 Vida de SíndicoA síndica Suely Canella Cabral implantou a individualização de água e gás no Condomínio Edifício Itamaracá
06 É bom saber
08 Qualificação social
12 Saúde e bem-estar
14 Vida de Síndico
18 Capa
24 Manutenção
28 Mercado regional
32 Dia a dia
34 Qualificação profissional
37 Opinião
40 Tira-dúvidas
44 Coluna
46 Carta do presidente
47 Guia de produtos
e serviços
Agosto 2009
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m setembro, síndicos, funcionários de edifícios e pro-
fissionais das administradoras de condomínios terão
oportunidade de se inteirar sobre as mais modernas
técnicas de gestão e as tecnologias mais avançadas do mer-
cado. Dos dias 24 a 27 acontece em São Paulo o maior evento
do País voltado à área condominial, a Expo Síndico Secovi
Condomínios, tema da matéria de capa desta edição.
A Expo Síndico Secovi Condomínios faz parte da Semana
Imobiliária, iniciativa de porte que começa oficialmente na
noite de 23 de setembro, com o Prêmio Master Imobiliário,
e tem continuidade nos dias posteriores, no Pavilhão de
Exposições do Anhembi, com vários outros eventos: a Con-
venção Secovi e o Salão Imobiliário São Paulo (Sisp), além
do Encontro de Administradoras de Condomínios (Enacon)
e do Ciclo de Palestras para Síndicos.
Neste ano, o Enacon focará em especial os temas organi-
zação e capacitação. O Ciclo de Palestras abordará assuntos
voltados à segurança, individualização de água, sustentabi-
lidade e ainda questões jurídicas de maior relevância para o
dia a dia de quem administra condomínios. A expectativa é
que a Semana atraia em torno de 80 mil visitantes.
Outra matéria da Revista Secovi-SP Condomínios orienta
síndicos e administradoras sobre cuidados básicos que de-
vem ser tomados na hora de lavar, restaurar, impermeabilizar
e pintar fachadas de edifícios.
Para encerrar, queremos compartilhar com você uma
novidade que promete estreitar ainda mais o relacionamento
da Revista com seus leitores. A partir de agora, a revista ga-
nha um espaço inteiramente dedicado ao leitor. Pelo e-mail
[email protected], você poderá fazer críticas,
sugerir temas e comentar as matérias da edição.
Sônia SalgueiroCONTATOS SECOVI-SPPABX (11) 5591-1300Disque Síndico (11) 5591-1234Eventos (11) 5591-1279PQE (11) 5591-1250 / 1339Universidade Secovi (11) 5591-1284Câmara de Mediação (11) 5591-1214
SECOVI NO INTERIORBauru (14) 3227-2616Campinas (19) 3252-8505Grande ABC (11) 4523-0833Jundiaí e região (11) 4523-0833Santos (13) 3232-6086São José do Rio Preto (17) 3235-1138Sorocaba (15) 3211-0730Vale do Paraíba (12) 3942-9975
Recado da editora
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João CrestanaVice-presidentes
Cláudio Bernardes, Lair Krähenbühl (licenciado), Ricardo Yazbek, Milton Bigucci, Hubert Gebara, Alberto Du Plessis Filho, Caio
Portugal, Carlos Alberto Campilongo Camargo, Elbio Fernández Mera, Ely Wertheim, Basilio Jafet e José Roberto Federighi
Conselho editorial Hubert Gebara, Sérgio Mauad, Paulo André Jorge Germanos,
Ricardo Yazbek e Sergio Ferrador
REPORTAGEM E REDAçãORedação
[email protected] Editora responsável
Sônia Salgueiro (MTb 15.414)Reportagem e redação
Cristina Pupo, Marcos Fernando Queiroz, Maria do Carmo Gregório, Nanci Moraes, Rosana Pinto, Shirley Valentin e Silvia Carneiro
Fotos José Carlos T. Jorge
Assistentes de redação Elaine Feitosa e Queli Peixoto
Colaboradores Luana Garcia (Fontpress Comunicação), Rafael Argemon (Fontpress Comunicação), Carlos Alexandre Cabral, João Paulo Rossi Paschoal, Karina Zuanazi Negreli, Maraneide Alves Brock, Marta Cristina Pessoa,
Rita de Cássia Guimarães Bracale (Jurídico), Roberto Akazawa, Edson Kitamura, Fabricio Pereira e Daniella Magnani (Economia),
Marcelo Bruna (Financeiro), Simone de Souza Rocha (Suprimentos) e Laerte J. T. Temple (Universidade Secovi e Internacional)
PRODuçãO E PublICAçãOFontpress Comunicação
[email protected] - Tel. (11) 5044-2557
ARTE E DIAGRAMAçãODetonart´s Criações
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Para anunciar: (11) 5044-2557 / 5041-4715 ou [email protected]
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Os artigos assinados são de exclusiva responsabilidade de seus autores. Reprodução de matérias somente após expressa autorização da Redação. Os anúncios publicitários são de inteira responsabilidade dos anunciantes.
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É bom saber
Os reis do pedaço
T
O
rabalhadores da indústria da construção civil e seus
familiares terão um dia inteiramente dedicado à saú-
de, cidadania e lazer. Em 22 de agosto, entre 9 e 17
horas, eles serão os protagonistas da terceira edição do Dia
Nacional da Construção Social, que acontece no Sesi AE
Carvalho, zona leste da capital paulista.
Além de palestras sobre prevenção de acidentes de tra-
balho, drogas, doenças sexualmente transmissíveis (DST),
Aids e escovação dos dentes, os participantes poderão fazer
exames de saúde – pressão arterial, acuidade visual e triagem
odontológica, entre outros. Haverá distribuição de cartilhas
socioeducativas, shows musicais, maquiagem artística e
muitas brincadeiras.
O evento, promovido pela Câmara Brasileira da Indústria
da Construção (CBIC), por meio do seu Fórum de Ação
Social e Cidadania (Fasc), faz parte do calendário nacional
do Serviço Social da Indústria (Sesi). Em São Paulo, o Dia
Nacional é realizado pelo Secovi-SP, Seconci São Paulo, Sesi
e Sintracon-SP, com apoio de Feticom-SP, SindusCon-SP e
Força Sindical.
Em 2008, mais de 330 mil trabalhadores da indústria da
construção e seus familiares participaram, em todo o País, do
dia especial dedicado a eles. A estimativa é que, neste ano,
20 estados participem do evento, sendo que, somente na
cidade de São Paulo, cerca de 5 mil pessoas deverão utilizar
os serviços e atividades disponibilizados pelo Sesi.
“Compartilhar um dia como o da Construção Social
significa fazer parte de uma corrente de alegria e união pelo
progresso do Brasil, com melhores condições de trabalho e
cidadania”, diz Maria Helena Mauad, presidente do Fasc e do
Projeto Ampliar, instituição social que educa e profissionaliza
jovens e adolescentes.
Mais informações podem ser obtidas no telefone (11)
5591-1281.
Agende-seSecovi-SP realiza, nos próximos dias, vários cursos voltados a síndicos, zeladores e profissionais das adminis-
tradoras de condomínios. Veja abaixo as informações básicas sobre cada um deles. Mais detalhes nos telefones
(11) 5591-1304 a 1308.
Segurança Predial – 3ª Turma –
Campinas, dia 18/8 – O curso visa a
conscientizar gerentes prediais, zeladores,
porteiros, vigias e seguranças quanto a
aspectos importantes para a segurança do
prédio, como funcionamento administrativo
do condomínio, equipamentos disponíveis
e a melhor forma de utilizá-los, além de
procedimentos operacionais. O curso será
realizado a partir das 9 horas, na Regional de
Campinas do Secovi-SP (Rua Dr. Guilherme
da Silva, 413).
Reuniões de Condomínio
Produtivas Através do uso
da Mediação, dias 3/9, 10/9
e 17/9 – Programado para
acontecer das 19 às 22 horas,
o curso capacitará o partici-
pante a desenvolver técnicas
específicas para a obtenção
de consenso nas reuniões de
condomínio e ensinará como
resolver situações de conflito
via mediação.
Planejamento Estratégico para
Administradoras de Condomínios,
de 14/9 a 19/10 – Empresários, execu-
tivos e profissionais das administrado-
ras de condomínios são o público-alvo
do curso, que acontece apenas às
segundas-feiras, das 19 às 22 horas.
O programa foi desenhado com o in-
tuito de disponibilizar aos participantes
instrumental técnico, teórico e prático
para o entendimento do planejamento
estratégico das administradoras.
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espaço do LeitorÉ bom saber
Após um ano da implantação da Lei Estadual
nº 13.160, de autoria da deputada estadual
Maria Lúcia Amary, que permite inscrever
condôminos em serviços de proteção ao crédito, a
inadimplência no setor caiu cerca de 30% e aumentou o número
de acordos para o pagamento da taxa condominial, segundo dados da vice-
presidência de Administração Imobiliária e Condomínios do Secovi-SP.
“Os síndicos estão preferindo realizar cobranças amigáveis a encaminhar os
boletos para protesto”, diz o vice-presidente Hubert Gebara. “A lei surtiu efeito,
pois ajudou o síndico a reduzir a inadimplência e, consequentemente, a equilibrar
o caixa do condomínio.”
Outro benefício da legislação, na opinião de Gebara, foi a redução das ações
de cobrança movidas no Judiciário. “A nova regulamentação permite resolver
essas questões com mais agilidade, nos cartórios.” Segundo ele, desde que a lei
entrou em vigor, a quantidade de ações desse gênero protocoladas no Fórum de
São Paulo caiu 21%. “A lei do protesto está sendo de grande ajuda para síndicos,
condomínios e administradoras”, completa.
Lei do protesto completa um ano
Este espaço é reservado para você se comunicar conosco. Envie seu comentário, crít i-ca ou sugestão para o e-mail [email protected]. Você também pode escrever para Revista Secovi-SP Condo-mínios – Rua Doutor bacelar, 1.043 – CEP 04026-002 – São Paulo – SP.
Aguardamos seu contato!
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Por Cristina Pupo
QuaLificação sociaL
saldo deste ano da Campanha Pé Quente São Paulo supe-
rou todas as expectativas: 28 mil peças, entre agasalhos,
cobertores, calçados e outros acessórios, 133% mais do
que na campanha passada. Colaborou para o recorde o fato
de a arrecadação ter começado antes do aparecimento do frio.
“Em 2008, quando chegamos com as doações para um grupo
de moradores de rua, já era tarde. Isso me deixou extremamente
triste e frustrada, e decidimos antecipar a arrecadação neste ano”,
revela Maria Helena Mauad, presidente do Ampliar, programa que
proporciona formação profissional para jovens e adolescentes em
situação de risco e que organiza a campanha.
O sucesso da iniciativa só foi possível por causa do empe-
nho e dedicação de voluntários, parceiros, colaboradores do
Secovi-SP e da população de São Paulo. Apenas na tradicional
carreata, que por mais de quatro horas percorreu, no dia 21 de
junho, várias ruas e alamedas dos Jardins, zona sul da Capital,
foram recolhidas 6 mil peças.
Bons exemplos de cidadania “É muito bom participar desse tipo de mobilização do bem,
porque o bicho da preguiça ainda é maior do que a solidariedade”,
diz Felipe Melo, do Canto Cidadão, grupo que animou a carreata
voluntariamente pela sexta vez consecutiva e, mesmo assim, se
comoveu com cada gesto de solidariedade. “Teve gente que parou
o carro no meio da rua, tirou a jaqueta do corpo e doou para os
mais necessitados”, ressalta Felipe.
Solidariedade em altaCampanha Pé Quente São Paulo 2009 arrecadou 28 mil peças, entregues a diversas entidades beneficentes da Capital e Grande São Paulo
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Especialista só confia em especialista.
O Condomínio Dator buscava um fornecedor de Gás LP comprometido em facilitar o dia a dia dos moradores. Por isso, chamou a Ultragaz, que passou a controlar toda a logística de abastecimento, reduzindo as despesas do edifício. E a consultoria energética foi além: graças ao sistema de conta individual de consumo, o número de inadimplentes diminuiu. Se o seu condomínio também procura uma solução energética inovadora e sob medida, faça como os maiores especialistas do Brasil.
Nereide Fontenelle, moradora e síndica do Edifício Dator, especialista em administração de condomínio
Unidade de Apoio ao Cliente: Grande São Paulo (11) 2139 7000 | Santos (13) 3295 5900 | Ribeirão Preto e região 0800 886 1616 / 4003 1616 | São José dos Campos e Vale do Paraíba (12) 3946 8000 | Paulínia e região 0800 886 1616 / 4003 1616 | Belo Horizonte (31) 3521 7000 | Pouso Alegre 0800 886 16164003 1616 | Região NE, Goiás e Distrito Federal 0800 70 10 124 | Rio de Janeiro (21) 2677 7600 | Espírito Santo (27) 3336 5769 | Paraná e Santa Catarina (41) 3641 4141 | Rio Grande do Sul (51) 3462 2800
w w w. u l t r a g a z . c o m . b r
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Maria Helena: “Antecipamos a arrecadação neste ano”
A exemplo de todas as outras edições da Campanha,
um carro de som do Sindicato dos Trabalhadores nas
Indústrias da Construção Civil de SP (Sintracon-SP), um
caminhão da Granero Transportes e outro da Eletropaulo
engrossaram a carreata. Neste ano também a AES Ele-
tropaulo levou voluntários do seu projeto
Energia do Bem, além de funcionários de
apoio.
“Há algum tempo observamos o tra-
balho de dona Maria Helena e neste ano
resolvemos ‘Ampliar a nossa Energia do
Bem’, trazendo 22 voluntários do nosso
projeto”, disse, durante a carreata, Ricardo
Budim dos Reis, da gerência de Responsabi-
lidade Social da AES Eletropaulo. Para 2010,
há possibilidade de a empresa de energia
divulgar a carreata por meio das contas de
luz. “Apesar da ampla divulgação junto aos
síndicos, zeladores e porteiros, alguns mora-
dores reclamaram não saber do evento. Indo um lembrete
junto com as contas, é mais um reforço.”
Apoio geral e irrestrito Além da captação de agasalhos por meio de eventos
promovidos na sede do Secovi-SP e nas regionais do Sin-
dicato, várias administradoras de condomínios, empresas,
edifícios e outros parceiros funcionaram como pontos de
coleta da campanha. A Oma Condomínios, por exemplo,
assídua colaboradora, entregou um caminhão com milha-
res de agasalhos. “Fazemos questão de participar desde
a primeira edição. Começamos nossa mobilização junto
aos funcionários da empresa, síndicos e condôminos dos
mais de 300 edifícios que administramos, cerca de dois
meses antes do início da campanha”, comenta Juliana T.
Cândido, diretora da Oma.
Entidades como a SOS Carente, loca-
lizada na Barra Funda, centro da cidade,
que há 13 anos oferece atendimento
à população de rua e há cinco recebe
parte do que é arrecadado na Pé Quente,
agradecem. “Atendemos 150 pessoas por
dia, que tomam banho, são alimentadas e
algumas encaminhadas às suas cidades
de origem ou entidades de tratamento
para viciados em drogas. Ficamos espe-
rando as doações do Ampliar todos os
anos porque é de muita valia para nós”,
diz Edivaldo Godoy, educador social da
SOS Carente.
A campanha Pé Quente São Paulo 2009 teve apoio
da Canto Cidadão, Companhia de Engenharia de Tráfego
(CET), Eletropaulo, Federação do Comércio do Estado
de São Paulo (Fecomercio), FL Administradora de Con-
domínios, Granero Transportes, Grupo Hubert, Ibraphel
Gráfica, Iltda Propaganda & Marketing, Lello Condomínios,
Rádio Trianon, Associação dos Jornais de Bairro (Ajorb),
Oma Condomínios, Polícia Militar, Prol Editora Gráfica, R.
Yazbek, Rebouças Transporte e Locadora, Sindicato dos
Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de São
Paulo (Sintracon-SP) e Villagua Negócios Imobiliários.
Entidades beneficiadasOs agasalhos, cobertores, calçados e demais itens doados estão sendo entregues a famílias de
jovens atendidos nas duas unidades do Ampliar e a outras 23 entidades beneficentes: Abrigo Semeia,
Fundação Francisca Franco, Ação Solidária contra o Câncer Infantil, Associação de Amparo ao Próximo
Paz Amor, Casa Menina Mãe unidades I e II, Casa de Apoio à Criança com Câncer, Casa de Apoio Raio
de Luz, Casa de Repouso Farol, Casas Taiguara e Taiguarinha, Centro Nossa Senhora do Bom Parto,
CMC – Clube de Mães Amor às Crianças, Grupo Espírita Casa do Caminho, Creche e Núcleo Tiãozinho,
LAC – Lar Amor às Crianças, Lar Ternura, Novo Lar Betânia, Projeto “Casa de Acolhida Padre Batista”,
Projeto Quixote, SOS Carentes, Centro Social da Paróquia Santa Luzia, Centro Assistencial Cruz de
Malta e Associação Amiga do Povo de Paraisópolis.
Por Cristina Pupo
QuaLificação sociaL
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Por Rafael Argemonsaúde e bem-estar
A dura lei antifumo em São
Paulo fecha cada vez mais
o cerco aos tabagistas, que
se veem forçados a repensar seus
hábitos devido às restrições im-
postas pelo governo paulista. Essa
realidade fica ainda mais evidente
agora, com a comemoração do Dia
Nacional de Combate ao Fumo, em
29 de agosto.
Talvez essa seja a motivação que
falta para muitos fumantes largarem de
vez o cigarro. O prazo parece apertado,
mas, com algumas orientações e força
de vontade, qualquer pessoa pode dar
adeus à clássica tragadinha. “Somente
20% dos fumantes regulares precisam
de medicação”, diz a pneumologista
Camille Rodrigues da Silva, da PrevFu-
mo - Núcleo de Apoio à Prevenção e
Cessação do Tabagismo, da Disciplina
de Pneumologia, da Universidade Fe-
deral de São Paulo (Unifesp) e autora
do livro Apague o Cigarro de Sua Vida.
“Para parar de fumar é preciso mudar
de comportamento, e isso exige muita
disciplina”, diz Camille. Quando há
dependência física ou psicológica as-
sociadas, a dificuldade é maior.
Os problemas dos fumantes co-
meçam a aparecer depois de 30 anos
de convívio com o cigarro, levando
em conta a média de consumo de um
maço por dia. Em duas semanas, o
ex-fumante já percebe mais disposi-
ção para atividades físicas. O sistema
imunológico de quem parou de fumar
também melhora.
A grande maioria das pessoas
começa a fumar na adolescência.
Dificilmente alguém se inicia no vício
após os 20 anos e, por conta da
juventude, o fumante não pensa nas
doenças relacionadas ao tabagismo.
Para os jovens os males estão muito
distantes dos seus pensamentos e
da curiosidade com o mundo que
estão descobrindo.
O x da questãoJá na vida adulta, quando o fu-
mante muda sua visão e reconhece os
malefícios que o cigarro traz, o hábito
já se infiltrou na rotina e a tolerância à
nicotina aumentou. E na correria das
tarefas diárias a pessoa deixa para
depois o momento de enfrentar o vício
e abandonar em definitivo o cigarro.
“Fumar já faz parte dos rituais
diários e o cigarro passou a ser uma
extensão da pessoa. Levantar e não
acender um cigarro torna-se estranho.
Falar ao telefone sem dar umas traga-
das não tem graça. Entrar no carro e
não ter um cigarro na mão, então, é
impossível”, explica Camille.
A boa notícia é que parar de fumar
sempre traz benefícios em qualquer
idade ou situação. De acordo com a
pneumologista do PrevFumo, o taba-
gista deve investir na mudança de sua
rotina de vida, marcar a data para jo-
gar o cigarro fora e aproveitar tudo de
bom que virá depois da mudança.
Pessoas com maior dependên-
cia física ou psicológica à nicotina
apresentarão maior dificuldade em
vencer o vício, embora o principal
fator de sucesso seja, sem dúvida, a
motivação pessoal. Repositores de
nicotina, como os adesivos e gomas
de mascar, podem ajudar, mas “a
descarga dos receptores de nicotina
dura menos de um minuto. Tomar
um copo d’água é uma grande ajuda
para superar a fissura da abstinência”,
aconselha Camille.
Ataque ao cigarroPara largar de vez o vício, é fundamental investir na mudança de hábitos e ter muita força de vontade
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Mitos e realidades
Mito: Após parar de fumar todos os meus proble-
mas de saúde e disposição física serão como nos
meus 18 anos de idade.
Realidade: A interrupção do tabagismo, sem
dúvida, ajuda a diminuir o risco de aparecimento
de várias doenças, mas certamente não exclui o
cuidado com a própria saúde e uma rotina diária
com atividades físicas.
Mito: Parar de fumar em idade avançada não traz benefícios.
Realidade: Parar de fumar sempre traz benefícios, em qualquer idade, e mesmo
que haja manifestação de uma doença grave. A interrupção do tabagismo melhora
a disposição física, o paladar e a cicatrização.
Mito: O meio mais eficaz de largar o vício é utilizar medicamentos de auxílio.
Realidade: A maioria dos fumantes não precisa de medicação para deixar de fumar.
O remédio pode auxiliar, porém não resolve o mais importante, que é a motivação
pessoal e a mudança de hábitos.
Mito: Fumar de dois a quatro cigarros ao dia não faz
mal a ninguém.
Realidade: Alguns estudos científicos já mostraram
que há diferença na manifestação de doenças entre
não fumantes e pessoas que consomem cigarros em
pequena quantidade (até quatro cigarros por dia). Fu-
mar pouco ou dividir o mesmo ambiente com fumantes
é prejudicial à saúde, sim.
14
Por Sônia Salgueiro
Vida de sÍndico
Por que resolveu candidatar-se a síndica há
quatro anos?
Eu achava que o prédio precisava melhorar.
Comecei como conselheira e depois passei a
subsíndica. Via que o antigo síndico ficava o dia
todo fora, exercendo sua atividade profissional, e
que sua esposa precisava contatá-lo várias vezes
no dia para resolver pendências do edifício. Eu
pensava que, com mais tempo disponível e com
a amizade que eu tinha com os condôminos, teria
mais facilidades. Depois que assumi, percebi o
quanto é difícil exercer essa atividade.
O que mais a orgulha na sua gestão?
Todas as mudanças me deram muita satisfação.
Planejamos com cuidado cada uma das ações.
Me orgulha muito ter implementado, há três anos,
a individualização de água. Dentro do complexo
de nove prédios, o Itamaracá é o único que conta
com o sistema. Até chegar no prédio, eu sempre
tinha morado em casa e achava que as pessoas
deviam usar a água com mais consciência.
Medição individualizada é com ela
paulistana Suely Canella Cabral é, há quatro anos, síndica do Condomínio Edifício Itamaracá, prédio de 44 apartamentos localizado na zona sul de São Paulo. Junto com outros oito edifícios, é conhecido na região como Chácara dos Patos. “As pessoas acham que há um síndico para os nove prédios, que
foram erguidos pela mesma construtora, mas eles são independentes”, comenta Suely. O currículo da síndica, que mora há cerca de 25 anos no Itamaracá, é rico em realizações. Nesses quatro
anos, ela instalou a medição individualizada de água e de gás natural, em substituição aos botijões de GLP, reduziu a inadimplência e se prepara para reformar todo o térreo do edifício: salões de festas e de jogos e hall de entrada. “Me dedico mesmo ao prédio”, diz Suely, que deve concorrer novamente ao cargo nas eleições que acontecem entre setembro e outubro.
Suely Canella Cabral também reduziu a inadimplência do Condomínio Edifício Itamaracá
A
Como foi o processo que levou à individualização de água?
Logo que entrei, agilizei ao máximo para implementar a medição
individualizada, que já estava programada pelo síndico anterior. A
conta de água vinha subindo muito, chegando aos R$ 4,1 mil, e
era preciso baixá-la. Conversei com técnicos da Sabesp e eles me
falaram que um prédio do padrão do nosso deveria pagar na faixa
de R$ 1,8 mil a R$ 2 mil.
Quais foram os principais obstáculos?
Tivemos alguns problemas. Por se tratar de um prédio antigo, não
havia lugar exato para colocarmos os relógios individuais: ficaram
no último andar e os canos tiveram que correr pela parte externa
do edifício. Todos reclamavam do visual e eu falava: “Calma,
pessoal. Uma coisa de cada vez”. Só depois de individualizar a
água e o gás, pintamos o prédio e também os canos, que ficaram
da mesma cor das faixas que separam as lajes: cinza.
Qual foi a reação dos moradores após a primeira conta?
No começo eles acharam ruim, porque gastaram muito mais.
Agora criaram responsabilidade. Parece que um outro prédio do
conjunto seguirá o nosso exemplo. A síndica de lá me ligou para
obter informações.
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Quais foram os ganhos da individualização de água
para os condôminos?
O gasto caiu praticamente à metade, não só porque as pes-
soas passaram a consumir menos, mas também porque trata-
ram de arrumar rapidinho os vazamentos de suas respectivas
unidades. O boleto do condomínio baixou de R$ 362 para R$
315, valor que estamos conseguindo manter até hoje.
Que projetos tocou em seguida?
Logo depois que aderimos à medição individualizada de
água, comecei a movimentar os outros síndicos para ado-
tarmos juntos o gás natural, afinal todos os prédios foram
construídos para ter gás de rua. Descobri que havia apar-
tamentos com cinco ou seis botijões de gás, o que é muito
perigoso. Ligamos para a Companhia de Gás de São Paulo
(Comgás), que não cobrou nada para instalar a infraestrutura
necessária à individualização, provavelmente porque éramos
nove prédios. No Itamaracá, o síndico anterior já tinha trocado
os canos antigos pelos de cobre, mas os demais edifícios
precisaram reformar os canos. Esse episódio foi positivo
porque aproximou todos os síndicos. Hoje nós trocamos
e-mails com certa frequência.
Qual foi o papel de sua administradora de condomínios
nessas mudanças todas?
Ela nos ajudou muito. Quando entrei, eu entendia muito
pouco de condomínio e a orientação da administradora foi
fundamental. Aliás, ela nos orienta muito até hoje e seus
funcionários são excelentes. Enviam um relatório mensal
superdetalhado, que todos os condôminos entendem.
Eu pensava que, com mais tempo disponível e com a amizade que eu
tinha com os condôminos, teria mais facilidades. Depois que assumi, percebi o quanto é difícil exercer essa atividade”
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Por Sônia Salgueiro
Vida de sÍndico
A inadimplência é um problema sério no Itamaracá?
Hoje em dia não. Quando entrei, eram sete inadimplentes.
Hoje temos apenas um caso mais grave, que está na Justiça e
para o qual o juiz já deu sentença condenatória. O antigo sín-
dico já vinha atacando o problema. Quando assumi, comecei
a conversar com as pessoas, convencendo-as da importância
de manter as contas em ordem.
Como é seu relacionamento com
os fornecedores de serviços do
condomínio?
Hoje a lista de fornecedores do prédio
é relativamente pequena. Há muito
tempo cancelamos vários contratos de
manutenção. Tínhamos empresas para
cuidar da antena, do portão e assim por
diante. Mantivemos apenas os contratos
com as empresas que cuidam do elevador, da bomba d’água
e das câmeras. Chegamos à conclusão de que, em alguns
casos, é mais vantajoso dar noções básicas ao zelador e aos
demais funcionários sobre como conservar os equipamentos
e pagar o conserto quando eles quebram. Isso trouxe alguma
economia ao condomínio.
Quais são seus próximos passos?
Agora pretendemos modernizar todo o
térreo do edifício, o que vai valorizar muito
os apartamentos. Vamos reformar o hall
de entrada, os salões de festas e de jo-
gos. Desde fevereiro estamos colhendo
orçamentos e conversando com arquite-
tos e pedreiros. Apesar da obrigação de
apresentar três orçamentos, já temos dez
cotações para o serviço.
“Cancelamos vários contratos de manutenção.
Concluímos que, em alguns casos, é mais vantajoso dar noções
básicas ao zelador sobre como conservar
os equipamentos”
Suely: “Por se tratar de um prédio antigo, não havia lugar exato para os relógios individuais de água. Eles foram colocados no último andar”
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REALIZAÇÃO
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\\Servidor\criação\CLIENTES\SECOVI\1075 - Anuncio Universidade 2008\Anuncio Universidade - Revista Secovi - Julho 2009.cdrsegunda-feira, 27 de julho de 2009 12:32:37
Perfil de cores: DesativadoComposição 150 lpi a 45 graus
18
Por Maria do Carmo Gregório
capa
mercado imobiliário pós-
crise econômica mundial
segue outros rumos, impul-
sionado por uma realidade que re-
quer novas posturas de empresários
e profissionais do setor. A união e o
fortalecimento dos elos que com-
põem a extensa cadeia da indústria
imobiliária são a chave para vencer os
desafios e definir as estratégias mais
adequadas para garantir o sucesso
em qualquer iniciativa.
É nesse contexto que será realiza-
da a Semana Imobiliária, conjunto de
eventos dirigido ao setor que deverá
reunir, de 24 a 27 de setembro, um
total de 80 mil visitantes, ocupar 70
mil metros quadrados e reunir cerca
de 700 expositores no Pavilhão de Ex-
posições do Anhembi. “É importante
salientar que a Semana Imobiliária
não é meramente um evento de ven-
das de imóveis, produtos e serviços
ou apresentação de palestras. Trata-
se da afirmação do setor imobiliário
como grande prioridade da socieda-
de brasileira. É por isso que empre-
sas, empresários e profissionais têm
de estar lá”, destaca o presidente do
Secovi-SP, João Crestana.
Sinergia deresultadosA Expo Síndico Secovi Condomínio acontece de 24 a 27 de setembro, no Parque Anhembi, simultaneamente a eventos da Semana Imobiliária que interagem com seu público-alvo
O
19
Um dos principais eventos da Semana Imobiliária
é a Expo Síndico Secovi Condomínio, promovida pelo
Secovi-SP, que, a partir deste ano, será realizada em
parceria com a Reed Exhibitions Alcantara Machado
e apoio da G. Brazil. Dezenas de expositores estarão
reunidos em uma área de 15 mil metros quadrados,
para oferecer extensa gama de produtos, serviços,
equipamentos e tecnologias para condomínios resi-
denciais e comerciais, além de loteamentos.
Profissionais de administradoras de imóveis,
síndicos, funcionários e até moradores de condo-
mínios não podem perder as novidades que serão
apresentadas durante a feira, diz Hubert Gebara,
vice-presidente de Administração Imobiliária e Condo-
mínios do Sindicato. “Os condomínios movimentam
diversos setores. São uma
máquina a serviço da eco-
nomia do País, o que reforça
a importância do evento”,
ressalta.
Ele chama a atenção
para o valor agregado da in-
tegração do evento ao Salão
Imobiliário São Paulo (Sisp),
à FiaFlora e às demais inicia-
tivas que acontecem parale-
lamente, no Parque Anhembi,
como o Ciclo de Palestras para Síndicos, o Encontro
de Administradoras de Condomínios (Enacon) e a
Convenção Secovi. “Foi uma decisão estratégica,
pela fantástica sinergia entre empresários e clientes,
que terão acesso, no mesmo local e a um só tempo,
à mais completa informação.”
Outra grande vantagem, segundo o show ma-
nager da Reed Exhibitions, Ricardo Matrone, é ser o
único evento com foco dirigido, reforçado pelo peso
da representatividade do Secovi-SP nos condomínios,
aliado à expertise da maior empresa do mundo em
organização de feiras. “Para uma boa gestão, o síndi-
co precisa conhecer fornecedores qualificados, o que
vai encontrar lá. Além disso, no Sisp e na FiaFlora, há
interlocutores que precisam conversar, interagir com
o visitante da Expo Síndico”, afirma. “Acima de tudo,
estamos num momento especial, em que a área imo-
biliária e o segmento de condomínios demonstram
sua força”, avaliou Matrone.
Novos temposAs tendências do mercado refletem diretamente
no segmento de condomínios, que representam a
ponta, o elo final da cadeia imobiliária. Depois de
projetado, construído e pronto, o edifício é ocupa-
do, equipado e terá de contar com gestão e fun-
cionários de acordo com suas características. Do
mercado de alto padrão aos condomínios-clube,
passando pelos prédios sustentáveis e o mercado
de usados, e chegando às demandas que surgirão
para atendimento dos imóveis inseridos no progra-
ma Minha Casa, Minha
Vida, uma nova realidade
se apresenta a síndicos
e administradoras, que
precisam conhecer os
instrumentos disponíveis
para auxil iá-los nesse
processo.
Na Expo Síndico, além
de ter acesso às ferramen-
tas mais adequadas para
melhorar a gestão condo-
minial, os síndicos poderão conhecer as novidades
do mercado, encontrar parceiros, trocar informações
e experiências.
“Da mesma forma, as administradoras conhe-
cerão projetos, programas, produtos e técnicas de
administração, bem como as expectativas de mer-
cado para o posicionamento da empresa e dos pro-
fissionais frente ao cenário nacional e internacional
que influencia negócios e oportunidades”, observa
Mariangela Iamondi Machado, diretora de Associa-
ções em Loteamentos Fechados do Sindicato.
Valor agregado As mudanças ocorridas no mercado trazem no-
vos conceitos, pedem posturas diferentes por parte
das administradoras, conhecimento atualizado dos
Gebara “Os condomínios são uma máquina a serviço da economia do País”
20
capaPor Maria do Carmo Gregório
síndicos e aperfeiçoamento dos
profissionais que atuam em em-
presas e condomínios.
“Embora o setor deva continuar
construindo para as classes A e B, a
maior demanda deverá se concen-
trar nas classes populares. Diante
desse fato inexorável, é necessário
que as administradoras de con-
domínios e locações procurem se
adaptar, preparando-se para atuar
junto às diversas classes sociais e
aos mais variados tipos de edifí-
cios”, acentua Hubert Gebara.
Dois eventos simultâneos à
feira preenchem essa lacuna: o
Ciclo de Palestras, que discutirá
temas relevantes para melhoria da
atuação dos síndicos; e o Enacon,
único evento do ano dirigido a
empresários, diretores e gerentes
de administradoras de imóveis e
condomínios. “Os visitantes que
interessam ao segmento terão a
oportunidade de receber infor-
mações diferenciadas durante
os eventos, o que agrega valor à
feira e a qualifica”, observa o vice-
presidente do Secovi-SP.
Ciclo de PalestrasAlém de conhecer o que há
de mais moderno no ramo, o
interessado poderá acompanhar
o Ciclo de Palestras, que acon-
tecerá no mesmo ambiente da
Expo Síndico, em salas especial-
mente montadas no Pavilhão de
Exposições.
Segundo Sérgio Meira, dire-
tor de Condomínios da Capital
do Secovi-SP e coordenador
do Ciclo, a grade focará quatro
grandes temas, que estão fre-
quentemente na ordem do dia:
Segurança, Individualização de
Água, Sustentabilidade e Assun-
tos Jurídicos.
“Infelizmente, por mais que se
fale em segurança, essa questão
ainda aflige muitos condomínios.
Daí a necessidade constante de
atualizar as informações”, explica
Meira, acrescentando que o Se-
covi-SP busca estreitar a parceria
com a Secretaria de Segurança
Pública do Estado de São Paulo
(SSP) para intensificar as ações
de prevenção e combate a as-
saltos a edifícios. A SSP também
deverá marcar presença no Ciclo,
apresentando procedimentos e
seus projetos na área.
A medição de água é outro
assunto sempre atual, devido ao
grande interesse na implantação
do sistema pelo aspecto da eco-
nomia e justiça social. As novas
tecnologias permitem a instala-
ção crescente de hidrômetros
individuais nos prédios, inclusive
em edifícios mais antigos. “Essa
tem sido uma tendência que
melhora o mercado e possibilita
a redução de preços”, comenta
Meira. Ele informa que, dentre
outros especialistas, o painel
sobre o tema contará com repre-
sentantes da Sabesp, que irão
explicar mais detalhes sobre o
ProAcqua, programa de econo-
mia de água desenvolvido pela
concessionária.
Basta um conjunto de peque-
nas ações e qualquer condomínio
tem condições de manter uma
gestão sustentável, mesmo aque-
les que não foram concebidos
com esse perfil. No painel sobre
sustentabilidade, este será um
dos assuntos em discussão. “O
tema é bastante abrangente, mas
o objetivo é ampliar uma visão de
gestão que já vem sendo adotada
em muitos prédios, que contem-
pla ações que vão desde o uso
racional de energia e água até a
aquisição de materiais certifica-
dos”, adianta Meira.
Mariangela: “As administradoras conhecerão projetos, programas, produtos e técnicas de administração”
Meira: “Por mais que se fale em segurança, essa questão ainda aflige muitos condomínios”
21
Temas jurídicosAs questões polêmicas registradas no dia a
dia do condomínio ganham destaque no Ciclo de
Palestras e fornecem conteúdo ao painel sobre
Assuntos Jurídicos. Renomados especialistas e
profissionais do Departamento Jurídico do Secovi-
SP prestarão importantes esclarecimentos e correta
orientação para a solução de conflitos, problemas
enfrentados por síndicos, condôminos e funcionários
dos edifícios.
A grade foi elaborada de forma a garantir que
os interessados possam acompanhar todas as
palestras. “São temas relevantes e as pessoas têm
interesse em procurar informações corretas, de
fontes confiáveis, para se reciclar e conhecer novas
tendências de produtos, serviços e procedimentos”,
afirma Hubert Gebara, lembrando que um dia intei-
ro – sábado, 26 de setembro – foi especialmente
reservado para a iniciativa.
Encontro de Administradoras de Condomínios (Enacon)Programação de painéis
4 Pesquisa - Panorama setorial4 Valorização da atividade 4 Tributação em condomínios4 Administradoras: responsabilidades solidária e subsidiária. Prevenir ou remediar4 Especialização (local e internacional) ao alcance de todos4 Grandes condomínios, pequenas cidades inseridas na megalópole - Um desafio administrativo4 Administradora 2.04 Minha casa, meu condomínio
22
capaPor Maria do Carmo Gregório
As grandes tendências do mercado de admi-
nistração, o que estão fazendo as empresas e o
que esperam os clientes. Esses assuntos integram
o temário do Enacon 2009, que também abrirá
espaço para discutir a valorização da atividade,
especialização, responsabilidade solidária e
subsidiária, além de outras questões pertinentes
ao segmento.
“A organização e a capacitação do setor são
os focos centrais do evento, que acontece em dois
dias e dará continuidade a algumas discussões ini-
ciadas na versão anterior, em 2008”, explica Juraci
Baena Garcia, diretor de Condomínios do Interior e
coordenador do Enacon.
No primeiro dia, destinado à organização, serão
realizados o painel “Pesquisa - Panorama Setorial”,
com informações estratégicas para a atividade, e
“Valorização da Atividade”, que apresentará os efei-
tos práticos da primeira campanha de valorização
das empresas e dos profissionais de administração
de condomínios, bem como os próximos passos a
serem seguidos.
O segundo dia é voltado às questões relacio-
nadas à capacitação. Um dos
temas é a importância de co-
nhecer as responsabilidades,
bem como os prejuízos a que
estão sujeitas as administrado-
ras condominiais no desempe-
nho de suas atividades.
Também será possível sa-
ber de que forma os cursos
oferecidos pela Universidade
Secovi, o Programa Quali-
ficação Essencial (PQE) e
o Institute of Real Estate of
Management (Irem, instituição
norte-americana que reúne
administradores de imóveis)
podem fazer a diferença para
as empresas, em termos de
eficiência, captação e fideliza-
ção de clientes.
Quais os desafios administrativos de condo-
mínios que são verdadeiros conglomerados de
edifícios, compondo uso residencial e comercial,
com multisserviços, ruas asfaltadas, sinalização e
gestão interna semelhante à de governos munici-
pais? Essa forma moderna de morar ou trabalhar
à luz da necessária administração profissional
diferenciada será abordada em módulo específico
do Encontro.
Administradora 2.0 (em alusão à motorização
dos automóveis) é outro assunto em pauta no en-
contro, que apresentará as novidades e tendências
que podem contribuir para o sucesso do negócio,
com aplicações práticas das novas tecnologias
e todas as informações necessárias para evitar
problemas com eventuais descuidos. Especialistas
explicarão como a Tecnologia da Informação pode
aumentar a produtividade, potencializar o aten-
dimento ao cliente e apoiar a geração de novos
negócios”, conta Baena Garcia.
O painel Minha Casa, Meu Condomínio é uma
alusão ao programa habitacional lançado este ano
pelo governo, já que os em-
preendimentos econômicos
e populares constituem a
grande tendência do mer-
cado imobiliário. Dentre ou-
tros aspectos, estarão em
debate os modelos de ges-
tão mais adequados para
administrar Habitações de
Interesse Social e os tipos
de serviço que as adminis-
tradoras terão de oferecer
para esse público.
A exemplo do Enacon
2008, todos os painéis serão
gravados e transformados
em publicação, registrando
as tendências das empresas
do segmento.
Capacitação e organização são os motes do Enacon
Garcia: “A organização e a capacitação do setor são os focos centrais do evento”
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24
Por Sônia Salgueiro
manutenção
Pintando o setePara que edifício tenha aparência de novo, ideal é que manutenção da fachada ocorra a cada cinco ou seis anos
Faça chuva ou faça sol, a manutenção das fachadas
tem lugar de destaque na agenda do condomínio.
O ideal, dizem os especialistas, é que as obras de
restauração, lavagem, impermeabilização e pintura das
fachadas dos edifícios ocorram a cada cinco ou seis anos.
“Assim o prédio mantém a aparência de novo e o serviço
fica mais barato”, afirma Miqueas Bergmann, diretor da
M.Bergmann, empresa que há uma década atua ex-
clusivamente com condomínios e realiza em torno
de 100 obras de manutenção de fachada
por ano. Ele explica que, quando o
condomínio adia por muito tempo
a obra, as trincas começam a
se multiplicar, inflacionando o orçamento.
“Realizada a cada cinco ou seis anos, a manutenção é
preventiva. Quando ela demora a acontecer, se torna cor-
retiva”, resume Bergmann. Pelos seus cálculos, uma ação
corretiva pode custar mais que o dobro da preventiva. “E tudo
dependerá de como o prédio foi construído”, esclarece o di-
retor, lembrando que acabamentos em pastilha cerâmica, por
exemplo, são muito mais caros. Além de precisar de rejunte,
encontrar pastilhas idênticas às originais pode se tornar um
trabalho digno de Sherlock Holmes.
Nelson Ramalho, sócio da Colorcryl Manutenção e Con-
servação de Edifícios, empresa com 13 anos de mercado
e mais de 500 condomínios “pintados” no portfólio, lembra
que um dos fatores que mais encarecem o
orçamento é a restauração. “Há prédios
que não investem nisso durante anos.
Na hora de contratar o serviço,
acaba ficando mais caro
que do que um con-
domínio zeloso”,
compara.
25
Obras complexas também são mais caras e demoradas.
“O tempo de execução varia conforme o tamanho e as características
do condomínio”, explica Ramalho, da Colorcryl. Segundo ele, uma obra
leva, em média, de 45 a 80 dias para ser concluída.
Localização influiUm dos fatores que abrevia ou estende a duração do serviço é a
localização. “Um edifício de calçada, sem recuo, na região central de
São Paulo não pode ser lavado durante a semana, quando o trânsito de
pessoas e veículos é grande”, exemplifica o sócio da Colorcryl.
A localização também interfere na periodicidade da obra. Um imóvel
situado numa rua calma pode ser restaurado a cada sete anos. Já um
prédio que fica numa avenida por onde passam ônibus e caminhões
– consequentemente mais poluída – deve ser lavado e pintado a cada
quatro anos.
Tijolinhos à vista, detalhes em concreto, sacadas e lambris de
madeira impõem maior dificuldade aos profissionais do segmento – e
custos extras também. “Obviamente, quando o acabamento demanda
algo além de látex, a obra exige mais tempo”, comenta Ramalho. Saca-
das, por exemplo, têm que ser pintadas uma a uma e, quando possuem
lambris de madeira, estes precisam de verniz.
Múltiplos orçamentosDificilmente um condomínio contrata a pintura ou a lavagem separa-
damente. A manutenção começa com a lavagem, segue com a restau-
ração das trincas, com a colocação de um produto impermeabilizante
e termina com a pintura.
O Edifício Villa Real, situado na zona sul da cidade de São Paulo,
vive o processo. Aos 12 anos,
passa pela sua segunda pintura.
“Quando notamos que há muita
fuligem, contratamos o serviço”,
diz o síndico do condomínio, João
Nunes Assali. A obra começou no
final de junho e deve terminar em
meados de setembro.
Como o tempo de convivência
entre condomínio e prestadora
do serviço é relativamente longo,
convém que o síndico tenha al-
guns cuidados, como recorrer a
vários orçamentos antes de fechar
contrato com uma empresa. O Villa
Fim da sazonalidadeO inverno sempre foi sinôni-
mo de chuvas escassas no Su-
deste do País, fazendo com que
levas de condomínios progra-
massem obras de manutenção
de fachadas para essa estação
do ano. Com a instabilidade cli-
mática que se instalou no País,
porém, essa sazonalidade está
desaparecendo. “Hoje o clima
varia muito. Por isso as pessoas
não esperam mais o outono e
o inverno para lavar ou pintar a
fachada”, diz Nelson Ramalho,
sócio da Colorcryl Manutenção
e Conservação de Edifícios.
Miqueas Bergmann, diretor
da M.Bergmann, confirma que
a distribuição do trabalho é
mais homogênea hoje em dia.
“Há cinco ou seis anos ainda
existia essa sazonalidade, mas
ela caiu bastante.” Atualmente
os negócios da empresa estão
concentrados nos meses de
março a outubro.
“Sentimos um leve aumen-
to da demanda no segundo
semestre”, relata Ramalho, da
Colorcryl, contando que em
torno de 60% dos contratos de
sua empresa são assinados a
partir de julho. A explicação:
por saber que os moradores
têm muitas despesas no início
do ano – IPVA, IPTU, matrícula
da escola dos filhos, etc. –, o
síndico costuma deixar a ma-
nutenção das fachadas para o
segundo semestre. Assali, do Villa Real: “Quando notamos que há muita fuligem, contratamos o serviço”
26
Por Sônia Salgueiro
manutenção
Real orçou o serviço em seis empresas.
“Dois preços estavam muito acima da
média e foram desconsiderados. Anali-
samos os quatro com valores similares
e optamos pelo que nos pareceu mais
seguro. A indicação de nossa admi-
nistradora foi muito importante nesse
processo”, conta Assali.
A advogada Marta Pessoa, do depar-
tamento jurídico do Secovi-SP, recomen-
da que, antes de contratar o prestador
de serviço, o síndico exija um dossiê que
comprove a regularidade da empresa
perante o Fisco nas diferentes esferas
governamentais e também perante o
Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS), Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS), etc. “É bom que o dossiê
também traga contatos de outros con-
domínios que já contrataram a empresa
postulante, bem como a informação de
que ela atua coberta por seguro de res-
ponsabilidade civil”, aconselha.
Janelas fechadasContrato assinado, é importante que
todos os condôminos conheçam com
antecedência o cronograma da obra.
Três ou quatro dias antes de iniciar o
trabalho, a Colorcryl envia uma circular
ao condomínio. “São cinco ou seis
cópias, informando sobre a data da
lavagem e da pintura. A idéia é que elas
sejam colocadas em local visível, como
o quadro de avisos e os elevadores”,
afirma Ramalho.
A M.Bergmann também recorre a
esse tipo de comunicação. Uma semana
antes de começar o serviço, envia uma
circular protocolada para cada aparta-
mento. “Orientamos o morador a fechar
janelas, arrumar vidros quebrados e tirar
objetos das sacadas”, explica o diretor
Miqueas Bergmann. Durante as obras,
a empresa restringe a circulação de
pessoas nos trechos que estão sendo
lavados ou pintados.
No condomínio Villa Real, a comu-
nicação fluiu com antecedência ainda
maior: 15 dias. “Distribuímos uma circu-
lar para cada apartamento e o zelador
também conversou com os moradores”,
conta Assali. Como se vê, também na
hora de lavar e pintar fachadas, comu-
nicação é fundamental.
A decisão de lavar ou pin-
tar o prédio deve ser tomada
sempre mediante aprovação
dos condôminos em assem-
bleia, bastando que a maioria
simples dos presentes, em segunda
chamada, aprove a obra.
Já a modificação da cor original é mais trabalhosa, de
acordo com a advogada Marta Pessoa, do departamento ju-
rídico do Secovi-SP. Ela explica que, neste caso, é necessária
a totalidade dos votos (unanimidade dos condôminos) em
assembleia geral (artigo 1.336, III, do novo Código Civil). “Tal
decisão decorre da necessidade de manutenção do conjunto
estético-arquitetônico que consubstancia patrimônio comum
de todos os condôminos, cuja descaracterização poderá
ocasionar a perda do valor da propriedade imobiliária”,
destaca a advogada.
Marta informa ainda que a pintura e a limpeza da fachada
são consideradas despesas extraordinárias do condomínio,
conforme o artigo 22 da Lei do Inquilinato.
Embora pouca gente saiba, a advogada do Secovi-SP
esclarece que na cidade de São Paulo existe uma lei que
obriga a limpeza ou pintura periódica das fachadas a cada
cinco anos. “A Lei nº 10.518/88 foi regulamentada pelo De-
creto n° 33.008/93, posteriormente alterado pelo Decreto n°
39.536/00”, completa Marta.
Marta, do Secovi-SP: “Empresa tem de atuar coberta por seguro de responsabilidade civil”
27
28
Por Marcos Fernando Queirozmercado regionaL
Grande ABC:um mercado forte e atrativoFácil acesso, alto número de lançamentos com unidades espaçosas, infraestrutura arrojada e facilidades no financiamento tornam a região uma grande opção para quem quer morar com qualidade de vida e perspectiva crescente de valorização do imóvel
29
uando se fala em fugir de São Paulo para viver me-
lhor, a tendência é pensar em cidades relativamente
distantes. Mas, bem pertinho da Capital, a área co-
nhecida como Grande ABC já demonstrou sua capacidade
de atrair moradores, inclusive de bairros tradicionais, como
Ipiranga e Vila Mariana.
“Embora nossa região ofereça diferenciais que acabam
conquistando uma parcela da população paulistana, esse
movimento também acontece devido à escassez de terrenos
em São Paulo. Assim, as grandes empresas incorporadoras
vieram para cá e, de certa forma, ajudaram a provocar uma
valorização maior dessas áreas”, analisa Milton Bigucci,
presidente da Associação dos Construtores, Imobiliárias e
Administradoras do Grande ABC (Acigabc) e vice-presidente
do Interior do Secovi-SP.
Mesmo com a crise no final de 2008, o desempenho
do mercado imobiliário no ABC foi bastante satisfatório no
ano passado, em relação aos exercícios anteriores. A maior
demanda, de acordo com Bigucci, ainda é dos moradores
locais. “Embora até o momento o número de lançamentos
em 2009 seja menor que o de 2008, a tendência é de cres-
cimento”, completa o vice-presidente do Sindicato.
Segundo dados da Acigabc, parceira do Secovi-SP na
região, no final de 2008 algo em torno de 6,7 mil unidades
lançadas estavam disponíveis para venda no Grande ABC.
Desse montante, cerca de 4,2 mil unidades na planta, 2,3
mil em construção e 102 imóveis prontos para venda.
De acordo com informações da Empresa Brasileira de
Estudos do Patrimônio (Embraesp), o mercado imobiliário
do Grande ABC deve voltar à velocidade registrada antes do
Q
30
Recursos para a regiãoEm 2009, a Caixa Econômica Federal disponibilizou R$ 550 milhões em recursos para financiamento habitacional
às empresas do mercado imobiliário do Grande ABC, valor 30% superior ao do ano anterior. Desse montante total,
R$ 450 milhões foram destinados a pessoas físicas e R$ 100 milhões às empresas do ramo da construção civil.
Segundo o gerente regional de Construção Civil da Caixa, José Antônio Lucas de Oliveira, tais medidas,
aliadas às condições mais atraentes de financiamento, conduzirão a um aumento no número de contratos,
no ABC paulista, de cerca de 20% neste exercício.
pico ocorrido em 2007. Isso porque naquela área os preços
ainda eram mais atrativos do que em outras localidades,
fator que, em alguns casos, permite a construção de imóvel
de mesmo padrão por um valor final até 50% menor que o
preço médio praticado na Capital, por exemplo.
Na rota do Porto de SantosA região do Grande ABC está conectada com um dos
mais dinâmicos complexos rodoviários brasileiros, o sistema
Anchieta-Imigrantes. As estradas ligam São Paulo ao Porto
de Santos, isto é, a maior metrópole e o maior terminal por-
tuário do País. No momento, a EcoRodovias, gestora privada
de quatro rodovias, investe em um negócio paralelo, um
condomínio logístico de 420 mil metros quadrados no en-
contro da Rodovia Imigrantes com o Trecho Sul do Rodoanel
Mario Covas. O empreendimento representa um aporte de
R$ 100 milhões, e deve servir de ponta de lança para outros
terminais logísticos.
“Sem dúvida, o Rodoanel desencadeou um notável de-
senvolvimento econômico na região, não só para o mercado
imobiliário, mas para praticamente todos os setores produti-
vos”, analisa Aparecido Viana, presidente da Aparecido Viana
Imóveis. Com sede em São Caetano, sua empresa atua em
todo o Grande ABC e na Capital.
Segundo o empresário, em 2009 o mercado regional
continua crescendo e atendendo a um público bastante se-
leto. “Tal diagnóstico não se restringe apenas ao segmento
residencial”, completa.
Por esse e outros fatores, o ABC, notadamente São
Bernardo do Campo, tornou-se um verdadeiro manancial de
oportunidades e negócios, relata Roberto Casari, diretor de
Marketing da Casari Imóveis, sediada na cidade. “Para se
ter uma idéia, realizamos um megalançamento próximo ao
Shopping Metrópole, sendo uma torre inteira só da Petrobras.
Na região central de São Bernardo, podemos contabilizar
mais de 800 novas unidades que atendem a variados pa-
drões”, informa.
As grandes empresas e grupos comerciais que se insta-
lam na região acabam por atrair um consumidor com padrão
de vida elevado, que demanda edifícios com unidades de
perfil quase que exclusivo: apartamentos amplos de 100 ou
150 metros quadrados, com três ou mais vagas e preços
entre R$ 200 mil e R$ 500 mil, ocupando terrenos dos mais
variados perfis. “Também contamos com significativo público
para empreendimentos menores”, observa Casari. Viana: “O Rodoanel desencadeou um notável desenvolvimento econômico na região”
Casari: “Na região central de São Bernardo, contabilizamosmais de 800 novas unidades que atendem a variados padrões”
Por Marcos Fernando Queirozmercado regionaL
31
32
dia a dia
Dicas e indicadores que facilitam aadministração do seu condomínio
PER
Total Geral Pessoal / Encargo Tarifas Manut. de Equipamentos Conservação e Limpeza Diversos
ICON
Var. %
ICON
Var. %
ICON
Var. %
ICON
Var. %
ICON
Var. %
ICON
Var. %
Mês Ano 12 meses Mês Ano 12
meses Mês Ano 12 meses Mês Ano 12
meses Mês Ano 12 meses Mês Ano 12
meses
jun/08 162,535 0,71 1,98 6,67 157,880 0,00 0,30 5,87 159,808 1,30 1,30 1,75 185,195 1,98 6,82 13,44 170,924 1,74 6,14 11,33 160,818 1,98 6,82 13,44
jul/08 163,643 0,68 2,67 7,83 157,880 0,00 0,30 5,87 161,945 1,34 2,65 5,52 188,454 1,76 8,70 15,11 173,805 1,69 7,93 13,03 163,649 1,76 8,70 15,11
ago/08 163,527 -0,07 2,60 7,51 157,880 0,00 0,30 5,87 161,945 0,00 2,65 5,52 187,851 -0,32 8,35 13,63 173,495 -0,18 7,74 11,75 163,125 -0,32 8,35 13,63
set/08 164,639 0,68 3,30 7,34 157,880 0,00 0,30 5,87 167,491 3,43 6,17 6,17 188,058 0,11 8,47 12,31 173,495 0,00 7,74 10,61 163,125 0,00 8,35 12,18
out/08 172,679 4,88 8,34 8,92 171,048 8,34 8,67 8,67 167,491 0,00 6,17 6,17 189,901 0,98 9,53 12,23 175,195 0,98 8,79 10,82 164,724 0,98 9,41 12,11
nov/08 172,833 0,09 8,44 8,86 171,048 0,00 8,67 8,67 167,491 0,00 6,17 6,17 190,623 0,38 9,95 11,88 175,861 0,38 9,21 10,79 165,350 0,38 9,83 11,76
dez/08 172,780 -0,03 8,40 8,40 171,048 0,00 8,67 8,67 167,491 0,00 6,17 6,17 190,375 -0,13 9,81 9,81 175,632 -0,13 9,07 9,07 165,135 -0,13 9,68 9,68
jan/09 172,618 -0,09 -0,09 8,04 171,048 0,00 0,00 8,67 167,491 0,00 0,00 6,17 189,537 -0,44 -0,44 8,14 175,197 -0,25 -0,25 7,86 164,408 -0,44 -0,44 8,02
fev/09 172,898 0,16 0,07 7,91 171,365 0,19 0,19 8,54 167,491 0,00 0,00 6,17 190,030 0,26 -0,18 7,85 175,474 0,16 -0,09 7,65 164,835 0,26 -0,18 7,73
mar/09 172,626 -0,16 -0,09 7,55 171,365 0,00 0,19 8,54 167,491 0,00 0,00 6,17 188,624 -0,74 -0,92 6,27 174,705 -0,44 -0,53 6,40 163,616 -0,74 -0,92 6,15
abr/09 172,575 -0,03 -0,12 7,34 171,365 0,00 0,19 8,54 167,491 0,00 0,00 6,17 188,341 -0,15 -1,07 5,38 174,629 -0,04 -0,57 5,61 163,370 -0,15 -1,07 5,27
mai/09 172,332 -0,14 -0,26 6,78 171,365 0,00 0,19 8,54 166,333 -0,69 -0,69 5,43 188,209 -0,07 -1,14 3,64 174,728 0,06 -0,51 4,01 163,256 -0,07 -1,14 3,53
jun/09 172,066 -0,15 -0,41 5,86 171,365 0,00 0,19 8,54 165,192 -0,69 -1,37 3,37 188,021 -0,10 -1,24 1,53 174,524 -0,12 -0,63 2,11 163,093 -0,10 -1,24 1,41
Icon Secovi-SP – Índice de Custos Condominiais MÊS: Junho / 2009 Índice Base Dez/01 = 100,000
IndicadorVariação - em%
Mês Ano 12 meses
IGP-DI (0,32) (1,04) 0,76
IGP-M (0,10) (1,24) 1,52
IPC/FIPE 0,13 1,92 4,24
INPC 0,42 2,75 4,94
IPCA 0,36 2,57 4,80
INCC-DI 0,70 2,42 7,67
Pisos Salariais: Verificar a Convenção Coletiva de Trabalho da cidade do condomínio no site www.secovi.com.br
ACÚMulO DE CARGO: 20% ADICIONAl NOTuRNO: 20%
HORAS EXTRAS: Cidade de São Paulo e demais municípios: 50%
CESTA bÁSICA: Verificar Convenção Coletiva de Trabalho da cidade do condomínio no site www.secovi.com.br
FGTS – AGOSTO/2009 (Data de recolhimento até 4/9/09): 8% sobre o total da remuneração recebida pelo empregado
PIS – AGOSTO/2009 (Data de recolhimento até 25/9/09): 1% sobre o total da folha de pagamento
INSS – AGOSTO/2009 (Data de recolhimento até 21/9/09) * SAlÁRIO DE CONTRIbuIçãO (R$) – AlÍQuOTAS: Até 965,67 = 8,00 % De 965,68 a 1.609,45 = 9,00 % De 1.609,46 a 3.218,90 = 11,00 % Acima de 3.218,90 = R$ 354,07
SAlÁRIO-FAMÍlIA – AGOSTO/2009: Remuneração mensal até R$ 500,40 = R$ 25,66 Remuneração mensal acima de R$ 500,41 até R$ 752,12 = R$ 18,08
* Esses valores correspondem ao mês de agosto/2009 e poderão sofrer
alterações até a data do vencimento, conforme publicação no Diário Oficial da União.
FOLHA DE PAGAMENTO ÍNDICES DE PREÇO
Atenção: INSS –
Contribuição Riscos Ambientais
do Trabalho - a partir da
competência junho/2007: 3%
(Junho/2009)
Fontes: FGV, IBGE e Fipe/USP
Elaboração: Departamento de
Economia e Estatística do Secovi-SP
33
34
Por Sônia SalgueiroQuaLificação profissionaL
Ficou mais fácilvender o apartamento
P
A Rede Secovi de Imóveis permite ao proprietário entregar suaunidade com exclusividade a uma imobiliária e ter dezenas delas trabalhando para vendê-la ou alugá-la
oucos condomínios veem com bons olhos o entra-e-sai
de corretores de múltiplas imobiliárias quando uma de
suas unidades está à venda ou para alugar. O que mais
incomoda síndicos e zeladores é que essa movimentação toda
pode dificultar o controle de acesso ao prédio, possibilitando a
entrada de pessoas mal intencionadas no condomínio.
Logicamente, cada proprietário tem o direito de colocar seu
apartamento em quantas imobiliárias quiser, gostem ou não
síndicos, zeladores e condôminos. Já existe no mercado, porém,
um mecanismo moderno capaz de eliminar esse eterno ponto
de atrito. Trata-se da Rede Secovi de Imóveis, sistema que reúne
importantes imobiliárias da Grande São Paulo (SP) e permite
ao proprietário entregar seu imóvel com
exclusividade a uma das associadas e ter
dezenas delas trabalhando para vender ou
alugar sua unidade.
Isso significa que o dono do imóvel terá
diversos corretores à sua disposição, mas
só precisará se relacionar com o profissio-
nal que contratou. É ele que entrará e sairá
do prédio e centralizará os contatos com
as outras imobiliárias. “Como a Rede só
trabalha com exclusividade, é o corretor
que recebeu a incumbência de vender o
imóvel que fará todos os contatos”, explica
Elbio Fernández Mera, vice-presidente de
Comercialização e Marketing do Secovi-SP.
“A Rede opera com corretores que têm
Creci, o registro profissional da categoria,
e que estão vinculados a imobiliárias de pri-
meira linha. Por isso são bem preparados e
treinados para levar ao condomínio apenas
candidatos com perfil adequado ao imóvel ofertado.”
A Rede Secovi de Imóveis foi criada há pouco mais de dois
anos por um grupo de 15 imobiliárias da cidade de São Paulo,
que seguiram por aqui um modelo já consolidado nos Estados
Unidos, Europa e Japão. Há três meses, a Rede ganhou um novo
modelo de gestão, que tende a ampliar consideravelmente seu
número de componentes, hoje em 21 empresas. “Em cinco anos,
queremos ter 160 imobiliárias na cidade de São Paulo, além de
uma rede estruturada em todo o Estado”, planeja Marcos Kano,
o gestor da Rede.
Kano chegou ao Secovi-SP há seis meses, depois que uma
consultoria diagnosticou que a Rede precisava de um gestor
exclusivo e de uma equipe própria. Até
então eram os próprios dirigentes das
imobiliárias associadas que tocavam o
negócio. “Eles têm grande poder criativo,
conhecimento e experiência para gerir
o negócio, mas lhes faltavam tempo e
equipe dedicada para implementar as
diversas ações de melhorias que a Rede
necessitava”, diz o gestor.
Qualificação dos corretoresHoje a Rede conta, além de Kano,
com três promotores de venda e um
funcionário que dá suporte às atividades
administrativas. Dois analistas de Tecno-
logia da Informação (TI) trabalham exclu-
sivamente para a rede. “Agora a estrutura
é mais profissionalizada, pois conta com
uma equipe voltada às necessidades da
Rede, o que garante um atendimento mais Kano: “Em cinco anos, queremos ter 160 imobiliárias na cidade de São Paulo”
35
ágil às imobiliárias participantes e ao
público em geral”, resume Kano.
Os promotores têm papel especial
no novo organograma da Rede Secovi
de Imóveis. Eles são o elo entre as imo-
biliárias e a equipe de gestão. Uma de
suas funções é ministrar treinamentos
aos corretores de imobiliárias asso-
ciadas, os chamados “treinamentos
express”, que reunem várias associa-
das de uma mesma região. O objetivo
é aprimorar o desenvolvimento desses
profissionais. Embora o trabalho esteja
no começo, já está definido que cada
promotor cuidará no máximo de dez
imobiliárias. Isso significa que, con-
forme a lista de associadas aumentar,
mais promotores serão contratados.
Uma parceria firmada entre a Rede
e a Universidade Secovi também colabora para a qualifica-
ção dos corretores das imobiliárias participantes. O primeiro
fruto dessa união foi a realização, em meados de abril, de
um curso sobre Técnicas de Vendas e Negociação, acom-
panhado por cerca de 90 corretores. De lá para cá foram
realizados também dois módulos do curso de Avaliação
de Imóveis. Todos esses cursos são gratuitos e exclusivos
para os associados.
Lustre na imagemO compartilhamento do banco de imóveis é, na avaliação
de Marcos Kano, o pulo do gato do modelo. “Isso permite
que, ao procurar uma imobiliária associada à Rede, o cliente
tenha acesso a todos os imóveis exclusivos das associadas,
de qualquer região da cidade, garantindo maior comodidade
e menos tempo com os deslocamentos”, lembra.
Outra vantagem é que, do começo ao fim do processo,
o proprietário do imóvel a ser vendido ou alugado pode ser
atendido pelo mesmo corretor. Fechando o círculo, há a se-
gurança de que toda a documentação dos imóveis ofertados
está em ordem. “Tudo é analisado previamente para que o
comprador não tenha dor de cabeça”, comenta o gestor.
Para as imobiliárias, o maior ganho é mesmo o aumento dos
negócios. Como elas têm um grande estoque de imóveis,
a chance de fechamento de negócios é maior. Some-se a
isso o aspecto da qualificação profissional dos corretores e
o fato de o sistema ser 100% web,
sem necessidade de instalação
de qualquer software na empresa
associada.
InteriorizaçãoOs planos da Rede Secovi
de Imóveis são de expansão. No
interior paulista, por exemplo, o
modelo chegou às cidades de
Bauru e São José do Rio Preto.
Parcerias também foram firma-
das com grupos já existentes
nas cidades de Campinas, São
José dos Campos, Sorocaba e
Jundiaí, onde o Secovi-SP conta
com regionais.
Na cidade de São Paulo,
atualmente 21 imobiliárias com-
põem o sistema. “Temos aproximadamente 700 imóveis
exclusivos disponíveis para venda ou locação na capital
paulista e mais de 3.000 exclusivos nas redes conveniadas
do interior de São Paulo”, contabiliza o gestor da Rede
Secovi de Imóveis.
A perspectiva de crescimento é patente, na avaliação de
Elbio Fernández Mera. “É um modelo que está crescendo
por intermédio da Rede Secovi de Imóveis, Rede Brasil e
de redes de franquias, da mesma forma que cresce nos
Estados Unidos, Canadá e Europa”, conclui.
Algumas vantagens para proprietários e candidatos a dono de imóveis4 Documentação
previamente analisada
4 Maior velocidade no
fechamento de negócios
4 Acesso a uma maior gama de imóveis
4 Menos tempo gasto com locomoções
4 Contatos feitos com um único corretor
4 Profissionais mais treinados
Fernández Mera: “É um serviço muito qualificadopara quem quer vender e comprar imóveis”
36
Seciesp oferece consultoria Independente em elevadores
Devido ao grande número de consultas e solicitações que recebemos,
o SECIESP estará oferecendo mais este importante serviço: a consultoria
em elevadores.
Muitos síndicos e administradores têm dúvidas sobre o que está sendo
proposto para os seus elevadores. Têm dificuldade para interpretar tecnica-
mente os diferentes orçamentos que são propostos e avaliar as empresas
que os oferecem. Saber o que realmente é imprescindível em termos de
segurança e aspectos legais.
Para estas e outras questões o aconselhamento profissional feito por
pessoal capacitado e independente, além da segurança, é um investimento
que resulta em economia para o condomínio ao estar aplicando corretamente
os recursos disponíveis.
Os principais serviços são:
1) Laudo Técnico: através de visita ao edifício e vistoria nos elevadores
é feita uma análise completa, identificando os pontos críticos. Orientando o
condomínio em relação aos itens que devem ser substituídos ajustados ou
refeitos e quais as partes onde não são necessários serviços. È emitido um
laudo técnico embasado inclusive por imagens fotográficas.
2) Equalização de propostas: elaboração de um comparativo entre as
propostas de serviços existentes ou de um memorial descritivo dos itens a
serem considerados nas propostas. Análise das empresas proponentes ou
sugestão de empresas participantes.
O resultado é apresentado através de uma planilha de equalização téc-
nica das propostas com orientações e considerações finais para a tomada
de decisão pelo condomínio.
3) Acompanhamento das instalações: Muitas vezes é difícil para os lei-
gos acompanharem se os serviços contratados foram realmente realizados
conforme contratados. Neste caso é realizada a conferência e certificação
dos equipamentos e uma avaliação final das instalações, aprovação, testes
e liberação final para uso.
A consultoria do Seciesp é realizada por engenheiros com mais de 15
anos de experiência no ramo de elevadores e profundo conhecimento técnico
e prático.
Importante: IMPARCIALIDADE: Os serviços oferecidos pelo SECIESP são
realizados por profissionais capacitados que não têm vínculo com nenhuma
empresa fabricante ou de manutenção.
O elevador é o bem mais importante de um condomínio vertical, na dúvida
consulte o SECIESP.
Dúvidas com seu elevador??
Sede própria: Rua Major Sertório, 349 - 3º andar - C3 V. Buarque - São Paulo - SP - CEP 01222-001
Tel./Fax: (11)3214-0201 / 3214-0352 – E-mail: [email protected] das Empresas de Conservação, Manutenção e Instalação de Elevadores do Estado de São Paulo
37
Por Hubert Gebaraopinião
pergunta, se já é possível construir o condomí-
nio sustentável de nossos sonhos, está no ar. O
próprio conceito de sustentabilidade – de tão
recente em nossa cultura de consumo rápido e cresci-
mento ilimitado – ainda é controverso. Fica difícil adotar
e compreender um novo conceito que, de certo modo,
contradiz o que sempre fizemos: consumir, descartar,
substituir, desperdiçar. Essas práticas estão no cerne
da chamada vida civilizada.
Até há pouco tempo falava-se muito em obsoles-
cência planejada. As indústrias lançavam produtos de
vida curta, destinados ao lixo prematuro. A propaganda
encarregava-se de mostrar o design que de retilíneo
passava àquele “sem quinas”, para logo em seguida
retornar às linhas retas – e o consumidor era obrigado
a correr atrás. Pouco mudou e a eletrônica ajudou a
tornar tudo ainda mais rápido.
No olho do atual furacão tecnológico, que torna
obsoletos não apenas os produtos, mas também as
pessoas, surge o ideal da sustentabilidade. A regra é
reaproveitar o que tem valor. A onda do ecologicamente
correto tomou conta do mundo. Não é um modismo. É
vida ou morte. O primeiro mundo, como de hábito, saiu
na frente, mas ele também depende do que ocorre em
países do terceiro mundo, abaixo e acima das linhas
de pobreza.
O condomínio sustentável das cidades brasileiras
é um caminho de mão dupla: depende da vizinhança,
dos bairros, das cidades onde foram construídos e
da periferia.
Convencer vizinhos, colegas, funcionários do pré-
dio, parentes e amigos a preservar recursos é uma
tarefa que apenas começa. O desperdício aleatório
de água e energia elétrica ainda está longe de ser re-
solvido. O lixo e nosso tão brasileiro e humilde entulho
ainda estão longe de ser corretamente reciclados para
uma nova rodada de consumo responsável. Falta ainda
aprender a lidar com uma miríade de materiais que
entram na construção dos imóveis e das cidades.
Estamos impactando o meio ambiente para obter
as preciosas commodities que, de alguma forma, não
estão sendo recicladas e reaproveitadas na medida
de nossa voracidade. Ocorre o mesmo com itens
do chamado mobiliário urbano e da montagem e
decoração de nossas residências. Madeira, cimento,
metais e muitas outras commodities ainda estão por
ser reaproveitadas. Leva tempo, mas vamos aprender.
É um novo mundo.
Mundo Novo
Hubert Gebara é vice-presidente de Administração Imobiliária e Condomínios do Secovi-SP
A
38
39
Por Milton Bigucci
opinião
ue maravilha se fosse sem-
pre assim. A população que
paga os impostos e taxas
poder saber quanto ganham os fun-
cionários públicos. Daria até para
checar se realmente alguns deles
trabalham ou só recebem.
E foi o que fez o prefeito de
São Paulo, Gilberto Kassab, com
muita ousadia e coragem: mandou
colocar na internet, em nome da
transparência, o nome de todos os
funcionários públicos paulistanos
(162 mil), seus cargos e salários,
bem como os gastos com forne-
cedores.
Já pensou se a moda pega?
Todas as prefeituras, estados e
governo federal, as Câmaras, As-
sembleias e o Congresso tornando
tudo transparente. Que maravilha!
A população podendo ajudar na
fiscalização dos gastos públicos.
Com certeza, essas crises de
moralidade, como a do Senado
Federal, estariam longe. É um dos
melhores exercícios de cidadania.
Há muitos anos eu li que os
gastos com a gráfica do Senado
eram absurdos. Hoje não sei a
quantas andam. Apenas como
comparativo, existe perto de 1
milhão de funcionários públicos
federais que consomem R$ 160
bilhões, enquanto o Bolsa Família
atende 12 milhões de pessoas e
demanda R$ 13 bilhões.
Será que a transparência des-
ses nomes e seus altos salários não
seria o início da moralização?
A população se alia aos políti-
cos transparentes e a essas causas
de moralização. É preciso dar apoio
à imprensa que denuncia e divulga.
Não há indignação do povo, só há
“conversa de botequim” e, talvez
por isso, tudo acabe em pizza ou
no ostracismo.
Infelizmente, o povo não cobra
seus direitos. Infelizmente, também,
aqueles funcionários que trabalham
e se esforçam ficam expostos.
Muitos trabalham mais do que
ganham e não têm oportunidade
de crescer na carreira. E eles são a
maioria. Mas até ficariam felizes de
saber os que constam da folha de
pagamento do seu departamento
e nunca apareceram para traba-
lhar ou recebem como marajás e
produzem pouco. Com certeza, os
funcionários responsáveis serão
aliados dessa transparência.
Transparência
Milton bigucci é vice-presidente do Interior do Secovi-SP e presidente da Associação
dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande AbC (Acigabc)
Q
40
2É obrigatória a existência de sistema de interfonia
no condomínio?
Nenhuma norma exige expressamente que o condomí-
nio tenha interfone. É notório, porém, que a existência
do sistema de comunicação em pleno funcionamento é
necessária para garantir a segurança, tanto patrimonial
e física de condôminos e visitantes, por intermédio do
controle de entrada e circulação de pessoas, como
contra incêndio da edificação.
Com efeito, pelo interesse coletivo que o assunto
evoca, deve o condomínio zelar pela instalação e
conservação de todo o sistema de interfonia. O custo
de tal serviço será repassado e dividido entre todos
os condôminos, pelo critério de divisão das despesas
comuns (art. 1.336, I, do Código Civil).
tira-dúVidas
1
João Paulo Rossi PaschoalOAB 153.841
Área Cível
Tire suas dúvidas
Há obrigatoriedade de instalação de grades protetoras cercando a piscina do condomínio? Por quantos dias o empregado pode faltar ao trabalho quando se casa? Estas e outras questões são respondidas pelo Departamento Jurídico do Secovi-SP
Multa disciplinar pode ser
protestada?
Sim. A Lei nº 13.160/08 (Estado
de São Paulo) tornou possível o
protesto dos créditos do condo-
mínio, até mesmo o decorrente da
aplicação de multa por infração à
Convenção ou ao Regimento Interno.
Portanto, sendo verídica a infração
condominial e tendo ocorrido a mora no
pagamento da multa respectiva, esta poderá
ser protestada.
41
3
4Há obrigatoriedade de instalação de
grades protetoras cercando a piscina do
condomínio?
O assunto depende da legislação local (muni-
cipal). Como exemplo, no âmbito do Município
de São Paulo, por força da Lei n° 10.975/91 e
da Resolução Ceuso n° 79/96, o nível do deck
da piscina pode estar localizado no máximo
1 metro acima do nível do pavimento térreo
adotado, sendo obrigatório manter condições
de acessibilidade para pessoas portadoras
de necessidades especiais e também a ins-
talação de grades protetoras com portão em
toda piscina de uso coletivo.
O que é arrematação judicial em hasta pública? O arrematante responde
pelos débitos referentes à unidade autônoma arrematada, mesmo que
anteriores à aquisição?
A arrematação judicial em hasta pública é o ato pelo qual bens imóveis são adqui-
ridos, em leilão de praça pública, por quem ofertar o maior preço.
Nos termos do art. 1.345 do Código Civil, “o adquirente de unidade responde
pelos débitos do alienante, em relação ao condomínio, inclusive multas e juros
moratórios”, ou seja, a lei estabelece explicitamente a natureza propter rem das
despesas condominiais.
Procedimento sumário de cobrança de cotas condominiais. Cotas referentes a
despesas anteriores à aquisição do imóvel via arrematação do mesmo. Natureza
propter rem das obrigações decorrentes de cotas condominiais. Correm à conta
do adquirente, a qualquer título, as dívidas que recaem sobre a unidade residencial
arrematada, mesmo as referidas a períodos anteriores à arrematação. (TJRJ, 1ª
Câmara, Ap. Civ. 200200117833, Des. Maurício Caldas Lopes, julg. 29.10.2002).
O adquirente (arrematante) poderá se voltar contra o alienante, por meio de ação
regressiva, exigindo o reembolso.
Este espaço é um canal permanente para que
síndicos e administradoras esclareçam questões
relacionadas ao dia a dia da gestão condominial. Envie suas dúvidas para o e-mail
42
2
tira-dúVidas
1
Rita de Cassia Guimarães Bracale OAB/SP 236.180
Tire suas dúvidasÁrea Trabalhista
Tenho um empregado que se
aposentou e, na ocasião, sacou
o Fundo de Garantia do Tempo
de Serviço (FGTS). Caso o
condomínio queira dispensá-
lo, a multa rescisória será de-
vida sobre todos os depósitos
fundiários efetuados durante o
contrato de trabalho ou somente
sobre aqueles realizados após a
aposentadoria?
Predomina atualmente o entendimento
de que a multa rescisória devida em razão
da dispensa imotivada do empregado será
calculada sobre todos os depósitos efetuados
na conta vinculada do FGTS durante a vigência
do contrato de trabalho, atualizados monetariamente
e acrescidos dos respectivos juros, sem dedução dos
saques ocorridos por ocasião da aposentadoria.
Nesse sentido dispõe a Orientação Jurisprudencial SDI-1 nº
361 do Tribunal Superior do Trabalho:
361.Aposentadoria espontânea. Unicidade do contrato de trabalho.
Multa de 40% do FGTS sobre todo o período.
A aposentadoria espontânea não é causa de extinção do contrato de
trabalho se o empregado permanece prestando serviços ao emprega-
dor após a jubilação. Assim, por ocasião da sua dispensa imotivada,
o empregado tem direito à multa de 40% do FGTS sobre a totalidade
dos depósitos efetuados no curso do pacto laboral.
Por quantos dias o empregado poderá faltar ao trabalho em
caso de casamento?
Por ocasião de seu casamento, o empregado poderá deixar de
comparecer ao serviço, sem prejuízo do salário, por três dias úteis
consecutivos, não computado o dia de folga e feriado (art. 473, II
da CLT e cláusula 36 da Convenção Coletiva de Trabalho).
43
Área Trabalhista
5
3
4
Concedida a folga semanal, após quantas horas
o empregado poderá retornar ao trabalho?
O artigo 67 da CLT assegura a todo empregado des-
canso semanal remunerado (folga) de 24 horas con-
secutivas. Além disso, deve-se observar que o artigo
66 consolidado determina que, entre o término de uma
jornada e o início de outra, deve haver um intervalo de,
no mínimo, 11 horas consecutivas de descanso, não
deduzido nem compensado do período de folga.
Dessa forma, por ocasião da concessão do repouso
semanal remunerado (folga), o início de nova jornada
de trabalho deverá ocorrer após, no mínimo, 35 horas
consecutivas de descanso (soma das 24 horas da
folga e das 11 horas de intervalo entre jornadas).
No caso do aviso prévio especial de 45 dias, previsto na Convenção Coletiva de Tra-
balho dos empregados em edifícios e condomínios, aplica-se a redução de jornada
na forma prevista pelo artigo 488 da ClT?
Sim. A Convenção Coletiva de Trabalho aplicada aos empregados em edifícios e condomínios
assegura aviso prévio de 45 dias nos casos de dispensa sem justa causa, por iniciativa do
empregador, de empregados com mais de 36 meses de serviços prestados e mais de 45
anos de idade. Durante o prazo do aviso prévio trabalhado, o empregado poderá optar por
reduzir a jornada diária de trabalho em 2 horas ou faltar ao serviço, sem prejuízo do salário
integral, por sete dias corridos, conforme disciplina o artigo 488 da CLT.
É obrigatória a concessão de folga ao empregado que exerce a função de
folguista logo em seguida ao trabalho em horário noturno?
Desde que assegurada a folga semanal na forma da lei, não é obrigatório que ela
caia no dia seguinte ao trabalho em horário noturno.
O que deve ser garantido, independente do horário em que o empregado trabalha,
é que o início da próxima jornada se dê, no mínimo, após 11 horas consecutivas
de descanso, conforme o artigo 66 da CLT, que dispõe sobre intervalo entre jor-
nadas de trabalho.
44
coLuna / recicLagem de óLeo de cozinhaPor Fábio Gonçalves da Silva
Colabore com a
preservação do planeta
o longo da história a Terra sempre
se encarregou de se reinventar,
independente das espécies que
nela habitavam. Só que está cientifica-
mente comprovado que o aumento do
aquecimento global tem influência direta do
homem. Com sua necessidade de crescer,
desenvolver-se, mas sem o devido conheci-
mento e com muita falta de responsabilida-
de, causamos danos ambientais em larga
escala à natureza, não dando tempo ao
planeta de recuperar-se em tempo hábil.
Sem a educação e orientação adequa-
das, a criança cresce e se torna um adulto
alienado em termos de responsabilidade
ambiental, não se importando com o des-
tino do lixo produzido. Até que um dia fica
insustentável jogar a sujeira para debaixo
do tapete e tudo começa a aparecer, como
o aumento do nível dos mares, enchentes
e furacões, que são apenas alguns pontos
agravados pelas mudanças climáticas
geradas pelo aquecimento global.
É preciso, portanto, que o homem
invista em ações rápidas e conscientes
para criar condições para a sobrevivência
da nossa espécie.
Os governantes, ao que parece, acor-
daram e com a criação do Protocolo de
Kyoto, em 1997, no Japão, foi dado o pon-
tapé inicial para uma série de estudos mun-
diais sobre o modelo de desenvolvimento
limpo. O acordo internacional, que procura
pressionar os países industrializados para
que se comprometam a reduzir emissões
de gases de efeito estufa na atmosfera,
prevê que, entre 2008 e 2012, as nações
desenvolvidas diminuam seus índices de
emissão de gases em 5,2% em relação aos
níveis de 1990.
Ações coletivas são importantes, mas
iniciativas individuais também suscitam ex-
trema urgência. Se cada um fizer sua parte,
com certeza teremos mais uma geração
podendo viver neste presente que Deus
nos deu: o planeta Terra.
Foi pensando de maneira ecológica
que, como presidente da Mundial Service
System, empresa de terceirização de ser-
viços de portaria e limpeza de condomínio
de São Paulo, criei a Mundial Ecológica,
focada na sustentabilidade. Seu objetivo
essencial é criar a cultura nos clientes e
colaboradores para adotarem a responsa-
bilidade ambiental.
As estatísticas mostram que cada
família despeja mensalmente, nos ralos de
pias e vasos sanitários, pelo menos um litro
de óleo de fritura, gerando consequências
terríveis para o condomínio e os esgotos.
Com o tempo, o óleo gruda nas pare-
des das tubulações e restos de comidas,
dejetos, absorventes, dentre outros, não
conseguem seguir o caminho até a rede
de esgoto e entopem os canos, gerando
refluxo de toda a rede e instaurando o caos
no condomínio.
Em casos extremos são chamadas as
empresas de desentupimento de rede, que
cobram de acordo com a urgência do clien-
te. Porém, se cada morador de condomínio
fizer sua parte, com certeza iremos minimizar
em muito esse risco, além de evitar a proli-
feração de ratos, baratas e todas as pragas
urbanas que surgem com a sujeira.
Segundo estudos da Sabesp, um litro
de óleo chega a contaminar 20 mil litros de
água potável. Se o óleo chegar aos rios,
forma uma película sobre a água, preju-
dicando sua oxigenação. Se chegar aos
mares ou for jogado no solo, se transforma
em gás metano, 20 vezes mais poluente
que o CO2.
Condomínio responsável e ecologi-
camente correto é aquele que adota uma
série de medidas que minimizam os danos
causados ao meio ambiente, como coleta
seletiva de resíduos, instalação de lâmpa-
das econômicas, armazenamento de água
de chuva, geradores de energia movidos
a biodiesel, que são alguns dos itens que
farão a diferença.
Participe dessa campanha e soli-
cite sua bombona (tambor) pelo e-mail
[email protected]. Tanto o
recipiente quanto a coleta são gratuitos.
Fábio Gonçalves da Silva é presidente da Mundial Service System
A
45
46
Por João Crestana
carta do presidente
Segurança jurídicae políticahabitacional perene
João Crestana é presidente do Secovi-SP e da Comissão da Indústria Imobiliária da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC)
O Brasil tem enfrentado os efeitos da crise in-
ternacional com maturidade. O desempenho
favorável no primeiro semestre qualifica o
País como alternativa internacional de negócios, com
solidez na economia e força no mercado interno.
O setor imobiliário tem sido protagonista nesse
cenário. Afinal, para atender à enorme demanda por
habitação popular, precisa produzir milhões de novos
imóveis, perseverantemente.
Uma política habitacional perene da sociedade
necessita de recursos financeiros, boas empresas
construtoras, tecnologia de qualidade, mercado
com boas instituições e soluções urbanísticas in-
teligentes.
Todavia, os empreendimentos voltados à baixa
renda se caracterizam por menor rentabilidade, e
por isso não se coadunam com imprevistos que
atrasem sua execução, sob pena de prejuízo fatal
à empresa.
Conscientes de que o público consumidor dos
próximos anos é o de baixa renda, as empresas
buscam bons projetos e necessitam de segurança
jurídica. Sabem ser vital trabalhar com precisão: seu
produto deve ser aquele que o público demanda, ao
preço que pode pagar, dentro dos rígidos prazos de
entrega. Mas precisam contar com leis respeitadas,
para que sua interpretação não mude ao sabor dos
ventos, atrasando ou inviabilizando negócios.
O programa Minha Casa, Minha Vida é tão so-
mente o primeiro passo de um desafio social maior
de, no mínimo, 15 anos para sanar o déficit habitacio-
nal de 8 milhões de moradias. Mas, para construir 1
milhão de novas moradias nos próximos três anos, o
empresário tem de estar atento à eficiência. Ele sabe
que enfrentará riscos normais de negócio, aos quais
está acostumado. O custo pode ser maior, o cliente
pode não gostar de seu produto, as vendas podem
demorar mais do que esperado, as chuvas podem
atrapalhar, a inadimplência dos compradores pode
se descontrolar.
Entretanto, não é certo que se sujeite a incertezas
que a sociedade deveria banir: a nefasta insegurança
jurídica. As leis devem ter interpretações claras e não
é correto mudar a forma de exigir seu cumprimento
no tempo. Se um projeto obedece às leis vigentes,
em certo momento, não é possível demandar que
venha a satisfazer exigências trazidas por interpreta-
ções futuras ou por novos agentes públicos.
O Brasil não pode mais ser aquele país onde até
o passado é imprevisível.
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ACESSÓRIOSAdvento ................................. pág. 48Casa das Molas .................... pág. 48Delta Caixas .......................... pág. 48Travema ................................. pág. 48
ADMINISTRADORAADCIP ................................... pág. 48Baeta ................................ pág. 48 Condovel ............................... pág. 49Dellatorre ............................... pág. 49FL Administração .................. pág. 49F. Moraes .............................. pág. 49M&M Contábil ....................... pág. 49Oliva Administração .............. pág. 49Sivel ....................................... pág. 49Verti ....................................... pág. 49
AlARMESRonagori Segurança .... ........pág. 49
AuDITORIAConaudi ................................ pág. 50
bENEFÍCIOSSodexho .............................. pág. 59
CObERTuRASVison Toldos .......................... pág. 50
CONTROlE DE PRAGASDesintec ................................ pág. 50
CRÉDITO IMObIlIÁRIOSerasa ................................... pág. 23
DESENTuPIDORAJúpiter ................................... pág. 50
ElÉTRICAMerlini Engenharia ................ pág. 50
ElETRÔNICALocatronic ............................. pág. 13
ElEVADORESAlternativa ............................. pág. 55Asselev .................................. pág. 55
Habitar .................................. pág. 52M.Bergmann ......................... pág. 51Serpre ................................... pág. 53TAJ Engenharia ..................... pág. 52
REFORMAS EM GERAlFachadex .............................. pág. 53
SAÚDE E bEM-ESTARMila Toledo Fitness ............... pág. 53
SEGuRADORAPorto Seguro ......................... pág. 11
SEGuRANçAEletroseg ............................... pág. 53Enseg .................................... pág. 53
SERRAlHERIAGirassol ................................. pág. 07
SERVIçOSCartuchos Agora................... pág. 53Fema Service ....................... pág. 54
TAPETESNovo Espaço Tapetes ........ pág. 54
TERCEIRIZAçãOMundial ............................... pág. 54Mundial ............................... pág. 60Replace .............................. pág. 54
TOlDOSVison Toldos ....................... pág. 54
Basic ..................................... pág. 57CBE ....................................... pág. 55Central .................................. pág. 55Convert ................................. pág. 36Crel Elevadores .................... pág. 36CSM ..................................... pág. 55Delev .................................... pág. 56Elecan .................................. pág. 55Globo .................................... pág. 56Grambell .............................. pág. 36Korman ................................. pág. 56M & M Conservadora ........... pág. 36MDE ...................................... pág. 56Mitson ................................... pág. 56Monciel .................................. pág. 57New Servs ............................. pág. 57Paulista................................... pág. 57 Primac ................................... pág. 36Prom ..................................... pág. 57RC ......................................... pág. 58Real ...................................... pág. 57Real ...................................... pág. 58Santista ................................. pág. 57SPL ........................................ pág. 58Tecnew .................................. pág. 58Universal ............................... pág. 58Village ................................... pág. 58 Zapplift .................................. pág. 36
GÁSUltragaz.................................. pág. 09
HIDRÁulICATechno-pipe .......................... pág. 51
IMPERMEAbIlIZAçãOLWART .................................. pág. 51Otto Vedacit ......................... pág. 02 Polican ................................. pág. 51
INDIVIDuAlIZAçãOIsta Brasil .............................. pág. 03Martani Instalações ............... pág. 31 Sappel ................................... pág. 33
PINTuRAEmcopi .................................. pág. 52 Flaiban .................................. pág. 52
48
acessórios - adVento
acessórios - traVema
acessórios - deLta caixas
administradora - baeta
administradora - adcipacessórios - casa das moLas
Acessórios - AdministrAdorAs
49
AdministrAdorAs - AlArmes
administradora - condoVeL administradora - deLLatorre
administradora - siVeL administradora - Verti
administradora - fL
administradora - f. moraes administradora - oLiVaadministradora - m&m
aLarmes - ronagori
50
AuditoriA - coberturAs - controle de PrAgAs - elétricA - desentuPidorA
coberturas - Vison
auditoria - conaudi
desentupidora - Júpiter
eLÉtrica - merLinicontroLe de pragas - desintec
51
HidráulicA - imPermeAbilizAção - PinturA
hidráuLica - techno-pipe
impermeabiLização - LWart
pintura - m.bergmann
impermeabiLização - poLican
52
PinturA
pintura - habitar
pintura - emcopi
pintura - taJ engenhariapintura - fLaiban
53
PinturA - reformAs em gerAl - sAúde e bem-estAr - segurAnçA - serviços
reformas em geraL - fachadex
segurança - enseg
saúde e bem-estar - miLa toLedopintura - serpre
serViços - cartuchos agora
segurança - eLetroseg
54
serviços - tAPetes - terceirizAção - toldos
terceirização - repLace toLdos - Vison toLdosterceirização - mundiaL
tapetes - noVo espaço tapetesserViços - fema serVice
55
eLeVadores - centraL
eLeVadores - csm
eLeVadores - asseLeV
elevAdores
eLeVadores - aLternatiVa
eLeVadores - basic eLeVadores - cbe
eLeVadores - eLecan
56
eLeVadores - mitson
elevAdores
eLeVadores - deLeV
eLeVadores - gLobo
eLeVadores - mde
eLeVadores - Korman
57
eLeVadores - reaL
eLeVadores - moncieL
elevAdores
eLeVadores - neW serVs
eLeVadores - pauLista
eLeVadores - prom
eLeVadores - santista
58
eLeVadores - tecneW
eLeVadores - uniVersaL
eLeVadores - ViLLage
elevAdores
eLeVadores - spL
eLeVadores - rc
eLeVadores - reaL
59
Anu. Vant. Sincopetro 20.2x26.6.pdf 5/13/09 3:25:24 PM
60
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