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PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM

SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E SERVIÇOS URBANOS

BOULEVARD CONTAGEM

VOLUME 01 – MEMORIAL DESCRITIVO

Elaboração: Consórcio Engesolo – Vetec

Setembro/2019

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Cliente:

Projeto/Obra:

Identificação do Documento:

Número do Cliente: Número da Volume:

PR015/18-OS002/18

Revisão Data Descrição das Revisões Validação/Aprovação

A julho/2019

B setembro/2019

Atualizado os textos dos projetos de Arquitetura, Estudos Hidrológicos, Estudos

Geotécnicos, Projeto Geométrico, Projeto de Terraplenagem, Projeto de Drenagem,

Projeto de Pavimentação, Projeto de Sinalização.

VOLUME 1

Emissão Inicial

CONSÓRCIO

ENGESOLO-VETECCONTROLE DE DOCUMENTOS TÉCNICOS

PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM - SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E SERVIÇOS URBANOS

BOULEVARD CONTAGEM

VOLUME 1 – MEMORIAL DESCRITIVO

Revisão do Formulário: 2

Data: 10/09/04

Folha: 01/01

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SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO..............................................................................................................................6

2 MAPA DE LOCALIZAÇÃO........................................................................................................7

3 PROJETO ARQUITETÔNICO, URBANÍSTICO..........................................................................8

3.1 DESCRIÇÕES GERAIS ....................................................................................................................... 8

3.2 OBJETIVO ........................................................................................................................................... 8

3.3 APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................ 9

3.4 O PROJETO ....................................................................................................................................... 10

3.5 DEMOLIÇÕES ................................................................................................................................... 17

3.6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................... 17

4 PROJETO DE ACESSIBILIDADE...........................................................................................19

4.1 OBJETIVO ......................................................................................................................................... 19

4.2 ACESSIBILIDADE .............................................................................................................................. 19

4.3 SINALIZAÇÃO PODOTÁTIL .............................................................................................................. 20

4.4 CONCEITO DA IMPLANTAÇÃO ........................................................................................................ 21

5 ESTUDOS HIDROLÓGICOS..................................................................................................22

5.1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 22

5.2 COLETA E ANÁLISE DE DADOS ...................................................................................................... 22

5.3 ASPECTOS FISIOGRÁFICOS DA REGIÃO ...................................................................................... 22

5.4 PERÍODO DE RECORRÊNCIA ......................................................................................................... 23

5.5 TEMPO DE CONCENTRAÇÃO ......................................................................................................... 23

5.6 METODOLOGIA DOS CÁLCULOS DE VAZÃO ................................................................................ 24

5.7 ÁREAS DE CONTRIBUIÇÃO ............................................................................................................. 25

6 ESTUDOS GEOTÉCNICOS...................................................................................................25

6.1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 26

6.2 SUBLEITO ......................................................................................................................................... 26

7 PROJETO DE TERRAPLENAGEM...........................................................................................27

7.1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 27

7.2 METODOLOGIA ................................................................................................................................ 27

7.3 DEFINIÇÕES BÁSICAS ..................................................................................................................... 27

7.4 CÁLCULO DOS VOLUMES DE TERRAPLENAGEM ........................................................................ 28

7.5 SEÇÃO TRANSVERSAL DE TERRAPLENAGEM ............................................................................ 28

8 PROJETO DE DRENAGEM....................................................................................................30

8.1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 30

8.2 CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS ...................................................................................................... 31

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9 PROJETO DE PAVIMENTAÇÃO............................................................................................39

9.1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 39

9.2 PARÂMETROS DE PROJETO .......................................................................................................... 39

9.3 DIMENSIONAMENTO DA BASE ....................................................................................................... 44

9.4 RESUMO DO PAVIMENTO ............................................................................................................... 44

9.5 CONCEPÇÃO DAS CAMADAS DE PAVIMENTO ............................................................................. 46

10 PROJETO DE SINALIZAÇÃO.................................................................................................50

10.1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 50

10.2 PROJETO DE SINALIZAÇÃO HORIZONTAL ................................................................................... 50

10.3 PROJETO DE SINALIZAÇÃO VERTICAL ......................................................................................... 53

10.4 MATERIAIS ........................................................................................................................................ 55

11 PROJETO GEOMÉTRICO......................................................................................................57

11.1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 57

12 PROJETO ELÉTRICO............................................................................................................61

12.1 OBJETIVO ......................................................................................................................................... 61

12.2 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ............................................................................................................. 61

12.3 INFRAESTRUTURA PARA TELECOMUNICAÇÕES ........................................................................ 63

13 PROJETO DE DRENAGEM E ESGOTO.................................................................................64

13.1 OBJETIVO ......................................................................................................................................... 64

13.2 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 64

13.3 NORMAS E REGULAMENTAÇÕES .................................................................................................. 64

13.4 INSTALAÇÕES .................................................................................................................................. 65

13.5 MATERIAIS PARA INSTALAÇÕES DE DRENAGEM PLUVIAL ........................................................ 65

FERRAGENS, FIXAÇÕES E ACESSÓRIOS METÁLICOS DE USO APARENTE .................................................................. 66

PREPARO DAS SUPERFÍCIES ................................................................................................................................ 67

13.6 OBSERVAÇÕES GERAIS ................................................................................................................. 68

14 PROJETO DE IRRIGAÇÃO....................................................................................................74

14.1 OBJETIVO ......................................................................................................................................... 74

14.2 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 74

14.3 NORMAS E REGULAMENTAÇÕES .................................................................................................. 74

14.4 INSTALAÇÕES .................................................................................................................................. 75

14.5 ESPECIFICAÇÕES DOS SERVIÇOS DE INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS ...................................... 78

14.6 MATERIAIS PARA INSTALAÇÕES DE IRRIGAÇÃO ........................................................................ 79

14.7 TUBULAÇÕES ................................................................................................................................... 80

RECOBRIMENTO .................................................................................................................................................. 81

14.8 PINTURA DE EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES .......................................................................... 81

14.9 OBSERVAÇÕES GERAIS ................................................................................................................. 83

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15 PROJETO LUMINOTÉCNICO E PÚBLICO ............................................................................89

15.1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 89

15.2 ABRANGÊNCIA DO PROJETO .................................................................................................................. 89

15.3 PRINCIPAIS OBJETIVOS DO PROJETO ...................................................................................................... 89

15.4 O PROJETO LUMINOTÉCNICO DAS ÁREAS EXTERNAS ............................................................................... 89

15.5 O PROJETO LUMINOTÉCNICO PARA AS ÁREAS INTERNAS ......................................................................... 90

15.6 DIMENSIONAMENTO LUMINOTÉCNICO ..................................................................................................... 90

16 PROJETO DE PAISAGISMO..................................................................................................91

16.1 PROCEDIMENTOS INICIAIS PARA EXECUÇÃO DE JARDIM ........................................................ 92

16.2 PROCEDIMENTOS PARA PLANTIO DE ÁRVORES (conforme DN 69/10, do COMAM): ................ 92

16.3 PROCEDIMENTOS PARA PLANTIO DE ARBUSTOS: ..................................................................... 94

16.4 PROCEDIMENTO PARA O PLANTIO DE GRAMA ZOYZLA JAPÔNICA (GRAMA ESMERALDA): . 94

16.5 DETALHAMENTO DOS SERVIÇOS: ................................................................................................ 95

16.6 OBTENÇÃO E TRANSPORTE DAS MUDAS .................................................................................... 96

16.7 CONSOLIDAÇÃO DO JARDIM .......................................................................................................... 97

16.8 PROCEDIMENTOS DE MANUTENÇÃO DOS JARDINS .................................................................. 98

16.9 PODA DE ÁRVORES E ARBUSTOS: ................................................................................................ 98

16.10 CONTROLE FITOSSANITÁRIO: ....................................................................................................... 99

16.11 CONTROLE DE DOENÇAS: .............................................................................................................. 99

16.12 CONTROLE MECÂNICO DE FORMIGAS: ........................................................................................ 99

16.13 ADUBAÇÃO: .................................................................................................................................... 100

16.14 EXECUÇÃO: .................................................................................................................................... 100

16.15 CONTROLE DE IRRIGAÇÃO .......................................................................................................... 100

16.16 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ....................................................................................................... 100

16.17 ANEXO 1- PADRÃO DE QUALIDADE DE MATERIAIS E VEGETAÇÕES ...................................... 101

17 PROJETO DE FONTE..........................................................................................................103

17.1 MEMORIAL DESCRITO PARA A FONTE - 01 ................................................................................. 103

17.2 MEMORIAL DESCRITO PARA A FONTE - 02 ................................................................................. 106

18 PROJETO ESTRUTURAL.....................................................................................................109

18.1 OBJETIVO .......................................................................................................................................... 109

18.2 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA ........................................................................................................... 109

18.3 EQUIPE TÉCNICA ................................................................................................................................ 109

18.4 PRINCIPAIS NORMAS DE REFERÊNCIA .................................................................................................. 109

18.5 MATERIAIS E CRITÉRIOS ADOTADOS ..................................................................................................... 109

18.6 DIMENSIONAMENTO ELETRÔNICO ........................................................................................................ 110

18.7 ESPECIFICAÇÕES DOS MATERIAIS ....................................................................................................... 110

18.8 AÇO PARA ARMADURAS ...................................................................................................................... 114

18.9 ÁGUA PARA AMASSAMENTO DO CONCRETO OU LAVAGEM DOS AGREGADOS ........................................... 115

18.10 ADITIVOS ........................................................................................................................................... 116

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18.11 PRODUTOS DE CURA .......................................................................................................................... 117

18.12 MADEIRAS PARA FORMAS E ESCORAMENTOS........................................................................................ 117

18.13 EXECUÇÃO ......................................................................................................................................... 117

18.14 EXECUÇÃO DE FORMAS E ESCORAMENTOS .......................................................................................... 118

18.15 PREPARO E MONTAGEM DAS ARMADURAS ............................................................................................ 120

18.16 DOSAGEM E CONTROLE DO CONCRETO ............................................................................................... 123

18.17 ESTRUTURAS METÁLICAS ................................................................................................................... 132

18.18 ACEITAÇÃO DA ESTRUTURA ................................................................................................................. 133

18.19 CONTROLE AMBIENTAL ....................................................................................................................... 135

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1 APRESENTAÇÃO

O Consórcio Engesolo – Vetec apresenta à SEMOBS – Secretaria Municipal de Obras e

Serviços Urbanos da Prefeitura Municipal de Contagem, o Projeto do Boulevard

Contagem.

O Projeto Executivo do Boulevard Contagem é apresentado nos seguintes volumes:

Volume 1 – Memorial Descritivo;

Volume 2 – Projeto Arquitetônico e Urbanístico

Volume 3 - Acessibilidade

Volume 4 - Levantamento Topográfico

Volume 5 - Estudos Hidrológicos

Volume 6 - Projeto de Terraplenagem

Volume 7 - Projeto de Drenagem

Volume 8 - Projeto de Pavimentação

Volume 9 - Projeto de Sinalização

Volume 10 - Projeto Geométrico

Volume 11 - Projeto Elétrico

Volume 12 - Projeto Hidrossanitário

Volume 13 - Projeto Luminotécnico e Público

Volume 14 - Projeto de Paisagismo

Volume 15 - Projeto de Fonte

Volume 16 - Projeto Estrutural

Volume 17 – Orçamento, Cronograma e Composições de Preços sem desoneração;

Volume 18 – Orçamento, Cronograma e Composições de Preços com desoneração;

Volume 19 – Memória de Cálculo de Quantitativo;

Volume 20 - Cotações de Preços

Anexo I - Estudos Geotécnicos

Anexo II - Memória de Cálculo Estrutural - Estruturas de Concreto

Anexo III - Memória de Cálculo Estrutural - Estrutura Metálica

Anexo IV - Estudo Luminotécnico

Anexo V - Memorial de Segurança Estrutural Contra Incêndio

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2 MAPA DE LOCALIZAÇÃO

A seguir é apresentado o Mapa de Localização do Boulevard Contagem.

Figura 1 - Imagem de Satélite – Boulevard Contagem Endereço:

Av.José Faria da Rocha x Rua Portugal x Rua da Bélgica

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3 PROJETO ARQUITETÔNICO, URBANÍSTICO

3.1 DESCRIÇÕES GERAIS

Figura 2: Imagem de Google com delimitação da área de projeto

Referência: coordenadas geográficas - 56°02’42,68”; 44°02’15,24”

3.2 OBJETIVO

O presente MEMORIAL DESCRITIVO tem por objetivo descrever e especificar os elementos

técnicos do Projeto de Arquitetura e Urbanismo do eixo de acesso ao futuro Complexo Intermodal

de Transporte de Contagem – CIT Contagem –, no bairro Gloria, região do Eldorado.

Este documento descreve do projeto arquitetônico e urbanístico do eixo de acesso ao futuro

Complexo Intermodal de Transporte de Contagem – CIT Contagem –, no bairro Gloria, região do

Eldorado.

NOME DO PROJETO: CONSTRUÇÃO DO BOULEVARD CONTAGEM

ENDEREÇO: RUA PORTUGAL/AV JOSE FARIA DA ROCHA, CONTAGEM/MG

ÁREA DE PROJETO: 30.650,00 m²

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Como informação complementar, o CIT Contagem será composto por três equipamentos de

transporte interligados entre si, ao bairro Gloria e ao bairro Água Branca (no lado oposto da Via

Expressa de Contagem), por passarelas e rampas para pedestres:

Terminal de Ônibus Urbano: a ser construído em área remanescente junto à faixa da linha férrea,

em nível elevado em relação a esta e a Via Expressa.

Terminal Rodoviário: a ser construída no nível da Via Expressa.

Estação de Metrô: a ser construída no eixo da linha férrea, no nível da Via Expressa.

3.3 APRESENTAÇÃO

A área de estudo foi analisada em visitas ao local, onde foi realizado levantamento dos usos,

mapeamento de itinerários dos ônibus, dos sentidos de tráfego e hierarquização viária das vias do

entorno.

A região é populacionalmente adensada, com mistura de usos residencial, comercial e de

serviços. As vias são estreitas e muitas vezes descontínuas, o que dificulta em muito a circulação

de veículos. Com a implantação do complexo CIT prevê-se, a tendência de aumento do volume de

trânsito de ônibus e pedestres nas ruas componentes do eixo de ligação hora descrito e das vias

do entorno.

De modo geral, as vias da área de estudo apresentam boas condições de pavimentação no seu

leito carroçável. No entanto, as calçadas apresentam muitos problemas para o trânsito seguro dos

pedestres, com pavimentos irregulares, degraus, interferências de canteiros, de rampas de acesso

á garagens e buracos. É também verificada a inexistência de tratamento para a acessibilidade de

pessoas com mobilidade reduzida ou portadoras de deficiência.

A área de trabalho foi separada em dois trechos, distintos segundo suas características

urbanísticas:

Trecho 1 - eixo Avenida José Faria da Rocha / Rua Portugal, entre a Avenida João César de

Oliveira e a rotatória da José Faria da Rocha com a Rua Maria Mafalda.

Trecho 2 - eixo Rua Portugal / Rua da Bélgica, entre a citada rotatória e o eixo linha férrea-Via

Expressa.

3.3.1 Trecho1 - Eixo Avenida José Faria da Rocha / Rua Portugal

Este trecho corresponde à Praça Alisson Nunes Oliveira, situada entre a Avenida José Faria da

Rocha e a Rua Portugal, com início na Avenida João César de Oliveira e término na rotatória da

José faria da Rocha com a Rua Maria Mafalda.

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A praça é segmentada em três partes, definidas pelas ruas transversais (Rua Itália e Rua Grécia).

Cada trecho possui áreas equivalentes e características de topográficas semelhantes: O conjunto

tem seu ponto de cota mais elevado na sua interseção com a Avenida João César e o ponto de

cota mais baixo na região da rotatória da Avenida José Faria da Rocha, com rampa constante.

Duas dessas partes são ocupadas, equivocadamente, por construções de uso particular /

institucional: um centro de comércio popular (Camelódromo), e um centro comunitário desativado

(Espaço do Saber). Essas edificações tomam uma extensa área que poderia ser destinada ao

lazer de variadas faixas etárias da população. Do ponto de vista paisagístico as edificações

bloqueiam a ligação do conjunto com a Avenida João César de Oliveira e a continuidade espacial

da praça no seu sentido longitudinal, impedindo a possibilidade de uma completa apreensão e

fruição do espaço por parte dos usuários.

Como mencionado acima, o uso na região de entorno é variado, com a existência de

estabelecimentos voltados à saúde – tanto particulares como públicos– como clínicas médicas e

dentárias, laboratórios e postos de saúde. Há também muitos estabelecimentos comerciais,

institucionais e deserviços, como supermercado, bares e restaurantes, igrejas e escolas. Estes

usos atraem grande público, de todas as faixas etárias, que poderiam fazer uso mais intenso do

grande espaço público de lazer, que é a praça, se esta estivesse mais bem preparada.

3.3.2 Trecho 2 - Eixo Rua Portugal / Rua da Bélgica

Esse trecho é formado pelas ruas Portugal, Bélgica e pela transversal, Rua Senegal, vias

estreitas, com tráfego de pedestres, veículos de passeio e ônibus, que abrigam,

predominantemente, o uso residencial, seja em unidades unifamiliares, seja em conjuntos

habitacionais. As ruas Portugal e Bélgica terminam abruptamente no talude de inclinação

descendente do eixo via férrea-Via Expressa, este localizado em grande diferença de nível em

relação ás ruas Portugal e Bélgica. A quadra existente entre estas duas vias é uma quadra de

grandes dimensões, ocupada por edifícios públicos de usos diversos, como postos de saúde,

escolas, centros sociais e secretarias. O terminal urbano de ônibus, componente do CIT, localizar-

se-á em rua a ser projetada neste trabalho, ligando as ruas Portugal e Bélgica.

3.4 O PROJETO

O conceito básico que norteou o projeto foi a priorização do uso do espaço pelos pedestres, sejam

eles usuários do CIT em trânsito pela região, sejam eles usuários dos estabelecimentos

comerciais e de serviços da região e da população em geral da região.

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Tanto no projeto, quanto na exposição que segue, mantivemos a divisão da área de projeto em

dois trechos (trechos 1 e 2), como descrito acima. Estes trechos, como vimos, definem duas

regiões de características muito diferentes entre si, que, portanto, demandaram ações

diferenciadas de projeto.

3.4.1 Trecho 1 - Eixo Avenida José Faria da Rocha / Rua Portugal

A Rua Portugal, rua que conforma um dos lados da praça, é uma via de uso exclusivo de acesso

às edificações locais e de estacionamento de veículos. Esta via terá seu piso asfáltico elevado,

com o intuito de integrá-la ao espaço da praça. No entanto, por motivo de segurança, será

mantido pequeno desnível de 10 cm, suficientes para manter a distinção entre o espaço de

pedestres e o espaço de veículos.

Observou-se que cada uma das três partes nas quais a praça se divide, possui característicasde

uso e de densidade de freqüentadores próprias, bem diferentes entre si: quanto maior a

proximidade da praça em relação á Avenida João César de Oliveira, maior a quantidade de

usuários. Este fato, concluímos, é uma questão natural devida ao poder de atração que um eixo

viário de importância regional exerce em seu entorno, e explica, inclusive, os usos que cada uma

das praças possui hoje: foi uma opção natural instalar a Feira dos Importados na parte mais

próxima da Avenida João César, enquanto a parte mais distante – a de menor movimento– não

possui equipamento importante instalado.

Assim, a proposta de intervenção em cada uma das partes das praças utiliza-se das

características específicas que cada uma delas possui e as utilizam como ponto de partida para a

formação dos conceitos básicos norteadores dos seus projetos. As partes receberam, inclusive,

denominações que refletem a vocação de cada uma delas e as características de cada projeto,

como veremos:

3.4.1.1 Praça Cívica

Esta é a praça mais próxima da Avenida João César de Oliveira. Para ela propusemos, logo no

seu inicio, na interseção com a avenida, o monumento á cidade de Contagem.

O Monumento

O monumento é uma arrojada estrutura de aço corten, que homenageia a cidade e sua vocação

industrial. Junto temos um pódio, elevado cerca de 50 cm em relação AP piso do entorno,

revestido de granito, onde estão instalados os mastros, aparafusados á uma base de concreto,

com bandeiras do país, do estado e da cidade. O local é destinado às comemorações cívicas.

Alameda das Águas

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Abaixo, seguindo o eixo de implantação do monumento, foi projetada a Alameda das Águas. O

conjunto é formado por três platôs, cada qual igualmente delimitado por muretas de

granito,inclinadas em relação ao eixo do conjunto, arrematadas em seus extremos por elementos

verticais. Estas muretas separam a área molhada do restante da praça. A área molhada compõe-

se de duas linhas de esguichos, entremeadas com paredes revestidas de mármore branco polido.

As muretas funcionam também como bancos, nos quais os usuários podem sentar-se para

apreciar o espetáculo. Arremata o conjunto, junto ao patamar de cota mais baixa, um espelho

d’água. Elemento revestido externamente de granito, internamente revestido de pastilha verde

com pedras artificiais e esguichos. Todo o piso da fonte, bem como o espelho d’água deverão ser

impermeabilizados com manta asfáltica.

A denominação do conjunto – Alameda das Águas – procura refletir, não só o aspecto visual do

conjunto, como também o fato deste se constituir em uma fonte ativa, onde os usuários podem

caminhar por entre os jatos de água e com eles interagir. As águas são recolhidas por grelhas

localizadas tranversalmente em cada platô e, por meio de sistema de drenagem e bomba, voltam

a ser utilizadas. Todos os equipamentos necessários ao funcionamento da fonte, como a bomba,

os controles elétricos e reservatórios de água, são subterrâneos, em cômodo localizado logo

abaixo do conjunto. A cobertura deste espaço subterrâneo eleva-se em relação ao nível do solo

em forma de arquibancada, constituindo-se em um ponto de observação da fonte. O elemento é

revestido de lajotas cerâmicas.

O restante da praça é formado por canteiros gramados e com árvores, existentes ou a serem

plantadas. Os canteiros delimitam as circulações de pedestres e criam locais de descanso onde

estão instalados banco e mesas para jogos, para uso da população em geral. Exceto nestes locais

descritos acima, todo o piso da praça é de pedra portuguesa nas cores brancas, pretas e

vermelhas, formando faixas que tomam toda a largura da praça, de tamanhos variados, exceto

naqueles locais onde foram especificados outros revestimentos.

3.4.1.2 Praça Festa

Esta é a praça de posição intermediaria. Foi denominada Praça Festa porque tem em sua parte

central um conjunto, composto por três elementos arquitetônicos, destinado a eventos festivos.

São estes os elementos:

Espelho d’água

O primeiro elemento é um espelho d’água de caráter contemplativo. Tem forma trapezoidal, com

área de cerca de 120 m2. O espelho d’água é limitado por uma mureta de altura variável, uma vez

que o piso do entorno acompanha o caimento do terreno. A mureta é totalmente revestida de

granito, sendo que o lado voltado para a Rua Portugal é constituído por um pórtico revestido do

mesmo material. Internamente, tanto a parede como o fundo do espelho d’água, são revestidos de

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pastilhas na cor verde. Do interior do espelho d’água se projetam jatos d’água. Completa o

espelho d’água uma passarela que, passando por sobre este, dá acesso ao elemento seguinte

que é o quiosque. O espelho d’água terá seu piso impermeabilizado com manta asfáltica. A

passarela é uma estrutura de concreto aparente, com largura de 1.50 m, piso de ladrilho hidráulico

e deverá impermeabiliza com manta asfáltica. A face inferior da passarela possui em suas bordas

uma linha de luz de led, além de aspersores de água. Este conjunto foi projetado para

proporcionar, nas noites, um espetáculo de formas, luz e cores.

O coreto

O coreto se constitui em uma estrutura composta de uma laje plana apoiada sobre pilares. A

passarela, com rampa de 5% de inclinação, é o único acesso a esta laje – que é o teto do coreto –

um mirante de onde se pode observar o conjunto de praças e todo o entorno. A passarela e todo o

perímetro da laje são protegidos por um guarda-corpo de perfis de aço. O piso do terraço é

ladrilho hidráulico e a laje deverá ser impermeabilizada com manta asfáltica. Embaixo, sob a laje,

temos o coreto propriamente, um espaço livre, de múltiplo uso. Seu piso é plano, revestido de

ladrilho hidráulico. A iluminação é feita por plafons de sobrepor instalados no teto e por linha de

led, instalada no seu perímetro. Está previsto ainda para o espaço pontos de energia elétrica para

a realização de eventos. Em direção ao caimento da praça, o coreto é seguido por um terceiro

elemento, o anfiteatro.

Anfiteatro

O Anfiteatro é proximamente ligado ao espaço anterior – o coreto. Estes espaços se

complementam, tanto no uso, quanto na forma. O anfiteatro se constitui em um platô, que se

acomoda ao caimento do terreno, limitado por arquibancadas em suas laterais. No ponto de cota

mais baixa do espaço temos uma pequena plataforma elevada – um palco informal– onde também

estão previsto pontos elétricos. Tanto o piso quanto as arquibancadas são revestidos de ladrilho

hidráulico, com exceção das partes verticais das arquibancadas que são pintadas com tinta epóxi.

Dentre os vários usos que o conjunto pode receber, destacamos as feiras de alimentação, quando

foodstruks podem estacionar na Rua Portugal, mesas podem ser montadas no coreto e um show

musical pode acontecer simultaneamente no anfiteatro. Enfim, são múltiplas as opções de

utilização do espaço.

Playground

No extremo de cota mais baixa da praça, separado dos equipamentos citados acima, está

localizado o playground. Este equipamento constitui-se em um platô de forma retangular de 180

m2. É uma área limitada por uma faixa ajardinada e cercada por um gradil de proteção, com um

único ponto de acesso fechado por portão. O piso é do tipo emborrachado. Os brinquedos que

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equipam o playground são específicos para o uso infantil e fabricados conforme as normas de

segurança.

O restante da praça é formado por canteiros gramados e com árvores, existentes ou a serem

plantadas. Os canteiros delimitam as circulações de pedestres e criam locais de descanso onde

estão instalados banco e mesas para jogos, para uso da população em geral. Exceto nestes locais

descritos acima, todo o piso da praça é de pedra portuguesa nas cores brancas, pretas e

vermelhas, formando faixas que tomam toda a largura da praça, de tamanhos variados, exceto

naqueles locais onde foram especificados outros revestimentos.

3.4.1.3 Praça da Paz

Esta praça está localizada no extremo mais distante da Avenida João César de Oliveira. Devido a

sua posição geográfica, que proporciona ao local mais tranquilidade e silêncio, foi o setor

escolhido para abrigar apenas as atividades de contemplação e lazer passivo. Para reforçar ainda

mais estas características, está sendo proposto o adensamento vegetativo desta praça.

Academia da Terceira Idade

Por tudo isto, consideramos esta praça a mais indicada para receber a academia de ginástica de

idosos, equipamento localizado no extremo de cota mais elevada da praça, junto á Rua Portugal.

É um espaço dividido em três platôs, onde se implantam os equipamentos de ginástica, projetados

para uso especifico desta faixa etária e com observância dos rigores da norma, e mesas para

jogos. O restante do espaço é constituído por áreas ajardinadas, cortadas por caminhos

longitudinais e transversais, que formam recantos nos quais estão instalados bancos e mesas

para prática de jogos.

Bloco de Serviços

Em meio a um canteiro, localizado na parte intermediaria da praça, foram projetada uma pequena

edificação de apoio. É uma edificação de 10,00m por x2,30m, projetado em estrutura de concreto

e alvenaria. O espaço divide-se emquatro cômodos, sendo dois destinadosàs instalações

sanitárias acessíveis, conforme norma, de funcionários em serviço.Outro destinado à guarda de

materiais de manutenção, com paredes rebocadas, piso cerâmico e equipado com tanque de

serviço. O quarto cômodo destina-se aos quadros de instalações elétricas do conjunto de praças.

Suas paredes são rebocadas e seu piso é de cerâmica. A edificação é rebocada interna e

externamente, sendo que nos cômodos destinadosàs instalações sanitárias o espaço está

revestido internamente de cerâmica e terá seu piso impermeabilizado com emulsão asfáltica. Uma

malha de tela de aço 10x10, afixada em estrutura composta de perfis de aço, recobre a edificação

em suas quatro fachadas. Esta estrutura será suporte para trepadeira, especificada no projeto de

paisagismo.

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15

Escultura

Na região do extremo da praça de cota mais baixa, está previsto local pra instalação de escultura

de grande porte, cuja temática será a paz.

Uma explicação complementar: o conjunto descrito acima, correspondente ao trecho 1 do projeto,

se configura por sua forma e proporção, como um típico bulevar – uma avenida com um largo

canteiro central arborizado, – daí o nome – Boulevard Contagem – escolhido para denominá-lo.

Modificações de Geometria Viária

Receberão modificações em sua geometria as interseções da praça com as ruas Itália e Grécia,

vias que definem as três praças descritas acima. Estas interseções são importantes pontos de

travessia de pedestres. O tratamento destas travessias prevê a elevação do seu piso, a pintura

de faixas de travessia de pedestres e a instalação de balizadores de alerta aos pedestres. Esta

medida, além de proporcionar mais segurança aos usuários, proporcionará a integração das três

praças.

Está sendo proposta, também, a modificação de geometria na interseção situada no extremo do

conjunto de praças, importante cruzamento com relevante fluxo de veículo. O objetivo de tal

interferência é o aumento da segurança dos motoristas e dos pedestres que trafegam pelo local.

O projeto geométrico prevê a mudança da diretriz do trecho de via localizado abaixo da Praça da

Paz, para que este fique em perfeito alinhamento com o trecho da Avenida José Faria da Rocha,

com a qual forma um eixo viário. Além disso, este trecho de via terá sua largura diminuída, com a

previsão de apenas uma faixa por sentido, e será também objeto de adequação dos raios de giro

de veículos. Está prevista a elevação do piso das vias, pintura de faixas de travessia de

segurança e a instalação de balizadores de alerta de travessia aos pedestres. Estas medidas,

além de proporcionar mais segurança, proporcionará a integração do conjunto de praças - trecho

1 - com o trecho 2 da área de projeto, que se inicia logo após esta travessia.

Também receberá modificação de geometria a Rua Portugal, em sua extensão coincidente com a

praça. Neste trecho a via continuará sendo uma via de tráfego local e de estacionamento. São as

seguintes as alterações propostas para o trecho:

Aumento da largura da via em cerca de 50 cm para possibilitar a alteração do estacionamento de

veículos de paralelo para 60 graus, posicionado no lado da rua voltado para a praça.

Elevação do piso da via em cerca de 10 cm de diferença em relação ao piso da praça.

Estreitamento dos pontos de travessia de pedestres, com conseqüente acréscimo de área de

passeios.

Estas medidas visam o aumento da segurança dos pedestres.

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3.4.1.4 Trecho 2 - Eixo Rua Portugal / Rua da Bélgica

Este trecho corresponde ao trecho formado por vias, cujas características geométricas não

sofreram modificações. Estas vias terão apenas suas mãos direcionais alteradas nos trechos

entre a Rua Senegal e a rua projetada, onde se localizará o terminal de ônibus. Neste trecho a

Rua Portugal terá mão direcional no sentido da Rua Senegal para a rua projetada e a Rua Bélgica

terá mão direcional em sentido contrário, da rua projetada para a Rua Senegal. O trecho da Rua

Portugal, entre o final da praça e a Rua Senegal terá a mão dupla mantida. Já a rua projetada terá

mão única no sentido dar Rua Portugal para a Rua Bélgica.

Todas as vias citadas receberão recapeamento asfáltico. As calçadas destas vias possuem muitas

interferências que dificultam o trânsito dos pedestres, principalmente das pessoas idosas e dos

portadores de deficiência. É umaprática arraigada na cidade o uso da calçada, por parte dos

moradores de edificações com garagem, de iniciar a rampa de acesso a elas utilizando a própria

calçada. Assim a área de trânsito de pedestres fica plena de interferências transversais que tira

sua continuidade. Esta característica é agravada pela pouca largura das calçadas e por outras

interferências, como a existência de algumas árvores plantadas no meio da calçada em vez de ser

plantadas junto ao meio-fio, que seria o correto. O que se propõe para o caso é a definição de um

projeto padrão de calçada, baseado no padrão existente da prefeitura de Contagem, com

definição de todos os elementos normativos, inclusive os que se referem á acessibilidade. Os

moradores das citadas ruas serão comunicados pela Prefeitura Municipal de Contagem e, num

prazo estabelecido, terão que adaptar suas calçadas ao referido padrão.

3.4.1.5 Rua Projetada

Foi projetado o trecho, de um quarteirão, localizado entre a Rua Portugal e Rua Bélgica no ponto

onde estas duas vias atualmente terminam. Este trecho abrigará o terminal de ônibus urbano que

compõe o CIT, a ser projetado, e complementará o sistema viário que possibilitará o acesso dos

ônibus. O trecho projetado terá comprimento de cerca de 140 metros assim divididos: no sentido

da Rua Portugal para a Rua Bélgica, do lado direito terá calçada de 2 m, seguida de pista de 11

metros de largura divididas em três faixas, sendo duas destinadas ao trânsito de veículos e a

terceira, no extremo esquerdo, destinada á parada dos ônibus. Esta faixa, juntamente com a

calçada lindeira a ela, com largura de 4m, se constituirá no terminal de ônibus urbano,devendo, no

momento oportuno, serem feitos os estudos necessários á sua operação com a definição do

número de pontos de paradas, as coberturas de proteção dos usuários e demais equipamentos

necessários a seu bom funcionamento.

3.4.1.6 Ciclovia

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Está prevista a instalação de ciclovia ligando a Avenida João César de Oliveira ao CIT. A ciclovia

divide-se em dois trechos distintos. O primeiro, de mão dupla direcional, tem seu início na

interseção da praça com a Avenida João César de Oliveira (neste ponto, no futuro, a ciclovia

poderá se integrar á ciclovia a ser projetada na avenida). A partir daí a ciclovia segue pela lateral

da praça, junto á Avenida José Faria da Rocha, protegida em relação a esta por um canteiro

gramado, até a Rua Itália. O piso da ciclovia é de concreto moldado in loco, com pintura indicativa

conforme projeto. Neste ponto a ciclovia passa a compartilhar espaço com vias de tráfego,

ocupando faixa correspondente ao estacionamento de veículos. A ciclovia segue pelo leito da

Rua Itália, toma a Rua Bélgica a direita onde segue até o ponto onde está previsto o terminal de

ônibus, na rua projetada entre a Rua Bélgica e a Rua Portugal. No trecho da praça a ciclovia tem

o piso de concreto. No trecho em que compartilha o leito das vias, o piso é de asfalto. Em toda

sua extensão, este segundo trecho, e delimitado com pintura indicativa e demais elementos de

sinalização conforme padrão.

3.5 DEMOLIÇÕES

Estão previstas as demolições de duas edificações existentes. Uma localizada no trecho da praça

entre a Avenida João César de Oliveira e a Rua Itália. Trata-se da edificação de apoio da Feira

dos Importados. A edificação possui 150 m2, em dois pavimentos. Além desta demolição deverá

ser considerado também o desmonte das estruturas de metal e lona que correspondem ás

barracas propriamente. A outra edificação – o centro comunitário –está localizada no trecho da

praça entre a Rua Itália e Rua Grécia, possui 727 m2, em um pavimento.

Deverão ser consideradas também as demolições dos meios fios e pavimentos da praça, bem

como as demolições correspondentes a interseção junto á rotatória.

3.6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Todas as especificações de materiais e detalhes construtivos, bem como as demolições a serem

feitas encontram-se no projeto de Arquitetura e Urbanismo. As especificações relativas à

acessibilidade encontra-se no projeto de Acessibilidade e no memorial que o acompanha. As

informações relativas ao paisagismo encontram-se no Projeto de paisagismo e no memorial

descritivo que o acompanha.

Projetos complementares de engenharia foram compatibilizados com o projeto de arquitetura e as

especificações e detalhes construtivos específicos encontram-se nos respectivos projetos e nos

memoriais que os acompanham.

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O projeto foi desenvolvido de acordo com a NBR 6492/1994 – Representação de Projetos de

arquitetura e NBR 9050/2015 – Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos

urbanos.

Acompanham este projeto de arquitetura os seguintes projetos complementares:

Projeto de Paisagismo

Projeto de Acessibilidade

Projeto de Estrutura

Projeto de Elétrico e Telecomunicações

Projeto das Fontes

Projeto Hidrossanitário

Projeto de Pavimentação

Projeto Geométrico e Terraplenagem

Projeto de Sinalização

Projeto de Iluminação

Eduardo Carlos Guerra

Arquiteto CAU A13130-0

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4 PROJETO DE ACESSIBILIDADE

4.1 OBJETIVO

O presente MEMORIAL DESCRITIVO tem por objetivo descrever e especificar os elementos

técnicos do Projeto de Acessibilidade referente ao projeto urbanístico que trata do eixo de acesso

ao futuro Complexo Intermodal de Transporte de Contagem – CIT Contagem –, no bairro Gloria,

região do Eldorado.

Conforme projeto em desenvolvimento, o CIT Contagem será composto por três equipamentos de

transporte interligados, entre si, ao bairro Glória e ao bairro Água Branca (no lado oposto da Via

Expressa de Contagem), por passarelas e rampas para pedestres:

▪ Terminal de Ônibus Urbano: a ser construído em área remanescente junto à faixa da linha

férrea, em nível elevado em relação a esta e a Via Expressa.

▪ Terminal Rodoviário: a ser construída no nível da Via Expressa.

▪ Estação de Metrô: a ser construída no eixo da linha férrea, no nível da Via Expressa.

Este projeto foi desenvolvido de acordo com a NBR 6492/1994 – Representação de

Projetos de arquitetura e NBR 9050/2015 – Acessibilidade a edificações, mobiliário,

espaços e equipamentos urbanos.

4.2 ACESSIBILIDADE

Com base no artigo 80 do Decreto Federal N°5.296, de 2 de Dezembro de 2004, a acessibilidade

é definida como “Condição para utilização, com segurança e autonomia, total ou assistida, dos

espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos serviços de transporte e dos

dispositivos, sistemas e meios de comunicação e informação, por pessoa portadora de deficiência

ou com mobilidade reduzida”.

4.2.1 REFERÊNCIAS NORMATIVAS

ABNT NBR 9050 - Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e

equipamentos urbanos.

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ABNT NBR 6492 – Representação de Projetos de Arquitetura.

O projeto de arquitetura e urbanismo, base para este projeto, já contempla em sua origem a

acessibilidade universal a todos os espaços, como:

Instalações Sanitárias acessíveis;

Rampas e acesso com inclinação inferior a 5%, guarnecidas com guarda-corpo e

corrimões;

Vagas de estacionamento para portadores de deficiência;

Travessias de pedestres dotadas com rampas;

Escadas com guarda corpos;

O projeto de acessibilidade, objeto deste memorial, complementa as necessidades de

acessibilidade contemplando principalmente as questões relativas ao piso podotátil.

4.3 SINALIZAÇÃO PODOTÁTIL

Entende-se Sinalização Podotátil aquela feita com piso tátil, forma pela qual uma informação é

sentida pelos seres humanos através da sensação tátil da planta dos pés. As pessoas cegas ou

de baixa-visão têm as sensações táteis aguçadas e através dos pés sentem diferentes relevos no

solo. Daí a eventual referência a podotátil. Ao formatarmos e padronizarmos estes relevos cria-se

uma linguagem tátil que pode ser decodificada e entendida, gerando orientações em especial

à mobilidade.

A linguagem usualmente aceita é uma linguagem binária que combina elementos táteis de pontos

e traços. Dizemos, portanto, que existem dois modelos de pisos: pisos direcionais e pisos de

alerta, que como próprio nome demonstra, orientam o leitor.

Os Pisos Táteis são empregados em espaços públicos, para que deficientes visuais possam

se locomover com segurança. Podem ser fabricados em diversos materiais para uso interno e

externo, e basicamente indicam: mudança

de direção, derivação, obstáculo, cruzamento, bloqueio, e alerta.

4.3.1 Piso Tátil Direcional

O Piso Tátil Direcional é formado por barras paralelas, e orienta o deslocamento de pessoas

com deficiência visual ou baixa-visão.

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4.3.2 Piso Tátil de Alerta

O Piso Tátil de Alerta é formado por pequenos troncos de cones, e serve como alerta

para mudanças de direção, desníveis e na proteção de obstáculos ou barreiras arquitetônicas.

4.4 CONCEITO DA IMPLANTAÇÃO

No Trecho 1 do projeto, trecho correspondente á praça, o conceito de implantação do piso

podotátil seguiu, no seu sentido longitudinal, dois eixos básicos: um na faixa lindeira á Rua

Portugal, seguindo do extremo, próximo á interseção com a Avenida João César de Oliveira até o

extremo oposto, na interseção da praça com o cruzamento em rotatória. Outro segue lindeiro á

Av. José Faria da Rocha, seguindo percurso semelhante. Outros eixos, estes tranversais

conectam-se aos eixos principais, nos extremos de cada uma das praças, fechando um circuito

completo de percurso entorno no conjunto de praças e em cada uma delas isoladamente. Outros

eixos de percursos penetram em cada uma das praças até os principais pontos de interesse em

seus interiores. Como se trata de um espaço de grandes dimensões e de complexidade de

elementos tomou-se a precaução de limitar as rotas possíveis a um número razoável, com intuito

de não confundir o usuário, mais que orientá-lo.

No trecho 2 do projeto, trecho que corresponde ao trajeto em ruas, foi detectado nos estudos do

projeto urbanístico a precariedade das calçadas de uso de pedestres nestes trechos. O maior

problema são os muitos obstáculos que impedem o trajeto seguro dos pedestres, principalmente

aqueles portadores de deficiências. Os obstáculos são principalmente os rebaixos de acesso de

veículos ás garagens. É comum o morador fazer a rampa de acesso á sua garagem ocupando

toda a largura da calçada, criando, assim, rebaixos ou alteados que causam a descontinuidade do

percurso. Fora este, existem outros obstáculo, também de uso comum, como lixeiras, árvores

plantadas em locais indevidos, etc.. Tudo isso agravado pela pouca largura das calçadas.

Desta forma, a instalação dos pisos podotáteis só será segura de ser feita quando as calçadas

estiverem livres destes obstáculos. Para tanto, a solução dada no Projeto de Urbanização e

Arquitetura é a definição de desenho de um trecho padrão de calçada, baseado no padrão

encontrado na Cartilha Legislação Municipal de Contagem Aplicada a Edificações, edição de

Dezembro de 2011, no qual estão previstos as dimensões mínimas para rampas, de acesso á

garagens, localização de postes e árvores, acrescentada do padrão de aplicação do piso podotátil,

conforme a já citada norma ABNT NBR 9030.

Os mobiliários urbanos especificados (bancos, lixeiras e bicicletários) além dos balizadores e

luminárias são de design exclusivo dos fabricantes e protegidos pela lei 9610/98 com direitos

autorais reservados e não podem ser reproduzidos por outros fornecedores.

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As placas de sinalização a serem aplicadas serão de cimento prensado

Eduardo Carlos Guerra

Arquiteto CAU A13130-0

5 ESTUDOS HIDROLÓGICOS

5.1 INTRODUÇÃO

Os Estudos Hidrológicos para o projeto foram desenvolvidos tendo como objetivo o conhecimento

da vazão máxima de projeto em diversos pontos para dimensionamento das das obras de

captação superficial.

5.2 COLETA E ANÁLISE DE DADOS

O desenvolvimento de estudos hidrológicos, para qualquer finalidade, exige a pesquisa e coleta

de dados básicos, envolvendo, principalmente, estudos existentes, informações cartográficas,

informações pluviométricas e observações de campo.

Os elementos básicos consultados e utilizados no desenvolvimento dos estudos são listados a

seguir:

Chuvas Intensas no Brasil (PFAFSTETTER, 1957);

Instrução Técnica para Elaboração de Estudos e Projetos de Drenagem Urbana do Município de Belo Horizonte.

5.3 ASPECTOS FISIOGRÁFICOS DA REGIÃO

A região sudeste brasileira, onde se localiza o trecho em estudo, se caracterizam por uma notável

diversificação climática, função da atuação simultânea de diversos fatores, alguns de ordem

estática, outros de natureza dinâmica. Os fatores estáticos compreendem a posição e o relevo. A

região sudeste está situada entre os paralelos 14 a 25 sul, resultando daí que quase todas as

suas terras estão localizadas na zona tropical. Nessa posição, está submetida a forte radiação

solar, uma vez que a intensidade desse fenômeno depende essencialmente da altura do sol sobre

o horizonte. A radiação solar, por sua vez, cria melhores condições à evaporação, que será tanto

mais ativa quanto maior o calor disponível.

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Segundo os tipos climáticos de Koeppen, o trecho está localizado em uma região de classificação

Cw, área de transição entre o clima Tropical Subquente Semiúmido, característico das latitudes

baixas, e o clima temperado mesotérmico, característico das latitudes médias do Brasil. Nessas

áreas, a menor frequência de temperaturas elevadas no verão e o predomínio de temperaturas

amenas no inverno, se deve principalmente à altitude.

Na área em estudo, a temperatura média anual é de 18,4ºC. A temperatura média máxima é da

ordem de 22,6 C, enquanto a mínima chega a 13,1ºC. A amplitude térmica, portanto, é bastante

elevada. As temperaturas mínimas ocorrem geralmente nos meses de junho e julho, enquanto as

máximas acontecem no mês de janeiro.

5.4 PERÍODO DE RECORRÊNCIA

O período de recorrência é o parâmetro hidrológico definido como um coeficiente de segurança. É

definido como o intervalo médio de anos ou período qualquer de anos, em que, determinado

evento, precipitação ou descarga seja igualado ou excedido uma vez.

O Período de Recorrência adotado foi de 10 anos, conforme recomendado na Instrução técnica

para elaboração de estudos de drenagem urbana do município de Belo Horizonte.

5.5 TEMPO DE CONCENTRAÇÃO

O tempo de concentração adotado foi de 10 minutos.

5.5.1 INTENSIDADE DE CHUVA DO PROJETO

Conforme recomendado na Instrução técnica para elaboração de estudos de drenagem urbana do

município de Belo Horizonte, a intensidade de chuva de projeto deverá ser calculada através da

equação regionalizada proposta por Guimarães Pinheiro e Naghettini para a RMBH (1998), cuja

expressão geral é:

tTanualjdT Pdi ,

5360,07059,0

,, 76542,0

Onde:

i T,d,j : é a intensidade de precipitação (mm/h) de duração d (h), para tempo de retorno T, na

localidade j;

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P anual : precipitação anual (mm), na localidade j;

µT,t : quantis adimensionais de frequência, associados à d e T.

A duração dos eventos considerada e a do tempo de concentração foram de 10 minutos, e a

precipitação média anual para a área em estudo foi tomada como sendo 1.500 mm (conforme

Instrução técnica para elaboração de estudos de drenagem urbana do município de Belo

Horizonte, da SUDECAP) . Nestas condições, o valor calculado para intensidade de precipitação

foi de 194,5 mm/h.

De acordo com a Instrução técnica para elaboração de estudos de drenagem urbana do município

de Belo Horizonte, da SUDECAP, para projetos de drenagem em áreas restritas com uso e/ou

ocupação específica, pode-se utilizar o coeficiente de escoamento superficial (C) indicado na

Tabela 3.1 a seguir:

Tabela 1 – Coeficiente de escoamento superficial direto

5.6 METODOLOGIA DOS CÁLCULOS DE VAZÃO

A vazão de projeto é o valor instantâneo de pico (ou o hidrograma de cheia), calculado

indiretamente à partir da transformação da chuva de projeto em vazão do escoamento superficial.

Conforme o roteiro de cálculo já citado anteriormente, o cálculo das vazões foi feito através do

Método Racional (CETESB, 1980).

Em conformidade com esta metodologia, a vazão de projeto é determinada pela expressão:

AIC0,00278Q

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Onde:

Q = vazão máxima prevista para o período de recorrência, em m3/s;

0,00278 = Coeficiente de homogeneização das unidades;

C = coeficiente de escoamento superficial;

I = intensidade pluviométrica, em mm/h;

A = área da bacia de contribuição, em ha.

5.7 ÁREAS DE CONTRIBUIÇÃO

As áreas de contribuição foram delimitadas a partir do encaminhamento das redes de drenagem

pluvial existentes, e também das redes projetadas no projeto hidráulico, levando em consideração

todos os pontos de lançamento.

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6 ESTUDOS GEOTÉCNICOS

6.1 INTRODUÇÃO

Os Estudos Geotécnicos tem como finalidade a determinação das características do terreno

natural e do subleito da área, bem como dos materiais encontrados, visando o detalhamento do

projeto de pavimentação.

Para este projeto não foram realizados sondagens de subleito para verificação de sua resistência.

6.2 SUBLEITO

Na fase de execução das obras deverá ser realizado sondagens do subleito de modo a conhecer

a resistência e características físicas do solo existente.

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7 PROJETO DE TERRAPLENAGEM

7.1 INTRODUÇÃO

O projeto de terraplenagem foi elaborado de forma a definir as escavações e aterros necessários

à implantação do Projeto, de acordo com os elementos fornecidos pelos estudos topográficos e

definições do projeto geométrico.

7.2 METODOLOGIA

O roteiro metodológico para a elaboração do projeto compreendeu os seguintes itens principais.

Todo o material a ser escavado deverá ser reaproveitado desde que atendam em obra aos

padrões de ISC e o material excedente deverá ser destinado para bota-fora. Com as conclusões

dos ensaios geotécnicos futuros serão revisados as propriedades dos materiais em questão.

Os materiais provenientes de demolições e remoção estão sendo considerados seu transporte

para bota-fora localizados na região da obra, com DMT estimado em 10,0Km.

7.3 DEFINIÇÕES BÁSICAS

Os elementos básicos empregados no projeto foram:

Geometria do traçado em planta e greide definidos no projeto geométrico;

Larguras de plataforma, em função da espessura de pavimento;

Inclinação da pista em tangente e em curva;

A geometria dos taludes expedita, com os seguintes parâmetros:

Taludes de corte:

- Inclinação: 1,0 (H)1,0 (V);

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Taludes de aterro:

- Inclinação: 1,5 (H) : 1 (V);

7.4 CÁLCULO DOS VOLUMES DE TERRAPLENAGEM

O cálculo dos volumes de terraplenagem foi realizado por meio de processamento eletrônico de

dados. As planilhas de cálculos de volumes indicam as áreas de corte e aterro das seções do

terrapleno, bem como os volumes parciais e acumulados dos materiais escavados e dos aterros

(volume geométrico). Estas planilhas encontram-se apresentadas no Volume – Memória de

Cálculo.

7.5 SEÇÃO TRANSVERSAL DE TERRAPLENAGEM

A característica da seção transversal tipo, apresenta enorme importância dentro do projeto, com

reflexo direto nos aspectos qualitativos e quantitativos, quando da execução dos serviços de

terraplenagem.

As seções transversais apresentadas no projeto de terraplenagem referem-se à plataforma de

pavimento acabado. Essas seções foram calculadas considerando distâncias e abaulamentos da

plataforma do projeto acabado. A representação dos taludes em planta do projeto geométrico foi

referenciada em função do projeto acabado, considerando camadas do pavimento, passeios e

canteiros.

As larguras da plataforma utilizadas no Projeto Geométrico e a inclinação dos taludes levaram em

consideração sua estabilidade expedita e possíveis interferências.

Foram adotados basicamente:

Aterro: 1,5(H) : 1(V), e;

Corte : 1,0(H) : 1(V).

7.5.1 Corpo e Camadas Finais do Aterro

Na compactação correspondente aos serviços de Corpo do Aterro, a energia de compactação

deverá ser igual a 100% do Proctor Normal. Entretanto, as camadas finais (e = 0,60m)

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deverão ser executadas com material, apresentando melhores características geotécnicas e

compactando com energia de 100% do Proctor Intermediário.

Foi considerado material para corpo de aterro apenas para a ligação entre a Rua Portugal na Rua

da Bélgica devido a sua altura de aterro.

7.5.2 Áreas de Depósito de Material Excedente – ADME

Os materiais com características geotécnicas, inaceitáveis para a execução dos aterros, corpo do

aterro ou excedentes e, ainda, entulhos provenientes da limpeza da faixa e demolições, serão

destinados às áreas de bota fora, localizado à 10,00 km da obra.

7.5.3 Cálculo dos Quantitativos

Os quantitativos dos serviços foram calculados a partir dos volumes de cortes, bota-fora e aterros,

considerando as distâncias de transporte dos materiais e a classificação de acordo com as

categorias expeditas definidas.

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8 PROJETO DE DRENAGEM

8.1 INTRODUÇÃO

O projeto de drenagem foi elaborado com base nos subsídios fornecidos nos projetos

arquitetônicos, geométricos, de terraplenagem e de pavimentação.

O objetivo dos dispositivos de drenagem é disciplinar o fluxo d’água superficial que aflui das

calçadas, vias e taludes. Para tal, projetou-se um sistema de drenagem de modo a captar,

conduzir e descarregar essas águas em lugar apropriado e seguro.

Foram adotados os seguintes dispositivos para elaboração do projeto de drenagem:

Sarjeta tipo B padrão SUDECAP;

Meio-fio pré-moldado de concreto tipo B padrão SUDECAP;

Boca de lobo dupla Tipo B padrão SUDECAP;

Ala de rede tubular padrão DNIT;

Valeta trapezoidal de concreto padrão DNIT;

Entrada para descida d’água padrão DNIT;

Bueiro simples tubular de concreto padrão DNIT;

Todos os dispositivos utilizados no projeto são padronizados pela SUDECAP em seu Caderno de

Encargos, 2008 ou pelo DNIT em seu Álbum de Projetos-Tipo, 2013.

As especificações técnicas referentes às execuções dos serviços de micro-drenagem quanto aos

tipos de materiais, bem como suas inspeções e os controles tecnológicos deverão seguir às

normas e orientações contidas no manual de Procedimento para Elaboração e Apresentação de

Projetos de Infraestrutura da SUDECAP, versão 5.ed. 2011 e no Caderno de Encargos da

SUDECAP, versão 3 ed. 2008 e do DNIT de cada dispositivo.

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31

As empresas executoras não podem modificar o projeto em campo no ato da execução sem antes

consultar a empresa projetista que emitirá seu parecer sobre os eventuais questionamentos, que

será objeto de novo escopo contratual.

8.2 CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS

8.2.1 Interligação da Rua Portugal na Rua da Bélgica – Rua Nova

Foi estudado sarjeta triangular de concreto tipo “B” Sudecap nos bordos da via para poster ior

desague em bocas de lobo dupla localizadas no ponto mais baixo do greide.

Para desague da contribuição provenientes das BLD’s foi dimensionado uma rede tubular de

concreto com DN800mm e segue através de uma canaleta trapezoidal localizada a jusante até

interceptar uma canaleta trapezoidal existente que desague na parte baixa do terreno.

Devido a uma contribuição existente que vem de uma empresa a montante da via, foi estudado

uma descida dagua em degrau que continuará no segmento da atual descida d’agua existe para

posterior desague na caixa pluvial a montante da BLD projetada.

8.2.2 Interligação Entre Av. José Faria da Rocha e Rua Portugal

Adotou-se sarjeta triangular de concreto tipo “B” Sudecap no bordo do Ramo “A” estudado que

interligará na sarjeta existente no local.

Para este segmento não foi necessário implantação de novas Bl’s ou rede profunda.

8.2.3 Rua Portugal – Segmento Paralelo as Praças

Foi estudado sarjeta triangular de concreto tipo “B” Sudecap no bordo da via, no sentido oposto

das praças onde sua contribuição pluvial interceptará sistemas de drenagem existente nas vias

laterais à rua Portugal.

Para seu deságue foi considerado as BL’s (bocas de lobos) existentes na região.

Para este segmento não foi necessário implantação de novas Bl’s ou rede profunda.

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32

8.2.4 Drenagem Superficial e Profunda

Sarjetas de Concreto

Sarjeta é o canal triangular longitudinal situado nos bordos das pistas, junto ao meio-fio, destinado

a coletar as águas superficiais da faixa pavimentada da via e conduzi-las às bocas-de-lobo.

Neste projeto foram indicadas sarjetas da seguinte forma, a saber:

Sarjeta triangular do Tipo B SUDECAP

– Localizada nos bordos da Via Nova localizada entre Rua Portugal com Rua da Bélgica, na via de

interligação entre Av. José Faria da Rocha com Rua Portugal e no bordo oposto as praças na Rua

Portugal (segmento das praças);

As vazões de projeto foram calculadas utilizando-se o método de comprimento crítico das

sarjetas.

Estabelecida a geometria para a sarjeta, função das disponibilidades de largura da plataforma,

seu dimensionamento consistiu no estabelecimento de seu comprimento crítico, para todas as

situações peculiares de planta e perfil. Neste projeto, estabeleceu-se que as sarjetas a serem

implantadas nas bordas da plataforma serão revestidas de concreto.

Para facilitar o dimensionamento hidráulico das sarjetas foram montadas tabelas de comprimento

crítico em função da largura de implúvio e a rampa longitudinal. O comprimento crítico das

sarjetas é definido como o ponto de transbordamento d’água, e irá variar em função da largura de

contribuição, da geometria do dispositivo e da declividade da sarjeta que coincide com a

declividade longitudinal da pista projetada.

No dimensionamento do comprimento crítico das sarjetas foi considerado os alagamentos da via

de 2,17m excepcionalmente e 1,67m de acordo com a Instrução Técnica para elaboração de

estudos e projetos de drenagem urbana do município de Belo Horizonte.

A vazão da bacia contribuinte foi calculada através do método racional, igualando à vazão da

bacia contribuinte a vazão do condutor, que fornece o comprimento crítico das sarjetas, qual seja:

A vazão da sarjeta é dada pela fórmula:

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33

n

iRhSQsarjeta

2/13/2

S = seção molhada da sarjeta (m²);

Rh = raio hidráulico (m);

i = declividade da sarjeta, considerada a mesma inclinação do greide (m/m);

n = coeficiente de Manning. Para o concreto da sarjeta será adotado n = 0,014.

Fazendo, Q bacia = Q condutor

6,3

lLIC

= n

iRhS 2/13/2

Assim, pode-se tirar o comprimento crítico para as sarjetas através da seguinte fórmula:

lInC

iRhSL

2/13/26106,3

Onde:

L = comprimento crítico para sarjetas (m);

i = declividade do greide (m/m);

Rh = raio hidráulico (m);

C = coeficiente de escoamento superficial, sendo adotado C = 0,35 m para áreas de terreno

natural, 0,70 m para taludes em situação de corte e 0,90 m para taludes em situação de aterro;

n = coeficiente de Manning, adotado (n = 0, 014);

I = intensidade de precipitação (mm/h);

l = largura de implúvio (m).

Através da equação do comprimento crítico das sarjetas deduzida acima, foi elaborada uma

planilhas para os comprimentos críticos, variando-se a declividade do greide e a largura de

contribuição.

A seguir são apresentadas as planilhas com o dimensionamento dos comprimentos críticos das

sarjetas.

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34

Tabela 2- Cálculo dos comprimentos críticos das sarjetas – Tipo B

Meio fio pré-moldado e concreto

O meio-fio é a guia de concreto utilizada para separar a faixa de pavimentação da faixa do

passeio ou separador do canteiro central, limitando a sarjeta longitudinalmente. Foi indicado o

meio-fio pré-moldado de concreto Tipo B, padrão SUDECAP.

Valeta Trapezoidal de Proteção

Valetas de proteção de corte e aterros são dispositivos projetados nas cristas dos cortes e saias

de aterros e tem a finalidade principal de interceptar o fluxo superficial difuso ocasionado pelas

precipitações à montante das seções em corte e aterros e conduzi-las adequadamente evitando

erosão e direcionando o fluxo d’água para um local de deságue apropriado. São posicionadas

numa distância de 3,0m a 5,0m da crista.

A vazão da valeta trapezoidal é dada pela fórmula:

n

iRhSQsarjeta

2/13/2

S = seção molhada da valeta (m²);

Rh = raio hidráulico (m);

i = declividade da valeta (m/m);

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35

n = coeficiente de Manning. Para o concreto da valeta será adotado o n = 0,014.

A seguir é apresentada na tabela6 os comprimentos críticos da valeta trapezoidal.

Tabela 3- Cálculo dos comprimentos críticos da valeta trapezoidal– Tipo VPA-01

Entradas D’Água (Padrão DNIT)

As entradas d’água também denominadas de saídas d'água, são dispositivos destinados a

conduzir as águas coletadas pelas valetas de corte ou sarjetas de aterro lançando as nas

descidas d'água.

Descida D’água

A descida d’água é o dispositivo de drenagem empregado para conduzir para fora do corpo da via,

o caudal proveniente da pista ou dos cortes, objetivando reduzir ou eliminar o efeito erosivo das

águas pluviais.

Foram indicadas descidas d’água em degrau equivalente nos cortes para captação do

escoamento pluvial proveniente da valeta de proteção dos mesmos com deságues finais em

dissipador de energia.

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As descidas d’águas em degraus de cortes foram indicadas ao final das valetas trapezoidais de

concreto que ultrapassaram a velocidade de 4,5 m/s.

A vazão da descida d’água é dada pela fórmula:

6,19,007,2 HLQ

Onde:

Q = Descarga de projeto a ser conduzida pela descida d'água, em m³/s;

L = Largura da descida d'água, em m;

H = Altura média das paredes laterais da descida, em m.

Bocas de Lobo

A boca-de-lobo é uma caixa dotada de grelha, às vezes combinada com uma cantoneira, com

finalidade de coletar águas superficiais e encaminhá-las aos poços de visita ou caixas de

passagem. A boca-de-lobo pode ser instalada em pontos intermediários ou em pontos baixos das

sarjetas.

No presente projeto foi indicada a instalação de bocas-de-lobo simples e duplas tipo B, porém

combinada que possui o conjunto quadro, grelha e cantoneira em ferro fundido nodular.

Os rebaixos (depressões) de boca-de-lobo,serão consideradas parte integrante das sarjetas Tipo

B.

Foi considerado fator de redução da capacidade teórica de 35% para bocas-de-lobo localizadas

em ponto baixo.

O dimensionamento da capacidade das bocas de lobo foi simplificado devido a utilização de

tabelas apresentadas em forma de quadros no manual de Procedimento para Elaboração e

Apresentação de Projetos de Infraestrutura da SUDECAP, versão 5.ed. 2011 referentes às bocas-

de-lobo com uma faixa de alagamento de 2,17 m excepcionalmente e de 1,67 m.

Caixa de Passagem/ Coletora de Grelha de Concreto

As caixas coletoras são os dispositivos que captam as águas da drenagem superficial e as

encaminham as redes tubulares. Neste projeto, foram adotadas caixas do padrão DNIT CCS para

captação das águas oriundas dos off-sets.

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Localizada na calçada no ponto baixo do greide na Interligação Entre Av. José Faria da Rocha e

Rua Portugal que trabalha em conjunto com o sistema de drenagem proposta para o segmento.

Rede Tubular de Concreto

Tubo de concreto é o elemento pré-moldado de seção circular de concreto armado a ser utilizado

nas redes de águas pluviais, conhecidos como bueiros tubulares de concreto.

Para o escoamento seguro e satisfatório, o dimensionamento hidráulico deve considerar o

desempenho do bueiro com velocidade de escoamento adequada, além de evitar a ocorrência de

velocidades erosivas, tanto no terreno natural, como na própria tubulação e dispositivos

acessórios e garantir a autolimpeza desses condutos.

Os escoamentos superficiais foram considerados como permanentes e uniformes. Neste caso,

aplicou-se à fórmula de Manning, descrita abaixo, para cálculo de suas velocidades.

V= (A R2/3 i1/2) / n

Q = A V

Onde:

Q = vazão em m³/s;

A = área molhada, em m², considerando-se uma lâmina máxima de 80%;

R = raio hidráulico, em m;

I= declividade da tubulação, em m/m;

N= coeficiente de rugosidade, considerado em 0,014 para o tubo de concreto;

V= velocidade do líquido, em m/s.

A velocidade máxima desejável para tubo de concreto em rede tubular foi de 7,50 m/s e a mínima

0,75 m/s.

Em casos particulares a máxima admissível poderá chegar a 12 m/s, contudo neste projeto as

declividades das redes se apresentaram abaixo de 7,50 m/s.

O diâmetro mínimo das redes de ligação seguiu o padrão SUDECAP, sendo de 400 mm.

A tubulação da rede foi classificada como PA-1 conforme SUDECAP.

Os bueiros de greide dispostos transversalmente à pista foram indicados conforme padrões do

DNIT.

As larguras de valas deverão seguir a coluna referente ao escoramento contínuo da tabela 4 da

SUDECAP.

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38

Os volumes dos reaterros referentes às valas apresentados na planilha de quantidades, são

referentes ao material necessário para tal, entretanto antes da realização das medições deve-se

considerar os critérios de medição do caderno da SUDECAP.

Foi utilizado rede tubular nos trechos dos acessos referente a grande concentração de águas

localizadas nos seguintes trechos:

Os quantitativos das redes tubulares apresentados são referentes aos trechos entre eixos dos

poços de visita e entre caixas de passagem, sem descontar a área ocupada pelos mesmos.

A seguir é apresentado a planilha de dimensionamento da rede tubular.

Tabela 1 - Cálculo das capacidades de vazões da rede tubular DN800mm

Tabela 2 - Cálculo das capacidades de vazões da rede tubular DN800mm

Tabela 4 - Cálculo das capacidades de vazões da rede tubular DN800mm

Obs: Na fase de execução das obras deverá ser verificado e comunicado a equipe da CBTU sobre

a utilização do sistema de drenagem existente, sistema este que estamos utilizando para

escoamento da contribuição pluvial desta região e visto como o único lançamento existente no

local.

Ala de Rede Tubular

As alas de rede tubular são os dispositivos a serem executados nas entradas e/ou saídas das

redes, com o objetivo de conduzir o fluxo no sentido de escoamento, evitando o processo erosivo

a montante e a jusante. As alas indicadas no presente projeto são padronizadas pela SUDECAP.

Apresentação do Projeto

O Projeto de Drenagem encontra-se apresentado no Projeto de Drenagem – Desenhos.

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39

9 PROJETO DE PAVIMENTAÇÃO

9.1 INTRODUÇÃO

O dimensionamento do pavimento foi elaborado para conceber um pavimento com uma estrutura,

em multicamadas que deverão ser constituídas por material de qualidade e espessura que as

tornem técnica e economicamente viável. Além disso, é necessário que sejam capazes de

suportar e absorver os esforços gerados pela frota circulante durante o Período de Projeto,

considerando as mais diversas condições ambientais.

Objetivou conceber e detalhar a estrutura de pavimento necessária e de menor custo possível, em

função das condições geotécnicas locais, no qual foi estudado para suportar os esforços do

tráfego solicitantes durante vida útil de 10 anos, conforme conceitos contidos no Método de

Projetos de Pavimentos Flexíveis (Murilo Lopes Souza, DNER).

9.2 PARÂMETROS DE PROJETO

9.2.1 11.2.1 Subleito

A definição da capacidade de suporte mínima dos materiais que deverão constituir o subleito da

via foi efetuada com base nas características geotécnicas da área do projeto.

Não foi fornecida investigação geotécnica (sondagem) para conhecimento do subleito existente,

porém, na fase de execução da obra deverá ser garantido que o subleito apresente ISC igual ou

superior ao adotado no dimensionamento do pavimento (ISC 8%) e, ainda, expansão < 2%.

Considerou-se um ISC.proj. para a camada de fundação do pavimento de 8%, em um segmento

homogêneo único e que tem tráfego de característica Via Coletora – V4.

O subleito deverá ser regularizado com a energia de referência do próctor normal e ISC de projeto

estabelecido como 8,0%, especificação DNIT 137/2010-ES com variação de umidade de -1,50% a

+1.00% em relação a umidade ótima.

9.2.2 Número “N”

O Número "N" de repetições do eixo simples padrão de rodas duplas foi estimado a partir da

classificação das vias (função predominante) e da previsão do volume e características do tráfego.

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Foram observadas as faixas de valores de Número "N" para um período de projeto de 10 anos e

extraídas informações contidas no documento intitulado Pavimentação Urbana – Classificação de

Tráfego, conforme apresentado na tabela a seguir:

Tabela 5 -

Classificação do Tráfego

TIPO

DE VIA

TRÁFEGO

PREVISTO

VMD INICIAL NA FAIXA

MAIS

CARREGADA NÚMERO

"N" Veículos

Leves

Caminhões

V-1 Muito Leve 100 3 A 20 1103 a

3104

V-2 Leve 101 a 400 21 a 100 4104 a

3105

V-3 Médio 401 a 1.500 101 a 500 4105 a

3106

V-4 Médio

Pesado

1.501 a

5.000 501 a 1.000

4106 a

1107

V-5 Pesado 5001 a

10.000 1.001 a 1.999

2107 a

3107

V-6 Muito

Pesado 10.000 2.000

4107 a

2108

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41

Estimou-se um número “N” de 1107, conforme Tipo de Via V-4 – Classificação de Tráfego.

Adotou-se como revestimento uma camada de Concreto Betuminoso Usinado a Quente em

função do número “N” nas faixas de rolamento, com espessura mínima de 10 cm conforme quadro

a seguir:

Tabela 6 - Espessura Mínima de Revestimento Betuminoso - Fonte: DNIT

Foram utilizados, para as camadas do pavimento, os coeficientes estruturais mostrados na tabela

seguinte:

Tabela 7 - Coeficientes Estruturais

Após determinar a espessura total do pavimento (Ht), em termos de material granular, e fixada a

do revestimento (R), procede-se ao cálculo das espessuras das demais camadas considerando-se

os materiais disponíveis para cada uma delas e seus respectivos coeficientes de equivalência

estrutural. As espessuras da base (B), sub-base (h20) e do reforço do subleito (hn) são obtidas

pela resolução sucessiva das seguintes inequações:

20HKBKR BR

nSBR HKhKBKR 20

mrefnSBR HKhKhKBKR 20

Onde: R – espessura do revestimento (cm) KR – coeficiente de equivalência estrutural do revestimento B – espessura da base (cm) KB – coeficiente de equivalência estrutural da base SB – espessura da sub-base (cm) KSB – coeficiente de equivalência estrutural da sub-base REF – espessura do reforço (cm)

N

N<=106

106 < N <= 5x10

6

5x106 < N <= 10

7

107 < N <= 5x10

7

N > 5x107

Concreto betuminoso com 10,0 cm de espessura

Concreto betuminoso com 12,5 cm de espessura

Revestimentos betuminosos com 5,0 cm de espessura

Concreto betuminoso com 7,5 cm de espessura

Espessura Mínima de Revestimento Betuminoso

Tratamentos Superficiais betuminosos

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Kref – coeficiente de equivalência estrutural do reforço H20 – espessura de material granular padrão necessária à proteção da sub-base Hn – espessura de material granular padrão necessária à proteção do reforço Hm – espessura de material granular padrão necessária à proteção do subleito

Para fins de dimensionamento, o ISC da sub-base deve ser sempre considerado como igual a 30,

mesmo que o material indicado para essa camada apresente valor de ISC superior.

Esses parâmetros estão representados na Figura a seguir.

Figura 3 - Esquema gráfico do pavimento e parâmetros de dimensionamento

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43

A seguir, é apresentada a memória de cálculo do dimensionamento aplicando a metodologia

supracitada.

Figura 4 - Esquema Gráfico do Pavimento e Parâmetros de Dimensionamento

Considerando o valor de R = 10,0 cm, tem-se o seguinte dimensionamento.

Dimensionamento da Sub-Base

R x KR + B x KB ≥ H20

10,00 x 2,00 + B x 1,00 ≥ 27,00

B = 7,0cm

B adotado= 15,00cm

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Apesar do dimensionamento da camada de sub-base ter apresentado valor de 7,0cm adotamos a

espessura mínima de 15,00cm segundo orientação do manual de pavimentação DNIT IPR-719.

9.3 DIMENSIONAMENTO DA BASE

R x KR + B x KB +h20 x Ks ≥Hn

10,00 x 2,00 + 15,00 x 1,00 + h20 x 1,00 ≥ 50,00

h20 =15,00cm

h20 adotado = 15,00cm

9.4 RESUMO DO PAVIMENTO

O dimensionamento do pavimento obtido para todo o trecho em questão, com base nas premissas

acima definidas e segundo a Metodologia do Engº Murillo Lopes de Souza, é o seguinte:

9.4.1 Pavimento Asfáltico Tipo CBUQ – Segmento Abertura da Via Nova

- Camada de rolamento em Concreto Betuminoso Usinado a Quente - Faixa ‘’C’’: espessura de

5,0 cm;

- Camada de rolamento em Concreto Betuminoso Usinado a Quente - Faixa ‘’B’’: espessura de 5,0

cm;

- Base de solo estabilizado granulometricamente sem mistura: espessura de 15,0 cm;

- Sub-base de solo estabilizado granulometricamente sem mistura: espessura de 15,0 cm;

ESTRUTURA DO PAVIMENTO DEFINIDA - CBUQ

CAMADA ESPESSURA (cm)

Revestimento (CBUQ Faixa “C”) 5

Revestimento (CBUQ Faixa “B”) 5

Imprimação m²

Base 15

Sub-Base 15

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Reforço do subleito -

Regularização de Subleito m²

Tratamento Superficial Simples - Rua Portugal fora do segmento das praças, Rua Senegal e

Rua Bélgica

- Camada de Tratamento superficial simples (TSS): espessura de 2,5 cm;

ESTRUTURA DO PAVIMENTO DEFINIDA - TSS

CAMADA ESPESSURA (cm)

Tratamento Superficial Simples (TSS) 2,5

Emulsão Asfáltica RR-2C m²

Pavimento Existente -

Base -

Sub-Base -

Reforço do subleito -

Regularização de Subleito -

Para este segmento está sendo previsto restauração do pavimento existente com camada

de 2,5cm de tratamento superficial simples.

Tratamento Superficial Duplo - Rua Portugal paralela as praças

- Camada de Tratamento superficial duplo (TSD): espessura de 5,0 cm;

ESTRUTURA DO PAVIMENTO DEFINIDA - TSD

CAMADA ESPESSURA (cm)

Tratamento Superficial Duplo (TSD) 5

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Emulsão Asfáltica RR-2C m²

Pavimento Existente -

Base -

Sub-Base -

Reforço do subleito -

Regularização de Subleito -

Obs: No segmento da Rua Portugal paralela as praças, apesar de estar sendo previsto um

alargamento da via na ordem de 40cm, não foi previsto execução de base no segmento devido a

região estar sendo destinada a vaga de veículos e não será realizado esforço de trafego no local,

além da dificuldade de execução de pavimentação em espaços confinados. Executar a relocação

do meio fio para a posição desejada e compactação manual da área para posterior execução da

pavimentação para alteamento do greide existente conforme concepção da arquitetura para a

região.

Para este segmento está sendo previsto restauração do pavimento existente com camada de

5,0cm de tratamento superficial dupla.

9.5 CONCEPÇÃO DAS CAMADAS DE PAVIMENTO

Apresentam-se, a seguir, as principais condições executivas das diversas camadas do pavimento.

9.5.1 Regularização do Subleito

Os materiais constituintes do subleito deverão apresentar ISC igual ou superior ao adotado no

dimensionamento do pavimento (ISC 8%) e, ainda, expansão < 2%.

Para este projeto não foram realizados sondagens de subleito para verificação de sua resistência.

Na fase de execução das obras deverá ser realizado sondagens do subleito de modo a conhecera

resistência e características físicas do solo existente.

Todos os serviços deverão seguir a especificação DNIT 137/2010-ES Regularização do

Subleito.

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9.5.2 Camada de Sub-Base

O material utilizado para a execução da sub-base deverá apresentar ISC > 20%, IG = 0 e

Expansão < 1,0%. Será executada com material de solo granular sem mistura (Bica Corrida)

proveniente de pedreira. O material deverá ser compactado na energia do Proctor normal, com

espessura de 15,0 cm.

Foi previsto a execução de sub-base nos seguintes segmentos:

- Abertura da Via Nova/ ligação entre Rua Portugal e Rua da Bélgica;

- Ligação Entre Av. José Faria da Rocha com Rua Portugal;

- Passagens elevada para pedestre.

Todos os serviços deverão seguir a especificação DNIT-ES139/2010 para “Sub-base de Solo

Estabilizado Granulometricamente”.

Obs:Utilizar mesmos parâmetros para as camadas das passagens elevadas para pedestres.

9.5.3 Camada de Base

O material para a execução da base deverá apresentar ISC > 80%, LL < 25%, IP < 6%, Expansão

< 0,50. Será executada com material pétreo (Brita Graduada) proveniente de Pedreira. O material

deverá ser compactado na energia do Proctor Intermediário, com espessura de 15,0 cm.

Obs:Utilizar mesmos parâmetros para as camadas das passagens elevadas para pedestres.

9.5.4 Imprimação

A imprimação deverá ser executada utilizando-se asfalto diluído CM-30, cuja taxa de aplicação

será de 1,2l/m².

Obs:Utilizar mesmos parâmetros para as passagens elevadas para pedestres.

9.5.5 Pintura de Ligação

A pintura de ligação será com material betuminoso emulsão asfáltica tipo RR-1C, aplicada a uma

taxa de cerca de 0,50 l/m2.

Todos os serviços deverão seguir a especificação DNIT 145/2012-ES “Pintura de Ligação".

9.5.6 Camada de Desgaste – Capa- Abertura de Via Nova

A camada de revestimento do pavimento será em Concreto Betuminoso Usinado a Quente CBUQ

faixa "C", com espessura de 5,0 cm e CBUQ faixa "B", com espessura de 5,0 cm, tendo em vista

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que a via foi dimensionada como sendo do tipo V-4, para tráfego considerado médio a pesado e

baseando-se na especificação de serviço DNIT 031/2006 - ES e nas boas práticas de engenharia.

Devido ao fato da obra estar em uma região urbanizada, que representa um fator limitante a

instalação de uma usina de asfalto, a massa asfáltica deverá ser obtida em usina comercial e

licenciada na região do projeto, desde que, o material atenda a especificação estipulada no

projeto, a ser indicada pela Contratada durante a execução do projeto.

Todos os serviços deverão seguir a especificação DNIT-031/2006-ES – “Concreto Asfáltico”.

9.5.7 Revestimento Intertravado Tipo Pavi’s – Passagem Elevada para Pedestre

Para os segmento onde serão executados passagem elevada para pedestre foram previsto

pavimento do tipo Intertravado devido a concepção da arquitetura do projeto.

Segue abaixo a concepção das camadas do pavimento:

Revestimento Intertravado Tipo Pavi’s

- Camada de Revestimento Intertravado tipo Pavi’s >35 a 50Mpa: espessura de 8,0 cm;

- Camada de areia lavada grossa ou pó de pedra: espessura de 5,0 cm;

- Base de solo estabilizado granulometricamente sem mistura: espessura de 15,0 cm;

- Sub-base de solo estabilizado granulometricamente sem mistura: espessura de 15,0 cm;

OBS: Caso na fase de execução da obra o valor de CBR do subleito apresentar valores maiores

que CBR≥20% a mesma fica dispensada de sua execução.

ESTRUTURA DO PAVIMENTO DEFINIDA – INTERTRAVADO PAVI’S

CAMADA ESPESSURA (cm)

PAVI'S fck > 35 a 50Mpa 8

Areia Lavada Grossa ou Pó de Pedra 5

Imprimação m²

Base 15

Sub-Base 15

Reforço do subleito -

Regularização de Subleito m²

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50

10 PROJETO DE SINALIZAÇÃO

10.1 INTRODUÇÃO

O Projeto de Sinalização elaborado obedece aos modernos requisitos de engenharia de trânsito,

que englobam a reformulação de interseções que contemplou a indicação de implantação de

novos elementos / dispositivos associado à adequação do sistema hoje existente.

O novo sistema de sinalização, após implantado, fornecerá ao usuário da via as orientações,

regulamentações e advertências necessárias e suficientes, compatíveis a um elevado padrão de

fluidez e segurança.

Objetivando, pois, a obtenção do nível de qualidade adequado para o desenvolvimento do projeto

foram realizadas pesquisas e consultas aos seguintes documentos:

Manual de Sinalização Horizontal do Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN/ DENATRAN - 1ª edição em 2007;

Manual de Sinalização Rodoviária do DNER; editado em 1999;

Código de Trânsito Brasileiro (Lei Federal nº 9.503 de 24/09/1997) e as Resoluções nº 599/82 (Sinalização Vertical) e nº 666/86 (Sinalização Horizontal);

Recomendações Técnicas para Sinalização Viária Horizontal (Materiais) DER-MG (6ª edição) – editado em Março de 2006;

Recomendações Técnicas para Sinalização Viária Vertical (Materiais) DER-MG (4ª edição) – editado em Agosto de 2000.

10.1.1 Parâmetros de Dimensionamento

Os parâmetros de dimensionamento dos vários elementos tanto da sinalização horizontal como

vertical, foram obtidos de tabelas do Manual de Sinalização Horizontal do CONTRAN, edição

2007, Manual de Sinalização Vertical – Volumes I e II, edição 2007 e em função da velocidade de

projeto ou de operação e da classe da via.

10.2 PROJETO DE SINALIZAÇÃO HORIZONTAL

A sinalização horizontal tem como finalidade principal orientar o motorista dentro de critérios pré-

estabelecidos por normas, aumentado assim, a segurança do tráfego.

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Este tipo de sinalização é composta por pinturas de faixas contínuas e faixas interrompidas, no

pavimento, associada a marcas fixadas no pavimento, nas cores branca (para canalização) e

amarela (para proibição).

As faixas interrompidas foram utilizadas na demarcação das faixas de rolamento, servindo como

guia ao usuário e disciplinando a canalização do fluxo.

As larguras das faixas longitudinais a serem pintadas no pavimento são em função da velocidade

regulamentada na via, conforme quadro a seguir:

VELOCIDADE (km/h LARGURA DA LINHA ( cm )

30 10

Tabela 3– Largura das Faixas Longitudinais

Os principais elementos utilizados no presente projeto e relativos à sinalização horizontal foram:

10.2.1.1 Linhas Demarcadoras de Fluxo de Tráfego de Mesmo Sentido – LMS

As linhas demarcadoras de faixas de tráfego no mesmo sentido deverão ser na cor branca, na

largura igual à 0,10m.

10.2.1.2 Linhas Demarcadoras de Bordos de Pista – LBO

Deverão ser executadas de forma contínua, na largura de 0,10m, cor branca, posicionadas no

bordo da pista de rolamento, delimitando para o usuário, a parte da pista destinada ao tráfego.

10.2.1.3 Linha de Continuidade – LCO

Projetada com o objetivo de impedir que o usuário perca a noção do alinhamento da pista ou da

faixa de rolamento, quando as demais marcações do pavimento sofrem qualquer interrupção

visual, quer por supressão, quer por mudança no alinhamento geométrico. Serão pintadas na

cadência de 1,0 x1,0m, na cor branca e largura de 0,10m.

10.2.1.4 Linha de Estimulo a Redução de Velocidade (LRV)

As linhas de estímulo à redução de velocidade são marcações compostas por um conjunto de

linhas contínuas, na cor branca, posicionadas transversalmente ao fluxo de veículos, com

espaçamento entre si variável e decrescente no sentido do tráfego, de forma a transmitir aos

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condutores a sensação de aumento de velocidade. Serão pintadas na cor branca e largura de

0,20 m.

10.2.1.5 Zebrados e Preenchimento das Áreas Neutras – MCB

As pinturas de áreas zebradas ou preenchimento de áreas neutras objetivam destacar as áreas

pavimentadas “não trafegáveis”, função de canalizações de fluxo de tráfego convergentes ou

divergentes, que evidenciam momentos de tomada de decisão dos usuários.

No projeto específico, os zebrados serão executados na largura de 0,30cm, espaçamento de

1,20m e na cor correspondente à das linhas de canalização que delimitam a área zebrada,

podendo, portanto ser branca ou amarela.

10.2.1.6 Linha de Retenção

Projetada com o objetivo de indicar o condutor o local limite em que deve parar o veículo. Serão

pintadas na cor branca com largura igual a 0,40m.

10.2.1.7 Linha de Dê a Preferência

Indica ao condutor o local limite em que deve parar o veículo, quando necessário, em local

sinalizado com o sinal R-2 “Dê a preferência”. Serão pintadas na cor branca com largura igual a

0,30 m, tendo espaçamento entre os traços com dimensões recomendadas de 0,50 m.

10.2.1.8 Setas Indicativas de Sentido de Tráfego

Estão sendo utilizadas nos locais onde se evidencia a necessidade de reforçar as possíveis

direções a serem tomadas pelos condutores dos veículos, basicamente nas proximidades de

interseções e retornos, orientando quanto ao seu posicionamento e os possíveis movimentos de

conversão, retorno ou manutenção da trajetória.

As setas estarão indicando o movimento de Siga em Frente, Siga em Frente ou à Direita (ou à

Esquerda) e Mudança Obrigatória de Faixa, sempre pintadas na cor branca.

Deverá sempre ser pintada uma seta para cada faixa de rolamento no sentido do fluxo no qual é

dirigida sua mensagem e aplicada no centro da faixa.

10.2.1.9 Símbolos e Legendas

Com relação a símbolo, o projeto indica a utilização do símbolo ”DÊ A PREFERÊNCIA”,

acompanhado da placa R-2 de “DÊ A PREFERÊNCIA” e a Legenda “PARE” acompanhado da

placa R-1.

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10.2.1.10 Dispositivos Auxiliares

Estão sendo previstos no projeto a implantação de dispositivos auxiliares como tachas e tachões

mono e bidirecionais, objetivando auxiliar no direcionamento do usuário, mais especificamente à

noite, e para funcionar como obstáculo físico na inibição de invasão de faixa de tráfego.

Indica-se seu emprego nas linhas divisórias de faixas de tráfego de mesmo sentido e sentido

contrários e nos bordos.

10.3 PROJETO DE SINALIZAÇÃO VERTICAL

A concepção do Projeto de Sinalização vertical baseou-se nos princípios expostos a seguir, quais

sejam:

A sinalização deverá ser de fácil compreensão pelos motoristas;

Deverá ter a mesma intensidade ao longo da via, visando propiciar condicionamento ao motorista;

Deverá ser contínua, isto é, os sinais deverão ser coerentes entre si;

Deverá ter o sentido de antecipação a fim de preparar o motorista para sua próxima decisão.

Neste sentido, torna-se necessário que o projeto obedeça a certos requisitos básicos sob o ponto

de vista de localização, conservação e uniformidade dos elementos, sendo:

Localização: as placas deverão estar posicionadas dentro do cone de visão do usuário normal e a uma distância necessária, conforme seu deslocamento, para uma reação adequada;

Conservação: com relação a conservação, deverá assegurar as condições da manutenção sob o ponto de vista de colocação e legibilidade;

Uniformidade: a uniformidade visa garantir que para situações iguais se tenha sinais iguais, não sujeitos a interpretações diversificadas.

Com base neste foco, o presente Projeto de Sinalização Vertical contemplou a indicação de

placas, objetivando fornecer ao usuário elementos de regulamentação, de advertência e de

informação, além dos dispositivos que favorecerão a visualização da modificação do alinhamento

em planta. Sendo assim, temos:

10.3.1 Placas

As placas, englobando placas de regulamentação, placa de advertência, placas indicativas de

conformidade com suas categorias, deverão possuir as seguintes formas detalhadas a seguir:

Regulamentação: serão utilizadas predominantemente a forma circular, na cor branca em seu fundo, cor vermelha orla e tarja diametral, e verso preto fosco;

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Advertência: terão a forma quadrada, com posicionamento definido por diagonal na vertical, na cor amarelo em seu fundo, cor preta orla, e verso preto;

Regulamentação de “PARADA OBRIGATÓRIA” será de forma octogonal e com fundo na cor vermelha;

Regulamentação de “DÊ A PREFERÊNCIA”, deverá ser de forma triangular, com o vértice na parte inferior, com fundo na cor branca e borda na cor vermelha;

Indicação serão predominantemente retangulares, com posicionamento do lado maior na horizontal e fundo dependente de sua função, na cor verde ou branca.

10.3.2 Placas de Regulamentação

Os sinais ou placas de regulamentação têm por objetivo notificar o usuário sobre as restrições,

proibições e obrigações que governam o uso da via e cuja violação constitui infração prevista no

Código Brasileiro de Trânsito.

As dimensões dos sinais variam em função das características da via, principalmente no tocante à

sua velocidade de operação, de forma a possibilitar a percepção do sinal, e a legibilidade e

compreensão de sua mensagem, por parte do usuário, dentro de um tempo hábil para que se

realize a operação ditada por esta mensagem.

Em função da velocidade de projeto adotada de 30km/h, as placas de regulamentação possuirão

as seguintes dimensões:

Circulares : Ø 0,75m;

Octogonal : L = 0,35m;

Triangular : L = 0,90m.

10.3.3 Placas de Advertência

Os sinais ou placas de advertência são utilizados sempre que se julgar necessário chamar a

atenção dos usuários para situações permanentes ou de eventuais perigos, nas vias ou em suas

adjacências. Estas situações exigem cuidados adicionais e reações de intensidade diversa por

parte dos motoristas, que podem ir desde um simples estado de alerta, quando a situação é

eventual, à adoção de manobras mais complexas de direção, a reduções de velocidades ou até

mesmo à parada do veículo, quando a situação é permanente.

Também em função da velocidade de projeto adotada de 30km/h, as placas de advertência terão

formato quadrado, com largura igual a 0,45m.

10.3.4 Placas de Indicativas

Os sinais ou placas de indicação têm como finalidade principal orientar os usuários da via no

curso de seu deslocamento, fornecendo-lhes as informações necessárias para a definição das

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direções e sentidos a serem por eles seguidos e educar os usuários da via quanto ao seu

comportamento adequado e seguro trânsito.

As dimensões das placas indicativas dependerão do número e tamanho das letras e algarismos

empregados que por sua vez, são função da velocidade de projeto e da distância transversal das

placas à linha de visada do usuário, sendo todas retangulares.

Portanto para velocidade de projeto igual a 30 km/h usou-se a altura de 150mm na área Urbana e

altura de 175mm nos trechos das estradas de Ligação ao acesso para letras e algarismos e para

o espaçamento entre palavras.

10.4 MATERIAIS

10.4.1 Para Sinalização Vertical

As placas devem ser confeccionadas em chapas de alumínio segundo as Normas ASTM, liga

5052, têmpera H-38, de espessura nominal igual a 1,50mm, perfeitamente planas, lisas e isentas

de rebarbas ou bordas cortantes. Suportes, Transversinas e Longarinas em aço carbono.

As placas com dimensões maiores que 2,00m² por suporte devem ser fixadas por suportes

metálicos. Os suportes metálicos devem ser convenientemente dimensionados para suportar as

cargas próprias das chapas e os esforços sob a ação do vento, conforme a Norma NBR 6123.

10.4.2 Dispositivos de Fixação

Os suportes metálicos devem ser confeccionados em tubos de aço carbono, grau C, de seção

circular, com costura, sem emendas e com pontas lisas. Devem ter seção de acordo com o que

prescreve a Norma NBR 8261 ou a DIN 2440.Os tubos devem ser submetidos a uma

galvanização a fogo em suas superfícies interna e externa, com deposição mínima de zinco igual

a 350 g/m2.A parte superior do tubo deve ser vedada com um tampão de PVC, com espessura

mínima de 3mm, devendo conter nervuras para impedir deformações e evitar o acúmulo de água.

Os dispositivos de fixação (longarinas e abraçadeiras) devem ser confeccionados em aço carbono

SAE 1010/1020, galvanizados à quente, não podendo apresentar fissuras,rebarbas ou bordas

cortantes, e devem estar perfeitamente limpos.

A quantidade de longarinas e transversinas utilizadas na fixação varia em função das dimensões

da placa, conforme tabelas a seguir:

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ALTURA DA PLACA (cm) QUANTIDADE DE LONGARINAS

80 2

130 a 190 3

>=200 4

Tabela 4 - Quantidade das Longarinas

10.4.3 Películas

Será utilizada para a confecção de símbolos, números, dizeres, tarjas e fundo das placas a do

Tipo I-A.

Constituídas por lentes microesféricas, agregadas a uma resina sintética. Estas lentes são

espelhadas por um filme metalizado e recobertas por um plástico transparente e flexível, que lhes

confere uma superfície lisa e plana que permite, quando observadas através da luz dos faróis de

um veículo, apresenta a mesma cor durante o dia e à noite.

As películas devem ser resistentes às intempéries e devem possuir um tipo de adesivo em sua

face posterior, devidamente protegido por filme siliconizado de fácil remoção.

São utilizadas geralmente nas cores branca, amarela, verde, vermelha, azul e laranja.

10.4.4 Para Sinalização Horizontal

Microesferas de vidro retrorrefletivas: São aquelas incorporadas às massas termoplásticas

durante a sua fabricação ou incorporadas às tintas, de modo que, permanecendo no interior

desses materiais, possam garantir a sua refletorização após o desgaste superficial da película

aplicada. A utilizada será a do tipo I-A que é utilizada nas massas termoplásticas.

Material Termoplástico Aspergido, Retrorrefletorizado: Mistura sólida, formada por resinas naturais

e/ou sintéticas, agregados (partículas granulares, pigmento e respectivo dispersor) e agentes

plastificantes (óleo vegetal e /ou mineral).

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11 PROJETO GEOMÉTRICO

11.1 INTRODUÇÃO

O Projeto Geométrico teve como objetivo determinar as características técnicas planialtimétrica

para as novas vias e readequação das vias existentes no entorno do projeto.

Foi estudado a abertura de uma nova rua localizada no final da Rua Portugal que interligará na

Rua da Bélgica, nos fundos do muro de divisa do pátio ferroviário da estação do Metro Eldorado.

Também foi estudado a relocação da via existente localizada no entroncamento entre a Av. José

Faria da Rocha com Rua Portugal, além de readequações diversas em raios nos cruzamento no

entrono da área de abrangência do projeto, de modo a permitir a logística no local,

proporcionando maior fluidez ao tráfego e garantir a segurança e conforto aos usuários.

Para o desenvolvimento do projeto geométrico, foram utilizados os elementos do levantamento

planialtimétrico cadastral proveniente dos estudos topográficos fornecido pelo cliente, do layout

arquitetônico aprovado pelo Município, além de visita técnica ao local.

11.1.1 Características Técnicas

Para o desenvolvimento do Projeto foram elaborados eixos estaqueados, tendo em vista fornece

uma melhor concordância geométrica entre vias existentes e projetadas. Os eixos foram

desenvolvidos visando à otimização do Projeto de Terraplenagem e evitando assim grandes

movimentações de terra, preservando sempre que possível às vias existentes e proporcionando

uma redução dos custos no terraplenagem.

11.1.2 Metodologia/ Critérios

Esclarece-se que a Consultora procurou harmonizar o planialtimétrico dos eixos, de modo a obter-

se a otimização do projeto.

Abordam-se, a seguir, as principais atividades e/ou procedimentos realizados no desenvolvimento

do Projeto Geométrico em planta e em perfil.

11.1.2.1 Interligação da Rua Portugal na Rua da Bélgica – Rua Nova

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Para este segmento foi estudado uma pista que servirá para implantação de uma parada de

ônibus e duas pistas de circulação, além de calçadas laterais para pedestre.

Devido ao desnível localizado no final da Rua Portugal foi necessário rebaixar o greide de projeto

entre as vias existentes evitando grandes movimentações de terra e necessidade de implantação

de muros de contenção.

A seguir é informado as características técnicas da via projetada:

- Largura total de pista – 11,00m

- Quantidades de faixas de circulação – 3 faixas sendo uma exclusiva para tráfego de ônibus;

- Inclinação transversal da pista – 3,00% para cada lado sendo o ponto alto no eixo da pista;

- Rampa máxima longitudinal – 24,44% (continuação da rampa existente).

- Calçada lateral – 2,00m para lado esquerdo e 4,00m para o lado direito devido a parada de

ônibus na região;

- Extensão total da via – 178,00m.

11.1.2.2 Interligação Entre Av. José Faria da Rocha e Rua Portugal

Tem seu início na Av. José Faria da Rocha onde segue com o mesmo alinhamento em direção da

Rua Portugal visando a adequação da via no local.

Com a remodelação deste segmento foi possível proporcionar uma melhor operacionalidade no

cruzamento. A readequação da via conta com duas pistas em sentidos opostos e implantação de

calçada central visando um maior acumulo de pessoas no local para transposição da via.

11.1.2.3 A seguir é informado as características técnicas da via projetada:

- Largura total de pista – 4,00m sendo uma para cada sentido com divisão através de um canteiro

central de 3,40m de largura;

- Quantidades de faixas de circulação – 1 faixas para cada sentido de circulação;

- Inclinação transversal da pista – 3,00% em um único sentido sendo o ponto alto no bordo

superior pista (ponto alto para o lado da praça);

- Rampa máxima longitudinal – 5,70% (continuação da rampa existente).

- Calçada lateral – Variável >3,00m.

- Extensão total da via – Aproximadamente 68,00m.

Projeto em Planta (Traçados)

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As diretrizes das pistas a serem executadas foram definidas em função dos alinhamentos

existentes, de forma a diminuir os impactos no trafego local.

Após a definição do posicionamento dos eixos de implantação, passou-se ao desenvolvimento do

projeto em planta, adotando-se os seguintes procedimentos:

Importação dos dados topográficos (coordenadas e cotas) da nuvem de pontos levantados por meio da estação total, para o programa TopoGRAPH – TG98 SE;

Lançamento da diretriz do novo traçado em planta na escala 1:500 gerada, conforme exposto no Estudos Topográficos, deste volume;

Definição das curvas horizontais pelo processo analítico, por meio do software TopoGRAPH – TG98 SE;

Cálculo do estaqueamento do eixo de projeto também por meio do software TopoGRAPH – TG98 SE;

Processamento do programa TopoGRAPH – TG98 SE, após a alimentação de dados, como parâmetros da seção transversal tipo e de superelevação, dentre outros.

Eixo de Projeto, estaqueado de 20 em 20 m;

Representação das linhas de bordo da pista projetada e offsets;

Quadros de curvas horizontais;

Acidentes topográficos, como cursos d’água, lagoas, brejos, limites de divisas, etc;

Malha de coordenadas com representação do norte verdadeiro.

11.1.3 Projeto em Perfil (Greide)

Para o lançamento do greide de projeto preocupou-se principalmente com a necessidade de

todas as vias apresentarem concordâncias geométricas, mantendo sempre a funcionalidade e

operacionalidade das vias.

Para a elaboração dos projetos, foram adotados os seguintes procedimentos:

Lançamento do greide de projeto no perfil longitudinal do terreno, desenhado na escala H = 1:500 e V = 1:50 e definição das curvas verticais;

Alimentação do softwareTopoGRAPH – TG98 SE com dados referentes a

estacas e cotas dos PIV’s e dados das curvas verticais, com consequente cálculo dos elementos verticais;

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O ajuste final do greide de projeto levou em consideração a análise das seções transversais, buscando-se com este procedimento otimizar a compensação dos volumes (corte x aterro) e, ainda, objetivar a concordância entre os vários eixos projetados;

Cálculo dos volumes de corte e de aterro por meio do processamento do programa TopoGRAPH – TG98 SE;

Importação dos desenhos de planta e perfil, do software TopoGRAPH – TG98 SE para o

programa AutoCAD, para o devido detalhamento e acabamento do planialtimétrico.

11.1.4 Seção Transversal das Vias

Adotou-se para as plataformas das pistas a serem implantadas os parâmetros mostrados nos

desenhos das seções transversais típicas, no item Projeto Geométrico, apresentadas em

pranchas– Projeto Básico – Desenhos.

Aterro: 3(H): 2(V);

Corte em solo: 1(H): 1(V);

11.1.5 Apresentação do Projeto

O Projeto Geométrico encontra-se apresentado na disciplina do projeto geométrico, desenhos

contendo os seguintes elementos:

Volume 2 – Projeto Detalhado – Desenhos, contendo plantas e perfis dos eixos.

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12 PROJETO ELÉTRICO

12.1 OBJETIVO

Este Memorial Descritivo tem por objetivo descrever as instalações elétricas (entrada de energia,

distribuição de iluminação e tomadas) e de infraestrutura para telecomunicações, para as obras do

Boulevard da Avenida Portugal, em Contagem - MG.

Qualquer modificação que se faça necessária somente poderá ser executada após aprovação da

Fiscalização e do Responsável Técnico. Tais modificações deverão ser cadastradas e registradas

nos desenhos do projeto em caráter “As Built”.

A Contratada deverá possuir pessoal técnico qualificado para a execução dos serviços, além de

um profissional devidamente habilitado junto ao CREA-MG, que assinará a ART - Anotação de

Responsabilidade Técnica pela execução das obras.

12.2 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

12.2.1 Entrada de Energia

Devido às distâncias e para se evitar problemas com queda de tensão, o Boulevard será

alimentado por 03 (três) entradas de energia (padrões CEMIG), sendo um para cada módulo,

conforme descrito a seguir:

- Praça Cívica: Padrão com disjuntor de 3x63A;

- Praça Festa: Padrão com disjuntor de 3x63A;

- Praça da Paz: Padrão com disjuntor de 2x63A;

Os padrões de energia serão montados nos próprios postes da rede de distribuição da

Concessionária, uma vez que a praça não possui edificações para abrigar os medidores,

conforme Desenho Nº 19 - Página 7-35 da ND-5.1 da CEMIG.

A montagem desse tipo de padrão de entrada somente pode ser feita por empreiteira cadastrada

na Cemig.

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12.2.2 Quadros de Distribuição de Circuitos(QDCs)

Os Quadros de Distribuição deverão ser montados em fábrica, com todos os componentes

indicados nos diagramas do projeto, além de todos os demais acessórios necessários a uma

perfeita montagem.

Os quadros serão equipados com disjuntores termomagnéticos com padrão IEC, próprios para

fixação em trilho de alumínio. Também foram previstos dispositivos de supressão de surtos de

tensão (DPS), além de interruptores de corrente de fuga (dispositivos “DR”), conforme previsto na

NBR-5410.

O tamanho dos quadros deve respeitar a previsão de espaços reservas indicados nos diagramas,

sendo no mínimo de 25%. As portas dos QDCs serão dotadas de fechaduras com chave YALE.

Os barramentos para neutro e terra serão fixados sobre isoladores e deverão ter o mesmo número

de furos que os espaços monopolares para disjuntores (com reservas inclusos). O conjunto

deverá ser dimensionado para suportar os esforços térmicos e dinâmicos das correntes nominais

e de curto-circuito previstas.

Os furos deverão ser executados de forma a se evitar a superposição dos terminais e conectores

utilizados.

No perímetro interno dos quadros deverão ser instaladas canaletas de PVC, tipo semiabertas,

dotadas de tampa de encaixe, permitindo uma perfeita organização dos cabos de distribuição.

Os quadros deverão ser ensaiados conforme normas pertinentes da ABNT, antes de ser

embalado para transporte. Os laudos dos ensaios deverão ser obrigatoriamente entregues à

FISCALIZAÇÃO.

Os disjuntores nos quadros deverão ser identificados com etiquetas indeléveis, conforme indicado

em projeto.

Os Quadros serão ainda dotados de proteção interna em policarbonato, a fim de se evitar contato

acidental com as partes energizadas.

Os QDCs deverão ser construídos rigorosamente de acordo com as prescrições da NR-10 -

Segurança em instalações e serviços de eletricidade.

12.2.3 Sistema de Iluminação

Todas as luminárias serão conforme especificadas no projeto luminotécnico.

A distribuição de energia para os circuitos de iluminação e tomadas será feita a partir dos QDCs,

através de cabos de cobre eletrolítico, com isolamento em PVC para 70º C - 750V (áreas internas)

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ou para 1,0kV (áreas externas), instalados em eletrodutos embutidos no piso, em montagem

aparente (Casas de Bombas e Bloco de Serviços).

A tensão de distribuição para iluminação será sempre de 127V (F-N-T), conforme indicado em

projeto.

O comando da iluminação das áreasexternas será feito, no modo automático, de duas formas

distintas a saber:

Para a iluminação geral das praças, produzida pelos postes com altura de 4,0m; o comando será

feito por relés fotoelétricos, que ligarão os circuitos, acionados por contatores, quando da

ausência de iluminação natural.

Para a iluminação específica, produzida por postes com altura de 10,0m (Memorial, Arena, Play

Ground e Academia) e decorativa, o comando será feito através de programadores horários, que

ligarão os circuitos, acionados por contatores, no período programável de 19 às 23 horas;

Nas áreas internas, o comando será feito por interruptores instalados junto aos acessos de cada

ambiente.

As tomadas de uso geral serão protegidas por circuito independente, dotado de proteção adicional

de corrente de fuga a terra (DR), conforme NBR-5410.

Serão utilizadas tomadas 2P+T, padrão NBR-14.136, sendo de 10A para alimentação dos

equipamentos de informática e de 20A para tomadas de uso geral.

12.3 INFRAESTRUTURA PARA TELECOMUNICAÇÕES

A partir da Sala Técnica do Bloco de Serviços, foi prevista uma infraestrutura de tubulações e

caixas de passagem, paralela à rede de distribuição de energia, a fim de permitir a futura

instalação de sistema de telecomunicações.

Foram previstos pontos para instalação de câmeras de monitoramento de CFTV, a serem

instaladas nos postes de iluminação externa, a serem interligadas ao Rack da Sala Técnica.

Também foram previstos pontos de telecomunicação para as Casas de Bombas a fim de permitir

a futura instalação de sistema de monitoramento ou gerenciamento remoto.

Foi ainda prevista, uma tubulação subterrânea para permitir a interligação do Rack da Sala

Técnica com os postes da rede da Concessionária.

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13 PROJETO DE DRENAGEM E ESGOTO

13.1 OBJETIVO

Este memorial descritivo faz parte integrante do projeto e tem o objetivo orientar e complementar o

contido no projeto específico, visando assim o perfeito entendimento das Instalações projetadas.

Esse documento descreve os materiais e os critérios técnicos utilizados para o dimensionamento

das instalações de Drenagem e Esgoto do BOULEVARD DA AVENIDA PORTUGAL em

Contagem – MG.

13.2 INTRODUÇÃO

Este memorial descritivo define conceitos para os projetos dentro de padrões segurança, em

obediência as normas técnicas nacionais ou internacionais, estabelecendo condições técnicas

mínimas exigíveis, a fim de assegurar um bom desempenho, segurança na operação dos

sistemas, economia, facilidade de manutenção, bem como flexibilidade de modificações futuras.

Cabe a contratada desenvolver uma engenharia de campo, específica para montagem destas

instalações baseado neste projeto, assegurando todas as condições técnicas aqui estabelecidas.

Tendo em vista o desenvolvimento tecnológico de materiais e equipamentos, bem como do

aprimoramento de normas técnicas e da engenharia de projetos, este memorial descritivo poderá

ser alterado sem prévio aviso.

13.3 NORMAS E REGULAMENTAÇÕES

Apenas as normas que são aceitas e aprovadas internacionalmente serão consideradas para

especificação dos equipamentos. A principal associação emissora de normas pertinentes a estas

especificações é a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

Para os itens que encontram respaldo técnico nas normas da ABNT foram adotados os padrões

estabelecidos por aquelas. Na falta desses foram adotados no todo, ou em parte, os parâmetros

estabelecidos pelas normas internacionais.

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65

Todos os equipamentos e sistemas deverão ser fabricados e instalados seguindo, no mínimo, as

prescrições das seguintes normas:

NBR 10844 - 1989 - instalações prediais de Águas pluviais;

NBR 8160 – Sistemas prediais de Esgoto Sanitário – projeto e execução;

NBR 5688 – Sistemas Prediais de Água Pluvial, Esgoto Sanitário e Ventilação.

13.4 INSTALAÇÕES

O projeto de drenagem será composto pela coleta de águas pluviais incidentes sobre as áreas

impermeáveis e sua posterior condução para descarte e lançamento no sistema de drenagem

público existente no entorno.

O sistema de águas pluviais da edificação de apoio será através de captaçãoatravés de ralo na

cobertura pelo método convencional com lançamento por gravidade através de tubulações PVC,

linha esgoto (prumadas).

As tubulações de descidas (prumadas verticais) foram dimensionadas pela fórmula racional

(Q = [C x I x A]/3600), sendo:

Q a vazão pluvial em L/s;

C o coeficiente de deflúvio = 1,0 para coberturas;

I a intensidade pluviométrica regional = 230mm/h

As redes de drenagem serão elaboradas através de canaletas com grelha em ferro fundido

distribuídas em locais estratégicos, sendo drenadas por tubulações de PVC em sua parte inferior,

na qual fará o despejo nas redes de drenagem publicas existentes no entorno.

As redes de esgoto adotadas serão elaboradas para atender o prédio de apoio, sendo executada

rede de esgoto primário devidamente ventilada para a atmosfera e conduzida para o sistema

público de esgoto sanitário.

O destino final das redes de esgoto será o sistema público, devendo ser executada ligação predial

com solicitação junto á concessionaria local.

13.5 MATERIAIS PARA INSTALAÇÕES DE DRENAGEM PLUVIAL

13.5.1 TUBOS E CONEXÕES

- As tubulações e conexões de águas pluviais de DN 75 mm a DN 150 mm deverão ser de PVC

rígido série reforçada, fabricadas de acordo com a NBR 8160;

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66

- As tubulações e Conexões de águas pluviais de DN 200 mm a DN 400 mm deverão ser de

PVC rígido tipo Vinilfort, fabricadas de acordo com a NBR 7362-2.

- As tubulações e conexões acima de DN 500 deverão ser em concreto, seguindo NBR 8890.

Ferragens, fixações e acessórios metálicos de uso aparente

Todos os materiais a serem fornecidos e instalados deverão possuir tratamento antioxidante por

processo de galvanização a fogo.

Caso os mesmos sejam de instalação interna em ambientes secos serão permitidos materiais com

galvanização eletrolítica.

Caso estes venham a sofrer furações, cortes, dobras ou quaisquer danos à camada de proteção,

os mesmos deverão ser submetidos a tratamento local, com pintura de fundo anti-corrosivo e

pintura de acabamento ou galvanização a frio.

13.5.2 JUNTAS

Todas juntas executas nas tubulações devem ser estanques ao ar e a água.

As juntas serão soldadas, devendo ser executadas segundo procedimentos técnicos que

garantam o desempenho adequado da tubulação. No estabelecimento de tais procedimentos,

devem ser consideradas as recomendações do fabricante.

As juntas e as tubulações devem estar de tais formas arranjadas que permitam acomodar os

movimentos decorrentes de efeitos de dilatação térmica, tanto da estrutura do prédio como do

próprio material da instalação.

13.5.3 TESTES

O sistema de drenagem pluvial deverá se executado por empresa específica que fornecerá à

Contratada um relatório de comissionamento emitido por terceiros que comprovem a eficiência

das instalações através de testes de segurança entre outros. Este comissionamento deverá ter o

aceite da empresa instaladora e fornecedora, juntamente com a sua responsabilidade técnica.

Os fixadores ou suportes das tubulações, aparentes ou não, assim como as próprias tubulações,

devem resistir, sem entrar e colapso, a cinco vezes o peso próprio das tubulações cheias d’água

para tubulações fixas no teto ou em outros elementos estruturais, bem como não podem

apresentar deformações que excedam 0,5% do vão.

As tubulações dos sistemas prediais de águas pluviais não podem apresentar vazamento quando

submetidas à pressão estática de 60 kPa, durante 15 min, se o ensaio for feito com água, ou de

35 kPa, durante o mesmo período de tempo, caso o ensaio seja feito com ar.

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67

13.5.4 TINTAS

As tintas a serem utilizadas deverão ser de fabricantes devidamente aprovados pela Contratante.

Todas as tintas deverão ser despachadas para a obra em seus recipientes originais, que deverão

ser claramente marcados e etiquetados com indicação do fabricante, data de limite de utilização,

designação do produto, capacidade líquida, limite de temperatura e umidade durante a estocagem

etc.

As tintas de fundo e de acabamento deverão ser compradas do mesmo fabricante.

Todos os materiais deverão ser colocados na obra em quantidades suficiente para que não

ocorram atrasos nos trabalhos.

Preparo das superfícies

Toda a superfície a ser pintada deverá ser completamente seca, livre de qualquer tipo de sujeira,

óleo, graxa, respingos de solda, focos de ferrugem, carepas de laminação etc.

A preparação das superfícies a serem pintadas deverá estar de acordo com as especificações do

“Steel Structures Painting Council”.

SSPC - SP1 - Solvente de Limpeza

SSPC - SP2 - Ferramenta Normal de Limpeza

SSPC - SP3 - Ferramenta Elétrica de Limpeza

SSPC - SP6 - Limpeza Comercial com Jato de Areia.

As superfícies limpas devem ser pintadas no máximo 6 (seis) horas depois de efetuada a limpeza.

13.5.5 APLICAÇÃO

Para a aplicação de tinta, deverão ser observados com rigor os seguintes fatores:

- Umidade relativa do ar,

- Temperatura ambiente,

- Intervalo de tempo entre aplicações das demãos etc.

A quantidade de demão e espessura de cada demão são de exclusiva responsabilidade da

Empreiteira, que garantirá o serviço. Deverão ser aplicadas no máximo três demãos, sendo uma

“Primer” e duas de acabamento com espessura mínima de 64 microns por demão.

A tinta de fundo “Primer” deverá estar em condição de ser submetida à prova de toques após duas

horas de aplicação e seca para receber a demão de acabamento após doze horas.

A tinta de acabamento deverá estar em condições de ser submetida à prova de toque após ter

decorrido uma hora de sua aplicação e suficientemente seca para receber a demão subsequente

após três horas.

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68

A viscosidade da tinta deverá ser compatível para aplicação a revolver e trincha ser adição de

solvente em qualquer posição.

As tubulações galvanizadas receberão como “Primer” o cromato de zinco.

Todo o pessoal da Empreiteira envolvido em manuseio e aplicação de tintas, solventes e demais

serviços de pintura deverá seguir as normas rígidas de segurança de modo a evitar acidentes,

danos físicos e de materiais.

13.5.6 IDENTIFICAÇÃO DE TUBULAÇÃO

Todos os trechos aparentes de tubulação deverão ser pintados conforme indica a norma NBR

6493 da ABNT “Emprego de Cores Fundamentais para Tubulações”.

- Tubulação de Água Pluvial - cor marrom escuro.

13.6 OBSERVAÇÕES GERAIS

Todos os serviços serão executados em estrita concordância com as normas aplicáveis, utilizando

ferramentas e métodos adequados, obedecendo às instalações do projeto e procedimentos de

execução apresentados no caderno de encargos.

13.6.1 COMISSIONAMENTO

Os testes de aceitação e comissionamento dos sistemas implantados deverão ser estruturados,

planejados e realizados, visando:

- Comprovar que cada unidade, equipamento e sistema funcionem de acordo com a Especificação

Técnica;

- Permitir a avaliação do desempenho das unidades e equipamentos, bem como do sistema como

um todo;

- Comprovar a inexistência de falhas de implementação e de funcionamento que possam diminuir

o desempenho especificado;

- Complementar a documentação fornecida com informações mais realistas do comportamento do

fornecimento;

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69

- Comprovar que os serviços, instalações e sistemas foram desenvolvidos e implantados seguindo

orientações da normalização técnica vigente, bem como todas as determinações das legislações

trabalhistas e de segurança.

A preparação, realização e análise dos resultados de execução dos testes de aceitação do

sistema como um todo deverão obedecer ao seguinte:

- A CONTRATADA deverá executar o comissionamento do sistema, efetuando todas as

verificações necessárias, utilizando pessoas adequadamente treinadas e qualificadas.

- A CONTRATADA deverá apresentar ao CONTRATANTE, para sua aprovação, os cadernos de

testes e o planejamento de comissionamento dos sistemas no mínimo 30 dias antes da data

prevista no Cronograma para estes testes e comissionamentos.

- Elementos defeituosos, que não atinjam a qualidade necessária, tanto individualmente como

incorporados ao sistema, deverão ser trocados.

As atividades de comissionamento e testes deverão ser realizadas sob supervisão e

responsabilidade técnica de profissional habilitado e qualificado, sendo necessário apresentar

anotações de responsabilidade técnica registradas no CREA/CAU para essa atividade. O

responsável técnico pelo comissionamento e testes não poderá ser o mesmo responsável pela

execução e montagem das instalações e sistemas. Essas atividades deverão ser realizadas por

profissionais distintos.

Os relatórios finais de testes e comissionamento deverão ser entregues ao cliente em 2 vias

(original e cópia) encadernados e em mídia digital, acompanhados da respectiva anotação de

responsabilidade técnica por essas atividades. Todos os documentos impressos deverão possuir

assinatura do profissional responsável técnico.

13.6.2 PROJETO “AS BUILT” (Como Construído)

A Contratada deverá apresentar, antes do aceite definitivo dos serviços, os Projetos “As built”

(Como Construído) de todas as instalações prediais.

Ao término da produção e após a entrega da obra, o Projeto de “As Built” deverá representar

fielmente o objeto e as instalações construídas, com registros das alterações verificadas durante a

execução. As alterações dos projetos que implicam em novos dimensionamentos serão tratadas,

exclusivamente, pelos respectivos projetistas responsáveis pelos projetos executivos, devendo o

Projeto de “As Built” ser elaborado a partir destes projetos alterados. O Projeto de “As Built” será

executado a partir dos projetos executivos apresentados

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70

Os projetos “as built” deverão ser assinados pelo RT (responsável técnico) pela execução das

obras e das instalações. No selo dos projetos “as built” deverão constar o nome completo,

identificação do número de registro no CREA/CAU desse profissional, bem como sua assinatura.

Os projetos deverão ser elaborados de acordo com a norma NBR 14645-3 – Elaboração do

“Como Construído” (As Built) para edificação.

Esses documentos deverão ser entregues ao cliente em 2 vias (original e cópia) encadernados e

em mídia digital. O documento deverá compreender os seguintes volumes:

a) Relatório descritivo – texto informativo, constando todas as alterações encontradas no projeto

executado em relação ao projeto básico/ executivo licitado para execução da edificação.

b) Projeto Executivo AS BUILT COMPLETO DA EDIFICAÇÃO – representação gráfica, constando

todas as alterações encontradas no projeto executado em relação ao projeto básico/executivo

licitado para execução da edificação. (em formato digital DWG e plotadas em formato A1 ou A0), e

Memorial Descritivo com os elementos construtivos da edificação.

Deverão constar nos documentos emitidos, além dos nomes dos responsáveis técnicos do Projeto

“As built”, o nome e número do CREA dos engenheiros responsáveis pelas montagens das

instalações.

13.6.3 MANUAIS DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO

A Contratada deverá apresentar, antes do aceite definitivo dos serviços, os Cadernos de

Operação e Manutenção das instalações e dos sistemas. Esses cadernos deverão ser entregues

ao cliente em 2 vias (original e cópia) encadernados e em mídia digital. O documento deverá

conter no mínimo o seguinte:

- Manuais de instruções de instalação e manutenção de todos os sistemas, equipamentos e

componentes;

- Catálogos, diagramas, e desenhos ou cortes, com dados de fabricação e modelo dos

componentes instalados;

- Rotinas e periodicidade de manutenção preventiva de todos os equipamentos e sistemas

instalados;

- Procedimentos para operações em situações não rotineiras, como contingências, emergências e

outras ocorrências;

- Manuais de instruções de operações de todos os sistemas instalados;

- Descrição dos riscos aos operadores e usuários dos sistemas e equipamentos;

- Diagramas funcionais e unifilares resumidos da instalação nos ambientes técnicos e nos pontos

de operação e manutenção;

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- Instruções e diagramas de montagem dos equipamentos e peças;

- Instruções detalhadas para recolocação do sistema em operação, em caso de interrupções

programadas, contingenciais ou emergenciais;

- Lista descrevendo e quantificando os itens sobressalentes que devem ser mantidos em estoque

no empreendimento;

-Descrição das ferramentas e aparelhos adequados, necessários para a operação e manutenção

dos sistemas;

- Mapeamento dos riscos operacionais da instalação;

- Descrição da tensão elétrica adequada para operação dos equipamentos quando for o caso;

- Descrição das pressões máximas e mínimas admissíveis para as redes de abastecimento de

fluidos dos diversos equipamentos, quando for o caso, bem como das características dos

efluentes gerados.

Estes manuais devem incluir todos os dados, informações, desenhos, etc., para o sistema,

subsistema e todos os componentes. Devem também incluir os nomes, endereços e telefones dos

fornecedores mais importantes de equipamentos e serviços.

Toda a documentação técnica e manuais a serem fornecidos pelo contratado deverão ser

apresentadas em língua portuguesa ou acompanhadas de tradução se for o caso.

Treinamento Das Equipes De Operação Dos Sistemas

A Contratada deverá apresentar um programa detalhado para o treinamento da(s) equipe(s) de

operação dos sistemas, a ser contratado pelo cliente, objetivando a plena competência técnica e

autônoma em operação e manutenção.

O programa deverá conter no mínimo o seguinte:

- Fornecimento de manuais de treinamento para operação, manutenção, software, hardware

(Quando for o caso) e demais equipamentos que compõe o sistema implantado no

empreendimento. Esses manuais deverão ter a aprovação prévia do Contratante.

- Deverá obedecer a duas fases distintas: uma teórica onde serão sanadas dúvidas quanto à parte

técnica dos equipamentos e interpretação dos manuais e outra prática para assimilação dos

procedimentos de operação e manutenção dos equipamentos e softwares que compõem o

sistema.

- Operação de todos os equipamentos, incluindo os procedimentos de limpeza, rotinas de

reconfiguração, etc.

- Os equipamentos a serem utilizados durante os treinamentos práticos deverão ser similares aos

que serão fornecidos.

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- Registros de treinamento e qualificação dos operadores do sistema.

O cronograma dos cursos deverá ser proposto de maneira a assegurar o término dos

treinamentos em tempo hábil e anterior aos testes de aceitação do Sistema.

Devem ser fornecidos na proposta os detalhes dos cursos a serem ministrados, a título de

Treinamento. Para cada curso, devem ser fornecidos detalhes como local de realização, pré-

requisitos dos alunos e cronograma completo do Treinamento previsto.

Todos os custos relativos aos cursos, inclusive aqueles decorrentes de viagens e diárias das

equipes, devem correr por conta da CONTRATADA.

O Contratante se reserva o direito de determinar alterações ou modificações no programa de

treinamento proposto, assim como sua aquisição em todo ou em parte.

13.6.4 GARANTIAS E MANUAIS

Todos os componentes, sistemas, serviços e o conjunto completo de equipamentos fornecidos e

instalados deverão ser garantidos pela CONTRATADA durante o prazo mínimo de 5 (cinco) anos,

a partir da data de recebimento e aceitação definitiva da instalação.

Durante este período, a CONTRATADA deverá prever e realizar verificações mensais, trimestrais,

semestrais ou anuais (deverá ser acordado junto ao cliente a periodicidade do acompanhamento,

conforme recomendações dos fabricantes de cada sistema ou equipamento) de conformidade dos

sistemas implantados. Esta medida visa garantir o perfeito funcionamento dos produtos instalados

no empreendimento e das sinalizações para troca ou reparo dos eventuais equipamentos em

defeito ou em final de vida útil.

A CONTRATADA deverá apresentar, antes do aceite definitivo dos serviços e sistemas, os

cadernos de operação e manutenção e manuais técnicos (garantias originais). Esses cadernos

serão entregues ao cliente em 2 vias (original e cópia) encadernados e em mídia digital. O pacote

deverá conter no mínimo o seguinte:

- Manuais de instruções, manutenção e catálogos dos sistemas, equipamentos e componentes;

- Certificados de ensaio de tipo de equipamentos fornecidos;

- Registros de comissionamento e testes de todos os sistemas e equipamentos;

- Registros de treinamento e qualificação dos operadores do sistema a serem determinados pelo

CONTRATANTE;

- Manuais de instruções de operações de todos os sistemas instalados;

- Certificado de garantia dos equipamentos fornecidos pelos fabricantes dos diversos

componentes e sistemas, por período igual ou superior a 05 anos.

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73

A garantia a ser fornecida não deverá se limitar apenas aos equipamentos. Deverá incluir os

serviços de configuração, parametrização, recolocação em operação e manutenção de todos os

sistemas e produtos instalados. Durante o período de vigência da garantia não serão aceitas

interrupções no funcionamento dos sistemas instalados, nem mesmo desconfigurações ou

funcionamentos inadequados.

Caso os fabricantes dos diversos sistemas e equipamentos a serem instalados exijam o uso de

mão de obra credenciada ou certificada para fornecimento das garantias exigidas, os custos e

responsabilidades para fornecimento dessa mão de obra serão responsabilidades da

CONTRATADA.

13.6.5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Desde que atenda às premissas técnicas de projeto e as aqui especificadas, promovendo o

perfeito funcionamento do sistema, a contratada poderá optar por outros fabricantes dos

equipamentos que comporão o sistema de drenagem.

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74

14 PROJETO DE IRRIGAÇÃO

14.1 OBJETIVO

Este memorial descritivo faz parte integrante do projeto e tem o objetivo orientar e complementar o

contido no projeto específico, visando assim o perfeito entendimento das Instalações projetadas.

Esse documento descreve os materiais e os critérios técnicos utilizados para o dimensionamento

das instalações de água fria e irrigação do BOULEVARD DA AVENIDA PORTUGAL em

Contagem – MG.

14.2 INTRODUÇÃO

Este memorial descritivo define conceitos para os projetos dentro de padrões segurança, em

obediência as normas técnicas nacionais ou internacionais, estabelecendo condições técnicas

mínimas exigíveis, a fim de assegurar um bom desempenho, segurança na operação dos

sistemas, economia, facilidade de manutenção, bem como flexibilidade de modificações futuras.

Cabe a contratada desenvolver uma engenharia de campo, específica para montagem destas

instalações baseado neste projeto, assegurando todas as condições técnicas aqui estabelecidas.

Tendo em vista o desenvolvimento tecnológico de materiais e equipamentos, bem como do

aprimoramento de normas técnicas e da engenharia de projetos, este memorial descritivo poderá

ser alterado sem prévio aviso.

14.3 NORMAS E REGULAMENTAÇÕES

Apenas as normas que são aceitas e aprovadas internacionalmente serão consideradas para

especificação dos equipamentos. A principal associação emissora de normas pertinentes a estas

especificações é a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

Para os itens que encontram respaldo técnico nas normas da ABNT foram adotados os padrões

estabelecidos por aquelas. Na falta desses foram adotados no todo, ou em parte, os parâmetros

estabelecidos pelas normas internacionais.

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75

Todos os equipamentos e sistemas deverão ser fabricados e instalados seguindo, no mínimo, as

prescrições das seguintes normas:

NBR 5626 - Instalação predial de água fria;

NBR 5648 – Sistemas Prediais de Água Fria.

14.4 INSTALAÇÕES

A alimentação de água fria do complexo será através de abastecimento via concessionária local,

COPASA, sendo instalado hidrômetro em caixa de alvenaria no piso em local estratégico para

aferição e posterior distribuição de água fria para o empreendimento.

As redes de abastecimento serão em PVC soldável a partir do hidrômetro sendo responsável por

abastecer os pontos de torneiras, o reservatório de água para fonte e sistema de irrigação e o

sanitário de apoio.

Para evitar vandalismo, optou-se pelo abastecimento direto de água via concessionária, sem

adoção de caixa d’água.

O projeto contempla ponto de entrega de água na casa de bombas para ser elaborado a

reposição do reservatório inferior que suprirá a demanda das fontes e do sistema de irrigação.

O sistema de boias e alimentação do reservatório inferior deverá ser verificado em projeto

especifico de fonte.

O sistema de irrigação será através de sistema automatizado pressurizado a partir de um sistema

de bombeamento central, sendo elaborado sucção a partir do reservatório inferior e no qual fará a

distribuição aos pontos das áreas irrigadas.

A distribuiçãopara irrigação será através de tubos PVC soldável marrom classe 15 nos ramais de

distribuição e tubos perfurados tipo gotejador nas manchas de paisagismo a serem irrigadas.

O sistema automatizado contará com apoio de irrigação através de torneiras para engate de

mangueiras proveniente do sistema alimentador predial e derivação direta do hidrômetro

instaladas em caixas de alvenaria.

O sistema é comandado por um controlador eletrônico que irá operar as válvulas de cada setor,

sequencialmente em horários pré-programados. O Controlador em questão poderá operar de

forma diferenciada cada um dos setores de irrigação, observando as respectivas necessidades

hídricas. Ajustes eventuais poderão ser realizados para cada um dos setores ou para todos os

setores, frente às alterações sazonais do clima.

Na ocorrência de chuvas suficientes para a manutenção hídrica do jardim, um sensor conectado

ao sistema impedirá o funcionamento da irrigação para as áreas descobertas.

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Os horários determinados para a irrigação deverão ser os de temperatura mais amena, quando as

plantas estão mais aptas a captar água e ocorre menor perda por evapotranspiração.

Os setores serão controlados por válvulas solenoides instalados na casa de bombas junto às

ramificações de forma a acionarem o sistema de automação nos horários e períodos pré-

programados.

A irrigação mais eficiente para os jardins é por gotejamento que, além de economizar água,

previne doenças causadas pelo excesso de umidade.

14.4.1 O Sistema

O Sistema Irrigação foi dimensionado com uma linha de distribuição principal nos diâmetros de

50mm em PVC soldável linha predial, partindo das bombas, sendo elaborado 3 (três) ramificações

no qual serão responsáveis pela setorização definida em projeto.

Nas áreas de jardim, a tubulação da linha de distribuição principal deverá ser instalada a uma

profundidade de 30 cm e nas linhas secundárias de gotejamento, deverão ser definidos em

conjunto com o projeto de paisagismo a profundidade compatível com a vegetação adotada em

cada setor.

Nas linhas dos tubos gotejadores serão instaladas válvulas ventosas eliminadora de ar com dupla

função, evitando que bolhas de ar que se acumulam nas linhas possam prejudicar seu

funcionamento, e principalmente evitando a ocorrência de pressões negativas cause a entrada de

partículas do solo no tubo gotejador, e como consequência o entupimento dos emissores.

A linha de distribuição principal prevê pressurização por 1 (um) conjunto motobomba com

capacidade para 2,5m³/h e altura manométrica de 10,0mca a serem instalados na casa de

bombas enterrada. Para acionamento e proteção dos conjuntos motobomba será instalado um

quadro elétrico que entre outras características terá a possibilidade de comutação automática

entre as bombas alternando-as a cada ciclo de irrigação.

No recalque da linha de distribuição o sistema contará com um filtro de tela de 1.1/2” de modo a

preservar a qualidade de água distribuída aos emissores, prevenindo entupimentos que possam

prejudicar a efetiva aplicação de água. Junto a este filtro será instalada uma válvula solenoide de

1.1/2” que operará automaticamente a retro lavagem do filtro a cada ciclo de irrigação.

Todo o Sistema será comandado por um Controlador Eletrônico, instalado próximo aos conjuntos

moto bomba, que permitirá uma gama de programações adaptáveis às necessidades que se

apresentarem frente às condições climáticas, característica dos emissores, paisagismo escolhido

e disponibilidade hídrica dos reservatórios.

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77

Na ocorrência de chuvas suficientes para a manutenção hídrica do jardim, um sensor de chuva

conectado ao Sistema impedirá o funcionamento da irrigação. O Sensor de chuva pode ser

regulado para inibir o Sistema quando ocorrer determinada lâmina de chuva. Para as condições

locais sugerimos a regulagem em 5 mm de chuva para que ocorra o cancelamento da irrigação.

Esta lâmina corresponde a evapotranspiração de referência da região.

Todas as tubulações (hidráulica e elétrica) a serem instaladas na casa de bombas e ao longo do

trajeto entre as bombas e o jardim, deverão estar fixadas a cada metro com abraçadeiras tipo “D”,

sustentadas por tirante, e devidamente pintadas e identificadas por etiquetas e/ou anilhas.

14.4.2 Condições Específicas

A implantação de um Sistema de Irrigação automatizado possibilita o uso racional da água

aplicada nas áreas de jardim e viabiliza o melhor desenvolvimento das espécies vegetais.

A eficiência de um sistema de irrigação depende da elaboração de um projeto que estabeleça

alguns critérios como:

- Especificar equipamentos que atendam às necessidades hídricas das espécies vegetais

definidas no Paisagismo. Para essa especificação deve-se considerar:

- Características fisiológicas das plantas;

- Distribuição de plantio;

- Substrato utilizado;

- Características climáticas do local; tais como incidência e intensidade de chuva e vento;

- Formato das áreas de plantio – A escolha correta dos emissores de água do Sistema de

Irrigação depende em grande parte das dimensões e recortes das áreas de jardim;

- Definir mecanismos que minimizem a necessidade de manutenções periódicas do sistema de

Irrigação, com implantação de sistema de limpeza automática dos filtros, preservando suas

melhores condições de funcionamento;

- Objetivar a durabilidade e funcionalidade do Sistema, utilizando equipamentos de melhor

qualidade, operação e eficiência na aplicação da água.

14.4.3 Cálculo do volume reservado

O consumo de água para irrigação foi baseado em literatura vigente, sendo considerado um

volume por m² de área irrigável conforme apresentado nas tabelas a seguir:

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78

DESCRIÇÃO

/ SETOR

ÁREA

(m²)

CONSUMO

LITRO / m²

CONSUMO

DIÁRIO

(LITROS)

TEMPO

DE

REGA

(h /

Dia)

VAZÃO

(m³/h)

VAZÃO

(L/s)

DIAMETRO

RAMAL

(mm)

VELOCIDADE

(m/s)

SETOR-1 318 2,5 795,00 2,00 0,40 0,11 25 0,22

TOTAL-2 465,1 2,5 1.162,75 2,00 0,58 0,16 20 0,51

TOTAL-3 1010 2,5 2.525,00 2,00 1,26 0,35 25 0,71

CONSUMO TOTAL (m³/DIA) 4,5

IRRIGAÇÕES / SEMANA 3,0

CONSUMO TOTAL (m³/MÊS) 53,8

Tabela 9: Estimativa de consumo irrigação

14.5 ESPECIFICAÇÕES DOS SERVIÇOS DE INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS

14.5.1 Condições gerais

As instalações de irrigação serão executadas rigorosamente de acordo com os respectivos

projetos e especificações a seguir, bem como as prescrições das normas da ABNT, pertinentes.

As tubulações de PVC, neste caso, deverão ser envolvidas por areia, e a compactação das valas

deve ser manual em camadas sucessivas de 15 cm até a altura de 30 cm acima dos tubos.

Devem ser levadas em consideração as normas técnicas específicas da ABNT sob número NB

19, NB 92 e NB 128 ou outras normas mais atualizadas.

Os trechos horizontais das tubulações de água fria deverão ter declividade mínima de 0,5% no

sentido do fluxo da água.

Os tubos deverão ser cortados sempre em seção reta e rosqueada somente a porção que ficará

dentro das luvas. As roscas deverão ser feitas de modo a permitir perfeita vedação.

Os tubos em nenhum caso poderão ser curvados, e sim montados com curvas e joelhos.

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As canalizações de água não poderão passar dentro de fossas, sumidouros, caixas de inspeção,

etc., e nem serem assentadas em valetas de canalização de esgoto, passando em nível superior a

esta.

Não será admitida a passagem de tubulação de esgoto dentro de reservatório de água para

irrigação.

Durante a construção e até a montagem dos aparelhos todas as extremidades livres das

tubulações serão invariavelmente vedadas com bujões rosqueados não sendo admitido o uso de

buchas de madeira ou papel para tal fim.

Todas as tubulações de distribuição de água antes do fechamento dos rasgos das alvenarias ou

de seu envolvimento por capas de argamassa e isolamento ou ainda do fechamento das valas,

submetidas a prova de pressão interna.

Quando abaixo do nível do solo as canalizações deverão ser instaladas em canaletas

inspecionáveis e providas de registros de descarga para limpeza.

Todas as canalizações, depois de instaladas, serão submetidas a provas de pressão interna,

antes de serem isoladas ou eventualmente revestidas, conforme NBR-7198.

14.6 MATERIAIS PARA INSTALAÇÕES DE IRRIGAÇÃO

Os materiais a serem empregados adiante especificados, foram escolhidos de maneira que

satisfaçam os padrões aconselhados pela técnica moderna, dentro do tipo de instalação em

questão.

Em caso de dúvidas ou omissões, serão empregados materiais de boa qualidade de forma que a

instalação em conjunto obedeça ao que prescreve as Normas Brasileiras, Normas Internacionais e

os regulamentos das Cias e Concessionárias.

As procedências dos materiais e equipamentos aqui definidos são diretamente relacionados com

as especificações técnicas envolvidas, não sendo permitidas em hipótese alguma alterações

dessas procedências, salvo quando plenamente justificadas conforme os critérios estabelecidos

neste CADERNO TÉCNICO.

Mais de uma marca ou fabricantes aqui especificados, não significa que a Contratada possa

deliberadamente instalar materiais ou equipamentos de mesmo tipo de fabricantes diferentes.

Todos os materiais relacionados nas planilhas que contiverem fabricante e modelo ou tipo são

referências para aquisição, podendo ser utilizados materiais de outro fabricante, porém que sejam

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equivalentes ou superiores aos de referência, com relação às características e normas

construtivas, normas de fabricação e aos testes de operação e de desempenho.

É necessário que haja uma padronização de fabricantes, submetendo uma lista prévia de

procedências à Contratada, com risco de vir a serem exigidas posteriormente as respectivas

substituições.

14.6.1 Tubos e conexões

- Tubos e conexões de PVC rígido da linha soldável, fabricados em conformidade com a norma

ABNT NBR 5648:1999 (tubos e conexões de PVC para sistemas prediais de água fria), nos

diâmetros externos de 20mm a 32mm.

14.6.2 Acessórios

- Registros de pressão e de gaveta, com acabamento cromado, fabricação Fabrimar, Deca,

Docol;

- Equipamentos de irrigação, tubos gotejadores, aspersores, válvulas e demais componentes,

RainBird.

14.6.3 Ferragens, fixações e acessórios metálicos de uso aparente

Todos os materiais a serem fornecidos e instalados deverão possuir tratamento antioxidante por

processo de galvanização a fogo.

Caso os mesmos sejam de instalação interna em ambientes secos serão permitidos materiais com

galvanização eletrolítica.

Caso estes venham a sofrer furações, cortes, dobras ou quaisquer danos à camada de proteção,

os mesmos deverão ser submetidos a tratamento local, com pintura de fundo anticorrosivo e

pintura de acabamento ou galvanização a frio.

14.7 TUBULAÇÕES

14.7.1 Tubulações aparentes

Antes da montagem, todos os tubos e conexões serão inspecionados verificando se estão

perfeitamente limpos, isentos de poeiras e elementos estranhos.

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Toda tubulação deverá ser instalada no mais perfeito alinhamento e de forma correta do ponto de

vista mecânico. Todas as linhas verticais deverão estar no prumo e as horizontais correrão

paralelas às paredes do prédio.

Evitar, sempre que possível, tubulações sobre equipamentos elétricos

14.7.2 Tubulações de PVC Soldável

Para a execução das juntas soldadas de canalização de PVC rígido: limpar a bolsa da conexão e

a ponta do tubo e retirar o brilho das superfícies a ser soldadas como auxílio de lixa adequada;

limpar as superfícies lixadas com solução limpadora apropriada; distribuir adequadamente em

quantidade uniforme, com um pincel ou com a própria bisnaga o adesivo nas superfícies a serem

soldadas. Encaixar as extremidades e remover o excesso de adesivo.

14.7.3 Proteção de Tubulações Enterradas

As tubulações enterradas receberão proteção externa contra a corrosão. As superfícies metálicas

estarão completamente limpas para receber a aplicação da pintura. O sistema de proteção será

de acordo com o projeto.

Recobrimento

Antes do recobrimento das tubulações embutidas e enterradas, serão executados testes visando

detectar eventuais vazamentos.

14.8 PINTURA DE EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES

14.8.1 INTRODUÇÃO

Esta especificação tem por finalidade estabelecer os requisitos técnicos a serem observados no

preparo de superfícies, materiais e aplicação de pintura para pintura geral das instalações

elétricas e hidráulicas prediais.

Em resumo essa especificação cobre os serviços de pintura de bombas, equipamentos

mecânicos, tubulações, suportes, estruturas metálicas, acessórios tais como válvulas, conexões,

hidrantes etc.

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14.8.2 REQUISITOS GERAIS

Todos os requisitos dos padrões de pintura deverão ser obedecidos de acordo com esta

especificação.

Todos os serviços de pintura a serem feitos nas instalações executadas pela Empreiteira serão de

sua completa responsabilidade, exceto se claramente indicada em contrário.

Todas as pinturas de acabamento deverão ser do tipo compatível com as tintas de base. Será de

responsabilidade da Empreiteira o uso de tinta de fundo e de acabamento compatíveis entre si.

Alguns equipamentos como bombas, poderão ser fornecidos com “Primer”, resistente ao calor e

corrosão.

A Empreiteira deverá certificar-se que as tintas de acabamento empregado serão compatíveis

com as originalmente aplicadas.

Não deverão ser pintados números seriais de equipamentos, placas de identificação, plaquetas de

marcação, haste de válvulas, etc. Estes itens deverão ser adequadamente protegidos durante o

serviço de pintura.

Cores não totalmente definidas nesta especificação deverão ser decididas em comum acordo com

a Contratante, através do seu representante na obra.

14.8.3 TINTAS

As tintas a serem utilizadas deverão ser de fabricantes devidamente aprovados pela Contratante.

Todas as tintas deverão ser despachadas para a obra em seus recipientes originais, que deverão

ser claramente marcados e etiquetados com indicação do fabricante, data de limite de utilização,

designação do produto, capacidade líquida, limite de temperatura e umidade durante a estocagem

etc.

As tintas de fundo e de acabamento deverão ser compradas do mesmo fabricante.

Todos os materiais deverão ser colocados na obra em quantidades suficiente para que não

ocorram atrasos nos trabalhos.

14.8.4 PREPARO DAS SUPERFÍCIES

Toda a superfície a ser pintada deverá ser completamente seca, livre de qualquer tipo de sujeira,

óleo, graxa, respingos de solda, focos de ferrugem, carepas de laminação etc.

A preparação das superfícies a serem pintadas deverá estar de acordo com as especificações do

“Steel Structures Painting Council”.

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SSPC - SP1 - Solvente de Limpeza

SSPC - SP2 - Ferramenta Normal de Limpeza

SSPC - SP3 - Ferramenta Elétrica de Limpeza

SSPC - SP6 - Limpeza Comercial com Jato de Areia.

As superfícies limpas devem ser pintadas no máximo 6 (seis) horas depois de efetuada a

limpeza.

14.8.5 APLICAÇÃO

Para a aplicação de tinta, deverão ser observados com rigor os seguintes fatores:

- Umidade relativa do ar,

- Temperatura ambiente,

- Intervalo de tempo entre aplicações das demãos etc.

A quantidade e espessura de cada demão são de exclusiva responsabilidade da Empreiteira, que

garantirá o serviço. Deverão ser aplicadas no máximo três demãos, sendo uma “Primer” e duas de

acabamento com espessura mínima de 64 microns por demão.

A tinta de fundo “Primer” deverá estar em condição de ser submetida à prova de toques após duas

horas de aplicação e seca para receber a demão de acabamento após doze horas.

A tinta de acabamento deverá estar em condições de ser submetida à prova de toque após ter

decorrido uma hora de sua aplicação e suficientemente seca para receber a demão subsequente

após três horas.

A viscosidade da tinta deverá ser compatível para aplicação a revolver e trincha ser adição de

solvente em qualquer posição.

As tubulações galvanizadas receberão como “Primer” o cromato de zinco.

Todo o pessoal da Empreiteira envolvido em manuseio e aplicação de tintas, solventes e demais

serviços de pintura deverá seguir as normas rígidas de segurança de modo a evitar acidentes,

danos físicos e de materiais.

14.8.6 IDENTIFICAÇÃO DE TUBULAÇÃO

Todos os trechos aparentes de tubulação deverão ser pintados conforme indica a norma NBR

6493 da ABNT “Emprego de Cores Fundamentais para Tubulações”, de acordo com sua

finalidade, a saber:

- Tubulação de Água Fria - cor verde claro.

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14.9 OBSERVAÇÕES GERAIS

Todos os serviços serão executados em estrita concordância com as normas aplicáveis, utilizando

ferramentas e métodos adequados, obedecendo às instalações do projeto e procedimentos de

execução apresentados no caderno de encargos.

14.9.1 COMISSIONAMENTO

Os testes de aceitação e comissionamento dos sistemas implantados deverão ser estruturados,

planejados e realizados, visando:

- Comprovar que cada unidade, equipamento e sistema funcionem de acordo com a Especificação

Técnica;

- Permitir a avaliação do desempenho das unidades e equipamentos, bem como do sistema como

um todo;

- Comprovar a inexistência de falhas de implementação e de funcionamento que possam diminuir

o desempenho especificado;

- Complementar a documentação fornecida com informações mais realistas do comportamento do

fornecimento;

- Comprovar que os serviços, instalações e sistemas foram desenvolvidos e implantados seguindo

orientações da normalização técnica vigente, bem como todas as determinações das legislações

trabalhistas e de segurança.

A preparação, realização e análise dos resultados de execução dos testes de aceitação do

sistema como um todo deverão obedecer ao seguinte:

- A CONTRATADA deverá executar o comissionamento do sistema, efetuando todas as

verificações necessárias, utilizando pessoas adequadamente treinadas e qualificadas.

- A CONTRATADA deverá apresentar ao CONTRATANTE, para sua aprovação, os cadernos de

testes e o planejamento de comissionamento dos sistemas no mínimo 30 dias antes da data

prevista no Cronograma para estes testes e comissionamentos.

- Elementos defeituosos, que não atinjam a qualidade necessária, tanto individualmente como

incorporados ao sistema, deverão ser trocados.

As atividades de comissionamento e testes deverão ser realizadas sob supervisão e

responsabilidade técnica de profissional habilitado e qualificado, sendo necessário apresentar

anotações de responsabilidade técnica registradas no CREA/CAU para essa atividade. O

responsável técnico pelo comissionamento e testes não poderá ser o mesmo responsável pela

execução e montagem das instalações e sistemas. Essas atividades deverão ser realizadas por

profissionais distintos.

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Os relatórios finais de testes e comissionamento deverão ser entregues ao cliente em 2 vias

(original e cópia) encadernados e em mídia digital, acompanhados da respectiva anotação de

responsabilidade técnica por essas atividades. Todos os documentos impressos deverão possuir

assinatura do profissional responsável técnico.

14.9.2 PROJETO AS BUILT (Como Construído)

A CONTRATADA deverá apresentar, antes do aceite definitivo dos serviços, os Projetos “As built”

(Como Construído) de todas as instalações prediais.

Ao término da produção e após a entrega da obra, o Projeto de “As Built” deverá representar

fielmente o objeto e as instalações construídas, com registros das alterações verificadas durante a

execução. As alterações dos projetos que implicam em novos dimensionamentos serão tratadas,

exclusivamente, pelos respectivos projetistas responsáveis pelos projetos executivos, devendo o

Projeto de “As Built” ser elaborado a partir destes projetos alterados. O Projeto de “As Built” será

executado a partir dos projetos executivos apresentados

Os projetos “as built” deverão ser assinados pelo RT (responsável técnico) pela execução das

obras e das instalações. No selo dos projetos “as built” deverão constar o nome completo,

identificação do número de registro no CREA/CAU desse profissional, bem como sua assinatura.

Os projetos deverão ser elaborados de acordo com a norma NBR 14645-3 – Elaboração do

“Como Construído” (As Built) para edificação.

Esses documentos deverão ser entregues ao cliente em 2 vias (original e cópia) encadernados e

em mídia digital. O documento deverá compreender os seguintes volumes:

a) Relatório descritivo – texto informativo, constando todas as alterações encontradas no projeto

executado em relação ao projeto básico/ executivo licitado para execução da edificação.

b) Projeto Executivo AS BUILT COMPLETO DA EDIFICAÇÃO – representação gráfica, constando

todas as alterações encontradas no projeto executado em relação ao projeto básico/executivo

licitado para execução da edificação. (em formato digital DWG e plotadas em formato A1 ou A0), e

Memorial Descritivo com os elementos construtivos da edificação.

Deverão constar nos documentos emitidos, além dos nomes dos responsáveis técnicos do Projeto

“As built”, o nome e número do CREA dos engenheiros responsáveis pelas montagens das

instalações.

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14.9.3 MANUAIS DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO

A CONTRATADA deverá apresentar, antes do aceite definitivo dos serviços, os Cadernos de

Operação e Manutenção das instalações e dos sistemas. Esses cadernos deverão ser entregues

ao cliente em 2 vias (original e cópia) encadernados e em mídia digital. O documento deverá

conter no mínimo o seguinte:

- Manuais de instruções de instalação e manutenção de todos os sistemas, equipamentos e

componentes;

- Catálogos, diagramas, e desenhos ou cortes, com dados de fabricação e modelo dos

componentes instalados;

- Rotinas e periodicidade de manutenção preventiva de todos os equipamentos e sistemas

instalados;

- Procedimentos para operações em situações não rotineiras, como contingências, emergências e

outras ocorrências;

- Manuais de instruções de operações de todos os sistemas instalados;

- Descrição dos riscos aos operadores e usuários dos sistemas e equipamentos;

- Diagramas funcionais e unifilares resumidos da instalação nos ambientes técnicos e nos pontos

de operação e manutenção;

- Instruções e diagramas de montagem dos equipamentos e peças;

- Instruções detalhadas para recolocação do sistema em operação, em caso de interrupções

programadas, contingenciais ou emergenciais;

- Lista descrevendo e quantificando os itens sobressalentes que devem ser mantidos em estoque

no empreendimento;

-Descrição das ferramentas e aparelhos adequados, necessários para a operação e manutenção

dos sistemas;

- Mapeamento dos riscos operacionais da instalação;

- Descrição da tensão elétrica adequada para operação dos equipamentos quando for o caso;

- Descrição das pressões máximas e mínimas admissíveis para as redes de abastecimento de

fluidos dos diversos equipamentos, quando for o caso, bem como das características dos

efluentes gerados.

Estes manuais devem incluir todos os dados, informações, desenhos, etc., para o sistema,

subsistema e todos os componentes. Devem também incluir os nomes, endereços e telefones dos

fornecedores mais importantes de equipamentos e serviços.

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Toda a documentação técnica e manuais a serem fornecidos pelo contratado deverão ser

apresentadas em língua portuguesa ou acompanhadas de tradução se for o caso.

14.9.4 TREINAMENTO DAS EQUIPES DE OPERAÇÃO DOS SISTEMAS

A Contratada deverá apresentar um programa detalhado para o treinamento da(s) equipe(s) de

operação dos sistemas, a ser contratado pelo cliente, objetivando a plena competência técnica e

autônoma em operação e manutenção.

O programa deverá conter no mínimo o seguinte:

- Fornecimento de manuais de treinamento para operação, manutenção, software, hardware

(Quando for o caso) e demais equipamentos que compõe o sistema implantado no

empreendimento. Esses manuais deverão ter a aprovação prévia do Contratante.

- Deverá obedecer a duas fases distintas: uma teórica onde serão sanadas dúvidas quanto à parte

técnica dos equipamentos e interpretação dos manuais e outra prática para assimilação dos

procedimentos de operação e manutenção dos equipamentos e softwares que compõem o

sistema.

- Operação de todos os equipamentos, incluindo os procedimentos de limpeza, rotinas de

reconfiguração, etc.

- Os equipamentos a serem utilizados durante os treinamentos práticos deverão ser similares aos

que serão fornecidos.

- Registros de treinamento e qualificação dos operadores do sistema.

O cronograma dos cursos deverá ser proposto de maneira a assegurar o término dos

treinamentos em tempo hábil e anterior aos testes de aceitação do Sistema.

Devem ser fornecidos na proposta os detalhes dos cursos a serem ministrados, a título de

Treinamento. Para cada curso, devem ser fornecidos detalhes como local de realização, pré-

requisitos dos alunos e cronograma completo do Treinamento previsto.

Todos os custos relativos aos cursos, inclusive aqueles decorrentes de viagens e diárias das

equipes, devem correr por conta da CONTRATADA.

O Contratante se reserva o direito de determinar alterações ou modificações no programa de

treinamento proposto, assim como sua aquisição em todo ou em parte.

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14.9.5 GARANTIAS E MANUAIS

Todos os componentes, sistemas, serviços e o conjunto completo de equipamentos fornecidos e

instalados deverão ser garantidos pela CONTRATADA durante o prazo mínimo de 5 (cinco) anos,

a partir da data de recebimento e aceitação definitiva da instalação.

Durante este período, a CONTRATADA deverá prever e realizar verificações mensais, trimestrais,

semestrais ou anuais (deverá ser acordado junto ao cliente a periodicidade do acompanhamento,

conforme recomendações dos fabricantes de cada sistema ou equipamento) de conformidade dos

sistemas implantados. Esta medida visa garantir o perfeito funcionamento dos produtos instalados

no empreendimento e das sinalizações para troca ou reparo dos eventuais equipamentos em

defeito ou em final de vida útil.

A CONTRATADA deverá apresentar, antes do aceite definitivo dos serviços e sistemas, os

cadernos de operação e manutenção e manuais técnicos (garantias originais). Esses cadernos

serão entregues ao cliente em 2 vias (original e cópia) encadernados e em mídia digital. O pacote

deverá conter no mínimo o seguinte:

- Manuais de instruções, manutenção e catálogos dos sistemas, equipamentos e componentes;

- Certificados de ensaio de tipo de equipamentos fornecidos;

- Registros de comissionamento e testes de todos os sistemas e equipamentos;

- Registros de treinamento e qualificação dos operadores do sistema a serem determinados pelo

CONTRATANTE;

- Manuais de instruções de operações de todos os sistemas instalados;

- Certificado de garantia dos equipamentos fornecidos pelos fabricantes dos diversos

componentes e sistemas, por período igual ou superior a 05 anos.

A garantia a ser fornecida não deverá se limitar apenas aos equipamentos. Deverá incluir os

serviços de configuração, parametrização, recolocação em operação e manutenção de todos os

sistemas e produtos instalados. Durante o período de vigência da garantia não serão aceitas

interrupções no funcionamento dos sistemas instalados, nem mesmo desconfigurações ou

funcionamentos inadequados.

Caso os fabricantes dos diversos sistemas e equipamentos a serem instalados exijam o uso de

mão de obra credenciada ou certificada para fornecimento das garantias exigidas, os custos e

responsabilidades para fornecimento dessa mão de obra serão responsabilidades da

CONTRATADA.

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14.9.6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Desde que atenda às premissas técnicas de projeto e as aqui especificadas, promovendo o

perfeito funcionamento do sistema, a contratada poderá optar por outros fabricantes dos

equipamentos que comporão o sistema de irrigação.

15 PROJETO LUMINOTÉCNICO E PÚBLICO

15.1 Introdução

A utilização de equipamentos eficientes pode reduzir os gastos do município com o consumo de

energia elétrica e com a manutenção do sistema de iluminação pública, melhorando, assim, o seu

desempenho. A eficiência de um sistema de iluminação pública depende de todos os seus

componentes, principalmente, lâmpadas/reatores e/ou luminárias.Atualmente as tecnologias de

iluminação com uso de lâmpadas de descarga a alta pressão vêm sendo paulatinamente

substituídas por luminárias LED.

Projetar um sistema de iluminação pública eficiente significa satisfazer diversos critérios

quantitativos e qualitativos para atender às necessidades visuais dos seus usuários, utilizando, de

forma adequada, as tecnologias disponíveis no mercado.

No Brasil, a principal norma relacionada a projetos de iluminação Pública é a NBR 5101:2018 –

Iluminação Pública – Procedimento. Os parâmetros de qualidade para vias de tráfego motorizado

adotados pela NBR 5101 são níveis e fatores de uniformidade de iluminâncias, para os quais são

estabelecidos valores médios mínimos, de acordo com a classificação da via pública, segundo sua

importância, tipo e volume de tráfego de veículos.

15.2 Abrangência do projeto

O projeto luminotécnico abrangeu as áreas comuns e específicas (casas de máquinas, WCs,

Serviços, etc.) das três praças: Praça Cívica, Praça Festa e Praça da Paz.

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15.3 Principais objetivos do projeto

O projeto teve como objetivo instalar uma rede de iluminação pública ornamental nas praças

citadas anteriormente, com a utilização de luminárias LED, propiciando uma melhoria da

qualidade de vidas para os moradores e usuários daquele espaço.

15.4 O projeto luminotécnico das áreas externas

Para iluminação geral das áreas externas foram utilizadas luminárias ornamentais de última

geração, com módulo de LED e driver integrados, com temperatura de cor de 4.000 K, instaladas

em postes de aço de 4,5 metros padrão CEMIG. Procurou-se com essa iluminação destacar

pontos de interesse como caminhos, bancos, acessos, áreas jardinadas, mantendo um equilíbrio

entre luz e sombras.

Para dar destaque a áreas especiais como palco, arquibancadas, playground e quadras foram

utilizados projetores LED montados em postes de 11,5 metros. Essa solução busca iluminar de

forma adequada as áreas especiais e evitar problemas como vandalismo.

Para embelezar ainda mais as praças durante o período noturno, foram projetados projetores de

embutir no piso com o objetivo de se iluminar as copas das árvores de grande porte.

Um tratamento luminotécnico especial foi dado a arrojada estrutura de açocorten, que

homenageia a cidade e sua vocação industrial e aos mastrospara as bandeiras.

15.5 O projeto luminotécnico para as áreas internas

Para as áreas internas foram utilizadas luminárias LED de sobrepor, com módulo e drivers

integrados e temperatura de cor de 4000 K. As luminárias foram dimensionadas para propiciarem

o correto índice de iluminância para cada um dos espaços.

Para as luminárias a serem instadas em nicho sob o Mirante foi também projetada a utilização de

uma grade de proteção e ante vandalismo.

15.6 Dimensionamento luminotécnico

Para dimensionamento do quantitativo de luminárias e projetores, foi utilizado o programa DIALux

Evo e as curvas fotométricas digitais das luminárias selecionadas.

Os cálculos luminotécnicos levaram em consideração toda a vegetação existente, bem como os

requisitos da NBR 5.101.

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16 PROJETO DE PAISAGISMO

O paisagismo da Praça Boulevard Contagem, conta com uma área verde de

aproximadamente 2003 m². Foram sugeridas espécies nativas e exóticas definidas pelo valor

ornamental, porte, formação de maciços, variação de cores, aromas e facilidade de manutenção.

Conforme projeto, conta-se um total de 6.638 novas mudas dos quais 46 são árvores e palmeiras,

913 arbustos 5.725 forrações, e também 1.753m² de grama, divididas em 18 espécies, a serem

implantadas no jardim.

Foram utilizados espécies de forrações e arbustos de baixa manutenção e adequadas ao

paisagismo público. Variadas espécies arbóreas nativas e frutíferas foram especificadas para

compor o paisagismo e contribuir nos aspectos ambientais, proporcionando sombra, florações

diferenciadas, frutos que serão atrativos para avifauna local.

Para a arborização urbana foram utilizadas nove espécies de pequeno e médio porte

totalizando 145 mudas implantadas.

Além das espécies suprimidas necessárias ao projeto Arquitetônico, foi sugerida a supressão

de 30 indivíduos arbóreos exóticos da espécie Casuarina equisetifolia, localizadas na praça da

“Paz”. A sugestão de supressão se deve pelo fato dos indivíduos se apresentarem de forma pouco

expressiva no jardim e com pouca importância ambiental na região, não proporcionam sombra,

pois apresentam copas pouco densas. Serão substituídas por espécies nativas como Ipês,

Quaresmeiras, Manacás e Jacarandás que contribuem ambientalmente, trazendo benefícios

ecológicos e estéticos.

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A execução das obras deverá obedecer integralmente ao projeto, bem como às

recomendações da presente especificação de serviços. Toda e qualquer modificação que

porventura venha a ser necessária, não poderá ser feita sem a prévia consulta ao autor do projeto

e sua autorização.

16.1 PROCEDIMENTOS INICIAIS PARA EXECUÇÃO DE JARDIM

Consultar os projetos de hidráulica, drenagem, elétrica ou outras infraestruturas previstas e

existentes nas áreas a serem ajardinadas que possam interferir na execução dos serviços.

Verificar se as áreas a serem ajardinadas encontram-se limpas e livres de entulhos ou outros

materiais e desobstruídas de obstáculos que possam atrapalhar a execução dos serviços.

Caso contrário, acionar o responsável pela obra para negociar a execução desse serviço.

Realizar capina para retirada de plantas daninhas que eventualmente possam estar presentes

na área.

Revolver o solo para o rompimento da camada superficial compactada. Eliminação de torrões

e retirada de raízes, rizomas ou outros propágulos de plantas daninhas através do uso de

rastelo.

Executar a abertura de covas para o plantio de palmeiras, árvores e arbustos no formato cubo

não circular, nas dimensões mínimas conforme descrito abaixo:

Palmeiras e árvores muda médio (h. entre 1,50 a 2,0): 60x60x60 cm;

Arbustos com mudas de médio porte: 40x40x40 cm;

Nunca testar o tamanho da cova utilizando muda com o torrão nu, desprovido da proteção do

recipiente.

16.2 PROCEDIMENTOS PARA PLANTIO DE ÁRVORES (conforme DN 69/10, do

COMAM):

A muda destinada ao plantio (calçada) deve apresentar as seguintes características:

Bom estado fitossanitário;

Boa formação, com fuste único e sem tronco recurvado e ramificações baixas;

Copa com pelo menos três ramificações bem distribuídas e bem inseridas no tronco;

Raízes acondicionadas em vasilhame adequado, com volume de no mínimo 60 litros e que

garanta o transporte da muda sem destorroamento;

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Ausência de sinais de estiolamento.

Todo o material oriundo da abertura da cova deverá ser preparado para que parte dele possa ser

reutilizado mediante a eliminação de todo o material inadequado como,

cascalho e entulhos diversos porventura existentes, e a inclusão de pelo menos 25 (vinte e cinco)

kg de substrato agrícola comercial. Preferencialmente, em cada cova, deverá ser acrescido ao

restante do material retirado da cova:

300g de Termofosfato;

200g de calcário dolomítico;

100g de FTEBR12 ou similar.

É recomendável a execução de “bacia de proteção” (consiste em elevar a terra 5 à 10 Cm, para

conter a água de irrigação.

Toda a área superficial da cova deve permanecer permeável, devendo o torrão da muda ser

posicionado, sem embalagem, no centro da mesma de forma a coincidir a região do colo do

planta com o nível final. É recomendável a execução de “bacia de proteção” (cons iste em elevar a

terra 5 à 10 cm, para conter a água de irrigação.

Para os plantios efetuados em áreas pavimentadas, os anéis delimitadores e estruturadores das

respectivas covas deverão apresentar suas faces superiores niveladas em relação ao piso

existente ao seu redor, permitindo e facilitando o escoamento de água em direção às raízes das

árvores.

Visando garantir crescimento retilíneo e proteção à muda, deverá ser feito uso de tutoramento,

conforme critérios técnicos definidos pela SMMA. O amarrio da muda com tutor deve ser feito em

8 de forma a não permitir o contato direto entre o tronco e o tutor. Cuidado para que o tutor não

seja instalado dentro do torrão da muda. Caso isso aconteça, irá danificar as raízes.

No caso de plantio realizado fora de período chuvoso, a muda deverá ser irrigada pelo menos tres

vezes por semana durante um período mínimo de 120 (cento e vinte) dias.

As mudas de árvores deverão ser tutoradas conforme o esquema ilustrativo abaixo, utilizando o

amarrio em forma de 8:

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94

16.3 PROCEDIMENTOS PARA PLANTIO DE ARBUSTOS:

Todas as mudas devem ser plantadas o mais rapidamente possível, sem sofrer a ação

direta do sol, vento ou calor. Não é tolerável a permanência das mudas no local da obra

sem plantio;

As mudas utilizadas devem apresentar o padrão de qualidade descritos no ANEXO 1;

Retirar as mudas do envasamento com cuidado para evitar que o torrão se quebre e que

as raízes sejam danificadas;

As mudas devem ser colocadas sobre uma pequena porção de terra de preenchimento, a

seguir, a cova deverá ser completada;

O colo da muda (região entre o caule e as raízes) deverá ficar em concordância com a

superfície do terreno;

Regar abundantemente durante todo o processo de plantio até formar lama desde o fundo

da cova.

16.4 PROCEDIMENTO PARA O PLANTIO DE GRAMA ZOYZLA JAPÔNICA

(GRAMA ESMERALDA):

-As espécies de grama utilizadas devem apresentar o padrão de qualidade descrito no ANEXO

1;

1- Capina manual do terreno;

2- Remoção do entulho;

3- Escarificação do solo a 20cm de profundidade;

4- Remoção do entulho;

5- Nivelamento do terreno;

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6- Regularização do terreno;

7- Colocação de Terra somente nas áreas baixas para regularização do terreno;

8- Colocação de adubos e insumos nas quantidades especificadas abaixo;

9- Incorporação de adubos e insumos a 20 cm de profundidade;

10- Regularização do terreno;

11- Compactação leve do terreno;

12- Plantio da grama esmeralda;

13- Remoção do entulho.

16.5 DETALHAMENTO DOS SERVIÇOS:

1) Capina:

Deverá ser feita uma capina manual no terreno retirando todas as ervas daninhas. As espécies deverão ser retiradas com o sistema radicular.

2) Remoção do entulho:

Todo entulho deverá ser retirado e levado para o aterro sanitário ou local determinado pela fiscalização.

3) Escarificação do solo:

O terreno deverá ser escarificado (“fofado”) à 20 Cm de profundidade descompactando o solo, propiciando, assim, o desenvolvimento do sistema radicular das espécies vegetais.A escarificação deverá ser feita em toda a área, independente do volume de terra a ser colocado para o nivelamento do terreno.

4) Remoção do entulho:

Todo entulho ( resto de asfalto, pedras, restos de concretos, etc.), proveniente da escarificação do solo também deverá ser removido.

5) Nivelamento do terreno:

Todo o terreno deve ser nivelado de 3 cm á 4 cm abaixo do meio fio existente.

6) Regularização do terreno:

Todo o terreno deverá ser regularizado obedecendo o nivelamento acima e toda a terra acertada. Este item deverá ser cumprido para que a colocação dos insumos e adubos seja feita de forma homogênea.

7) Colocação de terra:

Nos locais onde o nível do terreno estiver baixo, deverá ser colocado terra (a terra deverá ser do próprio terreno; caso não seja possível deverá ser usada terra vegetal) para atingir o nivelamento desejado. Esta medida facilita a distribuição dos insumos e adubos de forma homogênea.

8) Colocação de Insumos e Adubos:

As seguintes quantidades de insumos e adubos serão colocadas:

. Termofosfato -----------------------------------100g/m2

. Calcário dolomítico--------------------------- 50g/m2

. N-P-K 08-14-08------------------------------- 50g/m²

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Entre 30 a 45 dias após o plantio do gramado a grama deverá ser cortada e colocado com adubadeira ou manualmente 50g/m² de N-P-K 20-05-20 ; após 21 dias fazer a correção na adubação (colocar adubo nos locais amarelados; onde não caiu adubo).

Todos os insumos e adubos acima deverão ser colocados e as quantidades verificadas pela fiscalização.

Somente será aceito, para efeito de medição, a colocação dos produtos com acompanhamento e verificação da fiscalização.

9) Incorporação dos insumos e adubos:

Esta incorporação deverá ser feita a 20 cm de profundidade, devendo ser bem misturado para que todos os produtos estejam na área de desenvolvimento radicular das espécies vegetais.

10-11) Regularização e Compactação leve do solo:

Deverá ser feita nova regularização do solo com posterior compactação leve, principalmente nas áreas onde houve maior colocação de terra vegetal para nivelamento.

Para execução da compactação, como sugestão, poderá ser utilizado um rolo manual ou “soquete” com um “pranchão” na ponta.

Esta etapa deverá ser bem executada, para evitar o afundamento do material após o plantio da grama em placas.

12) Plantio da grama esmeralda:

A grama esmeralda deverá ser fornecida em tapetes ou placas. Não será aceito espaçamento entre as “placas”, para a colocação de terra,nem o plantio de retalhos (pedaços de grama).

13) Remoção do entulho:

Todo entulho deverá ser removido durante a execução da obra; sacos de adubo, varrição das

sarjetas, toda a sujeira decorrida da obra.

16.6 OBTENÇÃO E TRANSPORTE DAS MUDAS

As mudas a serem utilizadas deverão estar em condições adequadas de desenvolvimento e

fitossanidade (sem presença de doenças, pragas, ferimentos, bem embaladas e sem ervas

daninhas). Deverão apresentar o fuste único (tronco sem bifurcação), preferencialmente de 1,50 m

ou maior; porém, considerando o que é disponível no mercado, admite-se a altura mínima de fuste

de 1 m (não se considera o tamanho do recipiente do torrão).

As mudas deverão ser protegidas do vento durante o transporte e que sejam, preferencialmente,

transportadas em um dia nublado, evitando assim ao máximo que a perda de água.

No transporte e distribuição das plantas nos locais de plantio, é necessário ter certos cuidados

para não causar danos mecânicos às mudas. Portanto, evitar altas velocidades e movimentos

bruscos no decorrer do trajeto é importante para garantir a sobrevivência das mudas. Caso o

transporte seja prolongado, recomenda-se a irrigação delas ainda no veículo.

Ao chegar à área de destino de plantio, as condições das mudas citadas acima devem ser

conferidas e as que não estiverem de acordo com as condições estabelecidas, deverão ser

devolvidas e substituídas.

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É importante que o veículo de transporte das mudas não circule sobre a área preparada para o

plantio, evitando assim a compactação do solo. Portanto, a distribuição das mudas por toda a área

deverá ser feita manualmente.

A época de plantio deve coincidir com o início do período chuvoso (meados de outubro a meados

de dezembro), para garantir a umidade do solo nos primeiros meses após plantio. Caso ocorram

estiagens e veranicos nos 3 primeiros meses da muda no campo, a umidade do solo deverá ser

suprida com a freqüência mínima de 2 vezes por semana, via irrigação de todas as plantas.

Deverão ser feitas irrigações quanto necessárias, até o pleno pegamento das mudas das árvores.

É necessário o tutoramento das mudas para garantir crescimento adequado. O tutor deve ser

posicionado na cova, ficando firme e estável, antes de receber a muda, de modo a ficar externo ao

torrão. Deve apresentar as dimensões de 2,50 m de altura e de 3 a 5 cm de diâmetro. O amarrio

da muda ao tutor deve ser feito em forma de oito deitado e com material de sisal, de forma a não

causar danos como o estrangulamento do caule da planta.

Na preparação para o plantio, deve-se tomar cuidado para que não se destrua o torrão na retirada

da muda do recipiente. Todos os recipientes devem ter destinação adequada, não permanecendo

no campo. A parte superior do torrão (correspondente ao colo da muda) deve ser nivelada com a

superfície do solo. Após preencher a cova com o solo, como descrito no item sobre coveamento,

deve-se pressioná-lo levemente para que a muda fique firme e não forme bolsões de ar. Após

isso, deve-se irrigar abundantemente até encharcar o solo para acomodar todas as suas

partículas, garantindo que não serão formados bolsões de ar e que, assim, a raiz ficará em pleno

contato com o solo.

O coroamento ou a limpeza do local onde as plantas se estabelecerão, deverá ser feito com o

objetivo de evitar a competição aérea e radicular com ervas daninhas. Coroar pelo menos 50 cm

de raio do centro para a borda da cova (1 m de diâmetro), deixando a área ao redor da muda

totalmente limpa de potenciais competidores. Pode-se cobrir essa área de solo limpo com palhada

para evitar a perda de umidade do solo por evaporação, porém esse procedimento não é indicado

em épocas secas, quando há o risco de queimadas.

16.7 CONSOLIDAÇÃO DO JARDIM

Tem por objetivo dar garantia de um bom desenvolvimento geral do jardim, bem como prezar pela

boa qualidade de implantação.

O período recomendado para esta fase é de 90 dias e deve fazer parte dos serviços de execução

do projeto paisagístico.

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A empresa contratada para a execução do paisagismo deve prever garantia mínima de 30 dias

após o término dos serviços de execução e consiste em substituir as plantas que perecerem

desde que as causas sejam comprovadamente de responsabilidade da empresa. As espécies que

sofrerem danos e consequente morte por ação de terceiros como, pisoteio, interferência de

serviços alheios à execução do paisagismo e falta de rega adequada, não poderão ser garantidas.

O cuidado com a aplicação de rega com freqüência e quantidade adequadas é de extrema

importância para o desenvolvimento das espécies vegetais nesta fase e deve ser objeto de

negociação entre a empresa contratada e o contratante.

16.8 PROCEDIMENTOS DE MANUTENÇÃO DOS JARDINS

16.8.1 CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS:

Objetivo:

Evitar a competição das plantas do jardim por água e nutrientes e manter as características

ornamentais do jardim por meio da erradicação das ervas daninhas.

Execução:

Controle manual: com ferramenta especializada que permite a retirada de plantas daninhas com

suas raízes, evitando a sua multiplicação e favorecendo sua erradicação na área.

16.8.2 CONTROLE DO CRESCIMENTO DA GRAMA:

Objetivo: Manter a sanidade, uniformidade de cobertura e beleza das áreas de gramado.

Execução:

Poda da grama com equipamentos adequados e regulados;

Manter a altura correta da grama, obedecendo às características vegetativas de cada

espécie (usar equipamento que possibilite a regulagem da altura de corte).

Controle de crescimento de uma área sobre a outra.

Grama esmeralda cortar entre 2 à 3 cm de altura.

16.9 PODA DE ÁRVORES E ARBUSTOS:

Objetivo: Manter as características ornamentais do jardim, estimular a brotação em

determinadas épocas e remover partes atacadas por patógenos / insetos.

Execução:

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. Podas em época específica para cada espécie, sempre respeitando o projeto original e

utilizando ferramentas especializadas para casa tipo de corte, com orientação técnica.

. Em árvores, fazer proteção química das áreas cortadas do caule para evitar a entrada de

patógenos.

. Controle de crescimento de uma área sobre a outra.

16.10 CONTROLE FITOSSANITÁRIO:

Objetivo: Manter a sanidade e o pleno desenvolvimento das plantas.

Execução:

Controle de insetos nocivos e de doenças.

Supervisão constante do jardim para identificação de insetos nocivos e fitopatógenos.

Controle utilizando produtos seletivos, na dosagem adequada e de baixa toxicidade para

manter os inimigos naturais com baixa agressão ao meio ambiente.

Supervisão por técnico especializado no uso e regulagem de equipamentos de aplicação

bem como no uso de equipamentos de proteção pelos aplicadores.

16.11 CONTROLE DE DOENÇAS:

Medidas preventivas:

Retirada da área do jardim de restos de plantas e folhas que possam ser focos de doenças.

Limpeza e podas de plantas com lesões ou anomalias.

Identificação de doenças por técnico especializado.

Substituição de plantas infectadas.

16.12 CONTROLE MECÂNICO DE FORMIGAS:

Este tipo de controle somente é viável quando o formigueiro ainda é jovem. Consiste na retirada

do ninho escavando-se o local até encontrar a(s) panela(s) de fungo juntamente com a rainha. É

um controle efetivo principalmente quando a área infestada é pequena.

Pode-se também fazer uso de um cone invertido, de qualquer material resistente com graxa na

parte interna (borracha, plástico ou lata) preso ao tronco da planta para impedir a subida das

formigas no vegetal.

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Em árvores e plantas com 1 fuste; pode ser utilizado Bio Stop ou similar (fita com cola

entomológica) impede a passagem da formiga para a copa.

16.13 ADUBAÇÃO:

Objetivo: Proporcionar condições adequadas de nutrição das plantas através da manutenção da

fertilidade do solo para o pleno desenvolvimento dos vegetais.

16.14 EXECUÇÃO:

A partir da análise química do solo, são feitas as recomendações para a correção e

condicionamento do solo, através da aplicação de corretivos e condicionadores, adubos orgânicos

e químicos.

Esta aplicação deve ser feita associada às condições climáticas nas épocas descritas abaixo:

Inverno: Correção da acidez, se necessária. Cobertura da grama com substrato estéril (livre de

doenças e plantas daninhas). Jamais utilizar adubos nitrogenados nessa época do ano.

Primavera e Verão: Adubação de cobertura com aplicação de produtos com níveis elevados de

nitrogênio.

Outono: Adubação incorporada através de revolvimento do solo com aplicação de produtos com

níveis elevados de fósforo. Adubação foliar.

16.15 CONTROLE DE IRRIGAÇÃO

Objetivo: Manter a umidade adequada do solo, o que é essencial para o desenvolvimento das

plantas do jardim, contribuindo para sua beleza e sanidade.

16.16 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

BRANDÃO, M. et al. Cobertura Vegetal do Município de Belo Horizonte, MG. Daphne, Belo

Horizonte, v.2, n.2, p. 5-12, 1992

BRASIL, Deliberação Normativa n. 69, de 30 de agosto de 2010. Estabelece normas para o

plantio de árvores em logradouros públicos.

LEÃO, M.I.C. Manual De Arborização. 1ª ED., BELO HORIZONTE, CEMIG/IEF, S.D.

LORENZI, H. Árvores Brasileiras - Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas

do Brasil. Vol. 1, Nova Odessa, SP, Ed. Plantarum, 1992.

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101

LORENZI, H. Árvores Brasileiras - Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas

do Brasil. Vol.2, Nova Odessa, SP, Ed. Plantarum, 1998.

LORENZI, H. et al. Palmeiras do Brasil: Nativas e exóticas. Nova Odessa, SP. Ed. Plantarum,

1996. 303 p.

LORENZI, H. et al. Plantas Daninhas do Brasil: Terrestres, Aquáticas, Parasitas e Tóxicas. 3ª ed.,

Nova Odessa, SP. Instituto Plantarum, 2000. 608 p.

16.17 ANEXO 1- PADRÃO DE QUALIDADE DE MATERIAIS E VEGETAÇÕES

Terra de boa qualidade

- Textura areno-argilosa (não excessivamente argilosa, nem excessivamente arenosa);

- Densidade leve, apresentando boa drenagem e aeração;

- Coloração: vermelho escuro a marrom;

- Isenta de propágulos de plantas daninhas (sementes, raízes, rizomas, tubérculos,

etc.).

Calcário dolomítico – Quantidades mínimas garantidas:

CaO (óxido de cálcio).............38%

MgO (óxido de magnésio)......16%

PRNT......................................90,7%

Cobertura da grama

Utilizada somente com o objetivo de nivelamento do gramado, devendo usar areia

lavada de rio, isenta de propágulos de plantas daninhas (sementes, raízes, rizomas e

tubérculos) e de patógenos.

Espécies vegetais

- As mudas de árvores, palmeiras e arbustos devem seguir rigorosamente as

especificações de formação, porte, cor, poda e outras observações contidas no

memorial do projeto.

- Todas as vegetações fornecidas devem apresentar condições de bom

desenvolvimento e formação, estar sadias (sem sintomas de doenças, deficiências

nutricionais ou partes danificadas), ou seja, em perfeitas condições fitossanitárias

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- As vegetações não devem vir acompanhadas de ervas daninhas nem de propágulos

que possam infestar as áreas do jardim executado.

- O transporte ao local da obra deve ser feito de forma protegida de ventos ou outras

intempéries.

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17 PROJETO DE FONTE

17.1 MEMORIAL DESCRITO PARA A FONTE - 01

17.1.1 APRESENTAÇÃO:

A FonteSeka é o que há de mais moderno em Fontes Luminosas pois o espelho dágua não é

exposto diretamente a vista das pessoas quem passa não vê nenhum reservatório ou espelho

dágua a vista, evitando menos manutenção. Todo complexo de água e tratamento de água está

escamoteado, isto é, abaixo das grades e piso. O seu tratamento de água e filtragem está em

local arejado e bem dimensionado o que chamamos de casa de maquinas. Todo tratamento de

água e iluminação contará com recursos eletrônicos, sendo totalmente automática com seis

efeitos básicos.

Cada um dos seus efeitos poderá ser acionado independente ou em conjunto com os demais,

criando assim um grande número de evoluções de água e luz o que a tornará dinâmica e variada.

Um reservatório de 38.000 litros é implantado próximo da casa de máquinas recebendo toda as

águas dos jatos através dessas grelhas e novamente é bombeando para os Jatos aerados que

estão dentro do piso.

Esse reservatório vai atender o sistema de irrigação de toda praça, essa água é tratada com filtro

de alta vazão em recirculação em 2 horas mais tratamento de Ozônio.

A fonteSeka funcionará de forma rítmica com seus seis diferentes efeitos ornamentais em água e

Luz alternando-se e permitindo diferentes (06) combinações de cores iluminados.

No final desses 03 patamares de jatos, um espelho d’água pequeno é ornamentado por um

conjunto de pedras grandes artificiais onde são usados materiais recicláveis servindo como

enchimento para dar volume na pedra ornamental , será iluminada por refletores de led de ultima

geração em 12 volts agregado com 10 bicos nebulizadores criando uma neblina de água fina,

preenchendo toda área onde foi projetada.

As pedras serão revestidas por um processo construtivo em ferro cimento onde sua pigmentação

tem como efeito muito semelhante aos das pedras naturais onde um conjunto de 05 pedras

grandes (3,8m³) cada, confeccionadas no local sobrepondo assimetricamente esse conjunto ao

espaço reservado dentro do projeto arquitetônico, esse espelho d’água tem tratamento de água e

filtragem separado do reservatório e iluminação em conjunto com a fonte, conforme descrito em

projeto.

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17.1.2 CONJUNTOS DE JATOS AERADOS – 03 PLATAFORMAS de Níveis.

Será instalado no centro dessa plataforma os Jatos em toda extensão de seu comprimento 32

jatos aerados em aço inox com altura média de 1,40 m de altura regulados conforme o

embelezamento, esses jatos são escamoteados, isto é, eles ficarão dentro do piso com

acabamento externo de aço inox ao nível do piso.

São seis eletrobombas de primeira linha com potencia de 3,0Cv, 3,0Cv, 3,0cv,1,5cv, 1,0 cv e ½

cv para esse sistema dessa fonte , 3 bombas exclusivas para esses 32 jatos aerados regulados

com altura de 1,50m podendo ser mais alto até 1,60 metros de altura, uma bomba de 3 cv para os

jatos neblina com filtro de linha e uma bomba de 1,5cv pra filtragem, 1,0 cv para jatos neblinas e

½ cv filtragem do laguinho das pedras.

Esses jatos de água são filtrados por um filtro de areia especial de grande vazão com válvula

seletora de 06 vias em ABS, de fácil manuseio acompanha uma bomba especial

separada para fazer a filtragem dessa água que está no reservatório azulejado atuando

juntamente com dois sistemas de tratamento de água, primeiro com OZON ozonizador que

elimina 5.000 vezes mais rápido a bactéria anaeróbica presente em água e juntos com matéria

orgânica.

O segundo tratamento, um dosador de transferência de produtos químicos que ajudam no

tratamento de água. Esse reservatório conta com um Kit de aspiração de fundo tipo limpeza de

piscina.

Todas as evoluções de efeitos d’água dos Jatos luminosos deverão ser precedidas por mudanças

de cores da sua iluminação subaquática ao lado de cada jato . Os projetores de luz utilizados

deverão ser desenvolvidos especialmente para iluminação em aço inox maciço 2”.

Os projetores subaquáticos em LED RGB deverão trabalhar com baixa voltagem, 12V x 13W, o

que eliminará os riscos de acidentes, além de terem uma vida útil maior (40.000 horas), com

grande durabilidade e capacidade de iluminação colorida com mudanças de cores. O cliente

poderá mudar as cores por exemplo só vermelho (Natal) ou só verde e assim por diante a cada

época festiva do ano. As redes condutoras serão todas embutidas no piso e o projetor fixado

diretamente na rede condutora que estarão embutido, não permitida a exposição de cabos

condutores elétricos dentro do piso isto é, toda tubulação soldável e suas adaptações e encaixes.

Será instalado quadro de comando elétrico da FonteSeka um sistema rítmico de comando que

fará o desligamento por completo o que chamamos de blackout , isto é, todos os jatos são

desligados por 5 segundos ou mais, inclusive os refletores de iluminação, durante seu

funcionamento e recomeçando imediatamente para dar avivamento ao conjunto, através de 3

eletrobombas com pré filtro o que chamamos movimentação em 03 estágios, ligando e desligando

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isto é, intercalando em cada plataforma um “ballet” de 03 estágios, o que chamamos de Jatos

dançantes iluminados.

Além de possibilitar o funcionamento automático da FonteSeka, esse painel deverá conter um

sistema completo de segurança e proteção de toda parte elétrica da fonte como contatores

magnéticos, relê falta de fase, Timer, relê de tempo de controle eletromecânico , protegendo

contra curto circuito, quedas de fase, variação de tensão, etc.

Dentro da casa de máquinas será implantado um sistema de ventilação TECNOVENT para deixar

a casa de máquinas bem ventilada trocando o ar interno com o ar externo esse sistema é ligado e

desligado quando a bomba do filtro entra em operação.

Dentro da casa de máquinas será implantado um sistema de drenagem automática, isto é, em

caso de vazamento de alguma tubulação ou outro fator acidental dentro de seu interior um ralo de

100mm que no final de sua linha uma válvula de retenção esgoto contra entrada de ratos no

interior do tubo até a casa de máquina.

O reservatório menor será composta por pedras ornamentais do tipo gigantes confecionada em

ferro cimento no proprio local conforme projeto e, seu espelho dágua com profundidade máxima

de 20cm acompanha valvulas reguladoras de níveis e filtração independente.

Os reservatórios acompanha válvula reguladora de nivel máximo e nivel minimo para controle de

água. Esse laguinho das pedras será iluminado com refletores sub-aquaticos e será colocado em

pontos diversos junto dos jatos nebulizadores para criar uma movimentação calma e iluminada de

embelezamento, humanizando esse conjunto.

Os 06 Totens com 3,00 metros de altura iluminados por 4 refletores de Led monocromático

branco.

Os 09 muros de elevação internos da fonte iluminados por Led 12 volts 13 watts em aço inox

subaquáticos abaixo do piso de cada muro de elevação, iluminando esses blocos de cada lado,

essa iluminação compõe o sistema luminotécnica da fonte, isto é, em conjunto com os refletores

de jatos da fonte.

Esperamos ter atendido nesse descritivo como funcionará os equipamentos colocados nessa

fonte Seka com a intenção de tirar as duvidas dessa elaboração, no desejo de humanizar um

ambiente mais climatizado.

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17.2 MEMORIAL DESCRITO PARA A FONTE - 02

17.2.1 APRESENTAÇÃO:

A Fonte com espelho dágua aparente exposto diretamente em forma de lago compõem 08

Jatos geyzers do tipo champangne de grande volume, com o intuito de criar um clima para quem

passa, ambiente agradável ao redor desse espelho dágua.

Todo complexo de Jatos e águas está ao nível da lâmina dágua com um detalhe importante,

nunca irão ver sujeira no nível superior da água, isto é, toda sujeira como poeiras de asfalto, óleo

e folhas serão direcionados para um vertedouro em toda a extensão do seu comprimento o que

chamamos de borda infinita onde será direcionada para esse “coxo” funcionando como uma

coadeira, retirando da superfície da água toda sujeira. Essa sujeira cai em uma grelha de alumínio

reforçada nessa extensão do comprimento indo diretamente para a rede de filtração.

Todo tratamento de água e iluminação contará com recursos eletrônicos, sendo totalmente

automática com quatro efeitos básicos. Cada um dos seus efeitos poderá ser acionado

independente ou em conjunto com os demais, criando assim um grande número de evoluções de

água e luz o que a torna a fonte dinâmica e variada.

Será instalado um conjunto de 72 jatinhos nebulizadores abaixo da laje da passarela acima do

lago, esses jatos escamotiados na extensão que compreende o lago da fonte com a passarela

tem a finalidade ornamental de criar uma névoa de água, tendo a sensação de que a passarela

está “flutuando”, além de ser iluminada por um conjunto de barra de Led RGB com mudança de

cores e efeitos.

Esse conjunto de 08 jatos Geyzers iluminados mais essa neblina de água aspergindo de cima

para baixo torna essa fonte simples e com aspecto agradável de sentir o frescor de uma ambiente

climatizado, permanecendo uma temperatura simpática aos organismos.

Esses jatos de água são filtrados por um filtro de areia especial de grande vazão com válvula

seletora de 06 vias em ABS, de fácil manuseio acompanha uma bomba especial separada para

fazer a filtragem dessa água com dois sistemas de tratamento de água, primeiro com OZON

ozonizador que elimina 5.000 vezes mais rápido a bactéria anaeróbica presente em água e juntos

na matéria orgânica.

O segundo tratamento, um dosador de transferência de produtos químicos que ajudam no

tratamento de água. Esse lago conta com um Kit de aspiração de fundo tipo limpeza de piscina.

Todas as evoluções de efeitos d’água dos Jatos luminosos deverão ser precedidas por mudanças

de cores da sua iluminação subaquática ao lado de cada jato. Os projetores de luz utilizados

deverão ser desenvolvidos especialmente para iluminação em aço inox maciço 2”.

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Os projetores subaquáticos em LED RGB deverão trabalhar com baixa voltagem, 12V x 13W, o

que eliminará os riscos de acidentes, além de terem uma vida útil maior (40.000 horas), com

grande durabilidade, capacidade de iluminação colorida com mudanças de cores. O cliente poderá

mudar as cores por exemplo só vermelho (Natal) ou só verde e assim por diante a cada época

festiva do ano. As redes condutoras serão todas embutidas no piso do lago e o projetor fixado

diretamente na rede condutora que estarão embutido, não a exposição de cabos condutores

elétricos dentro do piso isto é, toda tubulação soldável e suas adaptações e encaixes embutidos.

O filtro, além de tirar da água as impurezas e sujeiras, deverá fazer também a aspiração e a

filtração de todas as partículas em decantação, movimentando a água, oxigenando-a e evitando

que seja contaminada por focos de lavas e insetos transmissores de doenças, como algas,

fungos e outros microrganismos.

Além do equipamento de filtragem d ’água, deverão ser instalados também quatro dispositivos de

retorno nesse lago , um dispositivo de aspiração de água do filtro e ralos de fundo ant-turbilhão de

250mm X 250mm dentro das normas técnicas atualizadas para segurança.

São quatro eletrobombas de primeira linha com potencia de 7,5 Cv, 5,0 Cv, 3,0 cv e 1,0 cv para

esse sistema dessa fonte , 2 bombas exclusivas para esses 08 jatos regulada com altura de

1,60m podendo ser mais alto até 2,00 metros de altura, uma bomba de 3 cv para os jatos neblina

com filtro de linha e uma bomba de 1 cv pra filtragem com borda infinita.

Um painel de comando automático deverá ser responsável pela alternância automática dos

efeitos. Esse painel deverá ser totalmente programável e deverá permitir não só a programação

dos efeitos da fonte luminosa, como também, os horários de seu funcionamento para cada dia da

semana através de sua automação. Nesse quadro tem um botão vermelho que desarma todo o

sistema de uma vez só se necessário.

Além de possibilitar o funcionamento automático da Fonte, esse painel deverá conter um sistema

completo de segurança e proteção de toda parte elétrica da fonte como contatores magnéticos,

relê falta de fase , Timer , relê de tempo de controle eletromecânico , protegendo contra curto

circuito, quedas de fase, variação de tensão, etc.

Dentro da casa de máquinas será implantado um sistema de ventilação TECNOVENT para deixar

a casa de máquinas bem ventilada trocando o ar interno com o ar externo esse sistema é ligado e

desligado quando a bomba do filtro entra em operação.

Dentro da casa de máquinas será implantado um sistema de drenagem automática, isto é, em

caso de vazamento de alguma tubulação ou outro fator acidental dentro de seu interior um ralo de

100mm que no final de sua linha é implantado uma válvula de retenção esgoto contra entrada de

ratos no interior do tubo até a casa de máquina.

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Esperamos ter atendido nesse descritivo como funcionará os equipamentos colocados nessa

Fonte-02 com a intenção de tirar as duvidas e a elaboração no desejo de humanizar um ambiente

mais climatizado.

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109

18 PROJETO ESTRUTURAL

18.1 Objetivo

Este documento tem como objetivo apresentar o memorial descritivo, especificação técnica e

detalhamento do projeto urbanístico Boulevard Contagem, localizado no município de Contagem,

Minas Gerais.

18.2 Documentos de Referência

Para a confecção deste memorial descritivo foram utilizados os seguintes documentos de

referência listados a seguir:

Numeração PRO15/18-OS002/18-ARQ- 01-A a ARQ-15-A.

18.3 Equipe Técnica

Eng. Leonardo Braga Passos – Msc.- Engenheiro Civil - CREA/MG 89628/D

18.4 Principais Normas de Referência

NBR 6120/1980 – Cargas para cálculo de estruturas de edificações

NBR 6118/2014 – Projeto de Estrutura de Concreto – Procedimento

NBR 14931/2004 – Execução de Estruturas de Concreto – Procedimento

NBR 8800/2008 – Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e

concreto de edifícios

Dentre outras citadas nos projetos e aplicáveis durante a execução

18.5 Materiais e critérios adotados

Concreto estrutural Fck≥25Mpa

Concreto de regularização Fck≥10Mpa

Fator água/cimento máximo: 0,60

Agregado considerado no concreto: Calcário

Módulo de elasticidade inicial Eci: 25,2 GPa

Módulo de elasticidade secante Ecs: 21,4 GPa

Classe de agressividade II

Cobrimento da armadura - Blocos, Vigas e Pilares: 3,0 cm. / Lajes e Escadas: 2,5 cm.

Estrutura de reservatório - Paredes e lajes 4,0 cm. / Face inferior da laje de topo 5,0 cm.

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Elementos quando em contato com o solo: 3,5 cm.

Aço estrutural CA50 / CA60

Carregamentos utilizados e características dos materiais da estrutura apresentam-se em

suas respectivas pranchas de formas.

18.6 Dimensionamento Eletrônico

Para o dimensionamento dos elementos estruturais em concreto armado foi utilizado o software

TQS versão 20.8, utilizando modelos de pórtico e grelha espacial. No projeto urbanístico, algumas

estruturas são do tipo convencional em concreto armado, com lajes maciças apoiadas em vigas e

estas apoiadas sobre pilares. Outras estruturas com lajes maciças apoiadas em vigas, blocos de

fundação e no próprio terreno devidamente compactado. Além do reservatório subterrâneo e

estruturas em concreto armado para os bancos da praça. Por fim, o memorial é uma estrutura

metálica fixada em blocos de concreto armado. Para o dimensionamento da estrutura metálica foi

utilizado o software mCalc 3D versão 4.0.

Para as fundações, foram dimensionadas estacas do tipo trado com diâmetro de 40cm. e

profundidades variáveis de acordo com as cargas e análise dos furos de sondagem que melhor

representam o posicionamento de cada edifício no terreno.

Para todas as várias estruturas, foram realizadas análises nos elementos estruturais de

deformações através de análise linear e não-linear, verificação de fissuração e de vibração.

18.7 Especificações dos Materiais

18.7.1 Cimento Portland e Agregados para o concreto

18.7.1.1 Cimento Portland

A composição química e as características mecânicas dos cimentos a serem utilizados, devem ser

compatíveis com o trabalho a que se destinam. Como a grande maioria das obras executadas,

utiliza o cimento Portland, em relação às especificações e procedimentos de recebimento, deve-se

respeitar as prescrições contidas na NBR-5732 – “Cimento Portland comum – Especificação”.

Admite-se, à partida, que sejam utilizados todos os cimentos produzidos no Brasil, tais como:

Cimento CP II E 32, CP II Z 32 (especificação NBR-5732)

Cimento CP III 32 (especificação NBR-5735 – “Cimento Portland de alto forno”)

Cimento CP IV 32 (especificação NBR-5736 – “Cimento Portland Pozolânico”)

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Cimento CP V ARI (especificação NBR-5733 – “Cimento Portland de alta resistência

inicial”)

A escolha do tipo de cimento a ser utilizado ficará sob responsabilidade do tecnologista de

concreto.

Os valores de consumo e relação água/cimento indicados no projeto deverão ser confirmados por

um tecnologista de concreto dependendo do tipo de cimento utilizado.

A empresa de execução deverá respeitar todos os requisitos propostos pelas normas técnicas em

relação aos cimentos, especialmente com atenção voltada para:

condições de estocagem e armazenamento;

inspeção periódica e ensaios;

critérios de escolha em função do tipo de peça de concreto produzida e das condições de

exposição a que ela estará submetida (submersa, enterrada, ar livre, etc)

18.7.1.2 Generalidades

A Executante deverá fornecer à Fiscalização certificado que demonstre que o cimento empregado

atende a presente especificação. Se o cimento proceder diretamente do Fabricante, este

certificado deverá ser fornecido por ele.

18.7.1.3 Amostras

As amostras deverão ser ensaiadas de acordo com a NBR-5732 e NBR-7215, quanto à análise

química, finura, pega, expansibilidade e resistência à compressão. As amostras serão retiradas de

acordo com a NBR-5732 e NBR-5741.

18.7.1.4 Aceitação

O cimento poder ser entregue em sacos, “contêiner” ou granel.

O cimento a granel deverá ser transportado em veículo especial para este fim e o fabricante

deverá enviar junto com cada partida, um certificado indicando o tipo, a marca do cimento e o

peso do carregamento.

O cimento acondicionado em sacos deverá ser recebido no invólucro original da fábrica,

devidamente identificado com a marca do cimento, peso líquido, marca da fábrica, local e data de

fabricação. Os invólucros deverão estar em perfeito estado de conservação, não sendo aceitos

aqueles avariados ou que contiverem cimento empedrado.

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18.7.1.5 Armazenamento

O armazenamento do cimento deverá ser em local protegido da ação de intempéries, da umidade

do solo e de outros agentes nocivos.

Os sacos contendo cimento deverão ser empilhados de maneira a permitir facilidades de

contagens, inspeção e identificação de cada partida. Cada pilha deverá ter no máximo dez sacos.

Lotes de cimento de diferentes partidas não poderão ser misturados.

18.7.2 Agregados

É fundamental que se tenha um perfeito conhecimento dos agregados a serem utilizados para a

obtenção de um concreto com boa resistência e durabilidade, visto que eles constituem

aproximadamente 75% da composição do concreto, sendo os materiais menos homogêneos

dentre os utilizados nas estruturas de concreto armado.

Os agregados a serem utilizados nas estruturas de concreto armado deverão obedecer às

exigências contidas nas NBR-7211 – “Agregado para concreto” e NBR-6118 da ABNT.

Dentre as recomendações mais importantes destacam-se:

Os agregados devem possuir granulometria e forma dos grãos adequada, resistência

mecânica e serem isentos de substâncias nocivas e impurezas orgânicas, tais como:

torrões de argila, materiais carbonosos e material pulverulento, nos limites propostos pela

normalização;

Deverá ser coletada amostra do agregado miúdo sempre que houver dúvidas sobre sua

homogeneidade em relação à proposta para a dosagem do concreto. A amostra deverá ser

coletada de acordo com a norma NBR-7216 – “Amostragem de agregados” e sendo

realizados todos os ensaios propostos pela NBR-7211;

A granulometria dos agregados deverá se enquadrar em uma das faixas propostas e

referenciadas na tabela I;

Quando os agregados forem medidos em volume, as padiolas ou carrinhos, especialmente

construídos, deverão trazer, na parte externa, em caracteres bem visíveis, o material, o

número de padiolas por saco de cimento e o traço respectivo. A FISCALIZAÇÃO deverá

ser chamada para conferir os caixotes ou carrinhos especiais e só após sua aprovação em

diário os mesmos poderão ser usados;

Os agregados podem ser subdivididos em duas categorias:

18.7.2.1 Agregados miúdos:

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“Areia de origem natural ou resultante do britamento de rochas estáveis, ou a mistura de ambas,

cujos grãos passam pela peneira ABNT 4,8mm e ficam retidos na peneira ABNT 0,075 mm”

Generalidades

Poderão ser empregados dois tipos de agregado miúdo:

Tipo I: Areia natural quartzosa, com diâmetro igual ou inferior a 4,8 mm proveniente da

britagem de rochas estáveis.

Tipo II: O Agregado miúdo poderá ser constituído pela mistura de areia e brita indicada

desde que a porcentagem de areia seja superior a 50% e mediante aprovação da

Fiscalização.

Aceitação e Ensaios

O agregado miúdo deverá obedecer ao item 8 da NBR-7211 e terá suas amostras retiradas e

ensaiadas de acordo com os métodos correspondentes.

O agregado miúdo deverá ser completamente lavado antes de entregue à obra, para eliminar o

material pulverulento.

Armazenamento

O armazenamento será de modo a não haver mistura com outros tipos de agregados e ainda não

haver contaminação por impurezas.

O agregado miúdo deverá chegar à betoneira com umidade uniforme.

18.7.2.2 Agregado graúdo:

“Pedregulho ou brita proveniente de rochas estáveis, ou a mistura de ambas, cujos grãos passam

pela peneira de malha quadrada com abertura nominal de 152 mm e ficam retidos na peneira

ABNT 4,8mm”.

Generalidades

O agregado graúdo será o pedregulho natural ou a pedra britada proveniente da britagem de

rochas estáveis, com um máximo de 15% passando pela peneira de 4,8 mm.

Aceitação e Ensaios

O agregado graúdo deverá obedecer ao item 9 da NBR-7211 e suas amostras deverão ser

ensaiadas de acordo com os métodos correspondentes.

O agregado graúdo deverá ser completamente lavado antes de ser entregue à obra, seja qual for

sua procedência.

Classificação e Armazenamento

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Os agregados a serem utilizados deverão estar classificados em tipos; 1, 2 e 3, conforme o item

11 da NBR-7225.

Os diferentes tipos de agregados deverão chegar à betoneira separadamente com umidade

uniforme.

Os agregados de diferentes tamanhos deverão ser armazenados em compartimentos separados.

Se acontecer mistura de agregados de diferentes tipos, eles poderão ser aproveitados após serem

peneirados e separados de acordo com a sua granulometria.

Deverão ser tomadas precauções para que materiais estranhos não se misturem com os

agregados, vindo a prejudicar as suas características. Caso isso venha a acontecer, os agregados

deverão ser lavados antes de serem utilizados, ou rejeitados.

18.8 Aço para Armaduras

18.8.1 Generalidades

Todos os aços das armaduras passivas das peças estruturais de concreto armado devem estar de

acordo com o que prescreve a NBR-7480.

Existem dois tipos de nomenclatura para os aços:

Barras: produtos de bitola igual ou superior a 5 mm, obtidos por laminação à quente ou por este

método associado a encruamento a frio;

Fios: produtos de bitola inferior a 12,5 mm obtidos por trefilação ou esteiramento.

De acordo com o valor característico da resistência de escoamento registrado em ensaio de

tração, são classificados em: CA-25, CA-50 e CA-60.

As barras e fios devem apresentar suficiente homogeneidade quanto às suas características

geométricas, e possuir morsas e saliências visíveis para melhorar à aderência das mesmas ao

concreto.

Todo o sistema de controle de qualidade, envolvendo as atividades de amostragem, ensaios e

análise de resultados deverão ser realizados segundo as especificações contidas na norma NBR-

7480 da ABNT, que irá propor a aceitação ou rejeição dos materiais disponibilizados pela

CONTRATADA. É necessária a realização da amostragem dos materiais no próprio canteiro para

realização de ensaios de tração e dobramento.

Emendas admissíveis somente em aços CA-50 e diâmetros superiores a 12,5mm;

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Pode-se utilizar soldagem por caldeamento ou eletrodo convencional desde que respeite a todos

os requisitos propostos pela NBR-8548 – “Barras de aço destinadas a armaduras para concreto

armado com emendas mecânicas ou por solda – Determinação de resistência à tração” e NBR-

6118;

18.8.2 Aceitação e Ensaios

De cada partida de material que chegar a obra, serão retiradas amostras para ensaio de acordo

com o item 5 da NBR-7480. Os ensaios deverão ser executados por laboratório idôneo e de

conformidade com o item 6 da NBR-7480. Os resultados dos ensaios serão analisados pela

Fiscalização, que aceitará ou rejeitará o material, seguido os itens 7 e 8 da NBR-7480.

18.8.3 Arames

Para amarração das armaduras será usado arame recozido preto, bitola 18 AWG.

18.9 Água para amassamento do concreto ou lavagem dos agregados

18.9.1 Generalidades

A água é o elemento necessário à hidratação do cimento de reação química básica para produção

de concretos e argamassas.

A água utilizada para amassamento do concreto ou para lavagem dos agregados deverá

obedecer à norma NM – 137

18.9.2 Aceitação

A água deverá ser isenta de óleos, ácidos, álcalis e matéria orgânica em quantidades prejudiciais.

Será aceita a água com características potáveis, desde que ensaiada por laboratório idôneo.

Em caso de dúvida quanto a sua qualidade, a fiscalização só autorizará o seu uso após ensaios

realizados em laboratório idôneo.

18.9.3 Limites

PH entre 5,8 e 8,0

Matéria orgânica (expressa em oxigênio consumido): 3 mg/I

Resíduo sólido: 5000 mg/I

Sulfatos (expresso em íons SO4): 300 mg/I

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Cloretos (expresso em íons CI-): 500 mg / I

Açúcar: 5 mg / I

18.10 Aditivos

18.10.1 Generalidades

Aditivo, por definição, é todo e qualquer material incorporado na mistura até o limite de 5% sobre o

peso de cimento ou aglomerante utilizado na produção de concretos. É recomendável a utilização

de aditivos nos concretos produzidos visando alcançar alguma propriedade desejável e

importante. Dentre eles pode-se citar:

Plastificantes e super-plastificantes;

Redutor de água

Incorporador de ar;

Corantes;

Hidrofugantes;

Acelerador ou retardador de pega, etc..

Todos os aditivos a serem utilizados deverão atender às especificações contidas na norma NBR-

11768 – “Aditivos para concreto de cimento Portland” da ABNT.

18.10.2 Utilização

A fim de melhorar determinadas qualidades e características do concreto ou facilitar o seu

preparo, manuseio e utilização, com menor dispêndio de energia ou com economia de material,

poderão ser utilizados desde que autorizados por escrito pela Fiscalização. É importante ressaltar

que um aditivo nunca será usado para corrigir defeitos intrínsecos ao concreto.

18.10.3 Plastificantes

Utilizados para melhorar a plasticidade do concreto e argamassa, permitindo melhor compactação

com dispêndio menor de energia ou então, redução da quantidade de água, diminuindo a

retração, melhorando a resistência e economizando aglomerante.

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18.10.4 Incorporação de ar

O ar é incorporado á mistura no amassamento, no lançamento e no manuseio. Se o concreto é

lançado de grande altura, a quantidade de ar incorporado aumenta; ao passo que, diminui, à

medida que se aumenta o cimento ou que se usa cimento mais fino. O ar incorporado melhora a

trabalhabilidade e a impermeabilidade mas reduz a resistência pois as gotas de ar agem como

lubrificante, interrompem o fissuramento contínuo e aumentam os vazios respectivamente. A

diminuição de resistência devido ao aumento dos vazios pode ser compensada em parte com a

redução da água devido ao aumento de trabalhabilidade.

18.11 Produtos de Cura

São produtos para serem pulverizados sobre o concreto logo após o seu lançamento, a fim de

obturar os poros capilares da superfície e impedir a evaporação da água de amassamento do

concreto fresco.

18.12 Madeiras para formas e escoramentos

18.12.1 Generalidades

A madeira de uso provisório para a montagem de andaimes, tapumes e escoramentos, será o

Pinho do Paraná ou equivalente. O tipo de madeira poderá ser substituído por uma de uso local,

com resistência e finalidade equivalentes, tal como freijó, cupiúba, acapu, etc., com prévia

aprovação da Fiscalização, nas dimensões comerciais adequadas ao fim a que se destinem.

18.12.2 Aceitação

A madeira serrada e beneficiada deverá satisfazer a NBR-7203. Os ensaios de qualidade se

regularão pelo MB-26.

18.13 Execução

O controle tecnológico deverá ser realizado segundo as prescrições contidas na NBR-6118,

controlando todos os materiais a serem utilizados, e através de laboratório idôneo e certificado em

padrão de referência ISO.

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18.14 Execução de formas e escoramentos

18.14.1 Generalidades

As formas deverão apresentar geometria, alinhamento e dimensões rigorosamente de acordo com

as indicações nos projetos e estar de acordo com o item 7.2.2.3 da NBR 14931.

As formas deverão ser dimensionadas para não apresentarem deformações substanciais sob

ação de quaisquer causas, particularmente cargas que serão suportadas; para tanto é necessário

que as mesmas sejam suficientemente resistentes e rígidas, bem como adequadamente

escoradas.

As fendas ou aberturas com mais de 3 mm de largura, através das quais possa haver vazamento

de argamassa deverão ser preenchidas devidamente. As fendas com largura de 4 a 10 mm

deverão ser calafetadas com estopa ou outro material que garanta estanqueidade. Aquelas que

apresentarem largura superior a 10 mm devem ser fechadas com tiras de madeiras.

As superfícies das fôrmas que ficarão em contato com o concreto deverão ser limpas, livres de

incrustações de nata ou outros materiais estranhos, convenientemente molhadas e calafetadas,

seguindo ainda as demais exigências constantes na norma NBR 14931/2004.

A retirada de fôrmas e escoramentos deve ser executada de modo a respeitar o comportamento

da estrutura em serviço e só poderá ser realizada após 28 (vinte e oito) dias da data de sua

concretagem e mediante a análise de resultados de ensaio.

Deverão ser tomadas nas obras as devidas precauções para proteger as formas e o escoramento

contra os riscos de incêndio, tais como cuidados nas instalações elétricas provisórias, remoção de

resíduos combustíveis e limitação no emprego de fontes de calor.

18.14.2 Formas de Madeira Comum

As madeiras deverão ser de boa qualidade, sem apresentar curvaturas, sinais de apodrecimento

ou nós soltos.

Antes do lançamento do concreto, as formas deverão ser molhadas até a saturação.

18.14.3 Formas de Madeira Compensada

Quando forem utilizadas chapas de madeira compensada, tipo Madeirit ou similar como forma,

estas deverão ser à prova d’água e se apresentarem sem empeno e/ou ondulações.

As chapas poderão ser utilizadas mais de uma vez, desde que:

haja previsão para tal.

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não apresentem danos causados pela desforma.

As formas para concreto aparente deverão ser novas.

18.14.4 Escoramentos

Os escoramentos deverão ser projetados e executados de modo a apresentarem segurança

quanto à estabilidade e resistência.

Os escoramentos deverão obedecer as prescrições das Normas Brasileiras NBR-7190 e NBR-

8800, respectivamente para estrutura de madeira e estruturas metálicas e ainda observar os itens

7.2.2.2 e 10.2 da NBR-14931.

Os escoramentos deverão apresentar rigidez suficiente para não se deformarem em excesso sob

ação das cargas e variações de temperatura e/ou umidade.

Sempre que necessário, as escoras deverão possuir em suas extremidades, dispositivos para

distribuir as pressões de modo a não comprometerem a eficiência de seus pontos de apoio.

Devem ser tomados todos os procedimentos necessários para se evitar recalques prejudiciais

provocados no solo ou na parte da estrutura em que o escoramento se apóia. As cargas

transmitidas por esses escoramentos devem ser sustentadas pelos suportes, prevendo-se o uso

de lastro, piso de concreto ou pranchões para a correção de irregularidades e a melhor

distribuição dessas cargas.

O escoramento deverá ter rigidez suficiente para assegurar que as tolerâncias especificadas em

projeto para a estrutura sejam atendidas e a integridade dos elementos estruturais nãos seja

afetada.

18.14.5 Montagem

Na montagem das formas das lajes, devem ser observados os seguintes procedimentos:

Verificar a fixação e o posicionamento dos sarrafos-guia para apoio das longarinas;

Checar o posicionamento das longarinas e das escoras, bem como o seu travamento;

Será obrigatória, a verificação do nivelamento das formas de laje, com aparelho de nível a

laser, pela parte superior das formas. O aparelho será instalado, em um local onde o

trânsito de pessoas e a possibilidade de deslocamento do mesmo, seja menor, devendo a

base, ser o mais firme possível. Define-se então, a referência de nível, segundo a qual,

será verificado o nível da laje. Posiciona-se o sensor eletrônico do aparelho, preso a uma

régua de alumínio, em diversos pontos, procedendo em cada um os ajustes necessários,

até que se tenha uma condição de nivelamento perfeita. Deve-se atentar para as lajes com

previsão de contra-flecha;

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Observar se o assoalho está todo pregado nas longarinas e com desmoldante aplicado.

A construção das formas e do escoramento deverá ser executada de modo a facilitar a retirada de

seus diversos elementos separadamente, se necessário. Para que se possa fazer esta retirada

sem choque, o escoramento deverá ser apoiado sobre cunhas, caixas de areia ou outros

dispositivos apropriados a esse fim.

Deverão ser utilizados produtos que facilitem a retirada das formas após a concretagem, sem

contudo deixar manchas ou bolhas sobre a superfície dos concretos. No ato de desforma das

peças, é obrigatória a amarração prévia das formas a serem retiradas, como forma de evitar a sua

queda e por conseqüência riscos de acidente e danos às futuras reutilizações. É importante que

em todo sistema de forma sejam previstas faixas de reescoramento, cujas escoras não serão

removidas no ato da desforma, ali permanecendo, como forma de se evitar a deformação plástica

imediata e instantânea das peças de concreto.

Nas formas de paredes, pilares e vigas estreitas e altas, deve-se deixar aberturas próximas ao

fundo, para limpeza.

As formas absorventes deverão ser molhadas até a saturação, fazendo-se furos para escoamento

da água em excesso. No caso em que as superfícies das formas sejam tratadas com produtos

antiaderentes, destinados a facilitar a desmontagem, esse tratamento deverá ser executado antes

da colocação da armadura. Os produtos empregados não deverão deixar, na superfície do

concreto, resíduos que sejam prejudiciais ou possam dificultar a retomada da concretagem ou a

aplicação de revestimento.

18.15 Preparo e montagem das armaduras

18.15.1 Generalidades

Nos desenhos de armadura estão indicadas as categorias e classes de aços a serem utilizados

nas diferentes partes das estruturas.

Não poderão ser empregados na obra aços de qualidades diferentes das especificadas no projeto,

sem aprovação prévia do projetista. Quando previsto o emprego de aços de qualidades diversas,

deverão ser tomadas as necessárias precauções para evitar a troca involuntária.

As barras de aço deverão ser convenientemente limpas de qualquer substância prejudicial à

aderência, retirando-se as escamas eventualmente destacadas por oxidação.

As barras de aço que não se apresentarem retas antes da preparação das armaduras deverão ser

alinhadas por método que mantenha inalteradas as características mecânicas do material.

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18.15.2 Corte e Dobramento

O corte e dobramento das barras deverão ser executados por processos que não alterem as

características mecânicas do material e deverão atender ao item 8.1.5.1 da NBR 14931.

Os dobramentos e medidas das armaduras deverão estar rigorosamente de acordo com as

indicações dos desenhos.

Os dobramentos para ganchos e estribos deverão ser feitos segundo os critérios especificados

nos itens 9.4.2.3 e 9.4.6.1 da NBR-6118.

O dobramento das barras, inclusive para os ganchos, deverá ser feito com os raios de curvatura

previstos no projeto. As barras de aço deverão ser sempre dobradas a frio. As barras não podem

ser dobradas junto às emendas com soldas.

18.15.3 Emendas

Para as barras que necessitem de emendas estas deverão ser executadas conforme o item 9.5 da

NBR-6118 e localizadas rigorosamente nas posições previstas nos desenhos.

Se os desenhos não indicarem as posições das emendas, estas deverão ser executadas a serem

definidas pelo engenheiro responsável. Em caso de dúvida por parte do Eng responsável, deverá

ser consultada a fiscalização.

A executante poderá substituir um tipo de emenda por outro, desde que previamente aprovado

pela Fiscalização.

As emendas das barras de aço poderão ser executadas por trespasse ou por solda. Os

trespasses deverão respeitar, rigorosamente, os detalhes e orientações do projeto estrutural.

A solda, quando especificada no projeto, só poderá ser:

Por pressão (caldeamento);

Com eletrodo.

As máquinas soldadoras deverão ter características elétricas e mecânicas apropriadas à

qualidade do aço e à bitola da barra e ser de regulagem automática. Nas emendas por pressão,

as extremidades das barras deverão ser planas e normais aos eixos e, nas com eletrodos, as

extremidades serão chanfradas, devendo-se limpar perfeitamente as superfícies. A solda de

barras de aço CA-50 deverá ser executada com eletrodos adequados, pré-aquecimento e

resfriamento gradual.

Deverão ser realizados ensaios prévios da solda na forma e com o equipamento e o pessoal a

serem empregados na obra assim como ensaios posteriores para controle, de acordo com o NBR-

11919 – “Verificação de emendas metálicas de barras de concreto armado”.

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18.15.4 Montagem

A montagem das barras das armaduras obedecerá sempre às posições indicadas nos desenhos e

ao item 8.1.5.5 da NBR 14931.

As barras deverão ser devidamente amarradas a fim de não sofrerem deslocamentos de suas

posições no interior das formas antes e durante a concretagem.

Quando os desenhos de armaduras não indicarem os espaçamentos entre barras paralelas, não

serão admitidas distâncias inferiores aos valores mínimos prescritos pela NBR-6118.

O cobrimento de concreto sobre as barras das armaduras não poderá ser inferior aos valores

mencionados na tabela 7.2 do item 7.4 da NBR-6118.

Havendo necessidade de se deslocar alguma armadura que interfira com tubulações, eletrodutos,

chumbadores, insertos, etc, e se este deslocamento exceder um diâmetro da barra, a Fiscalização

será consultada e submetida à sua aprovação, que poderá, se julgar necessário, exigir a

colocação de armaduras adicionais de reforço na região afetada pelo deslocamento.

Antes e durante o lançamento do concreto, as plataformas de serviços deverão estar dispostas de

modo a não acarretarem deslocamento das armaduras.

As barras de espera deverão ser devidamente protegidas contra a oxidação; ao ser retomada a

concretagem elas deverão ser perfeitamente limpas de modo a permitir boa aderência.

Qualquer barra da armadura, inclusive de distribuição, de montagem e estribos, deve ter

cobrimento indicado no projeto.

Para garantia do cobrimento mínimo preconizado em projeto, deverão utilizados distanciadores de

plástico ou pastilhas de concreto. A resistência do concreto das pastilhas deverá ser igual ou

superior à do concreto das peças às quais serão incorporadas. As pastilhas serão providas de

arames de fixação nas armaduras.

18.15.5 Inspeção

As armaduras serão inspecionadas antes da concretagem a fim de constatar estarem corretas,

devidamente montadas, isentas de escamas de laminação, terra, argamassa, óleo, escamas de

ferrugem ou outro material que possa prejudicar sua aderência ao concreto.

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18.16 Dosagem e Controle do Concreto

18.16.1 Introdução

As quantidades de cada componente da mistura serão determinadas a fim de se conseguir para o

concreto as características mecânicas exigidas pelo projeto. O valor da resistência característica

indicada nos projetos servirá de base para a dosagem do concreto.

O concreto deve ser preparado e atender aos critérios de controle da qualidade previstos na NBR-

12655. Quando se tratar de concreto dosado na central, além dos requisitos da NBR-12655, o

concreto deve estar ainda de acordo com o que estabelece a NBR-7212.

Qualquer método baseado no fator água/cimento poderá ser utilizado para a dosagem

experimental, desde que aprovado pelo responsável.

Deverão ser dosadas e ensaiadas várias composições para cada tipo de concreto a ser usado,

apresentando-se os melhores resultados ao responsável para aprovação.

Uma vez adotado determinado traço, os materiais componentes não poderão apresentar

variações de qualidade, procedência, quantidade, granulometria ou outras. Qualquer alteração

exigirá novo estudo de dosagem para definição do novo traço que deverá ser submetido à

aprovação.

Os materiais componentes serão periodicamente ensaiados, conforme NBR-5732 e NBR-7211, e

o traço corrigido de acordo com os resultados destes ensaios.

Os agregados deverão ser dosados em peso, permitindo-se para a água, dosagem em volume.

Em casos especiais, a Fiscalização poderá autorizar dosagem em volume.

18.16.2 Preparo do Concreto

18.16.2.1 Generalidades

O concreto poderá ser preparado na própria obra em central ou betoneira, ou fornecido por

empresa especializada em concreto pré - misturado.

Deverá ser atendido o que prescreve a NBR-12655.

18.16.2.2 Concreto Preparado na Obra

Para o concreto preparado na obra, tanto em betoneira como em central, os componentes

deverão ser medidos em peso e separadamente.

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Os equipamentos de pesagem deverão estar aferidos e lacrados pelo Instituto de Pesos e

Medidas ou outro órgão Oficial.

A verificação dos equipamentos deverá ser efetuada através de pesos padronizados mantidos na

obra. Os equipamentos para medição dos agregados deverão ser verificados uma vez por mês e

os de medida de água, cimento e aditivos, a cada 2 semanas.

A medição de água poderá ser por peso ou volume; entretanto o equipamento deverá ser ajustado

para que não haja influência das variações de pressão da água na medição.

18.16.2.3 Concreto Pré – Misturado

Condições Gerais

Os resultados gerais exigíveis do concreto devem atender aos previstos na NBR-6118 e nos itens

4.1 a 4.6. da NBR-7212/84, dos quais se destacam:

Mistura parcial na central e complementação na obra:

Os componentes sólidos são colocados no caminhão - betoneira, na sua totalidade com

parte da água, que é completada na obra imediatamente antes da mistura final e descarga.

Neste caso, deve-se estabelecer um sistema rigoroso de controle da quantidade de água a

ser adicionada na central e a ser complementada na obra, para evitar ultrapassar a

quantidade prevista no traço.

Adição suplementar de água para correção do abatimento devido à evaporação,

Somente se admite adição suplementar de água para correção de abatimento, devido à

evaporação, antes do inicio da descarga desde que:

a) antes de se proceder a essa adição, o valor de abatimento obtido seja igual ou superior

a 10 mm;

b) que essa correção não aumente o abatimento em mais de 25 mm,

c) que o abatimento após a correção não seja superior ao limite máximo especificado;

d) que o tempo transcorrido entre a primeira adição de água aos materiais e o início da

descarga não seja inferior a quinze minutos.

A adição suplementar mantém a responsabilidade da empresa concreteira pelas

propriedades do concreto constantes do pedido.

Nota: Qualquer acréscimo de água suplementar, mesmo sob as condições de controle

recomendadas só é viável caso o equipamento consiga redistribuir no concreto a água

adicionada; recomenda-se devida atenção a outras causas de redução da consistência do

concreto, tais como: efeito de abrasão, de temperatura, de absorção dos agregados, etc.

Qualquer outra adição de água exime a empresa concreteira de qualquer responsabilidade

quanto ás características do concreto exigidos no pedido e este fato deve ser

obrigatoriamente registrado no documento da entrega.

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Considerações Finais

Recepção do concreto pré - misturado: por ocasião da chegada do concreto na obra é necessário

verificar se na nota fiscal os dados relativos à resistência característica, Dmax do agregado da

mesma, índice de abatimento, marca e dosagem dos aditivos, horários da carga, volume e outros

itens específicos, relacionados no pedido, correspondem ao solicitado.

No caso das características do concreto serem diferentes da solicitada, comunicar-se

imediatamente com a empresa fornecedora, para saber se a diferença se deve somente a erro de

emissão da nota, ou realmente as características foram alteradas. Nesse segundo caso, o

responsável é quem toma a decisão de aceitar ou não o concreto.

Teor de cimento: por ocasião da determinação da dosagem, o teor de cimento deve ser

dimensionado adotando-se a resistência característica do cimento especificado, sem que sejam

considerados os eventuais incrementos de resistência, obtidos nos ensaios de qualidade em

argamassa normal.

Cura do concreto: a cura compreende uma série de providências que devem ser adotadas para

impedir a saída brusca de água do concreto nas primeiras idades após seu adensamento.

Consiste em manter um ambiente com umidade superior a 90% na atmosfera que envolve a peça

de concreto, de modo a evitar a troca de umidade com o ambiente.

Tempo de cura normal: o tempo de cura normal é variável em função do tipo de cimento adotado.

Para simples orientação, recomenda-se: a) concreto com cimento Portland, sete dias contínuos; b)

concreto com cimento AF, quatorze dias contínuos; c) concreto com cimento pozolânico, 21 dias

contínuos.

Término da Cura: o momento da suspensão do sistema de cura deverá ocorrer de modo a não

haver, entre a temperatura do ambiente e a superfície do concreto, gradiente acentuado, para

evitar choque térmico, responsável pela implantação de forte retração que pode provocar

acentuada fissuração.

18.16.3 Transporte e Lançamento do Concreto

18.16.3.1 Transporte

O transporte do concreto do local de amassamento até o local de lançamento poderá ser feito

manualmente, por calhas inclinadas, por meios mecânicos, ou por bombeamento.

Qualquer que seja o meio, o transporte do concreto deverá ser feito num tempo compatível de

modo a não permitir a desagregação ou segregação dos componentes, nem tampouco a

evaporação excessiva de água.

As calhas inclinadas para transporte do concreto por gravidade deverão ser de material resistente

e não absorvente, estanques, e apresentar superfícies lisas e inclinação mínima de 20 graus.

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Os meios mecânicos para transporte do concreto poderão ser vagonetas, correias

transportadoras, elevadores e guindastes.

No transporte por bombeamento, deverão ser seguidas todas as especificações do fabricante do

equipamento de bombeamento.

O equipamento para bombear concreto deverá ser operado por pessoal habilitado.

Para que o concreto possa ser bombeado, o diâmetro interno da tubulação deverá ser no mínimo

três vezes o diâmetro máximo do agregado.

Para que o concreto passe pela tubulação, está deverá ser limpa e lubrificada com pasta de

cimento, garantindo-se que a pasta se espalhe por toda sua superfície interna; para que se

consiga esse espalhamento a pasta deverá ser colocada na tubulação com uma de suas

extremidades fechada.

Após cada operação de bombeamento, toda a tubulação e o equipamento de recalque deverão

ser limpos por processo mecânico e lavados com água corrente.

O sistema de transporte deverá, sempre que possível, permitir o lançamento direto nas formas,

evitando-se depósito intermediário; se este for necessário, no manuseio do concreto deverão ser

tomadas preocupações para evitar desagregação.

18.16.3.2 Lançamento

O responsável só deverá autorizar o lançamento do concreto nas formas após a verificação e

aprovação de:

Geometria, prumos, níveis, alinhamentos e medidas das formas.

Montagem correta e completa das armaduras, bem como a suficiência de suas armações.

Montagem correta e completa de todas as peças embutidas na estrutura (tubulação,

eletrodutos, chumbadores, insertos, etc.).

Estabilidade, resistência e rigidez dos escoramentos e seus pontos de apoio.

Rigorosa limpeza das formas e armaduras, bem como a necessária vedação das formas.

Não poderá ser utilizado concreto que apresentar sinais de início de pega, segregação, ou

desagregação dos componentes, não podendo ainda ocorrer mais de uma hora desde o fim do

amassamento até o fim do lançamento; se for utilizada agitação mecânica, esse prazo será

contado a partir do fim da agitação. Com o uso de retardadores de pega o prazo poderá ser

aumentado de acordo com os característicos do aditivo.

Para o concreto ser lançado em camadas, deverão ser tomadas precauções para que uma

camada não seja lançada sobre a anterior parcialmente endurecida.

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O concreto não poderá ser lançado com altura de queda livre superior a dois metros; em peças

estreitas e altas o concreto deverá ser lançado por meio de funis ou trombas ou então por janelas

abertas nas laterais das formas.

Durante e após o seu lançamento, o concreto deverá ser vibrado por meio de equipamento

adequado para ficar assegurado o completo preenchimento das formas e a devida compactação

do concreto.

Durante o adensamento deverão ser tomadas as precauções necessárias para que não se

formem ninhos ou haja segregação dos materiais; deve-se evitar a vibração da armadura para que

não se formem vazios em seu redor com prejuízo da aderência. Quando se utilizarem vibradores

de imersão a espessura da camada deverá ser aproximadamente igual a 3/4 do comprimento da

agulha; se não puder atender a esta exigência não deverá ser empregado vibrador de imersão. O

vibrador nunca deverá ser desligado com a agulha introduzida no concreto.

Os equipamentos a empregar são os vibradores de agulha ou de superfície, dependendo da

natureza da peça estrutural que esteja sendo concretada.

No adensamento com emprego de vibradores de agulha a espessura da camada de concreto

deverá ser da ordem de 75% do comprimento da agulha; não sendo satisfeita a condição anterior;

as opções serão o emprego da agulha em posição conveniente ou o emprego de vibradores de

superfície.

O tempo de vibração do concreto não poderá ser excessivo, devendo ser o suficiente para

assegurar a perfeita compactação de toda a massa de concreto sem a ocorrência de ninhos ou

segregação dos materiais.

As armaduras não deverão ser vibradas para não acarretar prejuízos na aderência com o concreto

em virtude de vazios que poderão surgir ao redor das mesmas.

Para os lançamentos a serem executados a seco, em recintos sujeitos à penetração de água,

deverão ser tomadas as precauções necessárias para que não haja água no local em que se

lança o concreto nem possa o concreto fresco vir a ser por ela lavado.

O concreto deverá ser lançado o mais próximo possível de sua posição final, evitando-se

incrustação de argamassas nas paredes das formas e nas armaduras.

Cuidados especiais deverão ser tomados quando o lançamento se der em ambiente com

temperatura inferior a 10ºC ou superior a 40ºC.

Durante e imediatamente após o lançamento, o concreto deverá ser vibrado ou socado contínua e

energicamente com equipamento adequado à trabalhabilidade do concreto. O adensamento

deverá ser cuidadoso para que o concreto preencha todos os recantos da forma.

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18.16.4 Controle da Resistência Mecânica do Concreto

O controle de resistência mecânica do concreto visa a determinação do valor estimado de sua

resistência e será obrigatoriamente sistemático, devendo ser executado por meio de ensaios de

ruptura de corpos de prova cilíndricos moldados durante a concretagem.

Os corpos de prova deverão ser moldados de acordo com a NBR-5738 e rompidos em

laboratórios conforme a NBR-5739. Para o conhecimento da resistência mecânica do concreto

com idade inferior a 28 dias, ou o conhecimento da curva de crescimento da resistência em

função do tempo, o controle da resistência mecânica deverá ser programado e realizado de modo

que sejam rompidos corpos de prova com idades de 7, 14, 21 e 28 dias.

O concreto a ser empregado deverá ser dividido em lotes de modo que cada lote apresente

volume não superior a 100m3 , tempo de execução não superior a 2 semanas e seja aplicado

numa área construída não maior que 500 m2.

De cada lote será retirada uma amostra constituída de “n” exemplares onde a variável “n” será

função do índice de amostragem definido na NBR-12655 e NBR-5738.

De cada lote, deverão ser retiradas tantas amostras quanto forem as idades em que se deseja

conhecer a resistência mecânica do concreto.

Tratando-se de concreto pré - misturado, a amostra deverá ser constituída de um exemplar para

cada caminhão betoneira recebido na obra.

As amostras a utilizar para verificação da resistência mecânica do concreto com idade de 28 dias

deverão ter seus exemplares constituídos de 3 corpos de prova, 2 dos quais serão rompidos com

a idade de 28 dias, adotando-se para resistência do exemplar o menor dos dois valores obtidos

nos ensaios de ruptura; o terceiro corpo de prova ficará como reserva para, eventualmente, ser

utilizado em futuras comprovações.

Dispensa-se o terceiro corpo de prova ou corpo de prova de reserva nos exemplares de amostras

destinados à verificação da resistência mecânica do concreto com idade inferior a 28 dias.

Os corpos de prova deverão ser identificados por qualquer sistema de codificação que torne

claros os seguintes dados:

Estrutura e lote a que pertencem.

Número de amostra e idade em dias com a qual seus exemplares deverão ser rompidos.

Número do exemplar, bem como o número de ordem do corpo de prova dentro do

exemplar, ou a indicação de se tratar de corpo de prova de reserva.

Data da moldagem dos corpos de prova.

Data na qual os corpos de prova deverão ser rompidos.

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O responsável deverá organizar e manter atualizado um livro de registro para o controle da

resistência mecânica do concreto no qual deverão ser feitas as seguintes anotações para cada

estrutura:

A identificação da estrutura.

A identificação dos lotes em que a mesma foi dividida com indicação das peças

concretadas, o volume de cada lote e respectivas datas.

A identificação das amostras retiradas de cada lote, com identificação das datas de

moldagem e de ruptura de seus exemplares.

A identificação dos exemplares de cada amostra com a identificação dos corpos de prova

que constituem cada exemplar, bem como os valores da resistência a ruptura desses

corpos de prova e o valor adotado para resistência a ruptura do exemplar.

Para cada lote da estrutura o valor estimado da resistência característica do concreto com

a idade que tiver sido especificada.

18.16.5 Cura do Concreto

A execução da cura do concreto deve estar de acordo com o item 10.1 da NBR-14931.

Depois de lançado nas formas e durante o período de endurecimento, o concreto deverá ser

protegido contra secagem, chuva, variações de temperatura e outros agentes prejudiciais.

Durante o endurecimento o concreto não poderá sofrer vibrações ou choques que possam

produzir fissuração na massa de concreto ou prejudicar a sua aderência com as armaduras.

Durante os primeiros 7 dias após o lançamento o concreto deverá ser protegido contra a secagem

prematura umedecendo-se a sua superfície exposta ou cobrindo-a com uma manta impermeável.

A aceleração do endurecimento do concreto por meio de aquecimento poderá ser empregada,

desde que o processo seja adequadamente controlado e sejam tomadas as medidas necessárias

para se evitar secagem prematura.

18.16.6 Juntas de Concretagem.

Sempre que for necessário interromper a concretagem da estrutura, a interrupção deverá ocorrer

em locais pré determinados.

A execução das juntas deverá seguir o que está determinado no item 21.6 da NBR-6118 e no item

9.7 da NBR-14931.

A concretagem só poderá ser interrompida fora dos locais indicados nos projetos com o

conhecimento e autorização da Fiscalização. Nesses casos, a interrupção deverá ser prevista de

modo o formar-se juntas de concretagem, na medida do possível, com a superfície normal à

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direção dos esforços de compressão, devendo ainda essas juntas ser armadas para resistir a

eventuais esforços de cisalhamento, de modo a não diminuir a resistência da peça.

Em ambos os casos as juntas de concretagem deverão ter suas superfícies trabalhadas da

seguinte forma:

No local onde vai ser executada a junta de concretagem no final do lançamento do

concreto, deve-se tomar os cuidados necessários para que a superfície da junta resulte

rugosa.

Após o início do endurecimento do concreto a superfície da junta de concretagem deverá

ser energicamente escovada com uma escova de aço, aplicando-se jato de água no final

da pega de modo a remover a pasta e o agregado miúdo, para que assim o agregado

graúdo fique exposto.

Deverão ser tomadas precauções para garantir a resistência aos esforços que podem agir na

superfície da junta, que poderão consistir na cravação de barras no concreto mais velho. As juntas

deverão ser localizadas nas áreas de menores esforços de cisalhamento, preferencialmente em

posição normal aos de compressão. O concreto deverá ser perfeitamente adensado até a

superfície da junta.

A concretagem das vigas deverá atingir o terço médio do vão, não sendo permitidas juntas

próximas aos apoios. Na ocorrência de juntas em lajes, a concretagem deverá atingir o terço

médio do maior vão, localizando-se as juntas paralelamente a armadura principal.

Quando da retomada da concretagem, os seguintes cuidados deverão ser observados:

Imediatamente antes do reinicio da concretagem, a superfície da junta deverá ser perfeitamente

limpa com ar comprimido e jato d’água, de modo que todo material solto seja removido e a

superfície da junta fique abundantemente molhada.

O reinício da concretagem deverá ser precedido pelo lançamento sobre a superfície da junta de

uma camada de argamassa de cimento e areia com traço 1:3 e mesmo fator água - cimento do

concreto, com espessura de aproximadamente 1 cm, de modo a garantir a não ocorrência de

descontinuidade na textura do concreto, ou seja, impedir a formação de uma faixa de concreto

poroso ao longo da junta.

Antes do lançamento da camada de argamassa de cimento e areia será facultado aplicar na

superfície da junta um adesivo estrutural à base de epóxi, como por exemplo o “Colma Fix”

produzido pela SIKA S/A; neste caso, a superfície deverá estar seca antes da aplicação do

adesivo, aplicação essa que deverá ser feita conforme as instruções do fabricante do produto.

A concretagem de pilares e paredes que constituem um apoio de vigas e lajes deverá ser

interrompida no plano da face da viga ou laje pelo tempo suficiente para ocorrer o assentamento

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do concreto, de modo a se evitar a formação de fissuras horizontais nas imediações do nível de

apoio.

No caso de algum plano de concretagem fazer parte do projeto estrutural, esse plano deverá ser

rigorosamente seguido no lançamento do concreto; no caso do projeto estrutural ser omisso,

deverá ser seguido o plano de concretagem apresentado pela Executante deste que previamente

aprovado pelo responsável.

18.16.7 Juntas de Dilatação

Estas juntas terão como finalidade permitir movimentos de origem térmica, deformações lenta,

retração, movimentos mecânicos e outros.

Os dispositivos que constituem as juntas devem possuir:

Compatibilidade com as variações da abertura;

Não oferecer resistência à livre movimentação;

Ser estanque à percolação das águas pluviais;

Os equipamentos auxiliares necessários para a execução são inerentes ao material aplicado, e

normalmente são indicados pelo fornecedor da junta.

O material da junta será o Mastique Elástico, que é normalmente utilizado como vedação em

juntas de pequena mobilidade.

18.16.8 Consistência do Concreto.

Quando o concreto atende às particularidades da obra como dimensões das peças, armadura,

diâmetro máximo do agregado e processo de execução, a trabalhabilidade dependerá apenas da

consistência do concreto.

Para uma estrutura específica pode-se utilizar várias misturas trabalháveis mas de consistência

variáveis podendo-se gerar concretos secos, plásticos ou fluidos. A natureza da obra e o

adensamento indicarão o grau de consistência mais conveniente.

Podemos definir a consistência como a resistência momentânea do concreto fresco às forças que

tendem a modificar sua forma. Dentro de uma mesma consistência ou grau de umidade a

trabalhabilidade poderá variar com a granulometria. Os fatores que afetam a consistência do

concreto são:

Teor água / mistura seca;

Granulometria e forma dos grãos dos agregados;

Os aditivos;

Tempo e temperatura.

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A determinação da consistência do concreto deverá ser feita por ensaios de abatimento de corpos

de prova tronco cônicos (Slump Test), de modo a se constatar se a consistência prevista está

sendo obtida.

Os ensaios de consistência deverão ser realizados sempre que forem moldados corpos para

controle da resistência mecânica, respeitando o mínimo de um ensaio para cada 25 m³ ou um

ensaio por dia quando o concreto for amassado na obra, e o mínimo de um ensaio para cada

caminhão - betoneira, quando o concreto provier de usina fora da obra.

18.16.9 Retirada de formas e escoramento

18.16.9.1 Prazos de Retirada de Formas e Escoramento

As formas e escoramentos só poderão ser retirados depois que o concreto estiver suficientemente

endurecido de modo a apresentar resistência necessária às solicitações decorrentes das cargas

que atuarão.

A programação da retirada deve estar de acordo com o item 10.2 da NBR-14932.

Nos casos normais os prazos mínimos para retirada de formas e escoramentos são os seguintes:

Faces laterais: 3 dias.

Faces inferiores, desde que deixem pontaletes bem encunhados e adequadamente

espaçados: 14 dias, entretanto, permanecendo no local as faixas de reescoramentos

Faces inferiores sem pontaletes: 21 dias.

Nos casos de emprego de cimento de alta resistência inicial em processo aceleração da cura, o

responsável poderá autorizar a redução dos prazos mínimos mencionados no item anterior.

As formas e escoramentos deverão ser retirados com cuidado de modo a não provocar choques e

avarias na estrutura.

A retirada das formas e escoramentos deverá ser realizada segundo plano previamente elaborado

conforme o tipo de estrutura. Quando o projeto apresentar esse plano, o executor deverá

providenciar para que o mesmo seja obedecido; caso o projeto não apresente, deverá o mesmo

ser preparado pelo executor e previamente aprovado pelo responsável, a quem caberá

providenciar o total atendimento ao plano elaborado.

O reaproveitamento de formas pode ser autorizado, a critério do responsável, quando constatada

a inexistência de danos, fraturas ou empenamento.

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18.17 Estruturas Metálicas

18.17.1 Corte dos materiais

O corte dos perfis laminados devem preferencialmente ser por serramento (serra rotativa e/ou

pulsativa tipo Franho ou similar).

Para todos os materiais é permitido o corte a quente, por maçarico, dando-se á seção cortada o

devido acabamento com esmerilhadeira/disco abrasivo.

As chapas planas serão cortadas em guilhotina e/ou maçarico.

Quando necessário deverá ser previsto sobremetal para compensar a perda no corte que poderá

sem maior ou menor conforme o processo utilizado.

18.17.2 Acabamento

“Rebarbas”, devidas ao corte e a furação, devem ser eliminadas usando-se esmerilhadeiras para

ao impedirem o perfeito acoplamento (ajuste) entre peças que vão se juntar. Empenas ocorridas

devido ao processo de soldagem devem ser reparadas por meio de prensas ou a quente por meio

de aquecimento por maçarico do tipo “chuveiro” e imediato resfriamento com água.

18.17.3 Solda

Soldas conforme norma "AWS", eletrodo E-7018G

18.17.4 Perfuração de superfície e pintura

As peças deverão ser limpas por meio de jato abrasivo. Após a limpeza as peças deverão receber

a primeira demão de tinta.

As peças não devem ser jateadas se a umidade relativa do ar estiver maior que 85%.

A “poeira” ou resíduos do material abrasivo deve ser removido da superfície da peça e ja teada por

“sopro” de ar comprimido, após isto a peça está apta a receber a primeira demão de tinta, o que

deve ocorrer no máximo até duas horas após a limpeza.

18.18 Aceitação da estrutura

A aceitação da estrutura estará condicionada a comparação entre a resistência característica do

concreto (Fck) imposta pelo projeto e os valores estimados da resistência característica (Fck est.)

obtidos para cada uma dos lotes em que foi dividido o concreto da estrutura no processo de sua

resistência mecânica e os resultados de modulo de elasticidade (Eest.) comparados ao modulo de

elasticidade especificado (E) no projeto.

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Nos casos comuns a estrutura será automaticamente aceita se para todos os lotes for constatado

que:

Fck est. = Fck

Eest.>=E

Se para um ou mais lotes a condição de aceitação automática acima estabelecida não se verificar,

realizar-se-á a ruptura dos corpos de prova de reserva da amostra e recalcular-se-á o valor

estimado da resistência característica do concreto do lote, utilizando-se os valores de resistência a

ruptura dos corpos de prova de reserva. Se o valor de Fck est. assim obtido satisfizer a condição

de aceitação automática, o concreto do lote em questão será automaticamente aceito.

Quando não houver aceitação automática de um ou mais lotes, as seguintes providências deverão

ser tomadas isoladamente ou em conjunto:

Verificação com o calculista.

Revisão do Projeto.

Ensaios especiais de concreto.

Ensaios da Estrutura (prova de carga).

Nos casos de verificação/revisão do projeto da estrutura, os cálculos deverão ser refeitos

adotando-se Fck = Fck est. ou E = Eest. para o concreto de cada lote em questão.

Os ensaios especiais do concreto serão realizados com pelo menos 6 corpos de prova extraídos

da parte da estrutura correspondente ao lote em questão, devendo esses corpos de prova

apresentar diâmetros de 15 cm, corrigindo-se os resultados de suas resistências a ruptura se a

relação entre a altura e o diâmetro do corpo de prova for diferente de 2. Nesses casos, o valor

estimado da resistência do concreto será calculado pela fórmula reduzida, majorando-se em 10%

(ou 15% se a quantidade de corpos de prova for de pelo menos 18) o valor assim obtido por se

tratar de corpos de prova extraídos da própria estrutura.

Incidindo suspeita sobre parte ou todo de uma estrutura e não sendo possível superar essa

suspeita da forma preconizada nos itens anteriores, a estrutura deverá ser submetida a ensaio

(prova de carga), devendo o ensaio ser planejado, executado e interpretado com o auxílio de

profissionais especializados, preferivelmente vinculados a laboratório nacional idôneo. Durante a

prova de carga deverão ser medidos deslocamentos (deformações) que serão indicadores do

comportamento da estrutura, devendo cessar a prova de carga aos primeiros sinais de início de

ruína.

Para a verificação do comprimento da estrutura aos estados limites de utilização, a prova de carga

será executada com a carga Gk + Qk .Para a verificação quanto aos estados limites últimos, a

prova de carga será executada com a maior das seguintes cargas:

Gk + 0,5 (Qk + Qd) e 1,20 Gk.

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Se após a realização das verificações, chegar-se a conclusão de que as condições de segurança

são atendidas, a estrutura será aceita. Caso contrário uma das seguintes decisões deverá ser

tomada:

A estrutura deverá ser reforçada.

A parte condenada da estrutura deverá ser demolida.

18.19 Controle Ambiental

Os procedimentos de controle ambiental referem-se à proteção de corpos d’água, da vegetação

lindeira e da segurança viária. A seguir são apresentados os cuidados e providências para

proteção do meio ambiente que deve ser observado no decorrer da execução das obras. Durante

a execução devem ser conduzidos os seguintes procedimentos:

a) deve ser implantada a sinalização de alerta e de segurança de acordo com as normas

pertinentes aos serviços;

b) deve ser proibido o tráfego dos equipamentos fora do corpo da estrada para evitar danos

desnecessários à vegetação e interferências na drenagem natural;

c) caso haja necessidade de estradas de serviço fora da faixa de domínio, deve-se proceder à

liberação ambiental de acordo com a legislação vigente;

d) as áreas destinadas ao estacionamento e manutenção dos veículos devem ser devidamente

sinalizadas, localizadas e operadas de forma que os resíduos de lubrificantes, ou combustíveis

não sejam carreados para os cursos d’água. As áreas devem ser recuperadas ao final das

atividades;

e) todos os resíduos de materiais utilizados devem ser recolhidos e destinados apropriadamente;

f) todos os resíduos de lubrificantes, ou combustíveis utilizados pelos equipamentos, seja na

manutenção, ou na operação dos equipamentos, devem ser recolhidos em recipientes adequados

e destinados apropriadamente;

g) não pode ser efetuado o lançamento de refugo de materiais utilizados nas áreas lindeiras, no

leito dos rios e córregos e em qualquer outro lugar que possam causar prejuízos ambientais;

h) evitar o carreamento do concreto utilizado e o do material proveniente de escavações para os

cursos d’água e sistema de drenagem;

i) as áreas afetadas pela execução das obras devem ser recuperadas mediante a limpeza

adequada do local do canteiro de obras e a efetiva recomposição ambiental;

j) é obrigatório o uso de EPI, equipamentos de proteção individual, pelos funcionários.


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