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23º Encontro Espírita sobre Jesus

“Há muitas Moradas na Casa de meu Pai”

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CENTRO ESPÍRITA LÉON DENIS

TEMA

“HÁ MUITAS MORADAS NA CASA DE MEU PAI”

JESUS

Patrono do Encontro

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INFORMAÇÕES GERAIS

8:00 às 8:30h Chegada / Recepção

8:30 às 9:00h Abertura / Deslocamento

9:00 às 10:20h Estudo

10:20 às 11:10h Intervalo

11:10 às 12:55h Estudo

13:00h Encerramento

Coordenação Geral:

Fátima Ventura

Coordenação Imediata:

Colegiado do Encontro Espírita de Jesus

Organização do Conteúdo: Equipe de Estudo do Encontro

Finalização:

Setor Editorial do CELD

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CENTROS PARTICIPANTES

NOME LOCAL DATA DE REALIZAÇÃO

Centro Espírita Léon Denis Bento Ribeiro 25 setembro 2016

Centro Espírita Antônio de Aquino

Magalhães Bastos

25 setembro 2016

Centro Espírita Irmão Clarêncio Vila da Penha 25 setembro 2016

Centro Espírita Bezerra de Menezes

Duque de Caxias 25 setembro 2016

Centro Espírita Casa do Caminho

Taquara 25 setembro 2016

Centro Espírita Daniel Cristóvão Sulacap 25 setembro 2016

Núcleo Espírita Antônio de Aquino

Bangu 25 setembro 2016

Grupo Espírita Fraternidade e Amor

Bangu 08 outubro 2016

(sábado 09 às 12h)

Centro Espírita Abel Sebastião de Almeida

Sampaio 09 outubro 2016

Centro Espírita Ismael Magalhães Bastos

09 outubro 2016

Centro Espírita Léon Denis (Cabo Frio)

Cabo Frio 09 outubro 2016

Centro Espírita Maria de Nazaré Nilópolis 09 outubro 2016

Grupo Espírita Maria de Nazaré Madureira 16 outubro 2016

Grupo Espírita Allan Kardec Bangu 19 outubro 2016

(sábado 16 às 18h)

União Kardecista Nilópolis 23 outubro 2016

Associação Cristã Espírita Chico Xavier

Nova Iguaçu A definir

Centro Espírita Abigail Santa Cruz A definir

Centro Espírita Abigail de Lima Madureira A definir

Núcleo Espírita Rabi da Galileia Santa Cruz A definir

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TEMAS ESTUDADOS

1994 – 1º E.E.JESUS- Jesus e o Espiritismo.

1995 – 2º E.E.JESUS- Jesus e a Alegria

1996 – 3º E.E.JESUS- O Cristo Misericordioso

1997 – 4º E.E.JESUS- Amai os Vossos inimigos

1998 – 5º E.E.JESUS- Jesus e o Perdão das ofensas

1999 – 6º E.E.JESUS- Jesus e a Reencarnação

2000 – 7º E.E.JESUS- Jesus diante dos mundos superiores e inferiores

2001 – 8º E.E.JESUS- Jesus e a felicidade futura

2002 – 9º E.E.JESUS- Jesus e as aflições do homem

2003 – 10º E.E.JESUS- Muitos os chamados e poucos os escolhidos

2004 – 11º E.E.JESUS- Os trabalhadores da Última Hora

2005 – 12º E.E.JESUS- Estranha Moral

2006 – 13º E.E.JESUS- Ajuda-te que o céu te ajudará

2007 – 14º E.E.JESUS- O Cristo Consolador

2008 – 15º E.E.JESUS- O Consolador e nós

2009 – 16º E.E.JESUS- O Homem de Bem e o Homem Inteligente Segundo

Jesus

2010 – 17º E.E.JESUS- O Homem de Bem, a Sociedade de Consumo e Jesus

2011 – 18º E.E.JESUS- O Homem de Bem diante das horas críticas

2012 – 19º E.E.JESUS- O Homem de Bem- O Missionário do Cristo

2013 – 20º E.E.JESUS- O Homem de Bem e a Vida Intuitiva- Jesus o Bom

Pastor.

2014 – 21º E.E.JESUS- Não vim destruir a Lei

2015 – 22º E.E.JESUS- Meu Reino não é deste mundo

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SUMÁRIO

OBJETIVOS ................................................................................................... 7

INTRODUÇÃO ................................................................................................ 8

TEMA 1 - Credes em Deus, credes também em mim ......................................... 10

TEMA 2 - Diferentes estados da alma na erraticidade ....................................... 12

TEMA 3 - As diferentes categorias dos mundos habitados ............................... 15

TEMA 4 - Moradas interiores ............................................................................... 18

TEMA 5 - Terra de provas e expiações ao limiar da nova era de regeneração 21

CONCLUSÃO ......................................................................................................... 27

ANEXOS ................................................................................................................. 29

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I. OBJETIVO GERAL

Compreender que a casa do Pai é o Universo e que nele há muitas

moradas.

II. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Introdução: Analisar o contexto em que Jesus usa o dito “Há muitas

moradas na casa de meu Pai. ”.

Tema 1: Reconhecer em Deus, o criador do universo e o Pai,

infinitamente justo e misericordioso.

Identificar Jesus como diretor espiritual do planeta Terra desde os seus primórdios.

Tema 2: Compreender que existem diferentes estados da alma na

erraticidade.

Tema 3: Identificar as principais características dos diferentes tipos

de mundos habitados.

Tema 4: Compreender a diversidade das moradas intimas.

Tema 5: Perceber que nosso planeta se encontra em fase de transição

para mundo de regeneração.

III. CONCLUSÃO

Refletir quanto a contribuição pessoal no processo de regeneração

do planeta.

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INTRODUÇÃO

Objetivo: Analisar o contexto em que Jesus usa o dito “Há muitas moradas na casa de meu Pai. ”.

A despedida de Jesus segundo João Evangelista.

Na véspera da Páscoa, Jesus se reúne com os apóstolos para a última

ceia, e daí em diante desenrolam-se eventos e citações do Mestre que ficaram

registrados nos Evangelhos.

Essa sensibilização baseada nos textos de João, o Evangelista, tem por

objetivo nos situarmos no contexto do tema base dos estudos que

desenvolvemos neste ano. O quadro instalado no meio daqueles irmãos, é o

de crise. Jesus precisava partir, Ele sabia para onde iria, seus companheiros

não. Jesus sabia que ficariam perdidos, desorientados, pelo menos, por algum

tempo, e passa a lhes ditar alguns conceitos básicos que buscamos, ainda,

assimilar.

“Filhinhos, ainda por um pouco estou convosco; (...) para onde eu vou,

vós não podeis ir. ”

“Simão Pedro lhe diz: Senhor, para onde vais? Respondeu Jesus:

Para onde vou não podes me seguir agora, mas depois me seguirás. ”

“Não se perturbe o vosso coração. Credes em Deus, crede

também em mim.

Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se não fosse assim não

teria dito que vou preparar um lugar para vós. ”

“Sabeis o caminho aonde eu vou.

Tomé lhe diz: Senhor, não sabemos aonde vais, como podemos saber

o caminho? ”

“Filipe lhe diz: Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos é suficiente.

Jesus lhe diz: Filipe, por tanto tempo estou convosco, e não me

conheceis? Quem me vê, vê o Pai. Como dizes tu “mostra-nos o Pai”? ”

“Crede em mim porque eu estou no Pai, e o Pai está em mim. Crede,

ao menos, por causa das mesmas obras. ”

(João, 13: 33 e 36, 14: 1, 2, 4, 5, 8, 9 e 11)

O Novo Testamento, FEB Editora, tradução Haroldo Dutra Dias

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Quando refletimos sobre o texto, nos vemos, naturalmente, diante de

alguns questionamentos:

Nos sentimos como os apóstolos nos momentos de crise?

Até hoje a ingenuidade de Pedro, a falta de rumo de Tomé, a

incredulidade de Filipe, habitam nossos corações?

Nós já conhecemos Jesus o suficiente para termos a certeza do

caminho?

Qual o objetivo dos momentos de crise em nossas vidas?

O que fazer para vencer esses momentos de crise?

Observe que a crise é que decide o futuro. A crise possibilita a

consagração do indivíduo, a renovação do espírito, sempre que estimulado

pela esperança.

Se estamos, no momento, em uma morada de crise, lembremo-nos que

na Casa do Pai, há outras moradas. Podemos escolher, com Jesus, o caminho

seguro para alcançar uma morada melhor.

“Não se perturbe o vosso coração. ” – Jesus (João 14:1)

CRISES

“(...) Ia o Mestre provar o abandono dos entes amados, a ingratidão

de beneficiários da véspera, a ironia da multidão, o apodo na via pública, o

suplício e a cruz, mas sabia que ali se encontrava para isto, consoante os

desígnios do Eterno.

Pede a proteção do Pai e submete-se na condição do filho fiel.

Examina a gravidade da hora em curso, todavia, reconhece a

necessidade do testemunho.

E todas as vidas na Terra experimentarão os mesmos trâmites na

escala infinita das experiências necessárias.

Todos os seres e coisas se preparam, considerando as crises

que virão. É a crise que decide o futuro. ”

“(...) Quando, pois, te encontrares em luta imensa, recorda que o

Senhor te conduziu a semelhante posição de sacrifício, considerando a

probabilidade de tua exaltação, e não te esqueças de que toda crise é

fonte sublime de espírito renovador para os que sabem ter esperança.

” Emmanuel

Vinha de Luz, FEB Editora, psicografia Francisco Cândido Xavier – lição 58

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TEMA 1 – Credes em Deus, credes também em mim

Objetivos:

Reconhecer em Deus, o Criador do Universo, o Pai infinitamente Justo

e Misericordioso.

Identificar Jesus como diretor espiritual do planeta Terra desde os seus

primórdios.

“Que o vosso coração não se perturbe. Crede em Deus, crede

também em mim. Há muitas moradas na casa de meu Pai; se assim não

fosse, eu já vos teria dito, porquanto eu vou para preparar o lugar para vós;

e depois que eu tiver ido, e preparado o lugar, voltarei, e vos retirarei para

mim, a fim de que, lá onde estou, vós estejais também. ” (João, 14: 1 a 3.)

O Evangelho Segundo o Espiritismo, CELD Editora, Allan Kardec - Cap. III-1

DEUS, O GRANDE PAI

“(...) Quando, nos dias de hoje, a sociedade terrena busca equilíbrio

e a solução para os seus problemas, muitos olham em derredor e nos seus

falsos líderes não encontram a solução nem a resposta para as suas

inquietações, restando-lhes buscar, então, humilhados, cansados, a Deus,

o grande Pai. Isso, que deveriam fazer desde o início das suas lutas, só o

fazem depois de algum sofrimento. ”

“(...) Todos os que guardam a marca da dor no coração lembram-se

de Deus. Entretanto, necessariamente, o homem não precisa sofrer para

encontrar a Deus. Na felicidade, também buscamos a força maior; na

alegria, também buscamos a força que tudo constrói; na pacificação,

buscamos, também, a Deus. ”

Balthazar

Pela Graça Infinita de Deus -Vol.1, CELD Editora, psicofonia Altivo C. Pamphiro – lição 30

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“Ele estava, no princípio, junto a Deus. Todas as coisas foram feitas por meio deles, e sem Ele nada que se encontra feito se faria. ” (João, 1:2 e 3)

“(...) Eu sou o Caminho, e a Verdade, e a Vida. ” – Jesus (João 14:6)

“Um novo mandamento vos dou: “que vos amei uns aos

outros”; assim como vos amei, que também vos ameis uns aos

outros. ” - Jesus (João, 13:34)

Para saber mais:

- O Evangelho por Emmanuel, Comentários ao Evangelho segundo João, FEB Editora, Emmanuel, pág. 27 a 32;

- O Evangelho segundo João, Cap. 1:1-18.

PERGUNTA: “No princípio era o verbo...”. Como deveremos entender esta afirmativa do texto sagrado?

RESPOSTA: O apóstolo João ainda nos adverte que “o Verbo era Deus e

estava com Deus”.

Deus é amor e vida e a mais perfeita expressão do Verbo para o orbe

terrestre era, e é Jesus, identificado com a sua misericórdia e sabedoria,

desde a organização primordial do planeta.

Visível ou oculto, o Verbo é o traço da Luz divina em todas as coisas

e em todos os seres, nas mais variadas condições do processo de

aperfeiçoamento.

O Consolador, FEB Editora, Francisco Cândido Xavier - pergunta 261

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TEMA 2 – Diferentes estados da alma na erraticidade

Objetivo: Compreender que existem diferentes estados da alma na

erraticidade.

Façamos uma consulta ao Livro do Espíritos para firmarmos mais esse

conceito.

Analisemos:

Como é a existência dos espíritos que não lograram progredir e se

aperfeiçoar?

E os espíritos dos justos, que sensações experimentam?

Erraticidade: é o estado dos espíritos errantes, isto é, não encarnados,

durante os intervalos de suas diversas existências corporais.

(Dicionário de Filosofia Espírita, CELD Editora, L. Palhano Jr.)

224. O que se torna a alma no intervalo das encarnações?

Espírito errante que aspira a seu novo destino; ele aguarda.

226. Pode-se dizer que todos os espíritos que não estão encarnados são

errantes?

Os que devem encarnar, sim; porém, os espíritos puros, que chegaram

à perfeição, não são errantes: o estado deles é definitivo.

O Livro dos Espíritos, CELD Editora, Allan Kardec – Capítulo VI – Da Vida Espírita

“A casa do Pai é o Universo; as diferentes moradas são os mundos

que circulam no espaço infinito e oferecem aos espíritos encarnados locais

apropriados ao seu adiantamento.

Independente da diversidade dos mundos, essas palavras podem ser

entendidas como o estado feliz ou infeliz do espírito na erraticidade(...). ”

(O Evangelho Segundo o Espiritismo, CELD Editora, Allan Kardec, Cap. III:2)

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Em O Livro do Espíritos, Allan Kardec baseado nas informações

passadas pelos Espíritos, e em suas observações nas sessões espíritas,

desenvolveu um ensaio teórico da sensação nos espíritos relatado na questão

nº 257, e dela, tiramos alguns trechos desse texto, para nossa reflexão.

Segundo a situação do espírito - mais ou menos depurado e desprendido

dos laços materiais - o meio onde ele se encontra, o aspecto das coisas, as

sensações que experimenta e as percepções que possui, variam ao infinito.

Enquanto uns, Outros,

Não se podem afastar do meio em que viveram;

Percorrem o espaço e os mundos;

Espíritos culpados ficam vagando nas trevas;

Os felizes usufruem de uma luz resplandecente e do sublime espetáculo do infinito;

O mau, perseguido pelos remorsos e pelo arrependimento, frequentemente sozinho, sem consolações, separado dos objetos da sua afeição, padece sob a pressão dos sofrimentos morais.

O justo, reunido àqueles que ama, desfruta as doçuras de uma inefável felicidade.

O Evangelho Segundo o Espiritismo, CELD Editora, Allan Kardec, Cap. III:2

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Recordemos na passagem evangélica, o sentimento de desamparo dos

apóstolos na despedida de Jesus. Como nos sentimos diante da crise, que nos

perturba? Abandono?

"Qual dentre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o seu

filho, lhe dará uma pedra? Ou, pedindo-lhe peixe, lhe dará uma

serpente? Portanto, se vós, sendo maus, sabeis dar boas coisas

dádivas aos vossos filhos, quanto mais o vosso Pai que está nos

céus dará boas coisas ao que lhe pedem." - Jesus (Mateus 7:9 a 11)

"(...) A cada um segundo suas ações." - Jesus (Mateus, 16:27)

ENSAIO TEÓRICO DA SENSAÇÃO NOS ESPÍRITOS

257. “O corpo é o instrumento da dor; se não é a causa primeira, é, pelo

menos, a causa imediata. A alma tem a percepção dessa dor: esta

percepção é o efeito (...)”.

“(...) Os sofrimentos deste mundo independem, algumas vezes, de

nós; muitos, porém, são consequências da nossa vontade. Que se remonte

à fonte e ver-se-á que o maior número deles é o efeito de causas que

teríamos podido evitar. Quantos males, quantas enfermidades, o homem

não deve aos seus excessos, à sua ambição, numa palavra: às suas

paixões? O homem que sempre tivesse vivido sobriamente, que de nada

tivesse abusado, que sempre tivesse sido simples nos seus gostos,

modesto nos seus desejos, evitaria muitas tribulações. O mesmo se dá com

o espírito; os sofrimentos que suporta são sempre a consequência da

maneira como viveu na Terra; certamente, não sofrerá mais de gota nem

de reumatismos, mas terá outros sofrimentos equivalentes. Vimos que

seus sofrimentos são o resultado dos elos que ainda existem entre ele e a

matéria; que quanto mais liberto da influência da matéria, ou melhor,

quanto mais desmaterializado, menos sensações penosas experimentará;

ora, depende dele o libertar-se dessa influência, desde esta vida; ele tem

seu livre-arbítrio e, por conseguinte, a escolha entre fazer e não fazer (...)”.

O Livro dos Espíritos, CELD Editora, Allan Kardec – Capítulo VI – Da Vida Espírita

“Nunca será demasiado lembrar-nos do amor de Deus sustentando

nossas almas e sentimentos para as lutas diárias.”

Balthazar

Pela Graça Infinita de Deus -Vol.1, CELD Editora, psicofonia Altivo C. Pamphiro – lição 25

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“Há muitas Moradas na Casa de meu Pai”

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TEMA 3 – As diferentes categorias dos mundos habitados

Objetivo: Identificar as principais características dos diferentes mundos

habitados.

Analisemos:

O que Jesus quis nos dizer com “...Há muitas moradas na casa de meu Pai”?

O que é a Casa do Pai?

Quais são essas “muitas moradas”?

“Nos mundos inferiores a existência é toda material, a vida moral é quase nula, as paixões reinam soberanas. Porém, a medida que a vida moral se desenvolve, a influência da matéria diminui, de tal forma que, nos mundos mais avançados, a vida é, por assim dizer, toda espiritual. ”

(O Evangelho Segundo o Espiritismo, CELD Editora, Allan Kardec, Cap. III:3)

“Nos mundos intermediários há uma mistura do bem e do mal, com a

predominância de um ou de outro, segundo o grau de adiantamento existente.”

(O Evangelho Segundo o Espiritismo, CELD Editora, Allan Kardec, Cap. III:4)

“A casa do Pai é o Universo; as diferentes moradas são os mundos que circulam no espaço infinito e oferecem aos espíritos encarnados locais apropriados ao seu adiantamento. ”

(O Evangelho Segundo o Espiritismo, CELD Editora, Allan Kardec, Cap. III:2)

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Os espíritos que encarnam em um mundo estão definitivamente ligados a ele? R: “Os espíritos encarnados em um mundo não estão ligados a ele

indefinidamente, e não passam, nesse mundo, por todas as fases

progressivas que devem percorrer para chegar à perfeição. ”

Qual o objetivo da encarnação dos espíritos em vários mundos? R: “Os mundos são estações em cada uma das quais os espíritos

encontram os elementos de progresso proporcionais ao seu

adiantamento. ”

(O Evangelho Segundo o Espiritismo, CELD Editora, Allan Kardec, Cap. III:5)

Quadro comparativo dos mundos segundo o seu adiantamento

(O Livro dos Espíritos, CELD Editora, Allan Kardec, Cap. I, questões 113 e 188) (O Evangelho Segundo o Espiritismo, CELD Editora, Allan Kardec, Cap. III:8 a 10 e 17)

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“Há muitas Moradas na Casa de meu Pai”

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“O progresso é uma das leis da Natureza; todos os seres da Criação,

animados e inanimados, a ela estão submetidos pela vontade de Deus, que

deseja que tudo se engrandeça e prospere. ”

“Quem pudesse seguir um mundo em suas diversas fases, desde o instante em que se aglomeraram os primeiros átomos que serviram para constituí-lo, o veria percorrer uma escala incessante de progresso, mas em graus imperceptíveis para cada geração, e oferecer aos seus habitantes uma morada mais agradável à medida que eles mesmos avancem no caminho do progresso. ”

“Assim, desenvolvem-se paralelamente o progresso do homem, o dos animais, seus auxiliares, o dos vegetais e o da habitação, porque nada é estacionário na Natureza. Quanto essa ideia é grande e digna da majestade do Criador! ”

(O Evangelho Segundo o Espiritismo, CELD Editora, Allan Kardec, Cap. III:19)

Tema 2

Para saber mais:

- O Livro dos Espíritos, CELD Editora, Allan Kardec, 2ª parte, Cap.VI, itens 1 ao 4.

Tema 3

Para saber mais: - O Livro dos Espíritos, CELD Editora, Allan Kardec, 1ª parte, Cap. III, item 5 e 2ª parte, Cap. IV, item 3.

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TEMA 4 – Moradas interiores

Objetivo: Compreender a diversidade das moradas íntimas.

TEMA 4 – Moradas interiores

Objetivo: Compreender a diversidade das moradas íntimas.

Temos consciência de que esse mundo íntimo está sob nosso comando? O que é a consciência para você?

“(...) A consciência expressa - se em uma atitude perante a vida, um

desvendar de si mesmo, de quem se é, de onde se encontra, analisando,

depois, o que se sabe e quanto se ignora, equipando - se de lucidez que não

permite mecanismos de evasão da realidade.”

(O homem integral, Leal Editora, Joanna de Ângelis, psicografia Divaldo Pereira Franco, Cap.6: O Devir Psicológico)

Estaremos, então, dormindo, sem consciência da nossa realidade espiritual? O que significa estar dormindo?

“O ser está fadado a perfeita sintonia com a Consciência Cósmica, que

nele dorme, aguardando os fatores que lhe propiciem o desenvolvimento, o

contínuo despertar. ”

“Despertar, portanto, e indispensável...”

“Conscientizar-se do que e, do que necessita fazer, de como

conseguir o êxito, constitui, para o ser, chamamento urgente, como

contribuição valiosa para o empenho na inadiável tarefa da revolução

íntima transformadora.”

(Vida: Desafios e Soluções, Leal Editora, Joanna de Ângelis, psicografia Divaldo Pereira Franco, Cap.8: item. O despertar do si)

DOMICÍLIOS ESPIRITUAIS*

““Há muitas moradas na casa de Nosso Pai” – assevera-nos o

Senhor nas bênçãos da Boa-Nova.

Entretanto viverás naquela que houveres erguido para ti mesmo,

segundo o ensinamento do próprio Mestre, que manda conferir a cada um

de acordo com as próprias obras.

Repara, pois, como te situas no campo do mundo, compreendendo

que teu sentimento é a força a impelir-te para os círculos superiores ou

para as esferas inferiores, onde tecerás teu ninho.”

Emmanuel

(*) Página recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier , na reunião pública da noite

de 04-05-1956, em Pedro Leopoldo. (Reformador, fev.1957, pag.33) 1º ao 3º §.

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“Há muitas Moradas na Casa de meu Pai”

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Podemos identificar nos ensinamentos de Jesus referências claras a esse estado de sono e a consequente necessidade de despertar?

“Quando Jesus foi visitar Lázaro, que parecia morto (...) trata-se de um

sono orgânico provocado pela catalepsia, porque Lázaro já houvera

despertado para a realidade, razão pela qual ele pôde ouvir o chamado de

retorno”. (João 11:11)

“Seguindo as pegadas de Jesus, o Apóstolo Paulo repetiu a proposta

do despertamento inúmeras vezes”:

“Digo isto, porque sabeis o tempo, que já é hora de vos despertardes

do sono (...)” (Romano 13:11)

E acrescenta: “Desperta, tu que dormes, e levanta-te entre os mortos.” (Efésios 5:14)

(Vida: Desafios e Soluções, Leal Editora, Joanna de Ângelis, psicografia Divaldo

Pereira Franco, Cap.8: item. O despertar do si)

O que significa estar desperto?

“Estar acordado é encontrar-se pleno, consciente da sua realidade

interior e das infinitas possibilidades de crescimento que estão ao seu alcance

(...)”.

“Quando o Príncipe Sidarta Gautama fez-se Buda, portando, quando se

permitiu iluminar, porque acordou do letargo, após uma das suas preleções

educativas, foi interrogado por um discípulo: – Senhor, já encontraste Deus?

E se o defrontastes, onde se encontra Ele? O missionário meditou por um

pouco e respondeu sem preâmbulos: – Após penetrar na realidade de mim

mesmo, encontrei Deus no mais íntimo do meu ser, em grandiosa serenidade

e ação dignificadora.”

“Quando se está desperto, as conquistas e encontros são internos,

resplandecentes e calmos, poderosos como raio e suave como a brisa do

amanhecer (...)”.

“Maria de Magdala despertou da loucura em que se encarcerava ao

encontrar Jesus, e transformou-se totalmente (...)”.

“Paulo de Tarso despertou após o chamado de Jesus e nunca mais foi

o mesmo (...)”.

“Francisco de Assis aceitou o convite do mestre e renasceu,

abandonando o homem velho e tornando-se cantor da Natureza (...)”.

“Leonardo da Vinci, Galileu, Newton, René Descartes, Pasteur, Alberto

Schweitzer e muitos outros nos vários campos do pensamento, da ciência e

da arte, da religião e do amor, após despertarem para a Realidade, alteraram

a própria rota e ergueram a Humanidade para um patamar de maior beleza e

de mais ampla felicidade. ”

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“Estar desperto significa encontra-se construindo, livre de preconceitos

e de limites, aberto ao bem e à verdade de que se torna vanguardeiro e

divulgador. ”

(Vida: Desafios e Soluções, Leal Editora, Joanna de Ângelis, psicografia Divaldo

Pereira Franco, Cap.6: item. Estar desperto)

O homem que desperta como procede diante das dificuldades?

“(...) Diante de tais fatos, ao invés de haver uma revolta ou desespero,

na serenidade do estar desperto, interroga-se: O que me está desejando dizer

este fenômeno perturbador? Isto que me está acontecendo, que significado

tem para o meu progresso?”

“(...) Tal comportamento proporciona segurança, fixação no ideal,

harmonia, equilíbrio. ”

“(...) há um Guia e Modelo, cuja vida exemplar tem resistido a todos os

vendavais do tempo e a todas as críticas ácidas quão demolidoras de muitos

pensadores, que é Jesus, o verdadeiro divisor de águas da História. ”

“Portador de saúde por excelência, jamais se Lhe registrou qualquer

tipo de distúrbio, como exaltação ou como depressão, mesmo nos momentos

mais difíceis (...)”.

“Sempre desperto, Jesus é o exemplo máximo da conquista do Si.”

(Vida: Desafios e Soluções, Leal Editora, Joanna de Ângelis, psicografia Divaldo

Pereira Franco, Cap.6: item. O Despertar do Si)

“(...) Observa, desse modo, a natureza de teu campo

íntimo e acautela-te para o futuro, porque, sem dúvida, há

inúmeras moradas no universo infinito, mas viverás escravo ou

senhor no templo do bem ou no cárcere do mal que tiveres

escolhido para a tua residência nos caminhos da vida eterna. ”

Emmanuel

(Reformador, fev.1957, pág.33) - último parágrafo

Para saber mais:

- O Evangelho por Emmanuel, Comentários ao Evangelho segundo João, FEB Editora, Emmanuel, pág. 204 a 208; - O Homem Integral, Leal Editora, Joanna de Angelis Vida: Desafios e Soluções, Leal Editora, Joanna de Angelis.

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TEMA 5 – Terra de provas e expiações ao limiar da nova era de

regeneração

Objetivo: Perceber que nosso planeta se encontra em fase de transição para

mundo de regeneração.

“(...) A superioridade da inteligência de um grande número de seus habitantes indica que a Terra não é um mundo primitivo destinado à encarnação de espíritos recém-saídos das mãos do Criador. As qualidades inatas que possuem são a prova de que eles já viveram e de que realizaram um certo progresso, mas os numerosos vícios aos quais estão inclinados também são o indício de uma grande imperfeição moral.”

(O Evangelho Segundo o Espiritismo, CELD Editora, Allan Kardec, Cap. III:13)

“Entretanto, nem todos os espíritos encarnados na Terra são enviados em expiação. As raças chamadas selvagens são espíritos recém-saídos da infância, e que nela estão, por assim dizer, em educação, desenvolvendo-se em contato com espíritos mais avançados. A seguir, vêm as raças semicivilizadas, formadas desses mesmos espíritos em progresso, e que são, de certo modo, as raças indígenas da Terra, que se desenvolveram pouco a pouco, durante longos períodos seculares, das quais algumas puderam atingir a perfeição intelectual dos povos mais esclarecidos.”

“Os espíritos em expiação aí são, se assim se pode dizer, estrangeiros; eles já viveram em outros mundos de onde foram excluídos em consequência da sua persistência no mal, e porque eram uma causa de perturbação para os bons. ”

(O Evangelho Segundo o Espiritismo, CELD Editora, Allan Kardec, Cap. III:14)

“A Terra, portanto, fornece um dos tipos de mundos expiatórios, cujas variedades são infinitas, mas que têm por característica comum servir de lugar de exílio para os espíritos rebeldes à lei de Deus. ”

(O Evangelho Segundo o Espiritismo, CELD Editora, Allan Kardec, Cap. III:15)

“Muitas pessoas se admiram por encontrar na Terra tantas maldades e más paixões, tantas misérias e enfermidades de todos os gêneros, daí concluindo que a espécie humana é algo muito triste. ”

(O Evangelho Segundo o Espiritismo, CELD Editora, Allan Kardec, Cap. III:6)

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Jesus fala sobre a miséria material e moral da humanidade

Sobre as aflições: “Tenho-vos dito isto, para que em mim

tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo,

eu venci o mundo.” – Jesus (João 16:33)

Sobre o desânimo: “Não se turbe o vosso coração;

credes em Deus, crede também em mim. ” - Jesus (João 14:1)

Sobre a tristeza: “Bem-aventurados os que choram,

porque eles serão consolados." - Jesus (Mateus, 5:4)

Sobre as dificuldades físicas: “Portanto, se o teu olho

direito te escandalizar, arranca-o e atira-o para longe de ti;

pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que

seja todo o teu corpo lançado no inferno.” – Jesus (Mateus,

5:29)

Sobre o apego: “Não andeis, pois, inquietos, dizendo:

Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos

vestiremos? ” - Jesus (Mateus, 5:31)

Sobre a ansiedade: “Não vos inquieteis, pois, pelo dia de

amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a

cada dia o seu mal.” - Jesus (Mateus, 5:36)

Quais as causas da miséria material e moral da humanidade terrena?

“Na Terra, as criaturas têm necessidade do mal para sentirem o bem, da noite para admirar a luz, da doença para apreciar a saúde.”

“A Terra, portanto, fornece um dos tipos de mundos expiatórios, (...). Nesses mundos os espíritos têm de lutar contra a perversidade dos homens e a inclemência da Natureza, duplo trabalho penoso que

“Diz-se que a Terra, planeta em que se vive, é o resultado do homem

que a habita. Em nosso mundo terreno, a maioria dos homens são

sofredores, inquietos, desarmonizados, sem pacificação; por isso, como

resultado imediato, temos guerras, tufões, desacertos sociais, inquietações

humanas as mais diversas. ”

Balthazar

Pela Graça Infinita de Deus -Vol.1, CELD Editora, psicofonia Altivo C. Pamphiro – lição 20

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desenvolve, ao mesmo tempo, as qualidades do coração e as da inteligência. É assim que Deus, na sua bondade, faz o próprio castigo tornar-se proveitoso para o progresso do espírito. ”

(O Evangelho Segundo o Espiritismo, CELD Editora, Allan Kardec, Cap. III: 11 e 15)

Diante da miséria material e moral da humanidade terrena estamos avançando moralmente?

“(...)observa bem o conjunto e verás que ele avança, já que melhor compreende o que é o mal e todos os dias ele se reforma dos abusos. É preciso que o mal atinja o excesso, para fazer compreensível a necessidade do bem e das reformas.”

(Q.784- O Livro dos Espíritos, CELD Editora, Allan Kardec – Capítulo VIII

Lei do Progresso)

Qual é o maior obstáculo ao progresso moral da humanidade terrena?

“O orgulho e o egoísmo; falo do progresso moral, pois o progresso intelectual sempre se realiza; à primeira vista, ele parece mesmo dar a esses vícios uma duplicação de atividade, desenvolvendo a ambição e o apego às riquezas, que, a seu turno, incitam o homem às pesquisas que esclarecem seu Espírito. É assim que tudo se encadeia, no mundo moral, como no mundo físico, e que do próprio mal pode sair o bem; esse estado de coisas, porém, durará pouco tempo; à medida que o homem melhor compreender que há, além do gozo dos bens terrestres, uma felicidade infinitamente maior e mais durável, ele mudará.”

(Q.785- O Livro dos Espíritos, CELD Editora, Allan Kardec – Capítulo VIII

Lei do Progresso)

O que é progresso?

“O progresso é a aspiração pelo melhor, pelo belo, pelo bem; é a prova da existência em nós de um princípio superior, de alguma coisa grandiosa, quase divina, que nos encaminha para destinos mais altos, que nos lança sempre para frente, nos domínios do pensamento e da consciência.”

(O Progresso, CELD Editora, Leon Denis – Capítulo 1)

Como se realiza o progresso?

“(...) É através de vicissitudes sem número, de alternativas de triunfo e de sofrimento, é sobre uma estrada desigual onde as quedas são tão numerosas quanto as ascensões, na qual encontramos, a cada passo, as marcas de seus pés sangrentos.

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O progresso é como o oceano, tem seus fluxos e seus refluxos, suas marés altas e baixas, as quais abrangem períodos às vezes seculares. (...)Sua elevação é, portanto, sua própria obra e eis por que ele se pode mostrar orgulhoso por isso.”

(O Progresso, CELD Editora, de Léon Denis – Capítulo 1)

Como se dará o processo de transição da Terra para mundo de regeneração?

“Para que os homens sejam felizes sobre a Terra, é preciso que ela

seja povoada somente por bons espíritos encarnados e desencarnados,

que só queiram o bem. ”

“O tempo sendo chegado, uma grande emigração se verifica, neste

momento, entre os que a habitam; a dos que fazem o mal pelo mal, e que

o sentimento do bem não toca, não sendo mais dignos da Terra

transformada, dela serão excluídos, porque, caso contrário, lhe trariam de

novo a perturbação e a confusão, e seriam um obstáculo ao progresso. ”

(A Gênese, CELD Editora, Allan Kardec, cap. 18 – item 26 – A nova geração)

Sem a emigração dos Espíritos a transição não aconteceria?

“(...) Sem a emigração, isto é, sem a partida dos espíritos retardatários que não devem voltar, ou que só podem voltar após se terem melhorado, a humanidade terrestre não ficaria por isso indefinidamente estacionada, porque os espíritos mais atrasados, por sua vez, avançam; mas seriam precisos séculos, talvez milhares de anos, para alcançar o resultado que meio século bastaria para realizar.”

(A Gênese, CELD Editora, Allan Kardec, cap. 18 – item 30 – A nova geração)

Qual o objetivo dos desencarnes coletivos no período de transição?

“As grandes partidas coletivas não têm somente por objetivo ativar as saídas, mas também transformar mais rapidamente o espírito das massas, livrando-as das más influências, e dar maior ascendência às novas ideias.”

“É o que se observa quase sempre após os grandes choques que dizimam as populações. Os flagelos destruidores apenas destroem o corpo, não atingem o espírito; ativam o movimento de vai-e-vem entre o mundo corporal e o mundo espiritual e, por consequência, o movimento progressivo dos espíritos encarnados e desencarnados. É de se notar que, em todas as épocas da História, as grandes crises sociais foram seguidas de uma era de progresso.”

“É um desses movimentos gerais o que acontece neste momento, e que deve realizar a remodelação da humanidade.”

(A Gênese, CELD Editora, Allan Kardec, cap. 18 – item 32 a 34 – A nova geração)

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Qual o papel do espírita na transição?

“Espíritas, o futuro é vosso e de todos os homens de coração e devotamento. Não vos assusteis com os obstáculos, pois não há nenhum que possa entravar os desígnios da Providência. Trabalhai sem descanso, e agradecei a Deus por vos haver colocado na vanguarda da nova falange. É um posto de honra que vós mesmos pedistes, e do qual é preciso vos tornardes dignos pela vossa coragem, vossa perseverança e vosso devotamento. ”

“Felizes aqueles que sucumbirem nesta luta contra a força; mas será a vergonha, no mundo dos espíritos, para aqueles que sucumbirem por fraqueza ou pusilanimidade. As lutas, aliás, são necessárias para fortalecer a alma; o contato do mal faz melhor apreciar as vantagens do bem. Sem as lutas que estimulam as faculdades, o espírito se entregaria a uma despreocupação funesta ao seu adiantamento. As lutas contra os elementos desenvolvem as forças físicas e a inteligência; as lutas contra o mal desenvolvem as forças morais. ”

(Obras Póstumas, CELD Editora, Allan Kardec, 2ª Parte

Regeneração da humanidade)

“Os mundos regeneradores servem de transição entre os mundos de expiação e os mundos felizes (...), o homem ainda está sujeito às leis que regem a matéria; a humanidade experimenta as vossas sensações e os vossos desejos, mas está livre das paixões desordenadas das quais vós sois escravos.”

“(...) o homem ainda é falível e ali o espírito do mal não perdeu completamente o seu domínio. Não avançar é recuar, e se o homem não está firme no caminho do bem, pode recair nos mundos de expiação, onde o esperam novas e mais terríveis provas.”

“A palavra amor está escrita em todas as frontes, uma equidade perfeita regula as relações sociais; todos reconhecem Deus e tentam ir até ele seguindo suas leis.”

Santo Agostinho

(O Evangelho Segundo o Espiritismo, CELD Editora, Allan Kardec, Cap. III:17-18)

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Para saber mais:

- A Gênese, CELD Editora, Allan Kardec, Cap. XVII; - Transição Planetária, Leal Editora, Manoel Philomeno de Miranda; - A Caminho da Luz, FEB Editora, Emmanuel.

PARÁBOLA DO JOIO E DO TRIGO

24Propôs-lhes outra parábola: "O Reino dos Céus é semelhante a um

homem que semeou boa semente no seu campo. 25Enquanto todos

dormiam, veio o seu inimigo e semeou o joio no meio do trigo e foi-se

embora. 26Quando o trigo cresceu e começou a granar, apareceu

também o joio, 27Os servos do proprietário foram procurá-lo e lhe

disseram: 'Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Como

então está cheio de joio?' 28Ao que este respondeu: 'Um inimigo é que

fez isso'. Os servos perguntaram-lhe: 'Queres, então, que vamos

arrancá-lo?' 29Ele respondeu: 'Não, para não acontecer que, ao

arrancar o joio, com ele arranqueis também o trigo. 30Deixai-os

crescer juntos até a colheita. No tempo da colheita, direi aos ceifeiros:

'Arrancai primeiro o joio e atai-o em feixes para ser queimado; quanto

ao trigo, recolhei-o no meu celeiro".

Mateus,13:24 a 30

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CONCLUSÃO

O REINO ESTÁ PRÓXIMO

“E dizendo: Está completado o tempo, e está próximo o Reino de

Deus; arrependei-vos e crede no Evangelho.” – Jesus

(Marcos 1:15)

Muitas vezes, disse-nos o Senhor:

- “O Reino de Deus está próximo.”

E até hoje milhares de criaturas aguardam-lhe a vinda, através de

espetaculosos eventos exteriores.

Muitos esperam-no, por intermédio de cataclismos inomináveis e

mentalizam telas fantasmagóricas, incompatíveis com a Divina

Misericórdia que nos preside os destinos...

Trovões ribombando no firmamento...

Maremotos e terremotos...

Raios destruidores a se derramarem do céu...

Fluidos comburentes na atmosfera, transformando-a em fogo

devorador...

Bombas fulminantes aniquilando nações inteiras...

E contam, quase sempre, com o absurdo e com o fantástico, para

que se sintam no portal da grande transformação.

Sem dúvida que semelhantes flagelos podem sobrevir a qualquer

momento na experiência das criaturas e no campo da natureza, contudo,

longe de significarem o Reino Divino apenas revelam imperativos de nova

luta e com serviço mais áspero para quantos se enfileiram nos quadros

evolutivos da Humanidade.

O Reino de Deus está próximo, sim, mas, antes de tudo, em nossa

capacidade de construí-lo por dentro de nós, através do céu que possamos

oferecer à alma do próximo.

Atendamos ao cumprimento do dever que a vida nos atribui,

colaborando quanto possível pela vitória do bem a atender o amor que o

Mestre nos legou e alcançaremos, com a urgência possível, o clima

celestial para nós e para os outros.

É por isso que Jesus igualmente foi positivo e justo quando afirmou:

“Quando se vos disser o Reino de Deus permanece ali ou acolá não

acrediteis, porque, em verdade, o Reino de Deus está dentro de vós.”

Emmanuel

Irmão, André Luiz Editora, Emmanuel, psicografia Francisco Cândido Xavier. Cap. 12

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“Há muitas Moradas na Casa de meu Pai”

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“Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se [não fosse assim]

não teria dito que vou preparar um lugar para vós.” - Jesus (João 14:2)

1 “Não condenes a Terra pelo desequilíbrio de alguns.

Medita em todos os que se encontram suando e sofrendo,

lutando e amando, no levantamento do futuro melhor, e

reconhecerás que o divino Construtor do reino de Deus no mundo

está esperando também por ti.” 2 “Cada criatura humana, a rigor, reside em espírito nos seus

próprios pensamentos.”

“Cumpre-nos, assim, reconhecer que todo espírito mora no

que pensa e se classifica pelo que faz.”

Emmanuel

(1) Livro da Esperança, CEC Editora, psicografia Francisco Cândido Xavier, Cap.5 - No reino em construção, 11ºao12º§

(2) Moradias de Luz, CEU Editora, psicografia Francisco Cândido Xavier, Prefácio - “Moradias de Luz”, 3º,5ºe13º§

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ANEXOS

TEMA 1

DEUS, O GRANDE PAI

“Que o vosso coração não se perturbe. Crede em Deus, crede também em

mim. Há muitas moradas na casa de meu Pai. ”

(O Evangelho Segundo o Espiritismo, CELD Editora, Allan Kardec, Cap. III:1)

Pela graça infinita de Deus, Paz!

Balthazar, pela graça de Deus.

O texto inicial nos lembra Deus e sua presença imanente em toda a

Terra, em todos os seres.

Quando, nos dias de hoje, a sociedade terrena busca equilíbrio e a

solução para os seus problemas, muitos olham em derredor e nos seus falsos

líderes não encontram a solução nem a resposta para as suas inquietações,

restando-lhes buscar, então, humilhados, cansados, a Deus, o grande pai.

Isso, que deveriam fazer desde o início das suas lutas, só o fazem depois de

algum sofrimento.

Por outro lado, aqueles que oram, os que pensam em Deus, os que

acreditam na figura paternal que a todos nós mantém, os que sabem que Deus

existe, que têm disso certeza, olham para a paternidade divina e nela

encontram solução para todas as suas dificuldades. Que o digam os que

sofrem a dor da orfandade, os que passam pelo sofrimento que a viuvez

provoca! Que o digam os que perderam seus entes queridos, mas que não

perderam a confiança na misericórdia divina!

Todos os que guardam a marca da dor no coração lembram-se de Deus.

Entretanto, necessariamente, o homem não precisa sofrer para encontrar a

Deus. Na felicidade, também buscamos a força que tudo constrói; na

pacificação, buscamos, também, a Deus.

Todos os que estamos ligados à ideia de uma paternidade maior

devemos buscar Deus. Com a confiança plenificada, com o sentimento

perfeitamente cheio da convicção da existência de Deus, saibamos caminhar

e, quais os antigos cristãos, saibamos proclamar, para quem quiser ouvir, que

acreditamos em Deus, que somos de Deus e que estudaremos, aprenderemos

e vivenciaremos tudo que se refere a Deus. Em todos os momentos da vida

proclamaremos a existência de Deus, o Pai.

Léon Denis assim o fez, como líder religioso dos espíritas: em sua

época, jamais deixou de falar em Deus. Que nós outros saibamos também

honrar a determinação desse espírito que homenageamos sempre. Saibamos

com ele dizer: Deus existe! Eu o sinto e compreendo!

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Que Deus esteja conosco, agora e sempre!

Balthazar, pela graça infinita de Deus.

Pela Graça Infinita de Deus –Vol.1, CELD Editora, psicofonia Altivo C. Pamphiro – lição 30

TEMA 2

Ensaio teórico da sensação nos Espíritos

Questão 257

“O corpo é o instrumento da dor; se não é a causa primeira, é, pelo

menos, a causa imediata. A alma tem a percepção dessa dor: esta percepção

é o efeito. A lembrança que dela conserva pode ser muito penosa, mas não

pode ter ação física. (...)”

“O períspirito é o elo que une o espírito à matéria do corpo; ele é haurido do meio ambiente, do fluido universal; participa, ao mesmo tempo, da eletricidade, do fluido magnético e, até um certo ponto, da matéria inerte. Poder-se-ia dizer que é a quintessência da matéria; é o princípio da vida orgânica, mas não o é da vida intelectual: a vida intelectual está no espírito. É, além disso, o agente das sensações exteriores. No corpo, a recepção

destas sensações localiza-se nos órgãos que lhes servem de canais. Destruído o corpo, as sensações tornam-se gerais (...). Liberto do corpo, o espírito pode sofrer; este sofrimento, porém, não é o do corpo. Não é, entretanto, um sofrimento exclusivamente moral, como o remorso, já que se queixa do frio e do calor; ele não sofre mais no inverno do que no verão (...). A dor que sentem não é, pois, propriamente, uma dor física: é um vago sentimento íntimo, do qual o próprio espírito nem sempre se apercebe com clareza, precisamente porque a dor não é localizada e porque não é produzida por agentes exteriores: é muito mais uma recordação do que uma realidade, uma reminiscência, igualmente, muito penosa.”

“(...) Ora, como o períspirito é apenas um agente de transmissão, visto que é o espírito que possui a consciência, daí resulta que, se pudesse existir um períspirito sem-espírito, ele não sentiria mais do que o corpo quando está morto; da mesma forma que, se o espírito não tivesse períspirito, seria inacessível a qualquer sensação penosa; é o que acontece com os espíritos completamente purificados. Sabemos que, quanto mais eles se depuram, mais etérea se torna a essência do períspirito; donde se conclui que a influência material diminui, à medida que o espírito progride, isto é, à medida que o próprio períspirito se torna menos grosseiro.”

“(...) Pensávamos que, uma vez desligados do nosso grosseiro envoltório, instrumento de nossas dores, não sofreríamos mais e eis que nos informais que ainda sofremos; de uma forma ou de outra, o sofrimento continua. Ai de nós! Sim, podemos sofrer ainda, muito e durante longo tempo,

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mas podemos também não sofrer mais, desde o instante mesmo em que deixamos a vida corporal.”

“Os sofrimentos deste mundo independem, algumas vezes, de nós; muitos, porém, são consequências da nossa vontade. Que se remonte à fonte e ver-se-á que o maior número deles é o efeito de causas que teríamos podido evitar. Quantos males, quantas enfermidades, o homem não deve aos seus excessos, à sua ambição, numa palavra: às suas paixões? O homem que sempre tivesse vivido sobriamente, que de nada tivesse abusado, que sempre tivesse sido simples nos seus gostos, modesto nos seus desejos, evitaria muitas tribulações. O mesmo se dá com o espírito; os sofrimentos que suporta são sempre a consequência da maneira como viveu na Terra; certamente, não sofrerá mais de gota nem de reumatismos, mas terá outros sofrimentos equivalentes. Vimos que seus sofrimentos são o resultado dos elos que ainda existem entre ele e a matéria; que quanto mais liberto da influência da matéria, ou melhor, quanto mais desmaterializado, menos sensações penosas experimentará; ora, depende dele o libertar-se dessa influência, desde esta vida; ele tem seu livre-arbítrio e, por conseguinte, a escolha entre fazer e não fazer; que ele dome suas paixões animais, que não tenha ódio, nem inveja, nem ciúme, nem orgulho; que não seja dominado pelo egoísmo; que purifique sua alma, através dos bons sentimentos; que faça o bem; que não dê às coisas deste mundo senão a importância que merecem; então, embora sob o envoltório corporal, já se encontrará depurado, já se achará desligado da matéria e, quando deixar esse envoltório, não lhe experimentará mais a influência; os sofrimentos físicos que suportou nenhuma recordação dolorosa lhe deixam; nenhuma impressão desagradável lhe resta, porque apenas afetaram o corpo e, não, o espírito; ele fica feliz por ter-se libertado deles e a paz de sua consciência o liberará de qualquer sofrimento moral. Interrogamos, aos milhares, espíritos que pertenceram a todas as classes da sociedade, a todas as posições sociais; nós os estudamos em todos os períodos de sua vida espiritual, desde o instante em que deixaram seus corpos; nós os seguimos, passo a passo, nessa vida de além-túmulo, para observar as mudanças que neles se operavam, nas suas ideias, nas suas sensações e, sob esse aspecto, os homens mais comuns não foram os que nos forneceram os temas de estudo menos preciosos. Ora, sempre vimos que os sofrimentos estão relacionados com a conduta cujas consequências eles experimentam, e que essa nova existência é a fonte de uma felicidade inefável para aqueles que seguiram o bom caminho; donde se conclui que aqueles que sofrem, assim o quiseram, logo só devem culpar a si mesmos, tanto no outro mundo, quanto neste.”

O Livro dos Espíritos, CELD Editora, Allan Kardec – Capítulo VI – Da Vida Espírita

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“Há muitas Moradas na Casa de meu Pai”

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TEMA 3

MUNDOS INFERIORES MUNDOS SUPERIORES

Seres rudimentares Seres aperfeiçoados

Forma humana sem beleza (desprovidos de refinamento)

Forma humana embelezada, purificada.

Instintos sem moderação de delicadeza ou benevolência.

Os sentimentos mais delicados têm percepções que os corpos mais grosseiros não possuem.

Corpos mais densos sujeitos aos horrores da decomposição. Rostos pálidos, devastados pelos sofrimentos e pelas paixões.

Corpos mais sutis não estão sujeitos às necessidades da matéria, às doenças, às deteriorações.

Por estarem encerrados em uma matéria mais compacta, os corpos necessitam de maiores e mais angustiantes cuidados.

A pouca resistência que a matéria oferece torna mais rápido o desenvolvimento dos corpos.

As vicissitudes pelas quais necessita passar nos mundos inferiores, torna a vida material mais curta

A infância é curta ou quase nula, pois a longevidade é proporcional ao grau de adiantamento dos mundos.

Arrastam-se penosamente pelo solo.

Corpos mais leves favorecem a locomoção rápida e fácil; desliza, plana sob o influxo da vontade.

Não possuem noção de justo e injusto.

A autoridade é sempre respeitada, ela é dada pelo mérito e exercida com justiça.

A força bruta é a única lei.

As relações entre os povos são sempre amistosas. Sem dominação, sem ambição, sem guerra.

Ainda sem o desenvolvimento da inteligência vivem para a conquista do alimento e a manutenção da vida.

Seu objetivo é alcançar a categoria dos espíritos puros e se dedicam a essa nobre missão.

Ainda sob o domínio das más paixões, cultivam o ódio, os ciúmes mesquinhos e as baixas cobiças da inveja.

Possuem bens segundo o que puderam adquirir pela sua inteligência, mas ninguém sofre pela falta do necessário.

A dúvida quanto ao futuro os fazem direcionar seus objetivos para a vida presente, limitando suas percepções espirituais.

Durante a vida, não estando encerrada na matéria, a alma goza de uma lucidez que a coloca em estado quase permanente de emancipação, permitindo a livre transmissão de pensamento.

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MUNDO DE PROVAS E EXPIAÇÕES

Causas Anteriores das Aflições

8. As tribulações da vida podem ser impostas a espíritos endurecidos,

ou muito ignorantes, para fazerem uma escolha com conhecimento de causa, mas essas tribulações são livremente escolhidas e aceitas por espíritos arrependidos que desejam reparar o mal que fizeram e se exercitarem em proceder melhor. Esse é o caso daquele que, tendo feito mal a sua tarefa, pede para recomeçá-la a fim de não perder o benefício do seu trabalho. Portanto, essas tribulações são, ao mesmo tempo, expiações que castigam, pelo passado, e provas que preparam para o futuro. Rendamos graças a Deus que, em sua bondade, concede ao homem a faculdade de poder reparar seus erros, e não o condena de forma irremediável na primeira falta cometida.

9. Entretanto, não se deve acreditar que todo sofrimento passado aqui na Terra seja, necessariamente, o indício de uma determinada falta; muitas vezes os sofrimentos são simples provas escolhidas pelo espírito para concluir sua depuração e apressar seu adiantamento. Assim sendo, a expiação sempre serve de prova, mas a prova nem sempre é uma expiação; porém, provas ou expiações, na verdade são sinais de uma inferioridade relativa, visto que o que é perfeito não tem mais necessidade de ser provado. Um espírito, portanto, pode ter adquirido um certo grau de evolução, porém, querendo avançar mais ainda, solicita uma missão, uma tarefa para cumprir e pela qual, se sair vitorioso, será tanto mais recompensado quanto mais penosa tenha sido a luta. Trata-se, mais especialmente, dessas pessoas com instintos naturalmente bons, de alma elevada, com nobres sentimentos inatos, que parecem não ter trazido nada de mau de suas existências anteriores, e que sofrem as maiores dores com uma resignação cristã, pedindo a Deus para suportá-las sem se queixarem. Ao contrário, pode-se considerar como expiações as aflições que provocam queixas e fazem com que o homem se revolte contra Deus.

É certo que o sofrimento que não desperta lamentações pode ser uma expiação, mas esse tipo de comportamento é um indício claro de que tal expiação foi escolhida voluntariamente e não imposta, sendo também a prova de uma forte resolução, o que é um sinal de progresso.

(O Evangelho Segundo o Espiritismo, CELD Editora, Allan Kardec, Cap. V :8-9)

UNIVERSO – ABRIGO DE ALMAS QUE CAMINHAM PARA DEUS

“O homem, na sua caminhada rumo ao Infinito, vai descobrindo a pouco

e pouco as várias moradas de seres existentes no Universo. Foguetes

avançam, telescópios vasculham o infinito...O homem da Ciência pensa... O

homem da religião imagina... O crente apenas acredita que existam mundos

habitados. O espírita tem a certeza absoluta, não só por saber que a Terra não

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pode nem deve ser o único mundo habitado dentre todos os que existem no

Universo, mas por saber que todos têm uma destinação: ninguém nasce,

ninguém se cria sem um objetivo. ”

“A Terra, todos o sabem, abriga uma camada de seres em processo

acelerado de progresso. Mundos existem que abrigam seres em situações

mais estáveis e outros que abrigam os que caminham na busca da elevação,

como existem aqueles que ainda abrigam os que estão em fase inicial de

elevação. Tudo obedece a um projeto maior de Deus. Nós, seus filhos, vamos

acompanhando esta orientação e vamos descortinando, no limite das

potências de nossa alma... ”

“(...) Como serão os mundos regeneradores, os mundos de elevação.

Imaginamos esses mundos, com a certeza absoluta de que os mesmos

existem e que nenhum de nós deixará de percorrer essa jornada redentora

para as nossas almas, que visa a levar-nos adiante e colocar-nos cada vez

mais acima das dificuldades que hoje carregamos... ”

Balthazar

Pela Graça Infinita de Deus -Vol.2, CELD Editora, psicofonia Altivo C. Pamphiro – lição 12

TEMA 5

VIDA FÍSICA

Considerando a existência na Terra um conjunto de matérias professadas em determinada cota de tempo, ver-se-á o espírito encarnado na perfeita condição de aluno, na Universidade da Vida Eterna, assimilando valores para a obtenção da imortalidade, Para a verificação disso, basta relacionemos alguns tópicos da jornada humana, referindo-nos tão somente à área física do Planeta, em termos de escola, como sejam:

TERRA, Instituto de ensino e aperfeiçoamento sob a direção e supervisão do Espírito Angélico de Jesus-Cristo.

PLANO FÍSICO, Departamento de provas e expiações.

FINALIDADE, Extinção da ignorância, revisão de culpas, resgate de débitos e eliminação de tendências inferiores.

MATRÍCULA, Certidão de nascimento.

CARTEIRA, O corpo.

DISTINTIVOS, os sinais morfológicos.

PRIMEIROS MESTRES, os pais.

CLASSE, O grupo social.

SALA DE AULA, O lar a que pertence.

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MOTIVAÇÕES, as lutas indispensáveis que variam conforme os sentimentos de pessoa a pessoa.

ENSINAMENTOS, os deveres de cada dia.

EXERCÍCIOS, Os erros e acertos de apreciação de conduta.

COLEGAS DE TURMA, os parentes.

COMPANHEIROS AFINS, os amigos.

FISCAIS, os adversários.

CURRÍCULO DAS LIÇÕES, as provas necessárias, nos múltiplos setores da experiência humana.

EXAMES, as crises de saúde e no trabalho, nas relações e nos ideais.

BANCA DE EXAME, O coração e a consciência de cada um.

SISTEMA CORRETIVO, Provações transferidas para adiante por negligência do aprendiz e, por isso mesmo, naturalmente agravadas, lembrando inspeções de segunda época...

PROMOÇÕES, Mudanças felizes, responsabilidades maiores, encargos mais altos e direitos à continuação do próprio burilamento para a conquista da felicidade imperecível, em novos estágios evolutivos, seja na Terra ou em outros mundos.

PENALIDADES PARA OS ALUNOS RELAPSOS; Repetência de todas as lições malbaratadas, em reencarnações no futuro.

DESLIGAMENTO DA ESCOLA: Desencarnação

Emmanuel

(Esta página é de Emmanuel e foi recebida pelo médium Chico Xavier, em

reunião pública na Comunhão Espírita Cristã, na noite de 03-03-1967, em

Uberaba-MG. (Fonte: Anuário Espírita – IDE, de 1968)

O SERMÃO PROFÉTICO

1Saindo do Templo, Jesus caminhava e os discípulos se aproximaram dele para mostrar-lhe as construções do Templo. 2Ele disse-lhes: "Estais vendo tudo isto? Em verdade vos digo: não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja demolida". 3Estando ele sentado no monte das Oliveiras, os discípulos se aproximaram dele, a sós, dizendo: "Dize-nos quando vai ser isso, e qual o sinal da tua Vinda e da consumação dos tempos". 4Jesus respondeu: "Atenção para que ninguém vos engane. 5Pois muitos virão em meu nome, dizendo: 'O Cristo sou eu', e enganarão a muitos. 6Haveis de ouvir sobre guerras e rumores de guerras. Cuidado para não vos alarmardes. É preciso que aconteçam, mas ainda não é o fim. 7Pois se levantará nação contra nação e reino contra reino.

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E haverá fome e terremotos em todos os lugares. 8Tudo isso será o princípio das dores. 9Nesse tempo, vos entregarão à tribulação e vos matarão, e sereis odiados de todos os povos por causa do meu nome. 10E então muitos ficarão escandalizados e se entregarão mutuamente e se odiarão uns aos outros. 11E surgirão falsos profetas em grande número e enganarão a muitos. 12E pelo crescimento da iniquidade, o amor de muitos esfriará.13Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo. 32Aprendei da figueira esta parábola: quando o seu ramo se torna tenro e as suas folhas começam a brotar, sabeis que o verão está próximo. 33Da mesma forma também vós, quando virdes todas essas coisas, sabei que ele está próximo, às portas. 34Em verdade vos digo que esta geração não passará sem que tudo isso aconteça. 35Passarão o céu e a terra. Minhas palavras, porém, não passarão. 36Daquele dia e da hora, ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, mas só o Pai. 37Como nos dias de Noé, será a Vinda do Filho do Homem. 38Com efeito, como naqueles dias que precederam o dilúvio, estavam eles comendo e bebendo, casando-se e dando-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca, 39e não perceberam nada até que veio o dilúvio e os levou a todos. Assim acontecerá na Vinda do Filho do Homem. 40E estarão dois homens no campo: um será tomado e o outro deixado. 41Estarão duas mulheres moendo no moinho: uma será tomada e a outra deixada. 42Vigiai, portanto, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor. 43Compreendei isto: se o dono da casa soubesse em que vigília viria o ladrão, vigiaria e não permitiria que sua casa fosse arrombada. 44Por isso, também vós, ficai preparados, porque o Filho do Homem virá numa hora que não pensais.

Mateus, cap. 24:1-13,32-44

TRANSIÇÃO PLANETÁRIA

“(...) Dr. Sílvio convidou-nos a visitar um bairro periférico, naquela mesma

cidade, onde o sofrimento mais se expressava em forma de miséria

socioeconômica.”

“Adentramo-nos em um desses lúgubres redutos, e note que, de uma

humílima construção, exteriorizava-se uma suave claridade.

Percebendo-me a muda indagação pelo motivo daquela diferença, o

benfeitor acercou-se-me e socorreu-me, esclarecendo:

- É a residência de Hermenegildo e Rosalinda, um jovem casal de nossa

esfera, que renasceu em condição de penúria econômica, a fim de ressarcir

antigos comportamento extravagantes, e que se comprometeram a cooperar

com a reencarnação de um dos visitantes de Alcíone.”

“Sob a direção do benfeitor adentramo-nos na singela alcova, onde os

encontramos adormecidos e parcialmente desdobrados da argamassa celular,

apresentando alguma lucidez e um júbilo confortador.”

“Nesses comenos, adentrou-se um Espírito nobre, que logo identifiquei

como imigrante, apresentando indescritível satisfação que também nos

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contagiou. Dr. Sílvio apresentou-o aos futuros pais, que se mostraram

exultantes, passando a dialogar de maneira muito especial...”.

“O visitante dizia-se vivamente interessado em desfrutar da futura

experiência iluminativa, trazendo no imo anelos de amor e desejos imensos de

contribuir em favor da transformação do planeta e da sua sociedade...”.

“O benfeitor informou-nos que naquele reduto lôbrego onde o crime se

tornara uma constante e viviam os nossos irmãos espíritas-cristãos,

preservando o clima de paz em volta, o mensageiro que iria ali renascer

demonstraria que o ambiente não é o responsável exclusivo pelo

comportamento do indivíduo, pois que, em razão do seu estado evolutivo,

destacar-se-ia no futuro, seguindo os formosos caminhos da magistratura, de

maneira a modificar a soturna paisagem do lugar, mudando completamente a

sua estrutura social, econômica e humana.”

“Milhões de Espíritos terrícolas, portadores de títulos de enobrecimento,

encontravam-se assinalados para o prosseguimento de suas tarefas,

conforme nos referimos anteriormente, renascendo neste período formoso de

renovação e de esperança...”.

“Não houve antes, em qualquer época, uma revolução espiritual de tal

porte, graças ao significado de que se revestem estes magnos momentos da

evolução espiritual das criaturas.”.

(Transição Planetária, Leal Editora, Manoel Philomeno de Miranda, psicografia Divaldo

Pereira Franco, Cap.18, 19 e 22)

CONQUISTANDO O TEMPO MALBARATADO

“Todas as profecias, no entanto, afirmam que surgirá um mundo melhor,

uma nova Jerusalém, terras onde manarão leite e mel, paraíso de luz e beleza,

por que não dizer, o reino dos céus na Terra mesma...”

“(...) Ocorrerão essas bênçãos, porque Espíritos não comprometidos com

o mal estarão no planeta construindo o reino dos céus nos corações e

trabalhando eficazmente em favor da solidariedade atendida pelo amor.

Virão apressar o progresso moral, utilizando-se do intelectual e

tecnológico para promover a fraternidade entre os povos, a fim de que os mais

poderosos ajudem no desenvolvimento dos menos aquinhoados, substituindo

a guerra pela solidariedade, a escravidão decorrente do comércio perverso

pela liberdade de escolha e de trocas, combatendo as doenças pandêmicas e

endêmicas, as degenerativas, que já não se justificarão, porque os membros

da formosa família não estarão assinalados pelos débitos de grande porte.

O planeta renovado na sua constituição física, harmonizadas as placas

tectônicas, diminuída a alta temperatura do magma vulcânico, muitos

cataclismos que o assolavam e destruíam, desaparecerão, a pouco e pouco,

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apresentando-se com equilíbrio de temperatura, sem os calores calcinantes,

nem os frios enregelantes, e com paisagens edênicas.

Adaptando-se às novas condições climáticas, o organismo físico

experimentará modificações especiais, em razão também dos seres que o

habitarão, imprimindo nele outros valores fisiopsicológicos, que irão contribuir

para a sua evolução espiritual.

Será nesses corpos que estarão reencarnadas multidões de visitantes

benéficos, contribuindo para o progresso da humanidade.

Concomitantemente, aqueles que puderem fruir desse momento, após a

grande transição, graças ao pensamento e à iluminação interior, libertar-se-ão

de órgãos desnecessários, mantendo formas gráceis e leves, compatíveis com

a futura atmosfera física e moral da Terra feliz.”.

(Transição Planetária, Leal Editora, Manoel Philomeno de Miranda, psicografia Divaldo

Pereira Franco, cap. 13.)


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