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Boletim Regional doBanco Central do Brasil

ISSN 2175-9278

Abril 2016

Volume 10 | Número 2

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Boletim Regional do Banco Central do Brasil Brasília v. 10 n. 2 abr. 2016 p. 1-117

CGC 00.038.166/0001-05

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Boletim Regional do Banco Central do BrasilPublicação trimestral do Banco Central do Brasil/Departamento Econômico.

Os textos, as tabelas e os gráficos são de responsabilidade dos seguintes componentes do Departamento Econômico (Depec) (e-mail: [email protected]):

Região Norte – Gerência Técnica de Estudos Econômicos em Belém (e-mail: [email protected]);

Região Nordeste – Gerência Técnica de Estudos Econômicos em Fortaleza (e-mail: [email protected]), Gerência Técnica de Estudos Econômicos em Recife (e-mail: [email protected]), Gerência Técnica de Estudos Econômicos em Salvador (e-mail: [email protected]);

Região Centro-Oeste – Gerência Técnica de Estudos Econômicos em Belo Horizonte (e-mail: [email protected]);

Região Sudeste – Gerência Técnica de Estudos Econômicos em Belo Horizonte (e-mail: [email protected]), Gerência Técnica de Estudos Econômicos no Rio de Janeiro (e-mail: [email protected]), Gerência Técnica de Estudos Econômicos em São Paulo (e-mail: [email protected]);

Região Sul – Gerência Técnica de Estudos Econômicos em Curitiba (e-mail: [email protected]), Gerência Técnica de Estudos Econômicos em Porto Alegre (e-mail: [email protected]).

Informações sobre o BoletimTelefone: (61) 3414-1042Fax: (61) 3414-2036

É permitida a reprodução das matérias, desde que mencionada a fonte: Boletim Regional do Banco Central do Brasil, v. 10, n. 2.

Controle Geral de Publicações

Banco Central do BrasilComun/Dipiv/CoiviSBS – Quadra 3 – Bloco B – Edifício-Sede – 2º subsoloCaixa Postal 8.67070074-900 Brasília – DFTelefones: (61) 3414-3710 e 3414-3565Fax: (61) 3414-1898E-mail: [email protected]

Convenções estatísticas

... dados desconhecidos. - dados nulos ou indicação de que a rubrica assinalada é inexistente. 0 ou 0,0 menor que a metade do último algarismo, à direita, assinalado. * dados preliminares.

O hífen (-) entre anos (2004-2006) indica o total de anos, incluindo o primeiro e o último.A barra (/) utilizada entre anos (2004/2006) indica a média anual dos anos assinalados, incluindo o primeiro e o último, ou, se especificado no texto, ano-safra ou ano-convênio.

Eventuais divergências entre dados e totais ou variações percentuais são provenientes de arredondamentos.

Não são citadas as fontes dos quadros e gráficos de autoria exclusiva do Banco Central do Brasil.

Central de Atendimento ao Cidadão

Banco Central do BrasilDepartamento de Atendimento Institucional (Deati)Divisão de Atendimento ao Cidadão (Diate)SBS – Quadra 3 – Bloco B – Edifício-Sede – 1º subsolo70074-900 Brasília – DFTelefone: 145 (custo de ligação local)Internet: http//www.bcb.gov.br/?FALECONOSCO

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Sumário

Apresentação 5

Sumário executivo 7

Região Norte 9

Região Nordeste 17

Bahia __________________________________________________________________22 Ceará __________________________________________________________________27 Pernambuco _____________________________________________________________32

Região Centro-Oeste 37

Região Sudeste 45

Minas Gerais ____________________________________________________________51 Rio de Janeiro ___________________________________________________________58 São Paulo _______________________________________________________________64

Região Sul 71

Paraná __________________________________________________________________78 Rio Grande do Sul ________________________________________________________84

Inferências nacionais a partir dos indicadores regionais 91

Boxes

Economia Paraense: estrutura produtiva e desempenho recente _____________________97 RendimentosdoTrabalhoeInflação _________________________________________105

Apêndice 111

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Apresentação

O “Boletim Regional do Banco Central do Brasil” é umapublicação trimestral doBancoCentral doBrasilqueapresentaascondiçõesdaeconomiaporregiõeseporalguns estados do país. Sob o enfoque regional, enfatiza-seaevoluçãode indicadoresque repercutemasdecisõesde política monetária – produção, vendas, emprego,preços, comércio exterior, entre outros.Nesse contexto,a publicação contribui para a avaliação do impacto daspolíticas da Autoridade Monetária sobre os diferentes entes daFederação,àluzdascaracterísticaseconômicaslocaisedasgestõespolíticasregionais.

Asanáliseseinformaçõesdo“BoletimRegional”buscamofereceràsociedade–emparticular,agestoresdepolíticaeconômicanasesferassubnacionais,pesquisadorese integrantes do meio acadêmico, empresários, investidores, e profissionais de imprensa – elementos que contribuamparaidentificaraformae,especialmente,amagnitudederepercussão, no âmbito regional, das políticas implementadas. Aomesmotempo,apublicaçãocontribuiparadaràsociedadeconhecimentodoscritériosanalíticosdaInstituição.

O “Boletim Regional” analisa as economias das regiõesNorte,Nordeste,Centro-Oeste, Sudeste e Sul edos estados da Bahia, Ceará, Pernambuco, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. Adisponibilidade de estatísticas econômicas, bemcomoa distribuição geográfica das representações doBancoCentral,influenciouaescolhadosestados.Assim,paraasregiõesquepossuemapenasumarepresentaçãoinstitucional–NorteeCentro-Oeste–,optou-sepelaanáliseagregadaregionalmente.Paraasregiõesemqueexistemmaisdeumarepresentação,sãoapresentadas,alémdaanáliseregional,as análises para os estados nos quais se encontram as representações.

Homogeneidade, abrangência e regularidade foram os principais critérios de escolha das estatísticas e das fontes. Dessa forma, em sua maior parte, os dados têm como origem

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os órgãos e os institutos de âmbito nacional, destacadamente o InstitutoBrasileiro deGeografia eEstatística (IBGE)e os entes da administração direta. Em alguns casos,foram utilizadas, complementarmente, informações deentidades regionais. Dados sem tratamento das fontes foram dessazonalizadospeloDepartamentoEconômicodoBancoCentraldoBrasil(Depec).

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Sumário executivo

Aatividade econômica nacional permaneceu emdesaceleração nos primeirosmeses do ano, refletindodesempenhos desfavoráveis da indústria, das vendas do comércioedosetordeserviços,impactadospelosajustesmacroeconômicosemcursoeporeventosnãoeconômicos. Essecenáriotemintensificadooprocessodedistensãodomercado de trabalho e induzido a menor dinamismo do crédito. Repercutindo esse quadro, o Índice de Atividade EconômicadoBancoCentral–Brasil(IBC-Br)recuou1,3%no trimestre encerrado em fevereiro, comparativamente ao finalizado emnovembro, quando retraíra 1,8%, na sériedessazonalizada. Considerados doze meses acumulados até fevereiro,oíndicecontraiu4,6%.

A atividade econômicanoNorteseguiuinfluenciadapelaevoluçãodaatividadeindustrialquerecuou2,5%notrimestreencerradoemfevereiro,emrelaçãoaoanterior,dados dessazonalizados.O resultado refletiu a retraçãode 6,5% no segmento da indústria de transformação,cujo impactosesobrepôsaosignificativocrescimentodaproduçãoextrativanoperíodo,3,1%,principalmentepelaextraçãodeminériodeferronoPará.Asvendasdocomérciovarejista e a atividade no segmento de serviços tambémrecuaramnotrimestre,repercutindooaumentodataxadedesocupaçãoeamenorexpansãonocrédito.Nessecontexto,oÍndicedeAtividadeEconômicaRegional–RegiãoNorte(IBCR-N)recuou2,1%notrimestrefinalizadoemfevereiro,frenteaoencerradoemnovembro,quandodiminuíra1,6%.

NoNordeste, a atividade econômica registrourecuos menos acentuados nas vendas do comércio e na produçãoda indústria no início deste ano, relativamenteaos observados nos últimos meses de 2015, sugerindo acomodaçãododesempenhonegativo.Nesse sentido, asatividadesnaindústria,nocomércioenosetordeserviçorecuaram, na ordem, 2,5%, 2,3% e 7,9% no trimestreencerradoemfevereiroemrelaçãoaofindoemnovembro,quando registraramquedas respectivas de 3,9%, 4,3%e8,5%.Assinale-sequeaeconomiadaregiãosefavorecepela

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perspectivadecrescimentodaproduçãoagrícola–cujasafradegrãosdeveráexpandir2,1%nesteano–,pelovolumerelevante de transferências do governo federal no âmbito deprogramassociaisepelamaiorparticipaçãodosetordaadministraçãopúblicanaeconomialocal,segmentomenossensível ao ciclo econômico.Nesse cenário, o IBCR-NEmanteve-se estável no trimestre encerrado em fevereiro, em relaçãoaoterminadoemnovembro,quandorecuou1,5%.

NoCentro-Oeste,aeconomianosprimeirosmesesdeste ano foi impulsionada pelo início da colheita das safras deverão,comefeitosfavoráveissobreasexportaçõesqueaumentaram33,5%comparativamentea igualperíodode2015.Aprodução industrial seguiu trajetória declinante,emboramenosacentuada,-0,7%notrimestreatéfevereiroe -3,0%no anterior, repercutindo amaior produção dealimentos, de metalurgia e de minerais não metálicos. As vendas do comércio ampliado mostraram, no mesmo período, recuo menor do que o observado no trimestre anterior.Nesseambiente,oIBCR-COaumentou0,3%emrelaçãoaotrimestrefinalizadoemnovembro,quandorecuara1,4%,namesmabasedecomparação.

AanáliseeconômicadoSudesteapontacontinuidadedo processo de retração da atividade no início de 2016.Observaram-se contrações expressivas na produçãoda indústria – tanto do segmento extrativo, quanto datransformação–, das vendas do comércio varejista, e dovolume do setor de serviços no trimestre encerrado emfevereiroemrelaçãoaotrimestreanterior.Essastrajetóriasforaminfluenciadas,sobretudo,pelosreduzidosníveisdeconfiançadeempresárioseconsumidoresepeloprocessode distensão nomercadode trabalho.Nesse contexto, oIBCR-SEcontraiu2,0%noperíodo,apósrecuar1,4%notrimestrefindoemnovembro.

AatividadeeconômicanoSulmanteve,namargem,perdaderitmo,persistindoamoderaçãonomercadodecréditoe perda líquida de postos de trabalho formais, especialmente naindústria,nocomércioenosetordeserviços.OIBCR-S,noentanto,influenciadopelodesempenhodaindústriadetransformaçãodoRioGrandedoSul,quecresceu3,4%notrimestreencerradoemfevereiroemrelaçãoaofinalizadoemnovembro,aumentou0,5%noperíodo,apóscontrair1,0%no trimestre anterior. A economia do Sul, no médio prazo, tendeaserbeneficiadapelodesempenhodosetorexterno,quedeverárepercutiroimpactodadepreciaçãodocâmbiosobreasexportações.

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1Região Norte

A atividade econômica no Norte voltou a registrar desempenho negativo no trimestre encerrado em fevereiro de 2016, trajetória determinada, em parte, por recuos nas atividades varejista e industrial, em ambiente de confiança reduzida dos agentes econômicos. Nesse cenário, influenciado pelo impacto de eventos não econômicos, o IBCR-N recuou 2,1%, em relação ao trimestre finalizado em novembro, quando declinou 1,6%, no mesmo tipo de comparação, de acordo com dados dessazonalizados. Considerados períodos de doze meses, o indicador recuou 3,7% em fevereiro e 2,3% em novembro.

As vendas do comércio ampliado do Norte recuaram 1,7% no trimestre finalizado em fevereiro, em relação ao encerrado em novembro, quando diminuíram 3,1%, no mesmo tipo de comparação, de acordo com dados dessazonalizados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do IBGE. Destacaram-se as reduções no Amazonas (4,5%) e Pará (3,4%). Excluídas as vendas de materiais de construção e de veículos, peças e motocicletas, o comércio varejista da região retraiu 4,1% no período (-0,9% no trimestre encerrado em novembro).

Considerados períodos de doze meses, as vendas do comércio ampliado, em trajetória declinante há oito meses consecutivos na mesma base de comparação, recuaram 10,3% em fevereiro (Amapá, -16,7%; Tocantins, -15,6%; Amazonas, -11,9%), ante retração de 7,5% em novembro. As vendas do comércio varejista reduziram 6,7% e 4,0%, respectivamente, nos mesmos períodos de análise.

Os emplacamentos de automóveis e comerciais leves na região, indicador de venda de veículos novos, recuaram 1,8% no trimestre finalizado em março, em relação ao terminado em dezembro, quando retraíram 13,6%, de acordo com dados dessazonalizados da Fenabrave. Os emplacamentos reduziram 26,4% no intervalo de doze meses até março, período em que as vendas de ônibus e caminhões diminuíram 42,2%, totalizando 5,9 mil unidades.

130

135

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Fev2013

Jun Out Fev2014

Jun Out Fev2015

Jun Out Fev2016

IBC-Br IBCR-N

Gráfico 1.1 – Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil e Região NorteDados dessazonalizados2002 = 100

80

90

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140

Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago Nov Fev2015

Mai Ago Nov Fev2016

Norte Pará Amazonas Brasil

Gráfico 1.2 – Índice de volume de vendas no varejoDados dessazonalizados2011 = 100

Fonte: IBGE

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O índice Intenção de Consumo das Famílias (ICF) do Norte, divulgado pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), atingiu 87,4 pontos no primeiro trimestre de 2016 (87,5 pontos no quarto trimestre de 2015 e 119,6 em igual período de 2015). O comportamento trimestral refletiu retrações nos sete componentes do indicador, em especial na avaliação do momento atual para aquisição de bens duráveis e na perspectiva de consumo.

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) do Norte, manteve-se, igualmente, em zona de pessimismo, situando-se em 86,7 pontos em março (87,1 pontos em dezembro e 99,8 pontos em março de 2015), segundo a CNC. O recuo trimestral resultou das variações de -5,2%, -0,8% e 6,5% nos componentes que avaliam as intenções de investimentos, expectativas de venda e as condições atuais, respectivamente.

A atividade no setor de serviços também diminuiu no trimestre finalizado em fevereiro (-5,7%), em relação a igual período de 2015 (Amapá, -18,0%; Amazonas, -14,3%), de acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços, do IBGE. Considerados períodos de doze meses, o indicador recuou 4,4% em fevereiro (Amapá, -13,4%; Amazonas, -11,3%), ante 3,9% em novembro.

O mercado de crédito na região prosseguiu em ritmo moderado de crescimento. O saldo das operações de empréstimos superiores a R$1 mil contratadas no Norte totalizou R$118 bilhões em fevereiro, com aumentos de 0,2% no trimestre e de 4,2% em doze meses. Os empréstimos com recursos direcionados atingiram R$49,2 bilhões, elevando-se 1,4% no trimestre e 7,0% em doze meses. O crédito com recursos livres somou R$69,0 bilhões, com variações respectivas de -0,6% e 2,4%, nos mesmos períodos.

A carteira de pessoas físicas atingiu R$72,1 bilhões, elevando-se 1,5% no trimestre, com destaque para as operações com cartão de crédito à vista, os empréstimos consignados e os financiamentos imobiliários, alcançando expansão de 8,6% em doze meses. A carteira de pessoas jurídicas totalizou R$45,9 bilhões, recuando 1,7% no trimestre, reflexo de contrações nos saldos referentes à indústria de transformação, ao comércio e à construção, e retraindo 2,0% em doze meses.

A taxa de inadimplência dessas operações de crédito atingiu 4,77% em fevereiro, elevando-se 0,34 p.p. no trimestre e 1,05 p.p. em doze meses. O aumento trimestral

-5

0

5

10

15

20

Nov2013

Fev2014

Mai Ago Nov Fev2015

Mai Ago Nov Fev2016

PF PJ Total

Gráfico 1.4 – Evolução do saldo das operações de crédito – Norte1/

Variação em 12 meses – %

1/ Operações com saldo superior a R$1 mil.

Tabela 1.1 – Volume de serviços – Norte

Índice geral

Var. %

UF 2015 2016

Ano Nov1/ Fev1/ 12 meses

Região Norte -4,0 -6,3 -5,7 -4,4

Acre -5,4 -4,8 -6,8 -5,2

Amapá -11,8 -14,7 -18,0 -13,4

Amazonas -9,8 -14,7 -14,3 -11,3

Pará -0,5 -1,3 -0,9 -0,5

Rondônia 5,3 3,8 6,6 7,4

Roraima -0,9 7,6 11,2 2,6

Tocantins -0,1 -1,2 -1,8 -1,0

Fonte: IBGE

1/ Variação relativa ao trimestre encerrado no mês assinalado e o mesmo período

do ano anterior

60

80

100

120

140

30

40

50

60

70

Dez2013

Mar2014

Jun Set Dez Mar2015

Jun Set Dez Mar2016

Índice de Confiança do Empresário IndustrialÍndice de Confiança do Empresário do Comércio (eixo da dir.)

Fontes: CNI e CNC

Linha de confiança

Gráfico 1.3 – Confiança do empresariado – NorteEm pontos

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refletiu variações respectivas de 0,54 p.p. e 0,21 p.p. nos segmentos de pessoas jurídicas e de pessoas físicas, nos quais a inadimplência situou-se em 4,61% e 4,87%, na ordem.

Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o Norte totalizaram R$859 milhões nos três primeiros meses de 2016, recuando em relação a igual período de 2015, quando alcançaram R$2,8 bilhões. Dos recursos contratados em 2016, R$400 milhões destinaram-se ao Pará; R$196 milhões a Rondônia; e 57,3% às micro, pequenas e médias empresas.

Refletindo a retração da atividade econômica na região, foram eliminados 49 mil empregos formais no trimestre encerrado em fevereiro (-46,9 mil em igual período de 2015), de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Previdência Social (Caged/MTPS), dos quais 16,0 mil na construção civil, 12,3 mil na indústria de transformação, 9,3 mil no comércio e 9,1 mil em serviços. O nível de emprego formal, considerados dados dessazonalizados, recuou 1,5% no trimestre finalizado em fevereiro, em relação ao encerrado em novembro, com destaque para as reduções no Amazonas, 2,6%, no Pará, 1,5% e em Rondônia, 1,4%.

A taxa de desemprego no Norte situou-se em 8,6% no trimestre encerrado em dezembro (6,8% em igual período de 2014), de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE. Destacaram-se os aumentos no Amapá (3,0 p.p., para 12,5%) e no Tocantins (2,7 p.p, para 9,0%). A piora no mercado de trabalho refletiu-se, adicionalmente, em recuos respectivos de 5,6% e de 4,3% no rendimento médio real habitualmente recebido pelas pessoas ocupadas e na massa salarial real da região, em relação a igual período do ano anterior.

No âmbito fiscal, os governos dos estados, das capitais e dos principais municípios do Norte registraram deficit primário de R$254 milhões em 2015 (R$1,3 bilhão em 2014), destacando-se a reversão no deficit dos governos estaduais de R$1,2 bilhão em superavit de R$373 milhões.

Os juros nominais, apropriados por competência, totalizaram R$1,5 bilhão e o deficit nominal, R$1,7 bilhão, no ano, comparativamente a R$1,0 bilhão e R$2,4 bilhões, respectivamente, em 2014.

Tabela 1.2 – Evolução do emprego formal – Norte

Novos postos de trabalho

Acumulado no trimestre (em mil)1/

Discriminação 2015 2016

Fev Mai Ago Nov Fev

Total -46,9 -22,5 -12,4 -35,6 -49,0

Extrativa mineral -0,8 -0,5 -0,2 0,0 0,3

Indústria de transformação -5,3 -8,7 -7,5 -8,1 -12,3

Comércio -5,3 -4,4 -2,2 -0,1 -9,3

Serviços -9,4 -0,5 0,3 -5,8 -9,1

Construção civil -22,7 -7,4 -3,6 -20,2 -16,0

Agropecuária -2,5 -0,9 0,6 -1,1 -2,5

Outros2/ -0,9 -0,1 0,1 -0,1 -0,0

Fonte: MTE

1/ Refere-se ao trimestre encerrado no mês assinalado.

2/ Inclui serviços industriais, administração pública e outros.

Tabela 1.3 – Evolução do emprego formal – Norte

Novos postos de trabalho

Acumulado no trimestre (em mil)1/

UF 2015 2016

Fev Mai Ago Nov Fev

Região Norte -46,9 -22,5 -12,4 -35,6 -49,0

Acre -1,7 -0,2 1,2 -1,6 -1,8

Amapá -3,2 -1,7 -0,9 -0,0 -2,0

Amazonas -9,3 -10,3 -8,2 -8,6 -16,0

Pará -22,5 -6,8 -0,4 -17,8 -20,9

Rondônia -7,0 -2,4 -3,1 -6,1 -5,6

Roraima -0,5 -0,6 -0,1 0,2 -0,6

Tocantins -2,8 -0,5 -0,8 -1,6 -2,1

Fonte: MTE

1/ Refere-se ao trimestre encerrado no mês assinalado.

6

7

8

9

10

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

2012 2013 2014 2015

%

Fonte: IBGE

Gráfico 1.5 – Taxa de desocupação – Norte

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A dívida líquida dos estados, das capitais e dos principais municípios do Norte somou R$15,9 bilhões em 2015, aumento de 47,2% em relação a 2014, representando 2,0% do endividamento de todos os estados, capitais e principais municípios do país (1,6% em 2014).

No intervalo de doze meses encerrado em fevereiro de 2016, estados, capitais e principais municípios do Norte registraram deficit fiscal de R$892 milhões, aumento de R$638 milhões comparativamente a 2015. Os juros nominais somaram R$1,5 bilhão e o deficit nominal, R$2,4 bilhões (aumentos de 2,8% e 39%, respectivamente, ante 2015). O endividamento líquido das três esferas totalizou R$15,9 bilhões em fevereiro, permanecendo estável em relação a dezembro de 2015, e sua participação no total da dívida dos estados, capitais e principais municípios do país atingiu 2,1%.

A receita de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na região totalizou R$4,2 bilhões nos dois primeiros meses de 2016, segundo a Comissão Técnica Permanente do ICMS (Cotepe), com redução real de 9,1% em relação a igual período de 2015 (deflacionado pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna – IGP-DI). As transferências da União, excluindo os valores destinados ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), somaram R$5,4 bilhões, segundo a Secretaria do Tesouro Nacional (STN), com recuo real de 12,8% (deflacionado pelo IGP-DI) em relação aos dois primeiros meses de 2015.

Dados relativos ao setor agrícola indicam redução da safra anual de grãos da região, que deverá totalizar 7,0 milhões de toneladas em 2016, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de março, do IBGE. A queda de 9,2% na produção anual, reflete, particularmente, as estimativas de recuos para as colheitas de arroz (38,5%), principalmente no Tocantins e em Rondônia, e milho (14,8%). Para as demais culturas, projetam-se reduções para a produção de laranja (8,4%), banana (2,0%) e cacau (1,2%). Apesar dessa perspectiva, o valor bruto da produção (VBP) dos principais produtos agrícolas da região deverá registrar aumento real de 0,9% em 2016, considerado o IGP-DI como deflator, de acordo com estimativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Estão previstas elevações no VBP real de café (13,3%), banana (11,9%) e soja (5,6%), e recuos no de arroz (39,7%) e milho (7,8%).

Tabela 1.5 – Dívida líquida e necessidades de

financiamento – Região Norte1/

R$ milhões

UF Dezembro de 2015 Fevereiro de 2016

Dívida Fluxos 12 meses Dívida2/ Fluxos 12 meses

Primário Nominal3/ Primário Nominal3/

AC 3 225 -260 12 3 520 -184 91

AM 5 462 211 621 5 202 556 968

AP 1067 490 594 855 20 128

PA 1323 -8 242 846 211 467

RO 2 977 -113 159 3 349 -128 167

RR 53 -35 8 213 152 196

TO 1814 -31 109 1879 264 408

Total (A) 15 920 254 1 745 15 865 892 2 425

Brasil4/ (B) 793 064 -11 900 85 611 744 861 -6 826 96 842

(A/B) (%) 2,0 -2,1 2,0 2,1 -13,1 2,5

1/ Por UF, totalizando gov. estadual, capital e principais municípios. Dados

preliminares.

2/ A dívida líquida no momento t+1 é a dívida no momento t, mais o resultado

nominal e o resultado de outros fluxos.

3/ O resultado nominal é a soma dos juros com o resultado primário.

4/ Refere-se à soma de todas as regiões.

Tabela 1.6 – Produção agrícola – Norte

Itens selecionadosEm mil toneladas

Discriminação Pesos1/ Produção2/ Variação %

2015 2016 2016/2015

Grãos3/ 38,2 7 741 7 032 -9,2

Soja 25,4 4 252 4 283 0,7

Milho 6,2 2 382 2 030 -14,8

Arroz (em casca) 4,7 987 607 -38,5

Outras lavouras

Mandioca 26,2 7 971 8 664 8,7

Banana 7,0 1 029 1 009 -2,0

Abacaxi 3,6 526 529 0,6

Fonte: IBGE

1/ Por valor da produção – PAM 2014.

2/ Estimativa segundo o LSPA de março de 2016.

3/ Produtos: algodão herbáceo, amendoim, arroz, feijão, milho, soja e sorgo.

Tabela 1.4 – Dívida líquida e necessidades de

financiamento – Região Norte1/

R$ milhões

Discriminação Dívida Dívida2/

2014 Nominal Outros4/ 2015

Dez Primário Juros Total3/ Dez

Total 10 818 254 1 491 1 745 3 357 15 920

Governos estaduais 12 557 -373 1 573 1 200 2 460 16 217

Capitais -381 406 -9 397 897 913

Demais municípios -1 358 221 -73 148 0 -1 209

1/ Inclui inform. dos governos estaduais e de seus principais municípios. Dados

preliminares.

2/ A dívida líquida no momento t+1 é a dívida no momento t, mais o resultado

nominal e o resultado de outros fluxos.

3/ O resultado nominal é a soma dos juros com o resultado primário.

4/ Inclui ajustes decorrentes de variação cambial, reconhec. de dívidas e privatiz.

Fluxos acumulados no ano

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Abril 2016 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 13

Os abates de bovinos em estabelecimentos fiscalizados pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF) cresceram 5,9% nos dois primeiros meses do ano, em relação a igual período de 2015, de acordo com o Mapa. Destacaram-se o aumento de 12,1% em Rondônia e o recuo de 9,8% no Tocantins. As exportações de carnes desossadas de bovinos congeladas aumentaram 22,8% e as de bovinos vivos recuaram 39,4% no primeiro trimestre de 2016, em relação a igual período do ano anterior, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O recuo das exportações de bovinos vivos é decorrente da interdição, desde outubro de 2015, do Porto de Vila do Conde no Pará.

O VBP real da pecuária, considerado o IGP-DI como deflator, deverá retrair 2,6% em 2016, de acordo com o Mapa, com projeções de recuo para o VBP de leite (9,2%), bovinos (2,0%) e frango (1,0%).

A produção industrial da região recuou 2,5% no trimestre encerrado em fevereiro, em relação ao finalizado em novembro, quando cresceu 0,2%, nesse tipo de comparação, considerados dados dessazonalizados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do IBGE. A produção da indústria extrativa cresceu 3,1% e a da indústria de transformação, impactada pela redução da atividade no polo industrial de Manaus, registrou retração de 6,5%.

Considerados intervalos de doze meses, a indústria do Norte retraiu 6,6% em fevereiro, ante 4,4% em novembro. A produção da indústria de transformação diminuiu 17,1% (equipamentos de informática e eletrônicos, -32,3%; outros equipamentos de transporte, -20,7%), em linha com o menor dinamismo das indústrias de televisores, equipamentos de vídeo e de motocicletas e suas peças, no Amazonas. A produção da indústria extrativa cresceu 6,1%, refletindo, em especial, o aumento da extração de minério de ferro no Pará.

O faturamento nominal das vendas industriais no Amazonas diminuiu 19,1% no período de doze meses encerrado em fevereiro (-14,9% no trimestre finalizado em novembro), de acordo com a Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam). O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) no estado atingiu 71,5% em fevereiro (75,7% em novembro e 78,3% em fevereiro de 2015).

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) do Norte, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), ratificando a crise de confiança do

80

84

88

92

96

100

104

108

112

Fev2013

Jun Out Fev2014

Jun Out Fev2015

Jun Out Fev2016

Brasil NorteFonte: IBGE

Gráfico 1.6 – Produção industrial – NorteDados dessazonalizados – Média móvel trimestral2002 = 100

Tabela 1.7 – Produção industrial – Amazonas

Geral e setores selecionadosVariação % no período

Setores Pesos1/ 2015 2016

Nov2/ Fev2/ Ac. 12 meses

Indústria geral 100,0 -7,3 -13,7 -18,7

Indústrias extrativas 7,7 -0,8 -0,9 -0,9

Indústrias de transformação 92,3 -8,6 -7,9 -19,7

Informát., eletrôn. e ópticos 30,5 -9,4 -1,0 -32,3

Bebidas 23,8 0,3 -12,5 -12,6

Outros equip. transporte 19,8 -19,9 -2,0 -20,7

Produtos de metal 4,6 -2,2 -0,6 -6,0

Fonte: IBGE

1/ Ponderação de atividades no VTI, conforme a PIA 2010/IBGE.

2/ Variação relativa aos trimestres encerrados em t e t-3. Dados dessazonalizados.

Tabela 1.8 – Produção industrial – Pará

Geral e setores selecionadosVariação % no período

Setores Pesos1/ 2015 2016

Nov2/ Fev2/ Ac. 12 meses

Indústria geral 100,0 5,2 4,3 4,4

Indústrias extrativas 80,6 7,5 3,4 6,7

Indústrias de transformação 19,4 -3,0 -1,2 -4,4

Metalurgia 6,8 1,0 0,4 0,6

Produtos alimentícios 5,3 -3,9 1,7 -1,4

Prod. miner. não-metálicos 3,0 -7,2 0,5 -11,7

Produtos de madeira 2,7 0,8 -3,0 -26,8

Fonte: IBGE

1/ Ponderação de atividades no VTI, conforme a PIA 2010/IBGE.

2/ Variação relativa aos trimestres encerrados em t e t-3. Dados dessazonalizados.

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14 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Abril 2016

empresariado, atingiu 36,9 pontos em março (35,7 pontos em dezembro e 44,1 pontos em março de 2015).

O indicador de expectativas de demanda da Sondagem Industrial da CNI para a região totalizou 46,4 pontos em março (37,6 pontos em dezembro e 51,9 pontos em março de 2015), permanecendo na área de pessimismo pelo sétimo mês consecutivo. O indicador de estoques de fevereiro totalizou 50,2 pontos em fevereiro (48,3 pontos em novembro e 45,9 em fevereiro de 2015), sugerindo estoques acima do planejado.

A balança comercial do Norte apresentou superavit de US$695 milhões no primeiro trimestre de 2016, ante deficit de US$257 milhões em igual período de 2015, segundo o MDIC. As exportações atingiram US$2,6 bilhões e as importações, US$1,9 bilhões, com reduções respectivas de 18,4% e 44,7%, no período.

A evolução das exportações no trimestre refletiu a retração de 24,8% nos preços e o aumento de 8,5% no quantum exportado. Houve reduções de 28,0% nas vendas de produtos semimanufaturados (destaque para alumínio não ligado em forma bruta, -25,9%), de 18,7% em produtos básicos (minérios de ferro, -32,1%), e de 10,6% em manufaturados (alumina calcinada, -3,4%). As vendas para China, Japão, Alemanha, Noruega e Malásia corresponderam, conjuntamente, a 41,7% do total exportado pela região no trimestre, destacando-se, no intercâmbio com os principais parceiros comerciais, o recuo de 20% nos embarques de minério de ferro para a China.

O desempenho das importações, resultado de retrações de 6,5% nos preços e de 40,9% no quantum, resultou de recuos em todas as categorias de uso: combustíveis e lubrificantes, 63,7% (óleo diesel, -80,7%); bens de consumo duráveis, 53,6% (outros barcos e embarcações de recreio/esporte, -47,6%); bens intermediários, 48,8% (outras partes para aparelhos de radiodifusão, -59,2%); bens de capital, 14,5% (outras bobinas de reatância e de auto-indução, -50,7%); e bens de consumo não-duráveis, 14,3% (outras obras de plásticos, -37,4%). As importações originárias da China, dos Estados Unidos da América (EUA), da Coreia do Sul, do Vietnã e do Japão representaram, em conjunto, 64,8% das compras externas da região no primeiro trimestre de 2016, com destaque para o recuo de 79,4% nas aquisições de outras partes para aparelhos receptores de radiodifusão provenientes da Coreia do Sul.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) da Região Metropolitana de Belém

Tabela 1.9 – Exportação por fator agregado – FOB

Janeiro-março

US$ milhões

Discriminação Norte Brasil

2015 2016 Var. % Var. %

Total 3 179 2 594 -18,4 -5,1

Básicos 2 067 1 680 -18,7 -5,3

Industrializados 1 112 914 -17,7 -4,9

Semimanufaturados 457 329 -28,0 -8,5

Manufaturados1/ 655 585 -10,6 -3,6

Fonte: MDIC/Secex

1/ Inclui operações especiais.

Tabela 1.10 – Importação por grandes categorias

econômicas - FOB

Janeiro-março

US$ milhões

Discriminação Norte Brasil

2015 2016 Var. % Var. %

Total 3 435 1 900 -44,7 -33,4

Bens de capital 335 286 -14,5 -27,0

Bens Intermediários 2 928 1 499 -48,8 -32,0

Bens de consumo 126 97 -22,8 -26,9

Duráveis 27 13 -53,6 -51,2

Automóveis de passageiros 2 0 - -54,5

Semiduráveis e não duráveis 98 84 -14,3 -17,9 Combustíveis e lubrificantes 47 17 -63,7 -52,4

Petróleo 2 0 - -45,6

Demais 45 17 -61,7 -54,6

Bens não especificados 0 0 - 27,7

Fonte: MDIC/Secex

0

300

600

900

1 200

1 500

1 800

2 100

2 400

Dez2013

Mar2014

Jun Set Dez Mar2015

Jun Set Dez Mar2016

Exportação Importação

Fonte: MDIC/Aliceweb

Gráfico 1.7 – Balança comercial – NorteUS$ milhões

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Abril 2016 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 15

(RMB) variou 2,72% no primeiro trimestre de 2016, ante 3,76% no quarto trimestre de 2015, refletindo a redução dos preços monitorados, de 3,81% para -0,60% (energia elétrica residencial, -8,55%; telefone fixo, -3,09%; ônibus interestadual -1,44%) e a desaceleração dos livres, de 3,74% para 3,66%.

A evolução dos preços livres resultou da desaceleração dos preços de bens comercializáveis, de 4,15% para 3,15% (açúcares e derivados, 13,33%; óleos e gorduras, 10,32%; frango inteiro, -1,38%) e da aceleração dos não comercializáveis, de 3,21% para 4,32% (farinha de mandioca, 34,10%; feijão carioca, 24,24%; tubérculos, raízes e legumes, 23,06%). O índice de difusão atingiu 63,1% em março de 2016 (63,5% em dezembro).

No intervalo de doze meses encerrado em março, o IPCA da Região Metropolitana de Belém variou 9,98% ante 9,95% em 2015. A aceleração refletiu a elevação de 8,29% para 10,13% nos preços livres e a redução de 16,22% para 9,40% nos monitorados (jogos de azar, 47,49%; gás de botijão, 23,04%; energia elétrica residencial, -3,83%). A evolução dos preços livres refletiu acelerações dos preços dos itens comercializáveis, de 7,63% para 9,90% (açúcares e derivados, 43,41%; sal e condimentos, 27,21%; óleos e gorduras, 25,27%) e dos não comercializáveis, de 9,12% para 10,40% (farinha de mandioca, 42,76%; feijão carioca, 40,48%; tubérculos, raízes e legumes, 29,57%).

A atividade econômica do Norte permanece em retração, influenciada pelos desempenhos desfavoráveis da indústria de transformação no Polo Industrial de Manaus, em especial nas atividades relacionadas a equipamentos de transporte, de informática e eletrônicos. Ressalte-se que a demanda por esses bens, de maior valor agregado, está condicionada pelas trajetórias dos mercados de trabalho, que persiste em distensão, e de crédito, que segue apresentando moderação. A recuperação da atividade da região nos próximos trimestres permanece dependente da retomada da confiança de consumidores e empresários, bem como da superação dos impactos decorrentes de eventos não econômicos e dos benefícios do processo de ajuste macroeconômico em curso no país.

Tabela 1.11 – IPCA – Belém

Variação %

Discriminação Pesos1/ 2015 2016

Ano IV Tri I Tri Ano

IPCA 100,0 9,95 3,76 2,72 2,72

Livres 78,4 8,29 3,74 3,66 3,66

Comercializáveis 43,7 7,63 4,15 3,15 3,15

Não comercializáveis 34,7 9,12 3,21 4,32 4,32

Monitorados 21,6 16,22 3,81 -0,60 -0,60

Principais itens

Alimentação 35,2 11,10 5,45 6,11 6,11

Habitação 12,8 14,34 4,38 -1,44 -1,44

Artigos de residência 5,1 5,29 1,74 2,35 2,35

Vestuário 8,3 6,11 3,10 0,71 0,71

Transportes 12,4 9,31 3,48 -0,02 -0,02

Saúde 10,2 9,38 2,12 2,14 2,14

Despesas pessoais 8,2 11,61 2,39 1,94 1,94

Educação 4,6 6,88 0,86 7,21 7,21

Comunicação 3,2 3,08 2,25 -2,09 -2,09

Fonte: IBGE

1/ Referentes a março de 2016.

-0,4

-0,2

0,0

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2

1,4

1,6

Mar2013

Jun Set Dez Mar2014

Jun Set Dez Mar2015

Jun Set Dez Mar2016

Brasil RMB

Fonte: IBGE

Gráfico 1.8 – IPCA – Norte Variação (%)

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Abril 2016 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 17

2Região Nordeste

AeconomiadoNordeste refletiu, nodecorrer de2015,oquadrodesfavoráveldosindicadoresdeconfiança,associados,emparte,aeventosnãoeconômicos,eosefeitosdoajustemacroeconômicoemcursonopaís.Aindaassim,aatividadeeconômicadaregiãoregistrouretraçãomenordoque a observada emnível nacional (3,8%), conformeindicamasvariaçõesanuaisdoProdutoInternoBruto(PIB)desuasprincipaiseconomias–Bahia,-3,2%,Pernambuco,-3,5%,eCeará,-3,5%–,estimadaspelosentespúblicosdepesquisaseconômicasdecadaestado.Aanálisenamargem,em especial os recuos menos acentuados nas vendas do comércioenaproduçãodaindústria,sugereacomodaçãodaatividadeeconômicanordestinanoiníciode2016.Nessecontexto, o IBCR-NE permaneceu estável no trimestreterminadoemfevereiro,emrelaçãoaotrimestrefindoemnovembro,quandoregistrouretraçãode1,5%.

As vendas do comércio ampliado doNordestedecresceram2,3%no trimestre encerrado em fevereiro,em relação aofinalizado emnovembro, quando haviamrecuado4,3%,nesse tipodecomparação, segundodadosdessazonalizadosdaPMC,doIBGE.Houvereduçõesemnove dos dez segmentos pesquisados (equipamentos emateriaisparaescritório,informáticaecomunicação,13,3%;móveis e eletrodomésticos, 7%).Excluídas as variaçõesnasvendasdeveículos(-2,5%)edematerialdeconstrução(-1,2%), o comércio varejista da região retraiu 3,3%noperíodo(-1,1%notrimestreterminadoemnovembro).

Considerados períodos de doze meses, as vendas do comércio ampliado variaram -10,9% em fevereiro,ante-8,2%emnovembro(equipamentosemateriaisparaescritório, informática e comunicação, -24,7%; veículos,motocicletas,partesepeças,-18%).Asvendasdocomérciovarejista diminuíram7,7%e 5,5%, respectivamente, nasmesmasbasesdecomparação.

Ovolumedosetordeserviçosdaregiãodiminuiu7,9%notrimestreencerradoemfevereiro,emrelaçãoaigual

135

140

145

150

155

160

Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago Nov Fev2015

Mai Ago Nov Fev2016

Brasil Nordeste

Gráfico 2.1 – Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil e Região NordesteDados dessazonalizados2002 = 100

95

100

105

110

115

120

125

Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago Nov Fev2015

Mai Ago Nov Fev2016

Fonte: IBGEComércio varejista Comércio ampliado

Gráfico 2.2 – Comércio varejista – NordesteDados dessazonalizados2011 = 100

Tabela 2.1 – Comércio varejista – Nordeste

Geral e setores selecionados

Variação % no período

Setores 2015 2016

Nov1/ Fev1/ 12 meses

Comércio varejista -1,1 -3,3 -7,7

Combustíveis e lubrificantes -1,8 -4,1 -9,6

Híper e supermercados -0,5 -2,4 -5,9

Móveis e eletrodomésticos -1,4 -7,0 -16,8

Equip. e mat. para esc.,inf. e comunicação -9,7 -13,3 -24,7

Comércio ampliado -4,3 -2,3 -10,9

Automóveis e motocicletas -6,1 -2,5 -18,0

Material de construção -9,2 -1,2 -8,2

Fonte: IBGE1/ Variação relativa aos trimestres encerrados nos períodos t e t-3. Dados dessazonalizados.

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18 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Abril 2016

períodode2015(serviçosprofissionais,administrativosecomplementares,-16,7%;outrosserviços,-7,0%),segundoaPMS,doIBGE.Aanáliseemdozemesesmostracontraçãode5,9%emfevereiro,emrelaçãoaigualperíodode2015(serviçosprofissionais,administrativosecomplementares,-11,7%;outrosserviços,-6,1%).

O saldo das operações de crédito superioresa R$1 mil no Nordeste somou R$403,4 bilhões emfevereiro,elevando-se1,0%notrimestree4,2%emdoze meses.AsoperaçõescomrecursoslivrestotalizaramR$217,7bilhões,expandindo-se0,3%e0,9%,nasmesmasbasesdecomparação, e, as realizadas com recursos direcionados,R$185,7bilhões,aumentando1,9%notrimestree8,4%.

A carteira de pessoas jurídicas, com destaquepara os créditos destinados à indústria de transformaçãoe ao comércio, atingiuR$169,1 bilhões em fevereiro,variando 0,3%no trimestre e -1,5% emdozemeses.AcarteiradepessoasfísicastotalizouR$234,3bilhões,comaumentos respectivosde1,6%e8,7%nasmesmasbasesde comparação.Destacaram-se asmodalidades créditoconsignadoefinanciamentodeveículos.

A inadimplência relativa às operações de créditosituou-se em4,3%no trimestre encerrado em fevereiro,crescendo0,01p.p.emrelaçãoaagostoe0,87p.p.emdozemeses.Oaumentotrimestralrefletiuvariaçõesde0,08p.p.no segmento de pessoas físicas e de -0,08 p.p. no de pessoas jurídicas,queregistraramtaxasdeinadimplênciade4,9%e3,6%,respectivamente.

Os desembolsos do BNDES para o NordestetotalizaramR$779,9milhões no trimestrefinalizado emmarço(34,2%dototaldesembolsadonoNordeste),variando-52,0%emrelaçãoaperíodoequivalentedoanoanterior.

AeconomiadoNordesteeliminou159,8milpostosde trabalho no trimestre encerrado em fevereiro de 2016 (reduçãode110,6milemigualperíododoanoanterior),deacordocomestatísticasdoCaged/MTPS.Houvecortesemtodasasatividadespesquisadas,àexceçãodaadministraçãopública, destacando-se os registrados na indústria de transformação (57,5mil) e na construção civil (30mil).Considerados dados dessazonalizados, o nível de emprego formaldiminuiu1,2%noperíodo.

AtaxadedesempregodoNordeste,consideradosdadosdoIBGEparaasRegiõesMetropolitanasdeRecife(RMR)edeSalvador(RMS),atingiu11,2%notrimestre

-2

3

8

13

18

Fev2014

Mai Ago Nov Fev2015

Mai Ago Nov Fev2016

PF PJ Total

Gráfico 2.3 – Evolução do saldo das operações de crédito – Nordeste1/

Variação % em 12 meses

1/ Operações com saldo superior a R$1 mil.

Tabela 2.3 – Evolução do emprego formal – Nordeste

Novos postos de trabalho

Acumulado no trimestre (em mil)1/

Discriminação 2015 2016

Fev Mai Ago Nov Fev

Total -110,6 -98,4 -42,9 -7,5 -159,8

Indústria de transformação -24,2 -53,8 -0,7 23,7 -57,5

Serviços industriais de util. pública 0,5 1,4 -0,1 -1,3 -2,5

Construção civil -47,1 -26,1 -19,8 -22,7 -30,0

Comércio -20,6 -5,6 -13,8 8,6 -26,4

Serviços -5,1 -7,9 -21,1 -16,5 -22,7

Agropecuária -12,8 -6,6 13,1 3,4 -21,0

Outros2/ -1,3 0,2 -0,4 -2,8 0,3

Fonte: MTPS

1/ Refere-se ao trimestre encerrado no mês assinalado.

2/ Inclui extrativa mineral, administração pública e outros.

Tabela 2.2 – Volume de serviços – Nordeste

Serviços empres. não financeiros, exceto saúde e educação

Variação %

Segmentos 2015 2016

Nov 1/ Fev 1/ 12 meses

Total -8,5 -7,9 -5,9

Serviços prestados às famílias -7,1 -4,9 -4,3

Serviços de informação e comunicação -8,1 -4,7 -5,7

Serviços profissionais e administrativos -14,4 -16,7 -11,7

Transportes e correio -5,7 -5,4 -2,7

Outros serviços -8,5 -7,0 -6,1

Fonte: IBGE

1/ Variação relativa ao trimestre encerrado no mês assinalado e o mesmo período

do ano anterior.

Tabela 2.4 – Necessidades de financiamento –

Nordeste1/

R$ milhões

Discriminação Resultado primário Juros nominais

2014 2015 2014 2015

Jan-dez Jan-dez Jan-dez Jan-dez

Total 3 170 -568 3 516 5 505

Governos estaduais 3 633 -43 3 514 5 521

Capitais -205 599 49 121

Demais municípios -257 -1 124 -47 -137

1/ Inclui informações dos governos estaduais e de seus principais municípios.

Dados preliminares.

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Abril 2016 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 19

encerradoemfevereiro(8,0%emigualperíodode2015),reflexoderetraçõesde0,5%naPopulaçãoEconomicamenteAtiva(PEA)ede3,9%napopulaçãoocupada.Orendimentoreal médio habitual e a massa salarial real decresceram, naordem,9,5%e13%notrimestre.Consideradosdadosdessazonalizados,ataxadedesempregoatingiu11,8%notrimestrefinalizadoemfevereiro,ante11,6%noencerradoem novembro.

O superavit primário dos governos dos estados, das capitais e dos principaismunicípios doNordeste somouR$568,0milhões em2015, antedeficit deR$3,2bilhõesem 2014. Houve reversão de deficitdeR$3,6bilhõesparasuperavit deR$43milhões no resultado dos governosestaduais e de superavitdeR$205milhõesparadeficit de R$599milhõesnoresultadodosgovernosdascapitais,alémdoaumentode337,6%nosuperavit dos demais municípios.

Os jurosnominais, apropriadospor competência,somaramR$5,5bilhõesem2015,anteR$3,5bilhõesem2014, resultando em deficitsnominaisdeR$4,9bilhõeseR$6,7bilhões,respectivamente.

A dívida líquida dos estados, capitais e principais municípios do Nordeste totalizou R$62,4 bilhões aofinalde2015 (7,9%dadívidadessas entidadesnopaís),elevando-se 32,7%em relação a dezembro de 2014.AsdívidasjuntoàUniãorepresentaram36,2%dototal;adívidabancária,37,5%;aexterna,49,9%;eaposiçãocredoraemdisponibilidadeslíquidas,23,6%.

Considerados períodos de doze meses, o deficit primário dos estados, capitais e principais municípios do NordesteatingiuR$2,1bilhõesemfevereirode2016.Osjuros nominais, apropriados por competência, somaramR$5,7bilhõeseodeficitnominal,R$7,8bilhões,noperíodo.O endividamento líquido dos três segmentos totalizou R$60,2bilhõesemfevereiro,recuando3,4%emrelaçãoadezembrode2015epassandoarepresentar8,1%dadívidadosestados,capitaiseprincipaismunicípiosdopaís(7,9%emdezembrode2015).

AsafradegrãosdoNordestedeveráalcançar17milhõesdetoneladasem2016(8,1%daproduçãonacional),deacordocomoLSPAdemarço,doIBGE.Aelevaçãoanualde2,1%reflete,emespecial, asestimativasdeaumentosparaassafrasdemilho(21,3%)edefeijão(31,8%).Nasdemaislavouras,projetam-seaumentosparaasproduçõesdemandioca(4,3%),banana(4,4%)ecana-de-açúcar(2,3%).

Tabela 2.5 – Dívida líquida – Nordeste1/

R$ milhões

Discriminação 2013 2014 2015

Dez Dez Dez

Dívida bancária 16 524 20 726 23 375

Renegociação2/ 20 123 20 053 21 237

Dívida externa 16 150 20 917 31 112

Outras dívidas junto à União 248 240 32

Dívida reestruturada 893 924 1 329

Disponibilidades líquidas -16 898 -15 841 -14 699

Total (A) 37 040 47 019 62 386

Brasil3/ (B) 578 634 655 704 793 064

(A/B) (%) 6,4 7,2 7,9

1/ Inclui informações dos governos estaduais e de seus principais municípios.

Dados preliminares.

2/ Lei nº 8.727/1993, Lei nº 9.496/1997 e MP nº 2.185/2000.

3/ Refere-se à soma de todas as regiões.

Tabela 2.7 – Dívida líquida e necessidades de

financiamento – Nordeste1/

R$ milhões

UF Dezembro de 2015 Fevereiro de 2016

Dívida Fluxos 12 meses Dívida2/ Fluxos 12 meses

Primário Nominal3/ Primário Nominal3/

AL 9 453 -419 886 9 453 -671 716

BA 15 945 -1 771 -425 15 134 785 2 183

CE 8 000 498 1 075 8 236 1 228 1 816

MA 5 287 587 1 001 4 782 683 1 111

PB 3 492 148 386 3 048 69 323

PE 12 504 -659 475 12 299 -1 239 -92

PI 2 487 89 245 2 418 334 492

RN 1 226 538 615 623 586 668

SE 3 992 419 678 4 248 278 546

Total (A) 62 386 -568 4 937 60 242 2 053 7 764

Brasil4/ (B) 793 064 -11 900 85 611 744 861 -6 826 96 842

(A/B) (%) 7,9 4,8 5,8 8,1 -30,1 8,0

1/ Por UF, totalizando gov. estadual, capital e principais municípios. Dados

preliminares.

2/ A dívida líquida no momento t+1 é a dívida no momento t, mais o resultado

nominal e o resultado de outros fluxos.

3/ O resultado nominal é a soma dos juros com o resultado primário.

4/ Refere-se à soma de todas as regiões.

Tabela 2.6 – Dívida líquida e necessidades de

financiamento – Nordeste1/

R$ milhões

Discriminação Dívida Dívida2/

2014 Nominal Outros4/ 2015

Dez Primário Juros Total3/ Dez

Total 47 019 -568 5 505 4 937 10 430 62 386

Governos estaduais 48 492 -43 5 521 5 478 10 252 64 223

Capitais 151 599 121 719 208 1 078

Demais municípios -1 625 -1 124 -137 -1 261 -30 -2 915

1/ Inclui inform. dos governos estaduais e de seus principais municípios. Dados

preliminares.

2/ A dívida líquida no momento t+1 é a dívida no momento t, mais o resultado

nominal e o resultado de outros fluxos.

3/ O resultado nominal é a soma dos juros com o resultado primário.

4/ Inclui ajustes decorrentes de variação cambial, reconhec. de dívidas e privatiz.

Fluxos acumulados no ano

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20 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Abril 2016

Aprodução industrialnordestinarecuou2,5%notrimestrefinalizadoemfevereiro,emrelaçãoaoencerradoem novembro, quando decresceu 3,9% nomesmo tipode comparação, considerados dados dessazonalizados daPesquisaIndustrialMensal–ProduçãoFísica(PIM-PF)doIBGE.Destacaram-seosrecuosnasproduçõesdealimentos (-17,5%)edeprodutosmineraisnão-metálicos(-7,5%).

A análise emdozemeses indica que a produçãoindustrial da região recuou 2,2%em fevereiro de 2016,comparativamenteàretraçãode2,5%emnovembro,resultadodedecréscimosde4,3%naindústriaextrativaede2,0%nade transformação (produtosdemetal, excetomáquinas eequipamentos,-17,1%;vestuárioeacessórios,-16,1%).

O deficitdabalançacomercialdoNordesteatingiuUS$866,3milhões no primeiro trimestre de 2016, anteUS$4.137,4milhõesemigualperíodode2015,deacordocomoMDIC.AsexportaçõestotalizaramUS$2,8bilhõeseasimportações,US$3,6bilhões,recuando7,7%e49,1%,respectivamente, no período.

O comportamento das vendas externas refletiuvariaçõesde17,1%noquantumede-21,2%nospreços.Houvereduçõesde8,6%nasexportaçõesdemanufaturados,quecorresponderama43%dototalexportado,destacando-seasretraçõesemóxidosehidróxidosdealumínio,-28%eemhidrocarbonetoseseusderivadoshalogenados,-46,9%.Tambémrecuaramasexportaçõesdeprodutosbásicos,0,9%(milhoemgrãos,-70,8%;cafécruemgrão,-47,7%)edesemimanufaturados,9,9%(açúcardecana,embruto,-44,9%;celulose,-8,1%).AsvendasparaChina,EUA,Argentina,HolandaeCanadácorresponderam,emconjunto,a57,2%dototalexportadopelaregiãonotrimestre,comdestaqueparaosrecuosnosembarquesdeóxidosehidróxidosdealumínioparaaIslândiaeparaosEmiradosÁrabesUnidos;deferrofundido bruto e ferro spiegel(exferrogusa)paraosEUA;edeaçúcar,embruto,paraaRússia.

Atrajetóriadasimportações,resultadoderetraçõesde17,1%nospreçosede38,7%noquantum,refletiurecuosnas compras em todas as categorias de uso: combustíveis elubrificantes,64,9%(óleoscombustíveis,-73,9%);bensdecapital, 42,8% (veículosemateriaisparavias férreas,-99,9%); bens intermediários, 34% (naftas, -41,6% eminériosdecobreeseusconcentrados, -72,1%);bensdeconsumo duráveis, 53,1% (automóveis de passageiros,-49,1%);ebensdeconsumosemiduráveisenão-duráveis,53,9%(medicamentosparamedicinahumanaeveterinária,-94%).AsimportaçõesprovenientesdosEUA,querecuaram

Tabela 2.8 – Produção agrícola – Nordeste

Itens selecionados

Em mil toneladas

Discriminação Pesos1/ Produção2/ Var. %

(%) 2015 2016 2016/2015

Produção de grãos 16 621 16 968 2,1

Soja 18,9 8 380 7 311 -12,8

Caroço de algodão (herbáceo) 10,0 816 790 -3,2

Milho 8,6 6 008 7 288 21,3

Feijão 3,1 665 877 31,8

Outras lavouras selecionadas

Cana-de-açúcar 16,7 67 327 68 845 2,3

Mandioca 6,0 5 312 5 540 4,3

Banana 5,5 2 214 2 311 4,4

Fonte: IBGE

1/ Por valor da produção – PAM 2014.

2/ Estimativa segundo o LSPA de março de 2016.

80

85

90

95

100

105

110

Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago Nov Fev2015

Mai Ago Nov Fev2016

Brasil Nordeste

Gráfico 2.4 – Produção industrial – NordesteDados dessazonalizados – Média móvel trimestral2012 = 100

Fonte: IBGE

Tabela 2.9 – Produção industrial – NordesteGeral e setores selecionados

Variação % no período

Setores Pesos1/ 2015 2016

Nov 2/ Fev 2/ 12 meses

Indústria geral 100,0 -3,9 -2,5 -2,2

Indústrias extrativas 9,0 -1,1 -0,6 -4,3

Indústrias de transformação 91,0 -4,1 -2,8 -2,0

Produtos alimentícios 16,2 -0,4 -17,5 -5,8

Deriv. petróleo e biocombustíveis 15,8 -0,9 -3,4 11,8

Outros produtos químicos 9,9 -0,9 -0,3 -3,2

Artefatos couro e calçados 6,9 -5,1 1,8 -11,4

Fonte: IBGE

1/ Ponderação de atividades no VTI, conforme a PIA 2010/IBGE.

2/ Variação relativa aos trimestres encerrados nos períodos t e t-3. Dados

dessazonalizados.

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Abril 2016 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 21

49,5%,China,Argentina,ArgéliaeHolandaresponderam,emconjunto,por48,5%dasaquisiçõesexternasdoNordesteno trimestre.Destacaram-se as reduçõesnas compras deóleos combustíveis, dosEUAe da Índia; de gás naturalliquefeito(GNL),deTrinidadeTobago;edeminériosdecobre e seus concentrados, do Chile.

O IPCAdoNordeste1 variou2,86%no trimestreencerradoemmarço(2,88%noúltimotrimestrede2015),reflexodaaceleraçãonospreçoslivres,de3,04%para3,29%,edadesaceleraçãonospreçosmonitorados,de2,30%para1,31%, destacando-se nesse grupo, aumentos emônibusurbano(8,57%)eplanosdesaúde(3,21%).

Odesempenhodospreçoslivresrefletiuaumentosnas variações nos preços dos bens comercializáveis, de3,12%para3,33%(cigarro,15,08%;açúcaresederivados,14,72%; etanol, 9,82%), e dos não comercializáveis, de2,95%para3,25%(tubérculos,raízeselegumes,24,34%;frutas, 19,98%; feijões, 17,71%; hortaliças e verduras,11,60%;transporteescolar,10,50%).

Considerados intervalos de doze meses, o IPCA daregiãovariou9,86%emmarço,ante7,63%em2015,evolução decorrente de aceleração nos preços livres, de6,64%para9,88%,edesaceleraçãonospreçosmonitorados,de11,41%para9,77% (gásdebotijão,13,97%eônibusurbano,12,46%).Aevoluçãodospreçoslivresresultoudaaceleraçãonospreçosdosbenscomercializáveis,de5,77%para10,56%(açúcaresederivados,51,38%;etanol,25,22%;carnes, 15,67%), e dos não comercializáveis, de 7,54%para9,19%(tubérculos,raízeselegumes,34,19%;feijões,40,95%;hortaliçaseverduras,32,28%;).

Aatividadeeconômicanordestinamanteve ritmoestável nos primeiros meses de 2016, condicionada pela evolução da crise de confiança sobre os desempenhosda atividade industrial, das vendas do comércio e do setor de serviços. Embora a economia regional sejafavorecidapelamaiorparticipaçãodaadministraçãopública,comparativamenteaoutrasregiões,epelastransferênciasdo governo federal no âmbito de programas sociais, sua recuperaçãodependerá,entreoutrosfatores,dasuperaçãodosefeitosnegativosassociadosaeventosnãoeconômicosedosbenefíciosesperadosdoajustemacroeconômicoemcurso, que contribuirão para a progressiva retomada da confiançadeempresárioseconsumidores.

1/ CalculadocombasenasvariaçõesepesosdasregiõesmetropolitanasdeFortaleza,RecifeeSalvador.

Tabela 2.10 – Exportação por fator agregado – FOB

Janeiro-março

US$ milhões

Discriminação Nordeste Brasil

2015 2016 Var. % Var. %

Total 2 993 2 761 -7,7 -5,1

Básicos 523 519 -0,9 -5,3

Industrializados 2 470 2 243 -9,2 -4,9

Semimanufaturados 1 170 1 055 -9,9 -8,5

Manufaturados1/ 1 299 1 188 -8,6 -3,6

Fonte: MDIC/Secex

1/ Inclui operações especiais.

Tabela 2.11 – Importação por grandes categorias

econômicas – FOB

Janeiro-março

US$ milhões

Discriminação Nordeste Brasil

2015 2016 Var. % Var. %

Total 7 130 3 628 -49,1 -33,4

Bens de capital 628 359 -42,8 -27,0

Bens Intermediários 2 990 1 974 -34,0 -32,0

Bens de consumo 549 255 -53,6 -26,9

Duráveis 230 108 -53,1 -51,2

Automóveis de passageiros 169 86 -49,1 -54,5

Semiduráveis e não duráveis 319 147 -53,9 -17,9

Combustíveis e lubrificantes 2 963 1 039 -64,9 -52,4

Petróleo 119 84 -29,7 -45,6

Demais 2 844 956 -66,4 -54,6

Bens não especificados 0 0 ... 27,7

Fonte: MDIC/Secex

Tabela 2.12 – IPCA – Nordeste

Variação %

Discriminação Pesos1/ 2015 2016

Ano I Tri 12 meses

IPCA 100,0 10,29 2,86 9,86

Livres 78,4 9,23 3,29 9,88

Comercializáveis 39,3 8,12 3,33 10,56

Não comercializáveis 39,1 10,37 3,25 9,19

Monitorados 21,6 14,24 1,31 9,77

Principais itens

Alimentação 29,9 13,42 5,77 15,26

Habitação 14,1 12,42 0,10 7,13

Artigos de residência 4,6 5,19 1,70 5,94

Vestuário 6,8 3,22 0,48 4,66

Transportes 16,9 10,72 1,68 7,93

Saúde 10,7 9,07 2,99 10,68

Despesas pessoais 9,0 10,30 2,34 10,32

Educação 4,4 8,82 5,89 7,59

Comunicação 3,6 3,12 -0,80 2,71

Fonte: IBGE

1/ Pesos relativos ao trimestre encerrado no período t-3.

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22 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Abril 2016

Bahia

OPIBdaBahiadiminuiu3,2%em2015,refletindoasretraçõesnaindústria(6,2%)enosserviços(2,2%),eocrescimentode6,8%naagropecuária,deacordocomdadosdaSuperintendênciadeEstudosEconômicoseSociaisdaBahia (SEI).Noquarto trimestre de 2015, oPIB retraiu3,5%,emrelaçãoaigualperíododoanoanterior,resultadoderecuosnosetordeserviços(2,5%),condicionadopelodesempenho negativo do comércio (8,5%); na indústria(5,0%),refletindo,emgrandeparte,asretraçõesnaindústriadetransformação(10,2%)enaconstruçãocivil(6,0%);edocrescimentode5,8%naagropecuária.

No trimestreencerradoem fevereiro, indicadoresda indústriade transformaçãoedaagriculturaapontaramrelativaacomodaçãoda trajetóriadeclinantedaatividadeeconômicadoestado.Nessecenário,oIBCR-BAcontraiu1,2%notrimestreencerradoemfevereiro,emrelaçãoaotrimestre encerrado em novembro, quando havia recuado 1,5%, nesse tipo de comparação, de acordo comdadosdessazonalizados. Considerados períodos de doze meses, o indicadorretraiu2,4%emfevereiro(-1,5%emnovembrode2015).

As vendas do comércio ampliado da Bahia recuaram4,5%no trimestre encerrado em fevereiro, emrelação ao trimestre terminado em novembro, quandodecresceram 1,9%, no mesmo tipo de comparação,segundo dados dessazonalizados da PMC, do IBGE. Destacaram-se as retrações nos segmentos combustíveise lubrificantes (-6,1%), móveis e eletrodomésticos (-5,0%), tecidos, vestuário e calçados (-4,1%),hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidasefumo(-3,7%).Excluídasasvariaçõesnasvendasde veículos,motocicletas, partes e peças (-0,8%) e dematerialdeconstrução(0,6%),ocomérciovarejistabaianoretraiu5,2%noperíodo(-1,2%notrimestrefinalizadoemnovembro).

Considerados períodos de doze meses, as vendas do comércio varejista ampliado decresceram 10,0% emfevereiro (-7,9%emnovembro), com retrações emnovedosdezsegmentospesquisados(equipamentosemateriaispara escritório, informática e comunicação, -22,6%;móveis e eletrodomésticos, -15,1%; tecidos, vestuárioe calçados, -14,3%; veículos, motocicletas, partes epeças, -13,7%; combustíveis e lubrificantes, -12,1%;hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidasefumo,-5,6%;materialdeconstrução,-5,5%).As

135

140

145

150

155

160

Fev2012

Jun Out Fev2013

Jun Out Fev2014

Jun Out Fev2015

IBC-Br IBCR-BA

Gráfico 2.5 – Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil e BahiaDados dessazonalizados 2002 = 100

90

95

100

105

110

115

120

125

Fev2013

Jun Out Fev2014

Jun Out Fev2015

Jun Out Fev2016

Fonte: IBGEComércio varejista Comércio ampliado

Gráfico 2.6 – Comércio varejista – BahiaDados dessazonalizados2011 = 100

Tabela 2.13 – Comércio varejista – Bahia

Geral e setores selecionadosVariação % no período

Setores 2015 2016

Ago1/ Nov1/ Fev1/ 12 meses

Comércio varejista -4,0 -1,2 -5,2 -9,0

Combustíveis e lubrificantes -4,8 -2,8 -6,1 -12,1

Híper, supermercados -4,0 -0,5 -3,7 -5,6

Tecidos, vestuário e calçados -6,5 -1,7 -4,1 -14,3

Móveis e eletrodomésticos -6,6 -0,2 -5,0 -15,1

Comércio ampliado -3,4 -1,9 -4,5 -10,0

Automóveis e motocicletas -0,4 -3,8 -0,8 -13,7

Material de construção -3,4 -4,3 0,6 -5,5

Fonte: IBGE

1/ Variação relativa aos trimestres encerrados nos períodos t e t-3. Dados

dessazonalizados.

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Abril 2016 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 23

vendas do comércio varejista diminuíram9,0% e 6,5%,respectivamente, nos trimestres mencionados.

OvolumedosserviçosprestadosnaBahiarecuou9,8%notrimestreencerradoemfevereiro,emrelaçãoaigualperíodode2015(serviçosprofissionaiseadministrativos,-20,3%;outrosserviços,-15,1%),segundoaPMS,doIBGE.Emdozemeses,oindicadorrecuou7,1%emfevereirode2016(-3,8%emnovembrode2015).

O saldo das operações de crédito superiores aR$1milrealizadasnaBahiatotalizouR$111,7bilhõesemfevereiro, variando 0,8%no trimestre e -0,5% emdozemeses. Os empréstimos com recursos livres somaram R$60,5 bilhões, comvariações respectivas de 0,5% e -1,7%.OcréditodirecionadototalizouR$51,2bilhões,aumentando1,1%e1,0%nasmesmasbasesdecomparação.

A carteira de crédito das pessoas físicas atingiu R$63,4 bilhões, com elevações de 1,6%no trimestre ede 7,5% emdozemeses, destacando-se asmodalidadesfinanciamentoimobiliárioecréditoconsignado.Acarteiradepessoasjurídicas,impulsionadaporempréstimosdoBNDESeparacapitaldegiro,somouR$48,4bilhões,diminuindo0,3%notrimestree9,3%emdozemeses.

Ataxadeinadimplênciadasoperaçõesdecréditonoestadoatingiu4,48%emfevereiro,elevando-se0,08p.p.notrimestree1,10p.p.emdozemeses.Aevoluçãotrimestralrefletiuvariaçõesde0,14p.p.nosegmentodepessoasfísicasede-0,01p.p.nodepessoasjurídicas,queregistraramtaxasdeinadimplênciade5,03%e3,76%,respectivamente.

A economia baiana eliminou 26 mil postos formais detrabalhonotrimestreencerradoemfevereiro(-30,4milemigualperíodode2015),deacordocomoCaged/MTPS,destacando-seoscortesemserviços(7,1mil),naconstruçãocivil(6,9mil)enocomércio(5mil).Consideradosdadosdessazonalizados,oníveldeempregoformalrecuou1,0%notrimestreterminadoemfevereiro,emrelaçãoaofinalizadoemnovembro,quandodecresceu1,4%,namesmabasedecomparação.

AtaxamédiadedesempregonaRMSatingiu12,1%notrimestreencerradoemfevereiro(9,5%nomesmoperíodode2015),deacordocomaPesquisaMensaldeEmprego(PME)do IBGE,evoluçãodecorrentededecréscimosde5,6%napopulaçãoocupadaede2,8%naPEA.Orendimentomédio real habitualmente recebido pelas pessoas ocupadas e amassa de rendimentos recuaram, na ordem, 12,5%e

100

102

104

106

108

110

112

114

116

118

120

Fev2014

Abr Jun Ago Out Dez Fev2015

Abr Jun Ago Out Dez Fev2016

Brasil BahiaFonte: IBGE

Gráfico 2.7 – Volume de serviçosDados observados – Média móvel trimestral

Tabela 2.14 – Volume de serviços – Bahia

Serv. empresariais não financeiros, exceto saúde e educaçãoVariação % no período

Segmentos 2015 2016

Ano Nov1/ Fev1/ 12 meses

Total -6,0 -11,0 -9,8 -7,1

Serviços prestados às famílias -3,9 -5,6 -1,5 -3,8

Serviços de informação e comunicação -6,0 -9,4 -5,8 -6,1

Serviços profissionais e administrativos -13,5 -19,4 -20,3 -15,5

Transportes e correio -0,3 -6,1 -8,3 -1,9

Outros serviços -17,7 -26,6 -15,1 -18,4

Fonte: IBGE

1/ Variação relativa ao trimestre encerrado no mês assinalado e o mesmo período

do ano anterior.

-15

-10

-5

0

5

10

15

20

25

Nov2013

Fev2014

Mai Ago Nov Fev2015

Mai Ago Nov Fev2016

PF PJ Total

1/ Operações com saldo superior a R$1 mil.

Gráfico 2.8 – Evolução do saldo das operações de crédito – Bahia1/

Variação em 12 meses – %

Tabela 2.15 – Evolução do emprego formal – Bahia

Novos postos de trabalho

Acumulado no trimestre (em mil)1/

Discriminação 2015 2016

Fev Mai Ago Nov Fev

Total -30,4 -9,5 -24,2 -20,8 -26,0

Indústria de transformação -3,1 0,3 -1,2 -4,5 -4,3

Comércio -4,6 -2,4 -4,0 1,0 -5,0

Serviços -5,6 -3,9 -8,2 -4,4 -7,1

Construção civil -13,4 -9,5 -9,3 -3,9 -6,9

Agropecuária -3,3 5,6 -0,8 -6,6 -3,4

SIUP -0,2 -0,1 -0,3 -0,4 -0,0

Outros2/ -0,2 0,5 -0,3 -2,0 0,6

Fonte: MTE

1/ Refere-se ao trimestre encerrado no mês assinalado.

2/ Inclui extrativa mineral, administração pública e outros.

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24 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Abril 2016

17,3%notrimestre.Consideradosdadosdessazonalizados,ataxadedesempregonãosealterouemrelaçãoaotrimestrefinalizadoemnovembro.

A taxa de desemprego no estado, consideradasestatísticasdaPNADContínua,doIBGE,atingiu12,2%noúltimotrimestrede2015(9,7%noperíodoequivalentede2014).Namesmabasedecomparação,apopulaçãoocupadarecuou 2,5%, destacando-se as reduções na indústria detransformação(13,5%)enaagricultura(11,8%),enquantoaforçadetrabalhocresceu0,3%.Orendimentomédiorealhabitualmente recebido pelos ocupados e a massa salarial realdecresceram,naordem,1,8%e4,2%em relaçãoaoúltimo trimestre de 2014.

O resultado primário dos governos do estado, da capital e dos principais municípios da Bahia foi superavitário emR$1,8 bilhão em 2015 (deficit deR$696,1milhõesem2014).Houve reversão dedeficit para superavit nos resultadosdegovernodoestado(deR$583,8milhõesparaR$1,1bilhão)edemaismunicípios(deR$168milhõesparaR$452,1milhões), e crescimentodo superavit da capital (303,7%).

Os jurosnominais, apropriadospor competência,totalizaramR$1,3bilhãoem2015,acréscimode56,7%emrelaçãoaoanoanterior.OresultadonominalfoisuperavitárioemR$424,8milhões(deficitdeR$1,6bilhãoem2014).

Adívida líquidaatingiuR$15,9bilhõesem2015(25,6%dototaldoNordeste,ante26,1%emdezembrode2014).Aelevaçãode20,8%emrelaçãoa2014refletiu,emespecial,oaumentode29,0%noendividamentodogovernoestadual.

Asafradegrãosbaianadeveráatingir8,4milhõesdetoneladasem2016,deacordocomoLSPAdemarço,doIBGE.Orecuode3,4%emrelaçãoàsafraanteriorconsidera,em especial, as perspectivas de queda nas produções defeijão(-25,1%),soja(-4,4%)ealgodão(-0,7%),estimando-sealtanaproduçãodemilho(2,3%).Emrelaçãoàsdemaislavouras,estãoprojetadaselevaçõesparaasproduçõesdemandioca(13,0%),cana-de-açúcar(4,0),café(2,9%)ecacau(0,4%)erecuoparaaculturadabanana(-1,2%).

Aprodução industrial daBahia cresceu1,0%notrimestreencerradoemfevereiro,emrelaçãoaofinalizadoemnovembro, quando recuou 7,1%, namesmabase decomparação, de acordo comdados dessazonalizados daPIM-PFdo IBGE.Aprodução recuou4,6%na indústria

6

7

8

9

10

11

12

13

14

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Fonte: IBGE2013 2014 2015 2016

Gráfico 2.9 – Taxa de desemprego aberto – Bahia%

Tabela 2.17 – Necessidades de financiamento – Bahia1/

R$ milhões

UF

2014 2015 2014 2015

Jan-dez Jan-dez Jan-dez Jan-dez

Estado da Bahia 696 -1 771 859 1 346

Governo estadual 584 -1 094 778 1 232

Capital -56 -225 52 87

Demais municípios 168 -452 29 27

1/ Inclui informações do estado e de seus principais municípios.

Dados preliminares.

Resultado primário Juros nominais

Tabela 2.16 – Dívida líquida e necessidades de

financiamento – Bahia1/

R$ milhões

UF Dívida Dívida2/

2014 Nominal Outros3/ 2015

Dez Primário Juros Total4/ Dez

Estado da Bahia 13 202 -1 771 1 346 -425 3 167 15 945

Governo estadual 11 843 -1 094 1 232 138 3 294 15 275

Capital 715 -225 87 -138 -105 472

Demais municípios 644 -452 27 -425 -22 197

1/ Inclui inform. do estado e de seus principais municípios. Dados preliminares.

2/ A dívida líquida no momento t+1 é a dívida no momento t, mais o resultado

nominal e o resultado de outros fluxos.

3/ Inclui ajustes decorrentes de variação cambial, reconhec. de dívidas e privatiz.

4/ O resultado nominal é a soma dos juros com o resultado primário.

Fluxos acumulados no ano

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Abril 2016 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 25

extrativaeaumentou0,9%naindústriadetransformação(veículos automotores, 11,6%;metalurgia, 8,0%; coque,produtosderivadosdepetróleoebiocombustíveis,-8,9%).

Consideradosintervalosdedozemeses,aproduçãoindustrialdoestadorecuou2,9%emfevereiro,emrelaçãoaigualperíodode2015(-6,7%emnovembro).Ocorreramretraçõesde7,8%na indústriaextrativaede2,6%nadetransformação (equipamentos de informática, produtoseletrônicoseópticos, -46,7%;produtosquímicos, -4,2%;veículosautomotores,-7,2%).

OIndicadordeConfiançadoEmpresariadoBaiano(Iceb),calculadopelaSEI,atingiu-470pontosemmarço(-479pontosemdezembrode2015e-390pontosemmarçode2015),situando-senaáreadepessimismo.Aevoluçãotrimestraldoindicadorrefletiumelhorasnasexpectativasde empresários da indústria (39 pontos), do setor deserviços(5pontos)edocomércio(3pontos).Oindicadorrelacionado ao empresariado da agropecuária recuou 3 pontos no período.

AbalançacomercialdaBahiaregistrousuperavit de US$276,7milhõesnoprimeirotrimestredoano(deficit de US$1,01bilhãonomesmoperíodode2015).Houvereduçõesde4,0%nasexportaçõesede51,3%dasimportações,quesomaram US$1,6 bilhão e US$1,3 bilhão, respectivamente.

Adiminuiçãonasvendasexternasrefletiuvariaçõesde-20,6%nospreçosede21,0%noquantum.Asexportaçõesdeprodutosindustrializadosretraíram5,6%,comreduçõesde12,9%nasdemanufaturados(hidrocarbonetos,-47,0%;óleoscombustíveis,-47,1%;ecobre,-37,7%)eaumentode2,3%nasdesemimanufaturados(catodosdecobre,47,6%;pastasquímicasdemadeira,-23,7%).Asvendasdeprodutosbásicosaumentaram2,7%(algodão,45,4%;soja,92,6%).China,EUAeArgentinaadquiriram,emconjunto,50,6%dasexportaçõesbaianas,destacando-seascomprasdecatodosde cobre pela China.

O recuo das importações resultou das retraçõesde24,4%nospreçosede35,6%noquantum. As compras externas recuaram em todas as categorias de uso: bensde consumo duráveis, 57,0% (automóveis, -57,2%);combustíveis e lubrificantes, 73,9% (petróleo embruto,-100,0%); bens de capital, 60,7% (veículos de carga,-87,1%;motoresetransformadoreselétricos,-62,6%);bensintermediários,39,7%(minériosdecobre,-72,1%);ebensdeconsumosemiduráveisenãoduráveis,29,5%(bacalhauseoutrospeixessecos,-96,6%).Argélia,EUAeChina,em

Tabela 2.18 – Produção agrícola – BahiaItens selecionados

Em mil toneladas

Discriminação Peso1/ Produção Variação %

2015 20162/ 2015/2016

Grãos 48,4 8 738 8 439 -3,4

Soja 19,2 4 507 4 307 -4,4

Algodão herbáceo 19,0 730 725 -0,7

Milho 7,0 2 806 2 871 2,3

Feijão 2,6 436 326 -25,1

Outros grãos3/ 0,6 259 209 -19,1

Outras lavouras

Cana-de-açúcar 6,5 5 839 6 075 4,0

Café 5,7 218 224 2,9

Cacau 5,4 136 136 0,4

Banana 4,9 995 983 -1,2

Mandioca 4,5 1 854 2 096 13,0

Fonte: IBGE

1/ Por valor da produção – PAM 2014.

2/ Segundo o LSPA de março de 2016.

3/ Amendoim, arroz, mamona e sorgo.

110,6384,20

80

84

88

92

96

100

104

108

112

Fev2013

Jun Out Fev2014

Jun Out Fev2015

Jun Out Fev2016

Brasil BahiaFonte: IBGE

Gráfico 2.10 – Produção industrial – Bahia Dados dessazonalizados – Média móvel trimestral2012 = 100

Tabela 2.19 – Produção industrial – BahiaGeral e setores selecionados

Variação % no período

Setores Pesos1/ 2015 2016 Acumulado

Nov2/ Fev2/ em 12 meses

Indústria geral 100,0 -7,1 1,0 -2,9

Indústrias extrativas 5,9 -4,9 -4,6 -7,8

Indústrias de transformação 94,1 -6,8 0,9 -2,6

Deriv. petróleo e biocomb. 28,5 -5,5 -4,6 1,8

Outros produtos químicos 16,1 -1,0 -0,1 -4,2

Veículos, reb. e carrocerias 10,7 -30,5 11,6 -7,2

Metalurgia 8,2 4,6 8,0 -2,6

Produtos alimentícios 8,1 7,2 -3,5 -4,0

Celulose e prod. papel 7,4 -7,9 6,7 0,5

Fonte: IBGE

1/ Ponderação de atividades no VTI, conforme a PIA 2010/IBGE.

2/ Variação relativa aos trimestres encerrados em t e t-3. Dados dessazonalizados.

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conjunto, responderampor35,3%dasaquisiçõesbaianasnoperíodo,comdestaqueparaareduçãonasimportaçõesde minérios de cobre do Chile.

OIPCAdaRMSvariou2,98%noprimeirotrimestrede2016,ante2,75%noúltimotrimestrede2015,deacordocomoIBGE.Adesaceleraçãorefletiu,emespecial,aredução,de1,79%para1,18%,navariaçãodospreçosmonitorados,favorecida pelos recuos nos preços de gasolina (1,66%)e energia elétrica residencial (6,35%).Os preços livresvariaram3,49%,ante3,04%notrimestreanterior,resultadode acelerações nos preços dos bens comercializáveis, de2,91%para3,64%(açúcarcristal,17,05%;cigarro,16,27%;etanol, 10,80%;) e dos não comercializáveis, de 3,15%para3,35%(tubérculos,raízeselegumes,31,40%;cursosregulares,9,86%;refeição,2,44%).

Considerados períodos de doze meses, o IPCA da RMSvariou9,37%emmarço2016,ante7,35%em2015,reflexo de aceleração dos preços livres (de 6,45%para9,63%)ededesaceleraçãodosmonitorados(de10,69%para8,44%),queevidenciaram,emespecial,aumentosnositensplanodesaúde(12,97%),gásdebotijão(19,9%)eônibusurbano(10,07%).Atrajetóriadospreçoslivresresultoudosaumentosrespectivosde10,85%e8,49%nospreçosdosbenscomercializáveis(açúcarcristal,81,49%;pãofrancês,13,75%etanol,24,74%)edosnãocomercializáveis(lanche,11,01%;refeição,9,53%;empregadodoméstico,9,07%).

Contrapondo-se ao ambiente demoderação dasoperações de crédito, confiança dos agentes econômicosem patamar reduzido e distensão do mercado de trabalho – fatoresqueexercemdesdobramentosdesfavoráveissobreasvendasdocomércio–indicadoresconjunturaisrelacionadosàs atividades industrial e agrícola sugerema perspectivaderecuperaçãogradualdaeconomiabaiana,nospróximostrimestres.

Tabela 2.20 – Exportação por fator agregado – FOB

Janeiro-março

US$ milhões

Discriminação Bahia Brasil

2015 2016 Var. % Var. %

Total 1 630 1 565 -4,0 -5,1

Básicos 315 323 2,7 -5,3

Industrializados 1 315 1 242 -5,6 -4,9

Semimanufaturados 633 648 2,3 -8,5

Manufaturados1/ 682 594 -12,9 -3,6

Fonte: MDIC/Secex

1/ Inclui operações especiais.

Tabela 2.21 – Importação por grandes categorias

econômicas – FOB

Janeiro-março

US$ milhões

Discriminação Bahia Brasil

2015 2016 Var. % Var. %

Total 2 643 1 288 -51,3 -33,4

Bens de capital 229 90 -60,7 -27,0

Bens Intermediários 1 552 936 -39,7 -32,0

Bens de consumo 195 88 -54,9 -26,9

Duráveis 162 70 -57,0 -51,2

Automóveis de passageiros 129 55 -57,2 -54,5

Semiduráveis e não duráveis 34 18 -45,0 -17,9

Combustíveis e lubrificantes 667 174 -73,9 -52,4

Petróleo 110 0 -100,0 -45,6

Demais 557 174 -68,7 -54,6

Bens não especificados 0 0 - 27,7

Fonte: MDIC/Secex

Tabela 2.22 – IPCA – Salvador

Variação %

Discriminação Pesos1/ 2015 2016

II Tri III Tri IV Tri I Tri

IPCA 100,00 2,34 0,98 2,75 2,98

Livres 77,94 1,82 0,97 3,04 3,49

Comercializáveis 37,85 2,18 1,71 2,91 3,64

Não comercializáveis 40,08 1,48 0,28 3,15 3,35

Monitorados 22,06 4,19 1,06 1,79 1,18

Principais itens

Alimentação 29,48 3,01 0,58 4,86 6,80

Habitação 14,16 3,56 0,92 2,22 0,08

Artigos de residência 4,46 0,09 2,01 -0,41 1,07

Vestuário 6,63 1,47 -0,42 3,61 0,90

Transportes 18,69 0,77 0,59 2,74 1,15

Saúde 10,02 3,12 2,40 1,22 2,91

Despesas pessoais 8,28 4,25 2,42 1,70 1,95

Educação 4,50 0,34 0,63 0,19 7,31

Comunicação 3,79 1,44 1,26 1,24 -2,06

Fonte: IBGE

1/ Referentes a março de 2016.

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Abril 2016 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 27

Ceará

O PIB do Ceará diminuiu 3,5% em 2015, deacordocomoInstitutodePesquisaeEstratégiaEconômicadoCeará (Ipece), evolução decorrente de retrações naagropecuária (24,9%), na indústria (4,6%) e no setor deserviços (2,4%).A evolução do IBCR-CE, namargem,indica que a economia do estado deverá seguir apresentando resultadosmodestosnoiníciodesteano.Nessesentido,oindicador permaneceu estável no trimestre encerrado em fevereiro,emrelaçãoaoterminadoemnovembro,quandodecresceu1,6%,nomesmotipodecomparação,segundodados dessazonalizados.

As vendas do comércio ampliado do Ceará diminuíram 0,7% no trimestre encerrado em fevereiro,em relação ao encerrado emnovembro, quando haviamdecrescido5,9%,nomesmotipodecomparação,segundodadosdessazonalizadosdaPMC,doIBGE.Houvereduçãoem oito dos dez segmentos pesquisados (equipamentosemateriais para escritório, informática e comunicação,-28,5%;outrosartigosdeusopessoaledoméstico,-7,9%).Excluídasasreduçõesnasvendasdeveículos,0,1%,edematerialdeconstrução,1,9%,ocomérciovarejistadoCearáretraiu1,8%noperíodo(-0,8%notrimestrefinalizadoemnovembro).

A análise em doze meses indica que as vendas do comércioampliadoretraíram9,5%emfevereiro,anterecuode 6,8% em novembro (equipamentos emateriais paraescritório, informática e comunicação, -24,1%; veículos,motocicletas,partesepeças,-19,5%).Asvendasdocomérciovarejistarecuaram5,1%e3,4%,respectivamente,emiguaisperíodos.

Ovolumede serviços noCeará decresceu 3,2%notrimestreencerradoemfevereirode2016,emrelaçãoaigualperíodode2015(serviçosprestadosàsfamílias,-9,5%;serviçosprofissionais,administrativosecomplementares, -6,2%),segundoaPMSdoIBGE.Consideradosperíodosde dozemeses, o indicador recuou 3,5% em fevereiro(outros serviços, 12,9%; transportes, serviços auxiliaresaos transportes e correio, -8,0%; serviços prestados àsfamílias,-4,8%.

As operações de crédito superiores a R$1milrealizadas no Ceará totalizaram R$64,8 bilhões emfevereiro,aumentando1,0%notrimestree9,9%emdozemeses.As operações com recursos livres totalizaramR$33,6bilhões,variando-0,1%e2,7%,respectivamente,

Jan 2013

Fev 2013

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

135

140

145

150

155

Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago Nov Fev2015

Mai Ago Nov Fev2016

Brasil Ceará

Gráfico 2.11 – Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil e CearáDados dessazonalizados2002 = 100

95

100

105

110

115

120

125

Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago Nov Fev2015

Mai Ago Nov Fev2016

Comércio varejista Comércio ampliadoFonte: IBGE

Gráfico 2.12 – Comércio varejista – CearáDados dessazonalizados2011 = 100

Tabela 2.19 – Produção industrial – BahiaGeral e setores selecionados

Variação % no período

Setores Pesos1/ 2015 2016 Acumulado

Nov2/ Fev2/ em 12 meses

Indústria geral 100,0 -7,1 1,0 -2,9

Indústrias extrativas 5,9 -4,9 -4,6 -7,8

Indústrias de transformação 94,1 -6,8 0,9 -2,6

Deriv. petróleo e biocomb. 28,5 -5,5 -4,6 1,8

Outros produtos químicos 16,1 -1,0 -0,1 -4,2

Veículos, reb. e carrocerias 10,7 -30,5 11,6 -7,2

Metalurgia 8,2 4,6 8,0 -2,6

Produtos alimentícios 8,1 7,2 -3,5 -4,0

Celulose e prod. papel 7,4 -7,9 6,7 0,5

Fonte: IBGE

1/ Ponderação de atividades no VTI, conforme a PIA 2010/IBGE

2/ Variação relativa aos trimestres encerrados em t e t-3. Dados dessazonalizados.

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e as contratadas com recursos direcionados somaram R$31,2bilhões,elevando-se2,2%no trimestree18,8%em doze meses.

Acarteira de pessoas jurídicas totalizouR$31,6bilhões em fevereiro, elevando-se 0,5% no trimestre e10,2%emdozemeses,comdestaqueparaascontrataçõesdaindústriadetransformaçãoedosetordeserviçosindustriaisde utilidade pública. A carteira de pessoas físicas atingiu R$33,2bilhões,aumentando,naordem,1,5%e9,5%nosperíodos mencionados, com destaque para as modalidades financiamentosdeveículosecréditoconsignado.

A inadimplência atingiu 4,1% em fevereiro,variando-0,08p.p.emrelaçãoanovembroe1,15p.p.emdozemeses.Ocomportamentonotrimestrerefletiuvariaçõesde 0,14 p.p. no segmento de pessoas físicas e de 0,57 p.p. no depessoasjurídicas,queregistraramtaxasdeinadimplênciade4,6%e3,7%,respectivamente.

A economia do Ceará eliminou 22,4 mil postos de trabalho formais no trimestre encerrado em fevereiro de 2016(reduçãode12,8milemigualperíododoanoanterior),deacordocomdadosdoCaged/MTPS.Destacaram-seoscortesnaindústriadetransformação,7,6milenaconstruçãocivil, 4,9 mil. Considerados dados dessazonalizados, o nível deempregoformalnoCearádecresceu1,1%notrimestreencerrado em fevereiro, em relação ao encerrado emnovembrode2015,quandorecuou1,5%,nomesmotipodecomparação.

O resultado primário dos governos do estado, da capitaledosprincipaismunicípiosdoCearáfoideficitárioemR$498,0milhõesem2015(deficitdeR$741,0milhõesem 2014), refletindo a redução de 29,6% nodeficit do governo estadual, a reversão de superavitdeR$35milhõespara deficit deR$26milhões na capital; e, nos demaismunicípios, o aumento do superavitem9,5%.

Os jurosnominais, apropriadospor competência,totalizaramR$577,0milhõesem2015,anteR$370,0milhõesem 2014, enquanto o deficit nominal recuou 3,2%, paraR$1,075 bilhão.

A dívida líquida do estado, da capital e dos principais municípios atingiuR$8,0bilhõesemdezembrode2015,aumentando 56,3%no ano.A participação doCeará noendividamento regional atingiu 12,8%, ante 10,9% emdezembro de 2014.

5

10

15

20

Fev2014

Mai Ago Nov Fev2015

Mai Ago Nov Fev2016

PF PJ Total

Gráfico 2.13 – Evolução do saldo das operações de crédito – Ceará1/

Variação % em 12 meses

1/ Operações com saldo superior a R$1 mil.

Tabela 2.25 – Evolução do emprego formal – Ceará

Novos postos de trabalho

Acumulado no trimestre (em mil)1/

Discriminação 2015 2016

Fev Mai Ago Nov Fev

Total -12,8 -5,6 -1,3 -10,2 -22,4

Indústria de transformação -4,2 -4,3 -3,2 -4,9 -7,6

Serviços industrias de util. pública 0,7 0,1 -0,2 -0,1 -0,4

Construção civil -4,6 -0,4 0,9 -6,9 -4,9

Comércio -2,1 -0,2 -1,4 1,4 -4,3

Serviços 0,0 -0,1 -0,4 -1,0 -2,1

Agropecuária -2,6 -0,7 2,8 1,4 -3,0

Outros2/ 0,0 0,0 0,2 0,0 -0,1

Fonte: MTPS

1/ Refere-se ao trimestre encerrado no mês assinalado.

2/ Inclui extrativa mineral, administração pública e outros.

Tabela 2.24 – Volume de serviços – Ceará

Serviços empres. não financeiros, exceto saúde e educação

Variação %

Segmentos 2015 2016

Nov1/ Fev1/ 12 meses

Total -5,8 -3,2 -3,5

Serviços prestados às famílias -8,4 -9,5 -4,8

Serviços de informação e comunicação -7,6 0,7 -2,8

Serviços profissionais e administrativos -4,6 -6,2 -4,3

Transportes e correio -11,5 -4,9 -8,0

Outros serviços 17,1 10,6 12,9

Fonte: IBGE

1/ Variação relativa ao trimestre encerrado no mês assinalado e o mesmo período

do ano anterior.

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Abril 2016 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 29

AproduçãodegrãosdoCearádeverátotalizar952,2miltoneladasem2016(5,6%dasafraregional),deacordocomoLSPAdemarço,doIBGE.Aprojeçãodecrescimentoanual de 322,4% incorpora estimativas de aumentosrespectivosde437,3%ede214,5%paraasproduçõesdemilhoe feijão, responsáveis, emconjunto,por96,3%daproduçãodegrãosdoestado.Odesempenhodessasculturasrefleteabasedecomparaçãodeprimida,emdecorrênciadaescassez de chuvas em 2015, o aumento dos rendimentos médiosde36,8%paraomilhoede33,3%paraofeijãoeasexpansõesrespectivasde6,9%e5,8%nasáreasplantadasdasduas culturas.Em relaçãoàsdemais, destacam-se aselevaçõesprojetadasparaasproduçõesdecastanhadecaju(185,7%),mandioca(68,1%)ebanana(21,6%).

AproduçãoindustrialdoCearádecresceu1,4%notrimestreencerradoemfevereiro,emrelaçãoaotrimestrefinalizadoemnovembro,quandorecuou2,3%,nomesmotipodecomparação,deacordocomdadosdessazonalizadosdaPIM-PFdoIBGE.Destacam-seasretraçõesemartigosdovestuárioeacessórios(12,2%)ecoque,produtosderivadosdopetróleoebiocombustíveis(9,9%).

Consideradosintervalosdedozemeses,aproduçãoindustrialdoestadorecuou10,2%emfevereirode2016,em relação a igual intervalo do ano anterior (-8,5% emnovembrode2015),ressaltando-seosrecuosemprodutostêxteis(31,4%)emetalurgia(16,4%).

Ainda considerando intervalos de doze meses, o faturamento real da indústria de transformação cearensedecresceu 0,5% em fevereiro (aumento de 2,2% emnovembro), de acordo com oNúcleo de Economia eEstratégiadaFederaçãodasIndústriasdoEstadodoCeará(Fiec).Namesmabasedecomparação,houvereduçãodopessoalempregado(7,5%),daremuneraçãoreal(6,6%)edashorastrabalhadas(13,3%).ONucimédioatingiu79,7%nosdozemesesencerradosemfevereirode2016(80,0%aténovembrode2015e81,4%atéfevereirode2015,nomesmotipodecomparação).

O deficitdabalançacomercialdoestadototalizouUS$262,3milhões no primeiro trimestre de 2016, deacordocomoMDIC.AsexportaçõessomaramUS$237,8milhõeseasimportações,US$500,1milhões,comrecuosrespectivos de 5,8% e de 50,6% em relação aomesmoperíodo de 2015.

Ocomportamentodasexportaçõesrefletiuretraçãode 7,5% nos preços e elevação de 1,8% no quantum.

Tabela 2.26 – Necessidades de financiamento – Ceará1/

R$ milhões

UF

2014 2015 2014 2015

Jan-dez Jan-dez Jan-dez Jan-dez

CE 741 498 370 577

Governo estadual 965 679 389 619

Capital -35 26 10 19

Demais municípios -189 -207 -29 -61

1/ Inclui informações do estado e de seus principais municípios.

Dados preliminares.

Resultado primário Juros nominais

Tabela 2.28 – Produção agrícola – Ceará

Itens selecionados

Em mil toneladas

Discriminação Peso1/ Produção2/ Var. %

(%) 2015 2016 2016/2015

Produção de grãos 225,4 952,2 322,4

Milho 10,0 131,2 704,9 437,3

Feijão 9,9 67,4 211,9 214,5

Arroz (em casca) 1,4 24,7 28,9 17,2

Outras lavouras selecionadas

Banana 16,1 385,0 468,2 21,6

Mandioca 8,7 358,9 603,4 68,1

Castanha-de-caju 5,0 52,1 148,9 185,7

Fonte: IBGE

1/ Por valor da produção – PAM 2014.

2/ Estimativa segundo o LSPA de março de 2016.

Tabela 2.27 – Dívida líquida e necessidades de

financiamento – Ceará1/

R$ milhões

UF Dívida Fluxos acumulados no ano Dívida2/

2014 Nominal Outros4/ 2015

Dez Primário Juros Total3/ Dez

CE 5 118 498 577 1 075 1 808 8 000

Governo estadual 5 719 679 619 1 298 1 601 8 618

Capital 255 26 19 45 207 507

Demais municípios -856 -207 -61 -268 0 -1 125

1/ Inclui inform. do estado e de seus principais municípios. Dados preliminares.

2/ A dívida líquida no momento t+1 é a dívida no momento t, mais o resultado

nominal e o resultado de outros fluxos.

3/ O resultado nominal é a soma dos juros com o resultado primário.

4/ Inclui ajustes decorrentes de variação cambial, reconhec. de dívidas e privatiz.

80

85

90

95

100

105

110

115

Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago Nov Fev2015

Mai Ago Nov Fev2016

Brasil Ceará

Gráfico 2.14 – Produção industrial – CearáDados dessazonalizados – Média móvel trimestral2012 = 100

Fonte: IBGE

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30 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Abril 2016

As vendas de produtos manufaturados diminuíram 7,7%, impactadas pela redução dos embarques de óleoscombustíveis,quesomaramUS$16,3milhõesnoprimeirotrimestre de 2015, sem correspondência em igual período de2016,edecalçados,querecuaram9,2%.Asexportaçõesde semimanufaturados recuaram18,4% (couros e peles,depilados, exceto em bruto, -16,9). Os embarques deprodutos básicos cresceram 15,3% (castanha de caju,24,3%).EUA,Argentina,Holanda,Hungria eAlemanhaadquiriram,emconjunto,53,4%dasexportaçõescearensesnotrimestre,destacando-seasreduçõesnosembarquesdeóleoscombustíveisparaasAntilhasHolandesas,decalçadosparaAngolaedecourosepelesdepilados,excetoembruto,para Itália e Hong Kong.

A retração nas importações refletiu decréscimosrespectivosde16,1%ede41,1%nospreçosenaquantidadeimportada.Asaquisiçõesdematérias-primasedeprodutosintermediários recuaram 36,5% (produtos laminadosplanos de ferro ou aços, -98,8%, construções e suaspartes de ferro fundido, ferro ou aço, -64%); as de bensdeconsumoduráveis,55,1%(aparelhoseletro-mecânicosou térmicos, de uso doméstico, -59,3%); as de bens deconsumo semiduráveis e não-duráveis, 48,9% (aparelhosde iluminação – incluídos os projetores – e suas partes,nãoespecificadosnemcompreendidosemoutrasposições;98,7%);easdecombustíveis,64,8%(gásnaturalliquefeito,-72,6%).As importaçõesdebensde capital decresceram10,6%noperíodo(máquinaseaparelhosparafabricaçãodepastacelulósicaepapel,US$5,9milhõesdejaneiroamarçode2015,semcorrespondênciaem2016).Asimportaçõesprocedentes daChina,Noruega, EUA,Catar eNigériacorresponderam,emconjunto,a49,9%dasaquisiçõesdoestado,noperíodo.Ressaltem-seasreduçõesnascomprasdegásnatural liquefeitodeTrinidadeTobago,Noruega,EspanhaeFrança;deprodutoslaminadosplanosdeferroouaços,daChina;edehulhas,daColômbia.

O IPCA da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) variou 3,00%no trimestre encerrado emmarço,ante3,49%nofinalizadoemdezembrode2015,resultadodeaceleraçãodospreços livres,de3,15%para3,60%,edesaceleraçãodosmonitorados,de4,74%para0,71%.Aevoluçãodospreçoslivresrefletiuoaumentonavariaçãodospreçosdosbensnãocomercializáveis,de2,83%para4,29% (tubérculos, raízes e legumes, 32,25%; feijões,19,16%;hortaliçaselegumes,7,79%)eareduçãonadosbens comercializáveis, de3,45%para3,04% (açúcares ederivados,14,05%;etanol,6,50%).

Tabela 2.30 – Exportação por fator agregado – FOB

Janeiro-março

US$ milhões

Discriminação Ceará Brasil

2015 2016 Var. % Var. %

Total 253 238 -5,8 -5,1

Básicos 53 61 15,3 -5,3

Industrializados 200 177 -11,4 -4,9

Semimanufaturados 70 57 -18,4 -8,5

Manufaturados1/ 130 120 -7,7 -3,6

Fonte: MDIC/Secex

1/ Inclui operações especiais.

Tabela 2.31 – Importação por grandes categorias

econômicas – FOB

Janeiro-março

US$ milhões

Discriminação Ceará Brasil

2015 2016 Var. % Var. %

Total 1 011 500 -50,6 -33,4

Bens de capital 73 65 -10,6 -27,0

Bens Intermediários 350 222 -36,5 -32,0

Bens de consumo 35 18 -50,0 -26,9

Duráveis 6 3 -55,1 -51,2

Automóveis de passageiros 0 0 ... -54,5

Semiduráveis e não duráveis 29 15 -48,9 -17,9

Combustíveis e lubrificantes 553 195 -64,8 -52,4

Petróleo 0 0 ... -45,6

Demais 553 195 -64,8 -54,6

Bens não especificados 0 0 ... 27,7

Fonte: MDIC/Secex

Tabela 2.29 – Produção industrial – Ceará

Geral e setores selecionadosVariação % no período

Setores Pesos1/ 2015 2016

Nov2/ Fev2/ 12 meses

Indústria geral 100,0 -2,3 -1,4 -10,2

Artefatos de couro e calçados 26,7 -9,6 -0,2 -13,3

Produtos alimentícios 16,9 3,5 -4,5 -7,5

Art. vestuário e acessórios 11,8 -2,7 -12,2 -5,7

Bebidas 11,0 2,1 -7,2 -9,3

Fonte: IBGE

1/ Ponderação de atividades no VTI, conforme a PIA 2010/IBGE.2/ Variação relativa aos trimestres encerrados nos períodos t e t-3. Dados dessazonalizados.

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Abril 2016 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 31

Adesaceleraçãodos preçosmonitorados refletiu,emespecial,asretraçõesrespectivasde4,90%e2,08%nospreçosdeenergiaelétricaresidencialegásdebotijão,queatenuaramoimpactodaselevaçõesemônibusintermunicipal(9,56%),taxadeáguaeesgoto(5,41%)eplanodesaúde(3,21%).OíndicededifusãodoIPCAsituou-seem61,95%no trimestre encerrado emmarço (64,31% no quartotrimestrede2015).

Avariaçãodo IPCAdaRMFatingiu10,88%noperíodo de dozemeses encerrado emmarço de 2016,ante 8,31%em2015, evoluçãodecorrente de aceleraçãodospreçoslivres,de6,97%para10,59%edesaceleraçãodospreçosmonitorados,de13,73%para11,91%(gásdebotijão,20,72%;gasolina,16,40%;ônibusurbano,14,59%).A variação dos preços livres repercutiu a variação dospreçosdosbenscomercializáveis,de5,41%para10,31%(açúcaresederivados,44,26%;panificados,13,24%;arroz,12,05%)edosnãocomercializáveis,de8,85%para10,98%(tubérculos, raízes e legumes, 37,32%; feijões, 28,18%;hortaliçaseverduras,25,14%).

AevoluçãorecentedosindicadoreseconômicosdoCearásugerepersistênciadaretraçãodaatividadeeconômicano estado. O crescimento esperado na atividade agropecuária contribuirá favoravelmente para a cadeia produtiva local, não deverásesobreporaosimpactosdadesaceleraçãoquetendea prosseguir nos demais segmentos da economia cearense.

Tabela 2.32 – IPCA – Fortaleza

Variação %

Discriminação Pesos1/ 2015 2016

Ano I Tri 12 meses

IPCA 100,0 11,43 3,00 10,88

Livres 79,1 9,64 3,60 10,59

Comercializáveis 42,0 8,42 3,04 10,31

Não comercializáveis 37,1 11,10 4,29 10,98

Monitorados 20,9 18,58 0,71 11,91

Principais itens

Alimentação 33,2 12,92 5,35 14,50

Habitação 14,1 14,78 0,22 7,02

Artigos de residência 4,2 7,15 1,04 7,18

Vestuário 6,5 2,14 -0,19 2,26

Transportes 15,8 13,81 1,81 11,32

Saúde 9,5 9,87 2,90 11,70

Despesas pessoais 9,3 13,17 3,82 14,54

Educação 4,2 8,48 6,02 9,11

Comunicação 3,1 2,08 0,54 3,71

Fonte: IBGE

1/ Pesos relativos ao trimestre encerrado no período t-3.

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Pernambuco

OPIB de Pernambuco recuou 3,5% em 2015,conformeaAgênciaEstadualdePlanejamentoePesquisasdePernambuco(Condepe/Fidem),reflexoderetraçõesnosetorindustrial(6,6%),condicionadapelosdesempenhosnegativosdopolonaval,daindústriadebebidasedaconstruçãocivil(11,8%);enosetordeserviços(2,7%),quedetémparticipaçãode72,2%noPIBestadualerefletiu,emespecial,asretraçõesobservadasnocomércio(8,0%)enostransportes(5,2%).Aatividadeagropecuáriacresceu5,0%noano,destacando-seosaumentosnaproduçãodecana-de-açúcaremandioca.

A economia do estado seguiu registrando desempenho negativonamargem,evidenciadopelaretraçãode4,6%noIBCR-PEnotrimestreencerradoemfevereiro,emrelaçãoaofinalizadoemnovembrode2015,quandooindicadorhaviarecuado2,0%,namesmabasede comparação, de acordocom dados dessazonalizados. Considerados períodos de doze meses,oindicadordiminuiu5,0%emfevereiro(2,5%emnovembrode2015).

Asvendasdocomércioampliadoretraíram3,4%notrimestreterminadoemfevereiro,emrelaçãoaoencerradoemnovembro,quandotambémrecuaram3,4%,nomesmotipodeanálise,segundodadosdessazonalizadosdaPMC/IBGE(móveiseeletrodomésticos,-13,2%;veículos,motocicletas,partes epeças, -6,0%).Excluídas as reduçõesnasvendasdeveículosemateriaisdeconstrução,ocomérciovarejistarecuou2,8%noperíodo(-1,6%notrimestrefinalizadoemnovembro).

Em doze meses, as vendas no comércio ampliado recuaram 12,5% em fevereiro (-8,9% em novembro),destacando-se as reduções emmóveis e eletrodomésticos(22,8%)eemveículos,motocicletas,partesepeças(21,4%).Desconsideradas as retrações nos segmentos veículos ematerial de construção (10,2%), as vendas do comérciovarejistarecuaram9,2%noperíodo(6,4%nosdozemesesaténovembro).

Os emplacamentos de automóveis e comerciais leves no estado atingiram 12,6 mil unidades no primeiro trimestrede2016, recuando12,5%em relação aoquartotrimestrede2015,quandodiminuíram11,8%,namesmabasedecomparação,deacordocomdadosdessazonalizadosdaFederaçãoNacionaldaDistribuiçãodeVeículosAutomotores(Fenabrave).Odesempenhodoprimeirotrimestreéopiorpara o período desde 2005, quando foram emplacados 10,6 mil veículos.

100

106

112

118

124

130

136

1

Brasil

Sul

Fonte: IBGE1/ Dados dessazonalizados

Comércio Varejista –

130

135

140

145

150

155

160

165

Fev2013

Jun Out Fev2014

Jun Out Fev2015

Jun Out Fev2016

IBC-Br IBCR-PE

Gráfico 2.15 – Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil e PernambucoDados dessazonalizados2002 = 100

Tabela 2.33 – Comércio varejista – Pernambuco

Geral e setores selecionadosVariação % no período

Setores 2015 2016

Ano Nov1/ Fev1/ 12 meses

Comércio varejista -7,7 -1,6 -2,8 -9,2

Combustíveis e lubrificantes 0,0 -1,0 1,2 -9,9

Hiper e supermercados -7,7 -1,8 -0,9 -8,5

Tecidos, vestuário e calçados -13,8 -3,2 -3,9 -16,2

Móveis e eletrodomésticos -19,3 -4,3 -13,2 -22,8

Comércio ampliado -10,8 -3,4 -3,4 -12,5

Automóveis e motocicletas -18,9 -8,7 -6,0 -21,4

Material de construção -9,2 -11,1 -1,7 -10,2

Fonte: IBGE

1/ Variação relativa aos trimestres encerrados nos períodos t e t-3. Dados

dessazonalizados.

fev/13

mar/13

abr/13

mai/13

jun/13

jul/13

ago/13

set/13

out/13

nov/13

dez/13

jan/14100

106

112

118

124

130

136

1

Brasil

Sul

Fonte: IBGE1/ Dados dessazonalizados

Comércio Varejista –

90

95

100

105

110

115

120

125

130

Fev2013

Jun Out Fev2014

Jun Out Fev2015

Jun Out Fev2016

Comércio varejista Comércio ampliadoFonte: IBGE

Gráfico 2.16 – Comércio varejista – PernambucoDados dessazonalizados2011 = 100

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Abril 2016 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 33

OvolumedeserviçosemPernambucorecuou8,7%notrimestreencerradoemfevereiro,emrelaçãoaomesmoperíodo de 2015, conforme a PMS do IBGE (serviçosprofissionais e administrativos, -19,0%; outros serviços,-13,3%). Emdozemeses, o indicador retraiu 6,1% emfevereiro(serviçosprofissionaiseadministrativos,-10,6%;eserviçosdeinformaçãoecomunicação,-7,6%).

O preço de oferta dos imóveis naRMR recuou0,8%notrimestreencerradoemmarço,emrelaçãoaigualperíodode2015,conformeoÍndiceFipezapdePreçosdeImóveisAnunciados(IFZ).Oindicadornacionalaumentou0,5%noperíodo.

Nomercadode crédito, o estoquedas operaçõessuperiores a R$1 mil realizadas no estado atingiu R$74,3 bilhõesemfevereiro,comelevaçãode0,9%notrimestreede2,7%emdozemeses.Ocréditocomrecursoslivressomou R$39,1 bilhões, variando 0,7% e -0,9%, nasmesmasbasesdecomparação.AsoperaçõescomrecursosdirecionadostotalizaramR$35,1bilhões,comexpansõesde1,2%notrimestree7,0%emdozemeses,destacando-se,nacomparaçãointeranual,ocrescimentode20,1%docréditoimobiliário,cujaparticipaçãonototalatingiu36,0%.

A carteira de pessoas jurídicas somouR$37,2bilhões em fevereiro, variando 1,1% no trimestre –destacando-seoaumentode19,7%nosempréstimosparaos Serviços Industriais deUtilidadePública (SIUP) – e-0,6%emdozemeses,refletindo,principalmente,areduçãode8,8%nosempréstimosparaocomércio.AcarteiradepessoasfísicasatingiuR$37,1bilhões,elevando-se0,7%notrimestreeaumentando6,6%emdozemeses,comdestaqueparaasmodalidadesfinanciamentosimobiliáriosecréditoconsignado.

Ataxadeinadimplênciaatingiu4,30%emfevereiro,aumentando 0,01 p.p. no trimestre e 0,71 p.p. em doze meses. Aevoluçãotrimestralresultoudevariaçõesrespectivasde-0,06p.p.e0,09p.p.nossegmentosdepessoasjurídicasedepessoasfísicas,queregistraramtaxasde3,18%e5,42%.

O mercado de trabalho formal do estado registrou aeliminaçãode45,3milpostosde trabalhono trimestreencerrado em fevereiro (35,3mil em igual período de2015), segundooCaged/MTPS.Destacaram-seoscortesna indústria de transformação, 21,1mil, dos quais 16,1mil em fabricação e refinode açúcar, influenciadospelasazonalidadedosegmento,8,1milnosetordeserviçose6,9milnocomércio.Oníveldeempregoformalrecuou2,0%no

Tabela 2.34 – Volume de serviços – Pernambuco

Serv. empresariais não financeiros, exceto saúde e educação

Var. %

Segmentos 2015 2016

Ano Nov1/ Fev1/ 12 meses

Total -5,5 -6,7 -8,7 -6,1

Serviços prestados às famílias -4,8 -7,5 -5,5 -4,5

Serviços de informação e comunicação -6,9 -6,9 -7,7 -7,6

Serviços profissionais e administrativos -8,0 -13,0 -19,0 -10,6

Transportes e correio -1,9 -0,9 -0,4 -0,6

Outros serviços -4,5 -6,8 -13,3 -6,9

Fonte: IBGE

1/ Variação relativa ao trimestre encerrado no mês assinalado e o mesmo período

do ano anterior.

90

95

100

105

110

115

120

Ago2014

Out Dez Fev2015

Abr Jun Ago Out Dez Fev2016

Brasil PernambucoFonte: IBGE

Gráfico 2.17 – Volume de serviçosDados observados – Média móvel trimestral2011 = 100

-5

0

5

10

15

Mar2015

Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan2016

Fev

PF PJ Total

1/ Operações com saldo superior a R$1 mil.

Gráfico 2.18 – Evolução do saldo das operações de crédito – Pernambuco1/

Variação em 12 meses – %

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trimestreencerradoemfevereiro,emrelaçãoaofinalizadoemnovembro,quandohaviadiminuído2,0%,nestetipodecomparação,comdadosdessazonalizados.

A taxa de desemprego naRMR atingiu 10,3%no trimestrefinalizadoemfevereiro, ante6,4%em igualperíodode2015,conformeaPMEdoIBGE.Nasériecomdados dessazonalizados, o desemprego aumentou 0,3 p.p. emrelaçãoaotrimestrefinalizadoemnovembro,resultadodecrescimentosde0,2%napopulaçãoocupadaede0,5%naPEA.Nomesmoperíodo,houveexpansõesde1,1%norendimentorealmédiohabitualede1,4%namassasalarialreal.

O superavit primário dos governos do estado, da capital e dos principais municípios de Pernambuco atingiu R$659milhõesem2015,antedeficit de R$1,4 bilhão em 2014. Os resultados dos governos estadual e dos demais municípios passaram de deficits de R$1,3 bilhão e R$30 milhões,respectivamente,parasuperavitsdeR$547milhõeseR$310milhões.Odeficit da capital aumentou R$96 milhões,paraR$198milhões,noano.

Os jurosnominais, apropriadospor competência,aumentaram49,4%noano,paraR$1,1bilhão,eodeficit nominalsomouR$475milhões,anteR$2,2bilhõesem2014.A dívida líquida dessas esferas governamentais totalizou R$12,5bilhõesaofinalde2015,crescendo29,9%noano.

AarrecadaçãodeICMSatingiuR$12,8bilhõesem2015, de acordo com a Cotepe do Ministério da Fazenda. Aarrecadaçãoreal,consideradooIGP-DIcomodeflator,recuou5,0%noano.

Aproduçãodecana-de-açúcardePernambuco,quesofreu o impacto das chuvas mais intensas no estado, deverá diminuir6,9%em2016,deacordocomestimativasdoLSPAdivulgadopelo IBGEemmarço.Estão estimadas, ainda,estabilidadeparaaproduçãodeuvaeaumentode18,2%paraadecebola.Aproduçãodegrãos,cujopesonovalorbrutodaproduçãoagrícoladoestadoalcança5,4%,segundoaPAM/2014,deveráaumentar104,6%noano,superandoaretraçãode22,0%registradaem2015.

Aproduçãoindustrialdoestadorecuou17,0%notrimestreterminadoemfevereiro,emrelaçãoaofinalizadoemnovembro,quandohaviadecrescido1,4%,nomesmotipodecomparação, segundodadosdessazonalizadosdaPIM-PF Regional do IBGE, que ainda não inclui o polo automotivo e a refinaria de petróleo.Destacaram-se as

Tabela 2.35 – Evolução do emprego formal – Pernambuco

Novos postos de trabalho

Acumulado no trimestre (em mil)1/

Discriminação 2015 2016

Fev Mai Ago Nov Fev

Total -35,3 -39,3 -17,7 4,7 -45,3

Ind. de transformação -8,3 -18,9 -1,0 13,5 -21,1

Comércio -7,1 -2,3 -3,6 2,2 -6,9

Serviços -4,6 -6,6 -9,9 -11,0 -8,1

Construção civil -12,9 -8,0 -7,0 -3,3 -2,7

Agropecuária -2,0 -3,4 4,1 3,6 -6,4

Serv. ind. de util. pública -0,2 -0,1 -0,3 -0,4 -0,1

Outros1/ -0,1 -0,1 -0,1 0,0 -0,1

Fonte: MTE

1/ Refere-se ao trimestre encerrado no mês assinalado.

2/ Inclui extrativa mineral, administração pública e outras.

Tabela 2.36 – Necessidades de financiamento –

Pernambuco1/

R$ milhões

UF

2014 2015 2014 2015

Jan-dez Jan-dez Jan-dez Jan-dez

PE 1 428 -659 759 1 134

Governo estadual 1 296 -547 784 1 160

Capital 102 198 7 32

Demais municípios 30 -310 -31 -58

1/ Inclui informações do estado e de seus principais municípios.

Dados preliminares.

Resultado primário Juros nominais

jan/13

fev/13

mar/13

abr/13

mai/13

jun/13

jul/13

ago/13

set/13

out/13

nov/13

dez/13

jan/14

4

5

6

7

8

9

10

11

12

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

2013 2014 2015 2016Fonte: IBGE

Gráfico 2.19 – Taxa de desemprego aberto – Recife%

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Abril 2016 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 35

reduçõesemoutrosequipamentosdetransporte(35,2%),refletindo o cancelamento, pela PetróleoBrasileiro S.A.(Petrobras),deencomendasdeembarcações,comreflexossobre a produção de empresas locais, e em alimentos(26,9%). Ressalte-se que o recuo na produção dessesegmento, o principal da indústria de transformação doestado, repercutiu o impacto da quebra da safra da cana-de-açúcarsobreaindústriasucroalcooleira.

Emdozemeses,aproduçãoindustrialdoestadodecresceu 10,1% em fevereiro (3,7% em novembro).Houverecuosnaproduçãoemonzedosdozesegmentospesquisados(outrosequipamentosdetransporte,-33,8%;bebidas, -18,3%;metalurgia, -8,8%; e em alimentos,-7,1%).

OIceidePernambucoatingiu37,9pontosemmarço(37,5pontosemdezembroe37,8pontosemmarçode2015),sinalizando persistência do pessimismo. Ressalte-se que o pontomínimodasériehistóricainiciadaemjaneirode2010,33,4 pontos, ocorreu em outubro de 2015.

Abalança comercial do estado registroudeficit deUS$716,2milhõesnoprimeiro trimestredoano, anteUS$1,3 bilhão no mesmo período de 2015, segundo dados do MDIC.Asexportaçõesaumentaram48,1%easimportaçõesrecuaram34,8%,totalizando,naordem,US$201,6milhõeseUS$917,8milhões.

Ocrescimentodasexportaçõesresultoudevariaçõesde69,4%noquantumede-12,6%nospreços.Asvendasdeprodutosmanufaturadosaumentaram56,9%,destacando-seosembarquesdeinsumosparaaproduçãoderesinaPET,196%,alémdeóleodieseleautomóveis,semcorrespondêncianoprimeirotrimestrede2015;asdesemimanufaturados,4,0%(açúcardecanaembruto,11,9%),easdeprodutosbásicos,5,2%(granito,49,4%).Argentina,EUA,AntilhasHolandesas,VenezuelaeHolandaadquiriram,emconjunto,73,8%dasvendasexternasnotrimestre.

Odesempenhonegativodasimportaçõesevidenciourecuos de 29,0%noquantum e de 8,2%nos preços.Ascomprasexternasregistraramreduçõesemtodasascategoriasde uso: bens de capital, 41,3% (maquinaria industrial,-63,5%; embarcações, -100%); bens intermediários,17,6% (insumos petroquímicos, -100%; trigo, -43,7%;);combustíveiselubrificantes,46,9%(óleodiesel,-56,3%);bensdeconsumoduráveis,41,3%(motocicletas,-94,6%;automóveis,-23,2%);ebensdeconsumosemiduráveisenãoduráveis,57,6%(medicamentos,-97,7%).Asimportações

Tabela 2.39 – Produção industrial – PernambucoGeral e setores selecionados

Variação % no período

Setores Pesos1/ 2015 2016

Nov2/ Fev2/ Acum.

12 meses

Indústria geral 100,0 -1,4 -17,0 -10,1

Produtos alimentícios 31,2 -4,2 -26,9 -7,1

Bebidas 10,9 7,9 -11,3 -18,3

Produtos minerais não-metálicos 9,4 -5,6 -7,1 -4,3

Outros produtos químicos 9,2 -6,4 7,7 -5,9

Metalurgia 7,2 -0,3 -18,4 -8,8

Outros equip. de transporte 6,5 -14,7 -35,2 -33,8

Fonte: IBGE

1/ Ponderação de atividades no VTI, conforme a PIA 2010/IBGE.

2/ Variação relativa aos trimestres encerrados nos períodos t e t-3. Dados

dessazonalizados.

Tabela 2.37 – Dívida líquida e necessidades de

financiamento – Pernambuco1/

R$ milhões

UF Dívida Dívida2/

2014 Nominal Outros4/ 2015

Dez Primário Juros Total3/ Dez

PE 9 623 -659 1 134 475 2 405 12 504

Governo estadual 10 160 -547 1 160 613 2 333 13 107

Capital 101 198 32 230 80 411

Demais municípios -638 -310 -58 -368 -8 -1 014

1/ Inclui inform. do estado e de seus principais municípios. Dados preliminares.

2/ A dívida líquida no momento t+1 é a dívida no momento t, mais o resultado nominal e o resultado de outros fluxos.3/ O resultado nominal é a soma dos juros com o resultado primário. 4/ Inclui ajustes decorrentes de variação cambial, reconhec. de dívidas e privatiz.

Fluxos acumulados no ano

Tabela 2.38 – Produção agrícola – Pernambuco

Itens selecionadosEm mil toneladas

Discriminação Peso1/ Produção Variação %

2015 20162/ 2016/2015

Grãos 5,4 84 173 104,6

Feijão 4,0 39 85 119,9

Milho 1,3 43 85 95,9

Outras lavouras

Cana-de-açúcar 38,0 16 067 14 965 -6,9

Uva 16,6 237 237 -0,3

Banana 10,7 326 374 14,6

Mandioca 5,4 398 237 -40,5

Cebola 4,9 94 111 18,2

Fonte: IBGE

1/ Por valor da produção – PAM 2014

2/ Estimativa segundo o LSPA de março de 2016.

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36 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Abril 2016

provenientesdosEUA,Argentina,Itália,MéxicoeChinarepresentaram,emconjunto,64,7%dototaldoestadonoprimeiro trimestre de 2016.

OIPCAnaRMRvariou2,59%noprimeirotrimestrede2016,ante2,66%noquartotrimestrede2015,resultadodadesaceleraçãodospreçoslivres,de3,00%para2,77%,e da aceleração dosmonitorados, de 1,45%para 1,91%.A evolução dos preços livres refletiu decréscimos, de2,83%para2,40%,navariaçãodospreçosdos itensnãocomercializáveis (passagem aérea, -26,98%; tubérculos,raízeselegumes,12,97%;efrutas,14,77%)ede3,18%para3,12%nadospreçoscomercializáveis(macarrão,3,97%,eCDeDVD,-4,05%).Aaceleraçãodospreçosmonitoradosrepercutiu,emgrandeparte,aumentosemtarifasdeônibusurbano, 14,54%, planos de saúde, 3,21%, e produtosfarmacêuticos,2,34%.Oíndicededifusãoatingiu77,2%,ante73,2%noquartotrimestrede2015.

Considerados períodos de doze meses, o IPCA daRMRvariou9,92%emmarço,ante10,14%em2015.Ospreçoslivresaumentaram9,81%(alimentaçãoforadodomicílio, 7,32%; carnes, 17,91%; e tubérculos, raízes elegumes, 34,34%) e osmonitorados, 10,32% (planos desaúde,13,16%;gasolina,13,61%;eônibusurbano,14,54%).

Atrajetóriarecentedaeconomiapernambucanafoiimpactada,principalmente,pelaretraçãodosinvestimentosdaPetrobras,consistentecomoprocessodeajustenaempresa;pelo desaquecimento da construção civil, compatívelcomo cenário de redução damassa de rendimentos dapopulação; e pela confiança dos agentes econômicos emnívelhistoricamentereduzido,queinfluenciouaevoluçãodo consumo na região, em particular de bens de maior valor agregado.

Tabela 2.40 – Exportação por fator agregado – FOB

Janeiro-marçoUS$ milhões

Discriminação Pernambuco Brasil

2015 2016 Var. % Var. %

Total 136 202 48,1 -5,1

Básicos 13 13 5,2 -5,3

Industrializados 123 188 52,5 -4,9

Semimanufaturados 10 11 4,0 -8,5

Manufaturados1/ 113 178 56,9 -3,6

Fonte: MDIC/Secex

1/ Inclui operações especiais.

Tabela 2.41 – Importação por categoria de uso – FOB

Janeiro-março

US$ milhões

Discriminação Pernambuco Brasil

2015 2016 Var. % Var. %

Total 1 408 918 -34,8 -33,4

Bens de capital 232 136 -41,3 -27,0

Bens Intermediários 580 478 -17,6 -32,0

Bens de consumo 207 97 -53,1 -26,9

Duráveis 58 34 -41,3 -51,2

Automóveis de passageiros 40 31 -23,2 -54,5

Semiduráveis e não duráveis 149 63 -57,6 -17,9

Combustíveis e lubrificantes 390 207 -46,9 -52,4

Petróleo 0 19 - -45,6

Demais 390 188 -51,7 -54,6

Bens não especificados 0 0 - 27,7

Fonte: MDIC/Secex

Tabela 2.42 – IPCA – Recife

Variação % trimestral

Discriminação Pesos1/ 2015 2016

II Tri III Tri IV Tri I Tri

IPCA 100,0 3,30 1,03 2,66 2,59

Livres 78,5 2,66 1,05 3,00 2,77

Comercializáveis 39,4 2,45 1,27 3,18 3,12

Não comercializáveis 39,1 2,89 0,83 2,83 2,40

Monitorados 21,5 5,67 0,98 1,45 1,91

Principais itens

Alimentação 28,3 4,20 0,67 4,57 4,54

Habitação 14,0 5,62 0,73 1,02 0,01

Artigos de residência 4,9 0,82 3,94 1,59 2,93

Vestuário 7,4 2,09 -0,77 3,23 0,35

Transportes 15,0 3,17 1,45 2,82 2,55

Saúde 12,5 3,50 1,71 2,20 3,13

Despesas pessoais 9,8 1,92 1,22 2,04 1,86

Educação 4,5 0,21 0,83 0,36 3,80

Comunicação 3,6 1,44 0,68 0,91 0,38

Fonte: IBGE

1/ Referentes a março de 2015.

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Abril 2016 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 37

3Região Centro-Oeste

A atividade econômica no Centro-Oeste, notrimestre encerrado em fevereiro, foi impulsionada pelo início da colheita das safras de verão, compensando as trajetóriasadversasdeindicadoresrelacionadosàindústriadetransformação,àconstruçãocivileaocomércio.Nessecontexto, o IBCR-CO aumentou 0,3%, em relação aotrimestrefinalizado emnovembro, quando recuou1,4%,namesmabasedecomparação.Consideradosperíodosdedozemeses,oindicadorrecuou2,7%emfevereiro(-2,1%emnovembro).

As vendas do comércio ampliado na região diminuíram1,9%notrimestrefinalizadoemfevereiro,emrelaçãoaoencerradoemnovembro,quandodecresceram5,4%,segundodadosdessazonalizadosdaPMC,doIBGE.Destacaram-se as retrações observadas emGoiás (2,9%)e noDistrito Federal (2,4%).As vendas do comérciovarejista,excluídasasdeautomóveis,motos,partesepeças,edematerialdeconstrução,diminuíram3,2%notrimestrefinalizadoemfevereiro,ressaltando-seosrecuosemGoiás(4,5%)enoDistritoFederal(4,4%),antearetraçãode1,9%no trimestre encerrado em novembro de 2015.

Considerados intervalos de doze meses, as vendas no comércio ampliado decresceram12,9%em fevereiro(-11,0%emnovembro),ressaltando-seasreduçõesemGoiás(16,0%), noDistritoFederal (12,6%) e emMatoGrosso(12,0%).Asvendasdocomérciovarejistarecuaram7,8%noperíodo,destacando-seareduçãode10,7%emGoiás.

A análise segmentada das vendas conjuntas doDistrito Federal e Goiás, únicos entes federados da região para os quais são divulgadas informações por atividade,mostraqueasvendasdemóveiseeletrodomésticos;materiaisdeconstrução;ehipermercados,supermercados,produtosalimentícios,bebidasefumorecuaram8,5%,4,8%e4,7%,respectivamente, no trimestre encerrado em fevereiro, com dados dessazonalizados. Considerados períodos de doze meses,destacaram-seasretraçõesnasvendasdeveículos,

26272829303132333435

130

135

140

145

150

155

160

Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago Nov Fev2015

Mai Ago Nov Fev2016

IBC-Br IBCR-CO

Gráfico 3.1 – Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil e Região Centro-OesteDados dessazonalizados2002 = 100

2004 = 100Fev�2013MarAbrMaiJunJulAgoSetOutNovDezJan

90

95

100

105

110

115

120

Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago Nov Fev2015

Mai Ago Nov Fev2016

Comércio varejista Comércio ampliado

Fonte: IBGE

Gráfico 3.2 – Comércio varejista – Centro-OesteDados dessazonalizados2004 = 100

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38 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Abril 2016

motos,partesepeças(24,9%);demóveiseeletrodomésticos(20,2%); e de hipermercados, supermercados, produtosalimentícios,bebidasefumo(10,4%).

Os emplacamentos de automóveis e comerciais levesnovosnoCentro-Oesteaumentaram0,2%noprimeirotrimestrede2016,emrelaçãoaoúltimode2015,quandorecuaram 12,0%, nesse tipo de comparação, conformedados dessazonalizados da Fenabrave. Em doze meses, a quantidadede emplacamentos na regiãodiminuiu 29,6%emmarço(-25,8%emdezembro).

Ovolumedeserviçosdaregiãoaumentou2,2%notrimestrefinalizadoemfevereiro,emrelaçãoaigualperíodoem 2015, conforme a PMS do IBGE. O comportamento noperíododestooudoobservadonasdemaisregiões,comdestaqueparaocrescimentode11,9%noMatoGrosso,querefletiuosserviçosrelacionadosaotransportedasafradegrãose,adicionalmente,abasedecomparaçãodeprimida,em razão da greve de transportadores em fevereiro de 2015.

A análise do volume de serviços de Goiás edo Distrito Federal, unidades federativas para as quais existemestatísticas estratificadas, no trimestre encerradoem fevereiro, revela contrações nos segmentos outrosserviços(5,5%)eserviçosprofissionais,administrativosecomplementares(3,2%),eaumentode5,6%nosegmentodetransportes,serviçosauxiliaresdostransportesecorreio.

Ovolumedeserviçosprestadosemdozemesesnaregiãodecresceu1,1%emfevereiro(-2,5%emnovembro),emrelaçãoaigualperíodode2015.HouveretraçãoemGoiás(5,6%)ecrescimentosnoMatoGrossodoSul(0,7%),noMatoGrosso(0,4%)enoDistritoFederal(0,3%).

As operações de crédito superiores a R$1milcontratadasnoCentro-Oeste totalizaramR$329,9bilhõesem fevereiro, aumentando0,5%no trimestre e 6,4%emdoze meses. Os empréstimos com recursos direcionados atingiramR$195,2bilhões,comacréscimosrespectivosde1,2%e9,0%.AscontrataçõescomrecursoslivressomaramR$134,8bilhões,variando-0,5%notrimestree2,9%emdoze meses.

A carteira de pessoas físicas atingiu R$190,4 bilhõesemfevereiro,comaumentosde2,4%notrimestre,impulsionadopelasmodalidadescréditoruralefinanciamentoimobiliário,ede9,2%emdozemeses.Acarteiradepessoasjurídicas totalizouR$139,5 bilhões, contraindo 1,9%notrimestre – comdestaque às reduções no crédito para a

Tabela 3.1 – Índice de vendas no varejo – Agregação

para GO e DF1/

Geral e setores selecionadosVariação % no período

Setores 2015 2016

Ano Nov2/

Fev2/ 12 meses

Comércio varejista -8,6 -1,6 -4,2 -9,1

Combustíveis e lubrificantes -1,3 -1,6 0,7 -2,2

Hiper e supermercados -10,5 -1,2 -4,7 -10,4

Tecidos, vestuário e calçados -8,3 -2,1 -1,1 -8,4

Móveis e eletrodomésticos -19,0 2,0 -8,5 -20,2

Outros art. de uso pessoal/dom. 4,8 0,4 -3,8 3,1

Comércio ampliado -13,9 -6,0 -2,7 -14,7

Veículos e motos, partes e peças -24,1 -12,8 0,1 -24,9

Material de construção -7,1 -7,7 -4,8 -8,9

Fonte: IBGE

1/ GO e DF são os únicos entes federados da região estratificados pelo IBGE.

2/ Variação relativa aos trimestres encerrados em t e t-3. Dados dessazonalizados.

Tabela 3.2 – Índice de volume de serviços – Agregação

para GO e DF1/

Serv. empresariais não financeiros, exceto saúde e educaçãoVar. %

Segmentos 2015 2016

Ano Nov2/ Fev2/ 12 meses

Total -3,2 -3,6 0,3 -2,0

Serviços prestados às famílias -2,5 -2,7 0,0 -2,2

Serviços de informação e comunicação -3,3 -4,9 -0,3 -2,6

Serviços profissionais e administrativos -10,1 -10,4 -3,2 -9,3

Transportes e correio 0,2 5,0 5,6 3,5

Outros serviços -2,6 -10,2 -5,5 -3,7

Fonte: IBGE

1/ Goiás e DF são as unidades da região com dados estratificados pelo IBGE.

2/ Variação relativa ao trimestre encerrado no mês assinalado e o mesmo período

do ano anterior.

0

4

8

12

16

20

24

28

Nov2013

Fev2014

Mai Ago Nov Fev2015

Mai Ago Nov Fev2016

PF PJ Total1/ Operações com saldo superior a R$1 mil.

Gráfico 3.3 – Evolução do saldo das operações de crédito – Centro-Oeste1/

Variação em 12 meses – %

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Abril 2016 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 39

indústriadetransformação(alimentosebebidasepapelepapelão),paraocomércioeparaaadministraçãopública–eelevando-se2,8%emdozemeses.

Ataxadeinadimplênciadasoperaçõesdecréditosuperiores a R$1 mil atingiu 3,33% em fevereiro,aumentando 0,15 p.p. no trimestre e 0,74 p.p. em doze meses. O desempenho trimestral resultou de aumentos de 0,05p.p.nosegmentodepessoasjurídicasede0,20p.p.nodepessoasfísicas,nosquaisainadimplênciaatingiu2,85%e3,68%,respectivamente.

OsdesembolsosdoBNDESparaoCentro-OestetotalizaramR$1,5bilhõesnotrimestreencerradoemmarço(recuode 46,7%em relação a igual períodode 2015) eR$11,6bilhõesnoacumuladoemdozemeses(retraçãode40,7%emrelaçãoaosdozemesesanteriores).Adiminuiçãonosúltimosdozemesesrefletiu,principalmente,aquedanacontrataçãodeempréstimospelossetoresdetelefonia,papelecelulose,eadministraçãopública.

O mercado de trabalho do Centro-Oeste registrou aeliminaçãode48,3milempregosformaisnotrimestrefinalizado em fevereiro (-57,8mil nomesmo trimestrede2015),deacordocomoCaged/MTPS.Destacaram-seoscortesnosetordeserviços(15,6mil),principalmentenasatividadesdealojamento,alimentação,transportesecomunicações; na construção civil (12,0mil), comércio(11,7) e na indústria de transformação (11,5 mil),particularmente nas indústrias de biocombustíveis, vestuário e minerais não metálicos. O nível do emprego na regiãoretraiu0,6%notrimestreencerradoemfevereiro,em relação ao finalizado emnovembro, quando recuou0,9%, neste tipo de comparação, de acordo com dadosdessazonalizados.

Ataxadedesempregoda regiãoatingiu7,4%noquartotrimestrede2015,deacordocomaPNADContínua,doIBGE,elevando-se2,1p.p.emrelaçãoaigualperíodode2014 e situando-se em patamar 1,6 p.p. inferior ao observado no país. A massa de rendimento real habitualmente recebida diminuiu4,1%notrimestre,emrelaçãoaoquartotrimestrede 2014.

Na análise dos resultados fiscais, o superavit primário dos governos dos estados, das capitais e dos principaismunicípiosdoCentro-OesteatingiuR$3,2bilhõesem2015,comparativamenteaR$185milhõesem2014.Oresultado refletiu aumentos nos superavits dos governos estaduais (R$3,4 bilhões), nosdeficits dos governos das

Tabela 3.3 – Evolução do emprego formal – Centro-Oeste

Novos postos de trabalho

Acumulado no trimestre (em mil)1/

Discriminação 2015 2016

Fev Mai Ago Nov Fev

Total -57,8 3,9 -5,3 -48,5 -48,3

Indústria de transformação -12,4 1,8 -7,7 -18,2 -11,5

Comércio -10,4 -3,1 -5,9 -1,7 -11,7

Serviços -11,3 9,6 2,1 -6,9 -15,6

Construção civil -21,7 -4,2 -2,6 -13,3 -12,0

Agropecuária -1,2 -0,7 8,3 -7,6 3,5

Outros2/ -0,8 0,5 0,4 -0,8 -1,0

Fonte: MTPS

1/ Refere-se ao trimestre encerrado no mês assinalado.

2/ Inclui extrativa mineral, serv. ind. de utilidade pública e administração pública.

Tabela 3.4 – Necessidades de financiamento –

Centro-Oeste1/

R$ milhões

Discriminação Resultado primário Juros nominais

2014 2015 2014 2015

Jan-dez Jan-dez Jan-dez Jan-dez

Total -185 -3 173 2 565 3 789

Governos estaduais -165 -3 532 2 597 3 805

Capitais 31 309 8 46

Demais municípios -52 50 -40 -61

1/ Inclui informações dos governos estaduais e de seus principais municípios.

Dados preliminares.

I TriII TriIII TriIV Tri

4,5

5,0

5,5

6,0

6,5

7,0

7,5

8,0

I Tri II Tri III Tri IV Tri

2012 2013 2014 2015

Gráfico 3.4 – Taxa de desocupação – Centro-Oeste%

Fonte: IBGE

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40 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Abril 2016

capitais(R$278milhões)eareversãodosuperavit de R$52 milhões paradeficit deR$50milhões, nos governos dosdemais municípios.

Os jurosnominais, apropriadospor competência,totalizaramR$3,8bilhões, resultando emdeficit nominal deR$616milhões,antejurosdeR$2,6bilhõesedeficit de R$2,4bilhões,respectivamente,em2014.

AarrecadaçãodoICMSatingiuR$37,2bilhõesem2015, segundo a Cotepe, do Ministério da Fazenda, com recuo real de 1,9%no ano, consideradoo IGP-DI comodeflator.AstransferênciasdaUniãoparaaregiãosomaramR$12,2bilhõesnoano,comdecréscimorealde0,7%noano.

A dívida líquida dos estados, das capitais e dos principais municípios do Centro-Oeste somou R$31,5 bilhões emdezembrode 2015 (4,0%dadívida total dasregiões), elevando-se 10,2% em relação a dezembro de2014. As dívidas renegociadas ou reestruturadas pela União,asdívidasbancáriaeexterna,eaposiçãocredoraemdisponibilidadeslíquidasrepresentaram,naordem,62,0%,58,4%e20,4%doendividamentolíquido,noperíodo.

Noperíododedozemesesencerradoemfevereirode 2016, estados, capitais e principais municípios do Centro-Oeste acumularam superavitprimáriodeR$3,3bilhões,comdestaque para os superavits em Goiás e no Mato Grosso do Sul(deR$1,4bilhãoemambos)eparaodeficit de R$324 milhõesnoDistritoFederal.Osjurosnominais,apropriadosporcompetência, totalizaramR$4,0bilhõeseoresultadonominal, deficitdeR$654milhões.

A dívida líquida dos estados, das capitais e dos principaismunicípios da região somouR$31,0 bilhõesemfevereirode2016 (4,2%dadívida totaldas regiões),retraindo1,8%emrelaçãoadezembro.

A safra de grãos do Centro-Oeste deverá totalizar 90 milhõesdetoneladasem2016,deacordocomoLSPAdemarço,doIBGE.Aexpansãoanualde0,2%refleteprojeçõesderecuosparaasculturasdefeijão(16,4%),algodão(4,9%)emilho (4,0%), e aumento de 5,2%para a de soja.Emrelaçãoàsdemaisculturas,estãoprojetadasretraçõesparaasproduçõesdetomate(13,9%),banana(24,0%),mandioca(19,1%)ecana-de-açúcar(3,0%).

OsabatesdebovinosemestabelecimentosfiscalizadospeloSIF(95%dototalnaregião)recuaram6,3%noprimeirobimestrede2016,emrelaçãoaigualintervalode2015,reflexo

Tabela 3.5 – Dívida líquida e necessidades de

financiamento – Centro-Oeste1/

R$ milhões

Discriminação Dívida Dívida2/

2014 Nominal Outros3/ 2015

Dez Primário Juros Total4/ Dez

Total 28 596 -3 173 3 789 616 2 310 31 522

Governos estaduais 30 086 -3 532 3 805 273 2 158 32 517

Capitais -209 309 46 355 119 265

Demais municípios -1 282 50 -61 -11 32 -1 260

1/ Inclui inform. dos governos estaduais e de seus principais municípios. Dados

preliminares.

2/ A dívida líquida no momento t+1 é a dívida no momento t, mais o resultado

nominal e o resultado de outros fluxos.

3/ Inclui ajustes decorrentes de variação cambial, reconhec. de dívidas e privatiz.

4/ O resultado nominal é a soma dos juros com o resultado primário.

Fluxos acumulados no ano

Tabela 3.7 – Produção agrícola – Centro-Oeste

Itens selecionadosEm mil toneladas

Discriminação Pesos1/ Produção2/ Variação %

2015 2016 2015/2014

Grãos 83,9 89 850 89 996 0,2

Algodão (caroço) 7,2 1 648 1 568 -4,9

Feijão 1,5 702 587 -16,4

Milho 13,8 41 346 39 690 -4,0

Soja 59,7 43 813 46 079 5,2

Outras lavouras

Cana-de-açúcar 12,0 140 484 136 312 -3,0

Tomate 0,9 928 799 -13,9

Fonte: IBGE

1/ Por valor da produção – PAM 2014.

2/ Estimativa segundo o LSPA de dezembro de 2015.

Tabela 3.6 – Dívida líquida e necessidades de

financiamento – Centro-Oeste1/

R$ milhões

UF Dezembro de 2015 Fevereiro de 2016

Dívida Fluxos 12 meses Dívida2/ Fluxos 12 meses

Primário Nominal3/ Primário Nominal3/

DF 4 424 603 914 4 444 324 655

GO 16 270 -1 314 521 16 087 -1 388 502

MS 7 045 -1 334 -287 6 945 -1 367 -270

MT 3 783 -1 128 -533 3 490 -885 -234

Total (A) 31 522 -3 173 616 30 965 -3 315 654

Brasil4/ (B) 793 064 -11 900 85 611 744 861 -6 826 96 842

(A/B) (%) 4,0 26,7 0,7 4,2 48,6 0,7

1/ Por UF, totalizando gov. estadual, capital e principais municípios. Dados

preliminares.

2/ A dívida líquida no momento t+1 é a dívida no momento t, mais o resultado

nominal e o resultado de outros fluxos.

3/ O resultado nominal é a soma dos juros com o resultado primário.

4/ Refere-se à soma de todas as regiões.

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Abril 2016 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 41

decontraçõesnoMatoGrosso(16,0%)eemGoiás(0,6%),parcialmentecompensadaspelaexpansão (2,1%)noMatoGrosso do Sul. Os abates de aves e de suínos decresceram 5,9% e 14,7%, respectivamente.Nomesmo período, asexportaçõesdecarnedebovinosrecuaram7,2%(Venezuela,-62,3%;HongKong,-32,5%)easdecarnedeaves,3,8%(China,-43,9%;ArábiaSaudita,-30,1%),contrastandocomoaumentode62,8%nasdecarnedesuínos(HongKong,186,2%,Rússia,74,4%).

Aprodução industrial conjunta deGoiás eMatoGrosso, estados da região com dados divulgados pela PIM-PF, doIBGE,recuou0,7%notrimestreencerradoemfevereiro,emrelaçãoaofinalizadoemnovembro,quandohaviarecuado3,0% nesse tipo de comparação, de acordo com dadosdessazonalizados.Aproduçãodaindústriadetransformaçãoretraiu1,4%,impactadapelaquedanaproduçãodeveículos,produtosdemetalexcetomáquinaseequipamentos,eprodutosfarmacêuticos. Entre as séries dessazonalizadas, destacam-se osaumentosnaproduçãodeprodutos alimentícios,1,3%,mineraisnãometálicos,4,1%,emetalurgia,8,0%.

Considerados intervalos de doze meses, a indústria da regiãoapresentouestabilidade em fevereiro (-0,1%emnovembro).A produção da indústria extrativa decresceu3,9% e a da indústria de transformação expandiu 0,2%(veículos,-32,6%;mineraisnãometálicos,-14,5%;produtosfarmacêuticos, -13,0%; coque, derivados de petróleo ebiocombustíveis,18,2%;ealimentos,1,6%).

O Icei deGoiás, divulgado pela Federação dasIndústriasdoEstadodeGoiás(Fieg),atingiu40,7pontosemmarço(39,0pontosemdezembroe39,1pontosemmarçode2015),mantendo-senazonaindicativadepessimismopelodécimosétimomêsconsecutivo.Atrajetóriatrimestralrefletiuaumentosde0,9pontonoÍndicedeCondiçõesAtuaisede1,7pontonoIndicadordeExpectativas.

OIceideMatoGrosso,divulgadopelaFederaçãodas IndústriasdoEstadodeMatoGrosso (Fiemt), atingiu37,4pontos emmarço (37,3pontos emdezembroe37,5pontosemmarçode2015),tambémpermanecendonaáreadepessimismo.Odesempenhonotrimestrerepercutiuelevaçõesde0,1pontono IndicadordeExpectativas eno ÍndicedeCondiçõesAtuais.

O indicador de expectativas de demanda daSondagemIndustrialdaCNIparaoCentro-Oesteapresentourecuperação,atingindo50,0pontosemmarço(46,4pontosemdezembroe50,5pontosemmarçode2015).OIndicador

JanFev�2012MarAbrMaiJunJulAgoSet

75

80

85

90

95

100

105

110

115

120

Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago Nov Fev2015

Mai Ago Nov Fev2016

Bovinos Aves Suínos

Gráfico 3.5 – Abates de animais – Centro-OesteMédia móvel trimestral2012 = 100

Fonte: Mapa

47484950515253545556

80

85

90

95

100

105

110

115

Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago Nov Fev2015

Mai Ago Nov Fev2016

Brasil Centro-OesteFonte: IBGE

Gráfico 3.6 – Produção industrial – Centro-OesteDados dessazonalizados – Média móvel trimestral2012 = 100

Tabela 3.8 – Produção industrial – Agregação para

GO e MT1/

Geral e setores selecionados

Variação % trimestral

Setores Pesos2/ 2015

Nov2/ Fev2/ Ac. 12 meses

Indústria geral 100,0 -3,0 -0,7 0,0

Indústrias de transformação 94,6 -3,3 -1,4 0,2

Produtos alimentícios 56,4 -2,5 1,3 1,6

Prod. miner. não-metálicos 4,1 -2,4 4,1 -22,0

Metalurgia 2,7 8,8 8,0 1,8

Fonte: IBGE

1/ GO e MT são os únicos entes federados da região estratificados pelo IBGE.

2/ Ponderação de atividades no VTI, conforme a PIA 2010/IBGE.

3/ Variação relativa aos trimestres encerrados em t e t-3. Dados dessazonalizados.

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42 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Abril 2016

deEstoques,apontandonívelinferioraodesejado,situou-seem46,8pontosemfevereiro(48,4pontosemnovembroe46,7pontosemfevereirode2015).

O superavitdabalançacomercialdoCentro-OesteatingiuUS$4,6 bilhões no primeiro trimestre de 2016,aumentando88,0%em relação a igual períodode 2015,deacordocomdadosdoMDIC.AsexportaçõessomaramUS$6,7bilhõeseasimportações,US$2,1bilhões,variando33,5%e-18,6%,respectivamente.

Odesempenhodasexportaçõesrepercutiuvariaçõesde 56,9% emquantum e de -14,9%nos preços.Houveexpansõesnasvendasdeprodutosbásicos,41,7%(milhoemgrãos,131,3%;sojamesmotriturada,36,2%;algodãoembruto,63,9%)edemanufaturados,3,2%(medicamentosparamedicinahumanaeveterinária,127,1%;madeiraperfilada,21,7%;motores,geradoresetransformadoreselétricosesuaspartes,255,5%),erecuode1,1%nasdesemimanufaturados(açúcardecanaembruto,-31,2%;courosepeles,-12,2%).As exportações destinadas àChina,Holanda, Japão, Irã,e Indonésia representaram, em conjunto, 48,8%do totalexportadonotrimestrepelaregião.

Odesempenhodasimportaçõesevidenciouretraçõesde5,8%nospreçosede13,6%noquantum. Recuaram as comprasdebensdecapital,54,3%(equipamentosmóveisde transporte, -97,4%; demais bens de capital, -22,4%);dematérias-primas e produtos intermediários, 19,6%(peçasparaequipamentosdetransporte,-57,2%;insumosindustriais elaborados, -11,7%); e de combustíveis elubrificantes,44,6%(gásnatural,-46,1%);cresceram23,8%asaquisiçõesdebensdeconsumo(medicamentos,52,8%).As importações provenientes daBolívia,Canadá,EUA,AlemanhaeChinarepresentaram,emconjunto,53,1%dascompras externas doCentro-Oeste no primeiro trimestrede 2016.

AvariaçãodoIPCAdoCentro-Oeste,resultadodaagregaçãodos indicadoresdeBrasília,Goiânia eCampoGrande,atingiu2,25%noprimeirotrimestrede2016(3,34%noquartotrimestrede2015),comdesaceleraçõesnospreçoslivres,de3,05%para2,52%,enosmonitorados,de4,23%para1,28%,destacando-se,nessesegmento,asreduçõesnasvariaçõesdospreçosdositensgásdebotijão(de10,17%para-4,32%),energiaelétricaresidencial(de4,07%para-6,37%)eônibusinterestadual(de6,79%para-5,14%).

Aevoluçãodospreçoslivresrefletiudesaceleraçõesdospreçosdosbenscomercializáveis,de3,23%para2,83%

Tabela 3.9 – Exportação por fator agregado

Janeiro-marçoUS$ milhões

Discriminação Centro-Oeste Brasil

2015 2016 Var. % Var. %

Total 5 013 6 692 33,5 -5,1

Básicos 4 035 5 719 41,7 -5,3

Industrializados 978 974 -0,5 -4,9

Semimanufaturados 839 830 -1,1 -8,5

Manufaturados1/ 139 143 3,2 -3,6

Fonte: MDIC/Secex

1/ Inclui operações especiais.

Tabela 3.10 – Importação por grandes categorias

econômicas – FOB

Janeiro-março

US$ milhões

Discriminação Centro-Oeste Brasil

2015 2016 Var. % Var. %

Total 2 562 2 085 -18,6 -33,4

Bens de capital 174 79 -54,3 -27,0

Bens Intermediários 1 007 810 -19,6 -32,0

Bens de consumo 628 778 23,8 -26,9

Duráveis 83 84 1,9 -51,2

Automóveis de passageiros 66 80 20,9 -54,5

Semiduráveis e não duráveis 546 693 27,1 -17,9

Combustíveis e lubrificantes 753 417 -44,6 -52,4

Petróleo 0 0 - -45,6

Demais 753 417 -44,6 -54,6

Bens não especificados 0 2 - 27,7

Fonte: MDIC/Secex

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Abril 2016 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 43

(etanol,14,00%;cigarros,11,97%;artigosdehigienepessoal,3,05%);edosnãocomercializáveis,de2,90%para2,34%(frutas,19,33%;cursosregulares,6,42%;ealimentaçãoforadodomicílio,2,85%).Oíndicededifusãoatingiu67,5%noprimeirotrimestrede2016(67,0%noquartotrimestrede2015e61,9%noprimeirotrimestrede2015).

Considerados períodos de doze meses, o IPCA doCentro-Oeste variou 9,01% emmarço, ante 10,37%em dezembro de 2015.A desaceleração refletiu, emespecial,aredução,de18,88%para10,48%,navariaçãodos preçosmonitorados (energia elétrica residencial, de50,09%para1,16%;taxadeáguaeesgoto,de20,49%para13,59%; gasolina, de 13,95%para 11,77%).A variaçãodospreçoslivresaumentou0,69p.p.noperíodo,atingindo8,54%, em decorrência das acelerações nos preços deprodutos comercializáveis (de 8,34%para 9,61%) e nãocomercializáveis(de7,45%para7,67%).

A atividade econômica noCentro-Oeste deverápermanecer condicionada, em especial, pelo desempenho da indústriadetransformação,impactadopelorecuoacentuadonaproduçãodeautomóveis,epelacontinuadaretraçãonasvendas do comércio ampliado, em ambiente de fechamento depostosdetrabalhoediminuiçãodarendadisponíveldosconsumidores. Embora os resultados do setor agrícola tendam a atenuar a perda de dinamismo da demanda doméstica e a evoluçãodataxadecâmbiopermitacontrabalançarorecuonas cotações das commodities agrícolas, a retomada da economia da região segue dependente da reversão da crise deconfiançadosagentes econômicosedos resultados, amédioprazo, doprocessode ajustemacroeconômicoemcurso no país.

Tabela 3.11 – IPCA – Centro-Oeste

Variação % trimestral

Discriminação Pesos1/ 2015 2016

II Tri III Tri IV Tri I Tri

IPCA 100,00 1,73 1,42 3,34 2,25

Livres 75,36 1,93 0,75 3,05 2,56

Comercializáveis 33,85 1,70 1,53 3,23 2,83

Não comercializáveis 41,51 2,12 0,13 2,90 2,34

Monitorados 24,64 1,09 3,53 4,23 1,28

Principais itens

Alimentos e bebidas 23,93 3,34 -0,06 5,03 4,19

Habitação 16,12 1,15 3,97 2,69 -0,81

Artigos de residência 4,33 0,65 1,90 1,02 2,32

Vestuário 5,78 1,42 0,60 2,79 0,93

Transportes 19,79 -0,59 1,38 5,27 2,41

Saúde 10,18 3,34 1,78 1,82 2,27

Despesas pessoais 11,08 3,44 1,62 1,44 2,86

Educação 4,64 0,47 0,62 0,85 5,92

Comunicação 4,15 0,69 0,28 2,28 -1,31

Fonte: IBGE

1/ Referentes a março 2016.

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4Região Sudeste

Aevolução recentedosprincipais indicadoresdaeconomia do Sudeste mostra continuidade do processo de retraçãodaatividadeeconômicanaregião.Nesseambiente,em que o mercado de trabalho segue em distensão e as operaçõesdecréditoemprocessodeacomodação,houverecuos importantes nas vendas do comércio e na atividade industrialnotrimestreencerradoemfevereiro.Refletindoesse cenário, o IBCR-SE contraiu 2,0%no período emrelaçãoaofinalizadoemnovembro,quandorecuara1,4%,nomesmo tipo de comparação, de acordo com dadosdessazonalizados. Considerados períodos de doze meses, o indicadordeclinou3,0%emfevereiro.

Asvendasdocomércioampliadorecuaram1,5%notrimestreencerradoemfevereiro,emrelaçãoaoterminadoemnovembro,quandohaviamcontraído1,9%,nomesmotipo de comparação, segundo dados dessazonalizadosdaPMC,do IBGE.Houvediminuições em sete dos dezsegmentospesquisados(móveiseeletrodomésticos,-7,1%;materialdeconstrução,-3,9%;outrosartigosdeusopessoaledoméstico,-3,9%;elivros,jornais,revistasepapelaria,-2,9%).As vendas do comércio varejista, excluídas asvariaçõesnossegmentosdematerialdeconstrução(-3,9%)edeveículos,motos,partesepeças(+1,8%),decresceram3,0%noperíodo,apóscrescer0,1%notrimestrefinalizadoem novembro.

Considerados intervalos de doze meses, as vendas docomércioampliado retraíram6,9%emfevereiro,ante6,6%emnovembro (móveis e eletrodomésticos, -16,2%;livros,jornais,revistasepapelaria,-13,9%;veículos,motos,partes e peças, -11,7%;material de construção, -11,2%).O comércio varejista recuou 4,3% e 2,7%nos períodosconsiderados.

Os emplacamentos de automóveis e comerciais leves noSudeste,indicadordevendasdosetor,diminuíram4,3%notrimestreencerradoemmarço,emrelaçãoaofinalizadoemdezembro,quandoretraíram7,3%,namesmabasede

130

135

140

145

150

155

Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago Nov Fev2015

Mai Ago Nov Fev2016

IBC-Br IBCR-SE

Gráfico 4.1 – Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil e Região SudesteDados dessazonalizados 2002 = 100

Fonte: IBGE

Tabela 4.1 – Comércio varejista – Sudeste

Geral e setores selecionados

Variação % no período

Setores 2015 2016

Ano Nov1/ Fev1/ 12 meses

Comércio varejista -3,3 0,1 -3,0 -4,3

Combustíveis e lubrificantes -7,2 -4,4 -2,8 -7,7

Hiper e supermercados -1,5 1,4 -1,5 -1,7

Tecidos, vestuário e calçados -9,3 -3,0 -2,0 -10,6

Móveis e eletrodomésticos -14,0 1,1 -7,1 -16,2

Comércio ampliado -7,0 -1,9 -1,5 -6,9

Automóveis e motocicletas -14,5 -4,7 1,8 -11,7

Material de construção -10,2 -5,8 -3,9 -11,2

Fonte: IBGE

1/ Variação relativa aos trimestres encerrados nos períodos t e t-3. Dados

dessazonalizados.

90

95

100

105

110

115

120

Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago Nov Fev2015

Mai Ago Nov Fev2016

Fonte: IBGE

Comércio varejista Comércio ampliado

Gráfico 4.2 – Comércio varejista – SudesteDados dessazonalizados2011 = 100

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comparação, de acordo comdados dessazonalizados daFenabrave. Os emplacamentos acumulados em doze meses contraíram26,0%emmarçonacomparaçãocomoocorridoem igual período de 2015.

OvolumedosetordeserviçosdoSudestedecresceu5,1%no trimestrefinalizado em fevereiro, em relação aigualperíodode2015(outrosserviços,-9,0%;transportes,serviçosauxiliaresaostransportesecorreios,-7,0%;serviçosprofissionais,administrativosecomplementares,-6,2%),deacordo com a PMS, do IBGE. Considerados períodos de doze meses,oindicadorrecuou3,6%emfevereiro,anteretraçãode2,8%emnovembro(outrosserviços,-9,6%;transportes,serviçosauxiliaresaostransportesecorreios,-6,5%;serviçosprestadosàsfamílias,-5,7%).

Nomercado de crédito, o saldo das operaçõessuperiores a R$1 mil realizadas na região atingiu R$1.714,5 bilhõesemfevereiro,implicandocrescimentorelativamentemodestonosúltimosmeses(0,4%notrimestreede6,6%emdozemeses).AscontrataçõescomrecursosdirecionadossomaramR$818,9bilhões,comexpansõesrespectivasde0,8%e10,0%,easefetuadascomrecursoslivrestotalizaramR$895,6bilhões,aumentando0,1%notrimestree3,6%emdoze meses.

AcarteiradeoperaçõescompessoasfísicassomouR$694,6 bilhões, expandindo 0,7%no trimestre e 5,3%em doze meses, com ênfase na modalidade referente a financiamentosimobiliários.Relativamenteaosegmentodepessoasjurídicas,oestoquedecréditototalizouR$1.019,9bilhões,condicionadoprincipalmentepelosfinanciamentosàexportação,permanecendoestávelnotrimestreeaumentando7,5%emdozemeses.

AinadimplênciadasoperaçõesdecréditosuperioresaR$1mil atingiu 3,0% em fevereiro, aumentando 0,1p.p.notrimestree0,4p.p.emdozemeses.Atrajetórianotrimestre refletiu aumentosde0,1p.p. nos segmentosdepessoasfísicasedepessoasjurídicas,queregistraramtaxasdeinadimplênciade4,3%e2,2%,respectivamente.

OsdesembolsosdoBNDESparaaregiãosomaramR$7,7bilhõeseR$51,3bilhõesnotrimestreenoperíodode dozemeses encerrados emmarço, respectivamente,recuando,naordem,52,1%e38,4%emrelaçãoa iguaisperíodos em 2015.

OmercadodetrabalhonoSudesteseguiurefletindoaretraçãodaatividadeeconômicaaoregistraraeliminação

Tabela 4.2 – Volume de serviços – Sudeste

Serv. empresariais não financeiros, exceto saúde e educação

Variação % no período

Segmentos 2015 2016

Ano Nov1/ Fev1/ 12 meses

Total -3,2 -5,7 -5,1 -3,6

Serviços prestados às famílias -5,7 -5,7 -5,1 -5,7

Serviços de informação e comunicação 1,0 -2,2 -2,5 -0,1

Serviços profissionais e administrativos -3,0 -5,8 -6,2 -3,4

Transportes e correio -6,9 -8,9 -7,0 -6,5

Outros serviços -10,1 -11,0 -9,0 -9,6

Fonte: IBGE

1/ Variação relativa ao trimestre encerrado no mês assinalado e o mesmo período

do ano anterior.

0

4

8

12

16

Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago Nov Fev2015

Mai Ago Nov Fev2016

PF PJ Total

Gráfico 4.3 – Evolução do saldo das operações de crédito1/ – Sudeste Variação em 12 meses – %

1/ Operações com saldo superior a R$1 mil.

Discriminação

2013 2014 2015 20161/ R$ milhões Part.( %)

Sudeste 20,2 2,8 -33,2 -38,4 51 305 43

Brasil 22,1 -1,4 -27,6 -31,9 120 750 100

Fonte: BNDES

1/ Valores acumulados em doze meses até março.

20161/Var. % acum. 12 meses

Tabela 4.3 – Desembolsos do BNDES – Sudeste

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Abril 2016 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 47

de 453,3 mil postos formais no trimestre encerrado em fevereiro(-355,6milemigualperíodode2015),deacordocom oCaged/MTPS.Destacaram-se os cortes no setorde serviços, 138,6mil; na indústria de transformação,118,2mil; e no comércio, 93,5mil.Consideradosdadosdessazonalizados, o nível de emprego formal do Sudeste declinou 1,1%no trimestre encerrado em fevereiro, emrelaçãoaofinalizadoemnovembro,quandodiminuíra1,3%,namesmabasedecomparação.

AtaxamédiadedesempregodoSudeste,consideradasas regiõesmetropolitanasdeSãoPaulo (RMSP),RiodeJaneiro(RMRJ)eBeloHorizonte(RMBH),atingiu7,0%notrimestrefinalizadoemfevereiro,deacordocomaPMEdoIBGE.Oaumentode2,3p.p.emrelaçãoaigualperíodode2015refletiureduçõesde2,7%napopulaçãoocupadaede0,3%naPEA.Orendimentorealmédiohabitualeamassasalarialrealcontraíram6,7%e9,2%,respectivamente,noperíodo.Consideradosdadosdessazonalizados,a taxamédiadedesempregoatingiu7,4%notrimestreencerradoemfevereiro(7,2%emnovembro).

Ataxadedesempregodaregião,mensuradapelaPNADContínua, do IBGE, atingiu 9,6% no trimestreencerrado emdezembro, ante 6,6%em igual períodode2014,reflexodevariaçõesde-0,7%dapopulaçãoocupadaede2,6%daPEA.Orendimentorealmédiohabitualvariou0,7%eamassasalarial,-0,1%,noperíodo.

Noâmbitofiscal,osuperavit primário dos governos dos estados, das capitais e dos principais municípios doSudeste totalizouR$7,5 bilhões em2015 (deficit de R$8,0bilhõesem2014),influenciadoprincipalmentepelodesempenho dos estados, que registraram superavit de R$5,1bilhõesem2015,revertendodeficitdeR$11,5bilhõesapurado no ano anterior. O superavit das capitais cresceu 1,7%nacomparaçãoanual,enquantooresultadodosdemaismunicípios apresentou reversão de superavit de R$1,1 bilhão em 2014 para deficitdeR$43milhõesem2015.

Os jurosnominais, apropriadospor competência,somaramR$74,7bilhõesnoano(R$42,4bilhõesem2014),comexpansõesrespectivasde79,1%,65,2%e151,3%nasesferas dos governos estaduais, das capitais e dos demais municípios. O deficit nominal atingiu R$67,3 bilhões(R$50,4bilhõesem2014).

A dívida líquida dos estados, das capitais e dos principaismunicípiosdoSudestetotalizouR$583,0bilhõesemdezembrode2015(73,5%dadívidadetodososestados,

Tabela 4.4 – Evolução do emprego formal – Sudeste

Novos postos de trabalho

Acumulado no trimestre (em mil)1/

Discriminação 2015 2016

Fev Mai Ago Nov Fev

Total -355,6 -66,1 -191,4 -244,9 -453,3

Indústria de transformação -74,1 -60,8 -102,7 -88,4 -118,2

Comércio -83,2 -24,7 -29,6 16,2 -93,5

Serviços -71,3 2,5 -59,7 -62,3 -138,6

Construção civil -63,1 -30,2 -34,2 -63,4 -50,8

Agropecuária -49,7 50,0 40,5 -42,0 -40,2

Serv. industr. de utilidade pública -1,8 -1,0 -3,2 -2,2 -1,0

Outros2/ -12,5 -2,0 -2,4 -2,8 -11,0

Fonte: MTPS

1/ Refere-se ao trimestre encerrado no mês assinalado.

2/ Inclui extrativa mineral, administração pública e outros.

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Dez

Jan 2005

Fev

3

4

5

6

7

8

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

2013 2014 2015 2016

Gráfico 4.4 – Taxa de desemprego aberto – Sudeste%

Fonte: IBGE

Tabela 4.5 – Necessidades de financiamento – Sudeste1/

R$ milhões

UF

2014 2015 2014 2015

Jan-Dez Jan-Dez Jan-Dez Jan-Dez

Total 7 994 -7 459 42 370 74 748

Governos estaduais 11 490 -5 102 33 596 60 170

Capitais -2 362 -2 401 8 679 14 338

Demais municípios -1 135 43 96 240

1/ Inclui inform. dos estados e de seus principais municípios. Dados preliminares.

Resultado primário Juros nominais

Tabela 4.6 – Dívida líquida e necessidades de

financiamento – Sudeste1/

R$ milhões

UF Dívida Dívida2/

2014 Nominal Outros3/ 2015

Dez Primário Juros Total4/ Dez

Total 485 365 -7 459 74 748 67 288 30 369 583 023

Gov. estaduais 397 934 -5 102 60 170 55 068 26 492 479 494

Capitais 86 099 -2 401 14 338 11 937 3 142 101 178

Demais municípios 1 332 43 240 284 735 2 351

1/ Inclui inform. dos estados e de seus principais municípios. Dados preliminares.2/ A dívida líquida no momento t+1 é a dívida no momento t, mais o resultado nominal e o resultado de outros fluxos.3/ Inclui ajustes decorrentes de variação cambial, reconhec. de dívidas e privatiz.4/ O resultado nominal é a soma dos juros com o resultado primário.

Fluxos acumulados no ano

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48 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Abril 2016

capitaiseprincipaismunicípiosdopaís),aumentando20,1%no ano.

Considerados períodos de doze meses, os governos dos estados, das capitais e dos principais municípios do Sudeste registraram superavit primário deR$4,7 bilhõesemfevereirode2016.Osjurosnominais,apropriadosporcompetência,somaramR$79,8bilhõeseodeficit nominal, R$75,2bilhões.Oendividamentolíquidodostrêssegmentossubnacionais da região totalizou R$537,5 bilhões emfevereiro(72,2%dototaldosestados,capitaiseprincipaismunicípiosdopaís), com reduçãode7,8%em relação adezembro de 2015.

A safra de grãos do Sudeste deverá totalizar 20,8 milhõesdetoneladasem2016(9,9%daproduçãonacional),deacordocomoLSPAdemarço,doIBGE.Aelevaçãoanualde7,7%éfunção,sobretudo,daestimativadeaumentoparaacolheitadesoja(25,6%).Emrelaçãoàsdemaisculturas,ressaltem-seasprojeçõesparaasvariaçõesnassafrasdecaféarábica(20,9%),comrendimentomédio17,8%superioraode2015;cana-de-açúcar,-5,4%;elaranja,-2,9%.

Os abates de suínos, aves e bovinos, realizados em estabelecimentos inspecionadospeloSIF,variaram3,2%,2,4%e-24,0%,respectivamente,noprimeirobimestrede2016,emrelaçãoaigualperíodode2015,deacordocomoMapa.Nosegmentodebovinos,asmelhorescondiçõesdas pastagens influenciaramadecisãodosprodutores nosentidodepostergarabates,àesperadepreçosfuturosmaisfavoráveis.

AproduçãoindustrialdoSudestediminuiu4,3%notrimestreencerradoemfevereiro,emrelaçãoaofinalizadoemnovembro,quandodeclinara4,5%,nomesmotipodecomparação,deacordocomdadosdessazonalizadosdaPIM-PFRegional,doIBGE.Aproduçãodaindústriaextrativarecuou 10,2% e a da indústria de transformação, 3,5%(máquinaseequipamentos,-13,7%;máquinas,aparelhosemateriaiselétricos,-9,7%;produtosmineraisnão-metálicos,-6,0%).

Consideradosintervalosdedozemeses,aproduçãoindustrialdaregiãocontraiu10,3%emfevereiro,emrelaçãoaigualperíodode2015,apósretraçãode8,6%emnovembro(equipamentos de informática, produtos eletrônicose ópticos, -32,0%; veículos automotores, reboques ecarrocerias,-26,7%;produtostêxteis,-19,0%;máquinaseequipamentos,-18,1%).

Tabela 4.7 – Dívida líquida – Sudeste1/

Composição

R$ milhões

Região Sudeste 2013 2014 2015

Dez Dez Dez

Dívida bancária 28 686 50 130 69 046

Renegociação2/ 380 342 394 794 439 535

Dívida externa 29 436 43 032 67 775

Outras dívidas junto à União 15 863 15 029 14 373

Dívida reestruturada 896 985 1 024

Disponibilidades líquidas -24 208 -18 605 -8 730

Total (A) 431 014 485 365 583 023

Brasil3/ (B) 578 634 655 704 793 064

(A/B) (%) 74,5 74,0 73,5

1/ Inclui inform. dos estados e de seus principais municípios. Dados preliminares.

2/ Lei nº 8.727/1993, Lei nº 9.496/1997 e MP n° 2.185/2000.

3/ Refere-se à soma de todas as regiões.

Tabela 4.9 – Produção agrícola – Sudeste

Itens selecionados

Em mil toneladas

Discriminação Peso1/ Produção2/ Var. %

2015 2016 2016/2015

Grãos 19 348 20 841 7,7

Arroz (em casca) 0,1 83 66 -20,0

Feijão 1,7 712 772 8,4

Milho 6,6 11 286 11 196 -0,8

Soja 7,5 5 754 7 225 25,6

Outras lavouras

Café 20,4 2 234 2 606 16,7

Banana 2,8 2 373 2 258 -4,8

Cana-de-açúcar 37,2 492 204 465 768 -5,4

Laranja 6,0 12 840 12 461 -2,9

Fonte: IBGE

1/ Por valor da produção – PAM 2014.

2/ Estimativa segundo o LSPA de março de 2016.

Tabela 4.8 – Dívida líquida e necessidades de

financiamento – Sudeste1/

R$ milhões

UF Dezembro de 2015 Fevereiro de 2016

Dívida Fluxos 12 meses Dívida2/ Fluxos 12 meses

Primário Nominal3/ PrimárioNominal3/

ES 1 524 -268 56 2 009 176 513

MG 109 568 -999 13 320 108 655 -1 039 13 976

RJ 128 690 4 175 18 293 128 573 4 082 19 132

SP 343 241 -10 368 35 619 298 215 -7 885 41 542

Total (A) 583 023 -7 459 67 288 537 453 -4 666 75 163

Brasil4/ (B) 793 064 -11 900 85 611 744 861 -6 826 96 842

(A/B) (%) 73,5 62,7 78,6 72,2 68,4 77,6

1/ Por UF, totalizando gov. estadual, capital e principais municípios. Dados

preliminares.

2/ A dívida líquida no momento t+1 é a dívida no momento t, mais o resultado

nominal e o resultado de outros fluxos.

3/ O resultado nominal é a soma dos juros com o resultado primário.

4/ Refere-se à soma de todas as regiões.

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Abril 2016 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 49

Dados de confiança empresarial do setor nãoapontamreaçãodaatividade.OIceidoSudeste,calculadopelaCNI,atingiu34,4pontosemmarço,situando-sepelononotrimestreabaixodalinhadeindiferença(33,3pontosemdezembroe34,8pontosemmarçode2015).Aexpansãotrimestralrefletiuelevaçõesrespectivasde0,4pontoe1,5pontonoscomponentesqueavaliamascondiçõesatuaiseasexpectativas.

OindicadordeexpectativasdaSondagemIndustrialdaCNIparaoSudesteatingiu41,1pontosemfevereiro,permanecendo pelo nono trimestre na zona de pessimismo (40,5pontosemnovembroe37,5pontosemfevereirode2015).Oindicadordeestoques,empatamarligeiramenteinferioraoconsideradoadequado,totalizou49,4pontos(51,2pontosemnovembroe52,4pontosemfevereirode2015).

O superavit da balança comercial do Sudestetotalizou US$1,6 bilhão no primeiro trimestre de 2016, ante deficitdeUS$2,8bilhõesemigualperíodode2015.AsexportaçõesatingiramUS$19,6bilhõeseasimportações,US$18bilhões,recuando13,5%e29,2%,respectivamente,no período.

Ocomportamentodasexportações,decorrentedevariaçõesde-21,7%nospreçosede10,5%noquantum, refletiu recuos nas vendas de produtos básicos, 29,8%(minérios de ferro, -49,8%; óleos brutos de petróleo,-32,4%),desemimanufaturados,10,9%(produtosdeferroouaço,-36,3%),edemanufaturados,2,2%(tubosdeferrofundido, ferro ou aço e seus acessórios, -72,7%; óleoscombustíveis,-75,2%).Asvendasexternasdaregiãoparaos EUA, China, Argentina, Holanda e Chile representaram, emconjunto,49,9%dototalnoperíodo,destacando-seodeclíniode20,0%nasdirecionadasparaosEUA.

Orecuodasimportaçõesnotrimestreresultouderetrações de 8,9% nos preços e de 22,3%noquantum, refletindo reduções das compras em todas as principaiscategoriaseconômicas,comdestaqueparabensdeconsumoduráveis, 52,2% (automóveis de passageiros, -61,4%)e combustíveis e lubrificantes, 46,7%.As importaçõesprovenientes dos EUA, China, Alemanha, Argentina e Françarepresentaram,emconjunto,54,6%dototaladquiridopelaregiãonoperíodo,comênfaseparaasdiminuiçõesnasorigináriasdaChina(32,2%)edaArgentina(31,7%).

A inflação no Sudeste, considerada a médiaponderadadasvariaçõesdoIPCAnasregiõesmetropolitanasde São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Vitória

Jan 2005

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

80

90

100

110

120

130

140

Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago Nov Fev2015

Mai Ago Nov Fev2016

Bovinos Aves Suínos

Fonte: Mapa

Gráfico 4.5 – Abates de animais – SudesteMédia móvel trimestral2012 = 100

Tabela 4.10 – Produção industrial – Sudeste

Geral e setores selecionados

Variação % no período

Setores Pesos1/ 2015 2016

Nov2/ Fev2/ 12 meses

Indústria geral 100,0 -4,5 -4,3 -10,3

Indústrias extrativas 13,6 -6,5 -10,2 -1,5

Indústrias de transformação 86,4 -4,3 -3,5 -11,5

Veículos, reb. e carrocerias 12,8 -11,3 -0,9 -26,7

Produtos alimentícios 12,7 -2,1 2,3 -3,2

Deriv. petróleo e biocombustíveis 12,0 -8,2 2,2 -9,6

Metalurgia 7,1 -3,4 -2,1 -9,0

Outros produtos químicos 5,8 -1,5 -3,7 -6,7

Fonte: IBGE

1/ Ponderação de atividades no VTI, conforme a PIA 2010/IBGE.

2/ Variação relativa aos trimestres encerrados nos períodos t e t-3. Dados

dessazonalizados.

Tabela 4.11 – Exportação por fator agregado – FOB

Janeiro-março

US$ milhões

Discriminação Sudeste Brasil

2015 2016 Var. % Var. %

Total 22 672 19 620 -13,5 -5,1

Básicos 8 089 5 679 -29,8 -5,3

Industrializados 14 583 13 941 -4,4 -4,9

Semimanufaturados 3 722 3 317 -10,9 -8,5

Manufaturados1/ 10 861 10 624 -2,2 -3,6

Fonte: MDIC/Secex

1/ Inclui operações especiais.

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50 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Abril 2016

(RMV),atingiu2,58%noprimeirotrimestredoano(2,68%noúltimotrimestrede2015).Ospreçoslivresaceleraram,de 2,58%para 2,81%, e osmonitorados desaceleraram,de 2,97%para 1,91%, destacando-se, neste segmento, oarrefecimento na elevação do preço da gasolina (2,29%ante 10,85%) e a reduçãode 4,03%na tarifa de energiaelétricaresidencial,quehaviaaumentado2,31%noquartotrimestre de 2015.

Noâmbitodospreçoslivres,houveaceleraçãodospreçosdosbensnãocomercializáveis,de2,25%para2,93%(frutas,19,16%;tubérculos,16,70%;hortaliçaseverduras,16,59%;mensalidadesescolares,8,09%;ealimentaçãoforadodomicilio,2,30%),edesaceleraçãodospreçosdosbenscomercializáveis, de 3,01%para 2,66% (óculos e lentes,8,20%; etanol, 6,36%; açúcares e derivados, 6,14%; ecarnes,-0,27%).Oíndicededifusãomédioatingiu70,1%noprimeiro trimestredo ano (68,7%noquarto trimestrede2015).

A inflação do Sudeste variou 8,99% nos dozemeses finalizados emmarço (10,56% em 2015), comdesaceleração dos preçosmonitorados, de 18,57%para10,74%, e aceleração dos preços livres, de 8,09%para8,42%.Nesse segmento,houveaumentodavariaçãodospreços dos bens comercializáveis, de 7,72%para 9,13%(carnes, 9,68%; cuidados pessoais, 11,01%; panificados,10,20%), e desaceleração dos não comercializáveis, de8,37%para7,88%(alimentaçãoforadodomicilio,9,01%;mensalidadesescolares,8,90%;serviçospessoais,7,78%).

AretraçãodaatividadeeconômicadoSudestenoperíodo recente foi condicionada, em parte, pelos processos dedistensãodomercadodetrabalhoedemoderaçãodasoperaçõesdecrédito.Nessecontexto,emboraaperspectivade recuperação das exportações demanufaturados possafavorecer a atividade industrial, a reversão da dinâmica da economia da região será condicionada pela recuperaçãoda confiançados agentes epelo sucessodemedidasqueviabilizemaconsolidaçãodoajustemacroeconômicoemcurso no país.

Tabela 4.12 – Importação por grandes categorias

econômicas – FOB

Janeiro-março

US$ milhões

Discriminação Sudeste Brasil

2015 2016 Var. % Var. %

Total 25 471 18 036 -29,2 -33,4

Bens de capital 3 815 2 902 -23,9 -27,0

Bens Intermediários 15 052 10 697 -28,9 -32,0

Bens de consumo 4 245 3 174 -25,2 -26,9

Duráveis 1 101 526 -52,2 -51,2

Automóveis de passageiros 719 278 -61,4 -54,5

Semiduráveis e não duráveis 3 144 2 647 -15,8 -17,9

Combustíveis e lubrificantes 2 347 1 250 -46,7 -52,4

Petróleo 931 444 -52,3 -45,6

Demais 1 416 806 -43,1 -54,6

Bens não especificados 11 13 12,5 27,7

Fonte: MDIC/Secex

Tabela 4.13 – IPCA – Sudeste

Variação % no período

Discriminação Pesos1/ 2015 2016

Ano IV Tri I Tri 12 meses

IPCA 100,0 10,56 2,68 2,58 8,99

Livres 74,7 8,09 2,58 2,81 8,42

Comercializáveis 32,4 7,72 3,01 2,66 9,13

Não comercializáveis 42,3 8,37 2,25 2,93 7,88

Monitorados 25,3 18,57 2,97 1,91 10,74

Principais itens

Alimentação 23,7 11,06 3,64 4,16 12,06

Habitação 15,9 19,36 1,96 -0,08 8,67

Artigos de residência 4,0 4,76 1,22 2,29 6,20

Vestuário 5,4 4,13 2,24 0,68 6,00

Transportes 19,2 10,09 4,35 2,97 7,81

Saúde 11,4 9,27 1,97 2,57 10,14

Despesas pessoais 11,4 9,28 1,66 2,70 8,69

Educação 5,0 9,66 0,47 7,17 9,58

Comunicação 4,0 1,79 1,92 -0,62 2,32

Fonte: IBGE

1/ Referentes a março de 2016.

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Abril 2016 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 51

Minas Gerais

OPIBdeMinasGeraisdiminuiu4,9%em2015,deacordocomestimativadaFundaçãoJoãoPinheiro(FJP),anteretraçãode3,8%noindicadornacional.Namargem,oPIBdoestadorecuou1,8%noquartotrimestrede2015,emrelaçãoaoterceiro,deacordocomdadosdessazonalizados.Odesempenhonegativo refletiu, emparte, a reduçãonaatividadeextrativa,impactadapelainterrupçãonaproduçãodeminériodeferro,emfunçãodorompimentodabarragemderejeitosemMariana,epelodesempenhonegativodosetorde serviços e da indústria de transformação.Dadosmaisrecentes ratificama trajetória de contração na economiamineira, evidenciada pelo desempenho do IBCR-MG, que retraiu2,4%notrimestreencerradoemfevereiro,emrelaçãoaoterminadoemnovembro,quandorecuou1,5%,namesmabase de comparação, segundo dados dessazonalizados.Considerados intervalos de doze meses, o indicador diminuiu 4,1%emfevereiro(-3,2%emnovembro).

As vendas do comércio ampliado em Minas Gerais cresceram0,8%no trimestrefinalizadoemfevereiro,emrelaçãoaoencerradoemnovembro,quandodecresceram0,9%, namesma base de comparação, de acordo comdados dessazonalizados da PMC, do IBGE. Esse resultado refletiu, em especial, o aumento de 8,6%nas vendas deveículos,motos,partesepeças,primeiroresultadotrimestralpositivo para esse segmento desde outubro de 2014. Houve recuosemquatrodasdezatividadespesquisadas(móveiseeletrodomésticos,-11,3%;hipermercados,supermercados,produtosalimentícios,bebidasefumo,-0,9%).Asvendasdo comérciovarejista, excluídas asvariaçõesnasvendasde veículos e dematerial de construção, recuaram2,3%no período (elevação de 1%no trimestre encerrado emnovembro).

Considerados períodos de doze meses, as vendas do comércioampliadodecresceram6,3%emfevereiro, ante6,5%emnovembro(veículos,motos,partesepeças,-15,1%;móveiseeletrodomésticos,-14,8%;materialdeconstrução,-7,7%).Asvendasdocomérciovarejistadiminuíram1,8%e1,4%,respectivamente,nosperíodosmencionados.

Os emplacamentos de automóveis e comerciais leves no estado, indicador das vendas de veículos, recuaram 10,2%noprimeirotrimestrede2016,emrelaçãoaoquartotrimestrede2015,quandohaviamdiminuído1,1%,nessabasedecomparação,deacordocomdadosdessazonalizadosda Fenabrave. Em doze meses, os emplacamentos reduziram 22,5%emmarço(21,1%emdezembrode2015).

25262728293031

130

134

138

142

146

150

Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago Nov Fev2015

Mai Ago Nov Fev2016

IBC-Br IBCR-MG

Gráfico 4.6 – Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil e Minas GeraisDados desazonalizados2002 = 100

Tabela 4.14 – Índice de vendas no varejo – Minas Gerais

Geral e setores selecionadosVariação % no período

Setores 2015 2016

Ano Nov1/

Fev1/ 12 meses

Comércio varejista -1,9 1,0 -2,3 -1,8

Combustíveis e lubrificantes -4,8 -3,0 2,1 -4,6

Hiper, supermercados 0,8 1,5 -0,9 0,8

Tecidos, vestuário e calçados -7,3 -5,3 -3,9 -8,4

Móveis e eletrodomésticos -13,2 0,1 -11,3 -14,8

Outros art. de uso pessoal e dom. 7,6 6,4 2,2 9,7

Comércio ampliado -7,0 -0,9 0,8 -6,3

Veículos e motos, partes e peças -16,4 -8,2 8,6 -15,1

Material de construção -8,9 -3,1 -0,1 -7,7

Fonte: IBGE

1/ Variação relativa aos trimestres encerrados em t e t-3. Dados dessazonalizados.

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Ovolumedeserviçosnoestadodecresceu6,7%notrimestrefinalizadoemfevereiro,emrelaçãoaigualperíodode2015,segundoaPMS,doIBGE(serviçosprofissionais,administrativos e complementares, -12,0%; transportes,serviçosauxiliaresdostransportesecorreio,-10,0%;outrosserviços, -8,8%; serviços prestados às famílias, -8,0%).Considerados períodos de doze meses, o indicador recuou 4,9%emfevereiro(-3,9%emnovembro),comdestaqueparaasreduçõesnossegmentosoutrosserviços(11,2%),serviçosprofissionais, administrativos e complementares (10,5%),serviçosprestadosàsfamílias(9,2%)etransportes,serviçosauxiliaresdostransportesecorreio(8,7%).

Orecuonasvendasenaatividadedeserviçosreflete,em parte, o crescimento moderado do mercado de crédito. As operaçõesdeempréstimossuperioresaR$1milrealizadasemMinasGeraisatingiramR$275,3bilhõesemfevereiro,comestabilidadenotrimestreeelevaçãode3,0%emdozemeses.AscontrataçõescomrecursosdirecionadossomaramR$129,4bilhões,variando,naordem,0,9%e4,9%,easrealizadascomrecursoslivrestotalizaramR$146bilhões,comvariaçõesde-0,8%notrimestreede1,4%emdozemeses.

A carteira de pessoas físicas somou R$146,2 bilhões,elevando-se1,0%notrimestre,comdestaqueparaasmodalidades financiamento imobiliário, crédito rurale crédito consignado, e 6,3%emdozemeses.A carteirade pessoas jurídicas atingiuR$129,1bilhões, reduzindo-se 1,2% no trimestre – condicionada pela retração nosempréstimosaocomércioeàconstrução–e0,5%emdozemeses.

Ataxadeinadimplênciaatingiu3,87%emfevereiro,aumentando 0,33 p.p. no trimestre e 0,71 p.p. em doze meses. Aevolução trimestraldecorreudeelevaçõesde0,22p.p.no segmento de pessoas físicas e de 0,45 p.p. no de pessoas jurídicas,queregistraraminadimplênciade4,06%e3,67%,respectivamente.

O Índice deConfiança doConsumidor deBeloHorizonte (ICCBH), divulgado pela Fundação Institutode Pesquisas Econômicas,Administrativas eContábeisdeMinasGerais (Ipead), atingiu33,4 pontos emmarço,recuando 2,8 p.p. no trimestre e 4,9 p.p. em doze meses. A evoluçãotrimestraldoindicador,quepermanecenazonadepessimismodesdejaneirode2013,refletiuvariaçõesde-2,2p.p.nocomponentereferenteàexpectativaeconômica,comdestaqueparaadeterioraçãode3,8p.p.noquesitoemprego;ede-3,6p.p.nocomponentedeexpectativafinanceira,com

Tabela 4.15 – Índice de volume de serviços – Minas Gerais

Serv. empresariais não financeiros, exceto saúde e educação

Var. %

Segmentos 2015 2016

Ano Nov1/ Fev1/ 12 meses

Total -4,5 -6,4 -6,7 -4,9

Serviços prestados às famílias -9,0 -9,7 -8,0 -9,2

Serviços de informação e comunicação 5,3 2,5 0,4 4,4

Serviços profissionais e administrativos -9,6 -12,6 -12,0 -10,5

Transportes e correio -8,7 -9,8 -10,0 -8,7

Outros serviços -11,3 -8,9 -8,8 -11,2

Fonte: IBGE

1/ Variação relativa ao trimestre encerrado no mês assinalado e o mesmo período

do ano anterior.

-4

0

4

8

12

16

20

Nov2013

Fev2014

Mai Ago Nov Fev2015

Mai Ago Nov Fev2016

PJ PF Total

Gráfico 4.7 – Evolução do saldo das operações de crédito – Minas Gerais1/

Variação em 12 meses – %

1/ Operações com saldo superior a R$1 mil.

Jan 2006FevMarAbrMaiJunJulAgoSetOutNov

20

25

30

35

40

45

50

55

60

Dez2013

Mar2014

Jun Set Dez Mar2015

Jun Set Dez Mar2016

ICC geral Expectativa econômicaExpectativa financeira

Gráfico 4.8 – Índice de Confiança do Consumidor de Belo HorizontePontos

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Abril 2016 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 53

ênfase nas reduções de 5,7 p.p. no quesito pretensão decompraede4,7p.p.,noreferenteàsituaçãofinanceiradafamíliaemrelaçãoaopassado.

O mercado de trabalho do estado registrou a eliminação de 85,0mil empregos formais no trimestrefinalizado em fevereiro (-76,7mil em igual período de2015),deacordocomoCaged/MTPS,dosquais21,4milnaindústriadetransformação,emespecialnossegmentosautomotivo, vestuário, e de produtos alimentícios; 20,5milnosetordeserviços,comdestaqueparaoscortesnossegmentos transporte, educação e alimentação; 18,1milna construção civil; e 14,9mil no comércio.Apenas naagropecuáriaenaindústriaextrativa,ovolumededemissõesfoi inferior ao observado no trimestre encerrado em fevereiro de 2015. Considerados dados dessazonalizados, o nível de emprego formal do estado recuou 1,0% notrimestreencerradoemfevereiro,emrelaçãoaofinalizadoemnovembro,quandodeclinara1,4%,namesmabasedecomparação.

As horas trabalhadas na indústria do estado recuaram 2,0%notrimestrefinalizadoemfevereiro,emrelaçãoaoterminado em novembro de 2015, quando haviam retraído 1,4%,namesmabasedecomparação,deacordocomdadosdessazonalizadosdaFederaçãodasIndústriasdoEstadodeMinasGerais(Fiemg).Nomesmoperíodo,amassasalarialreal, o emprego e o rendimento médio no setor industrial recuaram5,4%,2,6%e0,4%,respectivamente.

A taxamédia de desemprego naRMBHatingiu6,7%notrimestrefinalizadoemfevereiro,segundoaPME,doIBGE.Oaumentode2,7p.p.emrelaçãoaigualperíodode 2015 resultou de acréscimo de 63,0%na quantidadededesocupadose retraçãode2,7%naPEA.Amassaderendimentos real recuou 14,1% no período, reflexo dereduções de 5,4%na população ocupada remunerada ede 9,2%no rendimentomédio real.Considerados dadosdessazonalizados, a taxa de desemprego aumentou 0,6p.p. no trimestrefinalizado em fevereiro, em relação aoterminado em novembro.

Considerandodadosfiscais,osuperavit primário dos governos do estado, da capital e dos principais municípios de MinasGeraisatingiuR$999milhõesem2015(R$3,1bilhõesem2014).Houve reduções nos superavits dos governos estadual (68,9%) e dos principaismunicípios (90,7%), ereversão, de deficit deR$186milhõesparasuperavit de R$13 milhões,noresultadodogovernodacapital.

Tabela 4.16 – Evolução do emprego formal – Minas Gerais

Novos postos de trabalho

Acumulado no trimestre (em mil)1/

Discriminação 2015 2016

Fev Mai Ago Nov Fev

Total -76,7 -20,5 -30,8 -75,7 -85,0

Indústria de transformação -16,6 -16,3 -17,2 -18,6 -21,4

Comércio -13,3 -4,9 -7,1 5,2 -14,9

Serviços -16,5 -0,7 -9,1 -10,5 -20,5

Construção civil -17,9 -15,6 -14,9 -16,7 -18,1

Agropecuária -9,3 18,6 19,2 -33,2 -6,8

Outros2/ -3,1 -1,7 -1,7 -1,8 -3,4

Fonte: MTPS

1/ Refere-se ao trimestre encerrado no mês assinalado.

2/ Inclui extrativa mineral, serv. ind. de utilidade pública e administração pública.

JanFevMarAbrMaiJunJulAgoSetOutNov

2,5

3,0

3,5

4,0

4,5

5,0

5,5

6,0

6,5

7,0

7,5

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

2013 2014 2015 2016

Gráfico 4.9 – Taxa de desemprego aberto – RMBH%

Fonte: IBGE

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54 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Abril 2016

Os jurosnominais, apropriadospor competência,somaramR$14,3bilhõeseodeficitnominal,R$13,3bilhões(R$8,8bilhõeseR$5,6bilhões,naordem,em2014).

AarrecadaçãodeICMSnoestadototalizouR$37,9bilhõesem2015,deacordocomaCotepe,doMinistériodaFazenda,recuando,emtermosreais,6,8%emrelaçãoa2014.As transferências da União para o estado e seus municípios totalizaramR$15,3bilhõesnoano,comdecréscimorealde1,6%emrelaçãoaoanoanterior(dadosdeflacionadospeloIGP-DI).

A dívida líquida do estado, da capital e dos principais municípios deMinasGerais somouR$109,6bilhões emdezembro,elevando-se22,6%noano.Adívidadogovernoestadualcresceu22,2%,adacapital,23,9%,eosaldocredorlíquido dos governos dos principais municípios diminuiu 36,6%,paraR$367milhões.

Dados relativos ao setor primário indicam que a safradegrãosdeMinasdeverá totalizar13,1milhõesdetoneladasem2016,aumentando11,5%emrelaçãoaoanoanterior, de acordo comoLSPAdemarço, do IBGE.Oresultadoreflete,emespecial,asestimativasdeexpansõesparaascolheitasdesoja(33,4%),favorecidaporaumentode20,1%naprodutividade,decorrentedecondiçõesclimáticasfavoráveis;defeijão(8,4%);edemilho(2,6%).Emrelaçãoàsdemaisculturas,estãoprojetadosaumentosanuaisparaas produções de café (20,8%), após dois anos de safrasfrustradasporcondiçõesclimáticasadversas;tomate(2,3%)ecana-de-açúcar(1,4%).

Os abates de bovinos em estabelecimentos fiscalizados pelo SIF (aproximadamente 80% do total)diminuíram33,8%noprimeirobimestrede2016,emrelaçãoa igual período de 2015, contrastando com os aumentos nos deaves(13,6%)edesuínos(1,5%).Ovalormédiodaarrobadoboivariou5,9%noperíodo.

Asexportaçõesdecarnesdebovinosaumentaram40,3% no período, destacando-se os acréscimos nosembarques para China, Chile e Irã. Em sentido oposto, houverecuosnosembarquesdecarnesdesuínos(40,3%),impactados pela contração nas vendas para aRússia, edecarnesdeaves(2,9%), influenciadospelareduçãonasexportaçõesparaoIêmen,Líbia,eEmiradosÁrabesUnidos.

A produção industrial deMinasGerais recuou4,8%notrimestreencerradoemfevereiro,emrelaçãoaotrimestrefinalizadoemnovembrode2015,quandohavia

Tabela 4.19 – Produção agrícola – Minas Gerais

Itens selecionadosEm mil toneladas

Discriminação Pesos1/ Produção2/ Variação %

2015 2016 2016/2015

Grãos 29,7 11 745 13 092 11,5

Feijão 3,1 509 552 8,4

Milho 11,6 6 839 7 017 2,6

Soja 13,3 3 524 4 701 33,4

Outras lavouras

Cana-de-açúcar 15,4 69 000 69 978 1,4

Café 36,0 1 346 1 626 20,8

Fonte: IBGE1/ Por valor da produção – PAM 2014.2/ Estimativa segundo o LSPA de março de 2016.

Tabela 4.17 – Necessidades de financiamento –

Minas Gerais1/

R$ milhões

UF

2014 2015 2014 2015

Jan-dez Jan-dez Jan-dez Jan-dez

Total -3 140 -999 8 787 14 320

Governo estadual -3 109 -966 8 574 14 046

Capital 186 -13 156 194

Demais municípios -217 -20 57 80

1/ Inclui informações do estado e de seus principais municípios. Dados preliminares.

Resultado primário Juros nominais

Tabela 4.18 – Dívida líquida e necessidades de

financiamento – Minas Gerais1/

R$ milhões

UF Dívida Dívida2/

2014 Nominal Outros3/ 2015

Dez Primário Juros Total4/ Dez

Total 89 370 -999 14 320 13 320 6 878 109 568

Governo estadual 87 544 -966 14 046 13 079 6 332 106 955

Capital 2 405 -13 194 181 394 2 980

Demais municípios -579 -20 80 60 152 -367

1/ Inclui inform. do estado e de seus principais municípios. Dados preliminares.2/ A dívida líquida no momento t+1 é a dívida no momento t, mais o resultado nominal e o resultado de outros fluxos.3/ Inclui ajustes decorrentes de variação cambial, reconhec. de dívidas e privatiz.4/ O resultado nominal é a soma dos juros com o resultado primário.

Fluxos acumulados no ano

80

90

100

110

120

130

140

150

160

Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago Nov Fev2015

Mai Ago Nov Fev2016

Bovinos Aves Suínos

Gráfico 4.10 – Abates de animais – Minas GeraisMédia móvel trimestral2012 = 100

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Abril 2016 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 55

retraído4,6%,nesse tipode comparação, segundodadosdessazonalizados da PIM-PF do IBGE.A produção daindústria extrativa decresceu 13,7%, influenciada pelaparalizaçãodepartedaextraçãodeminériodeferrodevidoaorompimentodebarragemderejeitosdemineração,eadaindústriadetransformaçãorecuou1,3%(produtosdemetal,excetomáquinaseequipamentos,-5,7%;metalurgia,-1,9%;minerais não-metálicos, -1,8%; celulose e papel, 27,7%;outros produtos químicos, 8,0%; veículos automotores,2,1%).

Consideradosperíodosdedozemeses,aproduçãodaindústriamineirarecuou9,1%emfevereiro,emrelaçãoaomesmo período de 2015 (7,3% em novembro).Aproduçãodaindústriaextrativadiminuiu4,5%edaindústriade transformação 10,7% (máquinas e equipamentos,-42,9%; automóveis,-34,9%;minerais não-metálicos,-16,6%;metalurgia,-6,8%).Emsentidooposto,aindústriaalimentíciaaumentou3,9%noperíodo.

O faturamento real da indústria de Minas Gerais recuou 1,7% no trimestre encerrado em fevereiro, emrelação ao terminado em novembro de 2015, quandodecrescera3,0%,nestetipodecomparação,deacordocomdadosdessazonalizadosdaFiemg.ONuciatingiu81,2%noperíodo(81,7%notrimestrefinalizadoemnovembro).

O Icei/MG, divulgado pela Fiemg, atingiu 37,5pontosemmarço(34,0pontosemdezembroe33,4pontosemmarçode2015),persistindonazonadepessimismo,masregistrando a primeiravariação interanual positivadesdedezembrode2012.Atrajetóriatrimestralrefletiuaumentode1,1pontonoÍndicedeCondiçõesAtuaisede4,7pontosnoÍndicedeExpectativas.

O superavitdabalançacomercialdoestadototalizouUS$2,7bilhõesnoprimeirotrimestrede2016,deacordocomoMDIC.Areduçãode22,8%emrelaçãoaomesmoperíodode2015refletiuretraçõesde22,4%nasexportaçõesede21,7%nasimportações,quetotalizaramUS$4,5bilhõeseUS$1,7bilhões,respectivamente.

O comportamento das exportações resultou devariações de -26,0%nos preços e de 4,9%noquantum. Houve reduções nas vendas em todas as categorias defatoragregado:produtosbásicos,28,2%(minériodeferro,-38,7%;cafécruemgrãos, -21,8%);semimanufaturados,20,5% (ferro-ligas, -26,2%; ferro fundido bruto e ferro“spiegel”,-53,9%;eouroemformassemimanufaturadas,-21,7%);manufaturados, 8,3% (tubos de ferro fundido,

Tabela 4.20 – Produção industrial – Minas Gerais

Geral e setores selecionados

Variação % trimestral

Setores Pesos1/ 2015 2016

Nov2/ Fev2/ Ac. 12 meses

Indústria geral 100,0 -4,6 -4,8 -9,1

Indústrias extrativas 24,6 -7,0 -13,7 -4,5

Indústrias de transformação 75,4 -4,4 -1,3 -10,7

Metalurgia 16,5 -2,9 -1,9 -6,8

Veículos, reb. e carrocerias 13,9 -8,0 2,1 -34,9

Deriv. petróleo e biocomb. 6,7 -3,9 0,4 -5,8

Prod. miner. não-metálicos 4,5 -3,7 -1,8 -16,6

Outros produtos químicos 3,3 -4,8 8,0 -10,1

Fonte: IBGE

1/ Ponderação de atividades no VTI, conforme a PIA 2010/IBGE.

2/ Variação relativa aos trimestres encerrados em t e t-3. Dados dessazonalizados.

Jan 2011Fev 2011MarAbr Mai JunJulAgo 2011SetOutNov�2011Dez

78

82

86

90

94

98

102

106

Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago Nov Fev2015

Mai Ago Nov Fev2016

Brasil Minas Gerais

Gráfico 4.11 – Produção industrial – Minas GeraisDados dessazonalizados – Média móvel trimestral2012 = 100

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-67,9%;motoresparaveículos, -38,1%; leite e cremedeleite,-74,0%;partesepeçasparaveículos,-29,3%).China,EUA, Argentina, Holanda, Japão e Alemanha adquiriram, emconjunto,55,2%dasexportaçõesdeMinasGeraisnotrimestre.

Aretraçãonasimportaçõesevidencioudecréscimosde15,6%noquantumede7,2%nospreços.Houvereduçãonasaquisiçõesdematérias-primaseprodutosintermediários,31,0% (peças para equipamentos de transporte, -45,1%;insumosindustriaiselaborados,-23,1%);bensdeconsumoduráveis, 68,6% (automóveis de passageiros, -69,9%);bens de consumo não duráveis, 16,8% (produtos detoucador, -64,3%; chocolate e preparações com cacau,43,5%); e combustíveis e lubrificantes, 20,9% (hulhasnão aglomeradas, -23,0%). Por outro lado, as comprasde bens de capital aumentaram 36,9% (bens de capitalexcetoequipamentodetransporte,56,8%,taiscomofornosindustriais,máquinas ferramentas para forjar/estamparmetais,máquinaseequipamentosparaelevaçãodecargaedescarga).AsimportaçõesprocedentesdaChina,EUA,Argentina, Itália e Luxemburgo corresponderam, emconjunto,a54,6%dasaquisiçõesdoestado,noperíodo.

O IPCA da RMBH variou 2,69% no primeirotrimestre de 2016 (2,05%no último trimestre de 2015),comaceleraçãodospreços livres (de1,95%para3,02%)edesaceleraçãodosmonitorados(de2,36%para1,64%).Destacaram-seasvariaçõesdepreçosnosgruposeducação(7,76%), alimentação e bebidas (5,07%) e transportes(3,22%).

Aevoluçãodospreçoslivresrefletiuosaumentosnas variaçõesdospreçosdos itens não comercializáveis,de 1,65%para 3,28% (frutas, 27,05%; cursos regulares,8,89%; alimentação fora do domicílio, 2,87%) e doscomercializáveis, de 2,31%para 2,72% (etanol, 9,98%;pão francês 4,10%; itens de higiene pessoal, 4,04%).Adesaceleraçãodospreçosmonitoradosrepercutiu,emgrandeparte, as reduções nos aumentos nos itens gasolina (de9,83%para3,26%),gásdebotijão(de3,91%para0,44%)eenergiaelétricaresidencial(-2,93%para-4,88%).Oíndicededifusãoatingiu69,6%notrimestreencerradoemmarço,ante60,7%e62,8%,respectivamente,nosencerradosemdezembroeemmarçode2015.

Considerados intervalos de doze meses, o IPCA da RMBHvariou8,18%emmarço(9,21%emdezembrode2015),destacando-seosaumentosnosgruposalimentaçãoebebidas(11,49%),educação(9,43%),esaúdeecuidados

Tabela 4.21 – Exportação por fator agregado – FOB

Janeiro-marçoUS$ milhões

Discriminação Minas Gerais Brasil

2015 2016 Var. % Var. %

Total 5 742 4 458 -22,4 -5,1

Básicos 3 155 2 266 -28,2 -5,3

Industrializados 2 587 2 192 -15,3 -4,9

Semimanufaturados 1 477 1 175 -20,5 -8,5

Manufaturados1/ 1 110 1 018 -8,3 -3,6

Fonte: MDIC/Secex

1/ Inclui operações especiais.

Tabela 4.22 – Importação por grandes categorias

econômicas - FOB

Janeiro-março

US$ milhões

Discriminação Minas Gerais Brasil

2015 2016 Var. % Var. %

Total 2 192 1 717 -21,7 -33,4

Bens de capital 366 501 36,9 -27,0

Bens Intermediários 1 280 883 -31,0 -32,0

Bens de consumo 398 216 -45,8 -26,9

Duráveis 223 70 -68,6 -51,2

Automóveis de passageiros 169 51 -69,9 -54,5

Semiduráveis e não duráveis 175 146 -16,8 -17,9

Combustíveis e lubrificantes 148 117 -20,9 -52,4

Petróleo 0 0 - -45,6

Demais 148 117 -20,9 -54,6

Bens não especificados 0 0 99,2 27,7

Fonte: MDIC/Secex

Tabela 4.23 – IPCA – Belo Horizonte

Variação % trimestral

Discriminação Pesos1/ 2015 2016

II Tri III Tri IV Tri I Tri

IPCA 100,0 2,09 1,10 2,05 2,69

Livres 75,8 1,51 0,90 1,95 3,02

Comercializáveis 35,1 1,71 1,15 2,31 2,72

Não comercializáveis 40,7 1,34 0,69 1,65 3,28

Monitorados 24,2 4,01 1,76 2,36 1,64

Principais itens

Alimentos e bebidas 22,4 2,27 0,34 3,40 5,07

Habitação 16,2 4,66 1,97 0,17 -0,16

Artigos de residência 5,0 2,75 0,74 0,88 2,47

Vestuário 6,4 1,55 0,92 1,68 0,38

Transportes 18,3 -0,16 0,76 3,92 3,22

Saúde 10,8 3,36 1,80 1,40 2,43

Despesas pessoais 12,1 1,58 1,89 1,33 1,84

Educação 4,8 0,63 0,41 0,50 7,76

Comunicação 4,0 1,15 0,70 2,08 0,17

Fonte: IBGE

1/ Referentes a março de 2016

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Abril 2016 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 57

pessoais (9,28%).Houvedesaceleração, de 16,81%para10,10%,nospreçosmonitorados,eaceleração,de7,00%para7,58%,nospreçoslivres,queregistraramaumentonavariaçãodosbenscomercializáveis(de6,17%para8,12%)ereduçãonadosnãocomercializáveis(de7,74%para7,12%).

Os principais indicadores de atividade de Minas Gerais mostram que a economia do estado vem registrando contraçãomaisintensadoqueaobservadaemnívelnacional,emcenárioderetraçãoacentuadanosprincipaissegmentosindustriais do estado – automobilístico, máquinas e equipamentos e de produtos de metal – e mais recentemente, na indústria extrativamineral. Consistente com essecontexto, a distensão nomercado de trabalhomostra-semaisacentuadanaRMBHdoquenamédiadasseisregiõesmetropolitanas da PME. Considerando esse cenário e o aprofundamentodaretraçãoeconômicanoúltimotrimestre,aatividadeeconômicanoestadodevecontinuarmostrandofragilidade no decorrer de 2016, apesar do desempenho positivo esperado para a agricultura e do impacto favorável darecuperaçãodosníveisdosreservatóriossobreaproduçãode energia elétrica.

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58 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Abril 2016

Rio de Janeiro

AeconomiadoRiodeJaneiroseguiuemtrajetóriacontracionista no trimestre encerrado em fevereiro, processo evidenciado nas retrações dos principais indicadores daatividadevarejistaedosetordeserviços,emambientededistensãodomercadodetrabalhoemoderaçãodasoperaçõesde crédito.Nesse contexto, o IBCR-RJ recuou 1,9%notrimestreterminadoemfevereiro,emrelaçãoaofinalizadoemnovembro, quando decrescera 1,7%, nomesmo tipode comparação, de acordo comdados dessazonalizados.Considerados períodos de doze meses, o indicador reduziu 1,9%emfevereiro(-0,6%emnovembro).

Asvendasdocomércioampliadocontraíram3,0%notrimestreencerradoemfevereiro,emrelaçãoaofinalizadoemnovembro,quandohaviamdiminuído4,7%,namesmabasedecomparação, segundodadosdessazonalizadosdaPMC, do IBGE. Houve recuos nas vendas em sete dos dez segmentos pesquisados (material de construção, -9,8%;hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidasefumo,-3,2%).Excluídasasvariaçõesnasvendasdeveículos(1,9%)edematerialdeconstrução,ocomérciovarejista decresceu3,8%noperíodo (-0,6%no trimestreterminadoemnovembro).

Considerados períodos de doze meses, as vendas do comércio ampliado diminuíram 9,8% em fevereiro,ante decréscimo de 6,2% em novembro (móveis eeletrodomésticos,-19,9%;veículos,motos,partesepeças,-19,5%;material de construção, -15,4%).As vendas docomérciovarejistaregistraram,naordem,reduçõesde4,8%e2,3%,emiguaisperíodos.

Os emplacamentos de automóveis e comerciais leves no Rio de Janeiro totalizaram 36,6 mil unidades no primeirotrimestrede2016,contraindo1,7%emrelaçãoaotrimestre anterior, de acordo com dados dessazonalizados da Fenabrave. Considerados intervalos de doze meses, os emplacamentos recuaram28,2% emmarço e 25,1% emdezembro de 2015.

Ovolumedosserviçosrecuou2,8%notrimestrefinalizado em fevereiro, em relação a igual períodode 2015 (serviços profissionais, administrativos ecomplementares,-5,8%;transportes,serviçosauxiliaresaos transportes e correio, -3,1%), segundo a PMS doIBGE. As atividades associadas ao turismo registraram estabilidade no período.

Tabela 4.24 – Índice de vendas no varejo – Rio de Janeiro

Geral e setores selecionados

Variação % no período

Setores 2015 2016

Ano Nov1/ Fev1/ 12 meses

Comércio varejista -3,2 -0,6 -3,8 -4,8

Combustíveis e lubrificantes -4,8 -3,5 -2,4 -5,3

Hiper e supermercados -2,5 -1,0 -3,2 -3,5

Tecidos, vestuário e calçados -8,4 1,3 -3,7 -9,1

Móveis e eletrodomésticos -16,6 4,5 -7,9 -19,9

Comércio ampliado -8,0 -4,7 -3,0 -9,8

Veículos e motos, partes e peças -18,2 -13,5 1,9 -19,5

Material de construção -10,3 -10,1 -9,8 -15,4

Fonte: IBGE

1/ Variação relativa aos trimestres encerrados em t e t-3. Dados dessazonalizados.

Tabela 4.25 – Índice de volume de serviços –

Rio de Janeiro

Serv. empresariais não financeiros, exceto saúde e educação

Var. %

Segmentos 2015 2016

Ano Nov1/ Fev1/ 12 meses

Total -3,1 -2,0 -2,8 -2,9

Serviços prestados às famílias -9,1 -5,4 -5,1 -8,2

Serviços de informação e comunicação 0,3 2,3 -0,4 -0,3

Serviços profissionais e administrativos -9,4 -9,6 -5,8 -8,6

Transportes e correio -1,7 -1,3 -3,1 -0,8

Outros serviços -6,7 -6,5 -6,7 -7,1

Fonte: IBGE

1/ Variação relativa ao trimestre encerrado no mês assinalado e o mesmo período

do ano anterior.

125

130

135

140

145

150

Nov2012

Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago Nov Fev2015

Mai Ago Nov Fev2016

IBC-Br IBCR-RJ

Gráfico 4.12 – Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil e Rio de JaneiroDados dessazonalizados2002 = 100

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Considerados intervalos de doze meses, o indicador recuou 2,9% em fevereiro, ante retração de 3,1% emnovembro (serviços profissionais, administrativos ecomplementares, -8,6%; serviços prestados às famílias,-8,2%).Asatividadesturísticasdiminuíram,naordem,1,6%e3,5%,nosmesmosperíodos.

Nomercado de crédito, o estoque de operaçõessuperiores a R$1 mil realizadas no estado totalizou R$449,5 bilhõesemfevereiro,aumentando1,5%notrimestree12,7%emdozemeses.AscontrataçõescomrecursosdirecionadossomaramR$251,0bilhões,comacréscimosrespectivosde1,5%e18,7%,easrealizadascomrecursoslivresatingiramR$198,5bilhões,crescendo1,4%notrimestree6,0%emdoze meses.

AcarteiradepessoasfísicassomouR$119,8bilhões,registrando estabilidade no trimestre – com ênfase nas modalidadesfinanciamentoimobiliárioecréditoconsignado–eelevando-se3,3%emdozemeses.Acarteiradepessoasjurídicas totalizouR$329,8 bilhões, crescendo 2,0%notrimestre – com destaque para os empréstimos concedidos àsindústriasextrativas(comexceçãodepetróleoegás),àadministraçãopúblicaeàsindústriasderefinodepetróleo,coqueeálcool–e16,6%emdozemeses.

A inadimplência atingiu 2,25% em fevereiro,crescendo 0,06 p.p. no trimestre e 0,08 p.p. em doze meses. Aevoluçãotrimestralrepercutiuaumentosrespectivosde0,14 p.p. e 0,06 p.p. nos segmentos de pessoas físicas e de pessoasjurídicas,queregistraramtaxasdeinadimplênciade5,39%e1,11%,respectivamente.

Omercadodetrabalhonaregiãoseguiurefletindoo menor dinamismo da economia, tendo eliminado 87,9 milempregosformaisnotrimestrefinalizadoemfevereiro(-72,9mil em período equivalente de 2015), de acordocomoCaged/MTPS.Destacaram-seoscortesnosetordeserviços(33,3mil),nocomércio(21,5mil)enaindústriade transformação (17,7mil), em especial na atividadeconstruçãodeembarcações.Oníveldeempregorecuou1,3%notrimestreencerradoemfevereiro,emrelaçãoaoencerradoemnovembro,quandohaviadecrescido1,4%namesmabasedecomparação,segundodadosdessazonalizados.

A análise em doze meses mostra que foram eliminados 174,9 mil empregos formais no estado em fevereiro(4,5%dasocupaçõesnosetorprivado),dosquais70,7mil no setor de serviços, 47,1mil na indústria detransformaçãoe32,3milnaconstruçãocivil(diminuições

0

10

20

30

Nov2012

Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago Nov Fev2015

Mai Ago Nov Fev2016

PF PJ Total

Gráfico 4.13 – Evolução do saldo das operações de crédito – Rio de Janeiro1/

Variação em 12 meses (%)

1/ Operações com saldo superior a R$1 mil.

Tabela 4.26 – Evolução do emprego formal –

Rio de Janeiro

Novos postos

Acumulado no trimestre (em mil)1/

Discriminação 2015 2016

Fev Mai Ago Nov Fev

Total -72,9 -19,6 -35,9 -31,5 -87,9

Indústria de transformação -9,0 -9,8 -9,4 -10,2 -17,7

Comércio -21,7 -2,2 -7,6 10,6 -21,5

Serviços -22,5 -5,2 -18,4 -13,8 -33,3

Construção civil -17,1 -1,7 -2,1 -16,7 -11,9

Agropecuária -0,7 -0,1 2,1 -0,8 -1,9

Serviços ind. utilidade pública -0,7 -0,2 -0,3 -0,2 -0,7

Outros2/ -1,3 -0,4 -0,2 -0,5 -0,9

Fonte: MTPS

1/ Refere-se ao trimestre encerrado no mês assinalado.

2/ Inclui extrativa mineral, administração pública e outros.

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respectivas de 3,4%, 10,1%e 10,4%das ocupações nasrespectivasatividades).

AtaxamédiadedesempregonaRMRJatingiu5,1%no trimestre terminadoemfevereiro,ante3,8%emigualperíodo de 2015, de acordo com a PME do IBGE. Esse aumentorefletiuvariaçõesde-1,3%napopulaçãoocupadaede0,1%naPEA.Orendimentomédiorealdotrabalhoprincipal habitualmente recebido pelas pessoas ocupadas e amassaderendimentosdiminuíram8,6%e10,5%,nessaordem, no período. Considerados dados dessazonalizados, a taxamédiadedesempregorecuou0,6p.p.notrimestreterminado em fevereiro, em relação ao finalizado emnovembro, quando havia crescido 0,7 p.p.

Ataxadedesempregonoestadoatingiu8,5%noquartotrimestrede2015(5,8%emigualperíodode2014),conformeaPNADContínua,doIBGE.Orendimentomédioreal habitualmente recebido pelos ocupados e a massa salarialrealcresceram5,1%e4,7%,respectivamente,emrelaçãoaigualperíodode2014,quandohaviamrecuado,naordem,5,6%e4,7%.

Noâmbitofiscal,osgovernosdoestado,dacapitale dos principais municípios do Rio de Janeiro acumularam deficit primário deR$4,2 bilhões em 2015, anteR$7,2bilhões em 2014.O recuo refletiu a redução, deR$8,0bilhõesparaR$868milhões,nodeficit do governo estadual e as reversões nos resultados da capital e dos demaismunicípios, de superavits respectivosdeR$287milhõeseR$542milhões,paradeficitsrespectivosdeR$2,0bilhõese R$1,3 bilhão.

Os jurosnominais, apropriadospor competência,totalizaramR$14,1bilhõesem2015(elevaçãode82,0%emrelaçãoaoanoanterior)eodeficit nominal somou R$18,3 bilhões(R$14,9bilhõesem2014).

A dívida líquida das esferas governamentais consideradas atingiu R$128,7 bilhões em dezembro,aumentando33,0%noano.Asdívidasdosgovernosestadualedacapitalelevaram-se,naordem,28,7%e57,2%,evoluçãoassociada, emparte, ao impacto da depreciação cambialsobreosfinanciamentosemmoedaestrangeira.

AarrecadaçãodeICMSnoestadosomouR$6,0bilhõesnoprimeirobimestrede2016,deacordocomaSecretariadeEstadodeFazendadoRiodeJaneiro(Sefaz-RJ),comcontraçãorealde1,5%emrelaçãoaoperíodoequivalentede2015.AstransferênciasdaUnião(exceto

2

3

4

5

6

7

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

2013 2014 2015 2016

Gráfico 4.14 – Taxa de desemprego aberto –Rio de Janeiro%

Fonte: IBGE

Tabela 4.27 – Necessidades de financiamento –

Rio de Janeiro1/

R$ milhões

UF Resultado primário Juros nominais

2014 2015 2014 2015

Jan-dez Jan-dez Jan-dez Jan-dez

Estado do Rio de Janeiro 7 182 4 175 7 756 14 118

Governo estadual 8 011 868 7 056 12 719

Capital -287 1 966 788 1 462

Demais municípios -542 1 341 -88 -64

1/ Inclui inform. do estado e de seus principais municípios. Dados preliminares.

Tabela 4.28 – Dívida líquida e necessidades de

financiamento – Rio de Janeiro1/

R$ milhões

UF Dívida Fluxos acumulados no ano Dívida2/

2014 Nominal Outros4/ 2015

Dez Primário Juros Total3/ Dez

Estado do RJ 96 738 4 175 14 118 18 293 13 658 128 690

Governo estadual 89 785 868 12 719 13 588 12 223 115 595

Capital 8 739 1 966 1 462 3 429 1 568 13 736

Demais municípios -1 785 1 341 -64 1277 -133 -642

1/ Inclui inform. do estado e de seus principais municípios. Dados preliminares.2/ A dívida líquida no momento t+1 é a dívida no momento t, mais o resultado nominal e o resultado de outros fluxos.3/ O resultado nominal é a soma dos juros com o resultado primário. 4/ Inclui ajustes decorrentes de variação cambial, reconhec. de dívidas e privatiz.

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Abril 2016 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 61

Fundeb) totalizaramR$867,3milhões no bimestre, deacordocomaSTN,indicandoreduçãorealde10,7%emcomparaçãoaigualperíodode2015(deflacionadaspeloIGP-DI).

A safra de cana-de-açúcar, uma das principaisculturasnoestado,deverárecuar35,3%em2016,deacordocom o LSPA demarço do IBGE, evolução associada,emespecial,àreduçãode27,6%naáreacolhida.Dentreas demais culturas, estão projetados aumentos para asproduçõesdecafé(12,1%),batata(3,8%),mandioca(1,4%)etomate(3,4%),eretraçõesparaasdecoco-da-baía(10,9%)eabacaxi(0,5%).Asafradegrãos,quedetémparticipaçãode 1,0%novalor bruto da produção agrícola do estado,segundo a PAM/2014, deverá crescer 11,6% em 2016,resultadodeaumentode27,3%naáreacolhidaerecuode12,3%naprodutividade.

Aatividadeindustrialfluminensecresceu0,8%notrimestreencerradoemfevereiro,emrelaçãoaofinalizadoem novembro, quando havia recuado 9,7%, nomesmotipo de comparação, segundodados dessazonalizados daPIM-PFRegional do IBGE.Aprodução da indústria detransformaçãoaumentou0,7%noperíodo, comdestaqueparaaexpansãode9,2%nosegmentodecoque,derivadosdepetróleoebiocombustíveis,enquantoaindústriaextrativaavançou1,3%.

Consideradosintervalosdedozemeses,aproduçãoindustrial do estado diminuiu 7,4%em fevereiro (-6,0%em novembro).Houve recuo de 11,5% na indústria detransformação (veículos automotores, -28,8%; coque,derivadosdepetróleoebiocombustíveis,-11,1%)eaumentode2,7%naextrativa.

OIcei,divulgadopelaFederaçãodasIndústriasdoEstadodoRiodeJaneiro(Firjan),atingiu32,7pontosemjaneiro (34,0 pontos emoutubro e 44,1 pontos em igualperíodo de 2015), situando-se nomenor nível da sérieiniciadaemabrilde2005.Atrajetória trimestral resultouderecuosnoscomponentesqueavaliamascondiçõesatuais(1,4ponto)easexpectativas(1,2ponto).

OsdesembolsosdoBNDESparaoestadototalizaramR$1,8 bilhão no primeiro trimestre de 2016, ante R$3,9 bilhõesnomesmoperíodode2015,reduçãodecorrente,emespecial,dadesaceleraçãodademandaporinvestimentosedascondiçõesdecréditomaisrestritivas.

Abalança comercial do estado foi deficitária em

Tabela 4.29 – Produção agrícola – Rio de Janeiro

Itens selecionados

Em mil toneladas

Discriminação Pesos1/ Produção Variação %

2015 20162/ 2016/2015

Grãos

Milho 0,5 4,8 5,6 15,5

Feijão 0,4 1,5 1,8 20,4

Outras lavouras

Tomate 25,8 185,9 192,2 3,4

Cana-de-açúcar 13,5 3 991,0 2 582,4 -35,3

Abacaxi (mil frutos) 11,6 93,2 92,8 -0,5

Mandioca 10,1 154,6 156,8 1,4

Banana 8,3 144,0 141,9 -1,5

Café 5,1 17,1 19,2 12,1

Fonte: IBGE

1/ Por valor da produção – PAM 2014.

2/ Estimativa segundo o LSPA de março de 2016.

75

80

85

90

95

100

105

110

Nov2012

Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago Nov Fev2015

Mai Ago Nov Fev2016

Indústria geral Indústria extrativa

Indústria de transformação

Gráfico 4.15 – Produção industrial – Rio de JaneiroDados dessazonalizados – Média móvel trimestral2012 = 100

Fonte: IBGE

Tabela 4.30 – Produção industrial – Rio de Janeiro

Geral e setores selecionados

Variação % no período

Setores Pesos1/ 2015 2016

Nov2/ Fev2/ Ac. 12 meses

Indústria geral 100,0 -9,7 0,8 -7,4

Indústrias extrativas 28,1 -3,5 1,3 2,7

Indústrias de transformação 71,9 -9,4 0,7 -11,5

Deriv. petróleo e biocomb. 25,9 -19,6 9,2 -11,1

Metalurgia 10,4 -10,1 -10,4 -11,9

Veículos, reb. e carrocerias 5,8 6,7 3,8 -28,8

Bebidas 3,9 2,1 1,8 -2,8,

Fonte: IBGE

1/ Ponderação de atividades no VTI, conforme a PIA 2010/IBGE.

2/ Variação relativa aos trimestres encerrados em t e t-3. Dados dessazonalizados.

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US$106milhõesnostrêsprimeirosmesesde2016(deficit deUS$693,4milhõesemigualperíodode2015),deacordocomoMDIC.AsexportaçõessomaramUS$3,13bilhõeseasimportações,US$3,23bilhões,recuando13,2%e24,7%,respectivamente,noperíodo.Asvendasexternasdeóleosbrutosdepetróleo,querepresentaram48,8%dototaldosembarquesdoestadonotrimestre,diminuíram26,3%,esuascompras,equivalentesa6,9%das importações, recuaram5,2%.

O comportamento das exportações resultou dedecréscimode31,8%nospreços,influenciadopelodeclíniodascotaçõesinternacionaisdopetróleo,edeincrementode27,3%noquantum. Houve recuo nas vendas de produtos básicos, 26,3% (óleos brutos de petróleo, -26,3%) e desemimanufaturados,41,2%(produtossemimanufaturadosdeferroouaço,-40,2%;borrachasintéticaeartificial,-69,3%),eaumentode20,7%nasdemanufaturados(centrifugadoreseaparelhosparafiltraroudepurar;automóveisdepassageiros,165,1%).AsvendasdirecionadasaosEUA,ChinaeChileresponderam,emconjunto,por54,1%dasexportaçõesdoestadonotrimestre,adespeitodasretraçõesnosembarquesdeóleosbrutosdepetróleoparaosEUA(43,4%)eChina(37,1%).

Orecuodas importaçõesevidenciouretraçõesde15,0%nospreçosede11,5%noquantum, com ênfase nas reduções nas aquisições de combustíveis e lubrificantes,35,9% (gás natural liquefeito, -84,4%, proveniente daNigéria eTrinidad eTobago) e de bens duráveis, 54,8%(automóveis de passageiros, -57,1%, principalmente daArgentina).As importações originárias daChina,EUA,eArábiaSaudita representaram,emconjunto,55,5%dascomprasexternasdoestado,notrimestre.

OIPCA-RMRJvariou2,81%noprimeirotrimestrede2016 (3,10%noquarto trimestrede2015),deacordocomoIBGE.Avariaçãodospreçosdositensmonitoradosrecuoude3,40%para2,83%(ônibusurbano,11,76%;ônibusintermunicipal, 10,86%; planode saúde, 3,21%) e a dospreçoslivres,de2,98%para2,80%.Aevoluçãodospreçoslivresrefletiuadesaceleração,de2,77%para2,14%,dospreçosdosbenscomercializáveis(alho,28,58%;açúcaresederivados,10,63%;leitelongavida,5,71%)eaaceleração,de3,11%para3,21%,dospreçosdosnãocomercializáveis(alimentos in natura, 23,27%; cursos regulares, 11,15%;empregadodoméstico,5,06%).Oíndicededifusãomédioatingiu 65,1%noprimeiro trimestre de 2016 (62,2%noquartotrimestree60,6%emigualperíodode2015).

20

25

30

35

40

45

50

55

60

65

Out2012

Jan2013

Abr Jul Out Jan2014

Abr Jul Out Jan2015

Abr Jul Out Jan2016

Geral Expectativas Condições atuais

Fonte: Firjan

Gráfico 4.16 – Índice de Confiança do Empresário Industrial – Rio de JaneiroPontos

Tabela 4.31 – Exportação por fator agregado – FOB

Janeiro-março

US$ milhões

Discriminação Rio de Janeiro Brasil

2015 2016 Var. % Var. %

Total 3 602 3 127 -13,2 -5,1

Básicos 2 090 1 540 -26,3 -5,3

Industrializados 1 512 1 588 5,0 -4,9

Semimanufaturados 383 225 -41,2 -8,5

Manufaturados1/ 1 129 1 363 20,7 -3,6

Fonte: MDIC/Secex

1/ Inclui operações especiais.

Tabela 4.32 – Importação por grandes categorias

econômicas – FOB

Janeiro-março

US$ milhões

Discriminação Rio de Janeiro Brasil

2015 2016 Var. % Var. %

Total 4 295 3 233 -24,7 -33,4

Bens de capital 1 018 862 -15,3 -27,0

Bens intermediários 1 937 1 509 -22,1 -32,0

Bens de consumo 624 403 -35,4 -26,9

Duráveis 201 91 -54,8 -51,2

Automóveis de passageiros 163 70 -57,1 -54,5

Semiduráveis e não duráveis 423 312 -26,3 -17,9

Combustíveis e lubrificantes 709 454 -35,9 -52,4

Petróleo 234 222 -5,2 -45,6

Demais 475 232 -51,1 -54,6

Não especificados 8 6 -27,1 27,7

Fonte: MDIC/Secex

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Abril 2016 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 63

AinflaçãonaRMRJatingiu8,93%noperíododedozemesesencerradoemmarço,ante10,52%em2015.Adesaceleraçãodecorreudoimpactodareduçãonavariaçãodos preçosmonitorados, de 16,88%para 10,74%, e doaumentonavariaçãodospreçoslivres,de8,19%para8,23%,segmentoemqueocorreuaceleraçãodospreçosdosbenscomercializáveis,de7,28%para8,16%,edesaceleraçãodosnãocomercializáveis,de8,76%para8,28%.Destacaram-se, no intervalo de dozemeses concluído emmarço, aselevaçõesdasdespesascomalimentaçãoebebidas(12,00%)ehabitação(8,74%).

Os principais indicadores da economia do Rio de Janeiroevidenciamacontinuidadedoprocessoderetraçãodo nível de atividade, com ênfase na indústria de petróleo egás,emtrajetóriaconsistentecomopatamarreduzidodaconfiançadosagenteseconômicos.Essecenário,agravadopelosimpactosadversosdeeventosnãoeconômicossobreasdecisõesdeempresárioseconsumidores,tendeaprevalecernospróximosmeses,comefeitosadicionaissobreomercadode trabalho.

Tabela 4.33 – IPCA – Rio de Janeiro

Variação % trimestral

Discriminação Pesos1/ 2015 2016

II Tri III Tri IV Tri I Tri

IPCA 100,0 1,82 0,93 3,10 2,81

Livres 71,5 1,54 0,69 2,98 2,80

Comercializáveis 27,0 1,88 1,13 2,77 2,14

Não comercializáveis 44,6 1,33 0,42 3,11 3,21

Monitorados 28,5 2,55 1,55 3,40 2,83

Principais itens

Alimentação 24,4 2,40 0,79 4,20 4,15

Habitação 17,5 3,14 1,20 4,14 0,04

Artigos de residência 3,4 0,51 0,28 1,38 2,40

Vestuário 4,5 1,70 -0,08 2,28 -0,64

Transportes 17,6 0,93 -0,03 3,24 4,44

Saúde 11,5 2,81 2,43 1,87 1,90

Despesas pessoais 11,4 0,62 1,78 2,97 3,68

Educação 5,1 0,43 0,77 0,61 8,47

Comunicação 4,4 0,43 0,09 1,08 -1,45

Fonte: IBGE

1/ Referente a março de 2016.

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São Paulo

OPIBdeSãoPaulorecuou4,1%em2015,deacordocomaFundaçãoSistemaEstadual deAnálise deDados(Seade).Namargem,oindicadordiminuiu1,7%noquartotrimestre de 2015, em relação ao terceiro, quando haviadecrescido1,9%,nomesmotipodeanálise,consideradosdados dessazonalizados.

Indicadores mais recentes revelam a continuidade do ambiente recessivo na economia paulista, caracterizado pela elevaçãododesemprego, retraçãodamassa salarialemoderaçãodos indicadoresdecrédito.Nessecontexto,o IBCR-SP diminuiu 0,6% no trimestre finalizado emfevereiro,emrelaçãoaoencerradoemnovembro,quandodecrescera 1,0%, namesmabase de comparação, dadosdessazonalizados. Considerados períodos de doze meses, o indicadorcontraiu3,0%emfevereiro(-2,4%emnovembro).

Asvendasdocomércioampliadodiminuíram1,9%notrimestreencerradoemfevereiro,emrelaçãoaofinalizadoemnovembro,quandohaviamdeclinado0,8%,nomesmotipodecomparação,deacordocomdadosdessazonalizadosdaPMC,doIBGE.Destacaram-seasretraçõesnasvendasde equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (9,7%), outros artigos de uso pessoal edoméstico (7,7%), emóveis e eletrodomésticos (6,2%).As vendas do comércio varejista, excluídas as variaçõesnasdeveículos,motos,partesepeças(0,8%)edematerialdeconstrução(-2,2%),diminuíram2,9%noperíodo,anteaumentode0,4%notrimestreencerradoemnovembro.

Considerados períodos de doze meses, as vendas do comércioampliadodecresceram5,3%emfevereiro, ante6,1%emnovembro (livros, jornais, revistas e papelaria,-16,4%;móveis e eletrodomésticos, -15,9%; tecidos,vestuário e calçados, -12,3%;material de construção,-11,0%).Asvendasdocomérciovarejistarecuaram4,6%e2,9%,respectivamente,nosperíodosmencionados.

Os emplacamentos de automóveis e comerciais leves no estado, consistentes com o cenário de distensão no mercadodetrabalhoemenordinamismodasoperaçõesdecrédito,diminuíram4,9%notrimestrefinalizadoemmarço,anteoencerradoemdezembro,quandodecresceram6,7%,nomesmotipodecomparação,segundodadosdessazonalizadosda Fenabrave. Os emplacamentos acumulados em doze mesesrecuaram26,0%emmarçoe24,5%emdezembro,emrelaçãoaiguaisintervalosdoanoanterior.

Tabela 4.34 – Comércio varejista – São Paulo

Geral e setores selecionadosVariação % no período

Setores 2015 2016

Ano Nov1/ Fev1/ 12 meses

Comércio varejista -3,5 0,4 -2,9 -4,6

Combustíveis e lubrificantes -8,6 -5,1 -3,3 -9,4

Hiper e supermercados -1,6 2,5 -1,2 -1,6

Tecidos, vestuário e calçados -10,3 -3,6 -2,6 -12,3

Móveis e eletrodomésticos -13,8 2,1 -6,2 -15,9

Comércio ampliado -5,9 -0,8 -1,9 -5,3

Automóveis e motocicletas -11,0 -0,2 0,8 -5,4

Material de construção -10,6 -5,8 -2,2 -11,0

Fonte: IBGE1/ Variação relativa aos trimestres encerrados em t e t-3. Dados dessazonalizados.

90

95

100

105

110

115

120

Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago Nov Fev2015

Mai Ago Nov Fev2016

Fonte: IBGE

Comércio varejista Comércio ampliado

Gráfico 4.18 – Comércio varejista – São PauloDados dessazonalizados2011 = 100

130

135

140

145

150

155

160

Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago Nov Fev2015

Mai Ago Nov Fev2016

IBC-Br IBCR-SP

Gráfico 4.17 – Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil e São PauloDados dessazonalizados 2002 = 100

Fonte: IBGE

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Abril 2016 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 65

Aatividadenosetordeserviçosdiminuiu5,4%emSãoPaulonotrimestreencerradoemfevereiro,emrelaçãoa igual período de 2015, de acordo com a PMS do IBGE (outros serviços, -8,9%; transportes, serviços auxiliaresaos transportes e correios, -7,3%; serviços profissionais,administrativos e complementares, -5,5%).Consideradosperíodosdedozemeses, o indicadordecresceu3,4%emfevereiro, após retração de 2,4% em novembro (outrosserviços, -9,7%; transportes, serviços auxiliares aostransportesecorreios,-7,6%,serviçosprestadosàsfamílias,-3,8%).

OsaldodasoperaçõesdecréditosuperioresaR$1milcontratadasemSãoPaulosomouR$939,6bilhõesemfevereiro, crescendo 0,1%no trimestre e 5,2%emdozemeses.AscontrataçõescomrecursosdirecionadosatingiramR$414,8bilhões,elevando-se0,4%e7,4%,respectivamente,e as efetivadas com recursos livres somaram R$524,8 bilhões,variando-0,2%notrimestree3,6%emdozemeses.

A carteira de pessoas físicas, impulsionada pela evoluçãodamodalidadefinanciamentoimobiliário,totalizouR$401,8bilhões,crescendo0,9%notrimestree5,6%emdozemeses.Acarteiradepessoasjurídicas,impulsionadapelamodalidadecapitaldegiro,somouR$537,8bilhões,comvariações respectivasde -0,5%e4,9%,nasmesmasbasesdecomparação.

A inadimplência atingiu 3,1% em fevereiro,aumentando 0,1 p.p. no trimestre e 0,4 p.p. em doze meses. Aevoluçãotrimestraldecorreudeestabilidadenosegmentodepessoasfísicasedeexpansãode0,1p.p.nodepessoasjurídicas,nosquaisataxadeinadimplênciaatingiu4,0%e2,3%,respectivamente.

O Índice de Confiança doConsumidor (ICC),divulgadopelaFederaçãodoComérciodoEstadodeSãoPaulo(FecomércioSP),atingiu89,3pontosemmarçode2016(87,2pontosemdezembroe106,9pontosemigualperíodo de 2015),mantendo-se na zona de pessimismo.A trajetória trimestral refletiu retração de 4,5 pontos nocomponentequeavaliaascondiçõeseconômicasatuaiseexpansãode6,5pontosnorelativoàsexpectativas.

O Icec, divulgado pela Fecomércio SP, situou-se em 74,9pontosemfevereirode2016(72,8pontosemnovembroe 95,3 pontos em igual período de 2015).A expansãotrimestralrepercutiu,sobretudo,avariaçãonocomponentequeavaliaascondiçõesatuais(6,0pontos).

Tabela 4.35 – Volume de serviços – São Paulo

Serv. empresariais não financeiros, exceto saúde e educação

Variação % no período

Segmentos 2015 2016

Ano Nov1/ Fev1/ 12 meses

Total -3,0 -6,6 -5,4 -3,4

Serviços prestados às famílias -3,5 -4,8 -4,2 -3,8

Serv. de informação e comunicação 0,8 -4,3 -3,7 -0,7

Serv. profissionais e administrativos 0,0 -3,7 -5,5 -0,6

Transportes e correio -8,0 -10,8 -7,3 -7,6

Outros serviços -10,7 -11,9 -8,9 -9,7

Fonte: IBGE1/ Variação relativa ao trimestre encerrado no mês assinalado e o mesmo período do ano anterior.

0

4

8

12

16

Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago Nov Fev2015

Mai Ago Nov Fev2016

PF PJ Total

Gráfico 4.19 – Evolução do saldo das operações de crédito – São Paulo1/

Variação em 12 meses – %

1/ Operações com saldo superior a R$1 mil.

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66 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Abril 2016

O índice ICF, divulgado pela Fecomércio SP, atingiu 70,6pontosemmarçode2016(66,0pontosemdezembroe105,7pontosemigualperíodode2015),permanecendoemzonaindicativadepessimismo(abaixode100pontos).

Na economia paulista, foram eliminados 262,5mil postos de trabalho formais no trimestre encerrado em fevereiro (-192,9mil em igual períodode 2015), deacordo comoCaged/MTPS.Destacaram-seos cortes nosetordeserviços(78,9mil),naindústriadetransformação(75,3mil)enocomércio(53,4mil).Consideradosdadosdessazonalizados,oníveldeempregoformalrecuou1,0%notrimestrefinalizadoemfevereiro,emrelaçãoaoencerradoemnovembro,quandohaviadiminuído1,1%,nomesmotipodecomparação.

A taxadedesempregodaRMSP, divulgadapeloIBGE, atingiu8,1%no trimestre encerrado em fevereiro(5,4%em igual período de 2015), resultado de retraçãode2,8%napopulaçãoocupadaedeelevaçãode0,1%naPEA. O rendimento real médio habitual e a massa salarial realrecuaram5,4%e8,1%,respectivamente,noperíodo.Considerados dados dessazonalizados, a taxamédia dedesemprego atingiu 8,3% no trimestre encerrado emfevereiro(8,0%nofinalizadoemnovembro).

A taxa de desemprego,mensurada pela PNADContínua,doIBGE,atingiu10,1%noestado,notrimestreencerradoemdezembro.Oaumentode3,0p.p.emrelaçãoaigualperíodode2014repercutiuvariaçõesde-0,8%daocupação e de 2,5%da força de trabalho.O rendimentorealmédiohabitualvariou0,8%eamassasalarial,-0,1%,no período.

As horas trabalhadas na indústria paulista recuaram 2,9% no trimestre encerrado em fevereiro, em relaçãoao finalizado em novembro, quando haviam diminuído4,5%, nesse tipo de comparação, de acordo comdadosdessazonalizadosdaFederaçãodasIndústriasdoEstadodeSãoPaulo(Fiesp).

O superavit primário dos governos do estado, da capital e dos principais municípios de São Paulo somou R$10,4 bilhões em2015, após registrardeficit de R$3,4 bilhõesem2014.Essedesempenhorefletiu,emespecial,o resultado do governo do estado, que reverteu o deficit de R$5,4bilhõesparasuperavitdeR$5,0bilhões,em2015.O superavitdacapitalcresceu92,6%,enquantonoâmbitodos demais municípios houve reversão de deficit de R$278 milhõesem2014parasuperavit de R$1,0 bilhão em 2015.

Tabela 4.36 – Evolução do emprego formal – São Paulo

Novos postos de trabalho

Acumulado no trimestre (em mil)1/

Discriminação 2015 2016

Fev Mai Ago Nov Fev

Total -192,9 -21,2 -107,4 -128,6 -262,5

Indústria de transformação -46,7 -33,6 -73,7 -57,5 -75,3

Comércio -44,8 -15,5 -11,1 -0,5 -53,4

Serviços -30,2 13,4 -29,6 -33,6 -78,9

Construção civil -23,6 -10,5 -14,7 -27,8 -17,6

Agropecuária -39,0 25,6 24,7 -6,9 -30,9

Serv. industr. de utilidade pública -0,8 -0,5 -1,9 -1,5 0,8

Outros2/ -7,8 -0,0 -1,2 -0,8 -7,2

Fonte: MTPS

1/ Refere-se ao trimestre encerrado no mês assinalado.

2/ Inclui extrativa mineral, administração pública e outros.

4

5

6

7

8

9

10

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

2013 2014 2015 2016

Gráfico 4.20 – Taxa de desemprego aberto – São Paulo%

Fonte: IBGE

Tabela 4.37 – Necessidades de financiamento –

São Paulo1/

R$ milhões

UF

2014 2015 2014 2015

Jan-dez Jan-dez Jan-dez Jan-dez

Estado de São Paulo 3 447 -10 368 25 647 45 986

Governo estadual 5 418 -5 024 17 766 33 025

Capital -2 249 -4 332 7 725 12 667

Demais municípios 278 -1 011 156 294

1/ Inclui inform. do Estados e de seus principais municípios. Dados preliminares.

Resultado primário Juros nominais

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Abril 2016 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 67

Os jurosnominais, apropriadospor competência,acumularamR$46,0bilhões,anteR$25,6bilhõesem2014,resultadodeelevaçõesrespectivasde85,9%,64,0%e88,0%nas esferas de governo mencionadas. O deficit nominal totalizouR$35,6bilhões(R$29,1bilhõesem2014).

A dívida líquida do estado, da capital e dos principais municípiosatingiuR$343,2bilhõesemdezembrode2015(58,9%dadívidadoSudeste),elevando-se15,2%emrelaçãoa dezembro de 2014.

AarrecadaçãodeICMSnoestadototalizouR$126bilhõesem2015,deacordocomaSecretariadaFazendade São Paulo, recuo real de 4,0% em relação a 2014(consideradoo IGP-DIcomodeflator).DeacordocomaSecretariadoTesouroNacional,astransferênciasdaUniãoparaoestadosomaramR$14,1bilhões,comdiminuiçãorealde0,9%,noperíodo.

Aproduçãodegrãosdoestadodeverátotalizar7,7milhõesdetoneladasem2016,deacordocomoLSPA/IBGEdemarço.Aprojeçãodeexpansãoanualde1,6%incorporaprognósticosdeaumentosparaassafrasdetrigo(32,8%)e soja (13,2%).Em relação às demais culturas, projeta-se aumento de 19,8%para a produção de café arábica,decorrentedecondiçõesclimáticasfavoráveis,ereduçõesparaassafrasdacana-de-açúcar(6,2%)edelaranja(2,6%).

Os abates de suínos, aves e bovinos, em estabelecimentos fiscalizados pelo SIF, variaram 7,4%,-2,9%e-16,7%,respectivamente,noprimeirobimestrede2016,emrelaçãoaigualperíodode2015,deacordocomoMapa.Adinâmicadosabatesdebovinosfoiinfluenciadapelapostergação,emcenáriodecotaçõesdeprimidasemelhorescondiçõesdaspastagens.

Aproduçãodaindústriapaulistacontraiu4,3%notrimestreencerradoemfevereiro,emrelaçãoaofinalizadoem novembro, quando decrescera 3,5%, nesse tipo decomparação,deacordocomdadosdessazonalizadosdaPIM-PFRegionaldoIBGE(máquinaseequipamentos,-13,0%;máquinas,aparelhosemateriaiselétricos,-9,7%;produtosmineraisnão-metálicos,-7,4%).

Consideradosintervalosdedozemeses,aproduçãoindustrialdoestadorecuou12,0%emfevereiro,ante10,7%em novembro (equipamentos de informática, produtoseletrônicos e ópticos, -32,0%; veículos automotores,reboquesecarrocerias,-24,7%;produtostêxteis,-16,6%;máquinaseequipamentos,-15,2%).

Tabela 4.38 – Dívida líquida e necessidades de

financiamento – São Paulo1/

R$ milhões

UF Dívida Dívida2/

2014 Nominal Outros4/ 2015

Dez Primário Juros Total3/ Dez

Est. de São Paulo 297 864 -10 368 45 986 35 619 9 759 343 241

Governo estadual 218 107 -5 024 33 025 28 001 7 901 254 009

Capital 74 954 -4 332 12 667 8 335 1 148 84 437

Demais municípios 4 803 -1 011 294 - 717 710 4 795

1/ Inclui inform. do Estado e de seus principais municípios. Dados preliminares.

2/ A dívida líquida no momento t+1 é a dívida no momento t, mais o resultado nominal e o resultado de outros fluxos.3/ O resultado nominal é a soma dos juros com o resultado primário. 4/ Inclui ajustes decorrentes de variação cambial, reconhec. de dívidas e privatiz.

Fluxos acumulados no ano

Tabela 4.39 – Produção agrícola – São Paulo

Itens selecionadosEm mil toneladas

Discriminação Pesos1/ Produção2/ Var. %

2015 2016 2016/2015

Produção de grãos 7 560 7 678 1,6

Arroz (em casca) 0,1 56 45 -21,0

Feijão 0,8 188 205 9,2

Milho 4,0 4 412 4 124 -6,5

Soja 4,4 2 229 2 524 13,2

Outras lavouras selecionadas

Café 4,1 253 302 19,7

Cana-de-açúcar 55,1 415 892 390 000 -6,2

Laranja 9,4 11 749 11 440 -2,6

Fonte: IBGE1/ Por valor da produção – PAM 2014.2/ Estimativa segundo o LSPA de março de 2016.

Jan 2005

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

75,0

85,0

95,0

105,0

115,0

125,0

Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago Nov Fev2015

Mai Ago Nov Fev2016

Bovinos Aves Suínos

Gráfico 4.21 – Abates de animais – São PauloMédia móvel trimestral2012 = 100

Fonte: Mapa

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As vendas reais da indústria paulista diminuíram 3,7%notrimestreencerradoemfevereiro,emrelaçãoaofinalizadoemnovembro,quandodecresceram4,9%,nessetipo de comparação, segundodados dessazonalizados daFiesp.ONucirecuou1,4p.p.notrimestre,para74,1%.

OIceideSãoPaulo,calculadopelaCNI,atingiu32,0pontosemmarço(31,4pontosemdezembroe33,8pontosemmarçode2015),permanecendonaáreadepessimismopelo trigésimo mês. O desempenho no trimestre repercutiu elevaçõesnoscomponentesqueavaliamascondiçõesatuais(0,2ponto)easexpectativas(1,3ponto).

O deficitdabalançacomercialdeSãoPaulototalizouUS$1,6 bilhão no primeiro trimestre do ano, recuando 75,9%emrelaçãoaigualperíodode2015.Asexportaçõesvariaram -2,1% e as importações, -30,6%, somando, naordem,US$10,5bilhõeseUS$12,1bilhões.

O desempenho das exportações, decorrente devariaçõesde-14,4%nospreçosede14,3%noquantum, resultou do recuo de 5,7% nas vendas de produtosmanufaturados(tubosdeferrofundido,ferroouaçoeseusacessórios,-85,6%;máquinaseaparelhosparafabricaçãodepastacelulósicaepapel,-96,6%)edocrescimentode13,6%nasvendasdesemimanufaturados(açúcardecanaembruto,15,9%;ouroparausonãomonetário,170,4%)ede4,5%nasdeprodutosbásicos(sojamesmotriturada,92,9%;milhoemgrãos,698,6%).AsexportaçõesparaosEUA,Argentina,China,MéxicoeBélgicarepresentaram,em conjunto, 45,8% das vendas do estado no período,comdestaqueparaoaumentode72,1%nasdirecionadasàChina.

Areduçãodasimportações,evidenciandorecuosde5,2%nospreçosede26,8%noquantum,foiinfluenciada,em especial, pelos decréscimos nas compras de combustíveis e lubrificantes, 57,5%; e de bens de consumo duráveis,46,1%(automóveisdepassageiros,-75,3%).Asaquisiçõesprovenientes dos EUA, China, Alemanha, Coreia do Sul eArgentina responderam, em conjunto, por 54,3% dasimportaçõestotaisdoestadonoperíodo,comênfaseparaacontraçãodascomprasorigináriasdaChina(38,9%)edaCoreiadoSul(35,7%).

O IPCA da RMSP variou 2,51% no primeirotrimestre de 2016 (2,74%noúltimode 2015), resultadodeaceleraçãodospreços livres(de2,63%para2,77%)edesaceleração dosmonitorados (de 3,08%para 1,71%),destacando-se,nessesegmento,orecuode3,76%nastarifas

70,0

75,0

80,0

85,0

90,0

95,0

100,0

105,0

110,0

Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago Nov Fev2015

Mai Ago Nov Fev2016

São Paulo BrasilFonte: IBGE

Gráfico 4.22 – Produção industrial – São Paulo Dados dessazonalizados – Média móvel trimestral2012 = 100

Tabela 4.40 – Produção industrial – São Paulo

Geral e setores selecionados

Variação % no período

Setores Pesos1/ 2015 2016

Nov2/ Fev2/ 12 meses

Indústria geral 100,0 -3,5 -4,3 -12,0

Veículos, reboques e carrocerias 16,2 -9,1 3,1 -24,7

Produtos alimentícios 14,8 -4,9 2,4 -5,0

Deriv. petróleo e biocombustíveis 10,9 -2,8 -1,2 -9,5

Máquinas e equipamentos 7,9 -2,7 -13,0 -15,2

Outros produtos químicos 7,2 -0,9 -4,4 -6,3

Produtos de borracha e plástico 5,4 -1,4 -1,2 -11,3

Fonte: IBGE

1/ Ponderação de atividades no VTI, conforme a PIA 2010/IBGE.

2/ Variação relativa aos trimestres encerrados em t e t-3. Dados dessazonalizados.

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elétricasresidenciaisearedução,de12,46%para1,75%,navariaçãodopreçodagasolina.

Adinâmicadospreçoslivresrefletiuaceleraçãodospreçosdosbensnãocomercializáveis,de2,05%para2,74%(hortaliçaseverduras,17,25%;frutas,15,68%;tubérculos,12,12%;mensalidadesescolares,7,02%;alimentaçãoforadodomicilio,2,39%),edesaceleraçãodospreçosdosbenscomercializáveis, de 3,36%para 2,81% (etanol, 9,49%;açúcaresederivados,5,62%;bebidaseinfusões,2,90%).Oíndicededifusãomédioatingiu65,4%noprimeirotrimestredoano(63,7%noquartotrimestrede2015).

Avariaçãodo IPCAdaRMSPatingiu 9,38%noperíododedozemesesencerradosemmarço(11,11%em2015),repercutindodesaceleraçãodospreçosmonitorados,de20,19%para11,19%,eaceleraçãodoslivres,8,46%para8,82%.Nesse segmento, ocorreu aceleração dos preçosdosbenscomercializáveis,de8,48%para9,89%(cuidadospessoais, 11,73%; carnes, 10,49%; panificados, 10,28%;vestuário,7,35%)edesaceleraçãodosnãocomercializáveis,de8,45%para7,98%(alimentaçãoforadodomicilio,9,35%;mensalidadesescolares,8,42%;serviçospessoais,7,68%).

A economia paulista permaneceu em cenário recessivo no trimestre encerrado em fevereiro, destacando-se o impacto negativo da distensão no mercado de trabalho sobre os setores de comércio e serviços. Ressalte-seque embora a recuperação das exportações paulistas,notadamente de produtos manufaturados, possa favorecer a atividade produtiva do estado no médio prazo, sua efetiva retomadaseguecondicionadapelaevoluçãodaconfiançadeconsumidoreseempresáriosepelasuperaçãodoimpactodeeventosnãoeconômicos.

Tabela 4.41 – Exportação por fator agregado – FOB

Janeiro-marçoUS$ milhões

Discriminação São Paulo Brasil

2015 2016 Var. % Var. %

Total 10 745 10 523 -2,1 -5,1

Básicos 1 247 1 303 4,5 -5,3

Industrializados 9 498 9 220 -2,9 -4,9

Semimanufaturados 1 350 1 533 13,6 -8,5

Manufaturados1/ 8 148 7 686 -5,7 -3,6

Fonte: MDIC/Secex

1/ Inclui operações especiais.

Tabela 4.42 – Importação por grandes categorias

econômicas – FOB

Janeiro-marçoUS$ milhões

Discriminação São Paulo Brasil

2015 2016 Var. % Var. %

Total 17 518 12 157 -30,6 -33,4

Bens de capital 2 170 1 386 -36,1 -27,0

Bens Intermediários 11 252 7 901 -29,8 -32,0

Bens de consumo 2 822 2 325 -17,6 -26,9

Duráveis 438 236 -46,1 -51,2

Automóveis de passageiros 167 41 -75,3 -54,5

Semiduráveis e não duráveis 2 384 2 089 -12,4 -17,9

Combustíveis e lubrificantes 1 270 539 -57,5 -52,4

Petróleo 697 222 -68,1 -45,6

Demais 573 317 -44,6 -54,6

Bens não especificados 4 7 98,2 27,7

Fonte: MDIC/Secex

Tabela 4.43 – IPCA – São Paulo

Discriminação Pesos1/ 2015 2016

Ano IV Tri I Tri 12 meses

IPCA 100,0 11,11 2,74 2,51 9,38

Livres 75,6 8,46 2,63 2,77 8,82

Comercializáveis 33,4 8,48 3,36 2,81 9,89

Não comercializáveis 42,2 8,45 2,05 2,74 7,98

Monitorados 24,4 20,19 3,08 1,71 11,19

Principais itens

Alimentação 23,9 11,33 3,43 3,76 12,17

Habitação 15,1 21,50 1,77 0,05 9,68

Artigos de residência 3,8 5,37 1,31 2,24 6,23

Vestuário 5,4 4,69 2,46 1,23 7,60

Transportes 20,1 10,70 4,89 2,59 7,66

Saúde 11,7 9,57 2,23 2,92 10,84

Despesas pessoais 11,2 9,25 1,26 2,67 9,16

Educação 5,1 9,88 0,41 6,51 9,36

Comunicação 3,8 2,15 2,24 -0,57 2,58

Fonte: IBGE

1/ Referente a março de 2016.

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Abril 2016 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 71

Assimcomonasdemaisregiões,aeconomiadoSulsegueemprocessode retração, repercutindoos impactosde eventos não econômicos e o ajustemacroeconômicoem curso no país.Nesse cenário, persiste amoderaçãodas operações de crédito e a distensão nomercado detrabalho, com reflexos negativos sobre as trajetórias dosprincipais indicadores da região, especialmente da indústria edo comércio.Nesse contexto, embora o IBCR-S tenhaaumentado0,5%notrimestrefinalizadoemfevereiro,emrelação ao encerrado em novembro, quando decrescera1,0%, nesse tipo de comparação, de acordo comdadosdessazonalizados, as perspectivas para a economia regional seguem desfavoráveis. Considerados intervalos de doze meses,oindicadorcontraiu2,8%emfevereiro(recuosde1,9%emnovembroede0,4%emfevereirode2015).

As vendas do comércio ampliado recuaram 1,6% no trimestre encerrado em fevereiro, em relaçãoao terminado em novembro, quando diminuíram 3,4%, nomesmo tipo de comparação, de acordo comdados dessazonalizados da PMC, do IBGE (móveis eeletrodomésticos, -7,3%; combustíveis e lubrificantes, -1,7%).As vendas do comércio varejista, excluídas asdeveículos (-1,2%)edematerialdeconstrução(-1,1%),diminuíram 2,0%no trimestre (-2,2%no encerrado emnovembro).

Considerados intervalos de doze meses, as vendas do comércio ampliado decresceram11,7%em fevereiro(-9,7%emnovembro).Houvereduçãonasvendasemnovedasdezatividadespesquisadas(automóveis,-23,7%;móveiseeletrodomésticos,-12,0%;tecidos,vestuárioecalçados,-9,3%).Asvendasdocomérciovarejistarecuaram5,4%e3,3%nosperíodosmencionados.

As vendas de automóveis e comerciais leves novos na região totalizaram 87,9 mil unidades no primeiro trimestre do ano e 429 mil unidades no intervalo de doze mesesencerradoemmarço,deacordocomaFenabrave,

5Região Sul

130

135

140

145

150

155

Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago Nov Fev2015

Mai Ago Nov Fev2016

IBC-Br IBCR-S

Gráfico 5.1 – Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil e Região Sul Dados dessazonalizados2002 = 100

90

95

100

105

110

115

120

125

Nov2012

Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago Nov Fev2015

Mai Ago Nov Fev2016

Restrito AmpliadoFonte: IBGE

Gráfico 5.2 – Comércio varejista – SulDados dessazonalizados2011 = 100

Tabela 5.1 – Comércio varejista – SulGeral e setores selecionados

Variação % no período

Discriminação 2015 2016

Ano Nov1/ Fev1/ 12 meses

Comércio varejista -4,3 -2,2 -2,0 -5,4

Combustíveis e lubrificantes -4,9 -6,1 -1,7 -5,8

Hiper e supermercados -3,2 -1,7 -1,5 -4,5

Tecidos, vestuário e calçados -8,6 -3,0 -0,2 -9,3

Móveis e eletrodomésticos -11,1 0,5 -7,3 -12,0

Comércio varejista ampliado -11,1 -3,4 -1,6 -11,7

Automóveis e motocicletas -23,3 -7,5 -1,2 -23,7

Material de construção -6,7 -2,8 -1,1 -7,4

Fonte: IBGE

1/ Variação relativa aos trimestres encerrados nos períodos t e t-3. Dados

dessazonalizados.

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72 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Abril 2016

recuando,naordem,28,2%e33,2%,emrelaçãoaiguaisperíodos de 2015.

A atividade do setor de serviços no Sul recuou3,7%no trimestrefinalizado em fevereiro, em relação aigualperíodode2015, segundoaPMSdo IBGE(outrosserviços, -7,5%; serviços profissionais e administrativos,-6,3%).Consideradosintervalosdedozemeses,oindicadordecresceu 4,0% em fevereiro (outros serviços, -7,6%;transportesecorreios,-7,0%).

Nomercado de crédito, o saldo das operaçõessuperiores a R$1mil realizadas na região totalizou R$552,1 bilhõesemfevereiro,aumentando0,4%notrimestree2,6%emdozemeses.AsoperaçõescomrecursosdirecionadossomaramR$298,6 bilhões, aumentando 0,7% e 4,4%,respectivamente, e as efetuadas com recursos livres, R$253,5 bilhões, aumentando0,1%no trimestre e 0,5%emdozemeses.

A carteira de pessoas físicas somou R$301,3 bilhões,crescendo1,7%notrimestree6,8%emdozemeses,sobressaindoodesempenhodasmodalidadesfinanciamentosimobiliáriosecréditoconsignado.AsoperaçõescompessoasjurídicasatingiramR$250,8bilhões,comrecuosde1,1%notrimestreede2,1%emdozemeses,condicionadas,emespecial,pelasreduçõesnosaldodasoperaçõesdaindústriadetransformação(veículosautomotoresepeçaseacessóriosparaautomotores).

Ainadimplênciadasoperaçõesdecréditonaregiãoatingiu3,3%emfevereiro,elevando-se0,2p.p.notrimestree 0,8 p.p. emdozemeses.A variação trimestral refletiuaumentos de 0,1 p.p. no segmento de pessoas físicas e de 0,3p.p.nodepessoasjurídicas,queregistraramtaxasde3,2%e3,5%,respectivamente.

Os desembolsos doSistemaBNDES totalizaramR$28,9bilhõesem2015(R$38,4bilhõesem2014),dosquais44,7%destinadosàsmicro,pequenasemédiasempresas.Noprimeirotrimestrede2016,osdesembolsostotalizaramR$5,7bilhões(R$7,7bilhõesemigualintervalode2015),42,8%destinadosàsmicro,pequenasemédiasempresas.

Apesquisa ICF,daCNC,atingiu82,3pontosnoprimeiro trimestre de 2016, ante 118 pontos e 84,8 pontos, respectivamente,nostrimestresfinalizadosemmarçoeemdezembrode2015,destacando-sequearetraçãointeranualevidenciou, emespecial, as reduções respectivasde51,2pontos e 49,7 pontos nos componentes acesso ao crédito

Tabela 5.3 – Evolução do emprego formal – Sul

Novos postos de trabalho

Acumulado no trimestre (em mil)1/

Discriminação 2015 2016

Fev Mai Ago Nov Fev

Total -68,9 -11,0 -103,6 -58,9 -90,1

Indústria de transformação -26,4 -8,0 -57,9 -45,7 -36,1

Comércio -23,3 0,3 -21,7 8,0 -23,1

Serviços -6,5 9,9 -13,7 -11,6 -21,2

Construção civil -13,1 -3,2 -11,0 -14,0 -13,5

Agropecuária 2,1 -11,2 2,1 5,2 6,4

Serviços ind. de utilidade pública 0,5 -0,4 -0,3 0,0 0,0

Outros2/ -2,2 1,5 -1,1 -0,9 -2,6

Fonte: MTPS

1/ Refere-se ao trimestre encerrado no mês assinalado.

2/ Inclui extrativa mineral, administração pública e outros.

Tabela 5.2 – Volume de serviços – SulServ. empresariais não financeiros, exceto saúde e educação

Var. %

Segmentos 2015 2016

Ano Nov1/ Fev1/ 12 meses

Total -4,0 -5,5 -3,7 -4,0

Serviços prestados às famílias -5,7 -7,7 -3,6 -6,2

Serviços de informação e comunicação 0,7 -1,0 -1,7 -0,1

Serviços profissionais e administrativos -4,9 -8,7 -6,3 -5,4

Transportes e correios -7,9 -8,2 -4,9 -7,0

Outros serviços -7,0 -8,3 -7,5 -7,6

Fonte: IBGE

1/ Variação relativa ao trimestre encerrado no mês assinalado e o mesmo período

do ano anterior.

-5

0

5

10

15

20

Nov2013

Fev2014

Mai Ago Nov Fev2015

Mai Ago Nov Fev2016

PF PJ Total

Gráfico 5.3 – Evolução do saldo das operações de crédito – Sul1/

Variação em 12 meses – %

1/ Operações com saldo superior a R$ 1 mil.

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Abril 2016 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 73

eperspectivasde consumoparaospróximos trêsmeses.Ressalte-se que, dos sete componentes do indicador, apenas osrelativosaoemprego(111,8pontos)eàrendaatual(122,1pontos)mantiveram-seacimadazonadeindiferença(100pontos).

OIcec,calculadopelaCNC,atingiu79,3pontosnoprimeirotrimestrede2016(94,4pontose78,4pontosnosprimeiroequartotrimestresde2015).Oindicadorsitua-seemáreaqueindicafaltadeconfiança(abaixode100pontos)peloquintotrimestreconsecutivo,especialmentedevidoàavaliaçãodascondiçõesatuaisdaeconomiabrasileirae,emparticular, do comércio.

A economia do Sul eliminou 90,1 mil empregos formais no trimestre encerrado em fevereiro (-68,9milpostosemigualperíodode2015),deacordocomoCaged/MTPS,dosquais36,1milnaindústriadetransformação(8,3milnaindústriatêxtil),23,1milnocomércioe21,2milnosetordeserviços.Consideradosdadosdessazonalizados,oníveldeempregoformalrecuou0,7%notrimestreencerradoemfevereiro(-1,3%noterminadoemnovembro).

A taxa de desocupação, estimada pela PNADContínua,doIBGE,atingiu5,7%notrimestreencerradoemdezembro,ante3,8%emigualperíodode2015,repercutindocrescimentos de 2,4%naPEA e de 0,4%na populaçãoocupada. O rendimento médio habitual real e a massa salarial realrecuaram5,2%e4,5%,respectivamente,notrimestre.

Noâmbitofiscal,osuperavit primário dos governos dos estados, das capitais e dos principais municípios do Sul totalizouR$953milhõesem2015(R$1,6bilhãoem2014).Houve ampliação de 211,5%no superavit dos governos estaduais, redução de 65,5% nodeficit das capitais; ereversão, de superavit de R$1,4 bilhão para deficit de R$1,1 bilhão, no resultado dos demais municípios.

Os juros, apropriadospor competência, somaramR$12,0bilhões(R$7,2bilhõesem2014),destacando-seoimpactodecorrentedavariaçãoanualdoIGP-DI(10,7%),principalindexadordadívidaregional.Oresultadonominaltotalizou deficitdeR$11,0bilhõesnoperíodo(R$5,6bilhõesem2014).

A dívida líquida dos estados, das capitais e dos principaismunicípiosdoSultotalizouR$100,2bilhõesemdezembrode2015(12,6%dadívidadetodososestados,capitaiseprincipaismunicípiosdopaís),aumentando19,4%no ano.

Tabela 5.6 – Dívida líquida – Sul1/

R$ milhões

Discriminação 2013 2014 2015

Dez Dez Dez

Dívida bancária 6 660 9 919 11 584

Renegociação2/ 64 542 65 822 71 553

Dívida externa 7 599 10 197 14 963

Outras dívidas junto à União 3 776 3 768 4 168

Dívida reestruturada 298 213 313

Disponibilidades líquidas -5 742 -6 012 -2 367

Total (A) 77 135 83 907 100 214

Brasil3/ (B) 578 634 655 704 793 064

(A/B) (%) 13,3 12,8 12,6

1/ Inclui informações dos governos estaduais e de seus principais municípios.

Dados preliminares.

2/ Lei nº 8.727/1993, Lei nº 9.496/1997 e MP nº 2.185/2000.

3/ Refere-se à soma de todas as regiões.

Tabela 5.4 – Necessidades de financiamento –

Sul1/

R$ milhões

Discriminação

2014 2015 2014 2015

Jan-dez Jan-dez Jan-dez Jan-dez

Total -1 599 -953 7 248 11 977

Governos estaduais -711 -2 215 7 121 11 837

Capitais 518 179 60 87

Demais municípios -1 405 1 084 68 52

1/ Inclui informações dos governos estaduais e de seus principais municípios.

Dados preliminares.

Resultado primário Juros nominais

Tabela 5.5 – Dívida líquida e necessidades de

financiamento – Sul1/

R$ milhões

Discriminação Dívida Dívida2/

2014 Nominal Outros4/ 2015

Dez Primário Juros Total3/ Dez

Total 83 907 -953 11 977 11 024 5 283 100 214

Gov. estad. 85 423 -2 215 11 837 9 621 4 907 99 952

Capitais 1 059 179 87 266 193 1 518

Demais municípios -2 575 1 084 52 1 136 183 -1 256

1/ Inclui inform. dos governos estaduais e de seus principais municípios. Dados

preliminares.

2/ A dívida líquida no momento t+1 é a dívida no momento t, mais o resultado

nominal e o resultado de outros fluxos.

3/ O resultado nominal é a soma dos juros com o resultado primário.

4/ Inclui ajustes decorrentes de variação cambial, reconhec. de dívidas e privatiz.

Fluxos acumulados no ano

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74 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Abril 2016

Os governos dos três estados, das capitais e dos principais municípios do Sul acumularam superavit primário de R$1,8 bilhão no período de doze meses até fevereiro (R$953milhõesem2015).AapropriaçãodejurostotalizouR$12,6 bilhões e o resultadonominal,deficit de R$10,8 bilhões (R$12,0 bilhões edeficit deR$11,0 bilhões, naordem,em2015).

A dívida líquida dos três segmentos atingiu R$100,3 bilhões em fevereiro de 2016, elevando-se R$121,9milhõesemrelaçãoa2015,ecorrespondendoa13,5%doendividamentodetodasasregiões.

A receita de ICMS totalizouR$69,4 bilhões noperíododedozemesesfinalizadoemfevereiro,segundoaCotepe, do Ministério da Fazenda, e as secretarias da fazenda estaduais,aumentando3,1%emtermosreais,emrelaçãoaigualintervalode2015,consideradooIGP-DIcomodeflator.As transferências da União, incluídos os recursos do Fundo de ParticipaçãodosEstados(FPE)edoFundodeParticipaçãodosMunicípios(FPM),somaramR$21,0bilhõesemdozemesesaté fevereiro (R$20,1bilhõesem igualperíodode2015), conformeaSTN, recuando3,6%em termos reais,relativamenteaoanoanterior(IGP-DIcomodeflator).

A safra de grãos da região para 2016 está estimada em75,2milhõesdetoneladas(35,8%daproduçãonacional),deacordocomoLSPAdemarçodoIBGE.Aretraçãoanualde1,1%incorporaprojeçõesderecuosparaascolheitasdemilho(4,4%),arroz(5,3%)efeijão(4,5%),edeaumentosparaasdetrigo(5,1%)esoja(1,3%).Noâmbitodasdemaisculturas,estãoprojetadasreduçõesparaasproduçõesdeuva(52,6%),fumo(21,8%)emaçã(17,8%).

As cotaçõesmédias demilho, trigo, soja, feijãoearrozvariaram51,2%,31,6%,21,8%,12,8%,e11,6%,respectivamente,noprimeirotrimestrede2016,emrelaçãoaomesmointervalode2015,deacordocomaEmater/RS,Cepa/SCeSeab/PR2.

O VBP real3 das lavouras, calculado emmarçopeloMapa,deverárecuar0,4%em2016,destacando-seasprojeçõesdeaumentosparaosrelativosatrigo(10,9%),soja(6,4%)emilho(7,1%)ederecuosparaosrelacionadosaarroz(6,7%)efeijão(4,5%).

Os abates de suínos, bovinos e aves, em estabelecimentos fiscalizados pelo SIF, variaram 7,6%,

2/ AssociaçãoRiograndensedeEmpreendimentosdeAssistênciaTécnicaeExtensãoRural(Emater/RS);CentrodeSocioeconomiaePlanejamentoAgrícoladeSantaCatarina(Cepa/SC);eSecretariadaAgriculturaedoAbastecimentodoEstadodoParaná(Seab/PR).

3/ CorrigidopeloIGP-DI.

Tabela 5.9 – Preços médios pagos ao produtor – Sul

Variação % no período

Produtos 2015

Mês1/ Trimestre2/ Acumulado

(Mar) (Jan-Mar) no ano3/

Soja -6,7 -1,0 21,8

Arroz (em casca) -0,1 3,6 11,6

Feijão -1,9 34,6 12,8

Milho 5,5 27,9 51,2

Trigo 1,2 4,8 31,6

Fontes: Emater/RS, Cepa/SC e Seab/PR

1/ Em relação ao mês anterior.

2/ Em relação ao trimestre anterior.

3/ Até março em relação ao mesmo período do ano anterior.

Tabela 5.7 – Dívida líquida e necessidades de

financiamento – Sul1/

R$ milhões

UF Dezembro de 2015 Fevereiro de 2016

Dívida Fluxos 12 meses Dívida2/ Fluxos 12 meses

Primário Nominal3/ Primário Nominal3/

PR 19 115 -778 1 367 18 402 -1 521 772

RS 68 912 -511 7 627 70 053 -532 8 003

SC 12 186 336 2 030 11 880 264 2 061

Total (A) 100 214 -953 11 024 100 336 -1 789 10 836

Brasil4/ (B) 793 064 -11 900 85 611 744 861 -6 826 96 842

(A/B) (%) 12,6 8,0 12,9 13,5 26,2 11,2

1/ Por UF, totalizando gov. estadual, capital e principais municípios. Dados

preliminares.

2/ A dívida líquida no momento t+1 é a dívida no momento t, mais o resultado

nominal e o resultado de outros fluxos.

3/ O resultado nominal é a soma dos juros com o resultado primário.

4/ Refere-se à soma de todas as regiões.

Tabela 5.8 – Produção agrícola – Sul

Itens selecionadosEm mil toneladas

Discriminação Pesos1/ Produção2/ Variação %

2015 2016 2016/2015

Grãos 72,2 75 985 75 163 -1,1

Soja 43,8 34 846 35 294 1,3

Milho 12,4 24 684 23 607 -4,4

Arroz (em casca) 9,1 9 926 9 404 -5,3

Trigo 3,8 4 874 5 124 5,1

Feijão 2,6 959 920 -4,5

Outras lavouras

Fumo 8,4 856 669 -21,8

Cana-de-açúcar 3,7 52 089 51 809 -0,5

Mandioca 3,5 5 489 5 017 -8,6

Maçã 1,9 1 263 1 039 -17,8

Uva 1,4 1025 486 -52,6

Fonte: IBGE

1/ Por valor da produção – PAM 2014.

2/ Estimativa segundo o LSPA de março de 2016.

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Abril 2016 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 75

1,1%e -4,3%, respectivamente, noprimeirobimestre de2016,emrelaçãoaigualintervalode2015,deacordocomoMapa.Namesmabasedecomparação,ascotaçõesmédiasdessesprodutosvariaram,naordem,-4,1%,6,4%e18,4%,segundo aEmater/RS, aCepa/SC, oCentro deEstudosAvançadosemEconomiaAplicada(Cepea/USP)eaSeab/PR;easrespectivasexportações–emespecialparaRússia,HongKongeChina–aumentaram69,7%,63,7%e7,5%,conforme o MDIC.

O VBP real da pecuária, considerado o IGP-DI como deflator,deverárecuar3,7%em2016,segundoestimativadoMaparealizadaemmarço.EstãoprojetadosdecréscimosparaosVBPdositensfrango(1%),bovinos(1,4%),ovos(6,1%),leite(7,7%)esuínos(9,8%).

A produção industrial do Sul retraiu 1,9% notrimestreterminadoemfevereiro,emrelaçãoaoencerradoem novembro, quando decrescera 3,7%, nessa base decomparação,deacordocomestatísticasdessazonalizadasdaPIM-PFRegionaldoIBGE(máquinaseequipamentos,-10,0%;veículosautomotores,9,8%,apósrecuode16,3%notrimestreencerradoemnovembrode2015).

Consideradosintervalosdedozemeses,aretraçãonaprodução industrial atingiu9,4%em fevereiro (-9,1%emnovembro).Houvedecréscimosemquinzedasdezoitoatividades pesquisadas, sendo os mais intensos em veículos, 30,0%,emetalurgia,23,9%.

O Icei doSul, elaborado pelaCNI, atingiu 37,2pontos no primeiro trimestre de 2016 (38,5 pontos e35,0 pontos nos primeiro e quarto trimestres de 2015, respectivamente).Apesardemanter-senaregiãodereduzidaconfiançadosempresários(abaixode50pontos),oindicadoraumentou pelo segundo trimestre em sequência.

Os estoques de produtos finais da indústria de transformaçãomantiveram-se acima do planejado4 no trimestrefinalizadoemfevereiro(53,8pontos),segundoaSondagemIndustrialdaCNI.Oindicadornacionalatingiu49,9 pontos, no período.

Onível de utilizaçãoda capacidade instalada daindústria do Sul5 atingiumédia de 76,2% no trimestrefinalizadoemfevereiro(75,9%noencerradoemnovembro),segundo dados dessazonalizados das federações dasindústrias.

4/ Valoressuperioresa50pontosrepresentamexcessodeestoques.5/ Calculadoapartirdeponderaçãodos indicadoresdecadaestado,divulgadospelaFiergs,FiesceFiep,pelaparticipaçãodas indústriasdosestados

respectivosnaproduçãodoSul,consideradaaPesquisaIndustrialAnual(PIA)doIBGEpara2010.

Tabela 5.10 – Indicadores da pecuária – Sul

Fevereiro de 2016Variação % no ano

Discriminação Abates Exportações Preços

(nº de animais) (kg) (R$)

Bovinos 1,1 63,7 6,4

Suínos 7,6 69,7 -4,1

Aves -4,3 7,5 18,4

Fonte: Mapa, Emater/RS, Cepea/USP, Seab/PR, Cepa/SC e MDIC

60

80

100

120

140

Jun2012

Out Fev2013

Jun Out Fev2014

Jun Out Fev2015

Jun Out Fev2016

Bovinos Aves Suínos

Gráfico 5.4 – Abates de animais – SulMédia móvel trimestral2010 = 100

Fonte: Mapa

Tabela 5.11 – Produção industrial – Sul

Geral e setores selecionadosVariação % no período

Discriminação Pesos1/ 2015 2016

Nov2/ Fev2/ 12 meses

Indústria geral 100,0 -3,7 -1,9 -9,4

Produtos alimentícios 19,7 -2,3 1,4 -0,1

Veículos, reboques e carrocerias 13,6 -16,3 9,8 -30,0

Máquinas e equipamentos 8,8 -4,4 -10,0 -19,5

Deriv. petróleo e biocombustíveis 8,3 6,6 -6,6 -3,2

Outros produtos químicos 5,7 -1,7 1,3 0,6

Produtos de metal 5,7 -1,4 -3,7 -9,0

Artigos de vestuário e acessórios 3,9 -3,9 -5,2 0,0

Máquinas, aparelhos e mat. elétricos 4,0 -2,4 -0,6 -19,7

Fonte: IBGE

1 /Ponderação de atividades no VTI, conforme a PIA 2010/IBGE.

2/ Variação relativa aos trimestres encerrados nos períodos t e t-3. Dados

dessazonalizados.

80

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100

110

Nov2012

Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago Nov Fev2015

Mai Ago Nov Fev2016

Brasil SulFonte: IBGE

Gráfico 5.5 – Produção industrial Dados dessazonalizados – Média móvel trimestral2012 = 100

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76 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Abril 2016

Asvendasdeônibusecaminhõestotalizaram3,9milunidades no primeiro trimestre do ano e 18,2 mil unidades nointervalodedozemesesatémarço,segundodadosdaFenabrave, apresentando recuos respectivos de 23,4% e47,7%emrelaçãoaiguaisperíodosde2015.

Abalança comercial doSul foi superavitária emUS$1,3 bilhão no primeiro trimestre de 2016 (deficit de US$1,8bilhãonomesmointervalode2015),deacordocomoMDIC.AsexportaçõestotalizaramUS$7,8bilhõeseasimportações,US$6,5bilhões,reduzindo-se1,3%e32,5%,respectivamente.

O recuodas exportações adveio de variações de19%noquantumede-17%nospreços.Osembarquesdeprodutosmanufaturados, representando 43,6%do total,decresceram8,7%(motoresparaveículos,-17,2%;bombase compressores, -9,6%; e partes e peças para veículos,-12,7%);enquantoosdeprodutosbásicos(47,2%dototal)aumentaram4,3%(soja,28,8%;emilho,41,2%);easvendasde semimanufaturados subiram11% (celulose, 669,2%).China,EUAeArgentinaadquiriram,emconjunto,33,7%dasvendasexternasdaregiãonotrimestre,destacando-seos incrementosnosembarquesdesojaecarnede frangoparaaChina(73,9%e38,1%)edecelulose,paraChina,Itália e EUA.

Odeclíniodasimportaçõesrepercutiudecréscimosde 23,9%na quantidade e de 11,3%nos preços.Houvereduções nas aquisições em todas as categorias deuso: matérias-primas e produtos intermediários, que representaram61,1%dototal,32,4%(partesepeçasparaveículos, -26,7%; polímeros de etileno, -54,5%; naftas,-35,5%); bens de capital, 27,7% (veículos de carga,-20,6%);bensdeconsumoduráveis,55,8%(automóveis,-56,7%); bens de consumo semiduráveis e nãoduráveis,33% (preparações utilizadas na alimentação de animais,-16,9%);ecombustíveis,22,8%.AscomprasprovenientesdaChina,Argentina eEUA representaram, emconjunto,43,8%das realizadas pela região no primeiro trimestrede2016, destacando-se as reduçõesnas depolímerosdeetilenoorigináriasdosEUA(-6,1%),demotores,geradoresetransformadoreselétricosdaChina(-44,2%)edeveículosdecarga,oriundasdaArgentina(-20,4%).

O IPCA no Sul6variou2,71%noprimeirotrimestrede2016,ante2,74%noúltimode2015.Houveaceleraçãodospreçoslivres,de2,64%para2,74%,edesaceleraçãodos

60

80

100

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30

40

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70

Jun2013

Set Dez Mar2014

Jun Set Dez Mar2015

Jun Set Dez Mar2016

Índice de Confiança do Empresário IndustrialÍndice de Confiança do Empresário do Comércio (eixo da dir.)

Fontes: CNI e CNC

Gráfico 5.6 – Confiança do empresariado – SulEm pontos

Linha de confiança

Tabela 5.12 – Exportação por fator agregado – FOB

Janeiro-março

US$ milhões

Discriminação Sul Brasil

2015 2016 Var. % Var. %

Total 7 862 7 762 -1,3 -5,1

Básicos 3 512 3 664 4,3 -5,3

Industrializados 4 350 4 099 -5,8 -4,9

Semimanufaturados 642 713 11,0 -8,5

Manufaturados1/ 3 708 3 386 -8,7 -3,6

Fonte: MDIC/Secex

1/ Inclui operações especiais.

Tabela 5.13 – Importação por grandes categorias

econômicas - FOB

Janeiro-março

US$ milhões

Discriminação Sudeste Brasil

2015 2016 Var. % Var. %

Total 9 685 6 537 -32,5 -33,4

Bens de capital 1 407 1 017 -27,7 -27,0

Bens Intermediários 5 907 3 991 -32,4 -32,0

Bens de consumo 1 752 1 051 -40,0 -26,9

Duráveis 538 238 -55,8 -51,2

Automóveis de passageiros 331 143 -56,8 -54,5

Semiduráveis e não duráveis 1 215 814 -33,0 -17,9

Combustíveis e lubrificantes 619 478 -22,8 -52,4

Petróleo 575 358 -37,7 -45,6

Demais 44 121 175,0 -54,6

Bens não especificados 0 0 - 27,7

Fonte: MDIC/Secex

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Abril 2016 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 77

monitorados,de3,06%para2,62%,destacando-searedução,de10,24%para5,94%,navariaçãodopreçodagasolina.

A trajetória dos preços livres refletiu o aumentona variação dos preços dos bens comercializáveis, de2,73%para3,06%(leitesederivados,8,10%ebebidaseinfusões,4,29%)eareduçãonadospreçosdosbensnãocomercializáveis, de 2,55%para 2,43% (comqueda de26,26%empassagensaéreaseaumentode8,82%emcursosregulares).

O índice de difusão atingiu 70,6%no trimestreencerrado em março de 2016 (66,2% e 65,5%,respectivamente,nosprimeiroequartotrimestresde2015).

Considerados intervalos de doze meses, o IPCA daregiãovariou10,34%emmarço,ante11,87%em2015.A desaceleração repercutiu a redução, de 19,80%para12,39%,navariaçãodospreçosmonitorados,eaelevação,de9,58%para9,71%,nadospreçoslivres.Nessesegmento,houveaceleraçãodospreçosdosbenscomercializáveis,de10,24%para10,92%,edesaceleraçãodospreçosdosnãocomercializáveis,de8,97%para8,58%.

As perspectivas para a economia da região nos próximos trimestres seguemnegativas, em ambiente deconfiançareduzidadosagenteseconômicosedeocorrênciadeeventosnãoeconômicosqueexercemimpactosnegativossobre a tomada de decisões.Ressalte-se que o cenárionegativo para a economia do Sul tende a ser atenuado, no médioprazo,pelodesempenhodosetorexterno,quepodesebeneficiardoimpactodadepreciaçãodocâmbiosobreasexportações.

50

55

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70

75

Mar2013

Jun Set Dez Mar2014

Jun Set Dez Mar2015

Jun Set Dez Mar2016

Gráfico 5.7 – IPCA – Índice de difusão – SulMédia móvel trimestral%

Fonte: IBGE

6/ CalculadocombasenospesosevariaçõesdossubitensquecompõemoIPCAdasregiõesmetropolitanasdePortoAlegreedeCuritiba,ponderadospelospesosdestasregiõesnacomposiçãodoIPCAnacional.

Tabela 5.14 – IPCA – Sul

Variação % trimestral

Discriminação Pesos1/ 2015 2016

II Tri III Tri IV Tri I Tri

IPCA 100,0 2,73 1,78 2,74 2,71

Livres 76,0 2,44 1,56 2,64 2,74

Comercializáveis 37,1 2,79 1,92 2,73 3,06

Não comercializáveis 38,9 2,12 1,22 2,55 2,43

Monitorados 24,0 3,69 2,49 3,06 2,62

Principais itens

Alimentação 25,5 3,02 1,99 4,20 4,59

Habitação 15,9 3,16 4,11 1,55 1,06

Artigos de residência 4,5 2,94 2,43 1,21 2,14

Vestuário 6,6 3,04 -0,06 3,02 0,88

Transportes 18,8 1,22 0,93 3,89 2,50

Saúde 11,0 4,57 1,29 1,77 2,29

Despesas pessoais 10,1 3,62 1,28 1,55 2,33

Educação 4,0 0,24 1,47 0,74 7,34

Comunicação 3,6 0,85 0,37 2,15 -0,74

Fonte: IBGE

1/ Referentes a março de 2016

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78 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Abril 2016

Paraná

OPIBdoParanárecuou2,8%em2015,deacordocom estimativa do Instituto Paranaense de Desenvolvimento EconômicoeSocial(Ipardes),ressaltando-sequearetraçãofoi inferior à registrada no país em função damaiorrepresentatividade do setor agrícola na cadeia produtiva estadual. Indicadores divulgados no início de 2016 mostram continuidadedareduçãodaatividadenoestado,destacando-se, no trimestre encerrado em fevereiro, os recuos nas vendas do comércio e na produção da indústria.Nessecontexto,oIBCR-PRdiminuiu0,9%emrelaçãoaotrimestrefinalizadoemnovembro,quandohaviaretraído1,5%,nomesmotipodecomparação.Consideradosperíodosdedozemeses,oindicadorrecuou2,0%emfevereiro(-1,0%emnovembro).

Asvendasdocomércioampliadorecuaram0,3%notrimestrefinalizadoemfevereiro,emrelaçãoaoterminadoemnovembro,quandodiminuíram3,1%,nomesmo tipode comparação, dados dessazonalizados da PMC, doIBGE.Houve reduções nas vendas de nove segmentospesquisados(outrosartigosdeusopessoal,-8,8%;móveiseeletrodomésticos,-5,7%).Ocomérciovarejista,excluídasasvariaçõesnasvendasdeveículos(+3,6%)edematerialdeconstrução(-3,0%),recuou2,8%noperíodo(-2,1%notrimestreaténovembro).

Considerados intervalos de doze meses, as vendas do comércio ampliado contraíram 9,9% em fevereiro(-8,3%emnovembrode2015),mantendo-senatrajetóriadedesaceleraçãoiniciadaemsetembrode2014(veículosemotocicletas,-18,9%;livros,jornais,revistasepapelaria,-14,5%).Excluídasasreduçõesnasvendasdeveículosedematerialdeconstrução(-8,4%),ocomérciovarejistaretraiu5,0%noperíodo(-2,0%aténovembro).

As vendas de automóveis e veículos comerciais reduziram22,0%notrimestreencerradoemmarçode2016,emrelaçãoaofinalizadoemdezembrode2015,e-29,7%,comparativamente ao primeiro trimestre do ano anterior, de acordo com dados dessazonalizados da Fenabrave e do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos noEstadodoParaná(Sincodiv-PR).

OvolumedosetordeserviçosdoParanádiminuiu1,3% no trimestre finalizado em fevereiro, em relaçãoa igual período de 2015, de acordo com a PMS, do IBGE (serviços prestados às famílias, -6,5%; serviçosprofissionais, administrativos e complementares, -6,3%).

125

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Nov2012

Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago Nov Fev2015

Mai Ago Nov Fev2016

IBC-Br IBCR-PR

Gráfico 5.8 – Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil e ParanáDados dessazonalizados2002 = 100

90

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110

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Nov2012

Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago Nov Fev2015

Mai Ago Nov Fev2016

Restrito Ampliado

Gráfico 5.9 – Comércio varejista – ParanáDados dessazonalizados2011 = 100

Fonte: IBGE

Tabela 5.15 – Índice de vendas no varejo – ParanáGeral e setores selecionados

Variação % no período

Setores 2015 2016

Ano Nov1/ Fev1/ 12 meses

Comércio varejista -3,2 -2,1 -2,8 -5,0

Combustíveis e lubrificantes -3,2 -6,7 0,6 -4,3

Hiper e supermercados -1,2 0,7 -2,1 -2,8

Tecidos, vestuário e calçados -9,9 -5,8 -3,8 -11,3

Móveis e eletrodomésticos -11,6 0,1 -5,7 -13,7

Comércio ampliado -9,4 -3,1 -0,3 -9,9

Automóveis e motocicletas -19,7 -5,2 3,6 -18,9

Material de construção -8,7 -6,4 -3,0 -8,4

Fonte: IBGE

1/ Variação relativa aos trimestres encerrados nos períodos t e t-3. Dados

dessazonalizados.

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Abril 2016 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 79

Considerados períodos de doze meses, o indicador recuou 3,3%em fevereiro de 2016 (-4,2%emdezembro), comdestaque para a retração de 5,8%no segmento serviçosprestadosàsfamílias.

O saldo das operações de crédito superiores aR$1mil, realizadasnoParaná, totalizouR$209,8bilhõesem fevereiro, com estabilidade no trimestre e aumento de 2,5%emdozemeses.Os empréstimos com recursosdirecionadossomaramR$116,4bilhões,variando0,8%e5,4%,respectivamente,eosrealizadoscomrecursoslivres,R$93,5 bilhões, recuando1,0%no trimestre e 0,8%emdoze meses.

A carteira de pessoas físicas totalizou R$114,9 bilhões, aumentando1,8%no trimestre e 7,0%emdozemeses, comdestaquepara asmodalidadesfinanciamentocomrecursosdoBNDESefinanciamentorural.AcarteiradepessoasjurídicasatingiuR$95,0bilhões,recuando2,2%e2,4%,nasmesmasbasesdecomparação,comênfaseparaascontrataçõesnamodalidadefinanciamentosimobiliários.

Os desembolsos do BNDES para o ParanátotalizaramR$2,3 bilhões no primeiro trimestre, recuos-23,2%emrelaçãoa igualperíodode2015,ede-13,5%nosúltimosdozemesesencerradosemmarço.

Ataxadeinadimplênciadessasoperaçõessituou-seem3,48%emfevereiro,aumentando0,16p.p.notrimestree1,02p.p.emdozemeses.Atrajetória trimestralrefletiuelevaçõesde0,05p.p.nosegmentodepessoasfísicas,para3,25%,ede0,30p.p.nodepessoasjurídicas,para3,75%.

O mercado de trabalho paranaense registrou, de acordo comoCaged/MTPS, reduçãode 46,1mil postosde trabalho formais no trimestre encerrado em fevereiro (-33,9milemigualperíodode2015),dosquais17,4milnaindústriadetransformação,11,6milnocomércioe9,8milnosetordeserviços.NaRegiãoMetropolitanadeCuritiba(RMC), forameliminados20,7milempregos formaisnotrimestre,dosquais7,3milnaindústriadetransformação,5,6milnosetordeserviçose5,1nocomércio.

O resultado primário dos governos do estado, da capital e dos principais municípios do Paraná foi superavitário emR$778milhões em 2015.O aumentode224,7%emrelaçãoa2014evidenciou,emespecial,areversão, de deficit deR$895milhões para superavit de R$899milhões,noresultadodogovernoestadual.

Tabela 5.16 – Volume de serviços – ParanáServ. empresariais não financeiros, exceto saúde e educação

Variação % no período

Segmentos 2015 2016

Ano Nov1/ Fev1/ 12 meses

Total -3,3 -3,3 -1,3 -3,3

Serviços prestados às famílias -7,1 -6,6 -6,5 -5,8

Serviços de informação e comunicação -3,0 -3,7 -2,0 -2,5

Serviços profissionais e administrativos -5,4 -2,7 -6,3 -2,9

Transportes e correio -2,5 -2,9 1,8 -3,7

Outros serviços -0,6 -1,0 -1,7 -5,0

Fonte: IBGE1/ Variação relativa ao trimestre encerrado no mês em referência e o mesmo período do ano anterior.

Jan 2012Fev2012Mar

Abr 2012Mai2012Jun

JulAgo2012Set

OutNov2012

95

100

105

110

115

120

Nov2012

Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago Nov Fev2015

Mai Ago Nov Fev2016

Brasil ParanáFonte: IBGE

Gráfico 5.10 – Volume de serviços Dados observados – Média móvel trimestral2011 = 100

-5,0

,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

Nov2013

Fev2014

Mai Ago Nov Fev2015

Mai Ago Nov Fev2016

PF PJ Total

Gráfico 5.11 – Evolução do saldo das operações de crédito – Paraná1/

Variação em 12 meses – %

1/ Operações com saldo superior a R$1 mil.

Tabela 5.17 – Evolução do emprego formal – Paraná

Novos postos de trabalho

Acumulado no trimestre (em mil)1/

Discriminação 2015 2016

Fev Mai Ago Nov Fev

Total -33,9 6,8 -29,4 -24,7 -46,1

Indústria de transformação -12,6 -2,4 -17,2 -14,8 -17,4

Comércio -9,3 2,6 -7,2 1,6 -11,6

Serviços -4,3 4,2 -2,2 -4,5 -9,8

Construção civil -4,9 -0,7 -4,1 -6,2 -5,9

Agropecuária -2,9 2,8 1,6 -0,8 -0,9

Serviços ind. de utilidade pública 0,0 -0,1 -0,2 0,0 -0,2

Outros2/ 0,2 0,3 -0,2 0,0 -0,3

Fonte: MTPS1/ Refere-se ao trimestre encerrado no mês assinalado.2/ Inclui extrativa mineral e administração pública.

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80 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Abril 2016

AarrecadaçãodoICMSnoParanáatingiuR$4,3bilhõesnoprimeirobimestrede2016,segundoaCotepe,doMinistériodaFazenda,comaumentorealde1,9%emrelação a igual período de 2015, considerado o IGP-DIcomodeflator.

As transferências daUnião, excluídos os valoresdestinados ao Fundeb, totalizaram R$1,6 bilhão no primeiro bimestrede2016,deacordocomaSTN,comvariaçãorealde -12,2%em relação a igual período de 2015 (IGP-DIcomodeflator).

Os jurosnominais, apropriadospor competência,totalizaramR$2,1bilhõesem2015(R$1,2bilhãoem2014),eoresultadonominalfoideficitárioemR$1,4bilhão(deficit deR$1,8bilhãoem2014).

A dívida líquida do estado, da capital e dos principais municípiosdoParanáatingiuR$19,1bilhõesemdezembrode2015(19,1%dadívidadoSul),elevando-se12,0%emrelaçãoadezembrode2014.

AsafradegrãosdoParanádeveráaumentar1,3%em2016,para38,1milhõesdetoneladas(18,2%daproduçãodopaís),deacordocomoLSPAdemarçodoIBGE.Destaquepara a projeção de aumentos de 8,0% na produção detrigo;de0,7%nademilho,comreduçãode21,8%naáreacultivadanaprimeirasafraeexpansãode11,9%nasegunda;ede0,3%nadesoja,comexpansãode4,5%naáreaplantadaereduçãode4,1%naprodutividade;erecuode4,1%nasafradefeijão,repercutindoretraçãode6,5%naáreacultivadanaprimeirasafraeaumentode0,4%nadasegunda.

De acordo com estimativa da Seab/PR e doDepartamento de Economia Rural (Deral) do EstadodoParaná, divulgada emmarço, a produção de soja noestadodeverá recuar1%,devendoalcançar16,8milhõesdetoneladas,enquantoaproduçãodetrigodeverácrescer10,0%no ano, impulsionada por aumento de 23,0%naprodutividade.

Os abates de aves, suínos e bovinos, realizados emestabelecimentosfiscalizadospeloSIF,variaram4,0%,25,1%e-2,9%respectivamente,noprimeirobimestrede2016,emrelaçãoàigualperíodode2015,representando,naordem,32,3%,24,0%e3,3%dosabatesrealizadosnopaís.Ospreçosmédiosrecebidospelosprodutoresvariaram,de acordo com a Seab/Deral, 16,3%, -12,2% e 8,0%,respectivamente,namesmabasedecomparação.

Tabela 5.18 – Necessidades de financiamento –

Paraná1/

R$ milhões

UF

2014 2015 2014 2015

Jan-dez Jan-dez Jan-dez Jan-dez

Estado do Paraná 624 -778 1 219 2 145

Governo estadual 895 -899 1 141 2 067

Capital 418 -151 20 33

Demais municípios -689 273 57 44

1/ Inclui informações do estado e de seus principais municípios. Dados preliminares.

Resultado primário Juros nominais

Tabela 5.19 – Dívida líquida e necessidades de

financiamento – Paraná1/

R$ milhões

UF Dívida Dívida2/

2014 Nominal Outros3/ 2015

Dez Primário Juros Total4/ Dez

Estado do Paraná 17 074 -778 2 145 1 367 675 19 115

Governo estadual 17 767 -899 2 067 1 168 538 19 474

Capital 507 -151 33 -118 148 537

Demais municípios -1 201 273 44 317 -11 -895

1/ Inclui inform. do estado e de seus principais municípios. Dados preliminares.

2/ A dívida líquida no momento t+1 é a dívida no momento t, mais o resultado

nominal e o resultado de outros fluxos.

3/ Inclui ajustes decorrentes de variação cambial, reconhec. de dívidas e privatiz.

4/ O resultado nominal é a soma dos juros com o resultado primário.

Fluxos acumulados no ano

Tabela 5.20 – Produção agrícola – Paraná

Itens selecionados

Em mil toneladas

Discriminação Peso1/ Produção2/ Variação %

2015 2016 2016/2015

Grãos3/ 76,2 37 621 38 124 1,3

Soja 48,4 17 145 17 194 0,3

Milho 16,7 15 974 16 088 0,7

Trigo 6,0 3 333 3 600 8,0

Feijão 4,2 729 699 -4,1

Outras lavouras

Cana-de-açúcar 7,7 51 255 51 033 -0,4

Mandioca 3,6 3 917 3 518 -10,2

Fumo 3,5 185 149 -19,3

Fonte: IBGE1/ Por valor da produção – PAM 20142/ Estimativa segundo o LSPA de março de 2016.3/ Cereais, leguminosas e oleaginosas.

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Abril 2016 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 81

OÍndicedeConfiançadaIndústriadeTransformação(ICIT-PR)atingiu37,6pontosemmarço(31,4pontosemdezembro), permanecendo na área de pessimismo pelovigésimosétimomêsconsecutivo.OÍndicedeCondiçõesAtuais(ICA)eoÍndicedeExpectativas(IE)aumentaram5,5 e 6,4 pontos, respectivamente, para 30,9 e 40,9 pontos, no período.

OÍndicedeConfiançadoEmpresáriodaConstrução(Icec-PR)situou-seem35,4pontosemmarço(33,2pontosemdezembro),permanecendonaáreadepessimismopelovigésimo quarto mês consecutivo. O ICA e o IE aumentaram 2,5 e 2,1 pontos, respectivamente, para 31,2 e 37,5 pontos, no período.

Aproduçãodaindústriaparanaenserecuou3,7%notrimestreencerradoemfevereiro,emrelaçãoaoterminadoemnovembro,quandohaviadecrescido4,1%,nomesmotipodecomparação,deacordocomdadosdessazonalizadosdaPIM-PFRegionaldoIBGE.Houvereduçãoemsetedastreze atividades pesquisadas (máquinas e equipamentos,-30,9%;bebidas-19,4%;máquinas,aparelhosemateriaiselétricos,-9,7%).

Consideradosintervalosdedozemeses,aproduçãoindustrialdoestado recuou9,3%emfevereiro (8,1%emnovembro), ressaltando-se os decréscimosnas atividadesveículos automotores, reboques e carrocerias (30,9%),móveis(19,7%)emáquinas,aparelhosemateriaiselétricos(18,9%).

As vendas reais da indústria paranaense aumentaram 0,8%notrimestreencerradoemfevereiro,emrelaçãoaofinalizado emnovembro, quando recuaram4,6%, nessetipo de comparação, segundodados dessazonalizados daFederaçãodasIndústriasdoEstadodoParaná(Fiep).Dentreossegmentoscommaiorrepresentatividadenacomposiçãodo indicador, destacaram-se as reduções nas vendas demáquinaseequipamentos(9,9%),produtosquímicos(3,2%)edecelulose,papeleprodutosdepapel(2,0%).Onúmerode horas trabalhadas e o pessoal empregado na indústria, reduziram 7,3% e 0,6%, respectivamente, no trimestreencerradoemfevereiro,períodoemqueoNuciatingiumédiade71,8%(71,2%notrimestrefinalizadoemnovembro).

A análise em doze meses indica que as vendas reais recuaram7,3%em fevereiro, em relaçãoa igualperíodode2015(-7,4%emnovembro),destacando-seasreduçõesnossetoresdemáquinaseequipamentos(21,9%),veículosautomotores(20,4%)eprodutosquímicos(17,1%).

85

95

105

115

125

Nov2012

Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago Nov Fev2015

Mai Ago Nov Fev2016

2012 = 100

Bovinos Aves Suínos

Gráfico 5.12 – Abates de animais – ParanáMédia móvel trimestral

Fonte: Mapa

30

35

40

45

50

55

60

65

Dez2013

Mar2013

Jun Set Dez Mar2014

Jun Set Dez Mar2015

Jun Set Dez Mar2016

Índice de Confiança da Indústria de TransformaçãoÍndice de Confiança do Empresário da Construção

Fonte: Fiep

Linha de confiança

Gráfico 5.13 – Confiança do empresariado – ParanáEm pontos

80

85

90

95

100

105

110

Nov2012

Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago Nov Fev2015

Mai Ago Nov Fev2016

Brasil Paraná

Gráfico 5.14 – Produção industrial – ParanáDados dessazonalizados – Média móvel trimestral2012 = 100

Fonte: IBGE

Tabela 5.21 – Produção industrial – Paraná

Geral e setores selecionados

Variação % no período

Setores Pesos1/ 2015 2016

Nov2/ Fev2/ 12 meses

Indústria geral 100,0 -4,1 -3,7 -9,3

Produtos alimentícios 22,7 -4,9 3,0 -1,2

Deriv. petróleo e biocomb. 19,1 8,1 -4,1 -2,9

Veículos, reb. e carrocerias 18,4 -17,3 14,4 -30,9

Máquinas e equipamentos 6,7 -8,6 -30,9 -14,9

Celulose e prod. papel 5,5 -4,5 3,3 5,4

Outros produtos químicos 4,7 -6,5 -6,0 -5,9

Fonte: IBGE1/ Ponderação de atividades no VTI conforme a PIA 2010/IBGE.2/ Variação relativa aos trimestres. encerrados nos períodos t e t-3. Dados dessazonalizados.

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82 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Abril 2016

As vendas de caminhões e ônibus no Paranátotalizaram 1,47 mil unidades no trimestre encerrado em março(reduçõesrespectivasde17,1%e25,3%emrelaçãoaotrimestrefinalizadoemdezembrode2015eaigualperíodode2015),deacordocomaFenabrave-PReoSincodivPR.

No âmbito da indústria da construção civil, aPrefeituraMunicipaldeCuritibaemitiu6,2milcertificadosde conclusão de unidades imobiliárias, residenciais e não residenciais,noprimeirotrimestrede2016(recuosde,naordem,5,0%e53,6%em relação ao trimestre anterior ea igual períodode 2015); e concedeu3,0mil alvarás deconstruçãoimobiliária(variaçõesrespectivasde-35,4%e85,38%,nasmesmasbasesdecomparação).OspreçosdosimóveisemCuritiba recuaram0,4%em2016,deacordocomoÍndiceFipeZapdePreçosdeImóveisAnunciados.

AbalançacomercialdoParanáregistrousuperavit deUS$929milhões no primeiro trimestre de 2016, antedeficitdeUS$212milhõesemigualperíodode2015,reflexodeaumentode12,0%nasexportaçõesedediminuiçãode24,3%nas importações, que somaramUS$3,4 bilhões eUS$2,4bilhões,respectivamente.

Odesempenhodasexportações,refletindovariaçõesde 34,3% no quantum e -6,0% nos preços, refletiu oaumentode33,5%nasvendasdeprodutosbásicos (sojamesmo triturada, 106,1%); e os recuos nas de produtosmanufaturados,1,5%(automóveisdepassageiro,+166,6%),e de semimanufaturados, 25,0% (óleo de soja embruto,-21,6%).Asexportaçõespara aChina,Argentina eEUArepresentaram,emconjunto,37,9%dosembarquesdoestadonotrimestre,destacando-seosaumentosnasvendasdesojaparaaChina(103,0%)edeautomóveisparaaArgentina(293,7%).

Aretraçãodasimportações,consistentecomaperdadedinamismodaeconomiadoestado,repercutiureduçõesde12,2%nospreçosede18,0%noquantum. Ocorreram recuos em todas as categorias de uso, com destaque para os registrados nas aquisições de bens intermediários, -23,6% (soja,mesmo triturada, exceto para semeadura,-45,2%)edebensdecapital,-12,5%(motoreselétricosdecorrentecontínua,-18,7%).AsimportaçõesprovenientesdaChina,EUAeArgentinarepresentaram,emconjunto,35,0%dascomprasexternasdoestadonoprimeiro trimestrede2016,destacando-seasreduçõesnasaquisiçõesdeadubosoufertilizantesorigináriosdaChina(39,1%),deveículosdecarga,daArgentina(30,7%)edeadubosoufertilizantes,dosEUA(35,8%).

Tabela 5.22 – Exportação por fator agregado – FOB

Janeiro-março

US$ milhões

Discriminação Paraná Brasil

2015 2016 Var. % Var. %

Total 3 004 3 365 12,0 -5,1

Básicos 1 389 1 854 33,5 -5,3

Industrializados 1 615 1 511 -6,5 -4,9

Semimanufaturados 340 255 -25,0 -8,5

Manufaturados1/ 1 276 1 256 -1,5 -3,6

Fonte: MDIC/Secex 1/ Inclui operações especiais.

Tabela 5.23 – Importação por grandes categorias

econômicas - FOB

Janeiro-março

US$ milhões

Discriminação Paraná Brasil

2015 2016 Var. % Var. %

Total 3 216 2 436 -24,3 -33,4

Bens de capital 464 406 -12,5 -27,0

Bens Intermediários 2 053 1 568 -23,6 -32,0

Bens de consumo 449 263 -41,5 -26,9

Duráveis 202 81 -60,1 -51,2

Automóveis de passageiros 148 60 -59,6 -54,5

Semiduráveis e não duráveis 248 182 -26,3 -17,9

Combustíveis e lubrificantes 249 198 -20,6 -52,4

Petróleo 212 85 -60,1 -45,6

Demais 37 113 204,6 -54,6

Bens não especificados 0 0 -100,0 27,7

Fonte: MDIC/Secex

-5%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

-10

0

10

20

30

40

50

60

Dez2013

Mar2014

Jun Set Dez Mar2015

Jun Set Dez Mar2016

CVCO Alvarás Preços

Gráfico 5.15 – Evolução do mercado imobiliário em CuritibaCVCO e alvarás – Mil – Acum. 12m Preços – % 12m

Fonte: PMC e Fipe.

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Abril 2016 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 83

OIPCAdaRMCvariou2,13%noprimeirotrimestrede2016,ante2,89%noúltimode2015,resultadodereduçãodospreçoslivres,de2,96%para2,33%,edosmonitorados,de2,66%para1,55%.Ressalte-sequeasvariaçõesdepreçosnosgruposalimentaçãoebebidas(1,04p.p.)etransportes(0,36p.p.) exerceramcontribuição conjunta de 1,40p.p.paraainflaçãotrimestral.Avariaçãonospreçosdeserviços,mesmoimpactadapeloaumentosazonaldogrupoeducação,recuoude2,43%para1,64%,noperíodo.

A trajetória dos preços livres refletiu asdesacelerações, de 3,46% para 2,67%, dos preços dosbens comercializáveis (leite longa vida, 13,19%; etanol,9,38%;motocicleta,5,06%;perfume,4,52%);ede2,50%para2,01%,dospreçosdosprodutosnãocomercializáveis(refeição, 3,89%; ensino superior, 8,64%; empregadodoméstico, 2,80%, citados em ordem decrescente decontribuição). Ressalte-se, nesse segmento, o impactosignificativodealtasemitensespecíficosdealimentação,quelimitaramoarrefecimentodataxa,taiscomomamão,66,76,cenoura,84,10%,efeijãocarioca,30,85%.

A redução na variação dos preços dos bensmonitoradosdecorreu,emespecial,dorecuode4,74%nopreçodoitemenergiaelétricaresidencial,mitigadopelosefeitos dos aumentos nos itens tarifas de ônibus urbano,16,12%;ônibusintermunicipal,16,32%;gasolina,2,96%;eplanodesaúde,3,22%.Oíndicededifusãoatingiumédiade 62,3%no trimestre encerrado emmarço, ante 61,8%naquelefinalizadoemdezembro.

Aevoluçãodosprincipaisindicadoreseconômicosdo estado sugere que o cenário de retraçãoda atividadedeverá persistir nos próximosmeses. Essa perspectiva,fortalecidapelocenáriodeconfiançareduzidadeempresárioseconsumidores,epeloseventosdeordemnãoeconômica,poderáseratenuadapelaestabilidadedaproduçãoagrícolaepelaperspectivadeimpulsoàsexportaçõesdecorrentedonovopatamardataxadecâmbio.

Tabela 5.24 – IPCA – RMC

Variação %

Discriminação Pesos1/ 2015 2016

II Tri III Tri IV Tri I Tri

IPCA 100,0 3,16 1,91 2,89 2,13

Livres 76,6 2,77 1,42 2,96 2,33

Comercializáveis 36,9 2,74 2,12 3,46 2,67

Não comercializáveis 39,8 2,80 0,78 2,50 2,01

Monitorados 23,4 4,48 3,56 2,66 1,55

Principais itens

Alimentação 24,3 3,58 1,51 4,04 4,38

Habitação 17,2 4,59 5,65 1,28 -0,85

Artigos de residência 4,4 3,27 2,00 1,70 2,08

Vestuário 7,0 2,76 1,06 2,99 1,10

Transportes 19,4 0,42 0,86 4,51 1,84

Saúde 11,1 5,91 0,52 1,86 2,19

Despesas pessoais 9,8 4,14 1,23 2,56 2,50

Educação 3,4 0,40 1,32 1,09 7,68

Comunicação 3,4 1,12 0,56 1,78 -1,02

Fonte: IBGE1/ Referentes a março de 2016.

45

50

55

60

65

70

Dez2013

Mar2014

Jun Set Dez Mar2015

Jun Set Dez Mar2016

Índice mensal Média móvel trimestral

Gráfico 5.16 – Índice de difusão IPCA – RMC %

Fonte: IBGE

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84 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Abril 2016

Rio Grande do Sul

OPIBdoestadorecuou3,4%em2015,repercutindoretrações na indústria (11,1%) e nos serviços (2,1%),e crescimento de 13,6%% na agropecuária, segundoestimativa da Fundação de Economia e EstatísticaSiegfriedEmanuelHeuser (FEE)dogovernodoestado.Namargem,indicadoresimportantesdaeconomiagaúchaseguiram registrando resultados negativos, evidenciados, no trimestre encerrado em fevereiro, em recuos nas vendas do comércio, na continuidade da distensão do mercado de trabalho,noarrefecimentodasoperaçõesdecréditoenopatamarreduzidodaconfiançadosagenteseconômicos.Nesse cenário, embora o IBCR-RS tenha aumentado1,3% em relação ao trimestre encerrado em novembro,influenciadopelaproduçãoindustrial,asperspectivasparaa economia local seguem desfavoráveis. Ressalte-se que, considerados períodos de doze meses, o IBCR-RS recuou 3,5%emfevereiro(-2,8%emnovembro).

Asvendasdocomércioampliadorecuaram1,0%notrimestrefinalizadoemfevereiro,emrelaçãoaoencerradoem novembro, quando diminuíram 3,8%, neste tipo decomparação,segundodadosdessazonalizadosdaPMCdoIBGE(veículos,motos,partesepeças,-3,6%;combustíveis,-4,8%).O comércio varejista, excluídas as vendas deveículosedematerialdeconstrução(1,4%),decresceu0,7%noperíodo(-1,6%notrimestreencerradoemnovembro).

Considerados intervalos de doze meses, as vendas do comércioampliadodiminuíram13,4%emfevereiro(-11,7%emnovembro).Com exceção de artigos farmacêuticos,médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, houve retraçãonasvendasdetodasasatividades,maisintensanossegmentos de bens com maior valor agregado e, portanto, mais dependentes do crédito e da decisão de endividamento por parte dos consumidores (veículos, -29,0%;móveis eeletrodomésticos,-13,5%).Asvendasdocomérciovarejistadiminuíram6,2%e5,5%, respectivamente, nos períodosmencionados.

A comercialização de automóveis e veículoscomerciais leves no estado somou, segundo a Fenabrave, 27,6 mil unidades no primeiro trimestre de 2016 e 139,4 mil unidadesnointervalodedozemesesencerradoemmarço,recuando29,9%e33,3%emrelaçãoaiguaisperíodosem2015(nopaís,reduçõesrespectivasde28,3%e28,4%).

Ovolumedeserviçosnoestadodiminuiu5,3%notrimestrefinalizadoemfevereiro,emrelaçãoaigualperíodo

Tabela 5.25 – PIB e VAB – Rio Grande do SulDezembro de 2015

Var. %

Discriminação IV trim. 2015 / IV trim. 2014 Acum. 4 trim.

PIB -6,3 -3,4

Impostos -10,1 -8,0

VAB -5,7 -2,7

Agropecuária -2,4 13,6

Indústria -12,3 -11,1

Serviços -3,4 -2,1

Fonte: FEE

120

130

140

150

160

Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago Nov Fev2015

Mai Ago Nov Fev2016

IBC-Br IBCR-RS

Gráfico 5.17– Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil e Rio Grande do SulDados dessazonalizados2002 = 100

90

100

110

120

130

Nov2012

Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago Nov Fev2015

Mai Ago Nov Fev2016

Restrito Ampliado

Gráfico 5.18 – Comércio varejista – Rio Grande do SulDados dessazonalizados2011 = 100

Fonte: IBGE

Tabela 5.26 – Comércio varejista – Rio Grande do SulGeral e setores selecionados

Variação % no período

Discriminação 2015 2016

Ano Nov1/ Fev1/ 12 meses

Comércio varejista -6,1 -1,6 -0,7 -6,2

Combustíveis e lubrificantes -8,9 -4,7 -4,8 -9,1

Hiper e supermercados -4,3 -1,6 -0,6 -4,7

Tecidos, vestuário e calçados -11,5 -3,0 2,4 -11,9

Móveis e eletrodomésticos -14,3 -0,6 -2,3 -13,5

Comércio varejista ampliado -13,2 -3,8 -1,0 -13,4

Automóveis e motocicletas -27,9 -10,7 -3,6 -29,0

Material de construção -7,3 -0,4 1,4 -6,9

Fonte: IBGE

1/ Variação relativa aos trimestres encerrados nos períodos t e t-3. Dados

dessazonalizados.

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Abril 2016 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 85

de2015 (outros serviços, -11,8%; transportes e correios,-9,5%),segundoaPMSdoIBGE.Consideradosintervalosdedozemeses,oindicadorrecuou4,6%emfevereiro(outrosserviços,-10,0%;transportesecorreios,-9,8%)e3,9%emnovembro.

O saldo das operações de crédito superiores aR$1milrealizadasnoestadoatingiuR$198,6bilhõesemfevereiro,aumentando0,4%notrimestree2,5%emdozemeses.AsoperaçõescomrecursosdirecionadossomaramR$106,6bilhões,comacréscimosrespectivosde0,2%ede3,8%, e as realizadas com recursos livres,R$92bilhões,ampliando0,7%notrimestree1,0%emdozemeses.

A carteira de pessoas físicas somou R$117,7 bilhões, aumentando 1,9% no trimestre e 6,7% emdoze meses, destacando o crescimento das modalidades de financiamentos imobiliários e crédito pessoal não consignado.AcarteiradepessoasjurídicastotalizouR$80,9bilhões,comrecuosde1,7%e3,1%,nasmesmasbasesde comparação, ressaltando-se a redução no saldo dasoperaçõescomaindústriadetransformação,emespecialnosegmentodepeçaseacessóriosparaautomotores,ecomo comércio.

Ataxadeinadimplênciadessasoperaçõesdecréditoatingiu3,4%emfevereiro,comelevaçõesde0,1p.p.notrimestreede0,5p.p.emdozemeses.Notrimestre,houveaumentos de 0,1 p.p. nos segmentos de pessoas físicas e de pessoasjurídicas,nosquaisainadimplênciasituou-seem3,2%e3,7%,respectivamente.

OIcec,divulgadopelaFederaçãodoComérciode Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande doSul (Fecomércio-RS), atingiu 82,7 pontos no primeirotrimestre(77,9pontosnotrimestreanteriore93,8pontosemigualperíodode2015).Oindicadormanteve-seempatamarqueindicafaltadeconfiançadosempresáriospeloquinto trimestre consecutivo, e de seus nove componentes apenasosrelativosàsexpectativasparaospróximosseismeses para a empresa e para o setor permaneceram acima de 100 pontos.

OíndiceICF,elaboradopelaCNCedivulgadopelaFecomércio-RS, atingiu 68,6 pontos no trimestre encerrado emmarço(66,3pontosnaavaliaçãodeconsumidorescomrenda até dez salários mínimos e 78,4 pontos na daqueles comrendasuperioradezsaláriosmínimos).OICFhaviatotalizado 107,2 pontos e 70,8 pontos, respectivamente, nos trimestresencerradosemmarçoeemdezembrode2015.

Tabela 5.27 – Volume de serviços – Rio Grande do SulServ. empresariais não financeiros, exceto saúde e educação

Var. %

Segmentos 2015 2016

Ano Nov1/ Fev1/ 12 meses

Total -4,2 -6,5 -5,3 -4,6

Serviços prestados às famílias -7,9 -11,2 -2,9 -8,2

Serviços de informação e comunicação 2,7 1,4 -1,0 1,7

Serviços profissionais e administrativos -5,9 -11,7 -7,6 -6,7

Transportes e correios -9,9 -11,1 -9,5 -9,8

Outros serviços -8,8 -15,1 -11,8 -10,0

Fonte: IBGE

1/ Variação relativa ao trimestre encerrado no mês assinalado e o mesmo período

do ano anterior.

-5

0

5

10

15

20

Nov Fev2014

Mai Ago Nov Fev2015

Mai Ago Nov Fev2016

PF PJ Total

Gráfico 5.19 – Evolução do saldo das operações de crédito – Rio Grande do Sul1/

Variação em 12 meses – %

1/ Operações com saldo superior a R$1 mil.

Tabela 5.28 – Evolução do emprego formal –

Rio Grande do Sul

Novos postos de trabalho

Acumulado no trimestre (em mil)1/

Discriminação 2015 2016

Fev Mai Ago Nov Fev

Total -25,0 -10,9 -44,6 -18,9 -21,0

Indústria de transformação -9,3 -2,6 -24,1 -18,1 -9,2

Comércio -7,9 -0,8 -9,1 3,6 -4,8

Serviços -3,7 1,9 -6,9 -4,6 -8,1

Construção civil -5,9 -2,5 -4,6 -3,3 -3,5

Agropecuária 2,2 -7,1 0,4 3,8 5,2

Serviços ind. de utilidade pública 0,2 -0,2 -0,1 0,0 0,1

Outros2/ -0,7 0,5 -0,1 -0,2 -0,7

Fonte: MTPS

1/ Refere-se ao trimestre encerrado no mês assinalado.

2/ Inclui extrativa mineral, administração pública e outros.

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86 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Abril 2016

O percentual de famílias endividadas7 atingiu, em média,66,2%noprimeiro trimestre (49,2%e65,6%nostrimestres encerrados emmarço e dezembro de 2015),segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), elaboradapelaFecomércio-RSparaPortoAlegre,combaseemestatísticasdaCNC.Opercentualde famíliascomfaturasematrasopassoude17,5%para29,1%nacomparaçãointeranual,eotempodeatrasoatingiu,em média, 60 dias.

A economia gaúcha eliminou 21 mil postos de trabalhoformaisnotrimestreencerradoemfevereiro(-25milemigualtrimestrede2015),deacordocomoCaged/MTPS. Destacaram-se os desligamentos na indústria de transformação,9,2mil(3,3milnaindústriadematerialdetransportee2,6milnaindústriamecânica)enosetordeserviços,8,1mil(2,2milemtransportesecomunicação,2,1milemadministraçãodeimóveise2milemensino).Considerados dados dessazonalizados, o nível de emprego formalrecuou0,7%notrimestreencerradoemfevereiro,em relação aofinalizado emnovembro, quando retraíra1,2%, namesma base de comparação, destacando-seas retrações na indústria de transformação (1,6%) e naconstrução(2,1%).

A taxa de desemprego daRegiãoMetropolitanade PortoAlegre (RMPA) atingiu 6,1% no trimestreencerradoemfevereiro(4,0%emigualperíodode2015),deacordocomaPMEdoIBGE,refletindodiminuiçõesnapopulaçãoocupada(4,2%)enaPEA(2,1%).Consideradosdadosdessazonalizadas,a taxadedesempregosituou-seem6,7%no trimestre terminadoemfevereiro (6,6%noencerradoemnovembro),enquantoorendimentomédiorealhabitualeamassasalarialrealvariaram0,5%e-0,7%,respectivamente.

O superavit primário dos governos do estado, da capital e dos principais municípios do Rio Grande do Sul atingiuR$511milhõesem2015,anteR$975milhõesem2014, repercutindo a redução no superavit do governo estadual (de R$887milhões para R$712milhões), oaumentodeR$20milhõesnoresultadodeficitáriodacapitale a reversão do superavitdeR$201milhõesparadeficit de R$68milhõesnosdemaismunicípios.Osjurosnominais,apropriadosporcompetência,somaramR$8,1bilhõeseoresultadonominalfoideficitárioemR$7,6bilhões(R$5,0bilhões edeficit deR$4,0 bilhões, respectivamente, em2014).

7/ Sãoconsideradasnapesquisaasdívidascontraídaspormeiodechequespré-datados,cartõesdecrédito,carnêdelojas,empréstimopessoal,aquisiçõesimobiliárias,comprasdeautomóveisecontrataçãodeseguros.

Tabela 5.29 – Necessidades de financiamento –

Rio Grande do Sul1/

R$ milhões

UF

2014 2015 2014 2015

Jan-dez Jan-dez Jan-dez Jan-dez

RS -975 -511 5 007 8 138

Governo estadual -887 -712 4 975 8 124

Capital 113 133 40 52

Demais municípios -201 68 -7 -37

1/ Inclui informações do estado e de seus principais municípios.

Dados preliminares.

Resultado primário Juros nominais

Tabela 5.30 – Dívida líquida e necessidades de

financiamento – Rio Grande do Sul1/

R$ milhões

UF Dívida Dívida2/

2014 Nominal Outros4/ 2015

Dez Primário Juros Total3/ Dez

RS 58 075 -511 8 138 7 627 3 210 68 912

Governo estadual 57 994 -712 8 124 7 412 3 001 68 408

Capital 398 133 52 185 78 660

Demais municípios -317 68 -37 30 131 -156

1/ Inclui inform. do estado e de seus principais municípios. Dados preliminares.

2/ A dívida líquida no momento t+1 é a dívida no momento t, mais o resultado nominal e o resultado de outros fluxos.3/ O resultado nominal é a soma dos juros com o resultado primário. 4/ Inclui ajustes decorrentes de variação cambial, reconhec. de dívidas e privatiz.

Fluxos acumulados no ano

2

3

4

5

6

7

8

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

2013 2014 2015 2016

%

Fonte: IBGE

Gráfico 5.20 – Taxa de desocupação – Porto Alegre

1 400

1 500

1 600

1 700

1 800

1 800

2 000

2 200

2 400

2 600

Nov2013

Fev2014

Mai Ago Nov Fev2015

Mai Ago Nov Fev2016

Total Com carteiraConta própria Sem carteira – eixo direita

R$

Fonte: IBGE1/ Média móvel trimestral, a preços de fevereiro de 2016, corrigidos pelo INPC.

Gráfico 5.21 – Rendimento médio real habitual1/ –Porto Alegre

R$

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Abril 2016 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 87

AarrecadaçãodeICMStotalizouR$27,6bilhõesno período de dozes meses até fevereiro, segundo a Cotepe, do Ministério da Fazenda. Apesar do aumento das alíquotas,apartirdejaneirode2016,houverecuode2,0%naarrecadaçãorealnesseperíodo,consideradooIGP-DIcomodeflator.

As transferências da União para o estado somaram R$8,1bilhõesemdozemesesatéfevereiro,deacordocomaSTN,registrandocontraçãorealde3,4%nacomparaçãocomigualperíodode2015(IGP-DIcomodeflator).

AdívidalíquidadoestadoatingiuR$68,9bilhõesem2015(65,5%dadívidadoSul),elevando-se18,7%emrelação a dezembro de 2014.A dívida representava, aofinal de dezembro, 127,9%daReceitaCorrenteLíquidaacumulada em doze meses.

A safra gaúcha de grãos de 2016 está estimada em 30,8 milhões de toneladas (14,7% da produçãonacional),deacordocomoLSPAdemarço,doIBGE.Essa projeção, que representa recuo anual de 3,4%,considera estimativasde retraçõespara a produçãodemilho (15,8%) e de arroz (5,4%), e de aumentos paraasdesoja(1,7%),comsafrarecordede16milhõesdetoneladas. Dentre as demais culturas, ressaltem-se as reduçõesestimadasparaasproduçõesdeuva(53,3%),maçã(18,8%)efumo(21,3%).

Ascotaçõesmédiasdefeijão,milho,arroz,trigo,esoja,aumentaram,naordem,23,3%,20,2%,3%,2,3%,e-2,1%noprimeirotrimestrede2016,emrelaçãoaoúltimode2015,segundoaEmater/RS.Essascotaçõeselevaram-se12,7%,45,8%,10,9%,31,9%e24,7%,respectivamente,emrelaçãoaoprimeirotrimestrede2015.

O VBP real dos principais produtos agrícolas gaúchos,consideradooIGP-DIcomodeflator,deverárecuar3% em 2016, de acordo com estimativa realizada peloMapaemmarço.SãoesperadasreduçõesnosVBPdomilho(8,9%),doarroz(6,4%)edofeijão(1,8%),eelevaçõesnosdasoja(8,9%)etrigo(2,9%).

Os abates de aves, bovinos e suínos, realizados em estabelecimentos fiscalizados pelo SIF, aumentaram, na ordem,14,9%,8,6%e4%,noprimeirobimestrede2016,emrelaçãoaigualperíodode2015,correspondendoa16,3%,2,8%e21,4%, respectivamente,dosabatesnopaís,segundooMapa.Namesmabasedecomparação,ospreçosmédioselevaram-se,naordem,12,5%,8,6%

Tabela 5.31 – Produção agrícola – Rio Grande do SulItens selecionados

Em mil toneladas

Discriminação Pesos1/ Produção2/ Variação %

2015 2016 2016/2015

Grãos 74,4 31 894 30 802 -3,4

Soja 45,3 15 700 15 971 1,7

Arroz 18,5 8 679 8 208 -5,4

Milho 7,1 5 634 4 744 -15,8

Trigo 2,2 1 392 1 392 0,0

Feijão 0,8 96 93 -3,1

Outras lavouras

Fumo 9,8 415 327 -21,3

Mandioca 3,7 1 150 1 111 -3,4

Uva 2,3 876 409 -53,3

Maçã 2,2 599 486 -18,8

Fonte: IBGE

1/ Por valor da produção – PAM 2014.

2/ Estimativa segundo o LSPA de março de 2016.

40

80

120

160

10

30

50

70

90

Mar2013

Jul Nov Mar2014

Jul Nov Mar2015

Jul Nov Mar2016

Arroz Soja TrigoMilho Feijão

Arroz, soja, trigo e milho Feijão

Gráfico 5.22 – Preços médios mensais pagos ao produtor – Rio Grande do Sul (R$/saca)

Fonte: Emater

Tabela 5.32 – Indicadores da pecuária – Rio Grande do SulFevereiro de 2016

Variação % no ano

Discriminação Produção Exportações Preços

(kg) (R$)

Abates1/

Bovinos 8,6 36,8 8,6

Suínos 4,0 59,2 0,3

Aves2/ 14,9 18,2 12,5

Leite3/ 1,7 - 9,8

Fonte: Emater/RS, IBGE, Iepe, Mapa e MDIC

1/ Número de animais.

2/ Os preços correspondem aos praticados no varejo.

3/ Litros. Produção até dezembro/2015. Preços até fevereiro/2016.

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88 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Abril 2016

e0,3%, conformeaEmater/RSeoCEPEA/USP, e asrespectivasquantidadesexportadas,impulsionadaspelasvendas para Hong Kong e China, cresceram 18,2%,36,8% e 59,2%, respectivamente, de acordo com oMDIC.

Aproduçãogaúchadeleite(14,5%,emmédia,dototalnacional),cresceu1,7%em2015,segundooIBGE.Opreçodoprodutoaumentou9,8%nosdoisprimeirosmesesde2016,conformeaEmater/RS.

O VBP real da pecuária, considerado o IGP-DI comodeflator,deverárecuar6,3%em2016,deacordocomestimativarealizadapeloMapaemmarço.EstãoprojetadosdecréscimosnosVBPdesuínos(18,6%),leite(11,4%),ovos(2,6%),bovinos(0,9%)efrango(1%).

A produção da indústria doRioGrande do Sulcresceu3,4%notrimestreencerradoemfevereiro,emrelaçãoaofinalizadoemnovembro,quandorecuara3,1%,nessetipodecomparação,deacordocomdadosdessazonalizadosdaPIM-PF Regional do IBGE. Destacaram-se os aumentos nas indústriascalçadista(6,6%),decelulose,papeleprodutosde papel (13,6%) e de produtos alimentícios (3,4%), eas retrações nas atividades refino de petróleo (8,1%) emetalurgia(4,5%).

Considerados períodos de doze meses, a indústria gaúchacontraiu10,4%emfevereiro(-11,1%emnovembro),repercutindo recuos em treze das catorze atividades pesquisadas(veículos,-32,2%;máquinaseequipamentos,-24,5%;metalurgia, -22,3%).Ressalte-se que, refletindoa ampliaçãoda capacidade instalada daCMPCCeluloseRiograndenseLtda,aproduçãodecelulose,papeleprodutosdepapelaumentou52,7%noperíodo.

O ÍndicedeDesempenho Industrial (IDI) recuou1,8%notrimestreencerradoemfevereiro,emrelaçãoaofinalizadoemnovembro,quandodecrescera2,0%,nomesmotipodecomparação,conformeestatísticasdessazonalizadasdaFederaçãodasIndústriasdoEstadodoRioGrandedoSul(Fiergs).Houvereduçõesemcincodassetevariáveisque compõemo indicador (compras industriais, -5,8%).ONuci atingiumédia de 78,8%no trimestre finalizadoem fevereiro (77,4%noencerradoemnovembro),dadosdessazonalizados. Considerado períodos de doze meses, o IDIrecuou8,8%emfevereiro.

O Icei atingiu média de 39,1 pontos no primeiro trimestrede2016, elevando-se2,8pontos em relaçãoao

80

85

90

95

100

105

110

Nov2012

Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago Nov Fev2015

Mai Ago Nov Fev2016

Brasil RS

Gráfico 5.24 – Produção industrial – Rio Grande do SulDados dessazonalizados – Média móvel trimestral 2012 = 100

Fonte: IBGE

40

60

80

100

120

140

Jun2012

Out Fev2013

Jun Out Fev2014

Jun Out Fev2015

Jun Out Fev2016

Bovinos Aves Suínos

Gráfico 5.23 – Abates de animais – Rio Grande do SulMédia móvel trimestral

Fonte: Mapa

2010 = 100

Tabela 5.33 – Produção industrial – Rio Grande do Sul

Geral e atividades selecionadas

Variação % no período

Setores Pesos1/ 2015 2016

Nov2/ Fev2/ 12 meses

Indústria geral 100,0 -3,1 3,4 -10,4

Produtos alimentícios 16,4 -1,5 3,4 0,4

Veículos, reboques e carrocerias 13,8 -11,4 -2,6 -32,2

Máquinas e equipamentos 12,0 -5,7 -0,6 -24,5

Outros produtos químicos 10,3 3,0 2,6 3,8

Artef. couro e calçados 8,9 -4,9 6,6 -4,5

Produtos de metal 8,5 -0,1 -2,6 -7,5

Produtos de borracha e plástico 5,0 -5,3 1,6 -10,7

Fonte: IBGE

1/ Ponderação de atividades no VTI, conforme a PIA 2010/IBGE.

2/ Variação relativa aos trimestres encerrados nos períodos t e t-3. Dados

dessazonalizados.

60

80

100

120

30

40

50

60

Jun2013

Set Dez Mar2014

Jun Set Dez Mar2015

Jun Set Dez Mar2016

Índice de Confiança do Empresário Industrial

Índice de Confiança do Empresário do Comércio (eixo da dir.)

Linha de confiança

Gráfico 5.25 – Confiança do empresariado –Rio Grande do SulEm pontos

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Abril 2016 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 89

trimestre anterior e mantendo-se estável ante igual período de2015,segundoaFiergs.Oindicadorsituou-seabaixode50pontos(zonaqueindicafaltadeconfiança)pelooitavotrimestre consecutivo.O Icei da construção atingiu 33,4pontos no trimestre, recuando 1 ponto e 5,4 pontos, nas mesmasbasesdecomparação.Ressalte-seque,aevoluçãointeranual repercutiu decréscimos respectivos de 5,7 pontos e4,7pontosnoscomponentesqueavaliasasexpectativaseascondiçõesatuais.

Asvendasdeônibusecaminhõestotalizaram1,4mil unidades no primeiro trimestre, segundo a Fenabrave, recuando 25,5% em relação a igual intervalo de 2015.Emdozemesesatémarço,foramcomercializadas5,9milunidades(6,3milem2015).

A balança comercial doRioGrande do Sul foisuperavitária em US$1,4 bilhão no primeiro trimestre de 2016(US$535,3milhõesnomesmoperíodode2015),deacordocomoMDIC.AsexportaçõestotalizaramUS$2,8bilhõeseasimportações,US$1,8bilhão,reduzindo-se9,2%e30,7%respectivamente,noperíodo.

Aevoluçãodasexportaçõesresultoudevariaçõesde-17%nospreçosede9,4%noquantum. Os embarques deprodutosmanufaturados(45,8%dototal)diminuíram10,6%(automóveis,-9,7%;partesepeçasparaveículos,-5,7%;)eosdeprodutosbásicos(22,5%dototal),25,7%(fumo,-9,5%;soja,-26,3%).Emcontrapartida,asvendasdesemimanufaturados(14%dototal)aumentaram57,9%(celulose, 669,2%– em especial para aChina, Itália eEUA).

As exportaçõespara osEUA,China eArgentinarepresentaram,emconjunto,29,3%dasvendasexternasdoestado no trimestre, destacando-se o recuo nas vendas de fumoparaosEUA(-6%)eoaumentonasdeceluloseparaaChina(753,5%)eEUA(800,9%).

A trajetória das importações refletiu recuosde 16,9% noquantum e de 16,7% nos preços.Houveretrações em todas as categorias de uso: matérias-primas e produtos intermediários, que representaram 56,1% do total exportado pelo estado no trimestre,30,9% (naftas, -23,6%; partes e peças para veículos; -34,9%);bensdeconsumoduráveis,47,5%(automóveis,-47,4%); combustíveis, 24,5%; bens de consumosemiduráveisenãoduráveis,18%(perasfrescas,-37,7%);ebensdecapital,33,6%(veículosdecarga,-29,8%).

Tabela 5.35 – Exportação por fator agregado – FOB

Janeiro-março

US$ milhões

Discriminação Rio Grande do Sul Brasil

2015 2016 Var. % Var. %

Total 3 094 2 809 -9,2 -5,1

Básicos 848 631 -25,7 -5,3

Industrializados 1 687 1 678 -0,5 -4,9

Semimanufaturados 249 393 57,9 -8,5

Manufaturados1/ 1 438 1 285 -10,6 -3,6

Fonte: MDIC/Secex

1/ Inclui operações especiais.

Tabela 5.34 – Indicadores da produção industrial –

Rio Grande do Sul

Variação %

Discriminação 2015 2016

Nov2/ Fev2/ 12 meses

IDI -2,0 -1,8 -8,8

Compras industriais -2,9 -5,8 -14,3

Faturamento -28,0 -1,9 -11,3

Emprego industrial -2,7 -2,1 -7,3

Horas trabalhadas -3,1 -2,6 -9,0

Massa salarial -3,2 -1,9 -9,2

Nuci1/ 77,4 78,8 78,7

Fonte: Fiergs

1/ Percentual médio de utilização.2/ Variação relativa aos trimestres encerrados nos períodos t e t-3. Dados dessazonalizados.

Tabela 5.36 – Exportações por principais setores

do Rio Grande do Sul: Janeiro-marçoUS$ milhões

Discriminação Valor

2015 2016 Var. %

Agricultura e pecuária 405 274 -32,3

Indústria de transformação1/ 2 684 2 529 -5,8

Alimentos e bebidas 853 703 -17,6

Produtos químicos 375 411 9,6

Fumo 315 286 -9,2

Calçados e couros 232 237 2,2

Celulose, papel e prod de papel 33 181 448,5

Veículos 225 163 -27,6

Máquinas e equipamentos 211 157 -25,6

Borracha e plástico 79 77 -2,5

Produtos de metal 79 75 -5,1

Móveis e indústrias diversas 44 38 -13,6

Fonte: MDIC/Secex

1/ Itens selecionados.

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AsimportaçõesprovenientesdaArgentina,ChinaeEUAresponderam,emconjunto,por45,5%dascomprasdoestado,destacando-seasreduçõesnasaquisiçõesdeveículosdecargaeautomóveisorigináriosdaArgentina(-29,6%e-37,5%),departesepeçasparaveículos,daChina(-49,3%)edenaftasdosEUA(-3,9%).

O IPCA da RMPA variou 3,23% no primeirotrimestrede2016,ante2,60%noúltimode2015,evoluçãodecorrentedeaceleraçõesdospreçoslivres,de2,34%para3,12%,edosmonitorados,de3,42%para3,57%(energiaelétricaresidencial,4,63%;gasolina,8,19%).

Atrajetóriadospreçoslivressofreuoimpactodaaceleraçãodospreçosdosbenscomercializáveis,de2,07%para3,42%(leitesederivados,8,36%;bebidaseinfusões,4,44%), e dos preços dos bens não comercializáveis, de2,60%para2,84%.Ressalte-se,nessesegmento,osimpactosdogrupoalimentação(frutas,17,66%,ealimentaçãoforadodomicílio,2,74%)edoreajustesazonalnoitemcursosregulares(8,60%).

O índice de difusão atingiu 69,8%no trimestrefinalizado em março de 2016 (59,1% e 61,4% nostrimestres encerrado emdezembro e emmarçode2015,respectivamente).

O IPCA da RMPA variou 10,19% no períododedozemesesatémarço,ante11,21%em2015.Houvedesaceleração nos preçosmonitorados, de 17,44%para12,02%, e aceleração nos preços livres, de 9,34%para9,61% (comercializáveis, de 9,26%para 10,44%, e nãocomercializáveis,de9,42%para8,82%).

AretraçãoeconômicaregistradanoRioGrandedo Sul em 2015 foi menor do que a observada em âmbitonacional, trajetória associada, emgrandeparte,àmaior participação do setor primário na composiçãodo produto regional relativamente ao do país (10,1%e 5,3%, na ordem, segundo as Contas Regionais de2013).A evolução da economia gaúcha em 2016 estácondicionada,entreoutrosfatores,pelasdificuldadesdasfinançaspúblicas estaduais epeloquadrodesfavorávelda confiança de empresários e consumidores – comimpactos sobre investimento, consumo e emprego –, com perspectivasderecuosnaproduçãoagrícolaenoVBPdaproduçãoprimária.Porém,aconsolidaçãodamelhoradosresultadosdocomércioexteriorpoderáatenuarosefeitosdesfavoráveis desses fatores.

Tabela 5.37 – Importação por grandes categorias

econômicas - FOB

Janeiro-março

US$ milhões

Discriminação Sudeste Brasil

2015 2016 Var. % Var. %

Total 2 558 1 772 -30,7 -33,4

Bens de capital 488 324 -33,6 -27,0

Bens Intermediários 1 435 992 -30,9 -32,0

Bens de consumo 268 179 -33,2 -26,9

Duráveis 141 74 -47,5 -51,2

Automóveis de passageiros 127 67 -47,2 -54,5

Semiduráveis e não duráveis 128 105 -18,0 -17,9

Combustíveis e lubrificantes 367 277 -24,5 -52,4

Petróleo 363 273 -24,8 -45,6

Demais 4 4 0,0 -54,6

Bens não especificados 0 0 - 27,7

Fonte: MDIC/Secex

Tabela 5.38 – IPCA – RMPA

Variação % trimestral

Discriminação Pesos1/ 2015 2016

II Tri III Tri IV Tri I Tri

IPCA 100,0 2,34 1,66 2,60 3,23

Livres 75,4 2,13 1,70 2,34 3,12

Comercializáveis 37,2 2,83 1,74 2,07 3,42

Não comercializáveis 38,2 1,46 1,65 2,60 2,84

Monitorados 24,6 2,99 1,54 3,42 3,57

Principais itens

Alimentação 26,6 2,54 2,40 4,33 4,77

Habitação 14,8 1,64 2,44 1,84 3,18

Artigos de residência 4,7 2,65 2,80 0,78 2,19

Vestuário 6,2 3,33 -1,19 3,06 0,65

Transportes 18,3 2,01 1,01 3,28 3,14

Saúde 10,9 3,31 2,02 1,68 2,39

Despesas pessoais 10,4 3,17 1,31 0,68 2,17

Educação 4,5 0,12 1,58 0,50 7,10

Comunicação 3,7 0,62 0,21 2,47 -0,51

Fonte: IBGE

1/ Referentes a março de 2016.

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Abril 2016 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 91

6Inferências nacionais a partir dos indicadores regionais

Oritmodaatividadeeconômicanopaísprosseguiuemretraçãonoiníciode2016,influenciadonegativamentepor sucessivos eventos não econômicos e pelo ajustemacroeconômicoemcurso.Nessecontexto,oIBC-Brrecuou1,3%notrimestrefinalizadoemfevereiro,emcomparaçãoao encerrado em novembro, considerada a série isenta de efeitossazonais(Tabela6.1).EssedesempenhorepercutiuasretraçõesdaatividadenoNorte,2,1%,enoSudeste,2,0%,querefletiram,principalmente,recuosnaproduçãoindustrialenocomércio,bemcomoaacomodaçãonaeconomiadoNordeste.AseconomiasdoCentro-OesteedoSulcresceram0,3%e0,5%, favorecidas,principalmente,pelo iníciodacolheita das safras de verão.

As vendas do comércio ampliado no país recuaram 0,9%notrimestreencerradoemfevereiro,comparativamenteao terminado em novembro, quando diminuíram 2,8%,deacordocomasériedessazonalizada(Tabela6.2).Essemovimentorefletiuaretraçãoverificadaemtodasasregiões,sobretudonoNordeste,onde sedestacaramos recuosde6,0%nacomercializaçãodeveículos,motocicletas,partesepeçasemPernambucoede1,9%e1,7%,respectivamente,no segmento demateriais de construção noCeará e emPernambuco.Ovolumedevendasdocomérciovarejista,queexcluiveículosemateriaisdeconstrução,apresentouretração trimestral de 2,8%, a quinta consecutiva emnível nacional.Todas as regiões registraramdiminuiçãodas vendas namargem, em decorrência de reduçõesexpressivasnofaturamentorealdossegmentosdemóveise eletrodomésticos e de hipermercados e supermercados.

O volume de serviços não financeiros seguiuem trajetória contracionista, recuando4,7%no trimestreencerradoemfevereiro,emrelaçãoaigualperíododoanoanterior (Tabela6.3).Essedesempenho refletiu retraçõesem todas as regiões, excetonoCentro-Oeste, favorecidopelo incremento de 5,6% no segmento de transportes,serviçosauxiliaresaostransportesecorreio.NoNordeste,adiminuiçãode16,7%nosegmentodeserviçosprofissionais,

Tabela 6.1 – Índice de Atividade Banco Central – IBC

Brasil e regiões1/

%

Discriminação 2015 2016

Fev Mai Ago Nov Fev

Brasil -0,1 -1,8 -2,2 -1,5 -1,3

Norte 0,0 -1,6 -1,2 -2,1 -2,1

Nordeste -1,4 -0,2 -1,2 -1,5 0,0

Centro-Oeste -0,3 -1,5 -0,9 -1,4 0,3

Sudeste -0,2 -1,1 -1,3 -1,4 -2,0

Sul -1,3 1,4 -6,0 -1,0 0,5

1/ Variação do trimestre em relação ao anterior; séries com ajuste sazonal.

O resultado nacional não representa necessariamente a média dos resultados

regionais.

Tabela 6.2 – Índice de volume de vendas

Brasil e regiões1/

Variação percentual

Discriminação 2015 2016

Fev Mai Ago Nov Fev

Comércio varejista

Brasil -1,3 -2,3 -2,4 -1,0 -2,8

Norte -4,1 -1,4 -3,4 -1,9 -4,1

Nordeste -2,9 -2,8 -3,8 -1,0 -3,3

Centro-Oeste -3,9 -2,8 -1,8 -1,9 -3,2

Sudeste -0,6 -2,6 -1,8 0,1 -3,0

Sul -0,9 -2,0 -2,9 -2,2 -2,0

Comércio ampliado

Brasil -3,1 -4,0 -2,9 -2,8 -0,9

Norte -6,2 -3,1 -4,5 -3,3 -1,7

Nordeste -4,3 -3,8 -4,1 -4,3 -2,8

Centro-Oeste -5,5 -4,7 -3,0 -5,4 -1,9

Sudeste -2,2 -3,4 -1,6 -1,9 -1,5

Sul -5,1 -4,4 -4,7 -3,4 -1,6

Fonte: IBGE e BCB

1/ Variação do trimestre em relação ao anterior; séries com ajuste sazonal.

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administrativos e complementares no agregado dos estados do Ceará, Pernambuco e Bahia, foi determinante para o declínio de 7,2% na região; no Sudeste, destacou-se aretraçãode7,0%nasatividadesde transporteseserviçosauxiliares.

OsaldodasoperaçõesdecréditosuperioresaR$1miltotalizouR$3.118bilhõesemfevereiro,crescendo0,5%notrimestree5,4%emdozemeses(Tabela6.4).Aexpansãotrimestral resultou dos aumentos de 1,0%noNordeste,de 0,5%noCentro-Oeste, de 0,4%noSudeste e noSule de 0,2%noNorte.O crescimento foimais expressivona carteira de pessoas físicas, 1,3%, principalmente noCentro-Oeste, com aumento de 2,4% impulsionado porcréditoruralefinanciamentosimobiliários,enoSul,altade1,7%,sobressaindofinanciamentosimobiliáriosecréditoconsignado.Oestoquedeoperaçõesparaasempresas,emnível nacional, retraiu 0,3%no trimestre em referência,refletindoacontençãodademandaporcréditoemcontextodesfavorável de atividade econômica e expectativas.Oresultadonacionalfoicondicionadopelosrecuosde1,9%noCentro-Oeste, de 1,7% noNorte e de 1,1% no Sul,querefletiramaretraçãodossaldosdestinadosàindústriade transformação e ao comércio.Considerada em doze meses, a expansão do crédito observada no país, 5,4%,é associada especialmente aos crescimentos no Sudeste, 6,6%(administraçãopública,indústriasdetransformação,indústriaextrativamineral,setorelétrico,etransportes),enoCentro-Oeste,6,4%(financiamentosimobiliárioseruraisàspessoasfísicasesetorelétrico).

Ainadimplêncianasoperaçõesdecréditosuperioresa R$1mil alcançou 3,3% em fevereiro (Tabela 6.5),aumentando 0,1 p.p. no trimestre e 0,6 p.p. em doze meses. Oincrementonotrimestreresultoudevariaçõesde0,1p.p.nos segmentos de pessoas jurídicas e de pessoas físicas,destacando-seaselevaçõesde0,5p.p.noNorteede0,3p.p.noSul,noprimeirosegmento,ede0,2p.p.noNorteenoCentro-Oeste,nosegundo,resultandoemtaxasnacionaisrespectivasde2,6%e4,1%.

Omenordinamismodaatividadeeconômicanosúltimostrimestrestemserefletidonomercadodetrabalho.Segundo dados do MTPS, foram eliminados 800,5 mil postos formaisde trabalhono trimestrefinalizadoem fevereiro,anteeliminaçãolíquidade639,7milemigualperíododoanoanterior.Comparando-seosdoisperíodos,asdemissõeslíquidasaumentaramemtodasasregiões,excetonoCentro-Oeste.Destaquem-seosincrementosde45%noNordeste(onde as demissões líquidas alcançaram57,5mil postos

Tabela 6.3 –Volume de serviços

Brasil e regiões1/

%

Discriminação 2015 2016

Fev Mai Ago Nov Fev

Brasil -2,0 -1,2 -3,3 -5,7 -4,7

Norte -3,7 -2,8 -2,8 -6,3 -5,7

Nordeste -0,9 -2,5 -5,9 -8,4 -7,2

Centro-Oeste -3,6 -4,3 -1,2 -1,0 2,2

Sudeste -1,9 -0,3 -3,2 -5,7 -5,1

Sul -2,4 -3,6 -3,2 -5,5 -3,7

Fonte: IBGE e BCB

1/ Variação do trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior

Tabela 6.6– Geração de postos de trabalho1/

Mil

Discriminação 2015 2016

Fev Mai Ago Nov Fev

Brasil -639,7 -194,1 -355,6 -395,4 -800,5

Norte -46,9 -22,5 -12,4 -35,6 -49,0

Nordeste -110,6 -98,4 -42,9 -7,5 -159,8

Centro-Oeste -57,8 3,9 -5,3 -48,5 -48,3

Sudeste -355,6 -66,1 -191,4 -244,9 -453,3

Sul -68,9 -11,0 -103,6 -58,9 -90,1

Fonte: MTPS

1/ Refere-se ao trimestre encerrado no mês indicado.

Tabela 6.5 – Inadimplência do crédito do SFN1/

Fevereiro de 2016

Discriminação Inadimplência Variação em p.p.

PJ PF Total Trimestre 12 meses

PJ PF Total PJ PF Total

Brasil 2,6 4,1 3,3 0,1 0,1 0,1 0,6 0,5 0,6

Norte 4,6 4,9 4,8 0,5 0,2 0,3 1,9 0,4 1,0

Nordeste 3,6 4,9 4,4 -0,1 0,1 0,0 1,1 0,7 0,9

Centro-Oeste 2,9 3,7 3,3 0,1 0,2 0,2 0,8 0,7 0,7

Sudeste 2,2 4,3 3,0 0,1 0,1 0,1 0,3 0,5 0,4

Sul 3,5 3,2 3,3 0,3 0,1 0,2 1,1 0,5 0,8

1/ Operações com saldo superior a R$1 mil com pelo menos uma parcela em

atraso superior a 90 dias.

Tabela 6.4 – Operações de crédito do SFN1/

Fevereiro de 2016

R$ bilhões

Discriminação Saldo Variação percentual (%)

PJ PF Total Trimestre 12 meses

PJ PF Total PJ PF Total

Brasil 1 625 1 493 3 118 -0,3 1,3 0,5 4,2 6,7 5,4

Norte 46 72 118 -1,7 1,5 0,2 -2,0 8,6 4,2

Nordeste 169 234 403 0,3 1,6 1,0 -1,5 8,7 4,2

Centro-Oeste 140 190 330 -1,9 2,4 0,5 2,8 9,2 6,4

Sudeste 1 020 695 1 714 0,1 0,7 0,4 7,5 5,3 6,6

Sul 251 301 552 -1,1 1,7 0,4 -2,1 6,8 2,6

1/ Operações com saldo superior a R$1 mil.

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de trabalho na indústria de transformação, 22,7mil emserviçose26,4milnocomércio),de31%noSulede27%noSudeste.Assinale-se, adicionalmente, a intensificaçãonosdesligamentosnossegmentosdeserviçosedecomércio,especialmentenoSudeste(de71,3milpara138,6milede83,2milpara93,5mil)enoCentro-Oeste(de11,3milpara15,6milede10,4milpara11,7mil).

O pior desempenho das contratações formaisrepercutiusobreataxadedesempregomensuradapelaPMEdoIBGE,quesituou-seem7,6%notrimestreencerradoemfevereiro, 2,4 p.p. acima do registrado em igual período de 2015.Destacaram-seosaumentosde3,2p.p.noNordesteede2,3p.p.noSudeste,querefletiramreduçõesde3,9%ede2,7%napopulaçãoocupadaede0,5%ede0,3%napopulaçãoeconomicamenteativa,naordem.AelevaçãododesempregonoSul,de4,0%para6,1%,nasmesmasbasesdecomparação,resultoudorecuode4,2%daPOede2,1%da PEA.

O superavit primário dos governos dos estados, das capitais e dos principais municípios totalizou R$11,9 bilhõesem2015,antedeficitdeR$10,7bilhõesem2014.Essa reversão decorreu especialmente da conversão do deficit primáriodoSudeste(R$8,0bilhões)edoNordeste(R$3,2bilhões),parasuperavit (R$7,5bilhõeseR$568milhões,respectivamente),ressaltando-seossuperavits produzidos pelos estados.

Aproduçãonacionaldegrãosdeveráalcançar210milhõesdetoneladasem2016,superandoem0,2%asafrade 2015, de acordo comoLSPAdo IBGEdemarçode2016(Tabela6.9).Asduasprincipaisregiõesprodutorasdegrãos,oCentro-OesteeoSul,responsáveispor77,2%doValordaProduçãoNacional,deverãoapresentarexpansõesrespectivasde5,2%ede1,3%naproduçãodesojaerecuode4,0%ede4,4%naproduçãodemilho,prejudicadapelascondiçõesmeteorológicas.OaumentodaproduçãodegrãosnoSudeste, estimado em7,7%, provém, sobretudo, dassafrasdesojaemilho,enquantonoNordeste,aexpansãoocorre após estiagem que afetou a produção em 2015.A contração na safra doNorte reflete, principalmente, aestimativaderecuonaproduçãodemilho.

A produção industrial recuou 3,3% no país, notrimestreencerradoemfevereiro,relativamenteaofinalizadoem novembro, com dados dessazonalizados, prosseguindo emtrajetóriadeclinantepeloquintotrimestreconsecutivo(Tabela 6.10). Houve retração da atividade fabril emtodasasregiões,comintensificaçãodatendênciaquevem

Tabela 6.7 – Taxa de desemprego

%

Discriminação1/ 2015 2016

Fev Mai Ago Nov Fev

Brasil 5,1 6,4 7,3 7,6 7,6

Nordeste 8,1 10,0 10,8 11,6 11,2

Sudeste 4,7 5,8 6,8 7,0 7,0

Sul 4,0 5,2 5,9 6,6 6,1

Fonte: IBGE

1/ Média do trimestre encerrado no mês.

Tabela 6.10 – Produção física da indústria

Brasil e regiões1/

%

Discriminação Peso2/ 2015 2016

Fev Mai Ago Nov Fev

Brasil 100,0 -2,8 -2,4 -2,7 -4,3 -3,3

Norte 5,9 0,6 -3,4 -3,8 0,2 -2,5

Nordeste 9,5 -3,4 2,8 -0,6 -3,9 -2,5

Centro-Oeste 3,5 -4,3 0,0 3,8 -3,0 -0,7

Sudeste 62,7 -2,7 -2,4 -3,3 -4,5 -4,3

Sul 18,5 -6,4 -1,4 -3,3 -3,7 -1,9

Fontes: IBGE e BCB1/ Variação do trimestre em relação ao anterior; séries com ajuste sazonal.2/ Participação no Valor da Transformação Industrial (VTI), segundo a PIA 2010.

Tabela 6.9 – Estimativa da produção anual de grãos1/

Brasil e regiões

Em milhões de toneladas

Discriminação Peso2/ Variação %

2015 2016 2016/2015

Brasil 100,0 209,5 210,0 0,2

Norte 3,6 7,7 7,0 -9,2

Nordeste 10,4 16,6 17,0 2,1

Centro-Oeste 39,4 89,9 90,0 0,2

Sudeste 8,8 19,3 20,8 7,7

Sul 37,8 76,0 75,2 -1,1

Fonte: IBGE

1/ Cereais, leguminosas e oleaginosas.

2/ Participação no valor da produção nacional de cereais, leguminosas e

oleaginosas – PAM 2014.

3/ Estimativa segundo o LSPA de março de 2016.

Produção3/

Tabela 6.8 – Necessidades de financiamento

de estados e municípios1/

R$ milhões

Região

2014 2015

Jan-dez Jan-dez

Norte 1 333 254

Nordeste 3 170 -568

Centro-Oeste -185 -3 173

Sudeste 7 994 -7 459

Sul -1 599 -953

Total 10 713 -11 900

1/ Inclui informações dos estados e de seus principais municípios.

(-) superavit (+) deficit

Resultado primário

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sendo observada noNorte, refletindo principalmente acontraçãonossegmentosdemáquinaseequipamentosedecelulose,papeleprodutosdepapelebebidas.AreduçãodaproduçãonoSudesteseguecondicionadapelorompimentode barragem ocorrido no final de 2015, com impactos na indústria extrativa e em segmentos da indústria detransformação.Destaque-se, adicionalmente, a contraçãonaproduçãodemáquinaseequipamentosedeaparelhosemateriaiselétricos.NoSulenoCentro-Oeste,observam-seindíciosderecuperaçãoemsegmentosespecíficos,taiscomo veículos automotores e metalurgia, compensando parcialmenteosrecuosverificadosnamaioriadosdemaissegmentos.

Abalança comercial brasileira foi superavitáriaem US$8,4 bilhões no primeiro trimestre de 2016,comparativamente ao deficit deUS$5,6bilhões em igualperíodode2015,segundodadosdoMDIC,refletindorecuosde 5,1% nas exportações e de 33,4% nas importações,consistentes com a evolução da taxa de câmbio e como desempenho da atividade econômica interna (Tabela6.11).Destaque-se o desempenhodoCentro-Oeste, cujosuperavitdeUS$4,6bilhõesrefletiuoaumentode33,5%nasexportações,especialmentemilho,sojaealgodão,eareduçãode 18,6% nas importações, principalmente gás natural,produtos químicos e farmacêuticos. Os superavits registrados no Sudeste e no Sul foram determinados, principalmente, porcontraçõessignificativasnasimportações,emespecialde derivados de petróleo e bens de consumo duráveis.

A variação do IPCA no primeiro trimestre doano alcançou2,62%emnível nacional, 1,21p.p. abaixoda taxa registrada em igual período de 2015.A reduçãodecorreu do processo de desaceleração dos preçosmonitorados, em contraposição a aumentosmaiores nospreços livres, em padrão comum a todas as regiões.Osegmentodepreços livres refletiu, emespecial, pressõesnospreçosdealimentaçãoebebidas,impactadosporfatoresmeteorológicos,enquantoadesaceleraçãodosmonitoradosrefletiu,sobretudo,osmenorescustosdeenergiaelétrica.Astaxasdeinflaçãoregionais,noprimeirotrimestrede2016,situaram-senointervaloentre2,86%,noNordeste,e2,25%,no Centro-Oeste.

Em síntese, a economia brasileira permaneceu em retraçãonosprimeirosmesesde2016.Sua trajetóriasegue condicionada pela baixa confiança dos agentes,pelas incertezas associadas a eventos não econômicos epelo desempenho desfavorável da indústria, das vendas do comécio e do setor de serviços nãofinanceiros.Esse

Tabela 6.12 – IPCA

Variação trimestral1/

%

Discriminação Peso 2015 2016

Mar Jun Set Dez Mar

IPCA

Brasil 100,0 3,83 2,26 1,39 2,82 2,62

Norte 4,2 2,69 2,80 0,38 3,76 2,72

Nordeste 14,8 3,26 2,75 1,03 2,88 2,86

Centro-Oeste 7,1 3,53 1,73 1,42 3,34 2,25

Sudeste 57,6 4,06 2,01 1,44 2,68 2,58

Sul 16,3 4,13 2,73 1,78 2,74 2,70

Livres

Brasil 2,47 1,98 1,06 2,74 2,89

Norte 1,93 2,33 0,08 3,74 3,66

Nordeste 2,68 2,23 0,99 3,04 3,29

Centro-Oeste 1,91 1,93 0,75 3,05 2,56

Sudeste 2,50 1,75 1,04 2,58 2,81

Sul 2,62 2,44 1,56 2,64 2,73

Monitorados

Brasil 8,45 3,15 2,43 3,04 1,78

Norte 5,59 4,50 1,45 3,81 -0,60

Nordeste 5,44 4,68 1,17 2,30 1,31

Centro-Oeste 8,98 1,09 3,53 4,23 1,28

Sudeste 9,11 2,81 2,65 2,97 1,91

Sul 9,39 3,69 2,49 3,06 2,62

Fonte: IBGE e BCB

1/ Refere-se ao trimestre encerrado no mês indicado.

Tabela 6.11 – Balança comercial regional – FOB

Janeiro-Março

US$ bilhões

Região

2015 2016 2015 2016 2015 2016

Total 42,8 40,6 48,3 32,2 -5,6 8,4

Norte 3,2 2,6 3,4 1,9 -0,3 0,7

Nordeste 3,0 2,8 7,1 3,6 -4,1 -0,9

Centro-Oeste 5,0 6,7 2,6 2,1 2,5 4,6

Sudeste 22,7 19,6 25,5 18,0 -2,8 1,6

Sul 7,9 7,8 9,7 6,5 -1,8 1,2

Outros1/ 1,1 1,2 0,0 0,0 1,0 1,2

Fonte: MDIC/Secex1/ Referem-se a operações não classificadas regionalmente.

Exportações Importações Saldo

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contexto exerce pressão sobre omercado de trabalho,que prossegue em distensão, com aumento da taxa dedesempregoe reduçãodos rendimentos reais.A reversãodessequadroestácondicionadaàcontençãodasincertezaseàrecuperaçãodaconfiançadeempresárioseconsumidores.Ocenário internacional,adespeitodesuacomplexidade,não sinaliza a probabilidade de rupturas significativas, oquetenderáapermitirqueopaíssebeneficiedosganhosde competitividade propiciados pela evolução da taxade câmbio, bemcomoda expansão gradual da demandaexternaresultantedarecuperaçãodeimportanteseconomiasavançadaseemergentes.

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Este boxe apresenta a estrutura, a evoluçãorecente e as perspectivas para a economia paraense.

A economia paraense tem evoluído favoravelmente nos últimos anos. O crescimento do ProdutoInternoBruto(PIB)estadualatingiu19,8%,no quinquênio encerrado em2013, avanço2,5 p.p.superioraodopaís,easestimativasparaavariaçãodoPIBem2014e2015,1,0%e0,2%,respectivamente,segundoaFundaçãoAmazôniadeAmparoaEstudosePesquisa(Fapespa),indicamqueadesaceleraçãodaatividadeeconômicanoestadofoimenosintensaqueaocorridanopaís(Gráfico1).Essaevoluçãorefletiu,até 2013, a expansão das atividades da construçãocivil,docomércio,dosserviçosedaagropecuáriae,emespecial,dosetorextrativomineral.

A economia paraense vem registrando crescimento superior àmédia nacional desde abrilde 2014, na análise em 12 meses acumulados. Em horizontemaisrecente,asvariaçõesde-0,4%doÍndicedeAtividadeEconômicaRegional doPará (IBCR-PA) e de -4,6%do Índice deAtividadeEconômicadoBancoCentral–Brasil(IBC-Br)nosdozemesesencerrados em fevereiro deste ano, corroboram a percepção de melhor desempenho da economiaestadualrelativamenteàmédiadopaís(Gráfico2).

Aatividadeeconômicadoestado,compostopor 144municípios agregados emdoze regiões deintegração, concentra-se nas regiõesmetropolitanade Belém (RMB) e de Carajás, responsáveis, naordem, por 27,7% e 25,2% do PIB em 2013.NaRMB,aparticipaçãodosetordeserviços(incluindoa administração pública) alcançou 81,1% no ano,seguindo-seaindústria,com18,5%,eaagropecuária,com 0,3%. EmCarajás as representações desses

Economia Paraense: estrutura produtiva e desempenho recente

-5

0

5

10

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Brasil Pará

Gráfico 1 – Crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB)1/

Fonte: IBGE; Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisaa (Fapespa).1/ Pará, estimativas 2014 e 2015; Brasil, PIB a valores correntes 2015.

-4

-2

0

2

4

6

8

10

Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago Nov Fev2015

Mai Ago Nov Fev2016

IBC-Br IBCR-PA

Gráfico 2 – Índice de Atividade Econômica do Banco CentralVariação % acumulada em 12 meses

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setores situaram-se em 28,7%, 68,8% e 2,6%,respectivamente.

Considerando o período de 2010 a 2013, a regiãocommaiorvariaçãodoPIBfoiadoXingu,queaumentou139,1%noperíodode2010a2013,refletindoaconstruçãodausinadeBeloMonte,enquantoTapajóseBaixoAmazonasregistraramasmenoresexpansões,26,7%e36,6%,respectivamente(Tabela1).

Em termos demográficos, a população doPará corresponde a 4,0% da nacional e a 47,8%do total doNorte, de acordocomoCenso2010doInstitutoBrasileirodeGeografiaeEstatística(IBGE).Em relação à distribuição demográfica, 32,1% dapopulaçãoresidenamesorregiãoMetropolitana;23,6%noNordesteParaense; 21,7%noSudesteParaense;9,7%noBaixoAmazonas;6,4%noMarajóe6,4%noSudoeste Paraense.

Apopulaçãoparaenseérelativamentejovem,com37,5%até17anose55,5%entre18e59anos.A escolaridademédia no estado é inferior àmédianacional. Assinale-se que dos habitantes com idade entre18e59anos,25,9%têmensinomédio;ecomidade de 25 a 59 anos, 6,6% têm ensino superior1. DeacordocomaPesquisaNacionalporAmostradeDomicílios(PNAD)de2014,noconjuntodapopulaçãocom15anosoumais,13,0%possuementre11e14anosdeestudo,e2,3%,aomenos15anosdeestudo,percentuaispróximosaosdoNorte,masinferioresaosnacionais(Tabela2).

AestruturadoValorAgregadoBruto(VAB)daeconomiaparaense,comparadaànacional,apontamaior representatividade dos segmentos da indústria extrativa,daagropecuária,daadministraçãopúblicaedaconstruçãocivil,segundodadosdoIBGEde2013.Nessecontexto,destaque-seareduzidaverticalizaçãodo setormineral, refletidanamenorparticipaçãodaindústriadetransformação.Assinale-se,ainda,amenorparticipaçãodaatividadedeintermediaçãofinanceirano estado vis-à-visoagregadonacional(Gráfico3).

Naindústria,destaca-seaextraçãodemineraismetálicos2 – responsável por 30,1% da produção

1/ OspercentuaiscorrespondentesparaoNortesão28,9%e8,3%,eparaoBrasil,31,1%e12,3%,deacordocomoCensoDemográfico2010.2/ Incluiatividadesdeapoioàextraçãodeminerais.

Tabela 1 – PIB do Pará por Regiões de Integração – 2013

Mesorregiões PIB Var. nominal

R$ milhões Distr. % 2013/2010

Metropolitana 33 453 27,7 39,3

Carajás 30 466 25,2 42,0

Baixo Amazonas 8 961 7,4 36,6

Tocantins 8 332 6,9 42,1

Capim 7 228 6,0 52,1

Araguaia 6 302 5,2 55,8

Guamá 6 248 5,2 63,3

Lago De Tucuruí 5 918 4,9 38,1

Xingu 5 251 4,3 139,1

Caetés 3 743 3,1 70,0

Marajó 2 980 2,5 60,1

Tapajós 2 066 1,7 26,7

Pará 120.949 100,0 46,3

Fonte: IBGE, segundo classificação da Secretaria de Planejamento do Estado do Pará (SEPLAN-PA).

Tabela 2 – Distribuição das pessoas de 15 anos ou mais,

por anos de estudo%

Pará Norte Brasil

Sem instrução e menos de 1 ano 14,5 15,0 11,6

de 1 a 3 anos 23,0 20,1 16,2

de 4 a 7 anos 30,6 31,4 31,4

de 8 a 10 anos 15,7 16,0 17,4

de 11 a 14 anos 13,0 14,3 17,5

15 anos ou mais 2,3 2,3 4,9

Não determinados 0,9 1,1 0,9

Fonte: PNAD 2014/ IBGE

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nacional –, em especial a produção deminério deferro,alumínio(bauxita)ecobre.Assinale-sequeessaelevadarepresentaçãodosegmentorefletiu,sobretudo,aexpressivaexpansãodademandaexternaporminériode ferro a partir de 2010.Em2013, a extração demineraismetálicospassouarepresentar80,6%doValordaTransformaçãoIndustrial(VTI)doestado(Tabela3)comparativamentea59,5%em2009.

A indústria de transformação paraense écomposta principalmente pelos segmentos de produtos alimentícios,cujocrescimentofoiintensonosúltimosanos, metalurgia, produtos minerais não-metálicos e produtosdemadeira.Essasatividades,emconjunto,representavamcercade75,5%daproduçãofabrilem2013.

Emtermosdedesempenhorecente,aproduçãoindustrial doPará expandiu 8,0% e 3,6% em2014e 2015, na ordem, ante recuos de 3,0% e 8,3%naatividade da indústria nacional, de acordo com a PesquisaIndustrialMensal–ProduçãoFísica(PIM-PF)doIBGE.Noprimeirobimestredesteano,aindústrianoestadocresceu12,7%emrelaçãoaigualperíododoanoanterior,refletindooavançodosegmentoextrativo,18,0%.A atividade da indústria de transformaçãocontraiu5,2%.Destaque-searetomadadodinamismodo segmento de celulose, papel e produtos de papel, cujaexpansãode99,3%nomesmoperíodorepercuteofimdaparalisaçãotécnicaparareforma,entre2013e 2014, do parque industrial de importante empresa do setor, repercutindonamaior produçãode pastasquímicasdemadeira(celulose).

Noâmbitodaatividadeagrícola,oestadoéomaior produtor brasileiro de dendê, mandioca, pimenta-

5,34,2

12,3

6,4

2,0

13,5

4,53,5

5,9

9,3

16,4 16,7

13,2

17,9

4,4

7,8

3,0

11,1

3,01,0 1,6

8,4

19,1

9,4

0

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10

15

20

25A

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Brasil Pará

Gráfico 3 – Valor Agregado Bruto (VAB)2013

Fonte: IBGE

Tabela 3 – Valor da Transformação Industrial (VTI)

Principais produtos conforme VTI – 2013

%

Seções e atividades Distrib. Represent.

da ind. na indústria

no PA nacional

Indústria extrativa 80,9 16,8

Extração de minerais metálicos1/ 80,6 30,1

Indústria de transformação 19,1 0,6

Produtos alimentícios 6,9 1,3

Metalurgia 3,0 1,8

Produtos minerais não-metálicos 2,7 2,2

Produtos de madeira 1,9 5,6

Bebidas 1,0 0,9

Produtos químicos 0,6 0,3

Prod. de metal, exceto máquinas e equipamentos 0,6 0,4

Couros e artefatos de couro 0,4 0,8

Manutenção de máquinas e equipamentos 0,4 0,9

Outros 1,7 0,1

Fonte: IBGE – Pesquisa Industrial Anual – Empresa

1/ Inclui atividades de apoio à extração de minerais

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100 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Abril 2016

do-reinoeabacaxi,eosegundomais importantedecacau;destacando-se,ainda,oscultivosdecoco-da-baía, banana e arroz, segundo a Pesquisa Agrícola Municipal de 2014 do IBGE. As culturas de mandioca e de soja responderampor 29,8% e por 12,2%dovalordaproduçãoestadualem2014,respectivamente(Tabela4).Essaslavouras,juntamentecomasdecacau,banana, pimenta-do-reino e milho responderam por 77,4%dovalordaproduçãoagrícoladoestadonoano,ressaltando-se as participações das safras de dendê(85,3%),pimenta-do-reino(74,1%)ecacau(40,9%)no total produzido no país.

Considerandoaevoluçãorecente,asafrademandiocaem2015atingiu4,8milhõesdetoneladas,reduçãode1,8%emrelaçãoaoanoanterior,deacordocomoLevantamentoSistemáticodaProduçãoAgrícola(LSPA)doIBGE.Note-sequeafarinhademandiocaé item relevante na cesta de consumo da Região, com peso relevante na composição da inflação local.Aproduçãodegrãos–cereais,leguminosaseoleaginosas–cresceu26,5%em2015,repercutindoelevaçõesde38,3%naproduçãodesojaede28,9%nademilho,enquantoaproduçãodefeijãoretraiu12,3%(Tabela5).

Em 2016, a safra de grãos do Pará deverá crescer9,8%,anteaumentoestimadode0,2%nopaís,segundooLSPA.Estãoprojetadososcrescimentosde28,7%paraasafradesoja,1,4%paraadefeijão,erecuosrespectivosde12,2%e2,8%paraasdemilhoe arroz.Adicionalmente, estimam-se contraçõesnasproduçõesdecacau (0,9%),banana (7,3%), abacaxi(1,5%)emandioca(2,7%),essaúltimaimpactadaporcondições climáticas adversas (seca no período doplantio)epreçosquetêmdesmotivadoosprodutores.

Relativamente à pecuária, o Pará possui omaior rebanho de bubalinos do país, e um dos maiores debovinosdecorte, respectivamente37,4%e9,4%do total nacional, segundo estatísticas da Pesquisa PecuáriaMunicipal (PPM) de 2014, do IBGE.Osabates de bovinos emestabelecimentosfiscalizadospelo Serviço de Inspeção Federal (SIF) cresceram1,8%noprimeirobimestrede2016,emrelaçãoaigualperíodo de 2015, segundo o Ministério da Agricultura, PecuáriaeAbastecimento(Mapa).

Adicionalmente,oestadorespondepor91,8%dovalordaproduçãonacionaldecumaru(amêndoa),

Tabela 5 – Produção agrícola – Pará

Itens selecionados

Em mil toneladas

Discriminação Pesos1/Produção2/ Variação %

2015 2016 PA Brasil

Grãos3/ 21,4 1988 2183 9,8 0,2

Soja 12,2 1 019 1 312 28,7 3,2

Milho 5,7 760 667 -12,2 -2,2

Arroz ( em casca) 2,2 168 164 -2,8 -7,8

Feijão 1,2 25 26 1,4 4,1

Outras lavouras

Mandioca 29,8 4 825 4 693 -2,7 -0,2

Cacau 11,6 106 105 -0,9 -0,3

Banana 9,4 586 544 -7,3 -1,3

Abacaxi 4,8 373 367 -1,5 -4,2

Fonte: IBGE

1/ Por valor da produção – PAM 2014.

2/ Estimativa segundo o LSPA de março de 2016.

3/ Produtos: algodão herbáceo, amendoim, arroz, feijão, milho, soja e sorgo.

Tabela 4 – Principais produtos agrícolas

%

Descrição No valor da produção Valor da produção

agrícola do estado nacional do item

Total 100,0 2,2

Mandioca 29,8 17,5

Soja 12,2 0,8

Cacau 11,6 40,9

Banana 9,4 9,4

Pimenta-do-reino 8,8 74,1

Milho 5,7 1,2

Dendê 5,2 85,3

Abacaxi 4,8 14,5

Arroz 2,2 1,5

Coco-da-baía 2,0 9,2

Outros 8,3 0,6

Fonte: PAM 2014, IBGE

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Abril 2016 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 101

89,8%da de palmito; 68,6%, de açaí; e 52,5%, demadeiraemtora(Tabela6),deacordocomaPesquisadeExtraçãoVegetaleSilvicultura(PEVS),doIBGE.Para o estado, os itens de maior representatividade naproduçãosãoamadeiraemtora(71,9%)eoaçaí(19,6%).

Em virtude da produção de commodities minerais,ocomércioexteriordoParáéhistoricamentesuperavitário. Nos últimos anos, as exportaçõesdo estado elevaram-se acima da média nacional, promovendoaumentodesuaparticipaçãonasvendasexternasdopaísde3,8%em2002,paraopicode7,2%em2011,e5,0%em2016(Gráfico4).Apartirde2010,asexportaçõesparaensesforamimpulsionadaspelasvendasdeminérios,bovinosvivos,sojaecarnebovina,destinadas, em especial, àChina, Japão,AlemanhaeEstadosUnidos daAmérica (EUA), acumulandosaldodeUS$10,3bilhõesem2015.As importaçõesmantiveram-se em torno de 0,6%das importaçõesnacionais nos últimos anos, totalizando US$945 milhõesem2015.Osprincipaisprodutosimportados,apartirde2010,foraminsumosparaaproduçãomineral,comohidróxidodesódioecoquedepetróleocalcinado,provenientes principalmente dos EUA.

Ocomérciovarejistaampliadoparaenserecuouemmédia0,7%aoanoentre2013e2015,enquantoareduçãoemâmbitonacionalsituou-seem2,2%,deacordocomaPesquisaMensaldoComércio(PMC)doIBGE.Emigualperíodo,excluindo-seasvendasde veículos,motos, partes e peças, ematerial deconstrução,ovolumedasvendasdovarejoaumentou1,3%noestadoe0,7%nopaís.Consideradosperíodosde doze meses, as vendas do comércio ampliado e varejistadoestadoretraíram,naordem,7,7%e5,5%emfevereirode2016(-9,1%e-5,3%,respectivamente,emnívelnacional).

OvolumedeserviçosnãofinanceirosprestadosnoPará,entre2013e2015,cresceuàmédiaanualde0,8%,inferioràmédianacional,de1,0%.Consideradosperíodosdedozemeses,oindicadorrecuou0,5%emfevereirode2016(-3,7%emnívelnacional).

Omenordinamismodaatividadeeconômicaserefletenomercadodetrabalho.AtaxadedesempregonoPará aumentoude7,4%em2012para 8,8%em

Tabela 6 – Principais produtos na extração vegetal

%

Descrição No valor da produção Valor da produção

agrícola do estado nacional do item

Total 100,0 31,7

Madeira em tora 71,9 52,5

Açaí (fruto) 19,6 68,6

Lenha 3,9 8,9

Carvão vegetal 2,4 5,9

Castanha-do-pará 1,0 18,0

Palmito 0,8 89,8

Pequi (amêndoa) 0,1 43,7

Cumaru (amêndoa) 0,1 91,8

Outros 0,2 2,2

Fonte: PEVS 2014, IBGE

0

1

2

3

4

5

6

7

8

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016*

Exportações Importações

Gráfico 4 – Comércio exteriorParticipação % do PA

* Acumulado no ano até março.Fonte: MDIC

6

7

8

9

10

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

2012 2013 2014 2015

%

Fonte: IBGE

Gráfico 5 – Taxa de desocupação – Pará

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102 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Abril 2016

2015, segundoaPesquisaNacionalporAmostradeDomicílios Contínua (PNADContínua) do IBGE(Gráfico5).

O número de trabalhadores formais no estado retraiu-se de 814 mil, em 2013, para 775 mil, em 2015, situando-se em 769 mil em fevereiro de 2016, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Previdência Social (Caged/MTPS),correspondendoa1,9%doregistradonacionalmente.Os setores de serviços, comércio econstrução civil responderam, respectivamente, por34,7%,27,6%e12,6%dototaldeempregosformaisnoestado.Considerandoaparticipaçãodostrabalhadorescontratados no estado, por setor de atividade, no total nacional, destacam-se os segmentos da indústria extrativamineral,com9,6%,daconstruçãocivil,com3,7%,edaagropecuária,com3,3%(Tabela7).

A distensão do mercado de trabalho é evidenciadapelaextinçãolíquidadepostosdetrabalhodesde outubro de 2014, sobretudo nos segmentos construçãocivil,serviçoseagropecuária(Gráfico6).

O rendimento médio real do trabalho no estado atingiuR$1.246,00 em2015, patamar 34% inferioràmédia nacional, segundo a PNADContínua.Oindicador recuou6,2%emrelaçãoa2012(primeiroanodaPNADContínua),segundamaiorretraçãoentreasunidadesdafederação(aumentode4,4%nopaís).Adicionalmente, a proporção de trabalhadores querecebem menores rendimentos, até 1 salário mínimo, émaiornoPará,47,1%,doquenoNorte,39,2%,enoBrasil, 28,3%, segundo dados da PNAD20143 (Gráfico7).

O mercado de crédito do Pará, considerado o estoquedasoperaçõesdeempréstimosacimadeR$1mil, cresceu menos acentuadamente do que no país nos últimostrêsanos,erepresentouaproximadamente1,4%dototalnacionalemfevereirode2016.Noperíododedoze meses encerrado em fevereiro, o saldo aumentou 2,3%noestado(5,4%nopaís),resultadodeelevaçãode8,5%nosegmentodepessoasfísicasereduçãode7,0%nosegmentodepessoasjurídicas,queregistraramparticipaçõesrespectivasde63,8%e36,2%noestoquedecréditoparaensenomês(Gráficos8).

3/ Ostrabalhadores“semrendimento”eos“semdeclaração”foramexpurgadosdaamostraparaefeitodocálculodospercentuais.

Tabela 7 – Quantidade de trabalhadores no regime CLT

Fevereiro de 2016

Em mil

Setores PA % Brasil % Part. %

Total 769 100,0 39 489 100,0 1,9

Serviços 267 34,7 17 096 43,3 1,6

Comércio 212 27,6 9 095 23,0 2,3

Construção civil 96 12,6 2 641 6,7 3,7

Ind. de transformação 87 11,4 7 581 19,2 1,2

Agropecuária 51 6,6 1 561 4,0 3,3

Ind. extrativa mineral 20 2,6 208 0,5 9,6

Outros1/ 35 4,5 1 307 3,3 2,7

Fonte: MTPS/Caged

1/ Inclui serviços industriais de utilidade pública, administração pública e outros.

BrasilNorteNorte (exc. PA)PARMB

28,339,2 32,6

47,1 39,4

52,847,0

50,842,4

48,3

18,9 13,8 16,6 10,4 12,3

0102030405060708090

100

Brasil Norte Norte (exc.PA)

PA RMB

%

até 1 SM De 1 SM a 3 SM mais de 3 SM

Fonte: PNAD 2014/iBGE

Gráfico 7 - Distribuição dos trabalhadores por classe de rendimento

-60-50-40-30-20-1001020304050

-2 000

-1 500

-1 000

- 500

0

500

1 000

1 500

2 000

Ago Fev2012

Ago Fev2013

Ago Fev2014

Ago Fev2015

Ago Fev2016

Brasil Pará

Gráfico 6 – Criação de novos empregos formais Em 12 meses

MilMil

Fonte: MTE/Caged

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Abril 2016 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 103

Os emprést imos a pessoas jur ídicasconcentravam-se, em fevereiro de 2016, nas atividades comércio,27%,eindústriadetransformação,14,7%,eno âmbito das pessoas físicas, nas modalidades crédito consignado, 32,4%, e financiamentos imobiliários,24,4%(Gráfico9).

Nosegmentodepessoasjurídicas,destacaram-se os recuos nos estoques de crédito nas atividades de indústrias de transformação, 30%, construção civil,17,9%, e comércio, 11,5%; enquanto no segmentode pessoas físicas, sobressaíram os aumentos nas modalidades financiamentos imobiliários, 15,3%;crédito pessoal não consignado, 11,9%; e créditoconsignado,9,5%,noperíodode12mesesfinalizadoem fevereiro de 2016.

A inadimplência noPará atingiu 5,01%emfevereiro (3,35% no país), elevando-se 0,89 p.p.nos últimosdozemeses.A taxa totalizou4,57%nosegmentodepessoasjurídicas(2,65%nopaís)e5,27%nodepessoasfísicas(4,10%nopaís),elevando-se1,33p.p.e0,56p.p.,respectivamente,noperíodo(Gráfico10).

Os desembolsos do Banco Nacional deDesenvolvimentoEconômicoeSocial(BNDES)paraoParátotalizaramR$7.730milhõesem2015(R$7.739milhões em 2013), dos quais 10,9%destinados àsmicro, pequenas e médias empresas.

Os investimentos privados no estado, em execução e planejados, somamR$178,7 bilhões,de 2015 a 2020, de acordo com levantamento da FederaçãodasIndústriasdoEstadodoPará(Fiepa).Aproximadamente34,2%dessesinvestimentosestãorelacionados a projetos de infraestrutura e logística,31,3% à produção e transmissão de energia, 28%referem-seàmineração,eosdemais,aoagronegócioeindústriasemgeral(Tabela8).Osinvestimentosdosgovernosestadualefederalplanejadosparaoperíodode2015a2018totalizamR$7,4bilhõese25,5bilhões,4 respectivamente.

O dinamismo da economia paraense tende a permanecer dependente das flutuações domercadointernacional, sobretudo relativamente à evolução

4/ Fontes:GovernodoEstadodoPará,LeideDiretrizesOrçamentárias2016;MinistériodoPlanejamento,ProgramadeAceleraçãodoCrescimento(PAC),1ºBalanço2015Pará.

-5

0

5

10

15

20

25

30

35

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016*

Brasil Pará

Gráfico 8 – Saldo das operações de crédito1/

Variação % em 12 meses

Fonte: BCB1/ Operações com saldo superior a R$1 mil.* 12 meses encerrados em fevereiro

05

101520253035

Com

érci

o

Indú

stria

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Cré

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Car

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rédi

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vis

ta

PJ PF

Gráfico 9 – Participação das modalidades de créd. no seg. PF e setores de atividades no seg. PJFevereiro 2016%

0

1

2

3

4

5

6

Fev2013

Jun Out Fev2014

Jun Out Fev2015

Jun Out Fev2016

Brasil Pará

Gráfico 10 – Inadimplência do crédito total, Pará e Brasil – 2013-2016

%

Nota: Operações do SCR.

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104 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Abril 2016

dospreçosdascommodities,àtrajetóriadademandachinesaeàvolatilidadedataxadecâmbio.Ocenárioparaossetoresdecomércio,deserviçosedaindústriade transformação deve seguir mantendo relaçãoestreita com o desempenho desses segmentos em nível nacional.Aindústriaextrativaeaagropecuáriaexibemperspectivas de desempenho positivo na economia do estado,sobretudoemrelaçãoaominériodeferro,sojae gado bovino, podendo contribuir favoravelmente para a retomada do ritmo de crescimento na atividade econômica.

Tabela 8 – Investimentos no Pará – 2015 a 2020

Empresa Finalidade Região Valor

(R$ milhões)

Vale-S11D (Estrada de Ferro) Infraestrutura e Logística Carajás 32 300

Hidrelétricas Energia Tapajós 30 000

Vale-S11D (Mina) Mineração Carajás 22 080

Belo Monte Energia Xingu 13 000

Hidrelétrica de Marabá Energia Carajás 12 000

Anglo American (Projeto Jacaré) Mineração Carajás 9 400

Fepasa – Ferrovia Estadual Infraestrutura e Logística Grande Belém 8 000

Cevital (Santarém) Indústria em geral Tapajós 7 000

Votorantim Metais Mineração Carajás 6 600

EDLP (Ferrovia Sinop Miritituba) Infraestrutura e Logística Tapajós 6 000

Porto para escoamento agrícola Infraestrutura e Logística Grande Belém 6 000

Vale – Salobo II Mineração Carajás 4 760

Belo Sun Mineração Mineração Xingu 2 100

Complexo Industrial Infraestrutura e Logística Grande Belém 2 000

Horizonte Minerals Mineração Carajás 1 450

Vale – Serra Leste Mineração Carajás 1 300

Biopalma Agronegócio Grande Belém 1 300

Odebrecht Logística Infraestrutura e Logística Tapajós 1 200

MbAC Ferlitizantes Agronegócio Carajás 1 191

Buritirama Porto Infraestrutura e Logística Grande Belém 1 000

Outros 10 019

Total 178 700

Fonte: Federação das Indústrias do Pará (FIEPA).

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Abril 2016 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 105

Rendimentos do Trabalho e Inflação

Elevações persistentes dos rendimentos dotrabalho(RT)1empatamarsuperioràsuaprodutividadetendema exercer pressões inflacionárias de custos.Esse boxe, após investigar a evolução recente dosindicadores mencionados, em âmbito agregado e setorial,analisaatrajetóriadefatoresrelevantesparamitigar a pressão de custos associada ao RT.

O RT têm se elevado acima da produtividade desde2011,evoluçãoassociada,emparte,aosimpactos– diretos e indiretos – da política de aumento real do salário mínimo2 sobre a folha de pagamentos das empresas. Ressalte-se que o impacto mencionado foi ampliado pelo ambiente de aumento da demanda por mãodeobranociclodecrescimentoexperimentadopela economia brasileira até 2013.

Acomparação entre a evoluçãodeRTedovaloradicionadoapreçosbásicosporpessoaocupada(VAB-PO)3 após 2006, evidencia o descolamento entre as respectivas curvas a partir de 2009 e sua intensificaçãonotriênio2011-13(Gráfico1).ORTeoVAB-POvariaram13,9%e-1,7%,respectivamente,de 2011 a 2015.

Aanálisesetorialdas trajetóriasdoRTedoVAB-POpermiteidentificarasatividadeseconômicasondeocorrerampressõesdecustosdemãodeobramaisintensas, destacando-se que sua evolução repercute,em especial, diferenças entre ganhos potencias deprodutividade e entre os pesos do RT nos custos

1/ Nesteboxe,RTédefinidocomoorendimentomédiorealdetodosostrabalhos,recebidopelaspessoascom14anosoumaisdeidade.Sãoutilizadosmédiasanuaisdedados,divulgadosnaPesquisaNacionalporAmostradeDomicílios–PNAD(2006a2011)enaPNADContínua(2012a2015),ambasdoIBGE.Essaspesquisassãodeabrangêncianacionaleincorporamossetoresformaleinformaldaeconomia.

2/ VideoboxeImpactodoSalárioMínimosobreosRendimentosdoTrabalho:umaabordagemregional,publicadonoBoletimRegionaldoBancoCentraldoBrasildejaneirode2015.

3/ Valoradicionadopelotrabalhodepessoascom14anosoumaisdeidade,divulgadonasContasNacionaisTrimestrais(CNT)doIBGE.

100 103105

107

112

116

122

126127 127

104105

104

110 111113

114113

109

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Rendimento do trabalho VAB/PO

Gráfico 1 – Rendimento do trabalho e Valor Adicionado por Trabalhador (2001 = 100)1/

1/ Rendimento médio real de todos os trabalhos e valor adicionado a preços básicos (VAB) – índice de volume médio anual, ambos por pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, com rendimento de trabalho.Fonte: PNAD (2006 a 2012), PNAD Contínua (2012 a 2015), INPC e CNT, todas do IBGE.

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106 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Abril 2016

de produção das respectivas atividades.A análise4 realizadaparaossegmentosindústriadetransformação,construçãocivil,comércioeserviçosprivados5 utilizou dados com periodicidade trimestral buscando favorecer aanálisedecurtoprazoeaidentificaçãodealteraçõesde tendências.

AstrajetóriasdoRTedoVAB-POnoâmbitodos quatro segmentos selecionados são apresentadas noGráfico 2.Na indústria de transformação, apósregistrarem evoluções semelhantes até o quartotrimestre de 2013, o RT e o VAB-PO variaram, na ordem,0,9%e-15,2%atéoquartotrimestrede2015.EssedescolamentoevidenciatantoaretraçãoacentuadanoVABdaindústria,quantoaopçãodeempregadoresempostergardemissõesemantermãodeobramaisespecializada, e consequentemente com salários mais elevados.

Na cons t rução c iv i l , o RT cresceuacentuadamente até a primeira metade de 2013, evolução consistente com o impacto da expansãodo segmento, nesse intervalo, sobre a demanda por mão de obra, enquanto o VAB-PO registrou relativa estabilidade. Ressalte-se que, no período considerado, oaumentonoscustosdamãodeobradeveterexercidoimpacto residual sobre as margens da parcela do setor envolvida na construção de imóveis, cujos preçosaumentaramexpressivamentenoperíodo.Nointervaloentre o segundo trimestre de 2013 e o quarto de 2015, oRT e oVAB-POmostram evolução semelhante,expressaemretraçõesde9,6%emambos.

Nosegmentodocomércio,apósapresentaremcomportamento similar no período entre o primeiro trimestre de 2012 e o terceiro de 2014, o RT e o VAB-PO recuaram 3,5% e 13,7%, respectivamente, atéofinalde2015.Adiscrepância repercute a relativarigidez das demissões emumambiente de retraçãonaprodução.

Nos serviços privados6 onde a importância de RT nos custos totais é mais elevada e tende a

4/ Aanáliseconsideramédiastrimestraisdoperíodoentreoprimeirotrimestrede2012eoquartode2015.Dadosdessazonalizados.5/ ServiçosprivadosédefinidocomooSetordeServiços,exclusiveossubsetorescomércio,administraçãopública,saúde,educaçãopúblicase

seguridade social.6/ Osserviçosprivadosdotrabalhodetêmparticipaçãoemtornode30%nacestadeconsumoutilizadanoIPCA,eexerceminfluênciaacentuada

naformaçãodospreçosdeoutrositensdaquelacesta.

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ocorrermaior rigidez da produtividade, as pressõesinflacionáriasdoscustos com trabalho tendema serrepassadas commaior intensidade aos preços, que,ressalte-se, não sofremconcorrência externa.Nessesegmento, o RT e o VAB-PO descolaram a partir do segundo trimestre de 2013, evidenciado em quedas de 0,9%e6,9%,atéofinalde2015.

O ajuste doRT pode ocorrer, entre outros,pormeio de reduções no salário de admissão e/oude negociações emconvenções coletivas.O saláriomédiorealdeingresso(SMRI)nosquatrosegmentosanalisados7 apresenta trajetória distinta no períodomais recente (Gráfico 3), destacando-se o recuo de5,7%registradonaconstruçãocivilentreostrimestresencerradosemdezembrode2014emarçode2016,períodoemqueoSMRIdocomérciodiminuiu2,4%.OajustenoSMRIrelativoaserviçosprivadosiniciou-

7/ Médiasrelativasaostrimestresencerradosdemarçode2006amarçode2016.

Gráfico 2 – Rendimento do trabalho e Valor Adicionado por Trabalhador (1T2012 = 100)1/

99 99 98

98

102 102 103

106

102104

101

107 106103 104

100

97 98 98

99104

105 104

101

9795

93 9189

87 88

1T2012

2T 3T 4T 1T2013

2T 3T 4T 1T2014

2T 3T 4T 1T2015

2T 3T 4T

Indústria de transformação

102105

102104

115

110107

111

108

104106 104

103 102104

100

9495

9394

96 9592

9695

93 9492 93

91

87

1T2012

2T 3T 4T 1T2013

2T 3T 4T 1T2014

2T 3T 4T 1T2015

2T 3T 4T

Construção civil

99100

99100

102

103 103 103100100

102 10299 99

96100

101 102 101 102103

100100 101

97 98 9895

90

8785

1T2012

2T 3T 4T 1T2013

2T 3T 4T 1T2014

2T 3T 4T 1T2015

2T 3T 4T

Rendimento do trabalho VAB/PO

Comércio

99 99 100

102 102

105 104106 105 105

107 107 106104

101

100

101 101102

100 102 101 101 10099 98 98 97

95 95 95

1T2012

2T 3T 4T 1T2013

2T 3T 4T 1T2014

2T 3T 4T 1T2015

2T 3T 4T

Serviços privados

1/ Rendimento médio real do trabalho principal, habitualmente recebido por mês, e valor adicionado a preços básicos (VAB) - índice de volume trimestral com ajuste sazonal, ambos por pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, com rend. de trabalho.Fonte: PNAD Contínua, INPC e CNT, todas do IBGE

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senotrimestrefinalizadoemmarçode2014eatingiu3,8%,enquantoaretraçãomaisbrandafoiobservadanoSMRIdaindústriadetransformação(1,4%desdeotrimestreencerradoemdezembrode2014).

Osganhos/perdasreaissalarias,expressosemmédiastrimestrais,associadosaconvençõescoletivasde trabalho em São Paulo e no Rio de Janeiro8, divulgadosnoSistemadeNegociaçõesColetivasdeTrabalho (Gráfico 4), indicamque após exercerempressãoinflacionáriadecustosatéoprimeirotrimestrede 2015, as negociações passaram a incorporar ocenário de desaceleração da atividade interna eaceleração da inflação.Nesse ambiente, ocorreramperdas reais crescentes nos quatro últimos trimestres do período analisado.

Gráfico 3 – Salários reais de admissão1/

800

1 000

1 200

1 400

1 600

Mar2006

Mar2007

Mar2008

Mar2009

Mar2010

Mar2011

Mar2012

Mar2013

Mar2014

Mar2015

Mar2016

Indústria de transformação

800

1 000

1 200

1 400

1 600

Mar2006

Mar2007

Mar2008

Mar2009

Mar2010

Mar2011

Mar2012

Mar2013

Mar2014

Mar2015

Mar2016

Construção civil

800

1 000

1 200

1 400

1 600

Mar2006

Mar2007

Mar2008

Mar2009

Mar2010

Mar2011

Mar2012

Mar2013

Mar2014

Mar2015

Mar2016

Salário de admissão

Comércio

1/ Salários em R$ de março de 2016. Dados dessazonalizados.Fonte: Caged, do MTPS, e INPC, do IBGE

800

1 000

1 200

1 400

1 600

Mar2006

Mar2007

Mar2008

Mar2009

Mar2010

Mar2011

Mar2012

Mar2013

Mar2014

Mar2015

Mar2016

Serviços privados

8/ DadosobtidosnoSistemadeNegociaçõesColetivasdeTrabalho,doMinistériodoTrabalhoePrevidênciaSocial(MTPS),edeflacionadospeloÍndiceNacionaldePreçosaoConsumidor(INPC)acumuladoem12meses,atéomêsanterioraodaconvenção.

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Em síntese, embora as estatísticas da Pesquisa Nacional porAmostra de Domicílios (PNAD) eda PesquisaNacional porAmostra deDomicíliosContínua (PNAD Contínua) ainda não revelemreversão do crescimento do RT acima da produtividade nos segmentos analisados neste boxe, as trajetóriasrecentes dos salários de ingresso e as reduções nosreajustesreaisnasconvençõescoletivas,quepassarampara o campo negativo a partir do primeiro trimestre de 2015, evidenciam a tendência de distensão no mercadodetrabalhonospróximosmeses,favorecendoorealinhamentodasduasvariáveisobjetodeanálise.

1,51,6

1,9 1,9 2,0

1,1

1,9

1,2

0,6

1,3

0,8

1,8

3,1

3,6

2,2

1,6

1,0

1,6 1,6

2,3 2,3

1,8

1,51,2

0,7

-0,5

-1,4-1,70

-2,2

1T2009

2T 3T 4T 1T2010

2T 3T 4T 1T2011

2T 3T 4T 1T2012

2T 3T 4T 1T2013

2T 3T 4T 1T2014

2T 3T 4T 1T2015

2T 3T 4T 1T2016

Gráfico 4 – Ganho real médio (p.p.) nas convenções coletivas de trabalho em SP e RJ1/

1/ Deflator: INPC acumulado em 12 meses (até o mês anterior).Fonte: Sistema de Negociações Coletivas de Trabalho – MTPS

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Abril 2016 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 111

Banco Central do Brasil

Representações Regionais do Departamento Econômico do Banco Central do Brasil

Apêndice

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Abril 2016 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 113

Banco Central do Brasil

PresidenteAlexandre Antonio Tombini

Diretor de Política EconômicaAltamir Lopes

Chefe do Departamento EconômicoTulio José Lenti Maciel

Representações Regionais do Departamento Econômico

Gerência Técnica de Estudos Econômicos em Belém

Gerência Técnica de Estudos Econômicos em Belo Horizonte

Gerência Técnica de Estudos Econômicos em Curitiba

Gerência Técnica de Estudos Econômicos em Fortaleza

Gerência Técnica de Estudos Econômicos em Porto Alegre

Gerência Técnica de Estudos Econômicos no Recife

Gerência Técnica de Estudos Econômicos no Rio de Janeiro

Gerência Técnica de Estudos Econômicos em Salvador

Gerência Técnica de Estudos Econômicos em São Paulo

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114 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Abril 2016

Representações Regionais do Departamento Econômico do Banco Central do Brasil

Gerência-TécnicadeEstudosEconômicosemBelém BoulevardCastilhosFrança,708–CentroChefedeEquipe:PriscilaFurtadodosSantos CaixaPostal651 66010-020–Belém(PA) E-mail: [email protected]

Gerência-TécnicadeEstudosEconômicosemBeloHorizonte Av.ÁlvaresCabral,1.605–SantoAgostinhoChefedeEquipe:RodrigoLagedeAraújo CaixaPostal887 30170-001–BeloHorizonte(MG) E-mail: [email protected]

Gerência-TécnicadeEstudosEconômicosemCuritiba Av.CândidodeAbreu,344–CentroCívicoChefedeEquipe:VanderléiaCentenaro CaixaPostal1.408 80530-914–Curitiba(PR) E-mail: [email protected]

Gerência-TécnicadeEstudosEconômicosemFortaleza Av.HeráclitoGraça,273–CentroChefedeEquipe:AfonsoEduardodeOliveiraJucá CaixaPostal891 60140-061–Fortaleza(CE) E-mail: [email protected]

Gerência-TécnicadeEstudosEconômicosemPortoAlegre Rua7desetembro,586–CentroChefedeEquipe:MariaJulianaZeilmannFabris CaixaPostal919 90010-190–PortoAlegre(RS) E-mail: [email protected]

Gerência-TécnicadeEstudosEconômicosemRecife RuadaAurora,1259–SantoAmaroChefedeEquipe:FernandodeAquinoFonsecaNeto CaixaPostal1.445 50040-090–Recife(PE) E-mail: [email protected]

Gerência-TécnicadeEstudosEconômicosnoRiodeJaneiro Av.PresidenteVargas,730–CentroChefe:LilianCarladosReisArquete CaixaPostal495 20071-900–RiodeJaneiro(RJ) E-mail: [email protected]

Gerência-TécnicadeEstudosEconômicosemSalvador Av.AnitaGaribaldi,1.211–OndinaChefedeEquipe:ItamarMarinsdaSilva CaixaPostal44 40210-901–Salvador(BA) E-mail: [email protected]

Gerência-TécnicadeEstudosEconômicosemSãoPaulo Av.Paulista,1804–BelaVistaChefe:MauricioBarretoCampos CaixaPostal8.984 01310-922–SãoPaulo(SP) E-mail: [email protected]

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Abril 2016 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 115

BNDES BancoNacionaldeDesenvolvimentoEconômicoeSocialCaged Cadastro Geral de Empregados e DesempregadosCepa CentrodeSocioeconomiaePlanejamentoAgrícolaCepea CentrodeEstudosAvançadosemEconomiaAplicadaCNC ConfederaçãoNacionaldoComércioCNI ConfederaçãoNacionaldaIndústriaCNT ContasNacionaisTrimestraisCondepe/Fidem AgênciaEstadualdePlanejamentoePesquisasdePernambucoCotepe Comissão Técnica Permanente do ICMSDepec DepartamentoEconômicoDeral Departamento de Economia RuralEmater/RS AssociaçãoRiograndensedeEmpreendimentosdeAssistênciaTécnicaeExtensãoRuralEUA Estados Unidos da AméricaFapespa FundaçãoAmazôniadeAmparoaEstudosePesquisaFecomércio SP FederaçãodoComérciodoEstadodeSãoPauloFecomércio-RS FederaçãodoComérciodeBensedeServiçosdoEstadodoRioGrandedoSulFEE FundaçãodeEconomiaeEstatísticaSiegfriedEmanuelHeuserFenabrave FederaçãoNacionaldaDistribuiçãodeVeículosAutomotoresFieam FederaçãodasIndústriasdoEstadodoAmazonasFiec FederaçãodasIndústriasdoEstadodoCearáFieg FederaçãodasIndústriasdoEstadodeGoiásFiemg FederaçãodasIndústriasdoEstadodeMinasGeraisFIEMT FederaçãodasIndústriasdoEstadodeMatoGrossoFiep FederaçãodasIndústriasdoEstadodoParanáFiepa FederaçãodasIndústriasdoEstadodoParáFiepe FederaçãodasIndústriasdoEstadodePernambucoFiergs FederaçãodasIndústriasdoEstadodoRioGrandedoSulFiesc FederaçãodasIndústriasdoEstadodeSantaCatarinaFiesp FederaçãodasIndústriasdoEstadodeSãoPauloFirjan FederaçãodasIndústriasdoEstadodoRiodeJaneiroFJP FundaçãoJoãoPinheiroFPE FundodeParticipaçãodosEstadosFPM FundodeParticipaçãodosMunicípiosFundeb FundodeManutençãoeDesenvolvimentodaEducaçãoBásicaedeValorizaçãodosProfissionaisda

EducaçãoGNL GásNaturalLiquefeitoIBC-Br ÍndicedeAtividadeEconômicadoBancoCentral–BrasilIBCR ÍndicedeAtividadeEconômicaRegionalIBGE InstitutoBrasileirodeGeografiaeEstatística

Siglas

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116 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Abril 2016

ICA ÍndicedeCondiçõesAtuaisICC ÍndicedeConfiançadoConsumidorICCBH ÍndicedeConfiançadoConsumidordeBeloHorizonteIceb IndicadordeConfiançadoEmpresariadoBaianoIcec ÍndicedeConfiançadoEmpresáriodoComércioIcec ÍndicedeConfiançadoEmpresáriodaConstruçãoIcei ÍndicedeConfiançadoEmpresárioIndustrialICF IntençãodeConsumodasFamíliasICIT ÍndicedeConfiançadaIndústriadeTransformaçãoICMS ImpostosobreCirculaçãodeMercadoriaseServiçosIDI Índice de Desempenho IndustrialIE ÍndicedeExpectativasIepe CentrodeEstudosePesquisasEconômicasIFZ ÍndiceFipeZapdePreçosdeImóveisAnunciadosIGP-DI ÍndiceGeraldePreços–DisponibilidadeInternaINPC ÍndiceNacionaldePreçosaoConsumidorIpardes InstitutoParanaensedeDesenvolvimentoEconômicoeSocialIPCA ÍndiceNacionaldePreçosaoConsumidorAmploIpead FundaçãoInstitutodePesquisasEconômicas,AdministrativaseContábeisdeMinasGeraisIpece InstitutodePesquisaeEstratégiaEconômicadoCearáLSPA LevantamentoSistemáticodaProduçãoAgrícolaMapa Ministério da Agricultura, Pecuária e AbastecimentoMDIC MinistériodoDesenvolvimento,IndústriaeComércioExteriorMTPS Ministério do Trabalho e Previdência SocialNuci NíveldeUtilizaçãodaCapacidadeInstaladap.p. Pontos percentuaisPAC ProgramadeAceleraçãodoCrescimentoPAM ProduçãoAgrícolaMunicipalPAM ProduçãoAgrícolaMunicipalPEA PopulaçãoEconomicamenteAtivaPEIC Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do ConsumidorPET Politereftalato de etilenoPetrobras Petróleo Brasileiro S.A.PEVS PesquisadeExtraçãoVegetaleSilviculturaPF Pessoa FísicaPIA Pesquisa Industrial AnualPIB Produto Interno BrutoPIM Pesquisa Industrial MensalPIM-PF PesquisaIndustrialMensal–ProduçãoFísicaPJ Pessoa JurídicaPMC Pesquisa Mensal do ComércioPME Pesquisa Mensal de EmpregoPMS PesquisaMensaldeServiçosPNAD PesquisaNacionalporAmostradeDomicíliosPNAD Contínua PesquisaNacionalporAmostradeDomicíliosContínuaPPM Pesquisa Pecuária MunicipalRMB Região Metropolitana de BelémRMBH Região Metropolitana de Belo HorizonteRMC Região Metropolitana de CuritibaRMF Região Metropolitana de Fortaleza

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Abril 2016 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 117

RMPA Região Metropolitana de Porto AlegreRMR Região Metropolitana do RecifeRMRJ Região Metropolitana do Rio de JaneiroRMS Região Metropolitana de SalvadorRMSP Região Metropolitana de São PauloRMV Região Metropolitana de VitóriaRT Rendimentos do trabalhoSeab Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Estado do ParanáSefaz-RJ Secretaria de Estado de Fazenda do Rio de Janeiro SEI SuperintendênciadeEstudosEconômicoseSociaisdaBahiaSIF ServiçodeInspeçãoFederalSincodiv PR Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos no Estado do ParanáSinduscon-RS SindicatodasIndústriasdaConstruçãoCivildoRioGrandedoSulSIUP ServiçosIndustriaisdeUtilidadePúblicaSMRI Salário médio real de ingressoSTN SecretariadoTesouroNacionalUSP Universidade de São PauloVAB Valor Adicionado BrutoVAB-PO ValoradicionadoapreçosbásicosporpessoaocupadaVBP ValorbrutodaproduçãoVTI ValordaTransformaçãoIndustrial


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