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Colatina2015

ALCION FAINO NUNES

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADONOME DO CURSO

FORDISMO ONTEM E HOJE:A Transformação da Cultura, do Homem e do Trabalho

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FORDISMO ONTEM E HOJE:A Transformação da Cultura, do Homem e do Trabalho

Trabalho de Administração 1º Período apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de Fundamentos e Teoria Organizacional; Comunicação e Linguagem; Homem, Cultura e Sociedade e Comportamento Organizacional.

Orientador: Professores Márcio R. Sella, Grace Botelho, Karen H. Manganotti, Suzi Bueno, Antônio L. G. Júnior, Wilson Sanches, Maria E. Pacheco, Edson E. de Morais, Ana C. Pavão e Tutora Ronismeri T. Calegari

ALCION FAINO NUNES

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................3

2 FORDISMO ONTEM E HOJE..............................................................................5

2.1 FUNDAMENTOS E TEORIA ORGANIZACIONAL – PRINCÍPIOS DE FORD..5

2.1.1 Tempo é Dinheiro – Produção e Mais Produção...........................................6

2.2 COMUNICAÇÃO E LINGUAGEM.....................................................................7

2.2.1 O Trabalho Na Atualidade.............................................................................7

2.2.2 Descanso e Lazer ou Desemprego?.............................................................7

2.2.3 A terceirização no Brasil hoje........................................................................8

2.2.4 “McDonalização” no Brasil, a cultura alimentícia influenciada pela

propaganda..................................................................................................................9

2.3 HOMEM, CULTURA E SOCIEDADE..............................................................10

2.3.1 Relacionando Homem, Trabalho e Ideologia..............................................10

2.3.2 A cultura muda o homem............................................................................11

2.4 COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL.....................................................12

2.4.1 Revolução Informacionalista.......................................................................12

2.4.2 As Novas Regras.........................................................................................12

3 FIGURA DE APOIO AO ITEM 2.3.2..................................................................14

3.1 Pirâmide de Maslow........................................................................................14

4 CONCLUSÃO.....................................................................................................15

REFERÊNCIAS.........................................................................................................16

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1 INTRODUÇÃO

Esse trabalho tem como objetivo analisar as teorias organizacionais

de Taylor e Ford e fazer uma comparação com artigos e resenhas atuais, baseando-

se também nos materiais didáticos das matérias de Teoria Organizacional;

Comunicação e Linguagem; Homem, Cultura e Sociedade e Comportamento

Organizacional e fazendo apreciação do que aprendi em cada uma delas. Também

analisando o modelo de trabalho da multinacional McDonald aplicando ao Fordismo.

Mesmo que o material didático cedido pela UNOPAR tenha chegado

a poucos dias da data prevista para entrega do trabalho, e os livros que deveriam

estar disponíveis online, se estão, não são de fácil acesso e é exigido que se desse

parecer analítico de uma matéria ainda não ministrada. Como desafio pessoal fiz

todo o trabalho também com pesquisas na internet, buscando por material mais

claro, informativo e sem erros ortográficos, gramaticais ou redundantes como o

material didático fornecido pela faculdade.

Ao ler o pobre artigo de Alexandre Barbosa Fraga, fiz uma análise

sobre seu conceito de “fordismo informal” e cito também o exemplo do construtor

civil, seguindo a mesma ideia dos princípios de Ford (economicidade, produtividade

e intensificação). E no trecho que diz: ...“As características do ‘fordismo’, típicas da

modernidade sólida, não desapareceram na modernidade líquida. Na complexidade

do mercado de trabalho atual, elas passaram, junto com as características do ‘pós-

fordismo’, a conviverem conjuntamente” (FRAGA 2005), estudei muitas maneiras de

concordar, não com o texto incoerente e redundante, mas com a ideia de que ainda

hoje podemos ver muitos traços o Fordismo nas nossas organizações,

automobilísticas ou não.

Vou comparar as mudanças no trabalho do homem antes e

atualmente e analisar seu processo de evolução, citando as mudanças drásticas no

tempo de vida do homem dedicado ao trabalho, por exemplo. E como e se isso afeta

toda a sociedade.

Também veremos as grandes mudanças em nossa cultura e

sociedade, a ideologia segundo Marx e qual a influência o homem sofreu com toda a

evolução ou regresso do trabalho. Faço comparações com as teorias da

necessidade humana de Maslow e como a tecnologia tem avançado na

comunicação organizacional no uso de redes sociais para atender novos clientes

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que se tornaram a própria rede social. Hoje o avanço desenfreado da tecnologia tem

feito com que mais pessoas se tornem dependente dela, esse vício já tem até nome,

Nomofobia, que é abreviação da frase em inglês: “no-mobile phobia”.

O avanço dos nossos meios de comunicação foi incrível e foram

muitos os métodos que surgiram ao longo dos anos, mas desde que inventados

telefone, rádio, TV, computador e celular eles sempre foram telefone, rádio, TV,

computador e celular. Claro que muitas foram os avanços e atualizações, mas ainda

são a mesma coisa. Paramos de evoluir?

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2 FORDISMO ONTEM E HOJE

2.1 FUNDAMENTOS E TEORIA ORGANIZACIONAL – OS 3 PRINCÍPIOS DE

FORD

O Fordismo, termo criado em 1914 por Henry Ford, refere-se ao

sistema de produção em massa, visando intensificação, economia e produtividade.

O Fordismo perdeu suas forças e foi extinto em 2007 quando a Toyota se tornou a

maior montadora automobilística. (PINTO, 2010). Mas até mesmo o Toyotismo de

Taiichi Ohno tem quase os mesmos princípios de Henry Ford.

Henry implantou em sua indústria, melhorada a sua maneira, a teoria

da administração científica de Frederick Taylor (Taylorismo), por sua vez, a General

Motors fez suas interpretações e “aprimorou” o Fordismo, então, na década de 1970

com a linha de produção da Toyota surge o Toyotismo. E outros “ismos” foram

surgindo ao longo dos anos, mas é notável que todos têm a mesma visão:

Intensificar, diminuindo o ciclo do tempo uso da matéria prima e colocação do

produto final no mercado; Economizar, reduzindo estoques de matérias primas e

produtos finais, o produto era pago antes dos pagamentos aos fornecedores e

funcionários graças aos bancos e Produzir, produzir rápido, capacitar o operário em

apenas um serviço e remunerá-lo bem.

Não só a indústria automobilística, mas também muitas outras

utilizam o processo de linha de produção como as indústrias de eletrodomésticos e

eletrônicos etc. Hoje esse método se tornou muito mais complexo. Em algumas

indústrias não há só uma linha de produção, ou uma esteira, há muitas outras linhas

de produção alimentando outra principal, validando o princípio da intensificação de

Ford, esse aumento da linha de produção nada mais é que um meio de empregar

mais rapidamente a matéria prima e liberar o produto final para o mercado.

Usando o exemplo da empresa onde trabalho, que é do ramo

alimentício no processamento de carne bovina in natura, posso afirmar que o

princípio da economicidade e da produtividade aplicam-se perfeitamente a ela,

assim como também o princípio da intensificação.

Com os contratos em mãos, sabemos exatamente a vontade do

cliente em relação ao padrão e o produto desejado, bem como sua quantidade.

Assim providenciamos a matéria prima (carne bovina), para o seu processamento. A

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empresa consegue a matéria prima abatendo o animal ou comprando de terceiros.

Assim que o peso do produto contratado é alcançado ele é enviado ao cliente, ou

seja, não mantemos grandes estoques nem de matéria prima, nem de produto final.

A única diferença no princípio da produtividade entre essa empresa

e a de Ford, é que a empresa não mantém um funcionário em uma única tarefa. As

funções são definidas e numa mesma função pode haver serviços diferentes, sendo

assim, cada operário designado para aquela função faz um rodízio entre seus

serviços evitando o desgaste pela rotina.

Outro grande exemplo dos princípios de Ford na atualidade e rico

em minha cidade é a indústria têxtil. As fábricas de roupas têm suas linhas de

produção, trabalham por encomenda e mantém operários qualificados para cada

ponto da produção, como costura, estampa, finalização, lavagem etc.

2.1.1 Tempo é dinheiro – Produção e Mais Produção

“Tempo é dinheiro” (FRANKLIN, 1748) e Henry Ford levou a sério a

afirmativa de Benjamin Franklin. Quando ele apresentou seu sistema de linha de

produção pela primeira vez em 1913, um carro levava 12 horas e meia para ser

montado. Ao final dos anos 20 uma unidade do Ford Modelo T saía da fábrica a

cada 24 segundos e até 1924, 10 milhões haviam sido vendidos.

Trazendo o exemplo de Ford para atualidade onde o alto índice de

desemprego é notável, e o trabalho informal cresce mais a cada dia, no ramo da

construção civil, o próprio construtor, conhecido popularmente como pedreiro, é um

ótimo exemplo para uma análise com as teorias de Ford. Hoje podemos encontrar

muitos profissionais formais graças às construtoras, mas há ainda muitos

construtores informais que, com sua experiência e bom serviço, preferem continuar

seu trabalho informalmente.

Totalmente fora do automobilismo, mas com a mesma ideia de

construção/montagem, o construtor civil depende de seu bom trabalho para garantir

a aceitação de seu contratante e a indicação para um próximo serviço. Monitorado

pelo mais crítico inspetor da qualidade, seu contratante, o construtor deve trabalhar

bem dentro das exigências do contratante, aproveitando o máximo de seu tempo e

materiais para não haver desperdício de nenhum dos dois, assim sua matéria prima

é empregada rapidamente. Seu conhecimento em matemática também é avaliado

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quando lhe é pedido uma lista dos materiais necessários para o serviço, uma base

do material gasto diariamente é muito importante para que não se faça estoque

desnecessário.

Frank Bunker Gilbreth (1868-1924) que foi um dos fundadores do

Taylorismo e um pioneiro dos estudos de tempo e movimento, ajudou os

construtores civis no assentamento de tijolos, por exemplo. Antes eles faziam

dezoito movimentos, Gilbreth reduziu para cinco movimentos elevando os tijolos ao

nível das mãos do pedreiro, eliminando movimentos desnecessários e aumentando

substancialmente a produção. Como engenheiro, Gilbreth ajudou muito mais em

outros estudos e invenções para melhorias na construção civil.

A rapidez e eficácia do trabalho do construtor civil o garante tempo

hábil para novos trabalhos e marketing para indicações e até mesmo para que seu

contratante o procure novamente.

2.2 COMUNICAÇÃO E LINGUAGEM

2.2.1 O Trabalho Na Atualidade

O trabalho ao longo da história passou por diversas transformações

tanto no entendimento do trabalho em si quanto pela evolução tecnológica. Foi no

princípio apenas função dos escravos, passou a ser valorizado como vocação e

fonte de alimentação onde as pessoas trabalhavam para o seu sustento e o de suas

famílias e o trabalho no campo era o mais comum e hoje assume a concepção de

sucesso pessoal. É tido como meio para atingir riqueza, conforto e status social.

No Brasil comemoramos no primeiro dia do mês de maio desde

1943 o dia do trabalhador, quando a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) foi

aprovada por Getúlio Vargas. O país passava por um momento de desenvolvimento,

mudando a economia de agrária para industrial, as mudanças eram extremamente

necessárias.

2.2.2 Descanso e Lazer ou Desemprego?

Hoje o trabalhador fabril não é mais tão procurado como antes. As

empresas buscam mais trabalhadores com maior grau de escolaridade para exercer

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seus serviços mais complexos, a linguagem usada deixou de ser simples, como uma

ordem de faça isso ou faça aquilo e o uso das novas tecnologias, principalmente na

comunicação organizacional, tornou-se maior e frequente, o que fez obrigatório o

conhecimento, por parte do trabalhador, sobre o uso desses meios.

Também os processos exercidos nas indústrias se tornaram mais

técnicos. Com o avanço desenfreado da tecnologia é necessário capacitar o

operário para trabalhar com determinado instrumento ou máquina. E com as

revoluções industriais onde ultimamente o que predomina é a tecnologia mudaram

os tipos de trabalho e condições para os trabalhadores bem como o emprego do

tempo de serviço que diminuiu significativamente. No Brasil, por exemplo, em 1900 a

média de vida era de 34,4 anos e gastava-se 30% da vida em trabalho; em 2013 a

média de vida era de 74,9 anos e gastava-se 14% da vida em trabalho1 o que fez

com que os trabalhadores obtivessem mais tempo de descanso e lazer e

aumentasse o nível de desemprego.

A indústria foi ficando saturada e os empregos que eram muitos,

hoje são escassos. O índice do desemprego no Brasil hoje é de 7,9% segundo da

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). Os

produtores rurais, devido a falta de água, produzem menos e contratam menos

trabalhadores para as colheitas; o comércio demite profissionais por causa do

aumento de impostos e despesas como energia que aumentou mais de 36%

segundo o IBGE.

1 (cálculo feito seguindo pesquisa do IBGE em 2013 e o artigo AS TRANSFORMAÇÕES NO MUNDO DO TRABALHO do Professor do Curso de Administração de Empresas do Centro Universitário Franciscano de Santa Maria-RS, Ermelio Rossato)

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2.2.3 A terceirização no Brasil hoje

Recentemente um projeto de lei (PL4330) que determina a

contratação de empresas terceirizadas para a realização de serviços em

determinadas empresas está em votação no sendo. Hoje é permito, por exemplo,

nos bancos, a terceirização dos serviços de limpeza e segurança. Com a aprovação

da PL4330 os bancos poderão terceirizar seus serviços de caixa também. Tanto os

empregados da empresa contratante quanto da terceirizada já tem assegurados os

direitos aos salários, às horas extras, ao 13º salário, às férias, e a todos os demais

direitos e garantias estabelecidos na legislação trabalhista e nos acordos de seus

respectivos sindicatos.

O projeto também estabelece que a empresa contratante deverá

fiscalizar o cumprimento das obrigações trabalhistas que cabem à empresa

terceirizada. Ou seja, ela terá que fiscalizar se o trabalhador terceirizado realmente

está recebendo seus salários, férias, 13º salário, FGTS, INSS, etc. Caso a

terceirizada não cumpra estas obrigações trabalhistas e previdenciárias, a empresa

contratante deverá cumpri-las.

Infelizmente, no Brasil, a terceirização está ligada a baixos salários e

serviços de péssima qualidade. Mas isto acontece justamente, porque, atualmente, a

terceirização só é permitida para atividades secundárias, que exigem baixa

qualificação. Como a oferta deste tipo de mão de obra é abundante, os salários

realmente são baixos. Porém, uma vez que a terceirização seja ampliada para as

atividades finais das empresas, esta realidade tende a mudar, pois empresas

especializadas vão procurar por funcionários mais capacitados, com mais

treinamentos, e, consequentemente, com melhores salários. Até mesmo o aumento

do número de empregos pode ser possível, já que para suprir qualquer

eventualidade de um funcionário a empresa que terceiriza o trabalho terá que

contratar mais pessoas.

2.2.4 “McDonalização” no Brasil, a cultura alimentícia influenciada pela propaganda

“O que as pessoas comem (ou não comem) sempre foi determinado por uma interação complexa de forças sociais, econômicas e tecnológicas. A antiga República de Roma era alimentada por seus cidadãos agricultores; o Império Romano, por seus escravos. A dieta de um país pode ser mais reveladora que sua arte ou literatura” (Eric Schlosser).

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O Fast Food constitui uma forma de distribuição de produtos

cozinhados industrialmente e de serviços de restaurantes rápidos, organizados de

maneira Taylorista cujo produto básico é o hambúrguer, os irmãos Maurice e

Richard Macdonald abriram o seu primeiro restaurante “drive-in” logo após o término

da Segunda Grande Guerra em 1937, e começam a vender hot-dogs, aproveitando

assim, como acentua FISCHLER, “a crescente dependência dos californianos em

relação ao carro”, já que na época 75% as famílias tinham automóveis.

Em 1948 os irmãos Mc Donald conceberam a ideia do “Speedy

Service System”, isto é, hambúrgueres vendidos a 15 centavos de dólar,

principalmente às famílias pobres, servidos sem talheres e pratos, em sacos de

papel, acompanhados de pratos e copos de papelão. E no drive-in, as garçonetes se

deslocavam de saias curtas e em patins, para irem mais rapidamente ao

atendimento.

Os objetivos dos irmãos McDonald, ao renovarem totalmente a

empresa, foram: redução nos preços, aumento na velocidade do preparo e do servir,

e a elevação do volume de vendas. Para tanto, implantaram uma planificação na

cozinha, compartimentando o processo de produção que passou a ser executada

por uma equipe reduzida de mão de obra, mal assalariada, e sem grande

qualificação profissional. Desta forma, foi trazida para esta cozinha a divisão

Taylorista do trabalho, ou, mais exatamente, de Henry Ford: uma única tarefa para

um só funcionário. Nesse sentido, foi introduzido no preparo das refeições o sistema

de produção em cadeia.

O ambiente criado permitia com que as famílias pobres de operários

frequentassem o Fast Food, sendo, desde o início, apoiado pela população infantil e

jovem, seus grandes clientes. O hambúrguer representava, para as crianças, um

alimento desejável “conveniente, barato, fácil de mastigar e comido com a mão”.

2.3 HOMEM, CULTURA E SOCIEDADE

2.3.1 Relacionando Homem, Trabalho e Ideologia

Ideologia é um termo usado no sentido de “conjunto de ideias,

pensamentos, doutrinas e visões de mundo de um indivíduo ou de um grupo,

orientado para suas ações sociais e, principalmente, políticas”.

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A origem do termo ocorreu com Destutt de Tracy, que criou a

palavra e lhe deu o primeiro de seus significados: ciência das ideias. Karl Marx

desenvolveu uma teoria a respeito da ideologia na qual compreende a mesma como

uma consciência falsa, proveniente da divisão do trabalho manual e intelectual.

Nessa divisão, surgem os ideólogos ou intelectuais que passam através de ideias

impostas a dominar através das relações de produção e das classes que esses

criam na sociedade. Contudo a ideologia inverte ou camufla a realidade, para os

ideais ou vontades da classe dominante.

No meio organizacional podemos analisar o homem, cultura,

ideologia e trabalho como um conjunto usado para um fim capitalista. O bom gestor

deve cuidar para que a cultura de sua empresa seja mantida forte independente da

cultura de seus colaboradores. Usando a ideologia a seu favor para instruir o homem

a preservar a cultura de sua empresa. Também cabe ao gestor não mesclar sua vida

social dentro e fora da empresa, ou seja, quando estiver trabalhando, tanto ele

quanto seus colaboradores devem seguir a cultura da empresa e ao sair os

problemas da empresa devem ficar na empresa.

Em meio à sociedade, fora da empresa, o homem se torna um ser

social, mas preconceituoso em sua essência. Podemos dividir nossas sociedades

em inúmeros grupos, separados por práticas históricas e culturais. Não que sejamos

conscientemente racistas ou tenhamos nitidamente qualquer outro tipo de

preconceito, mas nos relacionamos sempre com quem também tem pensamentos

parecidos em relação a muitas coisas. Assim nos associamos e criamos grupos que

não se relacionam bem com outros grupos, mas com todos de um mesmo grupo

com os mesmos ideais.

2.3.2 A cultura muda o homem

Maslow construiu uma teoria na qual as necessidades humanas

podem ser hierarquizadas e podem ser agrupadas em cinco níveis (figura 1):

1. Necessidades fisiológicas (água, comida, ar, sexo, etc.);

2. Necessidades de segurança (abrigo, segurança, proteção,

estabilidade e continuidade e religião);

3. Necessidades sociais (amar, ser amado, constituir família,

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pertencer a um grupo, ser aceito, sentir-se necessário);

4. Necessidades de "status" ou de estima (ser competente, alcançar

objetivos, obter aprovação e ganhar reconhecimento, autoestima e a hétero-estima)

e

5. Necessidade de autorrealização (como pessoa, a demonstração

prática da realização permitida e alavancada pelo seu potencial único, buscar

conhecimento, experiências estéticas e metafísicas, ou mesmo a busca de Deus).

Considerando a teoria de Maslow posso afirmar que, quanto ao

conceito ideológico de Marx e à resenha de Glauco Barbosa Cardoso, a sociedade

evoluiu ou regrediu sua cultura, depende do ponto de vista de cada um de nós, e o

homem tende a seguir a cultura presente ao seu redor, ainda que se ache livre.

Mudamos. E não nos conformamos mais com o trabalho de mordomo ainda que

outrora o vimos como honroso. Não supre mais nossas necessidades. Então

queremos ir além buscando conhecimento, experiências, mas o homem fraco e

preso em sua própria liberdade não vê o que tem depois da cultura que o rodeia e se

acomoda onde se acha satisfeito.

Muitas pessoas se acomodam num patamar aquém de seu

potencial, por achar que não precisam de muito ou por ver que ao seu redor a

necessidade da sociedade, as outras pessoas estão no mesmo nível ou abaixo

delas.

2.4 COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL

2.4.1 Revolução Informacionalista

Das diversas tentativas de se entender e caracterizar a centralidade

das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs), duas merecem destaque

pela repercussão que vêm obtendo. De um lado, aqueles que defendem que as

novas tecnologias impactam, positiva ou negativamente, de tal maneira a sociedade

e as organizações que um novo regime de acumulação daí emergiria. Por outro

lado, uma postura aparentemente mais comedida que apregoa às TICs o poder de

corrigir os contratempos econômicos sociais e políticos.

No entanto essa revolução não só ajudou as organizações, mas teve

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como principal alvo a sociedade fora dela e evoluiu com o passar dos tempos.

Tendo a sociedade como testadores das tecnologias, as empresar viram, por

exemplo, nas redes sociais um meio de expandir seu mercado e abranger uma

maior e nova comunidade.

2.4.2 As Novas Regras

Após conseguir trazer para dentro das organizações as novas

tecnologias de informação, o desafio agora é tira-las de seus colaboradores que

vivem conectados às notícias que outros publicam nas redes e passam horas a fio

vidrados no mundo virtual. Hoje o vício já tem nome e é tratado como doença,

Nomofobia.

Imagine se a empresa precisar aceitar um atestado médico de um

funcionário que ficou o período de trabalho sem usar o celular e foi hospitalizado.

Não é uma realidade impossível, mas as empresas devem sim policiar seus

funcionários quanto ao uso das tecnologias, não só para não atrapalhar em seu

rendimento no trabalho, mas principalmente para que a linguagem usada nas redes

não seja usada no âmbito organizacional.

Dominar os “portugueses” utilizados na comunicação dentro e fora

da empresa é essencial para o gestor, que saberá como se comunicar com seu

funcionário “menos letrado” por assim dizer, com seu funcionário “mais conectado”,

com os funcionários “comuns” e saberá reportar a seu superior com uma linguagem

formal.

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3 FIGURA DE APOIO AO ITEM 2.3.2

3.1 PIRÂMIDE DE MASLOW

Figura 1 – Hierarquia das necessidades humanas

Fonte: Chiavenato (1994, p. 170)

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4 CONCLUSÃO

Com esse trabalho pretendo, não só levar ao conhecimento de

quantos puder quanto a pobreza dos materiais fornecidos para estudo e também de

muitos vídeos exibidos nas teleaulas, mas também mostrar que como gestor,

devemos estar aptos para superar adversidades e buscar outros meios eficientes

com intuito de fazer um trabalho eficaz.

Com base nas teorias de Taylor, Ford, Gilbreth e Maslow pudemos

perceber que eles foram grandes ícones da administração. Ainda que hoje se diga

que não existe mais na administração o Taylorismo ou Fordismo, é notável que

deixaram exemplos usuais a serem seguidos nos novos métodos de fabricação e

administração, cada um de um modo, mas todos com o mesmo desejo capitalista.

Pensando um pouco notamos que na sociedade de hoje, o trabalho

informal cresce deliberadamente. O homem tem se deslocado da falsa segurança

que traz o trabalho formal e vem ganhando espaço na informalidade sendo gestores

de seus próprios “negócios”, alguns deles com intuito de se formalizar.

A mão de obra fabril não tem mais tanto valor. Como não exige

muito conhecimento em nenhuma área e pela grande quantidade de trabalhadores

disponíveis, o salário tornou-se “baixo”, insustentável, então, muitas pessoas tem

buscado capacitação para melhoria de seus proventos, dentro da empresa onde

estão ou procurando novos trabalhos.

A sociedade influencia completamente na formação de novos

cidadãos, que crescem numa falsa liberdade e aprendem a ser preconceituosos

como sua comunidade que se associa apenas com outros que têm os mesmos

princípios. Até a vida financeira, o grau de escolaridade, o trabalho, tudo é

influenciado pelo meio em que vive. Mesmo que o indivíduo se torne diferente com o

passar do tempo ou simplesmente ele não seja como o resto da comunidade, a

sociedade vai julgá-lo de acordo com os outros que o rodeiam. Somos

preconceituosos por natureza, apenas não assumimos e mudamos alguns termos.

A tecnologia da comunicação que evoluiu muito em quanto apenas a

sociedade usada grande parte de seus meios e tem crescido tanto esses usuários

que já é denominada sociedade virtual, entrou nas organizações que agora atingem

essa sociedade através das redes sociais. Qual será o próximo passo, para frente

ou para trás da comunicação?

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Usuario, 16/05/15,
Seu trabalho foi bem realizado atingindo o obejtivo proposto.
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REFERÊNCIAS

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MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. A Ideologia Alemã (Feuerbach). São Paulo: Hucitec, 2002.

FRAGA, Alexandre B. Da rotina à flexibilidade: análise das características do Fordismo fora da indústria. Revista Habitus: revista eletrônica dos alunos de graduação em Ciências Sociais – IFCS/UFRJ, Rio de Janiero, v. 3, n. 1, p.36-43, 30 mar.2006. Anual. Disponível em: <www.habitus.ifcs.ufrj.br>. Acesso em: 30 mar. 2006

WILNER, Adriana. Pobre os que pensam que tempo é dinheiro, 2013. Disponível em <http://radaracademia.com/pobres-os-que-pensam-que-tempo-e-dinheiro/#.VTrU1PAoHLs>. Acesso em: 24 abr. 2015.

BRAGA, Ruy. A nostalgia do fordismo: modernização e crise na teoria da sociedade salarial. São Paulo: Xamã, 2003. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Fordismo>. Acesso em: 02 mai. 2015.

GOUNET, Thomas. Fordismo e toyotismo na civilização do automóvel. São Paulo: Boitempo Editorial, 1992. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Fordismo>. Acesso em: 02 mai. 2015.

MAIA, Adinoel Motta. A era Ford: Filosofia, ciência, Técnica. Salvador: Casa da Qualidade, 2002. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Fordismo>. Acesso em: 02 mai. 2015. WOMACK, James P. A máquina que mudou o mundo. Rio de Janeiro: Campus, 1992. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Fordismo>. Acesso em: 02 mai. 2015.

PINTO, Geraldo Augusto. A organização do trabalho no século XX: taylorismo, fordismo e toyotismo. 2ª ed. São Paulo: Expressão Popular, 2010. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Fordismo>. Acesso em: 02 mai. 2015.

SINCLAYR, Luiz, Organização e Técnica Comercial. Introdução à Administração, O&M na Empresa. 13ª ed.São Paulo, Editora Saraiva, 1991

ROSSATO, Ermelio. As transformações no mundo do trabalho. Santa Maria:

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Vidya, 2001.

BRASIL. Consolidação das Leis do Trabalho. Texto do Decreto-Lei n.º 5.452, de 1 de maio de 1943, atualizado até a Lei n.º 9.756, de 17 de dezembro de 1998. 25 ed. atual. e aum. São Paulo: Saraiva, 1999.

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