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Sebastião Silva - Aprovado em 8º lugar no concurso de Auditor-Controlador da CGE-MA

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Sebastião Silva Aprovado em 8º lugar no concurso de Auditor-Controlador da CGE-MA

"Minha maior dificuldade durante minha caminhada foi ser reprovado e mesmo assim continuar estudando, acreditando que minha hora ia chegar. E acredite, vai chegar! Não importa o nível do concurso que está fazendo. Se fizer as coisas direito

teu nome vai aparecer – ainda que pareça demorar – na lista de aprovados".

O que te motiva a seguir em frente? Quem estuda para concursos sabe que o caminho até uma aprovação não é fácil: não basta apenas estudar, é preciso ter força de vontade, disciplina e acima de tudo perseverança. São inúmeros aqueles que desistem já na primeira reprovação.

No caso do contabilista Sebastião Silva, perseverança sempre foi uma particularidade presente em sua caminhada, que por sinal, não foi fácil. Sua motivação para seguir em frente ia além do que planejava para si, mas pela necessidade de ajudar a sua família. Acompanhe nossa entrevista com esse vencedor que, com muita sabedoria, soube guinar sua vida e alcançar seu objetivo: se tornar um servidor público.

Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nosso leitor possa te conhecer melhor. Você é formado em que área? Trabalhava e estudava, ou se dedicava inteiramente aos estudos? Em quantos e quais concursos já foi aprovado(a)? Qual o último?

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Sebastião Silva (Sales): Em primeiro lugar quero agradecer ao Estratégia Concurso pelo convite, especialmente à Nádia Carolina. Muito obrigado! Vamos lá…

Meu nome é Sebastião da Silva, conhecido entre os amigos como “Sales”, maranhense, nascido na zona rural do município de Caxias-MA, 28 anos de idade, graduado em Ciências Contábeis desde 2010.

Sempre durante os estudos para concursos eu trabalhava/estagiava e estudava. Tinha uma vida um tanto difícil. Precisava trabalhar para ajudar a sustentar meus irmãos uma vez que as condições financeiras aqui em casa não andavam muito bem. Desejava muito poder só estudar, mas eu não tinha essa opção. Em virtude disso, eu precisava passar em algo urgentemente. Não importava em que. Era questão mesmo de sobrevivência.

No rol de certames abaixo há de tudo. Isso só as aprovações, pois as reprovações são tantas que nem lembro quantas foram (rsrs). Dessa forma, que eu me lembre, fui aprovado nos concursos/seletivos a seguir:

a)  Auxiliar Administrativo da Prefeitura Municipal de Caxias-MA no ano de 2006;

b)  Agente de Saúde Prefeitura Municipal de Caxias-MA 2007;

c)   Agente Censitário Supervisor - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2007);

d)  Escriturário do Banco do Brasil – Escriturário (2007);

e)  Técnico do Seguro Social - Instituto Nacional do Seguro Social (2008);

f)   Analista com formação em Ciências Contábeis - Tribuna de Justiça do Estado do Maranhão (2010);

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g)  Auditor-Controlador do Estado do Maranhão - Controladoria-Geral do Estado do Maranhão (2014).

Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social para passar no concurso o mais rápido possível?

Sales: No princípio dos meus estudos para concursos, pelos idos de 2006, como quase todo principiante, iniciei achando que era fácil. Estudava quando estava com vontade (e como quase nunca estava com vontade...). Na época ainda cursando o Ensino Médio tinha preocupações meio desconexas, de fato, com concursos. Pensava no vestibular, no curso superior. Claro, de maneira paralela pensava "tenho que passar em um concurso". Essa necessidade de passar em algum concurso/seletivo era, como já dito acima, motivada por questão mesmo de sobrevivência: Comer-beber-vestir.

Nesse sentido, no início, apesar da necessidade inadiável de passar em algo, a minha postura era, digamos, “desconexa” com o propósito visado. Daí, não deu outra: começaram a aparecer as primeiras reprovações.

Fazia o concurso. O nome não aparecia na lista de aprovados/classificados. Tentava justiçar como muitos ainda hoje fazem (triste!): "concurso é maracutáia".

Com o passar do tempo, no entanto, comecei a deixar de culpar a "maracutáia" (se alguém não conhece esse termo, significa, nesse contexto, “enrolada”, “peixada”, etc) e tentar descobrir o que estava acontecendo. Queria loucamente descobrir por que meu nome não aparecia se eu "estudava tanto".

Foi a partir daí que “criei vergonha” e comecei a observar a enorme enrolação que eu fazia durante meus estudos. Percebi que eu perdia tempo o tempo todo!. Era preciso mudar. Era preciso cortar coisas inúteis. Era necessário, de fato, aceitar que o concurso era a “única saída” (e no meu caso era, acredite!).

Descobri, portanto, que, no meu caso, fazia-se necessário um pouco de radicalismo. Contudo, anteriormente à percepção do acima descrito, mesmo com uma pegada fraca nos estudos consegui ainda uma aprovação em 2006. Recordo dessa primeira aprovação que eram 90 vagas para auxiliar administrativo da Prefeitura Municipal aqui de Caxias-

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MA. Fiquei em 47º. Ganhei confiança. Apesar disso, não estava satisfeito, pois sabia que algo precisava ser melhorado. Eu sabia que precisava ser mais disciplinado. A partir de 2007, portanto, comecei a ser radical. Dessa forma, comecei a passar. Como eu não era graduado ainda, óbvio, só buscava concursos de nível médio.

O concurso para o qual eu mais estudei foi o de Técnico do Seguro Social (INSS/2008). Estudei durante a preparação, em alguns dias, cerca de 14 horas líquidas! Abdiquei de tudo.  Eu estava muito motivado. Precisava muito, mas muito mesmo, passar naquele cargo de Técnico do INSS. Era meu sonho.

Lembro-me que deixei de jogar futebol (uma das coisas que mais gosto nessa vida!). Nesse período sempre que ia a algum lugar, como, por exemplo, ao médico, ao banco, eu levava meus mapas mentais na bolsa. Onde houvesse oportunidade eu tirava-os da mochila e ali mesmo começava a revisão. Passei a ser um cão farejador de oportunidades de estudo.

Como eu ia para a Faculdade a pé e a caminhada era de cerca de 30 minutos utilizava esse tempo para "palestrar" (rsrs...é sério!). Ia fazendo "uma palestra" sobre benefícios previdenciários. Nossa! Até imagino a expressão de quem me viu fazendo tal coisa. 18 horas e um maluco caminhando nas calçadas falando sozinho.

Na faculdade quando um professor faltava, sempre que tínhamos um horário vago eu ia esconder-me na biblioteca e estudar para o concurso.

Inventei até música com artigos do Regulamento da Previdência Social (não me peçam para cantar, por favor!). Tudo na tentativa de cercar toda a matéria. Consegui.

Eu estava mesmo muito motivado. Claro, não deu outra: passei em 2º lugar (eram três vagas para a Agência para a qual concorri) e o melhor, passei para a minha cidade!

Assim, considero-me concurseiro profissional, de fato, a partir da preparação para o INSS, ou seja, a partir de 2008. As aprovações anteriores a essa data foram em concursos relativamente simples para os quais estudei de maneira bem antiquada e ineficiente quando o concurso tem, por exemplo, 15 disciplinas.

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Foi no concurso do INSS que descobri que existiam sites voltados para concursos. Vejam só como eu era desorientado (rsrs). Descobri cursos em PDF. Descobri editoras especializadas. Nossa! Foi uma transformação incrível, tudo graças a um depoimento de um concurseiro tipo esse aqui (daí a importância de ler os depoimentos! rsrs)!

Estudando para o INSS descobri que eu tinha um longo caminho a trilhar até ter o conhecimento suficiente para passar em um concurso top.

Eu sempre vi o concurso de nível médio como uma espécie de degrau ou ponte para um concurso top. Isso pelo fato de precisar de dinheiro para investir em materiais (o investimento, diga-se de passagem, é alto!).

Outro fato que marcou muito a minha trajetória foi ter conhecido o livro do Alex Viégas o qual ensinava várias técnicas, mas principalmente a de fazer as fichas, os mapas mentais.

Para se ter uma ideia de como eu levei a sério a técnica ensinada no livro, fiz, durante a preparação para o INSS, cerca de 1800 fichas só de Direito Previdenciário! (O cara quando está motivado faz coisas que depois ele mesmo se impressiona). O resultado foi um aprendizado incrível nessa disciplina.

Já em relação ao estudo para o Auditor da CGE-MA a minha postura não mudou muito (o que é bom deve ser mantido e aperfeiçoado). Minha rotina era trabalhar e estudar durante todo o período, da publicação do edital até o dia da prova.

A minha rotina, em resumo era a seguinte: acordava às 6 horas da manhã em ponto. Ligava o computador e colocava leis em MP3 para ficar ouvindo enquanto tomava banho e arrumava para ir ao trabalho.

No trajeto casa-trabalho ouvia com o fone de ouvido mais leis em MP3.

Ficava no INSS trabalhando atendendo aos segurados até às 13 horas. 

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Saía às 13 horas e aproveitava o trajeto trabalho-casa para ouvir mais leis em MP3. Chegava em casa as 13:45 e religiosamente às 14:45 já estava na mesa de estudo focado na CGE-MA.

Estudava 2 horas de cada disciplina utilizando-se do ciclo de estudos fazendo intervalos de 5 a 10 minutos. Nesses intervalos tomava um cafezinho ou fazia algumas flexões e tomava um banho para refrescar!

Ficava estudando até a meia noite. Ia dormir meia noite e meia aproximadamente. Isso vigorou de domingo a domingo!

Estratégia: Ao longo de sua jornada, você tentou outros concursos, para treinar e se manter com uma alta motivação ou decidiu manter o foco apenas naquele concurso que era o seu sonho? Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?

Sales: Depois que fui aprovado no INSS em 2008 decidi que ia terminar minha graduação e logo em seguida ia iniciar uma preparação para Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil (AFRFB). Como terminei a graduação em 2010 durante aproximadamente 2 anos fiquei “parado” (2009 E 2010). 

Assim, em 2010, ao invés de iniciar a preparação para AFRFB caí na tentação de estudar para Analista com formação em Ciências Contábeis do TJMA.

De todo a tentação não foi ruim, pois fui aprovado, mas nunca nomearam, porque era na tal sistemática "cadastro reserva" (a fila que, às vezes, não anda).

Pronto! A partir de 2011, mais ou menos, me planejei e comecei a estudar para AFRFB. Como quase todo mundo quando volta tem que se acostumar acabei por estudar muito pouco e subestimar algumas matérias e fui eliminado na primeira fase do concurso. Reprovado em Legislação Aduaneira. Fiquei, óbvio, chateado. Decidi que não estudaria mais especificamente para AFRFB, mas estudaria para a ÁREA FISCAL.

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Assim, depois de conferir o gabarito definitivo da ESAF e ver que, infelizmente, eu não tinha qualquer chance, baixei vários editais de fiscos estaduais para ver quais matérias sempre se repetiam. Montei o planejamento e ainda em 2012 iniciei a jornada rumo não mais a um concurso específico, mas rumo a uma área de concurso, a área fiscal.

Fiquei estudando por aproximadamente um ano e meio. Consegui terminar várias matérias e, então, apareceu a CGE-MA como uma excelente oportunidade, pois era na minha terra, as atribuições do cargo boas e a remuneração muito boa também. Não hesitei. Inscrevi-me e foquei.

Estratégia: Você estudou por quanto tempo, contando toda a sua preparação? Durante este tempo de estudo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos mesmo naqueles períodos em que não havia edital na mão?

Sales: Quando eu trabalhava 8 horas por dia, tinha como meta de estudos 4 horas líquidas de segunda a sexta. No sábado estudava 8 horas e no domingo 4 horas. Assim, semanalmente, conseguia algo em torno de 30 horas.

Como houve negociações no INSS, algumas Agências da Autarquia tiveram turno estendido com carga horária de 6 horas. Ficou melhor. Mudei as metas. Agora estudava 6 horas de segunda a sexta. No sábado 10 horas e no domingo 4 horas.

Por que só 4 horas no domingo? Ora, ora, eu ia jogar bola a tarde, meu filho! Concurseiro também é gente! Rsrs

Para manter a disciplina eu sempre buscava me cercar de pensamentos bons. Buscava me motivar. Pensava em como minha vida mudou ao ser aprovado no INSS e como ela ia mudar muito mais caso eu passasse para um cargo de auditor.

Deixei de estudar só quando estava a fim. Mesmo quando desanimado (não tem jeito, todo concurseiro passa por desânimo), eu me sentava na mesa de estudos e estudava. Fazia isso porque sou birrento. Não podia satisfazer às vontades da preguiça, do ócio! Eu sabia que tudo o que eu estava fazendo ia gerar frutos. Buscava me visualizar como auditor. Buscava vislumbrar as coisas boas que a aprovação me propiciaria.

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Levando em consideração o momento que comecei estudar para a AFRFB, já estudo para concursos da área fiscal a 3 anos.

Claro, durante esses anos muitos eventos ocorreram, os quais, diversas vezes, atrapalharam um pouco a trajetória, mas, felizmente, não foram capazes de parar-me.

Uma coisa boa que eu descobri foi baixar vídeos motivacionais no youtube.com. Sempre que estava sentindo vontade parar assistia a um vídeo motivacional! Voltava com tudo para os estudos.

Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?

Sales: Como resido em uma cidade relativamente pequena não temos cursos preparatórios presenciais para concursos do nível para o qual vinha me preparando (auditor, controlador, fiscal etc). Assim, nunca assisti a uma aula presencial voltada para concursos na minha vida.

Recentemente (2013) abriu-se aqui na cidade um curso telepresencial. Encontrei o obstáculo de não formar turma. Não tínhamos na cidade interessados nessa área de concursos. De novo posso dizer: nunca assisti a uma aula telepresencial na minha vida!

A minha base forte mesmo foram livros, cursos em PDF e videoaulas. Fiz uma combinação dos três que deu certo.

Como a minha preparação não visava a um concurso específico, mas era focada em uma área de concurso, eu tinha a paciência de estudar cursos regulares.

As videoaulas foram quase todas do parceiro do Estratégia Concursos, o Eu Vou Passar (EVP, meu querido EVP!). Baixava as aulas de determinada disciplina. Comprava o livro da referida matéria ou comprava um curso regular em PDF no Estratégia. Ia fazendo como se a videoaulas fosse um curso presencial. Assistia à abordagem de um assunto. Pegava o livro e lia o assunto. Resumia. Fazia mapas mentais. Para aprimorar

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buscava um curso em questões em PDF. Fazia os três em paralel (videoaulas + material teórico escrito + questões por assunto). É algo muito bom. A gente aprende muito. Muito mesmo. Pelo menos eu aprendo de forma exponencial.

Sinceramente, para quem estuda sem a pressão do edital, não há desvantagem em se utilizar as videoaulas, o livro e o PDF combinados por assunto.

Agora, para quem está com a pressão do edital, bom, aí a recomendação será o curso em PDF por ser direto e focado. O livro é muito extenso, quase sempre. As videoaulas também são muito completas de forma a abordar toda a matéria e o aluno, em regra, precisa apenas de parte dela para determinado edital.

Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que deve ser memorizada. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e re-leitura da teoria?

Sales: Realmente cobrir um edital inteiro de um concurso da área fiscal é algo extremamente complexo. É muito conteúdo. É muita coisa!

Durante meus estudos adotei diversas formas sempre procurando a melhor dentre elas.

A primeira forma eficaz, em minha opinião, foi estudar em paralelo as matérias. Fiz aquele famoso ciclo já conhecido da galera e lá pus as principais disciplinas (cerca de 08 matérias). Estudava 2 horas de cada uma.

Fazia resumos de tudo. Os meus resumos são bem organizados, coloridos, com numeração ordenada. Ao final do estudo de uma disciplina, quase sempre, tenho um resumo de 80 a 100 páginas. Encaderno o resumo. Pronto! Reviso toda a matéria por ele. É muito bom! Se o concurseiro fizer o resumo com calma, paciência e, principalmente, honestidade, terá em mãos um poderoso instrumento que facilitará a vida dele.

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Com o resumo a gente consegue revisar uma matéria gigante como Contabilidade Geral e Avançada em 100 páginas. Sim, em 100  páginas à mão!

Como auxílio na memorização utilizava os cursos em exercícios no formato PDF. Depois de terminado o curso completamente, ele vira um excelente resumo. Eu fazia apenas as questões agora sem ler os comentários. Só lia os comentários daquelas que errei ou que deixei em branco por dúvida em alguma alternativa.

Outro resumo que utilizo é a própria letra da lei. Em algumas matérias a letra da lei serve como um ótimo resumo.

O livro, depois de estudado todo, só era utilizado por mim para consultas para reforçar um ponto da matéria, por exemplo. Nada de lê-lo de novo. Acho inútil isso dado o objetivo e o pouco tempo que em regra se tem. É possível que um capítulo ou outro seja necessário reler, mas todo o livro é complicado, principalmente para quem trabalha o dia todo (boa parte dos concurseiros) e não dispõe de tanto tempo assim.

Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?

Sales: Essa é um ponto realmente delicado. O concurseiro, principalmente da área fiscal, será testado em alto grau de dificuldade em várias matérias, às vezes, totalmente distintas (exemplo, matemática financeira e espanhol, têm muitos pontos em comum? heheeh). Aí cada um tem lá suas dificuldades. Por mais incrível que possa parecer, as matérias que tive grande dificuldade foi justamente Contabilidade (sou graduado nisso!) e Língua Portuguesa.

O jeito que encontrei para superar as dificuldades foi decidir, com humildade, começar do começo. Comecei um curso completo de Contabilidade. Iniciei o estudo do livro como quem nunca viu a matéria. Demorou, mas valeu à pena. Nessa prova de Auditor da CGE-MA simplesmente gabaritei Contabilidade! Em Contabilidade um fator decisivo foi cursos em PDFs de questões comentadas. Ajudou demais. (Agradeço ao Gabriel Rabelo e ao Luciano Rosa).

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Com a língua portuguesa é preciso muita calma. É uma matéria muito grande, em minha opinião. Estudei por livro, por videoaulas e por cursos em PDF (sempre em paralelo e por assunto).

Na CGE-MA, Português tinha um peso imenso. Eram 25 questões de peso 2. Eram muitos pontos em jogo. Não havia como estudar um livro de Português todo. Eu não tinha como assistir a um curso de Português em videoaulas também. Recorri ao curso do Professor Fabiano Sales do Estratégia Concursos. Foi excelente. Nem estudei todas as aulas por falta de tempo, mas foi suficiente para acertar mais de 85% da prova de Português.

Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como você levou seus estudos neste período? Você se concentrava nas matérias de maior peso ou distribuía seus estudos de maneira mais homogênea? Focava mais na re-leitura, em resumos, em exercícios, etc ?

Sales: Quando o edital sai a gente fica louco. Eu particularmente me sinto um tanto agoniado.  É preciso muita calma nessa hora. No caso desse concurso de Auditor-Controlador, resolvi, como o tempo era um tanto exíguo para o quantitativo de matérias novas, apostar mais nas matérias com maior peso e dificuldade geral.

Apostei nas matérias que, em geral, é o “calo” de muita gente. Decidi que gabaritaria algumas matérias nesse concurso.

Para gabaritar matérias não basta saber o assunto. É importante – todo concurseiro sabe disso – treinar. Fazer questões da banca. No caso do Auditor da CGE-MA encontrei um site bem legal de questões comentadas (inclusive vários dos professores que comentam as questões lá são do Estratégia Concursos). Refiro-me ao Tecconcursos. Lá pude fazer várias vezes todas as questões de certas matérias do edital da banca do concurso, a FGV.

Resultado: Gabaritei as matérias “calo” de muita gente: raciocínio lógico, contabilidade (aqui incluindo a de custos, a análise das demonstrações contábeis, a avançada, a pública).

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Outra matéria de grande peso e que foi também gabaritada foi a de Auditoria Governamental. Nesse particular devo agradecer imensamente aos professores Claudenir Brito e ao Rodrigo Fontenelle. Eles promoveram um curso excelente e bem objetivo. Eu nunca tinha visto a matéria e estava um pouco inseguro, mas não deu outra....gabaritei também....eheheeh

Estratégia: Na semana da prova, nós sempre observamos vários candidatos assumindo uma verdadeira maratona de estudos (estudando intensamente dia e noite). Por outro lado, também vemos concurseiros que preferem desalecerar um pouco, para chegar no dia da prova com a mente mais descansada. O que você aconselha?

Sales: Na semana anterior a prova, até sexta-feira, eu estudo com tudo. Com toda a garra. Penso, para me motivar, que são os últimos dias (e de fato não estou errado, né?!). Entretanto há uma coisa que costumo fazer que parece sempre dá certo. No dia anterior à prova (geralmente no sábado) não estudo quase nada. Às vezes leio um resumo. Na noite anterior à prova (geralmente sábado) eu durmo cedo e acordo o mais tarde possível (óbvio, se a prova for a tarde!).

Chego à prova com a mente bem relaxada. O corpo bem descansado. Preparado para ficar sentado ali por 4 horas ou mais sem ter necessidade de ficar se contorcendo, se remexendo, indo passear um pouco lá fora, cochilando (tem concurseiro, eu já vi, que cochila fazendo uma prova. Um dia desses um me disse que é porque, na noite anterior, quase não dormiu estudando!).

Dessa forma, eu aconselho ficar pelo menos 24 horas sem estudar pesado antes da prova, vale dizer, tirar um dia de descanso antes da prova. Dormir bem na noite anterior ao teste. Acordar bem relaxado e sem se preocupar com os assuntos que não viu. Calma...vai cair só o que você viu! Acho que temos que pensar sempre positivo!

Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?

Sales: Durante minha preparação cometi muitos erros. Muitos mesmos. Vou escrever aqui aqueles que reputo os piores:

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1)  No início do estudo tentei aprender mais rápido para ganhar tempo. Essa minha pressa só me levou a, em vários momentos, ter que voltar para o início do livro/curso em PDF/videoaulas por não está entendendo nada;

2)  Deixar de resumir matérias. Li em algum lugar que determinado concurseiro para ganhar tempo apenas pintava/grifava de marca texto os parágrafos do livro e lia aqueles parágrafos pintados como resumo. A ideia era agilizar o tempo, aproveitar melhor. De fato a ideia era sedutora e embarquei nessa. Com o tempo percebi que não servia para mim tal técnica. Eu não rendia com esse tipo de sistemática;

3)   Fazer o curso de videoaulas de maneira completa para só depois ler o livro e, em seguida, comprar um curso de questões e começar a estudar. Isso levava muito tempo e o rendimento era péssimo. Ficava muito monótono. Passava mais de mês só assistindo videoaulas. Depois mais um tempo só lendo o livro da disciplina. Depois algumas semanas só fazendo questões da matéria. Mudei de estratégia. Adotei a estratégia de estudar “por assunto” dentro da matéria. Por exemplo, em Contabilidade Geral eu assistia às videoaulas relativas a determinado assunto, digamos, investimentos. Terminada as videoaulas referentes ao assunto localizava no livro o mesmo tema. Lia com calma, sem pressa. Em sequência fazia as questões do curso em PDF daquele assunto. Pronto! Fixava a matéria de maneira espetacular. Somente depois dessa sequência é que passava adiante para o próximo assunto obedecendo, em regra, a ordem do livro texto. Aponto essa tática como a melhor de todas, ou seja, o “estudo em paralelo, por assunto”;

Agora como acertos o principal mesmo foi a fé. Eu sempre acreditei que um dia ia dá certo. Óbvio que passei por momentos nos quais essa certeza queria fugir de mim, contudo, logo, logo recuperava o ânimo e continuava a jornada, a peleja. Outros acertos relevantes durante a preparação foram:

1)  Buscar sempre questionar a minha forma de estudar. Sempre questionando os métodos utilizados para absorver e reter informações;

2)  Ler outros depoimentos ajudou demais a conhecer melhores materiais, melhores sites;

3)  Participar de fóruns de concursos, como, por exemplo, o Fórum dos Concurseiros, o PCI concursos e outros. Sempre que eu entrava em um fórum voltava animado para os

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estudos. É bom ver pessoas que buscam o mesmo objetivo que buscamos. Nasce na gente o sentimento de rivalidade (sadio, óbvio!).

4)  Decidir não estudar as matérias para certo concurso, mas decidir aprender as matérias para a vida. Quando comecei a estudar Contabilidade com o intuito de aprender mesmo, nossa!, incrível como evoluí. O mesmo fiz com todas as demais. Óbvio que isso tem que ser feito com sabedoria, pois é fato que as matérias são imensas, daí, não poder, o concurseiro, pretender abarcar todas as matérias a ponto de "dar aulas". Não. Na minha opinião devemos escolher umas quatro disciplinas nas quais seremos “o cara”;

5)  Não dá ouvido a certos comentários sobre a possibilidade de aprovação. Muita gente critica-nos quando demoramos passar. Peguei certa pressão nesse sentido, mas resisti, não desisti das metas e segui em frente;

6)  Ter em mente meus princípios e motivos pelos quais estudava manteve-me firme e forte.

Estratégia: Pela sua experiência e contato com outros concurseiros, diga-nos quais são os maiores erros que as pessoas cometem quando decidem se preparar para concursos?

Sales: Sem dúvida alguma o maior erro, em minha opinião, é começar de qualquer jeito. Parece que hoje em dia qualquer concurseiro que esteja de fato disposto a pagar o preço da aprovação deve, antes de iniciar os estudos, buscar aprender a aprender. Tem que primeiro conhecer o mundo dos concursos e suas "diversões".

Os concurseiros veteranos têm muito a ensinar. Penso que a primeira coisa que alguém que deseja ser aprovado em um concurso deve fazer é ler o livrão do William Douglas (WD), "Como passar em provas e concursos – tudo que você sempre quis saber e nunca teve a quem perguntar". Acho que se deve começar por aí.

Suponho que se eu tivesse começado lendo o livro do WD minhas reprovações tinham sido menores e minhas aprovações teriam vindo mais rapidamente. Eu cometi esse erro. Comecei do meu jeito. Graças a Deus, tive a oportunidade de conhecer o livro citado e também outros relativos a este assunto, como, por exemplo, o do Alexandre Meirelles.

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Em resumo: primeiro aprenda a estudar para concursos, depois comece, de fato, a estudar.

Outro erro que vislumbro (e que também já cometi) é achar que se vai passar logo, logo. Óbvio que quanto mais rápido passar melhor, mas isso de passar de primeira pode criar frustrações, desespero, etc. É preciso que o concurseiro entenda que não é fácil (mas é possível!) e que pode demorar um pouco mais do que ele esperava inicialmente. Lembro-me de uma palestra na qual o William Douglas disse: "... ou você sabe as matérias e passará em todos ou quase todos os concursos que fizer ou não sabe as matérias e não passará em nenhum". Acho que é por aí mesmo. O concurseiro precisa amadurecer, pegar a "malícia" da coisa.

Vez por outra agente vê pessoas que furam a fila, ou seja, estudam pouco tempo e já passam em excelentes concursos, mas estas pessoas são exceções. Não podemos, ao que tudo indica, usá-las como paradigmas porque a grande maioria vai demorar um pouco mais (e isso não é porque a pessoa é burra, mas é em virtude de a carga de informações ser muito grande e levar certo tempo para ser absorvida, além do fato de que cada pessoa tem uma vida, um conhecimento prévio, etc).

Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação?

Sales: Ser reprovado e mesmo assim continuar estudando, acreditando que minha hora ia chegar. 

Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para um concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!

Sales: O meu conselho inicial é que antes de iniciar os estudos decida se, de fato, é isso mesmo que você quer. Pesquise sobre o concurso que almejas para verificar “o tamanho do desafio”.

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Decidido isso, então é hora de iniciar a leitura de um livro que ensine a estudar com eficiência e eficácia. Pode ser até um depoimento. Todos os depoimentos que li até hoje me trouxeram alguma contribuição.

Como falei acima, eu indicaria, sem sobra de dúvidas, o livro do William Douglas, "Como passar em provas e concursos – tudo que você sempre quis saber e nunca teve a quem perguntar". Acho a leitura dele indispensável a depender do nível do certame. Há outros livros com essa abordagem, em suma, é preciso antes de meter a cara aprender como se estuda.

Se planeje e comece a luta!

A mensagem final é ter fé, acreditar que sua hora vai chegar! Não importa o nível do concurso que está fazendo. Se fizer as coisas direito teu nome vai a

ww.estrategiaconcursos.com.br/depoimentos/erik-silva-aprovado-no-concurso-do-tribunal-regional-do-trabalho-de-sro-paulo-15176/

Todos nós sabemos que a concorrência nos certames está cada vez mais alta, mas acho que isso não pode em hipóstese alguma mitigar a autoconfiança do candidato.

O importante é manter a disciplina e a motivação, comparando sempre o nosso conhecimento de ontem com o de hoje, valorizando cada passo e exigindo cada vez

mais de nós mesmos".

Fazer uma graduação e, depois de formado, não se encontrar na profissão. São inúmeras as pessoas que passam por essa situação e acabam ficando sem rumo e muitas vezes frustadas por fazer algo que não as estimulam. Mas quem disse que não dá para dar uma nova guinada na vida em busca de um futuro diferente?! A Médica Veterinária, Micaella Rose, é um exemplo disso! 

Formada pela Universidade Federal do Paraná, Micaella tentou atuar na sua área mas logo percebeu que não era isso que queria. Então, logo optou por se preparar para a realização de concursos públicos. Em Janeiro de 2012 iniciou sua preparação e logo no

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ano seguinte vieram os frutos de sua dedicação: sua aprovação no concurso do Tribunal Regional do Trabalho.

Confira a entrevista concedida ao Professor e Coordenador do Estratégia Concursos, Mário Pinheiro, e veja que não existe segredo para o sucesso, que basta dedicação, força de vontade e autoconfiança na caminhada rumo à aprovação.

Mário Pinheiro: Conte-nos um pouco sobre você, para que nosso leitor possa te conhecer melhor. Você é formada em que área? Trabalhava e estudava, ou se dedicava inteiramente aos estudos?

Micaella Rose: Olá, Mário! Primeiramente gostaria de agradecer pela oportunidade! Sou formada em Medicina Veterinária pela Universidade Federal do Paraná. Tentei atuar na minha área de formação, mas logo percebi que não havia me encontrado profissionalmente, motivo pelo qual comecei a pensar em concursos. Em janeiro de 2012, iniciei meus estudos, passando a me dedicar exclusivamente a eles.

Mário Pinheiro: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?

Micaella: Como eu nunca havia estudado Direito e não tinha experiência com nenhum concurso, resolvi me matricular em um curso telepresencial voltado para a área fiscal, aproveitando esse contato inicial com as matérias jurídicas administradas pelos professores e estudando em casa apenas as que eram cobradas na prova de Auditor Fiscal do Trabalho (meu foco na época). Simultaneamente, li alguns livros de Direito para melhorar a qualidade dos meus estudos. Além disso, utilizei o material do Estratégia para reforçar as matérias que eu já conhecia melhor e outras que ainda não havia estudado. Particularmente, prefiro livros específicos para concursos e cursos em PDF, pois aprendo mais lendo do que assistindo a aulas telepresenciais. Mas sei que isso é algo muito pessoal. A grande vantagem de estudar em casa é seguir seu próprio ritmo, diferentemente do que acontece em sala de aula, onde se deve acompanhar a dinâmica do professor.

Mário Pinheiro: Como era seu planejamento e sua rotina de estudos? Qual foi a média de horas de estudo por dia? Quantas matérias você estudava por dia?

Micaella: Meu primeiro passo foi decidir qual seria meu foco e, para isso, li um livro sobre preparação para concursos, técnicas de estudos, dicas para a realizaçao de provas, etc. Foi quando eu optei pela área fiscal trabalhista e planejei uma rotina de estudos para o AFT (Auditor Fiscal do Trabalho). Depois de formar uma boa base nas matérias mais

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importantes, como Direito Administrativo, Constitucional, Trabalhista, Português e Raciocínio Lógico, utilizei minha rotina para fazer mais exercícios e fixar meu conhecimento. Tentei diversificar o máximo possível meu ciclo de estudos, intercalando matérias de áreas distintas do conhecimento e destinando no máximo 3 horas seguidas para cada uma. Desta forma, cheguei a estudar até 5 matérias por dia e minha rotina de estudos se tornou mais dinâmica e menos cansativa, o que me proporcionou uma sensação relativamente rápida de que eu estava acumulando conhecimento e me motivou cada vez mais! Cabe ressaltar que o controle de horas líquidas estudadas era sagrado para mim. Eu mantinha um caderno apenas para este fim, anotando diariamente o horário de início e de término dos meus estudos e descontando os minutos de pausa para descanso utilizados ao longo do dia.

Mário Pinheiro: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social para passar no concurso o mais rápido possível?

Micaella: Não foi preciso abdicar do convívio com as pessoas das quais eu gosto. É claro que nós temos que fazer concessões e ponderar bem o que realmente devemos fazer em cada momento: estudar ou dispor de um tempo de lazer. Às vezes dedicava mais meus finais de semana aos estudos, dependendo do ritmo em que me encontrava. Porém, normalmente, descansava no sábado e/ou no domingo, pois notei que, quando estudava com muito afinco nesses dias, ficava extramente cansada nos seguintes, obtendo um rendimento aquém do que eu gostaria. Mas uma coisa é certa: nada como a publicação de um edital para nos trazer aquela energia extra, que acaba nos impulsionando em qualquer dia da semana! Ressalta-se, também, que eu não trabalhava na época, o que contribuiu muito para que eu pudesse dispor de mais horas de lazer.

Mário Pinheiro: Ao longo de sua jornada, você tentou outros concursos, para treinar e se manter com uma alta motivação ou decidiu manter o foco apenas naquele concurso que era o seu sonho? Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?

Micaella: O único concurso que eu fiz além do TRT-PR foi o da Receita Federal, em 2012. Naquela época, meu foco ainda era o concurso de AFT e a banca examinadora era a mesma para ambos, razão pela qual julguei importante fazer a prova para o cargo de auditor fiscal da Receita Federal. Porém, não modifiquei meu ciclo de estudos, na tentativa de memorizar as matérias cobradas neste edital, pois meu objetivo era verificar, em tempo real de prova, o nível de dificuldade das questões e os temas que estavam sendo mais abordados pela banca. Em dezembro de 2012, foi publicado o edital do TRT-PR e, como eu já havia estudado cinco das seis matérias exigidas no certame, passei a me dedicar, a partir de janeiro de 2013, exclusivamente para este concurso. Acho interessante selecionar bem as provas de acordo com nossos objetivos, analisando se estamos diante de uma real oportunidade ou de algo que possa nos servir de experiência, não fazendo com que isso prejudique nossas horas de estudo para o cargo almejado.  

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Mário Pinheiro: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que deve ser memorizada. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: Você costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e re-leitura da teoria?

Micaella: Desde o início eu anotava minhas revisões de acordo com cada matéria estudada, programando-as com uma peridiocidade voltada para não esquecer o que eu já havia estudado e mantendo minha memória de longo prazo sempre ativa. Realizava, portanto, a primeira revisão depois de 7 dias e as próximas a cada 30 dias. Inicialmente, eu apenas relia as frases que eu havia grifado estrategicamente para facilitar meu estudo, acompanhadas de anotações às margens do texto que eu julgava importantes.

Com o tempo, fui testando meus conhecimentos com diferentes tipos de exercícios, priorizando os da banca examinadora do concurso em questão. Porém, acabei priorizando as revisões teóricas, pois o volume de matérias era muito grande e quase todas eram novidade para mim. Além disso, não tinha o costume de fazer resumos e esquematizar as matérias, pois acabava perdendo muito tempo com isso, sendo que o texto grifado já se encontrava à minha disposição, podendo ser estudado a qualquer momento. Todavia, algo que me ajudava na memorização eram os lembretes em papel colorido que eu colova no próprio livro ou nas folhas dos cursos em PDF, chamando a atenção para algum tópico importante.

Mário Pinheiro: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?

Micaella: Normalmente as matérias mais difíceis são aquelas que exigem quase que exclusivamente a memorização, sem que se possa criar uma lógica ou uma linha de raciocício para nos orientar. É a famosa “decoreba”! Quando tinha me via diante de uma situação dessas, aumentava a frequência de revisões e estudava com muita atenção o conteúdo. Eu mantinha a calma, pois sabia que a minha dificuldade poderia ser a mesma de muitos outros candidatos, cabendo a mim encontrar uma forma de superá-la!

Mário Pinheiro: Quais foram os principais erros e acertos em sua preparação?

Micaella: Considero o foco e a minha disciplina os meus maiores acertos, além do cuidado que eu tive para encontrar o método de estudo que fosse mais compatível comigo. Eu logo percebi que meu rendimento era muito maior em casa, lendo livros e cursos em PDF, do que em sala de aula. Com isso pude me adaptar, da melhor forma possível, ao edital do concurso, fixando cada vez mais as matérias. Saliento ainda que as revisões foram fundamentais para que eu formasse a base do meu conhecimento e mantivesse o que eu já havia estudado de forma ativa na minha memória.

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Em contrapartida, no início encontrei dificuldade para avançar no meu ciclo de estudos e acabei estudando uma mesma matéria por mais de 4 horas, por exemplo, o que fazia com que eu me sentisse mais cansada. Desta forma tive que corrigir esse hábito com o passar dos meses, conseguindo diversificar mais o meu ciclo e obtendo, consequentemente, um desempenho melhor. Acredito, também, que poderia ter resolvido mais questões para aumentar minha segurança no dia da prova, mas tive um tempo relativamente curto para aprender todas as matérias, o que me levou a priorizar a teoria.

Mário Pinheiro: As notas de corte em concursos de TRT têm sido altíssimas. No seu caso, mesmo acertando 58 das 60 questões, ficou em 94ª colocação, e o edital só disponibilizava 12 vagas imediatas para o cargo de técnico. Você esperava esse resultado? 

Micaella: Não esperava! Foi uma surpresa muito grande tanto pelo número de questões que eu acertei quando pela minha colocação, pois não imaginava que pudesse obter um desempenho como esse, como também não sabia que a nota de corte seria tão alta. Quando vi que havia me classificado em 94º lugar, fiquei um pouco apreensiva, mas me informei a respeito do número de candidatos nomedos no certame anterior e logo me acalmei. Deve-se lembrar, entretanto, que a prova contava apenas com questões objetivas, não havendo, portanto, a possibilidade do candidato se diferenciar com uma boa nota na redação.           

Mário Pinheiro: Quanto tempo demorou até ser nomeada? As remoções são frequentes em Tribunais do Trabalho? 

Micaella: A homologação do concurso ocorreu em agosto de 2013 e minha nomeação em outubro daquele ano. Normalmente, o TRT-PR tem publicado as nomeações a cada dois meses, as quais são precedidas de etapas complementares de remoção. Essas etapas abrangem apenas os servidores mais novos, oportunizando a remoção de quem ingressou recentemente no quadro de servidores do Tribunal para uma cidade de sua preferência.

Mário Pinheiro: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concursos públicos? Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!

Micaella: Acredito muito na importância de saber como se preparar para um concurso. Vejo muitas pessoas que não querem perder tempo pesquisando os melhores materiais e métodos de estudo mais eficazes. Além disso, é comum notar a falta de preocupação com as atribuições dos diversos cargos existentes na Administração Pública, o que faz

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com que uma grande parte dos concursandos deixe de refletir sobre a sua real compatibilidade e afinidade com as diferentes áreas da carreira pública. Com isso, perde-se o foco, que eu considero fundamental para se obter aprovação em um concurso de forma mais rápida.

Outro ponto interessante é o que eu chamo de “competir com você mesmo”. Todos nós sabemos que a concorrência nos certames está cada vez mais alta, mas acho que isso não pode em hipóstese alguma mitigar a autoconfiança do candidato. O importante é manter a disciplina e a motivação, comparando sempre o nosso conhecimento de ontem com o de hoje, valorizando cada passo e exigindo cada vez mais de nós mesmos.

Uma coisa que me ajudava muito era pensar no tanto que eu tinha aprendido e em como eu havia superado minhas dificuldades, acumulando um conhecimento cada vez maior. Isso me trazia uma vontade de evoluir ainda mais, por isso eu traçava metas durante os estudos, apertava o ritmo e pensava duas vezes antes de fazer uma pausa para o descanso, testando, assim, meus próprios limites. Eu sabia que a concorrência era enorme, mas tinha certeza também de tudo que eu havia feito para aumentar minhas chances de ser aprovada naquele concurso. E ir para uma prova com a consciência tranquila faz toda a diferença!

Gostaria de dizer, ainda, que a preocupação com as horas líquidas de estudo é essencial, inclusive para manter essa cobrança consigo mesmo. E eu não estou falando aqui de 12 ou 14 horas por dia, pois não acredito que alguém realmente mantenha essa média ao longo dos meses, como lemos em muitos fóruns na internet. Estou me referindo a uma rotina de estudos com qualidade e constância! Não adianta passar horas e horas em cima de um livro se você não consegue absorver direito as informações. Estudem com afinco, dediquem-se ao máximo, mas não se deixem influenciar pelo que se lê nos sites. Acreditem em mim: uma média de 6 horas líquidas de estudo é o suficiente para consolidar toda a matéria!

E, por fim, leiam e releiam. Procurem deixar a ansiedade de lado e não tentar ver o conteúdo da forma mais rápida possível, pois as revisões são indispensáveis pare se manter o conhecimento ativo na memória e obter sua almejada aprovação! 

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  http://www.estrategiaconcursos.com.br/depoimentos/

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