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  • Franklin Ferreira

    A teologia da cruz como centro da

    renovao da Igreja

  • Introduo

    A morte de Cristo na cruz o centro da f evanglica. A cruz est presente em toda Escritura, do comeo ao fim.

    Vivemos numa poca em que a cruz perdeu seu significado. Numa pesquisa realizada em diferentes pases em 1995 o smbolo dos Jogos Olmpicos foi identificado por 92%, o smbolo do McDonalds foi reconhecido por 88%, e os emblemas da Shell e da Mercedes foram reconhecidos por 74% dos entrevistados.

  • Introduo

    A cruz foi identificada por somente 54% como o smbolo da f crist.

    A cruz est sendo esquecida na cultura ocidental. Parece que mesmo entre os evanglicos a cruz deixou de ser o elemento central de sua f.

    Portanto, a mensagem, espiritualidade e comunidade crists vo sendo continuamente desfiguradas.

  • Debate de Heidelberg

    Debate ocorrido em 26 de abril de 1518, seis meses aps o episdio das Noventa e Cinco Teses, ocorrida em 31 de outubro de 1517, em Wittenberg.

    Lutero distinguiu entre a f evanglica e as corrupes medievais em termos de teologia da cruz e teologia da glria.

    Ele acreditava que a igreja medieval seguia a escada da glria, invs da escada da cruz: o cristo queria um encontro direto com Deus.

  • A teologia da glria A teologia da glria tenta chegar a Deus atravs das

    suas obras por meio de trs escadas:

    a especulao, que assume como norma e critrio certa filosofia para se conhecer a Deus ou suas obras;

    as boas obras, que se arrogam meritrias e se degeneram no legalismo;

    o misticismo, que entende que Deus se revela em intervenes dramticas, tais como vises, milagres, curas, e na suposio de que a vida crist vivida em constante vitria espiritual.

  • A teologia da glria

    A teologia da glria entende que se pode conhecer a Deus imediatamente, por suas expresses de poder, sabedoria e glria divinas.

    Mas, sem a cruz, por causa do seu pecado, o ser humano acaba por distorcer e perverter aquilo que h de melhor na criao (Rm 1.18-32).

  • O Deus revelado e oculto

    Antes da queda, o homem era capaz de conhecer a Deus de modo direto ou imediato. O homem comungava com o Deus revelado no jardim.

    A queda do homem no pecado incluiu a morte fsica e espiritual, assim como a incapacidade de o homem conhecer a Deus e ter comunho com ele.

    O Deus revelado tornou-se oculto. A nica maneira pela qual a comunho destruda podia ser restaurada era por meio da redeno.

  • O Deus revelado e oculto

    No Antigo Testamento, mesmo com as intervenes milagrosas, as conquistas militares, os templos e palcios, o nico lugar onde Deus se encontrava com seu povo era no propiciatrio (x 25.22), no lugar do sacrifcio e da redeno.

    No Novo Testamento o lugar do encontro derradeiro de Deus a cruz de Cristo (Cl 1.17-20).

  • A teologia da cruz

    A teologia da cruz conhece a Deus no lugar onde ele se ocultou na cruz, com os seus sofrimentos, considerados fraqueza e loucura para os que se perdem, mas para ns, que somos salvos, poder de Deus (1Co 1.18).

    Deus conhecido no na fora, mas na fraqueza, no numa demonstrao de poder, mas na exibio da graa que sofre na cruz a fim de redimir o homem do pecado e da morte: Assim, no basta nem adianta a ningum conhecer a Deus em glria e majestade se no o conhece tambm na humildade e na ignomnia da cruz.

  • A teologia da cruz

    O perigo da teologia da glria que esta conduz justia pelas obras e realizaes pessoais.

    A teologia da cruz repudia as realizaes do homem e afirma que Deus faz tudo para efetivar e preservar a salvao: O amor de Deus no acha, mas cria aquilo que lhe agrada; o amor do ser humano surge a partir do objeto que lhe agrada.

    Deus conhecido e adorado na cruz e somente na cruz (Cl 2.13-15).

  • A teologia da cruz

    Lutero entendia que somente aqueles que sustentam e ensinam a teologia da cruz merecem ser chamados telogos: No se pode designar condignamente de telogo, quem enxerga as coisas invisveis de Deus compreendendo-as por intermdio daquelas que esto feitas; mas sim quem compreende as coisas visveis e posteriores de Deus enxergando-as pelos sofrimentos e pela cruz.

    Seu lema: Prega esta nica coisa, a sabedoria da cruz.

  • Avaliaes

    Quando a cruz deixa de ser central igreja esta deixa de ser igreja e se torna uma caricatura.

    A Segunda Guerra Mundial foi a principal tragdia do sculo 20. A destruio semeada por este que o maior conflito da histria foi inimaginvel.

    No centro dos eventos, na Alemanha, grande parte da igreja evanglica foi conivente ou silenciou diante da ascenso do regime totalitrio que lanou o mundo nesta guerra.

  • Avaliaes

    Isto aconteceu por causa da teologia liberal, que dominou grande parte das igrejas e faculdades teolgicas na Alemanha.

    Essa teologia afirmava a centralidade do homem e declarava que a cruz era irrelevante. Com isso, a igreja perdeu a capacidade de tomar uma posio firme contra a ascenso do nazismo, justamente porque substituiu a revelao de Deus dada nas Escrituras, reinterpretou a cruz e se colocou a servio de um partido poltico.

    A cruz julga a igreja onde ela se tornou orgulhosa e triunfante, ou segura e presunosa, e a chama para voltar ao crucificado.

  • Avaliaes

    Segundo as Escrituras, h um problema que o pecador no pode resolver, embora precise desesperadamente de uma soluo ele precisa ser justificado e perdoado.

    A teologia da cruz ensina que este problema foi resolvido pela graa de Deus, que ofereceu Cristo como o meio para obtermos justia e perdo, o sacrifcio que garante que somos aceitos por Deus.

    Tudo o que se requer do pecador que receba pela f aquilo que a graa de Deus proveu (Rm3.22-26).

  • Avaliaes

    O poder de Deus no representadopor espada, carruagem ou palcio,mas pela cruz, associada infmiae ao fracasso. A cruz nos ensina queDeus escolhe ficar ao lado das pessoas em sua dor.

    S o Deus que sofre que pode ajudar (Dietrich Bonhoeffer): Cristo toma sobre si nossos pecados,nossa dor e nossa angstia.

    O sentido da cruz que no existe sofrimento que no tenha sido padecido por Deus. E o Cristo sofredor no abandona seu povo: o companheiro de nosso sofrimento triunfa sobre o pecado e a aflio na cruz, para conduzir-nos a um lugar onde no haver dor.

  • Avaliaes

    A funo dos verdadeiros pregadores, como a de Joo Batista, apontar para Jesus Cristo crucificado: Eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (Jo 1.29, 36).

  • Bacharel em Teologia, em sistema de ensino alternativo

    Uma semana de aulas intensivas por semestre Aulas complementares em um sbado por ms nos polos regionais Estudo individual em sua residncia Acompanhamento por mentores Currculo centralizado na Bblia e em sua exposio Teologia reformada

    Informaes: (12) 3021-3013 [email protected] www.facebook.com/SeminarioMartinBucerBrasil http://br.bucer.org/

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