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Page 1: Publicações da Rede Cedes Brasília

Publicações da Rede CEDESBrasília - 2010

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Presidente da RepúblicaLuiz Inácio Lula da Silva

Ministro do EsporteOrlando Silva de Jesus Júnior

Secretário Executivo do Ministério do EsporteWaldemar Manoel Silva de Souza

Secretária Nacional de Desenvolvimento de Esporte e de LazerRejane Penna Rodrigues

Secretário Nacional de Esporte EducacionalFábio Roberto Hansen

Secretário Nacional de Esporte de Alto RendimentoRicardo Leyser Gonçalves

Organização Departamento de Ciência e Tecnologia do Esporte

Secretaria Nacional de Desenvolvimento de Esporte e de LazerLeila Mirtes Santos de Magalhães Pinto

Patricia Zingoni Machado de Morais

ElaboraçãoDepartamento de Ciência e Tecnologia do Esporte

Secretaria Nacional de Desenvolvimento de Esporte e de LazerAlisson Valentim Pereira de Souza

Mariana de Melo RabeloHelen Wernik Nascimento

Maria Bernadete Falcão da Silva

RevisãoMaria Bernadete Falcão da Silva

Projeto gráfico, diagramação e capaGráfica Supernova

ImpressãoGráfica Supernova

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃOApresentação 1 | 04

Apresentação 2 | 05

INTRODUÇÃO - 06

PUBLICAÇÕES1 – BRINCAR, JOGAR, VIVER: PROGRAMA ESPORTE E LAZER DA CIDADE | 09

2 – BRINCAR, JOGAR, VIVER: LAZER E INTERSETORIALIDADE COM O PELC | 10

3 – BRINCAR, JOGAR, VIVER: IX JOGOS DOS POVOS INDÍGENAS | 11

4 – DOCUMENTÁRIO IX JOGOS DOS POVOS INDÍGENAS | 12

5 – PRÊMIO BRASIL DE ESPORTE E LAZER DE INCLUSÃO SOCIAL: COLETÂNEA DOS PREMIADOS DE 2008 | 13

6 – LEGADOS DE MEGAEVENTOS ESPORTIVOS | 14

7 – JOGOS E CIDADES: ORDENAMENTO TERRITORIAL URBANO EM GRANDES EVENTOS ESPORTIVOS | 15

8 – OLIMPISMO E EDUCAÇÃO OLÍMPICA NO BRASIL | 16

9 – SOBRE LAZER E POLÍTICA: MANEIRAS DE VER, MANEIRAS DE FAZER | 17

10 – POLÍTICAS DE LAZER E SUAS MÚLTIPLAS INTERFACES NO COTIDIANO URBANO | 18

11 – POLÍTICA E LAZER: INTERFACES E PERSPECTIVAS | 19

12 – ESPORTE E LAZER NA CIDADE DE SÃO LUÍS DO MARANHÃO: ELEMENTOS PARA CONSTRUÇÃO DE UMA POLÍTICA PÚBLICA | 20

13 – POLÍTICAS PÚBLICAS DE ESPORTE E LAZER NA CIDADE DO RIO GRANDE | 21

14 – IMPACTO DAS POLÍTICAS DE LAZER NA REGIÃO DO BAIRRO AERO RANCHO, CAMPO GRANDE – MS | 22

15 – NEOLIBERALISMO E POLÍTICAS DE LAZER - APONTAMENTOS CRÍTICOS: CINCO ANOS DE PESQUISA DO OBSERVATÓRIO DE POLÍTICAS SOCIAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA, ESPORTE E LAZER DO GRANDE ABC/GEPOSEF | 23

16 – ESPORTE, EDUCAÇÃO, CORPO E SAÚDE - APONTAMENTOS CRÍTICOS: CINCO ANOS DE PESQUISA DO OBSERVATÓRIO DE POLÍTICAS SOCIAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA, ESPORTE E LAZER DO GRANDE ABC/GEPOSEF | 24

17 – ESTADO, POLÍTICA E EMANCIPAÇÃO HUMANA: LAZER, EDUCAÇÃO, ESPORTE E SAÚDE COMO DIREITOS SOCIAIS | 25

18 – CULTURA, EDUCAÇÃO, LAZER E ESPORTE: FUNDAMENTOS, BALANÇOS E ANOTAÇÕES CRÍTICAS | 26

19 – PRAÇA PÚBLICA | 27

20 – SEMINÁRIO NACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS DE ESPORTE E LAZER: RETROSPECTIVA HISTÓRICA | 28

21 – ESPORTE E LAZER: SUBSÍDIOS PARA O DESENVOLVIMENTO E A GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS | 29

22 – GESTÃO DE POLÍTICAS DE ESPORTE E LAZER: EXPERIÊNCIAS, INOVAÇÕES, POTENCIALIDADES E DESAFIOS | 30

23 – LAZER, CULTURA E PATRIMÔNIO AMBIENTAL URBANO: POLÍTICAS PÚBLICAS | 31

24 – ESPAÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER EM REGIÃO METROPOLITANA | 32

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25 – POLÍTICAS PÚBLICAS DE LAZER: FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL | 33

26 – PODER PÚBLICO, TERCEIRO SETOR E CONTROLE SOCIAL: INTERFACES NA CONSTRUÇÃO DE POLÍTICAS DE ESPORTES E LAZER | 34

27 – AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS E POLÍTICAS DE AVALIAÇÃO: QUESTÕES PARA O ESPORTE E O LAZER | 35

28 – DIAGNÓSTICO DO ESPORTE E LAZER NA REGIÃO NORTE BRASILEIRA: O EXISTENTE E O NECESSÁRIO | 36

29 – PAPPEL SOCIAL: PROGRAMA DE AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS DE ESPORTE E LAZER | 37

30 – TRABALHO PEDAGÓGICO E FORMAÇÃO DE PROFESSORES/MILITANTES CULTURAIS: CONSTRUINDO POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO FÍSICA, ESPORTE E LAZER | 38

31 – INFÂNCIAS NA METRÓPOLE | 39

32 – PENSANDO SOBRE POLÍTICAS PÚBLICAS DE LAZER PARA JUVENTUDES EM CONTEXTOS DE VULNERABILIDADE SOCIAL: CONTRIBUIÇÕES A PARTIR DE PESQUISA EM RIBEIRÃO DAS NEVES | 40

33 – ENVELHECIMENTO E VIDA SAUDÁVEL | 41

34 – VIVENDO E ENVELHECENDO: RECORTES DE PRÁTICAS SOCIAIS NOS NÚCLEOS DE VIDA SAUDÁVEL | 42

35 – GÊNERO E RAÇA: INCLUSÃO NO ESPORTE E LAZER | 43

36 – PRÁTICAS CORPORAIS: GÊNESE DE UM MOVIMENTO INVESTIGATIVO EM EDUCAÇÃO FÍSICA | 44

37 – PRÁTICAS CORPORAIS: TRILHANDO E COMPAR(TRILHANDO) AS AÇÕES EM EDUCAÇÃO FÍSICA | 45

38 – PRÁTICAS CORPORAIS: EXPERIÊNCIAS EM EDUCAÇÃO FÍSICA PARA UMA FORMAÇÃO HUMANA | 46

39 – PRÁTICAS CORPORAIS: CONSTRUINDO OUTROS SABERES EM EDUCAÇÃO FÍSICA | 47

40 – ESPORTE E LAZER NA CIDADE: PRÁTICAS CORPORAIS RE-SIGNIFICADAS | 48

41 – ESPORTE E LAZER NA CIDADE: A PRÁTICA TEORIZADA E A TEORIA PRATICADA | 49

42 – PRÁTICAS CORPORAIS NO CONTEXTO CONTEMPORÂNEO: (IN)TENSAS EXPERIÊNCIAS | 50

43 – MOVIMENTOS CORPORAIS NAS ESCOLAS: AS LUTAS | 51

44 – DANÇA E DIVERSIDADE HUMANA | 52

45 – ENSAIOS ALTERNATIVOS LATINO-AMERICANOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA, ESPORTES E SAÚDE | 53

46 – CAMPOS DE VISIBILIDADE DA CAPOEIRA BAIANA: AS FESTAS POPULARES, AS ESCOLAS DE CAPOEIRA, O CINEMA E A ARTE (1955-1985) | 54

47 – ETNO-DESPORTO INDÍGENA: CONTRIBUIÇÕES DA ANTROPOLOGIA SOCIAL | 55

48 – ESPORTE E CINEMA: NOVOS OLHARES | 56

49 – HISTÓRIA COMPARADA DO ESPORTE | 57

50 – ESPORTE NA CIDADE: ESTUDOS ETNOGRÁFICOS SOBRE SOCIABILIDADES | 58

51 – LEVANTAMENTO DA PRODUÇÃO SOBRE O FUTEBOL NAS CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS DE 1980 A 2007 | 59

52 – ENTRE O MAR E A MONTANHA: ESPORTE, AVENTURA E NATUREZA NO RIO DE JANEIRO | 60

53 – EM BUSCA DE AVENTURA: MÚLTIPLOS OLHARES SOBRE ESPORTE, LAZER E NATUREZA | 61

54 – LAZER, TURISMO E INCLUSÃO SOCIAL: FUNDAMENTOS & ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO COM IDOSOS | 62

55 – POLÍTICAS DE LAZER E SAÚDE EM ESPAÇOS URBANOS | 63

56 – EDUCAÇÃO FÍSICA E SAÚDE COLETIVA: POLÍTICAS DE FORMAÇÃO E PERSPECTIVAS DE INTERVENÇÃO | 64

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57 – CENÁRIOS LÚDICOS EM UNIDADES DE SAÚDE DA FAMÍLIA: REFLEXÕES E PERSPECTIVAS | 65

58 – DE PORTAS ABERTAS PARA O LAZER: A CULTURA LÚDICA NAS COMUNIDADES DE BAIRRO | 66

59 – RECREAÇÃO, ESPORTE E LAZER: ESPAÇO, TEMPO E ATITUDE | 67

60 – LAZER NA AMÉRICA LATINA / TIEMPO LIBRE, OCIO Y RECREACIÓN EN LATINOAMÉRICA | 68

61 – GARIMPANDO MEMÓRIAS: ESPORTE, EDUCAÇÃO FÍSICA, LAZER E DANÇA | 69

62 – NOS RECÔNDITOS DA MEMÓRIA: O ACERVO PESSOAL DE INEZIL PENNA MARINHO | 70

63 – LAZER, ESPORTE E EDUCAÇÃO FÍSICA: PESQUISAS E INTERVENÇÕES DA REDE CEDES/UFJF | 71

64 – EDUCAÇÃO FÍSICA E PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO | 72

65 – NUTESES - NÚCLEO BRASILEIRO DE DISSERTAÇÕES E TESES EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES: PRODUÇÃO CIENTÍFICA EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES | 73

66 – NUTESES - NÚCLEO BRASILEIRO DE DISSERTAÇÕES E TESES EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES: PRODUÇÃO CIENTÍFICA RELACIONADA À PESSOA PORTADORA DE DEFICIÊNCIA | 74

67 – NUTESES - NÚCLEO BRASILEIRO DE DISSERTAÇÕES E TESES EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES: PRODUÇÃO CIENTÍFICA EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES | 75

68 – BOLETIM EDUCAÇÃO FÍSICA | 76

69 – OBSERVATÓRIO DA MÍDIA ESPORTIVA: A COBERTURA JORNALÍSTICA DOS JOGOS ABERTOS DE SANTA CATARINA | 77

70 – “OBSERVANDO” O PAN RIO/2007 NA MÍDIA | 78

71 – TORCEDORES, MÍDIA E POLÍTICAS PÚBLICAS DE ESPORTE E LAZER: NO DISTRITO FEDERAL | 79

PROJETOS DE PESQUISA DA REDE CEDES - 80 a 85

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APRESENTAÇÃO 1

Nos últimos anos o esporte e o lazer vêm assumindo papel de destaque no Brasil, o que implica maior responsabilidade do poder público. A criação, em 2003, do Ministério do Esporte como órgão específico para implementar e consolidar políticas públicas para estas áreas foi, sem dúvida alguma, uma grande conquista.

O Brasil, ao sediar megaeventos esportivos de relevância mundial como a “Copa do Mundo 2014” e os “Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016”, chama para si, também, o compromisso de desenvolver o esporte e o lazer, não só no que tange a infraestrutura esportiva e eventos, mas também na garantia do direito de acesso a todos os cidadãos brasileiros, conforme prevê a Constituição de 1988. Entretanto, esse acesso precisa ser qualificado, o que elevará a cultura esportiva dos brasileiros, necessitando, para tal, de desenvolvimento de ciência e de tecnologia aliada a ações educativas na área.

Ao possibilitar a produção científica, o registro e a socialização dos resultados de pesquisas, a Secretaria Nacional de Desenvolvimento de Esporte e de Lazer (SNDEL) contribui para o avanço do fomento e da difusão de conhecimentos na perspectiva da qualificação das políticas públicas de esporte e lazer.

E se este conhecimento for construído de forma interdisciplinar, atendendo demandas intersetoriais, compreendendo não só o debate temático que estabelece como também a socialização dos conteúdos sistematizados, o resultado dos argumentos e debates produzidos de forma participativa e democrática, terá maiores condições de contribuição para as políticas públicas desenvolvidas pelo Ministério do Esporte.

Por isso, confiamos que a publicação que temos o prazer de apresentar neste momento terá papel estratégico no alcance de objetivos emblemáticos para nossa área, como a mobilização para a democratização das práticas de esporte e lazer e o fomento a conhecimentos que possam ampliar a compreensão da importância, benefícios e limites dessa política, contribuindo, também para a consolidação do esporte e do lazer na agenda da Ciência e Tecnologia do Governo Brasileiro.

Façam boa leitura das publicações aqui apresentadas, fruto do trabalho desenvolvido por nossa Secretaria, especialmente pela Rede CEDES, que é coordenada pelo nosso Departamento de Ciência e Tecnologia do Esporte/DCTEC.

Rejane Penna RodriguesSecretária Nacional de Desenvolvimento de Esporte e de Lazer

Ministério do Esporte

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APRESENTAÇÃO 2

A ciência nada mais é que o senso comum refinado e disciplinado. G. Myrdal

Até bem pouco tempo atrás, pensar em políticas públicas de esporte e de lazer era sinônimo de ações pautadas apenas pelo senso comum. Cada município, estado e até mesmo a União agia conforme seu processo de desenvolvimento na área ou, o que era mais comum, de acordo com a vontade dos gestores de cada período. O resultado eram políticas públicas que se limitavam a realizar alguns eventos em datas comemorativas, distribuir uniformes, troféus e medalhas, realizar competições esportivas, ou mesmo apoiar uma equipe de esporte de rendimento, quase sempre restrita ao futebol. O direito social e universal de acesso ao esporte e ao lazer ficava limitado aos espaços privados, ou seja, usufruía desse direito quem pudesse pagar. Pouca era a produção científica na área e, praticamente, nenhum o diálogo entre o conhecimento produzido e a ação desenvolvida. Cientista, pesquisador era mito entre aqueles que eram responsáveis pela ação – os gestores. O diálogo entre gestor e pesquisador só acontecia em raros momentos de coletas de dados e entrevistas, sem preocupação, de ambas as partes, com o retorno do resultado, com vistas a qualificar a ação.

Considerando que acreditamos que a ciência é uma metamorfose do senso comum, que pode e deve ser qualificada, que agrega conhecimentos que permitem entender o que se faz, como se faz e por que se faz, e que a ação é quem alimenta a ciência para tal, precisamos aceitar e agir tendo presente que um depende do outro, ou seja, senso comum e ciência compõem a necessidade de entender o mundo, para se viver melhor nele.

Essa é a proposta do Programa Esporte e Lazer da Cidade – PELC –, ao reunir dois grandes eixos em sua estrutura: os núcleos de esporte recreativo e de lazer e a pesquisa. O que acontece no dia-a-dia dos núcleos, assim como nas demais políticas sociais da área, é conteúdo de pesquisa. Portanto, o conhecimento produzido por ela precisa voltar e qualificar a ação. Essa equação, apesar de parecer simples, gera o grande desafio do Programa: garantir que o conhecimento apresentado nesta publicação seja socializado para, de fato, contribuir com ações qualificadas que realizem o esporte e o lazer como direitos sociais que, aliados aos demais, contribuem com o desenvolvimento humano.

Reunir e difundir os resultados das publicações do PELC Rede CEDES neste material é um importante passo no enfrentamento a esse desafio.

Cláudia Regina BonalumeDiretora do Departamento de Políticas Sociais de Esporte e de Lazer

Secretaria Nacional de Desenvolvimento de Esporte e de Lazer

Ministério do Esporte

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INTRODUÇÃO

O plano político-pedagógico desenvolvido pela Secretaria Nacional de Desenvolvimento de Esporte e de Lazer – SNDEL – orienta-se pelas diretrizes de:

• democratização do acesso às práticas e universalização de conhecimentos sobre esporte e o lazer a todos os cidadãos brasileiros: crianças, jovens, adultos e idosos, dos diferentes gêneros e etnias, com diferentes habilidades corporais e, especialmente, pertencentes aos segmentos sociais e comunidades que vivem em circunstâncias de desvantagens educativa e econômica;

• desenvolvimento de ações educativas na perspectiva da emancipação humana, do desenvolvimento comunitário e da transformação de políticas de governo em políticas de estado com vistas à garantia de direitos;

• valorização da diversidade cultural das práticas esportivas e de lazer, especialmente as de criação nacional;

• desenvolvimento de ações estratégicas que articulem pesquisas com ações educativas, informação e práticas de gestão de políticas públicas, indispensáveis à qualificação das políticas educativas de esporte e lazer como fator de desenvolvimento humano e inclusão social e cultural;

• implementação de ações intersetoriais, ampliando abrangência de atuação sobre dilemas e oportunidades tratados;

• articulação de redes de cooperação com universidades, estados, municípios e outros ministérios, para o trato das demandas sociais sob sua responsabilidade;

• articulação de redes de cooperação internacional, direcionadas para o desenvolvimento da ciência e tecnologia social em esporte e lazer, pautando-se pelo respeito à autonomia, a soberania cultural dos povos e a colaboração solidária.

O exercício dessas diretrizes implicou a implementação do Programa Esporte e Lazer da Cidade (PELC) estruturado a partir de dois grandes eixos: os Núcleos de Esporte Recreativo e de Lazer e a Rede CEDES – Centros de Desenvolvimento de Esporte Recreativo e de Lazer. Decisão que partiu do pressuposto de que a formação é fundamental para o desenvolvimento de políticas públicas de esporte e lazer. Por isso, a SNDEL elegeu quatro estratégias básicas que orientam a realização de suas ações, que são:

AÇÃO EDUCATIVA: formação continuada de gestores, agentes, lideranças comunitárias, pesquisadores, legisladores e outros parceiros atuantes nas esferas públicas federal, estadual e municipal, com vistas à formulação e implementação de políticas públicas de esporte e lazer de inclusão social e cultural.

PESQUISA: fomento de estudos, fundamentados na pesquisa social, sobre temas prioritários para a qualificação de políticas públicas de esporte e lazer de inclusão social e cultural, expandindo e modernizando a base científico-tecnológica que vem sendo construída sobre esporte e lazer pela pesquisa social no Brasil.

GESTÃO COMPARTILHADA: gestão compartilhada de programas, projetos e atividades de esporte e de lazer, articulando redes de gestores, legisladores, agentes comunitários, pesquisadores e outros parceiros do PELC, para estabelecer trocas de experiências, organizar diretrizes e qualificar práticas de gestão, e dessa forma contribuir com a qualificação da Política Nacional do Esporte, a construção do Sistema Nacional de Esporte e de Lazer, de mecanismos e de indicadores de controle e participação social.

INFORMAÇÃO: política de documentação, informação e difusão, articulada a “gestão do conhecimento e da informação”

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para subsidiar, avaliar e qualificar políticas públicas de esporte e lazer de inclusão social e cultural, a fim de sistematizar e difundir conhecimentos, dando suporte a intercâmbios nacionais e internacionais e à construção de relações entre esporte educacional, de rendimento e de lazer.

O conjunto de ações desenvolvidas pela SNDEL, a partir dessas diretrizes e estratégias, requer uma densidade de conhecimentos que possa identificar o seu valor para parceiros e população, aprofundada a partir dos objetivos do Programa. Conhecimentos esses que possam contribuir tanto com a qualificação do que está sendo produzido quanto com os encaminhamentos de futuras ações, dotando de significados as informações discutidas e os conteúdos vividos.

Conhecimento é o diferencial de qualidade.

Essa constatação desafia a Rede CEDES a produzir e gestar conhecimentos com a adoção de estratégias de comunicação e informação, de modo que os mesmos possam ser compartilhados e usados pelas pessoas engajadas nos processos de aprendizagem e mudanças, mobilizados pelo PELC.

Esse aspecto muda de forma substancial o foco das práticas educativas dos pesquisadores, gestores e agentes do Programa. Desafia todos a tecer nexos entre as práticas vividas e reflexões construídas nas investigações, num duplo movimento que alimenta as práticas de todos e as relações entre elas.

Como parte das estratégicas de comunicação utilizadas pelo Programa para a gestão do conhecimento científico que produz, organizamos a presente publicação que tem como objetivo democratizar as produções da SNDEL – PELC – Rede CEDES. São obras editadas até o momento, que utilizam diferentes linguagens: livros, cartilhas, vídeos, DVDs e documentários. Obras produzidas a partir de pesquisas, projetos, debates, avaliações e eventos, realizados e/ou apoiados por esta Secretaria.

Os autores das produções aqui apresentadas exercitam sensibilidade para observar, analisar e debater (in)coerências entre discursos e práticas, baseando-se na consciência da ação, na contextualização de problemas, na interpretação do mundo vivido e na reflexão de fundamentos teóricos e práticos.

A intenção das organizadoras dessa publicação é comunicar essas produções de modo que possa motivar gestores, educadores e outros pesquisadores a aprofundar discussões, dialogando com elas, mediados por suas experiências como atores sociais atuantes em diferentes contextos, grupos, organizações, comunidades.

Acreditamos que o conhecimento contribui para viabilizar a ação do sujeito no mundo e a comunicação como elo mediador do conhecimento e da ação. A alienação do sujeito pode ser superada pelo seu agir cotidiano, com base no conhecimento como produto do mundo vivido.

Mas, que conhecimentos estão em jogo nas publicações do PELC Rede CEDES?

A convergência entre a teoria e a prática só será possível por meio do exercício de interpretação e reflexão dos sujeitos envolvidos no cotidiano da ação. Reflexões que nos mostram que todos ensinam e aprendem; que podem nos ajudar a ler, compreender nossas práticas político-educativas e mobilizar novos conhecimentos, formação de atitudes e de comportamentos.

Esse desafio envolve, especialmente, dois universos.

Primeiro, o universo individual, constituído pelo sujeito no seu tempo e espaço, com suas memórias e estruturas, culturas e experiências coletivas. Universo esse que suscitou os estudos sobre: o esporte e o lazer na cidade e no campo;

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as práticas tradicionais indígenas, quilombolas, ribeirinhas; o vivido pelas crianças, os jovens, adultos e idosos; homens e mulheres de diferentes raças; práticas lúdicas construídas pelo futebol, lutas, danças, capoeira, turismo, cinema, mídias, arte, esporte de aventura e na natureza, dentre outras investigadas nas obras apresentadas nesta publicação.

Em segundo lugar implica a centralidade humana nas ações vividas. Valoriza as pessoas que trabalham no Programa e que, tanto quanto os seus públicos-alvo, também precisam ser beneficiados por ele. Com esse foco, vários estudos se debruçam sobre a gestão das políticas de esporte e lazer. Nesse sentido, são discutidos o PELC; a intersetorialidade; as articulações entre esporte, cultura, lazer, educação, saúde e patrimônio ambiental urbano; as relações entre poder público, terceiro setor e controle social; os espaços e equipamentos de lazer; trabalhos pedagógicos e formação de agentes; a avaliação de políticas, programas e outras questões e temas que enriquecem a produção de conhecimento sobre esporte, lazer e Educação Física.

As abordagens temáticas dessas publicações ampliam-se com outros estudos ainda em desenvolvimento e que irão compor outras edições da Rede CEDES. Ao todo, os 130 projetos até o momento desenvolvidos e em desenvolvimento pela Rede CEDES – elencados nesta publicação -, reúnem a participação de 59 instituições de ensino superior de todas as regiões brasileiras.

Para ampliar a comunicação das suas produções, a Rede CEDES criou e está “colocando no ar” o seu Repositório – http://www.cedes.ufsc.br – , coordenado pelo Grupo LaboMídia da Universidade Federal de Santa Catarina. O objetivo é gerar condições de acesso livre, por meio digital, do conhecimento produzido pela Rede. Essa idéia propõe também contribuir com a consolidação da Rede, por entender que a produção, estando reunida, permite uma visão mais panorâmica do que é produzido e contribui para qualificar as políticas públicas de esporte e lazer. A idéia do Repositório também é compreendida como uma ferramenta auxiliar na formação do próprio PELC, na formação da Rede e na interlocução de ambos com os seus parceiros nacionais e internacionais.

Venha compartilhar esse jogo conosco!

Leila Mirtes Santos de Magalhães PintoDiretora do Departamento de Ciência e Tecnologia do EsporteSecretaria Nacional de Desenvolvimento de Esporte e de Lazer

Ministério do Esporte

Patricia Zingoni Machado de MoraisCoordenadora Geral de Tecnologia, Cooperação e Intercâmbio

Secretaria Nacional de Desenvolvimento de Esporte e de Lazer

Ministério do Esporte

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1 – BRINCAR, JOGAR, VIVER: PROGRAMA ESPORTE E LAZER DA CIDADE

Marcelo Pereira de Almeida Ferreira e Nelson Carvalho Marcellino (Org.).

Brasília: Ministério do Esporte, 2009.

604 p.

ISBN: 978-85-60719-01-3

Nesta segunda edição estão reunidos os volumes I e II que foram publicados em 2007. Trata-se de coletânea que objetiva analisar as ações do Programa Esporte e Lazer da Cidade (PELC), da Secretaria de Desenvolvimento Nacional de Esporte e de Lazer, do Ministério do Esporte, a fim de contribuir para o desenvolvimento desse Programa. A obra congrega a produção de palestrantes, oficineiros, coordenadores, agentes, pesquisadores e demais profissionais, ligados ao Programa Esporte e Lazer da Cidade, fruto da reunião de gestores do Programa, realizada pela Secretaria em Brasília – DF, em 2006.

O livro está dividido em cinco módulos, a saber: palestras, oficinas, tópicos operacionais do Programa Esporte e Lazer da Cidade, relatos de experiências do projeto social do Programa Esporte e Lazer da Cidade, e Rede CEDES – Centro de Desenvolvimento do Esporte Recreativo e de Lazer, o qual apresenta algumas pesquisas desenvolvidas pela Rede.

A importância deste livro para a qualificação das políticas públicas de esporte e lazer está ligada à análise do programa social da Secretaria Nacional de Desenvolvimento de Esporte e de Lazer, do Ministério do Esporte – o PELC.

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2 – BRINCAR, JOGAR, VIVER: LAZER E INTERSETORIALIDADE COM O PELC

Rejane Penna Rodrigues, Leila Mirtes Magalhães Pinto, Débora Alice Machado da Silva, Cláudia Regina Bonalume e Luiz Roberto Malheiros Araújo (Org.).

Brasília: Ministério do Esporte, 2008.

632 p.

ISBN: 978-8599218-36-5

Esta publicação é fruto da II Reunião Nacional dos Agentes do Programa Esporte e Lazer da Cidade (PELC). Essa segunda edição da reunião teve como foco a intersetorialidade das políticas sociais praticadas pela Secretaria Nacional de Desenvolvimento de Esporte e de Lazer com parceiros de outras secretarias nacionais e de outros ministérios. Além de 597 agentes e parceiros, estiveram também presentes pesquisadores do PELC Rede CEDES (Centro de Desenvolvimento do Esporte Recreativo e de Lazer). A maior parte das palestras, debates e relatos de experiência foi aqui apresentada como nas edições anteriores BRINCAR, JOGAR, VIVER, volume I e volume II, publicadas por essa Secretaria.

A primeira parte deste livro aborda o tema proposto, a intersetorialidade, e os principais desafios das políticas sociais da atualidade. Já na segunda parte amplia-se o que foi debatido e discute-se a compreensão que a Secretaria Nacional de Desenvolvimento de Esporte e de Lazer tem do lazer e das possibilidades do PELC (tanto dos núcleos quanto da Rede CEDES) para ações intersetoriais e em rede. A terceira parte registra a contribuição dos convidados que integraram as mesas redondas e debates com a plenária. Debates que segundo a obra focam as diversas experiências e questões postas pelos palestrantes, desafiando-nos a repensar práticas vividas no Programa partindo-se de vários olhares. Na quarta parte da obra, são apresentadas as perspectivas dos agentes do PELC. Segundo a publicação, são expostas as comunicações orais e pôsteres que foram apresentados no evento. Essas exposições são importantes para se conhecer o desenvolvimento do Programa e as experiências de outros programas, vividos também pelos agentes, que andam de mãos dadas com o PELC. Tanto os textos que relatam experiências como os que relatam pesquisas e ensaios do PELC reafirmam a qualidade do Programa e sua integração com as políticas sociais.

Assim, esta obra reafirma que as parcerias são indispensáveis para que se realize o sentido pleno do objetivo do PELC, pois o que está em jogo é o brincar e viver valorizando identidades, autonomias, criatividades e alegrias vividas coletivamente.

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3 – BRINCAR, JOGAR, VIVER: IX JOGOS DOS POVOS INDÍGENAS

Leila Mirtes Magalhães Pinto e Beleni Saléte Grando (Org.).

Cuiabá: Central de Texto, 2010.

256 p.

ISBN: 978-85-88696-78-5

Esta edição objetiva registrar o planejamento, realização e avaliação do IX Jogos dos Povos Indígenas, ocorrido no período de 23 de novembro a 1º de dezembro de 2007, nas cidades de Olinda e Recife – Pernambuco. Evento que foi organizado sob a responsabilidade do Comitê Intertribal, com o apoio do Governo Federal, coordenado pelo Ministério do Esporte em parceria com: FUNAI – Fundação Nacional do Índio – do Ministério da Justiça; FUNASA – Fundação Nacional de Saúde – do Ministério da Saúde; SECAD – Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade – do Ministério da Educação e SID – Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural – do Ministério da Cultura, além do governo do estado de Pernambuco, e das prefeituras de Recife e de Olinda.

A obra reúne textos de organizadores, representantes das 26 etnias participantes do IX Jogos, pesquisadores, voluntários que trabalharam na organização do evento, representantes institucionais e do público presente no evento.

O livro está organizado em três partes. A Parte I apresenta o planejamento do IX Jogos dos Povos Indígenas, e elementos sobre o brincar, jogar e viver indígena, na visão dos idealizadores do evento – os irmãos Marcos e Carlos Terena – e do pesquisador Arthur de Almeida; a Parte II apresenta a Avaliação do IX Jogos, expondo a visão dos próprios indígenas, dos organizadores, dos voluntários e dos participantes; a Parte III apresenta dados sobre a avaliação institucional do evento realizada com os gestores coordenados dos Jogos. Os dados das entrevistas foram organizados de forma a expressar saberes e práticas dos povos indígenas participantes e dos demais participantes do país e do exterior que trabalharam e acompanharam todas as atividades culturais, artísticas e esportivas realizadas naquele encontro.

Em suas 256 páginas, a obra visa contribuir com dados originais, subsidiando novas pesquisas nos campos da Educação, Educação Física, Esporte e Lazer, especialmente subsidiando as políticas públicas de esporte e lazer tendo em vista qualificar o atendimento da população indígena brasileira.

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4 – DOCUMENTÁRIO IX JOGOS DOS POVOS INDÍGENAS

Direção: Ronaldo Duque

Brasília: Ministério da Cultura e Ministério do Esporte, 2008.

Documentário em DVD

Realização: Instituto Terceiro Setor

Produção: Fantasias Luminosas

O DVD IX Jogos dos Povos Indígenas é um documentário sobre o evento de práticas tradicionais dos povos indígenas brasileiros, realizado em 2008 nas cidades de Recife e Olinda – Pernambuco. Evento que envolveu mais de 40 etnias diferentes e mais de 1.050 participantes.

Segundos os idealizadores Marcos Terena e Carlos Terena, esses jogos têm como objetivos contribuir com a preservação das práticas tradicionais indígenas, suas culturas, danças, jogos, artesanatos e expressões corporais. Constituem-se, também, em oportunidade de interações entre indígenas e não indígenas, mostrando a diversidade existente.

O DVD documenta o processo de idealização, organização e realização desse grande evento, destacando as diversas modalidades de práticas tradicionais que compõem sua programação.

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5 – PRÊMIO BRASIL DE ESPORTE E LAZER DE INCLUSÃO SOCIAL: COLETÂNEA DOS PREMIADOS DE 2008

Leila Mirtes Magalhães Pinto e Andréia Meneses Silva Lopes (Org.).

Brasília: Ministério do Esporte, 2009.

432 p.

ISBN: 978-85-99218-40-2

Nas palavras do Ministro do Esporte, Orlando Silva, o Prêmio Brasil de Esporte e Lazer de Inclusão Social era um antigo sonho acalentado desde a criação do Ministério em 2003. Sonho de premiar trabalhos que cumprissem o papel de instrumento de consolidação das políticas de esporte e lazer de inclusão social. Em 2008 foi possível esta concretização com a liderança da Secretaria Nacional de Desenvolvimento de Esporte e de Lazer na execução desse concurso. O Prêmio tem o objetivo de qualificar ações políticas nos campos do esporte e do lazer, e de valorizar os avanços da produção científica e tecnológica nessa área, que reflitam sobre problemas essenciais, dialoguem com práticas políticas e gerenciais e que promovam a dinâmica inclusiva dos projetos sociais de esporte e lazer.

Na obra são apresentadas sínteses dos 27 trabalhos premiados nas cinco categorias da primeira edição do Prêmio: (1) dissertações, teses e pesquisas independentes; (2) monografias de graduação e especialização; (3) relatos de experiência; (4) ensaios; e (5) novas mídias.

A coletânea ressalta a abrangência desse concurso, uma vez que premia trabalhos tanto em nível nacional – categorias 4 e 5 - quanto regional – categorias 1, 2 e 3. A difusão dessa produção pretende atingir gestores, agentes e pesquisadores de todo o país, desafiando a mobilização de reflexões que ampliem o debate sobre a importância do esporte e do lazer como direitos sociais de brasileiros, como um dos fatores de inclusão social e de qualidade de vida para toda a população.

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6 – LEGADOS DE MEGAEVENTOS ESPORTIVOS

Rejane Penna Rodrigues, Leila Mirtes Magalhães Pinto, Rodrigo Terra e Lamartine P. DaCosta (Org.).

Brasília: Ministério do Esporte, 2008.

608 p.

ISBN: 978-85-61892-00-5

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Este livro foi concebido a partir do Seminário Gestão de Legados de Megaeventos Esportivos, promovido pelo Ministério do Esporte e o Conselho Federal de Educação Física – CONFEF. Esse evento foi realizado em maio de 2008 e reuniu mais de 250 pessoas entre gestores, estudiosos brasileiros e especialistas internacionais.

Reunindo 65 artigos de pesquisadores e especialistas diferentes, a obra se dispõe a socializar informações importantes sobre os megaeventos esportivos, tema com escassas produções no país. Os artigos publicados analisam desde limites e possibilidades relacionadas à realização dos megaeventos esportivos até impactos que podem ser alcançados, beneficiando tanto as cidades e países-sede como o público espectador e os participantes. Elucida o fortalecimento e o avanço do estado anfitrião, no tocante à economia, à imagem, à cultura, à inclusão social, ao meio ambiente, à regeneração urbana, à gestão de marketing e avanços científicos tecnológicos, dentre outros.

O livro almeja ser uma contribuição ao desenvolvimento do esporte como um todo, em especial no que tange à captação de megaeventos esportivos de grande notoriedade, tratando, especialmente, de temas significativos e subsídios determinantes para a gestão dos legados dos megaeventos - a consecução dos mesmos e o seu favorecimento.

A publicação evidencia o Governo Federal como protagonista nesse segmento, voltado cada vez mais para a qualidade de suas realizações, haja vista os resultados dos Jogos PAN e PARAPAN-AMERICANOS de 2007 e a preparação do país para sediar os Jogos Mundiais Militares de 2011, a Copa do Mundo de Futebol de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. Megaeventos que vêm atraindo investimentos diversos, ganhando espaços cada vez maiores nas mídias, reafirmando-se como fenômenos sócio-culturais políticos relevantes da atualidade.

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7 – JOGOS E CIDADES: ORDENAMENTO TERRITORIAL URBANO EM GRANDES EVENTOS ESPORTIVOS

Sávio Raeder

Brasília: Ministério do Esporte, 2010.

172 p.

ISBN: 978-85-63445-01-8

Estudo classificado em primeiro lugar no 1º Prêmio Brasil de Esporte e Lazer de Inclusão Social na Categoria: dissertações, teses e pesquisa independentes – região Sudeste

Megaeventos esportivos, ou grandes eventos esportivos (GEEs), têm sido empreendidos por diversas cidades do mundo, muitas vezes sob um discurso no

qual se apresentam como oportunidades para impulsionar o desenvolvimento urbano. Os grandes eventos esportivos se configuram como grandes projetos urbanos (GPUs), dada a escala de intervenção que assumem nas cidades cujos gestores estão dispostos a concorrer em acirrada competição para sediar tais eventos. Esses grandes eventos assumem proporções monumentais a ponto de as próprias cidades serem tomadas como espetáculo a ser desfrutado por consumidores e capitais ávidos por novos territórios de lazer e acumulação. O ordenamento territorial urbano empreendido nesse contexto - considerando-se os impactos conformados, as estratégias dos atores hegemônicos e os conflitos decorrentes - é o foco desse estudo que analisa primordialmente os Jogos Olímpicos e os Jogos Pan-americanos. Tal ordenamento é abordado com um enfoque especial para a ação do estado na sua conformação. Esse esforço analítico conta ainda com uma proposta de tipologia que orienta a compreensão do fenômeno numa perspectiva sócio-espacial. Para tanto, foram definidas quatro categorias-chave que podem ser tomadas como indicadores de avaliação dos impactos urbanos promovidos pelos GEEs: as vilas de atletas, as estruturas de transportes, os reassentamentos de famílias e os equipamentos esportivos.

O trabalho se divide em dois segmentos. No primeiro discute-se o ordenamento territorial urbano à luz dos elementos constitutivos do chamado empreendedorismo urbano, que se apresenta como um conjunto de práticas urbanas consoantes com a modernização capitalista vigente. Enfoque especial é dado ao processo de espetacularização das cidades e aos grandes projetos urbanos, e às temáticas da escala e da desigualdade espaciais. No segundo segmento são tecidas algumas considerações, orientadas pela tipologia supracitada, acerca dos impactos urbanos produzidos em alguns grandes eventos esportivos. Destaque é dado ao que se tomou como principal objeto empírico do estudo: os Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro de 2007. Precede a conclusão do trabalho uma discussão sobre conflitos urbanos observados nesses grandes eventos. São principais referências autorais nesse estudo: Milton Santos, David Harvey, Guy Debord e Antonio Gramsci.

Esta obra, que se representa como uma contribuição para o debate sobre políticas públicas em sedes de megaeventos esportivos, foi desenvolvida como dissertação de mestrado em Geografia da Universidade Federal Fluminense.

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8 – OLIMPISMO E EDUCAÇÃO OLÍMPICA NO BRASIL

Alberto Reinaldo Reppold Filho, Rejane Penna Rodrigues, Leila Mirtes Santos Magalhães Pinto e Selda Engelman (Org.).

Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2009.

268 p.

ISBN: 978-85-386-0053-4

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A obra é uma coletânea, com 21 capítulos, relacionada ao III Fórum de Desenvolvimento do Esporte Olímpico, realizado em maio de 2009, na cidade de Natal – Rio Grande do Norte. Trata-se de uma publicação conjunta entre o Ministério do Esporte e o Centro de Estudos Olímpicos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O livro tem como tema central o Olimpismo e a Educação Olímpica no Brasil. A Educação Olímpica é caracterizada por um conjunto de atividades educativas de caráter multidisciplinar e transversal,

tendo como eixo integrador os valores olímpicos. Esta publicação, então, estabelece uma interface entre o Olimpismo e a Educação Olímpica construída pela filosofia, a pedagogia, a história e a cultura. No livro, são discutidos aspectos teóricos e práticos de experiências brasileiras e internacionais na área.

A obra está organizada em quatro partes. Na primeira, são tratados aspectos históricos e filosóficos do Olimpismo, com ênfase nas idéias de Pierre de Coubertin, e suas implicações para a Educação Olímpica no Brasil e em outros países. A segunda parte compreende um conjunto de estudos sobre as relações da Educação Olímpica com a cultura e a educação. Lazer, multiculturalismo, alteridade, cidadania e promoção da saúde são alguns dos temas tratados. A parte seguinte focaliza experiências de Educação Olímpica no Brasil. São apresentadas também propostas para o desenvolvimento da Educação Olímpica no país e diretrizes para avaliar os valores olímpicos de projetos em andamento. A parte final congrega os estudos sobre Educação Olímpica, história e memória. Os museus e centros de documentação recebem especial atenção pelo importante papel que desempenham na Educação Olímpica. São espaços, ao mesmo tempo, de preservação da memória e promoção dos valores olímpicos. Os capítulos que fecham essa parte apresentam o historiador em seu ofício, produzindo fontes, resgatando a memória, contando a história, tão importante para aqueles que trabalham com a Educação Olímpica. O livro se encerra com reflexão sobre os desafios colocados pela Educação Olímpica para as políticas públicas de esporte e lazer.

Em termos de políticas públicas, a obra situa-se no contexto das discussões referentes ao legado sócio-cultural dos Jogos Olímpicos a serem realizados no Rio de Janeiro, em 2016. Ela também enfatiza a importância da educação e do esporte na promoção de valores positivos, em especial entre crianças e jovens, e do poder público na formulação de políticas para a consecução desses fins.

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9 – SOBRE LAZER E POLÍTICA: MANEIRAS DE VER, MANEIRAS DE FAZER

Hélder Isayama e Meily Assbú Linhales (Org.)

Natal: Editora CEFET, 2007.

208 p.

ISBN: 978-85-895-7121-1

Em 2004 foi constituído, na UFMG, o Grupo de Estudos sobre Políticas Públicas de Esporte e Lazer – Polis/CELAR –, com o desafio de conhecer e interpretar as balizas técnico-conceituais que têm informado estudos, análises e avaliações

relativas ao papel do Estado nos processos de organização de políticas, em especial, de políticas sociais. Nesse desafio de apropriação reflexiva e compartilhada, o grupo se orienta por um olhar crítico e interrogativo sobre as chamadas políticas de esporte e lazer. Começaram, então, a ser desenhados no grupo alguns objetos de pesquisa, que foram potencializados pelo estabelecimento de convênio entre a UFMG e a Rede CEDES, da Secretaria Nacional de Desenvolvimento de Esporte e de Lazer, do Ministério do Esporte. Em 2006, no processo de realização de suas atividades mensais, o Polis/CELAR recebeu convite para pensar a temática central do VII Seminário O Lazer em Debate, decidindo-se que a política seria a temática central e capaz de dialogar com o lazer, não só no sentido restrito da política como gestão pública, mas também nas possibilidades de reflexão acerca dos processos de produção cultural de sentidos e significados e dos estreitos vínculos existentes com os estudos sobre as cidades.

A qualidade dos debates suscitados nesse Seminário motivou a organização desta publicação, pela riqueza dos textos apresentados, pelos pontos polêmicos e até divergentes entre os autores e pelas várias possibilidades anunciadas para pensar as relações entre o lazer e o esporte. Os textos partem de diferentes lugares acadêmicos – história, filosofia, geografia, ciência política e educação física – anunciando olhares sobre a política, o lazer e a cidade. O livro foi dividido em três partes. Na primeira, Lazer, política e subjetividade, Alexandre Vaz e Carlos José Martins refletem sobre o lazer como interesse e como necessidade produzida na modernidade. Na segunda parte – Lazer, política e cidade – Nelson Carvalho Marcellino e Sérgio Martins problematizam os espaços, os equipamentos e as manifestações de lazer na cidade, tendo como referências os dilemas presentes nos processos de urbanização e a construção da cidadania. Lazer, política e gestão pública é o tema da terceira parte, na qual Lino Castellani Filho e Telma Menicucci estabelecem debate relativo aos direitos sociais no Brasil e à construção de uma política nacional de lazer.

Este livro vem, assim, ao encontro de uma ação conjunta que busca o desenvolvimento e a qualificação do esporte e do lazer como direitos e políticas sociais.

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10 – POLÍTICAS DE LAZER E SUAS MÚLTIPLAS INTERFACES NO COTIDIANO URBANO

Lerson Fernando dos Santos Maia, Marcus Vinícius de Faria Oliveira e Dália Maria Maia Cavalcanti de Lima (Org.)

Natal: Editora CEFET, 2007.

208 p.

ISBN: 978-85-895-7121-1

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Este livro relata o resultado de estudos realizados na cidade de Natal – Rio Grande do Norte, majoritariamente, e da experiência de um programa multicultural na cidade de Recife – Pernambuco. Os estudos tiveram como objetivo analisar formas como as populações vivenciam o tempo livre e realizam atividades de lazer, tomando como referência o espaço urbano e suas interrelações. O objeto do estudo são as políticas públicas que visam a produzir momentos de lazer para sua população, local ou municipal. Os dados sobre tais políticas foram coletados tanto de documentos públicos da cidade, como de entrevistas com a comunidade, retratando a vivência originada dessas políticas, bem como de observações diretas dos espaços e das atividades de lazer. Foram investigados 36 bairros que conformam a cidade de Natal. A pesquisa foi desenvolvida pela Base de Pesquisa de Políticas Públicas de Lazer, do Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio Grande do Norte (CEFET-RN).

Os artigos reunidos no livro analisam os instrumentos de lazer, tais como: calçadões de lazer, localizados em diferentes bairros, e as brincadeiras de ruas. Os 16 artigos tomam como base a dicotomia existente entre a lógica do mercado imobiliário, determinada pelos interesses econômicos, e a promoção da qualidade de vida, por meio do acesso público ao lazer.

Os textos deste livro propõem também aprofundamento da reflexão sobre o conceito, e a consequente vivência, do lazer, do ponto de vista da comunidade, das instituições públicas e das organizações da sociedade civil (ONGs) que atuam nesse campo. Tornando-se, assim, peça importante para a avaliação dos programas de implantação das políticas públicas de lazer e de significativo interesse para a formação de profissionais do lazer.

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11 – POLÍTICA E LAZER: INTERFACES E PERSPECTIVAS

Dulce Suassuna e Aldo Antonio de Azevedo.

Brasília: Thesaurus, 2007.

240 p.

ISBN: 978-85-7062-666-0

Esta publicação apresenta estudo que tem como objetivo avaliar em que medida os programas e ações governamentais, desenvolvidos nas gestões do presidente Fernando Henrique e do presidente Lula, entre 1996 e 2005, implantaram políticas de lazer, com foco nos direitos sociais.

Dos oitos capítulos que compõem o livro, o primeiro analisa o contexto do Ministério do Esporte, com suas ações e programas, o papel do Conselho Nacional de Esporte e os paradoxos da política realizada no e pelo referido ministério. No segundo capítulo, o foco recai sobre ações e programas desenvolvidos na área da cultura, pelo Ministério da Cultura, e sua interface com a área do lazer, por meio de estudo documental dos planos plurianuais (PPAs), dos programas e ações e dos discursos políticos, a fim de se identificar a concepção cultural, o papel do Estado, os critérios subjacentes ao modelo delineado para a política pública e a focalização do lazer em cada governo considerado. O terceiro artigo foca o debate nas reflexões sobre o meio ambiente e sua relação com o lazer, partindo de questões conceituais para a construção da referida relação. O quarto capítulo aborda o Programa Nacional de Educação Ambiental (PtonEA) com o intuito de ressignificar o lazer como proposta pedagógica para a educação ambiental. No quinto capítulo, o esporte e o lazer foram estudados partindo-se de consultas documentais e da discussão acerca dos resultados encontrados, coletados entre 1996 e 2005. O sexto capítulo trata da relação entre cidades e lazer, tendo como ponto de partida a constituição do Ministério das Cidades, suas propostas e o processo de inchaço das cidades no Brasil. O sétimo artigo traça uma síntese propositiva para o revigoramento das políticas públicas de lazer, buscando mapear as bifurcações que se apresentam no caminho da conquista da cidadania participativa, buscando discutir o norte para a ação política de quem almeja um outro lazer, para além da mercantilização atual. O oitavo artigo propõe uma reflexão sobre a metodologia adotada no processo de formação do Programa Esporte e Lazer da Cidade com foco na reprodução de metodologias com base em práticas dominadoras em contraposição às práticas metodológicas libertadoras.

Por fim, o conjunto da obra remete para a certeza de que a construção das políticas públicas de lazer pressupõem a articulação intersetorial, nos três níveis de governo, e um olhar interdisciplinar que envolva, além dos pressupostos da educação física, o olhar das ciências sociais.

Política e Lazer: interfaces e perspectivas

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12 – ESPORTE E LAZER NA CIDADE DE SÃO LUÍS DO MARANHÃO: ELEMENTOS PARA CONSTRUÇÃO DE UMA POLÍTICA PÚBLICA

Silvana Martins de Araújo e Raimundo Nonato Assunção Viana (Org.).

São Luís: EDUFMA, 2008.

134 p.

ISBN: 978-85-7862-031-8

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O livro é fruto de um trabalho coletivo, realizado por pesquisadores e acadêmicos da Universidade Federal do Maranhão, resultante de pesquisa do Núcleo da Rede CEDES, financiada pelo Ministério do Esporte.

A obra é composta por seis artigos com o objetivo de oferecer subsídios para a elaboração de uma política pública de esporte e lazer na cidade de São Luís – MA.

O primeiro artigo, intitulado Os ordenamentos legais do unicípio de São Luís – MA: o esporte e o lazer em foco, de autoria de Silvana Araujo, Kytania Dominici e Girlane Cardoso, analisa, por meio de pesquisa documental, a trajetória que o esporte e o lazer, como direitos sociais, têm assumido nos ordenamentos legais que compõem a política setorial. O texto Políticas públicas de esporte e lazer em São Luís – MA: a gestão, participação popular e o controle social em discussão, de Silvana Araujo e Ywry Magalhães, tece considerações sobre a participação popular nas políticas públicas em geral e no esporte e lazer em especial, a partir da pesquisa de campo. No terceiro artigo, Financiamento de políticas de esporte e lazer em São Luís – MA: o oficial, o dito e o observável, os autores Carlos Fernandes e Samyr Bezerra apresentam a premissa de que o orçamento e financiamento são aspectos da realidade organizacional e gerencial da administração. Em Espaço urbano como aspecto constituinte da política de esporte e lazer em São Luís – MA, as autoras Nilza Reis, Rarielle Lima e Sylvianne Gomes analisam as políticas públicas nos aspectos voltados para os espaços de esporte e lazer, tomando como referência empírica a atuação da Fundação Municipal de Desporto e Lazer (FUMDEL). No quinto artigo, Política de animação em São Luís – MA: atuação da FUMDEL, Kytania Dominici e Marconi Silva abordam a política de animação desenvolvida pela FUMDEL realizadas num determinado espaço em um tempo de lazer, em contraposição ao que foi planejado pela gestão municipal. No texto Os agentes sociais de esporte e lazer em São Luís - MA: o Projeto Movimento e Resgate Esportivo, Ana Paula Vieira e Rafael Silva identificam a formação, o processo de seleção, o regime de contratação e as funções exercidas pelos agentes sociais de esporte e lazer na investigação do Projeto Movimento e Resgate Esportivo, desenvolvido pela FUMDEL.

Esta obra indica quais equívocos e limitações foram identificados e assinala orientações para universalizar o acesso ao esporte e lazer, em todas as suas dimensões, na cidade de São Luís do Maranhão.

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13 – POLÍTICAS PÚBLICAS DE ESPORTE E LAZER NA CIDADE DO RIO GRANDE

Luiz Felipe Alcântara Hecktheuer, Manoel Luis Martins da Cruz, Méri Rosane Santos da Silva, Mirella Pinto Valério e Tatiana Teixeira Silveira (Org.).

Rio Grande: Salisgraf Editora e Gráfica Ltda, 2009.

92 p.

ISBN: 978-85-7566-129-1

Esta obra traduz o resultado de quatro estudos aplicados na cidade de Rio Grande - Rio Grande do Sul – pelo Núcleo de Estudos do Lazer da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), ligado à Rede CEDES.

O primeiro artigo relata o resumo de pesquisa a qual teve como objetivos: analisar as políticas de lazer existentes no município, entre 1997 e 2008; avaliar os equipamentos públicos de lazer; e mapear os espaços passíveis de se tornarem espaços públicos de lazer. Ele inicialmente discute os conceitos de políticas públicas e de lazer, além de questionar o distanciamento entre a cidade e seus habitantes. Os dados foram coletados no partido político que esteve à frente da administração pública no período estudado; da Secretaria Municipal de Turismo, Esportes e Lazer e do principal jornal da cidade. O segundo estudo retrata a avaliação da implantação do projeto Segundo Tempo em escolas da cidade de Rio Grande, o qual foi executado pelo SESC – Serviço Social do Comércio do Rio Grande do Sul, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação e Cultura. Ele instiga a reflexão sobre o modelo neoliberal de administração pública, especialmente no que diz respeito às atividades esportivas e à premissa de que elas promovam a inclusão social e a construção da cidadania. O artigo relata a implantação do projeto Segundo Tempo em quatro escolas de Rio Grande e ainda contempla os leitores com a trajetória evolutiva do conceito “vulnerabilidade”, para melhor entendimento do texto. O terceiro artigo apresenta resultado da pesquisa que teve como objetivo identificar e mapear as políticas públicas de educação física nos níveis federal, estadual e municipal, no ensino formal público de Rio Grande, analisando o que elas têm de implicação com políticas públicas de esporte, confrontadas com as políticas para educação física identificadas pelos professores de educação física daquela rede de ensino. O quarto artigo retrata pesquisa que buscou identificar as políticas públicas de lazer e ações concretas de oferta de lazer voltadas para os idosos riograndinos. Para tal, os dados foram coletados nos órgãos oficiais municipais e em reportagens do Jornal Agora. Também foram aplicadas entrevistas semiestruturadas aos coordenadores dos seis grupos em atividades no município.

Embora focado em uma cidade, o presente livro cria oportunidade de se aprofundar a reflexão sobre os reais conceitos de políticas públicas, esporte e lazer, de forma a facilmente se aplicar tais questionamentos a outras realidades nacionais.

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14 – IMPACTO DAS POLÍTICAS DE LAZER NA REGIÃO DO BAIRRO AERO RANCHO, CAMPO GRANDE – MS

Felipe Soligo Barbosa, Luciane Coelho Rabel, Joyce Priscila Samudio da Silva e Julio Arani Pinheiro Xavier.

Campo Grande: UCDB, 2008.

88 p.

ISBN: 978-85-7598-142-9

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Esta publicação apresenta o resultado de estudo que teve como objetivo descrever e avaliar o programa de política pública realizado, inicialmente, pelo governo do estado do Mato Grosso do Sul, no Parque Ayrton Senna, posteriormente municipalizado. A pesquisa geradora deste livro foi realizada por meio de análise bibliográfica, documental e de campo.

Em abril de 2007 foi firmado convênio entre a prefeitura de Campo Grande – Mato Grosso do Sul – e a Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), como extensão universitária, para a realização de atividades esportivas, educativas e de lazer no Parque Ayrton Senna, na localidade denominada Aero Rancho, região de grande vulnerabilidade social. Durante o período de atuação no Parque, a UCDB disponibilizou uma equipe de professores e docentes que foram selecionados e capacitados para atuarem no espaço, em atividades de lazer e de esporte. Em 2006 e 2007 houve um crescimento nesse atendimento, chegando, em 2008, a 88.700 atendimentos anuais, em 10 modalidades diferentes de atuação. O espaço tornou-se referência por seu atendimento de qualidade e por apresentar uma equipe consolidada de professores e acadêmicos que buscam, com ações de lazer e iniciação desportiva, integrar a comunidade. Os resultados da pesquisa mostram que o espaço é frequentado por moradores de até 13 bairros do entorno do Parque Ayrton Senna, o que fortalece a importância do espaço como referência para a vivência do lazer, especificamente quanto ao conteúdo físico-esportivo da região. Outro aspecto não menos importante é a contribuição que o lazer pode trazer para a manutenção, preservação e até mesmo para a revitalização do espaço, tendo em vista que o conceito de patrimônio ambiental urbano expande os limites de vínculos materiais com o espaço, estabelecendo pontos de referência, inclusive vínculos afetivos.

Este estudo gera a oportunidade de se aprimorar os investimentos públicos na área do esporte e do lazer, pois antes de construir novo espaço e equipamentos de lazer, podem-se reformar e animar espaços já construídos e incorporá-los ao cotidiano da população. O livro sugere que as ações devem ser respaldadas por instrumentos legais, como a criação de leis que possibilitem que atividades desenvolvidas perdurem além do partidarismo, visando ao benefício da população frequentadora do equipamento e possibilitando o acesso ao lazer, não apenas como descanso e divertimento, mas também como possibilidade de desenvolvimento pessoal e social.

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15 – NEOLIBERALISMO E POLÍTICAS DE LAZER - APONTAMENTOS CRÍTICOS: CINCO ANOS DE PESQUISA DO OBSERVATÓRIO DE POLÍTICAS SOCIAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA, ESPORTE E LAZER DO GRANDE ABC/GEPOSEF

José Luís Solazzi e Juliana Pedreschi Rodrigues (Org.).

Santo André: Alpharrabio, 2008.

160 p.

ISBN: 978-85-88014-50-3

O livro é resultado dos cinco anos de pesquisas do Observatório de Políticas Sociais em Esporte e Lazer do Grande ABC, integrante do Grupo de Estudos de Políticas Sociais de Educação Física, Esporte e Lazer – GEPOSEF. Apresenta em duas partes discussões acerca de recentes transformações sociais que afetam diretamente os direitos sociais e o lazer.

O primeiro artigo analisa o impacto das recentes transformações nas lutas pelos direitos sociais e como esses, apesar dos dispositivos da Constituição Federal, têm sofrido frequentes cortes de aportes financeiros pelas ações estatais no campo dos direitos sociais. O segundo artigo busca compreender as possibilidades e formas de atuação que efetivem o domínio coletivo do espaço público, questionando os sistemas de poder, as práticas políticas e as estruturas sociais voltadas para as dimensões individualizantes, segmentadas e particularistas. O terceiro artigo traça a trajetória do nascimento dos direitos sociais vinculados aos liberalismos, caracterizando tais direitos com as suas gerações e propondo uma discussão sobre o ataque neoliberal aos direitos sociais, no que tange ao esporte e ao lazer. O quarto relata acontecimentos, práticas, artigos e idéias, buscando caracterizar novas correlações entre capital e estado, como primeira reflexão para se estruturar a “crítica da política”. O quinto versa sobre a constituição dos direitos civis, políticos e sociais no Brasil, como ponto de partida lógico-histórico para teorizar a questão do direito ao lazer, na perspectiva de construir reação contra-hegemônica ao capital. O sexto artigo parte de revisão bibliográfica para construir análise histórica e identificar a gestão administrativa esportiva e de lazer atuais. O sétimo artigo trata das implicações do terceiro setor na área do esporte e lazer, partindo da perspectiva crítico-dialética. O oitavo analisa conceitos de lazer e procura demonstrar a falsidade da cisão entre liberdade e necessidade. O nono apresenta revisão bibliográfica com foco em análise crítica do entendimento de lazer atual e o desenvolvimento histórico desse conceito nas relações sociais. O décimo traz discussão sobre noção de tempo livre e lazer das mulheres nas cidades e regiões metropolitanas.

A discussão sobre as implicações do neoliberalismo na construção das políticas públicas de lazer, aqui construída, revela valiosa colaboração nas discussões e propostas de elaboração das políticas públicas, mais especificamente no que tange à área do esporte recreativo e do lazer.

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16 – ESPORTE, EDUCAÇÃO, CORPO E SAÚDE - APONTAMENTOS CRÍTICOS: CINCO ANOS DE PESQUISA DO OBSERVATÓRIO DE POLÍTICAS SOCIAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA, ESPORTE E LAZER DO GRANDE ABC/GEPOSEF

Edson Marcelo Húngaro (Org.).

Santo André: Alpharrabio, 2008.

160 p.

ISBN: 978-85-88014-51-0

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O livro oferece aos leitores abordagem histórico-crítica à política neoliberal em diferentes temas da atualidade ligados à área de educação física. Sendo uma coletânea mista de artigos, divide-se em três coletâneas, a saber:

A Coletânea I, intitulada Neoliberalismo e políticas educacionais, trata da forma como, segundo os autores, a educação está arraigada à política neoliberal. Nos cinco artigos que compõem essa primeira parte da obra, são debatidos, respectivamente, a formação da pessoa humana e os indicadores sociais, o plano para o desenvolvimento da educação (PDE), o esporte na educação física escolar, a dança e o hip-hop, e suas respectivas relações com o contexto neoliberal em que se insere o país. Os autores defendem que a estrutura educacional vigente não rompe com o paradigma neoliberal e propõem pedagogias emancipatórias que aproximem os diversos contextos da formação integral com qualidade. A segunda coletânea, Políticas públicas e esporte, em seus dois capítulos trata do esporte como campo social de intervenção, interação e espetáculo. É defendido que a lógica do esporte de alto rendimento determina as características do esporte escolar. O esporte e o lazer, inseridos na área dos direitos sociais, são tratados pelo estado de forma semelhante aos demais tópicos (educação, saúde e economia). A Coletânea III Corpos, saúde e sociabilidades aborda os desafios e perspectivas da educação física na área da saúde a partir de uma contextualização histórica, evitando “falsos exageros colocados pela mídia neoliberal”. Verificam-se, nessa contextualização histórica, similaridades com o registro histórico europeu.

O autor propõe, por meio de seu debate crítico, reflexão sobre as práticas descontextualizadas de educação, o que pode funcionar como aporte teórico para o ensino integral nas áreas do esporte e do lazer, de maneira emancipatória e crítica.

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17 – ESTADO, POLÍTICA E EMANCIPAÇÃO HUMANA: LAZER, EDUCAÇÃO, ESPORTE E SAÚDE COMO DIREITOS SOCIAIS

Carla Cristina Garcia, Edson Marcelo Húngaro e Luciano Galvão Damasceno (Org.).

Santo André: Alpharrabio, 2009.

160 p.

ISBN: 978-85-88014-52-7

Esta publicação é resultado do I Seminário de Políticas Sociais de Educação Física, Esporte e Lazer, realizado em abril de 2008 e organizado pelo Observatório de Políticas Sociais de Educação Física, Esporte e Lazer da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). O Seminário reuniu alguns importantes estudiosos a fim de tratar da “equação” emancipação política X emancipação humana e de outras questões, tais como: as transformações do mundo do trabalho; as políticas sociais, em geral, e alguns direitos sociais diretamente relacionados à Educação Física, como a educação, o lazer, o esporte e a saúde.

O objetivo do livro é lançar luzes a respeito da discussão sobre direitos e políticas sociais, sob um ponto de vista emancipatório. As palestras foram gravadas, transcritas e organizadas em diferentes temas: estado, política e emancipação humana; trabalho e sua nova morfologia; políticas sociais; direitos sociais no Brasil quanto ao lazer, ao esporte e à saúde, além de considerações sobre o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) do Ministério da Educação. Ao final de cada tema foi dedicado um espaço para questões levantadas pelo público, logo após cada fala. Com base em análises das limitações das políticas sociais da educação ao lazer, do esporte à saúde, do Estado aos direitos dos trabalhadores, o livro constitui importante conjunto de proposições críticas para a melhoria das condições de vida do povo.

O livro se propõe ser uma arma nas lutas diárias para que os trabalhadores não sejam reduzidos a uma passiva massa explorada. De acordo com os autores, não se passa, diretamente, da emancipação política à emancipação humana, mas é preciso lutar por aquela para que ainda se possa pensar nesta.

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18 – CULTURA, EDUCAÇÃO, LAZER E ESPORTE: FUNDAMENTOS, BALANÇOS E ANOTAÇÕES CRÍTICAS

Edson Marcelo Húngaro e Wilson Luiz Lino de Sousa (Org.).

Santo André: Alpharrabio, 2009

158 p.

ISBN: 978-85-88014-54-1

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Este volume é o último livro da coleção elaborada pelo Observatório de Políticas Sociais e Educação Física, Esporte e Lazer na região do Grande ABC da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Ele apresenta uma série de artigos de compromisso político com a superação da ordem burguesa, muito embora não haja entre os textos uma única matriz teórica inspiradora.

A publicação está dividida em seis temas. Ao longo do primeiro tema, O problema da política como finalidade, é posto que, apesar de a emancipação humana começar com medidas políticas, a política não pode ser tomada como finalidade, mas somente mediação. Em Filosofia, educação e marxismo é defendida filosofia da educação que ressalte a corporeidade humanizadora, cabendo à escola sustentar as atividades didáticas e as novas diretrizes pedagógicas sobre esse novo substrato político e filosófico. O terceiro tema, Arte, educação e formação cultural, propõe-se a refletir criticamente sobre a arte, pela identificação de seus limites e mapeamento de suas potencialidades de realização como fenômeno cultural e, portanto, humano, em suas múltiplas dimensões. Já em O esporte recreativo, o lazer, a saúde, a ciência & tecnologia no âmbito da política nacional do esporte no 1º governo Lula 2003/2006 é feito um levantamento sobre a Secretaria Nacional de Desenvolvimento de Esporte e de Lazer, num esforço de reconceituar a idéia de desenvolvimento do esporte, a qual passa a ser sustentada no princípio da inclusão social. O quinto tema, Balanço inicial da produção do GTT de políticas públicas do CBCE (1997-2005) – avanços, ausências e perspectivas, trata não só da interlocução do curso de educação física com as ciências sociais como faz um relato do funcionamento e trabalhos do grupo, dos pressupostos teórico-metodológicos do Observatório e da produção referente aos dez anos do GTT. O último tema, Políticas sociais e cidadania plena das pessoas portadoras de deficiência – questões contemporâneas sobre acessibilidade, diversidade humana, discriminação e igualdade de oportunidades, procura, por meio de um debate sociológico sobre a acessibilidade, apreender a relação existente entre as reais necessidades de acesso dessa população e as ações realizadas pelos governos.

O livro contribui para o estudo dos fundamentos históricos e lógicos da política social, e seus autores, convencidos da importância da perspectiva revolucionária na análise da realidade, julgam que o projeto societário é fundamental para a compreensão das políticas sociais, assim como o é para a elaboração e implementação das mesmas.

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19 – PRAÇA PÚBLICA

Direção, roteiro, imagens e texto: Édison Gastaldo

Narração: Adriana Braga

Edição de som e trilha sonora original: Marco Scarassatti e Nelson Pinton

São Leopoldo – RS: TV Unisinos, 2008.

DVD com duração de 17 minutos

Mídia premiada no 1º Prêmio Brasil de Esporte e Lazer de Inclusão Social – 2008.

Praça Pública é um vídeo que busca apresentar e discutir alguns aspectos das práticas de desporto e lazer em praças e parques, assim como lançar reflexão sobre o lugar simbólico da praça na vida urbana, a partir de dados de uma pesquisa etnográfica realizada no Rio Grande do Sul. A vida cotidiana e as práticas esportivas e de lazer dos frequentadores de 20 diferentes praças e parques foram pesquisadas durante um ano por uma equipe de etnógrafos e o vídeo apresenta parte dos resultados dessa pesquisa.

Este vídeo é fruto da pesquisa Espaços Esportivos de Lazer e Sociabilidade Cotidiana: um estudo etnográfico, financiada pela SNDEL/ME, Rede CEDES e realizada na Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos – e teve como co-realizadoras a Universidade Luterana do Brasil – ULBRA – e a Universidade Federal de Santa Maria – UFSM.

A apresentação de resultados de pesquisa acadêmica em um vídeo visa a fomentar o debate acerca das práticas coletivas de esporte e lazer no espaço público junto a um público mais amplo. A intenção do vídeo é problematizar as contradições encontradas na vida cotidiana das praças, que expressam as contradições gerais da sociedade. A mesma praça onde crianças e jovens brincam e jogam pode abrigar prostituição, violência e tráfico de drogas. E ao mesmo tempo, abrigar a memória afetiva de uma comunidade que cresceu à sua volta. Trata-se de um espaço fundamental de construção de cidadania e solidariedade, a partir de práticas sociais de lazer vivido coletivamente. Temas esses que precisam de maiores reflexão e debate.

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20 – SEMINÁRIO NACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS DE ESPORTE E LAZER: RETROSPECTIVA HISTÓRICA

Almir Liberato e Artemis Soares (Org.).

Manaus: EDUA, 2009.

146 p.

ISBN: 978-85-7401-499-9

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Este livro objetiva contribuir com o resgate histórico dos Seminários Nacionais de Políticas Públicas de Esporte e Lazer que, desde 2001, vem ocorrendo anualmente em diferentes cidades-sede. Os seminários são constituídos por painéis, exposições de pôsteres, relatos de pesquisas e de experiências de diversas universidades brasileiras e do exterior, além de órgãos públicos governamentais. Os participantes são de variadas formações, incluindo áreas como educação, educação física, ciência política e administração.

As cidades-sede são eleitas de forma democrática e a discussão de temas específicos de políticas públicas do lazer serve para o constante amadurecimento da área. Produzido com o apoio da Secretaria Nacional de Desenvolvimento de Esporte e de Lazer, esse registro histórico retrata o compromisso com a política nacional do esporte, numa busca de democratização do acesso ao esporte e ao lazer. O livro está dividido em sete capítulos e possui, como eixo central, valores de democratização cultural e socialização de experiências da gestão pública no campo do lazer. Cada capítulo faz um relato dos diferentes seminários já ocorridos em Campinas, Porto Alegre, Belém, Caxias do Sul, Recife, Montes Claros, Natal e Manaus.

Esta publicação revela o crescente interesse pela discussão das políticas públicas de esporte e lazer de diferentes estados da federação. Ao retratar o desenvolvimento histórico dos seminários, os autores realizam um esforço de preservação da memória do desenvolvimento das políticas públicas. Trata-se de uma construção coletiva, em rede, composta por gestores e pesquisadores cujo objetivo principal é a apresentação, reflexão e difusão de ações e políticas na área.

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21 – ESPORTE E LAZER: SUBSÍDIOS PARA O DESENVOLVIMENTO E A GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS

Fernando Marinho Mezzadri, Fernando Renato Cavichiolli e Doralice Lange de Souza (Org.).

Jundiaí: Fontoura, 2007.

142 p.

ISBN: 978-85-87114-42-6

Este livro apresenta oito artigos escritos por pesquisadores do núcleo da Rede CEDES, da Universidade Federal do Paraná, cujo objetivo é socializar alguns resultados de pesquisas desenvolvidas pelos pesquisadores daquela Rede.

O primeiro artigo descreve o núcleo CEDES/UFPR, apresenta os projetos que compõem o núcleo e tece considerações sobre o desenvolvimento do grupo. O segundo texto objetiva explorar algumas possibilidades da pesquisa sociológica na área da educação física e enfatiza a importância da pesquisa sociológica, especialmente no que tange ao esporte e ao lazer. O terceiro artigo parte de dados levantados em 15 cidades do Paraná, quanto à estrutura organizacional das secretarias municipais; discute sobre a forma de gestão e sobre o orçamento dos órgãos municipais de esporte e lazer; lança debate sobre os projetos desenvolvidos em cada cidade. O quarto artigo, também fruto de pesquisa, relata inicialmente o referencial teórico e metodologias utilizadas e, posteriormente, analisa a situação de espaços e equipamentos de esporte e lazer de quatro cidades paranaenses. No quinto artigo as autoras fazem uma revisão bibliográfica sobre a fase do envelhecimento humano e analisam oito programas para idosos desenvolvidos por seis prefeituras do Paraná. Os autores do sexto artigo iniciam o texto discutindo a concepção de juventude e de lazer adotados no estudo pelo qual investigam, quantitativamente, como os jovens entre 14 e 19 anos, de escolas da rede pública paranaense, vivenciam o esporte e o lazer. O sétimo artigo descreve a experiência do Centro de Memórias em Educação Física e o desenvolvimento do Sistema da Rede CEDES (SiCedes), banco de dados criado para catalogação e análise de projetos de políticas públicas, programas, espaços, equipamentos e hábitos de esporte e lazer no Paraná. No oitavo artigo a autora apresenta resultados preliminares de pesquisa qualitativa sobre os principais fatores que promovem a adesão a práticas de atividades físicas regulares por parte de um determinado grupo de pessoas.

A publicação, sendo a primeira de uma série que, pretende-se, deva ter continuidade, pode subsidiar o desenvolvimento e a gestão de políticas públicas para o esporte e o lazer, tanto no estado do Paraná quanto nos demais estados da Federação.

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22 – GESTÃO DE POLÍTICAS DE ESPORTE E LAZER: EXPERIÊNCIAS, INOVAÇÕES, POTENCIALIDADES E DESAFIOS

Hélder Ferreira Isayama, Leila Mirtes Santos de Magalhães Pinto, Ricardo Ricci Uvinha e Edmur Antonio Stoppa (Org.).

Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.

200 p.

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Esta publicação da Secretaria Nacional de Desenvolvimento de Esporte e de Lazer, do Ministério do Esporte (SNDEL-ME) reitera a profunda relação entre o governo federal e as ações que consolidam e desenvolvem a área do lazer no Brasil. O livro faz uma reflexão das relações e paradoxos vividos no contexto brasileiro que, de um lado, mostra o lazer como um fenômeno moderno decorrente da urbanização nos grandes centros e, de outro, trata da diversidade, com demandas das populações do campo, indígenas, quilombolas, ribeirinhas e outras que vivem em realidades diferentes das grandes metrópoles.

O objetivo deste livro é apresentar discussões sobre experiências, desafios, potencialidades e inovações em gestão de políticas públicas de esporte e lazer, tendo em vista a capacitação de gestores e de profissionais que atuam no âmbito dessas políticas públicas. Para tratar essa temática, foram convidados pesquisadores brasileiros e de outros países que pudessem contribuir com a discussão sobre a gestão do lazer, abordado como um direito social. Essa obra é composta por treze capítulos com diferentes abordagens: gestão de políticas, avaliação de políticas, formação profissional, grupos sociais, experiências municipais.

Esta obra se constrói no contexto da inclusão do lazer nas políticas públicas brasileiras, com foco de estudo e ação específicos. Os textos mostram tanto estudos e discussões estabelecidos com parceiros de vários setores sociais durante o 20º Encontro Nacional de Recreação e Lazer – ENAREL –, realizado na cidade de São Paulo em 2008, quanto pesquisas que desvelam mudanças significativas na gestão das políticas públicas de lazer no Brasil. As discussões alertam para a importância da implantação do Sistema Nacional de Esporte e de Lazer, conforme demanda das Conferências Nacionais de 2004, 2006 e 2010, e sobre o desafio da preparação de recursos humanos para atuar nesse novo cenário, tarefa colocada não só para as instituições de ensino superior como para governos.

Esta obra contribui tanto com a qualificação de programas e projetos, quanto com a formação de gestores e outras lideranças que enfrentam os desafios atuais e futuros das políticas públicas de lazer, conscientes de seu papel de cidadão e da possibilidade de beneficiar as comunidades que atendem, buscando a construção de uma vida melhor.

Gestão de políticas de esporte e lazer: experiências, inovações,

potencialidades e desafios

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23 – LAZER, CULTURA E PATRIMÔNIO AMBIENTAL URBANO: POLÍTICAS PÚBLICAS

Nelson Carvalho Marcellino, Tânia Mara Vieira Sampaio, Felipe Soligo Barbosa e Stéphanie Helena Mariano.

Curitiba: OPUS, 2007.

176 p.

ISBN: 978-85-61311-01-8

Esta publicação relata os resultados de pesquisa realizada nas cidades de Campinas e Piracicaba – São Paulo –, escolhidas por critérios de acessibilidade e representatividade. Resulta de combinação entre pesquisas bibliográfica, documental e de campo. A pesquisa bibliográfica foi efetuada nos sistemas das bibliotecas da Unimep e Unicamp. A pesquisa documental deu-se por análise de conteúdo e a pesquisa de campo foi efetuada pelas técnicas de observação participante e por aplicação de questionário. O método utilizado foi o de estudos comparativos entre as cidades pesquisadas.

A publicação está composta por quatro capítulos: o primeiro trata de questões quanto a lazer, cultura e patrimônio ambiental urbano; o segundo apresenta a análise documental realizada; o terceiro reproduz a pesquisa em campo e o último trata das considerações finais sobre a pesquisa.

A importância do texto para qualificação das políticas públicas de esporte e lazer está ligada à necessidade da consideração do patrimônio ambiental urbano, como alternativa que substitui a construção de novos equipamentos de lazer, a fim de se manter o significado dos espaços e construções e de tornar a cidade em um ambiente mais agradável de viver.

A pesquisa documental indica grande possibilidade do aparato da legislação vigente, em contrapartida à tímida ação na área, prejudicada pela falta de estrutura de animação atuante, e o sombreamento da ação de órgãos diversos, na preservação e revitalização do patrimônio ambiental urbano.

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24 – ESPAÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER EM REGIÃO METROPOLITANA

Nelson Carvalho Marcellino, Felipe Soligo Barbosa, Stéphanie Helena Mariano, Alice da Silva e Érica Aparecida de Oliveira Fernandes.

Curitiba: OPUS, 2007.

120 p.

ISBN: 978-85-61311-02-5

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Trata-se da apresentação dos resultados de pesquisa realizada na região metropolitana de Campinas, abrangendo, além da cidade-sede, duas cidades de pequeno porte – Nova Odessa e Monte Mor – e uma de médio porte – Hortolândia –, escolhidas por critérios de acessibilidade e representatividade. Resulta de combinação entre pesquisa bibliográfica, documental e de campo. A pesquisa bibliográfica foi efetuada nos sistemas de bibliotecas da Unimep e Unicamp. A pesquisa documental deu-se por análise de conteúdo e a pesquisa de campo foi efetuada pelas técnicas da observação participante e por aplicação de questionário. O método utilizado foi o estudo de caso, para a região, e os estudos comparativos entre as cidades pesquisadas.

Esta publicação apresenta considerações sobre a centralização dos equipamentos de lazer desde um aglomerado urbano a um região metropolitana e aborda o que dizem os documentos oficiais sobre os espaços de lazer naquela região.

A importância do texto para qualificação das políticas públicas de esporte e lazer está ligada a um dos eixos principais dessas políticas – o que trata dos espaços e dos equipamentos de lazer. Os últimos dados do IBGE afirmam haver centralização de espaços e equipamentos nas cidades-sede de regiões metropolitanas. Ao investigar esses dados, essa pesquisa pretende subsidiar discussões sobre construção de políticas públicas de lazer a serem desenvolvidas em regiões metropolitanas.

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25 – POLÍTICAS PÚBLICAS DE LAZER: FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL

Nelson Carvalho Marcellino, Tânia Mara Vieira Sampaio, André Henrique C. Capi, e Débora A. Machado da Silva.

Curitiba: OPUS, 2007.

92 p.

ISBN: 978-85-61311-00-1

Esta publicação traz ao público os resultados de pesquisa realizada nas cidades de Campinas e Piracicaba – São Paulo –, cidades escolhidas por critérios de acessibilidade e representatividade. O trabalho resulta da combinação de pesquisas bibliográfica, documental e de campo. A pesquisa bibliográfica foi efetuada nos sistemas das bibliotecas da Unimep e Unicamp. A pesquisa documental deu-se por análise de conteúdo e a pesquisa de campo foi efetuada pelas técnicas da observação participante e por aplicação de questionário. O método utilizado foi o estudo de casos comparativos entre as cidades pesquisadas.

A publicação tece comentários a respeito da formação e do desenvolvimento de pessoal para atuarem baseados nas políticas públicas de lazer. Ela apresenta também a pesquisa documental realizada nas cidades de Campinas e Piracicaba, ambas do estado de São Paulo.

A importância do texto para qualificação das políticas públicas de esporte e lazer está ligada à necessidade da valorização de um dos seus eixos fundamentais: formação e desenvolvimento de quadros de pessoal e a consideração de uma estrutura de animação.

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26 – PODER PÚBLICO, TERCEIRO SETOR E CONTROLE SOCIAL: INTERFACES NA CONSTRUÇÃO DE POLÍTICAS DE ESPORTES E LAZER

Lerson Fernando dos Santos Maia, Marcus Vinícius de Faria Oliveira, Maria Isabel Brandão de Souza Mendes (Org.).

Natal: CEFET, 2007.

160 p.

ISBN: 978-85-89571-23-4

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O livro é fruto de discussões sobre a participação do terceiro setor, principalmente das organizações não governamentais (ONG), em suas interações com o poder público. Ele objetiva compreender o real poder de cada um dos entes na construção, implementação e avaliação das políticas públicas em esporte e lazer.

Esta publicação apresenta produções e reflexões oriundas do VII Seminário Nacional de Políticas Públicas em Esporte e Lazer, realizado em Natal – Rio Grande do Norte, ocorrido no Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio Grande do Norte – CEFET-RN, no período de 01 a 04 de agosto de 2007.

O livro está organizado em nove capítulos. Nelson Carvalho Marcellino e Marcelo Paula de Melo abrem o livro com discussões sobre o papel do poder público e do terceiro setor nas políticas de esporte e lazer. Terezinha Petrucia da Nóbrega e Dália Maria Maia Cavalcanti de Lima tecem reflexões em torno das relações entre corpo, cidade e lazer, buscando contribuições para as políticas públicas, no terceiro e quarto capítulos. No quinto capítulo, Cláudia Regina Bonalume focaliza seu texto para a importância do controle social das políticas de esporte e lazer. No sexto, Abel Araújo Nunes de Carvalho analisa o Programa Multicultural, de Recife, objetivando destacar a ação de uma política pública sociocultural e seu viés inclusivo. Simone Rechia e Rodrigo França discutem, no sétimo capítulo, o conceito de “ativismos sociais”, distinguindo-o do que é denominado “movimentos sociais”, buscando identificar essas organizações na população que mora em volta de parques públicos em Curitiba e procurando tecer relações com a gestão pública. No oitavo capítulo, sete autores apresentam uma discussão sobre a atuação do poder público nas atividades de esporte e lazer, tendo como base o município de São José de Ribamar, no Maranhão. Para finalizar, os organizadores do livro apresentam uma discussão sobre as atividades produtivas e de lazer, buscando identificar a percepção de estudantes sobre as políticas públicas de lazer instauradas em suas comunidades.

Os artigos apresentados neste livro são fundamentais para se qualificar debates sobre as políticas públicas de esporte e lazer. Por meio de diferentes olhares, este livro apresenta aos seus leitores elementos importantes para a atuação profissional no campo do esporte e do lazer.

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27 – AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS E POLÍTICAS DE AVALIAÇÃO: QUESTÕES PARA O ESPORTE E O LAZER

Hélder Ferreira Isayama, Meily Assbú Linhales (Org.).

Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008.

212 p.

ISBN: 978-85-7041-669-8

Este livro é resultado da preocupação de pesquisadores do Grupo em Políticas Públicas de Esporte e Lazer (Polis/CELAR) da UFMG e das pesquisas sobre o tema por eles desenvolvidas. O grupo representa um espaço privilegiado para essa discussão, em área na qual os estudos ainda são incipientes frente a outras dimensões das políticas públicas.

A obra busca a interlocução de diferentes atores – Estado, formuladores de políticas públicas e sociedade em geral – tanto nos níveis municipal, estadual quanto federal, fundamentado em construção interdisciplinar, o que permitiu apresentar o tema em perspectiva diferente das abordagens até então disponíveis.

O debate é oportuno nesse momento em que o esporte e o lazer ganham importância e passam a compor a “cesta” de direitos que passaram a fazer parte da noção contemporânea de cidadania.

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28 – DIAGNÓSTICO DO ESPORTE E LAZER NA REGIÃO NORTE BRASILEIRA: O EXISTENTE E O NECESSÁRIO

Almir Liberato da Silva, Artemis de Araújo Soares, Paulo Cesar de Lima e Adriane Corrêa da Silva.

Manaus: EDUA, 2010.

150 p.

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A obra relata os resultados da pesquisa Diagnóstico do esporte e lazer na região Norte brasileira - o existente e o necessário, projeto da Secretaria Nacional de Desenvolvimento de Esporte e de Lazer, do Ministério do Esporte, realizado pela Universidade Federal do Amazonas, tendo como colaboradores a Universidade Federal do Pará e o Instituto Luterano de Ensino Superior de Porto Velho.

A publicação está dividida em duas partes. A parte introdutória aborda alguns temas importantes discutidos nas políticas públicas de esporte e lazer, tais como o lazer como direito social, a acessibilidade, a inclusão social e a participação popular nessas políticas públicas. A segunda parte da obra apresenta os resultados da pesquisa de campo espelhando a real situação do esporte e do lazer nos estados da região Norte, abrangendo o Amazonas (Manaus e municípios do interior, tendo como referência as diversas calhas dos rios amazônicos), o Pará (10 municípios) e Rondônia (Ji-Paraná e Porto Velho). Para a coleta foram utilizados o método monográfico e as técnicas de observação direta intensiva, extensiva, além de entrevistas e análise de discurso.

A relevância do presente estudo pode ser vista sob vários ângulos: desde a identificação dos municípios nos seus aspectos físicos e necessidades de políticas públicas de esporte e lazer, até o conhecimento produzido pelos dados resultantes. Tais dados poderão subsidiar o poder público e as universidades com informações seguras para discussão, elaboração e realização de políticas públicas de esporte e lazer e ainda poderão contribuir com ações que possam promover a tão discutida qualidade de vida da população, via transformações positivas e duradouras. O principal impacto ou benefício do projeto executado, cujo resultado é essa obra, está diretamente ligado à tomada de posição da Secretaria Nacional de Esporte e de Lazer no sentido de implantar políticas que certamente gerarão transformações positivas para a sociedade. Trata-se de um trabalho pioneiro do Ministério do Esporte na região Norte e que merece destaque pela importante contribuição que poderá somar às discussões sobre políticas públicas de esporte e de lazer.

Diagnóstico do esporte e lazer na região norte brasileira: o

existente e o necessário

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29 – PAPPEL SOCIAL: PROGRAMA DE AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS DE ESPORTE E LAZER

Carlos Magno Xavier Correa, Julio César Resende, Rômulo Vieira Ferreira e Rafael Pires de Freitas.

Ipatinga: 2008.

DVD

Mídia Premiada na 1ª Edição do Prêmio Brasil de Esporte e Lazer de Inclusão Social

Esta publicação apresenta resultado de estudo sobre um modelo de avaliação de programas e políticas públicas de esporte e lazer (software), em uma perspectiva mais ampla, que aborda, entre outras questões, a gestão de indicadores de qualidade. O software possibilita a avaliação da percepção do beneficiário quanto à importância e ao desempenho em relação aos programas ou políticas de esporte e lazer.

O método utilizado foi a aplicação de um questionário que permitiu o levantamento de dados em relação a várias dimensões: ao aspecto físico, à confiabilidade, à qualidade do atendimento, à segurança, à dimensão comportamental e à dimensão corporal das políticas e programas.

Pappel Social: programa de avaliação de políticas públicas de

esporte e lazer

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30 – TRABALHO PEDAGÓGICO E FORMAÇÃO DE PROFESSORES/MILITANTES CULTURAIS: CONSTRUINDO POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO FÍSICA, ESPORTE E LAZER

Carlos Roberto Colavolpe, Celi Nelza Zülke Taffarel, Cláudio de Lira Santos Júnior (Org.).

Salvador: EDUFBA, 2009.

107 p.

ISBN: 978-85-232-0583-6

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O livro reúne dez artigos que registram uma experiência de ensino-pesquisa-extensão voltada à formação continuada de militantes culturais de esporte e lazer, atuantes no campo e na cidade. A obra é constituída por um coletivo de autores, cujos textos dizem respeito aos trabalhadores de movimentos sociais da classe trabalhadora e suas necessidades fundamentais, entre as quais estão a educação, esporte e lazer.

O método materialista-histórico dialético permite uma metodologia científica para conhecer e agir de acordo com as necessidades vitais para a transformação social. Os pressupostos teóricos do desenvolvimento histórico da natureza, do homem e de sua capacidade de conhecer não são separados da ação política para transformar a situação atual. Esses estão sujeitos a leis do desenvolvimento histórico, o que significa que estão sujeitos ao grau de desenvolvimento das forças produtivas e da capacidade revolucionária do proletariado e do campesinato, das relações com o estado burguês capitalista e suas forças hegemônicas – a direita, o centrismo e o esquerdismo – e expressa em si as contradições do mais geral, na singularidade e particularidade dos objetos delineados. É mais um dos grandes desafios a nós colocado após enfrentarmos o real com atitude crítica, de se valer do materialismo histórico dialético, de trabalhar em coletivos enfrentando necessidades vitais com o trabalho pedagógico socialmente útil e com unidade teórico-metodológica.

Assim, para sermos responsáveis acompanhamos os grupos e classes sociais que atuam revolucionariamente. Isso nos coloca o problema das elaborações teóricas que poderão ser afetadas pelas deficiências das forças sociais revolucionárias, mas, ao construir o conhecimento cientifico, o elemento abstrato do pensamento crítico mantém-se fiel aos conteúdos e aos sentidos típicos da ação social revolucionária. Em meio a contradições, admitimos que estamos em um período de transição visto que o capital que subsume o trabalho criou uma ordem inviável à vida da humanidade. Urge revolucionar o modo de produção e essa revolução é permanente. Almejamos sermos úteis com o conhecimento científico aqui apresentado e com nosso envolvimento político com a revolução, que é permanente porque só terminará com o triunfo definitivo da nova sociedade em todo o planeta. Por isso admitimos que a luta é para vencer.

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31 – INFÂNCIAS NA METRÓPOLE

José Alfredo Oliveira Debortoli, Maria de Fátima Almeida Martins e Sérgio Martins (Org.).

Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008.

208 p.

ISBN: 978.85.7041-655-1

Este livro foi produzido com base no projeto de pesquisa Infância, cidade e educação que foi desenvolvido com apoio da Rede CEDES. Os temas de pesquisa surgiram do anseio de possibilitar um olhar interdisciplinar do conhecimento sobre e com crianças e jovens, buscando desenvolver questões que envolvam as relações com a cidade e as experiências de lazer. Procurou-se relacionar as possibilidades de experiências de infância e juventude. E discutiu-se sobre o desafiador encontro entre os campos disciplinares da Educação, da Educação

Física e da Geografia. Os pesquisadores trabalharam sobre a construção das infâncias e das juventudes nas suas relações com a metrópole. O grupo de pesquisadores elaborou princípios teórico-metodológicos referentes à cidade, ao urbano, à infância, à juventude e à educação.

O livro é composto por uma introdução e sete textos: 1. As experiências de infância na metrópole. 2. A criança e a cidade: entre a sedução e o perigo. 3. Imagens contraditórias da infância: crianças e adultos na construção de uma cultura pública e coletiva. 4. Brinquedos populares: um patrimônio cultural da infância. 5. Futebol: do ócio ao negócio. 6. Os jovens e a produção do futebol na cidade: apropriações, sociabilidades e aprendizagens. 7. Urbanização e violência: reflexões a partir do livro e do filme Cidade de Deus.

A obra objetiva contribuir com uma problematização de como as práticas lúdicas e de lazer ganham materialidade no espaço urbano, e de como os diferentes na esfera social se apropriam e se reconstroem nesses espaços. Foram assinaladas as contribuições dos estudos realizados no campo da Antropologia e da Sociologia da infância, produzindo um conjunto de estudos significativos em torno das culturas das infâncias, bem como uma discussão ética das condições de participação social de crianças e jovens no espaço público.

Os autores entendem ser fundamental compreender as práticas cotidianas, nos diferentes fragmentos da metrópole. Nas relações estabelecidas pelas crianças e pelos jovens entendem ser possível desvendar formas de participação nas práticas sociais. Os textos revelam a complexidade das transformações dos espaços urbanos, especialmente pela mediação dos interesses privados, além de demonstrar como esse processo se expressa na constituição das infâncias e das juventudes contemporâneas. Buscou-se apresentar registros de pesquisa, de forma interdisciplinar, que tem como centralidade o olhar das crianças e dos jovens sobre o mundo, permitindo construir aproximações entre possíveis formas de elaborar olhares e leituras de mundo, anunciando recortes metodológicos com sentido de desvendar questões postas pelas condições concretas de produção e reprodução da sociedade, em busca de alternativa para se pensar políticas de direito e cidadania.

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32 – PENSANDO SOBRE POLÍTICAS PÚBLICAS DE LAZER PARA JUVENTUDES EM CONTEXTOS DE VULNERABILIDADE SOCIAL: CONTRIBUIÇÕES A PARTIR DE PESQUISA EM RIBEIRÃO DAS NEVES

Vânia Noronha (Org.).

Belo Horizonte: Editora Scholé, 2009.

176 p.

ISBN: 978-85-63105-00-4

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Esta publicação é resultado de um convênio estabelecido entre Rede CEDES - Ministério do Esporte - e a Sociedade Mineira de Cultura, com interveniência da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), de Belo Horizonte. Resulta de projeto de pesquisa executado pelo curso de Educação

Física, em parceria com a Pró-Reitoria de Extensão, por meio do Instituto da Criança e do Adolescente e do Programa de Pós-graduação em Geografia. Pesquisa desenvolvida no período de 2008 a 2009, na cidade de Ribeirão das Neves - MG, com o objetivo de elaborar e aplicar diagnóstico do perfil social, populacional e cultural (esporte e lazer) da cidade, visando à construção de subsídios para o desenvolvimento de políticas de inclusão pelo esporte e lazer de jovens sujeitos à situação de risco de violência. Essa investigação utilizou diferentes instrumentos de coleta de dados – pesquisa documental e bibliográfica, grupos focais e entrevistas – criando uma metodologia que poderá será útil na avaliação de grande parte das cidades brasileiras, no que se refere a diagnósticos sócio-populacionais e culturais.

A obra está estruturada em quatro partes. Na parte I, foram discutidos os conceitos que embasaram a pesquisa como juventude, subjetividade, violência e vulnerabilidade, além de reflexão sobre o lugar da família nas políticas públicas de lazer e o princípio das parcerias na gestão pública de lazer. A parte II desenvolve um histórico social e demográfico do município pesquisado, apresentando uma metodologia para a elaboração do mapa de vulnerabilidade, os resultados do município e seus equipamentos de lazer. Por sua vez, na parte III são analisados os dados quantitativos e qualitativos da pesquisa e a parte IV apresenta as considerações finais, nas quais são apontadas contribuições para uma proposta pedagógica de lazer com juventudes em contextos de vulnerabilidade social. E nos apêndices, são publicados os instrumentos de coleta de dados, as tabelas de resultados do survey e os roteiros de entrevistas com gestores e lideranças comunitárias.

Espera-se que essa obra possa contribuir tanto com as discussões das comunidades, no que diz respeito à gestão de políticas públicas para inclusão dos jovens pelo esporte e lazer, quanto para os debates dos gestores que estão sendo desafiados pela parceria estabelecida pelo Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania – PRONASCI –, do Ministério da Justiça, com o Programa Esporte e Lazer da Cidade, do Ministério do Esporte.

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33 – ENVELHECIMENTO E VIDA SAUDÁVEL

Edmundo de Drummond Alves Junior (Org.).

Rio de Janeiro: Apicuri, 2009.

316 p.

ISBN: 978-85-61022-25-9

O presente livro apresenta ampla discussão sobre o envelhecimento, descartando fórmulas piegas, assistencialistas e ingênuas que fragilizam aqueles que envelhecem. Dentre os responsáveis por cada capítulo, em sua maioria professores de universidades públicas, encontram-se profissionais de diversos campos de estudo: educação física, nutrição, fisioterapia, psicologia, serviço social e arte-terapia.

Fundamentalmente, a obra defende propostas de promoção da saúde, aborda a questão da transição demográfica e discute o estatuto do idoso, tanto em relação à sua elaboração quanto à sua aplicação. Apresenta também uma proposta do cuidador social de idosos e encontra espaço para dialogar com Foucault sobre a existência e a velhice. Em seus capítulos, reforça-se a importância dos estudos do lazer e de como é possível educar pelo e para o lazer por meio de diálogos com os interesses culturais do mesmo. Discute-se como atuar com a intergeracionalidade em comunidades – as chamadas favelas –, e a importância de se estabelecer parcerias comunitárias. A questão da educação para a saúde está presente, também, ao se abordar a importância da alimentação equilibrada até a prevenção das quedas. Para um envelhecimento saudável, debate sobre a necessidade da prática regular de atividades físicas e como, no século XX, isso passou a ser quase uma obrigação para os que desejam manter suas autonomia e independência. Paralelamente, analisa-se o significado das representações sociais dos que praticam algum tipo de atividade física e ainda reserva espaço para mostrar a necessidade da inclusão digital. Como o leitor irá perceber, não se pretendeu esgotar o assunto sobre o envelhecimento, mas, certamente após sua leitura, boas reflexões sobre o envelhecer saudavelmente poderão ser feitas. Enfim, o livro pretende contribuir para uma reflexão mais objetiva deste grupo social, que por força de lei é constituído por pessoas acima de sessenta anos, mas cuja heterogeneidade não permite ser compreendido unicamente por força de uma determinada idade cronológica.

Este livro servirá tanto ao meio acadêmico quanto aos indivíduos que envelhecem e têm a pretensão de viver muitos anos com autonomia e independência. O livro tem também a ambição de contribuir com aqueles interessados na reflexão sobre políticas públicas que, de forma geral, são apresentadas aos que envelhecem e, em especial, aos que têm a atenção do Ministério do Esporte, pelo PELC e Vida Saudável.

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34 – VIVENDO E ENVELHECENDO: RECORTES DE PRÁTICAS SOCIAIS NOS NÚCLEOS DE VIDA SAUDÁVEL

Suzana Hübner Wolff (Org.).

São Leopoldo: Editora UNISINOS, 2009.

176 p.

ISBN: 978-85-7431-315-3

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O livro aqui apresentado é fruto de anos de investigação, reflexão e ação na área do envelhecimento humano. O volume está organizado em sete capítulos, cada um constituído de um pequeno resumo, um texto conceitual e referências bibliográficas. E, para estimular o leitor a um exercício reflexivo, consta, ao final de cada capítulo, questionamentos referentes aos principais temas abordados.

A produção desse livro aborda as dimensões do envelhecimento humano e suas manifestações sociais, dentre elas o esporte e o lazer. Foi reunido um grupo de colaboradores que tem atuado diretamente na universidade, a fim de corresponder ao desafio lançado. Porém, essa demanda veio com um recado especial, ou seja, deveria ser um livro de cunho didático, destinado aos formadores, coordenadores, agentes sociais e lideranças comunitárias que atuam nos núcleos do PELC Vida Saudável. Que fosse uma obra orientada pelo mundo da prática social retomando as reflexões acadêmicas da área do envelhecimento, com base na realidade dos programas de esporte e lazer do Ministério do Esporte. Na atualidade, as políticas públicas que atendem a população idosa não crescem na mesma proporção que a expectativa de vida das pessoas. Vive-se mais e, em consequência, o envelhecimento populacional é hoje uma realidade mundial. Com isso, um desafio persiste para a maioria dos países e também para o Brasil: o “viver melhor” até as fases mais avançadas da vida.

As atividades que serviram de suporte para esta publicação vêm sendo desenvolvidas nos três Núcleos de Vida Saudável, localizados no município de São Leopoldo, região metropolitana de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Cerca de 300 pessoas semanalmente participam do programa que inclui, além de atividades físicas e recreativas, espaços de convivência e de promoção social. Essa experiência tem provocado reflexões permanentes no modo de fazer acadêmico, manifestadas em grupos de pesquisas, trabalhos de conclusão de curso, relatórios de estágios, disciplinas em cursos de graduação e em cursos de pós-graduação. Especialmente para esse público, essa publicação tem muito a contribuir.

Acompanha o livro um DVD com atividades de esporte e lazer para o público-alvo desse estudo.

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35 – GÊNERO E RAÇA: INCLUSÃO NO ESPORTE E LAZER

Silvana Vilodre Goellner, Sebastião Josué Votre, Ludmila Mourão e Márcia Luiza Machado Figueira.

Porto Alegre: Ministério do Esporte e Gráfica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2009.

33 p.

ISBN: 978-85-9092-770-9

Publicada no formato de cartilha, essa obra objetiva fornecer subsídios teóricos para orientar o trabalho em projetos sociais, contemplando questões relacionadas à discriminação de gênero e à discriminação étnico-racial. Ela tem como objetivo apresentar alguns conceitos, procedimentos, atitudes, referências

e dicas com vistas a democratizar o acesso de todos às atividades de esporte e lazer.

O material está dividido em quatro partes: a) Por que pensarmos em gênero e raça/etnia, em programas de esporte e lazer desenvolvidos pelo Ministério do Esporte? Nessa parte, analisam-se algumas implicações decorrentes das diferenças de acesso ao esporte e ao lazer, respectiva permanência, entre meninos e meninas, homens e mulheres; brancos, pardos, negros e índios em projetos sociais. São desenvolvidos argumentos inferindo que, em função desses marcadores identitários, alguns sujeitos são excluídos da prática de atividades corporais e esportivas ou, quando incluídos, não têm as mesmas condições de permanecerem nas atividades sendo, portanto, discriminados. A discussão procura sensibilizar o leitor para questões dessa ordem, indicando perspectivas de superação de tal problemática; b) A segunda parte consta de um pequeno glossário que tem como objetivo esclarecer o uso de algumas palavras e expressões encontradas no dia-a-dia, relacionadas a gênero e raça/etnia para, assim, proporcionar elementos a fim de se entender um pouco mais sobre aquilo que esses termos querem dizer; c) Na terceira parte são elencadas várias dicas e sugestões voltadas tanto para a sensibilização acerca das temáticas de gênero e raça quanto para possibilidades de intervenção, buscando-se minimizar preconceitos e discriminações; d) Na quarta parte são apresentadas sugestões de alguns filmes, livros e sítios que podem ser usados tanto nas atividades desenvolvidas nos projetos sociais quanto na formação de capacitadores, monitores e coordenadores, visto que suas temáticas possibilitam ampliar conhecimentos sobre as questões de gênero e de raça/etnia, em articulação com as práticas de esporte e lazer.

A importância desse material para a qualificação de políticas públicas fundamenta-se no seu caráter didático, na medida em que busca fornecer subsídios teóricos e metodológicos para a qualificação de profissionais envolvidos tanto com a elaboração quanto com a execução de projetos sociais que são pautados por políticas inclusivas.

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36 – PRÁTICAS CORPORAIS: GÊNESE DE UM MOVIMENTO INVESTIGATIVO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

Ana Márcia Silva e Iara Regina Damiani (Org.).

Florianópolis: Nauemblu Ciência & Arte, 2005.

180 p. Volume 1

ISBN: 8587648756

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A coletânea resulta de projeto de pesquisa desenvolvido a partir de convênio estabelecido entre a Universidade Federal de Santa Catarina e o Ministério do Esporte e que problematiza diferentes práticas corporais presentes na sociedade atual. A importância da pesquisa integrada, tal como desenvolvida nesse projeto, criou a oportunidade de encontro de pesquisadores dos mais variados estágios de formação acadêmico e profissional, o que otimiza recursos e resultados. Além disso, o debate profícuo sob diversas visões críticas de mundo e matrizes epistemológicas constituiu-se experiência fundamental e pouco usual no interior da universidade brasileira e em sua relação com as demandas sociais. As indicações teórico-metodológicas produzidas por essa pesquisa podem subsidiar, de forma mais adequada e pertinente, as políticas públicas de esporte e lazer nos níveis federal, estadual e municipal, e até outras políticas sociais.

Essa investigação-ação foi desenvolvida de forma integrada em sete campos de pesquisa, cada qual enfocando uma prática corporal diversa, dentre essas o karatê-do, a capoeira, o hip-hop, a dança, a ginástica, até as práticas corporais de aventura junto à natureza. A pesquisa utilizou-se das indicações metodológicas da pesquisa-ação e pesquisa participante e foi constituída a partir de alguns eixos investigativos, tais como a categoria da experiência e da co-educação, em diferentes perspectivas geracionais e contextos sociais.

Essa pesquisa sugere teorias e metodologias em direção diferente do que vem sendo ofertado, hegemonicamente, como atividades físicas, pois busca caminhar para um projeto de humanização superior.

Esta publicação apresenta reflexões sobre as práticas corporais na contemporaneidade; seu processo de ressignificação; o poder da arquitetura esportiva na atualidade; a pedagogia no culto ao corpo e o projeto histórico da capoeira.

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37 – PRÁTICAS CORPORAIS: TRILHANDO E COMPAR(TRILHANDO) AS AÇÕES EM EDUCAÇÃO FÍSICA

Ana Márcia Silva e Iara Regina Damiani (Org.).

Florianópolis: Nauemblu Ciência & Arte, 2005.

180 p. Volume 2

ISBN: 8587648756

A coletânea resulta de projeto de pesquisa desenvolvido a partir de convênio estabelecido entre a Universidade Federal de Santa Catarina e o Ministério do Esporte e problematiza diferentes práticas corporais presentes na sociedade atual. A importância da pesquisa integrada, tal como desenvolvida nesse projeto, criou a oportunidade de encontro de pesquisadores dos mais variados estágios de formação acadêmico e profissional, o que otimiza recursos e resultados. Além disso, o debate profícuo sob diversas visões críticas de mundo e matrizes epistemológicas constituiu-se experiência fundamental e pouco usual no interior da universidade brasileira e em sua relação com as demandas sociais. As indicações teórico-metodológicas produzidas por essa pesquisa podem subsidiar, de forma mais adequada e pertinente, as políticas públicas de esporte e lazer nos níveis federal, estadual e municipal, e até outras políticas sociais.

Essa investigação-ação foi desenvolvida de forma integrada em sete campos de pesquisa, cada qual enfocando uma prática corporal diversa, dentre essas o karatê-do, a capoeira, o hip-hop, a dança, a ginástica, até as práticas corporais de aventura junto à natureza. A pesquisa utilizou-se das indicações metodológicas da pesquisa-ação e pesquisa participante e foi constituída a partir de alguns eixos investigativos, tais como a categoria da experiência e da co-educação, em diferentes perspectivas geracionais e contextos sociais.

Essa pesquisa sugere teorias e metodologias em direção diferente do que vem sendo ofertado, hegemonicamente, como atividades físicas, pois busca caminhar para um projeto de humanização superior.

Este volume apresenta os processos metodológicos da pesquisa e da formação; discute sobre a metodologia de aulas de dança; analisa as práticas de aventuras na natureza; reflete sobre as práticas corporais na maturidade; analisa a formação de educadores de hip-hop e apresenta uma pesquisa-ação sobre capoeira.

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38 – PRÁTICAS CORPORAIS: EXPERIÊNCIAS EM EDUCAÇÃO FÍSICA PARA UMA FORMAÇÃO HUMANA

Ana Márcia Silva e Iara Regina Damiani (Org.).

Florianópolis: Nauemblu Ciência & Arte, 2005.

212 p. Volume 3

ISBN: 8587648756

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A coletânea resulta de projeto de pesquisa desenvolvido a partir de convênio estabelecido entre a Universidade Federal de Santa Catarina e o Ministério do Esporte e problematiza diferentes práticas corporais presentes na sociedade atual. A importância da pesquisa integrada, tal como desenvolvida nesse projeto, criou a oportunidade de encontro de pesquisadores dos mais variados estágios de formação acadêmico e profissional, o que otimiza recursos e resultados. Além disso, o debate profícuo sob diversas visões críticas de mundo e matrizes epistemológicas constituiu-se experiência fundamental e pouco usual no interior da universidade brasileira e em sua relação com as demandas sociais. As indicações teórico-metodológicas produzidas por essa pesquisa podem subsidiar, de forma mais adequada e pertinente, as políticas públicas de esporte e lazer nos níveis federal, estadual e municipal, e até outras políticas sociais.

Essa investigação-ação foi desenvolvida de forma integrada em sete campos de pesquisa, cada qual enfocando uma prática corporal diversa, dentre essas o karatê-do, a capoeira, o hip-hop, a dança, a ginástica, até as práticas corporais de aventura junto à natureza. A pesquisa utilizou-se das indicações metodológicas da pesquisa-ação e pesquisa participante e foi constituída a partir de alguns eixos investigativos, tais como a categoria da experiência e da co-educação, em diferentes perspectivas geracionais e contextos sociais.

Essa pesquisa sugere teorias e metodologias em direção diferente do que vem sendo ofertado, hegemonicamente, como atividades físicas, pois busca caminhar para um projeto de humanização superior.

Este volume apresenta reflexões sobre diversas práticas corporais, em textos que enfocam: capoeira, hip-hop, dança, karatê-do, práticas de aventura na natureza, práticas de autocuidado e práticas para prevenção de doenças cardiovasculares.

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39 – PRÁTICAS CORPORAIS: CONSTRUINDO OUTROS SABERES EM EDUCAÇÃO FÍSICA

Ana Márcia Silva e Iara Regina Damiani (Org.).

Florianópolis: Nauemblu Ciência & Arte, 2006.

140 p. Volume 4

ISBN: 8587648756

A coletânea resulta de projeto de pesquisa desenvolvido a partir de convênio estabelecido entre a Universidade Federal de Santa Catarina e o Ministério do Esporte e problematiza diferentes práticas corporais presentes na sociedade atual. A importância da pesquisa integrada, tal como desenvolvida nesse projeto, criou a oportunidade de encontro de pesquisadores dos mais variados estágios de formação acadêmico e profissional, o que otimiza recursos e resultados. Além disso, o debate profícuo sob diversas visões críticas de mundo e matrizes epistemológicas constituiu-se experiência fundamental e pouco usual no interior da universidade brasileira e em sua relação com as demandas sociais. As indicações teórico-metodológicas produzidas por essa pesquisa podem subsidiar, de forma mais adequada e pertinente, as políticas públicas de esporte e lazer nos níveis federal, estadual e municipal, e até outras políticas sociais.

Essa investigação-ação foi desenvolvida de forma integrada em sete campos de pesquisa, cada qual enfocando uma prática corporal diversa, dentre essas o karatê-do, a capoeira, o hip-hop, a dança, a ginástica, até as práticas corporais de aventura junto à natureza. A pesquisa utilizou-se das indicações metodológicas da pesquisa-ação e pesquisa participante e foi constituída a partir de alguns eixos investigativos, tais como a categoria da experiência e da co-educação, em diferentes perspectivas geracionais e contextos sociais.

Essa pesquisa sugere teorias e metodologias em direção diferente do que vem sendo ofertado, hegemonicamente, como atividades físicas, pois busca caminhar para um projeto de humanização superior.

Neste volume são discutidos temas como: a ressignificação das práticas corporais em relação ao equilíbrio energético; o processo de ocidentalização das artes marciais; o hip-hop nos movimentos sociais; a dança como expressão estética; a práxis da capoeira e o tempo livre para a classe trabalhadora.

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40 – ESPORTE E LAZER NA CIDADE: PRÁTICAS CORPORAIS RE-SIGNIFICADAS

José Luiz Cirqueira Falcão e Maria do Carmo Saraiva (Org.).

Florianópolis: Lagoa Editora, 2007.

200 p. Volume 1

ISBN: 85-88793-27-9

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O livro é uma coletânea de artigos referentes ao projeto de pesquisa (subtítulo da obra) desenvolvido entre 2005 e 2006. A pesquisa, bem como seus subprojetos, possui caráter de pesquisa-ação (atividade de pesquisa atrelada à intervenção prática) e procurou caracterizar a prática da atividade física em diferentes contextos e públicos.

O primeiro capítulo relata, em aspectos gerais, a construção da pesquisa, apresentando dados generalizados do projeto. A partir do segundo capítulo, é apresentado cada um dos subprojetos respectivamente. O subprojeto Brincando de animação: produções e re-significações da cultura lúdica infantil analisa as significações dos produtos culturais produzidos pelas crianças a partir de materiais reutilizáveis, com o qual se procurou estimular a percepção acerca da responsabilidade social e individual sobre a reutilização e reaproveitamento do lixo produzido, além se propiciar às crianças o conhecimento dos mecanismos de produção midiática de forma a tornarem-se cada vez mais protagonistas de suas ações. O subprojeto Práticas corporais na maturidade trata das dimensões tanto preventivas quanto curativas da prática corporal, favorecendo a constituição de formas de sociabilidade lúdica, tendo como perspectiva uma práxis de solidariedade e formação para a cidadania para a população madura (a partir dos 40 anos) no contexto da “atividade física para a terceira idade”. O capítulo seguinte trata do subprojeto Capoeira: outros passos, outras gingas e discorre sobre a capoeira no papel de direito social e como espaço/tempo de exercício da cultura lúdica, historicamente situada; tendo atuado em dois espaços da grande Florianópolis com crianças e com adolescentes da região. O capítulo Expressividades do corpo-mundo investigou as múltiplas linguagens expressivas que podem auxiliar no conhecimento e cuidado de si por meio de vivências corporais lúdicas e artísticas, com ênfase na sensibilização e cooperação. O subprojeto “Dança e formação para o lazer” trata da carência dos professores de Educação Física no que diz respeito ao conteúdo “dança”, e buscou trabalhar com os profissionais que atuam nas escolas da rede municipal de ensino de Florianópolis a partir de uma ação direta de intervenção-formação para a reconstrução de conteúdos relacionados à dança, fomentando a prática e o ensino da dança re-significada nos espaços de recreação e lazer. O último capítulo trata do subprojeto Praticando trilhas no conhecimento de si: reflexões sobre a loucura e a cidadania, o qual analisou as práticas corporais lúdicas nos tratamentos terapêuticos dos pacientes com distúrbios mentais, procurando, por meio de práticas como ioga, expressão corporal e jogos cooperativos, trabalhar o autoconhecimento pela percepção e conhecimento do universo interior.

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41 – ESPORTE E LAZER NA CIDADE: A PRÁTICA TEORIZADA E A TEORIA PRATICADA

José Luiz Cirqueira Falcão e Maria do Carmo Saraiva (Org.).

Florianópolis: Lagoa Editora, 2007.

172 p. Volume 2

ISBN: 85-88793-27-9

Este volume, sequência do anterior, discorre ainda sobre as pesquisas-ação relacionadas ao projeto Práticas corporais re-significadas, que procurou atuar sobre as diferentes realidades dos subprojetos em uma ação investigativa prática com a qual os sujeitos da pesquisa foram trabalhados como agentes de mudança em lugar apenas de objetos de pesquisa. Os autores procuraram atrelar a prática à teoria – a teoria age no papel de qualificar e discutir a prática –, envolvendo os sujeitos não como meros informantes, mas como pesquisadores de sua própria prática, buscando manter o processo sempre aberto.

A construção dos capítulos partiu de dois enfoques: a reflexão teórica a partir de práticas sistematizadas e re-significadas e análise teórica das experiências práticas desenvolvidas nos respectivos subprojetos. São tratados, em cada capítulo respectivamente, assuntos relacionados a: dança, capoeira, prática da atividade física da mulher na maturidade, ludicidade infantil e artes marciais.

A obra objetiva qualificar a prática pedagógica, bem como discuti-la, podendo ser um instrumento instrucional que contribuirá para a formação integral do cidadão.

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42 – PRÁTICAS CORPORAIS NO CONTEXTO CONTEMPORÂNEO: (IN)TENSAS EXPERIÊNCIAS

José Luiz Cirqueira Falcão e Maria do Carmo Saraiva (Org.).

Florianópolis: Copiart, 2007

304 p.

ISBN: 85-99554-30-2

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Este livro é resultado do projeto As práticas corporais no contexto contemporâneo: esporte e lazer re-significados na cidade, e teve o intuito de dar continuidade e ampliar as ações de políticas públicas na área do esporte e do lazer na cidade desenvolvidas entre 2004 e 2005. O debate traz à tona os problemas enfrentados no campo acadêmico-profissional da educação física e nas ciências do esporte, como, por exemplo, o atrelamento dos conhecimentos produzidos pelos pesquisadores desse campo a um certo modelo biomédico e as dificuldades de socialização dos conhecimentos produzidos. Os procedimentos metodológicos se aproximam da pesquisa-participante e pesquisa-ação.

O primeiro capítulo trata da complexidade do conceito de prática corporal e sua utilização na educação física. O segundo capítulo apresenta percepções de professores sobre relações estabelecidas entre o ambiente escolar e elementos da natureza. O terceiro discute ações que engloba as artes orientais como ferramentas por meio das quais o ser humano pode compreender e interagir com o universo que o rodeia e consigo mesmo de uma forma íntegra. Já o quarto trata da sociabilização como um dos motivos que leva as pessoas a procurar práticas corporais e destaca o convívio social como um dos fatores de adesão e permanência de adultos e idosos nessas atividades. O quinto capítulo aprofunda a discussão sobre a metodologia da dança-improvisação, investigada na busca de fundamentos teórico-metodológicos que permitam a ressignificação da dança nos seus processos de ensino na escola e no meio cultural. O sexto discorre sobre duas edições de um curso de formação realizado com a comunidade da capoeira do estado de Santa Catarina. Finalmente, o sétimo e último capítulo analisa a experiência com futebol e capoeira tendo como interlocutores movimentos e grupos sociais de Florianópolis, destacadamente, a Central Catarinense de Capoeira Angola, o Centro de Evangelização Popular e o Centro Cultural Escrava Anastácia.

Esta obra contribui com projetos de formação e intervenção na área do esporte e do lazer em comunidades em situação de vulnerabilidade social e outros espaços de formação.

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43 – MOVIMENTOS CORPORAIS NAS ESCOLAS: AS LUTAS

Waldyr Lins de Castro.

Niterói: UFF, 2009.

Coordenação: Mauricio Viviani

Produção na UNITEVE/UFF: Eliane Slama

Cinegrafistas: Jamil Maura e Hélio Cabral

Apresentadora do Programa de TV Cultura Corporal: Lolly Quaresma

DVD com duração de 17 minutos

Os professores Edmundo de Drummond Alves Junior, Waldyr Lins de Castro e Waldemiro Lins de Castro debatem a inclusão dos movimentos de lutas nas escolas e a produção de um vídeo que auxilia o educador na transmissão de conhecimentos dos movimentos básicos das lutas. Segundo os autores, o educador não necessita ser um competidor das artes marciais: os movimentos das lutas podem ser ensinados por qualquer educador, desde que esse tenha o conhecimento necessário para isso.

O DVD Movimentos Corporais nas Escolas tem como tema central a discussão da inserção das práticas corporais de luta nas disciplinas de Educação Física das escolas brasileiras. É uma proposta para o ensino da luta, no entanto não como prática marcial e, sim, como um arranjo da cultura corporal de cada luta, fazendo assim com que o praticante se exercite aprendendo mais sobre seu corpo.

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44 – DANÇA E DIVERSIDADE HUMANA

Rute Estanislava Tolocka e Rozangela Verlengia (Org.).

Campinas: Papiros, 2006.

128 p.

ISBN: 85-308-0823-1

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O presente livro aborda a temática da dança e os diferentes aspectos da diversidade humana, produzido a partir das discussões realizadas durante o IV Simpósio Internacional da Dança em Cadeira de Rodas, ocorrido em Juiz de Fora (MG), em novembro de 2005, em cujo evento foi debatida a questão da dança como possibilidade de inclusão social.

Tendo como foco principal a dança sobre a perspectiva da não exclusividade de um único grupo, o livro apresenta dez diferentes capítulos. O capítulo inicial reflete sobre a dança como espaço de criatividade, de expressão, de liberdade, de diálogo e como algo que pode e deve ser experimentado por todos. Nos três capítulos subsequentes o corpo é abordado sob a perspectiva de que se movimenta intencionalmente, ou seja, tem sentido e significado para sua existência e que a dança é uma atividade motora que auxilia no desenvolvimento humano como totalidade que é. O caráter lúdico e educativo da dança é descrito no capítulo 5, com base na compreensão de que a mesma, e suas múltiplas manifestações, é fruto da cultura vivenciada. O capítulo 6 aborda o uso da coreografia sobre a perspectiva não somente do ato de executar, mas com a sensibilidade de respeitar o indivíduo na sua totalidade (característica do grupo, local de realização, condições socioeconômicas etc). Nos capítulos 7 e 8 são abordadas: a dança como expressão corporal, realizada por meio de movimentos voluntários em um determinado ritmo musical; a diversidade e a singularidade de cada movimento inerentes à vida e essenciais para a construção da identidade e da imagem corporal do indivíduo. E, finalmente os dois últimos capítulos refletem sobre as respostas orgânicas e a possível interação da genética na realização dos movimentos.

Assim, pretende-se com este livro fomentar as idéias de inclusão social por meio da dança, trazendo também suporte para ações que permitam a formação de grupos heterogêneos e a continuidade da luta a favor da participação ativa de cada cidadão na sociedade. Nesse contexto a dança, por suas características culturais, educacionais, físicas e biológicas, constitui-se em importante elemento que deve estar presente nas políticas públicas que promovam a conquista da autonomia e da cidadania de seus praticantes.

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45 – ENSAIOS ALTERNATIVOS LATINO-AMERICANOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA, ESPORTES E SAÚDE

Edgar Matiello Júnior, Paulo Capela e Jaime Breilh (Org.).

Florianópolis: Copiart, 2009.

200 p.

ISBN: 978-85-99554-31-9

Levado aos limites da exploração capitalista, o esporte moderno, como campo de ação e de vivência social das populações empobrecidas, caracteriza-se como uma atividade “antivida” e de degeneração da saúde. De igual forma, e na mesma lógica de apropriação mercadológica, outras manifestações culturais, tais como a capoeira, jogos e brincadeiras, e mesmo aulas de Educação Física escolar, também têm servido como fonte de alienação de massas e de rebaixamento da cultura corporal humana.

Em resposta, este primeiro volume dos Ensaios Alternativos, lançado pela Vitral Latino-Americano de Educação Física, Esportes e Saúde, representa o esforço científico e militante para compreender a saúde como fonte de vida e direito inalienável da humanidade. Desse modo, apoiados no acúmulo teórico e vivências práticas que alimentaram visões críticas acerca das relações entre a Educação Física e a Saúde, o conjunto dos ensaios aqui reunidos busca fortalecer análises ampliadas e profundas sobre os poderes que se apropriam do esporte e de outros conteúdos para manter suas possibilidades de dominação política, ideológica, econômica, social e cultural, que obviamente determinam o fazer pedagógico de professores de Educação Física.

De forma especial, indica-se a leitura deste trabalho coletivo também para profissionais de outras áreas e pessoas comuns que apóiam ou integram organizações e movimentos sociais que buscam a superação do mundo capitalista. Esta publicação foi organizada com o objetivo de contribuir com as reflexões críticas e as proposições de esporte e lazer de governos, escolas, sindicatos, movimentos sociais, clubes e corporações que se valem do esporte como prática social de transformação das condições de vida indignas e, portanto, injustas!

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46 – CAMPOS DE VISIBILIDADE DA CAPOEIRA BAIANA: AS FESTAS POPULARES, AS ESCOLAS DE CAPOEIRA, O CINEMA E A ARTE (1955-1985)

Luís Vitor Castro Júnior.

Brasília: Ministério do Esporte, 2010.

224 p.

ISBN: 978-85-63445-00-1

Estudo classificado em primeiro lugar no 1º Prêmio Brasil de Esporte e Lazer de Inclusão Social – Categoria: dissertações, teses e pesquisa independentes – região Nordeste

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Este livro é resultado de estudo de doutorado defendido no Programa de Pós-graduação em História, da PUC de São Paulo.

A publicação retrata a capoeira não apenas como prática de lazer ou como uma modalidade esportiva. Por meio de sua história, especialmente entre as décadas de 1950 a 1980, o historiador revela a complexidade de culturas constituintes das rodas e escolas de capoeira, sua memória e seus efeitos. No decorrer do texto, as relações entre identidade nacional, repertório gestual, dança e música constituem um mosaico de referências fundamental para a compreensão da sociedade brasileira e de sua cultura.

Inspirado em estudos que vão da história à arte, passando pela filosofia e a antropologia, o autor revela uma mudança histórica importante para o entendimento da condição corporal contemporânea: trata-se da passagem entre uma época na qual a capoeira ainda era vista como experiência minoritária, restrita a rituais característicos de pequenos grupos sociais, para um período de transformação da capoeira em atração turística, em lugar atraente do esporte internacional e das atividades voltadas à obtenção da forma física por ambos os sexos.

Por meio da capoeira, o leitor tem a chance de percorrer as veredas constituintes de um jogo que se abre em arte. Ao longo dos capítulos, é possível, por exemplo, contemplar os desenhos de Carybé, revisitar a atualização de antigos dilemas raciais e, ainda, perceber os vínculos entre manifestações populares e eruditas, ou entre a música na capoeira e a poesia na vida real. O autor ensina que há numerosos campos de visibilidade da capoeira, ou ainda paisagens corporais colocadas em movimento graças à disciplina, ao treino, à disponibilidade de conhecer os próprios limites físicos para conjugá-los ao aprendizado de novas técnicas. Há esforço constante, trabalho e cálculo, intimamente vinculados ao combate e ao cuidado com o convívio grupal. Metáfora das lutas, mas também das alianças vividas no cotidiano, a capoeira aparece neste livro como um índice revelador das artimanhas inventadas fora de suas rodas e limites.

Esta obra é dirigida às universidades que possuem cursos de Educação Física e outros cursos que reúnem estudiosos e pesquisadores sobre o esporte e o lazer, bem como a gestores e a agentes que buscam a formação continuada e a socialização de conhecimentos junto a programas sociais de esporte e lazer.

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47 – ETNO-DESPORTO INDÍGENA: CONTRIBUIÇÕES DA ANTROPOLOGIA SOCIAL

José Ronaldo Mendonça Fassheber.

Brasília: Ministério do Esporte, 2010.

160 p.

ISBN: 978-85-63445-02-5

Estudo classificado em primeiro lugar no 1º Prêmio Brasil de Esporte e Lazer de Inclusão Social – Categoria: dissertações, teses e pesquisa independentes – região Sul

Este livro foi originado de uma tese de doutorado defendida na Faculdade de Educação Física da Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP – e tem por objetivo compreender a noção de corpo indígena, mais especificamente como os kaingang constroem de modo específico e tradicional sua noção de força; conceituar o etno-desporto – reconhecendo a identidade corporal relacionada à identidade do desporto; e demonstrar como a mimese do futebol, praticado pelos kaingang, ocupa lugar central nas relações de re-inserção sociais com a sociedade fóg. Em quase todas as terras indígenas (TIs) kaingang, o futebol substituiu os principais jogos tradicionais (kanjire e pinjire) assumindo importância fundamental nas relações sociais, permitindo a interação entre os índios moradores de uma mesma TI, entre índios de TIs diferentes e entre os índios e as populações vizinhas. Entre os kaingang do sul do Brasil, os aspectos sociológicos e miméticos do futebol são especialmente visíveis: os campos de futebol se localizam no centro das terras; os kaingang se reúnem para jogar e assistir as “peladas”; as equipes kaingang disputam competições contra equipes da cidade e da região; a montagem das equipes recebe influência das lideranças kaingang; alguns jogadores kaingang participam de equipes da cidade em competições municipais e regionais; as noções de corpo e força dos kaingang são consideradas em campo.

A presente etnografia pretende oferecer um exemplo da dinâmica entre os valores atribuídos à integração com os brancos e a afirmação da identidade étnica entre os kaingang. Essas análises denotam o conceito que denomino de etno-desporto. É preciso ressaltar que os saberes antropológicos têm algo de valioso a demonstrar sobre como as construções corporais podem ser importantes para a Educação Física, seja no âmbito dos planejamentos de políticas públicas que incidem sobre grupos populares e particulares, seja nas pesquisas sobre corporalidade, sua performance e técnica. Sem dúvida, o entendimento etnográfico permite relevante contribuição nesse sentido.

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48 – ESPORTE E CINEMA: NOVOS OLHARES

Victor Andrade de Melo e Maurício Drumond (Org.).

Rio de Janeiro: Apicuri, 2009.

264 p.

ISBN: 978-85-61022-17-4

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Este livro é um dos desdobramentos de uma série de iniciativas que estão em andamento desde o ano de 2003, ocasião em que foi dado início ao projeto Representações do esporte no cinema brasileiro. O intuito básico é, ao se reconhecer os fortes relacionamentos entre a prática esportiva e a arte cinematográfica na construção do ideário e imaginário da modernidade, discutir o olhar que os cineastas brasileiros lançaram sobre esse importante fenômeno social. Foi também desencadeado um esforço de levantamento e catalogação dos filmes nacionais nos quais o esporte esteve presente, seja como assunto central, seja ocupando relevante espaço na trama, ou mesmo quando só ocasionalmente há a ele alguma referência.

Ampliando a contribuição sobre a discussão do tema em pauta, o livro, que reúne 15 artigos sobre a temática, apresenta ao final um CD-Rom, contendo outros trabalhos produzidos a partir do diálogo sobre determinados filmes. Grande parte desses debates foi motivada pelas atividades acadêmicas desenvolvidas pelos organizadores dessa obra.

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49 – HISTÓRIA COMPARADA DO ESPORTE

Victor Andrade de Melo (Org.).

Rio de Janeiro: Shape, 2007.

164 p.

ISBN: 978-85-85253-98-1

Este livro é resultado de três experiências desenvolvidas no âmbito do programa de pós-graduação em História Comparada do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ): duas disciplinas oferecidas no primeiro semestre de 2007 - Esporte: conceitos e discursos e História comparada das práticas corporais: Grécia, Roma e modernidade - e reuniões mensais de orientação, conduzidas por Victor Andrade de Melo, que contaram com a presença de mestrandos, pesquisadores em preparação para o mestrado e convidados.

Este livro apresenta uma série de artigos divididos em cinco partes: introdução, futebol, história antiga, história contemporânea, esporte e outras práticas corporais, cujo eixo norteador é o uso do comparativismo para encaminhar investigações e tecer considerações.

Uma das estratégias para potencializar o uso do método da história comparada é a criação de “laboratórios”, que são espaços de experimentação em que tanto os temas quanto as metodologias possam ser debatidas livremente, inclusive no sentido de exponenciar o caráter heurístico do comparativismo. Nesse sentido, o leitor encontrará diferentes temas e períodos históricos, usos diversos do método da história comparada, e mesmo diferenciados estágios de realização, sendo alguns capítulos expressão de investigações já bem avançadas e outros, experiências iniciais de pesquisa. Há também que se ressaltar que são todos jovens pesquisadores que entendem o esporte e as práticas corporais como um todo, como excelentes objetos para ampliar, a partir de um ponto de vista histórico, nossa compreensão sobre a sociedade.

Esta publicação pretende contribuir com o avanço dos estudos históricos na área das práticas corporais institucionalizadas e também contribuir, mais diretamente, com o fortalecimento e legitimidade do subcampo “história do esporte”. Portanto, ela se destina a todos os profissionais e estudantes que atuem em áreas afins a este subcampo.

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50 – ESPORTE NA CIDADE: ESTUDOS ETNOGRÁFICOS SOBRE SOCIABILIDADES

Marco Paulo Stigger, Fernando Jaime González e Raquel da Silveira (Org.).

Porto Alegre: UFRGS, 2007.

ISBN: 978-85-7025-933-2

194 p.

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O livro se apresenta como primeiro produto do projeto Esporte na Cidade, que procura compreender as sociabilidades esportivas existentes nos espaços públicos urbanos, assim como as relações que elas estabelecem com a caracterização sociocultural e com formas de apropriação desses mesmos espaços. Nele se articulam um conjunto de artigos

que discutem as sociabilidades mediadas por práticas corporais a partir do olhar de seus protagonistas. Com base em perspectivas metodológicas qualitativas, particularmente aproximando-se de estudos etnográficos, os textos discutem o universo das interações sociais mediadas pelo atletismo, bocha, brincadeiras infantis, esportes de aventura, futebol de várzea, hip-hop, jogos esportivos, skate, que acontecem em espaços socioculturais tão diferentes e, ao mesmo tempo, tão similares como a associação de bairro, a associação recreativa, o beco, o clube, o pátio escolar, a praça e a vila.

Fernando Jaime González se esforça para examinar alguns modos pelos quais a noção de sociabilidade é utilizada no campo acadêmico e busca levantar algumas das implicações do conceito para o campo de estudos que tem as práticas corporais como foco de análise. Marco Paulo Stigger procura apresentar como se materializam os pressupostos metodológicos e a pesquisa de campo, em trabalho etnográfico realizado no contexto do esporte e de lazer. Pensar o espaço da rua e o futebol a partir da sua diversidade social e cultural é o ponto de partida de Arlei Damo. Compreender a prática da dança de rua vivenciada por jovens de uma periferia de Porto Alegre foi o objetivo de Ana Cecília de Carvalho Reckziegel, em estudo etnográfico apresentado, nesta publicação. Em outro artigo, Raquel da Silveira traz resultados de pesquisa etnográfica realizada em Porto Alegre, pela qual mostra as interações sociais que acontecem em um espaço público e de associativismo urbano frequentado por homens de idade avançada. Luis Eduardo Tomassim observou nas relações estabelecidas por uma comunidade da periferia e as expectativas dos projetos sociais lá desenvolvidos. Em um trabalho em que analisa a escola como um espaço pedagógico e cultural, Ileana Wenetz procura compreender como são atribuídos significados de gênero que instituem ou atravessam modos diferenciados de ser menino e de ser menina no recreio escolar. Carlos Fabre Miranda faz uma abordagem sobre os interesses presentes nas dinâmicas sociais dos esportes individuais, aprofundando as suas observações no universo do atletismo. Billy Graeff Bastos e Fernando Bruno Rieth discutem a constituição de um gosto como mola inicial de apropriação e construção de um determinado estilo de vida, o dos praticantes de skate. O objetivo do trabalho de Eliane Jost Blessmann é desenvolver uma reflexão sobre os jogos esportivos adaptados, inseridos no contexto esportivo, evidenciando o caráter lúdico dessa atividade e o espaço de sociabilidade que se pode constituir. Desvendar os sentidos de aventura e risco nas atividades realizadas por praticantes de corrida de aventura na perspectiva “competitiva” e compreender como essas atividades se inserem no modo de vida de seus praticantes, é o que norteia o trabalho de Raphael Borges.

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51 – LEVANTAMENTO DA PRODUÇÃO SOBRE O FUTEBOL NAS CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS DE 1980 A 2007

Silvio Ricardo da Silva, Gustavo Nicácio, Priscila Augusta Ferreira Campos e Marcos de Abreu Melo.

Belo Horizonte: UFMG, 2009.

312 p.

ISBN: 978-85-61537-05-0

Após um período de estudos sobre o futebol, o Grupo de Estudos sobre Futebol e Torcidas (GEFuT) observou que a produção acadêmica acerca do futebol que se relacionava às ciências humanas e sociais apresentava-se pulverizada. Ao se buscar por referenciais teóricos, não era encontrado um banco de dados unificado que possibilitasse consulta rápida a grande parte dos periódicos pertencentes a essa área. Além disso, os bancos de dados já existentes referiam-se normalmente a um único formato de referência, artigo, tese ou dissertação. Quanto a livros, não identificamos nenhum banco de dados que pudesse orientar a busca.

Entendemos que convergir tais referências em um banco de dados unificado poderá contribuir para o trabalho de pesquisadores, estudantes, gestores públicos entre outros interessados no estudo do futebol. Buscando chegar a tal banco de dados, propusemo-nos a realizar esse trabalho de levantamento, apresentação e disseminação da produção de teses, dissertações, periódicos, anais e livros que tratam do conhecimento relativo ao futebol nas ciências humanas e sociais durante o período de 1980 a 2007. A opção por iniciar no referido período se deu por ser a década de 1980, o momento histórico no qual se iniciam os trabalhos acadêmicos sobre futebol com um olhar sócio-antropológico, entendendo esse esporte como um fenômeno social próprio de determinadas culturas. Cabe destacar que o processo de redemocratização na sociedade brasileira, iniciado no final da década de 70, foi propício para que outros vieses epistemológicos estivessem presentes na nossa produção científica. Esse foi o caso dos estudos sobre futebol.

A importância do texto para qualificação de políticas públicas se dá na medida em que serve como um acervo de consulta a várias produções sobre o futebol, subsidiando a elaboração de políticas que versem sobre questões que envolvam o futebol, seja no âmbito do esporte de rendimento, do lazer ou educacional.

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52 – ENTRE O MAR E A MONTANHA: ESPORTE, AVENTURA E NATUREZA NO RIO DE JANEIRO

Cleber Augusto Gonçalves Dias e Edmundo de Drummond Alves Júnior.

Niterói: Ed. UFF. 2007.

152 p.

ISBN: 978-85-228-0455-9

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O livro refere-se à publicação de uma pesquisa de aproximadamente três anos de duração, que consistiu, basicamente, no trabalho de campo junto a praticantes de esportes na natureza, mais particularmente, surfistas, montanhistas e voadores de asa delta e parapente.

O trabalho está divido em cinco capítulos: o primeiro trata dos problemas conceituais envolvidos nos esportes praticados em ambientes naturais; o segundo aborda as formas de apropriação territorial que a prática desses esportes mobiliza no interior do espaço urbano, mais particularmente, na cidade do Rio de Janeiro; o terceiro cuida das instituições, tentando analisar suas configurações e o seu papel tanto no desenvolvimento quanto na escala de valores e formas de sociabilidade de cada uma das modalidades estudadas; o quarto capítulo trata, especificamente, do voo livre no Rio de Janeiro, na medida em que os capítulos anteriores acabaram por conceder mais espaço ao surfe e ao montanhismo; o quinto e último capítulo analisa etnograficamente um evento específico do montanhismo, que acontece anualmente no Rio de Janeiro: a chamada “abertura da temporada”. Além desses, o livro conta ainda com uma apresentação, uma introdução, uma conclusão e um apêndice com três artigos, que trabalham sobre as relações dos esportes na natureza como a educação, isto é, sobre as potencialidades de sua utilização como instrumento pedagógico.

No que diz respeito às políticas públicas, o principal interesse do livro, talvez, esteja, em primeiro lugar, na própria temática, que compõem um universo esportivo que ainda carece de informações mais detalhadas. Atualmente, a maioria dos esforços de atuação governamental junto a essas modalidades, entende-os e classifica-os mais como uma prática turística do que propriamente esportiva. Tal forma de tratamento, inclusive, tem gerado muitas insatisfações entre certos grupos de praticantes dessas modalidades. Ainda nesse sentido, a utilização de abordagens etnográficas, como foi o caso, facilita o conhecimento dos sentidos que tais práticas assumem para seus praticantes, subsidiando reflexões sobre a maneira mais conveniente do poder público intervir junto a tais grupos. De acordo com as conclusões a que se podem chegar, tais esportes exigem formas de atuação governamental diferenciada, já que suas formas de organização não se inscrevem, necessariamente, nas formas organizacionais mais convencionais ao mundo esportivo, como são as federações e confederações. Mesmo quando o fazem, notam-se arranjos e motivações sensivelmente diferentes, particulares, o que, por suposto, demanda também relações de apoio e incentivo igualmente particulares.

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53 – EM BUSCA DE AVENTURA: MÚLTIPLOS OLHARES SOBRE ESPORTE, LAZER E NATUREZA

Cleber Augusto Gonçalves Dias e Edmundo de Drummond Alves Júnior.

Niterói: EdUFF, 2009.

166 p.

ISBN: 978-85-228-0519-8

Este livro foi originado na I Jornada de Esporte e Lazer na Natureza – segundo semestre de 2008 – organizado pelo Departamento de Educação Física da Universidade Federal Fluminense (UFF) e é fruto do trabalho do Grupo de Pesquisa Esporte, Lazer e Natureza (GPELN). Seu objetivo é reunir numa mesma

publicação estudos de diferentes aspectos dos esportes na natureza - tais como montanhismo, voo livre, surfe, lazer na natureza -, fundamentados em diversas tradições teóricas. Ressalta-se que a temática ainda é pouco estudada e que o corpo de saberes especializados se encontra em processo de formação.

O primeiro artigo parte dos conceitos de tecnologia dos equipamentos esportivos e sociabilidades – processos de legitimação de certas práticas sociais – para buscar situar a aventura esportiva, sua relação com o risco, na prática do montanhismo. O segundo artigo tem como objetivo retratar a história do lazer na natureza, buscando questionar quando e como essas práticas se iniciaram no Brasil. O terceiro artigo mergulha no discurso de esportistas aventureiros para entender-lhes o imaginário social, os símbolos e seus valores existenciais. No quarto artigo, os autores trazem reflexões sobre o turismo de aventura com base em revisão de trabalhos de pesquisas de diversas áreas que se interessam também por esse segmento. O quinto artigo, com base em estudos etnográficos, busca entender o risco assumido na prática de voo livre, buscando compreender sua lógica interna e a sociabilidade dos seus grupos. O sexto artigo revela os resultados de pesquisa quantitativa aplicada na abertura da temporada de montanhismo, em 2007, aos praticantes desse esporte. O objetivo do estudo é entender a quem o montanhismo atrai e por quê. O sétimo artigo analisa longas-metragens relativos ao surfe brasileiro, lançados tanto em circuitos comerciais quanto em festivais. No oitavo artigo tem-se um estudo documental sobre a cobertura midiática dos “novos” esportes, suas configurações sociais, combinações de valores e trocas ideológicas. O nono artigo relata o resultado de investigação feita sobre os parques em áreas naturais da cidade do Rio de Janeiro, a fim de estabelecer a relação entre o perfil do público e os parques por eles frequentados. O último artigo tem o objetivo de lançar luz sobre os impactos positivos e negativos relativos às atividades praticadas em áreas de conservação ambiental.

Este livro abre portas e perspectivas outras a todos os que queiram estudar ou aprofundar conhecimentos sobre a prática de esporte e de lazer junto à natureza, sejam teóricos ou praticantes.

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54 – LAZER, TURISMO E INCLUSÃO SOCIAL: FUNDAMENTOS & ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO COM IDOSOS

Christianne Gomes, Marcos Pinheiro e Leonardo Lacerda (Org.).

Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.

84 p.

ISBN: 978-85-7041-818-0

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Este livro objetiva compreender o lazer e o turismo como direitos do cidadão, discutir aspectos relacionados à velhice na sociedade atual e refletir sobre possibilidades de intervenção nesse âmbito. Para isso, o conteúdo foi elaborado a partir de uma pesquisa básica que pretendeu aproximar a literatura de questões próprias da realidade vivida atualmente.

São abordadas duas questões principais: nessa sociedade, quais pressupostos e subsídios são importantes para que a atuação profissional no âmbito do lazer e do turismo seja baseada na inclusão social? Considerando as realidades da velhice, quais estratégias de intervenção podem colaborar com o processo de educação e de inclusão social de pessoas idosas? Levando em conta esses questionamentos, o primeiro capítulo é dedicado à discussão do lazer e do turismo em nosso meio, enfatizando as peculiaridades, interfaces, limites e possibilidades desses fenômenos. O segundo capítulo propõe aprofundar conhecimentos sobre fundamentos políticos de inclusão social, abordando temas como cidadania, direitos, políticas públicas e sociais e, ao ser elaborado, contou com a participação da bolsista de iniciação científica Andrezza Souza. O terceiro capítulo pretende instigar reflexões e apresentar elementos que nos auxiliem a compreender a velhice. O quarto e último capítulo discutem aspectos relacionados às múltiplas possibilidades de intervenção educativa no âmbito do lazer e do turismo, tendo como pano de fundo a inclusão social de pessoas idosas.

Esses são temas relevantes para a qualificação das políticas públicas de esporte, lazer e turismo porque nações em desenvolvimento, como o Brasil, carecem de pesquisas que permitam aprofundar conhecimentos teórico-práticos com vistas a qualificar a intervenção junto a essa população. Além disso, o livro aborda aspectos que integram a Declaração Universal dos Direitos Humanos, a Constituição Federal do Brasil e o Estatuto do Idoso, entre outros documentos de referência no país que servem para reforçar a necessidade de se refletir sobre essa realidade.

Lazer, Turismo e Inclusão Social: fundamentos & estratégias de

intervenção com idosos

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55 – POLÍTICAS DE LAZER E SAÚDE EM ESPAÇOS URBANOS

Alex Branco Fraga, Janice Zarpellon Mazo, Marco Paulo Stigger e Silvana Vilodre Goellner (Org.).

Porto Alegre: Gênese, 2009.

125 p.

ISBN: 978-85-61652-04-3

Esta publicação é fruto de projeto de pesquisa desenvolvido pelo Núcleo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS - da Rede CEDES, do Ministério do Esporte. O livro representa a consolidação da trajetória de pesquisas iniciadas pelo núcleo em 2005, que culminou com a publicação em 2007 pela editora da UFRGS dos livros: Educação física e saúde coletiva: políticas de formação e perspectivas de intervenção; Garimpando memórias: esporte, educação física, lazer e dança; O esporte na cidade: estudos etnográficos sobre sociabilidades esportivas em espaços urbanos.

Essas três obras reuniram pesquisas articuladas teórica e metodologicamente nos campos das representações sociais, da etnografia, da historiografia cultural e da análise de discurso. Elas deram sustentação às análises sobre fenômenos contemporâneos do esporte recreativo e do lazer na cidade, à recuperação e à documentação da memória sobre práticas esportivas regionais, bem como às crenças circulantes em programas de promoção da saúde acerca dos benefícios da prática física e sua repercussão na cultura do movimento humano.

A presente obra conta com nove textos, destes, quatro escritos por pesquisadores da faculdade de Educação Física da UFRGS, e cinco por pesquisadores de fora do núcleo que têm ligações com o projeto nuclear.

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56 – EDUCAÇÃO FÍSICA E SAÚDE COLETIVA: POLÍTICAS DE FORMAÇÃO E PERSPECTIVAS DE INTERVENÇÃO

Alex Branco Fraga, Felipe Wachs e Flávio Gonçalves (Org.).

Porto Alegre: Editora UFRGS, 2007.

132 p.

ISBN: 978-85-7025-929-5

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Esta publicação é resultado do projeto Estilo de vida ativo versus sedentarismo: efeitos de um programa de promoção de atividade física e saúde na cultura corporal urbana, desenvolvido pelo Núcleo da UFRGS da Rede CEDES, do Ministério do Esporte. A obra reúne trabalhos de investigação desenvolvidos em diferentes lugares. Trabalhos esses que se articulam em torno do processo de formação e das possibilidades de atuação em educação física dentro dos princípios da saúde coletiva. Dez textos estruturam o livro, incluindo a Carta de Porto Alegre, escritos por treze diferentes autores.

O livro apresenta resultados encontrados em estudos sócio-antropológicos sobre a incipiente presença de práticas corporais no sistema de saúde. Apresenta também discussões sobre a formação em educação física a partir de uma perspectiva crítica. A obra conta ainda com relatos de experiências e com os resultados da pesquisa Estilo de vida ativo versus sedentarismo: efeitos de um programa de promoção de atividade física e saúde na cultura corporal urbana. Para o fechamento do livro é apresentada a Carta de Porto Alegre elaborada no Seminário de Educação Física e Saúde Coletiva: inserção no SUS, realizado na cidade de Porto Alegre, em 2006.

Os textos reunidos procuram fomentar políticas de formação, intervenção e pesquisa na zona fronteiriça entre educação física e saúde coletiva.

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57 – CENÁRIOS LÚDICOS EM UNIDADES DE SAÚDE DA FAMÍLIA: REFLEXÕES E PERSPECTIVAS

Maria Isabel Brandão de Souza Mendes e Marcus Vinícius de Faria Oliveira (Org.).

Natal: Editora da IFET, 2009

102 p.

ISBN: 978-85-89571-60-9

Este livro é resultado do projeto de pesquisa Na contramão da disciplinarização dos corpos: as atividades lúdicas, as unidades de saúde da família e a intersetorialidade. Essa investigação teve como objetivo mapear as atividades lúdicas oferecidas para os usuários de 34 unidades de saúde da família de Natal (RN) e da identificação de suas necessidades e desejos. Além disso, foram analisadas estratégias intersetoriais identificadas no estudo, por meio da articulação entre a unidade de saúde da família da África, o Núcleo do Programa Esporte e Lazer da Cidade atuante no bairro da Redinha e o Programa de Atenção Integral à Família.

O livro está organizado em quatro capítulos. No primeiro capítulo são elencados elementos que suscitam reflexões sobre a associação do lúdico com a saúde e são ressaltados os pressupostos teórico-metodológicos adotados durante a pesquisa. No segundo capítulo, são ressaltados alguns aspectos do Sistema Único de Saúde e da implantação do Programa de Saúde da Família em Natal, e também são feitas reflexões sobre o mapeamento das atividades lúdicas identificadas no estudo. No terceiro, as diferentes expressões de usuários e gestores entrevistados nortearam a discussão. As convergências e divergências de suas falas fizeram emergir apontamentos para a elaboração de projetos integradores de “lazer e saúde” que possam atendê-los. Para finalizar, o quarto capítulo aborda ações intersetoriais identificadas no estudo e destacam-se detalhes sobre a comunidade que foi favorecida por essas ações e especificidades de cada instituição envolvida. E ainda são reveladas interseções no processo de intervenção coletiva, objetivando-se o estabelecimento de princípios e diretrizes para a consolidação das experiências existentes.

O livro apresenta uma reflexão inovadora ao analisar as interfaces entre a atuação profissional no âmbito do lazer com as unidades do Programa Saúde da Família e aponta elementos para a elaboração de projetos integrados de lazer e saúde que tenham como princípios a ludicidade, a intersetorialidade, a interdisciplinaridade e o trabalho em rede.

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58 – DE PORTAS ABERTAS PARA O LAZER: A CULTURA LÚDICA NAS COMUNIDADES DE BAIRRO

Elaine Melo de Brito Costa Lemos, Eduardo Ribeiro Dantas e Cheng Hsin Nery Chao (Org.).

Campina Grande: EDUEPB, 2009.

184 p.

ISBN: 978-85-7879-026-4

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O livro apresenta os resultados de pesquisa a qual teve a seguinte pergunta central: quais as interfaces entre lazer, educação e saúde reveladas no cotidiano das comunidades de bairro, na cidade de Campina Grande (PB)? O objetivo geral do estudo foi: diagnosticar e analisar as interfaces entre lazer, educação e saúde presentes no cotidiano das comunidades de bairro de Campina Grande (PB). Os objetivos específicos foram: a) mapear os espaços e equipamentos de lazer nas comunidades de bairro, considerando aspectos quantitativos e qualitativos; b) reconhecer e refletir sobre os eventos e as manifestações da cultura de movimento presentes nas comunidades de bairro, analisando a temporalidade da experiência do esporte recreativo e de lazer; c) diagnosticar as condições ambientais no que se refere à prática do esporte recreativo e de lazer, focalizando sua relação com a saúde humana.

A relevância da pesquisa configura-se diante da necessidade e da urgência de estudos que revelem as interfaces apontadas nos objetivos específicos, além das relevâncias científica, tecnológica e de inovação em gestão pública. O estudo discute outras metodologias de ação e de gestão que podem ser elaboradas a partir dos resultados obtidos na vivência e do reconhecimento cotidiano das comunidades participantes do estudo. Consequentemente, o estudo indica diferentes formas de gestão pública partindo de relatos, documentos e experiências dos atores sociais, e não somente de uma imposição ou ação linear governamental.

No que se refere ao aspecto metodológico, a pesquisa caracterizou-se como descritiva, do tipo estudo de campo, realizada em sete comunidades de bairro de Campina Grande – PB. O grupo investigado foi composto pelas comunidades associadas à Sociedade Amigos do Bairro – SAB – dos seguintes bairros: Bodocongó, Catolé, Jardim Borborema, José Pinheiro, Malvinas, Pedregal e Santa Rosa.

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59 – RECREAÇÃO, ESPORTE E LAZER: ESPAÇO, TEMPO E ATITUDE

Katharine Ninive Pinto Silva e Jamerson Antônio de Almeida da Silva (Org.).

Recife: Instituto Tempo Livro, 2007.

500 p.

ISBN: 978-85-61077-02-0

O livro reúne 50 textos selecionados dentre a produção socializada no 13º Encontro Nacional de Recreação de Lazer – ENAREL –, realizado pela prefeitura de Recife no período de 15 a 18 de novembro de 2007. Evento que contou com o apoio da Universidade Federal de Pernambuco, o Instituto Tempo Livre, Instituto de Desenvolvimento Social, SESI e Secretaria Nacional de Desenvolvimento de Esporte e de Lazer - Ministério do Esporte. Os textos registram reflexões de autores nacionais e internacionais sobre o tema, buscando contribuir com os debates a respeito do tema do evento: Recreação, esporte e lazer: espaço, tempo e atitude.

A primeira parte da obra reúne o artigo escrito por Jean-Claude Gillet sobre O sistema de animação sociocultural francês: entre diversão e educação, a conquista da democracia; o texto de Nelson Carvalho Marcellino sobre Animação sociocultural e política pública governamental; o artigo de Pablo Ziperovich sobre Espaços e equipamentos recreativos. A segunda parte do livro é composta por textos selecionados pela comissão científica do evento dentre as apresentações em mesas redondas e comunicações orais, distribuídos nas sub-temáticas: espaço urbano de esporte; lazer e recreação: relação público e privado; gestão e controle social; trabalho e lazer; programas e projetos de esporte, lazer e recreação: participação e formação dos usuários e trabalhadores do setor; formação de trabalhadores de lazer.

Este livro contribui com avanços dos estudos e gestão do lazer e recreação, seja pela participação e representação dos autores que o integram, seja pela socialização de conhecimentos e experiências de estudantes, pesquisadores, gestores, recreadores e outros sujeitos que atuam nos setores público, privado, terceiro setor e movimentos sociais. Registra, assim, uma diversidade de experiências e de debates sobre ações concretas articuladas à cultura, ciência e arte.

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60 – LAZER NA AMÉRICA LATINA / TIEMPO LIBRE, OCIO Y RECREACIÓN EN LATINOAMÉRICA

Christianne Gomes, Esperanza Osorio, Leila Pinto e Rodrigo Elizalde (Org.).

Belo Horizonte: Editora UFMG, 2009.

398 p.

ISBN: 978-85-7041-805-0

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O principal objetivo deste livro é apresentar os resultados de um projeto colaborativo realizado no período 2007-2009 que procurou registrar, sistematizar, difundir e ampliar o intercâmbio de experiências históricas, sociais, culturais, formativas e políticas sobre o lazer na América Latina. Ele apresenta elementos que possam auxiliar a reflexão sobre os papéis desempenhados pelo lazer em

cada sociedade, os limites enfrentados, as possibilidades vislumbradas e os desafios superados. Esses e outros aspectos são fundamentais para que sejam apreendidas algumas facetas sobre o lazer na realidade latino-americana e, assim, poder colaborar com o desenvolvimento de políticas públicas democráticas, inclusivas e participativas na região.

Dezesseis autores pertencentes a oito países realizaram estudos sobre o lazer na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, México, Uruguai e Venezuela. Cada pesquisador, ou grupo de pesquisadores, sistematizou os dados coletados para retratar a realidade estudada conforme sua preferência e possibilidade de aprofundamento teórico-metodológico. O capítulo elaborado por Silvana Suárez tem como título: Una aproximación de la representación social de la recreación en Argentina. Christianne Gomes e Leila Pinto são autoras do capítulo O lazer no Brasil: Analisando práticas culturais cotidianas, acadêmicas e políticas. O terceiro capítulo, de Andrés Ried, Roberto Leiva e Rodrigo Elizalde foi intitulado La recreación en Chile: una mirada desde la actualidad y la precariedad. O capítulo La recreación en Colombia foi produzido por Esperanza Osorio. Tiempo libre, actividad deportivo-recreativa y estilos de vida en Cuba foi o título do capítulo elaborado por Aldo Pérez e Santiago León. El desarrollo de la formación y la investigación en la recreación y el tiempo libre en Mexico constitui o sexto capítulo, de Lupe Aguilar. O capítulo sobre o Uruguay compreende dois textos: um deles, de Ricardo Lema e Luis Machado, foi denominado Tiempo libre y recreación en Uruguay; o outro tem autoria de Fabián Vilas, que o intitulou Recreación en el Uruguay. Finalmente, o oitavo capítulo conta com dois textos: La recreación en Venezuela, de Gladys Guerrero, e Ocio, recreación, estado y revolución, de Eloy Altuve.

Os estudos realizados, em seu conjunto, mostram uma valiosa diversidade de visões e perspectivas. Algumas ideias são controvertidas e, em muitos casos, ao serem confrontadas revelam oposições e até mesmo contradições, sendo distintos os níveis de profundidade e análise crítica, requerendo novos debates acadêmicos e reflexões no campo da gestão de políticas públicas na área do esporte e do lazer.

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61 – GARIMPANDO MEMÓRIAS: ESPORTE, EDUCAÇÃO FÍSICA, LAZER E DANÇA

Silvana Vilodre Goellner e Angelita Alice Jaeger (Org.).

Porto Alegre: Editora UFRGS, 2007.

164 p.

ISBN: 978-85-61652-04-3

Trata-se de uma coletânea cujos textos analisam diferentes práticas corporais e esportivas a partir da perspectiva histórica. A publicação reúne pesquisas que abordam as memórias, representações, valores e protagonismos que constituíram e constituem essas práticas, revelando as imposições, os conflitos, os limites, as ousadias e transgressões que marcaram a educação dos corpos de homens e mulheres, seja no campo esportivo, no lazer ou na educação física, em diferentes possibilidades de práticas, no contexto brasileiro ou argentino, ultrapassando os contornos geográficos e temporais. Esses estudos focalizam, muitas vezes, as mulheres e suas inúmeras lutas, questionando, reagindo e ampliando os limites que a sociedade decidiu impor ao seu sexo.

O livro está dividido em 11 capítulos contemplando as seguintes temáticas: a) o fazer historiográfico e algumas implicações epistemológicas e metodológicas sobre a pesquisa; b) história da recreação pública na cidade de Porto Alegre; c) memórias da participação dos clubes esportivos nas comemorações da “Semana da Pátria” em Porto Alegre nas décadas de 30 e 40; d) explicitações sobre o projeto Garimpando memórias, desenvolvido pelo Centro de Memória do Esporte (ESEF-UFRGS); e) análise de fontes produzidas pelo médico eugenista Renato Kehl e sua aproximação com a Educação Física; f) reflexões sobre a educação do corpo pensada em Belo Horizonte, no período de 1891-1930; g) educação de feminilidade e masculinidade em disciplinas curriculares nas escolas argentinas; h) o processo de oficialização do judô feminino brasileiro; i) a inserção e a participação das mulheres no skate e no rugby praticados no Brasil; j) a potencialização muscular de mulheres praticantes de fisiculturismo; k) a construção do corpo natural na dança artística, focalizando a obra e a vida de Isadora Duncan no início do século XX.

A importância desta coletânea para a qualificação das políticas públicas de esporte e lazer reside no fato de abordar a história e memória das práticas corporais e esportivas, muitas delas pensadas a partir de políticas públicas. Além disso, a pesquisa historiográfica revela-se como uma tarefa necessária nestes tempos quando proliferam as iniciativas de difusão de informações de consumo superficial. A preservação da memória busca não apenas evitar o esquecimento, mas, sobretudo, preservar identidades culturais de indivíduos, grupos sociais, instituições e nações.

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62 – NOS RECÔNDITOS DA MEMÓRIA: O ACERVO PESSOAL DE INEZIL PENNA MARINHO

Silvana Vilodre Goellner e André Luiz dos Santos Silva (Org.).

Porto Alegre: Gênese, 2009.

144 p.

ISBN: 978-85-61652-05-0

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Publicada no formato de livro de bolso, esta publicação resulta de um projeto de pesquisa que teve como objetivo central a identificação e catalogação do acervo pessoal de Inezil Penna Marinho, realizado junto à residência de seus familiares. Esse acervo é composto por, aproximadamente, 60 grandes cadernos, tipo brochura, cujo conteúdo revela cartas, postais, manuscritos, textos, relatórios, materiais didáticos, teses etc. Há, ainda, um acervo tridimensional composto por placas, medalhas, camisetas, flâmulas, bandeiras etc.

O livro se originou da descoberta de material, escrito pelo professor Inezil, que nunca havia sido publicado, especialmente aquele que revelava outra face de sua intervenção: o de literato. Com a autorização de Alice Opala e Inezil Penna Marinho, foi publicado o conto O Homem-Fera, escrito em 1938, cujo conteúdo permite aproximações com discussões realizadas pelas ciências biomédicas e a Educação Física daquele período. Além da publicação do conto (mantido conforme escrito por Inezil revelando suas marcas, grifos, supressões e inclusões), o material contempla textos de três pesquisadores que analisaram a obra partindo da vertente da literatura, das ciências biomédicas e da Educação Física.

Sua importância para a qualificação das políticas públicas de esporte e lazer está na recuperação de fontes inéditas de um dos principais intelectuais da Educação cuja intervenção marcou, também, a área do lazer, do esporte e da recreação pública.

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63 – LAZER, ESPORTE E EDUCAÇÃO FÍSICA: PESQUISAS E INTERVENÇÕES DA REDE CEDES/UFJF

Carlos Fernando Ferreira da Cunha Júnior, Edna Hernandez Martin e Luis Carlos Lira (Org.).

Juiz de Fora: Editora UFJF, 2009.

257 p.

ISBN: 978-85-7672-048-5

O livro reúne relatos de pesquisas no campo do esporte e do lazer vistos sob a ótica das ciências humanas e sociais. Ele é resultado do esforço de professores e alunos vinculados a UFJF, apoiados pela Rede CEDES do Ministério do Esporte. Trata-se de iniciativa que firma a parceria entre o mundo acadêmico e os organismos executores de políticas públicas.

Na forma de pesquisa sócio-histórica, são debatidos temas referentes à historia do esporte, do lazer e da educação física no Brasil desde as primeiras décadas do século XX até os dias atuais, com foco principal na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais.

O livro trata de temas de grande importância histórica na área como investimentos nas atividades corporais, os grupos escolares, a ciência médica, a educação integral, o futebol, o meio ambiente, o lazer, o cinema, a academia, o turismo, a dança e o marketing.

A obra é, segundo o autor, oportuna nesse momento em que esporte e lazer ganham importância e passam a ser reconhecidos como direitos sociais no Brasil. Nesse sentido, a produção e a ampliação do debate sobre esse campo de atuação são relevantes e necessárias.

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64 – EDUCAÇÃO FÍSICA E PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO

Wagner Wey Moreira e Regina Simões (Org.).

Belém: Edulpa, 2009.

194 p.

ISBN: 978-85-247-0498-7

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Esta obra congrega textos produzidos em três continentes: Europa, África e América. O traço comum entre eles é a utilização da língua portuguesa. O livro é fruto do I Congresso Científico Internacional de Educação Física e Esportes da Região Norte e está composto em três partes: a primeira versa sobre a relação entre natureza e cultura; formação profissional em Educação Física; perspectiva docente e inflexões corpóreas. A segunda parte apresenta trabalhos sobre o lazer, saúde, educação física, qualidade de vida, meio ambiente e movimentos sociais. A terceira, e última, parte discute sobre a relação entre Educação Física e escola; diversidade e gênero; e interdisciplinaridade.

Esses textos têm como propósito associar a área de Educação Física aos fenômenos da corporeidade e educação, privilegiando sempre o enfoque humano no saber e no saber-fazer por meio dos conhecimentos históricos da Educação Física e do Esporte.

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65 – NUTESES: NÚCLEO BRASILEIRO DE DISSERTAÇÕES E TESES EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES – PRODUÇÃO CIENTÍFICA EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES

Rossana Valéria de Souza e Silva, Cristiane da Silva Santos, Estela Rodrigues de Sousa, Lana Ferreira de Lima e Roseane Patrícia Souza e Silva (Org.).

Uberlândia: UFU/NUTESES, 1998.

430 p.

Segundo seus organizadores, a obra NUTESES – Núcleo Brasileiro de Dissertações e Teses em Educação Física e Esportes – tem o intuito de socializar a produção científica sobre Educação Física e Esportes desenvolvida em diversas instituições brasileiras. Para a sua divulgação em outros países o livro foi publicado em Português e em Inglês.

São 157 dissertações apresentadas e defendidas nos anos de 1995 e 1996 em dez mestrados da área de Educação Física e Esportes, desenvolvidas nas seguintes instituições: Universidade Castelo Branco – UCB, Universidade Estadual do Rio de Janeiro – UERJ, Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS, Universidade Federal de Santa Maria – UFSM, Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Universidade Gama Filho – UGF, Universidade Estadual Paulista – UNESP/Rio Claro, Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP e Universidade de São Paulo – USP.

Ainda segundo os organizadores, a divulgação dos resultados das pesquisas não se apresenta apenas como uma das características do trabalho científico e, sim, também como uma de suas necessidades. A obra sugere que os trabalhos apresentados não só incentivem a produção de outras pesquisas na área, como também cumpram cada vez mais a sua dupla função: contribuam com o avanço científico e ao mesmo tempo favoreçam a melhoria das condições de vida da sociedade.

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66 – NUTESES: NÚCLEO BRASILEIRO DE DISSERTAÇÕES E TESES EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES – PRODUÇÃO CIENTÍFICA RELACIONADA À PESSOA PORTADORA DE DEFICIÊNCIA

Rossana Valéria de Souza e Silva e Apolônio Abadio do Carmo (Org.).

Uberlândia: UFU/NUTESES, 1998.

335 p.

ISBN: 85-7078-044-3

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O Núcleo Brasileiro de Dissertações e Teses em Educação Física e Esportes e o Núcleo de Estudos e Pesquisas nas áreas de Educação Física e Esportes Adaptados apresenta o segundo numero da Série Produção Científica Relacionada à Pessoa Portadora de Deficiência.

Conforme os organizadores entendem, a obra trata de um trabalho inicial que busca reunir, sistematizar, divulgar e tornar acessível as informações referentes a teses e dissertações defendidas em distintos programas de Pós-graduação, de diferentes instituições, cujas temáticas estão voltadas à pessoa portadora de deficiência (PPD).

Na publicação constam 131 resumos e dados bibliográficos de pesquisas realizadas sob a forma de teses ou dissertações defendidas nas seguintes instituições: Universidade Castelo Branco – UCB, Universidade federal de Santa Maria – UFSM, Universidade Gama Filho – UGF, Universidade Estadual de Campinas – Unicamp e Universidade Metodista de Piracicaba – Unimep.

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67 – NUTESES: NÚCLEO BRASILEIRO DE DISSERTAÇÕES E TESES EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES – PRODUÇÃO CIENTÍFICA EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES

Rossana Valéria de Souza e Silva, Estela Rodrigues de Sousa e Cristiane da Silva Santos, Lana Ferreira de Lima e Roseane Patrícia de Souza e Silva (Org.).

Uberlândia: UFU/NUTESES, 1998.

662 p.

ISBN: 85-7078-043-5

Esta publicação concretiza uma das mais importantes metas da série Mestrados e Doutorados em Educação Física e Esportes: difundir e assegurar o acesso às

informações referentes à produção científica da área de Educação Física e Esportes, especialmente aquela desenvolvida por intermédio dos cursos de pós-graduação stricto sensu. No presente número são publicados os resumos, dados bibliográficos e complementares de 96 dissertações defendidas, apenas no ano de 1997, em dez instituições que mantêm mestrados em Educação Física: UCB, UERJ, UFMG, UFRGS, UFRJ, UFSM, UGF, UNESP/Rio Claro, Unicamp e USP. Também estão publicados os resumos de nove teses defendidas durantes esse mesmo ano na UFSM.

O Núcleo Brasileiro de Dissertações e Teses em Educação Física e Esportes – NUTESES – consegue, por meio da publicação deste terceiro volume, amenizar fatores tais como: a dimensão geográfica do país, a concentração dos cursos nas regiões Sul e Sudeste e a ausência de um sistema automatizado que facilite e agilize o processo de divulgação e recuperação da produção realizada.

O presente número contém 25 teses e seis dissertações realizadas por profissionais brasileiros em 17 instituições, de cinco diferentes países: Alemanha, Espanha, Canadá, Portugal e EUA. Os dados estão dispostos em três blocos: referências bibliográficas, dados complementares (orientador, data de defesa, nome do curso, área de concentração e/ou linha de pesquisa) e resumos das dissertações ou teses. Na realidade, existem muitos outros trabalhos defendidos por profissionais da área de Educação Física, em distintas áreas do conhecimento, tanto no Brasil quanto no exterior. Contudo, ainda são grandes as dificuldades para recuperação desse material, visto que, em muitos casos, os documentos encontram-se apenas nas bibliotecas das instituições, nas quais estão lotados os seus autores.

Com a contribuição de pessoas que atuam em diversas instituições e em diferentes regiões do Brasil, este livro estabelece uma linha de comunicação entre vários usuários, alunos de graduação e pós-graduação, professores, pesquisadores do Brasil e de alguns países do exterior, assim como também entre profissionais brasileiros que se qualificam em cursos de mestrado e doutorado em outros países.

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68 – BOLETIM EDUCAÇÃO FÍSICA

Efrain Maciel e Silva

Sítio: boletimef.org

Mídia Premiada na 1ª Edição do Prêmio Brasil de Esporte e Lazer de Inclusão Social

2008

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Relato de experiência na administração do sítio http://boletimef.org apresentado em formato de artigo publicado no livro da Coletânea dos Premiados de 2008 do I Prêmio Brasil de Esporte e Lazer de Inclusão Social. Este artigo apresenta o sítio BoletimEF descrevendo suas principais características, seções e conteúdo. O objetivo do portal é socializar o conhecimento científico produzido na área de educação física, esporte e lazer, utilizando-se de tecnologias e mídias digitais com recursos de acessibilidade. Seu objetivo é contribuir com a qualificação profissional e científica de professores, alunos e agentes sociais engajados com o desenvolvimento da área esportiva no Brasil.

Atualmente pelo BoletimEF, professores universitários, alunos de graduação e pós-graduação, atletas, federações esportivas, agentes sociais e demais profissionais de educação física, esporte e lazer, mantêm-se informados sobre os recentes acontecimentos da área; têm fácil e livre acesso aos trabalhos científicos produzidos; podem consultar e/ou divulgar congressos, simpósios, eventos e cursos; ver os lançamentos de livros e revistas; participar de discussões no fórum; divulgar seus artigos, monografias, dissertações, teses e demais trabalhos acadêmicos, bem como consultar um amplo acervo de trabalhos científicos da biblioteca digital.

O BoletimEF ao longo de quase 10 anos tem-se tornado um dos principais meios de consulta às informações científicas e qualificação profissional, não só para os que estão diretamente ligados às políticas públicas de esporte e lazer, como também à grande área da educação física, mantendo sempre seu foco na difusão do conhecimento científico de forma livre e gratuita.

Boletim Educação Físicahttp://boletimef.org

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69 – OBSERVATÓRIO DA MÍDIA ESPORTIVA: A COBERTURA JORNALÍSTICA DOS JOGOS ABERTOS DE SANTA CATARINA

Giovani de Lorenzi Pires (Org.).

Florianópolis, Nova Letra, 2008.

160 p.

ISBN: 978-85-7682-339-1

Trata-se de uma versão adaptada do relatório da pesquisa Observatório da mídia esportiva: acompanhamento e análise da cobertura jornalística do esporte e do lazer na mídia catarinense, desenvolvida em 2007-2008 pelo grupo Observatório da Mídia Esportiva. O foco da pesquisa, do tipo observacional-descritiva, foi a cobertura jornalística da etapa final da 47ª edição dos Jogos Abertos de Santa Catarina (JASC) que aconteceu em Jaraguá do Sul (SC), de 1º a 10 de novembro de 2007. A investigação visou à compreensão desse processo numa perspectiva ampliada, analisando tanto o produto midiático (as informações jornalísticas veiculadas), quanto as formas de sua produção, pela observação do cotidiano profissional dos jornalistas encarregados de cobrir aquele evento esportivo.

A composição deste livro compreende, assim, dois corpus de investigação de campo: para a análise dos produtos da mídia esportiva, foram analisadas matérias jornalísticas publicadas sobre o evento em quatro veículos de mídia (dois jornais impressos e duas emissoras de televisão). Para a compreensão das condições de produção da informação esportiva, foi procedida observação participante do trabalho de jornalistas que cobriam o evento, além de entrevistas com quatro profissionais da área, que estiveram diretamente envolvidos com a cobertura das finais do JASC 2007. O livro está composto por capítulos que versam sobre aportes teórico-metodológicos sobre o objeto de pesquisa; sobre a imprensa, jornalismo esportivo, esporte amador em Santa Catarina; sobre o produto e os produtores da cobertura do JASC 2007, entre outros temas importantes.

A leitura da obra pode ser interessante tanto a pesquisadores dos dois campos de estudo que aqui estão associados pelo esporte – a Educação Física e o Jornalismo – quanto a gestores públicos, envolvidos no desenvolvimento e implementação de políticas sociais de esporte e lazer, que podem encontrar apontamentos para (re)pensar suas ações, especialmente quanto ao trato profissional e institucional no campo da mídia esportiva.

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70 – “OBSERVANDO” O PAN RIO/2007 NA MÍDIA

Giovani de Lorenzi Pires (Org.).

Florianópolis, Tribo da Ilha, 2009.

224 p.

ISBN: 978-85-62946-00-4

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O livro é constituído por artigos que foram produzidos tendo como referência a pesquisa Os Jogos Pan-Americanos Rio 2007 e o discurso midiático esportivo: observação e análise da cobertura na mídia nacional, realizada pelo Grupo Observatório da Mídia Esportiva - UFSC. A pesquisa pode ser caracterizada como observacional-descritiva e foi desenvolvida de forma integrada por quatro subprojetos que continham alguns aspectos comuns entre si, embora cada um mantivesse certa autonomia na construção da sua abordagem quanto ao tema central do estudo: a cobertura jornalística realizada por veículos da mídia nacional quando da realização dos Jogos Pan-Americanos Rio - 2007.

O livro divide-se em duas partes: a primeira é composta de artigos produzidos a partir dos relatórios finais de cada subprojeto, abordando a mídia regional; a análise da cobertura em jornais das cinco regiões brasileiras; as representações veiculadas pelo Jornal Nacional; a visão de colunistas da mídia impressa e um estudo sobre os jogos no ciberespaço (em blog). A segunda parte apresenta artigos decorrentes de relatórios parciais de um dos subprojetos e de duas outras pesquisas associadas, que tanto abordam a mídia impressa mineira; debatem sobre os atletas sergipanos na cobertura jornalística e analisam o discurso em mídia impressa sobre o Parapan-Americano 2007.

No intuito de promover a articulação interna dos subprojetos da pesquisa, existe um capítulo introdutório que apresenta a problemática do estudo, objetivos e aspectos gerais da metodologia de investigação. Ao final, a título de considerações finais, um capítulo realiza um esforço de síntese, destacando similaridades, particularidades e novas demandas identificadas no estudo.

Entendemos que o esforço de aprofundar a reflexão sobre a mídia, tanto no campo acadêmico quanto junto a gestores das políticas públicas de esporte e lazer, é fundamental para melhorar a qualidade da produção, recepção e trato com os discursos midiáticos esportivos.

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71 – TORCEDORES, MÍDIA E POLÍTICAS PÚBLICAS DE ESPORTE E LAZER: NO DISTRITO FEDERAL

Aldo Antonio de Azevedo (Org.).

Brasília: Thesaurus, 2008.

168 p.

ISBN: 978-95-7062-786-5

O livro é resultado das pesquisas relacionadas ao projeto Observatório do Torcedor, Mídia Esportiva e Políticas públicas de Esporte e Lazer no Distrito Federal, realizadas em 2007 com apoio da Rede CEDES. A publicação tem o intento de propor um debate em torno de algumas questões que vê assumindo centralidade crescente no campo esportivo, em especial, do futebol, como a violência, as formas de

organização e sociabilidade de torcedores no Distrito Federal, o poder da mídia esportiva e, por fim, uma análise crítica e exemplificativa de uma política pública de esporte e lazer no contexto de uma cidade local. Um dos eixos norteadores do conjunto de estudos aqui reunidos é o processo de “secundarização”, que atinge, especialmente, o fenômeno do futebol, vez que a relevância local desse esporte é reduzida ou mitigada em relação ao cenário nacional.

Na Parte I, intitulada Torcedores e Torcidas Organizadas no Distrito Federal, são apresentados três capítulos. O primeiro trata de uma análise sócio-jurídica do Estatuto de Defesa do Torcedor (EDT), tema central no estudo das torcidas de futebol no Brasil, no qual o “torcedor” é concebido como um “consumidor” e o “clube”, como “organizador” do espetáculo. No Capítulo II há um estudo sobre torcidas organizadas no Distrito Federal, a partir de entrevistas com torcedores e líderes de torcidas. No Capítulo III, as análises dos torcedores e seus comportamentos têm como locus os “bares de torcidas”, onde algumas perspectivas analíticas sugerem um aspecto secundário do futebol da capital (secundarização), a sociabilidade e o comportamento dos torcedores nos bares da Capital Federal.

Na Parte II, denominada Mídia Esportiva em Perspectiva Teórica, o Capítulo IV traz um estudo da relação entre o esporte e a televisão, no sentido de introduzir e discutir o assunto por intermédio de alguns aportes teóricos.

Finalmente, a Parte III, relativa às Políticas Públicas de Esporte e Lazer no Distrito Federal. O Capítulo V discorre sobre um estudo crítico do caso do Esporte à Meia-Noite, em Planaltina - programa da Secretaria de Segurança Pública do DF – em que há uma focalização do esporte de lazer, ou lazer esportivo, como meio de controle da violência e da criminalidade na comunidade.

O livro espera contribuir com os estudos acerca das temáticas pontuadas, considerando que trata de campo vasto para investigações, agendas e debates, relacionando Esporte, Educação Física, Lazer, Educação e Sociologia.

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PROJETOS DE PESQUISA DA REDE CEDES

REGIÃO NORTE

1. Diagnóstico do esporte e lazer da região Norte brasileira: o existente e o necessário (UFAM, UFPA e ULBRA/RO)

2. Futebol karipuna: um estudo fotoetnográfico sobre futebol e a vida cotidiana nas aldeias karipuna (UFAP)

REGIÃO NORDESTE

1. Centro de desenvolvimento do esporte recreativo e do lazer na cidade de Salvador e campo - recôncavo baiano (UFBA)

2. Esporte e lazer no campo e na cidade: os mutirões e círculos populares de esporte e lazer (UFBA)

3. Formação continuada de militantes culturais de esporte e lazer no campo e na cidade: os mutirões e círculos populares de esporte e lazer (UFBA)

4. Políticas públicas e ordenamento legal em esporte e lazer: sistema nacional em rede (UFBA, IMES e UFG)

5. Rede de desenvolvimento de políticas públicas de esporte e lazer no Brasil (UFBA)

6. Observatório da mídia esportiva: repercussão das políticas públicas na mídia impressa (UFBA)

7. Lazer e intervenção no campo popular: construindo caminhos e consolidando ações (CEFET/RN)

8. Na contramão da disciplinalização dos corpos: as atividades lúdicas, as unidades de saúde da família e a intersetorialidade (CEFET/RN)

9. Política pública de lazer: o Estado e o cotidiano urbano (CEFET/RN)

10. Esporte, lazer e educação: como se associam essas demandas das políticas públicas e como se materializam em programas governamentais e não governamentais (UFPE)

11. Lazer e atividades esportivas na região metropolitana do Recife: diagnóstico e estudo dos determinantes ambientais e sociais (UEPE)

12. Políticas públicas de esporte e lazer: um estudo sobre o perfil do município de São Luís/MA (UFMA)

13. Esporte e lazer de inclusão social (UFMA apoio FINEPE)

14. Projeto “Portas abertas para o lazer”: a cultura lúdica nas comunidades de bairro (UEPB)

15. Políticas públicas de esporte e lazer no estado da Bahia: diagnóstico e intervenção no território 18 (UEBA)

16. Sistema Nacional de Esporte e Lazer: mecanismos de participação popular e controle social da região Nordeste do Brasil (UFMA)

17. Lazer e corpo: as expressões artísticas e culturais do corpo nas festas populares baianas (UEFS)

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18. Futebol de pelada nos vazios urbanos: lazer, sociabilidade e resenha (UFAL)

19. PROJETO ORLA: análise dos espaços e equipamentos de esporte e lazer da praia de Atalaia em Aracaju – SE (UFSE)

20. Dança, lazer e cultura: um cenário da zona rural da Paraíba (UEPB)

21. Cidade, educação física e sport: uma história da introdução das práticas da educação física e esportivas em João Pessoa, Recife e Natal (UFPB)

22. Avaliação de variáveis biomecânicas e fisiológicas de pessoas que praticam atividade física no lazer nas cidades de Petrolina – PE e Juazeiro – BA para a promoção da saúde (UNIVASF)

23. Memórias do curso de educação física da Universidade Federal de Sergipe: trajetórias de formação (1975-2009) (UFSE)

REGIÃO SUDESTE

1. Levantamento de produção acadêmica acerca do futebol nas ciências humanas e sociais (UFMG)

2. Levantamento e análise das torcidas organizadas de Minas Gerais (UFMG)

3. Avaliação de políticas e políticas de avaliação: possibilidades para o esporte e o lazer (UFMG)

4. Lazer e formação profissional: análise da política de formação profissional em lazer em secretarias de esporte da região metropolitana de Belo Horizonte (UFMG)

5. Lazer, idosos e inclusão social: explorando o potencial dos interesses turísticos na perspectiva da animação sociocultural (UFMG)

6. Lazer na América Latina (UFMG)

7. A infância, a cidade e a educação: questões para o esporte e o lazer (UFMG)

8. Eu vou contar uma história... Memórias de esportes e ruas de recreio em Minas Gerais (1940-1970) (UFMG)

9. Metodologia para inclusão dos jovens de Ribeirão das Neves: diagnóstico para implantação do PELC/PRONASCI (PUC Minas)

10. Avaliação dos programas PELC e Segundo Tempo: verificação de resultados e elaboração de método avaliativo (PUC Minas)

11. Esporte, lazer e modernidade em Juiz de Fora – 1880-1930 (UFJF)

12. Projeto de criação do NUTESES (UFU)

13. Memória do esporte na imprensa: século XIX – década de 1910 (UFRJ)

14. Esporte e arte: diálogos (UFRJ)

15. Animação cultural: conceitos e linguagens artísticas (UFRJ)

16. Lazer e cidade (UFRJ)

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17. História das práticas corporais e de lazer na modernidade e contemporaneidade (UFRJ)

18. Prevenindo as quedas hoje evitará que o próximo a cair seja você – terceira idade (UFF)

19. Os esportes na natureza (UFF)

20. Investigando as lutas como recurso pedagógico (UFF)

21. A paixão vigiada: o policiamento de torcidas no Brasil e Inglaterra (UFF)

22. Equipamentos de lazer e esporte: relações entre a cidade-sede e as de pequeno porte e médio porte – subsídios para políticas públicas em regiões metropolitanas (Unimep)

23. A cidade como equipamento de lazer: possibilidade do lazer na contribuição para preservação e revitalização do patrimônio ambiental urbano: os casos de Piracicaba e Campinas (Unimep)

24. Lazer no município: formação e desenvolvimento de quadros (Unimep)

25. Caracterização do torcedor organizado e a atuação da mídia esportiva (Unicamp)

26. Jogo, celebração, memória e identidade: reconstrução da trajetória de criação, implementação e difusão dos jogos indígenas no Brasil (Unicamp apoio MEC)

27. Políticas sociais de esporte e lazer na região do Grande ABC: mapeamento e análise crítica (IMES/SP)

28. Observatório de políticas públicas sociais de esporte e lazer do Grande ABC – 2004 (IMES/SP)

29. Avaliação, prevenção e controle de doenças crônico-degenerativas por meio das práticas desportivas recreativas (USP/RP)

30. Políticas públicas de esporte e lazer no Espírito Santo: abordagens quantitativas e qualitativas (UFES)

31. Atividade física e esporte por meio de jogos eletrônicos na paralisia cerebral (USP)

32. Gestão de esporte e de lazer: análise dos espaços e equipamentos de esporte recreativo e de lazer na Zona Leste de São Paulo (USP/Leste)

33. Lazer e esporte em Ouro Preto e Mariana: estudo de espaços e equipamentos (UFOP)

34. Análise do perfil dos torcedores organizados de Minas Gerais (UFMG)

35. Lazer e educação física: textos didáticos para a formação de profissionais do lazer (Unimep)

36. Implicações de um programa de lazer físico-esportivo sobre a qualidade de vida e aspectos fisiológicos de crianças obesas (IESMP)

37. Formação de recursos humanos para a área do lazer na América Latina (UFMG)

38. Trajetória histórica das políticas públicas de esporte em Minas Gerais: 1938-2006 (UFMG)

39. As práticas de lazer na cidade de São João del Rei: uma análise dos espaços públicos de lazer oferecidos aos munícipes pelo poder público (UFSJDR)

40. Avaliação de resultados do Programa Esporte e Lazer da Cidade em Minas Gerais (UFV)

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41. Garimpando memórias dos esportes: mapeando histórias de esportivização (PUC/Minas)

42. Memória do esporte universitário em Viçosa (UFV)

43. Coleção história oral: memória de esportes e ruas de recreio: 1940-1980 (UFMG)

44. A realidade pública do esporte nos municípios da região Médio Rio Grande do estado de Minas Gerais (UEMG)

45. Mapeando os espaços e equipamentos de lazer da cidade de Niterói – RJ e as formas de apropriação desses espaços pelas populações locais (UFF)

46. Relações intersetoriais nas políticas púbicas de esporte e lazer: os convênios entre governo do estado e municípios no estado do Espírito Santo (UFES)

47. Diagnóstico das políticas públicas de esporte e lazer na Região dos Lagos (AEVA/RJ)

48. História e memória do esporte em Juiz de Fora (UFJF)

49. Observatório do torcedor (UFMG, UFPE, UFPR, IMES/SP, UFRGS, UFF)

50. Gestão da informação sobre esporte recreativo e lazer: balanço da Rede CEDES (UNESP/Rio Claro)

51. Avaliação e intervenção na prevenção e no controle de doenças crônico-degenerativas com implicações cardiovasculares por meio da prática desportiva recreativa (USP/Leste)

REGIÃO SUL

1. Estudo sociodiagnóstico sobre gênero e etnia em programas de esporte e lazer: subsídios para políticas públicas inclusivas - PELC e Segundo Tempo (UFRGS e UGF/RJ)

2. A obra de Inezil Penna Marinho e sua repercussão para a educação física e o lazer no Brasil (UFRGS)

3. Mapa de distribuição de práticas sociais vinculadas ao universo da cultura de movimento corporal no tempo livre em Porto Alegre: estratificação por classe social, cor de pele e gênero (UFRGS)

4. Políticas de promoção da saúde na gestão do lazer em Porto Alegre (UFRGS)

5. Quem sou eu? Pergunta a educação física no trabalho com a terceira idade (UFSM)

6. Mapeamento de programas e projetos governamentais e não governamentais de inclusão social através do esporte e lazer em Ijuí, Porto Alegre e Santa Maria (UFSM)

7. Diagnóstico das manifestações de esporte e lazer do campo e da cidade (UFSM)

8. Programa Segundo Tempo na cidade de Pelotas: percepção dos gestores e da comunidade (UFPEL)

9. Projeto Escola Aberta no Rio Grande do Sul: gestão 2003-2006 (UFPEL)

10. A invenção da ESEF da UFPEL: memórias de uma instituição (UFPEL)

11. Redes de sociabilidade juvenil; observando lazeres e identidades juvenis nos municípios de São Leopoldo, Canoas e Santa Maria (ULBRA/RS, Unisinos e UFSM)

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12. Mapa da juventude: um estudo sobre as atividades de lazer dos jovens de Santa Maria, São Leopoldo e Canoas – RS (UFSM, Unisinos e ULBRA/RS)

13. Políticas públicas de lazer para a terceira idade no município de Rio Grande (FURG)

14. Espaços esportivos de lazer e sociabilidade: um estudo etnográfico (Unisinos)

15. Um olhar sobre o Segundo Tempo no Rio Grande (FURG)

16. Políticas públicas de lazer em Rio Grande: 1997-2008 (FURG)

17. Políticas públicas para educação física na cidade de Rio Grande: onde a política é o esporte (FURG)

18. Observatório de políticas públicas da cultura corporal (FURG)

19. As instituições municipais da cidade de Rio Grande e suas ações setoriais no âmbito do lazer (FURG)

20. Estudo do cenário de gestão do esporte e lazer (Univates)

21. As práticas corporais no contexto contemporâneo (UFSC)

22. Produção do conhecimento sobre capoeira: abordagens e tendências (UFSC)

23. Esporte e cultura (UFSC apoio FINEP)

24. O acadêmico e o popular nas práticas corporais: diálogos entre diferentes saberes (UFSC)

25. Observatório da mídia esportiva: acompanhamento e análise da cobertura jornalística do esporte recreativo e do lazer na mídia catarinense (UFSC)

26. Levantamento da infraestrutura de esporte e lazer dos municípios que compõem a 25ª SDR de Santa Catarina, nas áreas rurais e urbanas (Universidade do Contestado)

27. Os jogos pan-americanos Rio 2007 e o discurso midiático esportivo: observação e análise da cobertura na mídia nacional (UFSC)

28. Diagnóstico das políticas públicas do esporte e do lazer do estado do Paraná (UFPR)

29. Observatório de políticas públicas de esporte e lazer (UFPR)

30. Análise e desenvolvimento do esporte e lazer em comunidades quilombolas no Paraná (UEM)

31. Políticas públicas de esporte e lazer em comunidades indígenas no Paraná (UEM apoio MEC)

32. Projetos sociais esportivos e a produção de uma política pública de esporte (UFRG)

33. Políticas públicas do esporte e lazer em Curitiba (UFPR)

34. Valores e atitudes pró-sociais do esporte do sul do Brasil (UFRGS)

35. Diagnóstico dos jogos tradicionais do campo e da cidade do estado do Rio Grande do Sul (UFSM)

36. Demandas de esporte e lazer para a juventude: um estudo diagnóstico nos municípios de Novo Hamburgo e Santa Maria – RS (UFSM)

37. O Brasil na Copa, a Copa no Brasil: antecipação, visibilidade, associações. Os agendamentos para 2014 (UFSC)

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38. Mapa do lazer juvenil: in/exclusão no lazer de jovens nos municípios de São Jerônimo, Charqueadas e General Câmara (ULBRA – RS)

39. PELC - Vida Saudável: avaliando seu impacto na vida do cidadão e na política pública (UNISINOS)

40. Escola de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1940-2010): mapeando cenários da formação profissional e da produção do conhecimento em políticas de esporte e lazer (UFRGS)

41. Diagnóstico dos espaços públicos de esporte e lazer da região da AMREC (UNEC de Criciúma)

REGIÃO CENTRO-OESTE

1. Manifestações da cultura corporal em comunidades quilombola: um acervo inicial no estado de Goiás (UFG, UnB)

2. Sistema nacional de esporte e lazer: sobre o tema do financiamento (UFG)

3. Uma análise da Conferência Nacional de Esporte: a centralização e a descentralização, a quantidade e a qualidade, o público e o privado (UFG)

4. Observatório do torcedor, mídias e políticas de esporte e lazer no DF (UnB)

5. Políticas públicas para o lazer no Brasil (UnB)

6. Esporte e lazer: a cidadania em construção. Análise do PELC (UnB apoio FINEP)

7. Produção do conhecimento sobre as práticas corporais indígenas e suas relações com os Jogos Indígenas no Brasil (UNEMAT, UEPA, Unicamp, UnB, UFSC, UCDB, UFAM, UFRN)

8. Impacto das políticas públicas de esporte e lazer na região do Aero Rancho – Campo Grande – MS (UCDB)

9. Lazer e cultura em Goiânia (UFG)

10. Equipamentos públicos de lazer em Campo Grande – MS: distribuição geográfica, interesses culturais, acessibilidade e animação sociocultural (Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal – MS)

11. Os espaços e equipamentos específicos de lazer de Campo Grande – MS: a ordenação do solo urbano (UCDB/MS)

12. O esporte e lazer no município de Sinop – MT: um estudo de suas manifestações na cidade e no campo (UFMT)

13. Lazer e gênero: processo educativo de mulheres negras empobrecidas e políticas públicas (UCB)

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