detalhamento de vigas nbr6118_2003

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    Detalhamento de Vigas EM CONCRETO ARMADO

     Túlio Nogueira Bittencourt 

    Serão analisadas as disposições normativas de cálculo e verificação da aderência, emendas,alojamento, modelo estrutural e arranjo em vigas de concreto armado segundo a NBR 6118 (2003).

    1. Aderência

    Considere-se a armadura mergulhada na massa de concreto, conforme mostra a fig. 1.1. 

    Figura 1.1 – Armaduras embebidas em massa de concreto

    Se o comprimento mergulhado no concreto for pequeno, a barra poderá ser extraida doconcreto por tração; se este comprimento for superior a um valor particular

    bl , será possível elevar

    a força de tração até escoar esta armadura. Diz-se que a armadura está ancorada no concreto. Este valor

    bl  é chamado de comprimento de ancoragem básico, ou seja, o comprimento de ancoragem

    reta necessário para ancorar a força limite ydsf  A .

    O fenômeno envolvido na ancoragem de barras é bastante complexo e está ligado à aderência,entre o concreto e a armadura, em uma região microfissurada do concreto vizinho à barra. O efeitoglobal da aderência é composto por: a)  adesão (efeito de cola);  b)  atrito de escorregamento e  c) 

    engrenamento mecânico entre a superfície (irregular) da armadura com o concreto. Oescorregamento envolvido em b) ocorre junto às fissuras, digamos numa visão microscópica e,

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    portanto, localizada. Numa visão macroscópica, como na teoria usual de flexão, admite-se aaderência perfeita entre os dois materiais. Esta consideração torna-se razoável pois ao longo dadistância envolvida na análise de uma seção, da ordem da dimensão da seção transversal da peça,incluem-se várias fissuras que acabam mascarando os escorregamentos localizados junto às fissurasindividuais.

    1.1 Modelo para a determinação do comprimento de ancoragem básico

    Para a avaliação de b l , costuma-se utilizar o modelo indicado na fig. 1.2.

    Figura 1.2 – Determinação do comprimento de ancoragem

     Assim o comprimento de ancoragem básico ( item 9.4.3.4  da NBR 6118/2003) é obtidoigualando-se a força última de aderência com o esforço na barra, admitindo, ao longo dessecomprimento, tensão de aderência uniforme e igual a bdf  :

    ydsbdb   f  Af l   =πφ , e como4

    d A

    2

    s

    π=  obtém-se:

    bd

    yd

    bf 4

    f l

    φ=  

    1.2 Zonas de aderência

    Na concretagem de uma peça, tanto no lançamento como no adensamento, o envolvimentoda barra pelo concreto é influenciado pela inclinação dessa barra. Sua inclinação interfere, portanto,nas condições de aderência.

     A NBR 6118 (2003) considera em boa situação quanto àaderência os trechos das barras queestejam com inclinação maior que 45º em relação à horizontal. A fig. 1.3  apresenta as situaçõescorrespondentes às zonas de boa e má aderência. As condições de aderência são influenciadas pormais dois aspectos:• Altura da camada de concreto sobre a barra, cujo peso favorece o adensamento, melhorando ascondições de aderência;• Nível da barra em relação ao fundo da forma; a exsudação produz porosidade no concreto, que émais intensa nas camadas mais altas, prejudicando a aderência.

     A aderência depende, principalmente, de um bom envolvimento da armadura pelo concreto. A vibração do concreto provoca a movimentação da água, em excesso na mistura, para as partessuperiores da peça. Esta água tende a ficar presa, em forma de gotículas, junto às faces inferiores das

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    armaduras (partes sólidas em geral). Com o tempo aparecem no seu lugar vazios que diminuem aárea de contato da barra com o concreto. A fig. 1.4  ilustra este processo. Isto justifica o fato dasbarras horizontais posicionadas nas partes superiores das peças estarem em condições prejudicadasde aderência

    Figura 1.3 – Situações de aderência

    Figura 1.4 – Processo de exsudação

     A NBR 6118 (2003) considere em boa situação quanto à aderência os trechos das barras queestejam em posição horizontal ou com inclinação menor que 45º, desde que:• para elementos estruturais com h < 60cm, localizados no máximo 30cm acima da face inferior doelemento ou da junta de concretagem mais próxima;• para elementos estruturais com h maior ou igual a 60cm, localizados no mínimo 30cm abaixo da

    face superior do elemento ou da junta de concretagem mais próxima.Em outras posições e quando do uso de formas deslizantes, os trechos das barras devem serconsiderados em má situação quanto à aderência.

    1.3 Determinação das tensões de aderência

     A tensão de aderência de cálculo entre armadura e concreto é dada pela expressão (NBR 6118,2003, item 9.3.2.1 ):

    ctd321bd   f f    ηηη=  

    η1 = 1,0 para barras lisas

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    η1 = 1,4 para barras entalhadasη1 = 2,25 para barras nervuradas

    η2 = 1,0 para situações de boa aderênciaη2 = 0,7 para situações de má aderência

    η3 = 1,0 para mm32≤φ  η3 = (132 - φ )/100 para mm32>φ  

    1.4 Utilização de ganchos nas extremidades da barra tracionada

    Os ganchos das extremidades das barras da armadura longitudinal de tração podem ser ( item9.4.2.3 da NBR 6118/2003):a) semicirculares, com ponta reta de comprimento não inferior a 2 φ ;

    b) em ângulo de 45° (interno), com ponta reta de comprimento não inferior a 4 φ ;c) em ângulo reto, com ponta reta de comprimento não inferior a 8 φ .

     A fig. 1.5 ilustra os tipos de gancho a serem utilizados.

    semicircular ângulo 45° ângulo retoFigura 1.5 – Tipos de gancho nas extremidades de barras tracionadas

    Para as barras lisas, os ganchos devem ser semicirculares.O diâmetro interno da curvatura dos ganchos das armaduras longitudinais de tração deve ser

    pelo menos igual ao estabelecido na Tabela 1.1.

     Tabela 1.1 - Diâmetro dos pinos de dobramento ( D  )  Tipo de açoBitola

    mm CA-25 CA-50 CA-60< 20 4 φ   5 φ   6 φ  ≥ 20 5 φ   8 φ   -

    1.5 Comprimento de ancoragem necessário

    Nos casos em que a área efetiva da armadura ef ,s A   é maior que a área calculada   calc,s A , atensão nas barras diminui e, portanto, o comprimento de ancoragem pode ser reduzido na mesmaproporção. A presença de gancho na extremidade da barra também permite a redução do

    comprimento de ancoragem, que pode ser calculado pela expressão ( item 9.4.2.5  da NBR6118/2003):

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    mín,b

    ef ,s

    calc,s

    b1nec,b   l A

     All   ≥α=  

    1α  = 1,0 para barras sem gancho

    1α  = 0,7 para barras tracionadas com gancho e com cobrimento φ≥ 3   no plano normal ao dogancho

    bl  é calculado conforme o item 1.1;

    mín,bl  é o maior valor entre 0,3   bl , 10φ  e 100mm.

    1.6 Comprimento de ancoragem de feixes de barras

    Considera-se o feixe como uma barra de diâmetro equivalente igual a ( item 9.4.3  da NBR

    6118/2003):

    nf n   φ=φ , sendo n o número de barras que compõe o feixe.

     As barras constituintes de feixes devem ter ancoragem reta, sem ganchos, e atender àsseguintes condições:a) quando o diâmetro equivalente do feixe for menor ou igual a 25 mm, o feixe pode ser tratadocomo uma barra única, de diâmetro igual a nφ , para a qual vale o procedimento estabelecido paraancoragem de barra isolada;b) quando o diâmetro equivalente for maior que 25 mm, a ancoragem deve ser calculada para cadabarra isolada, distanciando as suas extremidades de forma a minimizar os efeitos de concentraçõesde tensões de aderência; a distância entre as extremidades das barras do feixe não deve ser menorque 1,2 vezes o comprimento de ancoragem de cada barra individual;c) quando, por razões construtivas, não for possível proceder como recomendado em b), aancoragem pode ser calculada para o feixe, como se fosse uma barra única, com diâmetroequivalente nφ . A armadura transversal adicional deve ser obrigatória e obedecer ao estabelecido noitem 1.7, conforme nφ  seja menor, igual ou maior que 32 mm.

    1.7 Armadura transversal nas ancoragens

    Segue o disposto no item 9.4.5.4 da NBR 6118 (2003).

    1.7.1 Barras com < 32 mm

     Ao longo do comprimento de ancoragem deve ser prevista armadura transversal capaz deresistir a 25% da força longitudinal de uma das barras ancoradas. Se a ancoragem envolver barrasdiferentes, prevalece para esse efeito, a de maior diâmetro. 

    Consideremos o seguinte exemplo:Feixe composto por duas barras com diâmetro de 20mm, barras nervuradas em situação de

    boa aderência, aço CA-50 e concreto com resistência à tração direta de cálculoctdf   de 4MPa.

     Assim:

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    mm25mm2,2841,1.202.20nf n   >===φ=φ  

    Utilizando-se armadura trasversal de costura:Como →

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    1.7.2 Barras com ≥ 32 mm

    Deve ser verificada a armadura em duas direções transversais ao conjunto de barrasancoradas. Essas armaduras transversais devem suportar os esforços de fendilhamento segundo osplanos críticos, respeitando espaçamento máximo de 5 φ  (onde φ  é o diâmetro da barra ancorada).

    Quando se tratar de barras comprimidas, pelo menos uma das barras constituintes daarmadura transversal deve estar situada a uma distância igual a quatro diâmetros (da barra ancorada)além da extremidade da barra.

    1.8 Ganchos nos estribos

     A ancoragem dos estribos (NBR 6118/2003, item 9.4.6 ) deve necessariamente ser garantidapor meio de ganchos ou barras longitudinais soldadas.

    Os ganchos dos estribos podem ser :

    a) semicirculares ou em ângulo de 45º (interno), com ponta reta de comprimento igual a 5   tφ

     porémnão inferior a 5cm;b) em ângulo reto, com ponta reta de comprimento maior ou igual a 10   tφ  porém não inferior a 7cm(este tipo de gancho não deve ser utilizado para barras e fios lisos). O diâmetro interno da curvaturados estribos deve ser, no mínimo, igual ao índice dado na Tabela 1.2.

     Tabela 1.2 - Diâmetro dos pinos de dobramento para estribos Tipo de açoBitola

    mm CA-25 CA-50 CA-60≤ 10 3   tφ   3   tφ   3   tφ  

    10<   tφ < 20 4   tφ   5   tφ   -≥ 20 5   tφ   8   tφ   -

    1.9 Emendas por traspasse

     A necessidade de emendas pode ocorrer, por exemplo, em peças de grande vão que ultrapassao comprimento máximo (de fabricação) das armaduras de concreto armado. Em geral, estasemendas podem ser feitas por: traspasse, solda ou luva prensada. É muito utilizada a emenda portraspasse por ser simples e dispensar a utilização de equipamentos especiais. Consiste em superporas extremidades, a serem emendadas, em uma extensão dita comprimento de emenda portraspasse(    t0l  ), segundo ilustra a fig. 1.7.

    Figura 1.7 – Emendas de barras por traspasse

     Além disso a NBR 6118 (2003) no seu item 9.5.2  dispõe que esse tipo de emenda não é

    permitido para barras de bitola maior que 32 mm, nem para tirantes e pendurais (elementosestruturais lineares de seção inteiramente tracionada).

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      Consideram-se como na mesma seção transversal as emendas que se superpõem ou cujasextremidades mais próximas estejam afastadas de menos que 20% do comprimento do trecho detraspasse ( fig. 1.8 ).

    Quando as barras têm diâmetros diferentes, o comprimento de traspasse deve ser calculadopela barra de maior diâmetro.

     A proporção máxima de barras tracionadas da armadura principal emendadas por traspasse namesma seção transversal do elemento estrutural deve ser a indicada na Tabela 1.3. A NBR 6118 (2003) ainda recomenda que quando se tratar de armadura permanentemente

    comprimida ou de distribuição, todas as barras podem ser emendadas na mesma seção.

    Figura 1.8 – Emendas de barras por traspasse supostas como na mesma seção transversal

     Tabela 1.3 - Proporção máxima de barras tracionadas emendadas  Tipo de

    carregamento Tipo de barra SituaçãoEstático Dinâmico

     Alta aderênciaem uma camada

    em mais de uma camada

    100%

    50%

    100%

    50%Lisa

    φ  50

     Valores de t0α   1,2 1,4 1,6 1,8 2,0

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      Já quando a distância livre entre barras emendadas for maior que 4φ, ao comprimento

    t0l calculado acima deve ser acrescida a distância livre entre barras emendadas. A armaduratransversal na emenda deve ser justificada considerando o comportamento conjunto concreto-aço,atendendo ao estabelecido no item 1.9.3. 

    1.9.2 Comprimento de traspasse de barras comprimidas e isoladas

     A NBR 6118 (2003) no seu item 9.5.2.3 estabelece a seguinte expressão para o cálculo docomprimento de traspasse para barras comprimidas e isoladas:

    min,c0nec,nc0   lll   ≥=  

    onde:

    min,c0l é o maior valor entre 0,6 bl , 15φ e 200 mm.

    1.9.3 Armaduras transversais nas emendas por traspasse de barras isoladas

    Segundo a NBR 6118 (2003), item 9.5.2.4 ), quando φ < 16mm ou a proporção de barrasemendadas na mesma seção for menor que 25%, a armadura transversal deve satisfazer o dispostono item 1.7.

    Nos casos em que φ ≥ 16mm ou quando a proporção de barras emendadas na mesma seçãofor maior ou igual a 25%, a armadura transversal deve:- ser capaz de resistir a uma força igual à de uma barra emendada, considerando os ramos paralelosao plano da emenda;

    - ser constituída por barras fechadas se a distância entre as duas barras mais próximas de duasemendas na mesma seção for < 10φ ( φ= diâmetro da barra emendada);- concentrar-se nos terços extremos da emenda.

    No caso de barras comprimidas devem ser mantidos os critérios estabelecidos para o casoanterior, com pelo menos uma barra de armadura transversal posicionada 4φ além das extremidadesda emenda. A situação de uso de armaduras transversais nas emendas por traspasse de barrasisoladas tracionadas e comprimidas pode ser exemplificada pela fig. 1.9.

    Figura 1.9 – Armadura transversal nas emendas por traspasse

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      Por fim, a NBR 6118 (2003) estabelece no seu item 9.5.2.5 que emendas por traspasse emfeixes de barras são permitidas desde que as barras constituintes do feixe sejam emendadas uma por

     vez sem que em qualquer seção do feixe emendado resulte em mais de quatro barras. A norma recomenda ainda que as emendas das barras do feixe devem ser separadas entre si 1,3 vezes o comprimento de emenda individual de cada uma.

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    2. Alojamento

     A área As da armadura necessária para resistir a um momento fletor M, numa dada seção de viga, é conseguida agrupando-se barras conforme as bitolas comerciais disponíveis. Geralmente,adotam-se barras de mesmo diâmetro φ. Uma das hipóteses básicas do dimensionamento de peçassubmetidas a solicitações normais é a da aderência perfeita. Para a garantia desta aderência éfundamental que as barras sejam perfeitamente envolvidas pelo concreto; por outro lado, a armaduradeve ser protegida contra a sua corrosão; para isso adota-se um cobrimento mínimo de concretopara estas armaduras.

     A fig. 2.1 mostra a disposição usual com armaduras isoladas entre si. Eventualmente, pode-seadotar armadura formada por feixes de 2 ou 3 barras.

    Figura 2.1 – Disposição usual de armaduras

    2.1 Bitolas comerciais 

     A Tabela 2.1 apresenta as bitolas usuais de armaduras de concreto armado.

     Tabela 2.1 – Bitolas comerciais de barras de armaduras para concreto armadoφ(mm) 3,2 4 5 6,3 8 10 12,5 16 20 25 32

     As1(cm2 ) 0,08 0,125 0,2 0,315 0,5 0,8 1,25 2,0 3,15 5,0 8,0

    sendo:φ = diâmetro nominal (mm) As1 = área nominal da seção transversal de uma barra em cm2 

    2.2 Cobrimento mínimo das armaduras 

    O cobrimento mínimo é calculado (conforme NBR 6118/2003) em função da classe deagressividade ambiental sobre a estrutura de concreto (especificada em relação ao ambiente no qual aestrutura está exposta e que implicará no uso de parâmetros quantitativos mínimos como a relação

    água/cimento ou classe de resistência do concreto), segundo o tipo de estrutura (concreto armadoou protendido) e segundo o tipo de elemento estrutural (laje, viga ou pilar).

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      A NBR 6118 (2003), no seu item 6.4.2, estabelece que nos projetos das estruturas correntes, aagressividade ambiental deve ser classificada de acordo com o apresentado na Tabela 2.2 e pode seravaliada, simplificadamente, segundo as condições de exposição da estrutura ou de suas partes.

     Tabela 2.2 - Classes de agressividade ambiental 

    Classe deagressividade

    ambiental Agressividade

    Classificação geral do tipo deambiente para efeito de Projeto

    Risco dedeterioração da

    estrutura

    RuralI Fraca

    SubmersaInsignificante

    II Moderada Urbana 1) 2) Pequeno

    Marinha 1)III Forte

    Industrial 1) 2) Grande

    Industrial 1) 3) IV Muito forte

    Respingos de maréElevado

     Assim, os tipos de ambientes são assim designados:1) Pode-se admitir um micro-clima com classe de agressividade um nível mais branda para ambientesinternos secos (salas, dormitórios, banheiros, cozinhas e áreas de serviço de apartamentosresidenciais e conjuntos comerciais ou ambientes com concreto revestido com argamassa e pintura).2) Pode-se admitir uma classe de agressividade um nível mais branda em: obras em regiões declima seco, com umidade relativa do ar menor ou igual a 65%, partes da estrutura protegidas

    de chuva em ambientes predominantemente secos, ou regiões onde chove raramente.3) Ambientes quimicamente agressivos, tanques industriais, galvanoplastia, branqueamento emindústrias de celulose e papel, armazéns de fertilizantes, indústrias químicas.

    Segundo a classe de agressividade ambiental estabelecida, parâmetros quantitativos mínimoscomo relação água/cimento e classe de resistência do concreto devem ser utilizados, conformeilustra a Tabela 2.3 ( item 7.4.2 da NBR 6118/2003).

     Tabela 2.3 - Correspondência entre classe de agressividade e qualidade do concreto 

    Classe de agressividade (tabela 2.1)

    Concreto Tipo I II III IV

    CA ≤ 0,65 ≤ 0,60 ≤ 0,55 ≤ 0,45Relaçãoágua/cimento

    em massa CP ≤ 0,60 ≤ 0,55 ≤ 0,50 ≤ 0,45

    CA ≥ C20 ≥ C25 ≥ C30 ≥ C40Classe deconcreto

    (NBR 8953) CP ≥ C25 ≥ C30 ≥ C35 ≥ C40

    Nota: CA representa as estruturas em concreto armado e CP as estruturas em concreto protendido.

    Para garantir o cobrimento mínimo (cmin ) o projeto e a execução devem considerar o

    cobrimento nominal (cnom ), que é o cobrimento mínimo acrescido da tolerância de execução ( ∆c).

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      Assim, as dimensões das armaduras e os espaçadores devem respeitar os cobrimentosnominais, estabelecidos na Tabela 2.4, para ∆c = 10 mm.

     Tabela 2.4 - Correspondência entre classe de agressividade ambiental e cobrimentonominal para ∆c = 10mm 

    Classe de agressividade ambiental (tabela 6.1)I II III IV 3)  Tipo de estrutura

    Componente ouelemento Cobrimento nominal

    mmLaje2) 20 25 35 45

    Concreto armado Viga/Pilar 25 30 40 50

    Concreto protendido1)  Todos 30 35 45 55

    Cabendo observar que:1) Cobrimento nominal da armadura passiva que envolve a bainha ou os fios, cabos e cordoalhas,sempre superior ao especificado para o elemento de concreto armado, devido aos riscos de corrosãofragilizante sob tensão.2) Para a face superior de lajes e vigas que serão revestidas com argamassa de contrapiso, comrevestimentos finais secos tipo carpete e madeira, com argamassa de revestimento e acabamento taiscomo pisos de elevado desempenho, pisos cerâmicos, pisos asfálticos e outros tantos, as exigênciasdesta tabela podem ser substituídas pela determinação do cobrimento nominal (equações abaixo)respeitado um cobrimento nominal maior ou igual a 15 mm.3) Nas faces inferiores de lajes e vigas de reservatórios, estações de tratamento de água e esgoto,condutos de esgoto, canaletas de efluentes e outras obras em ambientes química e intensamenteagressivos, a armadura deve ter cobrimento nominal maior ou igual a 45 mm.

    Os cobrimentos nominais e mínimos estão sempre referidos à superfície da armadura externa,em geral à face externa do estribo. O cobrimento nominal de uma determinada barra deve sempreser (NBR 6118/2003, item 7.4.7.5 ):a) cnom≥φbarra;b) cnom≥φfeixe = φn = φ   n ;c) cnom≥0,5φbainha.

     A dimensão máxima característica do agregado graúdo utilizado no concreto não pode superarem 20% a espessura nominal do cobrimento, ou seja:dmáx≤1,2 cnom 

    2.3 Regras de alojamento com barras isoladas 

    2.3.1 Armaduras longitudinais dispostas em até 3 camadas 

    Os espaçamentos mínimos verticais e horizontais (conforme ilustrado na fig. 2.1 ) entre asfaces das barras longitudinais deverão respeitar os seguintes valores (NBR 6118/2003, item18.3.2.2 ):a) na direção horizontal (ah ): 

    - 20 mm;- diâmetro da barra, do feixe ou da luva;

    - 1,2 vezes o diâmetro máximo do agregado.-

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    b) na direção  vertical (a v  ):- 20 mm;- diâmetro da barra, do feixe ou da luva;- 0,5 vez o diâmetro máximo do agregado.

    Esses valores se aplicam também às regiões de emendas por traspasse das barras.

    2.3.2 Armaduras longitudinais dispostas em mais de 3 camadas 

    Neste caso, deve-se prever a partir da quarta camada, espaço adequado para a passagem do vibrador ( fig. 2.2 ).

    Figura 2.2 – Alojamento de barras longitudinais dispostas em mais de 3 camadas

    Nota: se b w  > 60 cm, prever mais acessos para o vibrador (admitindo-se a eficiência do vibradordentro de um raio de aproximadamente 30 cm).

    2.4 Regras de alojamento com feixe de barras 

    Pode-se utilizar feixes contendo duas, três ou quatro barras conforme ilustra a fig. 2.3.

    Figura 2.3 – Feixes de barras

     A NBR 6118 (2003), item 17.3.2.2, estabelece que para o alojamento de feixes de barras deve-se utilizar a expressão de cálculo do diâmetro equivalente do feixe:

    nf n   φ=φ , sendo n o número de barras que compõe o feixe;

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    2.5 Detalhes complementares2.5.1 Armadura de flexão alojada junto à face superior da seção 

    Neste caso deve-se prever um espaçamento horizontal entre as barras igual ao diâmetro do vibrador mais 1cm a fim de facilitar a passagem do vibrador e o adensamento do concreto ( fig. 2.4 ).

    Figura 2.4 – Alojamento de barras junto à face superior da seção

    2.5.2 Armadura junto à borda com abas tracionadas 

    Recomenda-se distribuir parte da armadura de tração nas abas tracionadas devidamente ligadasà alma da viga através de armaduras de costura ( fig. 2.5 ).

    Figura 2.5 – Alojamento de barras junto à face superior da seção

    2.5.3 Vigas altas (altura superior a 60cm) 

    Segundo a NBR 6118 (2003), item 17.3.5.2.3, deve-se utilizar armadura de pele igual a 0,10%da área da alma, de cada lado da viga, cujo espaçamento entre as barras não deve ser superior a20cm. A norma recomenda ainda o uso de barras de alta aderência ( fig. 2.6 ).

    Figura 2.6 – Utilização de armadura de pele em vigas altas

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    3. Arranjo 

    3.1 Armaduras nos apoios 

    De acordo com a NBR 6118 (2003), item 18.3.2.4, a armadura longitudinal de tração junto aos

    apoios deve ser calculada para satisfazer a mais severa das seguintes condições:

    a) no caso de ocorrência de momentos positivos, a armadura obtida através do dimensionamento daseção;

    b) em apoios extremos, para garantir ancoragem da diagonal de compressão, armadura capaz deresistir a uma força de tração R s (chamada esforço a ancorar) dada por:

    ddl

    s   NVd

    aR   +

     

      

     =  

    onde dV  é a força cortante de cálculo no apoio, dN  é a força de tração de cálculo eventualmenteexistente, d  é a altura útil e la  o valor do deslocamento do diagrama de momento fletor, chamadadecalagem calculada conforme item 3.4.

    Uma vez determinado o esforço a ancorar, pode-se calcular o valor da área de aço:

    ydscalc,s   f /R A   =  

    c) em apoios extremos e intermediários, por prolongamento de uma parte da armadura de tração do vão (As,vão ), correspondente ao máximo momento positivo do tramo (M vão ), de modo que:

    - As,apoio≥1/3 (As,vão ) se Mapoio for nulo ou negativo e de valor absoluto|Mapoio|≤0,5 M vão;

    - As,apoio≥1/4 (As,vão ) se Mapoio for negativo e de valor absoluto |Mapoio|>0,5 M vão.

    3.2 Armaduras nos apoios de extremidade 

    Em apoios extremos, para os casos (b) e (c) anteriores, a NBR 6118 (2003), item 18.3.2.4.1,prescreve que as barras devem ser ancoradas a partir da face do apoio, com comprimento igual ousuperior a:

    - lb,nec, conforme item 1.5;

    - (r + 5,5 φ ); onde r é o raio interno de dobramento do gancho (  Tabela 1.1 )

    - 60 mm.

     A norma ainda estabelece neste item que quando houver cobrimento da barra no trecho dogancho, medido normalmente ao plano do gancho, de pelo menos 70 mm e as ações acidentais nãoocorrerem com grande freqüência com seu valor máximo, o primeiro dos três valores anteriorespode ser desconsiderado, prevalecendo as duas condições restantes.

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    3.3 Armaduras nos apoios intermediários 

    Se o ponto A de início de ancoragem estiver na face do apoio ou além dela e a força R s diminuir em direção ao centro do apoio, o trecho de ancoragem deve ser medido a partir dessa face,com a força R s dada no item 4.1.

    Quando o diagrama de momentos fletores de cálculo não atingir a face do apoio, as barrasprolongadas até o apoio devem ter o comprimento de ancoragem marcado a partir do ponto deintersecção entre a extremidade da barra e o diagrama deslocado de momento e, obrigatoriamente,deve ultrapassar 10φ da face de apoio.

    Quando houver qualquer possibilidade da ocorrência de momentos positivos nessa região,provocados por situações imprevistas, particularmente por efeitos de vento e eventuais recalques, asbarras deverão ser contínuas ou emendadas sobre o apoio.

    3.4 Deslocamento do diagrama de momentos: Cálculo da decalagem 

     A NBR 6118 (2003), item 17.4.2.2 c, estabelece que quando a armadura longitudinal de traçãofor determinada através do equilíbrio de esforços na seção normal ao eixo do elemento estrutural, osefeitos provocados pela fissuração oblíqua podem ser substituídos no cálculo pela decalagem dodiagrama de força no banzo tracionado, dada pela expressão:

    α−α+

    −=   gcot)gcot1(

    )VV(2

    V da

    cmáx,Sd

    máx,Sdl

     

    onde:al ≥ 0,5d, no caso geral;

    al ≥ 0,2d, para estribos inclinados a 45°.

    O trecho de ancoragem será obtido segundo o item 18.3.2.3.1 da NBR 6118 (2003) conformeilustra a fig. 3.1.

    Figura 3.1 – Utilização de armadura de pele em vigas altas

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    4. Exercícios de arranjo 

    E1: Para a viga abaixo pede-se o alojamento na seção transversal das barras superiores e inferiores, adeterminação do comprimento de cada barra e sua locação ao longo do eixo da viga.

    A

    B

    C

    D

    2,0m 3,0m 3,0m

    66kN   190kN

    66 66 73 73

    117 117

    132

    219

     _ _ 

    +

    V (kN)

    M (kN.m)

     

    100cm

    10cm

    50cm

    17cm  

    Dados:-  Cobrimento c = 2,5 cm

    -  φ max, agreg = 19 mm-   φ vibrador = 4 cm-   φt = 8,0 mm-   al = 0,50m-   f ctd = 1,27MPa-    As = 5φ 20mm (para Mk =219kN.m)-    As = 3φ 20mm (para Mk =132kN.m)

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    Solução:

    a) Comprimento de ancoragem básico (item 9.4.3.4 da NBR 6118/2003) η1 = 2,25 (barras nervuradas)η2 = 1,0 (região inferior da seção; boa aderência)

    η2 = 0,7 (região superior da seção; má aderência)η3 = 1,0 (    mm32≤φ  )

     Assim:Região inferior da viga: boa aderência

    2ctd321bd   cm/kN286,0127,0.0,1.0,1.25,2f f    ==ηηη=  

    cm76286,0.4

    5,43.0,2

    f 4

    f l

    bd

    ydb   ==

    φ=  

    Região superior da viga: má aderência2

    ctd321bd   cm/kN20,0127,0.0,1.7,0.25,2f f    ==ηηη=  

    cm10920,0.4

    5,43.0,2

    f 4

    f l

    bd

    ydb   ==

    φ=  

    Obs: Note-se que há necessidade de um comprimento de ancoragem básico maior para a ancoragemdas barras na região de má aderência.

    b) Decalagem (item 17.4.2.2 c da NBR 6118/2003) 

    Caso geral: al ≥

     0,5d (dado al = 0,5m)c) Alojamento (item 18.3.2.2 da NBR 6118/2003) Na direção horizontal:Na região inferior da viga:bs = 17-2.(2,5+0,63) = 11,74cm

    2cmah ≥  2,0cm

    1,2.1,9 = 2,3cmO número de barras que poderão ser dispostas na seção em cada camada será:

    n = (11,74+2,3)/(2,0+2,3) = 3,26, portanto 3 barras.

    Na região superior da viga:bs = 11,74-(4+1)+2,3 = 9,04cm

    O número de barras que poderão ser dispostas na seção em cada camada será:n ≤ (9.04+2,3)/(2,0+2,3) = 2,63, portanto, 2 barras

    Na direção vertical:

    2cma v  ≥  2,0cm

    0,5.1,9 = 0,95cm

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      A fig.4.1 ilustra o alojamento das barras na seção transversal.

    2

    10,74

    2

    2,92,9  Figura 4.1 – Alojamento das barras na seção transversal

    d) Barras nos apoios (item 18.3.2.4 da NBR 6118/2003) 

    No apoio extremo em “D” temos Mapoio = 0; Assim: As,apoio≥1/3 (As,vão ) = 1/3.5.3,14 = 5,23cm

    2 (2φ  20mm)

     Ainda temos que calcular a armadura do apoio capaz de resistir á força de ancoragem:

    Força à ancorar (V k  no apoio igual a 73kN):

    ( )   kN6,944,1.73.54,0/50,0Rs   ==  

    2calc,s   cm17,25,43/6,94 A   ==   Assim, o valor de As,apoio≥ 5,23cm

    2 (2φ  20mm)

    e) Comprimento e locação das barras

    Este exemplo será resolvido utilizando dois arranjos distintos das barras:*Arranjo 1:

     Armaduras negativas: 2 barras até o apoio e uma barra na segunda camada; Armaduras positivas: 2 barras até o apoio, grupo de duas barras na segunda camada e uma barraisolada na terceira camada.

     Trecho de Momento - :*segunda camada:Tramo esquerdo:0,0 + 0,50 + 1,09 = 1,59m Tramo direito:0,0 + 0,50 + 1,09 = 1,59m *primeira camada:3,13 + 0,50 + 1,09 = 4,72m 

     Trecho de Momento + :

    *terceira camada:0,0 + 0,50 + 0,76 = 1,26m 

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    *segunda camada:Tramo esquerdo:0,0 + 0,50 + 0,76 = 1,26m0,95 + 0,50 + 0,20 = 1,65m Tramo direito:

    0,0 + 0,50 + 0,76 = 1,26m1,50 + 0,50 + 0,20 = 2,20m 

    *primeira camada:Conforme descrito no item 3.3  quando o diagrama de momentos fletores de cálculo não

    atingir a face do apoio, as barras prolongadas até o apoio devem ter o comprimento de ancoragemmarcado a partir do ponto de intersecção entre a extremidade da barra e o diagrama deslocado demomento e, obrigatoriamente, deve ultrapassar 10φ da face de apoio. O ponto de intersecção dodiagrama deslocado está situado aproximadamente em x=3,0 + 1,87 + 0,50 = 5,37m.

     A partir deste ponto de intersecção devemos ter ao menos um comprimento de ancoragem de76cm e as barras necessariamente prolongadas 10.2,0 = 20cm da face do apoio. A face está situada

    em x=6,0m, a distância da face à interseção entre as barras e o diagrama de momento decalado seráde 6,0-5,37 = 0,63m, que não atende ao comprimento de ancoragem de 76cm mínimos requeridos.Desta forma, a barra necessitará de pelo menos um comprimento adicional de 13cm para

    cobrir o comprimento de ancoragem básico mínimo. Desta forma o comprimento da barra será:5,37 + 0,76 = 6,13m, que ainda não atende pois a barra deve passar ao menos 20cm da face,portanto, mais 7cm: 6,13 + 0,07 = 6,20m.Obs: Os ganchos foram padronizados em 13φ.

     A fig. 4.2 apresenta o detalhamento desta solução.

    N1 φ 20 c=318

    159 159

    26N2 2φ 20 c=498

    126 126

    N3 φ 20 c=252

    165 220

    N4 2φ 20 c=385

    26

    N5 2φ 20 c=646

     Figura 4.2 – Detalhamento da primeira solução proposta

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    *Arranjo 2: Armaduras negativas: 2 barras até o apoio e uma barra na segunda camada; Armaduras positivas: 2 barras até o apoio, uma barra isolada na segunda camada, uma barra isoladana terceira camada e uma barra isolada na quarta camada.

     Trecho de Momento + :*quarta camada:0,0 + 0,50 + 0,76 = 1,26m *terceira camada:Tramo esquerdo:0,0 + 0,50 + 0,76 = 1,26m0,63 + 0,50 + 0,20 = 1,33m Tramo direito:0,0 + 0,50 + 0,76 = 1,26m1,0 + 0,50 + 0,20 = 1,70m *segunda camada:

    Tramo esquerdo:0,63 + 0,50 + 0,76 = 1,89m1,25 + 0,50 + 0,20 = 1,95m Tramo direito:1,0 + 0,50 + 0,76 = 2,26m2,0 + 0,50 + 0,20 = 2,70m 

    *primeira camada:Ídem a solução anterior; A fig. 4.3 apresenta o detalhamento desta solução.

    N6 2φ 20 c=646

    N4 φ 20 c=303

    N3 φ 20 c=252

    133

    26

    126

    N2 2φ 20 c=498

    N1 φ 20 c=318

    159 159

    170

    26

    126

    195 270

    N5 φ 20 c=465

     Figura 4.3 – Detalhamento da segunda solução

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      Uma outra possibilidade de arranjo seria a utilização de dois feixes contendo duas barras cadaum na região de momento positivo e uma barra isolada na segunda camada. Os feixes seriamnecessários para agrupar as barras pois conforme determinado no alojamento a seção comporta nomáximo três barras na região de momento positivo.

     A mesma possibilidade poderia ser promovida às barras superiores que combatem o momento

    negativo caso tivéssemos quatro ou mais barras neste ponto, cabendo observar no entanto um maiorcomprimento de ancoragem básico por se tratar de uma região de má aderência.

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    E2: Para a viga abaixo, pede-se o alojamento na seção transversal das barras superiores e inferiores,a determinação do comprimento de cada barra e sua locação ao longo do eixo da viga. Preverarmaduras porta-estribos.

    Dados:-  Cobrimento c = 2,5 cm-  φ max, agreg = 19 mm-   φ vibrador = 4 cm-   φt = 5,0 mm-   al = 0,75d-   f ctd = 1,27MPa-    As = 4φ 12,5mm (para momento positivo máximo de cálculo)-    A’s = 2φ 8,0mm (armadura negativa nos apoios)

  • 8/20/2019 Detalhamento de Vigas NBR6118_2003

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    Solução:

    a) Comprimento de ancoragem básico (item 9.4.3.4 da NBR 6118/2003) η1 = 2,25 (barras nervuradas)η2 = 1,0 (região inferior da seção; boa aderência)

    η2 = 0,7 (região superior da seção; má aderência)η3 = 1,0 (    mm32≤φ  )

     Assim:Região inferior da viga: boa aderência

    2ctd321bd   cm/kN286,0127,0.0,1.0,1.25,2f f    ==ηηη=  

    cm48286,0.4

    5,43.25,1

    f 4

    f l

    bd

    ydb   ==

    φ=  

    Região superior da viga: má aderência2

    ctd321bd   cm/kN20,0127,0.0,1.7,0.25,2f f    ==ηηη=  

    cm4420,0.4

    5,43.8,0

    f 4

    f l

    bd

    ydb   ==

    φ=  

    b) Decalagem (item 17.4.2.2 c da NBR 6118/2003) Caso geral: al ≥ 0,5d (dado al = 0,75d = 0,75.0,46 = 0,35m)

    c) Alojamento (item 18.3.2.2 da NBR 6118/2003) 

    Na direção horizontal:Na região inferior da viga:bs = 12-2.(2,5+0,5) = 6,0cm

    2cmah ≥  1,25cm

    1,2.1,9 = 2,3cmO número de barras que poderão ser dispostas na seção em cada camada será:n = (6,0+2,3)/(1,25+2,3) = 2,34, portanto 2 barras.

    Na direção vertical:

    2cma v  ≥  2,0cm

    0,5.1,9 = 0,95cm

     A fig.4.4 ilustra o alojamento das barras na seção transversal.

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       2 ,   0  c  m   3,5cm

     Figura 4.4 – Alojamento das barras na seção transversal

    d) Barras nos apoios (item 18.3.2.4 da NBR 6118/2003) 

    No apoio extremo em “D” temos Mapoio = 0; Assim: As,apoio≥1/3 (As,vão ) = 1/3.5.3,14 = 5,23cm

    2 (2φ  20mm)

     Ainda temos que calcular a armadura do apoio capaz de resistir á força de ancoragem:

    Força à ancorar (V k  no apoio igual a 73kN):

    ( )   kN6,944,1.73.54,0/50,0Rs   ==  

    2calc,s   cm17,25,43/6,94 A   ==  

     Assim, o valor de As,apoio≥ 5,23cm2 (2φ  20mm)

    e) Comprimento e locação das barras

     Trecho de Momento - :44 + 35 + 6,0 – 2,5 = 83cm gancho = 13.0,8 = 11cm

     Total = 83 + 11 = 94cm

     Trecho de Momento + :*terceira camada:0,0 + 0,48 + 0,35 = 0,83m1,15 + 0,35 + 0,13 = 1,63m *segunda camada:1,15 + 0,48 + 0,35 = 1,98m1,60 + 0,35 + 0,13 = 2,08m 

    Para a primeira camada, serão utilizadas duas barras de diâmetro igual a 12,5mm em todo o vão sendo estas barras ancoradas nos apoios com ganchos de 13φ . 

     A fig. 4.5 apresenta o detalhamento da viga em questão.

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    terceira camada

    segunda camada

    primeira camada

    1183

    N1 2φ 8,0 c=94

    318

    N2 2φ 5,0 c=318

    326

    N3 φ 12,5 c=326

    416

    N4 φ 12,5 c=416

    467

    N5 2φ 12,5 c=50117 17

    1183

    N1 2φ 8,0 c=94

     Figura 4.5 – Detalhamento da viga

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    E3: Para a viga abaixo pede-se o alojamento na seção transversal das barras superiores e inferiores, adeterminação do comprimento de cada barra e sua locação ao longo do eixo da viga.

    2 φ 10

    4 φ 16

    4 φ 16

     

    Dados:-  Cobrimento c = 2,5 cm-  φ max, agreg = 19 mm-   φ vibrador = 4 cm-   φt = 8,0 mm-   al = 0,75.d-   f ctd = 1,27MPa

    x M0 , 5 3 , 7

    1 , 0 6 , 41 , 5 8 , 12 , 0 8 , 82 , 5 8 , 53 , 0 7 , 23 , 5 4 , 94 , 0 1 , 64 , 5 - 2 , 75 , 0 - 8 , 05 , 5 - 4 , 0

    6 , 0 - 2 , 06 , 5 - 0 , 57 , 0 0 , 0

       5   0  c  m 

    17 cm

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    Solução:

    a) Comprimento de ancoragem básico (item 9.4.3.4 da NBR 6118/2003) η1 = 2,25 (barras nervuradas)η2 = 1,0 (região inferior da seção; boa aderência)

    η2 = 0,7 (região superior da seção; má aderência)η3 = 1,0 (    mm32≤φ  )

     Assim:Região inferior da viga: boa aderência

    2ctd321bd   cm/kN286,0127,0.0,1.0,1.25,2f f    ==ηηη=  

    cm61286,0.4

    5,43.6,1

    f 4

    f l

    bd

    yd

    b   ==φ

    =  

    Região superior da viga: má aderência2

    ctd321bd   cm/kN20,0127,0.0,1.7,0.25,2f f    ==ηηη=  

    cm8720,0.4

    5,43.6,1

    f 4

    f l

    bd

    yd

    b   ==φ

    = (para φ =16mm)

    cm5420,0.4

    5,43.0,1

    f 4

    f l

    bd

    yd

    b   ==φ

    = (para φ =10mm)

    b) Decalagem (item 17.4.2.2 c da NBR 6118/2003) 

    Caso geral: al ≥

     0,5d (dado al = 0,75d) Assim:cm3545.75,0a l   ==  

     A fig. 4.6 abaixo ilustra o diagrama de momento fletor decalado.

    Figura 4.6 – Diagrama de momento fletor decalado

    c) Alojamento (item 18.3.2.2 da NBR 6118/2003) Na direção horizontal:Na região inferior da viga:bs = 17-2.(2,5+0,8) = 10,4cm

    2cm

    ah ≥  1,6cm1,2.1,9 = 2,3cm

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    O número de barras que poderão ser dispostas na seção em cada camada será:n = (10,4+2,3)/(1,6+2,3) = 3,3, portanto 3 barras.

    Na região superior da viga:bs = 10,4-(4+1)+2,3 = 7,7cm

    O número de barras que poderão ser dispostas na seção em cada camada será:n ≤ (7,7+2,3)/(1,6+2,3) = 2,6, portanto, 2 barras

    Na direção vertical:

    2cma v  ≥  1,6cm

    0,5.1,9 = 0,95cm

    d) Barras nos apoios (item 18.3.2.4 da NBR 6118/2003) 

     As,apoio≥1/3 (As,vão ) = 1/3.4.2,0 = 2,6cm2

     Ainda temos que calcular a armadura do apoio capaz de resistir á força de ancoragem:

    Força à ancorar (supondo V d no apoio igual a 170kN):

    kN6,13217045

    35V

    d

    aR d

    ls   =

     

      

     =

     

      

     =  

    2ydscalc,s   cm0,35,43/6,132f /R A   ===  

     Assim, o valor de As,apoio≥ 3,0cm2 (2φ  16mm cujo As = 4,0cm

    2 )

    e) Comprimento e locação das barras

     Trecho de Momento - :*segunda camada:Tramo esquerdo:0,0 + 0,87 + 0,35 = 1,22m 0,37 + 0,16 + 0,35 = 0,88mTramo direito:0,0 + 0,87 + 0,35 = 1,22m 0,59 + 0,16 + 0,35 = 1,10m*primeira camada:Tramo esquerdo:0,37 + 0,87 + 0,35 = 1,59m 0,80 + 0,16 + 0,35 = 1,31m

     Trecho de Momento + : *segunda camada:Tramo esquerdo:0,0 + 0,61 + 0,35 = 0,96m1,49 + 0,16 + 0,35 = 2,0m Tramo direito:0,0 + 0,61 + 0,35 = 0,96m1,49 + 0,16 + 0,35 = 2,0m 

    2,8cm

         2 ,     0   c   m

    7,2cm     2 ,     0   c   m

     

  • 8/20/2019 Detalhamento de Vigas NBR6118_2003

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    f) Verificação do comprimento de ancoragem das barras na região de M +:

    Conforme calculado, houve necessidade de ancorar duas barras φ=16mm para resistir a forçaà ancorar. Porém, as outras duas barras φ=16mm dispostas na segunda camada deverão ter umcomprimento de ancoragem mínimo de ( item 18.3.2.4.1 da NBR 6118/2003):

    -

    =

    =

    >≥==α=

    cm10

    cm166,1.10

    cm1861.3,0

    lcm460,4

    0,3.61.0,1

     A

     All mín,b

    ef ,s

    calc,sb1nec,b  

    - (r + 5,5 φ = 5φ + 5,5φ = 17cm); onde r é o raio interno de dobramento do gancho (  Tabela 1.1 )

    - 60 mm.

     Assim, as barras deverão possuir no mínimo 46cm medidos a partir da face do apoio; como o

    comprimento calculado foi igual a 400cm, este item está atendido.

    Cabe relembrar que a ancoragem no apoio intermediário é feita por meio da inserção da barrade 2φ 16mm pelo menos 10φ (16cm) medidos a partir da face do apoio ( item 3.3 ).

    Observação:1- Na região de má aderência da viga onde está disposta armadura longitudinal de 2φ 10mm, seráutilizado o comprimento de ancoragem calculado no item a.2- Os ganchos foram padronizados em 13φ, uma vez que o comprimento mínimo é de 8φ (   ver fig.1.5 ).

     A fig. 4.7 apresenta o detalhamento da viga.

    4 φ 16

    0,20

    2 φ 10

    5,0

    0,20

    2,0

    4 φ 16

    N1 2φ 10 c=11013

    97   159 197

    N2 2φ 16 c=377  21

    122   122

    N3 2φ 16 c=244400

    N4 2φ 16 c=400

    21  514

    N5 2φ 16 c=514 

    Figura 4.7 – Detalhamento da viga

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    E4: Para a viga contínua abaixo, pede-se o alojamento na seção transversal das barras superiores einferiores, a determinação do comprimento de cada barra, sua locação ao longo do eixo da viga e atabela de consumo de aço.

    0,20 m

    2 φ 10

    2 φ 10

    4,0 m

    0,20 m

    3 φ 12,5

    3,0 m

    4 φ 10

     

       5

       0  c  m

    20 cm 

    Dados:

    -  Cobrimento c = 2,5 cm-  φ max, agreg = 19 mm -   φ  vibrador = 4 cm-   φt = 8,0 mm -   al = 0,75.d-   f ctd = 1,27MPa-    Asw /s = 12,5cm2/m ( φ8,0 c/ 8)

    x M0 0

    0,5 6,361,0 9,371,5 9,052,0 5,382,5 -1,633,0 -11,97

    3,5 -25,654,0 -42,694,5 -19,855,0 -1,175,5 13,376,0 23,756,5 29,987,0 32,06

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    Solução:

    a) Comprimento de ancoragem básico (item 9.4.3.4 da NBR 6118/2003) 

    η1 = 2,25 (barras nervuradas)

    η2 = 1,0 (região inferior da seção; boa aderência)η2 = 0,7 (região superior da seção; má aderência)η3 = 1,0 (    mm32≤φ  )

     Assim:Região inferior da viga: boa aderência

    2ctd321bd   cm/kN286,0127,0.0,1.0,1.25,2f f    ==ηηη=  

    cm38286,0.4

    5,43.0,1

    f 4

    f l

    bd

    yd

    b   ==φ

    =  

    Região superior da viga: má aderência

    2ctd321bd   cm/kN20,0127,0.0,1.7,0.25,2f f    ==ηηη=  

    cm6820,0.4

    5,43.25,1

    f 4

    f l

    bd

    yd

    b   ==φ

    = (para φ =12,5mm)

    cm5420,0.4

    5,43.0,1

    f 4

    f l

    bd

    yd

    b   ==φ

    = (para φ =10mm)

    b) Decalagem (item 17.4.2.2 c da NBR 6118/2003) 

    Caso geral: al ≥ 0,5d (dado al = 0,75d) Assim:

    cm3545.75,0a l   == ; A fig. 4.8 abaixo ilustra o diagrama de momento fletor decalado.

    Figura 4.8 – Diagrama de momentos decalado

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    c) Alojamento (item 18.3.2.2 da NBR 6118/2003) 

    Na direção horizontal:Na região inferior da viga:bs = 20-2.(2,5+0,8) = 13,4cm

    2cmah ≥  1,6cm

    1,2.1,9 = 2,3cm

    O número de barras que poderão ser dispostas na seção em cada camada será:n = (13,4+2,3)/(1,0+2,3) = 4,8, portanto até 4 barras.

    Na região superior da viga:bs = 13,4-(4+1)+2,3 = 10,7cm

    O número de barras que poderão ser dispostas na seção em cada camada será:

    n ≤ (10,7+2,3)/(1,25+2,3) = 3,6, portanto, 3 barras

    Na direção vertical:

    2cma v  ≥  1,6cm

    0,5.1,9 = 0,95cm

    d) Barras nos apoios (item 18.3.2.4 da NBR 6118/2003) 

     As,apoio≥1/3 (As,vão ) = 1/3.2.0,80 = 0,53cm2

     Ainda temos que calcular a armadura do apoio capaz de resistir á força de ancoragem:

    Força à ancorar (supondo V d no apoio igual a 80kN):

    kN628045

    35V

    d

    aR d

    ls   =

     

      

     =

     

      

     =  

    2ydscalc,s   cm43,15,43/62f /R A   ===  

     Assim, o valor de As,apoio≥ 1,43cm2 (2φ  10mm cujo As = 1,6cm

    2 )

    e) Comprimento e locação das barras

     Trecho de Momento - :*terceira camada:Tramo esquerdo:0,0 + 0,35 + 0,68 = 1,03m 0,42 + 0,35 + 0,125 = 0,90mTramo direito:0,0 + 0,35 + 0,68 = 1,03m 0,31 + 0,35 + 0,125 = 0,79m

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    *segunda camada:Tramo esquerdo:0,42 + 0,35 + 0,68 = 1,45m 0,92 + 0,35 + 0,125 = 1,40mTramo direito:

    0,31 + 0,35 + 0,68 = 1,34m 0,65 + 0,35 + 0,125 = 1,13m

    *primeira camada:Tramo esquerdo:0,92 + 0,35 + 0,68 = 1,95m1,62 + 0,35 + 0,125 = 2,10m Tramo direito:0,65 + 0,35 + 0,68 = 1,68m 1,04 + 0,35 + 0,125 = 1,52m

     Trecho de Momento + :

    *terceira camada:Tramo esquerdo e direito:0,0 + 0,35 + 0,38 = 0,73m0,98 + 0,35 + 0,10 = 1,43m 

    *segunda camada:Tramo esquerdo e direito:0,98 + 0,35 + 0,38 = 1,71m1,39 + 0,35 + 0,10 = 1,84m 

    f) Ancoragem das barras nos apoios intermediários

    Conforme descrito no item 3.3  quando o diagrama de momentos fletores de cálculo nãoatingir a face do apoio, as barras prolongadas até o apoio devem ter o comprimento de ancoragemmarcado a partir do ponto de intersecção entre a extremidade da barra e o diagrama deslocado demomento e, obrigatoriamente, deve ultrapassar 10φ da face de apoio.

    O ponto de intersecção do diagrama não deslocado está situado aproximadamente emx=5,0m. Assim, na situação do diagrama deslocado teremos: x=5,0 - 0,35 = 4,75m.

     A partir deste ponto de intersecção devemos ter ao menos um comprimento de ancoragem de38cm e as barras necessariamente prolongadas 10.1,0 = 10cm da face do apoio. A face está situadaem x=4,10m, a distância da face à interseção entre as barras e o diagrama de momento decalado seráde 4,75-4,10 = 0,65m, comprimento de ancoragem este que atende aos 38cm mínimos requeridos.

    g) Detalhamento

    O alojamento das barras na seção sob o apoio intermediário está disposto na fig. 4.9.

    50cm

    20 cm

    5 cm

     Figura 4.9 – Alojamento das barras na seção transversal sob o apoio intermediário

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      A fig. 4.10 ilustra o detalhamento da viga contínua.

    0,20 m

    2 φ 10

    2 φ 10

    4,0 m

    3 φ 12,5

    0,20 m

    4 φ 10

    3,0 m

    1397

    N5 2φ 10 c=110

    210 168

    N8 φ 12,5 c=378

    145 134

    N7 φ 12,5 c=279

    103 103

    N6 φ 12,5 c=206

    143 143

    N1 φ 10 c=286

    184 184

    N2 φ 10 c=368

    600

    N3 2φ 10 c=60040813N4 2φ 10 c=421

    N9 2φ 5,0 c=127

    127   145 145

    N10 2φ 5,0 c=290

     Figura 4.10 – Detalhamento da viga contínua

    h) Tabela de aço (Tabela 4.1)

     Tabela 4.1 – Tabela de consumo de aço para a viga contínua Tipo Quantidade (mm) C.U.(cm) C.T.(m)

    1 1 10 286 2,862 1 10 368 3,683 2 10 600 12,004 2 10 421 4,21.2.2=16,845 2 10 110 1,10.2.2=4,406 1 12,5 206 2,06.2=4,127 1 12,5 279 2,79.2=5,588 1 12,5 378 3,78.2=7,569 2 5,0 127 1,27.2=2,54

    10 2 5,0 290 2,90.2=5,8011 176 8,0 130 1,3.176=229

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    Nota: a) As armaduras N9 e N10 são armaduras porta-estribos;b) As armaduras N11 são as armaduras dos estribos.

     A Tabela 4.2 apresenta um resumo das barras utilizadas na viga.

     Tabela 4.2 – Resumo das barras utilizadas na viga(mm)  C.T.(m) m(kg/m) peso(kg)5,0 8,34 0,16 1,338,0 229 0,40 91,610 39,78 0,63 25,1

    12,5 17,26 1,00 17,26

     Total=1,33+91,6+25,1+17,26=135,29kg Assim, a taxa volumétrica de armadura será:

    3

    conc m/kg6,9614.5,0.2,0

    29,135

    vol

    total

    taxa   ===  

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    E5: Neste exercício será efetuada a verificação da capacidade resistente da viga levando em conta adistribuição longitudinal das armaduras. Assim para a viga dada, determinar:

    a)   A máxima carga P aplicável no meio do vão;b)   A máxima carga P aplicável à 3m do apoio da esquerda;c)   A máxima carga q uniformemente distribuída no vão.

    f ck  = 20 MPaCA 50 Alb1 = 44φ  

    al = 0,75.d ≅ 80cmcobrimento = 2,5cm

    0,2m

    1  ,1  0 m 

    10,0 m

    0,3 m 0,3 m

    3,30 m

    6,60 m

    8,20 m

    10,25 m

    2 φ 16

    2 φ 1,5

    2 φ 16

    4 φ 16

    Apoios sem

    confinamento

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    Solução:

    Momento resistente para as 10 barras de 16 φ  

    ( )

    m03,1068,010,1d

    cm8,610

    6,342,729,3'd   2

    ≅−=

    =⋅+⋅

    += 

    Supondo que x < x34;

    m.kN5284,12,739M

    02,73985,06,869M

    m85,045,04,003,1z

    m65,003,1628,0xm45,0x

    kN6,869x8,02,04,1

    2000085,0

    RR

    kN6,86915,1

    502010R

    k

    d

    34

    sdcd

    sd

    =÷=

    =⋅=

    =⋅−=∴

    =⋅=

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    =−==−−=

    =−==−−=

    =−==−−=

    =−==−−=

    =−==−−=

    =−==−−=

    m86,114,300,5x;m14,380,016,02

    20,8x

    m40,260,200,5x;m60,280,070,02

    20,8x

    m66,234,200,5x;m34,280,016,02

    60,6x

    m20,380,100,5x;m80,180,070,02

    60,6x

    m31,469,000,5x;m69,080,016,02

    30,3x

    m85,415,000,5x;m15,080,070,02

    30,3x

    6'6

    5'5

    4'4

    3'3

    2'2

    1'1

     

    •  DIAGRAMA RESISTENTE P/ UMA BARRA OU CONJUNTO COM O MESMOCOMPRIMENTO.

    a) Determinaçao da carga P aplicável no meio do vão

    Supondo a tangente do diagrama nos pontos:

    Ponto 0 → Mmáx = 528 kN.m

    Ponto 2 → Mmáx = m.kN49031,4

    5528

    10

    8=⋅⋅  

    l b+al 

    10φ+al 

    M ou F

    P.l/4=P.10/4=2,5P 

  • 8/20/2019 Detalhamento de Vigas NBR6118_2003

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    Ponto 4 → Mmáx = m.kN59566,2

    5528

    10

    6=⋅⋅  

    Ponto 6 → Mmáx = m.kN7,56786,1

    5528

    10

    4=⋅⋅  

    kN1965.2

    490Pem.kN490M máxmáx   ===∴  

    b) Determinaçao da carga P aplicada a 3m do vão esquerdo. 

    b)

       5   2   8   k   N .  m 

       3   4   0 ,   7   k

       N .  m 

    01

    23

    45

    6

    x’x

       2   /   1   0

       2   /   1   0

       2   /   1   0

       4   /   1   0

    3m

    P.a.b/1=P.3.7/10= 2,1.P

    P

  • 8/20/2019 Detalhamento de Vigas NBR6118_2003

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    c)

    Supondo a tangencia do diagrama nos pontos:

    m.kN2,1621,2

    7,340Pem.kN7,340M

    m.kN7,34086,1

    00,3528

    10

    4M)6(

    m.kN3,35766,2

    00,3528

    10

    6M)4(

    máxmáx

    máx

    máx

    ===∴

    =⋅⋅=

    =⋅⋅=

     

    c)Determinação da carga q uniformemente distribuída. 

    Supondo tangencia em:

    m/kN2,42q528)55,055(q)0( máx5 =∴=⋅−⋅⋅  

    m/kN4,34q52810

    8)31,455,031,45(q)2( máx  =∴⋅=⋅⋅−⋅⋅  

    m/kN5,32q52810

    6

    )66,255,066,25(q)4( máx  =∴⋅=⋅⋅−⋅⋅  

    q.l.x/2 = q.x

    2

     /2= q.(5.x-0,5x

    2

     )

       (   4   /   1   0   ) .   5

       2   8

       2   1   1 ,   2   k

       N .  m 

    01

    23

    45

    6

    x’x

       2   /   1   0

       2   /   1   0

       2   /   1   0

       4   /   1   0

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    m/kN9,27q52810

    4)86,155,086,15(q)6( máx  =∴⋅=⋅⋅−⋅⋅  

    m.kN8,3488

    109,27Mem/kN9,27q

    2

    máxmáx   =⋅

    ==∴  

    •  Verificação da ancoragem nos apoios

    Reação de apoio para o caso:

    kN5,1392

    109,27R)b

    kN54,11310

    79,27R)b

    kN982

    196R)a

    k

    máx,k

    k

    =⋅

    =

    =⋅

    =

    ==

     

     Verificando que R k  = 139,5 kN tem-se:

    !OKcm824 A

    cm2,3

    15,1

    50

    4,15,13975,0 A

    cr ,s

    sk

    =⋅=

    =⋅⋅

    =

     

    •  Comprimento de ancoragem necessário.

    cm9,13166,396,1108

    326,144lb   =−=⋅−⋅⋅≥  

    Comprimento mínimo de ancoragem : cm8,12)5,55,2(5,5r    =φ+=φ+  

    Comprimento disponível

    3,5 cm

    30 – 3,5 = 26,5 cm OK!!