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Sumriorgo Oficial do Conselho Regional de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional da 2 Regio Rua Morais e Silva, 129 - Maracan Rio de Janeiro - RJ - CEP 20271-031 Tel. / Fax: (21)2169-2169 www.crefito2.org.br e-mail: [email protected] e-mail da revista: [email protected] SUBSEDE ESPRITO SANTO Rua Misael Pedreira da Silva, 48 sala 307 Edifcio Empire Center - Praia do Su Vitria - ES - CEP 29052-270 Tel.: (27) 3227-6616 DIRETORIA Presidente: Dra. Rita de Cassia Garcia Vereza; Vice-presidente: Dra. Sandra Regina Guedes Pacheco; Diretora Secretria: Dra. Denise Flvio de Carvalho Botelho Lima; Diretor Tesoureiro: Dr. Wilen Heil e Silva. MEMBROS EFETIVOS Dra. Rita de Cassia Garcia Vereza, Dra. Sandra Regina Guedes Pacheco, Dra. Denise Flvio de Carvalho Botelho Lima, Dr. Wilen Heil e Silva, Dr. Antnio Pimentel Reis, Dra. Elizabeth Carvalho Benj, Dr. Carlos Roberto Pinto Ferreira, Dr. Marcus Vincius Machado de Almeida, Dr. Joo Carlos Magalhes. MEMBROS SUPLENTES Dra. Adriana Archila da Costa Montillo, Dr. Bertolino Bernardes Santos, Dra. Cludia Regina da Silva Braz, Dr. Fabio Batalha Monteiro de Barros, Dra. Helena Beatriz Carvalho Ramos Rocha, Dra. Ins Maria da Silva, Dr. Ivan do Monti Ribeiro Nascimento, Dra. Marcia Cristina Garcia da Silva. CONSELHO EDITORIAL Dra. Denise Flvio de Carvalho Botelho Lima, Dra. Elizabeth Carvalho Benj, Dr. Fbio Batalha, Dra. Rita de Cassia Garcia Vereza, Dra. Marcia Cristina Garcia da Silva. EDIO E PRODUO Inventum Design e Contedo Editorial Tel./Fax: (21) 3866-8586 e-mail: [email protected] Editora e Jornalista Responsvel: Marisa Pimpa (Mtb 24.051/RJ) - [email protected] Design Grfico: vlen Bispo Marisa Pimpa Fotolitos e Impresso: Ediouro Tiragem: 30 mil exemplares As opinies emitidas nas reportagens, matrias, artigos e crnicas publicadas nesta revista so de inteira responsabilidade de seus autores. Os textos aqui publicados podero ser reproduzidos integralmente ou em parte desde que citada a fonte.

6 Entrevista Trabalhar com esporte fascinanteArtigos

10 A Fisioterapia e a construo de novos saberes e prticas a partir do Programa de Sade da Famlia (PSF) 11 Promoo de Sade no Ambiente Hospitalar 12 Contribuio da psicossomtica e da transdisciplinaridade na construo de um olhar teraputico mais cuidadoso 14 Capa Como est nosso mercado? Como podemos melhorar nossa remunerao? 26 Crnica Fisiofilosofias

Sees

3 Editorial 4 Notcias 5 Notas 8 Movimentos Sociais 9 Crefito-2 & voc 17 Comisses 20 Ncleos 23 Assessoria Jurdica 24 Entidades

CREFITO 2 - N 19 - Maio/Junho 2006

Voc em primeiro lugar!O CREFITO-2, investindo na melhoria de seu atendimento aos profissionais, informa que o seu sistema de telefonia foi substitudo, para sua maior comodidade.

Novo telefone: (21)2169-2169

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Leses Sociais ConexasPresidente Rita Vereza

A sociedade brasileira, legitimada por inmeras e variadas demandas de sade, est exigindo dos profissionais desta rea, intervenes diagnsticas e teraputicas capazes de efetivamente promover resolutividades teraputicas importantes para o seu bem estar bio-psico-social. No mbito de tais exigncias sociais, o Sistema nico de Sade (SUS) e seus profissionais tambm vivenciam momentos aflitivos, quando, desconsiderando a importncia de tais necessidades sociais somente superadas com um SUS funcionante e conduzido assistencialmente pela qualidade tcnico/ cientfica de seus profissionais viu-se diante de atos administrativos e legislativos com graves riscos de promover leso social. O primeiro momento diz respeito ao parecer CNE/ CES n 329/2004 que, intempestivamente e sem medir conseqncias dos danos que ir promover, pro-

pe a reduo da carga horria dos cursos superiores de graduao nas vrias reas de conhecimento em sade, inviabilizando o xito social das polticas pblicas de sade pela desqualificao acadmica dos seus atores. O segundo, se encontra na esfera legislativa face ao trmite do PLS 25/2002, conhecido como PL do Ato Mdico, discutido em audincia pblica ocorrida no senado federal em 28/07/2006, e que, se aprovado nos termos propostos, ofende a autonomia dos profissionais de sade, retirando suas competncias diagnsticas e teraputicas. uma afronta histrica evoluo cientfico/social das profisses de sade, que, neste contexto, tero dificuldades em perseverar, sob o risco de agregar s mesmas, novos agravos qualidade assistencial do SUS e um desfavorecimento ao xito social das polticas de estado para o setor sade.CREFITO 2 - N 19 - Maio/Junho 2006

Colegiado

Editorial3

Notcias

UNIVERSIDADE PBLICA: O SONHO VIRA REALIDADE!Foi realizado em junho de 2006 o primeiro concurso pblico para os cargos de professor de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional do CEFETEQ (Centro Federal Tecnolgico de Qumica). O incio dos cursos est previsto para o 2 semestre de 2007. O CEFETEQ est investindo na abertura de cursos na rea de sade e, para tal, ampliando seus campi. Um novo campus ser construdo em Realengo, atendendo uma demanda da populao da rea, para a criao dos cursos de GRADUAO em TERAPIA OCUPACIONAL, em FISIOTERAPIA e em Engenharia de Produo e o de Tcnico em Enfermagem. Ser o primeiro Curso de Terapia Ocupacional em Instituio Pblica no Rio de Janeiro e o segundo de Fisioterapia (o primeiro o da UFRJ).

UNIVERSIDADE PBLICA EM NITERIFoi instalado um grupo de trabalho na Universidade Federal Fluminense a fim de viabilizar, nesta Instituio, a abertura do curso de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional. O grupo de trabalho conta com a participao da Assessoria de Assuntos Educacionais e das Comisses de Educao de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional do CREFITO-2.

UNIVERSIDADE PBLICA NO ESPRITO SANTOAtravs de contato com a Universidade do Esprito Santo, o CREFITO-2 espera em breve trazer boas notcias aos Fisioterapeutas e aos Terapeutas Ocupacionais desse Estado.

COMISSO DE ACADMICOS DA TERAPIA OCUPACIONALA Comisso de acadmicos de Terapia Ocupacional ligada Comisso de Educao, vem realizando um grupo de estudos sobre Sade Pblica no CREFITO-2. Este grupo aberto a todos os estudantes de Terapia Ocupacional e de Fisioterapia do Rio de Janeiro e tem a inteno de discutir questes ligadas sade, ampliando o universo dos acadmicos e aproximando-os das polticas pblicas de sade. Os acadmicos de Terapia Ocupacional participaram ativamente do FRUM realizado no Rio de Janeiro e no Esprito Santo e se fizeram representar no FRUM da ReNETO em So Paulo.

COMISSO DE EDUCAO DA TERAPIA OCUPACIONALA comisso de Educao da Terapia Ocupacional, atravs do projeto Um dia na Escola, tem a inteno de apresentar a Terapia Ocupacional nas escolas de ensino mdio. Para tal vem solicitar aos profissionais Terapeutas Ocupacionais parceria para divulgao da profisso. Os interessados devero procurar a Comisso de Educao de Terapia Ocupacional do CREFITO-2 ([email protected]), a fim de apoiar esta iniciativa.

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VISITANDO AS PREFEITURASO CREFITO-2, preocupado com o crescimento da demanda aos profissionais de sade e a necessidade do acesso da populao aos profissionais de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional em todos os municpios, vem investindo em visitas s Secretarias de Sade, de Desenvolvimento Social, Esporte e Lazer e de Educao, a fim de demonstrar ao gestor pblico a importncia e resolutividade destes profissionais. Recentemente foram feitos contatos com os Secretrios de Sade de Niteri e com a Sub-Secretaria de Sade de Vitria. Ambos demonstraram a necessidade de ampliar a insero do Fisioterapeuta e do Terapeuta Ocupacional em seus municpios e apresentaram interesse da incluso destes em projetos especficos.

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O que o Mtodo MVS? um mtodo idealizado em 1999 pelo fisioterapeuta Michal Vieira dos Santos, visando atender o mais rpido possvel o fisioterapeuta em formao, pois compe-se das tcnicas mais recentes de tratamento das patologias osteo-musculares reunidas em um s mtodo, evitando assim longas especializaes e facilitando o progresso do atendimento da fisioterapia no mundo. do possvel para poder atender seus pacientes de forma mais eficiente e segura de resultado.

Notas

Existe um curso para este mtodo?Sim, h um curso livre de 480 h, em que 60% so prticas. Foi sistematizado, sintetizado e relacionado pelo Dr Michal. Um projeto de formao contnua para profissionais sem a inteno de colocar mais um mtodo em pauta, mas sim de estudar todas aquelas linhas de trabalho mostrando o quanto apresentam em comum, propondo uma sntese que no empobrea nenhuma delas, mas fazendoas se encaixarem como peas de um quebra-cabeas onde o excesso de uma preencha o vazio de outra, produzindo no final um quadro no completo, mas certamente mais rico. H duas grandes frentes: a Fisioterapia Esttica e o Movimento Integral. O curso algo vivo, aberto, cresce e se enriquece dos novos conhecimentos a cada ano e ocorre no pas inteiro os prprios profissionais formam seus grupos de estudo em suas cidades. Este semestre acontecer no Rio de Janeiro e So Paulo (veja na coluna Agenda).

Quais so estas tcnicas que compem o MVS?RPG, RPF GDS, RDM, Crnio-caudal, Maitland, , Acupuntura Postural a laser, Escoliose e Imagens.

Como so aplicadas essas tcnicas?Estas tcnicas, enquanto metodologia, seguem suas individualidades, ou seja, o MVS respeita cada mtodo em si. Na prtica clnica, em uma s manobra, ele pode se compor de todas elas, se for necessrio, ou individualiz-las.

Qual a vantagem para o paciente?At ento no existia uma tcnica, por mais eficiente que fosse, para abranger as diversas patologias. Com o MVS, o paciente recebe o mtodo mais indicado ao seu caso sem a necessidade de procurar por vrios profissionais.

Por que o profissional aplicaria este mtodo?Atualmente o profissional est sendo cada vez mais solicitado, ento precisa estar o mais qualifica-

MICHAL VIEIRA DOS SANTOS Fisioterapeuta, Crefito 15516F formado em 1990 pela UNIABC, Ps-Graduado em Homeopatia, Acupunturista, Psicanalista Keppeano, Gro-Mestre em Kung-Fu e Tai-chi-chuan 11 9156 3205 - [email protected]

Terapia Ocupacional e Fisioterapia entre as profisses do futuroPesquisa recente aponta que essas duas profisses tm lugar de destaque como profisses do futuro. Esto entre as 10 profisses mais procuradas mundialmente e que tero maior reconhecimento e valorizao profissional at o ano de 2014. Mais informaes no site http://money.cnn.com/magazines/ business2/nextjobboom/

Nova diretoria CONASSNo dia 26 de abril, tomou posse em Braslia a nova diretoria do Conselho Nacional de Secretrios de Sade (CONASS). Veja a nova composio: Presidente: Jurandir Frutuoso (Cear) Vice- Presidentes: Fernando Dourado (Par), Luiz R. B. Baratas (So Paulo), Cludio Xavier (Paran), Augustinho Moro (Mato Grosso) e Jos A. Rodrigues (Bahia).

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Entrevista

Trabalhar com esporte fascinanteCom esta frase, DR. JOS ROBERTO PRADO JR. resume seu amor profisso. Fisioterapeuta formado pela ERRJ, especialista em Fisioterapia Esportiva, Coordenador do Departamento de Fisioterapia do COB e Professor da UNIGRANRIO, ele trabalhou em sete Olimpadas, quatro Pan-americanos e vrios Mundiais de diversas modalidades esportivas. No Pan 2007, ir coordenar uma equipe que pode chegar a 300 fisioterapeutas voluntrios. Um recorde, segundo ele. Com grande experincia na rea do esporte, garante: O Brasil tem um grupo de excelente capacidade na rea de fisioterapia esportiva. Mas alerta: Os conhecimentos necessrios para um perfeito exerccio da profisso demandam qualificao e capacitao. Especializem-se!!.

CREFITO-2 Qual a importncia da Fisioterapia para o esporte? Sem entrar em detalhes histricos, no menos importantes, tanto a prtica de modalidades esportivas de alto rendimento como a de esportes recreacionais, por razes distintas, expem todos os sistemas a adaptaes que geram, freqentemente, fenmenos de sobrecarga. Devemos considerar os treinamentos e prticas inadequados, causadores de disfunes e leses de tratamento complexo, como outro grande fator desencadeador da necessidade de nossa presena e interveno. O triunvirato Fisioterapeuta / Preparador Fsico / Treinador deve, em parceria com os mdicos assistentes, preservar o estado de sade do atleta, criar condies de potencializao de performance e intervir sempre que possvel no processo curativo, alm da preocupao com a perpetuao dos resultados obtidos. Torna-se inquestionvel, portanto, a importncia da Fisioterapia no acompanhamento das diferentes atividades esportivas.

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CREFITO-2 A Fisioterapia esportiva tem maior destaque na imprensa principalmente quando ocorrem casos famosos como foi a recuperao do Ronaldo Fenmeno e do Romrio. Como o senhor v esse tipo de exposio? Sem dvida a exposio de atuaes pontuais junto a atletas de renome auxilia a divulgao dos trabalhos dos especialistas, mas espero poder chegar a ver o momento em que a manuteno do estado de sade seja a verdadeira notcia. A leso no pode ser a redeno do doutor. Isso uma inverso de valores. CREFITO-2 O senhor acredita que, nos ltimos anos, devido a maior divulgao da Fisioterapia Esportiva, o nmero de profissionais que optaram por se especializar nesta rea aumentou? O profissional pode at optar por trabalhar nesta rea, mas a emisso do ttulo de especialista feita atravs de anlise de ttulos e provas de conhecimentos especficos, realizada pela Sociedade Nacional de Fi-

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sioterapia Esportiva - SONAFE (www. sonafe.org.br). Um dos objetivos do prximo Congresso Brasileiro da categoria, que ser realizado em Ouro Preto MG em 2007, a regulamentao dos profissionais que atuam com esporte. Outro, aumentar o nmero de Fisioterapeutas especialistas. CREFITO-2 Em sua opinio como est a situao da Fisioterapia esportiva no Brasil, em relao a outros lugares do mundo? Existem dois aspectos a considerar: a representatividade junto International Federation of Sports Phisiotherapy (IFSP), brao da especialidade da WCPT, que depende da legalizao da Sociedade Brasileira de Fisioterapia - SBF como entidade cientfico-cultural junto quela Instituio em substituio, a ser legitimada em breve, a antiga ABF. Somente assim a SONAFE poder assumir o real papel representativo de nossos especialistas no cenrio da Fisioterapia mundial. Oportunistas de planto esto no momento, com certeza, atrasando a finalizao deste processo. Outro aspecto o tcnico. Nesse ponto, com a experincia de sete Jogos Olmpicos, quatro Jogos Pan-americanos e vrios Mundiais de diversas modalidades esportivas posso afirmar que formamos um grupo de excelente capacidade. Algumas excees colocam a vaidade frente de suas habilidades tcnicas, o que uma pena. Mas so excees regra. CREFITO-2 Pan 2007. Como est sendo a preparao para este evento? Todos os aspectos relacionados ao PAN 2007 esto sendo coordenadas pela Diretoria Mdica do Comit Olmpico Brasileiro (COB), inclusive as estratgias de voluntariado na rea da sade. Esperamos trabalhar com 300 Fisioterapeutas voluntrios nos Jogos. Ser a maior congregao de profissionais destinada a um evento esportivo. Um recorde, sem dvida! CREFITO-2 Que recado gostaria de passar aos profissionais de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional, leitores da CREFITO-2? No se iludam com as notcias de intervenes milagrosas, freqentemente enaltecidas pela mdia e por alguns profissionais. Trabalhar com esporte , sem dvida, fascinante. Mas, os conhecimentos necessrios para um perfeito exerccio da profisso demandam qualificao e capacitao. Especializem-se!! Contato: [email protected]

HomenagemO CREFITO-2, compromissado com as origens e com o traado histrico das profisses sob seu controle social, publicamente, homenageia e agradece aos professores e doutores Carlos Azeredo, Nelson Storino e Marcus Vincius por tudo que construram para a histria da Fisioterapia no estado do Rio de Janeiro, qui no Brasil, e que no esto mais entre ns.

Dr. Carlos Alberto Caetano Azeredo

Dr. Nelson Storino

Durante 22 anos de profisso, o Dr. Marcus Vinicius Damao de Salles honrou seu ttulo de fisioterapeuta com dignidade. Iniciou sua vida profissional ao lado dos Drs. Hlio Pio e Marta Chacel. Atuou como professor e coordenador do curso de Fisioterapia da Universidade Castelo Branco e do Centro Universitrio Moacyr Bastos. Trabalhou pelo reconhecimento do curso, modernidade dos laboratrios e clnicas, pesquisas e promoo de eventos cientficos. Sempre procurou ser justo com seus colegas, a distribuio da carga horria respeitava disponibilidade de cada professor. Com os alunos sabia ouvir, orientar... Como reconhecimento, a cada semestre era convidado pelas turmas que se formavam para ser patrono, paraninfo ou homenageado. Marcus sabia como ningum a essncia de palavras como tica, companheirismo, competncia e amor profisso. Como mulher tive o privilgio de construir durante 24 anos uma famlia com este homem e pai to especial.Dra. Maria Nelma

Movimentos Sociais

CREFITO-2 apia Movimento Nacional da Luta AntimanicomialDia 18 de maio o Dia Nacional da Luta Antimanicomial. Todos os anos, em comemorao a esta data, o Movimento Nacional da Luta Antimanicomial (MLA), seus Fruns e Ncleos Estaduais promovem eventos para discutir acerca da loucura e de suas formas de cuidado e ateno. O CREFITO-2 apia este movimento e, por intermdio da Dra. Sandra Pacheco, vice-presidente do conselho, participou do I Encontro da Regio Sudeste do MLA. O encontro, realizado nos dias 10 e 11 de junho, em Angra dos Reis, teve como objetivos articular os Fruns e Ncleos do Movimento da Luta Antimanicomial na regio sudeste, fortalecer a militncia dos diversos atores sociais na Luta por uma Sociedade sem Manicmios, avaliar criticamente o SUS e a Reforma Psiquitrica no contexto neoliberal vigente, e eleger os representantes da regio sudeste para a Secretaria Executiva Colegiada Nacional do MLA/SENC. Durante os dois dias do encontro houve diversas palestras e debates com o intuito de aprovar as propostas apresentadas. Cerca de 50 pessoas participaram do evento, representando os estados do Esprito Santo, Rio de Janeiro e So Paulo. O prximo encontro do movimento na regio sudeste est previsto para o primeiro semestre de 2007, provavelmente em So Joo Del Rey, MG.

CARTA ABERTA POPULAO

Por uma sociedade sem manicmios18 de maio Dia Nacional da Luta Antimanicomial Todos os anos, no dia 18 de maio, o Movimento Nacional da Luta Antimanicomial, seus diversos Fruns e Ncleos Estaduais promovem ampla discusso acerca da loucura e de suas formas de cuidado e ateno. Comemoramos avanos, denunciamos arbitrariedades que ainda existem. Reivindicamos em relao assistncia, a ampliao da rede de servios substitutivos aos hospitais psiquitricos: Centros de Ateno Psicossocial, (CAPS), Centros de Convivncia, Servios Residenciais Teraputicos, Leitos Psiquitricos em Hospitais Gerais, Ambulatrios de Sade Mental etc. Assim, como queremos a ateno e o respeito da rede de assistncia da sade como um todo. Buscamos junto sociedade, tanto a superao do estigma, do preconceito, da excluso social das pessoas com transtorno mental, quanto o acesso facilitado a estes servios, incluindo aqui os internos que cumprem medida de segurana em Casas de Custdia e Tratamento da Secretaria de Estado e Administrao Penitenciria. Procuramos garantir o amplo exerccio de cidadania dos usurios de servios de sade mental e a conquista do direito a uma vida digna atravs de sua insero social. Reconhecemos seu valor e capacidade de participar ativamente da vida produtiva e poltica de nossa sociedade.

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Desejamos que esta data seja mais uma possibilidade de relembrar e demarcar o processo permanente de lutas e denncias contra o modelo psiquitrico centrado no manicmio, na internao; e de tomar iniciativas concretas para a mudana radical do quadro assistencial psiquitrico brasileiro. (...) O fim das instituies manicomiais representa no apenas uma mudana no modelo assistencial psiquitrico, mas uma mudana na forma de como a sociedade lida com os portadores de sofrimento mental das mais diversas formas. A transformao que desejamos mais ampla, pois ocorre no mbito da cidadania, da relao entre as pessoas e as instituies sociais. Ns, do Movimento da Luta Antimanicomial, queremos convid-los a conhecer melhor nossas idias e participar desta luta que de todos os que desejam uma vida mais digna. Queremos nossa Sociedade Sem Manicmios e isso significa uma sociedade justa e solidria, sem violncia, sem excluso.

NCLEO ESTADUAL DO MOVIMENTO DA LUTA ANTIMANICOMIAL/RJ

Reunies nas terceiras quartas-feiras do ms s 18 horas e nas ltimas sextasfeiras do ms s 14 horas. Local: Aud.SINMED-RJ, Avenida Churchill, 97, 11 andar, auditrio, Castelo, RJ/RJ. [email protected]

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CREFITO-2 & vocEleies 2006IV Seminrio sobre a Qualidade de Vida dos Portadores de DeficinciaO CREFITO-2, atravs da Comisso de Assuntos Polticos-Parlamentares, na figura do Dr. Antnio Pimentel Reis, participou do IV Seminrio de Portadores de Deficincia no Estado do Rio de Janeiro. O evento, que aconteceu dia 30 de junho, contou com presena de mais de 400 pessoas lotando o Plenrio da Assemblia Legislativa. Durante todo o dia diversos debates e palestras foram realizados por representantes da Delegacia Regional do Trabalho e Renda, Funlar, Firjan, Fecormrcio, ABBR, Dir.da Neurocirurgia do Hospital Salgado Filho, APAEs, Pestalozzi, Ines. Os expositores foram escolhidos atravs de cinco pilares: Empregabilidade para Portador de deficincia, Cura da Deficincia Fsica, Deficincia Mental, Papel da Me do deficiente na Sociedade e Polticas Pblicas para portador de deficincia. Assim, o objetivo era esclarecer para a populao, principalmente para as pessoas portadoras de deficincias (PPDs), seus direitos, e apontar solues para inserilos na sociedade. O CREFITO-2 comunica que esto em fase de avaliao os pedidos de iseno de multa dos profissionais impossibilitados de exercer seu direito de voto que nos enviaram suas justificativas eleitorais. Este um trabalho demorado devido ao grande nmero de justificativas e pelo fato de estas serem protocoladas e analisadas cuidadosamente uma a uma. Neste momento, est acontecendo uma renovao do quadro funcional administrativo, o que implica em mais tempo para finalizar este processo, j que os novos funcionrios necessitam de treinamento. O conselho agradece a compreenso de todos os profissionais e espera em breve responder, da melhor maneira possvel, dentro das possibilidades ticas e legais de cada um.

Responsabilidade TcnicaVale lembrar que condio legal o profissional fisioterapeuta e/ou terapeuta ocupacional estar em regularidade pecuniria, assim como o registro no Crefito-2 em vigncia, para assumir a funo de responsvel tcnico em empresas e consultrios. Em conformidade com a Resoluo COFFITO 139/92.

Ttulo de especialista: como requerer?O profissional de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional, para requerer seu ttulo de especialista, deve se encaminhar sede do CREFITO-2 trazendo o diploma de especialista e protocolizar o pedido de registro da especialidade.O CREFITO-2 encaminhar o certificado ao Conselho Federal (COFFITO), que efetuar o registro de ttulo no certificado. De volta ao Conselho Regional, este anotar na carteira tipo livro o ttulo de Especialista.

Reestruturao administrativaO CREFITO-2 est fazendo uma reestruturao administrativa que passa pela agilizao dos procedimentos administrativos at a oferta de novos servios via internet. Uma nova central telefnica foi adquirida para facilitar a comunicao com o Conselho. O site est sendo atualizado e, em breve, os usurios podero imprimir os boletos bancrios e consultar o andamento de seus processos. O Crefito-2 est preparando outras novidades para melhorar a comunicao com os profissionais e os usurios dos servios de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional. Contamos com a colaborao de todos, envie sugestes!Principal: 2169-2169 Secretaria Geral (Reg. Profissional): 2169-2150, 2169-2167, 2167-2168 Secretaria Geral (Registro de Empresa): 2169-2189, 2169-2190 Fiscalizao: 2169-2185, 2169-2186, 2169-2187, 2169-2188 Financeiro: 2169-2160, 2169-2161, 2169-2162, 2169-2163 Para outros nmeros, acesse o site.

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A Fisioterapia e a construo de novos saberes e prticas a partir do Programa de Sade da Famlia (PSF)Dr. Paulo Czar dos Santos Souza

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O Programa de Sade da Famlia vem trazendo mudanas substanciais no contexto de sade no Brasil. Um dos maiores desafios enfrentados para o desenvolvimento das atividades propostas por este, est na formao dos profissionais de Sade que tem sido marcada por concepes centradas no biolgico, curativo e individual. Assim sendo, o profissional fisioterapeuta, at pouco tempo atrs, apresentava pouco destaque profissional na ateno primria sade, vistos que os cursos de Fisioterapia existentes no Brasil priorizavam a ao curativa, valorizando pouco o modelo assistencial vigente, dificultando a insero do Fisioterapeuta na Sade Pblica, mais especificamente no Programa de Sade da Famlia (PSF). Durante a formao acadmica, aspectos relacionados ao aparato e terminologia fortemente tcnicos e o modelo hospitalocntrico utilizado na quase totalidade das escolas no Pas aparecem como obstculos s aes rumo a reorientao do modelo de ateno proposto constitucionalmente, alm da falta de instrumentao durante a formao para permitir aes que priorizem a autonomia do profissional. A implementao da portaria n 1.065, de 4 de julho de 2005 do Ministrio da Sade, que cria os ncleos de ateno integral na Sade da Famlia, com a finalidade de ampliar a integralidade e a resolubilidade da Ateno Sade, torna possvel a incluso do fisioterapeuta e de outros profissionais de sade nas equipes do PSF dos municpios brasileiros. Torna-se necessrio, assim, haver mudanas durante a formao acadmica, no sentido de melhor capacitar esses acadmicos para a atuao no campo da Sade Pblica, mais especificamente no Programa de Sade da Famlia (PSF). Neste sentido, realizamos a insero da Fisioterapia na ateno primria sade no municpio de Terespolis-RJ no primeiro semestre de 2006, atravs da Fundao Educacional Serra dos rgos (FESO) na Unidade de Sade da Famlia Moacyr da Costa Carvalho, do bairro Granja Guarani, atravs do projeto de Estgio Curricular Supervisionado no PSF do Curso de Fisioterapia da FESO. Durante o estgio, os acadmicos do 9 perodo de Fisioterapia tm a oportunidade de

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vivncia prtica nos moldes do PSF, realizando assistncia fisioteraputica individual e coletiva nas reas de sade da criana e do adolescente; da mulher; do adulto; do idoso e atividades de educao para a sade junto comunidade. Possibilita-se, assim, diversificao de cenrios de aprendizagem e aproximao entre a formao acadmica e a realidade social, prevendo um profissional capaz de atuar com qualidade, eficincia e resolutividade no sistema de sade brasileiro. A participao intensa do fisioterapeuta no PSF e em programas e aes similares de cuidados primrios em sade condio fundamental para a concretizao das diretrizes de uma assistncia sade realmente integral, ao contrrio do tradicional modelo medicalizado, fragmentado, hospitalocntrico e baseado na dependncia e excluso social. O Fisioterapeuta pea fundamental para a conquista e desenvolvimento de uma assistncia sade da populao que se baseia na incluso social, centrada na comunidade e na participao efetiva desta, na conquista da sade como instrumento atravs do qual cidados possam realizar suas aspiraes e satisfazer suas necessidades, adquirindo a capacidade de mudar seu entorno ou enfrent-lo. Atravs deste trabalho inovador de atuao do fisioterapeuta no PSF da Granja Guarani no municpio de Terespolis-RJ, observamos que esse projeto mostra resolutividade, boa abrangncia, satisfao da populao local e da equipe de sade da famlia. O PSF revela-se como o espao ideal para a insero da fisioterapia na ateno bsica, principalmente por considerar o usurio de forma global, envolvendo questes relacionadas sade como moradia, saneamento bsico, gua tratada, acesso aos servios de sade, no estando limitado apenas doena, mas sim tendo como foco a sade e a qualidade de vida.Dr. Paulo Czar dos Santos Souza Professor do Curso de Graduao de Fisioterapia das Faculdades Unificadas Serra dos rgos (FESO); Supervisor do Estgio Curricular Supervisionado da Fisioterapia no PSF das Faculdades Unificadas Serra dos rgos (FESO); Especialista em Sade da Famlia e da Comunidade.

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Promoo de Sade no Ambiente HospitalarDra. Ktia Regina Vieira de Souza

Muito se fala em promoo de sade e, hoje, o profissional de sade fisioterapeuta est inserido nesse contexto. Quando se fala em promover sade parece apenas ser em evitar que o indivduo adoea, mas na prtica hospitalar diria do fisioterapeuta, ele est promovendo sade o tempo todo, seja em nvel preventivo, primrio, secundrio ou tercirio. Ao atender o paciente hospitalizado pela primeira vez e traar um programa de condutas fisioteraputicas, o fisioterapeuta inicia um trabalho no s voltado para tratar das leses que o paciente apresenta, mas para evitar que este paciente venha a ter outras leses ou complicaes; sejam essas sistmicas, respiratrias ou locomotoras. A fisioterapia respiratria, com suas diversas tcnicas, atua de maneira a prevenir pneumonias, atelectasias, acmulo de secrees pulmonares em vias areas superiores. A fisioterapia motora atua preventivamente nas tromboses venosa profunda, na diminuio

do retorno venoso e de fora muscular, na rigidez muscular, sem contar com a melhora da auto-estima desse paciente com sua recuperao funcional gradativa, tratando e evitando que esse paciente apresente distrbios e doenas em seus rgos e sistemas em funo de sua doena atual e do tempo de sua hospitalizao. Quando o fisioterapeuta aborda um familiar, a visita ou o acompanhante que esteja em contato direto com o paciente sem antes lavar as mos e orientaos a faz-lo, o fisioterapeuta est promovendo sade. No incomum encontrar coletores de diurese dentro de baldes de lixo propiciando que o paciente adquira uma infeco urinria ascendente. O fisioterapeuta pode orientar o paciente e seus familiares sobre como proceder diante dessas situaes e outras, atuando no ambiente hospitalar, de maneira preventiva, dentro de uma equipe multiprofissional.

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Contribuio da psicossomtica e da transdisciplinaridade na construo de um olhar teraputico mais cuidadosoDra. Ftima Beatriz Maia

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O interesse por essa temtica foi construdo ao longo de quinze anos de atuao tanto no servio pblico quanto no privado, como terapeuta ocupacional, atendendo clientes com transtornos posturais. Durante algum tempo, considerava que os desvios posturais eram causados por fatores biomecnicos, emocionais e, por vezes, por questes sociais. Com a evoluo da prtica, associada a novas leituras, deparei-me com a possibilidade de ampliar meu horizonte ao relacionar os transtornos de sade com os aspectos religiosos, raciais, familiares e culturais, e estes com a postura corporal. A experincia do trabalho desenvolvido na unidade de sade pblica tem sido importante na construo do modelo de assistncia que adoto atualmente. Acredito que o nvel de stress agrava as dores, independente de sua origem. A tenso gerada por uma noite mal dormida independe de classe social e fatores causais. Seja porque houve tiroteio na favela prxima sua residncia, ou porque o sujeito est prestes a fechar um importante negcio, basicamente a mesma. Um entorse tem a mesma gravidade, tanto quando um sujeito cai num bueiro, quanto quando ele cai num campo de golfe. O que pode fazer a diferena, na verdade, o valor que cada fato tem para o cliente e as formas que encontramos para lidar com nossos problemas. Assim, venho buscando conhecimentos para a percepo dos fatores que contribuem para o entendimento psicossomtico das afeces corporais. Comumente deparo-me com uma certa inquietao no meu olhar teraputico, pois trabalhar com o dinamismo corporal requer a flexibilidade no manejo das aes profissionais. Entendo que no se pode buscar um nico caminho para o tratamento, como se os corpos dos pacientes pudessem ser uniformizados dentro de padres corretos de posturas. primordial que a rigidez seja quebrada, antes de mais nada, na abordagem teraputica. Considero que trabalhar com o corpo em movimento estar todo o tempo vivenciando novas possibilidades. levar ao indivduo uma liberdade de atitudes que acontece na medida em que seu corpo vai perdendo a rigidez, minimizando as dores e encontrando uma postura mais centrada nele mesmo.

este olhar para o outro que vem despertando meu interesse profissional. Neste sentido, vejo como significativo o aumento do nmero de pessoas portadoras de transtornos da coluna, envolvendo crianas, adolescentes, adultos e idosos. O processo de adoecimento da estrutura do corpo precisa ser estudado numa perspectiva transdisciplinar da psicossomtica, pois envolve a subjetividade do indivduo, os hbitos de vida e a dimenso social. Fazse necessrio relacionar a constituio do corpo com os aspectos afetivos e circunstanciais da vida do sujeito. Neste sentido, o corpo expressa uma linguagem verbal e no verbal que oferece meios de comunicao e possibilidades de aes teraputicas. Autores tais como Denys-Struyf(1995), William Reich (2004), Lowen (1977) e outros tm se ocupado em pesquisar a relao entre o corpo e as emoes, que se expressam na postura do sujeito. Estes autores buscam entender, de forma mais ampla e aprofundada, a complexidade implcita e explcita na constituio corporal humana. Em paralelo a isso, os estudos no campo da psicossomtica vm ressaltando a necessidade de mudana no olhar teraputico, no qual o sintoma passa a ser sinnimo de mensagem, que precisa ser decifrada dentro de um determinado contexto profissional/cliente. Reconhecer a expresso de conflitos internos em nossa forma fsica e seus simbolismos passa a ser um aspecto muito importante para o desenvolvimento profissional e o aprimoramento relacional com o cliente. A psicossomtica encara o indivduo como uma unidade psicofsica, para entender o que o sintoma quer dizer. Desse modo, essa abordagem busca conduzir o cliente a fazer contato com sua histria e com os mecanismos de elaborao dos conflitos. Assim sendo, apropriar-se do corpo com suas emoes condio imprescindvel para se ter acesso a si mesmo e relao com o ambiente. Nessa perspectiva, a inibio ou represso de atitudes da vida poder aparecer sob a forma de alterao do tnus muscular (tenso, rigidez, flacidez) que, alm de marcar a postura, poder ainda, com o tempo, gerar enfermidades. O fundamental que o sujeito possa, atravs das aes teraputicas, ampliar a percepo do seu corpo, para dar incio a um

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processo de transformao na vida. Esse processo est pautado na vivncia de possibilidades de movimentos coordenados e harmnicos que facilitem o sujeito a desenvolver formas mais flexveis e elaboradas diante das tenses do cotidiano. importante observar que a psicossomtica vem se instalando pouco a pouco na literatura e nas prticas de atendimento, por que j no mais possvel negligenciar os aspectos emocionais que permeiam a doena. Nesta perspectiva, estamos vivenciando uma grande transio na forma de pensar e praticar REFERNCIAS BIBLIOGRFICASALFERES, Valentim. O corpo: Regularidades discursivas, representaes e patologias. Revista Crtica de Cincias Sociais, 23, 211-219, 1987. VILA, L. Antonio. Doenas do corpo e doenas da alma. So Paulo: Escuta, 2002, p. 41-60. BERTAZZO, Ivaldo. Cidado Corpo: identidade e autonomia dos movimentos. So Paulo: SESC/ pera prima, 1996. BERTHERAT, Threse. O corpo tem suas razes: antiginstica e conscincia de si. So Paulo: Martins Fontes, 1977. BOLTANSKI, L. As classes sociais e o corpo. Rio de Janeiro: Graal, 1979. CANOVA, Cludia. O que psicossomtica. Disponvel em: http://psicopatologia.tripod.com.br/psicossomatica.htm Acessado em 16/11/2005 DEHLEFSEN, Thorwald. A doena como caminho. So Paulo: Cultrix,2003 DENYS-STRUYF, Godelieve. Cadeias musculares e articulares: O mtodo GDS. So Paulo: Summus,1995 KELEMAN, Stanley. Anatomia emocional.: a estrutura da experincia. So Paulo: Summus,1992. LELOUP Jean-Yves. O corpo e seus smbolos. Petrpolis: Vo, zes,1998. LOWEN, Alexander. O corpo em terapia: A abordagem bioenergtica. So Paulo: Summus, 1977.

a reabilitao. fundamental que os novos profissionais saiam da academia podendo olhar para seus pacientes, e no para seus joelhos ou ombros. E, ainda, que estes percebam que o processo de cura sempre vai envolver a participao do cliente.Dra. Ftima Beatriz Maia Terapeuta ocupacional especialista em Psicossomtica e Cuidados Transdisciplinares com o corpo, Cadeias Musculares e Articulares GDS, Psicomotricidade; Terapeuta Ocupacional da Fundao Municipal de Sade de Niteri e Professora do curso de Terapia Ocupacional da ESEHA.

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EM FOCO

O Crefito-2, representado pela sua presidente Dra. Rita Vereza, esteve, no dia 28 de junho, na audincia pblica realizada pela CASS para discutir o PL25/02, que dispe sobre a regulamentao da medicina. A mesa de debate foi composta pelo Senador Antnio Carlos Valadares (presidente da mesa), Dra. Rosane Nascimento (coordenadora do Movimento No ao Ato Mdico), Dr. Jurandi Frutoso (presidente do Conselho Nacional de Secretrios de Sade), Dr. Edson Oliveira (presidente do CFM) e a Dra. Ma-

ria Helena Machado (representante do Conselho Nacional de Sade). O pblico presente no teve direito a voz, no sendo permitido qualquer tipo de manifestao. Escute trechos da audincia pblica no site do Crefito-2 (www. crefito2.org.br)

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AUTONOMIA, SIM. TUTELA,

CREFITO-2 CONTRA O PLS 25/02

NO !!!

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Como est nosso mercado Como podemos melhorar nossa remuneraoTerapeutas Ocupacionais: Drs. Joo Carlos, Joo de Carvalho, Lcia Machado, Denise Flvio, Cludia Braz, Sandra Pacheco, Elizabeth Benj e Fortune Nigri, vem buscando, atravs de palestras, dar a orientao necessria aos profissionais, para que estes passem a negociar de forma mais organizada sua remunerao. Nesse ciclo de palestras so discutidos assuntos como clculo de custos, contratos, tabelas e alternativas de melhores oportunidades de trabalho. Iniciado em novembro de 2005, no auditrio da Universidade Gama Filho, esse ciclo de palestras tomou corpo, virou um Frum de Discusso (veja mais informaes na pgina 18) e vem sendo levado a todo estado do Rio de Janeiro, em parceria com os Ncleos do CREFITO-2, com uma boa receptividade por parte dos colegas. Este frum tambm foi realizado no Esprito Santo. Na ocasio, foi montado o seguimento da CTRHPS deste estado, que ser formalizado no ms de agosto, com uma reunio prevista na sub-sede do ES. E, brevemente, mais um frum ser realizado ainda este ano para atender os profissionais desta regio.

??Reviso conceitual Estamos estimulando os profissionais a rever conceitos hoje no mais cabveis, sendo necessrio um canal que possa ampliar essa discusso. Exemplificando, preciso deixar clara a importncia de entender que os departamentos em que trabalham profissionais de uma equipe de sade so departamentos de sade, e no departamentos mdicos, como at ento foram equivocadamente chamados. Igualmente importante, entender que o pronturio do paciente, e no pronturio mdico como, equivocadamente, ouvimos em algumas instituies. Outro equvoco comum o emprego da terminologia paramdico, abolida pela Resoluo CNS n 44 de 3 de maro de 1993. A partir desta data o termo que passou a ser adotado profissional de sade. Hoje, de acordo com a MS/ GM/ RES 218/97, o quadro de profissionais de sade composto por 14 profisses. Isto nos leva a refletir o porqu do movimento que esto tentando implementar onde cultua os profissionais mdicos e no mdicos, como se houvesse alguma

Dra. Denise Flvio Dr. Joo Carlos Magalhes Dra. Lcia Machado

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As perguntas acima so tema de muito debate entre os profissionais de fisioterapia e de terapia ocupacional. Sabe-se do aumento do nmero de vagas oferecidas na rede pblica, porm, indiscutivelmente, um grande percentual de profissionais encontra-se na assistncia privada, em clnicas, consultrios e em domiclio dos pacientes. Sendo assim, h uma constante reclamao quanto ao valor dos honorrios, da remunerao recebida por parte desses profissionais que, na maioria das vezes, so submetidos aos desmandos dos planos de sade. A cmara tcnica de referencial de honorrios e planos de sade do CREFITO 2 (CTRHPS), composta pelos colegas Fisioterapeutas e

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diferena entre estes que, atualmente, compem igualmente o quadro de profissionais de sade e devem, portanto, ser respeitados como tais, independente da profisso pela qual optaram. Quanto vale meu trabalho? O primeiro passo entender que, para negociar e discutir, preciso conhecer o servio oferecido. Torna-se imprescindvel, ento, saber qual o valor material do seu trabalho. O que custo (fixo, varivel, total, direto)? Qual o custo da manuteno do seu consultrio? Qual o volume de atendimentos realizados em um ms? Quais as principais patologias tratadas? Quais as tcnicas utilizadas? Qual o tempo de durao do tratamento? Qual o retorno do paciente/ cliente? Essas questes so fundamentais para quem deseja negociar com qualquer que seja o contratante dos nossos servios. Conhecer quem so os atores na rea de assistncia fundamental para uma boa negociao. Entender as caractersticas dos servios um ponto importante para se traar um modelo de gesto compatvel com a qualidade esperada na assistncia. As operadoras de sade que se dividem em modalidades (planos de sade, autogesto, seguro sade, cooperativas de sade e outras) esto enfrentando uma grave crise nos ltimos anos. H um crescimento muito elevado na indstria voltada aos cuidados com a sade, e com isso observa-se um crescimento diretamente proporcional das despesas nessa rea, devido, entre outras causas, utilizao cada vez mais freqente de procedimentos de tecnologia de ponta, aumento da solicitao de exames - nem sem-

pre necessrios - e o aumento da vida mdia da populao. O Brasil tem 70% da sua populao total atendida pelo Governo e 30% garantindo sua assistncia atravs da iniciativa privada. A ineficincia da aplicao e distribuio de recursos nos servios pode explicar o mau desempenho da assistncia de sade no Brasil, agravado, sem dvida, pela falta de uniformizao dos padres mnimos desejveis. H um desconhecimento por parte dos gestores das instituies de sade quanto estrutura dos seus custos, o que acaba por inviabilizar a determinao do valor dos servios. Com isso, surge a tendncia prtica de utilizao de tabelas de remunerao genricas e, no caso da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional, o emprego de tabelas pertencentes a outras categorias profissionais.

Rol de Procedimentos uma necessidade Tanto a Fisioterapia como a Terapia Ocupacional apresentam um referencial, que se encontra operante desde 1998 e utilizado como referncia de remunerao por algumas operadoras - poucas se considerarmos a existncia de aproximadamente 2400 com registros na Agncia Nacional de Sade Suplementar (ANS). A Sociedade Brasileira de Fisioterapia em conjunto com a Cmara Tcnica de Honorrios e Planos de Sade do CREFITO-2, aps inmeras discusses, chegou concluso de que isso deve-se ao fato de no termos ainda normatizado uma listagem mnima de procedimentos que venham garantir o mnimo desejado de uma assistncia fisioteraputica e uma teraputica ocupacional. Esse pensamento parece ser uma ten-

Total de beneficiados: 48,7 milhes Atendimentos fisioterpicos: 17,0 milhes % de Atendimentos: 1,7 milhes % de utilizao: 28,64%

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dncia do mercado e motivou a ANS a solicitar um Rol de Procedimentos para as diversas profisses ligadas assistncia. Esse motivo levou a CTRHPS a reunir-se com algumas entidades, empresrios, profissionais liberais, para que se inicie a construo de um rol de procedimentos das duas profisses. O resultado preliminar foi disponibilizado em consulta pblica at 25 de julho, para que todos pudessem opinar. Com a regulamentao do nosso rol de procedimentos, a remunerao dos fisioterapeutas e dos terapeutas ocupacionais fica definitivamente baseada no referencial de honorrios das categorias. Esse deve ser o referencial para todas as negociaes, independente das diferentes modali-

dades de remunerao - pacote (negociao de preos dos procedimentos-remunerao por um preo global); managed care (trabalha com o controle da utilizao e restrio da demanda); capitation (preo fixo mensal por cada paciente cadastrado junto a um determinado profissional de sade). Em estatstica divulgada pela ABRAMGE (Associao Brasileira de Medicina de Grupo), observase que em 2003 e 2004 a mdia de usurios atendidos pelos profissionais se manteve em 48,7 milhes e que foram realizados 17 milhes de procedimentos/ano. Ainda pensando que cada usurio deva ser submetido a pelo menos 10 atendimentos por ms, teremos o equivalente ms de atendimentos

fisioteraputicos de 435,33 ano/ instituio (36,27 ms/instituio). Conclumos que apenas 28,64% dos usurios de operadoras utilizam os servios de fisioterapia, e que o nmero de profissionais credenciados seria insuficiente para cobrir toda a rede. Teramos, assim, oito fisioterapeutas por servio e 18.836 profissionais prestando servios a operadoras para garantir dignidade e qualidade na assistncia. Ainda no existe a formalizao de estatsticas em relao terapia ocupacional. A inteno da CTRHPS , ainda esse ano, realizar vrios encontros com as duas categorias profissionais, para promover novos Fruns de Discusso e Capacitao em Gerenciamento. Contamos com a presena dos colegas para enriquecer a discusso.

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\ \ \ \ Comisso de Educao da Fisioterapia / / / /

CREFITO-2 e a formao dos FisioterapeutasTodo Conselho profissional tem como principal atribuio fiscalizar o exerccio da profisso, garantindo populao uma assistncia de qualidade, segura, humana e resolutiva. A tarefa de um Conselho pode ser dificultada ou facilitada, dependendo de vrios fatores: quantidade de profissionais, participao da populao, conscientizao dos profissionais e qualidade da formao, entre outros. No difcil imaginar que quanto melhor a qualidade da formao, quanto mais bem preparados estiverem os profissionais ao ingressar no mercado de trabalho, menores so as chances de que haja uma assistncia de baixa qualidade. E exatamente por isso que o CREFITO-2 procura participar ativamente das discusses sobre formao profissional dos fisioterapeutas. os seguintes membros efetivos: Dra. Solange Canavarro (coordenadora), Dr. Fabio Batalha, Dra. Anke Bergmann, Dr. Euclydes Arreguy, Dra. Maria Fernanda Vieira, Dr. Andr Santos Silva e Dr. Jos Roberto Prado Junior. Com a nova conformao, a comisso de educao da fisioterapia realiza reunies quinzenais e tem promovido alguns encontros e participado de eventos relacionados rea de formao profissional do fisioterapeuta. Em maio deste ano foi realizado o primeiro encontro da comisso com docentes, fisioterapeutas, estudantes e coordenadores de cursos, intitulado Bate-papo com o CREFITO-2. Atravs deste encontro o CREFITO-2 pde elaborar seu posicionamento contrrio ao projeto de lei que prope o exame de suficincia aos fisioterapeutas. Este posicionamento, amadurecido nas discusses do bate-papo foi apresentado durante o XIV Frum Nacional de Docentes em Fisioterapia, realizado pela ABENFISIO em junho deste ano, que contou com a participao de dois membros da comisso de educao. A participao do CREFITO-2 no evento da ABENFISIO foi fundamental no apenas pelas contribuies dos membros da comisso nas diferentes oficinas e grupos de discusso mas, tambm, para aproximar o Conselho da Associao de Ensino, fortalecendo sua efetivao nos Estados do Rio de Janeiro e Esprito Santo.

Dra. Rita Vereza acompanhada de outros presidentes no evento realizado pela ABENFISIO

Comisses

A comisso de educao da Fisioterapia do CREFITO-2 est disposio de professores, alunos, fisioterapeutas e gestores de instituies de ensino superior para prestar quaisquer esclarecimentos, assim como coloca-se disposio da Associao Brasileira de Ensino em Fisioterapia para colaborar.

ConviteO prximo bate-papo do CREFITO-2 sobre qualidade na formao profissional j est marcado para o dia 12 de agosto, no Centro Cultural Paiva Ribeiro, em frente ao CREFITO2, no Rio de Janeiro. Esto convidados os representantes regionais da ABENFISIO, professores fisioterapeutas, coordenadores de curso, representantes de sociedades cientficas da fisioterapia, estudantes e demais interessados. Maiores informaes e contatos com a comisso de educao podem ser obtidos atravs do email: comissaode [email protected], por telefone ou pessoalmente na sede do Conselho.

Comisso de Educao da FisioterapiaNo de hoje que existe dentro do Conselho uma comisso criada especificamente para tratar de assuntos ligados formao do fisioterapeuta. A atual Comisso de Educao da Fisioterapia vem crescendo no apenas em nmero de participantes, mas tambm em nmero de reunies, na organizao de atividades e deliberaes. A comisso conta hoje com a importante participao da Dra. Ana Maria Ribeiro, assessora de assuntos educacionais com vasta experincia na formao universitria em sade. Conta tambm

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\ \ \ \ Comisso de Educao da Terapia Ocupacional / / / /

ReNETO realiza frum em So PauloCom a inteno de preparar os encaminhamentos para serem levados ao Encontro Nacional de Docentes que ocorrer em Setembro de 2006, na cidade de Belo Horizonte, a Rede Nacional de Ensino em Terapia Ocupacional ReNETO, convidou os docentes e discentes de Terapia Ocupacional, assim como as Entidades de Representao profissional, para participarem do Frum FORMAO DO PROFISSIONAL, POLTICAS E TERAPIA OCUPACIONAL, que se realizou no dia 10 de junho no Centro Universitrio So Camilo em So Paulo. Representando o CREFITO-2 estiveram presentes a vice-presidente, Dra. Sandra Pacheco e a presidente da comisso de educao, Dra. Mrcia Cristina da Silva, alm da Dra. Samira Costa, professora da FAESA/ ES e dos acadmicos Mayra Amorim (FAESA- ES) e Gabriel Cerante (ESEHA- RJ). O Frum teve como base a discusso sobre os dados nacionais da formao do terapeuta ocupacional, analisando e debatendo sobre a oferta, a procura, o ingresso e a concluso dos cursos de Terapia Ocupacional. Outro tema em questo foi a incluso do terapeuta ocupacional nas Polticas Pblicas e sua situao no mercado nacional. Num primeiro momento, foi realizada uma mesa disparadora em que se debateu a respeito da Formao em Sade e sua evoluo atravs da histria poltica e social, do Panorama e Evoluo da graduao em Terapia Ocupacional de 1991 a 2004, e a respeito do FNEPAS e das mudanas na graduao em Sade. No decorrer do frum, os grupos de trabalho discutiram estratgias de enfrentamento para a melhoria da formao e o crescimento da profisso. Dentre as questes discutidas, algumas so de grande importncia para os todos aqueles que se interessam pela Formao em Sade e, em especial, a do Terapeuta Ocupacional, como meio de reflexo, elaborao e implementao de metodologias mais adequadas demanda dos acadmicos (vide box). Em uma das resolues tomadas no frum a ReNETO ficou com a responsabilidade de atuar junto ao COFFITO, a fim de que este implemente o Programa de Divulgao da Terapia Ocupacional (j

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aprovado) e aprove resolues pendentes que dem maior segurana ao do profissional Terapeuta Ocupacional. Ao final da plenria foram aprovadas 3 moes de grande importncia: a primeira contra o projeto de reduo de carga horria mnima dos cursos; a segunda, contra o projeto de Lei para exame de suficincia (PL 14.44 de 2003) e a ltima uma solicitao ao COFFITO para que reveja e aprove algumas resolues que regulamentam a prtica do terapeuta ocupacional. Como podemos observar, as discusses e preocupaes so semelhantes, os desejos e dificuldades tambm, no entanto, mostra-se urgente a necessidade de mudana de paradigma na Educao em Sade, de mudana na estruturao e nas relaes da Educao em Terapia Ocupacional e de maior investimento pessoal para o crescimento da profisso. O CREFITO-2 v com bastante satisfao a organizao dos profissionais Terapeutas Ocupacionais e o apoio que tem recebido, acreditando que esta unio trar o crescimento da profisso. Esperamos que cada Instituio de Ensino Superior do Esprito Santo e do Estado do Rio de Janeiro possa discutir com docentes e discentes os assuntos levantados e possa se preparar para a ampliao das discusses no Encontro de Docentes em Belo Horizonte.

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\ \ \ \ Comisso de Educao da Terapia Ocupacional / / / /

Crefito-2 realiza fruns regionaisDiante do convite para a participao no Frum FORMAO DO PROFISSIONAL, POLTICAS E TERAPIA OCUPACIONAL, o CREFITO 2, num trabalho conjunto de Conselheiros e Comisso de Educao de Terapia Ocupacional, decidiu realizar dois fruns regionais com o intuito de elaborar propostas para serem levadas ao frum paulista. O 1 frum foi realizado no Esprito Santo, com apoio da FAESA, no dia 13 de maio, e, o 2, realizado no Rio de Janeiro, no Instituto Philippe Pinel, no dia 20 de maio de 2006. Os fruns foram organizados de forma similar. Pela manh, duas mesas temticas: uma abordava a questo do terapeuta ocupacional nas polticas pblicas nacionais e sua conquista do mercado de trabalho e a outra, a educao e formao do terapeuta ocupacional e as perspectivas do Ministrio da Sade e da Educao. Essas apresentaes eram seguidas de discusso e grupos de trabalho tarde, com plenria final para elaborao e fechamento das propostas que foram levadas ao Frum de So Paulo. Investir na abertura de universidades pblicas, para que se possa garantir uma formao mais voltada para a assistncia pblica, trabalhando a incluso dos terapeutas ocupacionais no SUS, e ampliar o investimento em pesquisas e publicaes; incluir

Comisseso curso de Terapia Ocupacional no programa Nossa Bolsa; solicitar a criao de novas legislaes no mbito do CREFITO/COFFITO, que possam garantir as aes j realizadas pelos terapeutas ocupacionais; estimular a participao do terapeuta ocupacional em eventos e congressos de outras categorias a fim de divulgar seu trabalho, so exemplos de algumas das deliberaes resultadas dos grupos de discusso que foram levadas ao frum paulista. Torna-se importante salientar que, com a participao dos Conselheiros Terapeutas Ocupacionais, o Frum do Rio de Janeiro j teve desdobramentos. Um deles foi a formao de um grupo de terapeutas ocupacionais responsveis por elaborar projetos para Terapia Ocupacional, inicialmente na rea da sade e do desenvolvimento social e, tambm, projetos especficos para o Programa de Sade da Famlia e para adolescentes em Medida Scio Educativas, tendo em vista que a Secretaria de Justia no ltimo concurso contratou vrios terapeutas ocupacionais. No Esprito Santo, aps o frum regional, realizou-se a primeira reunio da Comisso de Educao de Terapia Ocupacional do CREFITO-2 do estado. A idia compor uma comisso de acadmicos e iniciar os trabalhos para a composio das cmaras tcnicas. Os profissionais e acadmicos esto bastante empenhados.CREFITO 2 - N 19 - Maio/Junho 2006

Confira aqui algumas questes discutidas no frum paulista O fomento criao de estratgias que facilitem a formao do discente e docente polticos, atualizados e engajados nas mudanas de Polticas Pblicas em Sade; levantamento e mapeamento das polticas/programas de sade em que a Terapia Ocupacional est ou poderia estar inserida. Mapeamento do mercado como um todo;

Identificao, em cada Instituio de Ensino Superior, de um representante que funcione como um interlocutor junto ao FNEPAS;

Incentivo abertura de cursos nas Escolas Pblicas; Maior participao de profissionais e acadmicosem Feiras de Profisses;

Ampliao da Comisso de Especialistas da ReNETO.

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Ncleos

CREFITO-2 realiza Frum sobre Gesto em vrios NcleosDevido crescente dificuldade dos profissionais de fisioterapia e de terapia ocupacional diante de assuntos relacionados ao referencial de honorrios e planos de sade, o CREFITO-2 resolveu montar o FRUM DE DISCUSSO SOBRE GESTO E GERENCIAMENTO: REFERENCIAL DE HONORRIOS, ROL DE PROCEDIMENTOS E PLANOS DE SADE, para esclarecer e auxiliar os profissionais em relao a esses temas. Durante o frum, ocorrem palestras, ministradas pela Cmara Tcnica de Referencial de Honorrios do CREFITO-2, representado pelo Dr. Joo Magalhes e pela Dra. Denise Flvio. Essas palestras visam esclarecer os fisioterapeutas e os terapeutas ocupacionais sobre a importncia da unio para a conquista da autonomia profissional e apresentam como proposta a criao de cooperativas, ensinando como mont-las e como geri-las. Este frum j ocorreu em alguns municpios do Rio de Janeiro e ser apresentado em vrios outros ncleos pois, segundo a Dra. Elizabeth Benj, coordenadora geral dos Ncleos, este um tema que est despertando muito interesse dos profissionais: muito importante a divulgao deste frum em diversos municpios, devido necessidade dos profissionais de fisioterapia e de terapia ocupacional de aprender como gerir seus custos. A criao de cooperativas uma soluo apresentada, ento eles se interessam em saber como mont-las e administr-las.

O Frum ser apresentado em breve na regio serrana do Rio e tambm no Esprito Santo.

NCLEOS PROMOVEM FRUM EM CONJUNTOOs Ncleos da Baixada Fluminense Mesquita, Nilpolis e Nova Iguau realizaram o frum no dia 01 de julho, no auditrio da Secretaria Municipal de Cultura de Nilpolis. De acordo com dr. Cludio Braga, representante do ncleo de Nilpolis, os profissionais aprovaram o evento: O tema por si s , sem dvida, um timo atrativo para o Frum; junta-se a isto a qualidade dos palestrantes e temos um evento imperdvel, que por justia teve um pblico dentro do esperado. Para a dra. Juraciara Amorim, representante do ncleo de Nova Iguau, este frum vem ao encontro das necessidades dos profissionais de fisioterapia e de terapia ocupacional: Ao sarem da faculdade, esses profissionais no esto familiarizados com as prticas de gerenciamento administrativo dos consultrios, clni-

Encontro em NiteriDia 24 de maio aconteceu em Niteri o 1 Encontro de Prticas de Humanizao do SUS entre municpios do Estado do Rio de Janeiro. Neste encontro diversas cidades apresentaram projetos desenvolvidos por suas secretarias de sade. A equipe do Programa de Sade da Famlia (PSF) de So Pedro da Aldeia se destacou com a apresentao de quatro projetos, o que fez deste o municpio que mais trabalhos apresentou no encontro. Representando a equipe de fisioterapia do municpio, os fisioterapeutas Jadson Madeira e Cludio Queiroz apresentaram o projeto Escola de Postura, pioneiro na Regio dos Lagos. Ambos fazem parte do Ncleo de Representao de So Pedro da Aldeia do CREFITO-2.

cas e outros locais onde vo atuar. preciso que os fisioterapeutas e os terapeutas ocupacionais detenham o pleno conhecimento do sistema de funcionamento das operadoras de sade e convnios, ressaltou. Os representantes dos ncleos concordam que eventos como este promovem uma aproximao e interao maior entre os profissionais, fazendo com que estes busquem maior qualificao e comprometimento no exerccio da profisso. Todos os profissionais presentes saram satisfeitos e elogiaram a organizao, os palestrantes e gostaram em especial do debate final em que puderam expor suas dvidas e ouvir respostas esclarecedoras, destacou dr. Cludio.

Opinio de Representante!Qual a importncia da existncia de ncleos do CREFITO-2 espalhados pelo Estado?Os Ncleos fortalecem e aproximam o CREFITO-2 do Fisioterapeuta e do Terapeuta Ocupacional. No entanto, para que essa fora seja recproca precisamos que os profissionais participem das reunies, discutam e apontem os problemas e busquem solues para os mesmos. DR. LUCIANO DE OLIVEIRA - REPRESENTANTE DO NCLEO DE ANGRA DOS REIS Os Ncleos so pequenas pecinhas que ajudam o CREFITO-2, e isto legal porque nos mostra um conselho real, concreto e presente junto aos profissionais. Os ncleos so portas abertas para o estreitamento da relao Conselho-Profissional. DRA. NGELA SEPLVEDA - REPRESENTANTE DO NCLEO DE PARACAMBI Proporciona ao CREFITO-2 a chance de acompanhar os acontecimentos relativos s questes de sade dos municpios tornando o Conselho, digamos assim... onipresente. Ajuda tambm a fornecer informaes referentes s necessidades locais, tendo em vista que os membros de cada Nucrim so profissionais a resididos. E ainda... tem a oportunidade de trazer para mais perto do CREFITO os profissionais da regio que vem no Nucrim a presena bem prxima e real do seu conselho consolidada em um brao amigvel do CREFITO-2.

FRUM EM ANGRADia 03 de junho foi a vez de Angra dos Reis receber o frum. O evento, que vem sendo realizado em diferentes ncleos, aconteceu no auditrio do 10 Batalho do Corpo de Bombeiros de Angra dos Reis. O representante do Ncleo de Angra, Dr. Luciano de Oliveira, ressaltou a importncia de eventos como este, organizados pelo CREFITO-2, na apresentao e divulgao das profisses de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional junto populao: Esses eventos, alm de promoverem a interdisciplinaridade entre os profissionais envolvidos, facilitam o marketing profissional, pois os profissionais mostramse para a populao e divulgam seus servios, ponderou.

Reunio em Volta RedondaDia 14 de julho, no Museu do Estdio da Cidadania, aconteceu a reunio do ncleo de Volta Redonda. A principal pauta foi a reestruturao deste ncleo, com a troca do representante e mudanas da maioria do grupo da comisso. Em uma prxima reunio, o grupo escolher o novo representante e o vice. Porm, a coordenadora geral dos ncleos, Dra. Elizabeth Benj, ressalta que, mesmo com a escolha de um representante, somente a participao de todos os integrantes garantir o xito do ncleo: As idias propostas s sero colocadas em prtica se houver participao efetiva de todos.

DO

PROFESSOR CLUDIO BRAGA - REPRESENTANTE NCLEO DE NILPOLIS

Os Ncleos desempenham um papel muito importante atravs de seus coordenadores, pois, desta forma, os fisioterapeutas e os terapeutas ocupacionais podem participar de maneira mais efetiva na promoo das profisses, atuando na formulao de idias que estimulem o crescimento de nossas profisses. DRA JURACIARA AMORIM - REPRESENTANTE DO NCLEO DE NOVA IGUAU

Moradores do Vinhateiro recebem Unidade de Sade da FamliaA presidente do CREFITO-2, Dra. Rita Vereza, esteve presente, no dia 18 de maio, inaugurao da nova Unidade de Sade da Famlia (USF) na comunidade do Vinhateiro, em So Pedro da Aldeia. O grande diferencial desta unidade que foi projetada, especialmente, para facilitar o acesso dos portadores de necessidades especiais e idosos aos servios de sade. Todos os detalhes arquitetnicos dela visam facilitar a locomoo dessas pessoas. Outro destaque que esta USF a primeira do municpio a ter uma sala especfica de fisioterapia.

Fique igad Liga do!VALENA Ser realizada uma reunio no Ncleo de Valena (Municpios de Valena e Rio das Flores) para discutir a participao dos fisioterapeutas e dos terapeutas ocupacionais nos Municpios citados. Dia 11de agosto, s 19:00h, no Colgio Estadual Jos Fonseca (sala de vdeo), na Avenida Nilo Peanha, 82 Centro. MIRACEMA Fisioterapia na Escola. Este ser o tema do evento que acontecer dia 14/ 09, na Escola Capito Joo Bueno, em Miracema. Neste dia, fisioterapeutas apresentaro palestras nas salas de aula, com distribuio de folhetos explicativos a respeito da fisioterapia. NITERI As reunies do Ncleo de Niteri acontecem quinzenalmente, s quartas feiras, s 18h, no Hospital Universitrio Antonio Pedro prdio anexo, 3 andar. ANGRA DOS REIS As reunies do Ncleo de Angra dos Reis ocorrem mensalmente, sempre na ltima quarta-feira do ms, s 19h, no auditrio do Corpo de Bombeiros Rua Jos Elias Rahba, s/n, Balnerio.

de menino que se torce o pepinoPriorizando a preveno, promoo e proteo da sade, a equipe de fisioterapia do Programa de Sade da Famlia de So Pedro da Aldeia visita as escolas municipais com o Projeto Ergonomia nas Escolas e ensina aos alunos dicas de postura para evitar futuros problemas na coluna. Os fisioterapeutas, acompanhados dos agentes comunitrios de sade, tambm do orientaes aos pais e explicam a importncia de cuidar dos hbitos de postura das crianas. A iniciativa do projeto partiu da verificao de dados estatsticos da Organizao Mundial de Sade (OMS). De acordo com a OMS, 80% das pessoas em todo o mundo, em algum momento da vida, sofrero dor na coluna. Outro elemento assustador a dor nas costas, a segunda maior causa de afastamento temporrio do trabalho. Com base nesses dados, temos que nos preocupar em educar nossas crianas para preveni-las dessas dores. Por isso, fundamental trabalharmos nas escolas alertando pais, professores e alunos, explica o representante do ncleo de So Pedro da Aldeia, Cludio Queiroz.

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+ ncleos

VALENA O representante do Dr. Rodrigo Peixoto anuncia que o ncleo est promovendo reunies com os fisioterapeutas da cidade, com o intuito de se organizarem para a criao de cooperativas. DUQUE DE CAXIAS Foi criado neste municpio o plo de sade do trabalhador, formado por uma equipe

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multidisciplinar. A Dra. Tnia Paim Von-Shsten, coordenadora do ncleo de Caxias, gestora do plo e tambm representa o CREFITO-2 dentro da equipe. Este plo abrange os municpios de Queimados, Duque de Caxias, Mag e So Joo de Meriti e tem reunies itinerantes. O projeto est includo dentro da vigilncia sanitria e tem o poder de polcia.

Paracambi recebe CREFITO-2 pela 1 vezA ORGANIZAO PROFISSIONAL DOS FISIOTERAPEUTAS E DOS TERAPEUTAS OCUPACIONAIS foi o tema da primeira reunio realizada no ncleo de Paracambi, dia 10 de junho. Mais de 90% dos profissionais fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais regularmente inscritos no CREFITO-2 compareceram reunio, juntamente com a Dra. Elizabeth Benj, coordenadora geral dos Ncleos, legitimando a representao do referido ncleo a Dra. ngela Seplveda e comisso de apoio. Aps discutir sobre a importncia da organizao e unio dos profissionais destas classes, o grupo traou metas de como se organizar para melhorar o atendimento da populao e obter melhores resultados. Foi uma excelente oportunidade para estreitar os laos entre ns, Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais, mostrando a necessidade de lutarmos pelo nosso espao na coletividade e no na individualidade, e que o nosso compromisso com nossas profisses, resultar no engrandecimento e crescimento dos profissionais, destacou a Dra. ngela que fez questo de ressaltar a importncia da presena dos ncleos do CREFITO-2 em diversos municpios.

Assessoria Jurdica Menos ISSAteno fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais scios de empresas que se enquadram nos requisitos de sociedades uniprofissionais (sociedades formadas por profissionais de uma mesma categoria)! A Lei 691/84, com as alteraes introduzidas pelas Leis 2956/99 e 3018/2000, define que este tipo de empresa tem a possibilidade de pagar o ISS atravs de uma taxa cobrada trimestralmente de cada profissional integrado sociedade, o que pode diminuir sensivelmente o custo da empresa. A Assessoria Jurdica do CREFITO2 pede aos profissionais de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional scios de empresas deste tipo, que remetam os documentos necessrios para comprovar a execuo de servios pelos scios, pois ir proceder s demandas administrativa e judicial, se for o caso, em face Prefeitura do Rio de Janeiro, com o objetivo de conseguir este benefcio fiscal. Visando constituir um acervo de documentos que comprovem a leso aos direitos das referidas pessoas jurdicas que se enquadram como sociedade uniprofissional para fins de ajuizamento de Ao em face ao Municpio do Rio de Janeiro, solicitamos aos representantes das empresas prestadoras de servios de fisioterapia e de terapia ocupacional que faam contato com a assessoria jurdica do CREFITO-2 para obter informaes sobre os procedimentos a serem adotados. Assessoria Jurdica do CREFITO-2 [email protected]

Crefito-2 rene representantesA reunio geral com todos os representantes de ncleos do Rio de Janeiro aconteceu dia 13 de maio, na sede do Crefito2. Este um evento bimestral que tem como objetivo promover o encontro de todos os representantes para que os mesmos tenham oportunidade de interagir, trocar informaes, esclarecer dvidas e dar sugestes. Cada representante conta o que est ocorrendo em seu ncleo, os progressos e as dificuldades encontradas. A Dra. Elizabeth Benj, organizadora deste encontro, afirma que este intercmbio de informaes auxilia para o crescimento dos ncleos pois todos aprendem uns com os outros. O Crefito-2 promove essas reunies visando tambm uma maior aproximao dos representantes e a constante atualizao dos mesmos sobre assuntos relacionados Fisioterapia e Terapia Ocupacional, j que nestes encontros so debatidos atos ocorridos em todos os ncleos do Rio de Janeiro. Buscamos estabelecer uma grande rede de valorizao profissional da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional, concluiu a Dra. Elizabeth.

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Entidades

Participao de profissionais fortalece as entidadesA participao na conduo dos destinos das categorias profissionais, como manifestao de cidadania, no se limita atividade poltica, profissional. O indivduo no deve ser apenas sujeito passivo das decises, mas ativo que influa positivamente no processo sobre a implementao do bem comum numa sociedade civilizada e democrtica. O objetivo da participao dos profissionais nas entidades cientficas / culturais trocar experincias nas reas de atuao, alm da anlise, acompanhamento e discusses de legislao sobre os assuntos. Muitas vezes no possvel a criao de uma entidade especfica devido falta de profissionais interessados em participar. Porm, importante ressaltar que, com a presena de entidades prprias para cada especificidade, cria-se um processo de triagem mais elaborado, favorecendo, assim, uma melhor capacitao do profissional especialista. Havendo maior participao e interesse do profissional, as entidades se fortalecem, trazendo maior destaque e visibilidade para as categorias profissionais; desse modo, no plano individual, o profissional ter maior reconhecimento e respeito perante a sociedade. Ciente da importncia e dos benefcios que as entidades trazem para a carreira dos profissionais, o Crefito-2, sempre apoiando as representatividades polticas, cientficas e culturais, disponibiliza esse espao s mesmas, possibilitando assim que os profissionais fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais do Rio de Janeiro e do Esprito Santo conheam melhor o trabalho delas e se mantenham atualizados sobre os assuntos relevantes profisso.

SOBRAFISA, um trabalho srio que necessita de parceirosA SOBRAFISA Sociedade Brasileira de Fisioterapeutas Acupunturistas nasceu da necessidade dos fisioterapeutas acupunturistas de ter uma representao. Depois de muitas lutas travadas em defesa destes profissionais, em breve se tornar uma Associao, mediante alterao que ocorrer em seus Estatutos. Porm existe uma batalha interna que precisa ser vencida: formar um grande exrcito de profissionais Fisioterapeutas Especialistas em Acupuntura, pois somos muitos com formao nesta rea, porm nem todos especialistas. Entre as lutas que travamos, est a do reconhecimento social de nossa profisso de Fisioterapeutas e tambm de Fisioterapeutas Especialistas em Acupuntura. O caminho para isto requerer junto ao Conselho Regional o registro de especialista. O Conselho Regional, por sua vez, encaminhar o certificado ao Conselho Federal (COFFITO), que efetuar o registro de ttulo no certificado. De volta ao Conselho Regional, este anotar na carteira tipo livro o ttulo de Especialista em Acupuntura. O registro a garantia de uma formao sria e acreditamos que a populao deve ser orientada a discernir quem um Fisioterapeuta Especialista em Acupuntura. A SOBRAFISA, em breve, passar a emitir seus ttulos conforme regras claras a serem definidas e apresentadas a todos. Para receber o ttulo de Especialista pela SOBRAFISA o profissional deve estar associado por um perodo de tempo que dever ser estipulado na reformulao dos Estatutos. Convidamos voc, fisioterapeuta com formao em acupuntura, a se tornar um Fisioterapeuta Especialista em Acupuntura. Registre seu ttulo no sistema COFFITO/CREFITOS e associe- se SOBRAFISA. Acesse o site www.sobrafisa.org.br e venha ser um parceiro da SOBRAFISA, una-se nossa luta por uma especialidade com reconhecimento social! Profissional registrado, e bom para voc, bom para o Brasil, bom para o Fisioterapeuta Especialista em Acupuntura, bom para a Fisioterapia.SOBRAFISA NACIONAL - SECCIONAL RIO DE JANEIRO

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CREFITO-2 fecha parceria com ASSIDEFA primeira parte da obra de reestruturao da sede da ASSIDEF (Associao de Integrao de Deficientes) foi inaugurada dia 20 de maio. O evento tambm serviu para selar a parceria entre o CREFITO-2 e a associao. A presidente do CREFITO-2, Dra. Rita Vereza, presente no evento, ressaltou a importncia de uma instituio como essa na regio da Baixada Fluminense, principalmente para populao mais carente. O conselheiro Dr. Antonio Pimentel, a Coordenadora do Ncleo de Mesquita, Dra. Claudia Travassos e a Coordenadora do Ncleo de Nova Iguau, Dra. Juraciara Amorim, estavam entre as autoridades presentes inaugurao. Uma das novidades da ASSIDEF a piscina de 47 mil litros, a primeira da regio a utilizar o sol como fonte energtica para aquecimento. Durante o evento, houve apresentaes na piscina com atletas portadores de deficincia. Segundo o presidente da ASSIDEF, o vereador Nakan, as novas instalaes

Dra. Rita Vereza com vereador Nakan (sentado) na inaugurao da piscina

foram planejadas para atender s necessidades das pessoas portadoras de deficincia. A comunidade tambm ser beneficiada atravs da hidroginstica para a terceira idade e outras atividades voltadas para crianas e adolescentes.

Fuso de entidadesDia 29 de junho, durante o 3 FISIOTRAB - Congresso Brasileiro de Fisioterapia do Trabalho, ocorrido em Curitiba, aconteceu a fuso das duas entidades que representavam esta atuao da Fisioterapia: a ANAFIT Associao Brasileira de Fisioterapia do Trabalho e a SOBRAFIT - Sociedade Brasileira de Fisioterapia do Trabalho. Durante o congresso, no decorrer de inmeras reunies com lideranas e profissionais de destaque da Fisioterapia do Trabalho, construiu-se o estatuto com base nos dois anteriores, e formou-se com os presentes uma equipe de trabalho, que, no final do dia, constituiu-se da diretoria e conselho. Foi ento apresentado aos demais congressistas o estatuto, que foi votado e aprovado, constituindo ento a ABRAFIT Associao Brasileira de Fisioterapia do Trabalho. Confira a diretoria da nova entidade: Presidente: Dr. Alison Alfred Klein (PR); Vice-presidente: Dr. Eduardo Ferro dos Santos (SP); Secretrio Geral: Dr. Eduardo Gallas Leivas (PR); Tesoureiro: Dr. Rodrigo Filus (PR); Segundo Tesoureiro: Dr. Adonis Kaizer (PR); Diretor Administrativo: Dr. Arquimedes Penha (MS).

Sociedade Brasileira de RPGA Sociedade Brasileira de RPG (SBRPG) tem como compromisso desenvolver, divulgar e promover a Reeducao Postural Global ou RPG, um mtodo da fisioterapia que trata as desarmonias do corpo humano considerando as necessidades individuais de cada paciente, j que cada organismo reage de maneira diferente s agresses sofridas. Essa tcnica revolucionria considera os sistemas muscular, sensitivo e esqueltico como um todo e procura tratar, de forma individualizada, os msculos que se diferenciam na estrutura. Criada na Frana, em 1980, pelo fisioterapeuta francs Philippe E. Souchard, a RPG realizada exclusivamente por fisioterapeutas. Souchard tem 14 livros sobre o mtodo de RPG traduzidos para vrios idiomas. A SBRPG oferece apoio cientfico aos profissionais da rea, estimula pesquisa, desenvolve estgio prtico voluntrio (atendimento comunidade), promove periodicamente jornadas, palestras e demonstraes e fornece formao cientfica por meio de uma reciclagem gratuita do curso bsico em todo o pas. Sociedade Brasileira de RPGRua Gergia, 210 - Brooklin - So Paulo - SP / 04559-010 Tel: (011) 5044-0940 / 5542-6374 - E-mail: [email protected] Site: www.sbrpg.com.br

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FISIOFILOSOFIASQuais so os fundamentos subjacentes nossa prtica profissional? O que faz de ns fisioterapeutas? Ser que basta cursar uma faculdade? Existem caractersticas sem as quais jamais poderamos nos intitular fisioterapeutas? Eu acredito que sim. Muito do que hoje sou, aprendi na minha prtica profissional. Quando me formei, tinha apenas 21 anos, muita vontade de ajudar o prximo e nenhuma experincia de vida. Queria realizar uma prtica transformadora, queria construir um mundo melhor e, com muito custo, aprendi que as mais profundas mudanas precisam comear a partir de ns mesmos. Mas a lida diria me ensinou que ser fisioterapeuta um exerccio de pacincia... Temos que ter pacincia com nossos clientes, que muitas vezes nos sobrecarregam com queixas ou mesmo brigam conosco por no poder compreender a razo de nossa interveno.Temos que ter tambm pacincia para esperar os resultados do nosso esforo, que nem sempre so imediatos. Pacincia. Ser fisioterapeuta tambm um exerccio de humildade. Humildade que falta muitas vezes a alguns colegas da equipe de sade que muitas vezes puxam s para si, crditos que tambm so nossos. preciso aceitar humildemente que muitas vezes os pacientes, plenamente recuperados, esqueam de nos dizer obrigado. Nosso dever est cumprido, pronto! Isso o que importa. Acima de tudo, acredito que ser fisioterapeuta seja um exerccio de superao. Trabalhamos com a limitao dos nossos pacientes. Nosso trabalho consiste em faz-los vencer os seus limites, em mostrarlhes que so capazes. No podemos, portanto, nos deixar vencer pelas nossas prprias limitaes. O verdadeiro fisioterapeuta aquele que est sempre tentando se superar. Jamais seremos dignos de tratar nossos pacientes se nos deixamos abalar pelo primeiro obstculo que surge nossa frente! Muitos so os que saem das faculdades com um diploma de fisioterapeuta. Mas... quantos realmente o so? Quantos de ns estamos realmente preocupados com a superao dos nossos limites? Quantos de ns estamos realmente dispostos a ter pacincia e humildade? Nem sempre recebemos reconhecimento ou glrias pelo nosso trabalho... mas... sabem de uma coisa? Nosso alimento o sorriso estampado no rosto daquela criana que voltou a caminhar e ensaia uma corrida. Nos abastecemos quando sabemos que ajudamos a salvar a vida de um paciente, que, cheio de secreo, saturava muito mal... esse trabalho silencioso muitas vezes no visto nem valorizado. Mas se ns sabemos a importncia que temos, isso j nos obriga a cumprir nosso dever! Mas... ser que sabemos a importncia que temos? Trata-se de responsabilidade tambm! S saberemos nossa importncia se conhecermos profundamente as bases da nossa interveno. Uma mobilizao passiva parece ser algo to inocente... mas pode lesar seriamente uma pessoa! O crebro dos nossos pacientes nunca mais ser o mesmo depois da nossa interveno, seja para o bem, seja para o mal!

Crnica

Benditos sejam aqueles fisioterapeutas que buscam saber mais e superar-se a cada dia. Benditos os que, na busca do conhecimento, no se conformam com respostas fceis. Benditos sejam aqueles que no param de perguntar. Benditos os que superam seu cansao para tratar dignamente de seu paciente. Benditos aqueles que pacientemente suportam os ossos do ofcio. Benditos sejam todos vocs, fisioterapeutas de boa vontade que se encaixam nessa descrio. Recebam, nesse momento, todo meu respeito e admirao. O prmio de vocs a conscincia limpa e a sensao de dever cumprido!Dra. Solange Canavarro Fisioterapeuta atuando na rea neurofuncional e Mestre em Cincias pela UFRJ.

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CREFITO 2 - N 19 - Maio/Junho 2006

AgendaCURSO DE REABILITAO COGNITIVA Datas: agosto - 15-22-29, setembro - 05-12-19-26. Horrio: teras-feiras, de 18h30 s 22h30 Local: A&E Business Center Av. Paulista 171 7 andar Ministrante: Viviane Abreu, Terapeuta Ocupacional Informaes: (11) 3257-2583 Falar com Cludia e-mail: [email protected] CURSO MTODO MVS Datas: 23-24 de setembro Local: Pampas Palace Hotel (grande ABC SP) Ministrante: Michael Vieira Informaes: (11) 4125-8410 REABILITAO DO JOELHO Mdulo 1 - 19 e 20 de agosto Mdulo 2 - 16 e 17 de setembro Mdulo 3 - 21 e 22 de outubro Mdulo 4 - 18 e 19 de novembro Local: Rio de Janeiro Ministrante: Prof. Jos Roberto Prado Jr. Informaes: (21) 2223-0587 [email protected] REP - RESISTNCIA ELSTICA PROGRESSIVA BANDAS, BOLAS E BALANCE Datas: 26 e 27 de agosto 25 e 26 de novembro Local: Rio de Janeiro Ministrante: Prof. Jos Roberto Prado Jr. Informaes: (21) 2223-0587 [email protected] PILATES: CURSO COMPLETO (solo e aparelhos) da PHYX Coord: Prof. Rafael Leon da Luz Pinheiro Informaes: (21) 2274-5529 / 8153-5427 Site: www.phyx.com.br REEDUCAO POSTURAL GLOBAL ESTRUTURAO POSTURAL INTEGRADA Datas: Mdulo I - 19 a 25/08 Mdulo II 28/10 a 04/11/2006 Coord: Prof. Maria Ceclia Moreira CURSO DE ISOSTRETCHING APLICADO Datas: Mdulo I 19 e 20 de agosto Mdulo II 02 e 03 de setembro Coord: Prof. Maurcio Bezerra da Silva CURSO DE ATUALIZAES EM ORTOPEDIA I Datas: 19 e 26/08/2006 e 02 e 23/09/2006 Coord: Prof. Dr. Sergio Lawand Informaes: (11) 3337-6755 / 3362-3855 [email protected] CONCEITO MAITLAND Datas: Mdulo I: 08 a 10 de setembro Mdulo II: 10 a 12 de novembro Local: Rio de Janeiro Ministrante: Dr. Sergio Marinzeck Informaes: www.physiologica.com.br ESTABILIZAO SEGMENTAR TERAPUTICA Datas: 19 a 22 de outubro Local: Rio de janeiro Coordenao: Dr. Sergio Marinzeck Informaes: www.physiologica.com.br BUSCA DE EVIDNCIAS CIENTFICAS EM SADE Incio: agosto/setembro de 2006 Inscries: www.aprendersaude.com.br CINESIOTERAPIA GLOBAL: RPG PNEUMO-FUNCIONAL Ps-graduao Gama Filho Incio: agosto de 2006 Horrios: sbado e domingo, das 8h s 18h (um fim de semana por ms) Carga horria: 420 horas Local: Unidade Barra-Downtown Informaes: (21) 2599-7100 / e-mail: [email protected] FISIOTERAPIA PNEUMOFUNCIONAL EM TERAPIAS INTENSIVAS Ps-graduao (Lato Sensu) - Uniabeu Horrio: aos sbados, quinzenalmente, das 8h s 17h Carga Horria: 360 horas Informaes: 2104-0466 PS-GRADUAO VIA INTERNET NAS REAS DE SADE COLETIVA, DOCNCIA SUPERIOR EM FISIOTERAPIA, FISIOTERAPIA COMUNITRIA, SADE DO IDOSO E POLTICAS DE SADE Data: set./2006 a dez./2007 Inscries: www.aprendersaude.com.br CURSO DE ANATOMIA APLICADA POR IMAGENS Data: de 02/09 a 21/10/2006 Horrio: aos sbados, das 8 s 12h e das 13h30 s 17h30 Ministrante: Dr. Adilson Dias Salles Informaes: (21) 2705-0517, 2611-8833 (fax) [email protected] I CONGRESSO INTERNACIONAL DE FISIOTERAPIA E TERAPIA MANUAL Data: 24 a 26/11/2006 Local: Hotel Glria, Rio de Janeiro Informaes: (21) 2259-3347, 3087-4653 www.congressointernacional.com.br CURSOS DE APRIMORAMENTO E CAPACITAO PROFISSIONAL AGOSTO Pilates - 05-06-12-13 (RJ/MG) Isostretcing - 18/19/20 (RJ/MG) Escoliose Tridimensional - 26/27 (RJ) SETEMBRO Pilates - 07-08-09-10 (RJ/MG) Escoliose Tridimensional - 23/24 (MG) Educao Postural - 30 (RJ) OUTUBRO Pilates - 12-13-14-15 (RJ/MG) Pilates -21-22-28-29 (RJ/MG) Fit Ball & Terapia - 28-29 (RJ/MG) Educao Postural - 07 (RJ) NOVEMBRO RPG - 1 Mdulo: 02-03-04-05 (RJ/MG) RPG - 2 Mdulo: 15-16-17-18-19 (RJ/MG) Pilates - 25-26 e 01-02/12 (RJ/MG) DEZEMBRO Pilates - 09-10-16-17 (RJ/MG) Escoliose Tridimensional - 01-02-03 (RJ/MG) Informaes: (21) 2415-6768 / 3403-0489 www.escoladepostura.com.br [email protected]

BERNARD QUEF DO MRO F, Br. (Frana) TCNICAS VISCERAIS E CRANIANAS Mdulo II - 24 a 28/08/2006 Mdulo III - 30/11 a 04/12/2006 Rio de Janeiro/RJ RECICLAGEM E REVISO DAS TCNICAS MSCULO-ESQUELTICAS - UNIDADE INFERIOR 3 dias 2 semestre (data a confirmar) Porto Alegre / RS THIERRY COLOT DO M SOB (Blgica) T CNICAS E STRUTURAIS EM P ARMETROS MENORES (MSCULO-ESQUELTICO) 01 a 03/09/2006 - Rio de Janeiro/ RJ YVES LEPERS DO M SOB (Blgica) NEUROENDOCRINOLOGIA 20 a 22/10/2006 - Rio de Janeiro/ RJ ROBERT P FERRE DO MRO F, NZ. . (Frana) TCNICAS REFLEXAS (TECIDO CONJUNTIVO) 03 a 05/11/2006 - Rio de Janeiro/ RJ LLIA JUNQUEIRA DO MRO Br. (Brasil) ANATOMIA PALPATRIA - UNIDADE SUPERIOR 08 a 10/12/2006 - Rio de Janeiro/ RJ Informaes: www.ibosteopatia.com.br / [email protected]

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