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O Rio Mondego como sistema morfológico e monumental: As mudanças

de Coimbra com o parque verde do Mondego

Diogo FerreiraCoimbra, Dezembro 2011

Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra 20 11/2012

Título do Trabalho:O Rio Mondego como sistema morfológico e monumental: As mudanças de Coimbra com o parque verde do Mondego

Disciplina:Fontes de Informação Sociológica

Professor orientador:Professor Doutor Paulo Peixoto

Trabalho realizado por:Diogo FerreiraAluno nº2011169104

Imagem da capa consultada em:Imagem da capa consultada em:http://olhares.aeiou.pt/coimbra_parque_foto2576828.html

Coimbra,Dezembro de 2011

Índice:

1.Introdução

2. Estado Das Artes

2.1. Coimbra e o Rio 2.2. Principais alterações dos espaços 2.3. Projectos 2.4. Dados estatísticos relativos à intervenção do programa polis2.5. Desporto, o parque e as pessoas

3. Descrição detalhada da pesquisa

4. Ficha de Leitura

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5. Avaliação da página de internet

6. Conclusão

7. Referências Bibliográficas

Anexo I - Suporte de texto à ficha de Leitura

Anexo II - Suporte de Análise da Página de Internet

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No âmbito da avaliação contínua da disciplina de Fontes de InformaçãoSociológica, do 1º ano da Licenciatura em Sociologia da Faculdade deEconomia da Universidade de Coimbra, foram apresentados quatro temaspara elaborar um trabalho, tendo eu escolhido o tema “B) O Rio Mondegocomo sistema morfológico e monumental. Características dos espaçosurbanos que mantêm relação directa com o Rio. Levantamento deprojectos e planos de desenvolvimento urbano que tenham equacionado opapel do Rio na cidade (projectos urbanos, industriais, monumentais,paisagísticos). Cartas, projectos e imagens históricas que demonstrem avalorização da cidade ou do território a partir do Rio (ou que evidenciemprojectos de subvalorização do Rio). (pesquisa obrigatória na câmaramunicipal)”.Optei por este tema, porque é o que me desperta mais interesse, visto

que é algo relativamente recente, e que na minha opinião teve bastanteimpacto na sociedade da cidade de Coimbra.Visto que o rio é uma parte integrante da cidade, este é algo simbólico

para os seus habitantes, e a partir do momento que a área envolvente dorio foi concebida para o lazer, esta passa a ter principal importância, pois éagora um espaço onde os habitantes de Coimbra se podem “refugiar” do

1. Introdução:

agora um espaço onde os habitantes de Coimbra se podem “refugiar” do“stress” citadino, é um pedaço de sossego no meio do barulho.

La ciudad ha sido siempre el lugar de la libertad, un lugar de refugio paralos pobres y desarraigados. Y para minorías de todo tipo, que hanencontrado protección en la ciudad -hasta que un estallido social las hapuesto, eventualmente, a merced de la mayoría. La diversidad de orígeneses una constante de la población de las ciudades. La ciudad ha sido confrecuencia el espacio de la coexistencia y del mestizaje. Lo que no se haproducido sin dolor y dificultades. Pero ha tenido siempre consecuenciaspositivas para las áreas urbanas y para el desarrollo de la cultura engeneral. Siempre en las ciudades esa diversidad ha sido mayor que en lasáreas rurales, y mayor en las grandes ciudades que en las pequeñas. Yeso en todas las épocas, países y cultura. (Capel, 1997)

Espaços como o parque verde do Mondego são então bastanteimportantes pois proporcionam harmonia e socialização entre oshabitantes da cidade, principalmente nos dias de hoje em que aconstrução urbana se baseia principalmente a construir espaços fechado,como por exemplo os Shopping-centers.

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2. Estado das Artes2.1. Contextualização:

“Centrar a cidade no rio, promover a aproximaçãoefectiva das suas margens, a par do aproveitamentodas condições naturais e paisagísticas de excepção,oferecidas pelo rio Mondego, bem como o reforço dasáreas pedonais, a ligação entre a Baixa e a Alta Universitáriacaracterizam, em termos gerais, a intervenção, doPrograma Polis para a cidade de Coimbra”(Boletim Informativo n.º 1).

O parque verde do Mondego foi inaugurado em Junho de 2004,e é agoraum ponto de interesse turístico da cidade de Coimbra, a cidade passou aser mais atractiva proporcionando aspectos positivos para a população dacidade. As margens do rio são então agora um espaço de lazer, ondepodemos encontrar esplanadas, jardins, parques infantis, caminhospedonais, ciclo vias, pavilhões com exposições temporárias, actividadesde desporto e lazer, entre outros.Uns anos mais tarde, mais propriamente em 2007 foi inaugurada a pontepedonal que une as duas margens do rio, tendo o nome de “Pedro e Inês”.pedonal que une as duas margens do rio, tendo o nome de “Pedro e Inês”.O programa Polis foi o responsável por esta mudança, tendo comoobjectivo então o que está na citação inicial, e que até agora temconseguido fazer aquilo a que se comprometeu. Segundo o relatório doplano de pormenor do eixo da portagem/ Av. João das Regras podemosler que as categorias que merecerão mais atenção por parte do plano sãoa do Espaço Público, a do Espaço Verde e a do Espaço Edificado,categorias essas que falarei mais à frente com algum detalhe.“Esta obra magnífica [o Parque Verde do Mondego, da responsabilidadedo programa Polis] devolveu o rio à cidade de Coimbra ou, se preferir, fezas pazes da cidade com o rio. É o melhor espaço de lazer da região". Aafirmação, feita ao JN (Gonçalves, 2008) por uma mãe que passeava osdois filhos.Esta afirmação feita por uma habitante de Coimbra diz muito sobre aimportância do novo espaço para a cidade e para os seus habitantes. Porum lado, é fácil perceber que este espaço passou a ser uma área onde aspessoas gostam de estar, gostam de passear, gostam de descontrair. Poroutro, pelas palavras desta mãe, reparamos que antes do parque verde doMondego as pessoas não apreciavam muito aquele espaço, e era entãoum espaço quase que abandonado e que felizmente conseguiramaproveitá-lo da melhor forma, a cidade ganhou vida, passou a ser“realmente” uma cidade que faz parte do baixo Mondego.

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Uma das principais alterações que este projecto proporcionou foi a criação deespaços desportivos, aproveitando o rio para a prática desportiva, e visto queessa matéria é bastante apelativa para mim, considero importante falar umpouco sobre isso e irei então ter um ponto relativo a essa matéria.

Perante tudo isto procederei a uma análise mais pormenorizada dasalterações sofridas neste espaço da cidade e o que isto influenciou na vidados seus habitantes.

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Fonte da foto (Olhares, 2008)

Fonte da foto (Olhares, 2007)

Fonte da foto (Olhares, 2010)

2.2. Coimbra e o Rio:

“É bem verdade que são muitas as nossas cidades com um rio a fazer partedas suas paisagens. Acontece que nem sempre se sabe tirar o melhorproveito disso - veja-se o caso de Lisboa, tantos anos de costas voltadas aoTejo” (Ramos, 2004).

Coimbra já há muito tempo que tem o parque Manuel Braga, que permite umconvívio com o rio, mas de forma bem afastada, com árvores frondosas quefornecem bastantes espaços à sombra, que as pessoas aproveitam para sesentar num dos bancos do jardim a descansar ou a ler um livro. Tendo estejardim já uma vista bastante agradável sobre as águas do rio. Mas foi em2004 que a cidade passou a estar mais perto do rio, passando a proporcionarpasseios relaxantes em contacto com a natureza. O parque tem uma áreacom mais de 400 mil metros quadrados, uma frente ribeirinha com cerca de 3quilómetros e um corredor para os peões e uma ciclovia com mais de 4quilómetros de comprimento.

Enquanto que o parque Manuel Braga está bem acima do nível da água, oparque verde do Mondego encontra-se ao nível do rio, proporcionando ummaior contacto com a natureza.maior contacto com a natureza.

No parque tem vários espaços de socialização, bares, restaurantes,geladarias; ou seja, o parque para além de criar espaços de lazer, crioutambém espaços de comércio.

Como curiosidade, foi criada uma cascata alimentada pelas águas do rio como objectivo de minimizar o som dos automóveis, a ideia é mesmo as pessoasconseguirem usufruir do parque ao máximo para relaxar.

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Imagem 4

Fonte da foto (lifecooler, 2004)

2.3. Principais alterações dos espaços:

Como já tinha referido anteriormente as categorias que mereceram maisatenção foram a do Espaço Público, a do Espaço Verde e a do EspaçoEdificado.

A alteração do espaço Público teve não só o objectivo de alterar aqueleespaço para mais funcional e estético, mas também teve o intuito de poderunir a outros espaços importantes da cidade, como o convento de S.Francisco, o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, a Quinta das Lágrimas, a Praçada Canção e mesmo com a escola Secundária D. Duarte.

“A categoria de espaço público engloba praças, passeios, arruamentos, áreaspedonais e cicláveis, bem como outras áreas pavimentadas de reduzidaescala e âmbito” (Relatório do plano, 2005), sendo que as principais sãoentão a praça, as vias e os passeios e a ciclovia. A praça que será umaligação para todas as demais áreas, como as vias e os passeios queconstituem uma das principais mudanças deste lugar, fazendo desse espaçoum sitio destinado às pessoas e ao seu lazer, englobando alterações visuaiscomo a pavimentação e a arborização e por fim a ciclovia que representa umelemento bastante importante em todo este projecto, criando uma mobilidadeelemento bastante importante em todo este projecto, criando uma mobilidadede carácter lúdico, fazendo com que aquele local tenha mais que uma opçãode o circular.

O espaço verde é talvez a maior alteração, este representa toda a arborizaçãoe flora do parque, é este espaço que dá à população um local distinto dequalquer outro lugar da cidade, criado racionalmente em torno do espaçopúblico, criando sombras, lugares de paragem e estar em locais estratégicos.E também numa forma mais abrangente unindo o espaço verde a outroslocais como o Convento de Santa Clara-a-Velha. “Pretende-se também aarticulação deste espaço com o Convento de Santa Clara-a-Velha e com oParque Verde do Mondego (Porta Poente)”. (Relatório do plano, 2005)

O espaço edificado representa a ideia urbanística do espaço, em que foidemolido algum do edificado existente pois não era considerado útil, aocontrário de outros, e ainda foram criados outros edifícios consideradosimportantes para o melhoramento do espaço.

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2.4. Projectos:

�Adaptação do recinto da actual Praça da Canção�Extensão do Projecto para Sul�Localização dos equipamentos de apoio aosdesportos náuticos e a outras práticas desportiva�Localização equipamentos de apoio que servem osvisitantes ocasionais�Aumento de locais não arborizados para eventostemporários

Projecto da 1.ª e 2.ª Fase do Parque Verde do Mondego:

Projecto da 3.ª Fase do Parque Verde do Mondego:

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Fonte da foto (Viver Coimbra;Programa

Polis,s.d.)

�Ligação com o Parque Dr. Manuel Braga�Ponte Pedonal (Pedro e Inês)�Local sem circulação viária�Conduz ao pavilhão de Portugal

Projecto da 3.ª Fase do Parque Verde do Mondego:

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Fonte da foto (Viver Coimbra;Programa

Polis,s.d.)

Projecto da 4.ª e 5.ª Fase do Parque Verde do Mondego e acesso à Ponte Europa:

�Manter ao máximo as características naturais doespaço existentes�Acessos à ponte Europa�Criação espaços de lazer com circuitos pedonaise ciclovias�Instalação de uma plataforma photo-finish erespectiva mira para competições de remo e vela

Estes projectos mostram-nos a dimensão da alteração feita nas margens dorio, um parque pensado para viver, para as pessoas poderem usufruir. Numacidade em que os espaços verdes não abundam, um espaço destes é deveras

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Fonte da foto (Viver Coimbra;Programa

Polis,s.d.)

cidade em que os espaços verdes não abundam, um espaço destes é deverasuma mais valia. É verdade que este projecto tem um custo bastante elevado,segundo o Jornal Público a empreitada da margem esquerda teve um custo deaproximadamente 4,8 milhões de euros. (Público,2006)

Um custo elevado mas que parece ter valido a pena, a cidade mudou paramelhor, o parque ajudou a população a viver melhor, ajudou os comerciantes ater mais clientes, o turismo, e acima de tudo criou vida num local em quepouco vida existia, para muitos o parque foi um sonho realizado.

Na minha pesquisa encontrei uma pequena apresentação sobre o polis deCoimbra, em que resume um pouco tudo o que eu falei até agora, que tem otitulo de Polis Coimbra. (Youtube,2011)

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2.5. Dados estatísticos relativos à intervenção do programa polis:

O programa polis, responsável pelas mudanças urbanísticas nas margens dorio Mondego em Coimbra realizou um estudo referente à opinião das pessoasrelativamente à mudança registada sendo para mim estes os maisinteressantes:Fonte(Viver Coimbra;Programa Polis,s.d.)

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Pela leitura destes gráficos podemos então dizer que em geral apopulação de Coimbra considera muito importante as mudançasregistadas, sendo que 71.6% da população diz que as mudançascontribuíram para uma melhor qualidade de vida na cidade..Depois é possível ver que os novo espaço verde da cidade passou a serum local onde as pessoas maioritariamente o usam para lazer, fazerdesporto e usufruir desse espaço para passeios com a família.

Por fim, o último gráfico mostra que este novo espaço foi importante paraos comerciantes criando mais movimento na zona e como consequênciamais clientes.

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2.6.Desporto, o parque e as pessoas:

“A prática desportiva também ajuda a contribuir para um mundo melhor comtudo de bom que nos possa trazer: saúde, auto-estima, espírito de equipa,objectivos, entre outros atributos que com certeza, vêm juntos com odesporto.” (Borges apud Ribeiro, 2010)

Gustavo Borges é um ex-atleta de natação, e considero esta citaçãobastante completa pois abrange vários pontos. Neste caso que falamos daimportância do desporto na cidade, é preciso ter noção que uma cidade nosdias de hoje não pode abdicar do desporto, não pode abdicar de espaçosdedicados ao desporto. Uma cidade sem isto é uma cidade incompleta, aspessoas cada vez mais procuram fazer actividades desportivas, e procuramcidades para viver em que tenham essa possibilidade.

Mesmo aquelas pessoas que não praticam, tendo à porta um espaçopropício a isso, vão acabar por o fazer. Não me quero afastar muito do temado parque verde do Mondego, por isso vou me remeter a falar daspossibilidades desportivas proporcionadas pelo parque verde. Essaspossibilidades são andar de barco pneumático, fazer canoagem, andar degaivota, usar os karts de pedais, andar de bicicleta, andar de patins,gaivota, usar os karts de pedais, andar de bicicleta, andar de patins,jogging, entre outros desportos. Como é possível constatar a variedade ébastante, basta as pessoas quererem para o fazer.

Isto demonstra que este espaço veio realmente melhorar a qualidade devida da cidade de Coimbra.O parque tem mesmo um centro náutico, em que se pode praticarmodalidades como o remo, o mergulho e náutica infantil, com formaçãopara as diferentes idades. Por vezes são realizadas provas no rio decanoagem que são assim mais um ponto de interesse para a sociedade deCoimbra. Para além disto são também realizadas provas de outrasmodalidades no parque como por exemplo “raids” de bicicleta.

Juntando a tudo isto temos ainda as piscinas do Mondego, que em conjuntocom a relação próxima com o rio constituem um elemento importante noparque. Todos estes desportos fazem do parque verde um “complexo”desportivo, um sítio onde as crianças da cidade podem crescer e sedesenvolver e osadultos podem melhorar a sua vida quotidiana.Tudo isto faz parte de um conjunto de acções de requalificação urbana evalorização ambiental centradas no objectivo de revitalizar o centro,centrando a cidade no rio”. (Viver Coimbra;Programa Polis,s.d.)

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3. Descrição detalhada da Pesquisa

Para realizar este trabalho utilizei essencialmente conteúdos de páginas dainternet, o relatório do programa polis e um livro para a realização da fichade leitura. O motivo para eu ter utilizado maioritariamente conteúdos depáginas da internet é porque este tema não fornece muita possibilidade depesquisa em livros.

Visto que este tema é algo que influencia a vida quotidiana dos habitantes dacidade procurei artigos jornalísticos como fontes electrónicas, para conseguirentender até que ponto este projecto foi importante para a sociedade. Paraalém disso utilizei a página do programa Polis, que nos dá uma informaçãovasta sobre como todo o projecto se desenvolveu, tendo também estudosestatísticos que nos mostra o impacto na sociedade deste projecto. Visto quea internet nem sempre nos fornece informação fidedigna, limitei-me a usardados que pertencem a instituições com credibilidade.Para encontrar resultados sobre este tema utilizei o motor de busca google.Para encontrar resultados sobre este tema utilizei o motor de busca google.As palavras chave utilizadas foram: <Parque verde do Mondego>;<Programa Polis> e <Baixo Mondego>.Para a ficha de leitura, usei uma fonte escrita, que encontrei na Biblioteca daFaculdade de Economia da Universidade de Coimbra. Através do seu motorde busca, encontrei um livro que achei de particular interesse para esteassunto tendo como título: “O desafio da água no século XXI - Entre oconflito e a cooperação”. As palavras chave utilizadas para o encontrarforam: <água> e <conflito e cooperação>.De qualquer forma o conteúdo utilizado para a ficha de leitura não me foi

muito útil para o resto do trabalho, tendo por isso me debruçadoprincipalmente em conteúdo das páginas da internet.Ainda bastante útil para o desenvolvimento do trabalho foi o relatório doprograma polis, fonte essa que foi fornecida pelo professor doutor PauloPeixoto.

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4. Ficha de Leitura

Título da Publicação: O desafio da água no século XXI - Entre o

conflito e a cooperação

Autor: Alexander Carius

Local onde se encontra: http://webopac.sib.uc.pt/search*por/a?a

Data da publicação:2003

Data da leitura: Outubro de 2011

Assunto: A crise global da água: do conflito à cooperação

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Para a realização desta ficha de leitura optei por escolher um artigo daautoria de Alexander Carius (2003), que é o co-fundador e director gerenteda adelphi, empresa direccionada para questões ambientais.

O livro que contém o artigo em questão encontra-se na biblioteca daFEUC, sendo este a primeira publicação. O livro conta com 367 páginas eo artigo com 25,sendo água; conflito e cooperação as suas palavraschave.

Resumo: Este texto aborda a questão da escassez da água e se esteproblema será impulsionador de conflitos ou pelo contrário será um factorde união e cooperação entre países. Para responder a isto esclarece-nossobre questões como a ameaça da crescente escassez da água, causa econflitos induzidos por questões ambientais, a natureza da hidropolitica,as bacias hidrográficas internacionais do mundo, a importância dasinstituições, a água na Ásia Central e a cooperação hídrica em África.

Estrutura: O autor começa por apresentar dados relativos à utilização daágua partindo de dados do final do século XX comparando a dados dos diasde hoje e mostrando também já dados relativos ao futuro, mais propriamente a2025.De seguida, passa para uma apresentação de causas de crises/conflitose todas as suas variáveis mostrando que o conflito nunca vem de uma causasó, falando da hidropolitica e de como são geridos problemas relativos abacias hidrográficas, mostrando a importância das instituições para alcançar acooperação.

Partindo do problema crescente que é a escassez da água o autor mostra-noso grave problema social com que nos deparamos, mas será que esteproblema será unificador de países ou criador de guerras? Estudoscomprovam que com o tempo a água não será suficiente para os gastos dahumanidade, e conflitos por causa desse factor são prováveis mas tudodepende de variáveis, factores como a escassez de recursos naturais edestruição ambiental (degradação, desastres) podem criar uma crise sendoesta agravada por conflitos inerentes a problemas socioeconómicos, mas tudoisto depende das tais variáveis como factores culturais ou interdependênciapolitica e económica.

Neste contexto é preciso ter noção que muitas bacias hidrográficas sãodivididas por vários países, sendo necessárias políticas para que esta partilhaseja realizada com eficiência, coisa que nem sempre acontece, tornando-seineficientes. Na maior parte dos casos, os acordos não são conseguidosporque um país tenta desviar o curso do rio por falta de acordos, tratados ouqualquer outro mecanismo regulador que salvaguarde o interesse dos outrospaíses que partilham a bacia, sendo que o principal obstáculo à cooperaçãodas bacias hidrográficas se prende frequentemente à vontade política.

O autor mostra-nos também dados referentes às bacias hidrográficasexistentes, sendo que a nível mundial existem 263 bacias. Por aqui é fácilperceber que várias bacias são partilhadas e para conseguir que essa partilhaseja feita sem conflitos foram criadas as instituições, e é interessante registarque os Estados ribeirinhos têm conseguido números de cooperaçãofantásticos, desde 1948,o registo histórico regista 37

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incidentes de conflito agudo (isto é, envolvendo violência) relativamente àágua (30 destes incidentes foram entre Israel e um dos seus vizinhos) edurante o mesmo período foram registados 295 acordos internacionais sobrea água. Lendo este artigo, constatamos então que a água raramente é motivode conflito, não significando isso que esta não possa ser motivo de discórdia,podendo converter boas relações em más relações e más relações em pioresainda. Porém, normalmente, a água serve como agente unificador,principalmente quando estão presentes instituições relativamente fortes,como os tratados.

Neste artigo temos também informação sobre a complexidade da segurançahídrica na Ásia Central, alertando para o facto do desgaste ambiental nestecontinente ser cada vez maior, ameaçando o desenvolvimento humano e asegurança da região, sendo que a crescente procura de água, os elevadosníveis de poluição da água, a erosão e a degradação do solo e a poluiçãoatmosférica emitida pela actividade industrial são as principais preocupações.Isto cria também controvérsia porque ninguém assume responsabilidades.

No penúltimo capítulo do artigo, o autor mostra a cooperação hídrica emÁfrica como um exemplo de como a cooperação pode ser positiva, eÁfrica como um exemplo de como a cooperação pode ser positiva, eprincipalmente possível. A cooperação dos Estados referente às 59 baciasAfricanas representa por si só desenvolvimento socioeconómico.

Para acabar o artigo o autor deixa alguns comentários finais relativos aotema, exprimindo algumas opiniões pessoais, escritos quase comomensagem para aqueles que têm nas mãos a decisão para os problemashídricos.Apesar de considerar que o artigo é um pouco confuso em determinadaspartes, este alertou-me sem duvida para factos que eu desconhecia, mostrauma realidade alarmante, e um problema social sem fim à vista.

Sendo assim penso que deveria ser investido mais tempo e dinheiro noproblema da escassez, tenho a ideia que pouco gente tem noção daproporção drástica em que este problema se está a tornar. Interrogo-mecomo iremos viver sem água. Quanto à cooperação tudo depende de quemdirige o país, tudo depende de decisões politicas. Num panorama

14actual não vejo razões para além da ganância e má vontade para nãohaver cooperação, mas não duvido que à medida que a falta de água váaumentando o boa vontade para cooperar vá diminuindo.

5. Avaliação de uma página da Internet

A página que eu escolhi foi a do programa polis referente à cidade deCoimbra, pois é sem duvida o local onde se encontra mais informaçãosobre este assunto, esta página pode ser encontrada aqui:

http://polis.sitebysite.pt/coimbra/index.php

A página encontra-se em Português, não tendo opção de tradução paraoutra língua. No canto superior direito da página temos o motor depesquisa do site, sendo que apenas tem a opção de pesquisa simples,apenas com a opção de filtrar qual o programa Polis é que nos interessa.Por baixo temos 9 separadores, onde podemos encontrar as seguintessecções: Programa Polis; O Projecto; Ambiente; Notícias; Popis; BoletimInformativo; Informações úteis; Acções e eventos e Contactos. O resto dapágina consiste numa pequena sondagem, e uns pequenos textosintrodutórios relativos ao programa Polis em Coimbra.

Descrição das secções:

Ao aceder ao separador que diz programa Polis, aparece-nos um texto aexplicar o que é este programa, dando-nos também uma secção verticalsubdividida em mais 5 sub-separadores, que são: Modelo de gestão;Fontes de financiamento; Instrumentos jurídicos, comunicação ambientale relat. Grupo de trabalho. Ao carregar nestes separadores abre-nos umapágina em que nos dá a explicação do cada titulo, apenas o separador deRelat. Grupo de trabalho é diferente, em que nos abre um ficheiro emformato pdf dividido em 53 páginas.Passando agora para o separador horizontal de nome Projecto, o efeito é

em tudo semelhante ao separador anterior, dá-nos um pequeno texto aexplicar o que é o Projecto, e uma secção vertical com mais 6 sub-separadores, que são: A sociedade gestora; Plano estratégico; Aintervenção; planos; Projectos e Obras. Na minha opinião o separadorplano estratégico, planos e projectos são os mais importantes destasecção, dando-nos infirmação bastante pertinentes relativamente àmudança registada com este programa.Os restantes separadores horizontais não têm muita importância no quetoca ao assunto que está a ser estudado neste trabalho, e desta formanão considero importante descrevê-los.

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Conclusão:

Podemos então dizer que esta página de internet é complexa, sub-divididaem várias ligações internas, com algumas mais pertinentes que outras,estando todas activas e a funcionar. Tem uma linguagem de fácilcompreensão, objectiva e clara.É de referir que a página disponibiliza-nos também um mapa do site, que

nos facilita na procura de informação.Finalmente é importante salientar que a página tem um aspecto agradável,

de fácil leitura, sendo também intuitiva no que respeita a encontrar oscampos que procuramos.Penso que se trata de uma página bastante interessante para quem

procura mais informações sobre o trabalho referente ao programa polis.

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6. Conclusão

Qualquer cidade que tenha um rio, normalmente, utiliza-o como ponto dereferência, as margens do rio são um centro da cidade, um local dereferência. A beleza do rio, a água e tudo o que isso envolve são osingredientes certos para criar um ambiente perfeito numa cidade.Coimbra aceitou o programa Polis, e rejuvenesceu. Para quem não

conhece, aconselho que visitem o parque verde do Mondego, ir a Coimbrae não passar por lá é quase como ir a Roma e não ver o Papa. É semduvida um local de lazer de eleição, um pedaço de natureza no meio dacidade, um local onde se descontrair, passear o cão, fazer desporto, entremuitas outras coisas.Este espaço é mais que uma simples paisagem urbana, é um local

destinado ao convívio social onde predomina a calma e a serenidade.Apesar de todos os problemas que atormentam as famílias nos dias dehoje, a cidade é um abrigo, uma casa, umas comunidade e um meio detrabalho, então é necessário fazer com que os seus habitantes e todos quepor lá passarem se sintam confortáveis, e que de certa forma a cidade lhestransmita alegria. Infelizmente hoje em dia as obras urbanas são muitoviradas para a construção de espaços fechados que têm como principalviradas para a construção de espaços fechados que têm como principalobjectivo o comércio, e os lucros que daí advêm.O parque teve influência na cidade principalmente na vertente

paisagística, na vertente social e na vertente comercial. É fácil deentender o porque do impacto paisagístico, apesar de as margens do riode Coimbra nunca terem sido a nível paisagístico feias, a verdade é quemuito mudou depois do trabalho realizado pelo programa polis, maisárvores, mais espaços verdes, mais locais de convívio e acima de tudomais contacto com o rio Mondego.A nível social o parque criou um local de convívio, os habitantes da cidadeparecem satisfeitos com a alteração, e numa sociedade mergulhada emtristeza por toda a crise que atravessamos, nada como um espaço destespara esquecer os problemas.O parque criou também mais afluência, e por conseguinte mais

consumidores para o comércio local.É então possível concluir que o rio Mondego tem um grande impacto nacidade e para os seus habitantes, o valor dispendido para que isso fossepossível foi avultado, mas sem dúvida valeu a pena.

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7. Referências Bibliográficas

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G.B arquitectos LDA (2005), “ Plano de pormenor do eixo portagem/Av. João das Regras - Coimbra”. Relatório do plano, Coimbra: Câmara Municipal.

Carius, Alexander (2003), “A crise global da água: do conflito à cooperação“, in Carius, Alexander (org.), O desafio da água no século XXI - Entre o conflito e a cooperação. Lisboa : Editorial Notícias, 2003.

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b:

c:

s.a. (2005). Plano de pormenor do Eixo da Portagem / Av. João das Regras. Coimbra.

<http://polis.sitebysite.pt/coimbra/artigo.php?id=18101210&m=1>

Viver Coimbra;Programa Polis(s.d.), “Projectos“. Acedido em 27 de Novembro de 2011, disponível em<http://polis.sitebysite.pt/coimbra/artigo.php?id=18101211&m=2&s=1810121115>

19

Youtube (2011), “Polis Coimbra”, 7 de Janeiro. Acedido em 23 Novembro de 2011, disponível em <http://www.youtube.com/watch?v=UW7RHVocD3Q>

d:

ANEXO ISUPORTE DE TEXTO À FICHA DE LEITURA

Título do livro: O desafio da água no século XXI - Entre o conflito e a

cooperação.

Título do capítulo: A crise global da água: do conflito à cooperação

Páginas : 175-200Páginas : 175-200

ANEXO IISUPORTE DE ANÁLISE DA PÁGINA DE INTERNET

HTTP://POLIS.SITEBYSITE.PT/COIMBRA/INDEX.PHP


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