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DOPPLER NO RASTREAMENTO DE CROMOSSOMOPATIAS
NO PRIMEIRO TRIMESTRE DE GRAVIDEZ
Dra. Maria Vaneuza dos Santos Silva1
Dra. Márcia Konrath de Almeida Wassler 2
O diagnóstico precoce das cromossomopatias por meio
de procedimentos não invasivos vem crescendo em importância no
período pré-natal. Investigar a saúde fetal em seus aspectos f ísico
e f isiológico é um dos principais objetivos da Medicina materno-
fetal. Neste sentido, vários exames complementares têm sido
desenvolvidos e uti l izados buscando-se avaliar da forma mais
precisa possível à condição fetal, para que se possa decidir a
melhor assistência no pré-natal, bem como o melhor momento e
forma de parto
Palavras – Chave: Ducto venoso, rastreamento de
cromossomopatias, Métodos, Avaliação.
Fetus – Centro de Estudo Especializado em Medicina Fetal Pós Graduação de Ultrassonografia em Ginecologia e Obstetrícia 1 Discente: 2 Coordenadora e Professora
2
INTRODUÇÃO
O diagnóstico precoce das cromossomopatias por meio
de procedimentos não invasivos vem crescendo em importância no
período pré-natal. As cromossomopatias são diagnosticadas
definit ivamente por estudo do cariót ipo de material, obtido através
de procedimentos invasivos, como a biópsia de vi lo corial, a
amniocentese, e a cordocentese.
O exame ultra-sonográf ico é uma poderosa ferramenta
no rastreamento e diagnóstico de condições anômalas, como
também é objetivo de atestar o bem-estar fetal, mesmo em
gestações consideradas de baixo risco para ocorrências de
anormalidades obstétricas, maternas ou fetais. [ 1 ]
O avanço da ultrassonograf ia, a melhora dos
equipamentos, análise Doppler e aprimoramento dos examinadores
na área da circulação fetal (arterial e venosa), mostraram haver
relação entre alterações hemodinâmicas e o bem estar fetal.
Dentre os novos métodos de rastreamento para
anomalias cromossômicas, destaca-se a medida da translucência
nucal (TN) entre a 11a e a 14a semana de idade gestacional. Uma
alta proporção de fetos portadores tanto de trissomias do
cromossomo 21, 18 e 13, quanto da síndrome de Turner e
triploidias tem sido detectada mediante exame ultra-sonográf ico,
quando a medida da TN encontra-se superior ao percentil 95 para
o comprimento crânio-caudal (CCN).
3
1. DUCTO VENOSO E CROMOSSOMOPATIAS
A constante evolução tecnológica da ultra-sonograf ia,
introduzida na Ginecologia e Obstetrícia por Donald [ 2 ] , permitiu a
ampliação de sua util ização como método propedêutico. Assim, a
partir da década de 1980, passou a ser uti l izada não apenas na
detecção de diversos defeitos estruturais, externos ou internos em
fetos cromossomopatas, como também na melhoria da ef icácia e
segurança dos procedimentos invasivos. [ 2 ] [3 ]
Os primeiros trabalhos que descreveram os marcadores
ultra-sonográf icos da tr issomia do cromossomo no primeiro
trimestre foram publicados no início dos anos 90. Schulte-Valentin
e Schindler [ 5 ] relataram edema nucal não ecogênico, que mais
tarde foi denominado translucência nucal (TN), servindo como
marcador para a trissomia do cromossomo 21 [ 4 ] . Eles estudaram
632 pacientes com gestações entre 10 e 14 semanas e detectaram
sete casos de Trissomia do 21; cuja medida do edema nucal f icou
entre 4 e 7mm. Sabe-se hoje que a TN pode ser detectada em 99%
dos fetos no f inal do primeiro trimestre [ 6 ] . Nicolaides et al. [ 3 ] ,
uti l izando posteriormente essa técnica, correlacionaram o aumento
da translucência nucal não só à trissomia do cromossomo 21,
como também às triploidias, tr issomias do cromossomo 18 e 13 e à
monossomia do X.
4
A insuficiência cardíaca precoce e transitória tem sido
considerada um importante mecanismo f isiopatológico na
associação entre o aumento da translucência nucal, síndromes
genéticas e aneuploidia. A forma da onda corresponde à
velocidade do f luxo no ducto venoso (DV) e sua alteração, para
muitos autores, é um sinal indireto associado a cromossomopatias
ou comprometimento da função cardíaca fetal. [ 7 ] [8 ] [9 ] [10 ] [11 ] [ 12 ] [ 13 ]
[14 ] [15 ]
Em 1996, Hyett et al [ 12 ] . sugeriram a insuficiência
cardíaca transitória como mecanismo para explicar o aumento do
f luido nucal. A insuficiência cardíaca é decorrente do aumento da
pressão atr ial ao f inal da diástole, que leva à regurgitação venosa
central resultando em diástole reversa no ducto venoso e na veia
cava inferior.
Fetos com cromossomopatias têm maior prevalência de
defeitos cardíacos, segundo Zoppi et al. [ 16 ] . Alguns sinais de
insuficiência cardíaca podem ser evidentes mesmo no primeiro
trimestre de gestação e o ducto venoso parece ser um sít io
importante onde esse “mau funcionamento” pode se manifestar.
Murta et al. [ 17 ] relataram que fetos com
cromossomopatias teriam atraso no desenvolvimento do miocárdio,
particularmente em relação à emergência das unidades contráteis
(sarcômeros), resultando também em insuficiência cardíaca. Essa
falência cardíaca prematura está entre os diversos mecanismos
responsáveis pela conhecida associação entre o aumento da
translucência nucal e cromossomopatias em gestações entre 11 e
14 semanas.
5
As anomalias cardíacas em fetos afetados por
cromossomopatias desencadeiam intensa alteração hemodinâmica
no primeiro tr imestre da gravidez. A presença de lesões
obstrut ivas como: válvulas imperfuradas e grandes vasos
hipoplásicos, pode causar f luxo reverso no ducto venoso,
congestão venosa e, conseqüentemente, acúmulo excessivo de
l íquido na região nucal [ 18 ] . Isto indica que a sobrecarga, mesmo
que temporária, do coração fetal se ref lete na circulação venosa
central de maneira retrógrada, sendo essa, talvez, a explicação
para o desenvolvimento do edema nucal na tr issomia do 18. [ 19 ]
A normalização espontânea da translucência nucal e do
f luxo no ducto venoso em fetos com cromossomopatias demonstra
que o momento exato para o exame pode ser uma importante
variável. Essa normalização pode tanto advir simultaneamente do
fechamento espontâneo de defeitos septais ventriculares, como
também da correção dos distúrbios hemodinâmicos no transcorrer
da gestação. [ 19 ] [20 ] [21 ] [22 ]
A presença de f luxo reverso no DV durante a contração
atrial em fetos cromossomopatas entre 10 e 13 semanas de
gestação foi evidenciada por Matias et al. [ 21 ] e Montenegro et al. [ 23 ] . Eles estudaram o retorno venoso no DV com o propósito de
associar o aumento da translucência nucal à deterioração da
função cardíaca. Concluíram que tanto o aumento da TN quanto a
alteração velocimétrica do DV ocorrem por disfunção cardíaca e/ou
malformações cardíacas e af irmaram que a avaliação do ducto
venoso associada à translucência nucal pode reduzir a incidência
de falso-posit ivo no rastreamento de cromossomopatias e de
cardiopatias.
Borrell et al. [ 9 ] (1998) e Matias et al. [ 24 ] demonstraram
que a dopplervelocimetria do DV pode ser uti l izada em associação
à TN alterada no diagnóstico de cromossomopatias ou de doenças
fetais entre 10 e 18 semanas de gestação. Entretanto, esses
6
estudos mostraram variação na sensibi l idade entre 65 e 100%.
Borrell et al. [ 9 ] avaliaram o f luxo no ducto venoso em 436
gestações entre 10 e 18 semanas. Encontraram correlação entre
os parâmetros analisados, observando-se nos fetos com T21 índice
de pulsatil idade para veias (IPV) acima do percentil 95 em 73%
dos fetos e onda “a” abaixo do 5º percentil em 27% deles. Apesar
dos dois parâmetros terem sido estatisticamente signif icativos,
apenas as mudanças na velocidade durante a contração atrial
foram consideradas cl inicamente relevantes e t iveram sua
expressão em percentis de acordo com a idade gestacional.
2. EVOLUÇÃO DO RASTREAMENTO DE CROMOSSOMOPATIAS
NO PRIMEIRO TRIMESTRE DE GESTAÇÃO
A disseminação dos programas de rastreamento de
anomalias fetais foi observada a part ir da década de 1970. Nesses
programas, técnicas invasivas, como amniocentese e amostras de
vilo corial, apresentavam custos elevados e r isco de abortamento,
o que limitava sua indicação. [ 6 ]
Plano sagita l ident i f ica as três es truturas fundamentais na aval iação do osso nasal : pele, osso nasal e ex tremidade do nar iz (setas) . O aster isco mostra ausênc ia de estruturasecogênicas entre o palato e o osso nasal. SBUS – Soc iedade Bras i le ira de u l tra-sonograf ia
7
a) Osso nasal presente, b) Osso nasal ausente (observa-se somente a l inha da pele), SBUS – Sociedade Bras i le ira de u ltra-sonograf ia
Assim, no f inal da década de 1980, outro programa de
rastreamento de anomalias fetais foi introduzido na medicina
materno-fetal, no qual se atribuiu r isco individualizado para cada
mulher. O risco de conceber uma criança com Trissomia do21 [ 4 ] ,
dependendo da idade materna, foi determinado por cálculos
estatíst icos baseados na detecção de marcadores bioquímicos (α
feto proteína, gonadotrof ina coriônica humana - hCG - e o estr iol).
O chamado tríplice teste pode ser feito entre 15 e 19 semanas de
gestação. A integração entre a ultra-sonograf ia e os marcadores
bioquímicos maternos pregnancyassociated plasma protein A
(PAPP-A) e fração beta da gonadotrof ina coriônica humana (β-hCG
livre) de primeiro trimestre resultou na melhora das técnicas de
rastreamento, alcançando taxa de detecção de 90% para a maioria
das mais importantes cromossomopatias, com falso-posit ivo de
5%. [ 25 ] [26 ] [27 ] [28 ]
Nicolaides; Sebire; Snijders [ 3 ] sugeriram que a
avaliação do ducto venoso pode representar um método
secundário de rastreamento para obter redução na taxa de
falsoposit ivo. O estudo funcional por meio da dopplervelocimetria
do ducto venoso no primeiro trimestre permitiu a Zoppi et al. [ 29 ]
concluírem que uma alteração da velocidade de f luxo da onda”a” é
mais freqüente quando a medida da translucência nucal está
aumentada e, também, que a probabilidade de fetos com
8
cromossomopatias é maior se a translucência nucal está
aumentada e o ducto venoso alterado. [ 3 ] [29 ]
Atenção especial deve ser dada aos casos em que se
tenha TN aumentada e cariótipo normal. As medidas de TN acima
do 95º percentil e cariótipos normais estão geralmente associadas
a diferentes malformações e síndromes genéticas. [ 30 ] [3 ]
Em relação aos próximos passos para o rastreamento,
Cícero et al. [ 31 ] publicaram estudo sobre a ossif icação do osso
nasal e relataram a não visibil ização desse osso no primeiro
trimestre em 73% dos fetos portadores da síndrome de Down e em
apenas 0,5% dos fetos normais. Uma combinação entre a
avaliação ultra-sonográf ica do osso nasal e os outros marcadores
de primeiro trimestre (idade materna, TN, PAPP-A e β-hCG)
elevaria a taxa de detecção da tr issomia 21 para 97% e a
diminuição da taxa de falso-posit ivo para 3%. Contudo, mais
estudos mult icêntricos precisam ser real izados antes desse novo
marcador ser incluído na rotina de pré-natal. [ 6 ]
9
3. OS PRINCIPAIS MÉTODOS UTILIZADOS NA TRIAGEM
ULTRASSONOGRÁFICA DE CROMOSSOMOPATIAS FETAIS NO
PRIMEIRO TRIMESTRE DE GRAVIDEZ
Edema Nucal em todo o corpo do feto, por tador da Pentalogia de Cantre l lel [ 4 0 ]
Duto venoso normal com presença da onda “a” posi t iva
10
No rastreamento de cromossomopatias fetais, estudos
demonstram que a combinação entre idade materna, US e rastreio
dos marcadores bioquímicos séricos maternos, realizada entre a
11ª e a 13ª semana de gestação, identif ica 90% dos fetos
portadores de tr issomia do 21 e de outros defeitos cromossômicos
maiores, submetendo, portanto, menos de 3% da população a
diagnósticos invasivos [ 32 ] . Os principais métodos uti l izados na
triagem ultrassonográf ica de cromossomopatias fetais, incluindo
trissomias do 13, 18 e 21, são:
- Translucência Nucal (TN);
- Ducto Venoso (DV);
- Osso Nasal (ON);
- Ângulo Facial (AF)
- Regurgitação Tricúspide (RT)
Translucência Nucal , medida da coleção de líquido
subcutâneo, que se localiza na região cervical do feto. Detectável
em 99% dos fetos no f inal do primeiro tr imestre. Visualizada
preferencialmente entre 11 e 14 semanas de gestação e com CCN
entre 45 e 84 mm. O aumento da espessura da TN pode estar
associado a:
- Malformações;
- Deformidades;
- Disgenesias fetais;
- Síndromes genéticas;
- Cardiopatias congênitas maiores.
A TN deve ser medida no local de maior espessura
(seguindo rigorosamente a técnica preconizada), devendo ser
11
real izada mais de uma vez, sendo que a medida de maior valor
deve ser considerada.
O risco de adversidades fetais é estimado de acordo
com a medida da TN: TN medindo até 3,4 mm é de 5%, entre 3,5 e
4,4 mm é de 30%, entre 4,5 e 5,4 mm é de 50% e com medida
maior ou igual a 5,5 mm é de 80%. [ 33 ]
O f luxo sanguíneo no DV tem uma onda característ ica
com alta velocidade durante a sístole ventricular (onda S) e a
diástole (onda D), e f luxo anterógrado durante a contração atrial
(onda A). Entre 11–14 semanas, o f luxo anormal no DV está
associado com anomalias cromossômicas, malformações cardíacas
e desfecho desfavorável da gestação. [ 34 ] . Apesar das ondas de
f luxo no ducto venoso na 12ª semana de gestação, demonstrarem
um padrão normal (acima) e onda A anormal (abaixo). [ 35 ] [36
Na tentativa de melhorar a avaliação desse parâmetro,
o ângulo frontomaxilofacial ou simplesmente ângulo facial (AF)
avalia de forma objetiva a face plana fetal, devendo o ângulo estar
entre 84 e 95 graus. O ângulo facial está acima do percentil 95 em:
5% do fetos euplóides, 45% a 60% dos fetos com trissomia do 21,
45% dos fetos com trissomia do 13, 55% dos fetos com trissomia
do 18. O aumento do ângulo facial parece ser decorrente da
posição da maxila em relação à fronte. [ 37 ]
12
Quanto a Regurgitação Tricúspide, estudos mostram
que a US realizada entre a 11ª e a 14ª semana de gestação
diagnosticou a regurgitação da tricúspide em 2 a 3% dos fetos
cromossomicamente normais e 60 a 70% dos fetos com trissomia
do 21. Esses estudos também determinaram que a prevalência da
regurgitação da tr icúspide cresce com o aumento da espessura da
TN e na presença de defeitos cardíacos, mas diminui com a
evolução da gravidez. [ 38 ]
A importância dos achados ultra-sonográf icos está no
cálculo do risco individual de cromossomopatias, ut i l izando-se em
conjunto a idade materna e a idade gestacional, acrescentando-se
os r iscos obtidos com o rastreamento bioquímico.
Desta forma, pode-se classif icar as gestantes em três
grupos de risco (para cromossomopatias):
- Alto r isco (r isco maior ou igual a 1:100),
- Baixo risco (r isco menor ou igual a 1:1000)
- Risco intermediário (r isco entre 1:100 e 1:1000).
Sabe-se também, que a combinação entre idade
materna, US e rastreio dos marcadores bioquímicos séricos
maternos, real izada entre a 11a e a 13a semana de gestação,
identif ica 90% dos fetos portadores da trissomia do 21 e de outros
defeitos cromossômicos maiores, sendo necessário submeter,
portanto, menos de 3% da população a diagnósticos invasivos. [ 39 ]
A util ização do Doppler como teste de rastreamento,
têm demonstrado a associação entre anormalidades na onda de
velocidade de f luxo (OVF) nas artérias uterinas, restr ição do
crescimento intra-uterino (RCIU) e no descolamento prematuro da
13
placenta (DPP) e no parto pré-termo (PPT) no segundo trimestre
da gestação, como método de rastreamento ef iciente para a
identif icação de pacientes de risco. Tais investigações
correlacionam o aumento da resistência ao f luxo e persistência da
incisura protodiastólica nesses vasos, com maior probabil idade de
desenvolvimento de pré-eclâmpsia e crescimento intrauterino
restrito, principalmente em suas formas graves.
Portanto, o diagnóstico pré-natal de anomalias
cromossômicas ou malformações cardíacas permite que a paciente
seja encaminhada a um serviço que possa oferecer um melhor
planejamento e a mobilização de recursos para o momento do
nascimento e desta forma ter bom atendimento ao concepto e a
mãe.
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