Transcript

CULTURA DA PUPUNHA

Convnio: EMATER-RIO x Prefeitura SO GONALO

APOIO:

APRAFEN SG-RJAssociao dos Produtores Rurais Assentados da Fazenda Engenho Novo So Gonalo - RJ

pg. 1 Autoria: JADSON LOPES GUEDES & ANTNIO CARLOS MARINS EMATER-RIO * Escritrio de SO GONALO * Tel: (21) 2701-2954 e-mail: [email protected] * Blog http://emater-rioeslocsg.blogspot.com

CULTURA DA PUPUNHA

Convnio: EMATER-RIO x Prefeitura SO GONALO

1. INTRODUO A Pupunha (Bactris gasipaes) uma palmeira nativa da regio Amaznica e que consumida nas formas de frutos e de palmito. O consumo dos frutos da pupunheira, cozidos em gua e sal, tradicional na regio Amaznica. A partir dos anos 90, teve incio, por parte de agricultores das Regies Sudestes de Centro-Oeste do Brasil, o interesse no cultivo da Pupunha, no para a produo de frutos e sim para produo de PALMITO. O Palmito uma iguaria valiosa e de grande aceitao no mercado. O mercado nacional absorve quase a totalidade da produo de palmito do Brasil, que o maior consumidor mundial.

2. VANTAGENS DE SE PRODUZIR PALMITO DE PUPUNHA As principais vantagens para o plantio da Pupunheira, visando produo de palmito, so: Precocidade: o primeiro corte ocorre entre 18 a 30 meses aps o plantio no campo; Perfilhamento: a pupunha apresenta brotaes de novas

plantas, junto planta me, permitindo que se possam repetir os cortes nos anos seguintes, sem necessidade de replantio da rea; Qualidade do Palmito: o palmito de pupunha tem um

comprimento ao redor de 40 cm e dimetro de 1,5 - 4 cm e pg. 2 Autoria: JADSON LOPES GUEDES & ANTNIO CARLOS MARINS EMATER-RIO * Escritrio de SO GONALO * Tel: (21) 2701-2954 e-mail: [email protected] * Blog http://emater-rioeslocsg.blogspot.com

CULTURA DA PUPUNHA

Convnio: EMATER-RIO x Prefeitura SO GONALO

muito macio e saboroso, no tendo problemas de aceitao pelo mercado; Lucratividade: adequadamente plantado e conduzido, um

hectare produz entre 5.000 a 12.000 palmitos por ano, dependendo do nmero de perfilhos que se deixa aps o corte da planta me e do dimetro do palmito que se produz; Segurana para o Produtor: o palmito no estraga, j que o agricultor pode deix-lo no p ou, ento, envas-lo, guardando os vidros e realizando as vendas quando achar conveniente. No como outros produtos, como hortalias e frutas em geral, que amadurecem e precisam ser colhidos e que, quando colhidos, devem ser rapidamente vendidos e consumidos; Vantagens Ecolgicas: a pupunha deve ser produzida em cultura a pleno sol, em reas agrcolas tradicionais, de forma que se passa a produzir palmito de excelente qualidade sem nenhum dano s florestas nativas. Essa uma caracterstica de grande apelo comercial, sobretudo para explorao do palmito, como um produto ecolgico.

3. CLIMA E SOLO A Pupunheira vem sendo explorada com sucesso, pois adapta-se com certa facilidade s mais diversas condies climticas. As condies ideais encontram-se nos climas quentes e midos, com temperaturapg. 3 Autoria: JADSON LOPES GUEDES & ANTNIO CARLOS MARINS EMATER-RIO * Escritrio de SO GONALO * Tel: (21) 2701-2954 e-mail: [email protected] * Blog http://emater-rioeslocsg.blogspot.com

CULTURA DA PUPUNHA

Convnio: EMATER-RIO x Prefeitura SO GONALO

mdia acima de 22C e abundncia de chuvas (mdia acima de 1600 mm de chuva, bem distribudos ao longo do ano). Outra limitao importante para a produo a Altitude do local que NO deve ser superior a 850 metros. De maneira geral a Pupunha prefere os solos arenosos ou areno-argilosos. Os solos compactados prejudicam a emisso e o desenvolvimento dos Perfilhos. Apesar de ser exigente em gua, a Pupunha no se desenvolve bem em solos encharcados, portanto exige solos bem drenados.

4. PREPARO DO SOLO As reas destinadas ao cultivo de Pupunheiras para a produo de palmito devem ser aradas e gradeadas, visando facilitar a abertura das covas e o plantio das mudas, j que o espaamento entre as covas pequeno. O preparo mecanizado da rea NUNCA DEVE SER FEITO MORRO ABAIXO. E a abertura das covas para plantio deve ser feita respeitando as Curvas de Nvel do terreno, para melhor aproveitamento das guas das chuvas e conservao do solo.

pg. 4 Autoria: JADSON LOPES GUEDES & ANTNIO CARLOS MARINS EMATER-RIO * Escritrio de SO GONALO * Tel: (21) 2701-2954 e-mail: [email protected] * Blog http://emater-rioeslocsg.blogspot.com

CULTURA DA PUPUNHA

Convnio: EMATER-RIO x Prefeitura SO GONALO

5. ESPAAMENTO DA CULTURA Nos cultivos destinados produo de palmito, o espaamento entre as plantas no campo deve ser de 2m x 1m (dois metros entre fileiras e um metro entre plantas). Com isso, obtm-se uma populao de 5.000 plantas por hectare.

6. CUIDADOS ANTES DO PLANTIO Antes do plantio no campo, o agricultor deve tomar alguns cuidados: Limpar completamente a rea da presena de matos; Realizar as prticas de preparo do solo necessrias (Arao e Gradagem); Corrigir a acidez do solo com aplicao de Calcrio Agrcola; Abrir as covas no tamanho e no espaamento recomendados; Realizar Adubao de Plantio; Retirar os saquinhos plsticos das mudas.

pg. 5 Autoria: JADSON LOPES GUEDES & ANTNIO CARLOS MARINS EMATER-RIO * Escritrio de SO GONALO * Tel: (21) 2701-2954 e-mail: [email protected] * Blog http://emater-rioeslocsg.blogspot.com

CULTURA DA PUPUNHAA pupunha no suporta competio com mato,

Convnio: EMATER-RIO x Prefeitura SO GONALO

principalmente

braquiria. Portanto, em reas de pastagens, aconselhvel que se faa quantas gradagens forem necessrias.

7. CALAGEM A CALAGEM uma tcnica muito importante que incorpora CALCRIO AGRCOLA para a correo da acidez do solo. O objetivo da CALAGEM eliminar os efeitos nocivos de acidez do solo e de proporcionar s plantas maior suprimento de Clcio e Magnsio, que so nutrientes essenciais ao desenvolvimento de qualquer planta. Utilizada de modo correto, a calagem pode recuperar a fertilidade natural do solo e aumentar a oferta de nutrientes para as plantas, eliminando ainda os efeitos txicos, causados pelo Alumnio e o Mangans. O ideal que se incorpore o Calcrio Agrcola ao solo cerca de 30 a 60 dias antes do plantio para que haja tempo do mesmo reagir no solo e assim as mudas j o encontraro com sua Acidez corrigida ao serem levadas para o campo. Para saber a quantidade de Calcrio a ser aplicada necessrio se fazer a Anlise Qumica de Fertilidade do Solo.

pg. 6 Autoria: JADSON LOPES GUEDES & ANTNIO CARLOS MARINS EMATER-RIO * Escritrio de SO GONALO * Tel: (21) 2701-2954 e-mail: [email protected] * Blog http://emater-rioeslocsg.blogspot.com

CULTURA DA PUPUNHA8. ABERTURA DAS COVAS

Convnio: EMATER-RIO x Prefeitura SO GONALO

As covas que recebero as mudas devem medir 30 x 30 x 30 cm (Largura x Comprimento x Profundidade).Cova

30cm30cm

30cm

As

covas

podem

ser

abertas

manualmente

com

auxlio

de

ferramentas como a enxada, enxado e cavadeira ou podem ser abertas atravs de equipamentos mecanizados como os Perfuradores de Solo Acoplveis em Trator ou Perfuradores de Solo Independentes (manuais).

Abertura Manual de Cova com Cavadeira

Abertura Mecanizada de Cova com Perfurador Acoplvel

Abertura Mecanizada de Cova com Perfurador Independente

pg. 7 Autoria: JADSON LOPES GUEDES & ANTNIO CARLOS MARINS EMATER-RIO * Escritrio de SO GONALO * Tel: (21) 2701-2954 e-mail: [email protected] * Blog http://emater-rioeslocsg.blogspot.com

CULTURA DA PUPUNHA

Convnio: EMATER-RIO x Prefeitura SO GONALO

No momento da abertura das covas, separa-se a primeira metade da terra (primeiros 15 cm) que ser misturada aos adubos e colocada no fundo da cova. A segunda metade da terra, camada de solo retirada do fundo da cova no momento da abertura (parte retirada aps os primeiros 15 cm), ser espalhada em cima. Portanto, no momento do plantio as camadas de terra sero invertidas. Isso porque a camada superficial que mais rica em matria orgnica deve ficar em contato direto com as razes da planta.

9. ADUBAO Qualquer adubao s feita de forma correta e racional quando recomendada baseada no resultado da Anlise Qumica de Fertilidade do Solo, feita por Laboratrio especializado. Anlise Qumica. Aps a escolha da rea onde ser feito o plantio, devem-se coletar amostras de solo para

pg. 8 Autoria: JADSON LOPES GUEDES & ANTNIO CARLOS MARINS EMATER-RIO * Escritrio de SO GONALO * Tel: (21) 2701-2954 e-mail: [email protected] * Blog http://emater-rioeslocsg.blogspot.com

CULTURA DA PUPUNHA

Convnio: EMATER-RIO x Prefeitura SO GONALO

No caso de ausncia da Anlise de Solo, utilizar Recomendao de Adubao Genrica: Adubaes de Plantio (Orgnica e Mineral): Adubao Orgnica de Plantio na cova: 03 kg de Esterco de Curral Curtido por cova OU 1,5 kg de Esterco de Aves Curtido por cova. Adubao Mineral de Plantio na cova:Utilizando os adubos separadamente:

120 gramas de Superfosfato Simples por cova; 20 gramas de Cloreto de Potssio por cova; 100 gramas de Calcrio Agrcola por cova; Caso no se utilize o adubo orgnico (Esterco) no plantio, utilizar 10 gramas de Uria por cova. OU Utilizando Fertilizante Mineral Misto (Frmulas prontas): 120 gramas do Formulado 04-14-08 por cova; 50 gramas de Fosfato Natural por cova.

pg. 9 Autoria: JADSON LOPES GUEDES & ANTNIO CARLOS MARINS EMATER-RIO * Escritrio de SO GONALO * Tel: (21) 2701-2954 e-mail: [email protected] * Blog http://emater-rioeslocsg.blogspot.com

CULTURA DA PUPUNHAAdubaes de Cobertura:

Convnio: EMATER-RIO x Prefeitura SO GONALO

A Adubao de Cobertura feita aps o plantio, quando a planta j se encontra estabelecida no campo. Adubao Mineral de Cobertura: 2 meses aps o plantio no campo:Utilizando os adubos separadamente:

OU

20 gramas de Uria por planta.

Utilizando Fertilizante Mineral Misto (Frmulas prontas): 70 gramas do Formulado 10-10-10 por planta.

4 meses aps o plantio no campo:Utilizando os adubos separadamente:

OU

20 gramas de Uria por planta; 20 gramas de Cloreto de Potssio por planta.

Utilizando Fertilizante Mineral Misto (Frmulas prontas): 100 gramas do Formulado 10-10-10 por planta.

8 meses aps o plantio no campo:Utilizando os adubos separadamente:

OU

40 gramas de Uria por planta.

Utilizando Fertilizante Mineral Misto (Frmulas prontas): 120 gramas do Formulado 10-10-10 por planta.pg. 10 Autoria: JADSON LOPES GUEDES & ANTNIO CARLOS MARINS EMATER-RIO * Escritrio de SO GONALO * Tel: (21) 2701-2954 e-mail: [email protected] * Blog http://emater-rioeslocsg.blogspot.com

CULTURA DA PUPUNHA

Convnio: EMATER-RIO x Prefeitura SO GONALO

12 meses aps o plantio no campo:Utilizando os adubos separadamente:

OU

40 gramas de Uria por planta; 20 gramas de Cloreto de Potssio por planta.

Utilizando Fertilizante Mineral Misto (Frmulas prontas):

120 gramas do Formulado 10-10-10 por planta.

16 meses aps o plantio no campo:Utilizando os adubos separadamente:

OU

40 gramas de Uria por planta; 200 gramas de Superfosfato Simples por planta; 20 gramas de Cloreto de Potssio por planta.

Utilizando Fertilizante Mineral Misto (Frmulas prontas): 120 gramas do Formulado 10-10-10 por planta; 100 gramas de Fosfato Natural por planta.

20 meses aps o plantio no campo:Utilizando os adubos separadamente:

OU

40 gramas de Uria por planta.

Utilizando Fertilizante Mineral Misto (Frmulas prontas): 100 gramas do Formulado 10-10-10 por planta.

pg. 11 Autoria: JADSON LOPES GUEDES & ANTNIO CARLOS MARINS EMATER-RIO * Escritrio de SO GONALO * Tel: (21) 2701-2954 e-mail: [email protected] * Blog http://emater-rioeslocsg.blogspot.com

CULTURA DA PUPUNHA

Convnio: EMATER-RIO x Prefeitura SO GONALO

24 meses aps o plantio no campo:Utilizando os adubos separadamente:

40 gramas de Uria por planta; 20 gramas de Cloreto de Potssio por planta.

OU Utilizando Fertilizante Mineral Misto (Frmulas prontas): 100 gramas do Formulado 10-10-10 por planta.

28 meses aps o plantio no campo:Utilizando os adubos separadamente:

OU

60 gramas de Uria por planta; 200 gramas de Superfosfato Simples por planta; 20 gramas de Cloreto de Potssio por planta.

Utilizando Fertilizante Mineral Misto (Frmulas prontas): 120 gramas do Formulado 10-10-10 por planta; 100 gramas de Fosfato Natural por planta.

34 meses aps o plantio no campo:Utilizando os adubos separadamente:

OU

60 gramas de Uria por planta; 20 gramas de Cloreto de Potssio por planta.

Utilizando Fertilizante Mineral Misto (Frmulas prontas): 120 gramas do Formulado 10-10-10 por planta.

pg. 12 Autoria: JADSON LOPES GUEDES & ANTNIO CARLOS MARINS EMATER-RIO * Escritrio de SO GONALO * Tel: (21) 2701-2954 e-mail: [email protected] * Blog http://emater-rioeslocsg.blogspot.com

CULTURA DA PUPUNHA

Convnio: EMATER-RIO x Prefeitura SO GONALO

Aps as Adubaes de Cobertura durante os trs primeiros anos, necessrio retirar outra amostra de solo da rea plantada para se fazer outra Anlise Qumica de Fertilidade e assim, fazer a Recomendao de Adubao para os anos seguintes, na fase produtiva da cultura. OBS 1: Toda adubao deve ser feita, evitando o contato direto dos adubos com as plantas. No plantio, devem-se misturar muito bem os Adubos e o Calcrio Agrcola terra da cova. E nas Adubaes de Cobertura, devem-se aplicar os adubos no solo em crculo, na rea de projeo da copa das plantas, ou seja, respeitando certa distncia das plantas (num raio de 40 a 50 cm em volta delas);

OBS 2: Adubao Genrica deve ser sempre evitada. Ela no se baseia na real necessidade do solo do produtor e sim numa necessidade padro da cultura, porm sem comprovao tcnica da necessidade do solo. O correto sempre se recomendar a adubao com base nos resultados da Anlise Qumica de Fertilidade do Solo Laboratrio. feita em

10.

PLANTIO (Transplantio) poca e Condies

Aps a escolha e preparo da rea de plantio, abertura das covas e estando as mudas prontas, deve-se realizar o Transplantio, que a passagem das mudas do viveiro de produo para o local definitivo no campo. Deve-se evitar fazer o Transplantio de mudas muito novas para o campo. Aps 5 a 8 meses no viveiro de produo, as mudas estopg. 13 Autoria: JADSON LOPES GUEDES & ANTNIO CARLOS MARINS EMATER-RIO * Escritrio de SO GONALO * Tel: (21) 2701-2954 e-mail: [email protected] * Blog http://emater-rioeslocsg.blogspot.com

CULTURA DA PUPUNHA

Convnio: EMATER-RIO x Prefeitura SO GONALO

prontas para serem transplantadas para as covas. O transplantio deve ser realizado em poca de chuva, com mudas sadias e vigorosas, apresentando altura entre 30 e 40 cm, com 5 a 6 folhas. O transplantio deve ser realizado em dias chuvosos ou nublados com boa umidade no solo, sem ventania, evitando aqueles dias muito claros e quentes. Fazer o plantio com mudas de um mesmo tipo numa mesma rea, evitando misturar mudas de portes (tamanhos) muito diferentes, de modo a uniformizar o plantio, facilitando o planejamento e conduo da lavoura, bem como a realizao dos tratos culturais. Retirar os saquinhos plsticos das mudas no momento do transplantio, mantendo o torro de terra preso s razes, que ser colocado na cova j preparada com o calcrio e adubos misturados na terra. As plantas sentem o transplantio para o campo, podendo ficar com folhas amareladas e sentidas na fase inicial de campo. Por cerca dos seis primeiros meses elas quase no crescem. Essa fase de crescimento lento ocorre porque nesse perodo que a planta est desenvolvendo seu sistema radicular. importante que o agricultor saiba disso para no desanimar. Aps esses seis meses inicia-se o crescimento lentamente, e o grande crescimento ocorre aps os 10 12 meses do plantio no campo.

pg. 14 Autoria: JADSON LOPES GUEDES & ANTNIO CARLOS MARINS EMATER-RIO * Escritrio de SO GONALO * Tel: (21) 2701-2954 e-mail: [email protected] * Blog http://emater-rioeslocsg.blogspot.com

CULTURA DA PUPUNHA11. TRATOS CULTURAIS 11.1 - CONTROLE DE PLANTAS INVASORAS

Convnio: EMATER-RIO x Prefeitura SO GONALO

O trato cultural mais importante e delicado o controle do mato. As plantas invasoras competem com a Pupunha por luz, gua e nutrientes e so sempre prejudiciais ao seu desenvolvimento, principalmente durante o primeiro ano. Em funo do sistema radicular da Pupunheira ser muito superficial, a capina tradicional com enxada no recomendada ou deve ser feita com muito cuidado para no danificar o sistema radicular (75% das razes se encontram nos primeiros 20 cm de profundidade do solo). O uso de roadeiras pode ser limitado pelo espaamento reduzido da cultura. Ento, resta a opo de roadas peridicas visando eliminao do mato maior e a recomendao de manter a rea sempre coberta por alguma espcie leguminosa no-trepadeira, como o Amendoim Bravo ou Rasteiro e o Feijo Caupi. As leguminosas abafam o mato, protegem o solo e ainda fornecem Nitrognio para a Pupunha. Aps o primeiro ano de cultivo em campo, a necessidade de controle do mato menor devido o sombreamento que a prpria cultura produz.

11.2 MANEJO DE PERFILHOS (Desbaste) No se recomenda manejo de Perfilhos em funo da falta de informaes tcnicas sobre o assunto, exigncia de mo-de-obra habilitada (para no danificar as plantas) e transmisso de doenas. Acredita-se que cada planta estabelece sua prpria dinmica de crescimento, no havendo necessidade de desbaste de Perfilhos. No entanto, o excesso de Perfilhos (mais de oito) pode prejudicar o desenvolvimento da planta-me, e caso resolva-se fazer o desbaste,pg. 15 Autoria: JADSON LOPES GUEDES & ANTNIO CARLOS MARINS EMATER-RIO * Escritrio de SO GONALO * Tel: (21) 2701-2954 e-mail: [email protected] * Blog http://emater-rioeslocsg.blogspot.com

CULTURA DA PUPUNHA

Convnio: EMATER-RIO x Prefeitura SO GONALO

recomenda-se, por ocasio da colheita da planta-me, que se eliminem os mais fracos, deformados e mal localizados, deixando-se 4 a 6 perfilhos, com mais de 25 a 30 cm de altura e bem distribudos na touceira. Lembrando sempre de evitar grandes ferimentos nas plantas no momento do Desbaste. Qualquer abertura de ferimentos podem ser portas de entradas para doenas.

12.

PRAGAS E DOENAS

H poucos relatos sobre pragas e doenas relevantes para a pupunheira. H alguns estudos sobre a presena de caros e alguns fungos nas folhas da pupunheira, porm sem causarem danos significativos. No campo pode ocorrer ataque de alguns Colepteros (besouros), os mesmos que atacam plantios da cultura do coqueiro. O controle local. Para a pupunheira, no havendo problemas de dficit hdrico e nem problemas nutricionais, ou seja, havendo boa disponibilidade de gua e uma adubao feita de forma correta, dificilmente essa cultura sofrer com doenas. 13. COMBATE A FORMIGAS CORTADEIRAS desses insetos deve ser recomendado aps captura e identificao do gnero da praga, atravs da Assistncia Tcnica

Utilizar ISCAS GRANULADAS FORMICIDAS para combater as formigas cortadeiras.

pg. 16 Autoria: JADSON LOPES GUEDES & ANTNIO CARLOS MARINS EMATER-RIO * Escritrio de SO GONALO * Tel: (21) 2701-2954 e-mail: [email protected] * Blog http://emater-rioeslocsg.blogspot.com

CULTURA DA PUPUNHA

Convnio: EMATER-RIO x Prefeitura SO GONALO

Modo de Aplicao do Formicida: Deve-se aplicar o produto diretamente da embalagem, SEM CONTATO MANUAL, ao longo das Trilhas ou Carreiros das formigas, prximo aos olheiros em qualquer poca do ano, porm em solos secos e nunca em solos com umidade. Mas o ideal que se faam abrigos para as iscas no manterem contato com o sereno ou chuva. Esses abrigos podem ser feitos de forma alternativa, por exemplo, com embalagens plsticas de margarina (bem limpas) deixadas nas trilhas, contendo as iscas dentro, tendo o cuidado de fazer duas portas, uma em cada extremidade da embalagem para a formiga entrar e sair com facilidade, levando as iscas para o formigueiro. O produto deve ser carregado pelas formigas, portando NO deve ser colocado diretamente dentro dos olheiros. Recomenda-se fazer a aplicao do produto ao entardecer, pois desse perodo em diante que as formigas comeam o trabalho mais intenso de carregamento das iscas.

Seguindo

corretamente

as

instrues

tcnicas,

apenas

uma

aplicao do produto suficiente para o controle dessas formigas. No entanto, se houver necessidade pode-se fazer uma segunda aplicao, 60 a 90 dias aps a primeira aplicao.

Obs: Toda aplicao de Produto Qumico deve ser feita aps a leitura da Bula e/ou Modo de Aplicao, impressos na embalagem do produto e sempre utilizar Equipamento de Proteo Individual (EPI) no momento da aplicao.

pg. 17 Autoria: JADSON LOPES GUEDES & ANTNIO CARLOS MARINS EMATER-RIO * Escritrio de SO GONALO * Tel: (21) 2701-2954 e-mail: [email protected] * Blog http://emater-rioeslocsg.blogspot.com

CULTURA DA PUPUNHA

Convnio: EMATER-RIO x Prefeitura SO GONALO

14.

COLHEITA

O clima, fertilidade do solo e espaamento determinam o incio da colheita do palmito de pupunha, que ocorre entre 18 e 30 meses aps o plantio no campo. O primeiro corte o menos produtivo. No primeiro corte as plantas prontas para serem colhidas devem estar com altura entre 1,60 a 1,80m, possuir estirpe (caule) com 7 a 9 cm de dimetro, medida essa feita a uma altura de 80 cm do solo, o que garante palmitos com o dimetro ideal (2,5cm). A colheita deve ser realizada preferencialmente em pocas chuvosas, por pessoa experiente, visando principalmente no danificar os perfilhos. A partir do segundo corte, no momento da colheita a planta deve estar com altura entre 1,80 e 2,10m.

O CORTE: Primeiramente faz-se um corte abaixo da terceira folha aberta, contando-se de cima para baixo e retirando-se a copa da pupunheira que deve ser deixada nas entrelinhas de plantio como cobertura morta. Em seguida, mede-se 70 cm abaixo do ponto cortado, cortando-se pela segunda vez e obtendo-se o tolete. Ento se destaca o palmito, deixando-se as duas ltimas bainhas. Os toletes devem serpg. 18 Autoria: JADSON LOPES GUEDES & ANTNIO CARLOS MARINS EMATER-RIO * Escritrio de SO GONALO * Tel: (21) 2701-2954 e-mail: [email protected] * Blog http://emater-rioeslocsg.blogspot.com

CULTURA DA PUPUNHA

Convnio: EMATER-RIO x Prefeitura SO GONALO

arrumados em feixes e levados ao local de processamento. O intervalo entre a colheita do palmito e o seu processamento deve ser o mais curto possvel, sendo o armazenamento feito em local fresco, seco e arejado. Numa mesma planta, o intervalo de colheita de 6 a 8 meses.

REALIZAO:

ESCRITRIO DE SO GONALO

APOIO:

APRAFEN SG-RJAssociao dos Produtores Rurais Assentados da Fazenda Engenho Novo So Gonalo - RJ

pg. 19 Autoria: JADSON LOPES GUEDES & ANTNIO CARLOS MARINS EMATER-RIO * Escritrio de SO GONALO * Tel: (21) 2701-2954 e-mail: [email protected] * Blog http://emater-rioeslocsg.blogspot.com


Top Related