dfato vestibular fasciculo 5

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vestibular Sábado, 31 de outubro de 2009 Jornal de Fato www.defato.com telefone (84)3315-8900 CIANOMAGENTAAMARELOPRETO 5 LITERATURA A professora Ana Cláudia resume ‘Estórias Gerais’ PORTUGUÊS O professor Batista com sintaxe e regência REDAÇÃO A professora Franceliza Monteiro ensina como iniciar uma redação

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vestibular Sábado, 31 de outubro de 2009Jornal de Fato

www.defato.comtelefone (84)3315-8900

CIANOMAGENTAAMARELOPRETO

5

LITERATURAA professora Ana Cláudia

resume ‘Estórias Gerais’

PORTUGUÊSO professor Batista com

sintaxe e regência

REDAÇÃOA professora Franceliza

Monteiro ensina como

iniciar uma redação

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vestibularSábado, 31 de outubro de 20092 Jornal de Fato

vestibular EDITOR GERALWilliam Robson

COORDENAÇÃO PEDAGÓGICASávio Marcellus

EDIÇÃO ESPECIAL DO JORNAL DE FATO • NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE

DIAGRAMAÇÃOTelêmaco Sandino

IMPRESSÃOGráfica de Fato

SANTOS EDITORA DE JORNAIS LTDA • Redação e oficinas: Avenida Rio Branco, 2203, Centro, Mossoró-RN - CEP: 59.611-400

TÔ NA ÁREACIÊNCIAS

GLOBALIZAÇÃOUm dos principais fenômenosque caracterizam os anos que seseguiram ao fim da Guerra Friaé o crescente processo de Glo-balização, ou seja, a integraçãodo espaço mundial, caracteri-zada pelo fluxo intenso de ca-pitais, serviços, produtos e tec-nologias entre os paises. A glo-balização criou uma interde-pendência entre mercados fi-nanceiros, em escala mundial,encurtou as distancias e bara-teou a informação.

GUERRA FRIACorresponde o período que seestende de 1945 até o final dosanos 80. Neste período os pai-ses capitalistas e socialistas seconfrontaram diversas vezes,colocando em risco a paz mun-

dial. Mesmo que tenham sidoconflitos restritos e localizados,os dois blocos estiveram inte-grados à corrida armamentis-ta e nuclear e às campanhas po-líticas de acusações recíprocas.

ENEM PARA JUDEUSA Justiçou ordenou ao Minis-tério da Educação que marqueoutro dia que não o sábado, pa-ra que 21 alunos de um Colé-gio Judaico de São Paulo façamo Enem, O MEC anunciou querecorrerá da decisão, e mante-ve o prova para os dias 5 e 6de dezembro, ou seja, sábadoe domingo. Na cultura hebrai-ca o sábado é o shabat, dia emque os judeus descansam. Dopôr do sol da sexta ao pôr dosol sábado, neste ínterim elesnão dirigem, não escrevem e

nem trabalham. Além dos ad-ventistas e outros grupos queconsideram o sábado um diasagrado.

REDAÇÃOA compreensão da proposta deredação já é o primeiro passopara que você possa se sair bemna prova, uma vez que o de-senvolvimento do tema apre-sentado torna-se muito maistranqüilo e não há o risco deseu texto ser desconsideradopela banca de correção. Alémdisso, é preciso lembrar de quese trata de um texto em prosa(ou seja, você não pode escre-ver um poema), do tipo dis-sertativo-argumentativo, o quesignifica adotar um posiciona-mento crítico e reflexivo dian-te de determinada questão ouexpressar sua opinião de mo-do claro e coerente. Então,compreender a proposta de re-dação e aplicar conceitos dasvárias áreas de conhecimentopara desenvolver o tema, den-tro dos limites estruturais dotexto já é bom começo.

PROFESSORO papel e as expectativas em re-lação ao professor mudam tan-to de uma sociedade para ou-tra, quanto ao longo da histó-ria. E na medida em que seu pa-pel social é ressignificado, oprocesso formativo tambémdeveria ser. Mas não é isso quetem ocorrido. O que constatasão a distancia entre a estrutu-ra dos cursos de pedagogia, arealidade da sala de aula e as de-mandas que se colocam para

Prof. Sávio Marcelus

o exercício do magistério.

AVALIAÇÃOSegundo o professor SantiagoCueta o Brasil é provavelmen-te um dos paises da América La-tina com mais programa de ava-liação, o que me parece bom pa-ra o desenvolvimento de polí-ticas baseadas em evidênciasempíricas. Porém, falta dar umbom uso às informações. Emmuitos paises latino-ameri-canos, como o Peru, quandosaem os resultados ruins nasprovas, as manchetes dos jor-nais são só sobre isso, mas nin-guém faz nada depois. Se sóolháramos os resultados, é co-mo se colocássemos o termô-metro muitas vezes no pacien-te para medir a febre, mas nãodéssemos o remédio nem fi-zéssemos outros diagnósticos.Então, é importante pensar asreformas do sistema educacio-nal, em como as avaliações vãoser parte disso e como será usa-da a informação para melhoraro sistema.

COLÉGIOEscolha um colégio que estejade acordo com seu ponto de vis-ta sobre a educação. É precisoque você conheça os métodose confie nos profissionais queirão conviver com seus filhos.Se não concordar com umaeducação rígida, não coloqueseu filho em uma escola comessas características. O mesmovale para os colégios mais libe-rais. Para o bem das crianças,a escola deve ser uma extensãoda casa.

Estudo revela que aumenta da carga horária dedisciplinas como matemática, ciências e leitura me-lhoria a aprendizagem dos alunos e pode ser um pas-so determinante em direção a um ensino de maior qua-lidade. Com o aumento de uma hora de aula a maispor semana representa um acréscimo de cerca de 15pontos na nota do Pisa (Programa Internacional deAvaliação de Alunos). Porem não basta ampliar a car-ga horária, já o impacto está diretamente ligado à quan-tidade escola. É preciso também mudar toda uma es-trutura de ensino, estudar mais tempo com um bomprofessor será muito mais proveitoso do que com umprofissional despreparado ou até mesmo mal remu-nerado, além da qualidade da estrutura física que va-mos oferecer a este jovem aliado ao bom acompanha-mento de profissional de áreas especificas como pe-dagogos, psicólogos e nutricionistas e educadorespara acompanharem todo o projeto.

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vestibular Sábado, 31 de outubro de 2009 3Jornal de Fato

ANA CLÁUDIA

Professora colaboradora

Ana Cláudia

mo, de acaso, de injustiça social,nestes contos que são narrativasda solidão humana e, ao mesmotempo, uma denuncia e um pro-testo. E no sertão o universo hu-mano aparece do amor ao ódio,do político-social ao familiar, osconflitos vão permitindo ao lei-tor indagar, se indignar, sorrir ouchorar, já que cada um pode vercomo seu olhar permite.

Os perfis que ilustram a o-bra são os "personagens da vidareal" que perambulam pelo RioGrande do Norte, na maioria, sãopessoas simples que enfrentam asmaiores dificuldades na labutadiária, repleta de privações.

Mostra o homem e seus con-flitos, a incomunicabilidade en-tre as pessoas, o isolamento so-cial, o silêncio no mutismo daspersonagens que apresentam tra-ços comuns nas reações sociaise psicológicas: crianças espertas,adolescentes indecisos, mulheresinconformadas com o casamen-to, mães dedicadas, sertanejosviolentos, movidos pela paixãoe pela defesa da honra.

Diferentes tons marcam os

contos, com predominância dotrágico, algumas incursões no lí-rico e no popular, e com mes-tria, o fantástico predominanteem Conto de Ninar.

SINOPSE DOS CONTOS

Contos de NinarSandrino não consegue dor-

mir sem ouvir a história do tou-ro que tinha asas e sabia asso-biar, contada por seu pai. E opai contava histórias fantásticaspara ninar o filho que o inter-rompia sempre, querendo saberde outros detalhes. E os dois dia-logavam na noite, desfiando umconto de ninar que, muitas vezes,não chegava a ter fim.

E o pai contou que um dia otouro vinha pela rua, e atrás vi-nha uma vaca e os dois tocavamviolão.

" - Diga pai, o touro sabiacantas?

Sandrino queria que lhe falas-sem contadas todas as minúcias.E o pai contava. Disse que o tou-ro cantava e voava.

- Touro tinha asas?

- Tinha duas asas vermelhase um enorme rabo branco. Aíele voou até o outro lado da por-ta e ficou assobiando, chaman-do a vaca.

- A vaca era namorada do tou-ro?

O velho ria, ajeitava-se, ga-nhando entusiasmo com a estó-ria. O menino era sério, não ria,o semblante fechado denotava in-teresse pela narrativa.

- A vaca gostava do touro?- Gostava. Ela não podia ou-

vir o assobio porque tinha ido to-mar sorvete. Na sorveteria haviamuitas vacas tomando café e sor-vete. Elas bebiam o café e depoisengoliam o sorvete e nem mor-riam.

- O sorvete era frio?- Era muito frio, e a vaca co-

meçou a sentir dor de dente. Ogarçom indagou se podia servirum melhoral e ela respondeu quepodia. Depois que a vaca engo-liu o melhoral ficou boa e logocomeçou a dançar no salão. Eladançava com muita elegância,com as mãos levantadas e o ra-

AUTORJaime Hipólito Dantas nas-

ceu em Caicó (RN), a 1º de de-zembro de 1928, filho de Rai-mundo Hipólito de Medeiros eEufrásia Dantas de Medeiros,com apenas quatro anos de ida-de, foi com os pais para o Ma-ranhão e, de lá, após permanên-cia de dois anos, para Mossoró,cidade onde viveu a maior par-te de sua existência.

Influenciado, principalmen-te pela literatura inglesa, Jaimeera jornalista com formação emDireito pela Universidade Fe-deral do Rio Grande do Norte.Teve formação na Universida-de de Swansea, no Pais de Ga-les. Diplomou-se em Política So-cial e Administração. Com a pu-blicação de "O Aprendiz de Ca-melô", lançado em 1962, Jaimeganha notoriedade, pois os con-tos do livro são densos. Logodepois, publica Estórias Gerais,(Contos da Coleção Mossoroen-se, 1986) e, em 1992, seu últimotrabalho, "De Autores e de Li-vros".

Faleceu no dia 22 de marçode 1993, em Natal, onde mora-va, com a família, desde 1985.

LINGUAGEMConsiderada do ponto de

vista regionalista, a coletâneade contos apresenta acentuadascaracterísticas peculiares ao lin-guajar caboclo ou própria damassa sertaneja. Dono de umestilo ágil e leve, Jaime incorpo-ra expressões coloquiais e vul-garismo cujo propósito é ser fielao ambiente em que os fatos sedesenrolam. Ilustra o cotidia-no interiorano com a simplici-dade da própria fala do homemque ali mora, usando períodoscurtos e o léxico regional.

TEMÁTICASJaime Hipólito recria a vida

nas pequenas cidades do inte-rior. Há uma mistura de fatalis-

LITERATURAJAIME HIPÓLITO

CONTINUA...

Page 4: Dfato vestibular fasciculo  5

bo também, a ponta tocando anuca. As outras tinham muita in-veja porque não sabiam danças.Só sabiam berrar no curral e darleite.

- e o touro também dançava?- Não dançava. Quando o tou-

ro chegou ficou muito zangadoporque não gostava que a namo-rada dançasse. Ele achava que avaca não tem direto de dançar empúblico, que só quem dança empúblico é vedete. E namorada detouro não é vedete, o touro ex-plicava. Quando ele entrou nasorveteria, todo mundo ficoucom medo, por causa do revól-ver que tinha à mão, um revól-ver enorme, que pesava duas ar-robas.

O menino divertia-se, fazia arde admiração, parecia estar ven-do tudo mover-se num mundomágico. Num mundo de sonho.

- E o touro mandou a vacaparar?

- Mandou, mas o garçom dis-se que ela não parasse, e o tourodeu um tiro no grçom. E o gar-çom morreu?

- Morreu. E quando ele caiumorto o touro saiu correndo pa-ra evitar o flagrante.

- E o que é evitar flagrante?- Evitar flagrante é azular an-

tes de ser agarrado pela policia.O touro não queria ser pegadocom a mão na botija.

- O touro tinha uma botija?O velho disparava numa gar-

galhada, chamando a atenção daesposa. Ela dizia que não sabiaqual dos dois tinha mais juízo.Mas, na verdade, achava tambémtudo muito divertido. E escuta-va sempre. Raul, dois anos maisvelho que Sandrino, escutava noquarto contíguo, enquanto nãodominava o sono.

- Diga o touro tinha uma bo-tija?

O menino não admitia queo mínimo detalhe ficasse sem res-posta.

- Tinha. O touro tinha umabotija. Na noite anterior, quan-do ele estava dormindo, sonhoucom uma. Aí de manhãzinha selevantou e saiu com a vaca paraarrancar o caixão e encontroumuito dinheiro. Tinha ouro emuita prata. O touro disse paraa vaca que estava rico e que ia com-prar um palácio.

- Ele comprou um palácio?

- Não comprou. Na carreiraque deu da sorveteria, para evi-tar o flagrante, perdeu tudo e fi-cou de novo muito pobre. Aí te-ve que voltar para o sertão, ondeos outros touros trabalhavam nacanga. Chegou lá e foi logo agar-rado e levado para o serviço. Noprimeiro dia de trabalho o pes-coço do touro ficou muito doí-do com o peso da canga e ele co-meçou a chorar. Os outros tou-ros tiveram muita pena e come-çaram a contar estórias de Tran-coso procurando acalentar o cho-rão. Ele dizia que não se acostu-mava mais com canga e queriamorrer. Os outros tiveram me-do e imaginaram que ele ia sesuicidar. Passaram a noite comele, de lamparina acesa, como seestivessem num velório. Aí o tou-ro começou a dormir, e dormin-do sonhava muito. Sonhou queo pescoço tinha deixado de do-er e que nunca mais teria que us-ar de novo a canga. Sonhou tam-bém que voltaria a Mossoró pa-ra aqui trabalhar de sacristão.

- E ele voltou?- Voltou depois de um mês.

Aí numa noite foi dormir, equando acordou havia um car-ro esperando, e ele veio dirigin-

do o carro. Vinha muito conten-te, como se tivesse achado novabotija. A estrada era ruim, ha-via muitos buracos, muitos es-tragos feito pelas chuvas. Mas ocarro corria a toda a velocida-de. E o touro não parava de rirde contente. Só pensava nos si-nos que ia tocar todas as manhãschamando os cristãos para a mis-sa. O carro corria mais do queo raio, e o vento fazia nos ouvi-dos do touro um zunido muitoesquisito. O zunido era comose fosse o som dos sinos. O tou-ro ouvia o som e se esquecia detudo. Apertava o pé, sempremais, até encostar na tábua. Elequeria fazer o carro decolar co-mo um avião. Aí perto da pon-te o carro decolou, mas teve quefazer uma aterrissagem forçadana calçada da sorveteria, e o tou-ro morreu. No enterro, a vacachorava muito, e ela ia com acabeça coberta com uma véu pre-to, como se fosse viúva.

- E a vaca nunca mais dan-çou?

- Nunca mais. Nem ela nemas outras, porque o touro mor-reu.

Durante todo o resto da noi-te Sandrino sonhou com tou-

ros que atravessaram o rio voan-do como se fossem enormes pás-saros de todas as cores.

Neste conto, o encantamen-to domina o ambiente familiar,seja na doce fantasia das histó-rias, seja no entusiasmo dosmembros da família no momen-to do conto de ninar.

Se na maioria dos contos dolivro, a tragédia se torna marcaessencial da visão pesarosa queo autor tinha da vida, em Con-to de Ninar, há uma apologia àfantasia, fundamental na infân-cia, uma exaltação ao equilíbriodoméstico através da integraçãodos adultos com o fantástico domundo infantil.

As perdas reais no enredode outras narrativas, aqui estãono plano fantástico, na mortedo boi, que deixa tantas vacasviúvas, no desfecho que mostraque nem tudo é previsível, nemtudo é sonho e tudo passa".

Às suas ordens, Sargento

Tudo começa quando o sar-gento estaciona o furgão bemem frente à casa de Zé Firmino.Os quatro policiais que o acom-panhava ficaram dentro do car-ro. Bate à porta e em pouco tem-po Zé Firmino aparece:

"As suas ordens, Sargento.- Vim buscar o senhor, dis-

se."O que vem a seguir é uma

espécie de ritual de despedidada liberdade. Zé convida o sar-gento para entrar e prepara ocafé, enquanto conversa calma-mente com a autoridade. Lavaa louça que dormira na pia, en-xuga e arruma a mesa para o ca-fé. O sargento elogia-lhe a me-sa farta.

Após a refeição, Zé Firmi-no arruma a cozinha, cuida dahigiene pessoal, arruma calma-mente os objetos pessoais numavalise, dá uma olhada em voltae sai acompanhando o sargen-to rumo à delegacia.

A narrativa gravita em tornoda insólita prisão de Zé Firmi-no e os fatos enquadrados quepontuam a vida em cidades in-terioranas. A relação de cordia-lidade entre o prisioneiro e a au-toridade, as conversas informaisentre ambos, o café de manhã

vestibular4 Sábado, 31 de outubro de 2009Jornal de Fato

CONTINUA...

JAIME HIPÓLITO DANTAS nasceu em Caicó (RN), a 1º de dezembro de 1928

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A sintaxe de regência verbalconsiste em reconhecer no con-texto o sentido do verbo, para oemprego correto da predicaçãoverbal ou o não uso de preposi-ção entre o verbo e seu comple-mento. Desta forma, temos o em-prego do complemento verbal co-mo consequência de uma análi-se semântica (de sentido). É ne-cessário reconhecer a polissemia(plurisignificação das palavras)dos principais verbos em concur-

so público, Enem ou vestbulares.Também, há casos que exigem asubstituição do complementoverbal (objeto direto ou objeto in-direto) por pronomes. O verboASSISTIR, por exemplo, no sen-tido de ver, presenciar, caro(a) lei-tor(a), não aceita o uso do pro-nome LHE. Em "Assisti ao jogo",o termo grifado não aceita o pro-nome LHE. Assim, "Assisti-lhe"é incorreto. O modo correto éescrever: "Assisti a ele". O pro-

nome LHE só deve ser usado,como complemento verbal, nafunção sintática de objeto indi-reto e quando se referir a pessoa.

Exemplos:"Obedeça a seu pai." O ter-

mo sublinhado exerce a funçãosintática de objeto indireto. Sen-do assim, posso substituí-lo porLHE, assim:

"Obedeça-lhe."Já em "Obedeça às leis do trân-

sito", o termo grifado só pode

ser substituído por "a elas", umavez que tal termo não se refere anome de pessoa. Então, o corre-to, na substituição, é:

"Obedeça a elas."

Observe que a regência ver-bal também nos orienta quan-to ao emprego de pronomes.

Quando o verbo é transitivodireto, dá-se a substituição do ob-

Sábado, 31 de outubro de 2009 5Jornal de Fatovestibular

CONTINUA...

tomado num clima de paz e ami-zade, acentuam a lentidão do co-tidiano num lugar onde os acon-tecimentos ocorrem sem presa,

sem correria, pois o tempo an-da, também, sem presa.

Os dramas do cotidiano eas conseqüências da insensatez

humana estão representados emZé Firmino que não apresentauma aparência nem comporta-mento criminoso. Mas perde a

liberdade com a qual estava acos-tumado, após cometer um deli-to não especificado pelo narra-dor de 3ª pessoa onisciente.

01 Ao considerarmos os personagens Eu-

lália, do conto Noite de Eulália, e o ti-po estranho, do conto Remorsos, perce-bemos características, exceto:

a) sofrimento.b) Desabafo.c) Opressão.d) Sentimento de culpa.

02 A desilusão amorosa é um tema re-

corrente nos contos Estórias Gerais. Doscontos abaixo, assinale aquele que não senquadra na temática mencionada:

a) Patrício.b) Noite de São João.c) Estória de traição, em que o mari-

do, que vai matar, morre.d) A tragédia do negro Jesus.

03 "De noite do alpendre, Luis Cosme

ainda ficou observando a caatinga. Pare-ceu-lhe que não havia mais uma só ar-vore em pé naquela paisagem. Uma asa-

branca pousou na cerca do curral, soli-tária. Ainda ensaiou o seu canto, masfoi adiante. Parecia que o perdera. A cla-ridade do sol doía na vista de Luis Cos-me e, no entanto, ele continuava fitan-do aquele panorama. De um lado estavao chiqueiro que nos bons anos se enchiade cabras. Ali do outro, o curral, vazio,quase já em ruínas."

O fragmento acima ilustra um dostemas característicos da literatura brasi-leira que se produziu a partir da décadade 30 do século XX, o qual aparece emum dos contos de Estórias Gerais. Indi-que o tema e o conto:

a) A dureza do trabalho/ O regresso.b) A falência dos produtores rurais/

Capítulo da seca.c) A migração provocada pela seca /

Capítulo da seca.d) O determinismo do meio/ conto

de natal.

04 04. Marque o item que a relação fa-

to-conto está incorreta:

a) O protagonista perde a liberdadeapós praticar uma sandice - As suas or-dens, sargento.

b) Enlouquecimento e morte da pro-tagonista - Luciana.

c) Decidido a escrever sua memórias,o protagonista recorda as escolhas quedeterminaram a sua atual condição - Opadre.

d) Numa festa caipira amantes cele-bram a reconciliação - Noite de São João.

05 Na maioria dos contos do Estórias

Gerais, encontramos uma galeria de mor-tos, outros tantos abandonados, umagama de assassinos, doentes ou depres-sivos. Porém, em duas narrativas, há umaapologia aos aspectos mágicos da infân-cia, através de personagens mirins quesão responsáveis pela harmonia e felici-dade do lar. Aponte-as:

a) Conto de ninar/ Patrício.b) O regresso/ Conto de natal.c) Conto de ninar/ conto de na-

tal.d) Júlia/ Capitulo da seca.

Exercícios

LINGUA PORTUGUESASINTAXE DE REGÊNCIA

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vestibularSábado, 31 de outubro de 20096 Jornal de Fato

CIANOMAGENTAAMARELOPRETO

FRANCISCOBATISTAPEREIRA

Professor colaborador

Marcos Garcia

achar que isso é errado, mascreia, não é.

O estudo da gramática da lín-gua portuguesa torna-se simplesa partir do momento em que o

estudante passe a perceber o sen-tido do conteúdo qu está estudan-do. Associar o que se estuda aosentido facilita a compreensão eajuda, em muito, a aprendizagem.

E já que estamos referindo-nos à regência verbal, eis os prin-cipais verbos e suas respectivas re-gências:

jeto direto pelo pronome oblí-quo o e suas formas variantes(a, os, as). Assim, na frase "Com-prei doces para presentear", subs-tituindo o termo grifado pelopronome adequado teremos"Comprei-os para presentear.".

No entanto, é preciso quese observem algumas particu-laridades relativas a esse tipode pronome em relação às for-mas verbais.

Se a forma verbal terminarem vogal, a substituição será fei-ta conforme se observou noexemplo acima. Porém, se a for-ma verbal terminar em R, S ouZ, suprimem-se essas letras eacrescenta-se L à forma prono-minal, assim:

"Vou comprar doces parapresentear.". Substituindo, te-remos: "Vou comprá-los parapresentear.".

"Pus o livro sobre a mesa.".Substituindo, teremos: "Pu-losobre a mesa.".

"Fiz a tarefa ontem mes-mo." Substituindo, teremos:"Fi-la ontem mesmo.".

É muito simples, apesar demuita gente com quem con-vivemos considerar que taisconstruções linguísticas sãoestranhas, feias ou até mesmo CONTINUA...

Page 7: Dfato vestibular fasciculo  5

vestibular Sábado, 31 de outubro de 2009 7Jornal de Fato

CIANOMAGENTAAMARELOPRETO

1. ASPIRAR: Cheirar, absorver o ar = v.t.d.Desejar = v.t.i.(a) * Não admite o pronome LHE2. VISAR: Apontar, mirar ou rubricar, dar visto = v.t.d.

Desejar = v.t.i. (a) * Não admite o pronome LHE3. PREFERIR: v.t.d.i. * Não é necessário usar os dois comple-

mentos. O objeto indireto expressa o que não se prefere, cons-tituído com a preposição "a".

4. ASSISTIR: Ver, presenciar = v.t.i. (a) *Não admite o pron.LHE

Socorrer, dar assistência = v.t.d ou v.t.i. (a) * A transitivida-de indireta é a norma culta.

Residir = v.i. (em), apresentando o adjunto adv. de lugar.Caber, pertencer = v.t.i. (a) * Admite o pronome "lhe"

01 Assinale Falso ou Verdadeiro.

a) Aspiramos conquistas heróicas. [ ] / Aspiro a con-quistas heróicas. [ ]

b) Aspiramos conquistas heróicas. [ ] / Aspiro aconquistas heróicas. [ ]

c) Você aspira àquela vaga, mas eu não aspiro a ela. [ ]d) O cargo a que ela visa, Rogério, Luciana não aspira a

ele. [ ]e) O cargo que ela visa, Rogério, Luciana não aspira a ele.

[ ]f) Prefiro aventuras que liberem adrenalina a viver na inér-

cia. [ ]g) Prefiro aventuras que liberem adrenalina do que viver

na inércia. [ ]

h) Assistimos ao filme, mas Paulo não assistiu a ele.[ ]i) O médico assistiu o enfermo. [ ]j) O médico assistiu ao enfermo. [ ]k) O resultado da sentença assiste ao Juiz Leopoldo. [ ]l) O apartamento em que você assiste há drogas. [F] Correção:

_____________________________________________________________________

5. INFORMAR, AVISAR, CERTIFICAR, CIENTIFICAR, ACONSE-LHAR, PREVENIR, ADVERTIR: v.t.d.i. *São pronominalizados ape-nas os complementos constituídos por "pessoa".

02 Assinale Falso ou Verdadeiro.

a) Avisei o chefe do fato. [ ]b) Avisei-o do fato. [ ]c) Avisei o fato ao chefe. [ ]d) Avisei-lhe o fato. [ ]e) Certificamo-lo do fato. [ ]f) Certificamos-lhe o fato. [ ]g) Advertiram-no das conseqüências. [ ]h) Advertiram-nos as conseqüências. [ ]

_____________________________________________________________________

6. CHAMAR: Mandar, vir = v.t.d. / Rogar = v.t.i. (por) / Cog-nominar, dizer algo a respeito de alguém ou de algo = Use a tran-sitividade direta ou a indireta. Além do complemento verbal, overbo exige o emprego do predicativo (preposicionado ou nãopreposicionado)

Exercícios

CONTINUA...

Page 8: Dfato vestibular fasciculo  5

A INTRODUÇÃOUma das etapas mais difíceis

na hora de fazer a redação novestibular é iniciar o texto, já quea maioria dos alunos sente-se blo-queado e este bloqueio, muitasvezes, impede o surgimento deboas ideias podendo, assim, levaro candidato a fugir ao tema e/ou

abordá-lo superficialmente.É importante saber que a te-

se (parágrafo introdutório ou pa-rágrafo inicial) pode ser obtidaatravés de alguns procedimentos:para tanto, são usadas definiçõessimples, afirmações, citações, se-quências interrogativas, compa-rações de características históri-

cas, sociais ou geográficas.A tese deve ser elaborada a

partir da ideia expressa no te-ma e do posicionamento que ocandidato deverá adotar no seutexto. Deve-se levar em conta queo parágrafo introdutório é o pa-rágrafo norteador de toda a es-trutura dissertativa, aquele que

carrega uma ideia nuclear a serutilizada de maneira pertinen-te em todo o desenvolvimentodo texto. Daí porque é impor-tante você saber algumas formasde iniciar o seu texto para que ofamoso "branco" não venha aprejudicá-lo.

vestibularSábado, 31 de outubro de 20098 Jornal de Fato

CONTINUA...

03 Assinale Falso ou Verdadeiro.

a) Chamei o soldado. Como ele não compareceu, chameipelo soldado. [ ]

b) Chamaram aquela terra de paraíso. / Chamaram aque-la terra paraíso. [ ]

c) Chamaram àquela terra de paraíso. / Chamaram àque-la terra paraíso. [ ]

d) Todos os rapazes, conforme registros pelos feitos, queveio a se chamar heróis receberam medalhas. [ ]

e) Todos os rapazes, conforme registros pelos feitos, a quevieram a se chamar heróis receberam medalhas. [ ]_____________________________________________________________________

7. LEMBRAR e ESQUECER = v.t.d.* Quando pronominais, use a transitividade indireta.

Também é bom ressaltar que LEMBRAR pode ser transitivo di-reto e indireto.

8. QUERER: Desejar = v.t.d. Quero alguns anúncios em lo-cais estratégicos.[ ]

Gostar, estimar = v.t.i. (a) As crianças a quem quero estãodormindo.[ ]

9. SIMPATIZAR: v.t.i. (com) * Não pode ser usado pronomi-nalmente

Simpatizei com você, Dulcinéia.[ ]10. PAGAR = v.t.d.i. Paguei a taxa ao cartório.

Paguei o banco. / Paguei ao banco. [ A forma corretaé "Paguei ao banco"]

11. CHEGAR: v.i. * Não admite o uso da preposição "em"Cheguei o clube / Cheguei ao clube. [ A forma correta é

"Cheguei ao clube"]Cheguei do clube.12. ALUDIR: v. t. i. (a) - O resultado a que aludimos não foi lí-

cito.. [Correto] 13. CUSTAR: Acarretar = v.t.d.i.

Relacionado a preço = v.i.Demorar, ser difícil = v.t.i. (a) e pede sujeito ora-

cional.

04 Assinale Falso ou Verdadeiro.

a) Lembrei que ela é culpada. [ ] b) Lembrei-me de que ela é culpada. [ ]c) Esqueci você, ontem. / Esqueci-me de você, ontem. [ ]d) Esqueci as informações, mas não me esqueci de você. [ ]e) Quero meus avós com intensidade. [ ]f) Quero a meus avós com intensidade. [ ]g) Paguei à universidade, mas não paguei o colégio. [ ]h) Não paguei ao colégio. [ ]i) Simpatizei-me com suas idéias, Leandro. [ ]j) Simpatizei com suas idéias, Leandro. [ ]k) O fato a que aludiram nos jornais locais não é tão grave. [ ]l) Sua má participação custou danos às filiais. [ ]m) A camisa custou vinte reais. [ ]n) Custou-me dividir os pertences. [ ]o) Custou-me reconhecer os criminosos. [ ]p) Eu custei a responder a prova. [ ]q) Custou-me perceber os erros na planilha. [ ] r) Esqueci de alguns livros que Marcus aludiu, ontem, co-

mo indispensáveis ao entendimento da metafísica. Sincera-mente, prefiro aos presentes os substanciosos ensinamentossocráticos que possibilitam valores e conhecimentos densos,alimentando-nos em completude. [ ]

s) Esqueci alguns livros (ou "Esqueci-me de alguns livros...")a que Marcus aludiu, ontem, como... [ ]

t) Posso informar aos senhores de que ninguém ousoualudir a tão delicado assunto. [ ]

u) Posso informar os senhores de que ninguém ousou alu-dir a tão delicado assunto / Posso informar aos senhores queninguém ... [ ]

v) Lembrou-lhe que precisava voltar ao trabalho. [ ]w) Elas custaram para entender todas as situações. [ ]x) Custou-lhes entender todas as situações. [ ]y) As informações que dispomos não são suficientes para

esclarecer o caso. [ ]z) As informações de que dispomos não são suficientes

para esclarecer o caso. [ ]

REDAÇÃOCOMO INICAR A REDAÇÃO NO VESTIBULAR

Page 9: Dfato vestibular fasciculo  5

uma ideia com a qual não se con-corda inteiramente, pode-se tra-balhar com este método: con-cordar com o tema, em partes, ouseja, argumentar que a idéia dotema é verdadeira, mas que exis-tem controvérsias; discutir queo assunto do tema é polêmico,que há elementos que o compro-vem, e elementos que discordemdele, igualmente. Não se esque-ça de que o desenvolvimento temque ser condizente com a intro-dução, estar em harmonia comela, ou seja, se trabalhar com es-se método, o desenvolvimentodeve conter as duas comprova-ções, cada uma em um parágra-fo.

05) Refutando o tema, contradizendo totalmenteRefutar significa rebater os

argumentos; contestar as asser-ções; não concordar com algo; re-provar; ser contrário a algo; con-trariar com provas; desmentir;negar. Portanto, refutar o temaé escrever, na introdução, o con-trário do que foi apresentado pe-lo tema. Deve-se tomar muito cui-dado, pois não é só escrever o con-

trário, mas mostrar que se é con-tra o que está escrito. O ideal, nes-se caso, é iniciar a introduçãocom Ao contrário do que se acre-dita...

Não se esqueça, novamente,de que o desenvolvimento temque ser condizente com a intro-dução, estar em harmonia comela, ou seja, se trabalhar com es-se método, o desenvolvimentodeve conter apenas elementoscontrários ao tema. Cuidado pa-ra não cair em contradição. Sefor, na introdução, favorável aotema, apresente, no desenvolvi-mento, apenas elementos favorá-veis a ele; se for contrário, apre-sente apenas elementos contrá-rios.

06) Elaborando uma série de interrogaçõesPode-se iniciar a redação com

uma série de perguntas. Porém,cuidado! Devem ser perguntasque levem a questionamentos ereflexões, e não perguntas vaziasque levem a nada ou apenas arespostas genéricas. As pergun-tas devem ser respondidas, no de-senvolvimento, com argumenta-ções coerentes e importantes, ca-

da uma em um parágrafo. Por-tanto use esse método apenasquando já possuir as respostas,ou seja, escolha primeiramenteos argumentos que serão utili-zados no desenvolvimento e ela-bore perguntas sobre eles, parafuncionar como introdução dadissertação.

07) Transformando a introdução em uma perguntaO mesmo que a anterior, mas

com apenas uma pergunta.

08) Elaborando uma enumeração de informaçõesQuando se tem certeza de que

as informações são verídicas,pode-se usá-las na introdução e,depois, discuti-las, uma a uma,no desenvolvimento.

09) Caracterizando espaços ou aspectosPode-se iniciar a introdução

com uma descrição de lugares oude épocas, ou ainda com umanarração de fatos. Deve ser uma

vestibular Sábado, 31 de outubro de 2009 9Jornal de Fato

FRANCELIZAMONTEIRO

Professora colaboradora

CedidaPodemos iniciar nossa dis-sertação usando os seguintes ti-pos de tese:

01) Trajetória histórica: Traçar a trajetória histórica

é apresentar uma analogia en-tre elementos do passado e dopresente. Já que uma analogia se-rá apresentada, então os elemen-tos devem ser similares; há de ha-ver semelhança entre os argu-mentos apresentados, ou seja, sóusaremos a trajetória histórica,quando houver um fato no pas-sado que seja comparável, de al-guma maneira, a outro no pre-sente. Quando apresentar a tra-jetória histórica na introdução,deve-se discutir, no desenvolvi-mento, cada elemento em um sóparágrafo. Não misture elemen-tos de épocas diferentes em ummesmo parágrafo. A trajetóriahistórica torna convincente aexemplificação; só se deve usaresse argumento, se houver co-nhecimento que legitime a fon-te histórica.

02) Comparando social, geográfica ou historicamente. Também é apresentar uma

analogia entre elementos, porémsem buscar no passado a argu-mentação. É comparar dois paí-ses, dois fatos, duas personagens,enfim, comparar dois elemen-tos, para comprovar o tema.

Lembre-se de que se trata daintrodução, portanto a compa-ração apenas será apresentadapara, no desenvolvimento, serdiscutido cada elemento da com-paração em um parágrafo.

03) Conceituando ou definindo uma idéia ou situação. Em alguns temas de disserta-

ção surgem palavras-chave de ex-trema importância para a argu-mentação. Nesses casos, pode-se iniciar a redação com a defi-nição dessa palavra, com o sig-nificado dela, para, posterior-mente, no desenvolvimento, tra-balhar com exemplos de com-provação.

04) Contestando umaidéia ou citação, contradi-zendo, em partes

Quando o tema apresenta CONTINUA...

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vestibularSábado, 31 de outubro de 200910 Jornal de Fato

curta descrição ou narração, so-mente para iniciar a redação demaneira interessante, curiosa.Não se empolgue!! Não transfor-me a dissertação em descrição,muito menos em narração.

10) Resumo do que será apresentadono desenvolvimentoUma das maneiras mais fáceis

de se elaborar a introdução é apre-sentar o resumo do que se vaidiscutir no desenvolvimento.Nesse caso, é necessário planejarcuidadosamente a redação toda,antes de começá-la, pois, na in-trodução, serão apresentados ostópicos a serem discutidos nodesenvolvimento. Deve-se tomaro cuidado para não se apresen-tarem muitos tópicos, senão a dis-sertação será somente expositi-va e não argumentativa. Cadatópico apresentado na introdu-ção deve ser discutido no desen-volvimento em um parágrafo in-teiro. Não se devem misturá-losem um parágrafo só, nem utili-zar dois ou mais parágrafos, pa-ra se discutir um mesmo assun-to. O ideal é que sejam apresen-tados somente dois ou três te-mas para discussão.

11) ParáfraseA maneira mais fácil de se ela-

borar a introdução é valendo-seda paráfrase, que consiste em rees-crever o tema, utilizando suas

próprias palavras. Deve- se tomaro cuidado, para não apenas sesubstituírem as palavras do te-ma por sinônimos, pois isso se-rá demonstração de falta de cria-tividade; o melhor é reestrutu-rar totalmente o tema, realmen-te utilizando "SUAS" palavras.

Essas maneiras de iniciar oseu texto são apenas sugestões,portanto não devem ser encara-das como solução para a falta deconhecimento do assunto e nemde domínio das normas grama-ticais.

Treine e boa sorte!!!!!!!!!!

MANDAMENTOS DE UMA BOA REDAÇÃOAlgumas dicas para você fa-

zer bonito na hora de escrever asua redação

EVITE: * Esnobar - Mostrar que é "o

bom", complicar, escrever difí-cil

* Palavrão - Não use nunca.* Criticar a universalidade, as

autoridades, as instituições - Is-so não é recomendável.

* Ser muito negativo - Em tu-do há um bom lado. Procure de-scobri-lo. Aponte alternativas, saí-das.

* Gírias - Lembre-se que asgírias fazem parte da norma co-loquial e o vestibular exige o usoda norma culta.

NÃO ESQUEÇA: * O ponto final* O pingo no i* Cortar o t* O cedilha do ç* A inicial maiúscula no iní-

cio de período e de substantivospróprios

* Estrangeirismo - Só deveser empregado quando não hou-ver em nosso vocabulário pala-vra correspondente.

* Eco - ( ex.: A eleição cau-sará comoção na população) -Isso é péssimo.

* Não abrevie palavras* Evite repetições desneces-

sárias* Não aumente o tamanho

da letra para dar a idéia de queescreveu bastante

* Não se desculpe dizendoque não escreveu mais porqueo tempo foi pouco

* Não cometa cacofonia* Evite ambiguidade* Evite o queísmo* Seja claro, coerente, obje-

tivo e original* Você deve preencher cor-

retamente todos os itens do ca-beçalho com letra legível.

* Centralize o título na pri-meira linha, sem aspas e sem gri-fo. O título pode apresentar in-terrogação desde que o texto res-ponda à pergunta.

* Pule uma linha entre o ti-tulo e o texto, para então ini-ciar a redação.

* Faça parágrafos distantemais ou menos três centíme-tros da margem e mantenha-osalinhados.

* Não ultrapasse as margens(direita e esquerda) e tambémnão deixe de atingi-las.

* Evite rasuras e borrões. Ca-so erre, anule o erro com um tra-ço apenas.

* Apresente letra legível. * Distinguir bem as maiús-

culas das minúsculas. * Evite exceder o número de

linhas pautadas ou pedidas co-mo limites máximos e mínimos.

* Escreva apenas com cane-ta preta ou azul.

OBSERVAÇÕES: Números A) Idade - deve-se escrever

por extenso até o nº 10. Do nº11 em diante devem-se usar al-garismos;

B) Datas, horas e distânciassempre em algarismos:10h30min, 12h, 10m, 16m30cm,10km (m, h, km, I, g, kg).

Palavras Estrangeiras As que estiverem incorpo-

radas aos hábitos lingUísticosdevem vir sem aspas: marketing,merchandising, software, dark,punk, status, offlce-boy, hippie,show etc.

Alie essas dicas ao seus co-nhecimentos e BOA SOR-TE!!!!!!!!!!

Não perca, todos os sábados

E TAMBÉM RESPOSTAS COMENTADAS DOS EXERCÍCIOS PUBLICADOS NESTE FASCÍCULO

HISTÓRIA E GEOGRAFIA DO RN

vestibularNA PRÓXIMA EDIÇÃO

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Com questões que aproximam a teo-ria do cotidiano, a prova mais temidado Exame Nacional do Ensino Médio(Enem) deverá favorecer candidatos Pro-va valoriza a cultura do estudante.

Números revelam muito. E não sãonada favoráveis aos estudantes brasileirosquando o assunto é matemática. Mas, des-ta vez, a notícia é boa. Ao encerrar a sé-rie que solucionou 80 das 180 questõesdo Exame Nacional do Ensino Médio(Enem) 2009, o caderno Vestibular trazum alento a quem se prepara para o exa-me: os testes da disciplina mais temidapelos candidatos se mostram acessíveis,exigindo leitura, interpretação, raciocí-nio lógico e, especialmente, bom senso.Mas que ninguém se engane. Será preci-so ainda muito fôlego e conhecimento deteoria matemática.

Os baixos índices de aprendizagem damatemática no Brasil sempre figuram emavaliações de alunos em séries iniciaisdo Ensino Fundamental, Ensino Médioe até na faculdade. Em uma comparaçãointernacional, alunos brasileiros com 15anos, idade padrão para participar doPisa (sigla em inglês para Programa In-ternacional de Avaliação de Alunos), ocu-pam os últimos lugares. Estão na 53ª po-sição na disciplina entre os 57 países par-ticipantes. Portanto, atenção: você não éo único que está com medo da prova.

As deficiências na matemática, dizemespecialistas, passa pela pouca relaçãoentre o que se aprende na sala de aula eo cotidiano. Uma realidade que deve co-

meçar a mudar com o novo Enem. É oque prevê a professora Nara Regina

Ribeiro da Silva, do Grupo Unifica-do, que resolveu as 20 questões que cons-tam desta edição.

– A bagagem cultural vai ajudar mui-to na prova. Mas o candidato terá de in-terpretar, retirar dados e colocá-los nocontexto matemático. A prova é longa ede cálculo intenso. Isso vai exigir con-centração do início ao fim – avisa.

Para o professor Carlos Alberto He-redia Vianna, a prova têm elaboração re-finada porque mostra transformação dalinguagem corrente em linguagem mate-mática. Mas surpreendeu.

– Esperava mais conteúdos. Muitos fi-caram de fora. É uma prova que vai abrirespaço em universidades federais e serádifícil avaliar candidatos para oscursos da área de exatas – diz.

PREPARE-SECom 45 ques-

tões e cálculos doinício ao fim, aprova exigiráesforço ex-tra do es-tudantep a r amanter ac o n c e n -tração. Essacapacidade deve-rá fazer a diferença en-tre os candidatos.

Ler com atenção antes de ini-ciar a resolução do teste pode ga-rantir o acerto.

Comece a treinar a sua resistên-cia na resolução de problemas, refa-zendo o máximo de exercícios pos-síveis.

Atenção: conteúdos de geome-tria e probabilidade foram destaquesna prova, além de problemas queenvolvem regras de três.

vestibular Sábado, 31 de outubro de 2009 11Jornal de Fato

RESPOSTAS DO FASCÍCULO NO 4GABARITO DE INGLÊS(PROF. DANIELLE SANTOS)

01:(a) Para uma melhor orga-nização pessoal da vida(b) Item 2 fazer regularmen-te atividade física e item 3combater obesidade(c) Item 6 parar de consu-mir álcool item 7 livrar-sedas dividas(d) item 10 Se manter organi-zado para cumprir toda lista

02:(a) É a fase de mais rebel-dia.(b) São bem humorados,preguiçosos e determina-dos.(c) Tornam-se mais prepa-rados para enfrentar situa-ções difíceis.(d) É a supervisão e orien-tação.

03:(a) have done

(b)hás been(c)have drank(d) hás made

04: eat, leave, go, built, say...

05: nuclear, Wind, solar

06: D07: A08: A09: C10: A

GABARITO DE ESPANHOL(PROF. FABIANO SALES)

TEXTO I:CUESTIÓN 1: DCUESTIÓN 2: CCUESTIÓN 3: DCUESTIÓN 4: BCUESTIÓN 5: ACUESTIÓN 6: BCUESTIÓN 7: DCUESTIÓN 8: BCUESTIÓN 9: ACUESTIÓN 10: B

TEXTO II:CUESTIÓN 11: DCUESTIÓN 12: C

TEXTO III:CUESTIÓN 13: ECUESTIÓN 14: A

TEXTO IV:CUESTIÓN 15: CCUESTIÓN 16: BCUESTIÓN 17: A

TEXTO V:CUESTIÓN 18: CCUESTIÓN 19: C

AA MMAATTEEMMÁÁTTIICCAA DDOO EENNEEMM

Page 12: Dfato vestibular fasciculo  5

CIANOMAGENTAAMARELOPRETO