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Rio de Janeiro

2008

Liedi Bariani Bernucci

Laura Maria Goretti da Motta

Jorge Augusto Pereira Ceratti

Jorge Barbosa Soares

Pavimentação asfálticaFormação básica para engenheiros

3ª. Reimpressão

2010

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PAtRoCinAdoReS

Petrobras – Petróleo Brasileiro S. A.

Petrobras distribuidora

Abeda – Associação Brasileira das empresas distribuidoras de Asfaltos

Copyright © 2007 Liedi Bariani Bernucci, Laura Maria Goretti da Motta,

Jorge Augusto Pereira Ceratti e Jorge Barbosa Soares

P338 Pavimentação asfáltica : formação básica para engenheiros / Liedi Bariani Bernucci... [et al.]. – Rio de Janeiro : PetRoBRAS: ABedA,2006.504 f. : il.

inclui Bibliografias.Patrocínio PetRoBRAS

1. Asfalto. 2. Pavimentação. 3. Revestimento asfáltico. 4. Mistura.i. Bernucci, Liedi Bariani. ii. Motta, Laura Maria Goretti da. iii. Ceratti,Jorge Augusto Pereira. iV. Soares, Jorge Barbosa.

Cdd 625.85

CooRdenAção de PRodução

trama Criações de Arte

PRoJeto GRáFiCo e diAGRAMAção

Anita Slade

Sonia Goulart

deSenhoS

Rogério Corrêa Alves

ReViSão de texto

Mariflor Rocha

CAPA

Clube de idéias

iMPReSSão

Gráfica imprinta

Ficha catalográfica elaborada pela Petrobras / Biblioteca dos Serviços Compartilhados

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APRESENTAÇÃO

tendo em vista a necessidade premente de melhoria da qualidade das rodovias brasileiras e a importância da ampliação da infra-estrutura de transportes, a Pe-tróleo Brasileiro S.A., a Petrobras distribuidora S.A. e a Associação Brasileira das empresas distribuidoras de Asfaltos – Abeda vêm investindo no desenvolvimento de novos produtos asfálticos e de modernas técnicas de pavimentação. Para efeti-vamente aplicar estes novos materiais e a recente tecnologia, é preciso promover a capacitação de recursos humanos.

Assim, essas empresas, unidas em um empreendimento inovador, conceberam uma ação para contribuir na formação de engenheiros civis na área de pavimenta-ção: o Proasfalto – Programa Asfalto na universidade. este projeto arrojado foi criado para disponibilizar material didático para aulas de graduação de pavimentação visan-do oferecer sólidos conceitos teóricos e uma visão prática da tecnologia asfáltica.

Para a elaboração do projeto didático, foram convidados quatro professores de renomadas instituições de ensino superior do Brasil. iniciou-se então o projeto que, após excelente trabalho dos professores Liedi Bariani Bernucci, da universidade de São Paulo, Laura Maria Goretti da Motta, da universidade Federal do Rio de Janei-ro, Jorge Augusto Pereira Ceratti, da universidade Federal do Rio Grande do Sul, e Jorge Barbosa Soares, da universidade Federal do Ceará, resultou no lançamento deste importante documento.

o livro Pavimentação Asfáltica descreve os materiais usados em pavimentação e suas propriedades, além de apresentar as técnicas de execução, de avaliação e de restauração de pavimentação. A forma clara e didática como o livro apresenta o tema o transforma em uma excelente referência sobre pavimentação e permite que ele atenda às necessidades tanto dos iniciantes no assunto quanto dos que já atuam na área.

A universidade Petrobras, co-editora do livro Pavimentação Asfáltica, sente-se honrada em participar deste projeto e cumprimenta os autores pela importante ini-ciativa de estabelecer uma bibliografia de consulta permanente sobre o tema.

Petróleo Brasileiro S.A. – PetrobrasPetrobras distribuidora S.A. – AsfaltosAbeda – Associação Brasileira das empresas distribuidoras de Asfaltos

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PReFáCio 7

1 Introdução 9

1.1 PAViMento do Ponto de ViStA eStRutuRAL e FunCionAL 9

1.2 uM BReVe hiStÓRiCo dA PAViMentAção 11

1.3 SituAção AtuAL dA PAViMentAção no BRASiL 20

1.4 ConSideRAçÕeS FinAiS 22

BiBLioGRAFiA CitAdA e ConSuLtAdA 24

2 Ligantes asfálticos 25

2.1 intRodução 25

2.2 ASFALto 26

2.3 eSPeCiFiCAçÕeS BRASiLeiRAS 58

2.4 ASFALto ModiFiCAdo PoR PoLÍMeRo 59

2.5 eMuLSão ASFáLtiCA 81

2.6 ASFALto diLuÍdo 96

2.7 ASFALto-eSPuMA 97

2.8 AGenteS ReJuVeneSCedoReS 99

2.9 o PRoGRAMA ShRP 100

BiBLioGRAFiA CitAdA e ConSuLtAdA 110

3 Agregados 115

3.1 intRodução 115

3.2 CLASSiFiCAção doS AGReGAdoS 116

3.3 PRodução de AGReGAdoS BRitAdoS 124

3.4 CARACteRÍStiCAS teCnoLÓGiCAS iMPoRtAnteS doS AGReGAdoS PARA PAViMentAção ASFáLtiCA 129

3.5 CARACteRiZAção de AGReGAdoS SeGundo o ShRP 150

BiBLioGRAFiA CitAdA e ConSuLtAdA 154

SumáRiO

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4 Tipos de revestimentos asfálticos 157

4.1 intRodução 157

4.2 MiStuRAS uSinAdAS 158

4.3 MiStuRAS IN SITU eM uSinAS MÓVeiS 185

4.4 MiStuRAS ASFáLtiCAS ReCiCLAdAS 188

4.5 tRAtAMentoS SuPeRFiCiAiS 191

BiBLioGRAFiA CitAdA e ConSuLtAdA 200

5 Dosagem de diferentes tipos de revestimento 205

5.1 intRodução 205

5.2 deFiniçÕeS de MASSAS eSPeCÍFiCAS PARA MiStuRAS ASFáLtiCAS 207

5.3 MiStuRAS ASFáLtiCAS A Quente 217

5.4 doSAGeM de MiStuRAS A FRio 253

5.5 MiStuRAS ReCiCLAdAS A Quente 256

5.6 tRAtAMento SuPeRFiCiAL 263

5.7 MiCRoRReVeStiMento e LAMA ASFáLtiCA 269

BiBLioGRAFiA CitAdA e ConSuLtAdA 281

6 Propriedades mecânicas das misturas asfálticas 287

6.1 intRodução 287

6.2 enSAioS ConVenCionAiS 288

6.3 enSAioS de MÓduLo 290

6.4 enSAioS de RuPtuRA 308

6.5 enSAioS de deFoRMAção PeRMAnente 316

6.6 enSAioS CoMPLeMentAReS 327

BiBLioGRAFiA CitAdA e ConSuLtAdA 332

7 Materiais e estruturas de pavimentos asfálticos 337

7.1 intRodução 337

7.2 PRoPRiedAdeS doS MAteRiAiS de BASe, SuB-BASe e ReFoRço do SuBLeito 339

7.3 MAteRiAiS de BASe, SuB-BASe e ReFoRço do SuBLeito 352

7.4 ALGuMAS eStRutuRAS tÍPiCAS de PAViMentoS ASFáLtiCoS 365

BiBLioGRAFiA CitAdA e ConSuLtAdA 369

8 Técnicas executivas de revestimentos asfálticos 373

8.1 intRodução 373

8.2 uSinAS ASFáLtiCAS 373

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8.3 tRAnSPoRte e LAnçAMento de MiStuRAS ASFáLtiCAS 384

8.4 CoMPACtAção 389

8.5 exeCução de tRAtAMentoS SuPeRFiCiAiS PoR PenetRAção 393

8.6 exeCução de LAMAS e MiCRoRReVeStiMentoS ASFáLtiCoS 397

8.7 ConSideRAçÕeS FinAiS 401

BiBLioGRAFiA CitAdA e ConSuLtAdA 402

9 Diagnóstico de defeitos, avaliação funcional e de aderência 403

9.1 intRodução 403

9.2 SeRVentiA 405

9.3 iRReGuLARidAde LonGitudinAL 407

9.4 deFeitoS de SuPeRFÍCie 413

9.5 AVALiAção oBJetiVA de SuPeRFÍCie PeLA deteRMinAção do iGG 424

9.6 AVALiAção de AdeRÊnCiA eM PiStAS MoLhAdAS 429

9.7 AVALiAção de RuÍdo PRoVoCAdo PeLo tRáFeGo 435

BiBLioGRAFiA CitAdA e ConSuLtAdA 438

10 Avaliação estrutural de pavimentos asfálticos 441

10.1 intRodução 441

10.2 MÉtodoS de AVALiAção eStRutuRAL 443

10.3 eQuiPAMentoS de AVALiAção eStRutuRAL não-deStRutiVA 445

10.4 noçÕeS de RetRoAnáLiSe 453

10.5 SiMuLAdoReS de tRáFeGo 457

10.6 ConSideRAçÕeS FinAiS 460

BiBLioGRAFiA CitAdA e ConSuLtAdA 461

11 Técnicas de restauração asfáltica 463

11.1 intRodução 463

11.2 tÉCniCAS de ReStAuRAção de PAViMentoS CoM PRoBLeMAS FunCionAiS 466

11.3 tÉCniCAS de ReStAuRAção de PAViMentoS CoM PRoBLeMAS eStRutuRAiS 468

11.4 ConSideRAçÕeS SoBRe o tRinCAMento PoR ReFLexão 469

BiBLioGRAFiA CitAdA e ConSuLtAdA 475

ÍndiCe de FiGuRAS 477

ÍndiCe de tABeLAS 486

ÍndiCe ReMiSSiVo de teRMoS 490

ÍndiCe ReMiSSiVo dAS BiBLioGRAFiAS 496

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7

PREFáCiO

este livro tem por objetivo principal contribuir para a formação do aluno na área de pavimentação asfáltica, dos cursos de engenharia Civil de universidades e faculda-des do país. o projeto deste livro integra o Programa Asfalto na universidade, con-cebido em conjunto com a Petrobras e a Abeda, nossos parceiros e patrocinadores, para apoiar o ensino de graduação, disponibilizando material bibliográfico adicional aos estudantes e aos docentes de disciplinas de infra-estrutura de transportes. os autores acreditam que seu conteúdo possa ser também útil a engenheiros e a téc-nicos da área de pavimentação e, no aspecto de organização do conhecimento, a pós-graduandos.

A elaboração deste livro em muito assemelha-se à construção de uma estrada, e os autores o vêem como mais uma via na incessante busca de novos horizontes. estradas preexistentes influenciam o traçado de novas rodovias, assim como a pre-existência de diversos materiais bibliográficos contribuiu para o projeto deste livro. os autores procuraram ao máximo trafegar por diversas referências, devidamente reconhecidas no texto, e estão cientes de que muitos outros caminhos precisam ser percorridos para uma viagem mais plena.

Como em qualquer projeto de engenharia, decisões foram tomadas com vistas à delimitação do trabalho. Foram enfocados tópicos julgados menos disponíveis na li-teratura técnica brasileira sobre materiais de pavimentação – principalmente no que se refere aos ligantes asfálticos e aos tipos e propriedades das misturas asfálticas –, técnicas executivas e de avaliação de desempenho, bem como as diretrizes para a restauração asfáltica de pavimentos. esses assuntos foram considerados pelos autores de grande valia para a construção do conhecimento sobre pavimentação na academia. os autores reconhecem a limitação do escopo deste livro e recomendam fortemente que os estudantes busquem bibliografia complementar que enriqueça seus conhecimentos, enveredando também pelos caminhos do projeto de dimensio-namento das estruturas de pavimentos e de restaurações, da mecânica dos pavi-mentos, da geotecnia, do projeto de tráfego e de drenagem, das técnicas de controle tecnológico, da gerência de pavimentos etc. todas essas áreas do saber afins à pa-vimentação dão embasamentos aos conceitos necessários para termos pavimentos rodoviários, aeroportuários e urbanos mais econômicos, com melhor desempenho e mais duráveis para cada situação.

Como toda obra de pavimentação, não faltou neste caso a consultoria e o contro-le de qualidade, exercidos com competência e elegância pelos cole gas aqui reconhe-cidos por seus valiosos comentários e sugestões: dra. Leni Figueiredo Mathias Leite

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e eng. Luis Alberto do nascimento (Centro de Pesquisa da Petrobras), eng. ilonir Antonio tonial (Petrobras distribuidora), eng. Armando Morilha Júnior (Abeda), Prof. dr. Glauco túlio Pessa Fabbri (escola de engenharia de São Carlos/univer-sidade de São Paulo), Prof. Sérgio Armando de Sá e Benevides (universidade Fe-deral do Ceará), Prof. álvaro Vieira (instituto Militar de engenharia) e eng. Alfredo Monteiro de Castro neto (desenvolvimento Rodoviário S.A.).

A experiência de escrever este livro a oito mãos foi deveras enriquecedora, construindo-o em camadas, com materiais convencionais e alternativos, cuida-dosamente analisados, compatibilizando-se sempre as espessuras das camadas e a qualidade dos materiais. no livro, competências e disponibilidades de tempo foram devidamente dosadas entre os quatro autores. um elemento presente foi o uso de textos anteriormente escritos pelos quatro autores em co-autoria com seus respectivos alunos e colegas de trabalho, sendo estes devidamente referen-ciados.

Por fim, tal qual uma estrada, por melhor que tenha sido o projeto e a execu-ção, esta obra está sujeita a falhas, e o olhar atento dos pares ajudará a realizar a manutenção no momento apropriado. o avanço do conhecimento na fascinante área de pavimentação segue em alta velocidade e, portanto, alguns trechos da obra talvez mereçam restauração num futuro não distante. novos trechos devem surgir. Aos autores e aos leitores cabe permanecer viajando nas mais diversas es-tradas, em busca de paisagens que ampliem o horizonte do conhecimento. Aqui, espera-se ter pavimentado mais uma via para servir de suporte a uma melhor compreensão da engenharia rodoviária. Que esta via estimule novas vias, da mesma forma que uma estrada possibilita a construção de outras tantas.

os autores

notA iMPoRtAnte: os quatro autores participaram na seleção do conteúdo, na organização e na redação de todos os onze capítulos, e consideram suas respec-tivas contribuições ao livro equilibradas. A ordem relativa à co-autoria levou em consideração tão somente a coordenação da produção do livro.

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6.1 INTRODUÇÃO

A caracterização de materiais de pavimentação é uma tarefa complexa em virtude das propriedades desses materiais dependerem de diversos fatores, entre eles: meio ambien-te, magnitude, tempo de aplicação e freqüência das cargas dos veículos, e estado de tensões. No caso das misturas asfálticas, o envelhecimento gradativo devido à oxidação do ligante aumenta a complexidade, já que é difícil a simulação desse fenômeno em laboratório para a devida caracterização do material. Diante disso, a caracterização das misturas requer um balanço apropriado entre rigor e praticidade, uma vez que nem todas as variáveis podem ser consideradas simultaneamente, pelo menos não no estágio atual de conhecimento. Privilegiam-se então os aspectos considerados de maior relevância para previsão do comportamento das misturas asfálticas em campo.

Nos primeiros dois terços do século XX, a caracterização das misturas, bem como dos outros materiais de pavimentação, era estritamente empírica, correspondendo às abordagens de dimensionamento dos pavimentos tal como o método do CBR ou o mé-todo da AASHTO até 1986. Para as misturas asfálticas, os ensaios consagrados nessas abordagens foram o de estabilidade Marshall e o de estabilidade Hveem. No Brasil, o primeiro é ainda extensamente usado, principalmente no meio técnico. Embora esses ensaios sejam práticos e importantes quando se considera o desenvolvimento da pavi-mentação, não são apropriados para condições de serviço distintas das para os quais eles foram desenvolvidos, nem úteis para a previsão de desempenho dos pavimentos (Roberts et al., 1996).

Observa-se, principalmente a partir da década de 1970, maior utilização de métodos de dimensionamento de pavimentos que buscam compatibilizar as ações solicitantes do tráfego com a capacidade dos materiais por meio da análise estrutural de sistemas em camadas (Yoder e Witczak, 1975; Huang, 1993, 2003; Medina, 1997). Para a solução de problemas estruturais, por métodos numéricos ou analíticos, é necessário que se defi-nam basicamente: a geometria do problema, as condições de contorno (carga e desloca-mento) e as propriedades dos materiais, geralmente determinadas em laboratório (Allen e Haisler, 1985). Os modelos constitutivos comumente adotados na análise estrutural de pavimentos asfálticos são: (i) elástico linear para a camada de revestimento, e (ii) elástico não-linear para as camadas subjacentes.

6Propriedades mecânicas

das misturas asfálticas

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288 Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros

Numa abordagem mecanística, os resultados da análise estrutural dos pavimentos – tensões, deformações e deslocamentos – são comparados com critérios de dimensiona-mento predefinidos de modo a evitar os principais tipos de defeitos, principalmente trin-camento por fadiga e deformação permanente (no Brasil não há maiores preocupações com trincamento térmico). Esses critérios podem ser estabelecidos a partir de valores limites de resistência dos materiais (Motta, 1991; Benevides, 2000).

No caso de misturas, resultados do ensaio de vida de fadiga têm sido usados com freqüência como critério de dimensionamento (Pinto, 1991). As cargas usadas nesse ensaio, por sua vez, são determinadas em função de outro ensaio limite, o de resistência à tração estática, comumente realizado de forma indireta devido à maior simplicidade. Por possuir um modo de falha definido, ele também tem sido usado como parâmetro de controle na dosagem de misturas, em substituição à estabilidade Marshall, conforme apresentado no Capítulo 5.

Além da vida de fadiga, é importante a caracterização das misturas de modo a evitar deformações permanentes. Ensaios de simulação de tráfego em laboratório têm sido usados para este fim geralmente utilizando corpos-de-prova prismáticos. Para os labo-ratórios que não dispõem desses equipamentos, um ensaio de realização simples é o de creep, que possibilita ainda a determinação de propriedades viscoelásticas das misturas (Souza e Soares, 2003). A importância dessas propriedades é permitir a caracterização do comportamento estrutural em função do tempo e da taxa de aplicação de carga (ou deslocamento) (Schapery, 1969, 1974; Christensen, 1982).

Neste capítulo são descritos os ensaios mecânicos para caracterização de mistu-ras asfálticas. Os diversos ensaios discutidos são categorizados conforme indicação a seguir:• ensaios convencionais: estabilidade Marshall;• ensaios de módulo: módulo de resiliência; módulo complexo (módulo dinâmico);• ensaios de ruptura: resistência à tração indireta; vida de fadiga (compressão diame-

tral, flexão);• ensaio de deformação permanente: simulador de tráfego de laboratório; compressão

ou tração axial estática (creep); compressão ou tração axial de carga repetida;• ensaios complementares: Cântabro; dano por umidade induzida.

6.2 ENSAIOS CONVENCIONAIS

Estabilidade MarshallO ensaio Marshall, já apresentado no Capítulo 5, é reapresentado aqui para compor este capítulo que trata das propriedades mecânicas. Foi criado na década de 1940 pelo Corpo de Engenheiros dos Estados Unidos (United States Corps of Engineers – Usace), a partir de conceitos desenvolvidos pelo engenheiro Bruce Marshall do Departamento de Estradas do Estado do Mississipi (Roberts et al., 1996). O ensaio compõe um procedi-

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289Propriedades mecânicas das misturas asfálticas

mento de dosagem para misturas asfálticas, que faz uso ainda de parâmetros volumétri-cos da mistura, conforme descrito no Capítulo 5.

O ensaio consiste da aplicação de uma carga de compressão sobre o corpo-de-pro-va cilíndrico regular, denominado corpo-de-prova Marshall, de 100mm de diâmetro e 63,5mm de altura. Essa carga é aplicada no corpo-de-prova por meio de cabeçotes cur-vos padronizados, como indicado na Figura 6.1(a). A temperatura do ensaio é de 60°C e a taxa de carregamento de 5cm/minuto. Em geral a parte superior da prensa é fixa e o prato inferior se desloca para cima conforme a taxa mencionada. Devido à resistência do material ensaiado, é necessária uma força crescente para manter o prato inferior movendo-se na taxa especificada. Esta força cresce até um determinado ponto em que ocorre uma perda de estabilidade do material, causada por deslocamento ou quebra de agregados. A carga máxima correspondente a este ponto é denominada estabilidade Marshall e é expressa em unidade de força (no Brasil, tipicamente em kgf, ou ainda N nas normas recentes). O deslocamento vertical total do prato, correspondente ao ponto de carga máxima, é denominado fluência, expressa em unidade de deslocamento (no Brasil, tipicamente em mm). Esses parâmetros são indicados na Figura 6.1(b) que pode ser obtida num equipamento que permita o registro automático da carga e do deslocamento como o mostrado na Figura 6.1(a).

Figura 6.1 Exemplo de equipamento e resultado do ensaio de estabilidade Marshall

(a) Exemplo de prensa Marshall (b) Curva do ensaio

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290 Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros

6.3 ENSAIOS DE MÓDULO

Um bom projeto de pavimento é aquele que combina os materiais e as espessuras das camadas conforme a rigidez de cada uma dessas camadas, de modo a propiciar uma resposta estrutural do conjunto condizente com as solicitações do tráfego. Essa resposta definirá a vida útil do conjunto da estrutura. Diferentes parâmetros de rigidez têm sido utilizados para tentar caracterizar o comportamento mecânico das misturas asfálticas. A importância do conhecimento da rigidez dos materiais do revestimento e das subcama-das é possibilitar a análise da estrutura global do pavimento, que produz como resposta as tensões, as deformações e os deslocamentos do sistema em camadas. Sistemas em camadas como os pavimentos estão sujeitos a cargas transientes provenientes do movimento dos veículos, o que gera tensões verticais com formas de onda senoidais (Barksdale, 1971), entre outras. A tensão aplicada na superfície é função da magnitude do carregamento.

Devido ao comportamento viscoelástico do ligante asfáltico (Goodrich, 1991; Pinto, 1991; Park e Kim, 1998; Lee e Kim, 1998; Taira e Fabri 2001; Daniel e Kim, 2002; Souza e Soares, 2003), a resposta do revestimento é diferente para carregamentos es-táticos e dinâmicos. Mesmo quando se considera a mesma magnitude de carregamento (estático e dinâmico), o material viscoelástico apresenta maior rigidez para carregamen-tos com menor duração de aplicação do pulso de carga e menor rigidez para carrega-mentos com maior duração, sendo o limite o carregamento estático. A duração do pulso de carga está relacionada com a velocidade dos veículos.

Outro fator importante é a freqüência de aplicação de pulsos de carga consecutivos, que quanto maior significa que menor é o tempo decorrido entre um pico de carga e o subseqüente; a freqüência de carga também é um fator determinante na resposta dos materiais asfálticos. A temperatura também é outro fator de grande influência no comportamento mecânico das misturas, podendo a rigidez variar em até uma ordem de grandeza (Fonseca, 1995), sendo que, para baixas temperaturas, a rigidez tende a au-mentar, com redução da parcela viscosa e diminuição do ângulo de fase. Com o aumento da temperatura, a rigidez cai.

Materiais que apresentam comportamento elástico linear (rigidez independente do estado de tensões) podem ser caracterizados por dois parâmetros: módulo de Young ou módulo de elasticidade, e coeficiente de Poisson (Love, 1944). Embora apresentem comportamento reconhecidamente viscoelástico, as misturas asfálticas podem ser con-sideradas elásticas se a carga aplicada for pequena em relação à resistência (tensão de ruptura) do material, e o carregamento for repetido por ciclos suficientemente longos (Huang, 1993). Admitir a hipótese de que o comportamento das misturas asfálticas seja elástico linear, possibilita a análise simplificada de sistemas de camadas por meio de soluções analíticas ou numéricas.

O termo módulo tem sido usado de forma pouco rigorosa no meio de pavimentação pois existem conceitos bastante distintos para ele. Mamlouk e Sarofim (1988) apresen-

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291Propriedades mecânicas das misturas asfálticas

tam uma discussão sobre os seguintes tipos de módulo: (i) módulo de Young; (ii) módulo de cisalhamento; (iii) módulo de compressibilidade, hidrostático ou de elasticidade do volume (bulk modulus); (iv) módulo complexo; (v) módulo dinâmico; (vi) módulo de resi-liência; (vii) módulo obtido pelo nomograma da Shell. Uma apresentação completa des-ses diversos módulos está além do escopo deste livro. Para ficar restrita aos parâmetros utilizados no Brasil esta seção tem como foco o módulo de resiliência com carregamento por compressão diametral e os módulos complexo e dinâmico como possibilidades futu-ras de uso.

6.3.1 Módulo de resiliênciaOs estudos sobre o comportamento resiliente dos materiais usados em pavimentação foram iniciados na década de 1930 com Francis Hveem, que foi o primeiro a relacionar as deformações recuperáveis (resiliência) com as fissuras surgidas nos revestimentos as-fálticos. Foi ele também quem adotou o termo “resiliência”, que é definido classicamente como “energia armazenada num corpo deformado elasticamente, a qual é devolvida quando cessam as tensões causadoras das deformações”. Hveem criou um equipamen-to chamado estabilômetro para medir essas deformações verticais através de sensores eletromecânicos (strain gages). O nome módulo de resiliência (resilient modulus em inglês) foi criado para que não fosse confundido com o módulo de Young, determinado estaticamente (Hveem, 1955).

Tayebali et al. (1993) realizaram ensaios para a avaliação de módulos de resiliência das misturas asfálticas utilizando ensaios de flexão, carregamento axial e compressão diametral, concluindo que os valores obtidos com ensaios de compressão diametral as-sumem valores superiores aos obtidos com ensaios de flexão e axiais. Os valores obtidos nos ensaios de flexão e de carregamento axial são relativamente semelhantes. Resultados semelhantes com relação aos ensaios de flexão e compressão diametral foram obtidos no Brasil por Pinto (1991).

O ensaio de módulo de resiliência (MR) em misturas asfálticas é padronizado no país pela DNER-ME 133/94 (DNER, 1994). Encontra-se atualmente em elaboração uma proposição de especificação ABNT do ensaio de módulo de resiliência, com base na norma do DNER, no âmbito da Comissão de Asfalto do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) da qual os autores fazem parte. Estes participam igualmente de um grupo de trabalho na ASTM responsável pela revisão da norma norte-americana correspondente. A partir da experiência adquirida pelos autores neste ensaio, algumas alterações já vêm sendo utilizadas e propostas nas revisões da norma, sendo comentadas ao longo do presente texto.

O ensaio de MR em misturas asfálticas é realizado aplicando-se uma carga repetida-mente no plano diametral vertical de um corpo-de-prova cilíndrico regular. Essa carga gera uma tensão de tração transversalmente ao plano de aplicação da carga. Mede-se então o deslocamento diametral recuperável na direção horizontal correspondente à ten-são gerada, numa dada temperatura (T). Os corpos-de-prova cilíndricos são de aproxima-

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292 Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros

damente 100mm de diâmetro e 63,5mm de altura no caso de corpos-de-prova moldados no compactador Marshall, ou de 100mm de diâmetro e altura entre 35mm e 65mm, extraídos de pista ou de amostras de maiores dimensões.

O carregamento diametral, representado esquematicamente na Figura 6.2(a), gera um estado biaxial de tensões, esquematicamente representado na Figura 6.2(b), que é governado pela expressão 6.1.

(6.1)

Onde:ex = deformação de tração no diâmetro horizontal;sx = tensão horizontal;sy = tensão vertical;m = coeficiente de Poisson;MR = módulo de resiliência.

(a) Esquema de carregamento no ensaio de MR

Figura 6.2 Ilustração do ensaio de compressão diametral e estado de tensões gerado

A distribuição de tensões dentro de um disco comprimido por duas cargas pontuais diametralmente opostas foi considerada por Timoshenko e Goodier (1951), sendo poste-riormente proposta a solução considerando-se o efeito do friso (Hondros, 1959), confor-me indicam as expressões (6.2) e (6.3):

(b) Estado biaxial de tensões (Medina e Motta, 2005)

y yσx =,tração 2P d²– 4x² ²

d²+4x²

2P

–6Pπbd

–2P 4d²d²+4x²

–1 2P

σy =,compressão –2P 2 2 1d–2y d+2y d

+ –x x

–6P

σy =,compressão σx =,tração

πbd

πbd

πbd

πbdπbd

πb

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293Propriedades mecânicas das misturas asfálticas

(6.2)

(6.3)

Onde:P = força aplicada por unidade de espessura do cilindro (P = 2pt);p = pressão uniformemente distribuída na área de contato friso-cilindro;2t = largura do friso;a = arcsen t/R;y = y/R;y = distância vertical a partir do eixo horizontal que passa no centro do corpo-de-prova;R = raio do corpo-de-prova.

Nas misturas asfálticas o coeficiente de Poisson pode ser considerado independente do tipo de carregamento, variando apenas com a temperatura. O seu valor varia entre 0,35 para baixas temperaturas e 0,50 para altas temperaturas (Von Quintus et al., 1991). No Brasil é comum se assumir o valor de 0,30.

Na proposição de norma norte-americana atualmente em elaboração pela ASTM, os deslocamentos verticais e horizontais são medidos, e calculado o valor para o coe-ficiente. Para isso são utilizados LVDTs (linear variable differential transformers), nas duas faces do corpo-de-prova, alinhados ortogonalmente entre si, conforme ilustrado na Figura 6.3.

Figura 6.3 Arranjo dos LVDTs para medidas de deslocamentos horizontais e verticais

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294 Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros

Ensaio de módulo de resiliência – norma brasileiraA realização do ensaio de MR em misturas asfálticas no Brasil se baseia nas recomen-dações da DNER-ME 133/94 (DNER, 1994). De forma sucinta, são apresentados os equipamentos descritos nesta norma e alguns aspectos importantes das condições do ensaio.Aparelhagem• Sistema pneumático de carregamento, composto de: regulador de pressão para aplicação da carga vertical repetida; válvula de transmissão da carga vertical; cilindro de pressão e pistão de carga; dispositivo mecânico digital timer para controle do tempo de abertura da válvula e

freqüência de aplicação da carga vertical.

• Sistema de medição de deslocamento do corpo-de-prova constituído de:1

dois transdutores mecânicos-eletromagnéticos tipo LVDT; suporte para fixação dos LVDTs na amostra; oscilógrafo e amplificador com características apropriadas para uso com os transdu-

tores LVDTs.

• Estrutura de suporte com acessórios.

Montagem do conjunto corpo-de-prova, frisos e LVDTs• posicionar o corpo-de-prova no interior do suporte para fixação dos transdutores;• colocar o corpo-de-prova na base da estrutura de suporte, entre dois cabeçotes cur-

vos (frisos metálicos);• fixar e ajustar os transdutores LVDTs;• observar o perfeito assentamento do pistão de carga e dos cabeçotes no corpo-de-

prova.

Vale lembrar que atualmente existem no país equipamentos, como o visto na Figura 6.4, que já incorporam todo o aparato necessário à realização do ensaio, inclusive con-tando com um sistema eletrônico de aquisição de dados que converte as leituras reali-zadas pelos LVDTs em valores digitais e transfere-as para um microcomputador onde é feita a visualização dos resultados. Esse procedimento era feito no passado de maneira manual, através da leitura dos resultados impressos por oscilógrafo, em rolos de papel milimetrado.

1 O princípio de funcionamento dos LVDTs consiste em transformar as deformações durante o carregamento repe-tido em potencial elétrico, cujo valor é lido através de conversores analógicos digitais e então passado para o com-putador. Uma pré-calibração é necessária, a fim de correlacionar as deformações com os valores dos registros.

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295Propriedades mecânicas das misturas asfálticas

A Figura 6.5 mostra dois arranjos experimentais possíveis para a instalação dos frisos metálicos para a aplicação da carga e colocação dos LVDTs para a medida de desloca-mentos recuperáveis, podendo ser arranjo com dois ou apenas um único LVDT.

Figura 6.4 Exemplos de equipamento para ensaio de compressão diametral de carga repetida

Figura 6.5 Exemplos de arranjos experimentais para a colocação dos medidores de deslocamento ao corpo-de-prova para o ensaio de MR

(a) Corpo-de-prova com dois LVDTs (b) Corpo-de-prova com um único LVDT

Condições de ensaio e registros• Fase de condicionamento do corpo-de-prova: Aplicar 200 vezes uma carga vertical repetida (P) diametralmente no corpo-de-prova,

de modo a se obter uma tensão (st) menor ou igual a 30% da resistência à tração determinada no ensaio de compressão diametral estático.2 Recomenda-se a aplicação da menor carga (P), capaz de fornecer um registro compatível com a precisão dos

2 Atualmente diversos laboratórios têm aplicado poucas repetições de carga inicialmente, da ordem de poucas dezenas de aplicações, e tensões da ordem de 10 a 20% da resistência à tração por compressão diametral.

Friso metálico

LVDT

Friso metálico preso em suporte

LVDT

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296 Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros

conversores analógicos digitais responsáveis pelas leituras dos LVDTs (recomenda-se uma sensibilidade mínima de 2,5x10-4mm). A freqüência de aplicação da carga (P) é de 60 ciclos por minuto, com o tempo de aplicação de carga de 0,10 segundo3 e, portanto, com 0,90 segundo de repouso ou descarregamento (Figura 6.6).

• Registro dos deslocamentos lidos pelos LVDTs após 300, 400 e 500 aplicações de carga (P).4

3 A forma adotada atualmente do pulso de carga é aproximadamente semi-senoidal.4 Alguns procedimentos têm adotado apenas algumas dezenas de aplicações de carga para a leitura dos deslocamentos.5 Atualmente tem sido utilizada a temperatura de 25°C como referência para o ensaio de módulo de resi-liência. É possível, no entanto, a realização do ensaio em outras temperaturas mais baixas ou ligeiramente mais elevadas para analisar principalmente a importância da variação do comportamento das misturas asfálticas dependentes da variação de temperatura.

Figura 6.6 Duração dos tempos de carregamento e repouso

Com os valores de carga aplicada e deslocamentos horizontais recuperáveis obtidos é calculado o módulo de resiliência por meio da expressão 6.4.

(6.4)

Onde:MR = módulo de resiliência, MPa;P = carga vertical repetida aplicada diretamente no corpo-de-prova, N;∆ = deslocamento elástico ou resiliente registrado para 300, 400 e 500 aplicações da carga (P), mm;H = altura do corpo de prova, mm;m = coeficiente de Poisson.

A norma DNER-ME 133/94 apresenta as seguintes notas: 1. Recomenda-se o valor de 0,30 para o coeficiente de Poisson. 2. O MR do corpo-de-prova ensaiado será a média aritmética dos valores determinados

a 300, 400 e 500 aplicações de carga (P). 3. Quando a temperatura de ensaio não for especificada, o MR deverá ser determinado

na temperatura de 30°C ± 1°C.5

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297Propriedades mecânicas das misturas asfálticas

Neste procedimento de ensaio, os deslocamentos considerados são os recuperáveis (resilientes). Mesmo nos ensaios conduzidos com níveis de carregamento de 5% da ten-são de ruptura ainda são perceptíveis deslocamentos plásticos (deslocamento permanen-te ilustrado na Figura 6.7) que não devem ser contabilizados no cálculo do MR. Faz-se para isto um desconto nos deslocamentos lidos através de duas tangentes que passam pelas partes retilíneas do registro deste parâmetro. Na interseção das duas tangentes é que se mede a parcela elástica a ser usada no cálculo do módulo de resiliência.

Figura 6.7 Parcelas dos deslocamentos resilientes e permanentes registrados durante ensaios de módulo de resiliência

Algumas diferenças entre a metodologia de ensaio preconizada pelo DNER e as atual-mente em revisão pelo IBP-ABNT e pela ASTM são destacadas a seguir.

O coeficiente de Poisson (m) não será atribuído, mas sim calculado através da expres-são 6.5, com base nos resultados das medidas de deslocamento horizontal e vertical, conforme indicado na Figura 6.3.

(6.5)

Onde:dh, dv= deslocamentos horizontais e verticais, respectivamente, medidos em uma faixa correspondente a três quartos do diâmetro do corpo-de-prova.

O pulso de carga deve ter a forma da função (Harversine function), mos-trada na Figura 6.8.

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298 Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros

A proposição deste formato de pulso deve-se ao fato de estudos terem mostrado que a forma de onda prescrita é a equivalente ao carregamento proveniente da passagem dos pneus dos veículos.

Na norma norte-americana em revisão estuda-se utilizar uma metodologia particular para o cálculo dos deslocamentos instantâneos e deslocamentos totais, subdividindo o pulso de deslocamento nas seguintes partes, mostradas na Figura 6.9.

Figura 6.8 Forma do pulso de carregamento (adaptado de NCHRP-285)

Figura 6.9 Subdivisões do pulso de deslocamento

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299Propriedades mecânicas das misturas asfálticas

Para os deslocamentos instantâneos são determinadas as regressões para as três porções da curva de deslocamento, conforme descrito a seguir (Figura 6.10):• regressão linear na porção reta do caminho de descarregamento;• regressão na porção curva que liga o caminho de descarregamento à porção de recu-

peração de modo a se obter uma equação hiperbólica do tipo ;

• regressão na porção de recuperação nos intervalos de 40% a 90% (intervalo reco-mendado) do período de descanso de maneira a produzir uma equação hiperbólica como mostrada acima. Uma tangente a esta hipérbole deve ser obtida no ponto cor-respondente a 55% (ponto recomendado) do período de descanso.

Duas equações lineares, uma do caminho de descarregamento e outra da reta tan-gente à hipérbole na porção de recuperação, devem ser resolvidas para determinação do ponto de interseção.

Figura 6.10 Regressões das porções de descarregamento do pulso de deslocamento

O ponto na curva hiperbólica correspondente ao tempo coordenado (valor no eixo x) da interseção é selecionado para determinar o deslocamento instantâneo pela sua sub-tração do pico de deslocamento (Figura 6.11).

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300 Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros

O cálculo do deslocamento total consiste em medir-se o valor obtido através da média dos valores de deslocamento no período entre 85% e 95% do período de descanso, pelo pico de deslocamento (Figura 6.12).

De posse dos deslocamentos resilientes instantâneo e total, calcula-se o módulo de resiliência do material considerando o deslocamento instantâneo e pode-se também cal-cular um módulo com base no deslocamento total. Quanto mais próximos forem estes dois módulos, mais rápida é a recuperação elástica do material quando submetido à ação

Figura 6.11 Deslocamento resiliente instantâneo

Figura 6.12 Deslocamento resiliente total

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301Propriedades mecânicas das misturas asfálticas

de cargas (Brito, 2006). No caso de vias de elevado volume de tráfego, é importante que estes dois valores sejam o mais próximo possível, podendo-se modificar o arranjo dos agregados ou a escolha do ligante para atender este requisito.

Para materiais viscoelásticos, o MR varia tanto com o tempo de aplicação da carga como com o tempo de repouso, uma vez que o deslocamento recuperável depende dos dois. Vale ressaltar que, para materiais viscoelásticos lineares, embora o deslocamento total varie com o número de ciclos de aplicação de carga devido ao acúmulo de deslo-camentos não-recuperáveis, o deslocamento recuperável deve se manter constante ao longo dos ciclos. Souza e Soares (2003) mostraram através do método dos elementos finitos (MEF) que a resposta estrutural de um pavimento asfáltico sob a ação de uma carga semi-senoidal obtida através de um modelo elástico, para o qual se assumiu um módulo de Young igual ao MR, se aproxima da resposta obtida pelo modelo viscoelástico para um tempo de carregamento de 0,1s, o que é esperado, uma vez que o MR é deter-minado em laboratório para um tempo de carregamento de 0,1s.

O MR não representa, portanto, um parâmetro puramente elástico para misturas asfál-ticas, uma vez que no seu cálculo associado a um dado pulso de carregamento, desenvol-vem-se deformações viscoelásticas que são parcialmente contabilizadas como deformações elásticas. A viscoelasticidade de misturas asfálticas não é tratada aqui de forma conceitual, sendo o leitor referido a Souza (2005) para uma melhor compreensão do assunto.

O módulo de resiliência de misturas asfálticas a quente varia com: o tipo de mistura (CA, SMA, CPA etc. – ver Capítulo 4), a faixa granulométrica, o tipo de ligante asfáltico, as propriedades volumétricas, a energia de compactação, com a temperatura de com-pactação, com a temperatura de ensaio entre outras variáveis. É possível dosar uma mistura asfáltica para se obter um determinado MR, conforme solicitado ou especificado em projeto (Marques, 2004; Marques e Motta, 2006).

A dosagem Marshall e Superpave para energias equivalentes fornecem teores de li-gante de projeto similares, porém em termos de MR e RT podem apresentar valores di-ferentes pois as estruturas do esqueleto mineral geradas pela compactação por impacto (Marshall) e por amassamento (Superpave) são distintas e interferem no valor dessas propriedades mecânicas (Nascimento et al., 2006).

Valores típicos, como ordem de grandeza para simples orientação do leitor, podem ser considerados na faixa de 2.000 a 8.000MPa para concretos asfálticos a 25oC, sendo os menores correspondentes a misturas com asfaltos modificados por polímeros ou por borracha e os maiores a misturas com asfaltos de consistência dura. Deve-se ainda con-siderar a influência da distribuição granulométrica e do tamanho máximo de agregado.

Apenas como ilustração, valores médios de módulos de resiliência de diferentes mis-turas asfálticas já investigadas no país são apresentados na Tabela 6.1. Outro parâmetro que consta na tabela é a resistência à tração estática, parâmetro discutido mais adiante na seção 6.4.1. Os valores são dados em MPa e a 25oC. Na última coluna apresenta-se a razão entre esses parâmetros, que vem sendo usada como um indicador da vida de fadiga de misturas uma vez que agrega informações de rigidez e resistência, sendo

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302 Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros

TAbELA 6.1 MÓDULOS DE RESILIêNCIA E RESISTêNCIA DE MISTURAS INVESTIgADAS NO PAíS (25°C)

Características Faixa (publicação) MR (MPa) RT (MPa) MR/RT

Concreto asfáltico – CAP 30/45Concreto asfáltico – CAP 50/60Concreto asfáltico – CAP 85/100

Faixa C(Soares et al., 2000)

3.6283.0331.488

1,090,890,44

3.3463.4253.376

Concreto asfáltico – CAP 30/45Concreto asfáltico – CAP 50/60Concreto asfáltico – CAP 85/100

Faixa B(Soares et al., 2000)

5.1054.4251.654

0,820,730,21

6.2016.0627.755

Misturas densas (moldadas em usina)Concreto asfáltico 1Concreto asfáltico 2AAUQ1AAUQ2

Faixa C(Rede Asfalto, 2005) 2.651

2.2971.8251.683

0,850,670,520,72

3.1193.4283.5102.338

Misturas densas (moldadas em laboratório)Concreto asfáltico 1Concreto asfáltico 2AAUQ1AAUQ2

Faixa C(Rede Asfalto, 2005) 3.609

3.0261.7861.682

1,261,231,020,81

2.8642.4601.7512.077

SMA – 12,5mmSMA – 9,5mm

(Vasconcelos, 2004) 4.7473.367

0,980,82

4.8444.106

Concreto asfáltico de referência Com 0% fresadoCom 10% fresadoCom 30% fresadoCom 50% fresado

Faixa C(Lima, 2003)

3.2004.7767.5248.901

1,201,301,301,60

2.6673.6745.7875.663

Concreto asfáltico de referência Asfalto-borracha (úmido)Agregado-borracha (seco)

Faixa C(Pinheiro, 2004)

3.6472.3932.452

0,970,500,80

3.7604.7863.065

mais desejável um valor pequeno da razão, dado que com freqüência busca-se (i) baixa rigidez para evitar elevada absorção de tensões que levem ao trincamento prematuro do revestimento, e (ii) alta resistência à tração, uma vez que em geral uma maior re-sistência na ruptura é também associada a uma maior resistência à fadiga. A tabela em questão apresenta dados de misturas convencionais densas com diferentes CAPs, concretos asfálticos e AAUQs moldados tanto em usina como em laboratório, misturas com material fresado, misturas em asfalto-borracha – processos seco e úmido, misturas com escória de aciaria, misturas com agregados convencionais e granulometrias des-contínuas. As informações de caracterização dos materiais, teor de ligante, bem como outros parâmetros mecânicos dessas misturas podem ser encontradas nos trabalhos publicados listados na tabela.

Misturas de módulo elevado (EME – ver Capítulo 4) podem apresentar MR em média na faixa de 12.000 a 20.000MPa, e destinam-se exclusivamente à camada de base, caracterizando o comportamento da estrutura como um pavimento semi-rígido do ponto de vista de deformabilidade.

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303Propriedades mecânicas das misturas asfálticas

Deve-se realçar que os módulos de resiliência das misturas asfálticas variam ao longo do tempo devido ao envelhecimento do ligante asfáltico, o que causa um enrijecimento do ligante e conseqüente aumento de rigidez dos revestimentos.

6.3.2 Módulo complexoDesde a década de 1960 o módulo complexo vem sendo pesquisado como uma alterna-tiva ao módulo de resiliência na caracterização de misturas asfálticas. Papazian (1962) realizou um ensaio aplicando tensões axiais senoidais a um corpo-de-prova, e medindo os deslocamentos correspondentes. Os ensaios foram conduzidos a temperaturas contro-ladas e variadas freqüências de carregamento, concluindo-se que os conceitos de viscoe-lasticidade poderiam ser aplicados no desenvolvimento e no estudo do desempenho dos pavimentos asfálticos (Daniel et al., 1998).

Na década seguinte foram realizados experimentos com diversas formas de carrega-mento e os estudos indicaram que as maiores diferenças eram observadas no ângulo de fase (diferença entre o pulso de tensão e o pulso de deformação). Witczack e Root (1974), e Bonnaure et al. (1977) observaram ainda que os ensaios conduzidos sob forma de tração-compressão são mais representativos do comportamento em campo. Nesses estudos o módulo complexo foi determinado através de ensaios de flexão de corpos-de-prova trapezoidais que eram fixos em uma extremidade e sujeitos a um carregamento senoidal na outra extremidade.

A importância de se considerar a viscoelasticidade das misturas, bem como a possi-bilidade de contabilizar os efeitos de diferentes temperaturas e freqüências de carrega-mento, faz com que o módulo complexo (E*) venha sendo usado preferencialmente no exterior. O ensaio de módulo complexo pode ser usado para determinar tanto as carac-terísticas elásticas quanto as propriedades viscoelásticas lineares do material (Christen-sen, 1982).

Em misturas asfálticas, esse parâmetro é obtido usualmente por meio de um carre-gamento senoidal aplicado axialmente em corpos-de-prova cilíndricos (ASTM D 3497). O procedimento é repetido para diferentes temperaturas e freqüências de carregamento com o intuito de se construir uma curva mestra que incorpore os efeitos das duas variá-veis citadas, tempo (t) e temperatura (Francken e Partl, 1996).

O correto entendimento do ensaio requer o conhecimento de alguns conceitos de vis-coelasticidade linear. Para o caso de carregamento senoidal unidimensional, a tensão (s) é representada pela seguinte expressão:

(6.6)

Onde:s0 = amplitude da tensão;w = velocidade angular, a qual é relacionada com a freqüência f por:

(6.7)

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304 Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros

A deformação harmônica pode então ser descrita da seguinte forma:

(6.8)

Onde:e0 = amplitude de deformação; d = ângulo de fase relacionado com o atraso da deformação em relação à tensão.

O ângulo de fase, apontado na Figura 6.13, é um indicador das propriedades viscosas do material. Para um material puramente elástico, d = 0°, e para materiais puramente viscosos, d = 90°.

A relação entre as amplitudes de tensão e deformação define o valor absoluto do módulo complexo. Este valor é conhecido como módulo dinâmico e é dado pela seguinte expressão (Ferry, 1980):

(6.9)

A componente em fase com o carregamento é chamada de módulo de armazenamen-to (storage modulus), e tem relação com a resposta elástica do material:

(6.10)

A componente defasada define o módulo de perda (loss modulus) e tem relação com a resposta viscosa do material:

(6.11)

Figura 6.13 Desenho esquemático do comportamento viscoelástico sob carregamento harmônico

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305Propriedades mecânicas das misturas asfálticas

Uma simplificação do que foi mostrado anteriormente pode ser conseguida se as ten-sões e deformações forem expressas na forma complexa:

(6.12)

E a deformação resultante:

(6.13)

Das expressões 6.12 e 6.13 tem-se o módulo complexo:

(6.14)

A Figura 6.14 ilustra dois equipamentos para a determinação do módulo complexo, o americano (ASTM D 3497) e o francês (NF 98-260-2).

A análise dos dados provenientes do ensaio de módulo complexo envolve a geração de curvas mestras. A curva mestra de uma mistura asfáltica permite que comparações sejam feitas sobre uma faixa de freqüências e temperaturas, pois é construída utilizando-se o princípio da superposição tempo-temperatura (Ferry, 1980). Este princípio permite que os dados coletados a diferentes temperaturas sejam deslocados horizontalmente relativamente a uma temperatura de referência (Figura 6.15).

Figura 6.14 Exemplos de equipamentos usados na determinação do módulo complexo

(a) Equipamento americano triaxial (ASTM D 3497)

(b) Equipamento francês com corpo-de-prova trapezoidal (NF 98-260-2)

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306 Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros

O projeto NCHRP I-37A responsável pela criação do novo método de dimensionamento de pavimentos da AASHTO (2002 Design guide for new and rehabilitated pavements) utiliza como parâmetro de cálculo de tensões e deformações, o módulo dinâmico, ou seja o valor absoluto do módulo complexo, |E*|, por este ser representativo das propriedades elásticas de um material viscoelástico linear submetido a um carregamento senoidal.

O módulo complexo e, em conseqüência, o módulo dinâmico podem ser obtidos atra-vés de ensaios ou de modelos de previsão. Estes últimos são equações derivadas da análise estatística de valores obtidos previamente por meio de ensaio. Uma das equações tem como valores de entrada: a freqüência do ensaio, a viscosidade do ligante, o per-centual de vazios e a viscosidade do ligante. Os modelos de previsão aplicam-se a todos os tipos de misturas bem como a ligantes convencionais e modificados. O modelo de previsão adotado pelo método de dimensionamento da AASHTO (2002) é o seguinte:

(6.15)Onde:E = módulo dinâmico, em 105 psi;n = viscosidade do ligante, em 106 poise;f = freqüência de carregamento, em Hz;Va = percentual de vazios na mistura, em volume;Vbeff = percentual de ligante efetivo, em volume;p34 = percentual retido na peneira de ¾, em peso total do agregado;p38 = percentual retido na peneira de 3/8, em peso total do agregado;p4 = percentual retido na peneira no 4, em peso total do agregado;p200 = percentual retido na peneira de no 200, em peso total do agregado.

Figura 6.15 Curva mestra de módulo dinâmico

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307Propriedades mecânicas das misturas asfálticas

Na ASTM D 3497 são prescritas as temperaturas de ensaio (5, 25 e 40°C), bem como as freqüências de carregamento para cada temperatura (1; 4 e 16Hz). O ensaio é conduzido sob carregamento uniaxial de compressão em corpos-de-prova de 100mm de diâmetro por 150mm de altura.

Para a correta realização do ensaio é necessário que o corpo-de-prova esteja com suas faces regularizadas e paralelas para que não haja concentração de tensões. Para garantir esse paralelismo em geral recomenda-se serrar as duas faces do corpo-de-prova, conforme a Figura 6.16. Outra questão diz respeito à variação do volume de vazios ao longo das seções transversais do corpo-de-prova. Para resolver isso, recomenda-se que seja moldado um corpo-de-prova com dimensões maiores e depois devidamente extraído por sonda rotativa o corpo-de-prova no qual será realizado o ensaio (Figura 6.17). Por

Figura 6.16 Serragem da face do corpo-de-prova

Dispositivo de fixação

Colar de retenção

Figura 6.17 Retirada do núcleo do corpo-de-prova

(a) Extratora (b) Removido o núcleo central do corpo-de-prova

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308 Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros

exemplo, pode-se extrair um corpo-de-prova de 100mm de diâmetro a partir de um de 150mm moldado no compactador giratório. A Figura 6.18 mostra o esquema de realiza-ção do ensaio numa prensa universal.

6.4 ENSAIOS DE RUPTURA

6.4.1 Resistência à tração estáticaA resistência à tração (RT) tem se mostrado um importante parâmetro para a caracteri-zação de materiais como o concreto de cimento Portland e misturas asfálticas. Devido à dificuldade de se obter a resistência à tração diretamente, diversos métodos indiretos têm sido desenvolvidos para a sua determinação (Carneiro, 1943; Hawkes e Mellor, 1970; Roberts, 1977; Lama & Vutukuri, 1978).

O ensaio brasileiro de compressão diametral para determinação indireta da RT foi desenvolvido pelo professor Lobo Carneiro no Rio de Janeiro para concreto de cimento Portland (Carneiro, 1943). A configuração desse ensaio considera a aplicação de duas forças concentradas e diametralmente opostas de compressão em um cilindro que ge-ram, ao longo do diâmetro solicitado, tensões de tração uniformes perpendiculares a esse diâmetro (ver Figura 6.2b). Este ensaio se tornou muito popular no mundo todo não so-mente pela facilidade e rapidez de execução, mas também pelo fato de utilizar o mesmo corpo-de-prova cilíndrico e o mesmo equipamento usado para a obtenção da resistência à compressão do concreto de cimento Portland. O ensaio também tem sido adotado des-de 1972 para a caracterização de misturas asfálticas, porém com a aplicação das forças através de frisos de carga no corpo-de-prova cilíndrico Marshall convencional, visto que eles apresentam superfície lateral irregular e são bem mais deformáveis.

Figura 6.18 Exemplo da realização do ensaio em uma máquina universal

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309Propriedades mecânicas das misturas asfálticas

No ensaio de resistência à compressão diametral em misturas asfálticas, a aplicação das forças se dá através de frisos metálicos de 12,7mm de largura com curvatura ade-quada ao corpo-de-prova cilíndrico (Figura 6.19). A ASTM D 4123-82 (1982) e o DNER (1994) não consideram a influência destes frisos no cálculo da RT. De acordo com a expressão usada por estas entidades, assume-se comportamento unicamente elástico durante o ensaio e a ruptura do corpo-de-prova ao longo do diâmetro solicitado sendo devida unicamente às tensões de tração uniformes geradas.

Um cilindro solicitado diametralmente por cargas concentradas de compressão gera uma tensão de tração uniforme por unidade de espessura (sxx) perpendicularmente ao diâmetro solicitado, que é dada pela expressão:

(6.16)

Onde:

sxx = tensão de tração uniforme na direção-x (positiva);P = força aplicada por unidade de espessura do cilindro;R = raio do cilindro; D = diâmetro do cilindro.

A norma ABNT NBR 15087/2004 define os passos e equipamento utilizado no en-saio, conforme descrição a seguir e Figura 6.20. A aparelhagem necessária para o ensaio consiste de:• prensa mecânica calibrada com sensibilidade inferior ou igual a 20N, com êmbolo

movimentando-se a uma velocidade de 0,8±0,1mm/s – Figura 6.20(a);• sistema capaz de manter, de forma controlada, a temperatura de ensaio em

25°C±0,5°C em compartimento, câmara ou ambiente laboratorial que comporte a prensa mecânica e possa abrigar vários corpos-de-prova conjuntamente;

• dispositivo de posicionamento e centralização de corpo-de-prova – Figura 6.20(b);• paquímetro e termômetro.

Figura 6.19 Esquema do ensaio de compressão diametral

a – Corda do friso (12,7mm)P – Carga aplicada

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310 Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros

O corpo-de-prova destinado ao ensaio pode ser obtido diretamente do campo por extração através de sonda rotativa ou fabricado em laboratório, de forma cilíndrica, com altura entre 35mm a 70mm e diâmetro de 100±2mm. O procedimento é o seguinte:• medir a altura (H) do corpo-de-prova com o paquímetro, em quatro posições diame-

tralmente opostas (adotar como altura a média aritmética das quatro leituras);• medir o diâmetro (D) do corpo-de-prova com o paquímetro, em três posições parale-

las (adotar como diâmetro o valor da média aritmética das três leituras);• manter o corpo-de-prova apoiado sobre uma geratriz em compartimento com tem-

peratura controlada de 25°C, por no mínimo 4 horas. Alternativamente podem ser consideradas outras temperaturas, dependendo dos requisitos de projeto;

• posicionar o corpo-de-prova no dispositivo centralizador e levar à prensa;• ajustar os pratos da prensa até que seja obtida uma leve compressão;• aplicar a carga progressivamente, com uma velocidade de deslocamento de

0,8±0,1mm/s, até que se dê a ruptura, por separação das duas metades do corpo-de-prova, segundo o plano diametral vertical;

• com o valor da carga de ruptura (P) obtido, a RT é calculada através da expressão (6.16).

O aumento da largura do friso para a mesma força P aplicada reduz a tensão de tra-ção solicitante. O efeito da largura do friso na resistência de corpos-de-prova de misturas asfálticas a diferentes temperaturas é discutido em Falcão e Soares (2002). As tensões normais ao longo do diâmetro solicitado considerando-se o efeito do friso são avaliadas pelas expressões 6.2 e 6.3.

As deformações perpendiculares ao diâmetro solicitado são calculadas a partir da lei de Hooke (Timoshenko e Goodier, 1951). Para os estados planos de deformação e tensão, são apresentadas as expressões 6.17 e 6.18, respectivamente:

(a) Prensa (b) Exemplo de dispositivo centralizador

Figura 6.20 Exemplo de equipamento para ensaio de RT

Célula de carga

Corpo-de-prova

Apoio

Prensa Marshall

Sistema de aquisição de dados

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311Propriedades mecânicas das misturas asfálticas

(6.17)

(6.18)

Onde:E = módulo de elasticidade do material;µ = coeficiente de Poisson.

De acordo com as normas vigentes (ABNT NBR 15087 e DNER-ME 138), o cálculo da RT pela expressão 6.16 para misturas asfálticas assume que o corpo-de-prova rompe devido à tensão de tração uniforme gerada ao longo do diâmetro solicitado que se iguala à tensão máxima admissível do material (sadm= RT), que está em regime elástico du-rante todo o ensaio.

A resistência à tração por compressão diametral RT já faz parte de algumas especifica-ções de misturas asfálticas como mostrado no Capítulo 4. Para ilustração, a norma DNIT 031/2004-ES especifica o valor de RT mínimo de 0,6MPa para concretos asfálticos.

Valores típicos de RT para misturas asfálticas a quente recém-moldadas ou logo após a construção em pista situam-se na média entre 0,5 MPa e 2,0MPa. Alguns resultados de RT constam ilustrativamente na Tabela 6.1 anteriormente apresentada. Misturas asfál-ticas drenantes, ou seja, misturas para constituírem CPA tendem a mostrar valores mais baixos, da ordem de 0,5 a 0,8MPa; misturas asfálticas tipo SMA situam-se geralmente entre 0,8 a 1,2MPa; misturas de módulo elevado EME, por sua vez, dada a consistência muito dura do ligante asfáltico, exibem RT da ordem de 2,0 a 3,0MPa.

À medida que as misturas asfálticas envelhecem em pista, a RT aumenta, o que nem sempre representa vantagem, pois também perde sua flexibilidade, ou seja, aumenta seu módulo de resiliência.

Há uma boa correlação entre MR e RT para cada tipo de mistura asfáltica, ou seja, não há uma relação universal, porém particularizada para cada “família” de composição granulométrica e de ligantes. Essa relação permanece constante, no entanto, com o pas-sar do tempo, ou seja, com o envelhecimento.

6.4.2 Vida de fadigaEnquanto cargas monotônicas (caso do ensaio de compressão diametral) produzem um dano (trincas) continuamente crescente nos materiais, cargas cíclicas produzem danos intermitentes, ou seja, na fase de carregamento o dano cresce, enquanto na fase de descarregamento o dano mantém-se constante, desconsiderando o fenômeno de “resela-gem” das trincas (healing em inglês).

Assim sendo, cargas cíclicas produzem falhas nos materiais para valores de tensão mais baixos do que aqueles obtidos na ruptura em ensaios estáticos, porém a mesma carga é aplicada diversas vezes. Esse fenômeno é chamado fadiga e é definido como (ASTM, 1979): “o processo da mudança estrutural permanente, progressiva e localiza-da que ocorre em um ponto do material sujeito a tensões de amplitudes variáveis que

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312 Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros

produzem as fissuras que conduzem para totalizar a falha após um determinado número de ciclos”. Vale salientar que esse é um problema não-linear que ocorre em diversos materiais, ou seja, o dano produzido no primeiro ciclo é diferente do dano produzido no segundo ciclo e assim sucessivamente.

A fadiga ocorre por meio de ações mecânicas e/ou térmicas que não parecem críticas por si, se comparadas à resistência sob carregamento monotônico, mas na verdade são decisivas para a vida útil do material. Em uma estrutura sujeita a carregamento cíclico, diversos estágios convencionalmente divididos podem ser diferenciados durante um pro-cesso de fadiga, conforme ilustra a Figura 6.21.• Região I: onde as primeiras mudanças microestruturais ocorrem; formam-se micro-

fissuras; a densidade dos deslocamentos cresce e as zonas de danos irreversíveis se iniciam.

• Região II: caracterizada pelas macrofissuras originadas da coalescência das micro-fissuras.

• Região III: crescimento das macrofissuras conduzindo rapidamente ao colapso total.

A vida de fadiga de uma mistura asfáltica é definida em termos de vida de fratura (Nf) ou vida de serviço (NS). A primeira se refere ao número total de aplicações de uma certa carga necessária à fratura completa da amostra e a segunda (NS) ao número total de aplicações dessa mesma carga que reduza o desempenho ou a rigidez inicial da amostra a um nível preestabelecido.

O ensaio laboratorial de vida de fadiga tradicionalmente realizado no país para defi-nição do número de repetições de carga é feito por compressão diametral à tensão con-trolada (TC), sendo a carga aplicada numa freqüência de 1Hz através de equipamento pneumático (Pinto, 1991; Rodrigues, 1991; Medina, 1997). Como comentado na seção anterior, pode-se considerar que o ensaio em compressão diametral gera um estado

Figura 6.21 Estágios existentes num processo de fadiga

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313Propriedades mecânicas das misturas asfálticas

biaxial de tensão em um corpo-de-prova cilíndrico Marshall convencional. No decorrer do ensaio de fadiga, a deformação de tração aumenta até o rompimento completo do corpo-de-prova. Esse tipo de ensaio é compatível com a caracterização de materiais de revestimentos asfálticos mais espessos em decorrência da predominância de absor-ção das tensões pelo revestimento com relação às camadas subjacentes (Pinto, 1991; Huang, 1993).

No caso de ensaio à deformação controlada (DC), a simulação corresponde a re-vestimentos mais delgados uma vez que nestes há maior contribuição das subcamadas na absorção das tensões solicitantes. Segundo Huang (1993), em revestimentos com espessuras inferiores a 50mm, não acontece um decréscimo suficiente na rigidez, quan-tificada pelo módulo de rigidez por flexão (So) (SHRP, 1994a), de modo a causar uma variação no nível de deformação ao longo dos diversos carregamentos. Nesse ensaio, a deformação é mantida constante enquanto a tensão inicial no corpo-de-prova diminui até o fim do ensaio. Alguns autores admitem que o limite de ruptura corresponde à redução em 50% do S0 inicial da mistura (Epps e Monismith, 1969; Pronk e Hopman, 1990; Tayebali et al., 1993).

Para a determinação da vida de fadiga pode ser utilizado o mesmo equipamento de determinação do módulo de resiliência – Figura 6.22(a), ou ainda corpos-de-prova trape-zoidais como é comum na França (Rowe, 1993) – Figura 6.22(b) ou barras prismáticas – Figura 6.22(c).

Figura 6.22 Exemplos de equipamentos para ensaios de fadiga

(a) Compressão diametral de corpos-de-prova cilíndricos

(b) Flexão de corpos-de-prova trapezoidais

(c) Flexão de barras prismáticas ou vigas

Embora ainda não normatizado, o ensaio de fadiga tem sido largamente realizado no país, geralmente à compressão diametral sob tensão e temperatura controladas. Utiliza-se uma freqüência de 60 aplicações por minuto com 0,10 segundo de duração do car-regamento repetido. Para manter a temperatura controlada utiliza-se uma câmara com sistemas de aquecimento e refrigeração ligados a um termostato.

Para cada mistura ensaiada determinam-se as relações entre o número de repetições à ruptura e o nível de tensões atuantes (conforme ilustrado na Figura 6.23 para três misturas com distintas faixas granulométricas):

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314 Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros

ou (6.19)

Onde:N = número de repetições do carregamento necessário à ruptura completa da amostra (vida de fadiga);st = tensão de tração repetida solicitante;Ds = diferença algébrica entre as tensões horizontal (de tração) e vertical (de compressão) no centro da amostra (Figura 6.24);ki, ni = constantes obtidas na regressão linear dos pares N e st (ou Ds) determinados em ensaios, em escalas logarítmicas.

Observe-se que no ensaio de fadiga a tensão controlada descrita considera a tensão solicitante no corpo-de-prova como constante, o que é apenas uma aproximação, uma vez que o carregamento constante ao longo do ensaio não é traduzido em uma tensão

Figura 6.23 Vida de fadiga considerando diferentes faixas granulométricas

Figura 6.24 Representação das tensões no centro da amostra de um corpo-de-prova cilíndrico

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315Propriedades mecânicas das misturas asfálticas

solicitante constante. As tensões no corpo-de-prova, que podem ser calculadas por meio das expressões 6.2 e 6.3, admitem que o corpo-de-prova seja constituído de material elástico, isotrópico e sem dano. Isto é uma aproximação durante o ensaio de fadiga, uma vez que à medida que o carregamento é repetido, há dano progressivo no corpo-de-pro-va, além do fato de que as misturas asfálticas são materiais claramente inelásticos.

O modelo usado quando se faz o ensaio de fadiga a deformação controlada leva em conta a deformação de tração medida no centro do corpo-de-prova (et):

(6.20)

No método mecanístico de dimensionamento de pavimentos usado no Brasil, a dife-rença entre tensão máxima de compressão e de tração na fibra inferior do revestimento (∆s) é considerada o principal fator desencadeador do trincamento por fadiga do reves-timento em campo, quando se trata de utilizar como critério resultados de laboratório obtidos com ensaios à TC em compressão diametral. As tensões calculadas servem de entrada de dados nas curvas de fadiga geradas a partir do número de golpes de carga até a ruptura para diversos níveis de ∆s. Relaciona-se então o número N determinado a partir do tráfego previsto com o número de golpes em laboratório por um fator labora-tório-campo FLC. Pinto (1991) mostrou diferenças importantes entre FLC para ensaios a flexão e a compressão diametral, em função da porcentagem de área trincada que se admite ao final da vida do pavimento, e ainda questões ligadas ao tempo de aplicação da carga e à freqüência. De acordo com Carpenter et al. (2003), o limite de ruptura no concreto asfáltico deve ser o correspondente àquele quando a mistura começa a apre-sentar as primeiras microtrincas. Os mesmos autores observaram que para níveis de deformação de tração inferiores a 70×10-6, a vida de fadiga de um concreto asfáltico não é afetada e, portanto, a mistura resiste ao trincamento por fadiga durante o período de projeto.

Independente do ensaio ou modelo adotado é comum o uso de FLCs devido à di-ficuldade de se considerar determinados fatores nos ensaios e no cálculo das tensões geradas nos corpos-de-prova. Pode-se ressaltar a não consideração do envelhecimento da mistura e da progressão do dano no material durante o ensaio, além de aspectos presentes no campo não simulados em laboratório como variação térmica, presença de cargas estocásticas e a ocorrência do fenômeno de recuperação de trincas em virtude da ausência de cargas em alguns períodos (Kim et al., 1990; Rodrigues, 1991; Kim e Little, 1995; Kim e Lee, 1995; Kim et al., 1997; Little et al., 1999; Balbo, 2000).

Portanto, o ensaio de fadiga tem sido usado mais comumente para fins de compara-ção entre misturas. Contudo, mesmo nesse caso, é preciso cautela para uma conclusão direta somente a partir das curvas, pois o estado de tensões gerado em cada situação depende da estrutura e do valor do MR das camadas constituintes dos pavimentos (Mot-(Mot-ta, 1991; Pinto, 1991; Medina, 1997). Há uma tendência, não adequada na maioria das

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316 Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros

vezes, de se considerar, ao se comparar duas misturas, a curva de maior k como a de maior vida de fadiga. Isto seria válido somente se o st (ou ∆s) gerado fosse o mesmo. Esta condição de maiores ks neste tipo de ensaio quase sempre estão associados a maiores MRs. Mas misturas com maiores MRs absorvem mais tensões numa estrutura de pavimentos e, portanto, os níveis de tensão de tração para comparação das vidas de fadiga de duas misturas devem ser correspondentes a cada caso estudado.

No ensaio convencionalmente realizado, consideram-se as tensões relativas ao início do ensaio (1° ciclo), portanto, sem ainda o acúmulo de dano, além de assumir o material como elástico linear e homogêneo. É importante entender que, com o dano progressivo, as tensões que ocorrem internamente no corpo-de-prova sofrem alterações, afinal a car-ga do ensaio permanece a mesma e a rigidez da mistura é reduzida devido às trincas que se formam e coalescem. Procurando aprofundar o entendimento do fenômeno de evo-lução do dano por fadiga em laboratório, outros estudos apresentam critérios diversos de ruptura que não o rompimento completo do corpo-de-prova (Dijk, 1975; Phandnavis e Swaminathan, 1997; Ghuzlan e Carpenter, 2000; Carpenter et al., 2003). Critérios como a deformação crítica de tração; diferentes relações entre esta e a deformação inicial; energia dissipada e ainda relações entre a energia dissipada e a energia dissipa-da inicial vêm sendo apresentados como potenciais indicativos de ruptura da mistura (Loureiro, 2003). No entanto, o número de golpes continua sendo, no ensaio à tensão controlada, o parâmetro de comparação e previsão da vida de fadiga das misturas as-fálticas estudadas no Brasil.

6.5 ENSAIOS DE DEFORMAÇÃO PERMANENTE

Deformação permanente é um dos defeitos mais comuns da pavimentação asfáltica, podendo ser atribuída ao revestimento – Figura 6.25(a), ou às subcamadas – Figura 6.25(b), ou ainda a uma combinação de efeitos. As camadas não-asfálticas abaixo do revestimento podem apresentar deformações permanentes principalmente por densifi-cação adicional pelo tráfego e por ruptura ao cisalhamento. Esses problemas podem ser evitados por uma seleção dos materiais e compactação adequada e um bom projeto

Figura 6.25 Deformações permanentes em pavimentos asfálticos

(a) No revestimento (trilha de roda esquerda) (b) No sistema

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317Propriedades mecânicas das misturas asfálticas

estrutural de forma a limitar as tensões atuantes aos níveis admissíveis e seguros. Neste capítulo, trata-se exclusivamente da situação esquematicamente apresentada

na Figura 6.25(a) e apresentam-se os ensaios que têm sido utilizados na tentativa de prevenir essa falha específica nas misturas asfálticas. A deformação permanente em misturas asfálticas ocorre devido a uma combinação do fluxo do material (viscoelástico ou viscoplástico) e do dano neste material, representado pela formação e propagação de trincas. A capacidade de uma mistura de resistir a esse tipo de deformação depende de diversos fatores, entre os quais, a consistência do ligante e a volumetria da mistura (agregados e ligantes).

Entre os ensaios existentes para estudar a deformação permanente de misturas asfál-ticas destacam-se os seguintes (Shell, 2003):• ensaios fundamentais: triaxial com carregamento repetido e compressão uniaxial não-

confinada (creep estático e creep dinâmico);• ensaios de simulação: simuladores de laboratório.

O ensaio triaxial possui a vantagem de reproduzir uma condição de tensão multiaxial mais próxima da condição existente em campo. Neste caso as deformações precisam ser monitoradas nos sentidos vertical e horizontal. Trata-se de um ensaio de realização complexa e que não vem sendo usado no Brasil, nem mesmo em pesquisas acadêmicas. Os demais ensaios mencionados são descritos mais detalhadamente a seguir.

6.5.1 Creep estático (ou simplesmente creep)O ensaio mais simples para o estudo da deformação permanente de misturas é o chama-do ensaio de creep. Embora no Brasil esse ensaio venha sendo realizado através da apli-cação de cargas compressivas, daí a denominação brasileira de ensaio de compressão uniaxial, o ensaio de creep também pode ser realizado através da aplicação de cargas de torção, flexão e tração, como em Daniel e Kim (2002), por exemplo. O ensaio sem confinamento foi aplicado em misturas asfálticas nos anos 70 pela Shell (Hill, 1973) e ganhou bastante aceitação devido à sua simplicidade de preparação de corpos-de-prova e de execução do ensaio.

Em sua versão estática, o ensaio consiste da aplicação ao longo do tempo de uma carga de compressão estática e contínua em um corpo-de-prova geralmente cilíndrico re-gular (como o Marshall, por exemplo). Essa compressão uniaxial é executada no sentido axial (vertical) conforme ilustrado na Figura 6.26(a). A simplicidade e o custo do ensaio são tais que é comum a sua realização em vários corpos-de-prova simultaneamente – Figura 6.26(b). O corpo-de-prova destinado ao ensaio pode ser obtido diretamente do campo por extração através de sonda rotativa ou fabricado em laboratório. Uma exigência importante é que as faces do corpo-de-prova sejam perfeitamente paralelas e perpendiculares ao sentido de aplicação da carga, de modo que a carga seja aplicada uniaxialmente. Costuma-se aplicar um pré-carregamento nas amostras antes do ensaio de modo a permitir que as placas obtenham mais uniformidade no contato, incluindo as

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318 Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros

extremidades da amostra. Antes da execução dos ensaios, em geral os corpos-de-prova ficam mantidos por um período superior a 2 horas na temperatura especificada para garantia de equilíbrio térmico em toda a amostra.

O tempo de aplicação da carga pode variar, e embora ainda não haja um consenso sobre o assunto, a tendência é de que a duração do ensaio seja de 1 hora (Shell, 2003). A intervalos predeterminados de tempo, a critério de cada pesquisador, é efetuada a medição do deslocamento axial sofrido pela amostra devido ao carregamento estático. Essas medidas podem ser lidas com extensômetros acoplados às placas de carregamen-to – Figura 6.27(a), ou diretamente aos corpos-de-prova – Figura 6.27(b). Neste segundo caso (b), destaque-se o recente trabalho de Viana et al. (2003) para facilitar a fixação dos LVDTs nos corpos-de-prova, tornando de menor importância a questão do paralelismo das faces do corpo-de-prova, problema existente no caso do outro tipo de medição (a).

No atual estágio de desenvolvimento do ensaio de creep no Brasil, as informações ge-radas no ensaio, incluindo a fase de descarregamento – Figura 6.28(a), são devidamente registradas por meio de sistemas automatizados de aquisição de dados – Figura 6.28(b).

Devido à aplicação da carga estática, o corpo-de-prova deforma até se estabilizar ou romper (na verdade trata-se de um estado avançado de dano). Essa “ruptura” nem sempre é visível, havendo vários critérios para defini-la como, por exemplo, quando se ul-trapassa uma deformação relativa de 0,008mm/mm, ao final de 1 hora, então a mistura asfáltica não é adequada para resistir às deformações permanentes.

No que diz respeito ao parâmetro obtido no ensaio de creep, trata-se fundamental-mente do histórico de deformação ao longo do período de ensaio, ou seja, e(t). Decor-rente deste parâmetro obtém-se a denominada função fluência (creep compliance), dada pela expressão 6.21.

(6.21)

Onde:D(t) = função fluência;e(t) = deformação em função do tempo;s0 = tensão constante aplicada.

A expressão 6.21 é bastante importante na solução de determinados problemas en-volvendo materiais como as misturas asfálticas (materiais viscoelásticos lineares). Isto se deve ao fato de que com a função fluência se pode obter o histórico de deformação em qualquer configuração geométrica e de contorno, desde que se conheça o histórico de tensão, s(t). Numa analogia simples, a função fluência corresponderia ao inverso do mó-dulo de elasticidade, porém agora como uma função do tempo. Souza (2005) apresenta uma discussão completa sobre a utilização da função fluência para solução de problemas de valor de contorno que incluem materiais viscoelásticos.

A Figura 6.29 representa um gráfico típico da função fluência, que possui a mesma forma do gráfico da deformação ao longo do tempo, já que a tensão aplicada é constante. No exemplo da Figura 6.29 (extraída de Souza e Soares, 2003), nota-se como a curva

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319Propriedades mecânicas das misturas asfálticas

(b) Conjunto de corpos-de-prova

(a) Sobre a placa de carregamento (b) Acoplados ao corpo-de-prova

(b) Tela do sistema de aquisição de dados

Figura 6.26 Exemplos de equipamentos e arranjos experimentais para o ensaio de creep

(a) Um corpo-de-prova isolado

Figura 6.27 Posicionamento dos LVDTs para registro de deslocamento axial no ensaio de creep

(a) Tensões s e deformações e

Figura 6.28 Informações do ensaio de creep

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320 Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros

experimental pode ser perfeitamente ajustada por uma série de Prony, que é uma série matemática bastante usada para representar a função fluência de materiais viscoelásti-cos (Park et al., 1996; Kim et al., 1997).

6.5.2 Creep dinâmicoFinn et al. (1983), na investigação da relação dos resultados de ensaios de creep está-tico com deformações permanentes em campo, recomendaram a consideração de um ensaio de carga repetida. É importante notar que tal procedimento não é usual na me-cânica dos materiais, uma vez que o ensaio de creep é justamente caracterizado pelo estado uniforme e contínuo de tensão. Contudo, mais recentemente foi evidenciado que o carregamento estático não refletia claramente o melhoramento de desempenho devido à incorporação de modificadores no ligante, sendo isto detectado nos ensaios de carre-gamento repetido (Valkering et al., 1990). Vale salientar que essa não-detecção do efeito dos modificadores pode ser uma limitação do equipamento usado e não da concepção do ensaio de creep estático. Afinal a maioria dos modificadores pode ser considerada representada por sólidos elásticos, sendo que o seu efeito se evidencia melhor na parte bem inicial da curva da função fluência, ou seja, em tempos tão pequenos (da ordem de milésimos de segundos) que não foram capturados pelo sistema de aquisição de dados da máquina utilizada.

O ensaio de creep dinâmico consiste na aplicação de pulsos de carga ao corpo-de-prova, a uma determinada freqüência, tempo de aplicação de carga e intervalo entre as aplicações das cargas, a uma temperatura especificada. A Figura 6.30 mostra um exemplo de carregamento empregado em ensaio de creep de carga repetida. Tem como objetivo a medição da deformação permanente acumulada.

Durante a realização do ensaio, o corpo-de-prova é submetido à aplicação de uma carga de compressão axial transiente. Em geral a seguinte combinação tem sido mais empregada: cada carregamento geralmente tem uma duração de 0,10 segundo e os in-tervalos entre as aplicações de carga são de 0,90 segundo, aplicados a uma freqüên cia

Figura 6.29 Função fluência e respectivo ajuste para a série de Prony (Souza e Soares, 2003)

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321Propriedades mecânicas das misturas asfálticas

Figura 6.30 Carregamento e deformação no ensaio de creep dinâmico

Tensão

Deformação

Tempo

ciclo = 1 ou 2 ou 4st Tempo de carregamento = 0,1 ou 0,2s

Deformaçãoresidual

Deformação

Pré-carregamento

Deformaçãototal

1KPa

100KPa

de 1Hz. Este ciclo é repetido 3.600 vezes para cada corpo-de-prova ensaiado, resultan-do em 1 hora de ensaio. Assim como no ensaio estático, para medir os deslocamen-tos ocorridos nos corpos-de-prova durante os ensaios, utilizam-se transdutores LVDTs. Dividindo-se o deslocamento absoluto (∆h) pela altura inicial do corpo-de-prova (hcp) obtém-se o deslocamento permanente relativo, também denominado de deformação re-lativa (erel). Embora não seja um termo usado no meio de mecânica dos materiais, é comum no meio de pavimentação referência ao módulo de creep dinâmico (Ec), que é a tensão aplicada, s, dividida pelo deslocamento relativo (erel(t)), conforme apresentado na expressão (6.22):

(6.22)

6.5.3 Simuladores de tráfego de laboratórioUma outra forma de determinação da deformação permanente em misturas asfálticas é por meio do uso de simuladores de tráfego. Existem diversos tipos de simuladores: (i) em laboratório; e (ii) em verdadeira grandeza. Esses equipamentos permitem uma inves-tigação mais próxima da realidade, porém em geral também acarretam a necessidade do uso de fatores laboratório-campo para previsões de deformação permanente in situ ou do estabelecimento de limites de deformação permanente em laboratório por análises empíricas de resultados em campo.

No que diz respeito aos ensaios de simulação em laboratório, o Brasil possui no mo-mento apenas dois equipamentos: (i) um francês desenvolvido pelo LCPC (Laboratoire Central des Ponts et Chaussées) que fica no Laboratório de Tecnologia de Pavimentação da Escola Politécnica da USP (Figura 6.31); e (ii) um norte-americano – Asphalt Pave-ment Analyzer (APA) de propriedade da BR Distribuidora (Figura 6.34).

No conjunto de equipamentos franceses do LCPC, a mistura asfáltica é primeira-mente compactada através de amassamento por roda de pneu com cargas e pressão de inflação reguláveis, na temperatura de projeto, realizada por equipamento denominado

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322 Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros

mesa compactadora – Figura 6.31(a). A compactação segue a especificação francesa NF P 98-250-2 (AFNOR, 1991a) e produz uma placa compactada de mistura asfál-tica nas dimensões padrão de 500mm de comprimento e 180mm de largura, havendo placas com 50 e com 100mm de espessura – Figura 6.31(b). O ensaio de deformação permanente, propriamente dito, segue a especificação francesa NF P 98-253-1 (AFNOR, 1991b) e é feito em um equipamento munido de roda pneumática, cuja pressão do pneu e carga no eixo são controláveis, assim como a temperatura também é regulável, empre-gando-se em geral 60oC para acelerar o processo – Figura 6.31(c). O ensaio é realizado em duas placas simultaneamente, colocadas uma em cada lado do equipamento, munido de um eixo com dois pneumáticos. O pneumático fica permanentemente em contato com a placa asfáltica e aplica carregamento em movimento longitudinal de ida e vinda, em ciclos de 1Hz. Mede-se o afundamento na trilha de roda em diversos pontos a cada de-terminado número de solicitações. Freqüentemente são usados 1.000, 3.000, 10.000, 20.000 e 30.000 ciclos. A Figura 6.31(d) mostra um aspecto de uma mistura asfáltica muito deformada após o ensaio.

O resultado do ensaio é dado em termos de afundamento em milímetros ou como um percentual da altura da placa original. A Figura 6.32(a) ilustra os resultados do ensaio

(a) Mesa compactadora LCPC de placas de misturas asfálticas

(b) Placa de mistura asfáltica compactada

(c) Simulador de tráfego LCPC (d) Placa após ensaio de deformação permanente

Figura 6.31 Conjunto de mesa compactadora e simulador de tráfego LCPC para ensaios de deformação permanente em laboratório

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323Propriedades mecânicas das misturas asfálticas

a 60°C para duas misturas SMA – Stone Matrix Asphalt (Capítulo 4), com diferentes tamanhos de agregado, no caso, tamanho máximo nominal – TMN de 9,5 e de 12,5mm (Vasconcelos, 2004). A deformação permanente aos 30.000 ciclos de ambas misturas em SMA é de cerca de 6%, que é um resultado bom, demonstrando a resistência à for-mação de afundamentos deste tipo de revestimento asfáltico.

A Figura 6.32(b) mostra, por sua vez, resultados de afundamento em trilha de roda no simulador francês de duas areias-asfalto com CAP 20, sendo uma bem-graduada e outra uniforme. Observe-se que a graduação das misturas exerce um papel fundamental no comportamento à deformação permanente. A areia uniforme mostra uma deformação de cerca de 6mm (ou 12%) após apenas 1.000 ciclos e a areia bem-graduada mostra valor aproximadamente igual após 30.000 ciclos. Além disso, a temperatura de ensaio da areia uniforme foi de 50oC, 10oC abaixo do especificado no ensaio, o que contribuiu para suportar mais ciclos que se fosse testada a 60oC.

(a) Duas misturas asfálticas tipo SMA

(b) Duas areias-asfalto a quente

Figura 6.32 Resultados de deformação permanente de misturas asfálticas no ensaio de simulador de tráfego LCPC

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324 Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros

Além dos aspectos comparativos entre misturas no que diz respeito à resistência à deformação permanente, o ensaio pode ser usado para investigar o efeito de fatores diversos no comportamento mecânico. A Figura 6.33 ilustra o efeito do teor de asfalto no afundamento, bem como o efeito da substituição do asfalto convencional CAP 20 (similar ao atual CAP 50/70), pelo convencional mais duro CAP 40 (similar ao atual CAP 30/45) ou ainda por asfaltos modificados com polímero (AMP SBS; AMP SBR ou AMP EVA) e por borracha (asfalto-borracha) mantendo-se a mesma graduação e natureza de agregados (Bernucci et al., 2002). Observa-se a importância de manutenção do teor de ligante de projeto (no caso 5,6%) durante a usinagem e o efeito do excesso de ligante, favorecendo a fluência e a formação de afundamentos. O tipo de asfalto é outro fator im-portante nos projetos quando se procura combater a deformação permanente. A mistura passa a ser mais resistente à deformação permanente com o aumento de viscosidade do ligante e, adicionalmente, com o efeito benéfico do retorno elástico na redução da energia de deformação.

No caso do APA – Figura 6.34(a), o procedimento possui similaridades com o LCPC. A compactação, contudo, é por vibração – Figura 6.34(b). A carga é transmitida à pla-ca por meio de mangotes de borracha preenchidos por ar, em vez de pneus – Figura 6.34(c). O equipamento permite a saturação com água dos corpos-de-prova para avaliar o seu efeito deletério durante o ensaio – Figura 6.34(d). A placa é em seguida retirada do equipamento – Figura 6.34(e), sendo medido o afundamento – Figura 6.34(f).

Acima foram descritos os ensaios de simulação laboratorial existentes no Brasil. Há ainda outros equipamentos como o instalado no Laboratório Nacional de Engenharia Civil – LNEC, em Portugal, ilustrado na Figura 6.35. Esse equipamento fica numa câmara de temperatura controlada e executa um número também predefinido de passagens de roda

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

45%

5,0 5,2 5,4 5,6 5,8 6,0 6,2

% de asfalto na mistura

%de

defo

rmaç

ãope

rman

ente

emtri

lha

dero

da

AMP EVA

CAP 40

CAP 20

AMP SBRAMP SBS

asfalto-borracha

Figura 6.33 Percentual de afundamento versus teor de asfalto para 30.000 ciclos no simulador de tráfego LCPC (bernucci et al., 2002)

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325Propriedades mecânicas das misturas asfálticas

(a) Visão geral do simulador (b) Compactador

(c) Carregamento sobre placa por meio do mangote

(d) Carregamento em meio saturado

(e) Placa deformada sendo desmoldada

(f) Afundamento da placa

Figura 6.34 Compactador e simulador APA (Fotos: Petrobras Distribuidora)

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326 Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros

rígidas, com peso predefinido. A idéia é a mesma já descrita anteriormente, ou seja, de comparar misturas quanto à capacidade de resistir à deformação permanente.

A Figura 6.36 mostra o simulador instalado na Universidade da Carolina do Nor-te, onde importantes trabalhos científicos sobre a caracterização mecânica de misturas asfálticas vêm sendo desenvolvidos. Este equipamento possui rodas que atuam direta-mente numa laje de mistura colocada sobre uma plataforma. São seis rodas atuando em seqüência na placa investigada. Ao fim da passagem na laje, cada roda sobe e move-se no sentido contrário por cima das rodas que então estão atuando na laje. Diversas plata-formas vêm sendo testadas de modo a simular mais proximamente situações de campo. Além de solos, materiais como borracha têm sido usados como plataforma, produzindo falhas na laje de mistura bastante similares às encontradas em campo.

Existem simuladores em verdadeira grandeza; são equipamentos com a capacidade de imprimir a um pavimento experimental, em apenas algumas semanas ou meses, cargas relativas a um tempo de serviço de 10 a 20 anos. Tais equipamentos aplicam solicitações diretamente sobre a estrutura do pavimento 24 horas/dia, 7 dias/semana durante quantas semanas sejam necessárias. Diferentemente da maioria dos equipamen-

(a) Câmara de temperatura controlada

(b) Equipamento (c) Detalhe da simulação

Figura 6.35 Simulador do Laboratório Nacional de Engenharia Civil – LNEC, Portugal

Figura 6.36 Simulador da Universidade da Carolina do Norte

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327Propriedades mecânicas das misturas asfálticas

tos de laboratório, esses simuladores têm a capacidade de avaliar não só o revestimento asfáltico, mas toda a estrutura do pavimento, verificando o comportamento resultante da interação entre as diversas camadas que compõem os pavimentos asfálticos. Embora te-nham a vantagem de permitir que sejam avaliados projetos de pavimentos sob condições de tráfego e clima reais, há ainda a limitação de não ser considerado o envelhecimento do ligante e a auto-recuperação de trincas que se dá no longo prazo. Estes serão comen-tados no Capítulo 10.

6.6 ENSAIOS COMPLEMENTARES

Além dos ensaios mecânicos já descritos, vêm sendo bastante utilizados para a caracteri-zação mecânica de misturas outros ensaios, aqui denominados ensaios complementares. Tratam-se de ensaios empíricos que, contudo, fornecem informações importantes não obtidas a partir dos ensaios mecânicos convencionais. Os dois principais ensaios que vêm sendo usados no Brasil são descritos a seguir.

6.6.1 Desgaste CântabroO arrancamento progressivo de agregados da capa de rolamento por efeito do atrito pneu-pavimento é denominado desgaste (Santana, 1993), sendo uma patologia comum em revestimentos brasileiros (CNT, 2004). O ensaio usualmente realizado para deter-minação de resistência à desagregação é o ensaio Cântabro. Esse ensaio foi originado no Centro de Estudios de Carreteras e Universitat Politècnica de Catalunya na Espanha objetivando avaliar o comportamento de misturas asfálticas quanto à perda de material. A norma DNER-ME 383/99, baseada na norma espanhola (NTL, 1986), consiste na análise das massas de corpos-de-prova Marshall de misturas asfálticas drenantes ou po-rosas, submetidos ao aparelho de abrasão Los Angeles – Figura 6.37(a). Apesar de sua concepção estar relacionada aos pavimentos drenantes, o ensaio de desgaste Cântabro pode ser estendido para outros tipos de misturas asfálticas (ABNT-NBR 15140/2004).

Os principais passos do ensaio são os seguintes: (i) pesar inicialmente o corpo-de-pro-va Marshall (M1); (ii) colocar no aparelho de abrasão Los Angeles sem as esferas de aço – Figura 6.37(b); (iii) condicionado a 25°C, efetuar 300 revoluções na velocidade angular de 30rpm; (iv) pesar novamente o corpo-de-prova (M2), ilustrado na Figura 6.37(c). O desgaste Cântabro é determinado por meio da expressão:

(6.23)

Onde:D = valor do desgaste em %;M1 = massa do corpo-de-prova antes do ensaio;M2 = massa do corpo-de-prova após o ensaio.

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328 Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros

(b) Detalhe do interior do equipamento

(a) Visão do equipamento (c) Corpo-de-prova após o ensaio

Figura 6.37 Exemplo de aparelho de abrasão Los Angeles utilizado para o ensaio Cântabro

O desgaste máximo admitido é de 25% para misturas asfálticas porosas (DNER, 1999), e o desgaste para cada teor de ligante deve ser realizado a partir da média arit-mética de três corpos-de-prova (Figura 6.38), com o valor individual não diferindo 20% do valor médio.

Como citado, o ensaio Cântabro é comumente realizado em misturas drenantes como camada porosa de atrito – CPA (Meurer Filho, 2001; Oliveira, 2003), podendo ser em-pregado para misturas areia-asfalto (Bottin Filho, 1997; Silveira, 1999) e para concretos asfálticos (Castro Neto, 2000). O ensaio pode ainda ser realizado com corpos-de-prova submetidos à submersão (NTL, 1992), visando principalmente misturas drenantes em sua suscetibilidade à ação da água, evidenciando perda por problemas de adesividade.

6.6.2 Perda por umidade induzidaA avaliação do dano nas misturas asfálticas causado pela umidade é de grande importân-cia, uma vez que afeta o desempenho e a vida de serviço dos pavimentos. Na realidade o dano por umidade evidencia os possíveis problemas de adesividade agregado-ligante asfáltico. Embora seja reconhecida a dificuldade de associar resultados de ensaios labo-ratoriais ao desempenho das misturas em campo (Epps et al., 2000), existem diversos ensaios para identificação do potencial ao dano por umidade em misturas. Eles podem ser classificados em duas categorias: (i) realizados em misturas não-compactadas e (ii) realizados em misturas compactadas (Moura, 2001; Solaimanian et al., 2004). A Ta-

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329Propriedades mecânicas das misturas asfálticas

Figura 6.38 Exemplos de corpos-de-prova submetidos ao ensaio Cântabro indicando a determinação do resultado pela média de três corpos-de-prova

bela 6.2 apresenta um resumo dos testes de avaliação de dano por umidade existentes para amostras compactadas por serem os mais representativos de condições reais e dos problemas complexos relacionados à adesividade.

TAbELA 6.2 ENSAIOS DE SENSIbILIDADE à UMIDADE PARA CORPOS-DE-PROVA COMPACTADOS (adaptado de Solaimanian et al., 2004)

Teste ASTM AASHTO Outros

Moisture vapor susceptibility California Test 307

Immersion-compression D1075 T 165 ASTM STP 252

Marshall immersion Stuart 1986

Freeze-thaw pedestal test Kennedy et al., 1982

Original Lottman indirect tension NCHRP Report 246 (Lottman, 1982)Transportation Research Board 515 (1974)

Modified Lottman indirect tension T 283 NCHRP Report 274 (Tunnicliff e Root, 1984), Tex 531-C

Tunnicliff-Root D 4867 NCHRP Report 274 (Tunnicliff e Root, 1984)

ECS with resilient modulus SHRP-A-403 (Al-Swailmi e Terrel, 1994)

Hamburg wheel tracking 1993Tex-242-F

Asphalt Pavement Analyzer Método em estudo na ASTM

ECS/SPT NCHRP 9-34 2002-03

O teste de sensibilidade à ação deletéria da água mais usado no Brasil segue o pro-cedimento descrito em AASHTO T 283, baseado no trabalho de R.P. Lottman (NCHRP Project 4-08), e um trabalho posterior realizado por D.G. Tunnicliff e R.E. Root (NCHRP Project 10-17) (Epps et al., 2000; Moura, 2001). Segundo esse procedimento, os cor-pos-de-prova de misturas asfálticas de graduação densa ou ainda de SMA podem ser preparados em laboratório seguindo os métodos Marshall, Hveem ou Superpave, e pode ser resumido nos passos descritos a seguir:

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330 Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros

• Moldar seis CPs similares com 1.200g de mistura asfáltica na faixa de projeto e teor de ligante asfáltico de projeto, com vazios de 7 ± 0,5%.

• Separar um primeiro conjunto de três corpos-de-prova, colocando-os dentro de sacos plásticos para proteção e imersão em banho de água a 25°C por 2 ± 1h;

• Separar um segundo conjunto de três desses CPs, colocando-os em um recipiente com água destilada e aplicando-se vácuo a uma pressão de 250 – 650mmHg por 5 a 10 minutos, a fim de obter grau de saturação dos vazios entre 70 e 80% de água;

• Envolver os CPs em filme plástico e colocar cada CP dentro de um saco plástico com 10ml de água adicionais, vedando-os em seguida; colocar o segundo conjunto de três CPs para congelamento (-18°C) por um período mínimo de 16h;

• Imergir este conjunto de três CPs em um banho de 60°C por um período de 24 ± 1h, retirando-se os CPs dos sacos plásticos e do filme logo após a imersão;

• Retirar o conjunto de três CPs do banho a 60°C e imergi-los em um banho a 25°C por um período de 2 ± 1h;

• Realizar ensaio de resistência à tração no primeiro conjunto de três CPs não-con-dicionados (RT) e no segundo conjunto de três corpos-de-prova após todo ciclo de condicionamento (RTu);

• Calcular a resistência à tração retida por umidade induzida, que é a razão entre RTu e RT.

As Figuras 6.39(a) a (d) ilustram alguns passos adotados no processo de condiciona-mento e ensaio de RT e RTu dos CPs do segundo conjunto.

Para a confecção dos CPs das dosagens Marshall com vazios entre 6 e 8%, é neces-sária a moldagem de CPs com diferentes números de golpes. A partir de um gráfico com o número de golpes versus volume de vazios, obtém-se o número de golpes necessários para a obtenção do volume de vazios preconizados em norma. O número de golpes ne-cessário para obtenção dos vazios exigidos em norma varia dependo da graduação.

Para as misturas dosadas pela metodologia Superpave, procede-se de forma diferente para a obtenção do número de giros necessários para um volume de vazios entre 6 e 8%, acompanhando-se as alturas do corpo-de-prova durante o processo. Dessa forma, é possível obter-se uma estimativa dos volumes de vazios para os diferentes números de giros. Determina-se em quantos giros obtém-se 7% de vazios (referência) nos CPs com-pactados no teor de projeto, ou seja, faz-se um acompanhamento dos vazios até que o número de giros seja igual ao Nprojeto.

A Tabela 6.3 apresenta como exemplo os resultados obtidos para a resistência a tração por compressão diametral após o condicionamento (saturação, congelamento e aquecimento em água), a resistência à tração por compressão diametral sem condicio-namento e a resistência à tração retida por umidade induzida (RRT) para duas misturas analisadas por Vasconcelos (2004).

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331Propriedades mecânicas das misturas asfálticas

(a) Aplicação de pressão para saturação dos vazios com água

(b) Congelamento

(c) Ensaio de resistência à tração (d) Aspecto de um corpo-de-prova condicionado após rompimento

Figura 6.39 Passos para o condicionamento e para a determinação da RT

TAbELA 6.3 RESULTADOS DE RT, RTu E RRT PARA DUAS MISTURAS ASFáLTICAS ANALISADAS (Vasconcelos, 2004)

Compactação Parâmetro BZR SMA 9,5mm

Marshall RT (MPa) 0,92 0,88

RTu (MPa) 0,43 0,80

RRT 47% 91%

No caso de misturas contínuas, o valor mínimo de RRT para que a amostra seja aprovada é de 70%. Para as misturas SMA, o limite mínimo para RRT também tem sido adotado 70% segundo a especificação AASHTO MP 8-01. Um fator importante a ser levado em consideração é a eventual presença de fíleres como a cal hidratada, que é um melhorador de adesividade. Resultados de pesquisa indicam que o ensaio de adesividade realizado para agregados graúdos isoladamente (DNER-ME 078/94) não garante que a mistura irá apresentar bom comportamento à ação deletéria da água, mesmo quando os agregados apresentam resultados satisfatórios. O ensaio de dano por umidade induzida em corpo-de-prova de mistura asfáltica compactada foi normalizado recentemente pela ABNT através da norma ABNT NBR 15617.

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332 Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros

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Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros

Índice de figuras e tabelas

6 prOpriedades mecânicas das misturas asfálticasFigura 6.1 Exemplo de equipamento e resultado do ensaio de estabilidade Marshall 289Figura 6.2 Ilustração do ensaio de compressão diametral e estado de tensões gerado 292Figura 6.3 Arranjo dos LVDTs para medidas de deslocamentos horizontais e verticais 293Figura 6.4 Exemplos de equipamento para ensaio de compressão diametral

de carga repetida 295Figura 6.5 Exemplos de arranjos experimentais para a colocação dos medidores

de deslocamento ao corpo-de-prova para o ensaio de MR 295Figura 6.6 Duração dos tempos de carregamento e repouso 296Figura 6.7 Parcelas dos deslocamentos resilientes e permanentes registrados durante

ensaios de módulo de resiliência 297Figura 6.8 Forma do pulso de carregamento (adaptado de NCHRP-285) 298Figura 6.9 Subdivisões do pulso de deslocamento 298Figura 6.10 Regressões das porções de descarregamento do pulso de deslocamento 299Figura 6.11 Deslocamento resiliente instantâneo 300Figura 6.12 Deslocamento resiliente total 300Figura 6.13 Desenho esquemático do comportamento viscoelástico sob carregamento

harmônico 304Figura 6.14 Exemplos de equipamentos usados na determinação do módulo complexo 305Figura 6.15 Curva mestra de módulo dinâmico 306Figura 6.16 Serragem da face do corpo-de-prova 307Figura 6.17 Retirada do núcleo do corpo-de-prova 307Figura 6.18 Exemplo da realização do ensaio em uma máquina universal 308Figura 6.19 Esquema do ensaio de compressão diametral 309Figura 6.20 Exemplo de equipamento para ensaio de RT 310Figura 6.21 Estágios existentes num processo de fadiga 312Figura 6.22 Exemplos de equipamentos para ensaios de fadiga 313Figura 6.23 Vida de fadiga considerando diferentes faixas granulométricas 314Figura 6.24 Representação das tensões no centro da amostra de um

corpo-de-prova cilíndrico 314Figura 6.25 Deformações permanentes em pavimentos asfálticos 316Figura 6.26 Exemplos de equipamentos e arranjos experimentais para o ensaio de creep 319Figura 6.27 Posicionamento dos LVDTs para registro de deslocamento axial

no ensaio de creep 319Figura 6.28 Informações do ensaio de creep 319Figura 6.29 Função fluência e respectivo ajuste para a série de Prony

(Souza e Soares, 2003) 319Figura 6.30 Carregamento e deformação no ensaio de creep dinâmico 321Figura 6.31 Conjunto de mesa compactadora e simulador de tráfego LCPC para ensaios

de deformação permanente em laboratório 322

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Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros

Índice de figuras e tabelas

Figura 6.32 Resultados de deformação permanente de misturas asfálticas no ensaio de simulador de tráfego LCPC 323

Figura 6.33 Percentual de afundamento versus teor de asfalto para 30.000 ciclos no simulador de tráfego LCPC (Bernucci et al., 2002) 324

Figura 6.34 Compactador e simulador APA 325Figura 6.35 Simulador do Laboratório Nacional de Engenharia Civil – LNEC, Portugal 326Figura 6.36 Simulador da Universidade da Carolina do Norte 326Figura 6.37 Exemplo de aparelho de abrasão Los Angeles utilizado para o ensaio Cântabro 328Figura 6.38 Exemplos de corpos-de-prova submetidos ao ensaio Cântabro indicando

a determinação do resultado pela média de três corpos-de-prova 329Figura 6.39 Passos para o condicionamento e para a determinação da RT 331

Tabela 6.1 Módulos de resiliência e resistência de misturas investigadas no país (25°C) 302Tabela 6.2 Ensaios de sensibilidade à umidade para corpos-de-prova compactados

(Solaimanian et al., 2004) 329Tabela 6.3 Resultados de RT, RTu e RRT para duas misturas asfálticas analisadas

(Vasconcelos, 2004) 331

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Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros

AAASHTO, 287, 306, 346, 404,

406, 464abrasão, 116, 124, 133, 153,

187, 269, 273, 395abrasão Los Angeles, 134, 140,

261, 273, 327, 357absorção, 142, 149, 167, 216,

271, 435aderência, 165, 179, 403, 429,

430, 483adesão, 116, 187, 264, 273, 275,

280adesividade, 64, 118, 143, 328,

421afundamento de trilha de roda,

322, 417, 443afundamentos, 322, 414, 416,

417, 419, 424, 442, 443, 445agentes rejuvenescedores, 41, 99,

188, 190, 256, 473agregado, 115, 207 artificial, 119 britado, 124 graúdo, 120, 132, 139, 142,

150, 152 miúdo, 85, 120, 148, 150, 151 natural, 99, 116 propriedades (ver propriedades

dos agregados) reciclado, 116, 119, 351, 352,

355, 362alcatrão, 25, 26amostragem, 73, 130, 142, 387amostragem de agregados, 130análise granulométrica, 122, 132análise petrográfica, 117análise por peneiramento, 119,

121, 122, 125, 139angularidade de agregado, 150,

151, 152, 240, 261

ângulo de fase, 104, 260, 290, 303

areia, 116, 119, 120, 141, 151, 164, 174, 341, 354, 356, 363, 430

areia-asfalto, 174, 253, 328areia-cal-cinza volante, 356argila, 132, 143, 150, 153, 340,

341, 354, 358, 360, 363argila calcinada, 119, 134argila expandida, 119aromáticos, 27, 30, 37, 51, 64asfaltenos, 27, 30, 32, 68, 176asfalto, 25, 27, 30, 34, 41, 58,

100 asfalto-borracha, 75, 162, 165,

172, 302, 324, 377 asfaltos diluídos, 81, 96 asfalto-espuma, 38, 41, 97, 441 asfalto modificado por

polímeros, 59, 63, 67, 69, 92, 162, 174, 377, 472

asfalto natural, 26 composição química, 27 especificação brasileira, 58, 61,

83, 94, 95, 96, 97, 99 especificação européia, 62 especificação SHRP, 32, 100,

102, 103 produção, 32, 33, 34, 39 programa SHRP, 100 propriedades físicas-ensaios, 41 coesividade Vialit, 72 densidade relativa, 53 durabilidade, 49 dutilidade, 49 espuma, 53 estabilidade à estocagem, 72 fragilidade e tenacidade, 73 massa específica, 53 penetração, 42

ponto de amolecimento, 48 ponto de fulgor, 52 ponto de ruptura Fraass, 54 recuperação elástica, 70 reômetro de cisalhamento

dinâmico, 104 reômetro de fluência em viga

(BBR), 106 retorno elástico, 70 separação de fases, 72 suscetibilidade térmica, 55 solubilidade, 49 tração direta (DTT), 108 vaso de envelhecimento sob

pressão (PAV), 108 viscosidade, 43avaliação, 403, 441 de aderência em pistas

molhadas, 429 estrutural, 9, 441, 463 funcional, 9, 403, 441, 463 objetiva, 424 subjetiva, 404, 409

B“bacia de deflexão, bacia de

deformação”, 445, 452basalto, 116, 118, 119, 142, 143base (camada de pavimento), 176,

183, 194, 337, 339base asfáltica, 176BBM, BBME, BBTM, BBUM, 176,

177, 179, 180, 181, 182betume (ver asfalto), 25, 26, 49bica corrida, 353, 357bombeamento de finos, 416, 423borracha (ver asfalto-borracha),

59, 62, 63, 65, 75brita graduada simples, 352, 353,

357

ÍNDICE REMISSIVO DE tERMOS

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Índice remissivo de termos

brita graduada tratada com cimento, 352, 356, 362

britador, 124, 127britagem, 124Brookfield, 47buraco (panela), 415, 416, 422,

425

Ccamada(s) “de base; de sub-base”, 352 “de dissipação de trincas (de

absorção de trincas; anti-reflexão de trincas)”, 468, 469

de módulo elevado, 162, 165, 176

de reforço do subleito, 337, 339 de rolamento (ver revestimento

asfáltico), 9, 162, 176, 468, 473

de revestimento intermediárias, 9, 162, 179, 183, 187, 253, 472

intermediárias de alívio de tensões, 472

porosa de atrito (ver revesti - mento drenante), 159, 161,

165, 253, 328, 434, 468 superficiais de revestimentos

delgados, 165, 179, 473caminhão espargidor, 393, 396Cannon-Fenske, 44, 45Cannon-Manning, 44, 45CAP (cimento asfáltico de

petróleo) (ver asfalto)capa selante, 183, 193, 395cimento asfáltico de petróleo (ver

asfalto)classificação de agregados, 116,

119, 142classificação de asfaltos, 41, 43,

60, 100classificação de defeitos, 415classificação de solos, 340, 341classificação de textura, 430, 432coesão (coesividade), 49, 72, 187,

194, 271, 338, 342, 352coletores de pó (filtros de manga),

380compactação, 389

compactador giratório (Superpave), 230, 232

compatibilidade, 66, 67, 72, 129, 271

compressão, 10, 127, 195, 289, 308, 311, 330, 338, 350, 352, 470

compressão uniaxial não-confinada (creep), 317

concreto asfáltico, 158, 159, 161, 162, 217, 302, 432, 468

concreto asfáltico de módulo elevado, 162, 165, 176, 302, 311, 352

concreto asfáltico delgado, 177, 178

concreto asfáltico denso, 161, 162cone de penetração dinâmico

(DCP), 345, 443, 444contrafluxo, 379, 383, 384corrugação, 415, 416, 420, 425,

427creep, 106, 317, 318, 319, 320,

321cura, 96, 254, 351, 363, 364,

397, 399curva de Fuller, 229curvas granulométricas (ver

granulometria), 123, 261

DDCP (dynamic cone penetrometer

cone de penetração dinâmico), 345, 444

defeitos de superfície, 413, 414, 415, 416

deflexão, 346, 443, 445, 446, 448, 454, 463, 464

deformação, 43, 49, 104, 105, 304, 313, 315, 443

deformação permanente (ver afundamento em trilha de roda), 316, 317, 320, 321, 322, 443

degradação, 133, 134, 137, 139densidade (ver massa específica) específica, 144 específica Rice, 210 máxima medida, 209 máxima teórica, 209 relativa, 53, 145, 147

densímetro com fonte radioativa, 390

densímetro eletromagnético, 390desagregação (ver desgaste,

descolamento, stripping), 415, 416, 421, 422

descolamento, 129, 419, 421desempenho, 101, 373, 401,

403, 441, 442, 457desgaste, 134, 135, 327, 415,

416, 421, 423deslocamento, 289, 291, 297,

298, 299, 300, 301, 318, 321, 346, 348, 421, 443, 445, 446

diorito, 118, 119distribuidor de agregados, 197,

393dosagem, 157, 205, 217, 227,

229, 253, 256, 258, 259, 266, 269, 274, 277

dosagem ASTM, 217, 235dosagem de misturas asfálticas

recicladas a quente, 256dosagem Marshall, 206, 217,

224, 227dosagem Superpave, 229, 233,

259drenagem superficial, 264, 407DSC, 33, 58DSR, 104, 105DTT, 108, 109durabilidade, 49dureza, 124, 134, 178dureza dos agregados, 134

Eelastômeros, 62, 63EME, 162, 165, 176, 178, 179,

180, 181, 182emulsão aniônica, 81, 84, 85emulsão asfáltica, 81, 82, 83, 84,

92, 93emulsão catiônica, 81, 82, 84endurecimento, 34, 49, 52, 108endurecimento do ligante asfáltico,

34, 51, 52ensaio azul-de-metileno, 187, 275, 279 bandeja, 266, 267 Cântabro, 167, 253, 328

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Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros

carga de partícula, 86 desemulsibilidade, 89 determinação do pH, 92 10% de finos, 134, 139, 140 efeito do calor e do ar, 49 equivalente de areia, 132, 133,

153 espuma, 53 estabilidade à estocagem, 67,

72 flexão, 291, 303 mancha de areia, 430, 431,

432 pêndulo britânico, 430, 431 peneiração, 88 penetração, 42 placa, 266 ponto de amolecimento, 48 ponto de fulgor, 52, 53 ponto de ruptura Fraass, 54, 55 recuperação elástica por torção,

78, 79 resíduo por destilação, 90, 91 resíduo por evaporação, 90 sanidade, 143, 144 Schulze-Breuer and Ruck, 188,

271, 272, 273 sedimentação, 87 separação de fases, 72, 73 solubilidade, 49, 50 tenacidade, 73, 74, 75 tração direta, 108, 109 tração indireta, 308 Treton, 137, 138 viscosidade, 43, 45, 46, 91envelhecimento, 49, 50, 51, 52,

108escória de aciaria, 119, 355escória de alto-forno, 119escorregamento, 419, 420especificação brasileira de asfalto

diluído, 96, 97especificação brasileira de emulsões

asfálticas catiônicas, 84especificação brasileira de

emulsões asfálticas modificadas por polímero, 94, 95

especificação de emulsões asfál- ticas para lama asfáltica, 85especificações para cimento

asfáltico de petróleo, 60

espuma de asfalto, 53, 192, 474estabilidade, 67, 72, 92, 121,

132, 222, 223, 288estocagem, 33, 36, 37, 38, 67,

72, 376, 384estufa de filme fino rotativo, 50, 51estufa de película fina plana, 50,

51EVA, 66, 67, 68expressão de Duriez, 255exsudação, 415, 416, 420

Ffadiga, 288, 311, 312, 313, 315,

316, 445feldspato, 117, 119fendas, 117, 119fibras, 172, 252fíler, 120, 160filtro de mangas, 380fluência, 106, 222, 318fluxo paralelo, 379, 383forma dos agregados, 141, 142,

172fórmula de Vogt, 254fragilidade, 73fresadoras, 189, 192fresagem, 188, 190, 191, 468fundação, 337FWD, 445, 448, 450, 451, 452

Ggabro, 118, 119GB, 176, 179, 180gel, 28, 30, 31geogrelhas, 471geossintéticos, 469geotêxteis, 469, 470gerência, 403, 413, 441gnaisse, 117, 118, 362graduação, 122, 123, 131, 159,

161, 169, 172, 183, 229, 264, 323

graduação aberta, 122, 159graduação com intervalo, 172graduação densa, 122, 159graduação descontínua, 159graduação do agregado, 159graduação uniforme, 123

gráfico de Heukelom, 56, 57granito, 117, 118, 119grau de compactação, 389grau de desempenho, 101, 259grumos, 88, 89, 132, 213, 216

Hhidrocarbonetos, 25, 27, 30, 33,

37hidroplanagem, 429, 433histórico, 11, 16Hveem, 50, 291, 346

IIBP, 70, 80, 99, 291IFI, 434IGG, 415, 424, 427, 428, 429IGI, 427, 428impacto, 72, 127, 128, 205, 206,

448imprimação, 97, 414índice de atrito internacional, 434índice de degradação após

compactação Marshall, 139, 140

índice de degradação após compactação Proctor, 137

índice de degradação Washington, 136

índice de forma, 141, 264índice de gravidade global, 415,

424, 428índice de gravidade individual,

427, 428índice de irregularidade

internacional, 407índice de penetração, 55, 56índice de suporte Califórnia, 342índice de susceptibilidade térmica,

41IRI, 407, 408, 413irregularidade, 404, 405, 407,

408, 409, 410, 411, 412, 413irregularidade longitudinal, 407,

410

Jjuntas, 76, 469, 472

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Índice remissivo de termos

Llama asfáltica, 85, 185, 186,

187, 269, 277, 397laterita, 119, 355, 362ligantes asfálticos modificados

com polímeros, 59, 63, 69, 473

limpeza, 132, 167, 386Lottman, 143LWT, 185, 187, 197, 198, 269,

270, 271, 275

Mmacadame betuminoso, 194, 195,

352macadame hidráulico, 352, 353,

357macadame seco, 353, 357, 358macromoléculas, 59macrotextura, 430, 432, 433maltenos, 27, 30, 68manutenção, 406, 407, 413, 441manutenção preventiva, 406, 407,

441massa específica, 53, 54, 144,

145, 148, 149, 237, 389, 390, 443

massa específica aparente, 146, 207, 208, 209

massa específica efetiva, 146, 211massa específica máxima medida,

209, 211, 214massa específica máxima teórica,

209massa específica real, 145materiais asfálticos, 10, 352materiais estabilizados

granulometricamente, 358material de enchimento, 120,

185, 358matriz pétrea asfáltica, 159, 168Mecânica dos Pavimentos, 10,

339, 453megatextura, 430método Marshall, 205, 217, 227,

228metodologia MCT, 359, 360, 361microrrevestimento, 186, 269,

274, 397microtextura, 430, 431

mistura asfáltica, 26, 157, 205, 373

misturas asfálticas drenantes, 179módulo complexo, 104, 303,

305, 306módulo de resiliência, 291, 294,

296, 297, 300, 301, 345, 346, 348, 349

módulo de rigidez, 106módulo dinâmico, 304, 306multidistribuidor, 395

Oondulações transversais, 415osmometria por pressão de vapor,

28oxidação, 34, 50

Ppanela, 415, 416, 422, 427parafinas, 33, 58partículas alongadas e achatadas,

150, 152, 153PAV, 108pavimentação, 10, 20, 25, 373,

403pavimentos asfálticos, 9, 10, 337,

338, 365, 366, 367, 368, 441pavimentos de concreto de

cimento Portland, 9, 338pavimentos flexíveis, 337, 415pavimentos rígidos, 337pedregulhos, 115, 116pedreira, 124, 126peneiramento, 88, 121, 122, 125peneiras, dimensões, 122penetração, 10, 42, 43, 55, 56,

58, 194, 343, 393, 443penetrômetro de cone dinâmico,

345percolação, 159, 165perda ao choque, 137, 138perda por umidade induzida, 328perfilômetro, 408, 409permeabilidade, 165, 166, 183petróleo, 25, 33, 96PG, 101, 102, 103, 259, 260pH, 86, 92pintura de ligação, 414, 420, 422

plastômeros, 65, 68PMF, 183, 184, 253, 255pó, 65, 76, 120, 132, 195, 198,

380pó de pedra, 120, 184, 274polimento, 117, 421, 433ponto de amolecimento, 33, 48,

55, 100ponto de amolecimento anel e

bola, 48pré-misturado, 10, 385, 468, 472processo estocável, 76processo seco, 76, 78, 80processo úmido, 76produção de asfalto, 27, 35, 36,

37, 38propriedades físicas, 41, 126, 129

QQI, 412, 413quarteamento, 131, 132quartzito, 118, 119quartzo, 117, 118, 119quociente de irregularidade, 412,

413

Rraio de curvatura, 446, 447, 449,

454RASF, 37, 178recapeamento, 441, 468, 469,

470, 471, 472reciclado, 116, 119, 261, 352, 355reciclagem, 53, 99, 119, 188,

190, 191, 352, 441, 473, 474reciclagem em usina, 191reciclagem in situ, 191, 192, 474reconstrução, 22, 406, 441recuperação elástica, 69, 70, 71,

78, 79, 80, 300, 472refino do petróleo, 33, 35, 36, 37,

38, 39reforço, 9, 337, 339, 342, 352,

365, 424, 441, 453, 468rejeitos, 352remendo, 416, 422reologia, 30, 259reômetro de cisalhamento

dinâmico, 103, 104

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Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros

reômetro de fluência em viga, 103, 106

reperfilagem, 467, 468resíduo, 34, 75, 87, 89, 90, 91,

120, 178, 355resíduo de vácuo, 34, 36resinas, 28, 30resistência, 67, 133, 143, 150,

165, 176, 251, 302, 308, 327, 342, 351, 431

resistência à abrasão, 133, 134, 153, 264, 269

resistência à deformação permanente, 67, 150, 165, 179

resistência à fadiga, 67, 179resistência à tração estática, 249,

288, 308resistência à tração retida, 251resistência ao atrito, 119, 140resistência ao trincamento por

fadiga, 178, 315ressonância nuclear magnética,

28, 72restauração, 176, 185, 188, 406,

407, 413, 441, 442, 463, 466, 467, 468

retorno elástico, 68, 70, 79retroanálise, 452, 453, 454, 455,

456, 457revestimento asfáltico drenante,

165revestimentos asfálticos, 10, 157,

164, 205, 373, 473revestimentos delgados, 165, 179,

473RNM, 28, 72rochas ígneas, 116, 117, 118rochas metamórficas, 116rochas sedimentares, 116rolagem, 206, 390, 391, 392, 393rolo compactador, 390, 391, 392,

393rolos compactadores estáticos, 390rolos compactadores vibratórios,

391rolos de pneus, 390RTFOT, 50, 51, 103, 108ruído, 165, 172, 179, 435, 436,

437ruptura da emulsão, 87, 92RV, 36, 103

SSAMI, 472SARA, 27, 28, 29saturados, 27, 28, 30, 32Saybolt-Furol, 46, 91, 219SBR, 66, 92, 94SBS, 65, 66, 67, 68, 69, 70, 95Schellenberg, 252secador, 377, 378, 379, 380,

383secador de contrafluxo, 379secador de fluxo paralelo, 379,

383segmentos homogêneos, 463,

464, 465, 466segregação, 120, 123, 130, 172,

386, 393, 423segurança, 52, 97, 100, 403, 429selagem de trincas, 466, 467serventia, 404, 405, 406, 407,

409, 441SHRP, 32, 100, 102, 120, 123,

150, 229, 230silos frios, 377, 378silos quentes, 381, 382simuladores de laboratório, 317simuladores de tráfego, 321, 457,

458, 459sintético, 62, 134SMA, 161, 168, 169, 170, 171,

172, 249, 250, 251, 252sol, 30, 31solo arenoso fino laterítico, 354,

360solo-agregado, 358, 359solo-areia, 354, 359solo-brita descontínuo, 354, 359solo-cal, 352, 356, 364solo-cimento, 351, 352, 356,

363, 364sub-base, 9, 337, 339, 342, 352Superpave, 100, 103, 229, 232,

233, 236, 259suscetibilidade térmica, 41, 55,

56

ttamanho máximo, 120, 131, 230tamanho nominal máximo, 120,

164

teor de argila, 153teor de asfalto, 162, 221, 224,

226, 234teor de parafinas, 33, 58teor de sílica, 119termoplásticos, 62, 63, 64textura superficial, 140, 166, 435TFOT, 49, 50, 51tipos de ligantes asfálticos, 40, 41tipos de modificadores, 65tipos de rochas, 118transporte, 11, 12, 14, 18, 20,

384tratamento superficial duplo, 192,

263, 395tratamento superficial primário,

193, 195tratamento superficial simples,

192, 194, 196, 263, 400tratamento superficial triplo, 192,

263, 395tratamentos superficiais, 180,

191, 193, 194, 393triaxial com carregamento

repetido, 317, 347, 348trincamento, 9, 230, 350, 361,

406, 445, 469trincamento por fadiga, 9, 150,

230, 315trincas, 311, 354, 356, 415, 417,

418, 425, 467, 469, 472, 473

Uusina asfáltica por batelada, 374,

381, 382usina contínua, 383usina de asfalto, 374usina de produção, 374, 381, 382usina gravimétrica, 374, 381usinas asfálticas, 373, 379, 384

Vvalor de resistência à derrapagem,

172, 429, 430, 431valor de serventia atual, 404, 406vaso de envelhecimento sob

pressão, 108vibroacabadora de esteiras, 388vibroacabadora de pneus, 387

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Índice remissivo de termos

vibroacabadoras, 387viga Benkelman, 346, 445, 446,

447, 448, 449viscosidade absoluta, 44, 45viscosidade cinemática, 44, 45viscosidade rotacional, 47viscosímetro capilar, 44VPO, 28VRD, 430, 431

WWST, 270WTAT, 187, 197, 199, 269, 270

Zzona de restrição, 164, 230, 231

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Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros

AAASHTO (1986), 369AASHTO (1989) AASHTO T

283/89, 154AASHTO (1991) AASHTO T85,

154AASHTO (1993), 438AASHTO (1997) AASHTO T305,

281AASHTO (1999) AASHTO T104,

200AASHTO (1999) AASHTO T209,

281AASHTO (2000) AASHTO T166,

281AASHTO (2001) AASHTO D5821,

200AASHTO (2003) AASHTO T312,

281AASHTO (2003) AASHTO T319,

281AASHTO (2005) AASHTO MP8-

01, 332AASHTO PP35, 281ABEDA (2001), 110ABINT (2004), 475ABNT (1989) NBR 6954, 154ABNT (1991) NBR 12261, 369ABNT (1991) NBR 12262, 369ABNT (1991) NBR 12265, 369ABNT (1992) NBR 12053, 369ABNT (1993) NBR 12891, 281ABNT (1994) NBR 13121, 110ABNT (1998) NBR 6576, 110ABNT (1998) NBR 9619, 110ABNT (1999) NBR 14249, 110ABNT (1999) NBR 14393, 110ABNT (1999) NBR 6299, 110ABNT (2000) NBR 14491, 110ABNT (2000) NBR 14594, 110ABNT (2000) NBR 6302, 110

ABNT (2000) NBR 6560, 110ABNT (2000) NBR 6567, 110ABNT (2000) NBR 6569, 110ABNT (2000) NBR 6570, 110ABNT (2001) NBR 14736, 111ABNT (2001) NBR 14746, 200ABNT (2001) NBR 5847, 110ABNT (2001) NBR 6293, 110ABNT (2001) NBR 6300, 110ABNT (2003) NBR 6297, 111ABNT (2003) NBR NM 52, 154ABNT (2003) NBR NM 53, 154ABNT (2004) NBR 14896, 111ABNT (2004) NBR 15087, 281ABNT (2004) NBR 15115, 369ABNT (2004) NBR 15140, 281ABNT (2004) NBR 15166, 111ABNT (2004) NBR 15184, 111ABNT (2004) NBR 5765, 111ABNT (2005) NBR 9935, 154ABNT (2005) NBR 15235, 111ABNT (2005) NBR 6568, 111ABNT NBR 11341, 111ABNT NBR 11805, 369ABNT NBR 11806, 369ABNT NBR 14376, 110ABNT NBR 14756, 111ABNT NBR 14757, 200ABNT NBR 14758, 200ABNT NBR 14798, 200ABNT NBR 14841, 200ABNT NBR 14855, 111ABNT NBR 14948, 200ABNT NBR 14949, 200ABNT NBR 14950, 111ABNT NBR 6296, 111ABNT P-MB 326, 110ABNT P-MB 425/1970, 110ABNT P-MB 43/1965, 110ABNT P-MB 581/1971, 110ABNT P-MB 586/1971, 110

ABNT P-MB 590/1971, 110ABNT P-MB 609/1971, 110ABNT P-MB 826/1973, 110ABNT (2002) NBR 14856, 111ABPv (1999), 438Adam, J-P. (1994), 24AFNOR (1991) AFNOR-NF-P-98-

253-1, 332AFNOR (1991a), 332AFNOR (1993) AFNOR-NF-P-98-

260-1, 332AIPCR (1999), 200Albernaz, C.A.V. (1997), 461Aldigueri, D.R., Silveira, M.A. e

Soares, J.B. (2001), 281Allen, D. H. e Haisler, W. E.

(1985), 332Alvarenga, J.C.A. (2001), 369Alvarez Neto, L. (1997), 461Alvarez Neto, L., Bernucci. L.L.B.,

Nogami, J.S. (1998), 461Amaral, S.C. (2004), 369ANP (1993), 281Antosczezem Jr, J.A. e Massaran-

duba, J.C.M. (2004), 402APRG (1997), 281Aps, M.; Bernucci, L.L.B; Fabrício,

J.M; Fabrício, J.V.F.; Moura, E. (2004a), 438

Aps, M.; Bernucci, L.L.B.; Fa-brício, J.M.; Fabrício, J.V.F. (2004b), 438

Aps, M.; Rodrigues Filho, O.S.; Bernucci,L.L.B.; Quintanilha, J.A. (2003), 438

Asphalt Institute (1989), 154Asphalt Institute (1995), 154Asphalt Institute (1998), 402ASTM ( 2003b) ASTM E-1960,

438ASTM (1982) ASTM D4123, 332

ÍNDICE REMISSIVO DAS bIblIOgRAfIAS

Page 70: PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA · Rio de Janeiro 2008 Liedi Bariani Bernucci Laura Maria Goretti da Motta Jorge Augusto Pereira Ceratti Jorge Barbosa Soares Pavimentação asfáltica

Índice remissivo das bibliografias

ASTM (1986) ASTM C496, 332ASTM (1993) ASTM C 1252, 282ASTM (1994) ASTM D5002, 282ASTM (1995) ASTM D1856, 282ASTM (1997) ASTM D5, 111ASTM (1998) ASTM C702, 154ASTM (1999) ASTM D4791, 154ASTM (2000) ASTM D2041, 282ASTM (2000) ASTM D2726, 282ASTM (2000) ASTM D 1075-96,

154ASTM (2000) ASTM D 4791-99,

282ASTM (2000) ASTM D244, 111ASTM (2000) ASTM D5840, 111ASTM (2000) ASTM D5976, 111ASTM (2000) ASTM D6521, 111ASTM (2001) ASTM D2042, 111ASTM (2001) ASTM D2170, 112ASTM (2001) ASTM D2171, 112ASTM (2001) ASTM D2172, 282ASTM (2001) ASTM D4124, 112ASTM (2001) ASTM D5581, 282ASTM (2001) ASTM D5801, 112ASTM (2001) ASTM D5841, 111ASTM (2001) ASTM D6648, 112ASTM (2001) ASTM E 965-96,

438ASTM (2002) ASTM D 1754/97,

112ASTM (2002) ASTM D1188, 282ASTM (2002) ASTM D4402, 112ASTM (2002) ASTM D6723, 112ASTM (2002) ASTM D6816, 112ASTM (2003) ASTM D3497-79,

332ASTM (2003a) ASTM E 303-93

S, 438ASTM (2004) ASTM D2872, 111ASTM (2004) ASTM D6084, 112ASTM (2004) ASTM D7175, 112ASTM (2005) ASTM C 125, 154ASTM C127, 154ASTM C128, 282ASTM D 113, 111ASTM D 2007, 111ASTM D 270, 111ASTM D 36, 111ASTM D 5329, 112ASTM D 5858, 461ASTM D 88, 111

ASTM D 92, 112ASTM D 95, 111ASTM D4748-98, 461ASTM E102, 112ASTM(2002) ASTM D402, 112

bBalbo, J.T. (1993), 369Balbo, J.T. (2000), 332Barksdale (1971), 332Beligni, M., Villibor, D.F. e Cincer-

re, J.R. (2000), 200Bely, L. (2001), 24Benevides, S.A.S. (2000), 332Benkelman, A.C.; Kingham, R.I. e

Fang, H.Y. (1962), 369Bernucci, L.L.B. (1995), 369Bernucci, L.B.; Leite, L.M. e Mou-

ra, E. (2002), 332Bertollo, S.A.M. (2003), 112Bertollo, S.A.M., Bernucci, L.B.,

Fernandes, J.L. e Leite, L.M. (2003), 112

Bittencourt, E.R. (1958), 24Bohong, J. (1989), 24Bonfim, V. (2000), 200Bonnaure, F., Gest, G., Gravois, A.

e Uge, P. (1977), 332Boscov, M.E.G. (1987), 369Bottin Filho, I.A. (1997), 332Bottura, E.J. (1998), 438Brito, L.A.T (2006), 333Brosseaud, Y. (2002), 438Brosseaud, Y. (2002a), 200Brosseaud, Y. (2002b), 201Brosseaud, Y., Bogdanski, B., Car-

ré, D., (2003), 201Brosseaud, Y., Delorme, J-L., Hier-

naux, R.(1993), 201Buchanan, M.S.; Brown, E.R.

(2001), 282Bukowski, J.R. (1997), 282

CCabral, G.L.L. (2005), 154Camacho, J. (2002), 369Carey Jr., W.N. e Irick, P.E.

(1960), 438

Carey Jr., W.N.; Huckins, H.C. e Leathers, R.C. (1962), 438

Carneiro, F.L. (1943), 333Carneiro, F.B.L.(1965), 461Carpenter, S.H.; K.A. Ghuzlan, e

S. Shen (2003) , 333Castelo Branco, V.T.F., Aragão,

F.T.S. e Soares, J.B. (2004), 282

Castro Neto, A.M. (1996), 282Castro Neto, A.M. (2000), 282Castro, C.A.A. (2003), 112Centro de Estudios de Carreteras

(1986), 333Ceratti, J.A.P. (1991), 369Chevallier, R. (1976), 24Christensen, R.M. (1982), 333CNT (2004), 333Coelho, W. e Sória, M.H.A.

(1992), 282COMITEE ON TROPICAL SOILS

OF ISSMFE (1985), 369Concer (1997), 24Cordeiro, W.R. (2006), 201Corté, J.-F. (2001), 201Costa, C.A. (1986), 201Croney, D. (1977), 438Cundill, M.A. (1991), 438

DDAER/RS-EL 108/01, 282Dama, M.A. (2003), 112Daniel, J.S. e Y.R. Kim (2002),

333Daniel, J.S. e Y.R. Kim e Lee, H.J.

(1998), 333DERBA (1985), 201DER-BA ES P 23/00, 201DER-PR (1991), 402DER-SP (1991), 369Dijk, W.V. (1975), 333DNC (1993), 112DNC 733/1997 (1997), 112DNER (1979) DNER PRO-10/79,

461DNER (1979) DNER PRO-11/79,

461DNER (1985) DNER PRO-

159/85, 461

Page 71: PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA · Rio de Janeiro 2008 Liedi Bariani Bernucci Laura Maria Goretti da Motta Jorge Augusto Pereira Ceratti Jorge Barbosa Soares Pavimentação asfáltica

Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros

DNER (1994), 112DNER (1994) DNER-ME 138/94,

333DNER (1994) DNER-IE 006/94,

154DNER (1994) DNER-ME 053/94,

154DNER (1994) DNER-ME 061/94,

461DNER (1994) DNER-ME 063/94,

112DNER (1994) DNER-ME 078/94,

154DNER (1994) DNER-ME 086/94,

154DNER (1994) DNER-ME 089/94,

154DNER (1994) DNER-ME 093/94,

154DNER (1994) DNER-ME 107/94,

282DNER (1994) DNER-ME 117/94,

282DNER (1994) DNER-ME 133/94,

333, DNER (1994) DNER-ME 222/94,

154DNER (1994) DNER-ME 24/94,

461DNER (1994) DNER-PRO 08/94,

438DNER (1994) DNER-PRO

269/94, 461DNER (1994a) DNER-PRO

164/94, 438DNER (1994b) DNER ME

228/94, 370DNER (1994b) DNER-PRO

182/94, 438DNER (1994c) DNER ME 256/94,

370DNER (1994c) DNER-PRO

229/94, 438DNER (1994d) DNER ME

258/94, 370DNER (1995) DNER-EM 035/95,

154DNER (1995) DNER-ME 043/95,

282DNER (1995) DNER-ME 084/95,

155

DNER (1996), 113DNER (1996) DNER-ME 193/96,

283DNER (1996) DNER-PRO

199/96, 155DNER (1996) DNER-PRO

273/96, 461DNER (1997), 283, 402DNER (1997) DNER ME 367/97,

155DNER (1997) DNER-ES 308/97,

201DNER (1997) DNER-ES 309/97,

201DNER (1997) DNER-ES 310/97,

201DNER (1997) DNER-ES 311/97,

201DNER (1997) DNER-ES 312/97,

201DNER (1997) DNER-ES 313/97,

201DNER (1997) DNER-ES 314/97,

201DNER (1997) DNER-ES 317/97,

201DNER (1997) DNER-ES 318/97,

201DNER (1997) DNER-ES 319/97,

201DNER (1997) DNER-ES 320/97,

201DNER (1997) DNER-ME 054/97,

155DNER (1997) DNER-ME 153/97,

283DNER (1997) DNER-ME 197/97,

155DNER (1997) DNER-PRO 120/97,

155DNER (1997c) DNER ES 301/97,

370DNER (1997d) DNER ES 303/97,

370DNER (1997e) DNER ES 304/97,

370DNER (1997f) DNER ES 305/97,

370DNER (1997g) DNER ME 254/97,

370

DNER (1998), 113, 283DNER (1998) DNER-ME 035/98,

155DNER (1998) DNER-ME 081/98,

155DNER (1998) DNER-ME 083/98,

155DNER (1998) DNER-ME 096/98,

155DNER (1999) DNER-ES 386/99,

201DNER (1999) DNER-ES 387/99,

201DNER (1999) DNER-ES 388/99,

475DNER (1999) DNER-ES 389/99,

202DNER (1999) DNER-ES 390/99,

202DNER (1999) DNER-ME 382/99,

201DNER (1999) DNER-ME 383/99,

333DNER (1999) DNER-ME 397/99,

155DNER (1999) DNER-ME 398/99,

155DNER (1999) DNER-ME 399/99,

155DNER (1999) DNER-ME 400/99,

155DNER (1999) DNER-ME 401/99,

155DNIT (2003) DNIT 005-TER, 439DNIT (2003) DNIT 006-PRO,

439DNIT (2003c) DNIT 009-PRO,

439DNIT (2004) DNIT 031/04-ES,

155DNIT (2005), 155DNIT (2005) DNIT 034/05-ES,

202DNIT (2005) DNIT 035/05-ES,

202DNIT (2006), 370DNIT(2005) DNIT 032/05-ES,

202DNIT(2005) DNIT 033/05-ES,

202

Page 72: PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA · Rio de Janeiro 2008 Liedi Bariani Bernucci Laura Maria Goretti da Motta Jorge Augusto Pereira Ceratti Jorge Barbosa Soares Pavimentação asfáltica

Índice remissivo das bibliografias

Duque Neto, F.S, (2004), 202Duque Neto, F.S., Motta, L.M.G. e

Leite, L.F.M. (2004), 202

EEN 12591 (2000), 113EN 12593 (2000), 113EN 12697-5 (2002), 283Epps, Jª., Sebaaly, P.E., Penaran-

da, J., Maher, M.R. Mccann, M.B. e Hand, A.J. (2000), 333

Epps, J.A. e C.L. Monismith (1969), 333

Espírito Santo, N.R. e Reis, R.M. (1994), 283

fFalcão, M.F.B. e Soares, J.B.

(2002), 333Fernandes Jr., J.L. e Barbosa, R.E.

(2000), 439Fernandes, C.G. (2004), 155Ferry, J.D. (1980), 333FHWA (1994), 283FHWA (1995), 283Finn, F.N., Monismith, C.L. e

Makevich, N.J. (1983), 334Fonseca, O.A. (1995), 334Fortes, R.M. e Nogami, J.S.

(1991), 370Francken, L.; Eustacchio, E.;

Isacsson, U e Partl, M.N. (1997), 283

Francken, L. e Partl, M.N. (1996), 334

Fritzen, M.A (2005), 202

gGEIPOT (1981), 24, 439Ghuzlan, K.A. e Carpenter, S.H.

(2000), 334Gillespie, T.D.; Sayers, M.W. e

Segel, L. (1980), 439Girdler, R.B. (1965), 113Godoy, H. (1997), 370Godoy, H. ; e Bernucci, L.L.B.

(2002), 370

Gonçalves, F.P., Ceratti, J.A.P. (1998), 461

Gontijo, P.R.A. (1984), 402Goodrich, J.L. (1991), 334Gouveia, L.T. (2002), 155Guimarães, A.C.R. e Motta,

L.M.G. (2000), 155

HHaas, R. Hudson, W.R e Za-

niewski, J. (1994), 439Hafez, I.H. e Witczak, M.W.

(1995), 283Hagen, V.W. (1955), 24Harman, T.; Bukowski, J.R.; Mou-

tier, F.; Huber, G.; McGennis, R. (2002), 283

Hawkes, I. e Mellor, M. (1970), 334

Heide J.P.J. e J.C. Nicholls (2003), 283

Henry, J. (2000), 439Heukelom, W. (1969), 113Hill, J.F. (1973), 334Hinrichsen, J. (2001), 283História das Rodovias (2004), 24Hondros, G. (1959), 334Huang, Y.H. (1993), 334Huang, Y.H. (2003), 461Hunter, R.N. (2000), 113Hveem, F. N (1955), 334Hveem, F. N.; Zube, E.; Bridges,

R.; Forsyth, R. (1963), 113

IIA (Instituto do Asfalto, versão em

português) (2001), 113IBP (1999), 113Instituto do Asfalto (1989), 283IPR (1998), 155ISSA (2001), 202ISSA (2005), 202ISSA (2005a), 202ISSA TB-100 (1990), 284ISSA TB-109 (1990), 284ISSA TB-114 (1990), 284ISSA TB-145 (1989), 283

JJackson, N.M. e Czor, L.J. (2003),

284Jooste, F.J.; A. Taute; B.M.J.A.

Verhaeeghe; A.T. Visser e O.A. Myburgh (2000), 284

KKandhal, P.S. e Koehler, W.S.

(1985), 284Kandhal, P.S. e Brown, E.R.

(1990), 284Khandal, P. e Foo, K.Y. (1997),

284Kim, Y.R. e Y.C. Lee (1995), 334Kim, Y.R., H.J. Lee e D.N. Little

(1997), 334Kim, Y.R.; D.N. Little e F.C. Ben-

son (1990)’’, 334Kleyn, E. G. (1975), 370Klumb, R.H. (1872), 24

lLama, R.D. e Vutukuri, V.S.

(1978), 334Láo, V.L.E.S.T. (2004), 439Láo, V.L.E.S.T. e Motta, L.M.G.

(2004), 439Larsen, J. (1985), 202LCPC (1976), 113LCPC (1989), 402Lee, H.J. e Kim, Y.R. (1998), 334Leite, L.F.M (1999), 113Leite, L.F.M (2003), 113Leite, L.F.M. & Tonial, I.A. (1994),

113Leite, L.F.M., Silva, P., Edel, G.,

Motta, L.M. e Nascimento L. (2003), 113

Lentz, R.W. and Baladi, G.Y. (1980), 370

Liberatori, L.A. (2000), 113Little, D.N.; R.L. Lytton; D. Willia-

ms e R.Y. Kim (1999)’’, 334Livneh, M (1989), 371Loureiro, T.G. (2003), 334Lovato, R.S. (2004), 371Love, A.E.H. (1944), 334Luong, M.P. (1990), 334

Page 73: PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA · Rio de Janeiro 2008 Liedi Bariani Bernucci Laura Maria Goretti da Motta Jorge Augusto Pereira Ceratti Jorge Barbosa Soares Pavimentação asfáltica

Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros

MMacêdo, J.A.G. (1996), 462Magalhães, S.T. (2004), 202Magalhães, S.T.; Motta, L.M.G e

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(2006), 24Mamlouk, S.M. e Sarofim, R.T.

(1988), 334Mano (1991), 113Mano, E.B. (1985), 113Margary, I. (1973), 24Marques, G.Lº. e Motta, L.M.G.

(2006), 334Marques, G.L.O. (2001), 155Marques, G.L.O. (2004), 284Mascarenhas Neto, J.D. (1790),

24McDaniel, R. e Anderson, R.M.

(2000), 284McDaniel, R. e Anderson, R.M.

(2001), 284McGennis, R.B.; Anderson, R.M.;

Perdomo, D.; Turner, P. (1996), 284

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Medina, J. (1997), 24Medina, J., Motta, L.M., Pinto, S.

e Leite, L.M. (1992), 335Metso Minerals (2005), 156Meurer Filho, E. (2001), 335Monismith, C.L.; Seed, H.B.;

Mitry, F.G.; Chan, C.K. (1967), 371

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Morilha Junior, A. & Trichês, G. (2003), 113

Morilha Júnior, A.(2004), 113Motta, L.M.G. (1991), 335Motta, L.M.G. e Leite, L.F.M.

(2000), 156Motta, L.M.G., Tonial, I., Leite, L.

F. et al. (1996), 202Motta, L.M.G.; Medina, J.; Matos,

M.V.M.; Vianna, A.A.D. (1990), 371

Motta, L.M.G. (1998), 284Motta, R.S. (2005), 371Moura, E. (2001), 335

Mourão, F.A.L. (2003), 202Mouthrop, J.S. e Ballou, W.R.

(1997), 285

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Nascimento, L., Leite, L., Láo, V.L.E.S.T e Jesus, G.F. (2005), 439

NCHRP 9-12 (2000), 285NCHRP-285 (2204), 335Nóbrega, E.S. (2003), 462Nóbrega, E.S. e Motta, L.M.G.

(2003), 462Nóbrega, E.S., Motta, L.M.G.,

Macedo, J.A.G. (2003), 462Nogami, J.S. e Villibor, D.F.

(1981), 371Nogami, J.S.; Villibor, D.F. (1995),

156Núñez, W.P. (1997), 371

OOda, S. (2000), 113Oliveira, C.G.M. (2003), 335

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335Park, S.W., Kim, Y.R. e Schapery,

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nathan (1997), 335Pinheiro, J.H.M. (2004), 114Pinheiro, J.H.M. e Soares, J.B.

(2004), 114Pinto, C.S. (2000), 156Pinto, I.E. (2002), 114

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Índice remissivo das bibliografias

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th, C.L. (1955), 372Seed, H.B.; Mitry, F.G.; Monis-

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Souza, F.V. (2005), 336Souza, F.V. e J. B. Soares

(2003a), 336Souza, M.L. (1966), 372Souza, M.L. (1979), 372Souza, M.L. (1980), 372Souza, M.L.; Magalhães, J.P.; Sil-

va, R.B.; Schlosser, R. (1977), 372

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Specht, L.P. (2004), 114Suzuki, C.Y. (1992), 372

TTaira, C. e Fabbri, G.T.P. (2001),

336Tayebali, A.A.; J.A. Deacon; J.S.

Coplantz e C.L. Monismith (1993), 336

Thuler, R.B. (2005), 203Timoshenko, S.P. e Goodier, J.N.

(1951), 336Tonial, I.A. (2001), 114Tonial, I.A. e Bastos, A.C.R.

(1995), 114Trichês, G. e Cardoso, A.B.

(1999), 372Trichês, G.; Cardoso, A. B.

(2001), 462Trichês, G.; Fontes, L.P.T.L.; Dal

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Hilster, E.D. e Stoker, D.A. (1990), 336

Vaniscotte, J.C. e Duff, M. (1978a), 285

Vaniscotte, J.C. e Duff, M. (1978b), 285

Vasconcelos, K.L. (2004), 285Vasconcelos, K.L., Soares, J.B. e

Leite, L.M. (2003), 286Vertamatti, E. (1988), 372Viana, A.D. (2004), 336Villela e Marcon, (2001), 462Villibor, D.F. (1981), 372Von Quintus, H.L., J.A. Scheroc-

man, C.S. Hughes e T.W. Ken-nedy (1991), 336

WWang, J.N.; Kennedy, T.W. e Mc-

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Whiteoak, D. (1990), 114Wild, O. (1992), 24Witczak, M.W. e Root, R.E.

(1974), 336Woods, K.B. (1960), 156World Bank (1985), 439World Bank (2000), 439

YYen T. F (1991), 114Yildirim, Y.; Solaimanian, M.; Mc-

Gennis, R.B. e Kennedy, T.W. (2000), 286

Yoder, E. J. e Witczak, M.W. (1975), 336

Zhang, W.; A. Drescher e D.E. Newcomb (1997), 336

ZTV Asphalt (2001), 203

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