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Page 1: Malaquias - Cap. 02 parte 01

Sacerdotes e pastores – benção ou maldiçãoMalaquias cap. 02-01-04

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O profeta acaba de exortar o povo (01:14), agora dirige suas palavras aos sacerdotes (02:01) para reprová-los por tanta desobediência e descrença. É muito importante que todos saibam desta verdade: a liderança nunca é neutra, é uma benção ou uma maldição. O desvio do povo começa nos púlpitos. Primeiro os sacerdotes se corromperam desprezando o nome de Deus, depois o povo começou a trazer animais cegos, coxos e doentes para o sacrifício. Quando os líderes não honram a Deus o povo se desvia. Onde falta palavra o povo perece. Onde falta santidade o povo se entrega ao pecado. Oséias já havia alertado para este perigo: Meu povo foi destruído por falta de conhecimento. "Uma vez que vocês rejeitaram o conhecimento, eu também os rejeito como meus sacerdotes...” – 04:06.

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O profeta destaca três fatos nos quatro primeiros versículos do capítulo dois:

01) Ele fala sobre a natureza da maldição sobre as bênçãos. A maldição recai sobre os próprios sacerdotes (Vs.02). Deus não diz “enviarei maldição em vez de benção” mas, afirma “...amaldiçoarei as vossas bênçãos”. Quando os sacerdotes levantavam as mãos para abençoar o povo, em vez de receber bênçãos o povo recebia maldição. Deus é capaz de tornar bênção em maldição e maldição em bênção. Quando Deus transforma bênção em maldição a dor é terrível. Um pastor, líder ou ministro nunca é uma pessoa neutra. Ou é benção ou é maldição. Ou é um instrumento de vida ou de morte! Charles Spurgeon dizia: o maior instrumento de Satanás dentro da Igreja é um ministro infiel.

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02) O profeta fala sobre a razão da maldição sobre as bênçãos. As próprias bênçãos eram amaldiçoadas porque os sacerdotes negligenciaram a Palavra de Deus. Deus está enviando uma sentença irrecorrível, porque os pregadores se tornaram relaxados e não pregavam mais a Palavra de Deus, pelo contrário, ensinavam muitas coisas, menos o “pão dos céus”. Hoje em dia há Igrejas cujos pastores são desencorajados de estudar, porque julgam isto ser obra da carne. Estes acham que podem abrir a Bíblia ao acaso durante o culto e o que vier aos olhos em primeiro lugar pregar para o povo ouvir. Depois dizem: "Foi o Senhor quem enviou a mensagem". Essa atitude irresponsável e perniciosa tem produzido uma geração de crentes analfabetos da Bíblia e facilmente manipuláveis. Ao invés de apascentar o rebanho estes pastores tiram proveito da ignorância do povo. O ministro do Evangelho nunca é uma pessoa neutra. Ou é benção ou maldição. O desvio do povo começa nos púlpitos.

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3) O profeta fala sobre a implicação da maldição sobre as bênçãos. A primeira delas é uma descendência reprovada (vs.03). Filhos, netos, bisnetos e tataranetos seriam pessoas reprovadas diante de Deus (Deut. 05:09). Em segundo lugar: a liderança seria desonrada: “atirarei excrementos em vossos rostos...”. A liderança cairia em ridicularização pública. Como eles trouxeram o pior para Deus, agora receberiam o pior de Deus. Como eles afrontaram ao Deus Vivo, agora seriam envergonhados publicamente. Assim todos eles seriam destruídos e retirados do meio do povo. A terceira implicação: Para Deus os sacrifícios que ofereciam eram tão desprezíveis que deveriam acabar no depósito de esterco da cidade, longe da presença de Deus. A cada ano cresce o número de pastores divorciados por motivos fúteis, outros que afundam por causa do sexo, poder, dinheiro e corrupção.

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4) A implicação que as vezes pode ser muito tarde (vs. 04). Muitos líderes e ministros do Evangelho desonram a Deus todos os dias, mas um dia serão descobertos e expostos publicamente. Depois disso serão desprezados por Deus como “inimigos de Deus”. Hoje vemos claramente muitos pastores e ministros assim: são doentes emocionalmente, não possuem a convicção do chamado de Deus, outros entram no ministério por motivos equivocados, há outros que fazem do ministério motivo para obter lucro, vantagens políticas, outros são totalmente perdidos doutrinariamente e ensinam doutrinas de homens e até de demônios – Marcos 07:07 e I Tim. 04:01.

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A benção de ser um ministro verdadeiro

Cap. 02:05-07.

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Malaquias destaca quatro marcas de um verdadeiro ministro do Evangelho

01) Este mantém um profundo relacionamento com Deus (05,06). Andar com Deus é mais importante que trabalhar para Deus! O Senhor da Obra é mais importante que a Obra. Jesus chamou os 12 apóstolos para estar com ele e não apenas para ensiná-los a pregar as boas novas. Eles deveriam fazer exatamente o que o Mestre fez. Deus está mais interessados em quem nós somos do que no que nós fazemos. Precisamos andar mais com Deus! Só o temor a Deus pode nos livrar da sedução do pecado. Só o temor a Deus pode nos livrar de temer aos homens. Aquele que treme diante do nome do Senhor não tem medo de açoites, perseguições, pressões e nem mesmo da morte. Eis um belo segredo: ande com Deus!

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2) Um verdadeiro ministro é incorruptível na doutrina (6). A verdadeira instrução está em seus lábios. Há uma profunda conexão entre o que ele prega com a Palavra, entre o que ele prega e o que vive. Um pastor que sonega a verdade ao povo é um falso profeta. Um ministro que desvia a Palavra do povo não oferece “pão” mas sim “palha”, não é a voz de Deus, mas das trevas. A heresia é muito mais doce aos ouvidos do que a verdade. Contudo o verdadeiro ministro está mais interessado em ser fiel do que ser bem sucedido. A verdade é mais importante que o sucesso, fidelidade é mais importante que popularidade. Importa mais agradar a Deus do que aos homens. A Glória de Deus é melhor que aplausos humanos.

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3) Um verdadeiro ministro é estudioso e proclamador da Palavra de Deus (07). Há muitos pastores preguiçosos que não estudam a Palavra de Deus. Alimentam o povo com as sobras das ideias humanas, sem apresentar-lhes as riquezas e o banquete espiritual que estão na Palavra de Deus. Outros perdem a alegria em proclamar a Palavra e fazem a obra do Senhor relaxadamente. É preciso urgentemente resgatar o entusiasmo pela pregação da Palavra! Somos chamados a ser mensageiros de Deus, por isso precisamos voltar a pregação fiel das Escrituras!

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4) Um verdadeiro ministro está preocupado em ganhar almas (06). Ele é um semeador do Evangelho. Aproveita todas as oportunidades para pregar e testemunhar. Ele crê no poder que há no Evangelho de Cristo, na eficácia da redenção e na virtude do Espírito. Ele muitas vezes prega com lágrimas na total dependência do poder que vem do alto. Ele tem pressa em ensinar a ministrar a Palavra, tem um coração ardente, olhos abertos e amor pelas pessoas. Ou a Igreja evangeliza ou ela morre. O verdadeiro ministro tem preocupação com as vidas, com a Evangelização do mundo, com a pregação do Evangelho de Cristo.


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