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André Montillo UVA

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Fratura Exposta

É a Fratura na qual há uma ruptura na pela e nos tecidos moles subjacentes ( invólucro), permitindo uma

Comunicação do Foco de Fratura (tecido ósseo) com o Meio Ambiente (meio externo).

Esta Comunicação pode ser:

Direta: Quando se visualiza o foco de fratura através da ferida das partes moles.

Indireta (através do Hematoma Fraturário): Não se visualiza o foco de fratura na lesão das partes moles.

Definição

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Fratura Exposta

O Diagnóstico de Fratura Exposta, em alguns casos, pode ser mais difícil, principalmente, quando não se visualiza a possível

comunicação do foco de fratura com o meio externo, ou seja, a exposição óssea se encontra mascarada.

Fratura Exposta Oculta: Quando a exposição da fratura ocorre na boca, tubo digestivo, vagina e ânus.

E existem casos em que a ferida na pele é pequena e distante do foco de fratura, o que deixa dúvida, portanto, ferida na pele em membro com fratura considera-se Fratura Exposta até que prove o contrário.

Definição

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Fratura Exposta

É ainda um grande desafio para os cirurgiões que lidam com o trauma

Geralmente está associada a trauma de alta energia: Politraumatizados

É uma lesão complexa envolvendo partes moles e tecido ósseo

Exigem cirurgiões experientes

Devem ser tomadas decisões terapêuticas importantes de forma rápida e eficaz

O Tratamento inicial influencia de sobremaneira na evolução da fratura exposta

Introdução

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Fratura Exposta

Considera 3 Fatores:

Energia Cinética do Trauma

Tempo de evolução da fratura exposta

Local onde ocorreu a fratura

Analisa 3 Fatores:

Característica das lesões das partes moles

Configuração da Fratura

Grau de Contaminação

Classificação: Gustillo e Anderson

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Fratura Exposta

Tipo I:

Ferida na pele até 1 cm

Contaminação mínima

Configuração da fratura: Transversa ou oblíqua curta: deslocamento mínimo do periósteo e partes moles

Tipo II:

Ferida na pele entre 1 á 10 cm

Contaminação moderada

Configuração da fratura: Transversa, oblíqua curta ou cominução mínima: deslocamento do periósteo moderado à extenso

Tipo III:

Maior gravidade com prognóstico reservado

Classificação: Gustillo e Anderson

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Fratura Exposta

Tipo III:

Ferida na pele maior que 10 cm

Contaminação significativa

Configuração da fratura: Cominutiva ou Segmentar: deslocamento extenso do periósteo e partes moles ou esmagamento

É resultado dos traumas da alta energia cinética, portanto, geralmente associada aos politraumatizados ou polifraturados.

Se subdivide em:

Tipo III A

Tipo III B

Tipo III C

Classificação: Gustillo e Anderson

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Fratura Exposta

Tipo III A:

Cobertura óssea com partes moles adequadas e fratura segmentar

PAF: Projetil de Arma de Fogo

Ocorridas em áreas contaminadas: campos ou áreas rurais

Tipo III B:

Lesão extensa de partes moles não permitindo a cobertura óssea

Tipo III C:

Associada à lesão arterial que necessite de reparo cirurgico

Classificação: Gustillo e Anderson

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Fratura Exposta

Tipo III : Independente do grau da lesão das partes moles

Fraturas expostas com mais de 6 horas de evolução

Fraturas segmentares

Projetil de Arma de Fogo (PAF) de alta energia

Fraturas expostas ocorridas em local contaminado

Estas fraturas expostas são determinadas por traumas de alta energia e com grande chance de evoluir com infecção e

portanto, de prognóstico reservado

Classificação: Gustillo e Anderson

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Fratura Exposta

Tipo I:

Classificação: Gustillo e Anderson

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Fratura Exposta

Tipo II:

Classificação: Gustillo e Anderson

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Fratura Exposta

Tipo III:

Classificação: Gustillo e Anderson

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Sangramento da pele: Não é Fratura Exposta

Fratura Exposta

Classificação: Gustillo e Anderson

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Tipo I: Origem do Sangramento: Medula Óssea: Fratura Exposta 1º Não Coagula após 2 min. de compressão 2º Sangue Brilha na Luz: Sangue Gorduroso

Fratura Exposta

Classificação: Gustillo e Anderson

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Fratura Exposta

Tipo I: Características do Sangramento de uma Fratura Exposta em uma

ferida puntiforme:

1º Ao emitir um foco luminoso sobre o sangramento, será observado

que o sangue brilha mais do que o normal, em decorrência da maior

quantidade de gordura presente neste sangue, que é originado da

medula óssea.

2º Ao comprimir a ferida por 3 minutos e soltar a compressão não

haverá a coagulação do sangramento, porque este sangue não se origina

dos capilares da pela e sim do foco da fratura.

Classificação: Gustillo e Anderson

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Fratura Exposta

Clínico:

Presença de lesão de partes moles em nível do foco da fratura

Radiológico:

Raio X da região comprometida em Ap e Perfil:

o Realizado antes da imobilização provisória

o Realizado com a imobilização provisória

o Realizado no Centro Cirúrgico

Diagnóstico

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Fratura Exposta

Raio X realizado antes da imobilização provisória:

Diagnóstico

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Fratura Exposta

Raio X realizado com a imobilização provisória:

Diagnóstico

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Fratura Exposta

Raio X realizado no Centro Cirúrgico:

Diagnóstico

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Fratura Exposta

Inicial Hospitalar

Geralmente são pacientes politraumatizados, portanto, devem ser inicialmente estabilizados clinicamente segundo as recomendações do ATLS

Concomitantemente deve-se cobrir a ferida com curativo estéril e fazer uma imobilização provisória no membro acometido

Inicia-se imediatamente a Antibioticoterapia venosa profilática e a tetanoprofilaxia

Posteriormente levar o paciente para os exames complementares de imagem e em seguida conduzi-lo ao centro cirúrgico (CC)

Os pacientes instáveis clinicamente e que apresentam risco de vida devem ser conduzidos, imediatamente, ao centro cirúrgico onde também serão

realizados os exames complementares de imagem

Tratamento

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Fratura Exposta

Inicial Hospitalar

No CC local estéril e aprimorado avalia-se cuidadosamente a extensão da lesão das partes moles e óssea: desta forma evita-se a recontaminação

Avaliar minuciosamente as condições neuro-vasculares distais à fratura

Quando se avalia a fratura exposta deve-se também avaliar as variáveis envolvidas no acidente: o agente causal, mecanismo do trauma, localização e tempo decorrido do acidente e dados gerais do paciente

Tratamento

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Fratura Exposta

Inicial Hospitalar

O Antibiótico de escolha é a Cefalosporina por 48 à 72 horas, podendo ser mantido por um período maior, quando há suspeita de infecção ou até confirmação ou não da presença de infecção, caso tenha sido feito cultura

Realizar exame de cultura, do material da lesão, pré-operatória é controvérsia, porque, geralmente, os resultados evidenciam bactérias diferentes das obtidas quando evoluem as infecções

O agente etiológico mais freqüente na infecção da fratura exposta é o Staphilococcus aureus

Nos casos de Tipo III pode haver associação com os Gram-negativos

Tratamento

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Fratura Exposta

Cirúrgico: É uma Emergência Traumatológica

Desbridamento Radical de todos os tecidos Desvitalizados e Limpeza Mecânica da ferida:

o Remoção dos corpos estranhos

o Remoção dos tecidos desvitalizados

o Reduzir a contaminação bacteriana

o Criar uma ferida vascularizada

Lavagem Exaustiva da ferida com Ringer Lactato ou Soro Fisiológico:

o 10 litros no mínimo

Fechamento da Ferida:

o Primário: Sutura da pele

o Secundário: A Ferida permanece Aberta com gaze e material biológico ou sintético e realiza-se novo curativo no centro cirúrgico em 24 à 48 horas

Tratamento

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Fratura Exposta

Cirúrgico: É uma Emergência Traumatológica

Fechamento da Ferida:

o Primário: Sutura da pele

• Feridas limpas e não ocorridas em locais contaminados

• Todos os tecidos necróticos e corpos estranhos removidos

• Ferida viável

• Sutura sem tensão

• Ausência de espaço morto

Geralmente indicado nos casos Tipo I, em alguns casos Tipo II e contra-indicado nos casos Tipo III

Brumback: Quando há Dúvida:

NÃO TEM DÚVIDA, DEIXA ABERTA

Tratamento

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Fratura Exposta

Cirúrgico: É uma Emergência Traumatológica

Fechamento da Ferida:

o Secundário:

• Fechamento retardado por sutura direta

• Fechamento por enxerto de pele ou vascularizado local

• Fechamento por segunda intensão

• Fechamento por enxerto vascularizado à distância

Tratamento

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Fratura Exposta

Cirúrgico: É uma Emergência Traumatológica

Fixação e Estabilização da Fratura:

o Mantem o Comprimento e Alinhamento ósseo

o Evita Novas Lesões de Partes Moles pelos fragmentos ósseos

o Diminui a formação de espaço morto e hematomas

o Permite Melhor Cuidado da Ferida

o Permite Melhor Mobilização e maior conforto do paciente

o Diminui a Proliferação bacteriana

Tipos de Fixação da Fratura:

o Fixação Interna: Placas, parafusos e fios: Tipo I

o Fixação Externa: Fixador Externo: Tipo II e Tipo III

Tratamento

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Tratamento

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Tratamento

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Cirúrgico: É uma Emergência Traumatológica

Tratamento


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