desenvolvimento de branding para marca...

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE DESENHO INDUSTRIAL TECNOLOGIA EM DESIGN GRÁFICO OTÁVIO HOLUB DA LUZ DESENVOLVIMENTO DE BRANDING PARA MARCA ECOLOSSUS TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO CURITIBA 2017

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE DESENHO INDUSTRIAL

TECNOLOGIA EM DESIGN GRÁFICO

OTÁVIO HOLUB DA LUZ

DESENVOLVIMENTO DE BRANDING

PARA MARCA ECOLOSSUS

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

CURITIBA

2017

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OTÁVIO HOLUB DA LUZ

DESENVOLVIMENTO DE BRANDING

PARA MARCA ECOLOSSUS

Trabalho de Conclusão de Curso de graduação, apresentado à disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso 2, do Curso Superior de Tecnologia em Design Gráfico do Departamento Acadêmico de Desenho Industrial – DADIN, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR, como requisito parcial para obtenção do título de Tecnólogo em Design Gráfico.

Orientador: Prof. Manoel A. Schroeder, MSc.

CURITIBA

2017

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TERMO DE APROVAÇÃO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 049

DESENVOLVIMENTO DE BRANDING PARA MARCA ECOLOSSUS

por

Otávio Holub da Luz – 1247565

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no dia 30 de novembro de 2017 comorequisito parcial para a obtenção do título de TECNÓLOGO EM DESIGN GRÁFICO,do Curso Superior de Tecnologia em Design Gráfico, do Departamento Acadêmicode Desenho Industrial, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. O aluno foiarguido pela Banca Examinadora composta pelos professores abaixo, que apósdeliberação, consideraram o trabalho aprovado.

Banca Examinadora: Profa. Ana Cristina Munaro (MSc.)AvaliadoraDADIN – UTFPR

Prof. Christopher Hammerschmidt (MSc.)ConvidadoDADIN – UTFPR

Prof. Manoel Alexandre Schroeder (MSc.)OrientadorDADIN – UTFPR

Prof. André de Souza Lucca (Dr.)Professor Responsável pelo TCC DADIN – UTFPR

“A Folha de Aprovação assinada encontra-se na Coordenação do Curso”.

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁPR

Ministério da EducaçãoUniversidade Tecnológica Federal do ParanáCâmpus CuritibaDiretoria de Graduação e Educação ProfissionalDepartamento Acadêmico de Desenho Industrial

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RESUMO

Luz, Otávio Holub da. Desenvolvimento de branding para marca Ecolossus. 2017. 141 f. Monografia (Tecnologia em Design Gráfico) — Departamento Acadêmico de Desenho Industrial da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Curitiba, 2017.

O estudo realizado ao longo deste trabalho destinou-se a compreensão, e ao desenvolvimento apropriado da sistematização da identidade e gestão da marca Ecolossus, empresa curitibana de consultoria em Engenharia Florestal. A proposta teve por finalidade o desenvolvimento da identidade conceitual e visual da marca, preparando-a para inserção efetiva no mercado, explorando além dos aspectos utilitários e estéticos, a estruturação de sua estratégia e posicionamento no mercado. A sistematização e documentação da marca relacionam, portanto, sua configuração estratégica e imagética, as quais proporcionam a padronização da marca, possibilitando sua gestão de modo eficiente, tendo seu brand book como ferramenta de manutenção e engajamento à marca.

Palavras-chave: Identidade de marca. Imagem de marca. Gestão de marca. Manual de marca.

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ABSTRACT

Luz, Otávio Holub da. Branding Development for the Ecolossus Brand. 2017. 141 f. Monografia (Tecnologia em Design Gráfico) — Departamento Acadêmico de Desenho Industrial da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Curitiba, 2017.

The present study intended to provide comprehension and the appropriate

development of the identity system and branding for the Ecolossus brand, a forest engineering consulting company from Curitiba. Thus, the project aimed towards the construction of the conceptual and visual identities of the brand, preparing it to effectively enter the market, once explored its function and aesthetic properties along with the the establishment of its market strategy and positioning. Therefore, the documentation and systematization of the brand present its strategic and graphic configuration, determining its standard and providing the means for its management, also having its brand book as a management and engagement tool.

Key-words: Brand Identity. Brand Image. Branding. Brand Book.

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 — MARCAS — PEPSI E COCA-COLA ................................................... 21 FIGURA 2 — MARCA — BARCLAYS ....................................................................... 21 FIGURA 3 — MARCA — UNILEVER ........................................................................ 22 FIGURA 4 — SÍMBOLO — COMEDY CENTRAL ..................................................... 24 FIGURA 5 — SÍMBOLO — WORLD WILDLIFE FUND ............................................. 24 FIGURA 6 — SÍMBOLO — TIME WARNER CABLE ................................................ 25 FIGURA 7 — SÍMBOLO — EVERNOTE ................................................................... 26 FIGURA 8 — LOGOTIPO — VIMEO (BLACK ROSE TYPEFACE) .......................... 27 FIGURA 9 — LOGOTIPO — FACEBOOK (KLAVIKA BOLD TYPEFACE

MODIFICADA) .......................................................................................... 27 FIGURA 10 — LOGOTIPO — HEINEKEN (HEINEKEN TYPEFACE) ...................... 28 FIGURA 11 — LOGOTIPO — BURGER KING (BURGER KING EMBLEMA) .......... 28 FIGURA 12 — MARCA — NIKE ............................................................................... 30 FIGURA 13 — CAPA MANUAL DE APLICAÇÃO DA MARCA VALE ....................... 37 FIGURA 14 — INTRODUÇÃO AO MANUAL DE MARCA DA VALE ........................ 38 FIGURA 15 — ESTRATÉGIA DA MARCA VALE ...................................................... 39 FIGURA 16 — ATRIBUTOS DA MARCA VALE ........................................................ 40 FIGURA 17 — APRESENTAÇÃO DA MARCA VALE ............................................... 41 FIGURA 18 — VERSÕES DA MARCA VALE ........................................................... 42 FIGURA 19 — USOS INCORRETOS DA MARCA VALE ......................................... 42 FIGURA 20 — PALETA DE CORES MARCA VALE ................................................. 43 FIGURA 21 — TIPOGRAFIA DA MARCA VALE ....................................................... 43 FIGURA 22 — SUPERGRÁFICOS DA MARCA VALE ............................................. 44 FIGURA 23 — ELEMENTOS DO BRANDING VALE ................................................ 44 FIGURA 24 — APLICANDO OS ELEMENTOS DA MARCA VALE .......................... 45 FIGURA 25 — APLICANDO OS ELEMENTOS — EXEMPLOS DA MARCA VALE . 46 FIGURA 26 — SISTEMA VISUAL — USOS INCORRETOS DA MARCA VALE ...... 46 FIGURA 27 — COMPONENTES DO NOME DO ARQUIVO DA MARCA VALE ...... 47 FIGURA 28 — GLOSSÁRIO DE TERMOS DE BRANDING DA MARCA VALE ....... 47 FIGURA 29 — CAPA DO BRAND BOOK DA MARCA LOS PALETEROS ............... 48 FIGURA 30 — SUMÁRIO UNIVERSO ESTRATÉGICO MARCA LOS

PALETEROS ............................................................................................ 49 FIGURA 31 — UNIVERSO VISUAL MARCA LOS PALETEROS ............................. 50 FIGURA 32 — MANIFESTO MARCA LOS PALETEROS ......................................... 51 FIGURA 33 — MERCADO MARCA LOS PALETEROS ........................................... 51 FIGURA 34 — BENEFIT LADDER ............................................................................ 52 FIGURA 35 — MOODBOARDS PERSONA MARCA LOS PALETEROS ................. 52 FIGURA 36 — LOGOTIPO LINHA DO TEMPO MARCA LOS PALETEROS............ 53 FIGURA 37 — UNIVERSO VISUAL CORES MARCA LOS PALETEROS ................ 53 FIGURA 38 — UNIVERSO VISUAL FAMÍLIA TIPOGRÁFICA MARCA LOS

PALETEROS ............................................................................................ 54 FIGURA 39 — UNIVERSO VISUAL FOTOGRAFIA MARCA LOS PALETEROS ..... 54 FIGURA 40 — CAPA BRAND BOOK MARCA M.A.C. .............................................. 55 FIGURA 41 — HISTÓRIA DA MARCA M.A.C. .......................................................... 56 FIGURA 42 — IDENTIDADE CONCEITUAL MARCA M.A.C. ................................... 57 FIGURA 43 — PÚBLICO MARCA M.A.C. ................................................................. 58 FIGURA 44 — APRESENTAÇÃO DA MARCA M.A.C. ............................................. 59 FIGURA 45 — AS CORES DA MARCA M.A.C. ........................................................ 60

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FIGURA 46 — CONCORRÊNCIA — MARCA BRASIL DIVERSO. ........................... 65 FIGURA 47 — CONCORRÊNCIA — WEBSITE MARCA BRASIL DIVERSO........... 66 FIGURA 48 — CONCORRÊNCIA — MARCA DETZEL CONSULTING. .................. 67 FIGURA 49 — CONCORRÊNCIA — WEBSITE MARCA DETZEL CONSULTING. . 68 FIGURA 50 — CONCORRÊNCIA — MARCA AMBIENTE INTEGRAL. ................... 69 FIGURA 51 — CONCORRÊNCIA — WEBSITE MARCA AMBIENTE INTEGRAL. .. 70 FIGURA 52 — BRIEFING MODELO. ........................................................................ 73 FIGURA 53 — MOOD BOARD – FORMAS E SÍMBOLOS. ...................................... 84 FIGURA 54 — MOOD BOARD – TIPOGRAFIA. ....................................................... 85 FIGURA 55 — MOOD BOARD – PALETA DE CORES. ........................................... 86 FIGURA 56 — MOOD BOARD – FOTOGRAFIA ...................................................... 87 FIGURA 57 — MOOD BOARD – SENSORIAL — MATERIAIS E TEXTURAS. ........ 89 FIGURA 58 — LOGOTIPOS ALTERNATIVAS — TIPOS EXISTENTES. ................. 91 FIGURA 59 — LOGOTIPOS ALTERNATIVAS — TIPOS MODIFICADOS. .............. 93 FIGURA 60 — LOGOTIPOS ALTERNATIVAS — TIPOS ORIGINAIS. ..................... 94 FIGURA 61 — LOGOTIPOS ALTERNATIVAS — EMBLEMAS. ............................... 95 FIGURA 62 — SÍMBOLOS ALTERNATIVAS. ........................................................... 96 FIGURA 63 — PALETAS DE CORES ALTERNATIVAS. .......................................... 98 FIGURA 64 — TIPOGRAFIA ALTERNATIVAS. ...................................................... 100 FIGURA 65 — ELEMENTOS GRÁFICOS — ACESSÓRIOS. ................................ 101 FIGURA 66 — PADRÕES FOTOGRÁFICOS — NATUREZA. ............................... 103 FIGURA 67 — PADRÕES FOTOGRÁFICOS — SERVIÇO. ................................... 104 FIGURA 68 — PADRÕES FOTOGRÁFICOS — SOCIAL....................................... 105 FIGURA 69 — ALTERNATIVAS SELECIONADAS — SIV ECOLOSSUS. ............. 106 FIGURA 70 — ALTERNATIVAS SELECIONADAS — PALETA DE CORES .......... 108 FIGURA 71 — ALTERNATIVAS SELECIONADAS — TIPO-FOTOGRAFIA .......... 110 FIGURA 72 — CAPA BRAND BOOK ECOLOSSUS. ............................................. 112 FIGURA 73 — CONTRACAPA BRAND BOOK ECOLOSSUS. .............................. 113 FIGURA 74 — APRESENTAÇÃO DO BRAND BOOK ............................................ 114 FIGURA 75 — APRESENTAÇÃO DA ECOLOSSUS .............................................. 114 FIGURA 76 — MISSÃO E VISÃO ECOLOSSUS .................................................... 115 FIGURA 77 — PERSONALIDADE E ATRIBUTOS ECOLOSSUS .......................... 115 FIGURA 78 — MERCADO E STAKEHOLDERS ECOLOSSUS ............................. 116 FIGURA 79 — PÚBLICOS, TONS DE VOZ E LINGUAGEM ECOLOSSUS ........... 117 FIGURA 80 — POSICIONAMENTO ECOLOSSUS ................................................ 117 FIGURA 81 — MARCA ECOLOSSUS .................................................................... 118 FIGURA 82 — MARCA ECOLOSSUS EM ALTO CONTRASTE ............................ 119 FIGURA 83 — ÁREA DE PROTEÇÃO E REDUÇÃO MÁXIMA DA MARCA

ECOLOSSUS ......................................................................................... 119 FIGURA 84 — USOS INCORRETOS DA MARCA ECOLOSSUS .......................... 120 FIGURA 85 — PADRÃO CROMÁTICO ECOLOSSUS ........................................... 120 FIGURA 86 — PADRÃO TIPOGRÁFICO ECOLOSSUS ........................................ 121 FIGURA 87 — DIAGRAMAÇÃO ECOLOSSUS ...................................................... 121 FIGURA 88 — COMPOSIÇÃO TIPO-FOTOGRÁFICA ECOLOSSUS .................... 122 FIGURA 89 — ACESSÓRIOS ECOLOSSUS ......................................................... 122 FIGURA 90 — PADRÃO FOTOGRÁFICO ECOLOSSUS ....................................... 123 FIGURA 91 — PAPELARIA ECOLOSSUS ............................................................. 124 FIGURA 92 — UNIFORME ECOLOSSUS .............................................................. 124 FIGURA 93 — BILLBOARD ECOLOSSUS ............................................................. 125 FIGURA 94 — SOCIAL MEDIA ECOLOSSUS........................................................ 125

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FIGURA 95 — WEBSITE ECOLOSSUS ................................................................. 126 FIGURA 96 — DESIGNER DESENVOLVEDOR CONTATO .................................. 126

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LISTA DE QUADROS

QUADRO 1 — AS FUNÇÕES DA MARCA PARA OS CONSUMIDORES................ 17 QUADRO 2 — TÓPICOS EM ANÁLISE DE BENCHMARKING ............................... 36 QUADRO 3 — RESULTADO DE BENCHMARKING ................................................ 61 QUADRO 4 — CONCORRÊNCIA BENCHMARKING .............................................. 71

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................ 10 1.1 JUSTIFICATIVA ....................................................................................... 11 1.2 OBJETIVOS ............................................................................................. 12 1.2.1 Geral ......................................................................................................... 12 1.2.2 Específicos ............................................................................................... 12 2 REFERENCIAL TEÓRICO ...................................................................... 14 2.1 DESIGN GRÁFICO .................................................................................. 14 2.2 CONCEITOS SOBRE MARCA ................................................................. 15 2.3 IDENTIDADE DA MARCA ........................................................................ 18 2.4 IDENTIDADE VISUAL E SISTEMA DE IDENTIDADE VISUAL ................ 20 2.4.1 Símbolo .................................................................................................... 23 2.4.2 Logotipo .................................................................................................... 27 2.4.3 Marca ....................................................................................................... 29 2.5 MANUAL DE IDENTIDADE VISUAL ........................................................ 30 2.6 GESTÃO DE MARCAS - BRANDING ...................................................... 31 2.7 BRAND BOOK.......................................................................................... 33 3 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO .................................................... 35 3.1 METODOLOGIA ....................................................................................... 35 3.2 BRAND BOOKS’ BENCHMARKING ........................................................ 36 3.2.1 Análise do Brand Book da marca Vale ..................................................... 37 3.2.2 Análise do brand book da marca Los Paleteros ....................................... 48 3.2.3 Análise do brand book da marca M.A.C. .................................................. 55 3.2.4 Resultado da análise de similares - brand books benchmarking .............. 61 3.3 A ECOLOSSUS ........................................................................................ 63 3.3.1 A Concorrência ......................................................................................... 64 3.3.2 A Identidade Conceitual da Ecolossus ..................................................... 72 3.4 ESTRATÉGIA DE MERCADO DA ECOLOSSUS .................................... 77 3.5 IDENTIDADE VISUAL DA ECOLOSSUS ................................................. 82 3.5.1 Geração de alternativas - mood boards ................................................... 82 3.5.2 Geração de alternativas – logotipo ........................................................... 90 3.5.3 Geração de alternativas – Símbolo .......................................................... 96 3.5.4 Geração de alternativas — Paleta de Cores ............................................ 97 3.5.5 Geração de alternativas - padrão tipográfico ............................................ 99 3.5.6 Geração de alternativas – Elementos Gráficos Acessórios — materiais e

processos ............................................................................................... 101 3.5.7 Geração de alternativas - padrão fotográfico ......................................... 103 3.5.8 Seleção de alternativas e validação ....................................................... 106 3.6 BRAND BOOK DA ECOLOSSUS .......................................................... 111

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................. 127

REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 130 ANEXO A – ENTREVISTA/BRIEFING COM O PROPRIETÁRIO DA ECOLOSSUS

.............................................................................................................. 134

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1 INTRODUÇÃO

O presente projeto surgiu da necessidade de estruturação e

desenvolvimento de marca para uma empresa de consultoria do ramo da engenharia

florestal, ambiental e da biologia. Fundada em 2014 pelo engenheiro e empresário

Augusto Rodrigues de França, atuante no setor ambiental desde 2011. Atualmente é

composta unicamente por seu fundador e gestor, e atende a projetos da iniciativa

privada e, sobretudo, pública, estando presente em todos os níveis administrativos,

sejam municipais, estaduais ou federal. Assim, os projetos — de pequeno escopo

(licitações de até 20 mil reais) — desenvolvidos pela empresa correspondem a

licenciamento ambiental, planos diretores, planos de manejo de unidades de

conservação de proteção integral (parques), ou de uso sustentável (áreas de

proteção ambiental associadas a mananciais), bem como ampla consultoria para

solução de problemas relacionados a regularização ambiental de acordo com leis

vigentes, para proteção ou conservação ambiental, além de gestão econômica, e de

processos industriais ou institucionais.

Ries e Trout (2009 apud ASSUNÇÃO et al, 2011) afirmam estarmos imersos

numa sociedade saturada de informação, bombardeada em diversos canais de

comunicação a todo momento. Este excesso de informação não pode ser absorvido

por completo, ocorrendo então um processo de filtragem, onde são armazenas e

processadas apenas uma parcela destas informações, e desconsideradas muitas

outras durante o processo.

Frente a este cenário de ampla concorrência, a sobrevivência no mercado

depende de a marca compreender-se e compreender seu entorno, visto que ―com

uma cultura cada vez mais voltada para o visual, traduzir o significado da marca e

posicioná-la por meio do design é fundamental‖ (KELLER; KOTLER, 2013, p. 355),

para estabelecer a clareza de seus universos interno e externo, para o gerente de

marca, bem como todas as pessoas envolvidas a marca, desde o CEO (Chief

Executive Officer) até os distribuidores, consolidando um grande potencial de

consolidação da marca na vida de seus consumidores (ASSUNÇÃO et al, 2011).

Partindo desta perspectiva, este projeto é estruturado pela a fundamentação

conceitual e prática sobre o desenvolvimento e gestão da marca da empresa

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Ecolossus, levando em consideração seus elementos constitutivos, sejam eles

materiais ou imateriais, como função, imagem, identidade, conteúdo, bem como sua

relação com a disciplina de design gráfico. A fundamentação contará ainda, com a

análise de similares e suas respectivas estratégias de implementação das marcas e

posicionamento no mercado, verificando também caracterizações utilizadas para o

desenvolvimento de experiências singulares às marcas. Seguido dos apontamentos

levantados na etapa anterior, será desenvolvida a práxis do projeto, sendo os

principais resultados a serem observados ao fim do projeto, a identidade visual,

estratégia de mercado, e também o brand book da marca, que atua como

ferramenta de gestão da marca, contendo suas diretivas.

1.1 JUSTIFICATIVA

Desde 2011 o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

(SEBRAE) efetua o estudo de sobrevivência das empresas brasileiras. Em outubro

de 2016 foi publicado novo relatório, o qual constatou a taxa de sobrevivência aos 2

primeiros anos de atividade das empresas igual a 58,4% — excluindo-se os

números referentes aos Micro Empreendedores Individuais (MEI) (SEBRAE, 2016).

O alto índice de ―mortalidade‖ apontado no estudo é, também, decorrente da atual

recessão econômica enfrentada pelo país.

Atualmente a empresa em estudo opera no mercado informal, sua transição

para o mercado formal com êxito, a médio e longo prazo, dependem tanto de um

plano de negócio, quanto uma estratégia de diferenciação bem estruturados. Para

tal, se faz necessário o desenvolvimento de marca, esta compreendida por Pontes et

al. (2009, p.631) como:

O conjunto de valores intangíveis, afetivos e conceituais, decorrentes de uma presença e de uma atuação institucional ou comercial no mercado. Esse conjunto é relacionado e representado por outro conjunto de elementos físicos, tangíveis e perceptíveis, que são percebidos como expressões daqueles valores. Um nome escrito ou falado, uma imagem ou conjunto de imagens, embalagens, uniformes e, principalmente, os próprios produtos são expressões da marca.

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Portanto, por meio de ações interdisciplinares das áreas de administração,

publicidade, marketing e design se faz possível a concepção e materialização destes

valores, a gestão de marcas ou branding, ferramenta esta que prevê o planejamento

e implementação da marca, visando o desenvolvimento e o controle de suas

diversas expressões, por meio da organização de ações estratégicas de construção

e projeção no mercado (AAKER, 2007).

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Geral

Desenvolver a identidade conceitual e visual da marca Ecolossus, bem como

sua estratégia de mercado, de modo que esta sistematização possibilite a gestão da

marca.

1.2.2 Específicos

Em vista do objetivo geral apontado, foram definidos objetivos pontuais de

estrutura do processo de desenvolvimento, sendo:

Apresentar definições dos conceitos de identidade conceitual e visual,

marca, branding e brand book para fundamentação da metodologia de

design adequada ao projeto.

Desenvolver análise de similares/benchmarking para contextualizar a marca,

bem como fundamentar boas práticas a serem aplicadas.

Produzir a estruturação conceitual e estratégica da marca Ecolossus.

Desenvolver o sistema de identidade visual da marca em acordo com sua

fundamentação conceitual e estratégica.

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Produzir o brand book da marca como ferramenta de gestão de seus

elementos tangíveis e intangíveis.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 DESIGN GRÁFICO

A história do design gráfico está profundamente associada ao

desenvolvimento das artes gráficas; e estas, por sua vez, são compreendidas por

Hollis (2001) em três principais funções, hoje praticadas pelo design gráfico, sendo:

1) identificação, dizer o que é determinada coisa, ou sua origem, por meio de

letreiros, estandartes e brasões, marcas, rótulos de embalagens, símbolos e

logotipos; 2) informação e instrução, a indicação relacional entre uma coisa e outra,

quanto à direção, posição e escalas em mapas, diagramas e sinais de direção; 3)

apresentação e promoção, por meio de pôsteres e anúncios publicitários, a fim de

cativar a atenção e tornar a mensagem o mais memorável o possível.

Movimentos artísticos como o cubismo, futurismo, dadaísmo, surrealismo e

design revolucionário russo, quando surgiu o Suprematismo e Construtivismo,

contribuíram grandemente à concepção contemporânea de design gráfico, isto por

meio da experimentação de imagens e palavras tanto em meio impresso, quanto em

audiovisual (filmes) (SILVA; VIEIRA, 2010).

A conformação do campo de estudos para Lupton (2008) tem como

determinante a fundação de instituições como a Bauhaus na Alemanha, a qual a

partir de 1919 procurou explorar o design enquanto linguagem universal, esta

percepção visual, fundamentada nos ideais modernistas de racionalização de

soluções, desenvolvidas por meio do planejamento e padronização. A preferência

modernista por soluções simplificadas e reduzidas hoje coexiste com o desejo de

construção de sistemas que produzam resultados inesperados, e a tendência de

designers e artistas contemporâneos tanto à peculiaridade, customização, e

realização de ―acidentes sublimes‖, quanto a padronização e as normas.

Apesar de tais divergências ideológicas proporcionadas pela pós-

modernidade, o campo de estudos consolidou-se, e em concordância à escola

Bauhaus, Hollis (2001, p.4) declara que ―o design gráfico constitui uma espécie de

linguagem, de prática imprecisa e vocabulário em contínua expansão."

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Antes da nomenclatura da disciplina por design gráfico outros termos foram

sugeridos, como desenho gráfico, entretanto, seu exercício tem continuamente

tornado-se mais complexo, não se limitando somente ao desenho, por isto Silva e

Viera (2010) consideram o termo empregado atualmente adequado, visto a definição

de Noble e Bestley (2005, p.9):

O verbo inglês to design significa literalmente, projetar algo para uma função, propósito ou efeito específico. O ato de criar, em termos da comunicação visual e do design gráfico, está centrado nas formas com que um designer encara problemas práticos ou teóricos por meio de uma vasta gama de materiais e processos muitas vezes bidimensionais (impressos), porém, cada vez mais, tridimensionais ou situados no tempo.

Apesar da abrangência com relação a atividade, cabe ainda a noção

tradicional de design gráfico enquanto processo de facilitação da comunicação de

mensagens entre certas pessoas e um público específico, sendo estas mensagens

de terceiros ou mesmo do próprio designer, entretanto sem nunca comprometer a

eficácia da comunicação, como entendem Hollis (2001), Noble e Bestley (2010).

Assim, no contexto corporativo, o design gráfico tem tornado-se progressivamente

indispensável, atuando como ferramenta de competitividade estratégica, inserindo

elementos estéticos, de qualidade e valor, concretizando identidades e fortalecendo

marcas, assim como materializando culturas corporativas, colaborando ao longo do

processo produtivo na redução de complexidade, tempo e custos (MARTINS;

MERINO, 2008).

2.2 CONCEITOS SOBRE MARCA

A palavra marca pode ser considerada um termo polissêmico1, visto suas

diferentes acepções. Considerando esta diversidade, podem ser estabelecidos dois

pontos de vista distintos: o primeiro focado na questão da identificação e

diferenciação de bens e serviços, com ênfase nos aspectos físicos, perceptíveis ou

significantes, abordagem adotada tradicionalmente pelas áreas de Design Gráfico e

1 ―Relativo à polissemia; que tem mais de um significado.‖ (DICTIONARY, 2015).

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do Direito. Já o segundo, com ênfase em seus aspectos simbólicos e intangíveis,

situando a marca em um contexto emocional e subjetivo, tradição das áreas de

Marketing e Publicidade. Contudo, o desafio contemporâneo é a unificação entre

design e a gestão de marcas, desenvolvendo e implementando conceitos que

contemplem simultaneamente aspectos tangíveis e intangíveis (PONTES et al.,

2009).

Em concordância com o primeiro ponto indicado acima, a American

Marketing Association (AMA) entende que ―uma marca é um nome, sinal, símbolo ou

design, ou uma combinação de todos esses elementos, com o objetivo de identificar

os bens ou serviços de um vendedor e diferenciá-los de seus concorrentes‖

(KOTLER 1991, p.442). Definição posteriormente corroborada por David A. Aaker

(1998, p.7), que entende que ―marca é um nome diferenciado e/ou símbolo (tal como

um logotipo, marca registrada ou desenho de embalagem) destinado a identificar os

bens ou serviços de um vendedor ou de um grupo de vendedores e a diferenciar

esses bens e serviços daqueles dos concorrentes‖.

O conceito é também abordado por Pinho (1996, p.43), que defende que a

marca é ―entendida como nome, sinal, símbolo ou desenho ou sua combinação, que

pretende identificar os produtos ou serviços de um vendedor ou grupo de

vendedores e diferenciá-los daqueles dos concorrentes‖. Ainda de acordo com o

autor, ―uma marca passa a significar não apenas um produto ou serviço, mas

incorpora um conjunto de valores e atributos tangíveis e intangíveis relevantes para

o consumidor e que contribuem para diferenciá-la daquelas que lhe são similares‖

(PINHO, 1996, p.43).

Estas definição com relação ao caráter imaterial das marcas é abordado

também por Clotilde Perez (2004, p.10), que afirma que a ―marca é uma conexão

simbólica e afetiva estabelecida entre uma organização, sua oferta material,

intangível e aspiracional e as pessoas às quais se destina‖.

Já para a designer Alina Wheeler (2009, p.12), ―marca é a promessa, a

grande ideia e as expectativas que residem na mente de cada consumidor a respeito

de um produto, de um serviço ou de uma empresa. [...] A marca é como a escrita

manual. Ela representa alguma coisa‖. A autora ainda declara que

A marca entrou no dicionário de todos. O termo é como um camaleão: o significado pode mudar de acordo com o contexto. [...] A marca tornou-se um sinônimo do nome de uma empresa e da sua reputação. As marcas estão gravadas em nossa vida diária, como em ‘vamos xerocar isto ‗ou‘ essa máquina não é uma ‗Brastemp‘. A obra de Andy Warhol e Heidi Cody

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lembra-nos da força sempre presente das marcas como símbolos culturais. Mesmo aqueles que não sabem com clareza o que é uma marca desejam uma. (WHEELER, 2008, p.12).

Foi publicado pela consultora e avaliadora de marcas Interbrand, em 2008,

um Glossário de Marcas, o qual sugere uma definição concomitante as concepções

contemporâneas:

Marca é uma mistura de atributos tangíveis e intangíveis, simbolizados por uma marca registrada que, quando tratada de forma apropriada, cria valor e influência. O ―valor‖ tem diferentes interpretações: na perspectiva do mercado ou do consumidor é a promessa e o cumprimento de uma experiência; na perspectiva empresarial é a segurança de lucros futuros; na perspectiva da lei é uma peça independente com propriedade intelectual. As marcas simplificam as tomadas de decisão, representam uma certeza de qualidade e oferecem alternativas relevantes, diferenciadas e com credibilidade em meio às ofertas da concorrência‖ (Glossário de Marcas Interbrand, 2008, p.20).

Dada a concepção contemporânea de propriedades materiais e imaterial das

marcas, Kapferer (2004) propõe ainda a classificação de marcas de acordo com as

funções por elas exercidas.

FUNÇÃO BENEFÍCIO AO CONSUMIDOR

Referência Ver claramente, situar-se em relação à produção setorial, identificar

rapidamente os produtos procurados.

Praticidade Permitir ganho de tempo e de energia na recompra de produto idêntico pela

fidelidade.

Garantia Segurança de encontrar uma qualidade estável em todos os lugares e a todo

instante.

Otimização Segurança de comprar o melhor produto de sua categoria, com o melhor

desempenho para um uso específico.

Personalização Sentir-se reconfortado com sua autoimagem ou com a imagem que é

passada aos outros.

Permanência Satisfação nascida da familiaridade e da intimidade das ligações com uma

marca que foi consumida durante anos e que ainda dura.

Hedonista Satisfação ligada à estética da marca, seu design e suas comunicações.

Ética Satisfação ligada ao comportamento responsável da marca nas suas

relações com a sociedade (ecologia, emprego, cidadania, publicidade não chocante).

Quadro 1 As Funções da Marca para os Consumidores Fonte: Kapferer (2004, p.24)

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Dentre estas funções, as duas primeiras são relativas a essência da marca

no que se refere a ser um símbolo reconhecido, o qual facilita a escolha e a

economia de tempo. As três mecânicas seguintes dizem respeito à redução do risco

percebido, ao passo que as três últimas são de caráter hedonista. Com relação à

ética, o indicado é a esperança crescente dos consumidores pelo comportamento

responsável de suas marcas (KAPFERER, 2004). Ante as funções indicadas, pode-

se depreender que a marca é compreendida pelo consumidor de diversas maneiras,

uma vez que elas são percebidas em concordância com necessidades e anseios

específicos de cada consumidor.

2.3 IDENTIDADE DA MARCA

Objetivamente, Vásquez (2007) propõe duas principais razões pelas quais

consumidores usam determinadas marcas. A primeira por conta das sensações

transmitidas – os consumidores se identificarem com elas. A segunda pelo motivo de

uma marca representar algo que o consumidor almeje para si enquanto imagem,

algo que ele não tem e ela pode lhe proporcionar. Portanto, marca não é somente

um logotipo, etiqueta ou slogan2, mas sua verdadeira essência, arraigada em seu

significado, um modo de vida, uma atitude, um conjunto de valores, uma expressão,

um conceito. A autora ainda conclui:

A identidade é o suporte pelo qual se constrói a marca. É ela que dá uma direção, um propósito e um significado à marca: norteia as ações empresariais e financeiras, define os objetivos mercadológicos e comunicacionais e transmite, por meio de seus símbolos, um sentido, um conceito (VÁSQUEZ, 2007, p.202).

A conjunção de fatores, que, reunidos, formam a identidade corporativa de

uma empresa é indicada por Martins (2006), e somam a estes os produtos os

serviços, assim como a ética, e responsabilidade social e ambiental, fatores estes

2 ―Expressão concisa, fácil de lembrar, utilizada em campanhas políticas, de publicidade, de

propaganda, para lançar um produto, marca, etc.‖ (DICTIONARY, 2015).

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que formam a identidade e fazem parte de um sistema de comunicação percebido

pelos consumidores. Para o autor, a partir destes preceitos, a identidade pode ser

então materializada e expressa em nomes, símbolos, cores, e ritos, os quais são

utilizados por organizações para distinguirem-se entre si, e evidenciar suas

respectivas diferenças em relação às identidades de seus públicos.

Considerando as afirmações acima, uma empresa precisa primeiramente

conhecer clara e objetivamente a si mesma, para então projetar-se ao público. Como

reforça Vásquez (2007), a identidade é o sustentáculo pelo qual é construída a

marca, sendo através dessa identidade que se estabelece a direção a ser tomada,

imbuindo significado e propósito à marca, estabelecendo diretrizes de ações

empresariais e financeiras, definindo também objetivos mercadológicos e

comunicacionais, além de transmitir um conceito e um sentido por meio de símbolos.

Ainda de acordo com a autora, para cumprir este propósito, a identidade precisa

reunir certos princípios, sendo estes:

Única e intransferível — toda identidade pertence a uma marca específica,

não existindo duas marcas com uma mesma identidade. Por mais que um

produto possa ser copiado, é extremamente difícil copiar sua identidade.

Atemporal e constante — a identidade não possui tempo ou tem prazo de

validade, entretanto deve apresentar constância ao longo dos anos.

Consistente e coerente — uma identidade precisa ser sólida quanto a seus

elementos constitutivos, assim como apresentar correlação entre eles, sendo

congruentes e compatíveis entre si.

Objetiva e adaptável — a identidade deve ser direta em seus propósitos,

assim como sua comunicação adaptada de acordo com seu público-alvo.

Esta concepção propõe o dualismo inerente às identidades corporativas,

como apontada também por Aaker (2007), que considera a identidade interna a alma

da marca, constituída por valores e competências fundamentais da empresa,

constante mesmo com o lançamento de novos produtos e inserção em novos

mercados. Por outro lado, a identidade externa se caracteriza pelos elementos de

transposição da identidade conceitual, são também adaptáveis ao mercado, e

conferem integridade à marca.

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2.4 IDENTIDADE VISUAL E SISTEMA DE IDENTIDADE VISUAL

A princípio, tudo quanto é visível possui uma identidade visual composta por

elementos visuais, os quais identificam e diferenciam um objeto de outro. Deste

modo, identidades visuais podem ser desenvolvidas tanto para objetos, quanto

pessoas físicas e jurídicas, sendo a última, identidade visual corporativa, de maior

complexidade, visto a expectativa de que esta perdure por toda a existência da

empresa, apesar de que, por diversas razões, haja a tendência de essa vir a ser

redesenhada ou mesmo substituída (PÉON, 2009).

Para Vásquez (2007), por meio da identidade visual o invisível torna-se

visível. Com a criação de um nome, e implementação do design gráfico para

materialização da identidade interna, conferindo personalidade 3 à marca e

diferenciando-a da concorrência.

No mesmo sentido, Strunck (2012) afirma que o projeto de identidade visual

tem por objetivo tornar explícito o conceito da marca, por meio de formas e cores,

estabelecendo um nível de comunicação ideal, entendimento ao qual Silva e Vieira

(2010, p.11) concluem:

Isso hoje é fundamental, pois o público deve ter uma comunicação rápida e eficaz com a marca, a mensagem deve estar explícita, ser clara, a fim de que aconteça um feedback com o receptor. Ainda há marcas que não foram planejadas com esse objetivo, são marcas que não comunicam, ou são de difícil memorização por parte do público. Com o surgimento de marcas preocupadas em estabelecer essa comunicação, o consumidor acabará sendo influenciado por elas e, fatalmente, abandonará as marcas ineficientes.

Pode-se então compreender identidade visual como toda manifestação

gráfica elaborada para uma marca, enquanto o sistema de identidade visual (SIV),

ou ainda, programa de identidade visual (PIV), como a configuração objetiva da

3 ―A personalidade de marca refere-se à externalização da marca através de características tonais

que mais se associam com traços humanos.‖ (PONTES et al., 2009, p.69).

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identidade visual (PÉON, 2009, p.13). Ainda de acordo com a autora, o programa de

identidade visual é definido como:

Sistema de normatização para proporcionar unidade e identidade a todos os itens de apresentação de um dado objeto, por meio de seu aspecto visual. Este objeto pode ser uma empresa, um grupo ou uma instituição, bem como uma ideia, um produto ou um serviço (PÉON, 2009).

Para um sistema de identidade visual eficaz, Vásquez (2007) e Péon (2009)

sugerem as seguintes funções a serem cumpridas:

Figura 1 Marcas — Pepsi e Coca-Cola Fonte: World Vector Logo (2017)

Identificar e diferenciar — fundamentalmente ela deve identificar um produto

ou serviço, bem como diferenciar estes de seus concorrentes imediatos,

atraindo e facilitando a percepção visual de seus consumidores.

Figura 2 Marca — Barclays Fonte: World Vector Logo (2017)

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Institucionalizar e reforçar — diretamente relacionada às funções anteriores,

a institucionalização pela identidade visual remete ao distanciamento dos

agentes sociais que a mantém ou produzem, como proprietários e

funcionários, promovendo uma imagem própria e independente, de ideal

coletivo e perenidade. Desta maneira deve também reforçar associações

favoráveis e desejadas pela empresa perante o mercado.

Figura 3 Marca — Unilever Fonte: World Vector Logo (2017)

Associar e transmitir conceitos — ela deve primeiramente estabelecer

noções de solidez e segurança, organização, planificação e univocidade,

preceitos essenciais a qualquer instituição. Então, manifestar a identidade

conceitual da marca, transpondo-a enquanto identidade externa,

fundamentada também nas diretrizes de mercado estabelecidas.

A fim de realizar tais funções, Strunck (2012) e Péon (2009) apresentam a

convenção dos elementos constitutivos de sistemas de identidades entre primários,

secundários e acessórios. Os elementos primários são considerados o sustentáculo

dos demais, utilizados em uniformidade e intermitentemente nas aplicações, são

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essenciais para o funcionamento do sistema, estes compreendem o logotipo, o

símbolo e a marca. Os elementos secundários, por sua vez, caracterizam-se por

estarem intrinsecamente relacionados à configuração de cada aplicação, derivados

dos elementos primários, são constituídos pelas paletas de cores e alfabetos

institucionais. Já os acessórios são caracterizados pela manifestação das

necessidades específicas de cada instituição, derivados de elementos primários ou

secundários – a esta classe se enquadram mascotes, grafismos, normas de

diagramação ou mesmo logotipos e símbolos adjacentes, estes desenvolvidos com

o intuito de diversificar a identidade visual.

2.4.1 Símbolo

A princípio, qualquer desenho pode ser considerado um símbolo desde que

um grupo de pessoas o entenda como representação de algo além dele mesmo. No

sentido mercadológico, símbolos são sinais gráficos capazes de despertar uma série

de informações e experiências armazenadas pelos consumidores a respeito de uma

marca, justamente por esta abrangência de significados que se distinguem dos

signos, os quais contam com significados específicos, como aqueles utilizados em

placas de sinalização (STRUNCK, 2012).

No Brasil, símbolos, enquanto propriedade legal, devem ser registrados junto

ao INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial), que o denomina como marca

figurativa. A legislação ainda prevê a possibilidade de números e letras

configurarem-se enquanto marca figurativa, desde que sejam desenhados com

características próprias e seu registro seja claramente diferenciado do usual (PÉON,

2009).

Desenhados em uma variedade quase infinita de personalidades, os símbolos de marcas podem ser classificados em várias categorias. De literal a simbólico, de orientado a palavra a orientado a imagem, o mundo das marcas cresce a cada dia (WHEELER, 2012, p.60).

A classificação de símbolos é indicada por Péon (2009), Strunck (2012) e

Wheeler (2012) como:

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Figura 4 Símbolo — Comedy Central Fonte:World Vector Logo (2017)

Tipográficos — conhecidos também como monogramas ou fonogramas, são

aqueles que derivam do nome da empresa, utilizando-se da inicial – ou

iniciais – do nome da instituição, contanto que tal representação não seja

respectiva a denominação escrita da empresa, o que a classificaria como um

logotipo.

Figura 5 Símbolo — World Wildlife Fund Fonte: World Vector Logo (2017)

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Figurativos — estes por sua vez, são referentes a representações objetivas

de um determinado objeto, de fácil reconhecimento de seu público,

explicitando de maneira fiel ideais como o nome da empresa, um produto,

um serviço, ou atributo da marca.

Figura 6 Símbolo — Time Warner Cable Fonte: World Vector Logo (2017)

Abstratos — inversamente à classificação anterior, estes não possuem por

objetivo qualquer representação figurativa, ou ainda, pode derivar de uma

representação figurativa, contanto que esta tenha sido modificada e

estilizada, produzindo uma nova leitura. Deste modo, símbolos abstratos são

geralmente empregados na representação de ideais mais abrangentes

associadas aos atributos da marca.

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Figura 7 Símbolo — Evernote Fonte: World Vector Logo (2017)

Ideogramas — como o nome sugere, é o símbolo que representa uma ideia,

conceito ou atributo específico de uma marca, podendo ser compreendido

como o meio-termo entre os símbolos figurativos e abstratos, usualmente

desenvolvido a partir de uma representação figurativa de um objeto, que

então estilizada apresenta a leitura de significados intrínsecos ao objeto

representado, como uma ideia ou conceito, e não o objeto em si.

Independente de sua classificação, um símbolo tem por propriedade

primordial a sua capacidade de síntese, proporcionando a rápida identificação e

associação à intuição. Por conta dessa característica, o símbolo não deve ser

composto por elementos em excesso, precisa facilitar a leitura e memorização, bem

como apresentar a seu público uma associação clara dos objetivos da marca a

serem materializados pelo SIV. Não obstante, estes fatores devem ser observados

quanto à reprodução técnica do símbolo desenvolvido, de modo a evitar possíveis

falhas de reprodução que prejudiquem a leitura e reconhecimento imediato do

mesmo em associação à instituição a qual representa.

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2.4.2 Logotipo

Dentre as manifestações gráficas primárias, o logotipo se refere a

representação visual do nome da marca, este em forma de letras e números, o qual

é denominado legalmente como marcas nominativas. Fundamentalmente um

logotipo precisa ser legível e representar os fonemas pelos quais a instituição é

referida, visto que no caso de baixa legibilidade, ou ainda o excesso de estilização,

este se assemelharia mais a um símbolo do que a um logotipo, entretanto sem a

mesma eficiência (PÉON, 2009).

As variadas utilizações de logotipos também podem ser classificadas, estas são

dispostas em quatro principais categorias por Strunk (2012) e Péon (2009):

Figura 8 Logotipo — Vimeo (Black Rose Typeface) Fonte: World Vector Logo (2017)

Baseados em uma família tipográfica existente — neste caso, as

características peculiares a uma família tipográfica, ou a relação de

posicionamento dos caracteres definem a identidade do logotipo.

Figura 9 Logotipo — Facebook (Klavika Bold Typeface Modificada) Fonte: World Vector Logo (2017)

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Baseados em família tipográfica modificada — quando um ou mais

caracteres de uma família tipográfica são redesenhados em prol de maior

singularidade na representação, isto pode se dar também pela alteração

brusca do espaçamento, ou alinhamento dos tipos.

Figura 10 Logotipo — Heineken (Heineken Typeface) Fonte: World Vector Logo (2017)

Tipos originais — em comparação aos acima citados, os tipos originais são

os que proporcionam maior singularidade a um logotipo, visto sua projetação

exclusiva à marca. Ainda assim devem priorizar a legibilidade dos

caracteres, inclusive por este motivo, muitos logotipos acabam promovendo

o desenvolvimento de famílias tipográficas completas.

Figura 11 Logotipo — Burger King (Burger King Emblema) Fonte: World Vector Logo (2017)

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Outra classificação a ser considerada é a utilização de grafismos junto a

logotipos, sendo estes elementos acessório ou símbolos. Wheeler (2012) chama

esta combinação de elementos de emblema, o qual apresenta maior dificuldade

quanto a reprodução técnica. Enquanto Péon (2009) indica que um logotipo pode ser

exclusivamente tipográfico, ou conjugado a grafismo, e caso este possa ser

classificado como símbolo, então a combinação de elementos configuraria a marca

em si.

2.4.3 Marca

A assinatura visual, também conhecida como marca, e pode ser composta

ainda por logotipo conjugado a grafismo, ou mesmo a aplicação exclusiva do

logotipo, que neste caso inclusive suplanta a ideia de logotipo, passando a ser esta

a marca da instituição. Logo, a marca é a configuração sintética dos elementos

primários de um SIV, e que, incorporando as partes, as suplantam (PÉON, 2009).

No mesmo sentido, Wheeler (2012, p.68) declara:

Uma assinatura visual é uma relação estruturada entre logotipo, um símbolo de marca e uma tagline

4. Alguns programas aceitam assinaturas divididas,

que permitem separar marca e logotipo. Outras variações incluem assinaturas verticais ou horizontais que dão mais opções, dependendo da aplicação.

4 ―As taglines influenciam o comportamento de compra do consumidor ao evocar uma resposta

emocional. Uma tagline é uma frase curta que captura a essência, a personalidade e o posicionamento de uma empresa a diferencia de seus concorrentes.‖ (WHEELER, 2012).

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Figura 12 Marca — Nike Fonte: World Vector Logo (2017)

De acordo com Strunck (2012) usualmente uma marca é configurada a partir

da conjugação de logotipo e símbolo, sendo por vezes necessária a adaptação dos

mesmos com relação a posicionamento e proporção, privilegiando um elemento ou

outro. Portanto, a marca institucionalizada por meio de um sistema de identidade

visual, tem por objetivo principal manter a unidade em sua apresentação, sendo

responsável por diversas funções para a empresa.

2.5 MANUAL DE IDENTIDADE VISUAL

Uma vez desenvolvido o sistema de identidade visual de uma marca, este

deve então ser materializado, apresentando todos os elementos institucionais,

evidenciando suas relações e aplicações indicadas, assim como as contraindicadas,

servindo assim como guia de diretrizes para implementação adequada e

manutenção da marca. Por isto, deve ser acessível a todas as instâncias e agentes

envolvidos com a instituição (STRUNCK, 2012). Este entendimento é reafirmado por

Fonseca (2011, p.140):

Para assegurar o uso correto, a uniformidade, o controle e a manutenção de um programa de identidade visual fazem-se necessárias normas claras, exatas e precisas. Essa normatização está reunida em uma publicação, o Manual de Identidade Visual.

Ainda de acordo com o autor, o manual de identidade visual é um

instrumento essencial, e nele devem estar contidas as normas e características de

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todos os elementos que compõem o código visual, as respectivas dimensões

precisas e diagramas para reprodução, especificações de cor, determinações,

possibilidades de variação, os critérios e as recomendações de aplicação,

manutenção e uso do Sistema de Identidade Visual.

2.6 GESTÃO DE MARCAS - BRANDING

Também conhecido pelo termo em inglês branding, diz respeito a esforços

multidisciplinares de desenvolvimento, aplicação e fomento de uma marca, como

infere Wheeler (2012, p.6):

A gestão de marcas, também chamada de branding, é um processo disciplinado para desenvolver a conscientização e ampliar a fidelidade do cliente, exigindo determinação superior e disposição para investir no futuro. A ideia da gestão de marcas é aproveitar todas as oportunidades para expressar por que as pessoas deveriam escolher uma marca e não outra. O desejo de liderar, de superar a concorrência e de dar aos colaboradores as melhores ferramentas para se comunicarem com os clientes é o motivo pelo qual as empresas utilizam a gestão de marcas.

O Branding está diretamente relacionado a responsabilidade das empresas

em aspectos institucionais e sociais de suas marcas, além da manutenção de seus

assets5 (STRUNCK, 2012); assim como a geração e implementação da identidade

da marca, conferindo a seus serviços e produtos o valor da marca (MARTINS, 2006).

A gestão de marcas tem por objetivo, portanto, a excelência da estruturação e

comunicação ideal da marca no âmbito interno à instituição, bem como no âmbito

externo com seus públicos.

Dentre as ações de comunicação das marcas de produtos e serviços

encontra-se o posicionamento destes, que de acordo com Serralvo (2009, p.210):

Por posição pode-se entender como um lugar ocupado por um produto ou serviço com relação aos seus concorrentes e o posicionamento, por decorrência como a ação de posicionar a marca na mente das pessoas. Dessa forma, o ato de posicionar uma marca no mercado decorre da ação que a empresa empreende para comunicar o que a marca é e como ela pode se traduzir em benefícios para o público-alvo.

5 ―item de propriedade de uma pessoa ou companhia, considerado de valor e disponível para cumprir

dívidas, compromissos ou legados‖ (DICTIONARY, 2015).

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Portanto, cabe ao branding o desenvolvimento e manutenção de uma

comunicação ideal da identidade e posicionamento da marca, a fim de proporcionar

uma positiva e desejada imagem da marca, esta é compreendida por Velásquez

(2007) como:

A identidade é a concepção que a marca tem de si mesma; a imagem é a maneira pela qual o público concebe a marca. A identidade se constrói internamente; a imagem, externamente. A identidade é objetiva; a imagem é subjetiva e simbólica. A imagem se configura com base na identidade; a identidade precede a imagem. A identidade e a imagem de marca diferem em forma e conteúdo, porém, o vínculo entre elas é a comunicação.

Quando há concomitância entre a identidade conceitual e visual da marca

com a imagem percebida de seu público, então:

A marca deixa assim de ser um simples signo de identidade e reconhecimento associado ao produto para instalar-se no mais psicológico do imaginário social. Aí se converte em uma referência – um autêntico estereótipo cultural – na medida em que essa imagem está lotada de aspirações representadas por ela, de satisfações e emoções, e é o símbolo de ligação a um grupo, a um estilo de vida, da encarnação de uma ideia, de um nexo social ou cultural de identidade, de um status ou, como temos repetido, é a auto-imagem de seu consumidor/usuário. (COSTA, p.124)

Visto tais princípios, pode-se compreender que branding tem por objetivo a

excelência de brand equity, termo definido por Serralvo (2009, p.124) como

conjunto de atributos intangíveis que a marca consegue transferir para a oferta (produto ou serviço) da empresa, representado por todas as associações positivas (funcionais ou emocionais) relacionadas à marca e que confere o grau de prestígio e distinção que a oferta pode alcançar no mercado.

A resultante de todas as qualidades e atributos relacionados a uma marca é

conhecida por Brand Equity. O poder da marca, independente da qualidade e

características de seus produtos e/ou serviço, capaz de convencer um consumidor a

escolhê-la em meio a concorrência, ou seja, tudo quanto o tangível e intangível que

compõem a marca, e que contribua para o seu crescimento e lucratividade. Logo,

Brand Equity é um conjunto de ativos e passivos ligados a uma marca, seu nome,

seu símbolo, que se somam ou subtraem do valor proporcionado por um produto ou

serviço para uma empresa e/ou para os consumidores dela. (AAKER, 1998, p. 16).

Para Strunck (2003), o ideal é o desenvolvimento de um trabalho voltado

para Brand Equity da marca, para a sua valorização, de modo que com o passar do

tempo não seja necessário redesign, mas sim sua expansão, como se vê acontecer

com algumas marcas.

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33

2.7 BRAND BOOK

Com a crescente complexidade e multidisciplinaridade do processo de

desenvolvimento e manutenção de marcas, o manual de identidade visual, contendo

os usos apropriados e inapropriados dos elementos componentes ao sistema

estabelecido, tem sido englobado como parte integrante do chamado brand book,

que por sua vez pode ser compreendido como um manual de identidade da marca

em seu conceito mais abrangente, ou seja, levando em consideração toda a

conceituação da marca, apresentam assim um compilado de princípios e normas,

tanto da identidade conceitual, quanto sua transposição identitária visual,

funcionando como uma interface de apresentação, explicação e engajamento da

marca, como salienta Khun (2013):

Porém, é preciso saber diferenciar o brand book de um manual de identidade. O brand book não é um manual de identidade visual da marca, apesar de, em muitos casos, poder conter este manual em suas páginas, uma vez que a identidade visual faz parte do contexto do branding (é um ponto de contato) e o logotipo representa a síntese visual da marca. O manual de identidade visual se atém a questões técnicas de aplicação […] Já o brand book tem a função de registrar a essência da marca em todas as suas instâncias para que esta seja compreendida e se mantenha em foco, seja qual for o profissional ou empresa que venha a se engajar a ela.

Portanto, assim como conter informações técnicas orientadas a profissionais

das áreas de design, marketing e comunicação, o brand book é uma ferramenta a

ser utilizada também por outros departamentos internos, amplamente divulgado e

disponibilizado para consulta, assegurando então a correta comunicação dos

conceitos e essência da marca, ou seja, uma ferramenta estratégica que veicula

toda a identidade, personalidade, posicionamento e manifestações da marca

(WHEELER, 2012).

Não obstante, no nível funcional, um brand book, diferentemente de um

manual de identidade visual, tem por objetivo principal o engajamento, despertando

criatividade e admiração, sendo convidativo à leitura. Para isto, deve ser um guia

que apresente o mundo da marca de maneira simples e clara, sendo a marca a

protagonista desta história que se passa em um universo construído para inspirar e

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instigar, transportando o leitor para uma experiência. Neste sentido, brand books

podem ser construídos de maneiras bastante diferenciadas de uns para os outros,

decorrente da personalidade de cada marca (INTERBRAND, 2013).

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3 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

3.1 METODOLOGIA

Considerando a fundamentação apresentada, a fim de desenvolver a marca,

primeiramente será realizada uma análise de similares, conhecida também como

benchmarking6, neste caso, avaliando especificamente as estruturas e conteúdos

encontrados em brand books de empresas consolidadas em seus respectivos

mercados, proporcionando a identificação de elementos fundamentais à

estruturação de um brand book eficaz.

Em seguida, será apresentada em detalhe a empresa Ecolossus, caso deste

projeto, a qual terá seu contexto de mercado e concorrentes analisados. Será então

delineada sua identidade conceitual em concordância com o brand brief 7

desenvolvido junto ao proprietário, bem como a estratégia de mercado adotada para

a marca. Essa etapa terá como ponto de partida o brand brief, indicado

anteriormente, juntamente a análise SWOT8 desenvolvida para a empresa e sua

marca.

Concluída a fundamentação estratégica e conceitual para marca, será então

iniciada a projetação do sistema de identidade visual da marca, por meio da

confecção de mood boards9, geração e seleção de alternativas gráficas, as quais

deverão manifestar representações concomitantes aos conceitos e estratégias

estabelecidos na etapa anterior.

Finalmente, serão agregados os materiais conceituais e gráficos elaborados,

os quais deverão direcionar o desenvolvimento de um brand book para a marca

6 ―Processo de avaliação da empresa em relação à concorrência, por meio do qual incorpora os melhores desempenhos de outras firmas e/ou aperfeiçoa os seus próprios métodos.‖ (DICTIONARY, 2015).

7 Documentação dos preceitos fundamentais da marca, apontados pelos donos e/ou responsáveis pela empresa. (WHEELER,

2012, p.138) 8 ―Análise de quatro grandes e simples questões. As duas primeiras—quais são as Strengths (forças) e Weaknesses

(fraquezas) de sua organização? —avalia razões internas de sua organização. As outras duas—quais as Opportunities (oportunidades) sua organização possui e quais as possíveis Threats (ameaças) ela enfrenta?—avalia o posicionamento externo de sua organização… Este tipo de análise SWOT proporciona a uma boa base para discussões mais profundas, tomadas de decisão e finalmente inovação de modelos de negócio.‖ (OSTERWALDER, 2010, tradução do autor).

9 ―Uma combinação de imagens, materiais, textos, etc, com a finalidade de evocar ou projetar um estilo ou conceito específico.‖ (DICTIONARY, 2015)

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projetada, a ferramenta deverá apresentar estrutura e conteúdo em concordância

com as práticas padrões identificadas na primeira etapa do presente método.

3.2 BRAND BOOKS’ BENCHMARKING

O benchmarking de brand books é fundamental para a elucidação quanto às

boas práticas utilizadas por instituições para estabelecimento de Brand Equity e

manutenção eficaz das ações e comportamentos internos e externos de suas

marcas. Contudo, visto que os brand books possuem o caráter de engajamento,

bem como de elucidação dos membros de suas instituições, a veiculação desta

ferramenta é limitada. Por conseguinte, nesta análise serão abordados três

exemplares, os quais, apesar de pertencerem a marcas de atuação em mercados

distintos ao da marca em desenvolvimento neste projeto, terão as ferramentas

verificadas em suas estruturas e conteúdos, observando a manifestação dos

levantamentos anteriormente apontados (item 2.7), relativos às próprias marcas,

como indicado no seguinte quadro:

TÓPICO CONTEÚDO

Introdução Introdução explanatória ao material, indicando sua razão e finalidade, etc.

Estratégia Explanação quanto a estratégia de mercado adotada pela marca.

Identidade Conceitual Apresentação e fundamentação da Identidade Conceitual da marca.

Marca Apresentação da marca em si e suas possíveis variações gráficas.

SIV Apresentação do Sistema de Identidade Visual e normativas técnicas de utilização do mesmo.

Aplicações Exposição de exemplos de aplicações do Sistema de Identidade Visual.

Quadro 2 Tópicos em Análise de Benchmarking Fonte: Autoria Própria (2017)

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3.2.1 Análise do Brand Book da marca Vale

Figura 13 Capa Manual de aplicação da Marca Vale Fonte: LIPPINCOTT (2010)

O primeiro material em análise é o brand book da corporação multinacional

Vale, a segunda maior empresa de mineração do mundo, após uma série de

aquisições internacionais, como da canadense INCO. Este material se faz desejável

enquanto objeto de análise visto sua aproximação ao setor ambiental de atuação da

Ecolossus, sendo o brand book da Vale, neste sentido, a única opção encontrada

após intensa pesquisa por brand books, desde de concorrentes a empresas

atuantes no setor ambiental. Nominada anteriormente Companhia Vale do Rio Doce,

por muitas vezes era identificada por diferentes nomes, como CVRD, Rio Doce, e

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também Vale. Por conta da necessidade de unificação de sua marca e um

posicionamento global fez-se necessário o processo de rebrand10 da empresa. Este

projeto de atualização foi realizado pela consultoria criativa Lippincott em parceria

com o escritório brasileiro de design Cauduro Martino em 2010, com o desafio,

sobretudo, de reverter uma imagem negativa com relação à indústria de mineração,

assim como reposicionar a marca em um contexto global, considerando os valores

de responsabilidade e retribuição social nos mercados em que opera a Vale, além

do cuidado da companhia para com os seus empregados (LIPPINCOTT, 2010).

Figura 14 Introdução ao Manual de Marca da Vale Fonte: LIPPINCOTT (2010)

10 ―Modificar a imagem corporativa de uma companhia ou organização." (DICTIONARY, 2015)

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O material examinado, versão 1,4 (figura 13), inicia-se com a indicação de

novidades com relação a sua versão anterior, seguida da introdução ao material

(Figura 14), na qual são indicadas sua razão e finalidade, apresentando também o

contexto da empresa, e ressaltando a importância de elementos de design enquanto

parcela fundamental a identidade da companhia.

Figura 15 Estratégia da Marca Vale Fonte: LIPPINCOTT (2010)

Mantendo o mesmo padrão explanatório utilizado nas introduções do

material, inicia-se o capítulo de estratégia da marca (figura 15), esclarecendo a

importância e quais são a missão, visão e valores da empresa, assim como seu

posicionamento, conectando as atividades da empresa e a produção de bens que

aprimoraram a qualidade de vida e bem-estar.

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Figura 16 Atributos da Marca Vale Fonte: LIPPINCOTT (2010)

O capítulo segue ainda com a apresentação dos atributos identitários da

marca, tal qual seus ideais, tom e modos (figura 16). Acompanhado, também, de

indicações e restrições de possíveis interpretações ou utilizações errôneas do

conteúdo.

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Figura 17 Apresentação da Marca Vale Fonte: LIPPINCOTT (2010)

No capítulo seguinte do manual, denominado ―Elementos essenciais‖, é

apresentada a marca da Vale, identificando seus elementos constituintes, como

símbolo e logotipo, juntamente com as diretrizes de utilização adequada, e

exemplificações de usos corretos e incorretos (figuras 17 e 18). De acordo com

Lippincott (2010) o símbolo corresponde a letra "V" em forma de um vale,

transmitindo a ação de descoberta, a bandeira brasileira e um coração, sendo um

símbolo simples, forte e elegante que captura várias ideias em um gesto único.

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Figura 18 Versões da Marca Vale Fonte: LIPPINCOTT (2010)

Figura 19 Usos incorretos da Marca Vale Fonte: LIPPINCOTT (2010)

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Segue-se ainda com a apresentação dos elementos da identidade visual,

normativas técnicas de utilização de cada um, tanto secundários, a paleta de cores e

tipografia, quanto terciários, imagens e linguagem fotográfica, bem como os

chamados ―Supergráficos‖ (figura 20, 21 e 22), grafismos de suporte da marca

compostos por sinuosidades que representam e reforçam a ideia de vale.

Figura 20 Paleta de Cores Marca Vale Fonte: LIPPINCOTT (2010)

Figura 21 Tipografia da Marca Vale Fonte: LIPPINCOTT (2010)

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Figura 22 Supergráficos da Marca Vale Fonte: LIPPINCOTT (2010)

Figura 23 Elementos do Branding Vale Fonte: LIPPINCOTT (2010)

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Em sequência, o capítulo ―Sistema Visual‖ apresenta, primeiramente, um

panorama dos elementos do "Branding Vale‖ (figura 23), ressaltando os elementos

previamente dispostos, de maneira a demonstrar coesão e consistência identitária

de imediato reconhecimento da marca, bem como seu posicionamento e atributos.

Continua então com a normatização para a aplicação dos elementos da marca e

interações adequadas entre eles, expondo lado a lado o processo cognitivo de

identificação da marca por meio da correta utilização do sistema (figura 24), seguida

por uma grande diversidade de exemplos de aplicações (figura 25), assim como

exemplos de utilização incorreta a elucidar o que deve ser evitado na reprodução e

comunicação da marca (figura 26).

Figura 24 Aplicando os Elementos da Marca Vale Fonte: LIPPINCOTT (2010)

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Figura 25 Aplicando os Elementos — exemplos da Marca Vale Fonte: LIPPINCOTT (2010)

Figura 26 Sistema Visual — Usos Incorretos da Marca Vale Fonte: LIPPINCOTT (2010)

Em seu último trecho, o brand book relaciona ainda um apêndice, nele é

estruturado um sistema de padronização de arquivos para gerenciamento eficiente

do conteúdo gráfico apresentado no material (Figura 27), além de um glossário de

termos de branding para esclarecimentos, caso necessário (Figura 28).

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Figura 27 Componentes do Nome do Arquivo da Marca Vale Fonte: LIPPINCOTT (2010)

Figura 28 Glossário de termos de branding da Marca Vale Fonte: LIPPINCOTT (2010)

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Considerando-se o briefing de rebrand da marca, posicionamento e

experiência específicos, assim como em relação aos touchpoints11 da marca, o

brand book da marca Vale consiste em um material bastante robusto, o qual

apresenta fidelidade para com as suas propostas. Destaca-se ainda a

implementação de seus conceitos e SIV no próprio manual, que possui caraterísticas

também didáticas, de modo que se faz acessível tanto para profissionais da área

quanto para stakeholders12 de outras áreas de atuação, e se estende inclusive à

sistematização padronizada dos arquivos que abarcam os elementos gráficos da

marca, visando a gestão eficiente da porção gráfica da marca.

3.2.2 Análise do brand book da marca Los Paleteros

Figura 29 Capa do Brand Book da Marca Los Paleteros Fonte: Brainbox (2016)

11 ―Ponto de contato ou interação, especialmente entre um negócio e seus clientes ou consumidores.‖

(DICTIONARY, 2015) 12

Pessoas ou empresas interessadas em uma empresa ou marca, entre elas, os acionistas, empregados, parceiros, fornecedores, clientes e membros da comunidade. (NEUMEIER, 2010, p.178)

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A empresa Los Paleteros especializada na produção de paletas13, possui

atualmente mais de 100 pontos comerciais no Brasil e com boas projeções de

expansão da franquia, por esta razão foi realizado um novo planejamento

estratégico e visual para maior singularidade da marca em meio a um mercado de

concorrência crescente (Los Paleteros, 2017). Este projeto foi desenvolvido pela

agência de branding curitibana Brainbox, a qual produziu o brand book da marca

revitalizada, proporcionando maior coesão, bem como o fortalecimento da

comunicação interna e externa. Sendo este material desejável a análise por razão

de sua disponibilidade, e riqueza de detalhes, os quais são apresentados em

conformidade aos parâmetros definidos para marca Los Paleteros, caracterizando-o

como um ótimo exemplo de brand book, capaz de informar e engajar a marca.

Figura 30 Sumário Universo Estratégico Marca Los Paleteros Fonte: Brainbox (2016)

13 "Sorvetes tradicionais mexicanos que se assemelham aos picolés." (DICTIONARY, 2015)

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Figura 31 Universo Visual Marca Los Paleteros Fonte: Brainbox (2016)

O material da Los Paleteros não é apresentado ou introduzido com relação a

sua finalidade, inicia-se portanto com o sumário, onde é destacado que sua estrutura

é composta por duas seções distintas, a primeira nomeada universo estratégico, que

concerne, como sugere o nome, a estratégia da marca, apresentando primeiramente

um manifesto o qual além de indicar missões da marca, pode ser considerado como

exposição de sua identidade conceitual, visto que são declarados, também, atributos

e personalidade da marca (figura 30 e 31), em seguida este capítulo segue com um

plano estratégico bastante detalhado, pontuando questões como mercado, público,

posicionamento, tom de voz, e ainda as propostas de valor da marca e seus

produtos (figura 32).

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Figura 32 Manifesto Marca Los Paleteros Fonte: Brainbox (2016)

Figura 33 Mercado Marca Los Paleteros Fonte: Brainbox (2016)

Ao final da primeira seção é apresentada, junto à estratégia e identidade

conceitual da marca, um guia de mood boards de experiência da marca, referentes

aos ambientes nos pontos de venda, eventos e personas14 (figura 35).

14 "Imagem com que uma pessoa se apresenta em público.‖ (DICTIONARY, 2015)

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Figura 34 Benefit Ladder Fonte: Brainbox (2016)

Figura 35 Moodboards Persona Marca Los Paleteros Fonte: Brainbox (2016)

A segunda sessão começa com a apresentação do histórico de atualizações

da marca desde sua criação (figura 36), e então apresentada a nova marca,

bastante sintética quando comparadas às anteriores, e suas respectivas normativas,

como a utilização correta do novo símbolo, além da marca com ou sem tagline.

Apresentados os elementos primários do sistema visual, são então expostos os

elementos secundários, como as cores primárias da marca, estas vibrantes e bem

alinhadas com a personalidade da marca, acompanhadas ainda de opções de cores

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suporte em tons claros e outra de tons escuros, além das três famílias tipográficas

padrão da marca e suas respectivas funções. O sistema visual da Los Paleteros

estende-se ainda aos elementos terciários, estes, iconografia para identificação de

atributos de seus produtos, selos para vendas e campanhas, layout modelo para

editoriais impressos para merchandising15 e conteúdo digital, e padrão fotográfico de

pessoas, produtos e composições . Não obstante cada elemento do SIV é

acompanhado de suas aplicações corretas e incorretas a serem evitadas.

Figura 36 Logotipo Linha do Tempo Marca Los Paleteros Fonte: Brainbox (2016)

Figura 37 Universo Visual Cores Marca Los Paleteros Fonte: Brainbox (2016)

15 ― Intensificação dos esforços de exibição de um determinado produto para o público.‖ (DICTIONARY, 2015)

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Figura 38 Universo Visual Família Tipográfica Marca Los Paleteros Fonte: Brainbox (2016)

Figura 39 Universo Visual Fotografia Marca Los Paleteros Fonte: Brainbox (2016)

Enquanto peça gráfica, o brand book da marca Los Paleteros caracteriza-se

como um ótimo exemplo de como o sistema de identidade visual desenvolvido para

a marca, sendo tão funcional quanto impactante, manifestando toda a identidade

conceitual fundamentada na primeira sessão do material, esta objetiva e detalhada.

Percebe-se também que o material, apesar de conter pequenas inconsistências,

possui conteúdo bastante técnico, tornando-o menos acessível para aqueles que

não conhecem as terminologias das áreas de comunicação, marketing e design.

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3.2.3 Análise do brand book da marca M.A.C.

Figura 40 Capa Brand Book Marca M.A.C. Fonte: M.A.C. Cosmetics (2017)

Fundada em 1984 na cidade de Toronto, Canadá, a Make-up Artist

Cosmetics é uma gigante do ramo da beleza, e teve o início de suas atividades com

o lançamento de uma linha de produtos de maquiagem. Neste momento, a empresa

fundamentava-se em um plano estratégico de mercado bastante limitado,

concentrado na reputação de seus fundadores, atuantes como maquiadores

profissionais de artistas e celebridades da moda e entretenimento, reconhecidos por

sua qualidade e estilo particularmente colorido. Desde os anos 1990 a empresa tem

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obtido rápido e contínuo crescimento, mantendo valores e missão fundamentais

como inovação, produtos desenvolvidos sem a realização de testes em animais, e

para pessoas de todas as idades e tons de pele (M.A.C. Cosmetics, 2017).

Figura 41 História da Marca M.A.C. Fonte: M.A.C. Cosmetics (2017)

O brand book desponta com a apresentação breve da história da marca

(figura 41), entretanto sem um prefácio a respeito do material, partindo logo para seu

posicionamento estratégico e questões relativas a identidade conceitual, apontando

primeiramente sua promessa, missão, valores e proposta de valor da marca (figura

42), seguidos de sua personalidade e demais atributos.

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Figura 42 Identidade Conceitual Marca M.A.C. Fonte: M.A.C. Cosmetics (2017)

Diferentemente dos outros brand books analisados, após a estruturação

mercadológica e conceitual, este apresenta um guia imagético da marca, referente

às representações de produtos, atributo de profissionalismo, maquiagem artística,

além de exemplos para mídias, moda e divulgação, sendo esses os primeiros

elementos do sistema de identidade visual apresentados, e não os elementos

primários. De modo peculiar, ao longo da sessão imagética é então apresentado

também o público-alvo da marca (figura 43).

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Figura 43 Público Marca M.A.C. Fonte: M.A.C. Cosmetics (2017)

A marca é então apresentada (figura 44), juntamente as referentes

normativas de utilização, ressaltando exemplos do que não deve ser feito a ela. Os

elementos secundários abordados resumem-se a paleta de cores da marca, sem

especificações extensivas além da orientação de utilização das cores padrão em

fundos, ilustração e fotografia de modo a não interferir com cores de maquiagens e

produtos. Curiosamente, o material conclui-se com o tom de voz da marca a ser

respeitado e declarações finais, como contato e nota de agradecimento.

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Figura 44 Apresentação da Marca M.A.C. Fonte: M.A.C. Cosmetics (2017)

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Figura 45 As Cores da Marca M.A.C. Fonte: M.A.C. Cosmetics (2017)

Assim como os materiais observados anteriormente, o brand book da marca

M.A.C. tem em si aplicadas as normativas apontadas no sistema de identidade

visual, apesar deste não esmiuçar pontos específicos, bem como não disponibilizar

exemplos de aplicações, exceto por fotografias e cores ao longo do próprio material.

De modo interessante, são mesclados elementos de estratégia e conceituais a

elementos compositivos do sistema de identidade visual da marca, propondo uma

experiência diferenciada de leitura em relação aos brand books anteriores.

Finalmente, enquanto material de circulação interna para engajamento de seus

stakeholders, pode-se considerar uma ferramenta eficiente, contudo as diretrizes

gráficas não se aprofundam, de modo a serem insuficientes para gestão e

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manutenção completas da marca. Tais características fazem do material da M.A.C.

um bom objeto de estudo, o qual caracteriza-se muito mais por seu aspecto de

engajamento do que de manual normativo de um sistema de identidade visual,

evidenciando a adaptabilidade desta ferramenta de acordo com as necessidades e

intuitos de cada marca.

3.2.4 Resultado da análise de similares - brand books benchmarking

VALE LOS PALETEROS M.A.C.

Introdução X X

Estratégia

Identidade Conceitual

Marca

SIV

Aplicações X

Quadro 3 Resultado de Benchmarking Fonte: Autoria Própria (2017)

Expostos anteriormente brand books de três marcas distintas, em caráter de

atuação e porte no mercado, e então avaliados os conteúdos dispostos por cada um,

bem como os modos pelos quais foram estruturados e estruturados enquanto

experiências informacionais, e de engajamento de suas respectivas marcas.

Nem todos os materiais examinados apresentaram contextualização

introdutória ao material em si, indicado sua razão de ser e finalidades, tampouco

disponibilizando acessibilidade aos termos específicos utilizados ao longo de seus

conteúdos, exceto o brand book da Vale. Ainda neste sentido, cabe destacar a

função de engajamento à marca, sendo que nesta ótica, apesar da utilização de

termos específicos, ou mesmo a não apresentação de certas normativas técnicas,

como no caso do brand book da M.A.C., pode-se ainda configurar o material como

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uma ferramenta importante de desenvolvimento interno da instituição junto a seus

stakeholders diversos.

A despeito das abordagens diferenciadas entre si, todos os materiais

apresentaram uma seção estratégica, esclarecendo seu posicionamento, valores,

missão, proposta de valor, entre outros, atrelando à estratégia — sendo o mais

complexo neste tópico o brand book da Los Paleteros —, elementos de distinção

identitários de cada marca, estes, atributos fundamentais de consolidação de suas

personalidades, enquanto normativas de comunicação externa, e sobretudo, interno

das instituições.

Dentre os materiais dispostos, todos apresentaram ao menos a marca, bem

como disposições de utilização de seus demais elementos gráficos, sendo o mais

extenso neste aspecto o brand book da Vale, apresentando diversas especificações

e exemplos de aplicação por diversas mídias, além de um sistema de gestão de tais

assets, enquanto o mais breve dentre eles neste aspecto fora o da M.A.C..

Por fim, compreende-se que todos os materiais analisados configuram-se

em peças gráficas de excelente aplicação do sistema de identidade visual de suas

respectivas marcas, assim como seu conteúdo textual é transcrito de acordo com os

atributos conceituais e de personalidade de cada uma delas, transpondo-se da

configuração de um manual técnico da identidade visual para um real ponto de

contato com a marca, propiciando uma experiência única a cada um, onde se pode

vislumbrar o universo e singularidade das marcas.

Não obstante, a estruturação do material, assim como abordagem e

extensão das seções particulares a cada ferramenta, permitem a conclusão de que

estas são determinadas pelas necessidades e objetivos distintos da empresa em

questão, assim como por suas próprias identidades. Portanto, um brand book deve

abarcar as necessidades específicas da empresa, enquanto peça instrutiva e

normativa, porém sobretudo enquanto peça capaz de consolidar sua marca, em

manifestações tangíveis e intangíveis que fomentem a institucionalização de suas

ações e interações, tanto internas quanto externas.

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3.3 A ECOLOSSUS

A empresa Ecolossus, caso de estudo e desenvolvimento deste projeto, é

um escritório de engenharia consultiva, idealizada desde 2011 nas áreas de

engenharia florestal, ambiental e da Biologia. Por ela são desenvolvidos projetos de

licenciamento ambiental — exigência legal a que estão sujeitos todos os

empreendimentos ou atividades que empregam recursos naturais ou que possam

causar algum tipo de poluição ou degradação ao meio ambiente, portanto, um

procedimento administrativo pelo qual é autorizada a localização, instalação,

ampliação e operação destes empreendimentos e/ou atividades —, planos diretores

municipais e estaduais — mecanismos legais que visam orientar a ocupação do

solo urbano, tomando por base por um lado interesses coletivos e difusos tais como

a preservação da natureza e da memória, e de outro os interesses particulares de

seus moradores —, planos de manejo de unidades de conservação de proteção

integral (parques) ou de uso sustentável (áreas de proteção ambiental associados a

mananciais) — documento técnico elaborado por meio de diversos estudos com o

intuito de planejar a gestão e o uso sustentável dos recursos naturais no interior de

uma Unidade de Conservação —, em todas as esferas administrativas, a saber,

municipal, estadual e federal. O escritório presta ainda consultoria para solução de

problemas relacionados a regularização ambiental (leis vigentes), proteção ou

conservação ambiental, além das áreas da economia e gestão de processos

industriais ou institucionais.

Atualmente a empresa desenvolve suas atividades unicamente pelo trabalho

de seu fundador e auto-gestor Augusto Rodrigues de França, engenheiro florestal.

Sendo responsável por projetos de grande abrangência e impacto socio-ambiental,

como o projeto ambiental e florestal do plano diretor do estado do Tocantins.

Projetos como este possuem um longo processo de execução, e são licenciados

pelos governos municipais, estaduais e federal por meio de processos seletivos

conhecidos como licitações, que são concedidas a empresas que após averiguação

comprovem capacidade e expertise técnica para o desenvolvimento, e possuam a

proposta de valores mais acessíveis para execução do projeto.

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Visto os expressivos rendimentos, entretanto longo processo de

desenvolvimento de projetos licenciados pelos governos, a empresa Ecolossus atua

ainda na consultoria e projetos de licenciamento para iniciativas privadas, os quais

variam substancialmente em questões de dimensão e complexidade, sendo esta

uma parcela do mercado desejável à fidelização de seus clientes, visto sua

capacidade de rotatividade de recursos financeiros em menor espaço de tempo,

além de possibilitar a gestão de diversos projetos simultaneamente.

Atualmente a empresa tem um faturamento líquido mensal de

aproximadamente 4,5 mil reais, com o objetivo de duplicar, ou ainda, triplicar este

rendimento no próximo ano, e quintuplicá-lo em 3 anos. Contudo a empresa ainda

não possui uma marca elaborada para atuação efetiva no mercado, bem como não

conta com uma estratégia de mercado, ou qualquer plataforma de comunicação com

seu público, razões de desenvolvimento deste projeto.

3.3.1 A Concorrência

O mercado de atuação da empresa Ecolossus pode ser caracterizado como

ainda pouco desenvolvido no que tange o desenvolvimento e manutenção de suas

marcas. Pode-se notar a escassez de marcas projetadas por profissionais ou

equipes qualificadas para tal, visto a baixa qualidade de seus sistemas de identidade

visual, diferencial conceitual, além de um sistema precário de contato e

comunicação com o público. Tal precariedade foi-se evidenciada ainda na busca

sem sucesso por brand books de concorrentes para análise de similares (item 3.2).

Nesta etapa serão apresentados e analisados três concorrentes da

Ecolossus, sendo 1 concorrente direto, e 2 indiretos. Os pontos sob verificação

serão:

Marca;

Identidade conceitual;

Sistema de identidade visual;

Estratégia de mercado.

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Localizado na cidade de São Paulo, o escritório de consultoria e projetos

ambientais Brasil Diverso é especializado em soluções nas áreas de atuação da

Ecolossus (item 3.3), desenvolvendo trabalhos para diversas regiões do país, sendo

também gerida unicamente por seu fundador. Por conta das características da

empresa, considerando sua organização, modelo de negócio e estratégia, a Brasil

Diverso pode ser classificada neste estudo como um concorrente direto da

Ecolossus.

Figura 46 Concorrência — Marca Brasil Diverso. Fonte: Brasil Diverso (2017)

A empresa possui uma marca especificamente projetada para a empresa, e

em concordância com os serviços disponibilizados, podendo-se identificar um

logotipo conscientemente elaborado, de caráter moderno e disposição não

convencional em seus elementos constitutivos. Além de um símbolo carregado de

possíveis leituras de significados, tal qual a representação dos anéis de crescimento

encontrados nos troncos de árvores, formas semelhantes as de folhas de vegetação,

e ainda representações topográficas.

A identidade conceitual da empresa não é apresentada em nenhuma de

suas plataformas de comunicação disponíveis, mesmo a apresentação formal da

empresa somente é encontrada em sua respectiva página no Linkedin16. Entretanto,

nota-se a inclinação da marca em se manter atualizada quanto aos pontos de

contato e comunicação de seu público, promovendo a proposta para soluções de

16 ―Rede social especializada em negócios e oportunidades de emprego, operante via

websites e aplicativos para dispositivos móveis.‖ (DICTIONARY, 2015)

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problemas por meio de uma linguagem técnica e objetiva em combinação a uma

abordagem casual e descontraída.

Não obstante, em observação do sistema de identidade visual da marca,

nota-se inconsistência na utilização e valorização dos elementos gráficos primários

em suas derivações secundárias e terciárias, produzindo um estranhamento entre a

marca e suas demais manifestações visuais.

Figura 47 Concorrência — Website Marca Brasil Diverso. Fonte: Brasil Diverso (2017)

A despeito da estratégia da marca Brasil Diverso, esta concentra-se na

utilização do meio digital, sendo o ponto chave desta presença o site da empresa,

uma plataforma projetada em moldes contemporâneos, robusta em conteúdo e de

fácil navegação, onde o visitante pode sanar suas dúvidas com relação a empresa e

os serviços prestados, contextualiza-los em um portfólio de projetos já realizados,

além de poder informar-se por um blog de notícias afins a atuação da empresa,

ainda neste processo o visitante é engajado a entrar em contato com a empresa por

alguma dentre as diversas alternativas disponibilizadas, estas: Linkedin, Facebook,

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Twitter, Google+, Youtube, email, Whatsapp, telefone, e mensagem direta por meio

da plataforma.

Na cidade de Curitiba, um proeminente escritório de consultoria e projetos

florestais e ambientais é o Detzel Consulting, o qual fornece os serviços similares

aos do Ecolossus, tendo ainda sido um parceiro no desenvolvimento de projetos

passados da Ecolossus. Não obstante, o Detzel Consulting conta com um corpo de

colaboradores e capacidade produtiva superiores, sendo assim um referencial e

concorrente indireto da Ecolossus no mercado desejado.

Figura 48 Concorrência — Marca Detzel Consulting. Fonte: Detzel Consulting (2017)

Com relação a marca da Detzel Consulting, pode-se constatar o

planejamento em sua construção, contanto, seria precipitado indicar esta marca

como bem resolvida, considerando sua precariedade em termos de legibilidade,

pregnância, e principalmente com relação a característica de sintetização de

significados, considerando-se esta propriedade como essencial à conformação de

uma marca, transcendente a classificação de símbolo, passível de leituras de

conceitos e contexto de atuação de uma dada marca, o que não é possível de

identificar na marca Detzel.

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Apesar de a empresa atuar desde 2005, como indicado em sua página no

Linkedin, não é possível encontrar em quaisquer de seus pontos de contato digitais

a exposição de uma identidade conceitual da marca. Ainda assim, empresa, seu

histórico e serviços prestados são apresentados, mesmo que de modo extenso e

desinteressante em sua página no Facebook, Linkedin e seu website.

Figura 49 Concorrência — Website Marca Detzel Consulting. Fonte: Detzel Consulting (2017)

Quanto a Identidade Visual, ou ainda Sistema de Identidade Visual, nota-se

a carência ou mesmo inexistência destes, visto a inconsistência em suas

manifestações digitais, inclusive na utilização da própria marca, ou quaisquer

elementos gráficos de apoio recorrentes em suas plataformas e materiais vinculados

à marca.

Considerando os demais pontos já observados com relação à Detzel

Consulting, a inconsistência se faz constante na gestão da marca, e sua presença

no meio digital. Qualquer indicação de conceituação ou estratégia específicas são

ausentes ou foram abandonadas ao longo dos anos de atuação da empresa, nota-

se, por exemplo, a negligência do website da empresa, que apesar de se encontrar

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acessível, teve sua última atualização em 2011. Não obstante, a marca possui ainda

presença via sua página no Facebook, onde a última publicação data de maio de

2017, sem qualquer padronização de linguagem ou estética em sua comunicação.

Também em Curitiba, outra empresa de destaque é a Ambiente Integrado,

em atuação no mercado de consultoria e desenvolvimento de projetos ambientais e

florestais desde 2009, sendo concorrente direto da anterior em análise, bem como

concorrente indireto da Ecolossus.

Figura 50 Concorrência — Marca Ambiente Integral. Fonte: Ambiente Integral (2017)

Dentre as marcas observadas nesta seção, a Ambiente Integrado pode ser

considera a mais consistente dentre as três. Sua marca, abstrata, permite a

associação com sua atuação no mercado, remetendo a formas orgânicas e sinuosas

observada no curso de rios, sugerindo também composição de um globo abstrato,

além da utilização de uma paleta de cores em tons de verde, cor percebida e

associada ao meio ambiente e natureza, neste contexto.

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Figura 51 Concorrência — Website Marca Ambiente Integral. Fonte: Ambiente Integral (2017)

Assim como as demais marcas avaliadas, a Ambiente Integrado não

disponibiliza qualquer apontamento objetivo com relação à sua Identidade

Conceitual. No entanto, nota-se uma consistência mínima na utilização dos

elementos gráficos que compõem a marca, sendo, a paleta de cores e iconografia.

Portanto nota-se um planejamento prévio, ainda assim deficitário, como os demais,

não permitindo a observação de um Sistema de Identidade Visual, ou mesmo uma

Identidade Visual complexa.

No que diz respeito à estratégia, a marca apresenta maior clareza que as

demais, visto a limitação consciente dos pontos de contato pela internet, sendo

estes um website para apresentação da marca, conectado à um blog de notícias

relacionadas a seu mercado de atuação, além de uma página no Linkedin, e o

contato via email, e telefone. Ainda com relação a estratégia, a Ambiente Integrado é

a única a apresentar sinteticamente seu negócio, visão e missão.

Brasil Diverso Detzel Consulting Ambiente

Integrado

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Apresentação

Marca

Identidade

Conceitual X X X

Identidade Visual

(SIV) X X X

Visão X X

Missão X X

Valores X X X

Quadro 4 Concorrência Benchmarking Fonte: Autoria Própria (2017)

À luz desta breve análise dos principais concorrentes indicados pelo

proprietário da Ecolossus, nota-se o descaso com a importância das marcas, sua

gestão e comunicação no meio digital, por parte de todas as empresas estudadas.

Não obstante, este cenário pode ser ainda compreendido por conta do modelo de

negócio e mercado no qual estas empresas atuam, ou seja, visto que suas principais

ocupações estão condicionadas à contemplação de licitações governamentais,

mecanismo no qual tais ações e setores de design, publicidade e marketing são

minimamente considerados como fatores de definição do resultado destes

processos. Assim, o mercado privado é colocado em segundo plano, e abordado de

modo pouco estruturado, e como em todos os casos avaliados, descontinuado.

Portanto, considerado este contexto, o qual a Ecolossus está sujeita, cabe a

preparação da marca, e mesmo da própria empresa para se estruturar de maneira a

ser uma forte concorrente tanto no mercado de projetos públicos, quanto no

mercado privado, sendo este o que possui a relação mais deficitária por parte da

concorrência, possibilitando que a Ecolossus atenda este público em suas

necessidades, e eventualmente venha a tomar a dianteira neste setor.

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3.3.2 A Identidade Conceitual da Ecolossus

Partindo das constatações feita por Vásquez (2007) e corroboradas por

Aaker (2007), indicadas no capítulo 2.3 deste documento, de que a identidade de

uma marca é primeiramente constituída de atributos intangíveis e conceituais, os

quais lhe conferem personalidade específica, os quais formam um suporte pelo qual

a mesma é desenvolvida, sejam seus aspectos mercadológicos, sejam suas

manifestações gráficas.

Assim, este capítulo tem por finalidade o delineamento da identidade

conceitual da marca Ecolossus, considerando seus aspectos intangíveis e

intransferíveis, a partir, portanto, da ótica de que esta deve se caracterizar como

alicerce aos desdobramentos gráficos e materiais consequentes. Para isto, foi

realizado junto ao proprietário o brand briefing da Ecolossus, o qual procura objetivar

estas questões, utilizando o modelo sugerido pela designer Wheeler (figura 52).

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Figura 52 Briefing Modelo. Fonte: WHEELER (2009, p.131)

Considerando a análise de 3 concorrentes, sugerida por Wheeler e tema do

capítulo anterior, enquanto tópico já abordado, seguem as demais colocações

propostas.

A ―Grande Ideia‖ enquanto ponto central de elucidação da identidade da

marca é um conceito de sintetização sobre como a marca/empresa vê a si mesma, e

assim, a sua razão de ser. Neste sentido, cabe à Ecolossus:

Escritório de engenharia florestal, ambiental e da biologia com competência

análoga a riqueza biológica do Brasil (imaginário e ideal de ―gigante‖ e

―colosso‖, tal qual no hino nacional brasileiro), bem como para com os

desafios a serem solucionados neste contexto.

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Para a autora, ―Visão‖ é um conceito que está intimamente associado as

lideranças das marcas, sobretudo aquelas de sucesso, visto a paixão de seus

líderes por ideais capazes de inspirar ações. Assim, para Ecolossus:

O reconhecimento nacional enquanto um escritório capaz de solucionar

questões de alta complexidade, proporcionando a otimização da

performance econômica, fomentando a produção sustentável, a preservação

do meio ambiente e da cultura.

O conceito de ―Missão‖ é abordado por Wheeler como parte da autenticidade

da empresa, que, juntamente com os conceitos anteriores, fundamenta o principal

objetivo da marca:

Propiciar o fortalecimento das questões socio ambientais tanto no âmbito

público, quanto privado, respeitando o compromisso para com a legislação.

A objetivação dos ―Produtos ou Serviços‖, é fundamental para a clareza na

atuação e comunicação da empresa, seja em suas questões internas, como externa.

Como indicado no capítulo 3.3, a Ecolossus presta os seguintes serviços:

Projetos de licenciamento ambiental; planos diretores municipais e

estaduais; planos de manejo de unidades de conservação de proteção

integral ou de uso sustentável dos recursos naturais no interior de uma

Unidade de Conservação; consultoria para solução de problemas

relacionados a regularização ambiental (leis vigentes), proteção ou

conservação ambiental, além das áreas da economia e gestão de processos

industriais ou institucionais.

Outro ponto a ser indicado, segundo Wheeler, é o de ―Vantagens

Competitivas‖, ou seja, o diferencial de sua marca/empresa em relação a

concorrência, que por sua vez, de acordo com o proprietário da Ecolossus:

Diferencial técnico aplicado com pontualidade e rapidez, de modo solícito —

contraponto ao descaso e imperícia notada nos serviços prestados pela

concorrência.

A relevância no conhecimento, e reconhecimento da rede de relações da

marca, dentro de um contexto de atuação, Wheeler aponta como um dos pontos

fundamentais a estruturação da identidade da marca, por isto a indicação dos

stakeholders que interagem com a marca:

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Entidades governamentais, sejam da esfera municipal, estadual ou federal;

entidades privadas do setor industrial de produção; escritórios de consultoria

e projetos com atuação em questões de meio-ambiente.

Reconhecido os pontos anteriores, na elucidação Identitária da marca, deve-

se ainda identificar o ―Mercado Alvo‖ de suas ações, ou seja, os nichos de mercado

nos quais a sua marca atua, ou pretende atuar. Para Ecolossus, como já

mencionado no capítulo anterior, são eles:

O setor público e a contemplação de licitações; o setor privado industrial, o

qual apresenta-se como uma oportunidade, visto análise da comunicação da

concorrência (item 3.3.1).

Intrínseco também à ―Autenticidade‖, Wheeler propõe o conceito de

―Proposta de Valor‖, este, concernente a oferta singular de valor imaterial associado

aos produtos e serviços ofertados por uma marca. Deste modo, para a Ecolossus:

Resolução técnica que assegura a otimização econômica, e o

reconhecimento da responsabilidade ética socio ambiental da contratante.

O último ponto a ser evidenciado, segundo as diretrizes de briefing de

Wheeler, é o de ―Atributos‖ da marca. Este, por sua vez, diz respeito a

personificação das marcas por meio de traços humanos de personalidade, o que

permite maior aproximação entre as marcas e seus públicos. Assim, os registros de

personalidade atribuídos à Ecolossus são os seguintes:

Imponente, Contemporânea, Cativante, Confiável, Amigável.

Ainda com relação aos conceitos de atributos e personalidade da marca,

Mark e Pearson (2001) sugerem a personificação das marcas por meio de

arquétipos psicológicos construídos, e identificados, ao longo da história da

humanidade, geralmente utilizados na construção de narrativas e personagens. As

autoras indicam diversos modelos de arquétipos, os quais são exemplificados na

conceituação e estratégia de marcas famosas. Neste sentido, dois modelos, e

algumas de suas respectivas características, propostos por Mark e Pearson serão

adotados na construção da Identidade Conceitual da Ecolossus, sendo estas:

SAGE: conhecido também como sábio, intelectual, especialista, avaliador,

conselheiro, pesquisador, pensador, profissional, mentor, entre outros. Este

arquétipo é frequentemente encontrado em entidades relacionadas à

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pesquisa, análise, aprendizado e planejamento. Neste contexto, a qualidade

é oriunda da perícia e maestria, e o passo com que as ações tomadas, e a

serem tomadas, é avaliado com base em extensos estudos e premeditação,

enfatizando assim, também, o valor relativo ao levantamento e análise de

dados.

CAREGIVER: conhecido também como altruísta, cuidador, apoiador,

ajudador, ―pai‖, entre outros. Geralmente empregado em entidades e

organizações não-lucrativas, ou de caridade, este arquétipo tem por

características a empatia, a comunicação, consistência e confiança. Neste

sentido, projetos ambientais, como os desenvolvidos pela Ecolossus, visam

o desenvolvimento social sustentável, ou preservação, seja dos recursos

naturais, ou da cultura de um dado contexto, por isto, uma gama complexa

de questões deve ser levada em consideração, bem como a necessidade de

uma equipe multidisciplinar, usualmente constituída pela parceria entre

escritórios e profissionais das áreas relacionadas. Portanto, evidencia-se a

necessidade de qualidade na comunicação para com todos os envolvidos,

empatia para a resolução de problemas a partir da adoção das diferentes

perspetivas, consistência e precisão técnica nos procedimentos

estabelecidos, de modo a evitar possíveis danos, e, finalmente, a confiança,

estabelecida e reforçada por meio da aplicação dos princípios listados, de

modo comprometido, confiável e constante.

Ao estruturar a identidade institucional, se faz evidente ainda certos

aspectos, como o porte da empresa, pequeno e que apesar disto atua com projetos

diversos, e escalas diversificadas, de pequenas à grandes complexidades e grande

relevância socio ambiental, neste sentido destacam-se suas características de

responsabilidade em todas as suas ações. Apesar de a empresa estar no início de

suas atividades, seu fundador possui uma vasta experiência na área, e almeja

reconhecimento pelo diferencial técnico que possui, tal qual o estabelecimento de

uma imagem positiva para a empresa que sustente futuras expansões para médio e

grande porte, tornando-se referência em assuntos florestais e ambientais no âmbito

nacional.

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3.4 ESTRATÉGIA DE MERCADO DA ECOLOSSUS

Com o propósito de refinar a identidade conceitual determinada como

indicado no esquema de briefing desenvolvido na seção anterior, assim como

permitir um conhecimento mais aprofundado da empresa e seu contexto no

mercado, nesta etapa do desenvolvimento utilizou-se de uma ferramenta conhecida

como análise SWOT, ou ainda FOFA em português.

Neste processo, são analisados quatro pontos específicos com relação a

marca, sendo dois destes referentes a questões internas da instituição, o primeiro

são Strengths (forças) da marca, pontos de vantagem competitiva e diferenciais, e o

segundo Weaknesses (fraquezas) da marca, avaliando onde encontram-se

vulnerabilidades e possíveis aperfeiçoamentos necessários. Já os outros pontos a

serem observados dizem respeito as questões externas a organização, sendo as

Opportunities (oportunidades), possibilidades de desenvolvimento e expansão da

empresa verificados no mercado, e também possíveis Threats (ameaças) que a

organização enfrenta, ou deve vir a enfrentar no mercado (OSTERWALDER, 2010).

Indicadas pelo proprietário da Ecolossus como sendo as seguintes:

Strenghts — Forças: qualidade técnica e atenção aos detalhes; experiência

e expertise; ética profissional, comprometimento socio ambiental e

econômico; comunicação solícita; pontualidade e rapidez.

Weaknesses — Fraquezas: reconhecimento no mercado; prazos curtos para

execução de projetos; distância e deslocamento geográfico.

Opportunities — Oportunidades: alto índice de desconhecimento das

legislações por parte do público; negligência técnica por parte da

concorrência; soluções insuficientes ou insatisfatórias pela concorrência;

maior conhecimento e cobrança social pelo desenvolvimento sustentável.

Threats — Ameaças: Concorrência já estabelecida no mercado; burocracia e

incompetência dos órgãos legisladores responsáveis; receio do público

quanto aos custos relacionados ao meio ambiente.

Após listados pontos específicos em cada uma destas questões, os pontos

internos são então contrapostos a ambos os pontos externos, proporcionando a

fundamentação contextualizada da empresa, e assim possibilitar discussões mais

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aprofundadas para o planejamento de ações estratégicas internas e externas, e

então tomadas de decisões que enfrentem, contornem cada os obstáculos

indicados, produzindo o desenvolvimento saudável da empresa (ASSUNÇÃO et al,

2011).

Forças + Oportunidades: portfólio de projetos executados e em andamento;

declarações positivas de clientes; produção e compartilhamento de

informações relacionadas a área de atuação.

Forças + Ameaças: Acompanhamento de atualizações legislativas e

qualificação contínua; manutenção do bom relacionamento com os órgãos

responsáveis pelo processo documental, apesar de imprevistos; linguagem

acessível, e exposição objetiva das vantagens promovidas pela

regulamentação e otimização da produção sustentável.

Fraquezas + Oportunidades: posicionamento e comunicação eficientes;

desenvolvimento de uma plataforma digital (website) como ponto principal de

contato; utilização de marketing de conteúdo para aumentar a visibilidade da

empresa no meio digital; contratação de um estagiário para comunicação da

empresa; manutenção do bom relacionamento com escritórios parceiros e

concorrentes, visto a possível necessidade de consórcio para projetos

extensos.

Fraquezas + Ameaças: considerar possíveis imprevistos por ordem de

fatores externos na gestão temporal dos projetos; associação de valores

referentes a possíveis deslocamentos necessários junto aos custos dos

projetos; planejamento econômico detalhado para a implementação das

ações necessárias na gestão da marca.

De acordo com a análise SWOT, constata-se pontos claros de estratégia e

aprimoramento internos e externos da empresa, sendo portanto de razão interna a

manutenção da qualificação técnica, observando prováveis atualizações legislativas

referente a área de atuação da instituição, também o cultivo do bom relacionamento

junto à órgãos reguladores e demais instâncias relacionadas as funções da

empresa, inclusive quando no caso de possíveis imprevistos ocorridos por parte

destes, caso recorrente de acordo com o empresário, e que pode vir a ser

contornado por meio da implementação de tempo extra, quando possível, a gestão

dos projetos desenvolvidos, ainda no sentido de aprimoramento interno, se

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evidencia a necessidade de planejamento e relação de valores referentes a

possíveis deslocamentos necessários junto aos custos dos projetos, e por último, a

contratação de um estagiário para auxílio das atividades, sobretudo de

comunicação.

Do planejamento e estratégia externos, se faz notória a necessidade da

correta exposição da marca, considerando o tamanho da empresa e sua capacidade

produtiva, sem gerar uma demanda a qual não possa ser atendida, portanto para a

profusão adequada da marca com o crescimento desejado, este, por ora, de

aproximação ao setor industrial e de empreendimentos sem expressiva expansão,

tem-se por prioridade o reconhecimento da marca, produção de brand equity ao

longo do tempo, e sobretudo a concomitância entre a identidade e a imagem da

marca. Para isto, a primeira estratégia definida, diz respeito ao desenvolvimento de

uma plataforma digital como ponto de contato da marca, esta deve-se projetar

multifuncional, servindo como plataforma expositiva da instituição, abarcando as

informações identitárias, especificações de serviços, portfólio de projetos executados

e em andamento, além de possíveis declarações de clientes e parceiros, e

finalmente, uma seção de artigos e notícias relevantes ao cenário, estas de cunho

expositivo, informativo, e também conscientizador, ação conhecida como marketing

de conteúdo.

Esta seção caracteriza-se como principal ferramenta estratégica para

realização dos objetivos acima apresentados, tem por função intrigar os visitantes

quanto a regularidade das empresas no âmbito ambiental, tal qual a exposição do

valor social e retorno econômico provenientes das atividades realizadas pela

Ecolossus, além ainda da firmação de compromisso e responsabilidade social por

meio de notícias relacionadas ao ramo, expondo novidades positivas, como avanços

tecnológicos e casos exemplares, assim como negativos como possíveis casos de

displicência e similares. Deste modo, estas ações devem fornecer substância

necessária para o estruturação e aplicação do marketing de conteúdo, ou seja,

material cuidadosamente construído, relevante para o cliente almejado pela

empresa, de modo que sua plataforma digital (website) seja facilmente localizada

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junto aos primeiros resultados em sites de busca como Google, visto sua relevância

como aponta Torres (2009, p.72):

"…Cerca de 90% dos internautas iniciam a navegação pelas ferramentas de busca, e […] mesmo que você anuncie nelas, por meio de links

17

patrocinados, menos de 10% deles acessarão seus anúncios. Assim, resta um enorme contingente de 0% dos internautas que navegam com base no conteúdo dos sites e blogs, e não na publicidade, seja qual for seu formato. Trata-se de uma enorme audiência que esta buscando informações, parte delas ligada ao seu negócio, e, portanto, de clientes potenciais.‖

A fim de aprimorar a estratégia de marketing de conteúdo proposta, foi-se

estabelecido a utilização da ferramenta conhecida como marketing de busca, ou

ainda como SEM (Search Engine Marketing), esta complementada, ou ainda

composta, por uma segunda partida, conhecida como SEO (Search Engine

Optimisation), definidas por Gabriel (2010, p. 351-353) como:

―…SEM (Search Engine Marketing), ou marketing de busca, é o processo que usa os sites de busca na web para promover um determinado website, aumentar seu tráfego e/ou fidelidade e, principalmente, o retorno sobre o investimento. SEM envolve todas as ações internas (on-page) e externas(off-page) ao site com esse objetivo. [...] Otimização on-page(SEO) é a parte do SEM que engloba todas as técnicas envolvidas na manipulação de conteúdo, código e estrutura das páginas do website, de forma melhorar o posicionamento delas na busca org nica."

Portanto, a produção de conteúdo estratégico, focado ao público

empresarial, o qual deve receber estrutura e termos específicos, tanto exibidos na

plataforma, quanto utilizados na construção de seu código de programação não

explícitos, mas de sentido e aplicação práticos, resultando na visibilidade digital

necessária para o estabelecimento de uma marca com identidade e imagem

concomitantemente fortes a um passo de crescimento desejável.

Considerando a estruturação de ações internas definidas acima, bem como

as colocações e traços conceituais identitários apontados no capítulo anterior (3.3),

a estratégia de mercado definida para Ecolossus tem por objetivo a identificação de

seu público, a correta linguagem para comunicação com ele, resultando, então, na

conquista de novos clientes e fidelização daqueles já em contato com a marca.

17 "elemento de hipermídia formado por um trecho de texto em destaque ou por um elemento gráfico que, ao ser acionado (ger. mediante um clique de mouse), provoca a exibição de novo hiperdocumento‖ (DICTIONARY, 2015)

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A fim de atingir estes objetivos, foi-se tomado como parte da estratégia a

identificação de ―Buyer Personas‖, também conhecido apenas por ―Personas‖, as

quais são definidas por Revella (2011, p.5, tradução nossa) como ―...um arquétipo,

uma representação das pessoas reais que compram, ou comprariam, produtos como

os vendidos por você.‖ Ainda segundo a autora, as Personas ajudam empresas a

encontrar seus consumidores e clientes ideais, partindo da análise de diversos

aspectos demográficos e socio econômicos, perfis psicológicos, e geográficos, até

mesmo padrões comportamentais, anseios e necessidades, entre outros, de modo a

sintetizar em um arquétipo o público geral, possibilitando o direcionamento e

aperfeiçoamento das ações da marca para o ―cliente ideal‖.

Considerando estas colocações, bem como indicado anteriormente (item

3.3.1), visto a relação de prestação de serviços da Ecolossus para instituições,

sobretudo governamentais, e também instituições privadas, tornou-se inoportuna a

criação de personas para a estruturação estratégica da marca. Entretanto, deve-se

apontar a identificação destes mercados, bem como dos profissionais e escritórios

parceiros de áreas correlatas da Ecolossus.

Portanto, quando justapostos estes três públicos de relacionamento da

Ecolossus à identidade conceitual da marca, pode-se identificar o tom de voz

adequado para marca, sendo este adaptado de acordo com o material veiculado,

porém composto por uma ou mais característica dentre as seguintes:

Técnica: linguagem objetiva, e específica aos profissionais qualificados e

habituados a área de atuação.

Informativa: linguagem formal, descritiva e elucidativa de questões técnicas

da área, tornando acessível ao público leigo o entendimento do conteúdo.

Amigável: linguagem informal, focada nas características conceituais de

cuidador e mestre, sendo assim uma linguagem atenciosa, amistosa, de

proposição de soluções, entretanto deve-se evitar a condescendência.

Finalmente, considerando as colocações apontadas neste capítulo, assim

como o contexto e conceituação da marca, se faz possível o posicionamento da

marca, de modo a proporcionar maior diferenciação, vantagem competitiva e

proposta de valor única no mercado (Wheeler, 2012). Assim, a proposta de valor e

posicionamento a ser empregado pela Ecolossus ao seu público-alvo será ―Gigante

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como o Brasil‖, sendo esta expressão referente tanto à própria Ecolossus, quanto ao

valor agregado aos serviços prestados, e consequentemente aos seus clientes.

3.5 IDENTIDADE VISUAL DA ECOLOSSUS

Dado o perfil da empresa, foi adotado por objetivo o desenvolvimento do

sistema de identidade ao modelo Restrito, definido por Péon (2009, p.13) como:

―Voltado para Micro e pequenas empresas. Por isso, geralmente inclui poucos elementos e suas aplicações são pouco numerosas, pouco diversificadas e muitas vezes sequer chegam a ser implantadas na totalidade do que foi projetado. A complexidade da manutenção, neste caso, pode tornar-se tão profunda quanto nos SIV extensos, porém por outros motivos: falta de recursos financeiros e/ou operacionais.‖

Assim, este sistema de identidade visual deverá caracterizar-se como

compacto, não obstante sólido e efetivo, de modo a suprir os objetivos traçados no

capítulo anterior, estabelecendo uma identidade robusta e imagem equivalente para

a marca, viabilizando inclusive o projeto de ampliação de seus elementos, dada uma

possível necessidade futura.

Para isto, o processo de programação visual da marca se configurará pela

produção de mood boards (painéis semânticos) os quais devem representar

atributos da identidade conceitual, proporcionando um contexto imagético a ser

explorado e seguido ao longo da etapa de geração de alternativas, primeiramente

dos elementos primários do sistema, estes explorados em suas possíveis

classificações e características próprias de cada uma, os quais devem se concentrar

em exprimir tais conceitos de modo a alicerçar então a geração dos elementos

secundários e terciários de suporte da marca.

3.5.1 Geração de alternativas - mood boards

Tradicionalmente a pesquisa de contextualização visual em design trabalha

com a coleção de materiais, conhecida como a construção de mood boards, layouts

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onde se distribuem uma diversa gama de objetos que se relacionam com a

mensagem do projeto, promovendo a impressão de certas sensações pretendidas

pelo designer com a conclusão do projeto. Alguns destes elementos dispostos

possuem relação direta com a solução idealizada, enquanto outros são incorporados

de maneira a denotar desejos emocionais e sentimentos implícitos que um ―produto‖

deva evocar (NOBLE; BESTLEY, 2010).

Nesta perspectiva, este capítulo tem por objetivo principal a coleção de

representações gráficas e visuais que elucidem os conceitos previamente

estabelecidos, proporcionando o arcabouço estético a ser refinado nas etapas

conseguintes.

A primeira mood board (figura 53) tem por objetivo a organização de

elementos gráficos diversos, destacando, sobretudo, a estética e linguagem

desejável para marca da Ecolossus. Neste sentido, além das características

identitárias da marca apontadas anteriormente, são expostos conceitos adicionais,

os quais têm por objetivo direcionar associações que resultem na percepção de tais

características identitárias. Assim, foram selecionadas formas e símbolos

fundamentais para o desenvolvimento da identidade visual, sendo a utilização de

formas sólidas e robustas em alto contraste com formas delicadas, ambas com

acentuação geométrica as formas básicas, como o círculo, o quadrado e o triângulo,

de modo a representar a ligação da marca com a tecnologia, e sua qualidade

técnica, sendo estas formas símbolos gráficos da racionalização do universo e seus

fenômenos, a busca pelo conhecimento, compreensão e domínio sobre o natural.

Enquanto a segunda mood board (figura 54) representa a linguagem

tipográfica a ser utilizada na configuração da marca. Esta, por sua vez, tem como

ponto central a contemporaneidade, o impacto, e também o alto-contraste,

características representadas pela utilização de tipos em evidência compositiva, alta

variação de peso entre títulos e corpos de texto, possíveis interações entre tipografia

e fotografia, além ainda da utilização de grandes áreas de descanso visual.

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Figura 53 Mood Board – Formas e Símbolos. Fonte: Autoria própria (2017)

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Figura 54 Mood Board – Tipografia. Fonte: Autoria própria (2017)

Não obstante, destaca-se ainda na representação das características

desejadas a utilização de famílias tipográficas modernas e geométricas, sem serifas,

e suavizadas pela curvatura de suas hastes, além de utilizar famílias tipográficas

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disponíveis gratuitamente, opção fundamentada no orçamento, contexto da marca e

do projeto.

Figura 55 Mood Board – Paleta de Cores. Fonte: Autoria própria (2017)

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Com relação a mood board de Paleta de Cores (figura 55), foi sintetizada,

sobretudo, a necessidade de associação da marca a sensações de profissionalismo,

segurança, sua relação a área de atuação de maneira a evidenciar não somente sua

relação com a natureza, mas também seu aspecto técnico e tecnológico, permitindo

ainda a representação de cuidado e responsabilidade socio ambiental, enquanto

finalidade e compromisso para com a geração de bem-estar e sustentabilidade.

Figura 56 Mood Board – Fotografia Fonte: Autoria própria (2017)

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Seguindo com a mood board fotográfica (figura 56), evidencia-se a

necessidade de normatização de padrões fotográficos específicos de acordo com a

finalidade da utilização da imagem, assim, foram definidas as seguintes categorias,

e suas respectivas diretrizes:

Natureza: quando necessária a representação de ambientes naturais, deve-

se prezar pela seleção de imagens em plano-geral, preferencialmente em

ângulo plongée ou contra-plongée, estes, capazes de proporcionar maior

impacto espacial para com o meio apresentado. Tal impacto deve ser ainda

acentuado por meio do contraste resultante da utilização de fotografias em

close-up, big-close ou ainda plano-detalhe, quando necessária apresentação

em destaque da flora e fauna.

Serviço: as fotografias que tiverem o objetivo de ilustrar os serviços

prestados pela marca devem seguir, também, o padrão mencionado no

grupo anterior, quando referente a ambientes, já o contraponto de contraste

deve ser suavizado no caso das representações de atividades de

planejamento, ou de campo, utilizando então planos geral, conjunto ou ainda

o plano-americano.

Social: as diretrizes de ambientes naturais e abertos devem ser seguidas

também quando a finalidade for social, entretanto, no caso de representação

de pessoas, ideais de bem-estar socio ambiental e econômico, deve-se

evidenciar a espontaneidade nas feições e ações dos indivíduos, os quais

podem ser enquadrados em planos conjunto, médio e plano-americano.

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Figura 57 Mood Board – Sensorial — Materiais e Texturas. Fonte: Autoria própria (2017)

Finalmente, a mood board Sensorial, de materiais e texturas (figura 57),

representa o universo sensorial da marca, isto, quanto o que tange a experiência

dos ambientes e estabelecimentos da Ecolossus. Portanto, este painel apresenta

uma síntese dos materiais desejáveis em espaços como seus escritórios. Visto a

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relação direta da marca com a natureza, bem como a produção madeireira,

recomenda-se a utilização da madeira como material de destaque no projeto de para

a empresa, assim como a utilização de plantas, a exemplo, a implementação de um

jardim vertical de folhagens, além ainda da utilização de pisos de rochas, como

granito ou mármore, e também a iluminação de led, esta, econômica e sustentável,

aplicada de maneira a valorizar e evidenciar os demais materiais.

3.5.2 Geração de alternativas – logotipo

Considerando os conceitos e categorias de Logotipos apresentados

anteriormente (item 2.4.2), foram desenvolvidas alternativas gráficas as quais

procuram contemplar, tanto a exploração dos conceitos apresentados, quanto as

diretrizes gráficas estabelecidas no capítulo anterior para representação da

identidade conceitual da marca.

Assim, foram desenvolvidos estudos com famílias tipográficas já existentes

(figura 58), como a Mitr, criada pelo designer Cadson Demak, seu nome significa

―amigo‖ em tailandês, caracteriza-se como uma família tipográfica que combina os

sensos orgânico e humanista, sem serifa, por meio da utilização de extremidades

arredondadas e estrutura vultosa, bem como contra-formas espaçadas permitindo

uma boa legibilidade (FONTSQUIRREL, 2017).

Outra família tipográfica estudada enquanto alternativa foi Rubik, esta,

desenvolvida pelo estúdio de design Hubert & Fischer para o branding da exibição

―Beyond Rubik‘s Cube‖ no Liberty Science Center em Nova Jersey, 2014, por

encomenda do Google Creative Lab. Esta família tipográfica levemente encorpada e

arredondada, teve a criação de seus caracteres baseada no enquadramento perfeito

ao formato das subdivisões partes de um Rubik‘s Cube, conhecido popularmente no

Brasil como Cubo Mágico. Contanto a família tipográfica ainda foi expandida de

modo a contemplar caracteres cilíndricos e hebreus para edições internacionais do

evento, enriquecendo sua complexidade gráfica (FONTSQUIRREL, 2017).

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Figura 58 Logotipos Alternativas — Tipos Existentes. Fonte: Autoria própria (2017)

Foi também estudada a utilização da família tipográfica Lato, desenvolvida

pelo designer Łukasz Dziedzic, sendo disponibilizada gratuitamente pela type-

foundry tyPoland em 2010 em parceria com a Google. Entre 2013 e 2014 a família

tipográfica foi vastamente estendida, cobrindo mais de 2300 caracteres por peso,

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suportando mais de 100 línguas derivadas do latim, mais de 50 línguas baseadas

em cirílico, bem como grego, e ainda o alfabeto fonético internacional, sendo ela

composta por nove pesos e suas respectivas versões em itálico. Neste processo, a

métrica e kerning18 da família foram, também, revisados, além de serem adicionados

quatro novos pesos. Ao construir a Lato, Dziedzic teve como objetivo a

―transparência‖ dos tipos quando utilizados em texto, e quando utilizados em display,

os mesmos apresentassem traços originais. Para tal, o designer utilizou-se de

proporções clássicas, conferindo familiaridade e elegância aos tipos. Suas formas

semi-arredondadas proporcionam a Lato um sentimento aconchegante, enquanto

sua forte estrutura a confere, também, estabilidade e seriedade (FONTSQUIRREL,

2017).

Na sequência, foram desenvolvidas alternativas baseadas em tipos

existentes, porém, sutis modificações foram aplicadas as formas originais, sendo a

suavização de suas estruturas, pelo arredondamento das extremidades, uma

alteração comum as três alternativas apresentadas (figura 59).

Dentre as famílias tipográficas estudadas, está Fira Sans, projetada por Erik

Spiekermann para ser a tipografia padrão do sistema operacional Firefox OS. Esta,

disponível em 2013 em 8 pesos diferentes, atualmente conta com 32 pesos,

caracteriza-se como uma das famílias mais extensas disponíveis gratuitamente,

contendo traços humanistas, sem serifa, e capaz de manter boa legibilidade em

diferentes qualidades e tamanhos de tela, funcionando tanto como display, quanto

corpo de texto (FONTSQUIRREL, 2017). A opção pela intervenção na primeira letra

do logotipo, tem por objetivo o destaque a qualidade técnica e tecnológica associada

a letra ―E‖, a exemplo, quando utilizada como símbolo referente a propriedade digital

de um dado produto, como e-commerce, e-book, entre outros, permitindo, assim,

não só a associação a palavra ―eco‖, como também estas qualidades constituintes

da marca.

Também neste sentido, foi explorada modificação aos tipos pertencentes a

família tipográfica Montserrat, esta fruto de um projeto liderado pela designer Julieta

Ulanovsky, o qual tem por objetivo o resgate e manutenção história da cultura

18 ―Ajuste do espaço usual entre dois caracteres tipográficos, que confere equilíbrio e legibilidade ao texto, do ponto de vista do design gráfico‖ (DICTIONARY, 2015)

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urbana visual do bairro Monteserrat da cidade de Buenos Aires, sobretudo com

relação a produção tipográfica da metade do século XX. Por estes fatores, a

Montserrat é disponível gratuitamente, em 9 pesos e respectivos itálicos, e

atualmente possui, ainda, duas famílias alternativas, sendo continuamente

atualizada, sendo a última atualização realizada pelo designer Jacque Le Bailly em

2017 (FONTSQUIRREL, 2017). Assim como na alternativa anterior, foi-se utilizado o

destaque a letra ―E‖, representando-a em contorno, além da alteração na disposição

de suas linhas estruturais, proporcionando maior contraste entre forma e contra-

forma (figura 59).

Figura 59 Logotipos Alternativas — Tipos Modificados. Fonte: Autoria própria (2017)

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Ainda entre as alternativas de tipos modificados, utilizou-se Raleway,

projetada inicialmente por Matt McInerney, foi transformada em uma família de 9

pesos e itálicos por Pablo Impallari e Rodrigo Fuenzalida em 2012, além de

aperfeiçoada para a utilização no meio digital pelo designer Igino Marini

(FONTSQUIRREL, 2017). Esta, por sua vez, de características, também, sem serifa

humanística, e corpo volumoso, foi alterada pelo preenchimento da área negativa

dos ―O‖ presentes no logotipo, aumentando a carga visual e impacto destes tipos, e

consequentemente a percepção do nome, enquanto unidade gráfica (figura 59).

Figura 60 Logotipos Alternativas — Tipos Originais. Fonte: Autoria própria (2017)

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Foram desenvolvidas, também, alternativas originais, com o objetivo de

produzir contraste entre as formas do logotipo e demais elementos gráficos que

viessem a compor a marca (figura 60). Para isto foram exploradas variações de

estruturas geométricas, lineares em peso e dispostas dentro de quadriláteros.

Procurou-se a experimentação com extremidades arredondadas e angulares, além

ainda da evidência da letra ―E‖, como em alternativas anteriores.

Figura 61 Logotipos Alternativas — Emblemas. Fonte: Autoria própria (2017)

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Por fim, foram também elaboradas alternativas de emblemas para marca.

Estas, foram produzidas a partir da utilização de alternativas anteriormente

apresentadas em combinação a outros elementos gráficos, estes, linhas e tipos,

sempre valorizando as formas geométricas e o contraste, características identitárias

da marca (figura 61).

3.5.3 Geração de alternativas – Símbolo

Figura 62 Símbolos Alternativas. Fonte: Autoria própria (2017)

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Diferentemente da exploração gráfica de tipos do capítulo anterior, o

desenvolvimento de símbolos para marca Ecolossus se mostrou tanto mais limitado,

quanto mais intrincado, visto a necessidade de representação de ideias

contrastantes entre o simples e o complexo, a natureza e a tecnologia. Por conta

disto, foram desenvolvidas 3 alternativas e suas respectivas variações em traço

(figura 62).

Neste processo, o primeiro símbolo apresentado ao topo da imagem pode

ser categorizado como um símbolo figurativo, visto sua representação do sol, bem

como formas geométricas que se assemelham a folhagens ou ainda colinas,

elementos estes em formas sintéticas, contextualizando o natural, contanto ainda

pouco específico e relacionado a atuação e personalidade da marca.

Partindo da representação anterior, foi-se desenvolvido um símbolo que se

aproxima a categoria de ideograma, visto a utilização dos conceitos empenhados ao

símbolo anterior, contanto, permitindo novas leituras e associações, ao apresentar

uma nova composição formada pela sobreposição dos elementos, onde nota-se a

abstração da silhueta formada pelo mapa do Brasil, ou mesmo a forma aproximada

a representação do coração, elemento signo de cuidado (figura 62).

Neste mesmo sentido, procurou-se a continuidade de abstração das formas,

de maneira a representar características específicas da Ecolossus (figura 62).

Assim, os elementos gráficos componentes ao símbolo foram reduzidos a forma

geométrica elementar de círculos, estes, representativos tanto do quanto é natural e

orgânico, quanto a máxima racional geométrica e tecnológica. Estes elementos

foram então dispostos de modo a manter a silhueta abstrata formada pelo mapa do

território brasileiro, acentuando a conexão da marca com sua atuação em todo o

contexto nacional, bem como para com a ―grande ideia‖ e valor agregado

relacionados ao país e o ideai de colosso (item 3.4).

3.5.4 Geração de alternativas — Paleta de Cores

Como mencionado na elaboração da mood board de Paleta de Cores (item

3.5.1), ao contruir a harmonia de cores da marca, se faz inevitável a necessidade

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utilização de cores que associem a marca a natureza e sua atuação direta com o

meio-ambiente, sendo esta uma característica da cor verde, presente em todas as

alternativas desenvolvidas, seu efeito é desejável ainda na representação de

jovialidade e harmonia (SILVEIRA, 2011).

Contanto, a percepção de profissionalismo e segurança são, também,

características fundamentais a marca. Nota-se, então, variações de aplicação do

azul por entre todas as harmonias desenvolvidas (figura 63), cor capaz de

transparecer tais conceitos, além de outras associações desejáveis, como

transparência e realeza. (SILVEIRA, 2011).

Figura 63 Paletas de Cores Alternativas. Fonte: Autoria própria (2017)

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Considerando estas duas cores fundamentais a harmonia cromática da

Ecolossus, segue-se então as demais características da marca. Como já

mencionado anteriormente na construção de outros elementos componentes da

marca, outro aspecto que precisa ser manifestado é a qualidade técnica e

tecnológica, estas representadas pelo preto e o branco, capaz de proporcionar o

efeito de precisão científica e tecnológica, poder de julgamento, bem como

sinceridade, ordem e tranquilidade, aspectos condizentes, também, com a porção da

personalidade da marca relativa ao arquétipo Sage (item 3.4) (SILVEIRA, 2011).

Ainda com relação aos arquétipos definidos para a identidade da Ecolossus,

a porção referente a Caregiver, está associada ao bem-estar socio ambiental, assim

como econômico dos stakeholders da marca, sobretudo seus clientes, portanto tais

características também devem ser manifestadas cromaticamente. Contanto, de

modo que tais associações se façam possíveis dentro de uma harmonia cromática, é

preciso fazer uso de paletas complexas, como assonante, tetraédrica complementar,

e complementar dividida. Estas, por sua vez, permitem radicais de significado, e

paletas sofisticadas, possibilitando então a adição do amarelo e seu efeito de

energia, alegria e prosperidade, bem como o vermelho-violeta e os efeitos de

proteção e compaixão (SILVEIRA, 2011).

3.5.5 Geração de alternativas - padrão tipográfico

Em conformidade com os conceitos e objetivos expostos, tanto na confecção

da mood board tipográfica (item 3.5.1), quanto na fundamentação da seleção de

famílias tipográficas para geração de alternativas de logotipos, neste momento do

projeto optou-se pela utilização de uma das famílias já apresentadas neste

documento (item 3.5.2). Além do aspecto gráfico, tais opções se fazem desejáveis

visto a extensão de suas variações de peso, assim como de caracteres, permitindo

que a tipografia dê apoio a estratégia, e qualidade na hierarquia de informação,

como sugere Wheeler (2009), enquanto funções do sistema tipográfico.

Neste sentido, buscou-se a combinação entre estas famílias com a

finalidade de identificar quais delas seriam mais adequadas enquanto fontes

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corporativas. Considerando as necessidades radicais de austeridade profissional, e

conforto cativante (figura 64).

Figura 64 Tipografia Alternativas. Fonte: Autoria própria (2017)

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3.5.6 Geração de alternativas – Elementos Gráficos Acessórios —

materiais e processos

No que diz respeito ao desenvolvimento de elementos terciários de suporte à

marca, buscou-se inspiração nos aspectos tecnológicos da identidade conceitual da

marca, posicionando-a em acordo com o diferencial técnico e linguagem escolhida

para o projeto (figura 65).

Figura 65 Elementos Gráficos — Acessórios. Fonte: Autoria própria (2017)

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Portanto, a linguagem escolhida para a apresentação dos elementos de

suporte é aproximada ao ideal de interfaces futuristas, as quais caracterizam-se pela

utilização de luzes em néon, bem como hologramas. Assim como nos demais

aspectos, tais elementos devem contrastar com o caráter de relacionamento com a

natureza pertencente a marca, aplicado também pela concorrência, possibilitando,

assim, maior diferenciação e originalidade.

Neste sentido, notou-se a necessidade de estabelecer quatro elementos

gráficos de suporte, cada qual com uma finalidade, sendo estes:

Poly Mesh: visto os serviços de mapeamento e análise desenvolvidos pela

Ecolossus, optou-se pela utilização de malhas organicamente construídas

em sobreposição a elementos específicos nas fotografias, utilizadas, então,

para divulgação destes serviços, propiciando associações positivas de

domínio intelectual e técnico sobre o tema da imagem.

Geometria Elementar: seguindo as diretrizes apresentadas, definiu-se pela

utilização de formas geométricas elementares, sendo o círculo, o quadrado,

e o triângulo, enquanto formas padrão para utilização na sinalização e

composições visuais da marca. Tais elementos podem ser utilizados tanto

em traço, quanto em preenchidas, desde que sua disposição visual permita

o reconhecimento e independência das formas, ou seja, deve-se evitar a

sobreposição destes elementos.

Linhas de Conexão: reforçando ainda os ideias tecnológicos minimalista

apresentados, decidiu-se pela utilização de linhas retas como elementos de

conexão de ideias e conceitos, sejam visuais ou textuais, permitindo assim a

representação das caraterísticas de conectividade e empatia da Ecolossus,

sendo permitido, também, a adição de pontos, ou pequenos círculos, nas

composições, prezando sempre pela utilização em acordo com os conceitos

fundamentais destes elementos.

Gradiente de Passagem: o gradiente de passagem é um elemento de

suporte aos demais elementos gráficos deste sistema, sendo ele composto

por um gradiente monocromático de uma das cores do sistema e a

transparência. Este, deve ser aplicado quando houver a necessidade de

potencializar o contraste na composição de peças gráficas institucionais,

para melhor visualização de elementos gráficos e textuais.

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3.5.7 Geração de alternativas - padrão fotográfico

Em concordância com as diretrizes de categorização e padronização

fotográfica já estabelecidos na mood board fotográfica (item 3.5.1), bem como dos

elementos de suporte da marca (item 3.5.6), seguem os estudos de aplicação.

Figura 66 Padrões Fotográficos — Natureza. Fonte: Autoria própria (2017)

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Figura 67 Padrões Fotográficos — Serviço. Fonte: Autoria própria (2017)

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Figura 68 Padrões Fotográficos — Social. Fonte: Autoria própria (2017)

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3.5.8 Seleção de alternativas

Nesta etapa do projeto serão apresentadas as soluções gráficas

selecionadas como melhores sínteses gráficas da identidade conceitual e estratégia

da marca, indicando, portanto, as características desejadas e como elas foram

manifestadas por meio destes elementos gráficos.

Figura 69 Alternativas Selecionadas — SIV Ecolossus. Fonte: Autoria própria (2017)

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Primeiramente com relação aos elementos compositivos da marca, ou seja,

logotipo e/ou símbolo (figura 69), decidiu-se pela implementação de uma marca

composta apenas por logotipo. Isto, após tomada como prioridade a necessidade de

associações ao caráter técnico da marca, permitindo, também, maior diferenciação

com relação a concorrência, ao evitar representação figurativa de símbolos e

elementos da natureza, tão difundida e frequentemente utilizada por empresas

relacionadas ao meio ambiente.

Portanto, o logotipo escolhido foi contruído sobre a composição do nome da

empresa com os tipos bold da família tipográfica Montserrat, esta classificada como

grotesca, sem serifa, de estrutura volumosa e impactante, ideal para displays,

destacando-se, ainda, pelo caráter geométrico de seus tipos. A composição da

marca, enquanto logotipo modificado, iniciou-se pelo ajuste do espaçamento entre

os tipos, o qual foi ampliado, permitindo a visualização clara dos tipos, contanto, sem

perder a legibilidade da palavra. Seguiu-se então com a suavização do impacto

causado pelas formas, possível por meio do leve arredondamento de suas

extremidades, tornando o logotipo mais amigável e contemporâneo. Outra

característica de destaque nesta composição é a alteração aplicada a letra ―E‖ que

inicia o nome, a qual teve seu preenchimento removido, e seu contorno

transformado em traço, foi modificada, também, sua estrutura, sendo os traços da

haste invertidos, de modo a criar um elemento dissonante na composição, onde

pode-se fazer a leitura da letra ―E‖ tanto pelas formas dos braços do tipo, como pela

contra-forma gerada pela recomposição da haste. Esta modificação segue, também,

a priorização da expressão tecnológica da marca, possibilitando a identificação da

relação da marca com o ambiente eletrônico, sendo a letra ―E‖ utilizada atualmente

como abreviação da palavra ―eletronic‖, a exemplo, a palavra e-book é derivada do

termo eletronic book. Não obstante, esta modificação pode caracteriza-se como

principal razão pela decisão de não se utilizar um símbolo na composição da marca

gráfica, visto a acentuação de impacto gerada pelo contraste das formas criadas.

Uma vez que evitada a representação figurativa de elementos naturais por

meio de um símbolo, fez-se necessária a contextualização da atuação da marca por

meio da cor. Visto que a Ecolossus é uma empresa que atua como mediadora entre

a sociedade, a indústria, e o meio ambiente, a produção e exploração de recursos,

de maneira responsável e sustentável, bem como pela preservação ambiental e

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cultural, o objetivo da harmonização das cores institucionais é a representação desta

conectividade proporcionada pela marca.

À seleção do padrão cromático da Ecolossus (figura 70), fez-se necessária a

utilização de uma harmonia cromática sofisticada, visto a complexidade dos

conceitos intrínsecos a marca, e para tornar isto possível foi elaborado o reestudo da

harmonia complementar dividida apresentada entre as alternativas (item 3.5.4). A

marca da Ecolossus e seu sistema de identidade visual caracterizam-se, ainda, pela

utilização de contraste, seja em traços de personalidade e conceitos, seja em suas

manifestações gráficas, ao explorar as combinações cromáticas não foi diferente.

Segue, portanto, a descrição das soluções e processos.

Figura 70 Alternativas Selecionadas — Paleta de Cores Fonte: Autoria Própria (2017)

Enquanto cores primárias, foram estabelecidas a utilização do azul, e do

verde. Como indicado anteriormente (capítulo 3.5.4), o Azul tem a capacidade de

despertar as percepções de profissionalismo, segurança, transparência e realeza,

características condizentes as necessidades estratégicas e conceituais da marca.

Contanto, de modo a enriquecer a qualidade e expressividade desta cor, assim

como do sistema cromático no todo, foram aplicadas porções de tons rompidos ao

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azul, sendo a mais expressiva delas a adição do preto, esta, capaz de produzir o

efeito de autoridade, qualidade desejável para imposição da Ecolossus no mercado,

bem como precisão científica.

Seguindo então com a construção do verde utilizado na paleta da Ecolossus,

esta, cor capaz de proporcionar a relação da marca para com as questões naturais e

ambientais, sofreu a intervenção de tons rompidos, assim como as demais cores da

harmonia, sendo este o caso de aproximação do verde ao azul.

Enquanto as cores secundárias da harmonia contam com o verde-

amarelado, capaz de trazer vibração, jovialidade e sensação de harmonia à paleta,

bem como o preto, contruído predominantemente a partir da soma de tons rompidos,

e ainda o branco, o qual em suas versões em CMYK e RGB, levam uma sutil

predominância de amarelo, conferindo a ela mais uma carga de energia e

diferenciação. Estas cores tem a função de suporte às primárias, sendo no caso do

verde-amarelado a finalidade de harmonizar e energizar as cores principais, já o

preto e o branco, além das finalidades já expostas, a adição de contraste.

Já as cores terciárias da harmonia, o amarelo e o magenta-avermelhado,

ambas tiveram seus matizes dessaturados, e tem por objetivo trazer as sensações

de qualidades passadas aos clientes e a sociedade por meio dos serviços prestados

pela Ecolossus, como alegria e prosperidade, afeto e proteção, portanto devem ser

utilizadas com esta finalidade específica, sempre em pequenas proporções, evitando

o conflito e sobrecarga de significados, proporcionando, assim, ergonomia visual nas

composições criadas para a marca.

Com relação a seleção do padrão tipográfico corporativo para este sistema

visual, optou-se pela praticidade e objetividade, de modo a restringir a complexidade

ocasionada pela utilização de múltiplas famílias tipográficas, e focando então na

padronização estética da diagramação quando aplicada.

Portanto, a família tipográfica selecionada como fonte corporativa para

Ecolossus foi a Lato, esta, capaz de contemplar as características compatíveis a

conceituação da marca. Sendo, o equilíbrio entre seriedade e profissionalismo

conferidos pela forte estrutura de seus tipos, e carisma acolhedor propiciado por

suas formas semi-arredondadas, além da elegância e familiaridade proporcionadas

pela utilização de proporções clássicas em sua estrutura. Tais características se

fazem ideais quando somadas a possibilidade de contraste de pesos entre títulos e

corpo de texto, o qual é contemplado pela Lato com 9 pesos e seus respectivos

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itálicos, com uma extensa gama de caracteres, possibilitando a utilização de uma

única família tipográfica como padrão para marca.

Quanto ao estilo de diagramação complementar ao padrão tipográfico,

destaca-se as seguintes características: Alto contraste de pesos e tamanho na

relação título e corpo de texto, os quais devem ter o tracking estendido, com maior

acentuação nos títulos, enquanto os textos devem ser sempre justificados, e o

leading, também, espaçado. Finalmente, a característica mais interessante e

peculiar definida para a aplicação da tipografia neste sistema visual é a possibilidade

de sobreposição de elementos fotografados e tipos, permitindo maior profundidade

pela ilusão de perspectiva nas composições, contanto, deve-se sempre priorizar a

leiturabilidade dos tipos quando utilizados desta maneira (figura 71).

Figura 71 Alternativas Selecionadas — Tipo-Fotografia Fonte: Autoria Própria (2017)

Após experimentações com os elementos acessórios elaborados em

combinação aos demais elementos do sistema visual da marca, optou-se pela

utilização dos quatro acessórios apresentados anteriormente (item 3.5.6),

evidenciando os aspectos racionais e técnicos da marca, bem como a ideia de

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descomplicação, por meio da utilização de formas geométricas básicas, assim como

a suavização ou intensificação de contraste possíveis com a aplicação de

gradientes, contudo, certas especificações devem ser atendidas.

Primeiramente, com relação a malha ―Poly Mesh‖ e as ―Linhas de Conexão‖,

notou-se a necessidade de restringir suas aplicações a coloração com o branco

institucional, acentuando, assim, sua associação à tecnologia e interfaces

futurísticas. Não obstante, as formas de ―Geometria Elementar‖, sejam sólidas,

sejam em traço, ou ainda a combinação das duas, se mostraram bastantes

versáteis, especialmente quando utilizadas em conjunto as ―Linhas de Conexão‖ e a

―Poly Mesh‖, permitindo a a composição de sinalização, e a representação de

conceitos complexos de modo sintético, como na composição ilustrada na (figura

71), onde a a malha sobrepõe a árvore em primeiro plano, a qual pode ser

compreendida como objeto de análise, e então conectada por linhas a formas

geométricas, sendo a primeira em azul representante aos serviços oferecidos pela

Ecolossus, e a segunda, o resultado desta conexão, em amarelo e sobreposta à

cidade, permitindo associações de produção econômica, lucro, ou mesmo alegria.

A respeito da aplicação dos ―Gradientes de Passagem‖, após os estudos

desenvolvidos, percebeu-se a possibilidade de aplicação de gradientes completos,

ou seja, entre duas das cores institucionais, bem como aqueles previamente

estabelecidos com transparência (figura 71).

Dentre as alternativas e diretrizes elaboradas ao longo deste projeto,

aquelas estabelecidas para o padrão fotográfico da marca foram mantidas como

indicado anteriormente (item 3.5.1), sendo que após experimentações de interação

dos elementos primários, secundários e de suporte, notou-se a possibilidade de

adição de interação entre elementos tipográficos e elementos contidos em

fotografias, como exemplificado na (figura 71).

3.6 BRAND BOOK DA ECOLOSSUS

Com as informações proporcionadas pelo benchmarking de brandbooks de

marcas bem estabelecidas em seus respectivos mercados (item 3.2), assim como o

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desenvolvimento detalhado das identidades conceitual (item 3.3) e visual (item 3.5),

e estratégia de mercado para Ecolossus (item 3.4), proporcionaram robusta

fundamentação e extenso conteúdo para aplicação na criação do brand book, este

enquanto ferramenta de apresentação e manutenção deste projeto de branding

desenvolvido para marca Ecolossus.

Figura 72 Capa Brand Book Ecolossus. Fonte: Autoria Própria (2017)

Assim, o primeiro ponto a ser observado na elaboração deste material é a

estruturação do conteúdo, de modo a contemplar as necessidades específicas da

marca, bem como as boas práticas identificadas em materiais similares. Portanto,

considerando o porte da empresa, e a veiculação extremamente limitada deste

material, foi decidido pela formatação digital, em resolução Full HD (1980x1080p).

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Figura 73 Contracapa Brand Book Ecolossus. Fonte: Autoria Própria (2017)

Então, o conteúdo do material foi organizado em quatro seções, sendo a

primeira de caráter introdutório, contento a apresentação do material, indicando sua

razão e finalidade, bem como a apresentação da marca, serviços oferecidos, suas

características conceituais fundamentais, como a grande ideia por trás da instituição,

sua missão e objetivos a serem alcançados por meio de qual visão, sua proposta de

valor, seus atributos e traços de personalidade (figura 74).

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Figura 74 Apresentação do Brand Book Fonte: Autoria Própria (2017)

Figura 75 Apresentação da Ecolossus Fonte: Autoria Própria (2017)

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Figura 76 Missão e Visão Ecolossus Fonte: Autoria Própria (2017)

Figura 77 Personalidade e Atributos Ecolossus Fonte: Autoria Própria (2017)

Seguida então pela seção estratégica da marca, onde são apresentados os

conceitos e as ações estabelecidos para alcançar os objetivos da empresa, como a

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identificação de mercados e público, os tons de voz e linguagem adequadas a

comunicação eficiente, e o posicionamento da marca ante seus concorrentes a fim

de conquistar esses públicos.

Figura 78 Mercado e Stakeholders Ecolossus Fonte: Autoria Própria (2017)

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Figura 79 Públicos, Tons de Voz e Linguagem Ecolossus Fonte: Autoria Própria (2017)

Figura 80 Posicionamento Ecolossus Fonte: Autoria Própria (2017)

Uma vez exposta estas duas primeiras seções que servem por

contextualizar a marca, e o leitor, inicia-se um segmento correspondente ao

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conteúdo também conhecido por manual de identidade visual, onde deve ser

apresentado o sistema de identidade visual desenvolvido para Ecolossus, seus

elementos gráficos primários, seja a marca e sua correta utilização, bem como suas

restrições de uso, os elementos secundários, padrões cromático e tipográfico, e

suas respectivas diretrizes de utilização, os elementos acessórios de apoio e seus

possíveis empregos no contexto da linguagem gráfica da marca, os padrões

fotográficos de ambientes, serviços e social.

Figura 81 Marca Ecolossus Fonte: Autoria Própria (2017)

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Figura 82 Marca Ecolossus em Alto Contraste Fonte: Autoria Própria (2017)

Figura 83 Área de Proteção e Redução Máxima da Marca Ecolossus Fonte: Autoria Própria (2017)

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Figura 84 Usos Incorretos da Marca Ecolossus Fonte: Autoria Própria (2017)

Figura 85 Padrão Cromático Ecolossus Fonte: Autoria Própria (2017)

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Figura 86 Padrão Tipográfico Ecolossus Fonte: Autoria Própria (2017)

Figura 87 Diagramação Ecolossus Fonte: Autoria Própria (2017)

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Figura 88 Composição Tipo-Fotográfica Ecolossus Fonte: Autoria Própria (2017)

Figura 89 Acessórios Ecolossus Fonte: Autoria Própria (2017)

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Figura 90 Padrão Fotográfico Ecolossus Fonte: Autoria Própria (2017)

Ainda nesta porção do material, são apresentadas as diretrizes de aplicação

de tais elementos de acordo com as necessidades da empresa, como sua papelaria,

seus uniformes, publicidade por meios físicos, como outdoors, e digitais, com

modelos de postagem para mídias sociais, e landing page para o website da

empresa.

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Figura 91 Papelaria Ecolossus Fonte: Autoria Própria (2017)

Figura 92 Uniforme Ecolossus Fonte: Autoria Própria (2017)

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Figura 93 BillBoard Ecolossus Fonte: Autoria Própria (2017)

Figura 94 Social Media Ecolossus Fonte: Autoria Própria (2017)

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Figura 95 Website Ecolossus Fonte: Autoria Própria (2017)

Figura 96 Designer Desenvolvedor Contato Fonte: Autoria Própria (2017)

Por fim, o material deve ser concluído com nota ao designer desenvolvedor

da marca, e a disponibilização de meios de comunicação para possíveis

informações necessárias.

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em vista o contexto de retomada de um período de grave recessão da

economia brasileira, nota-se no mercado o crescimento de ofertas de serviços com

preços mais competitivos, porém, acompanhados da queda na qualidade,

proporcionando um cenário de alta competitividade e oportunidades, que

potencializa a necessidade de distinção das empresas frente a concorrência, sendo

assim também para o setor ambiental, ao qual se empenha a Ecolossus, caso deste

estudo. Tendo identificado este contexto, bem como a necessidade de aprimorar a

comunicação da empresa, estabelecendo parâmetros estratégicos para seu

crescimento, e fidelização de seus clientes existentes, tornou-se possível o estudo

desenvolvido ao longo deste trabalho.

Quando se tratando de licenciamento e regulamentação ambiental, serviços

prestados pela Ecolossus, existe grande dificuldade na comunicação para com seu

público, seja de caráter de conscientização da importância dessas questões para a

sociedade e manutenção da vida no planeta, seja a fim de elucidar a possibilidade

de impactar positivamente em suas produções e rendimentos. Isto acontece,

sobretudo, por conta da complexidade técnica envolvida nestes processos, tanto por

razão da complexidade biológica existente no Brasil, quanto pelos processos

extensamente burocráticos junto aos órgãos responsáveis na administração pública.

Partindo deste panorama, o projeto buscou a viabilização da metodologia

adequada para o desenvolvimento e gestão estratégicos da comunicação, de modo

a resultar em uma marca capaz de posicionar a Ecolossus singularmente no

mercado, atingindo seus objetivos de curto prazo, bem como fornecendo a estrutura

necessária para a realização de seus objetivos de médio e longo prazo.

Foi então realizada entrevista de briefing com o proprietário da Ecolossus,

onde foram fornecidas informações relativas as questões identitárias e estratégicas

da marca, e a partir deste material pode-se identificar como essenciais as

necessidades de construir um ideal de desejo que transcenda a obrigação das

entidades para com a responsabilidade ambiental, bem como a expressão de

excelência técnica capaz de tornar o complexo descomplicado, seja para solucionar

demandas de ordem ambiental, seja na comunicação da empresa.

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De modo a solucionar estratégica e graficamente estes pontos capitais,

foram ordenadas duas concepções a respeito de complexidade, conferindo, assim,

expressões identitárias e associações simbólicas únicas a marca. tA primeira diz

respeito ao deslocamento de complexidade ao espectro positivo, apresentando-a

enquanto objeto de desejo, quando utilizada em representações riqueza, poder e

orgulho, associando-a ainda ao imaginário de ―gigante‖ e ―colossal‖, alusões

adotadas, inclusive, no hino nacional brasileiro. Enquanto a segunda, apesar de

desejável, foi também transposta a sintetização de representações gráficas

associadas a precisão e racionalidade, as quais tiveram suas interações

padronizadas em aplicações de caráter minimalista, onde os elementos gráficos

utilizados ocupam a menor área possível da composição, permitindo largas áreas de

descanso visual, que resultam em um controle maior das associações empregadas

nos materiais gráficos, possibilitando a composição de ideias objetivas ou

complexas, sem sobrecarregar visualmente o leitor.

Por conta do caráter institucional dos clientes da Ecolossus, e certo

desinteresse destes para com as questões ambientais, como indicado pelo

proprietário, fez-se importante a conexão dos serviços prestados ao impacto social

positivo resultante, seja, o impacto enquanto produto, o qual as instituições clientes

estarão conferindo a seus stakeholders, e a sociedade. Tal estratégia foi

consolidada por meio do padrão fotográfico social, o qual normaliza representações

de cenários desejáveis socialmente, com o retrato de pessoas em momentos de

alegria e espontaneidade.

Dada a responsabilidade socio-ambiental envolvida na atuação das

empresas do setor ambiental, observou-se a profunda rigidez nas representações

gráficas adotadas pela concorrência, enquanto a Ecolossus carateriza-se por uma

empresa nova no mercado, notou-se a possibilidade de reforçar a diferenciação da

marca conferindo tais características à sua harmonia de cores e formas. Neste

sentido, o esquema de cores da Ecolossus foi desenvolvido com base na

austeridade respectiva a sua responsabilidade e compromisso social, seguindo a

associação as questões ambientais, e então a exploração de outros traços de

personalidade e efeitos desejáveis identificados em briefing, como a jovialidade,

prosperidade e afeto, resultando em uma harmonia expressiva e única no mercado.

Estes aspectos foram ainda manifestados pela definição de tipos familiares,

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equilibrados, humanistas, bem como pela suavização das formas, conferindo a

marca contemporaneidade.

Estabelecidas as diretrizes que regem a marca, foi produzido então o brand

book da Ecolossus, este, em concordância com os parâmetros de fundamentação e

benchmarking observados ao longo deste projeto. Portanto, este material é o

primeiro a receber a aplicação do universo contruído para marca, sendo não apenas

informativo, mas também uma ferramenta convidativa de engajamento e

contextualização da Ecolossus em suas manifestações tangíveis e intangíveis.

Por fim, tal projeto configura um estudo possível de estruturação

metodológica e coordenada de ferramentas multidisciplinares, as quais

fundamentadas corretamente proporcionam a compreensão e contextualização de

empresas, serviços e produtos na sociedade, informações valiosas para o

profissional de design, o qual por meio da perícia e repertório visual, juntamente ao

exercício orientado de empatia, viabiliza o desenvolvimento de marcas capazes de

impactar positivamente na maneira como nos sentimos e comportamos, acentuando

nossa humanidade, fornecendo-nos uma moldura em meio a constante infinidade de

informações características ao mundo contemporâneo.

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SILVA, Carlos D; VIEIRA, Luiz C. A Gestão Estratégica do design sob o ponto de vista do redesenho de identidade visual. Unoesc & Ciência – ACET. Joaçaba, v. 1, n. 1, p. 5-20, jan./jun. 2010. STRUNCK, Gilberto. Como criar identidades visuais para marcas de sucesso. Rio de Janeiro: Editora 2AB, 2003. TORRES, Claudio - A Bíblia do Marketing Digital: tudo o que você queria saber sobre marketing e publicidade na internet e não tinha a quem perguntar. São Paulo: Novatec Editora, 2009. VÁSQUEZ, Ruth P.. Identidade de marca, gestão e comunicação. Organicom: revista brasileira de comunicação organizacional, São Paulo, v.4, n.7, p.198-211, jul. 2007. WHEELER, Alina. Design de identidade de marca. Porto Alegre: bookman, 2009. WHEELER, Alina. Designing Brand Identity: an essential guide for the whole branding team. 4. ed. New Jersey: John Wiley & Sons, 2012. WORLD VECTOR LOGO. Search. Disponível em: <worldvectorlogo.com>. Acesso em: 14 ago, 2017.

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Anexo A – Entrevista/Briefing com o proprietário da Ecolossus

1. Poderia fornecer uma apresentação sua, e da sua empresa? Apontando

também o tamanho do negócio, seu tempo de atuação na área,

produtos/serviços prestados.

A empresa Ecolossus é recente no mercado, e dada a complexidade de

estudos ambientais (e.g. dinâmica da vegetação, mapeamentos de flora,

levantamentos e diagnósticos de ecossistemas, entre outros), necessita de uma

grande e vasta experiência perante a clientes e órgãos ambientais. Nesse sentido,

atualmente a Ecolossus atua individualmente em projetos de pequeno porte, a

saber, valores contratuais inferiores a 20 mil reais, e em parceria com empresas já

consolidadas no mercado, a fim de incorporar experiencias dessas à Ecolossus.

A atuação efetiva, como empresa única, iniciou em 2014, porém, atuações

do profissional desde o ano de 2011, sendo uma empresa, atualmente, de pequeno

porte, a fim de realizar estudos ambientais de pequeno porte, em abrangência

regional, como Curitiba e região metropolitana, salvo algumas exceções, de atuação

no Pernambuco. No entanto, atuações em todo o território nacional são

evidenciadas, em grandes projetos, de financiamento internacional juntamente a

empresas por subempreitada ou consórcio (KfW Entwicklungsbank; Banco

Internacional de Desenvolvimento – BID; Projeto de Desenvolvimento Regional

Integrado e Sustentável – PDRIS, este último em esfera estadual).

Os produtos e serviços são variados de acordo com a necessidade do

cliente, visto que, alterações ambientais tem suas especificidades em cada local que

ocorre, logo, as análises são obrigatoriamente realizadas de acordo com o bioma,

com as necessidades legais, com os microhabitats ou mesmo espécies de

abrangência em determinado território.

Logo, a empresa pode ser considerada uma prestadora de serviços, que

busca alinhar empresas as questões legais vigentes, bem como, mitigações de

impactos ambientais das mais variadas naturezas, como meios para uma produção

―sustentável‖ / ―verde‖ / ―ecológica‖ e com responsabilidade social.

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Essa questão deve ser pontuada, pois impactos gerados por empresas não

afetam somente uma pequena área, e sim a comunidade ao redor, esses estudos

consideram áreas diretamente afetadas (o empreendimento propriamente dito) e

indiretamente afetadas, já que resíduos sólidos, liquidos ou gasosos se propagam

em um raio ao longo da emissão do poluente.

Posto esta questão, o lastro técnico adquirido possibilitou o abarque de

diferentes frentes de atuação na busca da solução de problemas a serem resolvidos,

através da demanda de nossos clientes.

2. Enquanto profissional, e empresário, como descreveria sua área de

atuação?

Concentra-se no campo da Eng. Florestal, ou seja, conservação da

natureza, manejo florestal, tecnologia da madeira, silvicultura e afins, isso quanto ao

quesito técnico. Naturalmente, nas atividades empresariais, cabe ao profissional

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uma constante atualização da macroeconomia e microeconomia, além de

oportunidades postadas no mercado, a fim de garantir a competitividade e,

possivelmente, a contratação. Logo, articulações institucionais, intergovernamentais

e sociais são necessárias para garantir o ideal funcionamento e sucesso dentro de

uma ―imagem‖ de compromisso, qualidade e competência, não excluindo as

questões éticas inerentes ao trabalho. Ainda, como empresário, é necessária uma

visão ampla dos negócios realizados, ou seja, até onde sua mão alcança, portanto,

quando necessário é sim realizada contratação temporária ou por projeto de outros

profissionais que venham a compor especialidades não abrangidas pelo campo da

engenharia florestal, um pequeno exemplo, realização de estudos geotécnicos e

geológicos de competência profissional única de geólogos.

Stakeholders são dinâmicos, dadas as necessidades pontuadas, logo, a

descrição deles se torna um tanto obsoleta a medida que o tempo passa, portanto, a

cada projeto e demanda alterará esses profissionais contratados.

3. Quais as questões considera mais importantes (ou relevantes) atualmente, e

por quê?

O impacto macroeconomico dos últimos anos, que coincidiu com a entrada

da Ecolossus no mercado é notável. A questão ambiental está relacionada única e

exclusivamente no desenvolvimento de distritos empresariais ou obras públicas, pois

não há trabalhos ou avanços tecnológicos sem impactos.

Nesse sentido, atualmente a questão importante, considerada primordial, é a

prospecção de empresas que estão retomando atividades outrora abandonadas ou

arquivadas, a fim de ofertar o serviço no campo de atuação da Ecolossus.

Logicamente, isso é de suma importância para atingir o faturamento desejado pela

empresa.

4. Haverá alguma mudança de mercado, e/ou atuação de sua empresa?

Como anteriormente comentado, a área natural tem diversas especificidades

de descrição inimaginaveis dada a complexidade da biodiversidade do Brasil, que é

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considerada a maior do mundo. A título de exemplo, apenas no bioma Mata Atlântica

possue cerca de 14 mil espécies de plantas, enquanto que paises do hemisfério

norte, como no Canadá, há somente 200 espécies vegetais.

Dado esse parâmetro, é necessário que a postura da empresa seja

diferenciada a cada cliente, a cada local, a cada habitat estudado. Sendo assim, a

atuação da empresa tem que ser dinâmica como a grande variedade Brasileira.

Quanto ao mercado, é de extrema variação, a exemplo, em 2012 houve a

alteração da legislação florestal brasileira (lei 12.651 e 12.747 de 2012), e isso se

replica constantemente, recentemente o governo federal abriu a emproração de

minerais nas áreas da amazônia, o que naturalmente obriga a supressão ou corte de

vegetação em extensas áreas, logo, medidas de orientação extrategica são

notáveis, com objetivo maior de fornecer licenciamento, dentro das leis, a empresas

mineradoras, por exemplo.

Esse assunto é de grandiosa complexidade, visto que mudanças de cunho

social, legislativo, executivo, ou seja, lá qual for a pressão política, alterará, com toda

a certeza, o ramo de trabalho.

5. Em termos geográficos, qual a presença da empresa?

Vide mapa (pergunta 1).

6. Quem é o público da empresa?

Principalmente empresas de grande porte, a fim de suplementar o quadro

profissional com a experiencia de Augusto, ou proprietários rurais regionais, ou

empresários que tenham o intuito de abrir pequenas empresas, como industrias

leiteiras, gado de corte, plantios florestais de eucalipto, pinus ou espécies

madeireiras. Isso não exclui o dono de uma terra, em ambito rural, que tem

intenções produtivas ou ecológicas para o uso pretendido.

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7. Quais conceitos gostaria de passar para este púlico? Considerando quais

qualidades/características gostaria associadas a sua marca?

Atendimento a demanda solicitada pelo cliente, dentro de sua realidade e

objetivo considerado, prezando a qualidade, ética e alcance produtivo e ecológico,

auxiliando na ―desburocratização‖ para os cliente, garantindo que os objetivos e

especificidades de cada empreendimento seja atendido.

8. Dentre as empresas atuantes neste mercado atualmente, quais seriam as

deficiências mais comuns em seus modelos de negócio, serviços e produtos?

A distancia técnica entre o cliente e o serviço prestado, ou seja, a linguagem

adotada no repasse para o contratante é dificultada quase que sempre, visto a

especificidade da linguagem técnica dificultada. Muitas vezes não há clareza ao

cliente sobre o que esta sendo feito, como está sendo feito, para que está sendo

feito, dentro da necessidade almejada. Como diferencial, a comunicação e geração

de relatório técnicos para o órgão e outro em linguagem acessível são diferenciais

da Ecolossus.

9. Dentre estas empresas, quais seriam as suas concorrentes, diretas e/ou

indiretas?

Prima projetos, Ambiente Integral, Detzel Consulting.

10. Visto estes pontos, qual o diferencial de sua empresa com relação as

concorrentes?

A comunicação entre o contratante e o executor (Ecolossus).

11. Quais considera serem os pontos fortes de sua marca?

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Responsabilidade, comunicação, flexibilidade, ética, apresentação dos

relatórios, solicitude.

12. Quais considera serem os pontos fracos de sua marca?

Alcance na internet, empresa nova, alcance logístico, portfólio novo

decorrente da idade da empresa, preço mais alto pela qualidade, ausência de

identidade visual, site, e etc.

13. Quais considera serem as oportunidades para sua marca?

Novas aberturas de licenciamento em diversas áreas do país, retomada da

economia, regularização pelo cadastro ambiental rural (obrigatoriedade em lei que

pouca gente fez), aumento de produtores rurais de produtos orgânicos (necessidade

de grande planejamento, principalmente o controle de pragas).

14. Quais considera serem as ameaças à sua marca?

Mercado retomando a maior recessão do brasil, grande quantidade de

profissionais no mercado ofertando serviços mais baratos, porém em qualidades

inferiores, desconhecimento das necessidades de cumprimentos ambientais legais,

burocratização por parte de órgãos públicos, especialmente os ambientais.

15. Considerando as quatro questões acima, qual seria o posicionamento de

sua empresa com relação ao mercado e concorrência?

Não sei (responderei o que acho). O posicionamento da empresa foca ou

focará principalmente no dialogo e explicação das atividades a serem realizadas a

fim de elucidar conhecimentos para o cliente dando a dimensão dos problemas que

podem ser causados caso não regularizar a atividade pretendida.

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16. Qual ideia lhe inspira e norteia as ações da empresa?

Fidelização do cliente. Objetiva a realização de atividades do ramo

ambiental, com primasia, orientando os clientes sobre as necessidades legais e

ambientais a fim d a produção coexistir com o meio ambiente.

17. Quais os itens prováveis nos quais a identidade visual irá ser aplicada?

Precisaríamos de cartão de visitas, pepel timbrado, uniforme para

funcionários das empreitadas, perfil e modelo de publicações para redes socias.

18. A empresa está associada a algum grupo? Isto deve estar explícito no

projeto?

Sim está associada, a Detzel Consultores Associados S/S EPP, somente a

ela, e alguns profissionais, como Ollyver Rech Bizarro (eng. Florestal), Caue Xavier

da Silva (Geológo), Rennan Silveira (Eng. Florestal Me.), Cristiano Cit (Geografo).