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ROBÓTICA EDUCACIONALOs benefícios que essa nova pedagogia pode trazer às crianças

Edição nº 12

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Que agradável reencontro depois de alguns meses. E até soa estranho di-zer que é a primeira edição da nos-sa revista no ano “depois das férias”, algo que parece tão distante. Afinal, desde fevereiro - na verdade, desde janeiro, com o CEAPzinho em Férias - a escola está em plena atividade, o que garante uma pauta cheia em nossa décima segunda edição.A virtualidade - tema tratado sob uma

ótica interessante aqui ao lado - tam-bém está nas páginas destinadas aos

textos de alunos, em que outros assuntos, como política e padrões de beleza, também

estão em debate. E tem um conto muito interes-sante que vale à pena ser lido. Do conto às his-tórias contadas. E são muitas na vida da entre-vistada desta edição. Rosane Hoffmann é uma contadora de histórias que dá vida a muitos personagens que interpreta e, muitas vezes, cria. Uma das grandes novidades na grade de opções extracurriculares do CEAP em 2012 é o tema da capa desta edição: as aulas de Robótica. A Peda-gogia da Robótica é o assunto em destaque, ain-da que os quase setenta alunos estejam numa fase inicial, mas não menos interessante, do processo. Interessantes são os inúmeros projetos que acontecem em todos os níveis, séries e anos, com espaços nas editorias CEAPzinho e Mural.A galera aprende muito, também, viajando. Uma turma foi ao sul do Estado para uma ampla pesquisa de campo. Duas alunas foram estudar Alemão nas férias no rigoroso inverno europeu. Está tudo aqui. E você ainda confere nosso Álbum, por onde andam alguns ex-alunos e ex-professores, como eram os boletins de ou-tras épocas na Memória, além das ações do Co-mitê pela Vida, GEMLI e APPA e do Especial das Mães. Boa leitura!

CEAP EM REVISTANº 12 - Maio de 2012Publicação do Colégio Evangélico Augusto PestanaEdição:Assessoria de Comunicação do CEAPProjeto Gráfico: Z ComunicDiagramação:Cia de ArteJornalista Responsável: André da RosaFale com a Redação: [email protected]

Aproveitando o lema bíblico do mês de maio, conforme as “Senhas Diá-rias”, escrevo sobre o inegá-vel impacto e transformação que os avanços na área tec-nológica, especialmente na

área da comunicação virtual, têm nos proporcionado. Não

somente em atividades comer-ciais, empresas, escolas, mas também em nossas atividades religiosas a tec-nologia tem nos desafiado para uma transformação (ou seria adequação?) a um novo jeito de sermos di-vulgadores da Boa Nova.

As no-tícias e acon-tecimentos do dia a dia são d i v u l g a d o s quase instan-taneamente nos diversos meios de comunicação através de re-des sociais, blogs, fóruns, etc. O pró-prio modelo de relacionamento entre as pessoas mais jovens está mudando. Para muitos é mais comum momentos de conversas virtuais através de redes sociais do que um relacionamento pessoal.

Toda essa mudança é alavanca-da pela rápida inovação tecnológica que passamos. Os meios de acessos e consumo de informação estão cada vez menores e portáteis, além de fi-nanceiramente mais acessíveis. De fato, o acesso ao ambiente virtual tem se tornado tão intuitivo e portátil que muitas vezes o mundo real e virtual se confundem. Todo esse contexto pode

representar uma grande oportunida-de para os segmentos educacionais e religiosos. Existem diversas possibili-dades na expansão virtual.

Conforme o lema do mês, de fato nada é recusável, tudo que Deus criou ou deu capacidade ao homem para ser criado, deve ser aproveitado em benefício do ser humano e usado com sabedoria para o bem de toda a humanidade. Porém, nós não pode-mos ficar reféns da tecnologia e abrir mão de princípios cristãos, como o convívio real entre irmãos e irmãs em

Cristo. Este convívio tem que acontecer no dia a dia, tem que ser presencial e nos diferentes locais de en-contro, sejam eles casas, es-colas, templos, isso para que

seja proporcionado em comunidade o crescimento do indivíduo e o fortale-cimento mútuo da fé.

Vejo um futuro cheio de pos-sibilidades e desafios pela frente e devemos nos preparar para aprovei-tá-los a favor do Reino de Deus. Não podemos ignorar as mudanças sau-dáveis que temos sofrido devido ao crescente avanço tecnológico, mas devemos entendê-lo e aproveitá-lo sem nos tornarmos reféns, especial-mente no que tange ao isolamento e individualismo que o virtual possa nos induzir.

Luciano Miranda MartinsPastor Escolar do CEAP

expe

dien

teOs Cristãos do Futuro

“Tudo o que Deus criou é bom e recebido com ações de graças, nada é recusável”.

Timóteo 4:4

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Os velhos BoletinsRegistrava faltas, notas em cada matéria, observações sobre a conduta do aluno, a situação ao final do ano, se aprovado ou reprovado. Era conhecido como boletim, caderneta

escolar, ou simplesmente registro do aluno, ou mesmo

certificado. O Museu Escolar do CEAP reúne vários tipos de boletins de diferentes épocas.

Este certificado é quase uma re-líquia. De Brunhilde Sellins, da-tado de 1926, do Collegio Sy-nodal Santa Cruz (hoje Mauá).

Esta é a capa do “Registro do Alumno” Ulrich Löw - funda-dor do jornal Correio Serrano de Ijuí e de quem o Museu Escolar do CEAP tem bom material - quando estudou no Collegio Baptista Ameri-cano-Brasileiro em 1924.

Carlos Alfredo Por-cher cursou a 2ª sé-rie do Científico do CEAP em 1957. Aqui está o boletim, onde consta, na anotação interna, como resulta-

do final, que foi “pro-movido”.

Esta Caderneta Escolar foi da aluna Eda Gehrke de 1956 a 1959, da 1ª à

4ª série. Mais tarde ela foi professora no CEAP.

Caderneta Escolar que pertenceu ao aluno Ludwig Reichardt Filho, usada de 1950 a 1953.

Em 1979 o boletim tinha formato ligeiramen-te diferente. Este era da aluna Irma Cristina Schwartz, que cursava a 5ª série.

Mães para sempreO mês de maio nos remete a homenagens e atividades que marcaram o Dia das Mães no CEAP em outros tempos.

Em 1983 mães de alunos participaram de uma integração na “Cova”.

Em 1984 um grupo de crianças canta em homenagem às mães em um chá promovido pelo Clube de Mães da escola.

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O desafio de educar para a humanização

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“Se hoje sou professor, esse vínculo veio a partir da prá-tica esportiva no CEAP, que era muito incentivada”. O depoimen-to é do ex-aluno que entrou na Pré-escola no CEAP e estudou até o 3º ano do Segundo Grau, curso de Análise Química, em 1977, e que hoje é professor de Educação Física na Unijuí. “A escola abriu essa possibilidade de crescer pro-fissionalmente pela participação nas equipes que representavam o CEAP, principalmente voleibol

e basquete”, acrescenta. Não por acaso que ele lembra, com carinho,

de professores como Arno e Dircema Krug, Elenor Kunz, Dante e Egon Matz.

“Eles foram referência de dedicação, de competência. Referência no sentido de conhecimento e disciplina”, afirma Car-lan.

Dos tempos de Pré-escola o ex-aluno lembra dos vários piqueniques, na Linha 3. “Era uma viagem. A gente ia de ônibus. Lembro do grupo de dança com a professora Brendler. Não havia teatro na época, mas as danças gaúchas incentiva-

vam muito a gente”. Entre os colegas, ele cita Antônio da Luz, que trabalha no CEAP atualmente, Guto Mallmann, Sônia Burtet, Marinês e Ângela Sandri, irmãs da profes-sora Vera.

Paulo Carlan lembra de um epi-sódio em 1968, quando foi instituído o AI-5, em plena ditadura militar. “Reuni-mos um grupo da turma do CEAP e fo-mos protestar em frente à prefeitura. Foi um ato dos alunos, sem articulação dos professores. Não sabíamos muito bem o que era o AI-5”, lembra, rindo, trazendo à memória, também, a disciplina rígida que havia na escola. “Não era permitido usar cabelo comprido”.

Para a vida, do CEAP, levou a or-ganização, o comprometimento, a discipli-na. “Isso tudo, mais o respeito pelas pesso-as, marcou minha vida e minha profissão até hoje”. Ele lembra das aulas de Física onde hoje é o miniauditorio com o profes-sor Richard Steinke, com as meninas de um lado e os rapazes de outro. E tem saudades das práticas esportivas, dos jogos intersé-ries, do Grêmio Estudantil, dos torneios de xadrez. “Havia concursos de poesia esti-mulados pelo GEMLI”, lembra.

Paulo Carlan também foi pro-fessor no CEAP, de 1985 a 1987. Cursou Educação Física na Universidade Federal do Rio Grande do Norte e trabalhou com Basquete e Educação Física no CEAP. “A experiência foi interessante. Foi um reco-nhecimento, primeiro, enquanto aluno, e também profissional”. Desse período ele ressalta as amizades feitas com os alu-nos. E continua jogando basquete com os agoara ex-alunos daquele período.

Paulo Carlan é doutor em Edu-cação Física pela UFSC e foi orientado por um ex-professor dos tempos de 4ª série no CEAP. Atua na Unijuí e trabalha com projetos indígenas na Reserva do Guarita.

“O CEAP me ensinou a buscar meus objetivos, através dos estudos, e também a ter consideração por outras pessoas, educação e disposição para aprender. Me deu boas amizades e me permitiu conhecer pessoas maravilhosas”. A ex-aluna concluiu o Segundo Grau no CEAP em 1998. Desde a 2ª série estudava na escola, que segundo ela, exerceu várias influências na vida. “Influenciou minha percepção de que eu gostava de escrever e sentia necessidade disso. A escolha da profissão, muito precoce - entrei na uni-versidade com 17 anos - foi mais influen-ciada por conhecidos e informações que recolhi. Mas é claro que assimilamos coi-sas durante a infância e adolescência que ficam em nossa memória consciente ou subconsciente e muitas delas no colégio. Tudo o que vivi no CEAP se tornou uma parte do que eu sou agora”.

As memórias dos tempos de esco-la vem fragmentadas: as provas de mate-mática, professores contagiantes, os re-creios, as semanas da escola... “Professora Eliete Boger, sempre animada, Lula, de Matemática, que conseguia fazer da pa-vorosa - para mim - Matemática algo um pouco atraente, o professor Renato, de

quem digo a mesma coisa, e a professora Rosana, lá da quarta série, que era queri-da e atenciosa. Também a Claudinha da Educação Física, o Paris da Física, o Irineu e as ‘foinha’, as aulas de Técnias Domésti-cas e outros professores que foram muito marcantes. É gratificante olhar para trás e perceber que tantos professores trabalha-vam com amor”.

Com alguns colegas, mantém amizade até hoje, com outros o contato é distante. “Tive e tenho grandes ami-gos na escola: Ruth, Queila, Éder, Caro-lina, Joice, Letícia Bührer, Karine Grimm, Ana Brendler, Oscar...”. No recreio Leila conta que fi-cava na escada normalmente com amigos de outra turma. Ela confessa que depois de ter sido muito levada nas primeiras sé-ries, passou a ser muito tímida. Uma vez ganhou um concurso de desenho na escola. Não con-tou pra ninguém porque não queria ser “exibida”. Chegou a fazer parte de um time de futsal feminino da escola, que ainda era um pouco raro na época e não durou muito tempo.

Depois da escola Leila fez gradu-ação em Desenho Industrial - Programa-ção Visual na UFSM, fez especialização em Expressão Gráfica na PUC/RS e mestrado em Comunicação Social na mesma insti-tuição. Atualmente dá aulas e é escritora, tendo publicado o romance Reencontro (www.leilakruger.com.br). Escreve roman-ces, poemas e contos e pretende seguir a carreira literária “e nunca perder a von-tade de aprender e a alegria de criança ou adolescente, que um dia tivemos no colégio”.

O encontro de acolhida realizado no início do ano letivo de 2012, com professoras da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do CEAP, foi o motivador para a realização dessa elaboração. A proposta de trabalho foi

pautada inicialmente no vídeo As três palavras divinas, conto de Leon

Tolstoi, produção Cenas Abertas, da Rede Globo.

A obra propõe a reflexão a partir de três questões: O que move os homens? O que não sabem os homens? O que tem os homens? Assim as professoras foram desafiadas a estabelecer a relação entre as respostas das questões e seu cotidiano docente, sempre envolto em situações da vida e das vivências infantis, com toda a sua alegria, suas inseguranças, seus medos, seus desejos e vontades, enfim.

Refletir sobre as diferentes dimensões do processo de educar certamente é um desafio, e na sociedade contemporânea se impõe ainda maior. Procedimentos metodológicos, diálogo com as famílias, práticas inovadoras, avaliação, entre outros temas nessa linha, estão sempre em destaque nos encontros pedagógicos, nas escolas.

Partindo de Projetos Pedagógicos da Escola, pode-se implementar propostas de reflexão a respeito de princípios e valores que embasam as práticas cotidianas. Neste sentido, relação dialógica entre pedagogia e luteranismo, sugere que as elaborações educativas se construam fundamentadas na observação e vivência do amor, da compaixão e da alteridade, compreendendo que o objetivo maior é educar para a coletividade.

O currículo escolar é, sem dúvida, um dos elementos do cotidiano da escola de maior contribuição na formação de pessoas, nas dimensões culturais, socioafetivas e cognitivas. Se

também constituídas pelo currículo, e por este, às vezes, reinventadas, é imperativo refletir e avaliar constantemente a respeito da contribuição efetiva deste na formação de identidades, no desenvolvimento humano e na produção cultural da sociedade.

Na Escola, o currículo se materializa por meio das práticas pedagógicas, sendo estas o elemento de mediação que propicia a humanização. Por isso, vivências cotidianas pautadas no amor, na compaixão e no compromisso com o futuro contribuem para que a educação, como formação humana, seja alcançada. Não obstante, diferentes dispositivos pedagógicos inovadores não são suficientes para que isso se realize. São necessárias sim, as pessoas.

As pessoas são a centralidade do currículo, por isso a importância de aliar os fazeres educativos com vistas à formação humana, compreendendo todos como aprendentes, isto é, na medida em que os profissionais buscam a humanização como essência do processo educativo, também se formam (se tornam) mais humanos para a vivência

de suas vidas. Educamo-nos à medida que

interagimos, pois na interação que reconhecemos. Ao caminhar no sentido do reconhecimento do Eu, na perspectiva do outro, educamo-nos para a cooperação, para a elaboração e construção coletiva, para o bem comum. No espaço escolar o exercício do reconhecer-se é constante, pois as diferentes formas de interação, que são mediadas pela proposição de atividades intencionalmente planejadas, articulam a vivência do diálogo, do respeito à diversidade de sujeitos e suas opiniões.

Na escola, portanto, ao se refletir com as crianças e com professores, sobre diferentes situações de vida ou não vida, é possível simular vivências de alteridade e busca de compreensão de contextos que geram o educar de sentimentos, a visibilidade de posições e a elaboração de argumentos, a busca de alternativas como caminhos e possibilidades para a solução de conflitos.

Deizy Ritterbusch SoaresMariluza da Silva Lucchese

Coordenadoras Pedagógicas do CEAP

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Ela não é só a responsável pela Biblioteca Infantil e a professora da Hora da Con-to. Rosane Schmidt Hoff-mann dá vida a vários per-sonagens que fazem parte

da própria história de muitas crianças do CEAP. E talvez de

você que esteja lendo essa en-trevista. Será que ao menos não

ouviu falar no “Amigo Livro”, ou no “Senhor Alfabeto”, ou tenha visto fotos de um abraço de braços com-pridos, que não paravam de crescer, ou de um outro abraço, em formato de coração, que queria ganhar abra-ço de todo mundo no primeiro dia de aula? Tudo isso passa, ou “sai”, da cabeça dessa professora, que tem mais de 30 anos (22 no CEAP) de criatividade dedicados às crianças.

Você é muito criativa. De onde surge tan-ta ideia?“Venho de uma geração que a gente dava conta da Educação Física, da Música, enfim, de atividades que hoje são especiais. A gen-te precisava ser eclética, precisava dar conta de tudo. Isso contribuiu para encontrar saí-das para dar retorno para essa lado imaginá-rio, lúdico, fantasioso, da criança. Ela espera isso. É preciso dar alternativas para contar uma história atraente, que chame atenção das crianças, que faça elas pararem para ou-vir, se concentrarem. Isso vai te desafiando para encontrar maneiras mais agradáveis de contar uma história, por exemplo. A própria criança nos impulsiona para isso, porque ela tem toda uma expectativa, ela é lúdica por natureza. No momento que tu propões con-tar uma história, ela já cria uma expectativa. E gostar é importante, te faz inovar, buscar coisas novas...”

Como é a busca pelos personagens? Como eles surgem? “Às vezes a partir do projeto que o professor trabalha em sala de aula. O próprio projeto inspira o personagem. Ou, dependendo da história, ela mesma te inspira. Beleléu, por exemplo, trabalhava com a questão da or-ganização das crianças. O personagem es-tava ali, bastou recriá-lo. No ‘Amigo Livro’ o personagem foi criado a partir do projeto. Ele se transformou em uma ‘pessoa’ e tam-bém pode existir em fantoches. O “Abraço’, que recebe as crianças da escola, surgiu da ideia de receber as crianças. Alguém disse “vamos criar um personagem”. Sobrou ‘pra Rosane’. Criei o “Quero um abraço” e encar-nei o personagem”.

O que acontece com as histórias que são “vividas” por personagens?“O retorno na biblioteca é imenso. São os livros mais retirado. Essas histórias passam a ter um sentido real para eles. Mesmo eles já tendo lido, conhecendo a história, retiram mais de uma vez. É muito legal”.

Como é o desafio de gerar interesse nas crianças?“A criança é tão lúdica, tão especial, que qualquer coisa que você traga de diferente para contar uma história para ela se torna atrativo. Um pó, um carimbo que coloca na mão, se torna um símbolo precioso para ela.

Foi assim com o Senhor Alfabeto. Eu precisa-va levar algo para os alunos do 1º ano. Com-prei sopa de letrinhas, passei spray dourado, fiz pequenos saquinhos e com eles produzi chaveirinhos com “letras que iam ajudar a aprender a ler mais rápido”. Muitas crianças chegam a dormir com o chaveirinho. Peque-nas coisas tem um sentido grande” Como é a interação com as crianças, o re-torno delas?“Isso é muito especial. Elas sabem que sou eu quem vive os personagens. Mas viajam junto nessa imaginação, acreditam que o personagem está ali, mesmo sabendo que sou eu. E vem me contar o que aconteceu, o que eu disse, o que foi feito, como se eu não soubesse de nada. Eu entro no jogo de-les também. É muito gratificante e emocio-nante. O meu termômetro são eles. Quando pararem de fazer isso não terá mais sentido fazer o que eu faço. Eles curtindo, esperan-do, é o que eu preciso para manter o per-sonagem”.

Que incentivo você dá aos pais?“Contem histórias. Não precisa se fanta-siar. Basta gostar de história. É só contar com prazer, com vontade, com alegria, vi-ver a história. Eu contava para meus filhos quando ainda estavam na minha barriga. Depois, quando estavam crescidinhos, não fazia nada do que faço aqui na escola, mas eles se interessavam por histórias, pelos li-vros. E deem chance de os filhos contarem histórias para os pais, também. É uma troca interessante.Um momento de carinho e de aconchego”.

A contadora de histórias

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Uma tarde de homenagens para elas

Chá em família

O Centro Evangélico ficou cheio de carinho na tarde do dia 5 de maio. Foi quando as mães do CEAP foram homenageadas no Chá das Mães, evento realiza-do pela APPA em parceria com a escola. Além de compartilharem o delicioso chá com as famílias, as mamães curtiram as apresenta-ções musicais especiais das crian-

ças e do Conjunto Instrumental do CEAP. O Coral Infantil participou e

também um grande grupo de crianças do CEAPzinho e dos Anos Iniciais, que formaram um grande coral. Rodeadas pelo carinho dos filhos, netos, esposos... as mães aproveitaram a tarde, que teve, ainda, o sorteio de prêmios.

Famílias lotaram Centro Evangélico para homenagens às mães

Conjunto Instrumental fez várias apresentações

Crianças formaram grande coral no chá

Coral Infantil cantou para mamães

Rosane e o boneco Amigo Livro

Visitando o 1º ano como o Senhor Alfabeto

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Hoje em dia as pessoas se sentem mais à vontade falando em um bate-papo do que pessoalmente. Isso, muitas vezes, as prejudica, pois esquecem da realidade para viver em um mundo virtual.

Redes sociais, chat’s e outros meios de interação oferecidos pela Internet são usados para a realização de encontros virtuais, as-sim melhorando os seus relacionamentos, já frustrados na “vida real”.

As amizades pela Internet surgem através de convites para redes sociais, bate-papos e sites de relacionamentos.

Você mantém um contato permanente com o amigo pois sempre estará conectado e poderá falar com ele no momento desejado, podendo realizar amizades de vários lugares do mundo e até mesmo se a amizade for forte e verdadeira você pode visitar o amigo e transformar o sentimento em duradouro e fraterno.

Há pontos positivos, mas também existem os negativos, pois você não sabe se a pessoa está levando a sério o relaciona-mento ou se está levando como diversão passageira.

Em várias ocasiões, ficamos em dúvida se o parceiro de bate-papo está sendo verdadeiro ou mentindo sobre a sua vida. Por isso, devemos cuidar com quem estamos falando ou se o site de bate-papo é seguro, pois as amizades no mundo real são mais importantes, sinceras e seguras.

Então, fica a dica: separem o virtual do real, mesmo que as amizades continuem em seus pensamentos e façam parte de sua vida.

Bruna Dorneles7ª série do Ensino Fundamental

Mundo Virtual x Mundo Real

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Uma das principais conquistas da Associa-ção de Pais, Professores e Funcionários do CEAP, a APPA, na gestão dos últimos dois anos, con-cluída em abril, não foi apresentada no relatório de ações ou no financeiro e patrimonial. O maior avanço foi no campo do envolvimento de pais e mães com a causa da APPA e da escola. Historica-mente instituições como esta encontram na falta de tempo e da disposição para o compromisso a

maior dificuldade para implementar novas ideias e ações. Aos poucos, e com um “pouco mais do que

poucos”, é verdade, essa lógica começa a mudar na co-munidade escolar do CEAP.

A opção por eleger uma diretoria mais enxuta para o novo mandato - a presidente Tânia Arbo Persich foi re-eleita - sem departamentos específicos foi proposital. “Temos um bom grupo de pais, que queremos ver am-pliado, que sempre está junto, disposto a ajudar. Eles não fazem parte da diretoria, mas formam uma equipe que em vários momentos está trabalhando conosco”, enfatiza a presidente. A parceria à qual ela se refere começou com alguns pais representantes de turmas que passaram a se envolver mais com a APPA a partir de algumas reuniões, que se transformaram em encontros sociais, com jantares descontraídos em que, entre uma conversa e outra, as ideias para a escola dos filhos foram discutidas.

Dar continuidade ao que vinha acontecendo até aqui - em termos de investimentos e principalmente em envolvimento das famílias - é algo que está claro para a nova diretoria da APPA. Mas alguns avanços vão ser buscados. “Não queremos pensar apenas em melhorias físicas da escola. Queremos, por exemplo, investir na formação do grupo de professores, que estão todos os dias com nossos filhos. Outra ideia é criar um movimen-to, como existe em outras escolas da Rede Sinodal, para

Famílias mais perto da escola

A proposta de integração segue passando pelos eventos como a feijoada em homenagem ao Dia dos Pais e o almoço de integração das famílias do CEAPzinho

Nova diretoria: Tânia Persich (presidente), Guilherme Fengler, (vice), Neusa Ott (tesoureira), Maristela Casagrande (1ª secretária) e Sirlei Fengler (2ª secretária)

Aproximação: pais e mães discutem a escola em reuniões jantaresevitar o consumo de álco-ol por nossos jovens em festas que envolvam a co-munidade escolar, como, por exemplo, formaturas. As entidades públicas es-tão preocupadas com isso e queremos trabalhar na conscientização das famí-lias nesse sentido”, adianta a presidente. As parcerias com o Grêmio Estudantil e com o Centro de Professo-res e Funcionários também estão na mira da APPA.

A corrupção no Brasil está em quase todo o gover-no federal. E ela vem crescen-do. Na Câmara é difícil achar algum político de ficha limpa. Mas por quê? Se todo o país tem o governo que merece o Brasil deveria ter um governo de trabalhadores esforçados.

O problema é que esse povo trabalhador é influenciado dras-

ticamente com crenças eleitorais ilu-sórias. Quase 1/5 da população sabe da existência do voto nulo. Mas porque o resto não sabe?

O Brasil é um dos países mais cor-ruptos do mundo. Estimativas apontam que são desviados pela corrupção cerca de 82 bilhões de reais por ano. Nos últi-mos 10 anos foram desviados dos cofres brasileiros 720 bilhões de reais. Com 1/3 do dinheiro da corrupção poderíamos erradicar a fome no Brasil e ainda sobra-ria dinheiro. Mas se a cada quatro anos acontecem eleições, por que ainda existe corrupção? É um sistema muito grande, que envolve muitas pessoas. Muitos car-gos de confiança estão designados a po-líticos corruptos que só buscam favorecer a si mesmos.

Mas para a “salvação” do dinheiro público existe o voto nulo. Grande parte da população não tem ideia da existência dele. É sempre submetida a uma escolha para a votação “qual é o menos corrupto?“. A população brasileira geralmente não sabe, pois é controlada pela mídia que é controlada indiretamente ou diretamente pelo governo federal. O voto nulo é feito da seguinte maneira: basta pressionar o 000 + TECLA VERDE, e o voto nulo está computado. A mídia geralmente não mos-tra as propagandas de votos nulos, pois sabe que é arriscado, está sempre implícito “ou vote naquele, ou neste”.

Segundo a legislação brasileira, se houver 51% de votos nulos em uma elei-ção é obrigatório haver nova eleição com candidatos diferentes daqueles que parti-ciparam da primeira. Mas se existe tanta corrupção, por que a população toda não vota nulo? Pois ninguém procura algo sobre, ninguém pesquisa, ninguém está interessado em saber sobre isso. “Política é chato”, diz a maioria. Então vamos viver nossas vidas inteiras sendo roubados por pessoas que nós mesmos colocamos no poder. As pessoas são tão influenciadas que votam no primeiro candidato que oferece ajuste salarial ou “melhores” con-

dições de vida.Hoje em dia funciona assim: “o

mundo é de espertos não de inteligen-tes”. Ganha quem trapaceia, quem rouba. O humilde não tem lugar na sociedade. Tudo está relacionado a isso. Por exem-plo, nosso antigo presidente Lula estudou apenas até a 8ª série e foi presidente de uma nação grandiosa. Collor roubou mi-lhões do Brasil e nunca foi preso, nunca devolveu o dinheiro, apenas passou de rico para milionário.

Então, para não deixar os corrup-tos se elegerem a população tem que começar a ter atitude, se impor diante da corrupção, tem que criar voz, ir para as ruas, protestar, lutar por um país me-lhor sem desigualdade social. Temos que lutar por uma vida melhor, estabelecer nossos direitos de cidadãos, acabar com as injustiças e, para isso, temos que votar conscientes, nos informar sobre os políti-cos que estão se candidatando, pesquisar, pois o voto faz a diferença. Temos que dar um basta e votar nulo até que não haja mais corrupção. Cada país tem o governo que merece, chega de corrupção.

Yuri Groth dos Santos1ª série do Ensino Médio

Voto Nulo

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Nos dias atuais a beleza exterior é supervalorizada, fazendo com que ho-mens e mulheres busquem a cada dia a “perfeição” estética. Os moldes de beleza oferecidos à sociedade é a pessoa magra, com curvas salientes e “sem defeito”. Po-rém nem sempre foi assim. Na Idade Média, os padrões de beleza eram mulheres mais “cheinhas” com algumas “dobrinhas” na região supe-rior dos quadris, pois se acreditava que as mulheres com o abdômen maior teriam mais fertilidade e capacidade na gravi-dez. O tempo foi passando e, na década de 80 do século XIX, o estereótipo para as

mulheres eram peles brancas, bochechas rosadas com vestidos longos e a famosa “bunda empinada”. Hoje, século XXI, homens e mu-lheres fazem cirurgias plásticas para mo-dificarem seus corpos, tais como o im-plante de silicone nos seios e nádegas As mulheres querem se sentir melhores ou mais desejadas pelos homens. Adoles-centes e crianças em desenvolvimento já se veem preocupadas com a aparência e querendo se modificar, também usando recursos além das cirurgias, como tatu-agens, maquiagens, piercings e também do uso de roupas de marcas caras e dife-

renciadas. Em um mundo de aparência, a influência das pessoas vem de revistas de moda e novelas, mostrando o padrão que todas as mulheres “devem” buscar e fa-zendo as pessoas até terem problemas de saúde como Anorexia e Bulimia. Aparên-cia é algo passageiro, hoje pode se estar bonita, porém amanhã quem sabe não. É preciso combater as mídias a mostrarem apenas pessoas “perfeitas” e deixar de iludi-las com vidas que não existem.

Tiago Nikitenko Jagmin2ª série do Ensino Médio

Transformers

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“Queremos dar mais transparência nas ações”. Assim começa a conversa com os no-vos presidente e vice do Grêmio Estudantil Monteiro Lobato, Re-nan Zientarski e Aman-da Copetti. Eleitos jun-

to com a nova diretoria numa disputa que teve

mais uma chapa no come-ço de abril, eles defendem um envolvimento maior dos alunos para “gerar mais felicidade para o grupo de alunos do CEAP”, afirma Renan.

Quando fala em felici-dade, o presidente diz que “às vezes, com a rotina da escola, com muitas tarefas, os alunos precisam renovar o ânimo. Para isso estamos disponibilizando a mesa de pingue-pongue no recreio, cada dia da semana para uma série, vamos trazer Bandas eventualmente no re-creio, vamos reformar a mesa de pebolim, distribuir lanches,

negociar o prolongamento de alguns recreios...”.

Depois da posse, o trabalho começou com uma grande faxina na sala da enti-dade. “Havia uma placa lá em que estava escrito ‘entrada so-mente para pessoas do setor’. Tiramos essa placa e quando estivermos lá a porta vai estar sempre aberta, a não ser que estivermos em alguma reunião. O GEMLI é de todos os alunos”, afirma o novo presidente, que defende, também, a divulgação dos valores arrecadados e gas-tos pelo Grêmio Estudantil para os alunos.

Sobre a questão da re-presentatividade do GEMLI, Zientarski e Amanda afirmam que “deixamos bem claro du-rante a campanha que quere-mos ser uma voz dos alunos perante a escola, em caso de problemas, reivindicações, con-ferir direitos e também deveres dos alunos na escola. Para isso existe o GEMLI”.

Grêmio estudantil de portas abertas

Para acompanharDurante a campanha, a Chapa Ação apresentava as se-

guintes ações como propostas para 2012, que precisam, agora, ser acompanhadas pelos alunos.

*Manhãs e tardes culturais, sociais, esportivas e saudáveis para di-nâmica entre alunos e professores*Arauto trimestral, editado pelos alunos para os alunos*Palestras e atividades sobre assuntos atuais e polêmicos de inte-resse geral*Dias D (Dia D “saúde” com profissionais na área da saúde), além de outras datas a serem combinadas*A Gincana será anual e por turmas, com várias atividades que contarão pontos (Bandas Cover, Tarefaço, Campanha do Agasalho, Concurso de Dança...). No final, a turma vencedora receberá um prêmio surpresa!*Dia no Good Fish ou Campo do CEAP para realização de provas da gincana, além de uma atração musical/banda para diversão de todos à noite.*Distribuição de lanches, além de programações especiais no Dia do Professor, Dia do Aluno, Semana Farroupilha, entre outras datas*Escolha pelos alunos dos professores “+ +”*Carteira Estudantil bancada pelo GEMLI*Aulas de lutas/esportes marciais com professor para despertar o interesse nos alunos*Escolha do Rei e Rainha que representarão a escola em eventos*Festa do Rei e Rainha com participação de outras escolas particulares*Mesas de pingue-pongue e pebolim reformadas e disponibilizadas para os alunos durante o turno da manhã*Cinema (realizado fora dos horários de aula, com distribuição de lanches)

Renan e Amanda: GEMLI de todos

A diretoria do GEMLI 2012

A amizade é mais forte que a vingançaEra uma vez no rei-

no da Babilônia uma prin-cesinha chamada Luana. Ela adorava brincar com os animais e se sujar na lama. Tinha professores particu-lares. Seus pais, o rei e a rainha, não gostavam que

ela saísse do castelo, pois o reino era cercado por uma

floresta onde moravam bruxas e feiticeiros.

Um dia Luana decidiu ver o mundo através dos muros. Subiu em uma árvore e pulou para fora do castelo, cada vez mais encan-tada com o que via. Ela só não sa-bia que estava sendo vigiada por Violeta, uma bruxa diferente, sem verruga ou algo do tipo. Tinha ca-belos ruivos e encaracolados, olhos azuis. Mas em vez de coração, havia uma pedra de gelo. A malvada que-ria envenenar Luana por vingança, pois ela era apaixonada pelo rei, que no lugar da bruxa escolheu a atual rainha.

A bruxa tinha uma filha que se chamava Teresa. Como Teresa

e Luana tinham a mesma idade, a bruxa lhe deu um anel que conti-nha uma substância que mataria a princesa. Teresa começou a se aproximar de Luana para cumprir o pedido da mãe, mas as duas vira-ram amigas. Um dia Luana e Teresa iam se encontrar para brincar, mas o rei descobriu o destino de sua fi-lha e defendeu-a de Teresa.

Nesse momento Violeta apareceu. Mas as duas viraram mui-to amigas, então Teresa, desafiando a mãe, jogou o anel no chão o que-brando em mil pedaços. Violeta, de tanto desgosto, virou muitas penas coloridas.

No fim, Teresa foi morar no castelo com Luana e as duas foram para sempre amigas.

Giovanna Marques Burtet6º ano do Ensino FundamentalCriação livre produzida a partir da retomada dos contos maravilhosos e do texto narrativo trabalhado nos anos iniciais.

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Comitê prepara 3º Mercado das PulgasA terceira edi-

ção do Mercado das Pulgas vai aconte-cer no dia 16 de ju-nho. Esta será uma mudança neste ano, ou seja, o fato de se concentrar em um dia

apenas, funcionan-do das 9 às 18 horas

sem fechar ao meio-dia. Novamente nas dependên-

cias do CEAP, o evento deverá atrair um público expressivo. No ano passado foram cer-ca de três mil consumidores e mais de cinco mil itens em mercadorias.

A proposta do Mercado das Pulgas já está consolidada em Ijuí. A ideia de recomercia-lização e de reaproveitamento

ganhou um espaço impor-tante, tanto que há uma certa curiosidade geral em saber que mercadorias diferentes irão surgir no mercado neste ano. Neste sentido a coordenadora do Comitê pela Vida, entidade que promove o evento, enfati-za a importância de todos os setores da sociedade ijuiense participarem não apenas como consumidores mas também como doadores.

“Para além da proposta da recomercialização e do re-aproveitamento, aqui em Ijuí o Mercado das Pulgas tem essa característica de ser, também, solidário, uma vez que sendo promovido pelo Comitê pela Vida ele reverte seu lucro para fins específicos”, salienta Mô-

nica Brandt. Neste ano os va-lores arrecadados serão des-tinados para o Lar da Menina Bom Abrigo, para a Sabeve e

para um Fundo de Crédito Ro-tativo destinado à aquisição de material didático para alu-nos bolsistas no CEAP.

O envolvimento de alunos e famílias da escola atendendo a um pedido do Co-mitê pela Vida permitiu que a Páscoa fosse mais doce para várias pessoas em Ijuí. A ini-ciativa do Comitê consistiu em solicitar do-ações de chocolates às famílias para mon-tar ninhos para as instituições que abrigam crianças e adolescentes na cidade.

Nas reflexões de Páscoa realizadas durante a Semana Santa pelo pastora-do escolar aconteceram as entregas das doações pelas crianças. Como o volume de doces doado foi surpreendente, várias instituições puderam ser contempladas. Assim o Comitê pode confeccionar ninhos individuais para as cinquenta internas do Lar da Menina, que foram entregues em uma celebração com integrantes do Comi-tê pela Vida com participação do pastor es-colar Luciano Martins. Também foram con-templadas, com ninhos personalizados, as crianças do MEAME, além das instituições, Lar da Criança Henrique Liebich, Sabeve e Casa da Criança Feliz.

Recomercialização é proposta do evento

A marca do Comitê

Depois de tantos anos o Co-mitê pela Vida, braço social da esco-la, precisava de uma marca. E agora tem. Ela leva as cores do CEAP, com símbolos que remetem ao cuidado, carinho, solidariedade, fraternidade, envolvimento e aconchego, uma vez que é possível imaginar um cachecol, um abraço,um coração, mãos e iden-tificar, ao centro, a flor de Lutero, a mesma que está na logo do CEAP.

Páscoa solidária

Coordenadora do Comitê recebe simbolicamente doações

Doces permitiram contemplar várias entidades

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Turminha do “Tempos de Criança” vai às compras. Na volta prepara uma deliciosa salada de frutas

Entre as várias celebrações de Páscoa no CEAP, as turmas do turno da manhã participaram do lava pés. Crianças do CEAPzinho celebraram a ceia, que teve o pão que elas mesmo haviam confeccionado

Dia de reencontro: egressos de 2011 inauguram foto na galeria de ex-alunos do CEAP

Campo do CEAP recebe alunos do 4º ao 6º ano para o Dia de Convivência

Famílias e professoras participam de dinâmicas em reuniões que discutiram o projeto pedagógico do CEAPzinho: “Aprender a viver juntos, aprender a viver com os outros”

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O projeto deste ano do CEAPzinho foi lançado em uma tarde de atividades no Campo do CEAP. “Aprender a viver juntos, aprender a viver com os outros” envolve crianças, professoras e famí-lias em tudo o que acontece em 2012 na Educação Infantil. Jogos cooperativos e sessões de abraços foram destaque na largada do projeto.

A “Fadinha” convidou as crianças do Nível 1 a explorarem o pátio em busca de uma caixa com muitas surpresas. Lá estava ela, com materiais diferentes, fotos de cada colega e o mascote Coelho Fofinho.

Eles são os novos ami-gos das crianças do Ní-vel 2. Estão ajudando a pensar sobre a ideia de aprender a viver juntos e com os outros, que é o projeto do CEAPzinho este ano. Eles foram “en-contrados” no pátio da escola e estão visitando, a cada dia, a casa dos alunos.

Vivendo juntos A Caixa do Bem

Vamos emprestar

Pedro e Tina

Surpresa no pátio

A cada semana a “Caixa do Bem”, presente que o Colecionador de Palavras trouxe para as turmas dos Níveis 4 e 5, tem uma surpresa para as crianças. Elas recebem imagens e sons relacio-nadas a ações e atitudes para as quais estão sendo desafiadas a desenvolverem. O cuidado com o outro é uma das ênfases.

Olha aí o “Colecio-nador de Palavras” com os presentes que trouxe para as turmas do Nível 3. São carrinhos em que cada turma coloca brinque-dos, livros e jogos de sua sala para emprestar, a cada semana, para os amigos da outra turma. A atividade “Cuidar e Empres-tar” faz parte do projeto de Educa-ção Financeira da escola.

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Culto do CEAP na Comunidade Evangélica Ijuí teve envolvimento de alunos do 4º ano e participação especial do Conjunto Instrumental da escola

Turmas da 7ª e 8ª no Dia de Convivência no Campo do CEAP

Equipe Fraldinha de futebol do CEAP em dia de jogo no SESC pela Copa Dunga

Jogador profissional

da Superliga Masculina de

Vôlei, o ex-aluno e ex-atleta do

CEAP Tiago Wes, o “Mão”,

salta para cortar em treino na

quadra da escola, durante período de férias em Ijuí

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Surpresas com a organização dos alemães, as alunas ficaram im-pressionadas, por exemplo, com o Estádio Allianz Arena, em Munique. “Eles conseguem evacuar o estádio em 15 minutos em caso de algum acidente”, conta Pietra. Juliane gos-tou muito das visitas aos castelos medievais e em estilo rococó. “Foi interessante conhecer a história do Rei Ludwig II, da Baviera, que quase faliu o Estado construindo castelos”.

Com o grupo as alunas do CEAP esquiaram na neve nas monta-nhas de Garmisch, visitaram a BMW Welt, ruelas de Salzburg onde Mo-zart passeava, a Ludwig Universität, Marienplatz, além de outros pontos turísticos. Experimentaram, além da cultura e história desta parte do ve-lho continente, também o rigor do inverno europeu, com temperaturas de 15 graus negativos.

Aprender a “se virar”, ex-perimentar o choque cul-tural, conviver e aprender com as diferenças e apro-veitar as muitas oportuni-dades de aprendizagem que uma viagem ao ex-terior possibilita são ex-

periências que ficam mar-cadas para quem tem essa

chance pela primeira vez. Especialmente na adolescência.

Enquanto boa parte desse tipo de viagens acontece para países de língua inglesa, no início deste ano um grupo reuniu alunos de escolas da Rede Sinodal para passar 22 dias na Alemanha. Foi o caso de duas alunas do CEAP

Acompanhadas da professora de Alemão da escola, Marlene Muel-ler, as alunas da 1ª série do Ensino

Médio Pietra Fischer Pascoal e Julia-ne Junges estudam Alemão no CEAP há quatro anos e aproveitaram muito a viagem. “Nosso conhecimento em Alemão aumentou muito. No final do ano passado, na 8ª série, fizemos uma prova de certificação. Se fôs-semos realizá-la depois da viagem, teríamos conseguido um resultado muito melhor”, afirma Pietra.

O grupo ficou sediado em Munique, na Bavária, região onde se fala um “dialeto diferente do que a gente aprende na escola”, observa Pietra. “Aprendemos mais porque todas as manhãs a gente estuda-va em Alemão aquilo que ia fazer à tarde, por exemplo, compras em algum lugar, um passeio...”, diz a co-lega Juliana, entusiasmada em estu-dar mais depois da viagem por ter percebido a importância da língua alemã.

Mein TagebuchUma das tarefas na viagem era a produ-

ção de um diário (Tagebuch) em Alemão, que pre-cisava ser traduzido no retorno. Confira como foi um dos dias da aluna Juliana Junges.

Datum: München, den 21. Januar 2012 Das habe ich heute gemacht:Wir sind mit der U-Bahn und S-Bahn zum BMW Museum gefahren. Wir sind zum Olympia-Einkaufzentrum.Das habe ich gesehen:Auto, Motorrad, ein Mann, der am Klavier spielte.Das habe ich heute probiert:Goldbären.Besonders gut hat mir geschmeckt:Frühstück.Ein Höhepunkt des Tages:Wir haben eine Schnuballschlacht gemacht.

Data: Munique, 21 de Janeiro de 2012 O que eu fiz: Andamos de metrô subterrâneo e metrô rápido até o Museu da BMW. Fomos ao Shopping Olympia. O que eu vi: Carros. Motos. Um homem tocando piano.Que comida eu provei: Balinhas típicas em formato de ursinhos..O que eu mais gostei de comer: Café da manhã.Ponto alto da tarde: Quando fizemos guerrinha de bola de neve.

Alunas em frente ao castelo de Neuschwanstein

Pietra, à direita, ao lado da professora Marlene, Juliane à esquerda, e o restante do grupo que foi à Alemanha

Experiências e aprendizados

Imponência: grupo posa em frente ao Estádio em Munique

Prontas para esquiar nas montanhas

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ORIENTAÇÃOO projeto sobre Tecnologia levou a 7ª série para uma atividade de Orientação desenvolvida no 27º GAC. Os alunos pre-cisaram usar a bússola e dar conta dos conceitos aprendidos sobre cartografia.

DE OLHO NO FUTURO

O Projeto Profissões tem envolvido os alu-

nos da 3ª série do Ensino Médio. Além de

pesquisas orientadas sobre diferentes pro-

fissões, que são divididas por grupos e so-

cializadas entre os colegas, eles assistem a

palestras, como a com o Engenheiro Quími-

co Roberto Boger, ex-aluno da escola.

LIDERANÇA ESTUDANTILO CEAP participou do 18º Encontro de Lideranças Estudantis da Rede

Sinodal, no Colégio Teutônia. Um dos objetivos foi estimular a

formação de lideranças estudantis. As alunas da 1ª série do Ensino Médio Mariana Paris Ronchi e

Nicole Allegranzzi estiveram lá.

SABEDORIA DO CUIDADODespertar os alunos para a valorização da vida pessoal, interpessoal e ambiental. Este é um dos aspectos do projeto “A sabedoria do cuidado”, que envolve os alunos da 8ª série. A primeira produção foi de histórias em quadrinhos relativas ao tema.

SENHOR ALFABETOEle veio da Alfabetolândia trazer presentes para as crianças do 1º ano. O “Senhor Alfabeto” conheceu os alunos e trouxe um Saco das Letras, Caderno das Pistas, Alfa-beto do Objeto e um Caderno das Letras para cada criança, junto com um saquinho de letras douradas mágicas.

FONTE DE VIDACentenas de ijuienses foram abordados

nas ruas por alunos do 5º ano na Sema-

na da Água. A intenção era conscientizar

para a importância deste bem precioso.

Cada pessoa recebia um copo de água

com uma frase produzida pelos alunos:

“Água, fonte natural de vida”.

FÓRUM DA ÁGUANo Dia da Água, 22 de Março, alunos do 4º ao 6º ano debateram consumo, desperdício, contaminação e preservação da água no planeta. O Fórum da Água reuniu cerca de 100 alunos que, de diferentes e criativas

formas, até com atividades práticas, repassaram informações

importantes num momento de real construção de conhecimento.

Aulas de Alemão na Bavária

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Foram dois dias intensos na viagem de estudos a Pelotas e Rio Grande. No roteiro de observações distribuído aos alunos da 2ª série do Ensino Médio - e que vai gerar uma série de trabalhos em dez

disciplinas - eram 51 itens a serem observados em 12 pontos visitados.

O trabalho iniciou no Centro Histó-rico de Rio Grande. Os alunos conheceram a doca do Mercado Municipal, o Museu Antár-tico e o Museu Oceanográfico, onde acompa-nharam, por exemplo, o processo de recupe-ração de animais marinhos. De barco foram a São José do Norte. Depois conheceram o Porto do Mercosul e os Molhes na Praia do Cassino.

O segundo dia iniciou pelo Centro His-tórico de Pelotas e incluiu visita ao memorial da Farmácia. Depois foram a Charqueadas, em São João, destaque pelos aspectos históricos ligados à Revolução Farroupilha. O museu So-lar da Baronesa, a fábrica de doces Onélia e a Praia do Laranjal concluíram o roteiro.

Uma viagem de aula

Alunos em frente à Catedral de São Pedro, no centro de Rio Grande, a igreja mais antiga do Estado. À esquerda da foto um pé de eucalipto plantado em 1887

“Vivenciar, pesquisar in loco, conferir a campo, tudo isso traz uma dimensão pedagógica que o teórico - por mais visual que possa ser - não consegue trazer”. A frase, do professor de Geografia Valdecir Schenkel, um dos que acompanhou os alunos, dá uma ideia do significado da viagem de estudos. “Os alunos puderam observar um pátio do porto com 8 mil veículos importados, ver a construção da Plataforma P58 da Petrobrás, o estaleiro em obras em São José do Norte - um município com 10 mil habitantes na área urbana - uma obra que vai gerar 9 mil empregos, enfim, puderam observar tudo isso de perto, o que dá uma conotação diferente do que apenas

teórica e explicativa”, diz o professor. “Eles viram parte do processo histórico que está acontecendo hoje, essa dimensão

econômica. E isso tudo possibilita agregar conceitos de todos os componentes curriculares”.

Aprendendo a campoRecuperação de animais marinhos no Museu Oceanográfico Caminhar nas pedras dos Molhes, no Cassino, foi um convite natural

A turma toda no centro histórico de Pelotas e entrando no Solar da Baronesa

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PAINEL DA FAMÍLIA

A família é lugar de cuida-

do. Essa é uma das percep-

ções das crianças do 2º ano

no trabalho desenvolvido

com ajuda das próprias

famílias. Na apresentação

para os colegas de momen-

tos que ficaram guardados

na memória, perceberam as

mudanças que acontecem

ao longo dos anos.

ÁGUA E ENERGIAConhecer a Usina Velha foi uma das

motivações da visita do 5º ano à Usina da Sede.

Lá os alunos também coletaram água do Rio Potiribú, que abastece a cidade. Levada para

o Laboratório de Química, passou pelo

processo de purificação em miniestações de

tratamento.

PESQUISANDO O RÁDIOUm projeto sobre o meio de comunicação Rádio envolve os alunos da 7ª série. Além de palestras e pesquisas sobre a história e mudanças no Rádio, eles visitaram várias emissoras, como a Mundial FM, para dar sequência à pesquisa.

LINHA DO TEMPOA vida inteira resumida durante uma semana em apenas uma folha. Foi o desafio dos alunos do 6º ano em um trabalho que envolveu o tempo cronológico, escala cartográfica e conteúdos de Geografia. A cada ano, imagens e informações marcantes foram relatadas. PINTANDO LEMBRANÇAS

A convivência é a ênfase do projeto do 3º ano. E o lançamento aconteceu com a visita de um personagem interessante. O “Pintor de lembran-ças”. Ele deixou tantas ideias e inspirações que agora os alunos vão relatar suas lembranças es-colares e familiares, o que irá fortalecer a convi-vência com os outros.

ENCENAÇÕES MATEMÁTICASA Matemática está no cotidiano. E a compro-vação veio com o teatro. Um grupo de colegas encenava a ideia e a turma precisava adivinhar do que se tratava: ganhar, aumentar, subtrair, juntar, acrescentar... A criatividade ajudou a compreender a Matemática.

ESTRUTURA QUESTIONADAUma brincadeira que dava vantagem sempre aos meninos permitiu iniciar um debate sobre gênero, injustiça social e modelo cultural nas aulas de So-ciologia na 1ª série do En-sino Médio. Questionar a estrutura social que parece estar pronta mas pode ser revista foi a ideia.

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O robô não vem pronto. Os alu-nos recebem um kit com diversos tipos de peças. Precisam reconhecer engrena-gens, alavancas, pinos, encaixes, vigas, pilares e eixos. Em cada aula as crianças trabalham com montagem. “Eles come-çam com projetos simples, reconhecem as peças, discutem com o grupo para só depois entrar na programação”, conta a instrutora. “Nesse processo o raciocínio lógico e o trabalho em equipe vai sendo desenvolvido”. O projeto não é dado. “A imagem é criada por eles. E é aí que en-tra a criatividade”.

Já na segunda aula a equipe cria o projeto de uma casa e, depois, um carro com dois motores, um carro com três motores e um robô básico. “Só que sem um ‘passo a passo’, só uma ima-gem”, diz a instrutora. Os alunos preci-sam focalizar as peças e encaixá-las. “O que a gente visa é o desenvolvimento. Não queremos que eles decorem coi-sas, mas que entendam o por quê do projeto, visualizem-no antes mesmo de trabalhar nele”.

Em determinada aula o instru-tor Flávio dos Santos pediu aos grupos que projetassem um carro com dois

motores. Depois de prontos os proje-tos, pediu que colocassem um banco e uma direção no andar de cima. “Eles questionaram ‘mas como professor?’ Eu disse que se virassem. E saíram coisas fantásticas! Eles precisam trabalhar na improvisação”, afirma. “Isso serve para a vida real”, complementa Daise Lopes. Andrey Protti Basso tem 12 anos, é aluno do 7º ano

e sempre gostou de fazer montagens com lego. Claro que chegou em casa dizendo que queria frequentar as aulas do Curso de Robótica. “Era o chão dele, o caminho”, diz a mãe, Eloísa Protti. O que ela não esperava era que a irmã gêmea de Andrey, Deborah, tivesse o mesmo entusiasmo. “Me surpreendi. Fui até à escola conversar com os instrutores e percebi que poderia ser importante para o desenvolvimento da Matemática, além de outros aspectos, já que são várias áreas envolvidas na montagem e programação de um robô. Só vi pontos positivos e decidi incentivar”.

Pouco tempo depois o depoimento da irmã comprova que a aposta em Andrey era acertada. “Ela conta em casa como é bom ter o mano na equipe dela, porque ele é importante na montagem dos projetos”. Com relação às expectativas que tinha com a filha Deborah, Eloísa diz já perceber diferença principalmente na concentração e no resultado de algumas provas. “Especialmente na Matemática. Antes era tudo “um bicho”. Agora não é mais. Ela se sente mais responsável, está criando o hábito e sentindo a responsabilidade de estudar, Melhorou no aspecto da concentração, também”.

Novidade: a Pedagogia da Robótica Descobrimento das habilidadesUma nova atividade passou a integrar a rotina de 64 alu-

nos do CEAP em 2012: as aulas de Robótica Educacional. Uma vez por semana eles enfrentam os desafios de montagens e pro-gramações de projetos que ajudam no desenvolvimento de uma série de habilidades. A possibilidade veio com a parceria entre o CEAP e a Escola de Robótica, com sede em Novo Hamburgo e mais de 30 escolas parceiras em todo o Rio Grande do Sul. O CEAP é a única na Região Noroeste gaúcha.

O curso atende estudantes de 8 a 16 anos, mas as turmas formam-se com faixas etárias semelhantes. Nelas são formados gru-

pos de quatro alunos, que vão se repetir a cada aula, que recebem um kit Lego, “o mais avançado no mundo hoje para desenvolver programa-

ção de robótica”, afirma um dos instrutores, Flávio Freitas dos Santos. Esses grupos, com os kits, vão desenvolver a montagem e a programação de robôs.

“Estas atividades vão desenvolver um trabalho em equipe, o raciocí-nio lógico, a criatividade, estimular a autoconfiança”, comenta a pedagoga Daise Fabíula Lopes, também instrutora do curso, dando uma ideia do cará-ter multidisciplinar da robótica. “O desenvolvimento de habilidades como a concentração também é algo que surge nestas aulas”, salienta Daise.

Etapas do processoEmbora o curso atenda a faixa etária

dos 8 aos 16 anos, o interesse maior se con-centra até os 12 anos. “Os pequenos conse-guem captar melhor os desafios, desenvolvem melhor. Os maiores já acham que é coisa de brinquedo”, diz a pedagoga Daise Lopes. Di-vidido em três semestres, no primeiro o curso trabalha com a fase do descobrimento, curio-sidade e reconhecimento das peças. Vai res-ponder basicamente onde colocá-las, para que servem e tratar de suas substituições. Na fase intermediária, no segundo semestre, os proje-tos são ampliados e, por isso, com grau de difi-culdade um pouco maior e programações mais difíceis, em que são introduzidos a inteligência artificial, braços mecânicos, lançador de bolas, cachorro inteligente e robô explorador.

O terceiro semestre é o do nível avan-çado. Os alunos vão trabalhar com humanoide, um robô humano, com quatro sensores jun-tos, linguagem de programação, entrando na biorrobótica. Os robôs são feitos com material de sucata. Nesta fase entram as noções de ele-trônica. Depois destas fases alguns alunos que mostram grande interesse pelo assunto ainda podem participar de projetos desenvolvidos pela Escola de Robótica em competições de Robótica.

O desafio de projetar um robô

Flávio e seus alunos: desafios a cada aula

CEAP é a única escola na região com aulas de robótica

“A Robótica desperta ca-pacidades que os alunos não co-nhecem”. A afirmação é da peda-goga Daise Lopes, instrutora do Curso de Robótica Educacional. Com a experiência de trabalhar com o curso em escolas de dife-rentes regiões do Estado, ela diz que, mesmo em um ou dois se-mestres é possível perceber mu-danças no desenvolvimento de crianças e pré-adolescentes que frequentam os cursos. “A visão deles muda muito. A percepção deles do contexto do mundo lá fora muda. Eles começam a des-cobrir suas habilidades e o que vão querer, independente de fai-xa etária”.

Segundo ela, esporte e língua estrangeira “eles fazem normalmente. Mas a Robótica explora a habilidade de um alu-no e cada um tem habilidades e percepções diferentes. Alguns saem da Robótica e vão fazer

outros cursos para desenvolver capacidades que descobriram”, revela. Ela enfatiza que como não se exige um padrão, um aluno pode “não ser bom em programação, mas é fera em montagem. Isso é trabalho em equipe. Outro vai perceber que é bom em liderança. Na Robó-tica há respeito à personalidade diferente de cada um. Ali cada um faz o que gosta”.

Ela revela que em uma escola o pai de uma aluna quis detalhes sobre o comporta-mento da filha. Ao ouvir que era concentrada nas aulas de Robótica ficou surpreso por ter recebido reclamações dos pro-fessores, já que nas aulas regu-lares não conseguia se concen-trar. Algumas semanas depois isso mudou. “Ela não conseguia perceber isso. Passou a moderar seu comportamento. Um aluno que conversa na aula de Ro-

bótica está desenvolvendo sua habilidade de comunicação”. Segundo ela, a participação nas aulas de Robótica traz resul-tados muito bons para alunos

com déficit de atenção e hipe-rativos e também para alunos com excelentes notas mas com dificuldades de se expressar ou muito tímidos.

Daise: “A percepção de mundo dos alunos muda”

A Robótica na visão de uma mãe

Eloísa e os filhos: aposta e retorno positivo

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O robô não vem pronto. Os alu-nos recebem um kit com diversos tipos de peças. Precisam reconhecer engrena-gens, alavancas, pinos, encaixes, vigas, pilares e eixos. Em cada aula as crianças trabalham com montagem. “Eles come-çam com projetos simples, reconhecem as peças, discutem com o grupo para só depois entrar na programação”, conta a instrutora. “Nesse processo o raciocínio lógico e o trabalho em equipe vai sendo desenvolvido”. O projeto não é dado. “A imagem é criada por eles. E é aí que en-tra a criatividade”.

Já na segunda aula a equipe cria o projeto de uma casa e, depois, um carro com dois motores, um carro com três motores e um robô básico. “Só que sem um ‘passo a passo’, só uma ima-gem”, diz a instrutora. Os alunos preci-sam focalizar as peças e encaixá-las. “O que a gente visa é o desenvolvimento. Não queremos que eles decorem coi-sas, mas que entendam o por quê do projeto, visualizem-no antes mesmo de trabalhar nele”.

Em determinada aula o instru-tor Flávio dos Santos pediu aos grupos que projetassem um carro com dois

motores. Depois de prontos os proje-tos, pediu que colocassem um banco e uma direção no andar de cima. “Eles questionaram ‘mas como professor?’ Eu disse que se virassem. E saíram coisas fantásticas! Eles precisam trabalhar na improvisação”, afirma. “Isso serve para a vida real”, complementa Daise Lopes. Andrey Protti Basso tem 12 anos, é aluno do 7º ano

e sempre gostou de fazer montagens com lego. Claro que chegou em casa dizendo que queria frequentar as aulas do Curso de Robótica. “Era o chão dele, o caminho”, diz a mãe, Eloísa Protti. O que ela não esperava era que a irmã gêmea de Andrey, Deborah, tivesse o mesmo entusiasmo. “Me surpreendi. Fui até à escola conversar com os instrutores e percebi que poderia ser importante para o desenvolvimento da Matemática, além de outros aspectos, já que são várias áreas envolvidas na montagem e programação de um robô. Só vi pontos positivos e decidi incentivar”.

Pouco tempo depois o depoimento da irmã comprova que a aposta em Andrey era acertada. “Ela conta em casa como é bom ter o mano na equipe dela, porque ele é importante na montagem dos projetos”. Com relação às expectativas que tinha com a filha Deborah, Eloísa diz já perceber diferença principalmente na concentração e no resultado de algumas provas. “Especialmente na Matemática. Antes era tudo “um bicho”. Agora não é mais. Ela se sente mais responsável, está criando o hábito e sentindo a responsabilidade de estudar, Melhorou no aspecto da concentração, também”.

Novidade: a Pedagogia da Robótica Descobrimento das habilidadesUma nova atividade passou a integrar a rotina de 64 alu-

nos do CEAP em 2012: as aulas de Robótica Educacional. Uma vez por semana eles enfrentam os desafios de montagens e pro-gramações de projetos que ajudam no desenvolvimento de uma série de habilidades. A possibilidade veio com a parceria entre o CEAP e a Escola de Robótica, com sede em Novo Hamburgo e mais de 30 escolas parceiras em todo o Rio Grande do Sul. O CEAP é a única na Região Noroeste gaúcha.

O curso atende estudantes de 8 a 16 anos, mas as turmas formam-se com faixas etárias semelhantes. Nelas são formados gru-

pos de quatro alunos, que vão se repetir a cada aula, que recebem um kit Lego, “o mais avançado no mundo hoje para desenvolver programa-

ção de robótica”, afirma um dos instrutores, Flávio Freitas dos Santos. Esses grupos, com os kits, vão desenvolver a montagem e a programação de robôs.

“Estas atividades vão desenvolver um trabalho em equipe, o raciocí-nio lógico, a criatividade, estimular a autoconfiança”, comenta a pedagoga Daise Fabíula Lopes, também instrutora do curso, dando uma ideia do cará-ter multidisciplinar da robótica. “O desenvolvimento de habilidades como a concentração também é algo que surge nestas aulas”, salienta Daise.

Etapas do processoEmbora o curso atenda a faixa etária

dos 8 aos 16 anos, o interesse maior se con-centra até os 12 anos. “Os pequenos conse-guem captar melhor os desafios, desenvolvem melhor. Os maiores já acham que é coisa de brinquedo”, diz a pedagoga Daise Lopes. Di-vidido em três semestres, no primeiro o curso trabalha com a fase do descobrimento, curio-sidade e reconhecimento das peças. Vai res-ponder basicamente onde colocá-las, para que servem e tratar de suas substituições. Na fase intermediária, no segundo semestre, os proje-tos são ampliados e, por isso, com grau de difi-culdade um pouco maior e programações mais difíceis, em que são introduzidos a inteligência artificial, braços mecânicos, lançador de bolas, cachorro inteligente e robô explorador.

O terceiro semestre é o do nível avan-çado. Os alunos vão trabalhar com humanoide, um robô humano, com quatro sensores jun-tos, linguagem de programação, entrando na biorrobótica. Os robôs são feitos com material de sucata. Nesta fase entram as noções de ele-trônica. Depois destas fases alguns alunos que mostram grande interesse pelo assunto ainda podem participar de projetos desenvolvidos pela Escola de Robótica em competições de Robótica.

O desafio de projetar um robô

Flávio e seus alunos: desafios a cada aula

CEAP é a única escola na região com aulas de robótica

“A Robótica desperta ca-pacidades que os alunos não co-nhecem”. A afirmação é da peda-goga Daise Lopes, instrutora do Curso de Robótica Educacional. Com a experiência de trabalhar com o curso em escolas de dife-rentes regiões do Estado, ela diz que, mesmo em um ou dois se-mestres é possível perceber mu-danças no desenvolvimento de crianças e pré-adolescentes que frequentam os cursos. “A visão deles muda muito. A percepção deles do contexto do mundo lá fora muda. Eles começam a des-cobrir suas habilidades e o que vão querer, independente de fai-xa etária”.

Segundo ela, esporte e língua estrangeira “eles fazem normalmente. Mas a Robótica explora a habilidade de um alu-no e cada um tem habilidades e percepções diferentes. Alguns saem da Robótica e vão fazer

outros cursos para desenvolver capacidades que descobriram”, revela. Ela enfatiza que como não se exige um padrão, um aluno pode “não ser bom em programação, mas é fera em montagem. Isso é trabalho em equipe. Outro vai perceber que é bom em liderança. Na Robó-tica há respeito à personalidade diferente de cada um. Ali cada um faz o que gosta”.

Ela revela que em uma escola o pai de uma aluna quis detalhes sobre o comporta-mento da filha. Ao ouvir que era concentrada nas aulas de Robótica ficou surpreso por ter recebido reclamações dos pro-fessores, já que nas aulas regu-lares não conseguia se concen-trar. Algumas semanas depois isso mudou. “Ela não conseguia perceber isso. Passou a moderar seu comportamento. Um aluno que conversa na aula de Ro-

bótica está desenvolvendo sua habilidade de comunicação”. Segundo ela, a participação nas aulas de Robótica traz resul-tados muito bons para alunos

com déficit de atenção e hipe-rativos e também para alunos com excelentes notas mas com dificuldades de se expressar ou muito tímidos.

Daise: “A percepção de mundo dos alunos muda”

A Robótica na visão de uma mãe

Eloísa e os filhos: aposta e retorno positivo

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Foram dois dias intensos na viagem de estudos a Pelotas e Rio Grande. No roteiro de observações distribuído aos alunos da 2ª série do Ensino Médio - e que vai gerar uma série de trabalhos em dez

disciplinas - eram 51 itens a serem observados em 12 pontos visitados.

O trabalho iniciou no Centro Histó-rico de Rio Grande. Os alunos conheceram a doca do Mercado Municipal, o Museu Antár-tico e o Museu Oceanográfico, onde acompa-nharam, por exemplo, o processo de recupe-ração de animais marinhos. De barco foram a São José do Norte. Depois conheceram o Porto do Mercosul e os Molhes na Praia do Cassino.

O segundo dia iniciou pelo Centro His-tórico de Pelotas e incluiu visita ao memorial da Farmácia. Depois foram a Charqueadas, em São João, destaque pelos aspectos históricos ligados à Revolução Farroupilha. O museu So-lar da Baronesa, a fábrica de doces Onélia e a Praia do Laranjal concluíram o roteiro.

Uma viagem de aula

Alunos em frente à Catedral de São Pedro, no centro de Rio Grande, a igreja mais antiga do Estado. À esquerda da foto um pé de eucalipto plantado em 1887

“Vivenciar, pesquisar in loco, conferir a campo, tudo isso traz uma dimensão pedagógica que o teórico - por mais visual que possa ser - não consegue trazer”. A frase, do professor de Geografia Valdecir Schenkel, um dos que acompanhou os alunos, dá uma ideia do significado da viagem de estudos. “Os alunos puderam observar um pátio do porto com 8 mil veículos importados, ver a construção da Plataforma P58 da Petrobrás, o estaleiro em obras em São José do Norte - um município com 10 mil habitantes na área urbana - uma obra que vai gerar 9 mil empregos, enfim, puderam observar tudo isso de perto, o que dá uma conotação diferente do que apenas

teórica e explicativa”, diz o professor. “Eles viram parte do processo histórico que está acontecendo hoje, essa dimensão

econômica. E isso tudo possibilita agregar conceitos de todos os componentes curriculares”.

Aprendendo a campoRecuperação de animais marinhos no Museu Oceanográfico Caminhar nas pedras dos Molhes, no Cassino, foi um convite natural

A turma toda no centro histórico de Pelotas e entrando no Solar da Baronesa

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PAINEL DA FAMÍLIA

A família é lugar de cuida-

do. Essa é uma das percep-

ções das crianças do 2º ano

no trabalho desenvolvido

com ajuda das próprias

famílias. Na apresentação

para os colegas de momen-

tos que ficaram guardados

na memória, perceberam as

mudanças que acontecem

ao longo dos anos.

ÁGUA E ENERGIAConhecer a Usina Velha foi uma das

motivações da visita do 5º ano à Usina da Sede.

Lá os alunos também coletaram água do Rio Potiribú, que abastece a cidade. Levada para

o Laboratório de Química, passou pelo

processo de purificação em miniestações de

tratamento.

PESQUISANDO O RÁDIOUm projeto sobre o meio de comunicação Rádio envolve os alunos da 7ª série. Além de palestras e pesquisas sobre a história e mudanças no Rádio, eles visitaram várias emissoras, como a Mundial FM, para dar sequência à pesquisa.

LINHA DO TEMPOA vida inteira resumida durante uma semana em apenas uma folha. Foi o desafio dos alunos do 6º ano em um trabalho que envolveu o tempo cronológico, escala cartográfica e conteúdos de Geografia. A cada ano, imagens e informações marcantes foram relatadas. PINTANDO LEMBRANÇAS

A convivência é a ênfase do projeto do 3º ano. E o lançamento aconteceu com a visita de um personagem interessante. O “Pintor de lembran-ças”. Ele deixou tantas ideias e inspirações que agora os alunos vão relatar suas lembranças es-colares e familiares, o que irá fortalecer a convi-vência com os outros.

ENCENAÇÕES MATEMÁTICASA Matemática está no cotidiano. E a compro-vação veio com o teatro. Um grupo de colegas encenava a ideia e a turma precisava adivinhar do que se tratava: ganhar, aumentar, subtrair, juntar, acrescentar... A criatividade ajudou a compreender a Matemática.

ESTRUTURA QUESTIONADAUma brincadeira que dava vantagem sempre aos meninos permitiu iniciar um debate sobre gênero, injustiça social e modelo cultural nas aulas de So-ciologia na 1ª série do En-sino Médio. Questionar a estrutura social que parece estar pronta mas pode ser revista foi a ideia.

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Surpresas com a organização dos alemães, as alunas ficaram im-pressionadas, por exemplo, com o Estádio Allianz Arena, em Munique. “Eles conseguem evacuar o estádio em 15 minutos em caso de algum acidente”, conta Pietra. Juliane gos-tou muito das visitas aos castelos medievais e em estilo rococó. “Foi interessante conhecer a história do Rei Ludwig II, da Baviera, que quase faliu o Estado construindo castelos”.

Com o grupo as alunas do CEAP esquiaram na neve nas monta-nhas de Garmisch, visitaram a BMW Welt, ruelas de Salzburg onde Mo-zart passeava, a Ludwig Universität, Marienplatz, além de outros pontos turísticos. Experimentaram, além da cultura e história desta parte do ve-lho continente, também o rigor do inverno europeu, com temperaturas de 15 graus negativos.

Aprender a “se virar”, ex-perimentar o choque cul-tural, conviver e aprender com as diferenças e apro-veitar as muitas oportuni-dades de aprendizagem que uma viagem ao ex-terior possibilita são ex-

periências que ficam mar-cadas para quem tem essa

chance pela primeira vez. Especialmente na adolescência.

Enquanto boa parte desse tipo de viagens acontece para países de língua inglesa, no início deste ano um grupo reuniu alunos de escolas da Rede Sinodal para passar 22 dias na Alemanha. Foi o caso de duas alunas do CEAP

Acompanhadas da professora de Alemão da escola, Marlene Muel-ler, as alunas da 1ª série do Ensino

Médio Pietra Fischer Pascoal e Julia-ne Junges estudam Alemão no CEAP há quatro anos e aproveitaram muito a viagem. “Nosso conhecimento em Alemão aumentou muito. No final do ano passado, na 8ª série, fizemos uma prova de certificação. Se fôs-semos realizá-la depois da viagem, teríamos conseguido um resultado muito melhor”, afirma Pietra.

O grupo ficou sediado em Munique, na Bavária, região onde se fala um “dialeto diferente do que a gente aprende na escola”, observa Pietra. “Aprendemos mais porque todas as manhãs a gente estuda-va em Alemão aquilo que ia fazer à tarde, por exemplo, compras em algum lugar, um passeio...”, diz a co-lega Juliana, entusiasmada em estu-dar mais depois da viagem por ter percebido a importância da língua alemã.

Mein TagebuchUma das tarefas na viagem era a produ-

ção de um diário (Tagebuch) em Alemão, que pre-cisava ser traduzido no retorno. Confira como foi um dos dias da aluna Juliana Junges.

Datum: München, den 21. Januar 2012 Das habe ich heute gemacht:Wir sind mit der U-Bahn und S-Bahn zum BMW Museum gefahren. Wir sind zum Olympia-Einkaufzentrum.Das habe ich gesehen:Auto, Motorrad, ein Mann, der am Klavier spielte.Das habe ich heute probiert:Goldbären.Besonders gut hat mir geschmeckt:Frühstück.Ein Höhepunkt des Tages:Wir haben eine Schnuballschlacht gemacht.

Data: Munique, 21 de Janeiro de 2012 O que eu fiz: Andamos de metrô subterrâneo e metrô rápido até o Museu da BMW. Fomos ao Shopping Olympia. O que eu vi: Carros. Motos. Um homem tocando piano.Que comida eu provei: Balinhas típicas em formato de ursinhos..O que eu mais gostei de comer: Café da manhã.Ponto alto da tarde: Quando fizemos guerrinha de bola de neve.

Alunas em frente ao castelo de Neuschwanstein

Pietra, à direita, ao lado da professora Marlene, Juliane à esquerda, e o restante do grupo que foi à Alemanha

Experiências e aprendizados

Imponência: grupo posa em frente ao Estádio em Munique

Prontas para esquiar nas montanhas

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ORIENTAÇÃOO projeto sobre Tecnologia levou a 7ª série para uma atividade de Orientação desenvolvida no 27º GAC. Os alunos pre-cisaram usar a bússola e dar conta dos conceitos aprendidos sobre cartografia.

DE OLHO NO FUTURO

O Projeto Profissões tem envolvido os alu-

nos da 3ª série do Ensino Médio. Além de

pesquisas orientadas sobre diferentes pro-

fissões, que são divididas por grupos e so-

cializadas entre os colegas, eles assistem a

palestras, como a com o Engenheiro Quími-

co Roberto Boger, ex-aluno da escola.

LIDERANÇA ESTUDANTILO CEAP participou do 18º Encontro de Lideranças Estudantis da Rede

Sinodal, no Colégio Teutônia. Um dos objetivos foi estimular a

formação de lideranças estudantis. As alunas da 1ª série do Ensino Médio Mariana Paris Ronchi e

Nicole Allegranzzi estiveram lá.

SABEDORIA DO CUIDADODespertar os alunos para a valorização da vida pessoal, interpessoal e ambiental. Este é um dos aspectos do projeto “A sabedoria do cuidado”, que envolve os alunos da 8ª série. A primeira produção foi de histórias em quadrinhos relativas ao tema.

SENHOR ALFABETOEle veio da Alfabetolândia trazer presentes para as crianças do 1º ano. O “Senhor Alfabeto” conheceu os alunos e trouxe um Saco das Letras, Caderno das Pistas, Alfa-beto do Objeto e um Caderno das Letras para cada criança, junto com um saquinho de letras douradas mágicas.

FONTE DE VIDACentenas de ijuienses foram abordados

nas ruas por alunos do 5º ano na Sema-

na da Água. A intenção era conscientizar

para a importância deste bem precioso.

Cada pessoa recebia um copo de água

com uma frase produzida pelos alunos:

“Água, fonte natural de vida”.

FÓRUM DA ÁGUANo Dia da Água, 22 de Março, alunos do 4º ao 6º ano debateram consumo, desperdício, contaminação e preservação da água no planeta. O Fórum da Água reuniu cerca de 100 alunos que, de diferentes e criativas

formas, até com atividades práticas, repassaram informações

importantes num momento de real construção de conhecimento.

Aulas de Alemão na Bavária

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O projeto deste ano do CEAPzinho foi lançado em uma tarde de atividades no Campo do CEAP. “Aprender a viver juntos, aprender a viver com os outros” envolve crianças, professoras e famí-lias em tudo o que acontece em 2012 na Educação Infantil. Jogos cooperativos e sessões de abraços foram destaque na largada do projeto.

A “Fadinha” convidou as crianças do Nível 1 a explorarem o pátio em busca de uma caixa com muitas surpresas. Lá estava ela, com materiais diferentes, fotos de cada colega e o mascote Coelho Fofinho.

Eles são os novos ami-gos das crianças do Ní-vel 2. Estão ajudando a pensar sobre a ideia de aprender a viver juntos e com os outros, que é o projeto do CEAPzinho este ano. Eles foram “en-contrados” no pátio da escola e estão visitando, a cada dia, a casa dos alunos.

Vivendo juntos A Caixa do Bem

Vamos emprestar

Pedro e Tina

Surpresa no pátio

A cada semana a “Caixa do Bem”, presente que o Colecionador de Palavras trouxe para as turmas dos Níveis 4 e 5, tem uma surpresa para as crianças. Elas recebem imagens e sons relacio-nadas a ações e atitudes para as quais estão sendo desafiadas a desenvolverem. O cuidado com o outro é uma das ênfases.

Olha aí o “Colecio-nador de Palavras” com os presentes que trouxe para as turmas do Nível 3. São carrinhos em que cada turma coloca brinque-dos, livros e jogos de sua sala para emprestar, a cada semana, para os amigos da outra turma. A atividade “Cuidar e Empres-tar” faz parte do projeto de Educa-ção Financeira da escola.

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Culto do CEAP na Comunidade Evangélica Ijuí teve envolvimento de alunos do 4º ano e participação especial do Conjunto Instrumental da escola

Turmas da 7ª e 8ª no Dia de Convivência no Campo do CEAP

Equipe Fraldinha de futebol do CEAP em dia de jogo no SESC pela Copa Dunga

Jogador profissional

da Superliga Masculina de

Vôlei, o ex-aluno e ex-atleta do

CEAP Tiago Wes, o “Mão”,

salta para cortar em treino na

quadra da escola, durante período de férias em Ijuí

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Comitê prepara 3º Mercado das PulgasA terceira edi-

ção do Mercado das Pulgas vai aconte-cer no dia 16 de ju-nho. Esta será uma mudança neste ano, ou seja, o fato de se concentrar em um dia

apenas, funcionan-do das 9 às 18 horas

sem fechar ao meio-dia. Novamente nas dependên-

cias do CEAP, o evento deverá atrair um público expressivo. No ano passado foram cer-ca de três mil consumidores e mais de cinco mil itens em mercadorias.

A proposta do Mercado das Pulgas já está consolidada em Ijuí. A ideia de recomercia-lização e de reaproveitamento

ganhou um espaço impor-tante, tanto que há uma certa curiosidade geral em saber que mercadorias diferentes irão surgir no mercado neste ano. Neste sentido a coordenadora do Comitê pela Vida, entidade que promove o evento, enfati-za a importância de todos os setores da sociedade ijuiense participarem não apenas como consumidores mas também como doadores.

“Para além da proposta da recomercialização e do re-aproveitamento, aqui em Ijuí o Mercado das Pulgas tem essa característica de ser, também, solidário, uma vez que sendo promovido pelo Comitê pela Vida ele reverte seu lucro para fins específicos”, salienta Mô-

nica Brandt. Neste ano os va-lores arrecadados serão des-tinados para o Lar da Menina Bom Abrigo, para a Sabeve e

para um Fundo de Crédito Ro-tativo destinado à aquisição de material didático para alu-nos bolsistas no CEAP.

O envolvimento de alunos e famílias da escola atendendo a um pedido do Co-mitê pela Vida permitiu que a Páscoa fosse mais doce para várias pessoas em Ijuí. A ini-ciativa do Comitê consistiu em solicitar do-ações de chocolates às famílias para mon-tar ninhos para as instituições que abrigam crianças e adolescentes na cidade.

Nas reflexões de Páscoa realizadas durante a Semana Santa pelo pastora-do escolar aconteceram as entregas das doações pelas crianças. Como o volume de doces doado foi surpreendente, várias instituições puderam ser contempladas. Assim o Comitê pode confeccionar ninhos individuais para as cinquenta internas do Lar da Menina, que foram entregues em uma celebração com integrantes do Comi-tê pela Vida com participação do pastor es-colar Luciano Martins. Também foram con-templadas, com ninhos personalizados, as crianças do MEAME, além das instituições, Lar da Criança Henrique Liebich, Sabeve e Casa da Criança Feliz.

Recomercialização é proposta do evento

A marca do Comitê

Depois de tantos anos o Co-mitê pela Vida, braço social da esco-la, precisava de uma marca. E agora tem. Ela leva as cores do CEAP, com símbolos que remetem ao cuidado, carinho, solidariedade, fraternidade, envolvimento e aconchego, uma vez que é possível imaginar um cachecol, um abraço,um coração, mãos e iden-tificar, ao centro, a flor de Lutero, a mesma que está na logo do CEAP.

Páscoa solidária

Coordenadora do Comitê recebe simbolicamente doações

Doces permitiram contemplar várias entidades

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Turminha do “Tempos de Criança” vai às compras. Na volta prepara uma deliciosa salada de frutas

Entre as várias celebrações de Páscoa no CEAP, as turmas do turno da manhã participaram do lava pés. Crianças do CEAPzinho celebraram a ceia, que teve o pão que elas mesmo haviam confeccionado

Dia de reencontro: egressos de 2011 inauguram foto na galeria de ex-alunos do CEAP

Campo do CEAP recebe alunos do 4º ao 6º ano para o Dia de Convivência

Famílias e professoras participam de dinâmicas em reuniões que discutiram o projeto pedagógico do CEAPzinho: “Aprender a viver juntos, aprender a viver com os outros”

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Nos dias atuais a beleza exterior é supervalorizada, fazendo com que ho-mens e mulheres busquem a cada dia a “perfeição” estética. Os moldes de beleza oferecidos à sociedade é a pessoa magra, com curvas salientes e “sem defeito”. Po-rém nem sempre foi assim. Na Idade Média, os padrões de beleza eram mulheres mais “cheinhas” com algumas “dobrinhas” na região supe-rior dos quadris, pois se acreditava que as mulheres com o abdômen maior teriam mais fertilidade e capacidade na gravi-dez. O tempo foi passando e, na década de 80 do século XIX, o estereótipo para as

mulheres eram peles brancas, bochechas rosadas com vestidos longos e a famosa “bunda empinada”. Hoje, século XXI, homens e mu-lheres fazem cirurgias plásticas para mo-dificarem seus corpos, tais como o im-plante de silicone nos seios e nádegas As mulheres querem se sentir melhores ou mais desejadas pelos homens. Adoles-centes e crianças em desenvolvimento já se veem preocupadas com a aparência e querendo se modificar, também usando recursos além das cirurgias, como tatu-agens, maquiagens, piercings e também do uso de roupas de marcas caras e dife-

renciadas. Em um mundo de aparência, a influência das pessoas vem de revistas de moda e novelas, mostrando o padrão que todas as mulheres “devem” buscar e fa-zendo as pessoas até terem problemas de saúde como Anorexia e Bulimia. Aparên-cia é algo passageiro, hoje pode se estar bonita, porém amanhã quem sabe não. É preciso combater as mídias a mostrarem apenas pessoas “perfeitas” e deixar de iludi-las com vidas que não existem.

Tiago Nikitenko Jagmin2ª série do Ensino Médio

Transformers

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“Queremos dar mais transparência nas ações”. Assim começa a conversa com os no-vos presidente e vice do Grêmio Estudantil Monteiro Lobato, Re-nan Zientarski e Aman-da Copetti. Eleitos jun-

to com a nova diretoria numa disputa que teve

mais uma chapa no come-ço de abril, eles defendem um envolvimento maior dos alunos para “gerar mais felicidade para o grupo de alunos do CEAP”, afirma Renan.

Quando fala em felici-dade, o presidente diz que “às vezes, com a rotina da escola, com muitas tarefas, os alunos precisam renovar o ânimo. Para isso estamos disponibilizando a mesa de pingue-pongue no recreio, cada dia da semana para uma série, vamos trazer Bandas eventualmente no re-creio, vamos reformar a mesa de pebolim, distribuir lanches,

negociar o prolongamento de alguns recreios...”.

Depois da posse, o trabalho começou com uma grande faxina na sala da enti-dade. “Havia uma placa lá em que estava escrito ‘entrada so-mente para pessoas do setor’. Tiramos essa placa e quando estivermos lá a porta vai estar sempre aberta, a não ser que estivermos em alguma reunião. O GEMLI é de todos os alunos”, afirma o novo presidente, que defende, também, a divulgação dos valores arrecadados e gas-tos pelo Grêmio Estudantil para os alunos.

Sobre a questão da re-presentatividade do GEMLI, Zientarski e Amanda afirmam que “deixamos bem claro du-rante a campanha que quere-mos ser uma voz dos alunos perante a escola, em caso de problemas, reivindicações, con-ferir direitos e também deveres dos alunos na escola. Para isso existe o GEMLI”.

Grêmio estudantil de portas abertas

Para acompanharDurante a campanha, a Chapa Ação apresentava as se-

guintes ações como propostas para 2012, que precisam, agora, ser acompanhadas pelos alunos.

*Manhãs e tardes culturais, sociais, esportivas e saudáveis para di-nâmica entre alunos e professores*Arauto trimestral, editado pelos alunos para os alunos*Palestras e atividades sobre assuntos atuais e polêmicos de inte-resse geral*Dias D (Dia D “saúde” com profissionais na área da saúde), além de outras datas a serem combinadas*A Gincana será anual e por turmas, com várias atividades que contarão pontos (Bandas Cover, Tarefaço, Campanha do Agasalho, Concurso de Dança...). No final, a turma vencedora receberá um prêmio surpresa!*Dia no Good Fish ou Campo do CEAP para realização de provas da gincana, além de uma atração musical/banda para diversão de todos à noite.*Distribuição de lanches, além de programações especiais no Dia do Professor, Dia do Aluno, Semana Farroupilha, entre outras datas*Escolha pelos alunos dos professores “+ +”*Carteira Estudantil bancada pelo GEMLI*Aulas de lutas/esportes marciais com professor para despertar o interesse nos alunos*Escolha do Rei e Rainha que representarão a escola em eventos*Festa do Rei e Rainha com participação de outras escolas particulares*Mesas de pingue-pongue e pebolim reformadas e disponibilizadas para os alunos durante o turno da manhã*Cinema (realizado fora dos horários de aula, com distribuição de lanches)

Renan e Amanda: GEMLI de todos

A diretoria do GEMLI 2012

A amizade é mais forte que a vingançaEra uma vez no rei-

no da Babilônia uma prin-cesinha chamada Luana. Ela adorava brincar com os animais e se sujar na lama. Tinha professores particu-lares. Seus pais, o rei e a rainha, não gostavam que

ela saísse do castelo, pois o reino era cercado por uma

floresta onde moravam bruxas e feiticeiros.

Um dia Luana decidiu ver o mundo através dos muros. Subiu em uma árvore e pulou para fora do castelo, cada vez mais encan-tada com o que via. Ela só não sa-bia que estava sendo vigiada por Violeta, uma bruxa diferente, sem verruga ou algo do tipo. Tinha ca-belos ruivos e encaracolados, olhos azuis. Mas em vez de coração, havia uma pedra de gelo. A malvada que-ria envenenar Luana por vingança, pois ela era apaixonada pelo rei, que no lugar da bruxa escolheu a atual rainha.

A bruxa tinha uma filha que se chamava Teresa. Como Teresa

e Luana tinham a mesma idade, a bruxa lhe deu um anel que conti-nha uma substância que mataria a princesa. Teresa começou a se aproximar de Luana para cumprir o pedido da mãe, mas as duas vira-ram amigas. Um dia Luana e Teresa iam se encontrar para brincar, mas o rei descobriu o destino de sua fi-lha e defendeu-a de Teresa.

Nesse momento Violeta apareceu. Mas as duas viraram mui-to amigas, então Teresa, desafiando a mãe, jogou o anel no chão o que-brando em mil pedaços. Violeta, de tanto desgosto, virou muitas penas coloridas.

No fim, Teresa foi morar no castelo com Luana e as duas foram para sempre amigas.

Giovanna Marques Burtet6º ano do Ensino FundamentalCriação livre produzida a partir da retomada dos contos maravilhosos e do texto narrativo trabalhado nos anos iniciais.

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Hoje em dia as pessoas se sentem mais à vontade falando em um bate-papo do que pessoalmente. Isso, muitas vezes, as prejudica, pois esquecem da realidade para viver em um mundo virtual.

Redes sociais, chat’s e outros meios de interação oferecidos pela Internet são usados para a realização de encontros virtuais, as-sim melhorando os seus relacionamentos, já frustrados na “vida real”.

As amizades pela Internet surgem através de convites para redes sociais, bate-papos e sites de relacionamentos.

Você mantém um contato permanente com o amigo pois sempre estará conectado e poderá falar com ele no momento desejado, podendo realizar amizades de vários lugares do mundo e até mesmo se a amizade for forte e verdadeira você pode visitar o amigo e transformar o sentimento em duradouro e fraterno.

Há pontos positivos, mas também existem os negativos, pois você não sabe se a pessoa está levando a sério o relaciona-mento ou se está levando como diversão passageira.

Em várias ocasiões, ficamos em dúvida se o parceiro de bate-papo está sendo verdadeiro ou mentindo sobre a sua vida. Por isso, devemos cuidar com quem estamos falando ou se o site de bate-papo é seguro, pois as amizades no mundo real são mais importantes, sinceras e seguras.

Então, fica a dica: separem o virtual do real, mesmo que as amizades continuem em seus pensamentos e façam parte de sua vida.

Bruna Dorneles7ª série do Ensino Fundamental

Mundo Virtual x Mundo Real

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Uma das principais conquistas da Associa-ção de Pais, Professores e Funcionários do CEAP, a APPA, na gestão dos últimos dois anos, con-cluída em abril, não foi apresentada no relatório de ações ou no financeiro e patrimonial. O maior avanço foi no campo do envolvimento de pais e mães com a causa da APPA e da escola. Historica-mente instituições como esta encontram na falta de tempo e da disposição para o compromisso a

maior dificuldade para implementar novas ideias e ações. Aos poucos, e com um “pouco mais do que

poucos”, é verdade, essa lógica começa a mudar na co-munidade escolar do CEAP.

A opção por eleger uma diretoria mais enxuta para o novo mandato - a presidente Tânia Arbo Persich foi re-eleita - sem departamentos específicos foi proposital. “Temos um bom grupo de pais, que queremos ver am-pliado, que sempre está junto, disposto a ajudar. Eles não fazem parte da diretoria, mas formam uma equipe que em vários momentos está trabalhando conosco”, enfatiza a presidente. A parceria à qual ela se refere começou com alguns pais representantes de turmas que passaram a se envolver mais com a APPA a partir de algumas reuniões, que se transformaram em encontros sociais, com jantares descontraídos em que, entre uma conversa e outra, as ideias para a escola dos filhos foram discutidas.

Dar continuidade ao que vinha acontecendo até aqui - em termos de investimentos e principalmente em envolvimento das famílias - é algo que está claro para a nova diretoria da APPA. Mas alguns avanços vão ser buscados. “Não queremos pensar apenas em melhorias físicas da escola. Queremos, por exemplo, investir na formação do grupo de professores, que estão todos os dias com nossos filhos. Outra ideia é criar um movimen-to, como existe em outras escolas da Rede Sinodal, para

Famílias mais perto da escola

A proposta de integração segue passando pelos eventos como a feijoada em homenagem ao Dia dos Pais e o almoço de integração das famílias do CEAPzinho

Nova diretoria: Tânia Persich (presidente), Guilherme Fengler, (vice), Neusa Ott (tesoureira), Maristela Casagrande (1ª secretária) e Sirlei Fengler (2ª secretária)

Aproximação: pais e mães discutem a escola em reuniões jantaresevitar o consumo de álco-ol por nossos jovens em festas que envolvam a co-munidade escolar, como, por exemplo, formaturas. As entidades públicas es-tão preocupadas com isso e queremos trabalhar na conscientização das famí-lias nesse sentido”, adianta a presidente. As parcerias com o Grêmio Estudantil e com o Centro de Professo-res e Funcionários também estão na mira da APPA.

A corrupção no Brasil está em quase todo o gover-no federal. E ela vem crescen-do. Na Câmara é difícil achar algum político de ficha limpa. Mas por quê? Se todo o país tem o governo que merece o Brasil deveria ter um governo de trabalhadores esforçados.

O problema é que esse povo trabalhador é influenciado dras-

ticamente com crenças eleitorais ilu-sórias. Quase 1/5 da população sabe da existência do voto nulo. Mas porque o resto não sabe?

O Brasil é um dos países mais cor-ruptos do mundo. Estimativas apontam que são desviados pela corrupção cerca de 82 bilhões de reais por ano. Nos últi-mos 10 anos foram desviados dos cofres brasileiros 720 bilhões de reais. Com 1/3 do dinheiro da corrupção poderíamos erradicar a fome no Brasil e ainda sobra-ria dinheiro. Mas se a cada quatro anos acontecem eleições, por que ainda existe corrupção? É um sistema muito grande, que envolve muitas pessoas. Muitos car-gos de confiança estão designados a po-líticos corruptos que só buscam favorecer a si mesmos.

Mas para a “salvação” do dinheiro público existe o voto nulo. Grande parte da população não tem ideia da existência dele. É sempre submetida a uma escolha para a votação “qual é o menos corrupto?“. A população brasileira geralmente não sabe, pois é controlada pela mídia que é controlada indiretamente ou diretamente pelo governo federal. O voto nulo é feito da seguinte maneira: basta pressionar o 000 + TECLA VERDE, e o voto nulo está computado. A mídia geralmente não mos-tra as propagandas de votos nulos, pois sabe que é arriscado, está sempre implícito “ou vote naquele, ou neste”.

Segundo a legislação brasileira, se houver 51% de votos nulos em uma elei-ção é obrigatório haver nova eleição com candidatos diferentes daqueles que parti-ciparam da primeira. Mas se existe tanta corrupção, por que a população toda não vota nulo? Pois ninguém procura algo sobre, ninguém pesquisa, ninguém está interessado em saber sobre isso. “Política é chato”, diz a maioria. Então vamos viver nossas vidas inteiras sendo roubados por pessoas que nós mesmos colocamos no poder. As pessoas são tão influenciadas que votam no primeiro candidato que oferece ajuste salarial ou “melhores” con-

dições de vida.Hoje em dia funciona assim: “o

mundo é de espertos não de inteligen-tes”. Ganha quem trapaceia, quem rouba. O humilde não tem lugar na sociedade. Tudo está relacionado a isso. Por exem-plo, nosso antigo presidente Lula estudou apenas até a 8ª série e foi presidente de uma nação grandiosa. Collor roubou mi-lhões do Brasil e nunca foi preso, nunca devolveu o dinheiro, apenas passou de rico para milionário.

Então, para não deixar os corrup-tos se elegerem a população tem que começar a ter atitude, se impor diante da corrupção, tem que criar voz, ir para as ruas, protestar, lutar por um país me-lhor sem desigualdade social. Temos que lutar por uma vida melhor, estabelecer nossos direitos de cidadãos, acabar com as injustiças e, para isso, temos que votar conscientes, nos informar sobre os políti-cos que estão se candidatando, pesquisar, pois o voto faz a diferença. Temos que dar um basta e votar nulo até que não haja mais corrupção. Cada país tem o governo que merece, chega de corrupção.

Yuri Groth dos Santos1ª série do Ensino Médio

Voto Nulo

appa

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Ela não é só a responsável pela Biblioteca Infantil e a professora da Hora da Con-to. Rosane Schmidt Hoff-mann dá vida a vários per-sonagens que fazem parte

da própria história de muitas crianças do CEAP. E talvez de

você que esteja lendo essa en-trevista. Será que ao menos não

ouviu falar no “Amigo Livro”, ou no “Senhor Alfabeto”, ou tenha visto fotos de um abraço de braços com-pridos, que não paravam de crescer, ou de um outro abraço, em formato de coração, que queria ganhar abra-ço de todo mundo no primeiro dia de aula? Tudo isso passa, ou “sai”, da cabeça dessa professora, que tem mais de 30 anos (22 no CEAP) de criatividade dedicados às crianças.

Você é muito criativa. De onde surge tan-ta ideia?“Venho de uma geração que a gente dava conta da Educação Física, da Música, enfim, de atividades que hoje são especiais. A gen-te precisava ser eclética, precisava dar conta de tudo. Isso contribuiu para encontrar saí-das para dar retorno para essa lado imaginá-rio, lúdico, fantasioso, da criança. Ela espera isso. É preciso dar alternativas para contar uma história atraente, que chame atenção das crianças, que faça elas pararem para ou-vir, se concentrarem. Isso vai te desafiando para encontrar maneiras mais agradáveis de contar uma história, por exemplo. A própria criança nos impulsiona para isso, porque ela tem toda uma expectativa, ela é lúdica por natureza. No momento que tu propões con-tar uma história, ela já cria uma expectativa. E gostar é importante, te faz inovar, buscar coisas novas...”

Como é a busca pelos personagens? Como eles surgem? “Às vezes a partir do projeto que o professor trabalha em sala de aula. O próprio projeto inspira o personagem. Ou, dependendo da história, ela mesma te inspira. Beleléu, por exemplo, trabalhava com a questão da or-ganização das crianças. O personagem es-tava ali, bastou recriá-lo. No ‘Amigo Livro’ o personagem foi criado a partir do projeto. Ele se transformou em uma ‘pessoa’ e tam-bém pode existir em fantoches. O “Abraço’, que recebe as crianças da escola, surgiu da ideia de receber as crianças. Alguém disse “vamos criar um personagem”. Sobrou ‘pra Rosane’. Criei o “Quero um abraço” e encar-nei o personagem”.

O que acontece com as histórias que são “vividas” por personagens?“O retorno na biblioteca é imenso. São os livros mais retirado. Essas histórias passam a ter um sentido real para eles. Mesmo eles já tendo lido, conhecendo a história, retiram mais de uma vez. É muito legal”.

Como é o desafio de gerar interesse nas crianças?“A criança é tão lúdica, tão especial, que qualquer coisa que você traga de diferente para contar uma história para ela se torna atrativo. Um pó, um carimbo que coloca na mão, se torna um símbolo precioso para ela.

Foi assim com o Senhor Alfabeto. Eu precisa-va levar algo para os alunos do 1º ano. Com-prei sopa de letrinhas, passei spray dourado, fiz pequenos saquinhos e com eles produzi chaveirinhos com “letras que iam ajudar a aprender a ler mais rápido”. Muitas crianças chegam a dormir com o chaveirinho. Peque-nas coisas tem um sentido grande” Como é a interação com as crianças, o re-torno delas?“Isso é muito especial. Elas sabem que sou eu quem vive os personagens. Mas viajam junto nessa imaginação, acreditam que o personagem está ali, mesmo sabendo que sou eu. E vem me contar o que aconteceu, o que eu disse, o que foi feito, como se eu não soubesse de nada. Eu entro no jogo de-les também. É muito gratificante e emocio-nante. O meu termômetro são eles. Quando pararem de fazer isso não terá mais sentido fazer o que eu faço. Eles curtindo, esperan-do, é o que eu preciso para manter o per-sonagem”.

Que incentivo você dá aos pais?“Contem histórias. Não precisa se fanta-siar. Basta gostar de história. É só contar com prazer, com vontade, com alegria, vi-ver a história. Eu contava para meus filhos quando ainda estavam na minha barriga. Depois, quando estavam crescidinhos, não fazia nada do que faço aqui na escola, mas eles se interessavam por histórias, pelos li-vros. E deem chance de os filhos contarem histórias para os pais, também. É uma troca interessante.Um momento de carinho e de aconchego”.

A contadora de histórias

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Uma tarde de homenagens para elas

Chá em família

O Centro Evangélico ficou cheio de carinho na tarde do dia 5 de maio. Foi quando as mães do CEAP foram homenageadas no Chá das Mães, evento realiza-do pela APPA em parceria com a escola. Além de compartilharem o delicioso chá com as famílias, as mamães curtiram as apresenta-ções musicais especiais das crian-

ças e do Conjunto Instrumental do CEAP. O Coral Infantil participou e

também um grande grupo de crianças do CEAPzinho e dos Anos Iniciais, que formaram um grande coral. Rodeadas pelo carinho dos filhos, netos, esposos... as mães aproveitaram a tarde, que teve, ainda, o sorteio de prêmios.

Famílias lotaram Centro Evangélico para homenagens às mães

Conjunto Instrumental fez várias apresentações

Crianças formaram grande coral no chá

Coral Infantil cantou para mamães

Rosane e o boneco Amigo Livro

Visitando o 1º ano como o Senhor Alfabeto

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O desafio de educar para a humanização

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“Se hoje sou professor, esse vínculo veio a partir da prá-tica esportiva no CEAP, que era muito incentivada”. O depoimen-to é do ex-aluno que entrou na Pré-escola no CEAP e estudou até o 3º ano do Segundo Grau, curso de Análise Química, em 1977, e que hoje é professor de Educação Física na Unijuí. “A escola abriu essa possibilidade de crescer pro-fissionalmente pela participação nas equipes que representavam o CEAP, principalmente voleibol

e basquete”, acrescenta. Não por acaso que ele lembra, com carinho,

de professores como Arno e Dircema Krug, Elenor Kunz, Dante e Egon Matz.

“Eles foram referência de dedicação, de competência. Referência no sentido de conhecimento e disciplina”, afirma Car-lan.

Dos tempos de Pré-escola o ex-aluno lembra dos vários piqueniques, na Linha 3. “Era uma viagem. A gente ia de ônibus. Lembro do grupo de dança com a professora Brendler. Não havia teatro na época, mas as danças gaúchas incentiva-

vam muito a gente”. Entre os colegas, ele cita Antônio da Luz, que trabalha no CEAP atualmente, Guto Mallmann, Sônia Burtet, Marinês e Ângela Sandri, irmãs da profes-sora Vera.

Paulo Carlan lembra de um epi-sódio em 1968, quando foi instituído o AI-5, em plena ditadura militar. “Reuni-mos um grupo da turma do CEAP e fo-mos protestar em frente à prefeitura. Foi um ato dos alunos, sem articulação dos professores. Não sabíamos muito bem o que era o AI-5”, lembra, rindo, trazendo à memória, também, a disciplina rígida que havia na escola. “Não era permitido usar cabelo comprido”.

Para a vida, do CEAP, levou a or-ganização, o comprometimento, a discipli-na. “Isso tudo, mais o respeito pelas pesso-as, marcou minha vida e minha profissão até hoje”. Ele lembra das aulas de Física onde hoje é o miniauditorio com o profes-sor Richard Steinke, com as meninas de um lado e os rapazes de outro. E tem saudades das práticas esportivas, dos jogos intersé-ries, do Grêmio Estudantil, dos torneios de xadrez. “Havia concursos de poesia esti-mulados pelo GEMLI”, lembra.

Paulo Carlan também foi pro-fessor no CEAP, de 1985 a 1987. Cursou Educação Física na Universidade Federal do Rio Grande do Norte e trabalhou com Basquete e Educação Física no CEAP. “A experiência foi interessante. Foi um reco-nhecimento, primeiro, enquanto aluno, e também profissional”. Desse período ele ressalta as amizades feitas com os alu-nos. E continua jogando basquete com os agoara ex-alunos daquele período.

Paulo Carlan é doutor em Edu-cação Física pela UFSC e foi orientado por um ex-professor dos tempos de 4ª série no CEAP. Atua na Unijuí e trabalha com projetos indígenas na Reserva do Guarita.

“O CEAP me ensinou a buscar meus objetivos, através dos estudos, e também a ter consideração por outras pessoas, educação e disposição para aprender. Me deu boas amizades e me permitiu conhecer pessoas maravilhosas”. A ex-aluna concluiu o Segundo Grau no CEAP em 1998. Desde a 2ª série estudava na escola, que segundo ela, exerceu várias influências na vida. “Influenciou minha percepção de que eu gostava de escrever e sentia necessidade disso. A escolha da profissão, muito precoce - entrei na uni-versidade com 17 anos - foi mais influen-ciada por conhecidos e informações que recolhi. Mas é claro que assimilamos coi-sas durante a infância e adolescência que ficam em nossa memória consciente ou subconsciente e muitas delas no colégio. Tudo o que vivi no CEAP se tornou uma parte do que eu sou agora”.

As memórias dos tempos de esco-la vem fragmentadas: as provas de mate-mática, professores contagiantes, os re-creios, as semanas da escola... “Professora Eliete Boger, sempre animada, Lula, de Matemática, que conseguia fazer da pa-vorosa - para mim - Matemática algo um pouco atraente, o professor Renato, de

quem digo a mesma coisa, e a professora Rosana, lá da quarta série, que era queri-da e atenciosa. Também a Claudinha da Educação Física, o Paris da Física, o Irineu e as ‘foinha’, as aulas de Técnias Domésti-cas e outros professores que foram muito marcantes. É gratificante olhar para trás e perceber que tantos professores trabalha-vam com amor”.

Com alguns colegas, mantém amizade até hoje, com outros o contato é distante. “Tive e tenho grandes ami-gos na escola: Ruth, Queila, Éder, Caro-lina, Joice, Letícia Bührer, Karine Grimm, Ana Brendler, Oscar...”. No recreio Leila conta que fi-cava na escada normalmente com amigos de outra turma. Ela confessa que depois de ter sido muito levada nas primeiras sé-ries, passou a ser muito tímida. Uma vez ganhou um concurso de desenho na escola. Não con-tou pra ninguém porque não queria ser “exibida”. Chegou a fazer parte de um time de futsal feminino da escola, que ainda era um pouco raro na época e não durou muito tempo.

Depois da escola Leila fez gradu-ação em Desenho Industrial - Programa-ção Visual na UFSM, fez especialização em Expressão Gráfica na PUC/RS e mestrado em Comunicação Social na mesma insti-tuição. Atualmente dá aulas e é escritora, tendo publicado o romance Reencontro (www.leilakruger.com.br). Escreve roman-ces, poemas e contos e pretende seguir a carreira literária “e nunca perder a von-tade de aprender e a alegria de criança ou adolescente, que um dia tivemos no colégio”.

O encontro de acolhida realizado no início do ano letivo de 2012, com professoras da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do CEAP, foi o motivador para a realização dessa elaboração. A proposta de trabalho foi

pautada inicialmente no vídeo As três palavras divinas, conto de Leon

Tolstoi, produção Cenas Abertas, da Rede Globo.

A obra propõe a reflexão a partir de três questões: O que move os homens? O que não sabem os homens? O que tem os homens? Assim as professoras foram desafiadas a estabelecer a relação entre as respostas das questões e seu cotidiano docente, sempre envolto em situações da vida e das vivências infantis, com toda a sua alegria, suas inseguranças, seus medos, seus desejos e vontades, enfim.

Refletir sobre as diferentes dimensões do processo de educar certamente é um desafio, e na sociedade contemporânea se impõe ainda maior. Procedimentos metodológicos, diálogo com as famílias, práticas inovadoras, avaliação, entre outros temas nessa linha, estão sempre em destaque nos encontros pedagógicos, nas escolas.

Partindo de Projetos Pedagógicos da Escola, pode-se implementar propostas de reflexão a respeito de princípios e valores que embasam as práticas cotidianas. Neste sentido, relação dialógica entre pedagogia e luteranismo, sugere que as elaborações educativas se construam fundamentadas na observação e vivência do amor, da compaixão e da alteridade, compreendendo que o objetivo maior é educar para a coletividade.

O currículo escolar é, sem dúvida, um dos elementos do cotidiano da escola de maior contribuição na formação de pessoas, nas dimensões culturais, socioafetivas e cognitivas. Se

também constituídas pelo currículo, e por este, às vezes, reinventadas, é imperativo refletir e avaliar constantemente a respeito da contribuição efetiva deste na formação de identidades, no desenvolvimento humano e na produção cultural da sociedade.

Na Escola, o currículo se materializa por meio das práticas pedagógicas, sendo estas o elemento de mediação que propicia a humanização. Por isso, vivências cotidianas pautadas no amor, na compaixão e no compromisso com o futuro contribuem para que a educação, como formação humana, seja alcançada. Não obstante, diferentes dispositivos pedagógicos inovadores não são suficientes para que isso se realize. São necessárias sim, as pessoas.

As pessoas são a centralidade do currículo, por isso a importância de aliar os fazeres educativos com vistas à formação humana, compreendendo todos como aprendentes, isto é, na medida em que os profissionais buscam a humanização como essência do processo educativo, também se formam (se tornam) mais humanos para a vivência

de suas vidas. Educamo-nos à medida que

interagimos, pois na interação que reconhecemos. Ao caminhar no sentido do reconhecimento do Eu, na perspectiva do outro, educamo-nos para a cooperação, para a elaboração e construção coletiva, para o bem comum. No espaço escolar o exercício do reconhecer-se é constante, pois as diferentes formas de interação, que são mediadas pela proposição de atividades intencionalmente planejadas, articulam a vivência do diálogo, do respeito à diversidade de sujeitos e suas opiniões.

Na escola, portanto, ao se refletir com as crianças e com professores, sobre diferentes situações de vida ou não vida, é possível simular vivências de alteridade e busca de compreensão de contextos que geram o educar de sentimentos, a visibilidade de posições e a elaboração de argumentos, a busca de alternativas como caminhos e possibilidades para a solução de conflitos.

Deizy Ritterbusch SoaresMariluza da Silva Lucchese

Coordenadoras Pedagógicas do CEAP

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Que agradável reencontro depois de alguns meses. E até soa estranho di-zer que é a primeira edição da nos-sa revista no ano “depois das férias”, algo que parece tão distante. Afinal, desde fevereiro - na verdade, desde janeiro, com o CEAPzinho em Férias - a escola está em plena atividade, o que garante uma pauta cheia em nossa décima segunda edição.A virtualidade - tema tratado sob uma

ótica interessante aqui ao lado - tam-bém está nas páginas destinadas aos

textos de alunos, em que outros assuntos, como política e padrões de beleza, também

estão em debate. E tem um conto muito interes-sante que vale à pena ser lido. Do conto às his-tórias contadas. E são muitas na vida da entre-vistada desta edição. Rosane Hoffmann é uma contadora de histórias que dá vida a muitos personagens que interpreta e, muitas vezes, cria. Uma das grandes novidades na grade de opções extracurriculares do CEAP em 2012 é o tema da capa desta edição: as aulas de Robótica. A Peda-gogia da Robótica é o assunto em destaque, ain-da que os quase setenta alunos estejam numa fase inicial, mas não menos interessante, do processo. Interessantes são os inúmeros projetos que acontecem em todos os níveis, séries e anos, com espaços nas editorias CEAPzinho e Mural.A galera aprende muito, também, viajando. Uma turma foi ao sul do Estado para uma ampla pesquisa de campo. Duas alunas foram estudar Alemão nas férias no rigoroso inverno europeu. Está tudo aqui. E você ainda confere nosso Álbum, por onde andam alguns ex-alunos e ex-professores, como eram os boletins de ou-tras épocas na Memória, além das ações do Co-mitê pela Vida, GEMLI e APPA e do Especial das Mães. Boa leitura!

CEAP EM REVISTANº 12 - Maio de 2012Publicação do Colégio Evangélico Augusto PestanaEdição:Assessoria de Comunicação do CEAPProjeto Gráfico: Z ComunicDiagramação:Cia de ArteJornalista Responsável: André da RosaFale com a Redação: [email protected]

Aproveitando o lema bíblico do mês de maio, conforme as “Senhas Diá-rias”, escrevo sobre o inegá-vel impacto e transformação que os avanços na área tec-nológica, especialmente na

área da comunicação virtual, têm nos proporcionado. Não

somente em atividades comer-ciais, empresas, escolas, mas também em nossas atividades religiosas a tec-nologia tem nos desafiado para uma transformação (ou seria adequação?) a um novo jeito de sermos di-vulgadores da Boa Nova.

As no-tícias e acon-tecimentos do dia a dia são d i v u l g a d o s quase instan-taneamente nos diversos meios de comunicação através de re-des sociais, blogs, fóruns, etc. O pró-prio modelo de relacionamento entre as pessoas mais jovens está mudando. Para muitos é mais comum momentos de conversas virtuais através de redes sociais do que um relacionamento pessoal.

Toda essa mudança é alavanca-da pela rápida inovação tecnológica que passamos. Os meios de acessos e consumo de informação estão cada vez menores e portáteis, além de fi-nanceiramente mais acessíveis. De fato, o acesso ao ambiente virtual tem se tornado tão intuitivo e portátil que muitas vezes o mundo real e virtual se confundem. Todo esse contexto pode

representar uma grande oportunida-de para os segmentos educacionais e religiosos. Existem diversas possibili-dades na expansão virtual.

Conforme o lema do mês, de fato nada é recusável, tudo que Deus criou ou deu capacidade ao homem para ser criado, deve ser aproveitado em benefício do ser humano e usado com sabedoria para o bem de toda a humanidade. Porém, nós não pode-mos ficar reféns da tecnologia e abrir mão de princípios cristãos, como o convívio real entre irmãos e irmãs em

Cristo. Este convívio tem que acontecer no dia a dia, tem que ser presencial e nos diferentes locais de en-contro, sejam eles casas, es-colas, templos, isso para que

seja proporcionado em comunidade o crescimento do indivíduo e o fortale-cimento mútuo da fé.

Vejo um futuro cheio de pos-sibilidades e desafios pela frente e devemos nos preparar para aprovei-tá-los a favor do Reino de Deus. Não podemos ignorar as mudanças sau-dáveis que temos sofrido devido ao crescente avanço tecnológico, mas devemos entendê-lo e aproveitá-lo sem nos tornarmos reféns, especial-mente no que tange ao isolamento e individualismo que o virtual possa nos induzir.

Luciano Miranda MartinsPastor Escolar do CEAP

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Os Cristãos do Futuro“Tudo o que Deus criou é bom e recebido com ações de

graças, nada é recusável”. Timóteo 4:4

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Os velhos BoletinsRegistrava faltas, notas em cada matéria, observações sobre a conduta do aluno, a situação ao final do ano, se aprovado ou reprovado. Era conhecido como boletim, caderneta

escolar, ou simplesmente registro do aluno, ou mesmo

certificado. O Museu Escolar do CEAP reúne vários tipos de boletins de diferentes épocas.

Este certificado é quase uma re-líquia. De Brunhilde Sellins, da-tado de 1926, do Collegio Sy-nodal Santa Cruz (hoje Mauá).

Esta é a capa do “Registro do Alumno” Ulrich Löw - funda-dor do jornal Correio Serrano de Ijuí e de quem o Museu Escolar do CEAP tem bom material - quando estudou no Collegio Baptista Ameri-cano-Brasileiro em 1924.

Carlos Alfredo Por-cher cursou a 2ª sé-rie do Científico do CEAP em 1957. Aqui está o boletim, onde consta, na anotação interna, como resulta-

do final, que foi “pro-movido”.

Esta Caderneta Escolar foi da aluna Eda Gehrke de 1956 a 1959, da 1ª à

4ª série. Mais tarde ela foi professora no CEAP.

Caderneta Escolar que pertenceu ao aluno Ludwig Reichardt Filho, usada de 1950 a 1953.

Em 1979 o boletim tinha formato ligeiramen-te diferente. Este era da aluna Irma Cristina Schwartz, que cursava a 5ª série.

Mães para sempreO mês de maio nos remete a homenagens e atividades que marcaram o Dia das Mães no CEAP em outros tempos.

Em 1983 mães de alunos participaram de uma integração na “Cova”.

Em 1984 um grupo de crianças canta em homenagem às mães em um chá promovido pelo Clube de Mães da escola.

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ROBÓTICA EDUCACIONALOs benefícios que essa nova pedagogia pode trazer às crianças

Edição nº 12


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