descartes 11ano

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Objetivo

Razão de ser do projeto

Estratégia

Natureza da dúvida

O que não resiste à dúvida

Reconstruir o sistema do saber do seu tempo

O sistema do saber está desorganizado e baseado em falsos princípios. Os princípios do novo sistema do saber devem ser verdades absolutas, totalmente indubitáveis.

Como descobrir princípios absolutamente indubitáveis? Submetendo à dúvida os conhecimentos existentes para ver se algum resiste.

Metódica, provisória, hiperbólica, radical e universal. Transforma a mais frágil suspeita em sinónimo de falsidade.

Todos os conhecimentos respeitantes a objetos quer sensíveis quer inteligíveis (matemáticos e inteletuais) ficam sob suspeita e são declarados falsos.

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Podemos conhecer a realidade em si mesma mediante a razão, sem qualquer apoio da experiência.

A existência do sujeito que duvida da realidade de todos os objetos. 1º princípio do sistema do saber.

A distinção Alma – Corpo O sujeito que de tudo duvida menos da sua existência é uma substancia pensante, puramente racional, que existe, mesmo que a existência do seu corpo seja duvidosa. A Existência de Deus

Um sujeito imperfeito – que duvida e muitas coisas desconhece – conclui que só um ser perfeito pode ser a origem da ideia de perfeito. Deus existe necessariamente. Deus, uma vez que não nos engana nem ilude, é a garantia da objetividade dos conhecimentos.

O que resiste à dúvida

Verdades que se deduzem do primeiro princípio

O fundamento metafísico do sistema do saber

Conclusão

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1º EVIDÊNCIANão aceitar como verdadeiro o que não for absolutamente indubitável. Só incluir nos juízos o que se apresenta clara e distintamente.

2º ANÁLISEDividir cada uma das dificuldades que se apresentam à razão.

3º SÍNTESEConduzir por ordem os pensamentos, começando pelos mais fáceis de conhecer para chegar aos mais complexos .

4º ENUMERAÇÃOFazer sempre revisões e enumerações tão gerais para ter sempre a certeza de nada omitir.

As regras do Método permitem orientar devidamente as operações fundamentais do pensamento.

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Metódica e provisória Funciona como meio para atingir a certeza, não constituindo um fim em si mesma;. Hiperbólica

Tão rigoroso se pretende este exame que, na sua aplicação, a dúvida assume um caráter propositadamente excessivo.

Universal e radical Incide não só sobre o conhecimento em geral, como também sobre os seus fundamentos, as suas raízes.

Função catárticaLiberta o espírito dos erros que o podem perturbar ao longo do processo de indagação da verdade.

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1.º nível: aplica-se às informações dos sentidos. Constatando que os sentidos nos enganam algumas vezes, aplicando-se o princípio hiperbólico da dúvida, devemos considerar que os sentidos não merecem qualquer confiança.

Deste modo, Descartes rejeita um dos fundamentos tradicionais do saber: a convicção de que o conhecimento começa com a experiência, com as informações dos sentidos.

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2.º nível: aplica-se à crença na existência da realidade exterior. Descartes coloca outro fundamento do saber tradicional em causa – a convicção ou crença na existência da realidade exterior (realidades físicas ou sensíveis).

Descartes inventa um argumento engenhoso que se baseia na impossibilidade de encontrar um critério absolutamente convincente que nos permita distinguir o sonho da realidade: há acontecimentos que vividos durante o sonho, são vividos com tanta intensidade como quando estamos acordados.

Se assim é, não há maneira de distinguir o sonho da realidade, pode surgir a suspeita de que aquilo que é considerado real não passa de um sonho.

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3.º nível: aplica-se ao conhecimento matemático. Coloca em causa aquilo que até então considerara o modelo do conhecimento verdadeiro.

Deus, que nos criou, criando ao mesmo tempo o nosso entendimento, sendo um ser omnipotente, pode fazer tudo, até aquilo que nos parece incrível. Então, Deus ao criar o entendimento, ao depositar nele as verdades matemáticas, pode tê-lo criado ao avesso.

Enquanto a hipótese do Deus enganador não for rejeitada não podemos ter a certeza de que as mais elementares “verdades” matemáticas são realmente verdadeiras.

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Neste momento reina o cepticismo: tudo é considerado falso, nada é verdadeiro, ou seja, nada resistiu à dúvida.

Mas, esta conclusão é precipitada porque quando a dúvida atinge o seu ponto máximo, uma verdade indubitável vai impor-se.

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Para duvidarmos, é necessário que exista um sujeito que duvide.

A condição da possibilidade do acto de duvidar é a existência do sujeito que pensa, logo a existência do sujeito que duvida é uma verdade indubitável (não pode de modo algum ser posta em causa).

“Penso, logo existo”, afirmação frequentemente sintetizada como “cogito” é uma afirmação evidente, ou seja, uma afirmação clara e distinta obtida por intuição que vai funcionar como modelo de verdade.

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Descartes precisa de demonstrar a existência de um “Deus que não nos engana”, ou seja, de um Deus que traga segurança e seja garantia das verdades, afastando qualquer ameaça de cepticismo.

Para esse efeito, apresenta diversos argumentos a priori a favor da existência de Deus.

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Estabelecida a existência de Deus, a hipótese de Deus enganador

pode ser afastada

2.Dado que as nossas ideias provêm de Deus, não podem deixar de ser verdadeiras na medida em que forem claras e distintas.

3.A existência de Deus proporciona assim uma justificação para o critério das ideias claras e distintas. Sabemos que aquilo que concebemos como claro e distinto é verdadeiro porque as nossas faculdades foram criadas por Deus, que não é enganador.

1.Como Deus não é malévolo, seguramente não pretende enganar-nos.

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CONCLUSÃO

Admitida a existência de Deus, Descartes aceita a existência do mundo material e a possibilidade de o conhecer, desde que sejam acauteladas as seguintes condições: 1. Partir de princípios evidentes - ideias claras e distintas apreendidas por

intuição2. Raciocinar dedutivamente.

Só as ideias inatas permitem alcançar o conhecimento verdadeiro, pois a sua veracidade é garantida por Deus, pelo que podem fundamentar a ciência e todo o conhecimento humano.

Podemos conhecer a realidade em si mesma mediante a razão, sem qualquer apoio da experiência.

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