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Page 1: Jeffersonamandaa Revolucao Francesa

Por Amanda Bastos e Jeferson Veiga

“Um inglês que não se sinta cheio de estima e admiração pela maneira

sublime com que agora está se efetuando uma das mais IMPORTANTES

REVOLUÇOES que o mundo jamais viu deve estar morto para todos os

sentidos da virtude e da liberdade; nenhum dos meus patrícios que tenha tido

a sorte de presenciar as ocorrências dos três últimos dias nesta grande cidade

fará mais que enxergar que minha linguagem não é hiperbólica.” Jornal the

Morning Post (21 de julho de 1789)

Responsável por criticar o absolutismo, o mercantilismo e os privilégios de

estamentos como o clero e a nobreza, a Revolução Francesa é considerada o marco

inicial da idade contemporânea. É importante levar em consideração que ela não foi um

fenômeno isolado – o final do século XVIII distingue-se por ser uma época de crise dos

velhos Regimes europeus – no entanto, a importância do caso francês é incontestável, os

impactos e consequências gerados por essa Revolução são inimagináveis; as suas

peculiaridades influenciaram a Europa e até mesmo territórios além nos anos que

sucederam 1789. Afinal, se deu no Estado mais populoso de seu continente (não

considerando a Rússia); na época, um a cada cinco europeus era francês.

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A Revolução Francesa caracteriza-se por ser um modelo de mudança política e

social da sua época. Ela dominou a história, ocupando o lugar antes pertencente à

Revolução Americana. Essa situação se devia muito ao fato de a Revolução Francesa se

consolidar como um fenômeno global, seus exércitos partiram para revolucionar o

mundo, suas ideias o revolucionaram.

A historiografia sobre o período denota que anteriormente à revolução, a

sociedade francesa era dividida em ordens: clero, nobreza e terceiro estado (sendo as

duas primeiras beneficiadas com inúmeros privilégios como, por exemplo, a isenção de

impostos), totalmente atrelada com o Antigo Regime; presa ao passado e à ausência de

liberdade política e institucional. Entretanto outros autores apresentam visões contrárias

sobre o período pré-revolucionário.1

A Revolução surgiu objetivando combater os vícios e problemas da sociedade,

enfrentar as crises econômicas do país e questionar em até que ponto a votação atribuída

por ordens - e não por pessoas - era correta. Dos cerca de 23 milhões de habitantes da

França, apenas 400 mil não pertenciam ao terceiro estado, e ainda assim, estes, devido

ao sistema político vigente, eram incapazes de possuir maioria de votos. Ao olhar por

esse ponto de vista, é possível perceber como os objetivos dessa parcela da população

estavam longe de serem exorbitantes, eles eram mais do que maioria absoluta, 95% da

sociedade.

Seria a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, em 1789, que

tracejaria o caminho dos burgueses. Transbordando de ideais iluministas, ela condenaria

os privilégios, as desigualdades e exaltaria a importância de todos os homens serem

livres. Não haveria um ser humano que sofresse com essas circunstâncias que não se

animaria com o fato de que a igualdade deveria se sobressair, que não se regozijaria

com a ideia de que a razão condenava os privilégios. O marco fundador dessa

Revolução, de longe, é a Tomada da Bastilha, antigo presídio, no período já desativado,

mas importante marco do Antigo Regime. Destruir a Bastilha significaria manchar o

Antigo Regime, e em tempos de revolução acontecimentos como esse passam a ter uma

importância enorme.

1 Visão defendida, dentre outros, por Alexis de Tocqueville no livro o Antigo regime e a

Revolução, na qual o autor ressalta os avanços que o país obteve, sobretudo, sob o reinado de Luis XVI

em décadas anteriores a Revolução.

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Quando se leva em consideração o período estabelecido a partir de 1792,

iniciado com a substituição da Monarquia Constitucional pela República e findado em

1794 após a morte de Robespierre, é possível levantar uma afirmação feita por Eric

Hobsbawm em A era das Revoluções: segundo o autor, esse período da Revolução

Francesa é comumente lembrado por um leigo quando essa temática é levantada.

Robespierre, Danton, Saint-Just, Marat, o Comitê de Salvação Pública, os tribunais

revolucionários, a guilhotina são essas as imagens que de forma mais clara vem à

mente. No entanto, talvez seja por isso que esse período tenha ganhado o estigma de ser

o mais sangrento da história, a título de exemplificação, compará-lo às Guerras

Napoleônicas e à Comuna de Paris de 1871, faz com que as mortes da Era do Terror

tornem-se modestas. A grande questão é retirar a Revolução, e os acontecimentos que a

compõem de seu pedestal místico e devolvê-los às suas realidades complexas.

Proclamada em 20 de Setembro de 1792, a Convenção reunia os deputados

eleitos dos 83 departamentos da França. Apresentava dois objetivos: discutir medidas

para vencer a guerra e a redação da constituição republicana. Tão logo iniciaram as

sessões, as alas começaram a ser definidas com os montanheses sentando nos assentos

superiores e à esquerda da

presidência, os girondinos à direita

e a planície entre ambas as alas.

“Brevemente as nações esclarecidas colocarão em julgamento aquele que até aqui têm

governado os seus destinos. Os reis fugirão para os desertos, para a companhia dos

animais selvagens que a eles se assemelham; e a Natureza recuperará os seus

direitos.”

Saint-Just; Sur la Constituition de la France, Discours Prononcé à la Convention, (24 de

abril de 1793)

Ilustração 1: Composição da Convenção Nacional

em 1792. Foram eleitos 749 deputados. Sendo 200

pertencentes à Montanha, 160 à Gironda e 389 à

Planície.

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O embate entre alas representava a luta entre os

departamentos mais afastados de Paris onde os girondinos tinham

sua força e o departamento da capital e mais especificamente entre

Brissot, líder da ala girondina e Robespierre, importante influente

do clube jacobino de Paris e membro da Montanha. Esse embate

pode ser observado em diversos episódios iniciados a partir do

julgamento do rei Luís XVI. Para os

montanheses, favoráveis à condenação do

último monarca Bourbon, a morte de Luís

era justificada como crime cometido contra

a nação. O monarca havia quebrado o

contrato entre este e o povo. Além disso, a

morte representaria a continuidade da

revolução e uma vitória sobre os

girondinos, visto que se Luís permanecesse

vivo a ala rival exerceria maiores influências na Convenção. O

jacobino Saint-Just em um dos seus discursos resumiu bem a

escolha a ser feita: Luís deveria reinar ou morrer e nada mais.

A Convenção declarou o rei culpado pelo crime de traição

(destacam-se as acusações de tentativa de fuga e envio de tropas

para lutar contra os parisienses) e condenado

à guilhotina. Depois da execução, as

discussões iniciais sobre a guerra e a

constituição voltariam a tomar conta dos

deputados tal como os embates. A França

enfrentava reveses nos diversos fronts de

batalha contra as coligações europeias,

internamente os departamentos mais distantes de Paris se

rebelavam contra a Convenção e na capital

a plebe urbana exercia pressões nas ruas

para que os deputados aprovassem suas exigências. O ativismo

da plebe urbana foi de extrema importância na Revolução e

muitas vezes agindo sem esperar pela tomada das decisões de

Importantes agentes na Revolução, os

sans-cullotes eraum movimento urbano e

popular composto de homens e mulheres,

trabalhadores pobres, artesãos, lojistas,

pequenos comerciantes. Recebiam esse

nome devido à roupa que usavam; ao

invés de um calção até o joelho e das

meias, usadas pelos burgueses e

aristocratas, vestiam uma calça,

geralmente listrada. O apelido

inicialmente terá finalidade depreciativa,

mas, com o tempo, será motivo de

orgulho para eles. Caricatura de um

parisiense sans-cullote desenhada entre

1792-93. Extraída do livro dicionário

crítico da revolução francesa.

As modernidades radicais

Nem só de mortes viveu a

República Francesa. É

necessário lembrar algumas

medidas adotadas pelos

Montanheses nessa fase.

Além da Lei do Maximum,

sob o lema da liberdade,

igualdade e fraternidade, a

Convenção decretou a

abolição da escravidão nas

colônias francesas (fato que

reforçaria a luta pela

liberdade iniciada desde

1791 no Haiti), também

estipulou o ensino

compulsório público como

uma forma de elevar a

virtude dos cidadãos e

revolucionou o tempo ao

criar um novo calendário.

A guilhotina

O uso da máquina foi abordado pela primeira vez na Assembleia Nacional em

1791 pelo deputado, Dr. Gullotin. Na época, debatiam

a respeito do novo código penal e o doutor elaborou

uma série de propostas entre as quais a necessidade de se estabelecer uma pena capital para os criminosos através de

uma máquina. A guilhotina foi criada pelo cirurgião M.

Antoine Louis com o propósito de evitar as

execuções prolongadas decorrentes do antigo

método de enforcamento. No início, a guilhotina só

executava pessoas por crimes como roubos e assassinatos como foi o caso de Jacques

Pelletier, considerado o primeiro a padecer na

“lâmina”.

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seus representantes políticos. Foi assim na tomada da Bastilha, na invasão do Palácio

das Tulherias ou mesmo na reivindicação do tabelamento dos preços dos gêneros

alimentícios.

Na tentativa de resolver os problemas, a Convenção aprovou a criação do

Tribunal Revolucionário, do Comitê de Salvação Geral e Pública, três órgãos que mais

tarde seriam a base de sustentação do regime denominado Terror. As disputas entre as

alas não se restringiam às acusações de conspiração contra a Revolução ou denúncias ao

Tribunal. Elas extravasaram a Convenção e ganharam os espaços das ruas e dos

departamentos franceses. O povo mais uma vez apropriava-se dessas disputas e saia em

defesa de uma ou outra ala, seja na destruição de gráficas que produziam os periódicos

de cada clube, no assassinato de deputados como no caso do jacobino Marat, morto por

Charlotte Corday (ambos foram transformados em mártires

seculares da Revolução por cada uma das alas) ou mesmo na

pressão que os parisienses exerceram sobre a Convenção para

expulsar os deputados girondinos.

Foi diante do contexto de insatisfações sociais na

capital contra a escassez de alimentos, rebeliões nos

departamentos e derrotas externas que a Convenção de

maioria montanhesa decretou o regime do Terror. De acordo

com François Furet, o conceito de Terror suscita discussões

historiográficas, mas que para fins didáticos deve ser

entendido como um sistema de leis e instituições repressivas

organizado pelo alto para liquidar os adversários da

República fruto das pressões dos militantes sans-cullotes.

É durante o Terror que a figura de Maximilien

Robespierre passou a atuar com maiores destaques. Ainda

hoje a trajetória política do advogado nascido em Arras é

objeto de estudos na França.2 Robespierre tornou-se a

personificação da Revolução em seu estado mais radical e

justificou o Terror como uma emanação da virtude

republicana, um passo necessário no caminho para a

sociedade ideal que pretendia estabelecer na França.

2 O historiador francês Albert Mathiez em 1910 criou a Sociedade de Estudos Robespierristas

O Terror e suas vítimas

Medidas desesperadas exigem

soluções desesperadas. Os

montanheses ao declarar o

Terror como novo regime

acreditavam que essa era a única

possibilidade de salvaguardar a

Revolução. Não era para menos,

em uma França castigada por

insurreições internas (60 das 83

províncias se rebelaram),

ataques externos das coligações

estrangeiras, não era à toa que o

Terror se fez a ordem do dia.

Aproximadamente 16 mil

pessoas morreram durante esse

período. Entre as vítimas

estavam nomes famosos como a

rainha Maria Antonieta, o

químico Lavoisier, girondinos,

hebertistas, indulgentes,

robespierristas e nomes nem tão

famosos assim, simples pessoas

do comum, de todas as idades e

ocupações. Apesar de ser uma

política de repressão desumana,

o Terror conseguiu solucionar os

problemas das revoltas internas

e obter vitórias externas contra

as potências estrangeiras.

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A figura do “incorruptível” suscita debates entre os historiadores que ora o veem

como um dos primeiros ditadores modernos, inventor do Terror e responsável por

enviar milhares ao encontro da morte ou como defensor da República e do ideal da

democracia social, aquele que tentou limitar a propriedade privada. Fugindo a esses

extremismos, Robespierre fez uma contribuição sem igual aos eventos que moldaram o

futuro da Europa.

Seu conceito de República baseava-se nos ideais de

virtude, moral, civismo e patriotismo onde os cidadãos seriam

livres e iguais e suas vontades comandariam a nação. Nessa

utopia a religião agiu com grande importância podendo ser

entendida como reação ao movimento de ateísmo pretendido

pelos hebertistas e elemento que elevaria o nível de conduta e

moral do povo francês. Foi assim que a religião laica do Ser

Supremo foi institucionalizada da qual o próprio Robespierre

se encarregou de exercer o papel de líder e sumo sacerdote.

Aqueles que se opunham aos seus ideais não eram virtuosos o bastante e,

portanto, não deveriam permanecer na sociedade. Foi o que ocorreu com os seguidores

de Danton, defensores do fim da violência, das execuções e prisões durante o Terror e

Ilustração 2: Maximilien Robespierre

(1758-1794). O advogado e deputado

da montanha encarnou a figura da

República. Suas ideias para a

sociedade francesa eram inspiradas

em obras do filósofo iluminista

Rousseau do qual Robespierre era um

leitor assíduo. (Retrato pintado por

Adelaide Labille-Guard, 1791)

“ Em nosso país, queremos substituir egoísmo por moralidade, amor à

honra por honestidade, convenções por princípios, decoros por deveres,

a tirania da moda pelo império da razão, o horror à falta de importância

pelo temor ao vício (...) substituiremos os vícios e leviandades da

monarquia pelas virtudes e conquistas impressionantes da República. Se

a base do governo em tempos de paz é a virtude, em tempos de

revolução é ao mesmo tempo a virtude e o terror – virtude, sem a qual o

terror é desastroso, e o terror, sem o qual a virtude não tem poder

algum (...)O terror nada mais é do que justiça, imediata, severa e

inflexível. Ele é, portanto, uma emanação da virtude, resultando da

aplicação da democracia às necessidades mais prementes do país."

(Trecho do discurso de justificação da permanência do Terror proferido

por Robespierre à Convenção em 17 de Pluvioso de 1794 (5 de

Fevereiro de 1794)

“Em nosso país, queremos substituir egoísmo por moralidade, amor à

honra por honestidade, decoro por deveres, a tirania da moda pelo

império da razão (...) substituiremos os vícios e levianidades da

monarquia pelas virtudes e conquistas da República. Se a base do

governo popular em tempos de paz é a virtude, em tempos de

revolução é ao mesmo tempo a virtude e o terror – virtude, sem a qual

o terror é desastroso, e o terror, sem o qual a virtude não tem poder

algum (...) O terror nada mais é do que justiça, imediata, severa e

inflexível. Ele é, portanto, uma emanação da virtude, resultando da

aplicação da democracia às necessidades mais prementes do país”.

(Trecho do discurso de Robespierre justificando a necessidade do

Terror proferido na sessão da Convenção em 17 de Pluvioso de 1794

(5 de Fevereiro)

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os seguidores de Hébert, favoráveis à extrema radicalização da violência. Ambos foram

condenados à guilhotina pelos Robespierristas.

O Terror foi intensificado na lei 22 do Prairial logo após a realização do Festival

do Ser Supremo. A lei reforçava as medidas policiais do governo, pois ampliava o

número de crimes contra à nação e o número de órgãos encarregados de enviar os

inimigos ao Tribunal Revolucionário. Causou também histeria nos deputados da

Convenção temerosos de serem acusados e enviados a julgamento por Robespierre e

divergências entre os comitês de segurança, pois a referida lei fora elaborada pelo

comitê de salvação pública sem a aprovação do outro comitê e da convenção.

Robespierre então foi acusado por seus inimigos de tirania, de colocar os órgãos

responsáveis pelo governo em conflito e de mergulhar a nação em um banho de sangue.

O golpe contra o incorruptível e seus aliados foi desferido em 8 Termidor. Encerrava-se

assim o período terrorista e Robespierre atingiria em parte o seu objetivo: não tornaria

sua alma imortal como pretendera no discurso, mas imortalizaria o seu nome na história.

“Vocês conquistaram a Revolução todos os corações puros e generosos! … Oh, dia

eternamente afortunado! …. Oh, velhice honrada! Oh, juventude generosa e

ardente! Oh, prazer puro e brincalhão da infância! Oh, lágrimas de amor maternal!

Oh, influência divina da inocência e da beleza! Oh, majestade de um grande povo,

feliz na contemplação e no desfrutar da própria força, glória e virtude!

A morte não é um sono eterno... a morte é o início da imortalidade. “

(trecho do último discurso de Robespierre em 8 Termidor de 1794

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Cronologia da Revolução Francesa (1789-1794)

Mai/1789 Os Estados Gerais reúnem-se no Palácio de Versalhes

17/06/1789

O Terceiro Estado reclama o direito de representar a nação e

renomeia-se Assembléia Nacional

20/06/1789 Juramento da Quadra de Tênis (péla)

14/07/1789 Ataque à Bastilha

4/08/1789 Abolição dos privilégios feudais

Jul/1790 Constituição Civil do Clero

20/06/1791 Fuga da Família Real para Varennes

Set/1791 Luís XVI aceita a nova Constituição

25/07/1792

O duque de Brunswick divulga um manifesto ameaçando Paris

caso Luis XVI seja ferido

Ilustração 3: Deitado sobre a mesa ferido e derrotado com um tiro na mandíbula Robespierre é objeto de

curiosidade e zombaria dos seus inimigos. (Pintura O Nove Termidor de Valery Jacobi, Galeria Tretiakov,

Moscou)

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10/08/1792 Queda da Monarquia

5/09/1792 Robespierre é eleito para a Convenção Nacional

20/09/1792 Vitória da França sobre a Prússia na Batalha de Valmy

21/09/1792 A Convenção Nacional reúne-se em Paris

22/09/1792 Proclamação da República

11/12/1792 Julgamento de Luis XVI, iniciando com a acusação formal

21/01/1793 Execução de Luis XVI

Fev/1793 França declara guerra à Inglaterra e Holanda

Mar/1793 Revolta na Vendéia

07/03/1793 França declara guerra à Espanha

10/03/1793 Restauração do Tribunal Revolucionário

6/04/1793 Criação do Comitê de Salvação Pública

Mai/1793 Revolta em Lyon

31/05/1793 Insurreição em Paris

2/06/1793 Expulsão dos deputados girondinos da Convenção Nacional

24/06/1793 Aceitação por referendo e adoção da Constituição Republicana

10/07/1793 Danton é expulso do Comitê de Salvação Pública

13/07/1793 Marat é assassinado por Charlotte Corday

27/07/1793 Robespierre é eleito para o Comitê de Salvação Pública

05/09/1793 O Terror torna-se a “ordem do dia”

17/09/1793 Decreto da Lei dos Suspeitos

29/09/1793 Decreto da Lei do Maximum

5/10/1793 Adoção do Calendário Republicano

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Ano I da República

16/10/1793 ou

25 de

vendemiário

Execução da rainha Maria Antonieta

31/01/1793 ou

10 de Brumário

Execução dos Deputados Girondinos

10/11/1793 ou

20 de Brumário

Festival da Razão em Notre-Dame

04/12/1793 ou

14 de Frimário

Constituição do Governo Revolucionário

22/12/1793 ou

2 de Nivoso

Rebeldes na Vendéia são derrotados

Ano II da República

24/03/1794 ou

4 de Germinal

Execução dos hebertistas

5/04/1794 ou

16 de Germinal

Execução dos dantonistas ou indulgentes

27/05/1794 ou

4 de Prairial

Cécile Renault tenta assassinar Robespierre

8/06/1794 ou

20 de Prairial

Festival do Ser Supremo

10/06/1794 ou

22 de Prairial

Decreto da Lei de 22 de Prairial

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26/06/1794 ou

8 de Messidor

Vitória francesa na batalha de Fleurus

26/07/1794 ou

8 de Termidor

Último discurso de Robespierre na Convenção

27/07/1794 ou

9 de Termidor

Prisão de Robespierre

28/07/1794 ou

10 de

Termidor

Execução dos Robespierristas

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Filmografia Indicada

Título original: Marie Antoinette (Maria

Antonieta)

o Gênero: Biografia

o Idioma original: inglês e francês

o Tempo: 122 min.

o Ano: 2006

o Direção: Sofia Coppola

Título original: La Nuit de Varennes (ing: The

Night in Varennes / port.: Casanova e a

Revolução)

o Género: drama o Idioma original: francês o Ano de produção: 1982 o Tempo: 150 min. o Direção: Ettore Scola o Roteiro: Sergio Amidei e Ettore Scola

o

Título Original: L'anglaise et le duc (ing.: The

Lady and the Duke / port.: A inglesa e o duque)

o Género: drama o Idioma original: francês o Ano de produção: 2001 o Tempo: 129 min. o Direção: Eric Rohmer o Roteiro: Eric Rohmer

Título original: Danton

(port.: Danton, o processo da Revolução)

o Gênero: drama histórico o Idioma original: francês o Ano da produção: 1982 o Tempo: 136 min. o Direção: Andrzej Wajda o Roteiro: Jean-Claude Carrière, Jacek Gasiorowski,

Agnieszka Holland e Andrzej Wajda

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Referências Bibliográficas

BLUCHE, Frédéric, RIALS, Stéphane, TULARD, Jean. Revolução Francesa. São

Paulo: Coleção L&PM Pocket, 2009

FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir: Nascimento da prisão. Petrópolis: Editora

Vozes, 1999.

FURET, François. “O Terror”. In: Dicionário crítico da Revolução Francesa. FURET,

François e OZOUF, Mona. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1989.

_____________. Pensando a Revolução. São Paulo: Paz e Terra, 1989.

HOBSBAWM, Eric. A era das revoluções: Europa 1789-1848. 16. ed. Rio de Janeiro:

Paz e Terra, 2002.

________________. Ecos da Marselha - dois séculos revêem a Revolução Francesa.

São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

SOBOUL, Albert. A Revolução Francesa. Rio de Janeiro: Difel, 2003.

SCURR, Ruth. Pureza Fatal – Robespierre e a Revolução Francesa. Rio de Janeiro:

Record, 2009.

TOCQUEVILLE, Alexis de. O antigo Regime e a revolução. WMF, 1856.

VOVELLE, Michel. A Revolução Francesa explicada à minha neta. UNESP, 2006

________________. Breve História da Revolução Francesa. Lisboa : Editorial

Presença, 1986.

Notas de Imagens

Ilustração 1: Fonte: http://fr.wikipedia.org/wiki/Convention_nationale

Ilustração 2: Fonte: http://fr.wikipedia.org/wiki/Maximilien_de_Robespierre

Ilustração 3: Fonte: http://fr.wikipedia.org/wiki/Chute_de_Robespierre

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