dimensão cosmopolita

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capa Direto da Província, mas com os dois pés no mundo :: LEONILSON Um dos maiores nomes daquela que ficou conhecida como a “Geração 80” das artes no Brasil, o cearense Leonilson, morto em 1993, ganhou recente exposição no Itaú Cultural em Sampa. “Sob o peso dos meus amores” foi a maior mostra já realizada com seus trabalhos (encerrou-se no dia 29.05) e apresentou ao público as pinturas, desenhos e bordados do artista plástico que é um dos nomes centrais da próxima Bienal de Istambul, em setembro. Conheci o trabalho de Leonilson no final dos anos 90 através de um documentário chamado “Com o oceano inteiro para nadar”, de Karen Harley, que expõe, entre outros, fragmentos de um diário gravado por ele entre 1990 e 1993, seus anos finais de vida. Fiquei impactado pela obra extremamente confessional do artista falecido com apenas 36 anos. Quem gosta de poesia e artes visuais dificilmente não vai ser tocado pelo trabalho de Leonilson, uma “espécie” de Renato Russo das artes plásticas. Uma dica para os interessados é o livro de Lisette Lagnado, que foi curadora da exposição no Itaú Cultural, sobre Leonilson. Mais infos : http://projetoleonilson.com.br Guto, Who? Guto Villanova é jornalista formado pela PUCRS, atua como free-lancer na assessoria de imprensa da MS2 Produ- tora, e desde 2003 produz e apresenta o programa Sonoridades na Rádio da Universidade 1080 AM. Dimensão Cos- mopolita é sua atual paixão. edição #1 | QUINZENAL Houve um tempo em que defendia com ardor a tese de que a banda de Brian May, Freddie Mercury, Roger Taylor e John Deacon ombreava no panteão do rock com as majestades supremas do gênero: Beatles e Rolling Stones. Tive tanto apoio quanto repúdio pela ousadia. Se hoje, mais maduro e menos apaixonado, não vejo mais relevância em levantar a bandeira, fica a saudade de uma época bastante estimulante, de mais pura dialética roqueira. E eu tinha lá meus sólidos argumentos . Mas há algo sobre o qual não há dúvida, o Queen é um daqueles nomes da música alçados a rara categoria de irrepetíveis, fruto do encontro mágico entre quatro músicos fora de série, então agora em 2011, quando se completa 40 anos de existência do grupo inglês, é mais do que justo que a efeméride seja a altura de uma realeza do rock. Para tanto, no decorrer deste ano, serão relançados os 15 discos de estúdio que a banda produziu entre 1973 e 1995 + “Greatest Hits” (1981) e “Greatest Hits 2” (1991). Os CDs foram remasterizados e tem extras, livreto, etc e tal. Também num armazém no East Side londrino, entre 25 de fevereiro e 12 de março, rolou a instigante exposição multimí- dia “Stormtroopers in Stilettos”, que reconstituiu os cinco primeiros anos da banda, até 1976, ano em que o Queen se apresentou para mais de 150 mil pessoas num concerto gratuito no Hyde Park (“Stormtroopers” trouxe memorabilia referente à apresentação). Mais de 20 mil pessoas conferiram a exibição. Quer saber mais: http://www.stormtroopersinstilettos.com A BBC igualmente aproveitou o mote, e produziu neste ano o documentário televisivo “Queen Days of Our Lives”, que traz imagens raras da banda como a primeira aparição do grupo na televisão. Também neste ano começam as filmagens de uma cinebiografia do Queen, para o papel de Freddie Mercury estaria escalado Sasha Baron Cohen, do personagem Borat. Aguardemos... Poderia tranquilamente escolher na discografia da banda o soberbo ‘A night at the opera’, um classic album da história do rock e que traz a antológica “Bohemian Rhapd- sody”, porém não posso faltar com a verdade e o disco que eu e minha turma de amigos mais ouvimos foi Queen at the Beeb, que comprei numa trip para São Paulo no ano de 1995. O álbum contém oito canções gravadas na clássica emissora britânica no ano de 1973. É o Queen “roots”, cru como nunca, mais pesado, porém já extrema- mente pretensioso. Em alguns momentos emulando: Led Zeppelin; Black Sabbath e com ecos até de Deep Purple. Bem diferente daquele Queen que eu conheci numa madrugada qualquer dos anos 80, com a canção “A kind of Magic”, por intermédio da finada rádio Universal FM. shows e eventos Ass.Imprensa | Design Gráfico | Projetos Culturais gerenciamento de carreira artística campanhas promocionais programas de comunicação corporativa MS2 PRODUTORA www.ms2produtora.wordpress.com www.twitter.com www.facebook.com/msdoisprodutora

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Periódico cultural editado pelo jornalista Guto Villanova desde Porto Alegre-RS

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Page 1: Dimensão Cosmopolita

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Direto da Província, mas com os dois pés no mundo

:: LEONILSON

Um dos maiores nomes daquela que ficou conhecida como a “Geração 80” das artes no Brasil, o cearense Leonilson, morto em 1993, ganhou recente exposição no Itaú Cultural em Sampa. “Sob o peso dos meus amores” foi a maior mostra já realizada com seus trabalhos (encerrou-se no dia 29.05) e apresentou ao público as pinturas, desenhos e bordados do artista plástico que é um dos nomes centrais da próxima Bienal de Istambul, em setembro.

Conheci o trabalho de Leonilson no final dos anos 90 através de

um documentário chamado “Com o oceano inteiro para nadar”, de Karen Harley, que expõe, entre outros, fragmentos de um diário gravado por ele entre 1990 e 1993, seus anos finais de vida. Fiquei impactado pela obra extremamente confessional do artista falecido com apenas 36 anos. Quem gosta de poesia e artes visuais dificilmente não vai ser tocado pelo trabalho de Leonilson, uma “espécie” de Renato Russo das artes plásticas. Uma dica para os interessados é o livro de Lisette Lagnado, que foi curadora da exposição no Itaú Cultural, sobre Leonilson.

Mais infos : http://projetoleonilson.com.br

Guto, Who?

Guto Villanova é jornalista formado pela PUCRS, atua como free-lancer na assessoria de imprensa da MS2 Produ-tora, e desde 2003 produz e apresenta o programa Sonoridades na Rádio da Universidade 1080 AM. Dimensão Cos-mopolita é sua atual paixão.

edição #1 | QUINZENAL

Houve um tempo em que defendia com ardor a tese de que a banda de Brian May, Freddie Mercury, Roger Taylor e John Deacon ombreava no panteão do rock com as majestades supremas do gênero: Beatles e Rolling Stones. Tive tanto apoio quanto repúdio pela ousadia. Se hoje, mais maduro e menos apaixonado, não vejo mais relevância em levantar a bandeira, fica a saudade de uma época bastante estimulante, de mais pura dialética roqueira. E eu tinha lá meus sólidos argumentos .

Mas há algo sobre o qual não há dúvida, o Queen é um daqueles nomes da música alçados a rara categoria de irrepetíveis, fruto do encontro mágico entre quatro músicos fora de série, então agora em 2011, quando se completa 40 anos de existência do grupo inglês, é mais do que justo que a efeméride seja a altura de uma realeza do rock.Para tanto, no decorrer deste ano, serão relançados os 15 discos de estúdio que a banda produziu entre 1973 e 1995 + “Greatest Hits” (1981) e “Greatest Hits 2” (1991). Os CDs foram remasterizados e tem extras, livreto, etc e tal.

Também num armazém no East Side londrino, entre 25 de fevereiro e 12 de março, rolou a instigante exposição multimí-dia “Stormtroopers in Stilettos”, que

reconstituiu os cinco primeiros anos da banda, até 1976, ano em que o Queen se apresentou para mais de 150 mil pessoas num concerto gratuito no Hyde Park (“Stormtroopers” trouxe memorabilia referente à apresentação). Mais de 20 mil pessoas conferiram a exibição.

Quer saber mais: http://www.stormtroopersinstilettos.com

A BBC igualmente aproveitou o mote, e produziu neste ano o documentário televisivo “Queen Days of Our Lives”, que traz imagens raras da banda como a primeira aparição do grupo na televisão. Também neste ano começam as filmagens de uma cinebiografia do Queen, para o papel de Freddie Mercury estaria escalado Sasha Baron Cohen, do personagem Borat. Aguardemos...

Poderia tranquilamente escolher na discogra�a da banda o soberbo ‘A night at the opera’, um classic album da história do rock e que traz a antológica “Bohemian Rhapd-sody”, porém não posso faltar com a verdade e o disco que eu e minha turma de amigos mais ouvimos foi Queen at the Beeb, que comprei numa trip para São Paulo no ano de 1995. O álbum contém oito canções gravadas na clássica emissora britânica no ano de 1973. É o Queen “roots”, cru como nunca, mais pesado, porém já extrema-mente pretensioso. Em alguns momentos emulando: Led Zeppelin; Black Sabbath e com ecos até de Deep Purple. Bem diferente daquele Queen que eu conheci numa madrugada qualquer dos anos 80, com a canção “A kind of Magic”, por intermédio da �nada rádio Universal FM.

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