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Demonstrações Contábeis em IFRS Exercício 2011

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Demonstrações

Contábeis em IFRS

Exercício 2011

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ÍNDICE

RELATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO 3

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 27

Demonstração do Resultado Consolidado 27

Demonstração do Resultado Abrangente Consolidado 28

Balanço Patrimonial Consolidado 29

Demonstração Consolidada das Mutações do Patrimônio Líquido 30

Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa 32

NOTAS EXPLICATIVAS

NOTA 01 – O Banco e suas Operações 34

NOTA 02 – Apresentação das Demonstrações Contábeis Consolidadas 34

NOTA 03 – Principais Políticas Contábeis 35

NOTA 04 – Principais julgamentos e estimativas contábeis 58

NOTA 05 – Demonstrações Contábeis Consolidadas 61

NOTA 06 – Aquisições, Vendas e Reestruturações Societárias 63

NOTA 07 – Informações por Segmento 71

NOTA 08 – Receita Líquida de Juros 78

NOTA 09 – Receita Líquida de Tarifas e Comissões 78

NOTA 10 – Ganhos/(perdas) Líquidos sobre Ativos e Passivos Financeiros ao Valor Justo por meio do Resultado 78

NOTA 11 – Ganhos/(perdas) Líquidos sobre Ativos Financeiros Disponíveis Para Venda 79

NOTA 12 – Outras Receitas e Outras Despesas Operacionais 79

NOTA 13 – Despesas com Pessoal 80

NOTA 14 – Despesas Administrativas 80

NOTA 15 – Depósitos Compulsórios em Bancos Centrais 80

NOTA 16 – Empréstimos a Instituições Financeiras 80

NOTA 17 – Aplicações em Operações Compromissadas 81

NOTA 18 – Ativos e Passivos Financeiros ao Valor Justo por Meio do Resultado 81

NOTA 19 – Ativos Financeiros Disponíveis para Venda 82

NOTA 20 – Ativos Financeiros Mantidos até o Vencimento 83

NOTA 21 – Empréstimos a Clientes 84

NOTA 22 – Provisão para Perdas em Empréstimos a Clientes 85

NOTA 23 – Ativos não Correntes Disponíveis para Venda 87

NOTA 24 – Investimentos em Coligadas e Joint Ventures 88

NOTA 25 – Imobilizado de uso 90

NOTA 26 – Ágio e Outros Ativos Intangíveis 91

NOTA 27 – Outros Ativos e Outros Passivos 94

NOTA 28 – Depósitos de Clientes 95

NOTA 29 – Valores a Pagar a Instituições Financeiras 95

NOTA 30 – Obrigações Por Operações Compromissadas 96

NOTA 31 – Obrigações de Curto Prazo 96

NOTA 32 – Obrigações de Longo Prazo 96

NOTA 33 – Provisões, Ativos e Passivos Contingentes e Obrigações Legais 102

NOTA 34 – Contratos de Seguros e de Previdência Complementar 106

NOTA 35 – Imposto de Renda 114

NOTA 36 – Patrimônio Líquido 116

NOTA 37 – Lucro por Ação 120

NOTA 38 – Valor Justo dos Instrumentos Financeiros 120

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NOTA 39 – Instrumentos Financeiros Derivativos 124

NOTA 40 – Garantias Financeiras e Outros Compromissos 128

NOTA 41 – Capital Regulatório e Limite de Imobilização 129

NOTA 42 – Benefícios a Empregados 130

NOTA 43 – Gestão de Riscos 140

NOTA 44 – Partes Relacionadas 172

NOTA 45 – Ativos e Passivos Correntes e Não Correntes por Prazo 176

NOTA 46 – Conciliação do Patrimônio Líquido e do Resultado 177

NOTA 47 – Eventos subsequentes 180

RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES 182

MEMBROS DOS ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO 184

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Relatório da Administração 2011

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Senhoras e Senhores Acionistas,

Apresentamos o Relatório da Administração do Banco do Brasil relativo ao exercício de 2011, deacordo com as exigências da Lei das Sociedades por Ações, do Conselho Monetário Nacional –CMN, do Banco Central do Brasil – Bacen, da Comissão de Valores Mobiliários – CVM e do EstatutoSocial do Banco do Brasil.

AMBIENTE ECONÔMICO

No ambiente internacional, o ano de 2011 foi marcado pela deterioração na percepção de riscoacerca da sustentabilidade fiscal de alguns países do continente europeu em uma conjuntura de forterevisão das perspectivas de crescimento econômico, aumento do risco soberano, rebaixamento derating e significativa piora das condições de financiamento. O risco de uma nova recessão na Regiãolevou inclusive o Banco Central Europeu a reduzir a taxa de juros básica para 1,0% a.a.

Nos Estados Unidos, não obstante os incipientes sinais de recuperação econômica, principalmente apartir do segundo semestre, que contribuíram inclusive para a apreciação do dólar, os desafios para asustentação do crescimento da economia ainda são relevantes. O mercado de trabalho continuoufraco, com a taxa de desemprego registrando média próxima a 9,0% em 2011, o processo dedesalavancagem das famílias ainda em ritmo lento, além de ter sido criado um certo impasse políticoem torno de questões fiscais.

Em meio a essas adversidades, a economia brasileira mostrou-se novamente resiliente, ancorada emrobustos fundamentos macroeconômicos e sustentada pelo dinamismo da demanda doméstica.Avaliando que o ambiente externo proporcionaria um processo desinflacionário para o Brasil, tanto viarecuo nos preços internacionais das commodities quanto via desaceleração do nível de atividade, oBanco Central do Brasil decidiu, proativamente, inverter o rumo da política monetária no segundosemestre de 2011. O contínuo processo de elevação da taxa básica de juros observado até meadosdo ano deu lugar a um novo ciclo de flexibilização monetária a partir de agosto, o qual também foifacilitado por condições fiscais mais favoráveis. Com isso, a taxa Selic, que atingiu 12,5% a.a. emjulho, encerrou o ano em 11,0% a.a, mesmo em um ambiente de forte pressão sobre os preços, cujataxa de inflação, medida pelo IPCA, finalizou o período em 6,5%. Assim, 2011 configurou-se como ooitavo ano consecutivo de cumprimento da meta de inflação.

Ainda que os canais de transmissão da crise externa tenham proporcionado um menor dinamismo daeconomia brasileira, principalmente na parte final do ano, 2011 foi caracterizado por taxas dedesemprego em patamares mínimos, elevada geração líquida de empregos formais e importantesganhos reais de renda. Tais fundamentos, em conjunto com o dinamismo do mercado de crédito,continuaram sendo os principais vetores de impulso à demanda doméstica e funcionaram comofatores preponderantes para garantir uma maior resistência da economia aos efeitos adversos dacrise nos países desenvolvidos.

DESTAQUES DO PERÍODO

Em 2011, o Banco do Brasil registrou lucro líquido de 12,7 bilhões e ativos totais de R$ 966,8 bilhões,destacando sua atuação no crédito.

A seguir, estão relacionados, em ordem cronológica, alguns eventos relativos ao BB que foramdestaques no período:

a) aquisição, em janeiro, da totalidade da participação acionária (16,67% ON) detida pela SulAmérica Capitalização S.A. na Brasilcap, pelo valor de R$ 137 milhões;

b) assinatura, em janeiro, de contrato de compra e venda de ações com a Visa International ServiceAssociation para aquisição de parte das ações detidas por essa companhia na CompanhiaBrasileira de Soluções e Serviços – CBSS, correspondendo a 4,99% do capital social da CBSS,no valor de R$ 85,5 milhões;

c) lançamento da Bandeira Elo, administrada pela empresa Elo Serviços, com início dacomercialização do Ourocard Elo em abril. A efetivação da sociedade do Banco do Brasil na EloParticipações – responsável pela consolidação dos negócios relacionados a meios eletrônicos de

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Relatório da Administração 2011

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pagamento (cartões de crédito, débito, pré-pago, cobranded) – foi concretizada com a assinaturados documentos societários em abril;

d) elevação dos ratings do BB pela agência Fitch Rating em abril;

e) concretização da operação para aquisição do controle acionário do Banco Patagonia (daArgentina), em abril, com o pagamento aos vendedores e a transferência ao BB de 366.825.016ações ordinárias, que correspondem a 51% do capital social e votante daquele banco. Emoutubro foi realizada a Oferta Pública de Aquisição Obrigatória (OPA). Com a Oferta, o Bancopassou a ser titular de 424.101.958 ações ordinárias, correspondendo a 58,96% do capital sociale votante;

f) assinatura de contrato de compra e venda para aquisição de 100% das ações do EuroBank, pelovalor de US$ 6 milhões em abril;

g) inauguração, em maio, da loja conceito em Brasília configurando-se em uma iniciativa inédita novarejo bancário, com um espaço no qual os clientes podem experimentar os principais atributosque compõem o posicionamento de marca do Banco;

h) aquisição, em maio, por R$ 2,8 bilhões, dos direitos de ofertar produtos e serviços bancários, apartir de 02.01.2012, nas agências do “Banco Postal” da Empresa Brasileira de Correios eTelégrafos – ECT;

i) elevação dos ratings do BB pela agência Moody´s em junho;

j) aniversário, em junho, de cinco anos de listagem no Novo Mercado, segmento mais elevado deempresas que adotam práticas de Governança Corporativa da BM&FBovespa;

k) aprovação da homologação pelo Bacen do aumento do capital social do Banco em R$ 44,6milhões, resultante do exercício do Bônus de Subscrição série “C”, em outubro. A operaçãoresultou na emissão de 4,7 milhões novas ações ordinárias. Após a operação, o Banco do Brasilliquidou todos os Bônus de Subscrição série “C”;

l) elevação do rating na escala global de “BBB-“ para “BBB” pela agência Standard & Poor’s emnovembro;

m) emissão de Senior Notes no mercado norte-americano em novembro. Com a operação o Bancocaptou US$ 500 milhões, com um dos menores custos já registrados, o que mostra a confiançado investidor internacional na Instituição.

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA O PERÍODO 2012–2016

Com o objetivo de manter a liderança na indústria bancária brasileira e reforçar seu papel de parceirofundamental para o desenvolvimento do Brasil, o Banco do Brasil priorizou como grandes temasestratégicos para o período de 2012-2016 a geração de resultados sustentáveis; a expansão dainternacionalização; a melhoria do atendimento e o aumento da eficiência operacional.

Os resultados sustentáveis serão decorrentes da manutenção das boas práticas de GovernançaCorporativa, aliadas aos investimentos em infraestrutura e tecnologia, bem como à contínuacapacitação dos funcionários para os novos desafios da Empresa. Também contribui para asustentabilidade dos negócios o cumprimento do papel institucional que articula a rentabilidade dasoperações com o compromisso com o desenvolvimento do País. A parceria com o Governo será feitacom ênfase na inclusão social e produtiva – urbana e rural – na qualificação técnica e profissional ematividades geradoras de trabalho e renda e na modernização da previdência pública.

A expansão da atuação internacional terá como direcionadores três vetores: a existência decomunidades de brasileiros no exterior, a transnacionalização de empresas brasileiras e o aumentono intercâmbio comercial do Brasil com o mundo.

A melhoria do atendimento ocorrerá por meio do aprimoramento do relacionamento com o cliente e oaumento da eficiência operacional se dará por meio do aprimoramento da gestão de processos.

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Relatório da Administração 2011

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SUSTENTABILIDADE

Em 2011, o Banco do Brasil, mais uma vez, incorporou a responsabilidade socioambiental nosdiversos processos da Empresa. Uma das ênfases foi o crédito responsável, que veda a concessãode crédito a clientes incluídos em relação de empregadores que submetem seus trabalhadores aformas degradantes de trabalho, que os mantenham em condições análogas ao trabalho escravo ouque estejam envolvidos com trabalho infantil e exploração sexual de menores. Além disso, o BB ésignatário de Pactos e Compromissos pelo Crédito Sustentável, como os Princípios do Equador e oProtocolo Verde.

AGENDA 21 DO BB

No âmbito do Plano de Sustentabilidade - Agenda 21 BB, em 2011 foram implantadas ações deaprimoramento da gestão de crises e riscos relativos a eventos climáticos extremos e da gestão defornecedores com novos padrões para compras sustentáveis e logística reversa.

A gestão do Programa de Inclusão Digital do BB foi transferida da Diretoria de Tecnologia para aFundação Banco do Brasil, integrando os projetos de telecentros com o de estações digitais e aabertura de um novo programa o Programa de Inclusão e Transformação Social por meio da doaçãode computadores substituídos.

No exercício de 2011, a Estratégia Desenvolvimento Regional Sustentável – DRS contabilizou 4,1 milplanos de negócios em implementação, envolvendo 1,7 milhão de beneficiários em 4,1 mil municípiosbrasileiros.

O Banco do Brasil lançou também, em 2011, quatro fascículos sobre atuação na cadeia dareciclagem e resíduos sólidos, com foco nos 4.976 municípios com até 50 mil habitantes. Sãoorientações para as prefeituras elaborarem planos Municipais ou Intermunicipais de Gestão Integradade Resíduos Sólidos, em cumprimento à Lei nº 12.305/10, que instituiu a Política Nacional deResíduos Sólidos, de responsabilidade compartilhada entre governos, empresários e cidadãos.

No segmento de micro e pequenas empresas, a parceira do BB nos Arranjos Produtivos Locais (APL)busca promover a associação e a cooperação entre os empreendedores, ampliar a concessão decrédito, fomentar a expansão e a inovação tecnológica, a capacitação empresarial e,consequentemente, o acesso aos mercados. Até dezembro, o BB apoiava 206 APL, prestandoatendimento a 21,4 mil empreendimentos.

Maiores informações, veja o site www.bb.com.br/sustentabilidade

PROGRAMA ÁGUA BRASIL

O Banco do Brasil atua em defesa da causa “água” por meio de projetos no meio rural e no meiourbano, na comunicação e engajamento para a causa, no aperfeiçoamento de critériossocioambientais para financiamento e investimento do Banco e no desenvolvimento de novosnegócios.

Para conduzir as ações, pactuou-se uma parceria de cinco anos, prorrogáveis por mais cinco, com oWWF – Brasil, FBB – Fundação Banco do Brasil e ANA – Agência Nacional de Águas.

Ainda com relação ao tema água, o BB tornou-se signatário das plataformas CEO Water Mandate eWorld Water Council, fóruns de discussão em nível mundial visando à identificação e replicação demelhores práticas no consumo de recursos hídricos.

Maiores informações, veja o site www.bb.com.br/aguabrasil

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Relatório da Administração 2011

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DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO

O Banco do Brasil registrou lucro líquido de R$ 12,7 bilhões no exercício, resultado 12,4% superiorao registrado no mesmo período do ano anterior, com retorno anualizado sobre o patrimônio líquidode 21,6%. O lucro líquido por ação foi de R$ 4,43 no período.

Os ativos somaram R$ 966,8 bilhões, crescimento de 20,4% em 12 meses, com retorno sobre ativosde 1,4% no período. O patrimônio líquido alcançou R$ 63,3 bilhões, incremento de 16,3% em 12meses.

R$ milhões

DestaquesResultado¹ 2011 2010 ∆ 2010 (%)Lucro Líquido 12.737 11.330 12,4Receita Líquida de Juros após Provisão para Perdas 36.944 36.367 7,5Receitas com Empréstimos 58.910 48.339 21,9Receita Líquida de Tarifas e Comissões 15.162 13.603 11,5Resultado de Operações de Seguros e Previdência 2.399 1.928 24,4Despesas com Pessoal 16.634 14.634 13,7Despesas Administrativas 9.064 8.491 6,7Lucro Líquido por Ação (em R$) 4,43 4,17 6,2Retorno sobre Ativos 1,4 1,5 (0,1 p.p)Retorno sobre Patrimônio Líquido 21,6 23,9 (2,2 p.p)

R$ bilhõesPatrimoniais¹ Dez/11 Dez/10 ∆ Dez/10Ativos 966,8 802,8 20,4Empréstimos a Clientes 411,3 349,4 17,7Depósitos de Clientes 429,2 359,3 19,4

1 Itens baseados nas Demonstrações Contábeis Consolidadas em IFRS

DESEMPENHO DOS PAPÉIS

O BB encerrou 2011 com capitalização de mercado de R$ 67,9 bilhões. Na carteira teórica doIbovespa para o quadrimestre jan/12–abr/12 o Banco ocupa a 7ª posição, com 3,17% de participação.

As ações do Banco do Brasil (BBAS3) encerraram o exercício de 2011 cotadas a R$ 23,70,desvalorização de 24,6% em 12 meses, frente à desvalorização de 18,1% do Ibovespa.

A BBAS3 foi negociada em todos os pregões da BM&FBovespa, com volume médio diário de R$155,2 milhões no ano, contra R$ 125,1 milhões no exercício anterior, e permanece listada nascarteiras teóricas dos principais índices da bolsa: Ibovespa, Ibrx50, IGC, ISE e Itag.

A ação do Banco do Brasil foi listada mais uma vez no índice ISE da BM&FBovespa como resultadode uma gestão guiada pela Agenda 21 empresarial.

Em dezembro de 2011, o Programa de American Depositary Receipt–ADR Nível I do Banco do Brasilapresentou 13 milhões de recibos em circulação.

No período de abril a junho de 2011, ocorreu o exercício dos bônus de subscrição C (BBAS13)emitidos em 17.06.1996. Cada bônus garantiu o direito de subscrever 3,131799 ações. O exercíciodos bônus gerou 4.687.773 títulos que, após a homologação pelo Bacen, em 27 de outubro de 2011,foram convertidos em igual número de ações ON. Esse movimento resultou em elevação do capitalsocial do Banco em R$ 44,6 milhões.

O Banco do Brasil, alinhado à sua prática de reinvestimento de lucros e distribuição de resultado,mantém o payout de 40% do lucro líquido auferido sob a forma de dividendos e juros sobre o capital

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próprio – JCP, em periodicidade trimestral. Assim, no exercício 2011 foram destinados R$ 4,9 bilhõesaos acionistas, sendo R$ 1.848 milhões como dividendos e R$ 3.051 milhões na forma de juros sobreo capital próprio. Os 60% remanescentes do lucro foram destinados às reservas legal e estatutárias.

DESEMPENHO DOS NEGÓCIOS

RELACIONAMENTO COM CLIENTES

O Banco do Brasil encerrou 2011 com uma base de 56 milhões de clientes e 36,1 milhões de contascorrentes (33,9 milhões de contas Pessoa Física e 2,2 milhões de contas Pessoa Jurídica),crescimento de 0,5% em 12 meses.

BB 2.0 Programa de Transformação do Varejo

O “BB 2.0 Programa de Transformação do Varejo” congrega as principais iniciativas estratégicas queobjetivam consolidar e expandir a liderança do BB no varejo bancário brasileiro, com foco narentabilização da base de clientes, por meio do atendimento de excelência, conhecimento dosclientes (CRM), ampliação de relacionamento e negócios, eficiência em processos e aumento daoferta de conveniência pela adequação dos canais de atendimento, para melhor aproveitamento dasoportunidades de negócios existentes.

Dentre as principais ações realizadas no âmbito do Programa, ao longo do exercício, destacam-se:

a) conclusão da implantação do novo modelo de relacionamento com clientes pessoa física emtodas as agências do Banco, que promove a adequação do número de clientes sobresponsabilidade de cada gerente de relacionamento, com intensificação de contatos e negóciose melhoria no atendimento prestado;

b) treinamento da força de vendas na nova plataforma de negócios, ferramenta que racionaliza osprincipais processos de vendas e amplia o conhecimento sobre as oportunidades com o cliente,elevando a assertividade das ofertas;

c) implantação de modelos de propensão ao consumo para produtos bancários priorizados naoperação comercial de varejo;

d) racionalização dos processos de vendas, com o objetivo de mitigar riscos operacionais eaumentar a satisfação do cliente e a eficiência operacional;

e) configuração de 187 agências na nova ambiência de atendimento, que reforça atributos decomodidade e modernidade para os clientes e valoriza os espaços reservados para realizaçãode negócios;

f) construção do Plano Estratégico de Conveniência 2011/2015 que consolida a proposta deinvestimentos em canais físicos do BB para os próximos 5 anos;

g) capacitação e aperfeiçoamento de mais de 69 mil funcionários da rede de agências em práticasde negócios e atendimento (mais informações sobre capacitação constam do capítulo “Pessoas”deste relatório);

h) desenvolvimento de nova estratégia de relacionamento com clientes pessoas jurídicas atendidasno varejo (Micro e Pequena Empresa – MPE), passando a contemplar empresas comfaturamento bruto anual de até R$ 25 milhões;

i) adoção de um modelo de relacionamento diferenciado para clientes agroempresários, comatendimento personalizado, oferta de produtos e serviços específicos e consultoriaespecializada.

Em maio, o BB criou a Diretoria de Clientes Pessoa Física, com o objetivo de elevar os resultadosobtidos com a operação de varejo, assumindo a condução institucional de diversas ações originadas

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Relatório da Administração 2011

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no âmbito do Programa BB 2.0 e atuando de forma estratégica para garantir a visão cliente nas açõescomerciais e de relacionamento.

Para alinhar a oferta de produtos e serviços à propensão de consumo, em julho, foi instituída a OfertaAtiva Personalizada que apresenta ao cliente, via terminais de autoatendimento, a melhor oferta decrédito para sua necessidade. As informações são atualizadas diariamente, garantindo maiorassertividade na oferta, o que pode ser observado pela contratação de mais de 496 mil operaçõescom um volume de R$ 3,2 bilhões e valor médio contratado de R$ 6,5 mil, no período.

Em agosto, o BB promoveu a reestruturação da Diretoria de Micro e Pequenas Empresas, com focona melhoria do atendimento ao cliente MPE.

Nicho Universitário

O Banco do Brasil é a instituição financeira que apresenta a maior participação de mercado nosegmento jovem universitário, com 1,3 milhão de contas universitárias, correspondentes a 25% domercado.

Durante o ano de 2011, o BB realizou diversas ações em instituições de ensino superior públicas eprivadas, promoveu eventos esportivos e culturais e desenvolveu ações por meio das redes sociais –Twitter (@eufacoacontecer), Facebook - e do site www.eufacoacontecer.com.br, um espaçocolaborativo onde o jovem pode interagir com o BB, conhecer os eventos e participar de promoções.

Como agente financeiro do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior – FIES, o BBtem feito parcerias com universidades privadas, o que contribuiu para o resultado observado em2011, quando foram contratadas 46 mil operações, totalizando R$ 1,6 bilhão.

Gestão de Atendimento e Canais

O BB disponibiliza a seus clientes acesso à realização de negócios por meio de redes físicas(agências, postos de atendimento, terminais de autoatendimento e correspondentes) e virtuais(central de atendimento, internet, mobile banking e TV Digital) com uma visão de conveniência para ocliente onde cada ponto de atendimento atende às necessidades e dinâmicas de cada região.

Em sua rede física, o BB encerrou o ano com a maior quantidade de agências do Brasil, com 5.263unidades, além de contar com 13.733 correspondentes, mais de 8,5 mil postos de atendimento e omaior parque de terminais de autoatendimento da América Latina, com 43.602 máquinas próprias.Das agências e dos Postos de Atendimento Bancário – PAB do BB, 94,5% estão adaptados parapessoas com deficiência física.

Coerente com a estratégia de ampliar a presença em comunidades pacificadas, em 2011 o Bancoinaugurou agências no Morro do Alemão, Cidade de Deus e Rocinha, no Rio de Janeiro, contribuindopara a inclusão bancária e o desenvolvimento sustentável dessas localidades.

O BB é o único Banco com rede de agências especializada para atendimento ao setor público,presentes em todas as capitais e principais municípios do Brasil.

No exterior, o BB possui duas redes: própria, formada por 40 pontos de atendimento em 23 países, ecomplementar, formada por 1.048 bancos correspondentes em 133 países. Na América do Sul, apresença do BB é ampliada pela rede do Banco Patagonia, que agrega 172 pontos de atendimento.

Nos terminais de autoatendimento foram efetivadas aproximadamente 33,6% das operaçõesbancárias em dezembro. Para oferecer maior comodidade e conveniência, em 2011 forammodernizados 3.265 terminais e instalados mais de 250 novas máquinas. Nesses equipamentos, oBanco consolidou o uso de tecnologias como plataforma operacional Linux e monitores touch screen.Os canais automatizados responderam por 93,8% do total de transações em dezembro.

O Autoatendimento BB pela Internet fechou o exercício com a marca de mais de 1,6 bilhão detransações efetivadas, correspondendo a 34% do total das transações e mais de 12,5 milhões declientes aptos a utilizar o canal. O Gerenciador Financeiro, autoatendimento pessoa jurídica pela

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internet e pelo celular, alcançou 2,7 bilhões de transações, sendo utilizado por mais de 1,6 milhão deempresas.

No Autoatendimento BB pelo Celular foram realizadas 41 milhões de operações pelos mais de 1,8milhão de clientes que possuem o celular autorizado a efetuar transações bancárias. A partir de 2011o Banco disponibilizou novos aplicativos para acesso ao mobile banking BB por meio desmartphones, contemplando 87% das plataformas operacionais existentes para esse tipo deequipamento.

Na Central de Atendimento BB foram realizadas 226,8 milhões de transações no ano de 2011. Aofinal do exercício, 10,1 milhões de clientes estavam habilitados a utilizar o canal.

O exercício de 2011 também foi marcado por inovações no atendimento prestado aos clientes. Entreessas inovações, destacam-se:

a) disponibilização do acesso ao Gerenciador Financeiro e ao Autoatendimento Setor Público pormeio do iPhone e iPod Touch;

b) lançamento do portal mobile BB, totalmente inovador, com conteúdos dinâmicos, interatividade,links para as principais notícias do BB e acesso direto às redes sociais;

c) lançamento da solução de autoatendimento para TV Digital Aberta, a única no país;

d) lançamento, em parceria com uma fabricante de aparelhos televisores, de aplicativo para SmartTV que permite acesso a transações de autoatendimento BB, tais como consultas (saldos eextratos), simulação e contratação de CDC, aplicação e resgate em fundos de investimento eCDB;

e) BB Fluvial: em abril, o Amazonas foi o primeiro estado brasileiro a receber uma unidade docorrespondente bancário móvel fluvial, especializado no atendimento, integração e bancarizaçãoda população ribeirinha da Bacia Amazônica. Atualmente, existem quatro embarcações emoperação, sendo três no Amazonas e uma no Pará;

f) Espaço Banco do Brasil: em maio, o BB inaugurou no shopping Iguatemi Brasília, a primeira lojaconceito do setor financeiro nacional. O Espaço foi idealizado para ser local de experimentaçãoda marca, aproximando ainda mais o BB e seu cliente;

g) sala de conveniência BB em Nova Iorque: em julho, foi inaugurada a primeira sala deconveniência no exterior, oferecendo atendimento personalizado aos clientes pessoa física, emportuguês e inglês;

h) BB Móvel: lançado em agosto, esse correspondente bancário móvel terrestre foi desenvolvidopara atender clientes em praças ou comunidades desassistidas de atendimento bancário, feiras,eventos e em cidades atingidas por catástrofes climáticas;

i) conclusão do Teste Piloto de Compartilhamento das Redes Externas de Terminais deAutoatendimento, do qual participaram Banco do Brasil, Banco Bradesco e Banco Santander,com o objetivo de avaliar a atratividade para os clientes das instituições, bem como os impactostecnológicos e as implicações operacionais relativamente ao tema;

j) formalização, para atuar em todo o Brasil, da parceria entre o BB e a empresa operadora deprogramas de fidelização Dotz, oferecendo aos clientes do BB mais alternativas e maiorvelocidade no acúmulo de pontos.

O atendimento pelas redes sociais, Twitter com o perfil @maisbb e com a página Mais Banco doBrasil no Facebook, mostrou-se eficiente e tem atraído cada vez mais clientes.

Em 2011, destaca-se a aquisição, pelo Banco do Brasil, do direito de ser parceiro da EmpresaBrasileira de Correios e Telégrafos para o serviço de correspondente bancário através do BancoPostal. A operação permitirá ao BB antecipar a estratégia de estender seus pontos de atendimentoem todo o País e estar em 100% dos municípios brasileiros até 2015. Com o acordo, essa metadeverá ser atingida em 2012. Hoje, o Banco está presente em 5.378 municípios, com 53.057 pontosde atendimento. Os Correios possuem 6.192 agências com o Banco Postal e estão presentes em95% dos municípios brasileiros.

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O compromisso com os direitos do consumidor e com o bom atendimento é manifestado pelatransparência e objetividade nas relações com clientes. O BB informa de maneira clara e direta astaxas e tarifas praticadas. Os funcionários recebem treinamentos específicos para melhorar oatendimento, tais como “Linguagem Brasileira de Sinais–Libras” e “Código de Defesa doConsumidor”.

Como evidência da importância que o Banco do Brasil dá ao tema atendimento ao cliente, em 2011foram contratados 8.754 novos funcionários, sendo 7.838 direcionados diretamente ao atendimentoem nossas agências.

Parcerias com Clientes Governo

O Banco do Brasil é um dos principais agentes financeiros dos Governos Federal, Estaduais eMunicipais na implantação de políticas públicas, projetos e programas, para impulsionar odesenvolvimento do país.

Atualmente, além das parcerias com o Governo Federal, o Banco do Brasil é o agente financeiro de16 Estados, 16 Capitais e mantém negócios com a maioria dos municípios do país, oferecendosoluções específicas para a administração pública. Dentre os principais produtos e serviços,destacam-se em 2011:

a) Pagamento de Benefícios: foram realizados, por meio de cartão específico e crédito em conta,pagamentos de mais de R$ 7 milhões/mês de benefícios de diversos programas do governo;

b) Licitações: atualmente, o Licitações-e é um importante instrumento de compras eletrônicasutilizado por estados e municípios. Por meio deste sistema foram realizadas no ano 50,3 milprocessos licitatórios no valor total de R$ 17 bilhões;

c) Autoatendimento Setor Público – AASP: no ano foram realizadas 226,3 milhões de transaçõesno AASP num total de 18,9 mil usuários. O Banco disponibilizou acesso ao AutoatendimentoSetor Público por meio de iPhone/iPod Touch e aparelho celular/smartphone com o sistemaAndroid. A nova forma de acesso segue estritamente os padrões de segurança do Banco e asmesmas formas de autenticação do Autoatendimento Setor Público via internet;

d) Estado de São Paulo: a rede especializada no atendimento exclusivo para os clientes Governono estado de São Paulo foi ampliada, abrangendo o segmento Estadual, Municipal e PoderJudiciário. Foram inauguradas novas agências Setor Público em Bauru e Ribeirão Preto, alémdas já existentes em Campinas e na Capital. Houve ainda a reorganização no atendimento àsPrefeituras e demais entes públicos municipais do Estado de São Paulo, em função daincorporação do Banco Nossa Caixa. Tal movimento caracterizou a designação de agênciasespecíficas para o relacionamento com os gestores municipais, envolvendo cerca de 2.118contas.

Institutos de Previdência (Regimes Próprios de Prev idência Social – RPPS)

O Banco do Brasil é a instituição financeira com a maior participação de mercado na captação derecursos do segmento Regime Próprio de Previdência Social.

Foi ampliado o atendimento personalizado a esse segmento para prestação de serviçosprevidenciários e assessoria financeira qualificada por meio de fundos de investimentos exclusivos esoluções estruturadas.

Em 2011, o Banco atuou com foco no apoio às políticas de governo direcionadas para asustentabilidade e desenvolvimento da previdência do servidor público, com destaque para o acordode cooperação com o Ministério da Previdência Social - MPS no fomento a criação de RegimesPróprios de Previdência Social,

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INTERNACIONALIZAÇÃO

O BB iniciou o projeto de centralização organizacional de suas unidades do continente europeu emViena (Áustria). O processo já conta com a aprovação das autoridades reguladoras locais e buscaaprimorar a estrutura de governança existente. Adicionalmente, foi concluída a implementação de umcentro de suporte aos negócios em Portugal, visando ao atendimento a todas as unidades na Europa.

Em continuidade ao projeto de expansão no exterior, o Banco do Brasil obteve:

a) autorização do Bacen, em outubro, para transformação do escritório de representação BBXangai (China) em agência, o que permitirá a ampliação das atividades negociais do Banconaquele país;

b) autorização do Bacen, em dezembro, para instalação do escritório de representação do BB emBogotá (Colômbia). A abertura da dependência proporcionará ao Banco a possibilidade deaprofundar o conhecimento do mercado local e confirmar as oportunidades de negócios,permitindo, ao mesmo tempo, ganhar expertise e inserir-se no mercado de forma gradual.

CAPTAÇÕES

O Banco do Brasil, registrou R$ 429,2 bilhões em Depósitos de Clientes ao final de 2011, 19,4% decrescimento frente ao mesmo período do ano anterior, o que reflete a confiança dos clientes no BB.Destaque para os depósitos a prazo e em poupança que cresceram 27,9% e 12,1%,respectivamente, nos últimos 12 meses.

No exterior, os depósitos atingiram R$ 20,0 bilhões ao final do exercício de 2011, variação de R$ 8,6bilhões ou 75,1% em relação ao exercício anterior. Destaque para o volume captado em depósitos aprazo no exterior, que atingiram o volume de R$ 13,7 bilhões, crescimento de 78,8% em relação a2010.

ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS DE TERCEIROS

A BB Gestão de Recursos – BB DTVM, subsidiária integral do Banco do Brasil, é signatária dosPrincípios para o Investimento Responsável – PRI da Organização das Nações Unidas – ONU, e nãoadquire participação em empresas que desrespeitam princípios relativos à preservação ambiental eaos direitos humanos e do trabalho.

A fim de qualificar o seu portfólio de produtos frente aos clientes Private, a BB DTVM criou o Fundode Investimento Multimercado Global Acqua - que investe parte de seu patrimônio em empresasbrasileiras e globais ligadas ao setor de água, o BB Multimercado LP Allocation Private, o BBMultimercado LP Allocation Plus Private e o BB Multimercado LP Allocation Advanced Private etambém os fundos BB Estratégia 6, 7, 8, 9 e 10.

Também visando à sustentabilidade, a gestora lançou no mês de março o fundo BB MultimercadoBalanceado LP Jovem e remodelou o BB Ações Índice de Sustentabilidade Empresarial Jovem,ambos direcionados ao público jovem, os quais destinam 20% da taxa de administração para oPrograma Água Brasil, por intermédio da Fundação Banco do Brasil. Na mesma linha, em agosto,lançou-se em conjunto com o Votorantim a primeira família de Fundos de Investimento deParticipações em Infraestrutura (FIPs-IE): BB Votorantim Energia Sustentável I, II, III. Esses portfóliosaplicam no setor de energia renovável.

Seguindo as tendências do mercado, iniciou-se em novembro a captação de duas novas opções defundos de capital protegido: o BB Multimercado Capital Protegido Commodities Agrícolas II LP Privatee o BB Multimercado Capital Protegido Índices Globais LP Private, criados especialmente paraatender aqueles investidores que buscam diversificação de seus investimentos com proteção docapital. O primeiro tem como objetivo principal obter ganho com uma cesta de commodities (soja,milho e açúcar) e o segundo, com uma cesta Global de índices de ações (Ibovespa, S&P 500 e EuroStoxx 50). Ambos têm seu maior diferencial na sua estrutura, que atribuirá pesos diferentes para cadaativo que compõe a cesta.

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EMPRÉSTIMOS A CLIENTES

Os empréstimos a clientes encerraram o exercício de 2011 com saldo de R$ 411,3 bilhões,apresentado evolução de 17,7% em relação ao mesmo período de 2010.

Em 2011, as operações com pessoas físicas mantiveram destaque no total de empréstimos aclientes, com saldo de R$ 108,3 bilhões, representando 26,3%, mesmo após a adoção de medidasmacroprudenciais pelo Bacen no final do ano de 2010, que reduziram a expansão do crédito apessoas físicas.

O crédito imobiliário no BB manteve a tendência de crescimento, encerrando 2011 com saldo de R$6,1 bilhões, evolução de 107,2% em relação a 2010. Nos últimos 12 meses foram liberados 22.678contratos para pessoas físicas e 119 para pessoas jurídicas.

As operações com indústria e comércio registraram saldo de R$ 165,5 bilhões ao final de 2011,crescimento de 12,5% em relação a 2010.

No atendimento às micro e pequenas empresas, o Banco do Brasil manteve-se como importanteparceiro do segmento. Ao final de dezembro/2011, o BB possuía 2,11 milhões de clientes micro epequenas empresas. Nas operações de capital de giro com micro e pequenas empresas, o Banco doBrasil utilizou amplamente o Fundo de Garantia de Operações – FGO, como forma de mitigar o riscode crédito das operações. Ao final de 2011, havia 428,6 mil operações com cobertura do FGO.

Em 2011, o BB foi a primeira instituição financeira a emitir o Cartão BNDES nas duas principaisbandeiras, Visa e Mastercard. O Banco mantém a liderança do Cartão BNDES em quantidade decartões emitidos e quantidade de transações.

O BB 73,5 mil operações com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste –FCO e atendeu a 466 municípios da região.

No exercício de 2011 foram financiadas a construção de 50 embarcações e 4 estaleiros, por meio doFundo da Marinha Mercante – FMM.

Agronegócios

A operações de agronegócios encerraram o exercício com saldo de R$ 68,1 bilhões. Esse montanterepresenta um incremento de 17,4% em relação ao ano de 2010.

O modelo de atendimento especializado ao produtor rural da agricultura empresarial abrange todo oPaís. Com isso, as maiores regiões produtoras foram contempladas pelo novo modelo deatendimento, totalizando 47,5 mil produtores, distribuídos em 323 estruturas com Gerentesespecializados no mercado agronegócios. Além disso, cerca de 1.700 produtores rurais do segmentoPrivate também foram beneficiados com um modelo de relacionamento e atendimento diferenciados,com a criação de 53 carteiras. Tais medidas possibilitam ao Banco a sua manutenção na vanguardado agronegócio nacional, alinhado às melhores práticas de mercado no relacionamento com osprodutores de diferentes segmentos, agregando receitas e melhores negócios.

Esse desempenho ratifica o Banco do Brasil como o maior parceiro do agronegócio brasileiro,contribuindo para o crescimento da produtividade e competitividade dos produtos agropecuáriosnacionais e das exportações do agronegócio, setor responsável pelo superávit da balança comercialbrasileira.

Comércio Exterior

Com relação à atuação no mercado de câmbio financeiro, destaca-se o cartão pré-pago em moedaestrangeira Ourocard Visa Travel Money, que em seu primeiro ano de comercialização, já atingiu 43%do volume total das vendas de câmbio destinadas a viagens internacionais (câmbio manual).

Os serviços on-line de câmbio e comércio exterior continuam apresentando recordes: 67,5% doscontratos de câmbio de exportação e 48% dos de importação foram realizados via internet. O Banco

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oferece, ainda, serviços de capacitação em negócios internacionais, sendo treinadas 7.046 pessoasem todo o País no exercício.

Em outubro, houve a renovação, por mais cinco anos, do convênio de cooperação entre o BB eMinistério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – MDIC, com vistas à operacionalizaçãodos serviços de comércio exterior.

Para apoiar as empresas brasileiras que se internacionalizaram e acompanhar a ampliação do fluxocomercial brasileiro, o BB continua a ampliar sua presença no mundo. Está presente nas Américascom agências na Argentina, Bolívia, Chile, Estados Unidos e Paraguai e com escritórios derepresentação na Venezuela, Peru, Uruguai, México e Panamá. Na Europa, o BB atua por meio desuas unidades na Alemanha, Áustria, Espanha, França Itália, Portugal e Reino Unido. Está presentena Ásia com 7 pontos de atendimento no Japão e escritórios em Seul, Xangai e Hong Kong. Tambémestá na África e no Oriente Médio com escritórios em Angola e nos Emirados Árabes Unidos.

Qualidade das Operações de Empréstimos a Clientes

O risco médio das operações de empréstimos a clientes (empréstimos a clientes sobre provisão)atingiu 3,0% em 2011, contra 3,2% no ano anterior. O Banco do Brasil adotou, em janeiro de 2011,novas medidas para expansão qualificada de negócios com clientes de menor risco. Uma delasconsiste em identificar na base de clientes pessoa jurídica aqueles com menor risco potencialutilizando-se, inclusive, de dados de fontes externas. Os parâmetros de cálculo do limite de créditopara esses clientes foram ajustados para permitir acesso a um volume de operações mais adequadoao risco apresentado. Nesse período, o Banco também ampliou a utilização de ferramentas paraqualificação do perfil de clientes com operações inadimplidas, o que permitiu o refinamento dasestratégias de cobrança.

CARTÕES

Consolidando a posição de vanguarda no mercado de cartões, o BB lançou em 2011 o OurocardBônus Celular, o Ourocard Elo, o Ourocard personalizável com imagens à escolha do portador, oOurocard Visa Rio, com imagens promocionais do filme Rio, o Ourocard Crediário e o Ourocard“Origens”, um cartão temático de plástico reciclado cujo valor de aquisição é parcialmente revertidoao plantio de árvores para recuperação de matas ciliares no bioma Mata Atlântica.

O BB lançou em 2011 o Ourocard Pré-pago Recarregável e o Ourocard Transportador Visa Cargo,um cartão pré-pago que permite que transportadoras e embarcadoras carreguem valores parapagamento de parcelas de frete, combustível e despesas de viagem, servindo também comomoedeiro eletrônico para recebimento do vale pedágio.

Com o lançamento de produtos e soluções inovadoras o BB aproxima-se cada vez mais de seusclientes, sendo eleito o cartão preferido dos brasileiros segundo pesquisa Cardmonitor/InstitutoMedida Certa e o melhor cartão de crédito pela pesquisa CVA Solutions.

RESULTADO COM OPERAÇÕES DE SEGURO E PREVIDÊNCIA

Os negócios com seguros e previdência complementar agregaram ao resultado do Banco, em 2011,R$ 2,4 bilhões, o que representa incremento de 24,4% em relação a 2010. Este resultado espelha oíndice de seguridade, que é a participação do resultado de operações de seguros e previdênciacomplementar no lucro líquido do Banco do Brasil, que alcançou 18,8% em 2011.

A partir de junho de 2011, o BB e o Grupo Mapfre passaram a atuar de forma unificada. Com essaestratégia, foram constituídas duas novas empresas, a BB Mapfre SH1, empresa seguradora dossegmentos vida, habitacional e rural e a Mapfre BB SH2, empresa seguradora dos segmentosautomóveis e patrimoniais.

Já como resultado da parceria estratégica e da integração entre o BB e a Mapfre, foram lançadasduas soluções em proteção: o Novo BB Seguro Auto, disponível para comercialização em toda a redeBanco do Brasil e o BB Seguro Agrícola Faturamento, inicialmente disponível para a soja, e quepossui mecanismo de proteção contra variações de preço da commodity no mercado.

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MERCADO DE CAPITAIS

O Banco do Brasil atua no mercado de capitais doméstico por meio do BB Banco de InvestimentoS.A. – BB-BI. Em 2011 foram 64 emissões de títulos de renda fixa. No segmento de securitizaçãoforam 5 emissões de Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios–FIDC, 4 de Certificados deRecebíveis Imobiliários–CRI.

No mercado de capitais internacional, o BB, por meio de suas corretoras externas BB Securities Ltd(Londres) e Banco do Brasil Securities LLC (Nova Iorque), atuou em 16 das 60 operações decaptação externa realizadas por empresas, bancos e governo brasileiro, das quais 12 com status de“lead-manager” e 4 como “co-manager”.

Com o objetivo de atrair mais investidores no mercado asiático, o BB anunciou em 2011 que vaiinaugurar, em 2012, uma nova BB Securities em Cingapura. Atualmente a região representa 5% doscompradores dos títulos colocados pelo Banco no exterior.

Na indústria de private equity, o BB-BI atua desde 2004 como investidor e, atualmente, é cotista de13 fundos. A partir de 2007, passou a prestar serviços de assessoria econômico-financeira a Fundosde Investimento em Participações, atuando como assessor em 4 fundos investidos.

SERVIÇOS

A BB Administradora de Consórcios encerrou 2011 com uma carteira de 347 mil cotas ativas,crescimento de 66,1% em 12 meses. Destaque para o segmento de automóvel, que cresceu 85,1%,atingindo 311,7 mil cotas em dezembro. No ano foram comercializadas 168 mil novas cotas deconsórcio. O Débito Direto Autorizado (DDA) somou 1,2 milhão de sacados eletrônicos, 18% departicipação de mercado e mais de 99 milhões de boletos apresentados eletronicamente. Esseserviço dispensa a impressão de boletos, medida que contribui para a redução do uso de papel e,consequentemente, beneficia o meio ambiente.

PRODUTOS E SERVIÇOS COM APELO SOCIOAMBIENTAL

O Banco do Brasil possui amplo portfólio de produtos e serviços financeiros com apelosocioambiental, que vai desde títulos de capitalização que destinam parte da taxa de administraçãopara projetos socioambientais, até linhas de crédito que apoiam a modernização de parquesindustriais por meio do financiamento a máquinas e equipamentos ecoeficientes.

Em abril o BB lançou o Cheque Especial PF 10 dias sem juros. O novo produto isenta a cobrança dejuros dos clientes e funcionários que utilizarem o limite do cheque especial por período igual ouinferior a 10 dias, corridos ou alternados, considerando o período de vigência da parcela de encargos.Para tanto o cliente ou funcionário deve aderir a um dos Pacotes de Serviços Bônus Ambiental. Alémdo benefício de isenção na taxa de juros, parte da receita auferida (até 5%) com as tarifas dosPacotes de Serviços Bônus Ambiental será destinada ao Programa Água Brasil.

No mês de setembro o Banco do Brasil iniciou sua atuação de forma direta no Microcrédito ProdutivoOrientado - MPO, oferecendo linhas de microcrédito voltadas para empreendedores informais eformais (Empresários Individuais - EI e Microempresas) com faturamento anual de até R$ 120 mil.

O Banco do Brasil atua com MPO em todo país, por meio de sua rede de agências, e já conta commais de 26,5 mil funcionários capacitados para atender e orientar os empreendedores. Em poucomais de três meses de funcionamento o MPO beneficiou mais de 34,8 mil empreendedores em todo oPaís.

INVESTIMENTO SOCIAL

As ações de investimento social são realizadas diretamente pelo BB ou pela Fundação Banco doBrasil – FBB. A FBB investiu na reaplicação de tecnologias sociais nas áreas de geração de trabalhoe renda e educação, promovendo o protagonismo social, a solidariedade econômica com cuidadoambiental e respeito às culturas locais. O montante foi prioritariamente direcionado aos segmentospopulacionais da base da pirâmide social, quais sejam os excluídos socialmente ou em risco de

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exclusão, priorizados em políticas públicas, entre os quais se incluem comunidades de agricultoresfamiliares, assentados da reforma agrária, quilombolas, indígenas e catadores de materiaisrecicláveis em todo o País.

Por meio do programa de patrocínios, das atividades dos Centros Culturais e de iniciativas da FBB, oBanco prioriza incentivos às artes plásticas e audiovisuais porque, além do caráter educativo, estasatividades despertam vocações e geram emprego e renda. Em 22 anos de atuação, os CentrosCulturais Banco do Brasil - CCBB acumularam um público comparável aos maiores museus domundo. Apenas em 2011, receberam mais de 4,5 milhões de visitantes, com 5.146 apresentações demúsica, dança, teatro, entre outros. Com atividades gratuitas ou a preços populares, eventos voltadosa pessoas com deficiência e um amplo programa educativo, a acessibilidade e a democratização dacultura têm sido uma das diretrizes de atuação dos CCBB.

Entre as ações em curso do BB e da FBB destacam-se:

a) Programa Voluntariado do BB – em 2011 o Programa de Voluntariado do BB completou 10 anose encontra-se em fase de revitalização, com a implementação de um conjunto de ações voltadaspara aprimorar e ampliar sua atuação em prol do desenvolvimento do País, tendo o combate àpobreza extrema como um de seus eixos. Encontravam-se cadastrados como voluntários do BB,mais de 5 mil funcionários, ao final de 2011. Foram apoiados 134 projetos de entidades sociaisque contam com apoio de voluntários do BB;

b) Programa Aprendiz Banco do Brasil e Estágio de Estudantes – 5.551 adolescentes de baixarenda capacitados em 2011 e 8.567 estagiários desenvolvendo atividades curriculares nasdependências do BB;

c) Programa de Inclusão Digital – mais de 3,3 mil pontos de inclusão digital instalados,compreendidos os telecentros advindos do Programa Inclusão Digital do Banco do Brasil(PIDBB) e as Estações Digitais. Em abril foi feita a migração do Programa de Inclusão Digital doBB – PIDBB para a FBB e foi criado o Programa de Inclusão e Transformação Social por meioda doação de computadores substituídos. Dessa forma, o Banco do Brasil visa conferir benefíciosocial ao descarte dos equipamentos, com maior integração das ações e soluções, visibilidade ealavancagem ao programa;

d) Patrocínio ao Esporte – projetos sociais e ações promocionais participativas; arrecadação dealimentos nos eventos esportivos; e escolinhas de vôlei e de tênis para comunidade local dassedes dos eventos;

e) Banco de Tecnologias Sociais – 1.116 tecnologias inscritas em 2011;

f) Programa AABB-Comunidade – em 2011, aproximadamente 52,3 mil crianças e adolescentesparticiparam de ações de complemento educacional em 403 municípios de todas as regiões doPaís.

Maiores informações no site www.fbb.org.br.

GESTÃO CORPORATIVA

GOVERNANÇA CORPORATIVA

Na estrutura de governança corporativa do Banco do Brasil estão presentes o Conselho deAdministração, assessorado pelo Comitê de Auditoria e pela Auditoria Interna, e a Diretoria Executiva,composta pelo Conselho Diretor (presidente e 9 vice-presidentes) e por 26 diretores estatutários. OBB mantém ainda, em caráter permanente, um Conselho Fiscal.

Em todos os níveis do Banco as decisões são tomadas de forma colegiada. Com o propósito deenvolver os executivos na definição de estratégias e aprovação de propostas para os diversosnegócios do BB, a administração utiliza comitês, subcomitês e comissões de nível estratégico, quegarantem agilidade e segurança ao processo de tomada de decisão. Dentre os instrumentosutilizados para a garantia da boa governança, também se destacam o Código de GovernançaCorporativa e o Código de Ética.

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Como boa prática de governança corporativa, o Banco instituiu instrumentos para avaliar odesempenho do Conselho de Administração, do Comitê de Auditoria e da Diretoria Executiva, deforma a subsidiar a realização de diagnósticos internos e a identificação de ações para aprimorar suaatuação.

RELACIONAMENTO COM O MERCADO

O BB divulga suas atividades ao mercado com o maior detalhamento possível, de forma tempestiva esem perder a qualidade nas informações prestadas. O relacionamento com o mercado ocorreprincipalmente por meio da Unidade Relações com Investidores, que integra a Vice-presidência deGestão Financeira, Mercado de Capitais e Relações com Investidores, reorganizada em 2011 com ointuito de garantir maior integração das áreas de Contabilidade, Controladoria e Finanças,responsáveis pela gestão financeira do Banco. A medida alinhou o BB aos preceitos de reguladoresnacionais e internacionais.

Adicionalmente, a Vice-presidência de Crédito, Controladoria e Risco Global passou a denominar-seVice-presidência de Controles Internos e Gestão de Riscos, agrupando sob sua gestão as Diretoriasde Crédito, Gestão de Riscos, Reestruturação de Ativos Operacionais, Controles Internos, Gestão daSegurança e Jurídica. A alteração visa garantir maior integração da gestão de riscos e dos controlesinternos do Banco, aprimorando a eficiência dos processos e a eficácia dos instrumentos deidentificação e mitigação de riscos.

Além da ampla gama de relatórios e de informações disponibilizadas à CVM e no site de RI, o BBadota a postura de convidar o mercado para conferências sempre que a Administração entende sernecessário clarificar temas específicos sobre a Empresa. Participa ainda das reuniões realizadas pelaApimec e outros eventos com acionistas. No exercício de 2011, o BB participou de 145 encontroscom investidores e analistas no País, 20 conferências e promoveu 8 teleconferências de resultadocom analistas e investidores, além dos mais de 400 atendimentos telefônicos.

Em novembro, o Banco realizou o 2º Banco do Brasil Day (BB Day), que contou com 48 participantesentre analistas sell e buy sides, onde foram debatidos os negócios de Cartões, Seguridade e CréditoVarejo

Em dezembro, o BB realizou em São Paulo seu III Painel de Stakeholders, que contou com apresença de funcionários, clientes, acionistas, fornecedores, especialistas em relatórios corporativose representantes do governo e da sociedade. Essa prática atende às orientações do modelo dereporte adotado pelo Banco do Brasil (Global Report Initiative - GRI) e permite a revisão dasinformações disponibilizadas pelo Banco de acordo com o que seus públicos consideram importantee relevante na relação com a Empresa, agregando valor à marca BB.

O BB disponibiliza informações atualizadas para o mercado no site de Relações com Investidores(bb.com.br/ri).

OUVIDORIA EXTERNA

As demandas recepcionadas pela Ouvidoria BB retratam livremente experiências vividas pelosconsumidores. Após análise imparcial e isenta, transformam-se em insumos para eventuais melhoriasde produtos, serviços, processos e canais do Banco do Brasil.

Em 2011, a Ouvidoria BB apresentou ao Conselho de Administração do BB 44 proposições demelhorias sobre diversos produtos e serviços do Banco do Brasil.

A Ouvidoria BB busca também integração com as principais entidades de defesa dos direitos doconsumidor, órgãos reguladores e de fiscalização, para diálogo, aperfeiçoamento deposicionamentos, implementação de ações partilhadas e fortalecimento da cultura de ouvidoria e derespeito aos consumidores.

Mais que atender às determinações legais, a Ouvidoria BB representa o comprometimento do Bancodo Brasil com as boas práticas de mercado, em respeito aos direitos dos consumidores e a buscaconstante por aprimoramento e melhoria de seu relacionamento com os diversos públicos atendidos.

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PROCESSOS INTERNOS

Gestão de Riscos

No Banco do Brasil a gestão de riscos é realizada de forma colegiada e segregada das unidades denegócios. As políticas de riscos e de crédito são aprovadas pelo Conselho de Administração doBanco e materializam-se em limites globais de exposição a riscos, os quais são definidos pelo Comitêde Risco Global – CRG, um fórum composto pelo presidente e por vice-presidentes. As ações paraimplantação e acompanhamento das diretrizes emanadas do CRG são conduzidas pelos Subcomitêsde Riscos de Crédito, Mercado e Liquidez e Operacional.

No âmbito de riscos de mercado, o Banco do Brasil revisou, em 2011, os procedimentos de controle,monitoramento e acompanhamento dos limites globais das carteiras de títulos destinados ànegociação e não-negociação, além de revisar o manual corporativo de metodologias para cálculo defluxo de caixa futuro dos produtos comerciais.

Buscando aperfeiçoar o processo de gerenciamento de risco de mercado, em conformidade com aCircular Bacen 3.478 de 24/12/2009, foram realizados diversos aprimoramentos ao longo do ano,dentre eles destacam-se:

a) metodologia de apuração: definição do período de manutenção (holding period) de 10 dias úteisna métrica de Value at Risk – VaR, para fins de ajuste de liquidez;

b) testes de estresse: implementação de testes de estresse periódicos, retrospectivos eprospectivos para a carteira de negociação e para os fatores de risco das parcelas de exigênciade capital;

c) backtest: implementação do teste de aderência (backtesting), permitindo a comparação dosresultados efetivos e hipotéticos diários do VaR, para todas as operações de forma conjunta esegmentada;

d) processo de apuração de novos produtos: implementação da nova ferramenta Controle eAvaliação de Riscos de Produtos, Serviços e Canais de Atendimento – Carps pela Diretoria deControles Internos, na qual o gestor deve avaliar os riscos e implementar controles, com o auxíliodas áreas envolvidas no processo; e

e) Infraestrutura tecnológica: migração do ambiente de produção de informações para gestão dorisco de mercado de sistemas departamentais para sistemas corporativos.

Relativamente ao risco de liquidez, em 2011, o Banco do Brasil revisou os modelos e metodologiasaplicadas, com destaque para o Plano de Contingência de Liquidez, Cenário de Estresse, Indicadorde Disponibilidade de Recursos Livres e Reserva de Liquidez; e participação ativa nos estudos deimpacto quantitativo (QIS) dos novos requisitos de risco de liquidez, previstos em Basiléia III econduzidos pelo Bacen.

Para a gestão de risco de crédito, o BB utiliza metodologias proprietárias de classificação de risco declientes, as quais estão em consonância com as melhores práticas de mercado e com os conceitosintroduzidos pelo Acordo de Basileia, considerando os aspectos cadastrais (credit score), o históricode crédito (behaviour score) com o Banco e o mercado, assim como a utilização de produtosbancários. Em 2011 o BB fez importantes investimentos em soluções de tecnologia da informação(TI) para suportar seu processo de gestão de risco de crédito, sendo que as novas ferramentas já seencontram em fase de instalação.

Com relação à implementação da abordagem baseada em classificações internas de Basileia II pararisco de crédito, o Banco possui projeto estratégico com a responsabilidade de construir as bases dedados, desenvolver os modelos de parâmetros de riscos e os processos de validação, assegurando aintegração com a gestão e respectiva documentação.

Paralelamente aos padrões de concessão de crédito, o Banco do Brasil mantém estratégias decobrança e recuperação de crédito baseadas em modelos estatísticos que indicam, a partir do perfilidentificado de cada cliente, quais os canais mais adequados e o modelo de relacionamento maiseficaz para a solução da inadimplência no crédito.

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Para gerenciar o risco operacional, o Banco do Brasil, aderente às melhores práticas de mercado,monitora as perdas operacionais utilizando-se de base de dados interna sistematizada, limites deexposição e indicadores-chave de risco, além de matriz de risco para avaliar serviços terceirizadosrelevantes.

Buscando a contínua melhoria do processo de gestão do risco operacional, em 2011 o BB revisousuas políticas de gerenciamento de risco operacional e os limites específicos para perdasoperacionais que englobam aquelas relacionadas a “problemas trabalhistas”, “falhas nos negócios”,“falhas em processos”, “fraudes e roubos externos” e "fraudes internas", com o objetivo de imprimirmaior agilidade na proposição de ações de mitigação.

O Banco aprovou, ainda, plano de candidatura visando à adoção da abordagem avançada e aoaprimoramento da gestão do risco operacional, buscando, dessa forma, uma melhor alocação de seucapital à realidade dos seus negócios.

Dentre as ações que têm por objetivo a preparação para o uso da abordagem avançada, destaca-sea participação do Banco na elaboração de biblioteca sobre cenários do Consórcio ORX – OperationalRiskdata eXchange Association.

O Banco utiliza a Recomendação Técnica de Risco–(RTR), emitida às áreas gestoras de processosou produtos quando identificada a necessidade de adoção de ação de mitigação de perdas. Em 2011foram emitidas 45 RTR e implementadas 53 medidas corretivas pelas áreas gestoras. Além das RTR,o BB também utiliza Recomendações Técnicas de Controle–RTC, Recomendações Técnicas deSegurança–RTS, bem como as recomendações das auditorias interna e externa.

Em relação ao Pilar II de Basiléia II, com o objetivo de assegurar suficiência de capital para suportaras estratégias e seus riscos subjacentes e para atender aos normativos vinculados à regulaçãobancária prudencial, o Banco do Brasil, ao longo do exercício de 2011, revisou indicadores demonitoramento e aprimorou o processo de planejamento de seu capital.

O Banco possui fórum específico de gerenciamento de capital no qual são avaliados os potenciaisimpactos das alterações nos ambientes mercadológico e regulatório sobre as projeções realizadas,as decisões estratégicas e seus desdobramentos, com foco na otimização da gestão e adequação daexposição a risco. Quanto aos aspectos regulatórios, o Banco iniciou implementação dos requisitosprevistos na Resolução CMN nº 3.988/11 para a estrutura de gerenciamento de capital e para oProcesso Interno de Avaliação da Adequação de Capital (Icaap) da Circular Bacen nº 3.547/11.

Para fins de conformidade com o Pilar III de Basiléia II, relativo à redução de assimetria deinformação e favorecimento da disciplina de mercado, o Banco do Brasil publicou as informaçõesrequeridas sobre gestão de riscos, Patrimônio de Referência Exigido e Patrimônio de Referência,conforme disposto na Circular Bacen nº 3.477/2009.

As políticas de gestão de risco do Banco do Brasil estão disponibilizadas no site bb.com.br/ri.

Controles Internos

Com o objetivo de fortalecer os processos empresariais relacionados à geração e divulgação deinformações ao mercado, foram implementados, no decorrer do ano, mecanismos que buscamassegurar a eficácia dos controles, em consonância com o que dispõe a Instrução CVM 480/09.

Para o lançamento de novos produtos no mercado, o Banco conta com sistema e instrumentos paramonitoramento das fases de prospecção, desenvolvimento, implementação e acompanhamento, osquais passaram por aprimoramentos no exercício de 2011, com o objetivo de conferir maiorsegurança a esse processo.

Foi implantada, no decorrer do ano, nova forma de atuação da administração junto às dependênciasno exterior, com a utilização de novos instrumentos de avaliação dos controles existentes nessasUnidades.

As Unidades da rede de distribuição e as Unidades de Apoio são assessoradas pelas GerênciasRegionais de Controles Internos no processo de identificação de causas das não-conformidades

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verificadas nos processos objeto de avaliação, na implementação de ações de melhoria edisseminação da cultura de controles internos.

O Banco realiza avaliação da eficácia dos controles internos relacionados às demonstraçõescontábeis consolidadas encerradas em cada exercício. Com relação às demonstrações contábeisencerradas em 31 de dezembro de 2011, concluiu-se, com razoável grau de segurança, que oscontroles internos do Banco do Brasil são adequados ao porte do Banco, à complexidade dosnegócios e aos riscos a que está exposto.

Prevenção e Combate à Lavagem de Dinheiro e ao Fina nciamento doTerrorismo–PLD/FT

Para o Banco do Brasil, prevenir e combater a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo,além de obrigação legal, é uma responsabilidade social e um compromisso com o País. Em suapágina na internet, o Banco divulga as políticas adotadas para prevenir e combater tais práticas.

O Banco investe, permanentemente, no aprimoramento dos mecanismos para prevenção e combateà lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo e na capacitação de seus funcionários. Aofinal de 2011, 10.484 funcionários participaram de treinamentos presenciais e 17.719 possuíam acertificação interna em Prevenção e Combate à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento doTerrorismo. Os treinamentos e certificações do Banco são certificados com o Selo Enccla – EstratégiaNacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro conferido pelo Ministério da Justiça.

Segurança de Canais de Atendimento

O ano de 2011 foi significativo para o setor de segurança em canais de atendimento. O Banco deuinício a vários projetos estratégicos que proporcionam maior segurança para seus clientes efetuaremtransações financeiras.

Foi iniciado o uso da biometria em terminais de autoatendimento, cuja adaptação total ocorrerá até2014.

Para o segmento Pessoa Jurídica, foi lançado o BB Token, um dispositivo de segurança para acessoao Gerenciador Financeiro, que ainda traz a simplificação das operações, aumentando a eficiênciaoperacional para os clientes e para a rede de agências.

Para o público Pessoa Física está previsto o lançamento em 2012 do BB Code, dispositivo paraassinar transações na internet de forma mais segura. Com o BB Code, o cliente ficará dispensado decadastrar seu computador para realizar transações no canal.

O Banco do Brasil é signatário do acordo de cooperação técnica entre a Febraban e o Departamentode Polícia Federal, que permite trocar informações sobre fraudes eletrônicas no sistema financeiro,fortalecendo o combate ao crime cibernético organizado, às fraudes e à corrupção.

Segurança da Informação

O BB adota as melhores práticas de gestão em segurança da informação. Atividades demonitoramento, análise de vulnerabilidades, revisão de acessos, gestão de identidades, bem como aimplementação e gerenciamento das mais avançadas ferramentas de segurança e prevenção à perdade informações, permitiram ao BB figurar como referência nessa área.

O Banco do Brasil é autoridade de registro da ICP – Brasil, atuando na disponibilização do serviço deemissão de certificados e – CPF e e – CNPJ. Internamente, o Banco disponibiliza esta tecnologiapara uso na autenticação de usuários na rede de dados corporativa.

Nossos clientes possuem a facilidade de acesso às suas contas correntes, através do portalwww.bb.com.br, utilizando o certificado digital padrão ICP-Brasil, tanto para consultas quanto paraautorização de transações. A utilização de certificado digital nas assinaturas de contratos de câmbiocontribui para a geração de eficiência operacional e redução de impactos ambientais, devido à quedasignificativa da utilização de impressos no processo eletrônico.

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Segurança de Ambientes

O Banco do Brasil investe permanentemente na atualização dos mecanismos de segurança de suasunidades. Em 2011 a gestão da segurança dos ambientes utilizou novas tecnologias de visualizaçãode imagens para prevenção e resposta a ataques criminosos, viabilizando o controle e monitoramentoda segurança nos ambientes bancários.

Investimentos em tecnologia, aliados à capacitação constante dos profissionais envolvidos com asegurança bancária, contribuem para proteção dos clientes, dos funcionários e da sociedade, umavez que dificultam a retroalimentação financeira das ações criminosas.

Gestão de Crises e Continuidade de Negócios

O Banco do Brasil mantém um compromisso permanente com a sociedade e com o País, seja nagarantia da perenidade da organização como, também, junto às comunidades onde atua.

Através de processo interdisciplinar chamado Gestão de Crises e Continuidade de Negócios, osgestores do BB nos diversos níveis organizacionais são orientados a prepararem-se para darresposta a situações que configurem ameaça à vida, a ambientes, aos negócios e à imagem daEmpresa.

Situações que configurem riscos a pessoas e negócios são monitoradas continuamente, a exemplodos desastres, advindos de eventos naturais, de modo a agilizar a assistência à comunidade,funcionários e clientes atingidos.

TECNOLOGIA

O Banco investe continuamente na evolução de sua arquitetura tecnológica e no aperfeiçoamento emodernização de suas instalações de TI, não só do ponto de vista técnico como, também, nosaspectos de sua governança, gestão e capacitação de seus profissionais.

O monitoramento “on-line” dos eventos de negócio, o processo de construção de aplicações e umaarquitetura orientada a serviços viabilizam alto nível de reuso de componentes e maior agilidade nodesenvolvimento de novas soluções.

A arquitetura de processamento do BB possibilita a especialização da infraestrutura de formaalinhada às necessidades de cada processo de negócio, proporcionando meios para maiorassertividade e eficiência dos investimentos.

Em 2011, dentro do “Programa de Transformação do Varejo”, por exemplo, o Banco do Brasilempreendeu diversas ações de modernização de sua arquitetura tecnológica, com destaque para anova plataforma de negócios, já em utilização pelas agências de varejo. Essa plataforma suporta osprocessos de relacionamento com os clientes e a dinâmica de vendas, inclusive com o provimento deinformações para monitoramento ativo dos negócios e gestão de produtos, serviços e controladoria.

A plataforma tecnológica das agências no exterior, por sua vez, está sendo substituída por uma novasolução que irá proporcionar padronização e eficiência, enquanto preserva o alinhamento àsquestões específicas de cada país e oferece as bases para internacionalização dos negócios doBanco.

O BB também investe fortemente na preparação de um ambiente tecnológico corporativo robustopara suportar as diversas exigências regulatórias, a exemplo das soluções em curso paraalinhamento as regras de Basileia II, na gestão dos riscos de mercado, crédito e operacional.

Em 2011 foi intensificada a construção do novo Centro de Processamento de Dados (Datacenter) emBrasília – DF, com o que há de mais moderno nesse domínio. Esse Centro trará ainda maisconfiabilidade, disponibilidade e segurança para nossa infraestrutura tecnológica, mesmo em caso dedesastres extremos, mantendo o suporte à continuidade dos negócios. A previsão é que estejaconcluído em 2012.

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Para aprimorar a governança de todos esses processos o BB definiu um novo modelo de Governançade TI, elaborado com base nas melhores práticas e padrões, adequado às necessidades presentes efuturas do Conglomerado, com foco no alinhamento com a Estratégia Corporativa, na eficiênciaoperacional e no controle efetivo dos processos.

Ciente de que um grupo de profissionais capacitados é um fator fundamental em TI, o Banco investefortemente na identificação de talentos e na capacitação de seu pessoal de TI. Em 2011, centenas denovos profissionais foram recrutados e preparados para garantir a manutenção do reconhecido nívelde qualidade de nosso pessoal técnico.

LOGÍSTICA

Em continuidade ao processo de melhoria do atendimento, o Banco do Brasil, desde o início de 2011,passou a monitorar, de forma centralizada, seu parque de terminais de autoatendimento criando aCMA – Central de Monitoramento de Autoatendimento, com o objetivo de garantir a satisfação dosclientes com esse canal.

Paralelamente foi implementada também na CMA a monitoração por imagem em tempo real dassalas de autoatendimento localizadas nos grandes centros do país. O projeto visa, por meio damanutenção das salas (limpeza e infraestrutura) e da disponibilidade dos equipamentos, oferecer umambiente convidativo e propenso à realização negócios.

Nas compras e contratações necessárias às demandas da instituição, o Banco do Brasil registraavanços com a inclusão de critérios sustentáveis nas especificações dos editais de licitação queenvolvam compra de papel e mobiliário, entre outros.

ECOEFICIÊNCIA

O Banco do Brasil conta com o Programa de Ecoeficiência, que tem por objetivo contribuir para agestão e manutenção do consumo de recursos naturais e energia no processo produtivo em padrõesresponsáveis, reduzindo o desperdício e os custos de produção e operação.

Nas questões relacionadas ao clima, cabe citar que o BB é membro fundador do Programa Empresaspelo Clima e do Programa Brasileiro GHG Protocol, ambos voltados para a reflexão e proposição deações de combate às mudanças climáticas.

Em seu inventário de emissões de 2011, com base nas informações de 2010, o BB incluiu três novasfontes de emissão: transporte de malotes, deslocamento terrestre de funcionários à serviço esistemas de refrigeração. Além da inclusão de novas fontes, teve o seu inventário verificado porterceira parte, tendo recebido do Programa Brasileiro GHG Protocol o selo ouro. No tocante aoconsumo de papel o Banco do Brasil tem implementado diversas medidas, dentre as quais aadequação dos sistemas corporativos para imprimir preferencialmente em dupla face e a realizaçãode campanhas de conscientização junto aos funcionários. Além disso, todo o papel consumido emseu processo produtivo tem os selos FSC ou Cerflor, de certificação de origem.

Ainda nessa linha, o Banco do Brasil tem investido em novos canais para processamento detransações e realização de negócios com seus clientes. Há um direcionamento cada vez maior paraos canais que não envolvem impressão. Entre esses canais destacamos a Internet, a Central deAtendimento e o Mobile Banking, bem como a consolidação da iniciativa do DDA – Débito DiretoAutorizado.

Outro exemplo é a contratação do serviço de recondicionamento de cartuchos de toner, praticadadesde 1999, que promove o reaproveitamento de materiais e recursos naturais (limpeza das carcaçasplásticas usadas, substituição de componentes internos e a adição de toner) e o emprego de mão deobra nacional em produto fabricado inicialmente no exterior.

Para a gestão e o acompanhamento dos resultados corporativos relacionados à ecoeficiência, foidesenvolvido, no período, indicador específico: Índice de Ecoeficiência Pegada – IE Pegada.

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PESSOAS

GESTÃO DE TALENTOS E DE CARREIRA

O BB encerrou o exercício de 2011 com 113.810 funcionários, ante os 109.026 em 2010. Nessecontingente, estão incluídos 8.754 novos funcionários admitidos em concursos públicos, reforçando ocompromisso do Banco em melhorar as condições de trabalho e atendimento a clientes.

O Banco oferece a seus funcionários a possibilidade de administrarem sua trajetória profissional e deplanejarem sua carreira, dispondo de um Programa de Ascensão Profissional e de um banco deTalentos e Oportunidades (TAO), por meio dos quais identifica os funcionários melhor capacitadospara o exercício das diferentes funções na empresa. No exercício de 2011, 28.021 funcionários foramidentificados no sistema TAO e nomeados para o exercício de funções comissionadas.

UNIVERSIDADE CORPORATIVA

A Universidade Corporativa Banco do Brasil (UniBB) divulga por meio de portal na web as ações dedesenvolvimento pessoal e profissional disponíveis e realiza treinamentos na modalidade à distância.O portal pode ser acessado pela Intranet Corporativa e pela Internet no endereço:http://uni.bb.com.br.

Em 2011 a UniBB promoveu 797.320 treinamentos nas modalidades presencial, autoinstrucional ouem serviço, totalizando 8.303 mil horas. A média de horas de treinamento por funcionário foi de 73,8horas em 2011. As oportunidades de treinamento foram disponibilizadas em 1.405 cursos. Essasações de capacitação valem-se de diferentes métodos de ensino e suporte, tais como: tv corporativa,web, mídia impressa, cartilhas, etc.

O BB também oferece aos seus funcionários bolsas de graduação, pós-graduação (especialização,mestrado e doutorado) e idiomas estrangeiros. Ao final de 2011, havia no Banco 9.833 funcionáriosbolsistas nas modalidades graduação e pós-graduação e 306 em idiomas estrangeiros. O quadrogeral de formação, no encerramento de 2011, configurou-se da seguinte forma: 24,7% dosfuncionários do BB detinham especialização, mestrado ou doutorado, 48,2% graduação, 26,7%ensino médio e 0,5% ensino fundamental.

BIBLIOTECAS

O Banco dispõe de bibliotecas que coordenam as atividades de prospecção, gestão e disseminaçãoda informação e do conhecimento. Para a comunidade estão disponíveis a utilização do espaço físicodas bibliotecas para estudos e pesquisas e o acervo para consulta. O atendimento à comunidade fazparte das ações de responsabilidade social do Banco.

No ano de 2011, foram realizados 275,4 mil empréstimos de obras aos usuários. As instalaçõesfísicas contaram com 15,2 mil visitas do público, o acervo foi acrescido de 32,2 mil novas aquisições e10,1 mil doações foram realizadas.

CERTIFICAÇÕES

O BB disponibiliza a seus funcionários o Programa de Certificação Interna de Conhecimentos, comoestratégia de capacitação e qualificação profissional. Ao final de 2011, foram emitidas 73 milcertificações.

O Banco incentiva a obtenção de certificações legais em investimento (CPA 10 e 20). Ao final de2011, 64.136 funcionários possuíam certificações CPA 10 e/ou 20.

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GESTÃO DO DESEMPENHO

Os funcionários do BB têm os seus desempenhos acompanhados e avaliados formalmente, por meiode instrumento denominado “Gestão do Desempenho por Competências”. O desempenho é avaliadoem cinco perspectivas: financeira, clientes, processos internos, comportamento organizacional esociedade. A avaliação é feita pelo superior, por subordinados, por pares (colegas) e pelos próprios funcionários (autoavaliação). No exercício de 2011, 112.226 funcionários tiveram seu desempenhoacompanhado por esse instrumento.

DESPESAS COM PESSOAL

A tabela a seguir demonstra os gastos com pessoal em 2011:

R$ milhõesDespesas de Pessoal¹ 2011 2010 ∆∆∆∆ %Proventos 9.372 8.160 14,9Encargos Sociais 3.107 2.582 20,3Benefícios 2.236 1.998 11,9Participações nos Lucros 1.790 1.756 1,9Honorários de Diretores e Conselheiros 59 84 (29,4)Treinamentos 70 56 26,6Total 16.634 14.634 13,7

¹ Informações Nota Explicativa 13, Despesas com Pessoal em IFRS.

QUALIDADE DE VIDA E CLIMA ORGANIZACIONAL

O Banco possui em sua estrutura a Área de Qualidade de Vida no Trabalho, que desenvolve egerencia vários programas que visam à melhoria na qualidade de vida dos funcionários, tais comoPrograma de Controle Médico da Saúde Ocupacional – PCMSO, Serviços Especializados emEngenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho do BB – Sesmt, Programa de Controle doTabagismo – Tabas, Programa de Assistência às Vítimas de Assalto e Sequestro – Pavas, Programade Reconhecimento de Funcionários e Programa de Qualidade de Vida no Trabalho.

O BB disponibiliza canal institucional para os seus funcionários, denominado Ouvidoria Interna. Aatuação da Ouvidoria Interna visa estimular o diálogo no ambiente de trabalho, visando fortalecer agestão participativa, democrática e transparente e zelo pelos princípios e condutas, expressos emseu Código de Ética e nas Normas de Conduta.

Em 2011, o Banco promoveu ações relacionadas à gestão da ética, dentre as quais podem sercitadas: a) criação de 28 Comitês para Ética; b) disponibilização do curso Conhecendo o ProgramaGestão da Ética Corporativa e c) lançamento do site Ética e Conduta na Intranet.

Semestralmente a Ouvidoria Interna encaminha Sumários Executivos para o Conselho Diretor doBanco e para as áreas gestoras sobre as demandas apontadas pelos funcionários.

O Banco do Brasil mantém um processo de diálogo com a representação dos seus funcionários e umAcordo Coletivo de Trabalho de abrangência nacional, realiza negociações permanentes com ossindicatos e organiza mesas temáticas com a representação dos bancários para aprofundar temas deinteresse dos trabalhadores e da empresa. O Banco também disponibiliza na intranet o site“negociação coletiva” e um blog específico sobre o tema na busca do aprimoramento do processo decomunicação

O Banco do Brasil também assinou acordo com a representação sindical, no âmbito do continenteamericano, firmando o compromisso de respeitar o direito à negociação coletiva e à liberdade sindicalnos países onde opera.

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GESTÃO DA DISCIPLINA

Em 2011, o Banco do Brasil criou o sistema GEDIP – Gestão de Disciplina e Perdas. O Sistemaconsiste em um encadeamento de procedimentos, para conduzir irregularidades cometidas porfuncionário ou ex-funcionário, com objetivo de aprimorar a gestão da disciplina, mitigar riscos ereduzir perdas decorrentes do descumprimento de normas e gerar base de perdas internas paraconstrução de modelo de mensuração do risco operacional (Acordo de Basileia II).

INFORMAÇÕES LEGAIS

Em cumprimento à Instrução CVM 381, o Banco do Brasil informa que a KPMG AuditoresIndependentes não prestou ao Banco e subsidiárias, no ano de 2011, serviços que pudessem afetarsua independência em relação aos trabalhos de auditoria.

Na contratação de serviços não relacionados à auditoria externa, o Banco do Brasil adotaprocedimentos que se fundamentam na legislação aplicável e nos princípios internacionalmenteaceitos que preservam a independência do auditor. Esses princípios consistem em: (i) o auditor nãodeve auditar o seu próprio trabalho, e (ii) o auditor não deve atuar, gerencialmente, perante seucliente nem tampouco promover os interesses desse cliente.

No ano de 2011 o Banco do Brasil não contratou a KPMG Auditores Independentes para prestaçãode outros serviços não relacionados à auditoria externa do Banco ou de suas subsidiárias.

No Banco do Brasil, a contratação de serviços relacionados à auditoria externa deve ser precedidapor parecer do Comitê de Auditoria.

Em conformidade com o art. 8º da Circular Bacen 3.068/2001, o Banco do Brasil afirma que possui aintenção e capacidade financeira de manter, até o vencimento, os títulos classificados na categoria“Títulos Mantidos até o Vencimento”. A capacidade financeira está amparada em projeção de fluxo decaixa que não considera a possibilidade de venda desses títulos.

De acordo com o contido na Deliberação CVM 488/05, o BB esclarece:

a) os investimentos fixos em 2011 somaram o valor de R$ 1.572 milhões, destacando oinvestimento em novos pontos de atendimento e na melhoria da ambiência das agências (R$741 milhões) e em tecnologia da informação (R$ 630 milhões);

b) possui R$ 299,5 milhões de créditos tributários não ativados em decorrência dos requisitosestabelecidos pelas Resoluções CMN 3.059 de 20.12.2002 e 3.355 de 31.03.2006, eapresentado na Nota Explicativa de Tributos das Demonstrações Contábeis relativas aoexercício de 2011;

c) mantém registrado em contas de compensação, conforme regras dispostas no Plano Contábildas Instituições Financeiras (Cosif), o montante de R$ 23,4 bilhões decorrente de Coobrigaçõese Riscos em Garantias Prestadas a clientes e empresas integrantes do Conglomerado BB;

d) firmou em 2009, Contrato de Abertura de Linha de Crédito Interbancário Rotativo a liberar com oBanco Votorantim pelo limite equivalente ao valor do patrimônio líquido daquela instituição. Aoperação foi contabilizada em contas de compensação, conforme regras dispostas no PlanoContábil das Instituições Financeiras (Cosif) e encontra-se publicada na Nota Explicativa PartesRelacionadas das Demonstrações Contábeis relativas ao exercício de 2011.

Atendendo o art. 243 da Lei 6.404/76, o BB informa que os investimentos em sociedades controladase coligadas atingiram R$ 20,2 bilhões em 31 de dezembro de 2011.

Conforme os critérios definidos pelo Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de PequenoPorte (Lei Geral da Micro e Pequena Empresa), 91,5% dos clientes pessoa jurídica do BB sãoclassificados como micro e pequenas empresas. O volume de recursos utilizado pelas MPE atingiuR$ 40,3 bilhões em 2011, crescimento de 13,5% em relação ao exercício anterior. O saldo dasoperações de capital de giro contratadas pelas microempresas totalizou R$ 6,4 bilhões e das

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pequenas empresas R$ 21,2 bilhões. As operações de investimento destinadas às microempresasatingiram R$ 2,5 bilhões e para as pequenas empresas R$ 9,4 bilhões.

PRINCIPAIS RECONHECIMENTOS RECEBIDOS NO PERÍODO

a) O Licitações-e, portal de compras públicas do Banco do Brasil, foi vencedor do V Prêmio 19 deMarço, concedido no VI Congresso Brasileiro de Pregoeiros ocorrido em março. Dos cincoprêmios da categoria 'Sistemas de Pregão Eletrônico', o Licitações-e conquistou três: 'Maiornúmero de pregões realizados e concluídos em 2010'; 'Melhor sistema de Pregão Eletrônico2010'; e 'Melhor Interação com o Fornecedor'.

b) Ourocard – o Cartão Preferido dos Brasileiros, segundo pesquisa Cardmonitor / Instituto MedidaCerta, realizada entre dezembro de 2010 e janeiro de 2011, e eleito o melhor cartão de crédito(Força da Marca) pela pesquisa CVA Solutions, realizada entre fevereiro e março de 2011.

c) O Banco do Brasil conquistou o X Prêmio e-Finance, concedido pela Editora ExecutivosFinanceiros, na categoria GED-Gerenciador Eletrônico de Documentos, com os seguintes cases:“Dossiê Eletrônico – Fase II” e “Servicing Center Europe – Gerenciamento Eletrônico deDocumentos para o Bloco Europa”. Venceu também na categoria Inovação Mercadológica, comos cases: Loja Conceito Brasília e Sala de Conveniência Nova Iorque.

d) Prêmio Top of Mind do jornal Folha de São Paulo como o banco mais lembrado pelos brasileiros.

e) Melhor Profissional de RI da América Latina para o segmento bancos e serviços financeiros naopinião de analistas buy side, premiação concedida pela revista americana Institucional Investor.A mesma publicação concedeu ao Banco do Brasil o prêmio de segundo Melhor Time de RI daAmérica Latina, também para o segmento bancos e serviços financeiros.

f) Vencedor na categoria Internet e Mídias Sociais do XI Prêmio ABT, com o case “Um passarinhome contou... Banco do Brasil: Excelência em 140 caracteres”. O case relatou o trabalhodesenvolvido para atendimento aos clientes do BB por meio do perfil @MaisBB, no Twitter.

g) O Banco do Brasil recebeu em setembro de 2011, a Certificação de Acessibilidade, concedidapela ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. Trata-se de uma certificação inédita e oBB foi a primeira instituição bancária a recebê-la. Foi objeto da certificação, a Agência Augustaem São Paulo SP, onde foram vistoriadas todas as adaptações realizadas na estrutura daedificação para acessibilidade física da agência por pessoas com deficiência.

h) O BB, representado pelo projeto Ambiência 2.0, recebeu o prêmio máximo em sua categoria,pelo conjunto da obra no VIII Grande Prêmio de Arquitetura Corporativa, maior premiação daAmérica Latina nessa área.

i) O Banco do Brasil Private foi reconhecido no Global Private Banking Awards 2011 das revistasThe Banker e PWM Professional Wealth Management (Grupo Financial Times) como HighlyCommended nas categorias “Best Private Bank in Brazil” e “Best Private Bank in Latin America”.

j) O Banco do Brasil, em parceria com a BB DTVM, conquistou pela quinta vez e pelo segundo anoconsecutivo o prêmio Melhor Banco para Você Investir da revista Você S.A, publicado na ediçãode dezembro de 2011.

k) O presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, foi condecorado na categoria Líder emGestão e Inovação Pública, do “Prêmio Líderes do Brasil” promovido pelo Jornal BrasilEconômico e o Grupo de Líderes Empresariais – Lide.

l) Prêmio “Época Negócios 100 – As Empresas de Maior Prestígio no Brasil”, promovido pelarevista Época Negócios. Em 7º lugar, o BB é a única instituição financeira que integra as 10primeiras posições do ranking 2011.

m) O BB Móvel foi premiado na categoria “Melhor em Correspondentes Bancários” pela 7ª ediçãodo Prêmio Relatório Bancário.

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Relatório da Administração 2011

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AGRADECIMENTOS

Agradecemos a dedicação e o empenho de nossos funcionários e colaboradores, bem como aconfiança dos acionistas, dos clientes e da sociedade.

Mais informações: site de Relações com Investidores (bb.com.br/ri).

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Banco do Brasil S.A.Demonstração do Resultado Consolidado

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R$ mil (exceto ações e lucro por ação)

Nota Exercício/2011 Exercício/2010 Exercício/2009

Receita de juros 106.919.760 85.143.206 67.608.506

Despesa de juros (61.403.710) (43.061.187) (33.064.926)

Receita líquida de juros [8] 45.516.050 42.082.019 34.543.580

Despesa líquida com provisão para perdas em empréstimos a clientes [22] (8.572.365) (7.714.554) (6.237.716)

Receita líquida de juros após provisão para perdas em empréstimos a clientes 36.943.685 34.367.465 28.305 .864

Receitas não de juros 28.105.433 23.855.006 25.458.726

Receita líquida de tarifas e comissões [9] 15.162.111 13.602.500 11.644.419

Ganhos/(perdas) líquidos sobre ativos/passivos financeiros ao valor justo por meio doresultado

[10] (885.327) (2.175.394) (1.317.074)

Ganhos/(perdas) líquidos sobre ativos financeiros disponíveis para venda [11] 445.191 364.147 305.540

Ganhos/(perdas) líquidos em coligadas [24] 150.191 127.620 90.511

Resultado com operações de seguros e previdência complementar [34] 2.399.452 1.928.181 1.495.618

Outras receitas [12] 10.833.815 10.007.952 13.239.712

Despesas não de juros (47.253.863) (41.671.605) (34.141.208)

Despesa com pessoal [13] (16.634.088) (14.634.468) (12.935.671)

Despesas administrativas [14] (9.063.824) (8.491.452) (7.150.119)

Amortização de ativos intangíveis [26] (3.107.960) (2.948.594) (1.938.112)

Depreciação [25] (1.098.525) (1.013.015) (868.117)

Outras despesas [12] (17.349.466) (14.584.076) (11.249.189)

Lucro antes dos impostos 17.795.255 16.550.866 19.623.382

Impostos (5.058.343) (5.220.521) (6.143.992)

Correntes [35] (4.740.626) (6.272.346) (5.938.060)

Diferidos [35] (317.717) 1.051.825 (205.932)

Lucro líquido do período 12.736.912 11.330.345 13.479.390

Atribuível aos acionistas controladores 12.681.922 11.296.009 13.442.940

Atribuível às participações de acionistas não controladores 54.990 34.336 36.450

Lucro por ação

Lucro por ação básico [37] 4,43 4,17 5,24

Lucro por ação diluído [37] 4,42 4,14 5,20

Média ponderada das ações em circulação – básico [37] 2.861.404.718 2.711.976.359 2.567.313.946

Média ponderada das ações em circulação – diluído [37] 2.869.849.797 2.727.868.423 2.585.730.437

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis consolidadas.

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Banco do Brasil S.A.

Demonstração do Resultado Abrangente Consolidado

28

R$ mil

Exercício/2011 Exercício/2010 Exercício/2009

Lucro líquido do período 12.736.912 11.330.345 13.479.390

Outros resultados abrangentes

Ganhos/(perdas) não realizados sobre ativos financeiros disponíveis para venda 947.042 643.867 441.751

(Ganhos)/perdas sobre ativos financeiros disponíveis para venda realizados noexercício

(445.191) (364.147) (305.540)

Outros resultados abrangentes antes da tributação s obre o lucro 501.851 279.720 136.211

Imposto de Renda e Contribuição Social sobre outros resultados abrangentes (200.740) (111.888) (54.484)

Ajustes de conversão de investimentos no exterior 99.018 - -

Outros resultados abrangentes líquidos de efeitos t ributários 400.129 167.832 81.727

Resultado abrangente do período 13.137.041 11.498.177 13.561.117

Atribuível aos acionistas controladores 13.082.051 11.463.841 13.524.667

Atribuível às participações de acionistas não controladores 54.990 34.336 36.450

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis consolidadas.

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Banco do Brasil S.A.Balanço Patrimonial Consolidado

29

R$ mil

Nota 31.12.2011 31.12.2010

Ativo

Caixa e depósitos bancários 10.492.143 9.816.675

Depósitos compulsórios em bancos centrais [15] 93.689.987 87.055.947

Empréstimos a instituições financeiras [16] 41.846.491 33.977.433

Aplicações em operações compromissadas [17] 139.032.201 85.060.184

Ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado [18] 68.294.472 52.222.158

Ativos financeiros disponíveis para venda [19] 84.328.189 75.010.625

Ativos financeiros mantidos até o vencimento [20] 14.997.329 16.607.307

Empréstimos a clientes líquido de provisão [21],[22] 399.032.494 338.388.298

Ativos não correntes disponíveis para venda [23] 114.388 97.292

Investimentos em coligadas [24] 514.206 1.184.775

Ativo imobilizado [25] 6.194.386 5.553.136

Ágio sobre investimentos [26] 2.797.993 2.398.484

Outros ativos intangíveis [26] 15.197.910 11.443.794

Ativos por impostos correntes 8.300.248 9.992.106

Ativos por impostos diferidos [35] 20.418.323 19.568.233

Outros ativos [27] 61.572.308 54.443.348

Total 966.823.068 802.819.795

Passivo

Depósitos de clientes [28] 429.177.263 359.301.399

Valores a pagar a instituições financeiras [29] 14.625.350 19.796.775

Passivos financeiros ao valor justo por meio do resultado [18] 3.972.855 5.202.303

Obrigações por operações compromissadas [30] 195.204.879 142.199.028

Obrigações de curto prazo [31] 12.988.608 8.963.222

Obrigações de longo prazo [32] 122.047.390 96.214.965

Provisões trabalhistas, fiscais e cíveis [33] 6.980.208 6.904.250

Passivos por contratos de seguro e previdência complementar [34] 41.643.461 30.244.136

Passivos por impostos correntes 4.371.432 5.967.967

Passivos por impostos diferidos [35] 6.665.778 5.325.762

Outros passivos [27] 65.876.620 68.281.051

Total 903.553.844 748.400.858

Patrimônio Líquido

Capital social [36] 33.122.569 33.077.996

Ações em tesouraria (1) (452)

Reserva de capital [36] 140 -

Reservas de lucros [36] 24.121.303 16.889.417

Outros resultados abrangentes acumulados [36] 877.669 477.540

Lucros acumulados não apropriados [36] 4.428.266 3.872.662

Total do patrimônio líquido atribuível aos acionist as controladores 62.549.946 54.317.163

Participações de acionistas não controladores [36] 719.278 101.774

Total do patrimônio líquido 63.269.224 54.418.937

Total do passivo e patrimônio líquido 966.823.068 802.819.795

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis consolidadas.

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Banco do Brasil S.A.Demonstração Consolidada das Mutações do Patrimônio Líquido

30

R$ mil

CapitalSocial

Ações emTesouraria

Reservas deCapital

Reservas deLucros

OutrosResultados

AbrangentesAcumulados

LucrosAcumulados

nãoApropriados

Total do PatrimônioLíquido atribuível aos

AcionistasControladores

Participações deAcionistas nãoControladores

Total doPatrimônio

Líquido

Mutação

Saldos em 01.01.2009 13.779.904 (31.192) - 15.977.333 227.981 990.666 30.944.692 76.414 31.021.106

Aumento de capital – capitalização de reservas 4.768.706 - - (4.768.706) - - - - -Aumento de capital – incorporação de controladas 18.309 - - - - - 18.309 - 18.309Ajustes ao valor de mercado de ativos financeiros disponíveis para venda,líquidos de impostos

- - - - 81.727 - 81.727 - 81.727

Outros - - - - - 3.744 3.744 - 3.744Lucro líquido do exercício - - - - - 13.442.940 13.442.940 36.450 13.479.390Constituição de reservas de lucros - - - 6.626.769 - (6.626.769) - - -Juros sobre capital próprio e dividendos - - - (533.956) - (3.525.053) (4.059.009) - (4.059.009)Variação de participação de não controladores - - - - - - - (23.929) (23.929)

Saldos em 31.12.2009 18.566.919 (31.192) - 17.301.440 309.708 4.285.528 40.432.403 88.935 40.521.338

Aumento de capital – capitalização de reservas 7.418.087 - - (7.412.899) - (5.188) - - -Aumento de capital – oferta pública de ações 7.049.900 - - - - - 7.049.900 - 7.049.900Aumento de capital – subscrição de bônus “C” 42.816 - - - - 42.816 - 42.816Aumento de capital – incorporação de controladas 274 - - - - - 274 - 274Ajustes ao valor de mercado de ativos financeiros disponíveis para venda,líquidos de impostos

- - - - 167.832 - 167.832 - 167.832

Alienação de ações em tesouraria - 30.937 - - - - 30.937 - 30.937Prejuízo na alienação de ações em tesouraria - (2.581) - - (2.581) - (2.581)Outros - - - - - 5.346 5.346 - 5.346Lucro líquido do período - - - - - 11.296.009 11.296.009 34.336 11.330.345Constituição de reservas de lucros - - - 7.823.588 - (7.823.588) - - -Juros sobre capital próprio e dividendos - - - (820.131) - (3.885.445) (4.705.576) - (4.705.576)Participação recíproca - (197) - - - - (197) - (197)Variação de participação de acionistas não controladores - - - - - - - (21.497) (21.497)

Saldos em 31.12.2010 33.077.996 (452) - 16.889.417 477.540 3.872.662 54.317.163 101.774 54.418.937

Aumento de capital – subscrição de bônus “C” 44.573 - - - - - 44.573 - 44.573Ajustes ao valor de mercado de ativos financeiros disponíveis para venda,líquidos de impostos

- - - - 301.111 - 301.111 - 301.111

Ajuste de conversão de investimentos no exterior - - - - 99.018 - 99.018 - 99.018Alienação de ações em tesouraria - 254 - (254) - - - - -Outros - - - - - 4.754 4.754 - 4.754Variação de participação societária em controladas - - 140 - - - 140 - 140Lucro líquido do período - - - - - 12.681.922 12.681.922 54.990 12.736.912Constituição de reservas de lucros - - - 8.041.878 - (8.041.878) - - -Juros sobre capital próprio e dividendos - - - (809.738) - (4.089.194) (4.898.932) - (4.898.932)Participação recíproca - 197 - - - - 197 - 197

Variação de participação de acionistas não controladores - - - - - - - 562.514 562.514

Saldos em 31.12.2011 33.122.569 (1) 140 24.121.303 877.669 4.428.266 62.549.946 719.278 63.269.224

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis consolidadas.

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Banco do Brasil S.A.Demonstração Consolidada das Mutações do Patrimônio Líquido

31

Quantidade de ações

AçõesOrdinárias

Ações emTesouraria

Saldos em 01.01.2009 2.568.186.485 (1.150.369)

Movimentação 1.674.027 -

Saldos em 31.12.2009 2.569.860.512 (1.150.369)

Movimentação 290.868.735 1.140.616

Saldos em 31.12.2010 2.860.729.247 (9.753)

Movimentação 4.687.773 9.721

Saldos em 31.12.2011 2.865.417.020 (32)

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Banco do Brasil S.A.Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa

32

R$ mil

Exercício/2011 Exercício/2010 Exercício/2009

Atividades operacionais

Lucro líquido 12.736.912 11.330.345 13.479.390

Ajustado por:

Efeito da mudança da taxa de câmbio no caixa ou equivalentes de caixa (2.372.270) 966.275 4.368.099

Provisão para perdas em empréstimos a clientes 11.381.892 10.198.537 8.377.134

Provisão para bens não de uso 3.991 (16.951) 1.005

Provisão para desvalorização de imobilizado de uso 2.108 1.180 3.722

Provisão para seguros e previdência complementar 9.058.121 7.472.309 3.585.160

Provisão para perdas em ativos intangíveis (3.755) 13.421 (9.700)

Provisão para outros ativos 80.267 (153.151) 12.229

Provisões trabalhistas, fiscais e cíveis (429.361) (710.791) 1.385.723

Amortização e baixas de ativos intangíveis 4.085.920 2.952.217 1.947.261

Depreciação de ativo imobilizado 1.098.525 1.013.015 868.117

Dividendos e juros sobre o capital próprio recebidos 48.622 32.326 32.885

Impostos diferidos 317.717 (1.053.799) 205.932

Ganhos ou perdas líquidos na alienação de bens não de uso 61.238 26.527 (12.040)

Ganho por compra vantajosa - deságio (61.056) - (1.240.287)

Ganhos ou perdas líquidos de investimentos em coligadas (150.191) (127.620) (90.511)

Ganhos ou perdas líquidos na alienação de controladas/perda de controle (950.596) (57) (1.624.575)

Ganhos ou perdas líquidos com conversão dos investimentos no exterior (355.088) 186.174 1.049.465

Ganhos ou perdas líquidos na venda de ativos financeiros disponíveis para venda (445.191) (364.147) (305.540)

Ganhos ou perdas líquidos na venda de ativo imobilizado e perdas de capital 15.648 (14.878) 16.433

Atualização de ativo/passivo atuarial (2.759.004) (3.844.900) (4.025.711)

Variação nos ativos e passivos operacionais

Variação líquida de juros de ativos (28.340.001) (14.621.615) 4.817.307

Variação líquida de juros de passivos 8.427.103 (1.888.859) 6.980.156

Variação líquida em depósitos compulsórios em bancos centrais (6.620.211) (62.727.114) 1.127.756

Variação líquida em empréstimos a instituições financeiras 196.052 4.054.316 (17.001.689)

Variação líquida em aplicações em operações compromissadas (44.031.090) 41.396.840 (56.238.201)

Variação líquida em ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado (15.325.462) (11.173.432) 181.087

Variação líquida em empréstimos a clientes (45.006.249) (50.184.132) (57.316.610)

Variação líquida em ativos não correntes disponíveis para venda (3.964) (36.939) (15.245)

Variação líquida em ativos por impostos correntes 1.801.655 (2.872.668) (3.497.953)

Variação líquida em impostos diferidos 411.229 1.152.271 (988.955)

Variação líquida em depósitos de clientes 56.765.957 34.868.627 15.406.447

Variação líquida em valores a pagar a instituições financeiras (4.663.494) 6.739.995 (3.275.398)

Variação líquida em passivos financeiros ao valor justo por meio do resultado (1.305.338) 499.698 475.910

Variação líquida em obrigações por operações compromissadas 52.347.126 (18.621.278) 48.601.223

Variação líquida em outros passivos de curto prazo 4.483.922 4.407.745 (2.783.699)

Variação líquida em passivos por contratos de seguro e previdência complementar 521.401 7.299.739 485.141

Variação líquida em passivos por impostos correntes (1.755.523) 1.280.253 914.482

Outras variações ativas 6.957.559 (7.376.821) (2.051.542)

Outras variações passivas 11.539.078 16.932.347 1.754.908

Caixa líquido proveniente de atividades operacionai s 27.764.199 (22.964.995) (34.400.684)

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Banco do Brasil S.A.Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa

33

R$ mil

Continuação Exercício/2011 Exercício/2010 Exercício/2009

Atividades de investimentoCompra de ativos financeiros disponíveis para venda (39.019.703) (34.394.346) (24.352.595)Venda de ativos financeiros disponíveis para venda 32.178.260 24.032.232 9.271.387

Compra de ativos financeiros mantidos até o vencimento (1.958.539) (3.377.304) (6.392.316)

Resgate de ativos financeiros mantidos até o vencimento 1.886.636 8.434.996 15.350.455Compra de ativo imobilizado (1.862.198) (1.785.302) (1.429.279)

Venda de ativo imobilizado 307.980 (109.451) 56.497

Aquisição de ativos intangíveis (7.001.594) (4.255.455) (1.638.769)Compra de investimentos em coligadas (83.991) (72.789) (1.441)

Venda de investimentos em coligadas 757.617 - -

Caixa liquido por aquisição do Banco Nossa Caixa e do Banco Votorantim - - 4.608.240Caixa liquido por aquisição do Banco Patagonia 322.706 - -

Caixa liquido por aquisição oriundo da parceria com a Mapfre 5.710 - -

Caixa líquido recebido na alienação da Brasilsaúde - 29.057 -Caixa líquido proveniente de atividades de investim ento (14.467.116) (11.498.362) (4.527.821)

Atividades de financiamentoVariação de participações de não controladores 562.514 (21.497) (23.929)

Captação de passivos de longo prazo 8.430.932 47.139.422 34.113.129

Liquidação de passivos de longo prazo (1.038.650) (19.320.981) (13.887.519)Dividendos ou juros sobre o capital próprio pagos (4.578.871) (5.306.642) (3.718.268)

Incrementos de capital 44.573 7.092.990 18.309

Variação da participação societária em controladas 140 - -Efeito líquido na alienação de ações em tesouraria 197 28.159 -Caixa líquido proveniente de atividades de financia mento 3.420.835 29.611.451 16.501.722

Efeito da mudança da taxa de câmbio no caixa ou equ ivalentes de caixa 2.372.270 (966.275) (4.368.099)

Incremento ou decréscimo líquido em caixa ou equiva lentes de caixa 19.090.188 (5.818.181) (26.794.882)Caixa e equivalentes de caixa no início do período 25.219.700 31.037.881 57.832.763

Caixa e equivalentes de caixa no fim do período 44.309.888 25.219.700 31.037.881

Informações complementares 20.675.280 19.103.196 40.899.840Caixa pago em juros (52.976.607) (44.950.046) (26.084.770)

Caixa recebido em juros 78.579.760 70.521.591 72.425.813Caixa pago em impostos (4.927.873) (6.468.349) (5.441.203)

Caixa e equivalentes de caixa 44.309.888 25.219.700 31.037.881Caixa e depósitos bancários 10.492.143 9.816.675 8.098.625

Empréstimos a instituições financeiras 23.765.789 14.889.970 4.752.765

Aplicações em operações compromissadas 10.051.956 513.055 18.186.491

Movimentações contábeis que não envolvem caixa e se us equivalentesEmpréstimos a clientes transferidos para bens não de uso 116.010 62.936 87.661Dividendos declarados e não pagos 1.281.735 984.105 1.735.415

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis consolidadas.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Conso lidadas

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1 – O Banco e suas Operações

O Banco do Brasil S.A. (“Banco do Brasil”, “Banco”, “Grupo” ou “Conglomerado”) é uma companhia abertade direito privado regida, sobretudo, pela legislação aplicável às sociedades por ações, controlada peloGoverno Federal, e sua matriz está localizada no Setor Bancário Sul, Quadra 1, Lote 32, Bloco C, EdifícioSede III, Brasília, Distrito Federal, Brasil. Tem por objetivo a prática de todas as operações bancárias ativas,passivas e acessórias, a prestação de serviços bancários, de intermediação e suprimento financeiro sobsuas múltiplas formas, inclusive nas operações de câmbio e nas atividades complementares, destacando-seseguros, previdência privada, capitalização, corretagem de títulos e valores mobiliários, administração decartões de crédito/débito, consórcios, fundos de investimentos e carteiras administradas e o exercício dequaisquer atividades facultadas às instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional.

Como instrumento de execução da política creditícia e financeira do Governo Federal, compete ao Bancoexercer as seguintes funções atribuídas nas leis brasileiras, sob a supervisão do Conselho MonetárioNacional: (i) ser o agente financeiro do Tesouro Nacional; (ii) ser o principal executor dos serviços bancáriosde interesse do Governo Federal, inclusive suas autarquias; (iii) arrecadar depósitos voluntários; (iv)executar os serviços de compensação de cheques e outros papéis; (v) realizar operações de compra evenda de moeda estrangeira por conta própria e, nas condições estabelecidas pelo Conselho MonetárioNacional, por conta do Banco Central do Brasil; (vi) realizar recebimentos ou pagamentos e outros serviçosde interesse do Banco Central do Brasil; (vii) dar execução à política de comércio exterior, entre outrasatribuições.

No processo de gestão do Banco do Brasil são utilizados mecanismos expressos em sistema normativo,que detalham os procedimentos operacionais necessários à implementação das decisões organizacionaisrelativas aos negócios e atividades da Empresa e ao atendimento de exigências legais e de órgãosreguladores e fiscalizadores.

O Banco do Brasil mantém sistema de auto-regulação que disciplina a negociação com valores mobiliáriosde sua emissão por quaisquer pessoas que, em virtude de seu cargo, função ou posição na Empresa,tenham acesso a informação de ato ou fato relevante. Estão sujeitos à auto-regulação, no Banco do Brasil,além do acionista controlador, dos administradores e membros do Conselho Fiscal, todas as pessoas quetenham relação comercial, profissional ou de confiança com o Banco que detenham conhecimento sobreinformação contábil, estratégica ou qualquer outra informação sobre negócios do Banco que possa ensejarato ou fato relevante.

Em relação às suas políticas de divulgação de informações ao mercado, o Banco do Brasil pauta a suaatuação com base nas necessidades de usuários externos para fins de decisões de natureza econômica,em aderência às exigências dos órgãos reguladores e fiscalizadores. As informações são prestadas comqualidade, transparência, veracidade, completeza, consistência, equidade e tempestividade, respeitados osmais altos padrões de governança corporativa.

No Banco do Brasil, o Vice-Presidente de Gestão Financeira e de Relações com Investidores é oresponsável pela divulgação de informações referentes a atos ou fatos relevantes e demais informações aomercado investidor, embora os demais administradores respondam solidariamente nos casos dedescumprimento das normas que disciplinam a divulgação de informações ao mercado.

Outras informações a respeito das empresas que compõem o Conglomerado Banco do Brasil e a descriçãodos segmentos de negócio em que o Banco opera estão relacionados nas Notas 5 e 7, respectivamente.

2 – Apresentação das Demonstrações Contábeis Consol idadas

a) Declaração de conformidade

As demonstrações contábeis consolidadas referentes aos exercícios encerrados em 31.12.2011,31.12.2010 e 31.12.2009 foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de RelatórioFinanceiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e pelos respectivosórgãos antecessores.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Conso lidadas

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Estas demonstrações contábeis consolidadas foram aprovadas e autorizadas para emissão pelo ConselhoDiretor do Banco do Brasil em 27.03.2012.

b) Bases de mensuração dos ativos e dos passivos

Estas demonstrações contábeis consolidadas foram preparadas utilizando o custo histórico como base demensuração, exceto para os seguintes itens: (i) instrumentos financeiros derivativos; (ii) ativos e passivosfinanceiros mantidos para negociação; (iii) ativos e passivos financeiros designados ao valor justo por meiodo resultado; e (iv) ativos financeiros disponíveis para venda, os quais foram todos mensurados a valorjusto.

c) Moeda funcional e de apresentação

As demonstrações contábeis consolidadas são apresentadas em Reais (R$), a moeda funcional e deapresentação do Banco. Exceto quando indicado de outra forma, as informações financeiras quantitativassão apresentadas em milhares de Reais (R$ mil).

d) Alterações nas políticas contábeis

As políticas e os métodos contábeis utilizados na preparação destas demonstrações contábeis consolidadasequivalem-se àqueles aplicados às demonstrações contábeis consolidadas referentes aos exercíciosencerrados em 31.12.2010 e 31.12.2009.

3 – Principais Políticas Contábeis

As políticas contábeis adotadas pelo Banco do Brasil são aplicadas de forma consistente em todos osperíodos apresentados nestas demonstrações contábeis consolidadas e de maneira uniforme a todas asentidades do Conglomerado.

a) Bases de consolidação

As demonstrações contábeis consolidadas do Grupo refletem os ativos, passivos, receitas e despesas doBanco do Brasil, das suas subsidiárias e das participações em entidades controladas em conjunto (jointventures), bem como os resultados atribuíveis ao Banco relativos às participações societárias em empresascoligadas.

Os saldos e transações intragrupo, assim como quaisquer receitas ou despesas não realizadas nastransações entre as companhias do Conglomerado, são eliminados na preparação das demonstraçõescontábeis consolidadas. Os ganhos não realizados oriundos de transações com investidas registradas porequivalência patrimonial são eliminados contra o investimento na proporção da participação do Banco nainvestida.

As participações de acionistas não controladores são apresentadas no Balanço Patrimonial Consolidadocomo um componente segregado do patrimônio líquido. O lucro líquido atribuível a acionistas nãocontroladores é evidenciado separadamente na Demonstração do Resultado Consolidado e naDemonstração do Resultado Abrangente Consolidado.

O Banco reavalia o processo de consolidação pelo menos a cada data de reporte. Essa análise considera apossibilidade de alterações estruturais, o que inclui mudanças nos arranjos contratuais do Grupo, que nãose limitam à mudança de controle.

Subsidiárias – São subsidiárias as empresas sobre as quais o Banco exerce controle. O controlenormalmente é presumido quando o Banco detém o poder, direta ou indiretamente, de gerir as políticasfinanceiras e operacionais de determinada entidade, conforme estipulado por lei, por Estatuto ou por acordode acionistas, e obtém benefícios de suas atividades, mesmo que o percentual detido sobre o seu capitalvotante seja inferior a 50%. A existência e o efeito de potenciais direitos de voto que são correntementeexercitáveis ou conversíveis são considerados na avaliação se o Banco controla uma entidade. Assubsidiárias são consolidadas integralmente desde o momento em que o Banco assume o controle sobre assuas atividades até o momento em que esse controle cessa.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Conso lidadas

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Combinação de negócios – A aquisição de uma subsidiária por meio de combinação de negócios éregistrada na data de aquisição, isto é, na data em que o controle é transferido para o Grupo, aplicando ométodo de aquisição. De acordo com este método, os ativos identificados (inclusive ativos intangíveis nãoreconhecidos previamente), passivos assumidos e passivos contingentes são reconhecidos pelo valor justona data da aquisição. Eventuais diferenças positivas entre o custo de aquisição e o valor justo dos ativoslíquidos identificáveis adquiridos são reconhecidas como ágio (goodwill). No caso de apuração de diferençanegativa (ganho por compra vantajosa), o valor identificado é reconhecido no resultado do período emOutras receitas não de juros.

Os custos de transação que o Banco incorre em uma combinação de negócios, exceto os custosrelacionados à emissão de instrumentos de dívida ou patrimônio, são registrados no resultado do períodoquando incorridos. Qualquer contraprestação contingente a pagar é mensurada pelo seu valor justo na datade aquisição.

Os resultados das subsidiárias adquiridas durante o período contábil são incluídos nas demonstraçõescontábeis consolidadas desde a data de aquisição até o fim do exercício. Por sua vez, os resultados dassubsidiárias alienadas durante o exercício são incluídos nas demonstrações contábeis consolidadas desdeo início do exercício até a data da alienação, ou até a data em que o Banco deixou de exercer o controle.

Mudança de participação societária em subsidiárias – As alterações na participação societária em umasubsidiária que não resultam em perda de controle são contabilizadas como transações patrimoniais (ouseja, transações com proprietários em sua condição de proprietários). Consequentemente, nenhum ágio éreconhecido como resultado de tais transações.

Nessas circunstâncias, os valores contábeis das participações controladoras e não-controladoras serãoajustados para refletir as mudanças em suas participações relativas na subsidiária. Qualquer diferença entreo valor pelo qual são ajustadas as participações não-controladoras e o valor justo da contrapartida paga ourecebida será reconhecida diretamente no patrimônio líquido e atribuída aos proprietários da controladora.

Perda de controle – Em conformidade com a IAS 27, caso ocorra a perda de controle de uma subsidiária, oBanco deixa de reconhecer, na data em que o controle é perdido: (i) os ativos, inclusive o ágio, e ospassivos da subsidiária pelo seu valor contábil; e (ii) o valor contábil de quaisquer participações não-controladoras na ex-subsidiária, inclusive quaisquer componentes de outros resultados abrangentesatribuídos a ela.

Além disso, o Banco reconhece na data da perda do controle: (i) o valor justo da contrapartida recebida, sehouver, proveniente da transação, evento ou circunstâncias que resultaram na perda de controle; (ii) adistribuição de ações da subsidiária aos proprietários, caso a transação que resultou na perda do controleenvolva uma distribuição de ações; (iii) qualquer investimento retido na ex-subsidiária pelo seu valor justo; e(iv) qualquer diferença resultante como um ganho ou perda no resultado atribuível à controladora.

Entidades de propósito específico (EPE) – O Banco patrocina a formação de EPEs para transações desecuritização de ativos, as quais podem ser ou não – direta ou indiretamente – controladas por subsidiárias.Previamente à consolidação de uma EPE, o Banco avalia uma série de requisitos estabelecidos na SIC 12,incluindo: (i) se as atividades da EPE estão sendo conduzidas no interesse do Banco, de acordo com suasnecessidades específicas de negócios, de forma que o Banco obtenha os benefícios das operações daEPE; (ii) se o Banco tem o poder de tomar decisões para obter a maioria dos benefícios da EPE; (iii) se oBanco tem o direito de obter a maioria dos benefícios das atividades da EPE; e (iv) se o Banco detém amaioria dos riscos residuais de propriedade relacionados aos ativos da EPE. O Banco consolida uma EPEse a avaliação desses requisitos indicar que ela é sua controlada.

Sempre que ocorrer uma mudança na forma de relacionamento do Banco com a EPE, procede-se àreavaliação do status de consolidação.

Entidades controladas em conjunto ( Joint ventures ) – Uma entidade controlada em conjunto existequando o Banco participa de um acordo contratual com uma ou mais partes para empreender atividades pormeio de entidades em que as decisões estratégicas financeiras e operacionais relacionadas com a atividadeexigem o consenso unânime das partes que partilham o controle. Em conformidade com a IAS 31, o Bancooptou por efetuar a consolidação proporcional das entidades controladas em conjunto.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Conso lidadas

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A aplicação da consolidação proporcional significa que a demonstração da posição financeira do investidorinclui sua parcela nos ativos que controla em conjunto e nos passivos pelos quais é conjuntamenteresponsável. A demonstração do resultado do investidor inclui sua parcela das receitas e despesas daentidade controlada em conjunto.

O Banco descontinua o uso da consolidação proporcional a partir da data em que ele deixa de compartilharo controle de uma entidade controlada em conjunto. Isso pode acontecer, por exemplo, quando o investidoraliena sua participação ou quando eventuais restrições externas forem aplicadas à entidade controlada emconjunto, de modo que o investidor não mais tenha o controle conjunto.

Contribuições não monetárias a entidades controlada s em conjunto – em conformidade com a SIC 13,quando o Banco contribui com ativos não-monetários em troca de uma participação societária em umaentidade controlada em conjunto, o ganho ou a perda na transação é reconhecido na medida em que osativos forem vendidos para os outros empreendedores. Nenhum ganho ou perda é reconhecido se (i) osriscos e benefícios significativos da propriedade dos ativos não foram transferidos, (ii) o ganho ou a perdanão possa ser mensurado de forma confiável, ou (iii) a transação não tenha substância comercial.

Coligadas – Uma coligada é uma entidade na qual o Banco tem o poder de exercer influência significativasobre as suas políticas financeiras e operacionais, embora não detenha o controle. A influência significativaé geralmente presumida quando o Banco possui entre 20% e 50% do capital votante da entidade. Mesmoquando os direitos de voto sejam inferiores a 20%, o Banco poderá exercer influência significativa por meiode participação na gestão da coligada ou na composição dos órgãos de administração com poderesexecutivos. A existência de direitos potenciais de votos que são correntemente exercitáveis ou conversíveise transações materiais entre as companhias são consideradas na avaliação da influência significativa doBanco sobre a entidade.

Os investimentos do Grupo nas coligadas são inicialmente registrados pelo custo e, subsequentemente,pelo método da equivalência patrimonial, sendo aumentados (ou diminuídos) para refletir tanto aparticipação do Grupo nos resultados pós-aquisições, como a participação em outros itens incluídosdiretamente no patrimônio líquido das coligadas, preservando-se integralmente a uniformidade de práticascontábeis do Conglomerado.

O ágio (goodwill) gerado na aquisição de uma coligada é incluído no valor contábil do investimento, líquidode qualquer perda por redução ao valor recuperável acumulada. O deságio é reconhecido diretamente noresultado do período em que a aquisição ocorreu. Perdas de equivalência patrimonial acima do valorcontábil do investimento na entidade são lançadas contra outros ativos mantidos pelo Banco relacionadoscom a investida. Se esses ativos são levados a zero é feita uma divulgação adicional baseada na obrigaçãode o Banco financiar tais perdas.

b) Sazonalidade das operações

O Banco e suas empresas controladas consideram a natureza de suas transações como não cíclicas e nãosazonais, levando em consideração as atividades exercidas pelo Grupo. Consequentemente, não foramfornecidas divulgações específicas nestas notas explicativas às demonstrações contábeis consolidadasreferentes ao período de doze meses findo em 31 de dezembro de 2011.

c) Compensação de ativos e passivos

O Banco não compensa quaisquer ativos ou passivos pela dedução de outros passivos ou ativos, ouqualquer receita ou despesa pela dedução de outras despesas ou receitas, exceto se existir um direito legalde compensação e esta compensação representar a expectativa em relação à realização do ativo ou àliquidação do passivo.

d) Conversão de operações em moeda estrangeira

Moeda funcional e de apresentação – As demonstrações contábeis consolidadas são apresentadas emReais, que é a moeda funcional e de apresentação do Banco. A moeda funcional, que é a moeda doambiente econômico principal no qual uma entidade opera, é o Real para a maioria das entidades do Grupo.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Conso lidadas

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Transações e saldos – As transações em moeda estrangeira são inicialmente registradas à taxa de câmbioda moeda funcional em vigor na data da transação.

Os ativos e passivos do Banco denominados em moeda estrangeira, a maior parte dos quais de naturezamonetária, são convertidos à taxa de câmbio da moeda funcional em vigor na data do balanço. Todas asdiferenças de conversão são reconhecidas na Demonstração do Resultado Consolidado do período em quesurgirem, com exceção de algum item monetário a receber ou a pagar relacionado a uma operação noexterior. Nesse caso, essas diferenças são lançadas diretamente no patrimônio líquido.

Conversão para a moeda de apresentação – As demonstrações contábeis de entidades domiciliadas noexterior são convertidas para a moeda de apresentação de acordo com os seguintes critérios: (i) ativos epassivos, a maior parte dos quais de natureza monetária, pela taxa de câmbio vigente no final do exercícioe (ii) receitas e despesas pela média das taxas de câmbio do período.

As diferenças de câmbio geradas com base na conversão das demonstrações contábeis de entidades noexterior, cuja moeda funcional é o Real, são reconhecidas na Demonstração do Resultado Consolidado.Para aquelas entidades cuja moeda funcional é diferente do Real, as diferenças cambiais acumuladas sãoreconhecidas diretamente no patrimônio líquido, até a eventual alienação da subsidiária no exterior ou perdado controle. Nesse momento, as diferenças de câmbio acumuladas são reclassificadas de Outros resultadosabrangentes para receita ou despesa do período. O montante das diferenças de câmbio atribuíveis aacionistas não controladores é alocado e reconhecido como parte de participações de acionistas nãocontroladores no Balanço Patrimonial Consolidado.

e) Reconhecimento de receitas e despesas

As receitas e as despesas são reconhecidas pelo regime de competência e são reportadas nasdemonstrações contábeis dos períodos a que se referem. As receitas de juros e de tarifas e comissões sãoreconhecidas quando o seu valor, os seus custos associados e o estágio de conclusão da transaçãopuderem ser mensurados de forma confiável e quando for provável que os benefícios econômicosassociados à transação serão realizados. Esse conceito é aplicado para as principais receitas geradaspelas atividades do Banco, a saber:

Receita líquida de juros – As receitas e as despesas de juros decorrentes dos ativos e passivos querendem e pagam juros são reconhecidas no resultado do período de acordo com o regime de competência,utilizando-se o método da taxa efetiva de juros para a parte significativa dos instrumentos financeirosdetidos pelo Banco.

O método da taxa efetiva de juros é um método para o cálculo do custo amortizado de um ativo financeiroou de um passivo financeiro (ou de um grupo de ativos financeiros ou passivos financeiros) e para aalocação da receita ou da despesa de juros ao longo do período correspondente.

A taxa efetiva de juros é a taxa que desconta os pagamentos e recebimentos futuros em caixa durante todaa vida esperada do ativo ou passivo financeiro. A taxa efetiva de juros é estabelecida quando doreconhecimento inicial do ativo ou passivo financeiro, não sendo submetida a revisões posteriores. Aoefetuar o cálculo da taxa efetiva de juros, o Banco estima os fluxos de caixa futuros considerando todos ostermos contratuais do instrumento financeiro, porém desconsiderando qualquer estimativa futura de perdas.

O cálculo da taxa efetiva inclui todas as comissões, os custos de transação e os descontos ou prêmios quesão parte integrante da taxa efetiva de juros. Os custos da transação correspondem a custos incrementaisdiretamente atribuíveis à aquisição, emissão ou alienação de um ativo ou passivo financeiro.

As receitas e despesas de juros apresentadas na Demonstração do Resultado Consolidado incluem,principalmente: (i) os juros sobre os ativos e passivos financeiros mensurados ao custo amortizado, combase na taxa efetiva de juros; (ii) os rendimentos de ativos financeiros registrados ao valor justo por meio doresultado; (iii) os rendimentos de ativos financeiros disponíveis para venda; (iv) os juros incorridos sobre asobrigações por operações compromissadas; (v) os juros incorridos sobre as obrigações de curto e longoprazos; e (vi) a remuneração sobre os depósitos de clientes, exceto depósitos à vista, que não sãoremunerados.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Conso lidadas

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Em conformidade com a IAS 18, o Banco apropria receitas de encargos financeiros quando o recebimentodos benefícios econômicos relacionados à transação for considerado provável.

Receita de tarifas e comissões – O reconhecimento de receitas de tarifas e comissões é determinado deacordo com a finalidade das tarifas e as bases de contabilidade para os instrumentos financeiros a elasassociados. Se houver um instrumento financeiro associado, as receitas de tarifas são consideradas nocálculo dos juros, exceto nos casos em que o instrumento financeiro for registrado na categoria ao valorjusto por meio do resultado. Entretanto, as receitas de tarifas recebidas por serviços que são fornecidossobre um período específico são reconhecidas ao longo desse período. As receitas de tarifas recebidaspara prestação de um serviço específico ou sobre um evento significativo são reconhecidas quando oserviço for prestado ou o evento incorrido.

Receita de dividendos – As receitas auferidas com dividendos são reconhecidas no resultado do períodoquando o Banco adquire o direito de receber o pagamento.

f) Caixa e equivalentes de caixa

Caixa e equivalentes de caixa abrangem as disponibilidades e os investimentos imediatamente conversíveisem caixa, com vencimento máximo de três meses a contar da data de aquisição, e sujeitos a um riscoinsignificante de mudança no valor. Foram considerados os saldos das aplicações financeiras de altaliquidez registrados nos itens do Balanço Patrimonial Consolidado “Caixa e depósitos bancários”,“Empréstimos a instituições financeiras” e “Aplicações em operações compromissadas”, exceto recursos deuso restrito e operações com prazo de realização superior a três meses.

R$ mil

31.12.2011 31.12.2010

Caixa e depósitos bancários 10.492.143 9.816.675

Empréstimos a instituições financeiras (1) 23.765.788 14.889.970

Aplicações em operações compromissadas 10.051.956 513.055

Total de caixa e equivalentes de caixa 44.309.888 25.219.700(1) Depósitos interfinanceiros de alta liquidez.

g) Instrumentos financeiros

O Banco classifica os instrumentos financeiros de acordo com a natureza e sua intenção em relação aoinstrumento. Todos os ativos e passivos financeiros são inicialmente reconhecidos na data de negociação,isto é, a data em que o Banco se torna parte das disposições contratuais do instrumento. A classificaçãodos ativos e dos passivos financeiros é determinada na data do reconhecimento inicial.

Todos os instrumentos financeiros são mensurados inicialmente ao valor justo acrescido do custo datransação, exceto nos casos em que os ativos e passivos financeiros são registrados ao valor justo por meiodo resultado. As políticas contábeis aplicadas a cada classe de instrumentos financeiros são apresentadasa seguir.

Ativos financeiros ao valor justo por meio do resul tado – Os instrumentos financeiros são classificadosnesta categoria caso sejam mantidos para negociação na data de originação ou aquisição, ou sejam assimdesignados pela Administração durante o reconhecimento inicial.

Um ativo financeiro é classificado como mantido para negociação se: (i) for adquirido principalmente paraser vendido no curto prazo; (ii) por ocasião do reconhecimento inicial, fizer parte de uma carteira deinstrumentos financeiros identificados que sejam administrados em conjunto e para os quais há evidênciade um padrão real recente de obtenção de lucros no curto prazo; ou (iii) for um derivativo (exceto umderivativo que seja um contrato de garantia financeira ou um instrumento de cobertura designado e efetivo).

O Banco possui derivativos destinados a negociação, tais como swaps, contratos futuros, contratos a termo,opções e outros tipos de derivativos similares baseados na taxa de juros, na taxa de câmbio, no preço deações e commodities e risco de crédito. Os derivativos são registrados ao valor justo e mantidos comoativos quando o valor justo é positivo e como passivo quando o valor justo é negativo.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Conso lidadas

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O Banco também utiliza instrumentos financeiros derivativos não qualificados para hedge accounting paraadministrar exposição a riscos de mercado, principalmente taxa de juros, moedas e crédito. Além disso, oGrupo também possui derivativos contratados por solicitação de seus clientes, com o único objetivo deproteção contra os riscos inerentes às suas atividades econômicas.

O Banco somente designa um instrumento financeiro ao valor justo por meio do resultado durante oreconhecimento inicial quando os seguintes critérios são observados: (i) a designação elimina ou reduzsignificativamente o tratamento inconsistente que ocorreria na mensuração dos ativos e passivos ou noreconhecimento dos ganhos e perdas correspondentes em formas diferentes; (ii) os ativos e os passivossão parte de um grupo de ativos financeiros, passivos financeiros ou ambos, os quais são gerenciados ecom seus desempenhos avaliados com base no valor justo, conforme uma estratégia documentada degestão de risco ou de investimento; ou (iii) o instrumento financeiro possui um ou mais derivativosembutidos, o que modifica significativamente o fluxo de caixa que seria requerido pelo contrato.

Não é possível realizar transferências de ativos financeiros classificados nessa categoria para outras, àexceção de ativos financeiros não-derivativos mantidos para negociação, os quais podem serreclassificados após o reconhecimento inicial quando: (i) em raras circunstâncias, o instrumento financeironão for mais mantido com o propósito de venda no curto prazo; ou (ii) ele satisfizer a definição de umempréstimo e recebível, e se o Banco tiver a intenção e habilidade de manter o ativo financeiro por umprazo futuro ou até o seu vencimento.

Os instrumentos financeiros registrados nessa categoria são reconhecidos inicialmente ao valor justo e osseus rendimentos (juros e dividendos) são apropriados como receita de juros. Os custos de transação,quando incorridos, são reconhecidos imediatamente na Demonstração do Resultado Consolidado.

Ganhos e perdas realizados e não realizados em função das variações de valor justo desses instrumentossão incluídos em Ganhos/(perdas) líquidos sobre ativos/passivos financeiros ao valor justo por meio doresultado.

Os ativos financeiros registrados nessa categoria referem-se a títulos e valores mobiliários e instrumentosfinanceiros derivativos mantidos com o propósito de negociação.

Derivativos embutidos – Segundo a IAS 39, alguns contratos híbridos podem conter um componentederivativo e outro componente não derivativo. Em tais casos, o componente derivativo é conhecido comoum derivativo embutido e o componente não derivativo representa o contrato principal. Quando os riscos ecaracterísticas econômicas de derivativos embutidos não são rigorosamente relacionados com os riscos docontrato principal, e o contrato principal não é registrado ao valor justo por meio do resultado, o derivativoembutido é bifurcado e reportado ao valor justo com ganhos e perdas sendo reconhecidos emGanhos/(perdas) líquidos sobre ativos/passivos financeiros ao valor justo por meio do resultado.

Ativos financeiros disponíveis para venda – O Banco classifica como ativos financeiros disponíveis paravenda os títulos e valores mobiliários quando, no julgamento da Administração, puderem ser vendidos emresposta ou em antecipação a mudanças nas condições de mercado ou não sejam classificados como (i)empréstimos e recebíveis, (ii) investimentos mantidos até o vencimento, ou (iii) ativos financeiros ao valorjusto por meio do resultado.

Esses títulos e valores mobiliários são inicialmente contabilizados ao valor justo, incluindo os custos diretose incrementais de transação. A mensuração subsequente desses instrumentos também é registrada aovalor justo.

Os ganhos ou perdas não realizados (líquidos dos tributos incidentes) são registrados em componenteseparado do patrimônio líquido (Outros resultados abrangentes acumulados) até a sua alienação. Osrendimentos (juros e dividendos) desses ativos são apropriados como receita de juros. Os ganhos e perdasrealizados na alienação de ativos financeiros disponíveis para venda são contabilizados comoGanhos/(perdas) sobre ativos financeiros disponíveis para venda, na data da alienação.

Ocorrendo reclassificação de ativos financeiros disponíveis para venda para a categoria negociação, osganhos ou perdas não realizados até a data da reclassificação, que se encontram registrados em Outrosresultados abrangentes acumulados, são transferidos imediatamente para o resultado do período.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Conso lidadas

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Os ativos financeiros disponíveis para a venda são avaliados para fins de determinação de seus valoresrecuperáveis conforme discutido na seção “Redução ao valor recuperável de instrumentos financeiros –Imparidade”. As perdas por redução ao valor recuperável desses instrumentos financeiros são reconhecidasna Demonstração do Resultado Consolidado, em Ganhos/(perdas) sobre ativos financeiros disponíveis paravenda, e baixadas dos valores registrados em Outros resultados abrangentes acumulados.

Ativos financeiros mantidos até o vencimento – Os ativos financeiros para os quais o Banco tem a firmeintenção e capacidade financeira comprovada para mantê-los até o vencimento são classificados comoativos financeiros mantidos até o vencimento e são inicialmente contabilizados ao valor justo, incluindo oscustos incrementais de transação. Esses instrumentos financeiros são mensurados subsequentemente aocusto amortizado. Os juros, incluindo os ágios e deságios, são contabilizados em Receita de juros de ativosfinanceiros mantidos até o vencimento.

Em conformidade com a IAS 39, o Banco não classifica nenhum ativo financeiro como mantido até ovencimento se tiver, durante o exercício social corrente ou durante os dois exercícios sociais precedentes,vendido ou reclassificado mais do que uma quantia insignificante de investimentos mantidos até ovencimento antes do vencimento, que não seja por vendas ou reclassificações que: (i) estejam tão próximosdo vencimento ou da data de compra do ativo financeiro que as alterações na taxa de juros do mercado nãoteriam efeito significativo no valor justo do ativo financeiro; (ii) ocorram depois de o Banco tersubstancialmente recebido todo o capital original do ativo financeiro por meio de pagamentos programadosou de pagamentos antecipados; ou (iii) sejam atribuíveis a um acontecimento isolado que esteja fora docontrole da entidade, não seja recorrente e não tenha podido ser razoavelmente previsto pela entidade.

Sempre que as vendas ou reclassificações de mais de uma quantia insignificante de investimentos mantidosaté o vencimento não satisfizerem nenhuma das condições mencionadas anteriormente, qualquerinvestimento mantido até o vencimento remanescente deve ser reclassificado como disponível para venda.

Empréstimos e recebíveis – Os empréstimos e recebíveis incluem ativos financeiros não-derivativos, compagamentos fixos ou determináveis, que não são cotados em um mercado ativo, exceto: (i) aqueles que oBanco pretende vender imediatamente ou no curto prazo, que serão classificados como mantidos paranegociação, e aqueles que o Banco, por ocasião do reconhecimento inicial, designe como ao valor justo pormeio do resultado, ou como disponíveis para venda; ou (ii) aqueles para os quais o Banco possa nãorecuperar substancialmente a totalidade de seu investimento inicial, salvo por conta de redução no valorrecuperável do crédito.

Os empréstimos e recebíveis são apresentados no Balanço Patrimonial subdivididos em quatro categorias:(i) Depósitos compulsórios em bancos centrais; (ii) Empréstimos a instituições financeiras; (iii) Empréstimosa clientes; e (iv) Aplicações em operações compromissadas, cuja data de realização seja superior a 90 dias.

Depósitos compulsórios em bancos centrais – Os depósitos compulsórios em bancos centrais referem-se a uma proporção dos depósitos à vista, a prazo e de poupança que são recolhidos aos Bancos Centraisdos países onde o Banco possui operações. No Brasil, o Conselho Monetário Nacional determina aproporção dos depósitos que os bancos são obrigados a recolher de forma compulsória, os quais estãosujeitos, de forma substancial, à remuneração definida pelo órgão regulador.

Os depósitos compulsórios são inicialmente registrados ao valor justo, e avaliados subsequentemente,quando aplicável, pelo custo amortizado. Esses ativos são apresentados pelo valor principal, acrescido dosencargos financeiros, se houver. As respectivas receitas financeiras são registradas em Receita de juros dedepósitos compulsórios em bancos centrais.

Empréstimos a instituições financeiras – Os empréstimos a instituições financeiras são constituídos poroperações de aquisição de carteiras de crédito com coobrigação do cedente e por aplicações em depósitosinterfinanceiros cujo prazo de realização seja superior a três meses. Esses ativos são apresentados pelovalor principal, acrescido dos encargos financeiros, incluindo juros, ágios ou deságios. As respectivasreceitas financeiras são registradas em Receita de juros de empréstimos a instituições financeiras.

Empréstimos a clientes – Os empréstimos a clientes são ativos financeiros com pagamentos fixos oudetermináveis, inicialmente reconhecidos pelo valor justo, e avaliados, subsequentemente, pelo custoamortizado utilizando a taxa efetiva de juros. São demonstrados pelo valor do principal, acrescido dosencargos financeiros apropriados, incluindo os juros e a indexação contratual (variação monetária e

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cambial, se houver). Os encargos financeiros são registrados de acordo com o regime de competência eadicionados ao montante de principal em cada período. As receitas financeiras geradas por empréstimos aclientes são registradas em Receita de juros de empréstimos a clientes.

Em conformidade com a IAS 18, as receitas devem ser reconhecidas somente quando houver expectativade sua realização. Dessa forma, o Banco adota como política suspender a apropriação dos juros e encargosfinanceiros em todos os empréstimos a clientes julgados incobráveis em relação ao principal ou aosencargos. Esses empréstimos a clientes, cuja apropriação de encargos financeiros é descontinuada,passam a ser considerados como de curso anormal. A cobrança de juros sobre tais empréstimos éregistrada como redução do principal e, quando de seu recebimento, o resultado é então reconhecido.

O valor contábil de empréstimos a clientes é reduzido por uma conta de provisão e o valor da perda porredução ao valor recuperável é reconhecido no resultado como Despesa líquida com provisão para perdasem empréstimos a clientes, que representa a estimativa da Administração do Banco quanto a perdasincorridas na carteira. O nível de provisão é determinado com base em estimativas que consideram aocorrência de eventos de perda, os cenários econômicos atuais, outras premissas e julgamentos daAdministração, incluindo a experiência anterior com perdas na carteira de empréstimos a clientes, existênciade garantias e a avaliação do risco individual dos clientes.

Aplicações em operações compromissadas e obrigações por operações compromissadas – O Bancorealiza aplicações em títulos e valores mobiliários com compromisso de revenda e captações de recursosmediante venda de títulos e valores mobiliários com compromisso de recompra, compreendendoprincipalmente títulos públicos federais. Os compromissos de revenda e os compromissos de recompra sãoconsiderados operações financeiras com garantia, e são contabilizados pelo seu valor de aquisição ou devenda, acrescido dos juros incorridos.

Títulos vendidos com contrato de recompra não são baixados, já que o Banco retém substancialmentetodos os riscos e benefícios de propriedade. O correspondente ao caixa recebido, incluindo os jurosapropriados, é reconhecido como um passivo de operações compromissadas, refletindo a substânciaeconômica da transação como uma dívida do Banco.

O valor pago por títulos adquiridos com contrato de revenda, incluindo os juros apropriados, é registradocomo ativo de operações compromissadas, refletindo a substância econômica da transação como umempréstimo concedido pelo Banco.

O Banco acompanha e avalia permanentemente o valor de mercado dos títulos e valores mobiliárioscomprados com compromisso de revenda e ajusta o valor da garantia, quando necessário.

Passivos financeiros – Um instrumento é classificado como passivo financeiro quando existe umaobrigação contratual da sua liquidação ser efetuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro ativofinanceiro, independentemente de sua forma legal. Passivos financeiros incluem dívidas emitidas de curto ede longo prazos que são inicialmente mensurados ao valor justo, que é o valor recebido líquido dos custosincorridos na transação e, subsequentemente, ao custo amortizado.

Os passivos financeiros mantidos para negociação e aqueles designados pela Administração como ao valorjusto por meio do resultado são registrados no Balanço Patrimonial Consolidado ao valor justo. Os passivosfinanceiros registrados ao valor justo referem-se, principalmente, a instrumentos financeiros derivativosmantidos com o propósito de negociação.

Quando um passivo financeiro existente é substituído por outro do mesmo credor em termossubstancialmente diferentes, ou os termos do passivo existente são substancialmente modificados, a trocaou modificaçao é tratada como uma baixa do passivo original e o reconhecimento de um novo passivo, e adiferença no valor contábil é reconhecida no resultado do período.

Títulos emprestados e tomados por empréstimos – Transações de títulos emprestados e tomados porempréstimo são geralmente garantidos por outros títulos ou por outras disponibilidades. A transferência dotítulo para terceiros é refletida no Balanço Patrimonial Consolidado somente se os riscos e benefícios deposse são também transferidos. Caixa pago ou recebido como garantia é registrado como um ativo oupassivo.

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Títulos tomados por empréstimos não são reconhecidos no Balanço Patrimonial Consolidado, a menos quetenham sido vendidos para terceiros. Nesse caso, a obrigação de retornar o título é registrada como passivofinanceiro de negociação e mensurado ao valor justo, com qualquer ganho ou perda contabilizado emGanhos/(perdas) líquidos sobre ativos/passivos financeiros ao valor justo por meio do resultado.

Determinação do valor justo – Valor justo é a quantia pela qual um ativo pode ser trocado, ou um passivoliquidado, entre partes conhecedoras e dispostas a isso numa transação sem favorecimento.

O valor justo de instrumentos financeiros negociados em mercados ativos na data-base do balanço ébaseado no preço de mercado cotado ou na cotação do preço de balcão (preço de venda para posiçõescompradas ou preço de compra para posições vendidas), sem nenhuma dedução de custo de transação.

Nas situações em que não existe um preço de mercado para um determinado instrumento financeiro, oBanco estima o seu valor justo com base em métodos de avaliação comumente utilizados nos mercadosfinanceiros, adequados às características específicas do instrumento e que capturam os diversos riscos aosquais está exposto. Métodos de valorização incluem: o método do fluxo de caixa descontado, comparação ainstrumentos financeiros semelhantes para os quais existe um mercado com preços observáveis, modelo deprecificação de opções, modelos de crédito e outros modelos de valorização conhecidos.

Os referidos modelos são ajustados para capturar a variação dos preços de compra e venda, o custo deliquidação da posição, para servir como contrapartida das variações de crédito e de liquidez e,principalmente, para suprir as limitações teóricas inerentes aos modelos.

Os modelos internos de precificação podem envolver algum nível de estimativa e julgamento daAdministração cuja intensidade dependerá, entre outros fatores, da complexidade do instrumento financeiro.

Os métodos de mensuração utilizados pelo Banco para determinar o valor justo dos instrumentosfinanceiros estão detalhados na Nota 38.

h) Baixa de ativos financeiros e de passivos financ eiros

Ativos financeiros – Um ativo financeiro é baixado quando (i) os direitos contratuais relativos aosrespectivos fluxos de caixa expirarem; (ii) o Banco transferir para terceiros a maioria dos riscos e benefíciosassociados à operação; ou (iii) quando o controle sobre o ativo é transferido, mesmo o Banco tendo retidoparte dos riscos e benefícios associados à sua detenção.

Os direitos e obrigações retidos na transferência são reconhecidos separadamente como ativos e comopassivos, quando apropriado. Se o controle sobre o ativo é retido, o Banco continua a reconhecê-lo naextensão do seu envolvimento contínuo, que é determinado pela extensão em que ele permanece exposto amudanças no valor do ativo transferido.

Passivos financeiros – Um passivo financeiro é baixado quando a respectiva obrigação é eliminada,cancelada ou prescrita. Se um passivo financeiro existente é substituído por outro do mesmo credor emtermos substancialmente diferentes, ou os termos do passivo existente são substancialmente modificados,tal modificação é tratada como uma baixa do passivo original e o reconhecimento de um novo passivo, e adiferença entre os respectivos valores contábeis é reconhecida no resultado.

i) Instrumentos financeiros para proteção ( Hedge Accounting )

O Banco utiliza instrumentos derivativos para administrar exposições aos riscos de taxa de juros, devariação cambial e de crédito, inclusive exposição gerada de transações futuras e compromissos firmes.Para administrar um risco específico, o Banco aplica hedge accounting para transações que se enquadramnos critérios específicos.

No início do relacionamento de hedge, o Banco formaliza o processo por meio de documentação dorelacionamento entre o item objeto de hedge e o instrumento de hedge, incluindo a natureza do risco, oobjetivo e a estratégia de designar o hedge e o método que será utilizado para avaliar a efetividade dorelacionamento de hedge.

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Também no início do relacionamento de hedge, o Banco efetua uma avaliação formal para garantir que oinstrumento de hedge seja altamente efetivo em anular o risco designado na relação de hedge. Um hedge éesperado ser altamente efetivo caso a variação no valor justo ou fluxo de caixa atribuído ao risco que estásendo protegido durante o período na relação de hedge anular de 80% a 125% da variação do risco. Emsituações em que o item objeto de hedge é uma transação futura, o Banco avalia se a transação éaltamente provável e apresenta uma exposição a variações de fluxo de caixa que possa por fim afetar ademonstração de resultado.

Hedge de valor justo – Para os hedges de valor justo designados e qualificados, a variação no valor justode um derivativo designado para hedge é reconhecida na demonstração do resultado em Ganhos/(perdas)líquidos sobre ativos/passivos financeiros ao valor justo por meio do resultado. A variação do valor justo doitem objeto de hedge atribuído ao risco que é coberto é registrada como parte do seu valor contábil e étambém reconhecida na demonstração do resultado. Os valores justos dos instrumentos de hedge sãoapresentados no balanço patrimonial em ativos ou passivos financeiros ao valor justo por meio do resultado.

Nos casos de vencimento, venda, cancelamento ou exercício do instrumento de hedge, ou quando aposição de hedge não se enquadra nas condições de hedge accounting, a relação de hedge é terminada.Para os itens objeto de hedge registrados a custo amortizado, a diferença entre o valor contábil do itemobjeto de hedge ao término e o valor nocional é amortizada ao longo do prazo remanescente do hedgeoriginal, utilizando a taxa pactuada. Se o item objeto de hedge é vendido, o ajuste ao valor justo nãoamortizado é reconhecido imediatamente no resultado do período.

O Banco utiliza instrumentos financeiros derivativos designados, essencialmente, para proteção de risco demercado. Os instrumentos utilizados são os contratos futuros, swaps ou opções. A composição da carteirade derivativos designados para hedge de risco de mercado encontra-se detalhada na Nota 39.

Hedge de fluxo de caixa – Para os hedges de fluxo de caixa designados e qualificados, a parte efetiva doganho ou de perda no instrumento de hedge é inicialmente reconhecida como elemento separado dopatrimônio líquido, em Outros resultados abrangentes acumulados. A parte não efetiva do ganho ou perdado instrumento de hedge é reconhecida imediatamente na demonstração do resultado.

Quando o hedge de fluxo de caixa afeta a demonstração do resultado, o ganho ou a perda no instrumentode hedge é registrado em Ganhos/(perdas) líquidos sobre ativos/passivos financeiros ao valor justo pormeio do resultado. Quando o instrumento de hedge vence, ou é vendido, cancelado, exercido, ou quandonão se enquadra nas condições de hedge accounting, qualquer ganho ou perda cumulativos existente nopatrimônio líquido permanece ali até o momento em que a transação futura protegida é reconhecida nademonstração do resultado. Quando uma transação futura não é mais esperada a ocorrer, o ganho ouperda cumulativos registrado no patrimônio líquido é imediatamente transferido para o resultado do período.

O Banco não possui instrumentos financeiros derivativos designados e qualificados para proteção de fluxode caixa.

Hedge de investimento líquido em operações no exterior – Hedges de investimentos líquidos emoperações no exterior, inclusive hedges de itens monetários que são registrados como parte doinvestimento líquido, são contabilizados de forma similar ao hedge de fluxo de caixa. Ganhos ou perdas noinstrumento de hedge relacionados à parte efetiva do hedge são reconhecidos diretamente no patrimôniolíquido, enquanto quaisquer ganhos ou perdas relacionados à parte não efetiva são reconhecidos noresultado. Na alienação da operação no exterior, o valor cumulativo dos ganhos ou perdas reconhecidodiretamente no patrimônio líquido é transferido para o resultado do período.

O Banco não possui instrumentos financeiros derivativos designados e qualificados para proteção deinvestimentos líquidos em operações no exterior.

Derivativos não qualificados para proteção – Os contratos derivativos celebrados como hedgeseconômicos, que não se qualificam para hedge accounting, são classificados como ao valor justo por meiodo resultado. Os instrumentos financeiros derivativos utilizados para esses fins são os contratos futuros,swaps, opções e contratos a termo, mantidos principalmente para proteção aos riscos de taxas de juros evariação cambial, apesar desses instrumentos financeiros não se qualificarem para hedge accounting.

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j) Redução ao valor recuperável de ativos financeir os – Imparidade

Ao final de cada período de reporte, o Banco avalia se há alguma evidência objetiva de redução ao valorrecuperável de seus ativos financeiros. Um ativo financeiro é considerado como apresentando problemas derecuperação e as perdas por redução no valor recuperável são incorridas se, cumulativamente: (i) houverevidência objetiva de redução do seu valor recuperável como resultado de um ou mais eventos ocorridosdepois do reconhecimento inicial do ativo; (ii) o evento de perda tiver um impacto sobre o fluxo de caixafuturo estimado do ativo financeiro; e (iii) uma estimativa razoável do valor puder ser realizada. As perdasesperadas como resultado de eventos futuros, independentemente de sua probabilidade, não sãoreconhecidas.

A evidência objetiva de que um ativo financeiro apresenta problemas de recuperabilidade inclui dadosobserváveis que são avaliados pelo Banco, principalmente em relação aos seguintes eventos de perda: (i)dificuldade financeira significativa do emissor ou devedor; (ii) uma quebra de contrato, como, por exemplo,inadimplência ou atraso nos pagamentos de juros ou principal; (iii) ficar provável que o mutuário entrará emfalência ou passará por outra reorganização financeira; e (iv) o desaparecimento de um mercado ativo paraesse ativo financeiro, por causa de dificuldades financeiras.

Em alguns casos, os dados observáveis necessários para estimar o valor de uma perda por redução novalor recuperável sobre um ativo financeiro podem estar limitados ou deixar de ser totalmente relevantespara as circunstâncias atuais. Nesses casos, o Banco usa seu julgamento para estimar o valor de qualquerperda por redução no valor recuperável. O uso de estimativas razoáveis é parte essencial da preparaçãodas demonstrações financeiras e não prejudica sua confiabilidade.

Os ativos financeiros sujeitos a terem seus valores recuperáveis testados são apresentados a seguir.

Empréstimos a clientes – Na avaliação da redução ao valor recuperável de empréstimos a clientes, oBanco verifica se existem evidências objetivas de perdas em relação a esses ativos financeiros, com oobjetivo de classificá-los em operações com problemas de recuperabilidade (impairment) e sem problemasde recuperabilidade (não-impairment).

O grupo de operações com problemas de recuperabilidade é avaliado de forma segmentada em função dasignificância das operações, gerando dois grupos distintos: (i) operações em impairment individualmentesignificativas, para tratamento de forma individualizada; e (ii) operações em impairment individualmente nãosignificativas, para tratamento de forma coletiva.

Para a segmentação dos empréstimos a clientes com evidências de perdas em “individualmentesignificativas” e “individualmente não significativas”, a Administração adota como parâmetro as alçadascorporativas para concessão dos créditos mais significativos. Dessa forma, adota-se como ponto de corte,para determinação da significância das operações, o valor máximo de alçada negocial para realização deoperações com pessoas jurídicas, assim considerado o valor de endividamento do cliente a partir do qualsuas novas operações necessitariam de aprovação em nível decisório estratégico do Banco.

Para permitir que a Administração determine se um evento de perda pode vir a se materializar, numa baseindividual, são verificados, em linhas gerais: (i) a situação econômico-financeira e jurídica da contraparte; (ii)a retenção de riscos por parte do Banco, em relação às operações da contraparte; (iii) o histórico derelacionamento comercial da contraparte com o Banco; e (iv) a situação das garantias dos créditos. Esseescopo permite ao Banco estimar, a cada data de reporte, a necessidade de eventual redução ao valorrecuperável dos ativos financeiros individualmente considerados.

A identificação de um evento de perda para uma contraparte em uma operação específica faz com quetodas as demais operações com aquela contraparte sejam também classificadas como com evidência deperda.

Caso o Banco determine que os eventos de perda não afetam o valor recuperável dos empréstimos aclientes individualmente avaliados, os ativos financeiros são incluídos em um grupo de ativos comcaracterísticas de risco de crédito semelhantes e os avalia coletivamente para fins de redução ao valorrecuperável. Os empréstimos a clientes que são individualmente avaliados por redução ao valor recuperávele para os quais a perda por imparidade é reconhecida, não são incluídos em uma avaliação coletiva deredução ao valor recuperável.

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A avaliação coletiva de perdas por redução ao valor recuperável, aplicada às operações classificadas comoem impairment individualmente não significativo, baseia-se na aplicação dos Índices de Perdas Históricas –IPH observados na carteira do Banco. Os IPH são apurados a partir da observação das perdas incorridaspelo Banco, por safras mensais, a partir do décimo terceiro mês anterior à data de encerramento doexercício, no caso de operações com prazo a decorrer de até trinta e seis meses (denominadas, para finsdo teste de imparidade, como “curto prazo”), ou a partir do décimo nono mês anterior, no caso de operaçõescom prazo a decorrer superior a trinta e seis meses (denominadas, para fins do teste de imparidade, como“longo prazo”).

O IPH mensal de curto prazo é calculado por meio do acompanhamento, por até doze meses, dasmigrações de operações para perdas frente ao saldo contábil inicial de operações selecionadas no mêsimediatamente anterior aos doze meses de acompanhamento. O IPH mensal de longo prazo é apurado deforma análoga ao de curto prazo, estendendo-se o período de acompanhamento de perdas para até dezoitomeses.

Com a finalidade de avaliação coletiva de redução ao valor recuperável, o cálculo dos IPH mensais érealizado de forma segmentada por grupamentos de produtos/modalidades similares, classificação internade risco das operações e tipos de clientes, agrupados em função da metodologia de análise de risco e limitede crédito.

Caso a evidência de perda por redução ao valor recuperável em um relacionamento com uma contraparteindividual ou em uma base coletiva se materialize, o valor da perda é reconhecido em Despesa líquida comprovisão para perdas em empréstimos a clientes, em contrapartida a uma conta de provisão redutora dorespectivo ativo financeiro. Os valores registrados a título de provisão representam a estimativa daAdministração do Banco quanto a perdas incorridas na carteira e o nível de provisão é determinado combase em estimativas que consideram a ocorrência de eventos de perda, os cenários econômicos atuais,outras premissas e julgamentos da Administração.

Se o valor de uma perda por redução ao valor recuperável previamente reconhecida diminuir, e tal situaçãopuder ser relacionada objetivamente a um evento ocorrido após o seu reconhecimento, ela é revertida pelaredução da respectiva conta de provisão, sendo tal reversão reconhecida no resultado do período.

Os empréstimos a clientes são baixados contra a provisão quando considerados incobráveis ou que, nojulgamento do Banco, não serão recebidos. Com base no julgamento da Administração, isso ocorre,normalmente, quando nenhum pagamento for recebido depois de transcorridos 360 dias de vencido. Seuma baixa futura é posteriormente recuperada, o montante é creditado em Despesa líquida com provisãopara perdas em empréstimos a clientes.

As provisões para perdas em empréstimos a clientes, registradas em 31.12.2011 e 31.12.2010 foramconsideradas pela Administração como suficientes para fazer face às perdas incorridas com essesempréstimos a clientes.

Ativos financeiros disponíveis para venda – Para ativos financeiros disponíveis para venda, o Bancoavalia se, a cada data de reporte, há evidência objetiva de que o valor do ativo está abaixo do seu valorrecuperável.

Para estabelecer se há evidência objetiva de imparidade de um ativo financeiro, o Banco verifica aprobabilidade de recuperação do seu valor, considerando os seguintes fatores cumulativamente: (i) duraçãoe grandeza da redução do valor do ativo em relação ao seu valor contábil; (ii) comportamento histórico dovalor do ativo e experiência de recuperação do valor desses ativos; e (iii) probabilidade de não recebimentodo principal e dos juros dos ativos, em virtude de dificuldades relacionadas ao emissor, tais como pedido defalência ou concordata, deterioração da classificação do risco de crédito e dificuldades financeiras,relacionadas ou não às condições de mercado do setor no qual atua o emissor.

Quando um declínio no valor justo de um ativo financeiro disponível para venda tiver sido reconhecido emOutros resultados abrangentes e houver evidência objetiva de redução ao valor recuperável, a perdaacumulada que tiver sido reconhecida pelo Banco será reclassificada do patrimônio líquido para o resultadodo período como um ajuste de reclassificação, mesmo se o ativo financeiro não tiver sido baixado.

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O valor da perda acumulada reclassificada para o resultado do período será registrada em Ganhos/(perdas)líquidos sobre ativos financeiros disponíveis para venda e corresponde à diferença entre o valor contábil doativo desvalorizado e o seu valor justo na data da avaliação, menos qualquer perda por redução no valorrecuperável anteriormente reconhecida no resultado. O instrumento financeiro assume, então, uma novabase de custo.

As reversões de perdas por redução ao valor recuperável sobre ativos classificados como disponíveis paravenda somente são reconhecidas no patrimônio líquido quando se tratarem de investimentos eminstrumentos de patrimônio. No caso de investimentos em instrumentos de dívida, a reversão da perda porredução no valor recuperável será reconhecida diretamente no resultado do período.

Ativos financeiros mantidos até o vencimento – Havendo evidência objetiva de redução no valorrecuperável de ativos financeiros mantidos até o vencimento, o Banco reconhece uma perda, cujo valorcorresponde à diferença entre o valor contábil do ativo e o valor presente dos fluxos de caixa futurosestimados. Esses ativos são apresentados líquidos de perdas por imparidade. Se, num períodosubsequente, o montante da perda por imparidade diminui e essa diminuição pode ser objetivamenterelacionada com um evento que ocorreu após o seu reconhecimento, ela é revertida em contrapartida aoresultado do exercício.

Empréstimos renegociados – Quando possível, o Banco procura reestruturar dívidas em vez de tomarposse definitiva das garantias. Isso pode envolver a extensão do tempo de pagamento e o acordo de novascondições ao empréstimo que não será mais considerado em atraso. A Administração efetua revisãocontínua dos empréstimos renegociados para garantir que todos os critérios sejam cumpridos e quepagamentos futuros irão ocorrer. Os empréstimos continuam sujeitos à avaliação individual ou coletiva deredução ao valor recuperável.

k) Compensação de ativos e de passivos financeiros

Ativos e passivos financeiros são apresentados ao valor líquido se, e apenas se, houver um direito legal decompensá-los um com o outro e se houver uma intenção de liquidá-los dessa forma, ou de realizar um ativoe liquidar um passivo simultaneamente. Em outras situações eles são apresentados separadamente.

l) Imobilizado de uso

O imobilizado de uso, inclusive as benfeitorias em imóveis de terceiros, é contabilizado pelo custo deaquisição excluído os gastos com manutenção, menos depreciação acumulada e perdas por redução aovalor recuperável. O valor atribuído ao imobilizado também inclui a correção monetária calculada até30.06.1997, data em que o Brasil deixou de ser considerado um país de economia hiperinflacionária, nostermos da IAS 29.

A depreciação é calculada utilizando o método linear para baixar o custo do imobilizado ao seu valorresidual ao longo de sua vida útil estimada, sendo que os terrenos não são depreciados. As vidas úteisestimadas pelo Banco para os itens do imobilizado de uso são apresentadas como segue.

Vida útil estimada

Edificações (1) 10 a 50 anos

Móveis e equipamentos 10 anos

Benfeitorias em propriedades de terceiros 5 a 10 anos

Equipamentos de processamento de dados 5 anos

Veículos 5 anos

Outros 5 a 10 anos(1) Para depreciação das edificações próprias, o Banco considera a vida útil dos diversos componentes de um edifício, em conformidade com o

Parágrafo 43 da IAS 16.

O imobilizado é baixado quando os benefícios econômicos futuros não são mais esperados do seu uso ouquando é alienado. Qualquer ganho ou perda gerado na alienação do ativo é reconhecido em Outrasreceitas não de juros, impactando o resultado do período em que o ativo foi alienado.

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m) Ágio e outros ativos intangíveis

O ágio gerado na aquisição de subsidiárias e joint ventures é contabilizado considerando a avaliação aovalor justo dos ativos identificáveis e dos passivos assumidos da adquirida na data-base da aquisição e, emconformidade com a IFRS 3, não é amortizado. No entanto, ele é testado, no mínimo anualmente, para finsde redução ao valor recuperável. Após o reconhecimento inicial, o ágio é mensurado ao custo menosqualquer perda por redução ao valor recuperável acumulada.

Os ativos intangíveis são reconhecidos separadamente do ágio quando são separáveis ou surgem dedireitos contratuais ou outros direitos legais, o seu valor justo pode ser mensurado de forma confiável e éprovável que os benefícios econômicos futuros esperados serão transferidos para o Banco. O custo dosativos intangíveis adquiridos em uma combinação de negócios é o seu valor justo na data de aqusição. Osativos intangíveis adquiridos independentemente são inicialmente mensurados ao custo.

A vida útil dos ativos intangíveis é considerada definida ou indefinida. Ativos intangíveis de vida útil definidasão amortizados ao longo de sua vida econômica. São registrados inicialmente ao custo, deduzido daamortização acumulada e das perdas por redução ao valor recuperável. Ativos intangíveis de vida útilindefinida são registrados ao custo menos qualquer perda por redução ao valor recuperável.

Os custos incorridos relacionados com a aquisição, produção e desenvolvimento de softwares sãocapitalizados e registrados como ativos intangíveis. Em conformidade com a IAS 38, são capitalizados comocusto de software os gastos incorridos na fase de desenvolvimento do projeto. Gastos realizados na fase depesquisa são registrados em despesa. Os gastos com pessoal que são capitalizados referem-se aosproventos, encargos sociais e benefícios dos empregados diretamente envolvidos no desenvolvimento desoftwares.

Os ativos intangíveis de vida útil definida são amortizados numa base linear ao longo da vida útil estimada.O período e método de amorização de um ativo intangível com vida útil definida são revisados no mínimoanualmente. Alterações na vida útil esperada ou proporção de uso esperado dos benefícios futurosincorporados ao ativo são reconhecidas via alteração do período ou método de amortização, quandoapropriado, e tratados como alterações em estimativas contábeis.

A despesa de amortização de ativos intangíveis com vida útil definida é reconhecida no resultado doperíodo, em Amortização de ativos intangíveis. As perdas por redução ao valor recuperável são registradascomo despesas de ajuste ao valor recuperável (Outras despesas) na Demonstração do ResultadoConsolidado.

A amortização é calculada utilizando o método linear para baixar o custo dos ativos intangíveis aos seusvalores residuais ao longo de suas vidas úteis estimadas. As vidas úteis estimadas pelo Banco para osativos intangíveis são apresentadas como segue.

Vida útil estimada

Software 5 anos

Direitos de gestão de folhas de pagamento 5 a 10 anos

Relacionados a clientes, adquiridos em combinações de negócios 5 a 20 anos

Relacionados a contratos, adquiridos em combinações de negócios 5 a 10 anos

Outros (1) 5 a 25 anos(1) Inclui principalmente marcas adquiridas em combinações de negócios e os direitos de uso de concessão detidos pela empresa Neoenergia S.A.

n) Bens não de uso

Os bens não de uso são principalmente os ativos recebidos pelo Banco na liquidação de empréstimos aclientes. Os bens não de uso são registrados em Outros ativos no ato da efetiva execução da garantia ouquando sua posse física é obtida, independentemente de um processo de execução.

No reconhecimento inicial, os bens não de uso são registrados pelo menor valor entre (i) o valor justo doativo, descontados os custos estimados para sua venda ou (ii) o valor contábil do empréstimo concedidoobjeto de recuperação. Subsequentemente, esses ativos são registrados pelo menor valor entre o seu custoe o valor justo deduzidos dos custos de vendê-los e não são depreciados.

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Na medida em que os bens não de uso reúnam as condições necessárias para sua alienação, emconformidade com a IFRS 5, são reclassificados para o grupamento de Ativos não correntes disponíveispara venda. As informações sobre os bens não de uso classificados como disponíveis para venda sãodetalhadas na Nota 23.

Ganhos ou perdas líquidos sobre a venda dos bens não de uso são registrados em Outras receitas não dejuros.

o) Redução ao valor recuperável de ativos não finan ceiros – Imparidade

Ao final de cada período de reporte, o Banco avalia, com base em fontes internas e externas de informação,se há alguma indicação de que um ativo não financeiro possa estar com problemas de recuperabilidade. Sehouver essa indicação, o Banco estima o valor recuperável do ativo. O valor recuperável do ativo é o maiorentre o seu valor justo menos os custos para vendê-lo ou o seu valor em uso.

Independentemente de haver qualquer indicação de redução no valor recuperável, o Banco efetuaanualmente o teste de imparidade de um ativo intangível de vida útil indefinida, incluindo o ágio adquiridoem uma combinação de negócios, ou de um ativo intangível ainda não disponível para o uso. Esse testepode ser realizado em qualquer época durante um período anual, desde que seja realizado na mesmaépoca a cada ano.

Na hipótese de o valor recuperável do ativo ser menor que o seu valor contábil, o valor contábil do ativo éreduzido ao seu valor recuperável por meio de uma provisão para perda por imparidade, cuja contrapartidaé reconhecida no resultado do período em que ocorrer, em Outras despesas.

O Banco também avalia, ao final de cada período de reporte, se há qualquer indicação de que uma perdapor redução ao valor recuperável reconhecida em períodos anteriores para um ativo, exceto o ágio porexpectativa de rentabilidade futura, pode não mais existir ou pode ter diminuído. Se houver essa indicação,o Banco estima o valor recuperável desse ativo. A reversão de uma perda por redução ao valor recuperávelde um ativo será reconhecida imediatamente no resultado do período, como retificadora do saldo de Outrasdespesas.

Os principais ativos não financeiros sujeitos a terem seus valores recuperáveis testados são apresentados aseguir.

Ativo imobilizado

Terrenos e edificações – na apuração do valor recuperável de terrenos e edificações, são efetuadasavaliações técnicas em conformidade com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas –ABNT, a qual estabelece os conceitos, métodos e procedimentos gerais de utilização compulsória emserviços técnicos de avaliação de imóveis urbanos.

Equipamentos de processamento de dados – na apuração do valor recuperável dos itens relevantes quecompõem os equipamentos de processamento de dados é considerado o valor de mercado para oscomponentes cujo valor de mercado é disponível e, para os demais itens, o valor passível de serrecuperado pelo uso nas operações do Banco, cujo cálculo considera a projeção dos fluxos de caixa dosbenefícios decorrentes do uso de cada bem durante a sua vida útil, ajustada a valor presente com base nataxa dos Certificados de Depósitos Interbancários (CDI).

Outros itens de imobilizado – embora sejam passíveis de análise de indicativo de perda, os demais itensdo imobilizado de uso são individualmente de pequeno valor e, em face da relação custo-benefício, o Banconão avalia o valor recuperável desses itens individualmente. No entanto, o Banco realiza inventárioanualmente com o intuito de, entre outras finalidades, efetuar a baixa dos registros contábeis dos bensperdidos ou deteriorados.

Investimentos em coligadas e ágio sobre investiment os

A metodologia de apuração do valor recuperável dos investimentos e dos ágios por expectativa derentabilidade futura consiste em mensurar o resultado esperado do investimento por meio de fluxo de caixadescontado. Para mensurar esse resultado, as premissas adotadas são baseadas em (i) projeções dasoperações, resultados e planos de investimentos das empresas; (ii) cenários macroeconômicos

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desenvolvidos pelo Banco; e (iii) metodologia interna de apuração do custo do capital baseado no modeloCapital Asset Pricing Model – CAPM.

No caso do ágio gerado pela aquisição do Banco Nossa Caixa, incorporado ao Banco do Brasil emnovembro de 2009, a metodologia consiste em comparar o valor do ágio pago com o valor presente dosresultados do Banco projetados para o Estado de São Paulo, descontados os ativos líquidos com vida útildefinida. As projeções partem dos resultados observados e evoluem com base nas premissas decrescimento de rentabilidade para o Banco do Brasil e são descontadas com base no custo de capitalpróprio do Banco.

Outros ativos intangíveis

Direitos por aquisição de folhas de pagamento – O modelo de avaliação do valor recuperável dosdireitos por aquisição de folhas de pagamento está relacionado ao desempenho dos contratos calculado apartir das margens de contribuição de relacionamento dos clientes vinculados a cada contrato, de forma averificar se as projeções que justificaram a aquisição do ativo correspondem ao desempenho observado.Para os contratos que não atingem o desempenho esperado, é reconhecida uma provisão para perda porimparidade.

Softwares – Os softwares, substancialmente desenvolvidos internamente de acordo com as necessidadesdo Banco, são constantemente objeto de investimentos para modernização e adequação às novastecnologias e necessidades dos negócios. Em razão de não haver similares no mercado, bem como do altocusto para implantar métricas que permitam o cálculo do seu valor em uso, o teste de recuperabilidade dossoftwares consiste em avaliar a sua utilidade para a empresa de forma que, sempre que um software entraem desuso, seu valor é baixado dos registros contábeis.

Direito de exploração da rede do Banco Postal – A metodologia de apuração do valor recuperável dodireito de utilização da rede do Banco Postal consiste em apurar o valor presente dos fluxos de resultadodas operações realizadas por meio das agências do Banco Postal, que são projetados com base nosvalores realizados e nas premissas definidas no plano de negócios e descontados com base no custo decapital próprio do Banco.

Adquiridos por combinação de negócios – Os ativos intangíveis adquiridos por combinação de negócios,representados essencialmente por marcas e direitos relacionados a clientes e contratos, são avaliados aofinal de cada período de reporte para verificar se existem indicativos de perda por redução ao valorrecuperável. Se qualquer indicação existe para esses ativos, o Banco estima os seus valores recuperáveis.A metodologia de apuração do valor recuperável consiste em determinar o valor presente dos fluxos decaixa estimados para esses intangíveis, descontados por uma taxa que reflita a avaliação corrente domercado e os riscos específicos de cada ativo.

Outros ativos

Bens não de uso – independentemente de haver indicativo de perda, os bens não de uso têm seu valorrecuperável avaliado semestralmente, mediante formalização dos seus valores de mercado em laudos deavaliação, preparados segundo as normas da ABNT.

p) Operações de arrendamento mercantil

Banco como arrendador – Os ativos arrendados a clientes sob contratos com transferência substancialdos riscos e benefícios de propriedade, com ou sem título de propriedade no final, são classificados comoarrendamentos financeiros. Em um arrendamento financeiro, o ativo arrendado é baixado e um empréstimoa clientes é reconhecido a um valor igual ao valor presente dos pagamentos mínimos, descontado a umataxa de juros implícita. A receita de arrendamento financeiro é reconhecida ao longo do prazo do contratocom base numa taxa de retorno sobre o investimento líquido.

Os ativos arrendados a clientes sob contratos em que não há transferência substancial dos riscos ebenefícios de propriedade são classificados como arrendamentos operacionais. Os ativos arrendados sãoincluídos no imobilizado e a depreciação é calculada de acordo com o montante depreciado definidosegundo a vida útil econômica estimada desses ativos. A receita de arrendamento operacional éreconhecida pelo método linear ao longo do prazo do arrendamento. Os custos diretos iniciais incorridos na

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negociação e estruturação de um arrendamento operacional são adicionados ao valor contábil do ativoarrendado e reconhecidos como uma despesa na mesma base que a receita do arrendamento.

Os contratos de arrendamento mercantil financeiro, onde o Banco atua como arrendador, têm o mesmotratamento de empréstimos a clientes e são registrados pelo total dos empréstimos a receber, acrescido dovalor residual estimado do bem arrendado, menos a receita não auferida.

Banco como arrendatário – Ativos obtidos sob arrendamento financeiro são reconhecidos inicialmente aovalor justo do bem arrendado ou, se menor, ao valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento.O passivo correspondente é incluído no Balanço Patrimonial Consolidado como uma obrigação de longoprazo. A taxa de desconto usada no cálculo do valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento éa taxa implícita do arrendamento, se for praticável determiná-la, ou a taxa incremental do empréstimo.Aluguéis contingentes são reconhecidos como despesa nos períodos nos quais são incorridos. Aluguéiscontratados sob arrendamento operacional são reconhecidos como despesa numa base linear ao longo doprazo do arrendamento, o qual começa quando o Banco controla o uso físico do bem. Incentivos dearrendamento são tratados como uma redução da despesa de arrendamento e são também reconhecidosao longo do prazo do contrato numa base linear. Aluguéis contingentes surgidos sob arrendamentosoperacionais são reconhecidos como despesa no período no qual são incorridos.

Transações de venda e leaseback – Caso uma transação de venda e leaseback resulte em umarrendamento financeiro, qualquer excesso do valor da venda sobre o valor contábil do ativo não éreconhecido imediatamente como receita pelo Banco, mas é diferido e amortizado ao longo do prazo doarrendamento. Se uma transação de venda e leaseback resulta em um arrendamento operacional, o tempodo reconhecimento do lucro é uma função da diferença entre o preço de venda e o valor justo. Se o preçode venda está ao valor justo ou abaixo do valor justo, qualquer ganho ou perda é reconhecidoimediatamente. Se o preço de venda for acima do valor justo, o excesso é diferido e amortizado sobre operíodo em que se espera que o ativo seja usado.

q) Programas de fidelidade de cliente

Os programas de fidelidade são usados pelo Banco para fornecer aos seus clientes incentivos para comprade produtos ou serviços. Em alguns casos, se um cliente adquire produtos ou serviços, o Banco concede aele créditos, frequentemente definidos como pontos. O cliente pode trocar os pontos por prêmios tais comoprodutos ou serviços do próprio Banco, ou ainda trocar por produtos oferecidos por um parceiro.

Em conformidade com a IFRIC 13, uma parte da receita recebida na venda de produtos e serviços éalocada aos créditos de prêmios e reconhecida como um passivo até que o Banco cumpra sua obrigação deentregar os prêmios aos clientes.

A importância alocada aos pontos é mensurada a valor justo com base na média histórica de utilização dospontos de fidelidade e no valor justo dos prêmios pelos quais os pontos podem ser resgatados.

r) Garantias financeiras prestadas

O Banco presta garantia financeira a clientes perante terceiros em contratos de empréstimos. Contratos degarantia financeira são os que requerem pagamentos a um credor em nome de um terceiro devedor quandoeste não os fizer de acordo com os termos do instrumento de dívida.

No ato da concessão de uma garantia financeira, é constituído um passivo pelo valor justo relativo aoprêmio recebido na operação, que é reconhecido como receita ao longo da duração do contrato.Subsequentemente ao reconhecimento inicial, os passivos do Banco para tais garantias são mensurados aomaior entre o valor inicialmente reconhecido, deduzido de amortização, e a melhor estimativa da obrigaçãofinanceira surgida em conformidade com a IAS 37. A provisão para perdas sobre garantias financeirasprestadas é registrada em Outros passivos.

s) Benefícios a empregados

Benefícios de curto prazo – Conforme determina a IAS 19, as despesas relativas a benefícios de curtoprazo a empregados são reconhecidas pelo regime de competência, nos períodos em que os empregadosprestam os serviços.

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Planos de benefícios pós-emprego – Nos planos de contribuição definida, o risco atuarial e o risco dosinvestimentos são dos participantes. Consequentemente, nenhum cálculo atuarial é requerido namensuração da obrigação ou da despesa. Assim, a despesa é reconhecida em contrapartida àscontribuições do período a que se referem.

Nos planos de benefício definido, o risco atuarial e o risco dos investimentos recaem parcial ouintegralmente sobre a entidade patrocinadora. Dessa forma, são necessárias premissas atuariais para amensuração das obrigações e despesas do plano, bem como existe a possibilidade de ocorrer ganhos eperdas atuariais. Como decorrência, o Banco registra um passivo quando o valor presente das obrigaçõesatuariais for maior que o valor justo dos ativos do plano, ou um ativo, quando o valor justo dos ativos formaior que o valor presente das obrigações do plano. Nessa última hipótese, o ativo somente deverá serregistrado quando existirem evidências de que ele poderá reduzir efetivamente as contribuições do Bancoou de que será reembolsável no futuro.

A parcela dos ganhos ou perdas atuariais reconhecida no resultado do Banco corresponde ao excesso quenão se enquadrou no corredor, dividido pelo tempo médio de trabalho restante dos empregados queparticipam do plano. O corredor corresponde ao maior valor entre: (i) 10% do valor presente da obrigaçãoatuarial do plano de benefício definido; e (ii) 10% do valor justo dos ativos do plano.

O Banco, conforme permitido pela IAS 19, reconhece os ganhos/perdas atuariais no próprio exercício emque foi realizado o cálculo atuarial.

O ativo atuarial reconhecido no Balanço Patrimonial Consolidado refere-se aos ganhos atuariais e suarealização ocorrerá obrigatoriamente até o final do plano. Poderão ocorrer realizações parciais desse ativo,condicionados ao atendimento dos requisitos da legislação.

t) Provisões, passivos contingentes e obrigações le gais

Em conformidade com a IAS 37, o Banco constitui provisões quando as condições mostram que: (i) o Bancopossui uma obrigação presente (legal ou presumida) como resultado de eventos passados; (ii) é maisprovável do que não que um desembolso de recurso que incorporam benefícios econômicos será exigidopara liquidar a obrigação; e (iii) o valor da obrigação é apurado com base em estimativas confiáveis. Asprovisões decorrentes da aplicação da IAS 37 são constituídas com base na melhor estimativa de perdasprováveis.

O Banco monitora de forma contínua os processos judiciais em curso para avaliar, entre outras coisas: (i)sua natureza e complexidade; (ii) o andamento dos processos; (iii) a opinião dos advogados do Banco; e (iv)a experiência do Banco com processos similares. Ao determinar se uma perda é provável, o Bancoconsidera: (i) a probabilidade de perda decorrente de reclamações que ocorreram antes ou na data dobalanço, mas que foram identificadas após aquela data, porém antes de sua divulgação; e (ii) anecessidade de divulgar as reclamações ou eventos que ocorrem após a data do balanço, porém antes desua publicação.

O Banco também reconhece em seu passivo as obrigações tributárias objeto de discussão judicial sobre aconstitucionalidade de leis que as tiverem instituído, até a efetiva extinção dos créditos tributárioscorrespondentes. Nessas situações, o Banco considera que existe, de fato, uma obrigação legal a pagar àUnião. Assim, a obrigação legal deve estar registrada, inclusive os juros e outros encargos, se aplicável. Acontabilização dessas obrigações legais enseja, de forma substancial, em registros concomitantes dedepósitos judiciais.

u) Impostos sobre os lucros

O imposto de renda e a contribuição social são os impostos sobre os lucros aplicáveis às intituiçõesfinanceiras no Brasil. O Imposto de renda é um tributo devido pelo contribuinte (pessoa física ou jurídica) aoestado a partir da ocorrência de um fato gerador, calculado mediante a aplicação de uma alíquota a umabase de cálculo.

O imposto de renda é calculado à alíquota de 15%, mais adicional de 10%, e a contribuição social à alíquotade 15% para instituições financeiras, seguradoras e administradoras de cartões de crédito, depois de

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efetuados os ajustes determinados pela legislação fiscal. Para as demais entidades não financeiras, aalíquota da contribuição social é de 9%.

Os impostos sobre lucros compreendem os impostos correntes e os impostos diferidos e são reconhecidosno resultado, exceto quando estão relacionados com itens que são reconhecidos diretamente no patrimôniolíquido, em Outros resultados abrangentes acumulados. Os impostos reconhecidos no patrimônio líquidosão posteriormente registrados no resultado na medida em que os ganhos e perdas que lhes deram origemforem reconhecidos.

Impostos correntes – a despesa com impostos correntes é o montante do imposto de renda e dacontribuição social a pagar ou a recuperar com relação ao resultado tributável do período.

Os ativos por impostos correntes são os valores de imposto de renda e de contribuição social a seremrecuperados nos próximos 12 meses e os ativos por impostos diferidos são os valores a serem recuperadosem exercícios futuros, incluindo os decorrentes de prejuízos fiscais ou créditos fiscais não aproveitados.

Os tributos correntes relativos a períodos correntes e anteriores devem, na medida em que não estejampagos, ser reconhecidos como passivos. Se o valor já pago relacionado aos períodos atual e anterioresexceder o valor devido para aqueles períodos, o excesso deve ser reconhecido como ativo.

Os ativos e passivos tributáveis correntes do último período e de anos anteriores são mensurados ao valorrecuperável esperado ou pago para o órgão tributário. As taxas de imposto e as leis tributárias usadas paracalcular o montante são aqueles que estão em vigor na data do balanço.

Impostos diferidos – são valores de ativos e passivos fiscais a serem recuperados e pagos em períodosfuturos, respectivamente. Os passivos fiscais diferidos decorrem de diferenças temporárias tributáveis e osativos fiscais diferidos de diferenças temporárias dedutíveis e da compensação futura de prejuízos fiscaisnão utilizados.

O ativo fiscal diferido decorrente de prejuízo fiscal de imposto de renda, base negativa de contribuiçãosocial sobre o lucro líquido e aquele decorrente de diferenças temporárias é reconhecido na medida em queseja provável a existência de lucro tributável contra o qual a diferença temporária dedutível possa serutilizada.

O valor contábil de um imposto diferido ativo será revisado no final de cada período de relatório. Umaentidade reduzirá o valor contábil de um imposto diferido ativo na medida em que não seja mais provávelque ela irá obter lucro tributável suficiente para permitir que o benefício de parte ou totalidade desseimposto diferido ativo seja utilizado. Qualquer redução será revertida na medida em que ser tornar provávelque a entidade irá obter lucro tributável suficiente

Os ativos e os passivos tributários diferidos são mensurados às taxas de imposto que são esperados seremaplicáveis no ano em que o ativo é realizado ou o passivo é liquidado, baseado nas taxas de imposto (ou nalei tributária) que foram promulgadas na data do balanço.

Diferenças temporárias – são as diferenças que impactam ou podem impactar a apuração do imposto derenda e da contribuição social decorrentes de diferenças temporárias entre a base fiscal de um ativo oupassivo e seu valor contábil no balanço patrimonial.

As diferenças temporárias podem ser tributáveis ou dedutíveis. Diferenças temporárias tributáveis sãodiferenças temporárias que resultarão em valores tributáveis para determinar o lucro tributável (prejuízofiscal) de períodos futuros quando o valor contábil de um ativo ou passivo for recuperado ou liquidado.Diferenças temporárias dedutíveis são diferenças temporárias que resultarão em valores dedutíveis paradeterminar o lucro tributável (prejuízo fiscal) de períodos futuros quando o valor contábil do ativo ou passivofor recuperado ou liquidado.

A base fiscal de um ativo é o valor que será dedutível para fins fiscais contra quaisquer benefícioseconômicos tributáveis que fluirão para a entidade quando ela recuperar o valor contábil desse ativo. Casoaqueles benefícios econômicos não sejam tributáveis, a base fiscal do ativo será igual ao seu valor contábil.

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A base fiscal de um passivo é o seu valor contábil, menos qualquer valor que será dedutível para fins fiscaisrelacionado àquele passivo em períodos futuros. No caso da receita que é recebida antecipadamente, abase fiscal do passivo resultante é o seu valor contábil, menos qualquer valor da receita que não serátributável em períodos futuros.

Compensação de impostos sobre os lucros

Os ativos por impostos correntes e passivos por impostos correntes são compensados se, e somente se, aentidade: (i) tiver o direito legalmente executável para compensar os valores reconhecidos; e (ii) pretenderliquidar em bases líquidas, ou realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente.

Os ativos por impostos diferidos e passivos por impostos diferidos são compensados se, e somente se: (i) aempresa tiver um direito legalmente executável de compensar os ativos fiscais correntes contra passivosfiscais correntes; e (ii) os ativos fiscais diferidos e os passivos fiscais diferidos estiverem relacionados comtributos sobre o lucro lançados pela mesma autoridade tributária: (a) na mesma entidade tributável; ou (b)nas entidades tributáveis diferentes que pretendem liquidar passivos e os ativos fiscais correntes em baseslíquidas, ou realizar os ativos e liquidar os passivos simultaneamente, em cada período futuro no qual seespera que valores significativos dos ativos ou passivos fiscais diferidos sejam liquidados ou recuperados.

v) Divulgação por segmentos

A IFRS 8 requer a divulgação de informações financeiras de segmentos operacionais da entidade tendocomo base as divulgações internas que são utilizadas pela Administração para alocar recursos e paraavaliar a sua performance. Uma divulgação detalhada dos resultados por segmentos é apresentada naNota 7.

w) Passivos por contratos de seguros

O Banco do Brasil, por intermédio de suas joint ventures e subsidiárias seguradoras, emite contratos quecontêm riscos de seguros, riscos financeiros ou uma combinação de ambos. Contratos sob os quais oBanco aceita um risco não financeiro significativo de um segurado, comprometendo-se a compensá-lo naocorrência de eventos futuros incertos, são caracterizados como contratos de seguro, em conformidadecom a IFRS 4.

O risco de seguro é significativo se, e apenas se, o evento segurado produzir efeitos sobre a seguradora,sob a forma de pagamentos de benefícios adicionais significativos em qualquer cenário, excluindo aquelesque não possuam substância comercial. Os benefícios adicionais referem-se a montantes que excedamaqueles que seriam pagos caso o evento segurado não ocorresse. Contratos classificados como segurosnão são reclassificados subsequentemente, mesmo que o risco de seguro se reduza significativamente.

Os contratos de resseguros também são tratados sob a ótica da IFRS 4 por representarem transferência derisco significativo.

Os contratos de aposentadoria garantem, no momento de sua contratação, as bases para o cálculo dobenefício a ser recebido após o período de contribuição. Referidos contratos especificam as taxas deanuidade, o que configura a transferência do risco de seguro para o emitente, sendo, portanto, classificadoscomo contratos de seguros.

Os passivos por contratos de seguros são compostos substancialmente por provisões técnicas ematemáticas, sendo reconhecidos quando o contrato é registrado e o respectivo prêmio é emitido, no casode contratos de seguros, e cobrado, situação observada para os planos de previdência. Por sua vez, opassivo é baixado com o fim da vigência do contrato, no caso do seu cancelamento, dentre outras situaçõesaplicáveis.

As provisões técnicas e matemáticas são constituídas de acordo com as normas estabelecidas peloConselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) para seguros e previdência. Os valores são apurados combase em métodos e hipóteses definidas pelo atuário e validadas pela Administração, refletindo o valor atualda melhor estimativa, na data base de cálculo, das obrigações futuras decorrentes dos contratos de segurose previdência.

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Conforme prevê a IFRS 4, a cada período de apresentação, o Grupo analisa a adequação de seus passivospara todos os contratos que atendam à definição de um contrato de seguro e que estejam vigentes na datada execução. Referido procedimento, designado como teste de adequação de passivos, considera comovalor contábil líquido, os passivos de contratos de seguros deduzidas as despesas de comercializaçãodiferidas e os ativos intangíveis relacionados. Referido valor é comparado com o teste atuarial.

Caso a análise demonstre que o valor contábil dos passivos de seguros é inferior aos fluxos de caixa futurosesperados dos contratos, deve-se registrar a insuficiência como uma despesa no resultado do período econstituir provisões adicionais aos passivos de seguros registrados na data do teste.

Todos os métodos de valorização utilizados pelas joint ventures e subsidiárias seguradoras são baseadosno princípio geral de que o valor contábil do passivo líquido precisa ser suficiente para atender qualquerobrigação previsível resultante dos contratos de seguros.

Premissas de investimentos também são determinadas pelo órgão regulador local ou baseadas naexpectativa futura da Administração. Neste último caso, o retorno antecipado do investimento futuro édefinido considerando as informações de mercado disponíveis e indicadores econômicos. Uma premissasignificativa relacionada à estimativa do lucro bruto nas anuidades variáveis é a taxa anual de crescimentode longo prazo dos ativos subjacentes.

x) Lucro por ação

O cálculo do lucro por ação é realizado de duas formas: (i) lucro por ação básico e (ii) lucro por ação diluído.O lucro por ação básico é calculado mediante a divisão do lucro líquido pela média ponderada das açõesem circulação em cada um dos exercícios apresentados.

O cálculo do lucro por ação diluído é efetuado mediante divisão do lucro líquido do exercício pela médiaponderada das ações em circulação, ajustada para refletir o efeito de todas as potenciais ações ordináriasresultantes de bônus de subscrição de ações concedidos aos acionistas. O efeito da diluição resulta emuma redução no lucro por ação, em decorrência do pressuposto de que os bônus de subscrição concedidosserão exercidos.

y) Juros sobre o capital próprio e Dividendos

As companhias brasileiras podem atribuir uma despesa nominal de juros, dedutível para fins fiscais, sobre oseu capital próprio. O valor dos juros sobre o capital próprio é considerado como um dividendo eapresentado nessas demonstrações contábeis consolidadas como uma redução direta no patrimôniolíquido. O correspondente benefício fiscal é registrado na Demonstração do Resultado Consolidado.

Os dividendos distribuídos pelo Banco são calculados sobre o lucro líquido apurado de acordo com aspráticas contábeis adotadas no Brasil e são pagos com atualização por encargos financeiros equivalentes àtaxa Selic (taxa média dos financiamentos diários, com lastro em títulos públicos federais, apurados noSistema Especial de Liquidação e Custódia) a partir do encerramento do exercício até a data do efetivopagamento. A cada início de exercício, em conformidade com o Estatuto do Banco, o Conselho deAdministração decide sobre o percentual do lucro líquido que será distribuído aos acionistas a título dedividendos e juros sobre o capital próprio. A política atual do Banco consiste em pagar dividendos e jurossobre o capital próprio equivalentes a 40% sobre o lucro líquido, que são reconhecidos como um passivo ededuzidos do patrimônio líquido assim que aprovados pelo Conselho de Administração.

z) Melhorias às IFRS e pronunciamentos recentemente emitidos

Melhorias às IFRS são emendas emitidas pelo IASB e compreendem alterações nas regras dereconhecimento, mensuração e evidenciação relacionadas a diversas IFRS. Apresentamos um resumo dealgumas emendas, bem como das interpretações e pronunciamentos recentemente emitidos pelo IASB, queentrarão em vigor após 31 de dezembro de 2011.

IFRS 7 – Instrumentos financeiros – Divulgações - Em Outubro de 2010, o IASB publicou Divulgações –Transferência de Ativos Financeiros, em que as mudanças exigem divulgações de informações quepermitam aos usuários das demonstrações financeiras: (i) entender a relação entre os ativos financeirostransferidos que não são desreconhecidos na sua totalidade e os passivos associados; e (ii) avaliar a

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natureza e os riscos associados com o envolvimento contínuo da entidade com o ativo financeirodesreconhecido.

As emendas à IFRS 7 são efetivas para períodos anuais iniciados a partir de 1º de julho de 2011.

IFRS 9 – Instrumentos financeiros: reconhecimento e mensuração – A IFRS 9 é a primeira normaemitida como parte de um projeto maior para substituir a IAS 39, pois muitos usuários de demonstraçõesfinanceiras e outras partes interessadas consideravam que os requisitos constantes na IAS 39 eram dedifícil compreensão, aplicação e interpretação. Em resposta às diversas solicitações de que a contabilizaçãode instrumentos financeiros fosse aprimorada rapidamente, o projeto de substituição da IAS 39 foi divididoem três fases principais: (i) classificação e mensuração de ativos e passivos financeiros; (ii) metodologia deredução ao valor recuperável; e (iii) contabilização de cobertura.

Nesse sentido, em novembro de 2009, foram emitidos os capítulos da IFRS 9 relativos à classificação emensuração de ativos financeiros e, em outubro de 2010, foram acrescentados os requisitos relativos àclassificação e mensuração de passivos financeiros.

A IFRS 9 simplifica o modelo de mensuração para ativos financeiros e estabelece duas categorias demensuração principais: (i) custo amortizado e (ii) valor justo. A base de classificação depende do modelo denegócios da entidade e das características contratuais do fluxo de caixa dos ativos financeiros.Relativamente aos requerimentos de mensuração e classificação de passivos financeiros, o efeito maissignificativo diz respeito à contabilização de variações no valor justo de um passivo financeiro mensuradoao valor justo por meio do resultado. A variação no valor justo de referidos passivos atribuível a mudançasno risco de crédito passam a ser reconhecidas em Outros resultados abrangentes, a menos que oreconhecimento dos efeitos de tais mudanças resulte em ou aumente o descasamento contábil doresultado.

As orientações incluídas na IAS 39 sobre imparidade dos ativos financeiros e contabilização de hedgecontinuam a ser aplicadas. A IFRS 9 é efetiva para períodos anuais iniciados a partir de 1º de janeiro de2015.

IFRS 10 – Demonstrações financeiras consolidadas – Substitui a orientação de consolidação da IAS 27e da SIC 12, introduzindo um modelo de consolidação único a ser aplicado na análise de controle paratodas as investidas. Segundo a IFRS 10, o controle é baseado na avaliação se um investidor possui (a)poder sobre a investida, (b) exposição, ou direitos, para retornos variáveis de seu envolvimento com ainvestida e (c) capacidade de usar seu poder sobre a investida afetando seu retorno.

A IFRS 10 é efetiva para períodos anuais iniciados a partir de 1º de janeiro de 2013.

IFRS 11 – Empreendimentos conjuntos – Substitui a IAS 31 e a SIC 13. De acordo com a IFRS 11, éobrigatório o uso do método de equivalência patrimonial e vedada a opção pelo método de consolidaçãoproporcional de entidades controladas em conjunto. A IFRS 11 decorre do princípio de que as partes de umacordo de empreendimento conjunto devem determinar o tipo de empreendimento comum em questão, combase na avaliação dos direitos e obrigações, contabilizando de acordo com o tipo de empreendimentoconjunto. Existem dois tipos de empreendimentos conjuntos: (i) operações conjuntas (joint operations):direitos e obrigações sobre os ativos e passivos relacionados ao acordo. As partes reconhecem seus ativos,passivos e as correspondentes receitas e despesas na proporção da participação na operação; (ii)empreendimento conjunto (joint venture): direitos aos ativos líquidos do acordo. As partes reconhecem seusinvestimentos pelo método da equivalência patrimonial.

A IFRS 11 é efetiva para períodos anuais iniciados a partir de 1º de janeiro de 2013.

IFRS 12 – Divulgações de envolvimento com outras en tidades – Contém requerimentos de divulgaçãobastante extensos para entidades que possuem participações em subsidiárias, joint ventures, coligadase/ou entidades não consolidadas. O objetivo da IFRS 12 é permitir que os usuários das demonstraçõesfinanceiras avaliem: (i) a natureza e os riscos associados às participações de uma entidade em outrasentidades; (ii) a exposição a riscos decorrentes de envolvimentos com entidades estruturadas nãoconsolidadas e o envolvimento de não controladores nas atividades de entidades consolidadas; (iii) asdivulgações ampliadas sobre controladas, acordos conjuntos e coligadas; e (iv) os efeitos das participaçõesna posição financeira da entidade, no desempenho financeiro e nos fluxos de caixa.

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A IFRS 12 é efetiva para períodos anuais iniciados a partir de 1º de janeiro de 2013.

IFRS 13 – Mensuração ao valor justo – Referida norma provê uma revisão da definição de valor justo eorientações sobre como deve ser mensurado, aliado a um conjunto de requisitos de divulgação. No entanto,a IFRS 13 não altera os requisitos em relação aos itens que devem ser mensurados ou divulgados a valorjusto.

A aplicação da IFRS 13 é requerida para períodos iniciados a partir de 1º de janeiro de 2013. A aplicaçãoantecipada da norma é permitida.

Emendas à IAS 1 – Apresentação de demonstrações fin anceiras – Em 16 de junho de 2011, o IASBpublicou alterações à IAS 1, como ênfase na apresentação dos itens contidos na Demonstração doResultado Abrangente e a sua classificação. As mudanças abrangem, principalmente: (i) evidenciaçãosegregada dos itens vinculados a outros resultados abrangentes que podem ser reclassificados para oresultado, no futuro, daqueles que nunca seriam reclassificados para lucro ou prejuízo; (ii) não alterar aopção existente de apresentação do resultado do período e outros resultados abrangentes em duasdemonstrações.

As alterações são efetivas para períodos iniciados a partir de 1º de julho de 2012, com aplicação antecipadapermitida.

Emendas à IAS 12 – Impostos diferidos – Recuperação de ativos subjacentes – As modificações à IAS12 introduzem uma exceção aos princípios de mensuração dos ativos e passivos fiscais diferidos, namedida em que devem refletir os efeitos fiscais resultantes da maneira pela qual a entidade esperarecuperar o valor contábil de um ativo. A exceção também se aplica a propriedades para investimentoadquiridas em uma combinação de negócios, contabilizadas de acordo com a IFRS 3, desde que oadquirente, posteriormente, mensure referidos ativos pelo método do valor justo, em conformidade com aIAS 40. Nestas circunstâncias, a mensuração dos ativos e passivos fiscais diferidos deve refletir a premissade que o valor contábil do ativo subjacente será recuperado inteiramente pela venda.

A aplicação da IAS 12 é requerida para períodos iniciados a partir de 1º de janeiro de 2012.

Emendas à IAS 19 – Benefícios a empregados – Em 16 de junho de 2011, o IASB publicou uma versãorevisada da IAS 19. A revisão introduz melhorias na apresentação dos planos de benefício definido, nãoalterando significativamente sua mensuração. As principais alterações são: (i) eliminação do método docorredor, ou seja, reconhecimento imediato dos ganhos/perdas atuariais ocorridos no período; (ii)racionalização da apresentação das alterações nos ativos e passivos dos planos: o custo financeiro e doserviço, juntamente com o retorno esperado dos ativos do plano, são reconhecidos no resultado; asremensurações, como as diferenças atuariais, devem ser reconhecidos diretamente no patrimônio líquidocomo Outros resultados abrangentes; (iii) aprimoramento nas divulgações, melhorando o entendimentosobre os riscos de tais planos.

As alterações são efetivas para períodos iniciados a partir de 1º janeiro de 2013, com aplicação antecipadapermitida.

Emendas à IAS 27 – Demonstrações financeiras indivi duais – Mantém as exigências contábeis e dedivulgação relativas às demonstrações financeiras separadas. As normas remanescentes serão substituídaspela IFRS 10.

As emendas à IAS 27 são efetivas para períodos anuais iniciados a partir de 1º de janeiro de 2013.

Emendas à IAS 28 – Investimentos em coligadas e em empreendimentos conjuntos – Alterada paraprescrever a contabilização de investimentos em associadas e estabelecer os requisitos para aplicação dométodo da equivalência patrimonial quando da contabilização de investimentos em coligadas e jointventures.

As emendas à IAS 28 são efetivas para períodos anuais iniciados a partir de 1º de janeiro de 2013.

O Banco decidiu não adotar antecipadamente essas alterações e está atualmente avaliando os impactospotenciais sobre suas Demonstrações Contábeis Consolidadas a partir da adoção dessas normas.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Conso lidadas

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4 – Principais julgamentos e estimativas contábeis

A preparação das demonstrações contábeis consolidadas em conformidade com as IFRS requer que aAdministração faça julgamentos e estimativas que afetam os valores reconhecidos de ativos, passivos,receitas e despesas. As estimativas e pressupostos adotados são analisados em uma base contínua, sendoas revisões realizadas reconhecidas no período em que a estimativa é reavaliada, com efeitos prospectivos.Ressalta-se que os resultados realizados podem ser diferentes das estimativas.

Considerando que, em muitas situações, existem alternativas ao tratamento contábil, os resultadosdivulgados pelo Banco poderiam ser distintos, caso um tratamento diferente fosse escolhido. AAdministração considera que as escolhas são apropriadas e que as demonstrações contábeis consolidadasapresentam, de forma adequada, a posição financeira do Banco e o resultado das suas operações em todosos aspectos materialmente relevantes.

Os ativos e os passivos significativos sujeitos a essas estimativas e premissas abrangem itens,principalmente, para os quais é necessária uma avaliação a valor justo. As aplicações mais relevantes doexercício de julgamento e utilização de estimativas ocorrem em:

a) Valor justo de instrumentos financeiros (inclusi ve derivativos)

Quando o valor justo de ativos e passivos financeiros contabilizados não puder ser derivado de um mercadoativo, ele é determinado mediante o uso de técnicas de avaliação que incluem o uso de modelosmatemáticos. As variáveis desses modelos são derivadas de dados observáveis no mercado sempre quepossível, mas, quando os dados de mercado não estão disponíveis, um julgamento é necessário paraestabelecer o valor justo. As metodologias consideradas para avaliação do valor justo de determinadosinstrumentos financeiros são detalhadas na Nota 38.

b) Redução ao valor recuperável de empréstimos a cl ientes – Imparidade

O Banco efetua uma revisão periódica da sua carteira de empréstimos a clientes de forma a avaliar seperdas por imparidade devem ser registradas na demonstração do resultado. O processo de avaliação dacarteira de empréstimos para determinar se uma perda por imparidade deve ser reconhecida é sujeito adiversas estimativas e julgamentos. Esse processo inclui a observância de fatores que evidenciem umaalteração do perfil de risco da operação e do cliente e que resultem em redução da estimativa derecebimento dos fluxos de caixa futuros.

Na estimativa desses fluxos de caixa, o Banco faz julgamentos em relação à situação econômico-financeirado cliente e ao valor realizável líquido das garantias. Essas estimativas são baseadas em pressupostos deuma série de fatores e, por essa razão, os resultados reais podem variar, gerando futuras alterações àprovisão.

Os empréstimos a clientes que são avaliados individualmente e não apresentam perda em seu valorrecuperável, assim como todos os empréstimos a clientes que individualmente não são consideradossignificativos, são avaliados coletivamente em grupos de ativos com características de risco semelhantepara determinar se uma provisão deve ser efetuada para eventos já ocorridos, cujos efeitos ainda não sãoconhecidos.

No processo de avaliação de empréstimos a clientes individualmente significativos, o Banco verifica, emlinhas gerais: (i) a situação econômico-financeira e jurídica da contraparte; (ii) a retenção de riscos por partedo Banco, em relação às operações da contraparte; (iii) o histórico de relacionamento comercial dacontraparte com o Banco; e (iv) a situação das garantias dos créditos. Esse escopo permite ao Bancoestimar, periodicamente, a necessidade de eventual registro de perda por imparidade dos ativos financeirosindividualmente considerados.

A avaliação coletiva dos empréstimos a clientes leva em consideração, entre outros fatores, os dados dacarteira de crédito, os níveis de inadimplência, utilização de crédito, concentrações de riscos e dadoseconômicos. As estimativas são baseadas em informações obtidas de forma segmentada por grupamentosde produtos/modalidades similares, classificação interna de risco das operações e tipos de clientes,agrupados em função da metodologia de análise de risco e limite de crédito.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Conso lidadas

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O Banco reconhece perdas inerentes a instrumentos de dívida não avaliados a valor justo, levando emconta a experiência histórica de perda por imparidade e outras circunstâncias conhecidas na ocasião daavaliação. Com essa finalidade, as perdas inerentes são perdas incorridas que ainda não tenham sidoalocadas a operações específicas, calculadas através de métodos estatísticos. O Banco adota o conceito deperda incorrida para quantificar o custo da provisão para perdas em empréstimos a clientes.

Outras informações sobre a metodologia de cálculo e premissas utilizadas pelo Banco para avaliação deperdas por redução ao valor recuperável em empréstimos a clientes, assim como os valores quantitativosregistrados a título de provisão para perdas, podem ser obtidos nas Notas 3 e 22, respectivamente.

c) Redução ao valor recuperável de ativos financeir os disponíveis para venda – Imparidade

O Banco considera que existe perda por imparidade nos seus ativos financeiros disponíveis para vendaquando ocorre um declínio de valor significativo ou prolongado no seu valor justo para um valor inferior aodo custo. Essa determinação do que seja significativo ou prolongado requer julgamento no qual o Bancoavalia, entre outros fatores, a volatilidade normal dos preços dos instrumentos financeiros. Além disso, oreconhecimento da perda por imparidade pode ser efetuado quando há evidência de impacto negativo nasaúde financeira da empresa investida, no desempenho do setor econômico, bem como mudanças natecnologia e nos fluxos de caixa de financiamento e operacional.

Adicionalmente, as avaliações são elaboradas considerando preços de mercado (mark to market) oumodelos de avaliação (mark to model), os quais requerem a utilização de determinados pressupostos ou dejulgamentos no estabelecimento de estimativas de valor justo.

d) Redução ao valor recuperável de ativos não finan ceiros – Imparidade

Ao final de cada período de reporte, o Banco avalia, com base em fontes internas e externas de informação,se há alguma indicação de que um ativo não financeiro possa estar com problemas de recuperabilidade. Sehouver essa indicação, o Banco utiliza estimativas para definição do valor recuperável do ativo.

O Banco também avalia, ao final de cada período de reporte, se há qualquer indicação de que uma perdapor redução ao valor recuperável reconhecida em períodos anteriores para um ativo, exceto o ágio porexpectativa de rentabilidade futura, pode não mais existir ou pode ter diminuído. Se houver essa indicação,o Banco estima o valor recuperável desse ativo.

Independentemente de haver qualquer indicação de perda no valor recuperável, o Banco efetua anualmenteo teste de imparidade de um ativo intangível de vida útil indefinida, incluindo o ágio adquirido em umacombinação de negócios, ou de um ativo intangível ainda não disponível para o uso.

A determinação do valor recuperável na avaliação de imparidade de ativos não financeiros requerestimativas baseadas em preços cotados no mercado, cálculos de valor presente ou outras técnicas deprecificação, ou uma combinação de várias técnicas, exigindo que a Administração faça julgamentossubjetivos e adote premissas.

Uma discussão mais detalhada sobre o tema pode ser observada nas Notas 3 e 26.

e) Ativos financeiros mantidos até o vencimento

O Banco classifica os seus ativos financeiros não derivativos, com pagamentos fixados ou determináveis evencimentos definidos, como instrumentos financeiros mantidos até o vencimento, com mensuração aocusto amortizado, de acordo com a IAS 39. Essa classificação requer um nível de julgamento significativo.

Nos julgamentos efetuados, o Banco avalia a sua intenção e capacidade de manter esses investimentos atéo vencimento. Caso o Banco não mantenha esses investimentos até o vencimento, exceto emcircunstâncias específicas – por exemplo, alienar uma parte não significativa próxima ao vencimento - érequerida a reclassificação de toda a carteira para ativos financeiros disponíveis para venda, com a suaconsequente mensuração ao valor justo, alternativamente ao custo amortizado. Os investimentosclassificados no grupo mantidos até o vencimento são objeto de teste de imparidade, similar àquelepraticado para os ativos financeiros disponíveis para venda.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Conso lidadas

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f) Entidades de Propósito Específico (EPE)

O Banco patrocina a constituição de EPEs com o objetivo principal de efetuar operações de securitizaçãode ativos. O Banco somente consolida uma EPE quando ele exerce o controle.

Ao avaliar se o Banco controla uma EPE, o julgamento é utilizado para determinar se as atividades da EPEestão sendo conduzidas em favor do Banco para que este possa obter os benefícios das operações daEPE; se o Banco tem o poder de controlar ou de obter o controle sobre a EPE ou seus ativos; se o Bancotem o direito de obter a maioria dos benefícios gerados pelas atividades da EPE; e se o Banco retém amaioria dos riscos relacionados à EPE ou seus ativos.

A decisão de que uma EPE deva ser consolidada requer a utilização de pressupostos e estimativas paraapurar os ganhos e perdas residuais e determinar quem retém a maioria desses ganhos e perdas.

g) Impostos sobre os lucros

Como o objetivo social do Banco é obter lucros, a renda gerada está sujeita ao pagamento de impostos nasdiversas jurisdições onde desenvolve atividades operacionais. A determinação do montante global deimpostos sobre os lucros requer interpretações e estimativas. Existem diversas transações e cálculos paraos quais a determinação do valor final de imposto a pagar é incerta durante o ciclo normal de negócios.Outras interpretações e estimativas podem resultar num valor diferente de impostos sobre os lucrosreconhecidos no período.

As autoridades fiscais podem rever os procedimentos adotados pelo Banco e pelas suas subsidiárias noprazo de cinco anos, contados a partir da data em que os tributos são considerados devidos. Desta forma,há a possibilidade dessas autoridades fiscais questionarem procedimentos adotados pelo Banco,principalmente aqueles decorrentes de diferenças na interpretação da legislação fiscal. No entanto, aAdministração acredita que não haverá correções significativas aos impostos sobre os lucros registradosnas Demonstrações Contábeis Consolidadas.

h) Reconhecimento e avaliação de impostos diferidos

Os ativos fiscais diferidos são calculados sobre diferenças temporárias e prejuízos fiscais a compensar,sendo reconhecidos contabilmente quando o Banco possuir expectativa de que gerará lucro tributável nosexercícios subsequentes, em montantes suficientes para compensar referidos valores. A realizaçãoesperada do crédito tributário do Banco é baseada na projeção de receitas futuras e estudos técnicos, emlinha com a legislação fiscal atual.

As estimativas consideradas pelo Banco para o reconhecimento e avaliação de impostos diferidos sãoobtidas em função das expectativas atuais e das projeções de eventos e tendências futuras. As principaispremissas identificadas pelo Banco que podem afetar essas estimativas estão relacionadas a fatores, como(i) variações nos valores depositados, na inadimplência e na base de clientes; (ii) mudanças naregulamentação governamental afetas a questões fiscais; (iii) alterações nas taxas de juros; (iv) mudançasnos índices de inflação; (v) processos ou disputas judiciais adversas; (vi) riscos de crédito, de mercado eoutros riscos decorrentes das atividades de crédito e de investimento; (vii) mudanças nos valores demercado de títulos brasileiros, especialmente títulos do governo brasileiro; e (viii) mudanças nas condiçõeseconômicas internas e externas.

i) Pensões e outros benefícios a empregados

O Banco patrocina planos de previdência na forma de planos de contribuição definida e planos de benefíciodefinido, contabilizados de acordo com a IAS 19. A avaliação atuarial depende de uma série de premissas,entre as quais se destacam: (i) taxas de juros assumidas; (ii) tábuas de mortalidade; (iii) índice anualaplicado à revisão de aposentadorias; (iv) índice de inflação de preços; (v) índice anual de reajustessalariais; e (vi) método usado para calcular os compromissos relativos a direitos adquiridos dos funcionáriosativos. Alterações nesses pressupostos podem ter um impacto significativo sobre os valores determinados.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Conso lidadas

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j) Provisões técnicas de passivos por contratos de seguros

As provisões técnicas e matemáticas relacionadas a contratos de seguros e previdência complementar sãoconstituídas de acordo com as normas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP)para seguros e previdência. Os valores são apurados com base em métodos e hipóteses definidas peloatuário e validadas pela Administração, refletindo o valor atual da melhor estimativa, na data base decálculo, das obrigações futuras decorrentes dos contratos de seguros e previdência.

A cada período de apresentação, o Banco analisa a adequação de seus passivos para todos os contratosque atendam à definição de um contrato de seguro e que estejam vigentes na data da execução. Referidoprocedimento, designado como teste de adequação de passivos, considera como valor contábil líquido ospassivos de contratos de seguros deduzidos das despesas de comercialização diferidas e dos ativosintangíveis relacionados.

Para elaboração desse teste, o Banco utiliza metodologia atuarial para estimar a valor presente todos osfluxos de caixa futuros a partir de premissas atuariais válidas na data de execução do teste. Nesse teste, oscontratos são agrupados com base nos riscos similares ou quando o risco de seguro é gerenciado emconjunto pela Administração.

As principais premissas utilizadas pelas joint ventures e subsidiárias seguradoras para execução do teste deadequação de passivos foram: (i) taxa de desconto utilizada para trazer os fluxos projetados a valorpresente; (ii) sinistralidade, despesas administrativas e operacionais, despesas de comercialização,cancelamento, contribuições futuras, resgates parciais e conversões em renda baseados no comportamentohistórico; e (iii) mortalidade e sobrevivência seguem as tábuas biométricas construídas especificamente coma experiência no mercado segurador brasileiro.

Outras informações sobre o tema podem ser obtidas nas Notas 3 e 34.

5 – Demonstrações Contábeis Consolidadas

As demonstrações contábeis consolidadas do Banco abrangem as agências e subsidiárias no país e noexterior e suas controladas diretas e indiretas, entidade de propósito específico, bem como os investimentossob controle conjunto (joint ventures). Os saldos significativos das contas e operações entre as companhiasconsolidadas foram eliminados. Apresentam-se no quadro a seguir as participações societárias incluídasnas demonstrações contábeis consolidadas, segregadas por segmentos de negócios.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Conso lidadas

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% Participação Total

Atividade País deconstituição

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2009

Segmento Bancário

BB Leasing S.A. – Arrendamento Mercantil (1) (5) Arrendamento Brasil 100% 100% 100%

Banco do Brasil – AG. Viena (1) (5) Bancária Áustria 100% 100% 100%

BB Leasing Company Ltd. (1) (5) Arrendamento Ilhas Cayman 100% 100% 100%

BB Securities Asia Pte. Ltd. (1) (5) Corretora Singapura 100% - -

BB Securities LLC. (1) (5) Corretora Estados Unidos 100% 100% 100%

BB Securities Ltd. (1) (5) Corretora Inglaterra 100% 100% 100%

Brasilian American Merchant Bank (1) (5) Bancária Ilhas Cayman 100% 100% 100%

BB USA Holding Company, Inc. (1) (5) Holding Estados Unidos 100% 100% 100%

Besc Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. (1) (5) Administração de Ativos Brasil 99,62% 99,62% 99,62%

Banco Patagonia S.A. (1) (5) Banco Múltiplo Argentina 58,96% - -

Banco Votorantim S.A. (2) (5) Banco Múltiplo Brasil 50% 50% 50%

Segmento Investimentos

BB Banco de Investimento S.A. (1) (5) Banco de Investimento Brasil 100% 100% 100%

Kepler Weber S.A. (2) (5) Indústria Brasil 17,56% 17,56% 17,65%

Neoenergia S.A. (2) (5) Energia Brasil 11,99% 11,99% 11,99%

Segmento Gestão de Recursos

BB Gestão de Recursos – Distribuidora de Títulos eValores Mobiliários S.A.

(1) (5) Administração de Ativos Brasil 100% 100% 100%

Segmento Seguros, Previdência e Capitalização

BB Seguros Participações S.A. (1) (5) Holding Brasil 100% 100% 100%

BB Corretora de Seguros e Administradora de Bens S.A. (1) (5) Corretora Brasil 100% 100% 100%

Nossa Caixa Capitalização S.A. (1) (5) Capitalização Brasil 100% 100% 100%

BB Aliança Participações S.A. (3) (5) Holding Brasil 74,99% 100% 100%

Companhia de Seguros Aliança do Brasil (3) (5) Seguradora Brasil 74,99% 100% 100%

Brasilprev Seguros e Previdência S.A. (2) (5) Seguradora/Previdência Brasil 74,99% 74,99% 49,99%

BB Mapfre SH1 Participações S.A. (4) (5) Holding Brasil 74,99% - -

Mapfre Vera Cruz Vida e Previdência S.A. (4) (5) Seguradora/Previdência Brasil 74,99% - -

Mapfre Participações Ltda. (4) (5) Holding Brasil 74,99% - -

Vida Seguradora S.A. (4) (5) Seguradora Brasil 74,99% - -

BB Aliança Rev Participações S.A. (3) (5) Holding Brasil 50% 100% -

Brasilveículos Companhia de Seguros (3) (5) Seguradora Brasil 50% 100% 70%

Mapfre BB SH2 Participações S.A. (4) (5) Holding Brasil 50% - -

Mapfre Vera Cruz Seguradora S.A. (4) (5) Seguradora Brasil 50% - -

Mapfre Riscos Especiais S.A. (4) (5) Seguradora Brasil 50% - -

Mapfre Assistência S.A. (4) (5) Prestação de Serviços Brasil 50% - -

Aliança do Brasil Seguros S.A. (3) (5) Seguradora Brasil 50% 100% -

Brasilcap Capitalização S.A. (2) (5) Capitalização Brasil 66,66% 49,99% 49,99%

Brasilsaúde Companhia de Seguros (7) Seguradora/Saúde Brasil - - 49,92%

Segmento Meios de Pagamento

BB Administradora de Cartões de Crédito S.A. (1) (5) Prestação de Serviços Brasil 100% 100% 100%

BB Elo Cartões Participações S.A. (1) (5) Holding Brasil 100% 100% 100%

Elo Participações S.A. (2) (5) Holding Brasil 49,99% - -

Elo Serviços S.A. (2) (5) Prestação de Serviços Brasil 33,33% - -

Cielo S.A. (2) (5) Prestação de Serviços Brasil 28,72% 28,74% 23,61%

Outros Segmentos

Ativos S.A. Securitizadora de Créditos Financeiros (1) (5) Aquisição de Créditos Brasil 100% 100% 100%

Ativos S.A. Gestão de Cobrança e Recuperação de Crédito (1) (5) Aquisição de Créditos Brasil 100% 100% -

BB Administradora de Consórcios S.A. (1) (5) Consórcio Brasil 100% 100% 100%

BB Tur Viagens e Turismo Ltda. (1) (6) Turismo Brasil 100% 100% 100%

BB Money Transfers, Inc. (1) (5) Prestação de Serviços Estados Unidos 100% 100% 100%

Cobra Tecnologia S.A. (1) (5) Informática Brasil 99,97% 99,99% 99,94%

BV Participações S.A. (2) (5) Holding Brasil 50% 50% 50%

(1) Controlada.

(2) Joint Venture, incluída proporcionalmente na consolidação.

(3) Joint Venture, incluída proporcionalmente na consolidação. Empresa controlada até a assinatura do acordo de parceria com a Mapfre (Nota 6c).

(4) Joint Venture, incluída proporcionalmente na consolidação após o acordo firmado com a Mapfre (Nota 6c).(5) Demonstrações contábeis para consolidação relativas a dezembro/2011.

(6) Demonstrações contábeis para consolidação relativas a novembro/2011.

(7) Investimento alienado em julho/2010

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Conso lidadas

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Foram consolidados ainda os fundos de investimentos financeiros BV Financeira FIDC II, BV FinanceiraFIDC IV, BV Financeira FIDC V, BV Financeira FIDC VI, Fundo de Investimento Sedna Referenciado DI,Votorantim G&K Fundo de Investimento em Participações, BVIA Fundo de Investimento em Participações,Fundo de Investimento Nióbio I e a Entidade de Propósito Específico no exterior Dollar Diversified PaymentRights Finance Company, os quais o Banco controla direta ou indiretamente.

6 – Aquisições, Vendas e Reestruturações Societária s

a) Aquisições por Combinações de Negócios

Banco Patagonia S.A.

O Banco Patagonia é um banco privado que tem como atividade principal a de banco comercial. Ele dispõede uma rede distribuição física em todas as províncias argentinas e atua com uma ampla gama de produtosfinanceiros e de mercados de capitais.

Em 12.04.2011, após as aprovações pelos órgãos reguladores do Brasil e da Argentina, o Banco do Brasiladquiriu o controle acionário do Banco Patagonia, relativo a 366.825.016 ações (51% do capital social e docapital votante) pelo montante de R$ 764.819 mil (US$ 482.040 mil), por meio de pagamento à vista,resultando no valor de US$ 1,3141 por ação.

Em 17.08.2011, a Comisión Nacional de Valores da Argentina, órgão regulador do mercado de capitaisdaquele país, autorizou o Banco do Brasil a realizar, na Argentina, Oferta Pública de Aquisição Obrigatóriade Ações (OPA) do Banco Patagonia para aumentar a posição acionária do Banco do Brasil de 51% paraaté 75% do capital total e votante.

A OPA foi realizada no período de 01.09.2011 a 05.10.2011, e o preço por ação das classes A e Bcorresponderam a US$ 1,314, a serem pagos em pesos argentinos (ARS) ao câmbio indicado no Prospectoda Oferta, com dedução de ARS 0,3346500775 por ação, correspondente aos dividendos pagos relativos aoexercício finalizado em dezembro de 2010.

Em 11.10.2011, encerrou-se, na Bolsa de Valores de Buenos Aires, a OPA do Banco Patagonia. Comoresultado da Oferta foram adquiridas pelo Banco do Brasil 57.276.942 ações ordinárias classe B ao preçode ARS 5,1959759225 por ação. O Banco do Brasil passou a ser titular de 424.101.958 ações ordináriasclasse B, representando 58,9633% do capital social e votante do Banco Patagonia.

Na aquisição do Banco Patagonia, o Banco do Brasil avaliou a possibilidade de aquisição de um banco naArgentina que permitisse o desenvolvimento de sua estratégia de expansão na América do Sul de LínguaEspanhola. Essa estratégia está diretamente relacionada com o atendimento de brasileiros e empresas derelacionamento do Banco do Brasil, onde quer que estejam. A conjuntura econômica, ainda marcada pelosreflexos da crise financeira de 2008, gerou a oportunidade da compra vantajosa. Este ganho foi registradoem Outras receitas não de juros.

O ganho por compra vantajosa na aquisição foi calculado a partir do balanço patrimonial a valor justoapurado em estudo de alocação do preço pago elaborado por área especializada do Banco.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Conso lidadas

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Valor justo dos ativos e passivos adquiridos do Ban co PatagoniaR$ mil

12.04.2011

Caixa e depósitos bancários 461.086

Empréstimos a instituições financeiras 589.231

Aplicações em operações compromissadas 108.202

Ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado 1.439.677

Empréstimos a clientes 2.772.482

Investimentos em coligadas 3.265

Ativo imobilizado 144.071

Intangíveis identificados 496.413

Ativos por impostos correntes 106.793

Outros ativos 678.156

Valor justo dos ativos 6.799.376

Depósitos de clientes 4.333.049

Passivos financeiros ao valor justo por meio do resultado 89.142

Obrigações por operações compromissadas 141.607

Obrigações de curto prazo 85.671

Obrigações de longo prazo 17.452

Provisões trabalhistas, fiscais e cíveis 48.786

Passivo por impostos correntes 149.945

Outros passivos 314.362

Valor justo dos passivos 5.180.014

Valor justo dos ativos líquidos (1) 1.619.362

Valor justo dos ativos líquidos atribuíveis aos acionistas não controladores (49%) 793.487

Valor justo dos ativos líquidos atribuíveis aos aci onistas controladores (51%) 825.875

Preço pela aquisição das ações (51%) (764.819)

Ganho por compra vantajosa na aquisição (61.056)

Movimentações de caixa na aquisição da subsidiária

Caixa e equivalentes de caixa adquiridos com a subsidiária 461.086

Valor pago (764.819)

Caixa líquido por aquisição do Banco Patagonia (303.733)(1) O valor contábil dos ativos líquidos em 12.04.2011 era R$ 874.845 mil.

Ativos intangíveis identificados na aquisiçãoR$ mil

12.04.2011

Relacionados a carteiras de clientes 434.312

Relacionados a contratos 40.246

Outros 21.855

Total 496.413

Apuração do resultado na OPAR$ mil

11.10.2011

Valor justo dos ativos líquidos atribuíveis aos não controladores adquiridos 128.901

Preço pago pela aquisição das ações (128.761)

Valor reconhecido no patrimônio líquido e atribuíve l aos acionistas controladores (140)

Os ativos intangíveis identificados vem sendo amortizados em consonância com os prazos apresentados naNota 3, os quais foram definidos com base em estudo de alocação do preço pago. Durante o exercício de

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65

2011, os valores amortizados usando o método linear durante sua vida útil econômica estimada totalizaramR$ 45.927 mil.

O Banco Patagonia contribuiu com R$ 551.281 mil para as receitas totais e R$ 109.086 mil para o lucrolíquido do Banco. Se a combinação de negócios tivesse ocorrido no início do ano, a contribuição nasreceitas totais e no lucro líquido do Banco seria de R$ 702.404 mil e R$ 136.045 mil, respectivamente.

Os custos incorridos e relacionados à aquisição do Banco Patagonia totalizaram US$ 3.470 mil.

Em função dos comunicados emitidos pelo Banco Central da República Argentina (BCRA) “A”5272 e“A”5273, em 27.01.2012, o Banco Patagonia não poderá distribuir dividendos relativos ao exercício de 2011.Esses comunicados aumentaram as exigências de capital mínimo e solvência para as instituiçõesfinanceiras argentinas e o índice exigido de capital adicional para a distribuição de dividendos. Aregulamentação local exige, ainda, prévia autorização da Superintendência de Entidades Financeiras eCambiais (SEFyC) do BCRA para a distribuição de resultados.

Banco Nossa Caixa S.A.

O Banco Nossa Caixa, incorporado pelo Banco do Brasil em 30.11.2009, operava na forma de bancomúltiplo oferecendo produtos e serviços bancários por meio das carteiras comercial, de crédito e de câmbio,bem como na administração de cartões de crédito e fundos de investimento.

Com o objetivo de expandir suas operações no Estado de São Paulo, principalmente na capital, o Banco doBrasil adquiriu, em 16.03.2009, do Governo do Estado de São Paulo, 71,25% do capital votante e total doBanco Nossa Caixa S.A.

A operação foi concretizada ao valor de R$ 5.386.496 mil, calculado com base em avaliação econômico-financeira, que considera as perspectivas de rentabilidade futura e os fluxos de caixa descontados do BancoNossa Caixa, e foi paga em 18 parcelas de R$ 299.250 mil corrigidas pela taxa Selic.

Conforme previsto no contrato de aquisição, em 21.07.2009, o Banco do Brasil publicou o Edital de OfertaPública de Aquisição de Ações (“OPA” de tag along), assegurando aos acionistas não controladores doBanco Nossa Caixa o direito de alienar suas ações, no mínimo, nas mesmas condições ofertadas aoGoverno do Estado de São Paulo, para aquisição de até a totalidade das ações ordinárias de emissão doBanco Nossa Caixa, representativas de 28,75% do capital votante e total, não compreendidas na operaçãode alienação de controle.

Em 04.09.2009, o Banco adquiriu 28,07% do capital votante e total, ao valor de R$ 2.304.984 mil. Dessaforma, o Banco do Brasil passou a deter 99,32% do capital votante e total do Banco Nossa Caixa.

O ágio foi calculado a partir do balanço patrimonial a valor justo apurado em estudo de alocação do preçopago elaborado por empresa especializada e independente.

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Valor justo dos ativos e passivos adquiridos do Ban co Nossa Caixa S.A.R$ mil

16.03.2009

Caixa e depósitos bancários 390.414

Depósitos compulsórios em bancos centrais 4.518.113

Empréstimos a instituições financeiras 1.901.318

Aplicações em operações compromissadas 4.657.951

Ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado 4.200.101

Ativos financeiros disponíveis para venda 6.166.422

Ativos financeiros mantidos até o vencimento 12.286.613

Empréstimos a clientes 12.974.927

Investimentos em coligadas 870.659

Ativo imobilizado 292.934

Ativos intangíveis 4.893.132

Outros ativos 4.535.250

Valor justo dos ativos 57.687.834

Depósitos de clientes 36.383.912

Valores a pagar a instituições financeiras 3.277

Obrigações por operações compromissadas 8.149.071

Obrigações de curto prazo 54.525

Provisões trabalhistas, fiscais e cíveis 2.301.167

Outros passivos 3.485.726

Valor justo dos passivos 50.377.678

Valor justo dos ativos líquidos (1) 7.310.156

Preço pela aquisição das ações (99,32%) (7.901.738)

Ágio gerado na aquisição 591.582

Movimentações de caixa na aquisição da subsidiária

Caixa e equivalentes de caixa adquiridos com a subsidiária 390.414

Valor pago 7.901.738

Caixa líquido por aquisição do Banco Nossa Caixa 7.511.324(1) O valor contábil dos ativos líquidos em 16.03.2009 era R$ 2.940.710 mil.

Ativos intangíveis identificados na aquisição

16.03.2009

Relacionados a carteiras de clientes 2.746.106

Ativos intangíveis pré-aquisição 1.127.044

Relacionados a contratos 863.062

Outros 156.920

Total 4.893.132

Os ativos intangíveis identificados vem sendo amortizados em consonância com os prazos apresentados naNota 3, os quais foram definidos com base em estudo de alocação do preço pago. Durante o exercício de2011, os valores amortizados usando o método linear durante sua vida útil econômica estimada totalizaramR$ 472.038 mil.

O Banco Nossa Caixa contribuiu com R$ 6.107.730 mil para as receitas totais e R$ 58.337 mil para o lucrolíquido do Banco. Se a combinação de negócios tivesse ocorrido no início do ano da aquisição do controle,a contribuição nas receitas totais e no lucro líquido do Banco seria de R$ 6.879.290 mil e (R$ 133.365) mil,respectivamente.

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b) Outras Aquisições

Companhia Brasileira de Soluções e Serviços – CBSS

Em 24.01.2011, foi concretizada a negociação na qual a controlada BB Banco de Investimento S.A. (BB BI)adquiriu parte das ações detidas pela Visa Internacional Service Association (Visa International) naCompanhia Brasileira de Soluções e Serviços, aumentando sua participação de 45% para 49,99%.

O ágio no valor de R$ 75.641 mil apurado na aquisição parcial da CBSS e o valor dos ativos líquidosapurados pelo método da equivalência patrimonial foram registrados em Investimentos em coligadas.

O quadro a seguir demonstra a participação total do BB BI no capital social da CBSS, segregada em açõesordinárias (com direito a voto) e preferenciais.

Participação acionária % ON % PN % do Capital Total

Antes da transação 44,31 45,69 45,00

Após a transação 49,99 49,99 49,99

Cielo

Em 13.07.2010, foi concretizada a negociação na qual o Banco do Brasil, em conjunto com sua subsidiáriaintegral BB BI, adquiriu do Grupo Santander Espanha parte das ações detidas na Cielo S.A. A participaçãodo BB BI na Cielo passou de 23,61% para 28,75%.

O ágio apurado nesta aquisição parcial foi de R$ 1.002.123 mil.

O quadro a seguir demonstra a participação total do BB BI no capital social da Cielo.

Participação acionária % ON % do Capital Total

Antes da transação 23,61 23,61

Após a transação 28,75 28,75

Banco Votorantim S.A.

Em 28.09.2009, com o objetivo de aumentar sua participação no mercado de financiamento de veículos, oBanco do Brasil adquiriu da Votorantim Finanças S.A. 50,00% do capital social total (49,99% das açõesordinárias e 50,01% das ações preferenciais) do Banco Votorantim S.A. por R$ 4.151.668 mil.Simultaneamente, o Banco do Brasil adquiriu 50,00% da BV Participações pelo valor de R$ 30.211 mil. Aconjuntura econômica, ainda marcada pelos reflexos da crise financeira de 2008, gerou a oportunidade dacompra vantajosa. Este ganho foi registrado em Outras receitas não de juros.

O pagamento à Votorantim Finanças S.A. foi realizado mediante depósitos em espécie em contasvinculadas no Banco Votorantim, no valor de R$ 2.160.000 mil e no Banco do Brasil, no valor deR$ 840.000 mil e pagamento em espécie no valor de R$ 750.000 mil, mais R$ 450.000 mil após 180 diasdessa data, relativos à subscrição das ações preferenciais do Banco Votorantim S.A., totalizandoR$ 4.200.000 mil. Em função de contingências identificadas em Due Diligence realizada junto ao BancoVotorantim S.A., o valor total foi reduzido posteriormente em R$ 18.121 mil.

O ganho por compra vantajosa na aquisição foi calculado a partir do balanço patrimonial a valor justoapurado em estudo de alocação do preço pago elaborado por empresa especializada e independente.

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Valor justo dos ativos e passivos adquiridos do Ban co Votorantim S.A.R$ mil

28.09.2009

Caixa e depósitos bancários 156.783

Depósitos compulsórios em banco centrais -

Empréstimos a instituições financeiras 1.721.773

Aplicações em operações compromissadas 10.203.771

Ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado 6.863.017

Ativos financeiros disponíveis para venda 2.941.293

Empréstimos a clientes 18.529.984

Investimentos em coligadas 28.179

Ativo imobilizado 50.393

Ativos intangíveis 1.668.469

Outros ativos 3.787.644

Valor justo dos ativos 45.951.306

Depósitos de clientes 11.507.136

Depósitos de instituições financeiras 1.652.717

Obrigações por operações compromissadas 13.052.105

Obrigações de curto prazo 2.003.144

Outros passivos 12.344.250

Valor justo dos passivos 40.559.352

Valor justo dos ativos líquidos (1) 5.391.954

Preço pela aquisição das ações (50%) (4.151.668)

Ganho por compra vantajosa na aquisição (1.240.286)

Movimentações de caixa na aquisição da joint venture

Caixa e equivalentes de caixa adquiridos com a joint venture 156.783

Valor pago 4.151.668

Caixa líquido por aquisição do Banco Votorantim 3.994.885(1) O valor contábil dos ativos líquidos em 28.09.2009 era R$ 3.725.954 mil.

Ativos intangíveis identificados na aquisição

28.09.2009

Relacionados a carteiras de clientes 1.557.000

Ativos intangíveis pré-aquisição 2.469

Outros 109.000

Total 1.668.469

O Banco Votorantim contribuiu com aproximadamente R$ 1.795.827 mil e R$ 154.328 mil para as receitastotais e o lucro líquido do Banco, respectivamente. Se a combinação de negócios tivesse ocorrido no iníciodo ano da aquisição do controle, a contribuição nas receitas totais e no lucro líquido do banco seria deR$ 6.702.937 mil e R$ 400.886 mil, respectivamente.

Os ativos intangíveis identificados vem sendo amortizados em consonância com os prazos apresentados naNota 3, os quais foram definidos com base em estudo de alocação do preço pago. Durante o exercício de2011, os valores amortizados usando o método linear durante sua vida útil econômica estimada totalizaramR$ 585.675 mil.

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c) Reorganizações societárias na área de seguros, p revidência complementar aberta, capitalização eresseguros

Parceria BB Seguros e Mapfre S.A.

Em 05.05.2010, o Banco do Brasil comunicou que a BB Seguros Participações S.A. (BB Seguros) e o GrupoSegurador Mapfre (Mapfre) celebraram Acordo de Parceria para a formação de aliança estratégica nossegmentos de seguros de pessoas, ramos elementares e veículos pelo prazo de 20 anos.

Com base no Acordo firmado, a partir de 30 de junho de 2011, o Banco, por meio da BB Seguros, e aMapfre deram origem ao Grupo Segurador Banco do Brasil & Mapfre. Foram constituídas as holdings BBMapfre SH1 Participações S.A. (SH1), cujo ramo de atuação agrega seguros de pessoas, imobiliário eagrícola, e a Mapfre BB SH2 Participações S.A. (SH2), com foco em seguros de ramos elementares eveículos, com personalidades jurídicas de direito privado, com participação majoritária do Grupo Mapfre nocapital votante e governança compartilhada. A parceria foi enquadrada como uma joint venture em funçãodo acordo de acionistas que prevê a governança compartilhada e o respectivo poder de veto nas decisõesdas políticas financeiras e operacionais da entidade.

As sociedades apresentam a seguinte configuração:

BB Mapfre SH1 Participações S.A. Mapfre BB SH2 Participações S.A.

% do CapitalTotal

%ON %PN % do CapitalTotal

%ON %PN

BB Seguros Participações S.A. 74,99 49,99 100 50,00 49,00 51,00

Mapfre S.A. 25,01 50,01 -- 50,00 51,00 49,00

A integralização de capital na SH1 pela BB Seguros e Mapfre incluiu a versão do controle das seguradorasCompanhia de Seguros Aliança do Brasil, Mapfre Vera Cruz Vida e Previdência S.A. e Vida SeguradoraS.A., bem como das holdings BB Aliança Participações S.A. e Mapfre Participações Ltda. Na SH2, houve aversão dos controles nas seguradoras Aliança do Brasil Seguros S.A., Brasilveículos Companhia deSeguros, Mapfre Vera Cruz Seguradora S.A. e Mapfre Riscos Especiais Seguradora S.A., além da holdingBB Aliança REV Participações S.A. e da Mapfre Assistência S.A.

O processo de desconsolidação dos negócios contribuídos e o reconhecimento em Outras receitas não dejuros da nova participação a valor justo gerou um ganho de R$ 957.725 mil conforme demonstrado a seguir:

R$ mil

BB Mapfre SH1 Mapfre BB SH2 Total

Valor justo dos ativos nas joint ventures formadas 6.285.569 1.697.740 7.983.309

Valor contábil dos ativos líquidos contribuídos (1.674.382) (1.111.194) (2.785.576)

Eliminação de ganhos/perdas não realizados (3.822.956) (417.052) (4.240.008)

Ganho na formação das joint ventures 788.231 169.494 957.725

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Conso lidadas

70

Valor justo dos ativos e passivos da SH1 e SH2R$ mil

30.06.2011

BB Mapfre SH1 Mapfre BB SH2 Total

Caixa e depósitos bancários 1.334 20.562 21.896

Aplicações em operações compromissadas 19.387 1.912 21.299

Ativos financeiros 2.514.893 1.179.188 3.694.081

Ativos não correntes disponíveis para a venda - 44.706 44.706

Investimentos em coligadas 698.797 861.934 1.560.731

Ativo imobilizado 4.482 59.192 63.674

Ativos intangíveis 795.309 288.944 1.084.253

Ativos por impostos correntes 7.301 12.942 20.243

Ativos por impostos diferidos 186.101 110.968 297.069

Outros ativos 670.373 2.191.614 2.861.987

Valor justo dos ativos 4.897.976 4.771.962 9.669.938

Provisões trabalhistas, fiscais e cíveis 18.318 270.158 288.476

Passivos por contratos de seguro 1.966.436 1.892.218 3.858.654

Passivo por impostos correntes 15.881 6.590 22.471

Passivo por impostos diferidos - 238 238

Outros passivos 384.366 378.276 762.642

Valor justo dos passivos 2.385.001 2.547.480 4.932.481

Valor justo dos ativos líquidos 2.512.975 2.224.482 4.737.457

Participação da BB Seguros - % 74,99% 50%

Participação da BB Seguros 1.884.480 1.112.241 2.996.721

Goodwill alocado 693.836 291.702 985.538

Ativos intangíveis identificados na transaçãoR$ mil

30.06.2011

Relacionados a carteiras de clientes 170.508

Canais de distribuição 517.241

Ativos intangíveis pré-aquisição 372.295

Marcas 24.209

Total 1.084.253

Os ativos intangíveis identificados vem sendo amortizados em consonância com os prazos apresentados naNota 3, os quais foram definidos com base em estudo de alocação do preço pago elaborado por empresaespecializada e independente. Durante o exercício de 2011, os valores amortizados usando o método lineardurante sua vida útil econômica estimada totalizaram R$ 27.658 mil.

Brasilcap Capitalizações S.A.

Em 24.01.2011, a BB Seguros firmou Contrato de Compra e Venda de Ações para aquisição da totalidadeda participação acionária (16,67% ON) detida pela Sul América Capitalização S.A. (Sulacap) na BrasilcapCapitalização S.A. (Brasilcap). O negócio foi efetivado em 22.07.2011, e a participação da BB Seguros nocapital total passou de 49,99% para 66,66%. A Brasilcap continua sendo uma joint venture, incluída nasdemonstrações contábeis pelo método da consolidação proporcional.

O quadro a seguir demonstra a participação total da BB Seguros no capital social da Brasilcap, segregadaem ações ordinárias (com direito a voto) e preferenciais.

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71

Participação acionária % ON % PN % do Capital Total

Antes da transação 33,32 100 49,99

Após a transação 49,99 100 66,66

Valor justo dos ativos e passivos da BrasilcapR$ mil

22.07.2011

Caixa e depósitos bancários 97

Ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado 685.383

Ativos financeiros mantidos até o vencimento 93.405

Ativo imobilizado 1.661

Ativos intangíveis 808

Outros ativos 59.452

Valor justo dos ativos 840.806

Provisões 56.003

Outros passivos 750.327

Valor justo dos passivos 806.330

Valor justo dos ativos líquidos 34.476

Preço pela aquisição das ações (16,67%) (145.224)

Ágio gerado na aquisição 110.748

Os valores utilizados para a contabilização desta aquisição de participação societária são provisórios epodem sofrer ajustes até o final do período de mensuração em função do processo de elaboração, porempresa especializada e independente, do estudo de alocação do preço pago.

d) Parceria com o Banco Bradesco S.A. no setor de c artões

Em 14.03.2011, o Banco do Brasil e o Banco Bradesco S.A. firmaram Memorando de Entendimentos comcaráter vinculante, no qual constituíram a companhia Elo Participações S.A., que consolida negóciosconjuntos relacionados a meios eletrônicos de pagamento. O Banco do Brasil detém 49,99% das ações e oBanco Bradesco detém 50,01%.

Em 30.03.2011, foi lançada oficialmente a bandeira brasileira de cartões de crédito, débito e pré pagos,denominada Elo, administrada pela companhia Elo Serviços, controlada pela Elo Participações S.A.

O aporte de capital feito pelo Banco do Brasil à Elo Participações S.A., no valor de R$ 9.200 mil, ocorreu em20.05.2011.

e) Constituições

Em 16.05.2011, o Conselho de Administração do Banco do Brasil aprovou os atos constitutivos do BBSecurities Asia Pte. Ltd., pessoa jurídica de direito privado, subsidiária integral do Banco do Brasil S.A., paraatuar no mercado de capitais da Ásia.

O capital social é de US$ 5.000 mil divididos em 5.000.000 de ações ordinárias nominativas representadasna forma escritural e sem valor nominal. A sociedade, que tem sede e foro na República de Singapura, teráum Conselho de Administração com 7 membros e uma Diretoria Executiva composta por 1 Diretor Executivono exterior. O acionista BAMB – Brazilian American Merchant Bank realizou o aporte de capital na referidasubsidiária em 01.11.2011, com início das atividades operacionais a partir de 02.01.2012.

7 – Informações por Segmento

As informações por segmento foram elaboradas considerando os critérios utilizados pela Administração naavaliação do desempenho, na tomada de decisões quanto à alocação de recursos para investimento eoutros fins, considerando-se o ambiente regulatório e as semelhanças entre produtos e serviços.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Conso lidadas

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As diversas informações gerenciais utilizadas pela Administração na avaliação do desempenho e noprocesso decisório são preparadas de acordo com as Leis e normas aplicáveis às instituições financeiras,conforme determinado pelo Banco Central do Brasil.

As operações do Banco estão divididas em cinco segmentos: bancário, investimentos, gestão de recursos,seguridade (seguros, previdência e capitalização) e meios de pagamento. Além desses segmentos, o Bancotambém participa de outras atividades econômicas, tais como consórcios e suporte operacional, que foramagregados em "Outros Segmentos".

As transações intersegmentos são praticadas em condições normais de mercado, substancialmente nostermos e condições para operações comparáveis, incluindo taxas de juros e garantias. Essas operaçõesnão envolvem riscos anormais de recebimento.

O Banco não possui cliente que seja responsável por mais de 10% da receita líquida total da instituição.

a) Segmento bancário

O segmento bancário é responsável pela parcela mais significativa do resultado do Banco,preponderantemente obtido no Brasil, e compreende uma grande diversidade de produtos e serviços, taiscomo depósitos, operações de crédito e prestação de serviços, que são disponibilizados aos clientes pormeio dos mais variados canais de distribuição no país e no exterior.

As operações do segmento bancário abrangem os negócios com os mercados de varejo, atacado e governorealizados pela rede e equipes de atendimento, e os negócios com microempreendedores e o setor informalrealizados por correspondentes bancários.

b) Segmento de investimentos

Nesse segmento são realizados negócios no mercado de capitais doméstico, com atuação naintermediação e distribuição de dívidas no mercado primário e secundário, além de participações societáriase da prestação de serviços financeiros.

A receita líquida de juros do segmento é obtida pelas receitas auferidas nas aplicações em títulos e valoresmobiliários deduzidas das despesas de captação de recursos junto a terceiros. As participações acionáriasexistentes estão concentradas nas empresas coligadas e controladas. As receitas de prestação de serviçosfinanceiros resultam de assessorias econômico-financeiras, de underwriting de renda fixa e variável e daprestação de serviços a coligadas.

c) Segmento de gestão de recursos

Esse segmento é responsável essencialmente pelas operações inerentes à compra, venda e custódia detítulos e valores mobiliários, administração de carteiras, instituição, organização e administração de fundose clubes de investimento. As receitas são oriundas principalmente das comissões e taxas de administraçãocobradas dos investidores pela prestação desses serviços.

d) Segmento de seguridade

Nesse segmento são oferecidos produtos e serviços relacionados a seguros de vida, patrimonial eautomóvel, planos de previdência complementar e planos de capitalização.

O resultado desse segmento provém principalmente das receitas com prêmios de seguros emitidos,contribuições de planos de previdência, títulos de capitalização e aplicações em títulos e valores mobiliários,deduzidas das despesas de comercialização, provisões técnicas e despesas com benefícios e resgates.

e) Segmento de meios de pagamento

Esse segmento é responsável principalmente pela prestação dos serviços de captura, transmissão,processamento e liquidação financeira de transações em meio eletrônico (cartões de crédito e débito), osquais geram receitas de taxas de administração cobradas dos estabelecimentos comerciais e bancários,além das rendas de aluguel, instalação e manutenção de terminais eletrônicos.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Conso lidadas

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f) Outros segmentos

Compreendem os segmentos de suporte operacional e consórcios, que foram agregados por não seremindividualmente representativos. Esses segmentos geram receitas oriundas principalmente da prestação deserviços não contemplados nos segmentos anteriores, tais como: recuperação de créditos, administraçãode consórcios, desenvolvimento, fabricação, comercialização, aluguel e integração de equipamentos esistemas de eletrônica digital, periféricos, programas, insumos e suprimentos de informática, além daintermediação de passagens aéreas, hospedagens e organização de eventos.

g) Demonstração do resultado gerencial por segmento

R$ mil

Exercício 2011

Bancário Investimentos Gestão deRecursos

Seguridade Meios dePagamento

OutrosSegmentos

TransaçõesIntersegmentos

Total

Receita de juros 102.771.162 163.858 86.622 3.952.693 189.070 25.568 (599.645) 106.589.328

Despesa de juros (60.693.265) (485.532) - - - (49.035) 531.431 (60.696.401)

Receita líquida de juros 42.077.897 (321.674) 86.622 3.952.693 189.070 (23.467) (68.214) 45.892.927

Despesa líquida com provisão para perdas emempréstimos a clientes

(8.960.978) - - - - - - (8.960.978)

Receita líquida de juros após provisão paraperdas em empréstimos a clientes

33.116.919 (321.674) 86.622 3.952.693 189.070 (23.467) (68.214) 36.931.949

Receitas não de juros 17.547.896 2.520.888 1.054.076 4.232.491 1.341.447 1.371.904 (1.206.404) 26.862.298

Receita líquida de tarifas e comissões 12.473.703 372.305 1.046.509 16.955 993.736 1.233.642 (979.725) 15.157.125

Ganhos/(perdas) líquidos sobre ativos/passivosfinanceiros ao valor justo por meio do resultado

(887.906) 2.737 - (36.387) - 1 36.172 (885.383)

Ganhos/(perdas) líquidos sobre ativosfinanceiros disponíveis para venda

278.879 235.506 (800) (145) (31) - - 513.409

Ganhos/(perdas) líquidos em coligadas 32.650 111.808 491 1.705 - - - 146.654

Resultado com operações de seguros eprevidência complementar

- - - 2.352.417 - - 30.366 2.382.783

Outras receitas 5.650.570 1.798.532 7.876 1.897.946 347.742 138.261 (293.217) 9.547.710

Despesas não de juros (37.533.143) (1.706.699) (210.375) (6.667.043) (747.334) (997.911) 1.274.796 (46.587.709)

Despesas com pessoal (15.940.799) (97.649) (52.559) (289.575) (49.770) (209.568) 5.832 (16.634.088)

Despesas administrativas (8.885.081) (20.352) (23.127) (949.387) (130.300) (216.174) 1.160.597 (9.063.824)

Amortização de ativos intangíveis (2.277.930) (71.442) - (16.333) (4.004) (1.621) - (2.371.330)

Depreciação (1.003.205) (8.030) (1) (17.863) (63.779) (10.175) - (1.103.053)

Outras despesas (9.426.128) (1.509.226) (134.688) (5.393.885) (499.481) (560.373) 108.367 (17.415.414)

Lucro antes dos impostos 13.131.672 492.515 930.323 1.518.141 783.183 350.526 178 17.206.538

Impostos (3.573.560) (98.507) (370.867) (566.609) (262.616) (134.406) - (5.006.565)

Correntes (3.273.857) (133.934) (373.524) (570.790) (262.088) (126.434) - (4.740.627)

Diferidos (299.703) 35.427 2.657 4.181 (528) (7.972) - (265.938)

Lucro líquido do periodo 9.558.112 394.008 559.456 951.532 520.567 216.120 178 12.199.973

Atribuível aos acionistas controladores 9.538.298 358.830 559.456 951.532 520.567 216.122 178 12.144.983

Atribuível às participações de acionistas nãocontroladores

19.814 35.178 - - - (2) - 54.990

Total dos ativos 908.983.370 6.868.562 1.073.470 52.222.813 1.763.592 4.491.293 (16.741.307) 958.661.793

Total dos passivos 849.940.835 4.932.759 947.641 48.301.672 1.320.567 1.984.794 (7.545.871) 899.882.397

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Conso lidadas

74

R$ mil

Exercício 2010

Bancário Investimentos Gestão deRecursos Seguridade Meios de

PagamentoOutros

SegmentosTransações

Intersegmentos Total

Receita de juros 82.280.436 139.971 53.348 2.917.286 128.756 14.499 (375.315) 85.158.981

Despesa de juros (42.674.974) (347.496) - (218) - (42.860) 365.564 (42.699.984)

Receita líquida de juros 39.605.462 (207.525) 53.348 2.917.068 128.756 (28.361) (9.751) 42.458.997

Despesa líquida com provisão para perdas emempréstimos a clientes

(7.465.097) - - - - - - (7.465.097)

Receita líquida de juros após provisão paraperdas em empréstimos a clientes

32.140.365 (207.525) 53.348 2.917.068 128.756 (28.361) (9.751) 34.993.900

Receitas não de juros 15.529.835 2.243.904 887.620 3.416.128 1.194.473 1.125.961 (765.224) 23.632.697

Receita líquida de tarifas e comissões 10.852.944 390.344 886.746 44.677 866.927 1.023.430 (462.568) 13.602.500

Ganhos/(perdas) líquidos sobre ativos/passivosfinanceiros ao valor justo por meio do resultado

(2.158.305) (2.440) - (27.005) 29 3 12.324 (2.175.394)

Ganhos/(perdas) líquidos sobre ativosfinanceiros disponíveis para venda

234.495 130.173 (500) 16 (39) 2 - 364.147

Ganhos/(perdas) líquidos em coligadas 58.980 73.308 (4.254) - - - - 128.034

Resultado com operações de seguros eprevidência complementar

- - - 1.932.720 - - - 1.932.720

Outras receitas 6.541.721 1.652.519 5.628 1.465.720 327.556 102.526 (314.980) 9.780.690

Despesas não de juros (34.219.891) (1.487.352) (181.255) (4.789.712) (587.351) (846.120) 774.976 (41.336.705)

Despesas com pessoal (13.988.231) (86.396) (47.835) (177.936) (31.209) (167.971) 4.584 (14.494.994)

Despesas administrativas (8.118.435) (21.643) (21.219) (782.360) (100.596) (212.313) 628.479 (8.628.087)

Amortização de ativos intangíveis (2.201.016) (65.070) - (16.106) (4.104) (1.215) - (2.287.511)

Depreciação (953.868) (6.779) (1) (5.754) (46.135) (9.740) - (1.022.277)

Outras despesas (8.958.341) (1.307.464) (112.200) (3.807.556) (405.307) (454.881) 141.913 (14.903.836)

Lucro antes dos impostos 13.450.309 549.027 759.713 1.543.484 735.878 251.480 1 17.289.892

Impostos (4.258.384) (138.719) (308.699) (512.444) (245.641) (94.595) - (5.558.482)

Correntes (4.903.923) (144.490) (309.012) (555.596) (255.432) (103.893) - (6.272.346)

Diferidos 645.539 5.771 313 43.152 9.791 9.298 - 713.864

Lucro líquido do período 9.191.925 410.308 451.014 1.031.040 490.237 156.885 1 11.731.410

Atribuível aos acionistas controladores 9.191.945 375.952 451.014 1.031.040 490.237 156.885 1 11.697.074

Atribuível às participações de acionistas nãocontroladores

(20) 34.356 - - - - - 34.336

Total dos ativos 760.790.088 6.220.627 964.331 36.949.455 1.371.817 5.108.624 (14.376.584) 797.028.358

Total dos passivos 710.019.601 4.991.743 830.685 34.361.397 999.744 2.848.410 (7.787.003) 746.264.577

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Conso lidadas

75

R$ mil

Exercício 2009

Bancário Investimentos Gestão deRecursos Seguridade Meios de

PagamentoOutros

SegmentosTransações

Intersegmentos Total

Receita de juros 65.922.139 132.597 48.180 1.810.892 77.246 11.835 (243.500) 67.759.389

Despesa de juros (32.779.232) (196.943) - (449) - (57.035) 186.465 (32.847.194)

Receita líquida de juros 33.142.907 (64.346) 48.180 1.810.443 77.246 (45.200) (57.035) 34.912.195

Despesa líquida com provisão para perdas emempréstimos a clientes (10.696.139) - - - - - - (10.696.139)

Receita líquida de juros após provisão paraperdas em empréstimos a clientes 22.446.768 (64.346) 48.180 1.810.443 77.246 (45.200) (57.035) 24.216.056

Receitas não de juros 15.963.401 3.488.250 819.722 2.706.851 1.068.394 735.816 (608.055) 24.174.379

Receita líquida de comissões e taxas 9.515.181 286.374 763.189 15.885 762.812 641.315 (340.337) 11.644.419

Ganhos/(perdas) líquidos sobre ativos/passivosfinanceiros ao valor justo por meio do resultado

(1.292.644) 3.239 - (24.139) 702 700 (4.932) (1.317.074)

Ganhos/(perdas) líquidos sobre ativosfinanceiros disponíveis para venda

241.501 65.048 (236) 64 (837) - - 305.540

Ganhos/(perdas) líquidos em coligadas 38.718 51.054 5.474 - - - - 95.246

Resultado com operações de seguros eprevidência complementar - - - 1.485.026 - - 3.699 1.488.725

Outras receitas 7.460.645 3.082.535 51.295 1.230.015 305.717 93.801 (266.485) 11.957.523

Despesas não de juros (28.681.885) (1.371.542) (186.149) (3.520.738) (510.925) (585.945) 671.537 (34.185.647)

Despesas com pessoal (12.423.355) (78.721) (48.648) (149.646) (28.455) (89.589) 2.796 (12.815.618)

Despesas administrativas (6.795.611) (21.061) (20.148) (682.218) (85.378) (163.988) 495.581 (7.272.823)

Amortização de ativos intangíveis (1.562.347) (64.809) - (9.000) (3.612) (1.258) - (1.641.026)

Depreciação (816.871) (5.906) (1) (5.714) (35.963) (6.060) - (870.515)

Outras despesas (7.083.701) (1.201.045) (117.352) (2.674.160) (357.517) (325.050) 173.160 (11.585.665)

Lucro antes dos impostos 9.728.284 2.052.362 681.753 996.556 634.715 104.671 6.447 14.204.788

Impostos (2.372.085) (771.673) (264.709) (344.378) (218.086) (54.752) - (4.025.683)

Correntes (4.273.110) (766.460) (254.777) (351.969) (235.779) (55.965) - (5.938.060)

Diferidos 1.901.025 (5.213) (9.932) 7.591 17.693 1.213 - 1.912.377

Lucro líquido do exercício 7.356.199 1.280.689 417.044 652.178 416.629 49.919 6.447 10.179.105

Atribuível aos acionistas controladores 7.355.610 1.244.828 417.044 652.178 416.629 49.919 6.447 10.142.655

Atribuível às participações de acionistas nãocontroladores 589 35.861 - - - - - 36.450

Total dos ativos 676.881.479 4.246.708 994.854 20.779.792 944.380 4.131.054 (10.751.989) 697.226.278

Total dos passivos 640.608.879 3.750.026 864.710 19.114.206 709.851 2.557.107 (6.668.373) 660.936.406

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Conso lidadas

76

h) – Conciliação do resultado gerencial por segment o com o resultado consolidado de acordo comas IFRS

R$ mil

Exercício 2011 Exercício 2010 Exercício 2009

ConsolidadoGerencial

Ajustes (1) ConsolidadoIFRS

ConsolidadoGerencial

Ajustes (1) ConsolidadoIFRS

ConsolidadoGerencial

Ajustes (1) ConsolidadoIFRS

Receita de juros 106.589.328 330.432 106.919.760 85.158.981 (15.775) 85.143.206 67.759.389 (150.883) 67.608.506

Despesa de juros (60.696.401) (707.309) (61.403.710) (42.699.984) (361.203) (43.061.187) (32.847.194) (217.732) (33.064.926)

Receita líquida de juros 45.892.927 (376.877) 45.516.050 42.458.997 (376.978) 42.082.019 34.912.195 (368.615) 34.543.580

Despesa líquida com provisão paraperdas em empréstimos a clientes

(8.960.978) 388.613 (8.572.365) (7.465.097) (249.457) (7.714.554) (10.696.139) 4.458.423 (6.237.716)

Receita líquida de juros apósprovisão para perdas emempréstimos a clientes

36.931.949 11.736 36.943.685 34.993.900 (626.435) 34.367.465 24.216.056 4.089.808 28.305.864

Receitas não de juros 26.862.298 1.243.135 28.105.433 23.632.697 222.309 23.855.006 24.174.379 1.284.347 25.458.726

Receita líquida de tarifas e comissões 15.157.125 4.986 15.162.111 13.602.500 - 13.602.500 11.644.419 - 11.644.419

Ganhos/(perdas) líquidos sobreativos/passivos financeiros ao valorjusto por meio do resultado

(885.383) 56 (885.327) (2.175.394) - (2.175.394) (1.317.074) - (1.317.074)

Ganhos/(perdas) líquidos sobre ativosfinanceiros disponíveis para venda 513.409 (68.218) 445.191 364.147 - 364.147 305.540 - 305.540

Ganhos/(perdas) líquidos em coligadas 146.654 3.537 150.191 128.034 (414) 127.620 95.246 (4.735) 90.511

Resultado com operações de seguros eprevidência complementar 2.382.783 16.669 2.399.452 1.932.720 (4.539) 1.928.181 1.488.725 6.893 1.495.618

Outras receitas 9.547.710 1.286.105 10.833.815 9.780.690 227.262 10.007.952 11.957.523 1.282.189 13.239.712

Despesas não de juros (46.587.709) (666.154) (47.253.863) (41.336.705) (334.900) (41.671.605) (34.185.647) 44.439 (34.141.208)

Despesas com pessoal (16.634.088) - (16.634.088) (14.494.994) (139.474) (14.634.468) (12.815.618) (120.053) (12.935.671)

Despesas administrativas (9.063.824) - (9.063.824) (8.628.087) 136.635 (8.491.452) (7.272.823) 122.704 (7.150.119)

Amortização de ativos intangíveis (2.371.330) (736.630) (3.107.960) (2.287.511) (661.083) (2.948.594) (1.641.026) (297.086) (1.938.112)

Depreciação (1.103.053) 4.528 (1.098.525) (1.022.277) 9.262 (1.013.015) (870.515) 2.398 (868.117)

Outras despesas (17.415.414) 65.948 (17.349.466) (14.903.836) 319.760 (14.584.076) (11.585.665) 336.476 (11.249.189)

Lucro antes dos impostos 17.206.538 588.717 17.795.255 17.289.892 (739.026) 16.550.866 14.204.788 5.418.594 19.623.382

Impostos (5.006.565) (51.778) (5.058.343) (5.558.482) 337.961 (5.220.521) (4.025.683) (2.118.309) (6.143.992)

Correntes (4.740.627) 1 (4.740.626) (6.272.346) - (6.272.346) (5.938.060) - (5.938.060)

Diferidos (265.938) (51.779) (317.717) 713.864 337.961 1.051.825 1.912.377 (2.118.309) (205.932)

Lucro líquido do período 12.199.973 536.939 12.736.912 11.731.410 (401.065) 11.330.345 10.179.105 3.300.285 13.479.390

Atribuível aos acionistas controladores 12.144.983 536.939 12.681.922 11.697.074 (401.065) 11.296.009 10.142.655 3.300.285 13.442.940

Atribuível às participações de acionistasnão controladores

54.990 - 54.990 34.336 - 34.336 36.450 - 36.450

Total dos ativos 958.661.793 8.161.275 966.823.068 797.028.358 5.791.437 802.819.795 697.226.278 5.345.710 702.571.988

Total dos passivos 899.882.397 3.671.447 903.553.844 746.264.577 2.136.281 748.400.858 660.936.406 1.114.244 662.050.650

(1) O principal componente refere-se a diferenças entre os métodos contábeis utilizados nos relatórios gerenciais versus os métodos contábeis utilizadosna Demonstração do Resultado Consolidado, construída de acordo com as IFRS. As principais diferenças de critérios envolvem: diferimento de tarifase comissões para ajuste ao método da taxa efetiva de juros, combinações de negócios (amortização de ágio sobre investimentos e alocação do preçode compra), cessão de crédito com coobrigação, provisão para perdas em empréstimos, imposto de renda e contribuição social sobre ajustes IFRS,além do ganho na formação da parceria BB & Mapfre (neste caso específico, impactando apenas 2011).

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Conso lidadas

77

i) Operações internacionais

Segmentação por área geográfica, operações no Brasi l e no exteriorR$ mil

Brasil Outros Países Total

Exercício 2011 Exercício 2011 Exercício 2011

Ativo 904.464.642 62.358.426 966.823.068

Receitas 132.435.808 2.589.385 135.025.193

Despesas (119.679.637) (2.608.644) (122.288.281)

Lucro/(prejuízo) antes dos impostos 17.743.462 51.793 17.795.255

Lucro/(prejuízo) líquido 12.756.171 (19.259) 12.736.912

R$ mil

Brasil Outros Países Total

Exercício 2010 Exercício 2010 Exercício 2010

Ativo 763.603.737 39.216.058 802.819.795

Receitas 107.503.619 1.494.593 108.998.212

Despesas (96.068.230) (1.599.637) (97.667.867)

Lucro/(prejuízo) antes dos impostos 16.559.948 (9.082) 16.550.866

Lucro/(prejuízo) líquido 11.435.389 (105.044) 11.330.345

R$ mil

Brasil Outros Países Total

Exercício 2009 Exercício 2009 Exercício 2009

Ativo 668.609.593 33.962.395 702.571.988

Receitas 91.563.929 1.503.303 93.067.232

Despesas (77.971.721) (1.616.121) (79.587.842)

Lucro/(prejuízo) antes dos impostos 19.696.903 (73.521) 19.623.382

Lucro/(prejuízo) líquido 13.592.208 (112.818) 13.479.390

As receitas compreendem receitas de juros e receitas não de juros. As despesas compreendem despesa dejuros, provisão para perdas em empréstimos a clientes e despesas não de juros.

Em relação às operações no exterior, as principais contribuições para as receitas são oriundas dasdependências localizadas na América do Sul e Central.

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8 – Receita Líquida de Juros R$ mil

Exercício/2011 Exercício/2010 Exercício/2009

Receitas de juros 106.919.760 85.143.206 67.608.506

Empréstimos a clientes 58.910.364 48.339.289 37.942.593

Aplicações em operações compromissadas 14.482.276 11.978.802 11.344.585

Ativos financeiros disponíveis para venda(1) 8.110.185 6.354.163 5.050.589

Depósitos compulsórios em bancos centrais 7.067.594 3.389.012 747.852

Empréstimos a instituições financeiras 6.081.465 4.211.211 3.415.039

Ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado(2) 3.336.951 2.876.280 2.188.314

Ativos financeiros mantidos até o vencimento 1.260.825 1.252.413 2.007.493

Outras receitas de juros 7.670.100 6.742.036 4.912.041

Despesas de juros (61.403.710) (43.061.187) (33.064.926)

Depósitos de clientes (29.612.943) (21.545.020) (18.242.419)

Obrigações por operações compromissadas (19.694.992) (15.360.763) (10.645.007)

Obrigações de longo prazo (7.471.160) (4.069.091) (2.561.344)

Valores a pagar a instituições financeiras (1.458.004) (1.246.705) (1.056.201)

Obrigações de curto prazo (2.405.223) (376.983) (184.133)

Outras despesas de juros (761.388) (462.625) (375.822)

Receita líquida de juros 45.516.050 42.082.019 34.543.580

(1) Inclui receitas de dividendos no total de R$ 430 mil (R$ 559 mil em 2010 e R$ 73 mil em 2009).

(2) Inclui receitas de dividendos no total de R$ 10 mil (R$ 19 mil em 2010 e R$ 3 mil em 2009).

9 – Receita Líquida de Tarifas e Comissões R$ mil

Exercício/2011 Exercício/2010 Exercício/2009

Receita de tarifas e comissões 17.193.788 15.302.426 13.247.720

Prestação de serviços a clientes 9.688.495 8.751.056 7.174.913

Administração de recursos de terceiros 3.084.292 2.591.288 2.297.519

Garantias prestadas 192.224 200.342 133.241

Comissões 272.815 175.732 109.820

Outros serviços 3.955.962 3.584.008 3.532.227

Despesa de tarifas e comissões (2.031.677) (1.699.926) (1.603.301)

Prestação de serviços (1.992.424) (1.666.905) (1.571.688)

Despesas de comissões (3.498) (2.687) (2.735)

Outros serviços (35.755) (30.334) (28.878)

Receita líquida de tarifas e comissões 15.162.111 13.602.500 11.644.419

10 – Ganhos/(perdas) Líquidos sobre Ativos e Passiv os ao Valor Justo por Meio do ResultadoR$ mil

Exercício/2011 Exercício/2010 Exercício/2009

Instrumentos financeiros derivativos (1.309.850) (2.202.671) (1.181.607)

Outros ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado 424.523 27.277 (135.467)

Total (885.327) (2.175.394) (1.317.074)

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11 – Ganhos/(perdas) Líquidos sobre Ativos Financei ros Disponíveis Para VendaR$ mil

Exercício/2011 Exercício/2010 Exercício/2009

Instrumentos de dívida 356.893 372.977 302.739

Instrumentos de capital 88.298 (8.830) 2.801

Total 445.191 364.147 305.540

No exercício de 2011 foi registrada uma provisão para perda permanente no valor de R$ 68.217 mildecorrente de teste de imparidade realizado nas aplicações em ações de companhias fechadas que estãoclassificadas como ativos financeiros disponíveis para venda.

12 – Outras Receitas e Outras Despesas OperacionaisR$ mil

Exercício/2011 Exercício/2010 Exercício/2009

Outras receitas operacionais

Ganhos com planos de benefícios (1) 3.995.737 4.504.258 4.444.049

Receitas das joint ventures não financeiras 2.048.626 1.900.583 1.724.206

Ganhos derivados de títulos de capitalização 1.857.801 1.343.845 1.208.397

Ganho na formação das joint ventures oriundas da parceria com a Mapfre 957.725 - -

Recuperação de encargos e despesas 746.240 1.516.683 639.917

Ganhos com conversão de investimentos no exterior (2) 355.088 - -

Reversão de provisões para pagamentos diversos 56.984 57.082 75.308

Ganhos derivados de investimentos societários (3) 30.099 63.449 44.524

Ganhos/(perdas) na alienação de valores e bens (52.412) (9.812) 18.813

Ganhos/(perdas) na alienação de investimentos permanentes (7.129) 57 1.624.575

Ganhos/(perdas) líquidos em operações de câmbio (1.828.816) (984.209) 1.454.784

Outras 2.673.872 1.616.016 2.005.139

Total 10.833.815 10.007.952 13.239.712

Outras despesas operacionais

Impostos e taxas (4.694.096) (4.168.965) (3.700.517)

Despesas financeiras com provisões técnicas de seguros e previdênciacomplementar

(2.869.340) (2.151.736) (1.127.404)

Despesas derivadas de títulos de capitalização (1.930.180) (1.376.268) (1.259.966)

Prêmios pagos a clientes (1.446.044) (792.226) (442.079)

Despesas das joint ventures não financeiras (1.130.932) (956.752) (822.310)

Atualização de obrigações atuariais (995.030) (1.197.951) (880.881)

Provisão para desvalorização de valores e bens (758.027) 17.606 (493)

Falhas em serviço e perdas operacionais (459.663) (263.689) (369.828)

Atualização de depósitos em garantia (424.633) (483.894) (552.635)

Amortização antecipada de contratos (211.126) (191.010) (2.774)

Provisão/reversão para outros ativos sem característica de concessão de créditocrédito

(137.251) 96.069 (88.049)

Ganhos/(perdas) de capital (24.473) (25.073) (23.206)

Despesa de ajuste ao valor recuperável do imobilizado (2.108) (1.180) (3.723)

Perdas com conversão de investimentos no exterior (2) - (186.174) (1.049.465)

Despesa de ajuste ao valor recuperável do intangível 3.755 (13.421) 9.700

Reversão de provisões trabalhistas, fiscais e cíveis 336.168 185.101 531.307

Outras (2.606.486) (3.074.513) (1.466.866)

Total (17.349.466) (14.584.076) (11.249.189)(1) Refere-se aos ganhos registrados no período decorrentes de superávits atuariais em planos de benefícios a empregados.

(2) Refere-se a conversão de ativos e passivos monetários.

(3) Refere-se principalmente a receitas de dividendos e juros sobre o capital próprio.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Conso lidadas

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13 – Despesa com PessoalR$ mil

Exercício/2011 Exercício/2010 Exercício/2009

Proventos (9.371.730) (8.159.512) (7.380.059)

Encargos sociais (3.106.820) (2.581.726) (2.372.206)

Benefícios (2.236.093) (1.997.665) (1.678.702)

Participação nos lucros (1.789.742) (1.756.091) (1.384.651)

Honorários de diretores e conselheiros (59.256) (83.912) (70.324)

Treinamentos (70.357) (55.562) (49.729)

Outras (90) - -

Total (16.634.088) (14.634.468) (12.935.671)

14 – Despesas Administrativas

R$ mil

Exercício/2011 Exercício/2010 Exercício/2009

Gastos com comunicações (1.319.832) (1.237.567) (1.087.563)

Serviços contratados de terceiros (1.167.262) (1.099.385) (869.792)

Transporte (823.264) (703.002) (587.797)

Serviços de vigilância e segurança (756.233) (666.693) (619.406)

Aluguéis e arrendamentos operacionais (714.501) (599.839) (485.377)

Processamento de dados (657.495) (1.050.103) (956.595)

Serviços técnicos especializados (637.391) (607.307) (366.584)

Manutenção e conservação (486.440) (385.134) (347.541)

Propaganda e publicidade (390.700) (367.929) (309.535)

Água, energia e gás (354.148) (332.520) (306.846)

Promoções e relações públicas (262.969) (232.883) (197.219)

Viagens (206.147) (178.989) (152.385)

Material de escritório e similar (138.239) (126.031) (113.612)

Contribuições filantrópicas (72.520) (90.268) (58.871)

Outras (1.076.683) (813.802) (690.996)

Total (9.063.824) (8.491.452) (7.150.119)

15 – Depósitos Compulsórios em Bancos CentraisR$ mil

31.12.2011 31.12.2010

Sem remuneração (1) 16.345.403 20.414.308

Banco Central do Brasil 16.345.403 20.414.308

Com remuneração (2) 77.344.584 66.641.639

Banco Central do Brasil 77.344.558 66.641.603

Outros bancos centrais 26 36

Total 93.689.987 87.055.947(1) Recolhimento compulsório sobre depósitos à vista no Brasil, referentes a um saldo mínimo que as instituições financeiras são obrigadas a manter no

Banco Central do Brasil, com base em um percentual de depósitos recebidos de terceiros, considerados como recursos de uso restrito.(2) Recolhimento compulsório sobre depósitos de poupança no Brasil e depósitos à vista no exterior.

16 – Empréstimos a Instituições FinanceirasR$ mil

31.12.2011 31.12.2010

Aplicações em depósitos interfinanceiros 27.425.065 22.506.962

Carteiras de crédito adquiridas com coobrigação do cedente 14.421.426 11.470.471

Total 41.846.491 33.977.433

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Conso lidadas

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17 – Aplicações em Operações CompromissadasR$ mil

31.12.2011 31.12.2010

Revendas a liquidar – posição bancada 13.543.024 1.419.922

Letras Financeiras do Tesouro 704.394 3.193

Letras do Tesouro Nacional 2.870.134 201.371

Notas do Tesouro Nacional 9.622.482 1.135.054

Outros títulos 346.014 80.304

Revendas a liquidar – posição financiada 125.489.177 82.375.105

Letras Financeiras do Tesouro 106.931.871 52.794.239

Letras do Tesouro Nacional 17.590.709 22.644.594

Notas do Tesouro Nacional 947.531 6.876.788

Outros títulos 19.066 59.484

Revendas a liquidar – posição vendida - 1.265.157

Títulos públicos federais – Tesouro Nacional - 1.265.157

Total 139.032.201 85.060.184

18 – Ativos e Passivos Financeiros ao Valor Justo p or Meio do Resultado

Ativos financeiros ao valor justo por meio do resul tadoR$ mil

31.12.2011 31.12.2010

Instrumentos de dívida 66.580.568 50.387.708

Títulos públicos federais brasileiros 49.735.889 44.322.403

Títulos emitidos por empresas não financeiras 7.414.363 1.360.641

Aplicações em fundos mútuos de investimento 6.968.883 2.917.570

Títulos de governos estrangeiros 1.189.015 923.921

Títulos emitidos por empresas financeiras 957.019 701.442

Títulos públicos brasileiros emitidos no exterior 315.399 161.731

Instrumentos de capital 317.204 210.784

Ações negociáveis 317.204 210.784

Total de instrumentos de dívida e capital 66.897.772 50.598.492

Instrumentos financeiros derivativos ativos 1.396.700 1.623.666

Swaps 623.539 719.753

Operações a termo 407.387 80.364

Opções 254.950 591.434

Outros (¹) 110.824 232.115

Total 68.294.472 52.222.158(1) Referem-se, essencialmente, a contratos a termo de moeda sem entrega física, apenas com liquidação financeira (Non Deliverable Foward).

Passivos financeiros ao valor justo por meio do res ultadoR$ mil

31.12.2011 31.12.2010

Instrumentos financeiros derivativos passivos 3.620.656 4.865.115

Opções 2.006.160 3.320.492

Swaps 1.243.001 1.282.554

Operações a termo 371.495 262.069

Outros passivos financeiros ao valor justo por meio do resultado 352.199 337.188

Total 3.972.855 5.202.303

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Os ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado que se encontram vinculados a prestação degarantias referem-se principalmente a títulos públicos federais que estão depositados como margem degarantia nas operações envolvendo derivativos, troca de títulos e troca moedas na clearing da Bolsa deMercadorias e Futuros (BM&F), bem como garantindo as operações envolvendo ações na clearing daCâmara Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC).

Valor justo dos ativos de negociação que se encontr am vinculados a:R$ mil

31.12.2011 31.12.2010

Compromissos de recompra 9.087.657 9.895.215

Prestação de garantia 1.552.157 2.069.355

Depósitos compulsórios 54.747 -

Total 10.694.561 11.964.570

Nos exercícios encerrados em 31.12.2011, 31.12.2010 e 31.12.2009 não foram reclassificados ativosfinanceiros ao valor justo por meio do resultado.

Ganhos/(perdas) Líquidos não Realizados sobre Ativo s e Passivos ao Valor Justo por meio doResultado

R$ mil

31.12.2011 31.12.2010

Ganhos/(perdas) líquidos não realizados de instrume ntos de dívida 356.314 2.739

Títulos públicos federais brasileiros 300.644 (6.701)

Títulos de governos estrangeiros 103.184 (4)

Títulos emitidos por empresas financeiras 14.310 78

Títulos emitidos por empresas não financeiras 6.026 (5.446)

Títulos públicos brasileiros emitidos no exterior (85) 902

Aplicações em fundos mútuos de investimento (67.765) 13.910

Ganhos/(perdas) líquidos não realizados de instrume ntos de capital (1.850) 42.987

Ações negociáveis (1.850) 42.987

Ganhos/(perdas) de instrumentos financeiros derivat ivos 336.577 (699.886)

Ganhos/(perdas) de outros passivos financeiros ao v alor justo por meio do resultado (13.252) (28.263)

Total 677.789 (682.423)

19 – Ativos Financeiros Disponíveis para VendaR$ mil

31.12.2011 31.12.2010

Instrumentos de dívida 83.099.480 73.715.751

Títulos públicos federais brasileiros 48.668.492 49.055.880

Títulos emitidos por empresas não financeiras 24.057.820 16.274.941

Títulos de governos estrangeiros 3.698.359 3.733.348

Títulos públicos brasileiros emitidos no exterior 3.312.925 2.751.243

Fundos mútuos de investimento 1.674.563 1.076.153

Títulos emitidos por empresas financeiras 1.655.913 799.036

Títulos estaduais e municipais 31.408 25.150

Instrumentos de capital 1.228.709 1.294.874

Ações negociáveis 1.228.709 1.294.874

Total 84.328.189 75.010.625

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Conso lidadas

83

Os ativos financeiros disponíveis para venda que se encontram vinculados a garantias referem-se a títulospúblicos federais que estão depositados como margem de garantia nas operações envolvendo derivativos,troca de títulos e troca moedas na clearing da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), bem comogarantindo as operações envolvendo ações na clearing da Câmara Brasileira de Liquidação e Custódia(CBLC).

Valor justo dos ativos financeiros disponíveis para venda vinculados:R$ mil

31.12.2011 31.12.2010

Compromissos de recompra 39.115.929 30.102.026

Garantias 3.811.345 3.119.124

Depósitos compulsórios 697 668

Total 42.927.971 33.221.818

Nos exercícios encerrados em 31.12.2011, 31.12.2010 e 31.12.2009 não foram reclassificados ativosfinanceiros disponíveis para venda.

Ganhos/(perdas) Líquidos não realizados sobre Ativo s Financeiros Disponíveis para VendaR$ mil

31.12.2011 31.12.2010

Ganhos/(perdas) líquidos não realizados sobre instr umentos de dívida 712.028 404.547

Títulos públicos brasileiros emitidos no exterior 572.535 320.466

Títulos de governos estrangeiros 99.330 524

Títulos emitidos por empresas não financeiras 70.342 71.056

Títulos públicos federais brasileiros 29.063 (36.380)

Títulos emitidos por empresas financeiras 4.197 290

Títulos estaduais e municipais (100) (235)

Fundos mútuos de investimento (63.339) 48.826

Ganhos/(perdas) líquidos não realizados sobre instr umentos de capital (17.270) 45.688

Ações negociáveis (17.270) 45.688

Total 694.758 450.235

20 – Ativos Financeiros Mantidos até o Vencimento R$ mil

31.12.2011 31.12.2010

Instrumentos de dívida 14.997.329 16.607.307

Títulos públicos federais brasileiros 14.800.877 16.156.492

Títulos públicos brasileiros emitidos no exterior 115.835 118.814

Títulos emitidos por empresas financeiras 80.617 290.665

Títulos de governos estrangeiros - 41.336

Vencimentos dos ativos financeiros mantidos até o v encimento:R$ mil

A vencer em até um ano 4.105.814

A vencer entre 1 e 5 anos 10.833.015

A vencer entre 5 e 10 anos 3.427

A vencer após 10 anos 55.073

Total 14.997.329

Nos exercícios encerrados em 31.12.2011, 31.12.2010 e 31.12.2009 não foram reclassificados títulos dacategoria mantidos até o vencimento.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Conso lidadas

84

21 – Empréstimos a Clientes

Carteira por modalidadesR$ mil

31.12.2011 31.12.2010

Operações de crédito 385.603.343 325.197.425

Empréstimos e títulos descontados 167.300.341 140.456.536

Financiamentos(1) 117.292.903 103.624.088

Financiamentos rurais e agroindustriais 93.207.757 77.639.333

Financiamentos imobiliários 7.801.492 3.476.494

Financiamentos de infraestrutura e desenvolvimento 850 974

Outros créditos com características de concessão de crédito 22.663.441 19.989.795

Operações com cartão de crédito 12.473.666 10.623.969

Adiantamentos sobre contratos de câmbio 9.773.934 9.054.882

Avais e fianças honrados 76.699 75.303

Outros 339.142 235.641

Operações de arrendamento mercantil 3.064.399 4.219.908

Total dos empréstimos a clientes 411.331.183 349.407.128

Provisão para perdas em empréstimos a clientes (12.298.689) (11.018.830)

(Provisão para operações de crédito) (11.976.137) (10.594.340)

(Provisão para outros créditos) (146.783) (278.020)

(Provisão para arrendamento mercantil) (175.769) (146.470)

Total de empréstimos a clientes, líquido da provisã o para perdas 399.032.494 338.388.298(1) Incluem valores referentes a créditos cedidos pelo Banco Votorantim S.A. no total de R$ 8.048.965 mil (R$ 5.836.304 mil em 31.12.2010), os quais

não atendem aos critérios de baixa de ativos financeiros conforme a IAS 39.

O Banco concede empréstimos a diversas entidades vinculadas ao Governo Federal, o acionistacontrolador. As operações são praticadas em condições normais de mercado, inclusive taxa de juros egarantias normais exigidas para operações realizadas com entidades não relacionadas. O Banco nãoconcede empréstimos ao Pessoal Chave da Administração (Nota 44). As operações contratadas com partesrelacionadas totalizaram R$ 1.417.447 mil (R$ 1.882.215 mil em 31.12.2010).

Carteira por setores de atividade econômicaR$ mil

31.12.2011 31.12.2010

Setor Público 8.636.275 6.877.263

Setor Privado 402.694.908 342.529.865

Rural 68.088.247 57.981.535

Indústria 101.874.873 106.571.737

Comércio 63.585.046 40.544.086

Intermediários financeiros 3.509.904 1.174.541

Pessoas físicas 108.304.921 87.729.782

Habitação 6.073.590 2.931.782

Outros Serviços 51.258.327 45.596.402

Total dos empréstimos a clientes 411.331.183 349.407.128

Provisão para perdas em empréstimos a clientes (12.298.689) (11.018.830)

Total de empréstimos a clientes, líquido da provisã o para perdas 399.032.494 338.388.298

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Conso lidadas

85

Escalonamento dos empréstimos a clientes por prazos de vencimentoR$ mil

31.12.2011 31.12.2010

Parcelas vincendas

01 a 30 dias 30.755.378 23.373.343

31 a 60 dias 20.388.456 17.115.473

61 a 90 dias 16.729.789 12.704.799

91 a 180 dias 44.346.860 37.632.917

181 a 360 dias 73.734.282 58.929.993

Acima de 360 dias 218.983.530 194.677.117

Demais(1) 946.397 1.254.016

Subtotal 405.884.692 345.687.658

Parcelas vencidas

01 a 14 dias 1.483.698 494.993

15 a 30 dias 425.846 290.478

31 a 60 dias 578.346 486.289

61 a 90 dias 443.576 384.815

91 a 180 dias 803.412 720.691

181 a 360 dias 1.169.826 776.333

Acima de 360 dias 541.787 565.871

Subtotal 5.446.491 3.719.470

Total 411.331.183 349.407.128(1) Operações com risco de terceiros vinculados a fundos e programas governamentais, principalmente Pronaf, Procera, FAT, BNDES e FCO. Inclui o

valor das parcelas vencidas no total de R$ 44.544 mil, que obedecem as regras definidas em cada programa para ressarcimento junto aos gestoresdos fundo, não implicando em risco de crédito para o Banco.

Carteira de arrendamento mercantil financeiro por p razos de vencimentoR$ mil

31.12.2011 31.12.2010

Até um ano(1) 1.660.145 1.912.994

Entre um e cinco anos 1.395.600 2.297.246

Após cinco anos 8.654 9.668

Total 3.064.399 4.219.908(1) Inclui os valores relativos às parcelas vencidas.

Informações complementaresR$ mil

31.12.2011 31.12.2010

Montante dos créditos renegociados 29.313.212 30.624.002

Montante recuperado dos créditos baixados como prejuízo 2.809.527 2.483.983

22 – Provisão para Perdas em Empréstimos a ClientesR$ mil

31.12.2011 31.12.2010

Saldo inicial 11.018.830 12.044.323

Constituição de provisão 11.381.892 10.198.537

Valores baixados (10.188.932) (11.212.452)

Variação cambial – provisões no exterior (4.144) (7.889)

Outras movimentações 91.043 (3.689)

Saldo final 12.298.689 11.018.830

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Despesa líquida com provisão para perdas em emprést imos a clientesR$ mil

Exercício 2011 Exercício 2010 Exercício 2009

Constituição de provisão (11.381.892) (10.198.537) (8.377.134)

Montante recuperado dos créditos baixados como prejuízo 2.809.527 2.483.983 2.139.418

Despesa líquida com provisão para perdas em emprést imos a clientes (8.572.365) (7.714.554) (6.237.716)

Provisão para perdas em empréstimos a clientes clas sificada por modalidadesR$ mil

31.12.2011

Individual Coletivo Total

Valor docrédito Provisão Valor do

crédito Provisão Valor docrédito Provisão Crédito líquido

da provisão

Operações de crédito 2.534.403 440.519 383.068.940 11.5 35.618 385.603.343 11.976.137 373.627.206

Empréstimos e títulos descontados 742.842 233.221 166.557.499 6.240.515 167.300.341 6.473.736 160.826.605

Financiamentos 847.947 67.533 116.444.956 2.032.716 117.292.903 2.100.249 115.192.654

Empréstimos rurais e agroindustriais 943.614 139.765 92.264.143 3.230.800 93.207.757 3.370.565 89.837.192

Financiamentos imobiliários - - 7.801.492 31.587 7.801.492 31.587 7.769.905

Financiamentos de infraestrutura edesenvolvimento

- - 850 - 850 - 850

Outros créditos com característicasde concessão de crédito

498.156 56.151 22.165.285 90.632 22.663.441 146.783 22.516.658

Operações com cartão de crédito 154 60 12.473.512 32.012 12.473.666 32.072 12.441.594

Adiantamentos sobre contratos decâmbio

429.763 56.091 9.344.171 35.416 9.773.934 91.507 9.682.427

Avais e fianças honrados 64.691 - 12.008 6.133 76.699 6.133 70.566

Outras 3.548 - 335.594 17.071 339.142 17.071 322.071

Operações de arrendamentomercantil

2.718 744 3.061.681 175.025 3.064.399 175.769 2.888.630

Total 3.035.277 497.414 408.295.906 11.801.275 411.331.183 12.298.689 399.032.494

R$ mil

31.12.2010

Individual Coletivo Total

Valor docrédito Provisão Valor do

crédito Provisão Valor docrédito Provisão Crédito líquido

da provisão

Operações de crédito 1.302.528 366.638 323.894.897 10.2 27.702 325.197.425 10.594.340 314.603.085

Empréstimos e títulos descontados 246.859 129.723 140.209.677 5.497.720 140.456.536 5.627.443 134.829.093

Financiamentos 245.780 74.819 103.378.308 1.387.576 103.624.088 1.462.395 102.161.693

Empréstimos rurais e agroindustriais 809.889 162.096 76.829.444 3.342.457 77.639.333 3.504.553 74.134.780

Financiamentos imobiliários - - 3.476.494 (51) 3.476.494 (51) 3.476.545

Financiamentos de infraestrutura edesenvolvimento

- - 974 - 974 - 974

Outros créditos com característicasde concessão de crédito

144.920 127.572 19.844.875 150.448 19.989.795 278.020 19.711.775

Operações com cartão de crédito 32 - 10.623.937 82.424 10.623.969 82.424 10.541.545

Adiantamentos sobre contratos decâmbio

84.521 74.967 8.970.361 42.711 9.054.882 117.678 8.937.204

Avais e fianças honrados 56.565 52.605 18.738 8.242 75.303 60.847 14.456

Outras 3.802 - 231.839 17.071 235.641 17.071 218.570

Operações de arrendamentomercantil

614 - 4.219.294 146.470 4.219.908 146.470 4.073.438

Total 1.448.062 494.210 347.959.066 10.524.620 349.407.128 11.018.830 338.388.298

Os empréstimos a clientes que não estão vencidos nem com evidências de perdas estão evidenciados naNota 43.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Conso lidadas

87

23 – Ativos não Correntes Disponíveis para Venda

Os ativos não correntes disponíveis para venda estão incluídos nos segmentos bancário e de seguridade ereferem-se a bens não de uso arrematados, adjudicados ou recebidos em dação em pagamento naliquidação de empréstimos a clientes, salvados de operações de seguros e bens oriundos do imobilizadoque foram retirados do uso.

R$ mil

31.12.2011 31.12.2010

Bens não de uso 57.178 75.386

Imobilizado retirado do uso 57.210 21.906

Total 114.388 97.292

O Banco realiza a venda desses bens, normalmente, por meio de leilões.

Nos exercícios de 2011 e 2010 foram reconhecidas perdas no valor de R$ 52.412 mil e R$ 9.812 mil,respectivamente, na alienação de ativos não correntes.

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88

24 - Investimentos em Coligadas e Joint Ventures

a) Coligadas

R$ mil

% de participação

31.12.2011

Patrimônio líquidoda investida

Valor contábil doinvestimento

Resultado comequivalência patrimonialEmpresa

Total ON 31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010 Exercício/2011 Exercício/2010 Exercício/2009

Companhia Brasileira de Securitização – Cibrasec (1) (2) 12,12 12,12 75.445 73.130 9.144 8.864 1.283 413 582

Seguradora Brasileira de Crédito à Exportação – SBCE (1) (3) 12,09 12,09 23.576 24.401 2.850 2.950 85 741 62

Companhia Brasileira de Soluções e Serviços – CBSS (3) (5) 49,99 49,99 329.889 207.472 294.464 147.273 91.718 42.511 30.547

Pronor Petroquímica S.A. (4) - - - 157.542 - 18.941 157 (2.887) 7.139

Empresa Brasileira de Projetos – EBP (1) (3) 11,11 11,11 3.649 13.977 405 1.553 (2.875) (1.760) (462)

Itapebi Geração de Energia S.A. (1) (3) 19,00 19,00 396.095 336.836 75.258 63.999 27.337 28.623 13.569

Tecnologia Bancária S.A. – Tecban (1) (3) 13,53 13,53 150.931 169.316 20.421 22.908 (2.487) 1.507 356

Outras coligadas(6) - - 1.666.614 208.881 111.664 918.287 34.973 58.472 38.718

Total 2.646.199 1.191.555 514.206 1.184.775 150.191 127.620 90.511

(1) Embora os direitos de voto real e potencial detidos nessas coligadas sejam inferiores a 20%, foi evidenciada a existência de influência significativa por meio da participação na gestão da coligada ou na indicação dadiretoria ou órgão diretor equivalente com participação nos processos de elaboração de políticas financeiras e operacionais.

(2) Informações utilizadas para aplicação do método da equivalência patrimonial relativas a novembro/2011.

(3) Informações utilizadas para aplicação do método da equivalência patrimonial relativas a dezembro/2011.(4) Investimento alienado em maio/2011.

(5) Inclui, no valor contábil de 31.12.2011, o montante de R$ 75.641 mil referente ao ágio apurado na aquisição de 4,99% das ações da empresa.

(6) No exercício de 2011, houve a cisão parcial da coligada Mapfre Nossa Caixa Vida e Previdência S.A., que resultou na transferência da carteira de vida para a empresa Vida e Previdência S.A. Dessa forma, foi realizadaa baixa do valor justo atribuído à essa carteira quando da aquisição do Banco Nossa Caixa (Nota 6.a), provocando redução no valor contábil do investimento na referida coligada no valor de R$ 758.821 mil.

Informações financeiras resumidas das coligadas não ajustadas pelos percentuais de participação detido s pelo Banco

R$ mil

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2009

Total de ativos 16.503.320 6.274.593 8.144.898

Total de passivos 13.857.121 5.083.038 7.125.562

Receitas 1.392.683 1.882.563 1.985.068

Lucro ou (prejuízo) do período 475.164 322.902 392.610

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Conso lidadas

89

Outras informaçõesi. Os dividendos e os juros sobre o capital próprio recebidos dos investimentos em coligadas totalizaram R$ 48.622 mil em 31.12.2011

(R$ 32.326 mil em 31.12.2010 e R$ 32.885 mil em 31.12.2009).ii. Os investimentos em coligadas detidos pelo Banco não possuem ações regularmente negociadas em bolsa de valores.iii. Não há operações descontinuadas de coligadas nas quais o Banco tenha parte.

b) Joint ventures

O Banco do Brasil considera como joint ventures as sociedades nas quais detenha acordo contratual que lhe garanta poder de veto nas decisões daspolíticas financeiras ou operacionais, formalizado nos acordos de acionistas das respectivas companhias.

% de participação

31.12.2011Empresa Descrição

Total ON

Cielo S.A. Prestadora de serviços relacionados a cartões de crédito e débito e meios de pagamento. 28,72 28,72

Kepler Weber S.A. Atua na indústria e comércio de produtos e matérias-primas relacionadas a metalurgia, comércio exterior ecomércio de produtos destinados a agroindústria.

17,56 17,56

Neoenergia S.A. Holding de outras sociedades dedicadas às atividades de distribuição, transmissão, geração e comercialização deenergia elétrica.

11,99 11,99

Banco Votorantim S.A. Desenvolve atividades bancárias em modalidades variadas, tais como crédito ao consumidor, arrendamentomercantil e administração de fundos de investimento.

50,00 49,99

BV Participações S.A. Holding de outras sociedades prestadoras de serviços. 50,00 49,99

Brasilcap Capitalização S.A. Comercializa planos de capitalização, bem como outros produtos e serviços admitidos às sociedades decapitalização.

66,66 49,99

Brasilprev Seguros e Previdência S.A. Comercializa seguros de vida com cobertura de sobrevivência e planos de aposentadoria e benefícioscomplementares.

74,99 49,99

BB Mapfre SH1 Participações S.A. (1) Holding de outras sociedades dedicadas à comercialização de seguros de pessoas, imobiliário e agrícola. 74,99 49,99

Mapfre BB SH2 Participações S.A. (1) Holding de outras sociedades dedicadas à comercialização de seguros de danos, incluídos os seguros de veículose excluídos os seguros imobiliário e agrícola.

50,00 49,00

Elo Participações S.A. Holding que consolida negócios conjuntos relacionados a meios eletrônicos de pagamento. 49,99 49,99

(1) A configuração societária dessas sociedades holding encontra-se detalhada na Nota 6.c.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Conso lidadas

90

Ativos e passivos das joint ventures ajustados pelos percentuais de participação detido s pelo BancoR$ mil

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2009

Total de ativos correntes 50.305.495 63.732.528 43.903.836

Total de ativos não correntes 69.222.497 30.691.559 21.044.810

Total de passivos correntes 49.972.470 39.521.396 31.050.231

Total de passivos não correntes 52.286.008 42.864.265 26.464.270

Receitas 22.336.336 15.360.348 7.254.456

Despesas 19.606.254 13.979.284 6.053.379

25 – Imobilizado de usoR$ mil

Terrenos Edificações Móveis eEquipamentos

Benfeitorias empropriedades de

terceiros

Equipamentos deprocessamento

de dadosVeículos Outros Total

Custo de aquisição

Saldo em 31.12.2009 263.510 4.356.903 1.604.363 1.290.043 3.657.400 5.959 614.531 11.792.709

Aquisições 1.222 351.561 181.649 321.211 818.067 409 111.183 1.785.302

Baixas (20.042) (8.755) (27.937) (37.640) (373.721) (2.688) (67.283) (538.066)

Saldo em 31.12.2010 244.690 4.699.709 1.758.075 1.573.614 4.101.746 3.680 658.431 13.039.945

Aquisições 1.064 446.043 309.922 344.366 636.588 21.813 102.402 1.862.198

Aquisição por combinaçãode negócios 14.322 127.792 30.431 (378) 8.004 4.705 841 185.717

Baixas (8.445) (35.959) (41.950) (46.280) (195.624) (129) (176.553) (504.940)

Saldo em 31.12.2011 251.631 5.237.584 2.056.478 1.871.322 4.550.714 30.069 585.121 14.582.920

Depreciação acumulada

Saldo em 31.12.2009 (2.546.591) (735.967) (880.510) (2.384.553) (5.021) (343.932) (6.896.574)

Despesa de depreciação (125.776) (147.431) (194.130) (480.031) (616) (65.031) (1.013.015)

Baixas 5.571 (3.920) 23.119 353.271 3.500 47.074 428.615

Saldo em 31.12.2010 (2.666.796) (887.318) (1.051.521) (2.511.313) (2.137) (361.889) (7.480.974)

Despesa de depreciação (139.124) (173.865) (202.058) (529.117) (1.492) (52.869) (1.098.525)

Baixas (15.842) 51.969 36.061 84.555 (18.695) 58.912 196.960

Saldo em 31.12.2011 (2.821.762) (1.009.214) (1.217.518) (2.955.875) (22.324) (355.846) (8.382.539)

Perda por imparidade

Saldo em 31.12.2009 (3.104) (673) - (1.394) - (1.828) (6.999)

Perdas (819) - - (361) - - (1.180)

Reversões 645 (479) - 350 - 1.828 2.344

Saldo em 31.12.2010 (3.278) (1.152) - (1.405) - - (5.835)

Perdas (1.291) - - (817) - (2.108)

Reversões 424 262 - 1.262 - - 1.948

Saldo em 31.12.2011 (4.145) (890) - (960) - - (5.995)

Valor contábil

Saldo em 31.12.2010 244.690 2.029.635 869.605 522.093 1.589.028 1.543 296.542 5.553.136

Saldo em 31.12.2011 251.631 2.411.678 1.046.374 653.804 1.593.879 7.745 229.275 6.194.386

O imobilizado de uso inclui imóveis dados em garantia de penhora no valor de R$ 268.366 mil (R$ 342.773mil em 31.12.2010).

Os valores das perdas por imparidade são registrados em Outras despesas na Demonstração do ResultadoConsolidado.

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91

Pagamentos futuros para arrendamentos operacionaisR$ mil

2012 2013 2014 2015 2016 Após 2016 Total

Valores a pagar 619.325 507.591 382.438 232.336 138.055 235.471 2.115.216

As despesas de aluguéis e arrendamentos operacionais em 31.12.2011 foram de R$ 714.501 mil(R$ 599.839 mil em 31.12.2010). O Banco do Brasil não mantém contratos de subarrendamento.

26 – Ágio e Outros Ativos Intangíveis

a) Ágio por segmento operacional e por unidades ger adoras de caixaR$ mil

Segmento Operacional / Unidade Geradora de Caixa 31.12.2011 31.12.2010

Bancário 591.582 591.582

Banco do Brasil – Estado de São Paulo – Ágio Banco Nossa Caixa 591.582 591.582

Meios de pagamento 1.002.124 1.002.124

Cielo 1.002.124 1.002.124

Seguridade 1.204.287 804.778

Brasilcap 110.748 -

Brasilveículos(1) - 247.557

Companhia de Seguros Aliança do Brasil(1) - 557.221

BB Seguros Participações S.A. 1.093.539 -

Total 2.797.993 2.398.484(1) Ágios baixados em virtude da formação das joint ventures oriundas da parceria com a Mapfre.

Teste de valor recuperável dos ágios

O valor recuperável dos ágios na aquisição de investimentos é determinado com base no valor em uso,calculado pela metodologia de fluxo de caixa descontado, que se fundamenta na projeção de um fluxo decaixa para a empresa investida (unidade geradora de caixa) e na determinação da taxa de desconto dessefluxo. Os fluxos de caixa são descontados em função dos orçamentos para os próximos cinco anos (2012-2016) e das projeções de crescimento são realizadas para o período de dez anos, com taxas que variam de0,70% a 12,89%, conforme o segmento operacional em questão.

O teste de imparidade do ágio na aquisição do Banco Nossa Caixa, que foi incorporado pelo Banco doBrasil, considera o valor em uso do Banco do Brasil no estado de São Paulo (unidade geradora de caixa).Os fluxos de caixa têm por base o resultado de 2011 da unidade geradora de caixa, com crescimentoprojetado por dez anos pela variação do Produto Interno Bruto (PIB) e do Índice Nacional de Preços aoConsumidor Amplo (IPCA).

A taxa de desconto é determinada pelo custo do capital próprio apurado com base no modelo CAPM(Capital Asset Pricing Model) referenciado em moeda brasileira na forma unitária. Esta metodologia écomposta pela taxa livre de risco americana, pelo índice EMBI + BR1, como prêmio pelo risco-Brasil, pelobeta da empresa, pela média geométrica histórica do prêmio do mercado americano, pelo fator de ajusteentre os prêmios do mercado brasileiro e americano, pelo diferencial entre as inflações brasileira eamericana e pelo diferencial de produtividade entre as economias norte-americana e brasileira. Osparâmetros mencionados para apuração do custo de capital foram obtidos de fontes externas.

Os fluxos de caixa das unidades geradoras de caixa relacionadas aos segmentos Meios de pagamento eSeguridade foram projetados pelo período de dez anos, perpetuando-se a partir do décimo primeiro ano,com taxa de crescimento estabilizada. Para os períodos de fluxo de caixa excedentes aos prazos dasprojeções dos orçamentos ou planos de negócios, as estimativas de crescimento utilizadas estão em linha

1 Emerging Market Bond Index-Plus – Brasil, correspondente à média ponderada dos prêmios pagos por uma carteira virtual de títulosda dívida externa brasileira em relação a papéis de prazo equivalente do Tesouro dos Estados Unidos. É a sobretaxa que se paga emrelação à rentabilidade garantida pelos bônus do Tesouro dos Estados Unidos, considerado de risco zero;

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Conso lidadas

92

com aquelas adotadas pelas empresas. A taxa de desconto nominal foi calculada, ano a ano, com base nomodelo CAPM ajustado ao mercado brasileiro e referenciado em Reais.

As premissas adotadas para estimar esse fluxo são baseadas no orçamento e no plano de negócios dasempresas avaliadas, além de informações públicas, tais como dados disponibilizados pelo Banco Central doBrasil, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Comissão de Valores Mobiliários, ValorEconômico2, dentre outros. As premissas consideram o desempenho atual e passado bem como ocrescimento esperado no respectivo mercado de atuação e em todo ambiente macroeconômico.

O prazo de projeção adotado pelo Banco é uma prática de mercado no Brasil em face das características daeconomia brasileira, que está em fase de maturação. Dessa forma, utilizam-se projeções de crescimentomaiores até o quinto ano. Entre o sexto e o décimo ano considera-se que haverá um processo deconvergência para a estabilização da economia e, a partir da perpetuidade, presume-se que a economiabrasileira alcançará a maturidade.

De acordo com a análise de sensibilidade realizada, não há a indicação de que mudanças em premissaspossam fazer o valor contábil das unidades geradoras de caixa exceder o seu respectivo valor recuperável.

Nos exercícios de 2011 e 2010 não houve registro de perda por imparidade sobre os ágios na aquisição deinvestimentos.

Premissas utilizadas no teste de valor recuperável

Unidade Geradora de Caixa Taxa de crescimento Taxa de desconto

Banco do Brasil – Estado de São Paulo – Ágio Banco Nossa Caixa (1) 6,80% 11,97%(1) Crescimento e desconto pela média geométrica dos 10 anos de projeção.

Taxas Taxas naperpetuidadeUnidade Geradora de Caixa (1)

CAGR(2) k(3) g(4) k(5)

Cielo 12,89% 12,80% 5,00% 12,44%

Brasilcap 0,70% 9,21% 2,85% 9,19%

BB Seguros Participações S.A. 7,84% 12,80% 5,50% 12,80%(1) O período de projeção é o período anterior à perpetuidade, onde para as Unidades Geradoras de Caixa Cielo e Brasilcap foram projetados os 10

primeiros anos, enquanto que para a BB Mapfre SH1 e Mapfre BB SH2 foram projetados os primeiros 20 anos. Logo, as taxas na perpetuidade para aCielo e Brasilcap são após o 10o ano, enquanto para BB Mapfre SH1 e Mapfre BB SH2 são taxas a partir do 20o ano. Todas as taxas apresentadasestão em valores nominais.

(2) Compound Annual Growth Rate – Taxa composta de crescimento anual – representa a taxa anual uniformizada do fluxo de caixa da empresa doprimeiro grupo de períodos de projeção.

(3) Taxa média geométrica de desconto do primeiro ciclo da projeção.

(4) Taxas constantes aplicadas ao fluxo de caixa da empresa após o 10º ou 20º ano: g – taxa de crescimento.

(5) Taxas constantes aplicadas ao fluxo de caixa da empresa após o 10º ou 20º ano: k – taxa de desconto.

b) Movimentação do ágio

R$ mil

Exercício/2011 Exercício/2010

Valor bruto do ágio no início do exercício 2.398.484 1.148.803

Perda por imparidade acumulada no início do exercício - -

Saldo contábil do ágio no início do exercício 2.398.484 1.148.803

Ágio reconhecido exercício 1.204.287 1.249.681

Baixas (804.778) -

Valor bruto do ágio ao final do exercício 2.797.993 2.398.484

Perda por imparidade acumulada ao final do exercício - -

Ágio ao final do exercício 2.797.993 2.398.484

2 O Valor Econômico é um dos mais importantes veículos de comunicação em economia, finanças e negócios no Brasil.

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c) Ativos intangíveis de vida útil definidaR$ mil

Software

Direitos porgestão defolhas de

pagamento

Relacionadosa carteiras de

clientes

Relacionadosa contratos Outros (1) Total

Custo de aquisiçãoSaldo em 31.12.2009 1.130.715 7.283.230 4.303.106 863.062 1.672.149 15.252.262Gerados internamente 97.832 - - - - 97.832Aquisições 265.097 2.527.849 - - 113.014 2.905.960

Aquisições por combinações de negócios 2.898 - - - 6.018 8.916

Baixas (35.135) (318.162) - - (16.515) (369.812)Saldo em 31.12.2010 1.461.407 9.492.917 4.303.106 863.062 1.774.666 17.895.158Gerados internamente 417.778 - - - 18.893 436.671Aquisições (2) 131.058 2.270.911 170.508 2.823.856 677.877 6.074.210

Aquisições por combinações de negócios - - 434.312 40.246 21.855 496.413

Baixas (64.587) (959.062) - - (468.567) (1.492.216)Saldo em 31.12.2011 1.945.656 10.804.766 4.907.926 3.727.164 2.024.724 23.410.236

Amortização acumuladaSaldo em 31.12.2009 (592.766) (2.164.973) (246.786) (73.974) (725.558) (3.804.057)Amortizações (181.221) (1.969.831) (568.691) (126.813) (102.038) (2.948.594)

Aquisições (7.643) - - - (30) (7.673)

Baixas 31.681 318.162 - - 16.346 366.189Saldo em 31.12.2010 (749.949) (3.816.642) (815.477) (200.787) (811.281) (6.394.136)Amortizações (222.325) (2.006.046) (626.734) (132.063) (120.792) (3.107.960)

Aquisições (154.766) - - - (2.991) (157.757)

Baixas 49.162 959.062 - - 468.567 1.476.791Saldo em 31.12.2011 (1.077.878) (4.863.626) (1.442.211) (332.850) (466.497) (8.183.062)

Perda por imparidade (3)

Saldo em 31.12.2009 - (41.849) - - - (41.849)Adições/reconhecimentos (633) (14.746) - - - (15.379)

Reversões - - - - - -Saldo em 31.12.2010 (633) (56.595) - - - (57.228)Adições/reconhecimentos - - - - - -Reversões (4) 58 3.697 - - - 3.755Saldo em 31.12.2011 (575) (52.898) - - - (53.473)

Valor contábilSaldo em 31.12.2010 710.825 5.619.680 3.487.629 662.275 963.385 11.443.794Saldo em 31.12.2011 867.203 5.888.242 3.465.715 3.394.314 1.558.227 15.173.701

(1) Incluem, principalmente, as marcas adquiridas em combinações de negócios, os direitos de uso de concessão detidos pela Neoenergia S.A., acordode cooperação comercial do Banco Votorantim e o direito de exploração dos canais de distribuições oriundos da parceria com a Mapfre.

(2) Inclui o direito de utilização da rede Banco Postal dos Correios para serviços de correspondente bancário no valor de R$ 2.823.856 mil e os ativosintangíveis identificados no registro da parceria com a Mapfre (Nota 6.c).

(3) O valor das perdas por imparidade reconhecidas/revertidas no período refere-se aos segmentos bancário e meios de pagamento e estão registradasna rubrica “Outras despesas”.

(4) Houve reversão parcial de provisão por imparidade durante o exercício de 2011 decorrente, principalmente, da rescisão de contratos de folhas depagamento de prefeituras.

Despesas estimadas com amortização de ativos intang íveis para os próximos exercíciosR$ mil

2012 2013 2014 2015 2016 Após 2016 Total

Valores a amortizar 3.399.398 3.181.593 2.751.818 2.115.791 1.847.714 1.877.387 15.173.701

d) Ativos intangíveis de vida útil indefinida

Em 2011 foram registrados os valores de R$ 8.311 mil e 15.898 mil para as marcas das empresas do ramode seguros controladas pelas holdings BB Mapfre SH1 e Mapfre BB SH2, respectivamente. As marcasforam avaliadas como ativos intangíveis de vida útil indefinida pela metodologia royalty relief, a qualconsidera a taxa que um participante de mercado estaria disposto a pagar a outra companhia pela utilizaçãoda marca. Utilizaram-se as taxas médias de royalties de transações realizadas no mercado mundial deseguros e que envolvem acordos de utilização e licenças de uso de marcas. A taxa de royalty de mercadofoi aplicada sobre o total de receita de prêmios de seguros, ao longo do fluxo de caixa projetado. Os valoresdas marcas foram alocados proporcionalmente às contribuições das margens operacionais das empresas.

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27 – Outros Ativos e Outros PassivosR$ mil

Outros Ativos 31.12.2011 31.12.2010

Planos de benefícios pós-emprego (1) 14.980.383 11.419.161

Depósitos judiciais para fins de impostos e questões trabalhistas e cíveis 13.328.328 11.682.635

Superávit Previ – Fundos de Destinação, de Contribuição e de Utilização (Nota 42.e) 8.030.008 7.594.993

Títulos e créditos a receber do Tesouro Nacional 5.730.420 5.631.412

Devedores diversos no país 4.212.513 3.603.902

Títulos e créditos a receber 2.883.577 1.819.651

Despesas pagas antecipadamente 2.360.500 1.443.664

Fundo de compensação de variações salariais – Incorporadas 1.897.511 1.785.730

Operações com seguros e resseguros 1.792.840 1.119.589

Rendas a receber 1.488.710 956.454

Impostos pagos antecipadamente 402.032 300.311

Negociação e intermediação de valores 317.141 382.996

Bens não de uso próprio, líquido de provisão para desvalorização 248.625 191.609

Adiantamentos a empregados 238.201 254.195

Crédito de operações de capitalização 84.903 43.555

Carteira de câmbio líquida - 681.898

Relações interfinanceiras/interdependências 37.198 136.073

Adiantamentos concedidos sobre contrato de câmbio - 582.890

Outros 3.539.418 4.812.630

Total 61.572.308 54.443.348(1) Inclui valores registrados referentes a (i) ativo atuarial no montante de R$ 13.372.004 mil (R$ 9.894.787 em 31.12.2010) (Nota 42.d); e (ii) ativos

referente ao Fundo Paridade no valor de R$ 1.608.379 mil (R$ 1.524.374 em 31.12.2010) (Nota 42.e.)

R$ mil

Outros Passivos 31.12.2011 31.12.2010

Adiantamentos recebidos por contrato de câmbio 19.631.530 27.834.542

Credores diversos no país 9.211.568 9.241.675

Planos de benefícios pós-emprego (Nota 42) 7.141.908 6.906.736

Obrigações com bandeiras de cartão de crédito 5.207.137 4.304.887

Recebimentos por conta de terceiros 4.123.185 3.927.656

Encargos e obrigações trabalhistas 3.730.414 3.447.260

Provisões técnicas de capitalização 3.470.646 2.165.226

Impostos 3.295.603 2.929.877

Dividendos, gratificações e bonificações a pagar 1.281.735 984.105

Provisão para pagamentos diversos a efetuar 827.770 798.599

Débito de operações com seguros, resseguros e depósitos de terceiros 678.204 306.754

Obrigações por convênios oficiais e serviços de pagamento 650.714 373.698

Credores diversos no exterior 404.468 204.544

Receitas antecipadas (1) 341.698 290.357

Obrigações por negociação e intermediação de valores 333.195 135.913

Provisão para perdas sobre garantias prestadas 115.624 85.511

Contratos de assunção de obrigações - 36.081

Outros 5.431.221 4.307.630

Total 65.876.620 68.281.051(1) Refere-se, principalmente, a prêmios recebidos em contratos de prestação de garantia, os quais estão sendo gradualmente reconhecidos como

receita.

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28 – Depósitos de ClientesR$ mil

31.12.2011 31.12.2010

Brasil 409.220.816 347.903.973

Depósitos à vista 57.646.016 61.981.233

Sem remuneração 57.088.097 61.645.905

Com remuneração (1) 557.919 335.328

Depósitos a prazo 251.464.961 196.634.900

Depósitos de poupança 100.109.839 89.287.840

Exterior 19.956.447 11.397.426

Depósitos à vista 6.260.398 3.736.862

Sem remuneração 4.365.475 1.929.412

Com remuneração 1.894.923 1.807.450

Depósitos a prazo 13.696.049 7.660.564

Total 429.177.263 359.301.399(1) Referem-se a “Special Accounts”, cuja finalidade é registrar a movimentação de contas em moedas estrangeiras abertas no país em nome de

embaixadas, legações estrangeiras, organismos internacionais, assim como entidades da administração pública beneficiárias de créditos ou mutuáriasde empréstimos concedidos por organismos financeiros internacionais ou agências governamentais estrangeiras.

29 – Valores a Pagar a Instituições FinanceirasR$ mil

31.12.2011 31.12.2010

Depósitos de instituições financeiras 14.450.354 18.998.102

Carteiras de crédito cedidas com coobrigação (1) 174.996 798.673

Total 14.625.350 19.796.775

(1) Carteiras cedidas pelo Banco Votorantim S.A.

No curso de suas atividades, o Banco Votorantim, por intermédio de sua subsidiária BV Financeira, efetuatransações de cessão de carteiras de crédito que resultam na transferência desses ativos financeiros paraterceiros ou para fundos de investimentos em direitos creditórios, porém todos os riscos de créditoassociados a essas operações são substancialmente retidos por aquele Banco.

Em conformidade com a IAS 39, o Banco continua a reconhecer em sua totalidade as operações no seubalanço e reconhece um passivo financeiro pela contrapartida recebida.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Conso lidadas

96

30 – Obrigações por Operações CompromissadasR$ mil

31.12.2011 31.12.2010

Carteira própria 66.505.091 56.819.226

Letras Financeiras do Tesouro 41.684.702 34.966.238

Letras do Tesouro Nacional 8.137.004 9.137.821

Títulos privados 10.996.104 8.858.687

Notas do Tesouro Nacional 2.431.697 2.677.992

Outros títulos no país 2.805.225 736.193

Outros títulos no exterior 450.359 442.295

Carteira de terceiros 128.695.556 84.080.296

Letras Financeiras do Tesouro 107.356.969 52.793.688

Letras do Tesouro Nacional 17.181.358 22.569.425

Notas do Tesouro Nacional 947.549 6.381.943

Outras 3.209.680 2.335.240

Carteira de livre movimentação 4.232 1.299.506

Total 195.204.879 142.199.028

31 – Obrigações de Curto PrazoR$ mil

31.12.2011 31.12.2010

Obrigações por empréstimos 8.896.422 5.487.691

Obrigações em moedas estrangeiras 2.949.119 2.521.498

Obrigações por repasses 1.103.762 905.549

Financiamentos à importação 39.305 48.484

Total 12.988.608 8.963.222

Em 31.12.2011, a taxa média de juros aplicável às obrigações de curto prazo era de 1,70% a.a. (1,26% a.a.em 31.12.2010).

32 – Obrigações de Longo PrazoR$ mil

31.12.2011 31.12.2010

Obrigações por repasses 51.093.397 50.861.160

Dívidas subordinadas 30.884.683 23.412.116

Obrigações por emissão de títulos e valores mobiliários 30.316.693 11.523.050

Fundos financeiros e de desenvolvimento 4.002.255 3.568.386

Bônus Perpétuos 2.845.792 3.361.393

Debêntures 1.844.534 2.308.925

Outras 1.060.036 1.179.935

Total 122.047.390 96.214.965

a) Obrigações por repasses

As obrigações por repasses são fontes de captação junto a outras instituições financeiras ou órgãosgovernamentais nacionais, predominantemente de longo prazo, para incentivo à produção nacional. Osrecursos são provenientes do Tesouro Nacional, Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), CaixaEconômica Federal (CEF), dentre outros órgãos.

Desta forma, o Banco atua como agente financeiro dos programas governamentais de incentivo adeterminados setores da economia. Na agricultura, por meio dos repasses, com destaque: (i) ProgramaNacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf); (ii) Programa de Recuperação da LavouraCacaueira (Cacau); (iii) Programa de Revitalização de Cooperativas de Produção Agropecuária (Recoop);

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97

(iv) Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé); e (v) Poupança Rural. Na indústria, por meio dosrepasses oriundos, principalmente, dos programas do BNDES e da Agência Especial de FinanciamentoIndustrial (FINAME). No exterior, caracteriza-se pelas captações do Banco em moeda estrangeira aplicadasem créditos para os clientes, neste caso o próprio governo.

Do País – Instituições OficiaisR$ mil

Programas Taxa de Atualização 31.12.2011 31.12.2010

Tesouro Nacional - Crédito Rural 1.721.507 1.549.490

Pronaf TMS (se disponível) ou0,5% a.a. a 4,5% a.a. (se aplicado)

1.424.918 1.274.161

Cacau TJLP + 0,6% a.a. ou 6,35% a.a. 103.007 47.678

Recoop 5,75% a.a. a 7,25% a.a. 96.511 117.353

Custeio Agropecuário TR ou TR + 9% a.a. - 41.274

Outros - 97.071 69.024

BNDES 28.978.454 26.978.427

Banco do Brasil(1) 0,6305% a.a. a 14,1% a.a. ouTJLP / var. camb. + 0,5% a.a. a 5,9% a.a.

27.227.981 24.937.764

Banco Votorantim(2) Pré / TJLP / var. camb. + 0,9% a.a. a 10,5% a.a. 1.750.473 2.040.663

Caixa Econômica Federal - 338.253 147.079

Finame 17.506.428 14.046.259

Banco do Brasil(3) 1% a.a. a 11% a.a. ouTJLP / var. camb. + 0,5% a.a. a 5,5% a.a.

16.176.962 12.625.745

Banco Votorantim(4) TJLP / Pré + 0,3% a.a. a 11,5 % a.a. 1.329.466 1.420.514

Outras Instituições Oficiais 2.446.402 8.042.770

Suprimento Especial - Poupança Rural TR 1.991.552 7.399.212

Funcafé TMS (se disponível) ou 6,75% a.a. (se aplicado) 451.475 643.419

Outros - 3.375 139

Total 50.991.044 50.764.025Notas:

(1) Prazo médio da maturidade das operações com BNDES é de 34 meses.(2) Prazo médio da maturidade das operações com BNDES é de 50 meses.

(3) Prazo médio da maturidade das operações com Finame é de 75 meses.

(4) Prazo médio da maturidade das operações com Finame é de 59 meses.

TMS – Taxa Média SELIC divulgada pelo Banco Central do Brasil.TJLP – Taxa de Juros de Longo Prazo fixada pelo Conselho Monetário Nacional.TR – Taxa Referencial de juros divulgada pelo Banco Central do Brasil.

Do ExteriorR$ mil

31.12.2011 31.12.2010

Recursos livres – Resolução CMN nº 3.844/2010 101.876 96.658

Fundo especial de apoio às pequenas e médias empresas industriais – FAD 3 477 477

Total 102.353 97.135

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98

b) Dívidas subordinadasR$ mil

Captações ValorEmitido

Remuneraçãoa.a.

DataCaptação

Vencimento 31.12.2011 31.12.2010

Banco do BrasilFCO – Recursos do Fundo Constitucional doCentro-Oeste 14.771.005 13.455.864

Recursos aplicados (1) 13.811.498 11.751.006

Recursos disponíveis (2) 924.167 1.492.488Encargos a capitalizar 35.340 212.370

CDBs subordinados emitidos no país 4.305.067 3.807.875900.000 113,8% do CDI 03/2009 09/2014 1.227.011 1.082.844

1.335.000 115% do CDI 03/2009 03/2015 1.823.569 1.607.190

1.000.000 105% do CDI 11/2009 11/2015 1.254.487 1.117.841

Dívidas subordinadas emitidas no exterior 4.683.538 1.614.119US$ mil 300.000 8,5% 09/2004 09/2014 576.210 500.519US$ mil 660.000 5,375% 10/2010 01/2021 1.260.310 1.113.600US$ mil 1.500.000 5,875% 05/2011 01/2022 2.847.018 -

Letras financeiras subordinadas 3.429.443 1.082.7641.000.000 108,5% do CDI 03/2010 03/2016 1.219.800 1.082.764

1.006.500 111% do CDI 03/2011 03/2017 1.107.259 -335.100 111% do CDI 04/2011 04/2017 366.864 -

13.500 111% do CDI 05/2011 05/2017 14.627 -

700.000 111% do CDI 09/2011 10/2017 720.893 -Total das dívidas subordinadas do Banco do Brasil 27.189.053 19.960.622

Banco VotorantimCDBs subordinados emitidos no país 1.544.061 1.631.268

312.500 CDI+0,491417% 11/2007 11/2012 486.988 434.228

8.500 CDI+0,491417% 12/2007 12/2012 13.223 11.791200.000 (3) CDI+0,540556% 12/2007 12/2012 12.359 277.838

32.500 IGPM+7,2197% 12/2007 12/2012 55.718 49.360

57.500 IPCA+7,9342% 03/2008 03/2013 94.825 82.3217.500 IPCA+7,855736% 08/2009 08/2014 10.269 8.9215.250 IPCA+7,924428% 08/2009 08/2014 7.199 6.250

19.500 IPCA+8,002932% 08/2009 08/2014 26.787 23.2392.500 IPCA+7,953867% 08/2009 08/2014 3.429 2.976

260.000 CDI+1,670229% 08/2009 08/2014 342.697 301.977

250.000 CDI+1,635268% 12/2009 12/2014 318.518 280.768135.000 CDI+1,674668% 12/2009 12/2014 172.049 151.599

Nota subordinada emitida no exterior US$ mil 575.000 7,38% 01/2010 01/2020 1.099.873 942.842

Letras financeiras subordinadas 1.054.722 152.4831.000 IPCA+6,88494% 11/2010 11/2016 - 1.0205.000 IPCA+7,2% 11/2010 11/2016 - 5.076

15.000 IPCA+7,1% 11/2010 11/2016 - 15.294

94.950 CDI+1,3% 11/2010 11/2016 95.964 95.9825.000 IPCA+7,25% 11/2010 11/2020 5.422 5.085

30.000 CDI+1,6% 12/2010 12/2016 30.042 30.026

324.900 CDI+1,94% 05/2011 05/2017 329.887 -35.550 IGPM+7,420494% 05/2011 05/2017 38.042 -

1.400 IPCA+7,626766% 05/2011 05/2017 1.510 -

4.650 IPCA+7,713512% 05/2011 05/2017 5.020 -7.500 IPCA+7,95% 05/2011 05/2017 8.079 -

45.000 IPCA+7,95% 07/2011 07/2016 47.648 -

15.000 IGPM+7,7% 07/2011 07/2017 15.813 -6.922 IPCA+8,02% 07/2011 07/2019 7.300 -

25.000 IPCA+7,9% 08/2011 08/2016 26.420 -

25.000 IPCA+7,93% 08/2011 08/2017 26.352 -20.000 IPCA+7,76% 08/2011 08/2017 21.002 -11.000 IPCA+7,85% 08/2011 08/2017 11.581 -

10.050 IGPM+7,7% 08/2011 08/2017 10.571 -1.250 115% do CDI 08/2011 08/2017 1.317 -

33.000 117% do CDI 09/2011 09/2017 34.034 -

15.000 IGPM+6,74% 09/2011 09/2017 15.525 -250.000 119% do CDI 10/2011 10/2017 256.467 -

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Conso lidadas

99

215 IPCA+5,45% 10/2011 10/2014 220 -18.000 IGPM+6,71% 10/2011 10/2017 18.454 -

25.000 109% do CDI 11/2011 12/2013 25.247 -17.116 IPCA+7% 11/2011 11/2016 17.392 -5.349 IPCA+7,2% 11/2011 11/2016 5.413 -

Debêntures 693.575 CDI + 0,5% 04/2006 04/2016 - 725.538

Total das dívidas subordinadas do Banco Votorantim 3.698.656 3.452.131

Valor eliminado no consolidado (3.026) (637)

Total das dívidas subordinadas (4) 30.884.683 23.412.116

(1) São remunerados pelos encargos pactuados com os mutuários, deduzido o del credere da instituição financeira, conforme artigo 9º da Lei n.º 7.827/1989.

(2) São remunerados com base na taxa extra mercado divulgada pelo Banco Central do Brasil (Bacen), conforme artigo 9º da Lei n.º 7.827/1989.(3) O montante de R$ 192.071 mil do valor emitido foi liquidado durante o período de 01.01 a 31.12.2011.

(4) O montante de R$ 24.522.493 mil (R$ 18.738.173 mil em 31.12.2010) compõe o nível II do Patrimônio de Referência (PR), em conformidade com aResolução CMN n.º 3.444/2007. Conforme determinação do Bacen, as dívidas subordinadas emitidas pelo Banco Votorantim não compõem o PR doBanco do Brasil (Nota 41).

Notas:CDI – Taxa média dos depósitos interbancários.IGPM – Índice Geral de Preços do Mercado.IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo.

c) Obrigações por emissão de títulos e valores mobi liáriosR$ mil

Captações Moeda ValorEmitido

Remuneração a.a. DataCaptação

Vencimento 31.12.2011 31.12.2010

Programa “Global Medium-Term Notes” 5.780.713 2.631.777

US$ 100.000 Libor 6m+2,55% 07/2009 07/2014 188.595 159.776

US$ 950.000 4,5% 01/2010 01/2015 1.819.507 1.617.034

US$ 500.000 6% 01/2010 01/2020 957.919 854.967

EUR 750.000 4,5% 01/2011 01/2016 1.880.432 -

US$ 500.000 3,87% 11/2011 01/2017 934.260 -

Certificado de depósito 5.924.484 3.575.759

US$ 4.000 3,8% 11/2009 11/2012(1) - 6.662

US$ 1.000 3,67% 12/2009 12/2012(1) - 1.665

US$ 99.000 3,03% 01/2010 01/2013(1) - 164.875

US$ 100.000 2,88% 01/2010 01/2013(1) - 166.540

US$ 2.000 3,19% 05/2010 05/2013 3.750 3.331

US$ 200.000 3,34% 08/2010 06/2012(1) - 332.990

US$ 100.000 2,67% 08/2010 07/2012(1) - 164.918

US$ 5.000 2,69% 08/2010 06/2012(1) - 8.251

US$ 100.000 2,5% 08/2010 08/2012(1) - 164.830

US$ 200.000 2,12% 08/2010 03/2013(1) - 328.041

US$ 10.000 3,4% 08/2010 08/2016(1) - 16.548

US$ 100.000 2,34% 09/2010 08/2012(1) - 164.807

US$ 4.806 2,02% 09/2010 09/2012(1) - 8.003

US$ 30.000 2,48% 09/2010 09/2013(1) - 49.962

US$ 150.000 2,07% 10/2010 10/2012(1) - 246.800

US$ 100.000 2,92% 11/2010 10/2012(1) - 166.482

US$ 25.000 2,2% 11/2010 11/2012(1) - 41.635

US$ 150.000 2,63% 12/2010 12/2013(1) - 249.810

US$ 100.000 2,78% 01/2011 01/2013 187.510 -

US$ 99.000 2,87% 02/2011 01/2013 185.635 -

US$ 100.000 2,72% 03/2011 03/2013 187.441 -

US$ 200.000 2,02% 03/2011 03/2013 371.867 -

US$ 10.000 3% 08/2011 08/2016 18.652 -

US$ 30.000 2,55% 09/2011 09/2013 56.253 -

US$ 233.900 2,25% 10/2011 02/2014 438.586 -

US$ 25.630 1,95% 11/2011 02/2013 48.059 -

US$ 2.000 2,48% 12/2011 06/2013 3.750 -

US$ 150.000 2,93% 11/2011 12/2013 281.265 -

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Conso lidadas

100

US$ 5.000 1,74% 12/2011 04/2013 9.376 -

US$ 2.000 1,79% 12/2011 04/2014 3.750 -

US$ 4.128.590 1.289.609

Certificado de empréstimos EUR 3.500 3% a 3,31% - 7.816

Letras de crédito do agronegócio 6.595.550 275.445

Letras financeiras 3.486.743 207.994

Total das obrigações por emissão de TVM do Banco do Brasil 21.787.490 6.698.791

Banco Patagonia 99.481 -

Bonds G PAT Série I ARS 50.000 14,3% 03/2011 03/2012 19.648 -

Bonds G PAT Série II ARS 94.310 14,12% 05/2011 05/2012 28.287 -

Bonds G PAT Série III ARS 71.000 15,27% 08/2011 08/2012 31.886 -

Bonds G PAT Série IV ARS 50.200 23,87% 11/2011 11/2012 19.660 -

Entidade de propósito específico no exterior 1.141.160 1.184.610

US$ 250.000 6,55% 12/2003 12/2013 156.772 202.361

US$ 250.000 Libor 3m + 0,55% 03/2008 03/2014 422.116 416.517

US$ 150.000 5,25% 04/2008 06/2018 281.962 250.429

US$ 200.000 Libor 3m +1,2% 09/2008 09/2015 280.310 315.303

Banco Votorantim

Letras de crédito imobiliário 87 a 95,5% do DI 02/2009 01/2012 3.490 2.316

Letras de crédito do agronegócio 825.979 894.759

Pós-fixado 45 a 96,5% do DI 08/2007 03/2020 817.712 894.759

Pré-fixado 11,86 a 12,35% 05/2008 04/2013 8.267 -

Letras financeiras 3.572.168 1.303.480

Pré-fixado 10,9 a 14% 07/2010 02/2015 28.443 6.822

Pós-fixado 100 a 112% do DI 07/2010 07/2017 3.446.800 1.296.658

Pós-fixado 4,5 a 7,81% + IPCA 01/2011 09/2014 69.980 -

Pós-fixado 108 a 109% da Selic 02/2011 02/2013 25.625 -

Pós-fixado 5,05 a 5,99% + IGPM 08/2011 09/2013 1.320 -

Programa “Global Medium-Term Notes” 2.966.110 1.441.671

73.118 478.224

R$ 100.000 9,25% 12/2005 12/2012 44.476 81.296

US$ 100.000 3,91% 09/2006 09/2016 89.691 80.532

R$ 100.000 10,62% 04/2007 04/2014 104.721 103.606

US$ 250.000 4,25% 02/2010 02/2013 471.976 423.680

US$ 37.500 4,25% 04/2010 02/2013 71.329 57.637

CHF 125.000 2,75% 12/2010 12/2013 255.268 216.696

US$ 2.318 3,02% 02/2011 02/2016 2.236 -

US$ 625.000 5,25% 02/2011 02/2016 1.189.180 -

US$ 37.500 3% 03/2011 03/2014 68.159 -

US$ 1.876 4,27% 04/2011 03/2014 1.884 -

R$ 10.000 14,19% 05/2011 01/2015 17.368 -

US$ 938 3,18% 05/2011 05/2016 890 -

R$ 309.253 6,25% 05/2011 05/2016 518.959 -

US$ 29.800 3,5% 07/2011 07/2013 56.855 -

Total das obrigações por emissão de TVM do Banco Vo torantim 7.367.747 3.642.226

Valor eliminado no consolidado (79.185) (2.577)

Total 30.316.693 11.523.050

(1) Operações liquidadas antecipadamente no decorrer do exercício de 2010 e no 1º semestre de 2011.

Notas:Libor – Taxa interbancária do mercado de Londres.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Conso lidadas

101

Os valores referentes à entidade de propósito específico (EPE) no exterior correspondem, principalmente, atítulos emitidos com lastro em ordens de pagamentos emitidas por banqueiros correspondentes localizadosnos Estados Unidos da América e pela agência do Banco em Nova Iorque para qualquer agência do Bancono Brasil (direitos de remessa). O Banco vende esses fluxos para a “Dollar Diversified Payment RightsFinance Company”, entidade de propósito específico da qual o Banco é o principal beneficiário.

As obrigações são pagas pela EPE com recursos acumulados em sua conta e decorrentes dos direitos deremessas. Atingido o volume correspondente à próxima prestação de encargos e/ou amortização na contada EPE, todo o montante excedente é automaticamente liberado ao Banco, que é obrigado a resgatar essestítulos em casos específicos de inadimplência ou encerramento das operações da entidade.

d) Fundos financeiros e de desenvolvimentoR$ mil

31.12.2011 31.12.2010

PIS/Pasep 1.983.929 2.027.900

Marinha Mercante 1.352.310 901.393

Fundos do Governo do Estado de São Paulo 563.911 516.424

Programa Especial de Crédito para a Reforma Agrária – Procera 27.705 36.634

Consolidação da Agricultura Familiar – CAF 26.424 36.181

Combate à Pobreza Rural – Nossa Primeira Terra – CPR / NPT 6.405 2.957

Terras e Reforma Agrária – BB Banco da Terra 1.812 2.237

Outros 39.759 44.660

Total 4.002.255 3.568.386

Os fundos financeiros e de desenvolvimento possuem prazo de vencimento indeterminado.

e) Bônus perpétuosR$ mil

Captações Valor emitido(USD mil)

Remuneração a.a.

Data daCaptação

31.12.2011 31.12.2010

Bônus Perpétuos

500.000 7,95% 01/2006 - 911.750

1.500.000 8,50% 10/2009 2.848.001 2.459.533

Total 2.000.000 2.848.001 3.371.283

Valores eliminados no consolidado (2.209) (9.890)

Total 2.845.792 3.361.393

O Banco liquidou, em janeiro de 2011, o bônus perpétuos no valor de US$ 500.000 mil, emitido em janeirode 2006, por meio do exercício da opção de resgate prevista na operação.

O bônus emitido em outubro de 2009, no valor de US$ 1.500.000 mil, tem opção de resgate por iniciativa doBanco a partir de 2020 ou em cada pagamento semestral de juros subsequente, desde que autorizadopreviamente pelo Banco Central do Brasil. Caso o Banco não exerça a opção de resgate em outubro de2020, os juros incidentes sobre os títulos serão corrigidos nessa data para 7,782% mais o preço denegociação dos Títulos do Tesouro Norte-americano de 10 anos. A partir dessa data, a cada 10 anos, osjuros incidentes sobre os títulos serão corrigidos levando-se em consideração o preço de negociação dosTítulos do Tesouro Norte-americano de 10 anos. Os termos desses Bônus Perpétuos determinam que oBanco suspenda os pagamentos semestrais de juros e/ou acessórios sobre os referidos títulos emitidos(que não serão devidos, nem acumulados) caso:

(i) o Banco não esteja enquadrado ou o pagamento desses encargos não permita que o Banco estejaem conformidade com os níveis de adequação de capital, limites operacionais ou seus indicadoresfinanceiros estejam abaixo do nível mínimo exigido pela regulamentação aplicável a bancosbrasileiros;

(ii) o Banco Central do Brasil ou as autoridades regulatórias determinem a suspensão dos pagamentosdos referidos encargos;

(iii) algum evento de insolvência ou falência ocorra;(iv) alguma inadimplência ocorra; ou

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Conso lidadas

102

(v) o Banco não tenha distribuído o pagamento de dividendos ou juros sobre o capital próprio aosportadores de ações ordinárias referentes ao período de cálculo de tais juros e/ou acessórios.

f) DebênturesR$ mil

Empresas Remuneração a.a. Data dacaptação

Vencimento 31.12.2011 31.12.2010

Banco Votorantim

Com variação cambial PTAX + 12,04% 12/2006 12/2011 - 1.261.912

Pós-fixado DI + 0,35% 06/2006 07/2012 809.898 723.220

Pós-fixado DI 04/2011 12/2016 755.676 -

Kepler Weber S.A. TJLP + 3,08% 09/2007 09/2020 15.195 17.977

Ativos S.A. DI + 1,5% 03/2010 03/2014 68.053 98.295

Neoenergia S.A. (1) - - - 195.712 207.521

Total 1.844.534 2.308.925(1) Refere-se a títulos com remuneração vinculada ao DI e IGPM.

Notas:

PTAX – Taxa de câmbio calculada diariamente pelo Banco Central do Brasil.

g) Outras obrigaçõesR$ mil

31.12.2011 31.12.2010

Obrigações por empréstimos 941.058 1.040.683

Financiamentos à importação 118.978 136.488

Obrigações em moedas estrangeiras - 2.764

Total 1.060.036 1.179.935

h) Obrigações de longo prazo, por prazo de exigibil idadeR$ mil

31.12.2011

2012 29.406.654

2013 13.966.929

2014 11.030.958

2015 10.055.179

2016 9.145.355

A partir de 2017 (1) 48.442.315

Total 122.047.390(1) Inclui as obrigações com vencimento indeterminado.

33 – Provisões, Ativos e Passivos Contingentes e Ob rigações Legais

a) Ativos contingentes fiscais

O Banco do Brasil é parte ativa em processos judiciais visando restituir indébitos tributários que serãocontabilizados somente na hipótese de desfecho favorável ao Banco. A ação de maior relevância, refere-seao IOF - Lei n.º 8.033/1990 (Correção Monetária), no valor de R$ 216.264 mil (R$ 209.269 mil em31.12.2010).

b) Passivos contingentes – prováveis

Ações trabalhistas

O Banco é parte passiva em processos trabalhistas movidos, na grande maioria, por ex-empregados ousindicatos da categoria. As provisões de perdas prováveis representam vários pedidos reclamados, taiscomo: indenizações, horas extras, descaracterização de jornada de trabalho, adicional de função erepresentação e outros.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Conso lidadas

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Ações fiscais

O Banco está sujeito a questionamentos das autoridades fiscais com relação a tributos, que podem gerarautuações com o objeto de competência ou o montante de receita tributável ou despesa dedutível. Amaioria das ações oriundas das autuações versam sobre ISSQN, CPMF, CSLL, IRPJ e IOF. Como garantiade algumas delas, existem penhoras em dinheiro ou imóveis.

Ações de natureza cível

Nas ações de natureza cível destacam-se as de cobrança de diferença entre a inflação ocorrida e o índiceutilizado para correção de aplicações financeiras durante o período dos Planos Econômicos (Plano Collor,Plano Bresser e Plano Verão).

Com a proximidade dos prazos prescricionais para propositura de ações visando à reposição de valores,com base nos índices inflacionários, afetados por esses Planos Econômicos, ocorreu incremento no volumede ações ajuizadas. As ações, cujos êxitos pelas partes adversas são considerados prováveis, estãoprovisionadas. Os índices questionados estão previstos em lei que regulou à época a política econômica doGoverno Federal. Com a prescrição ocorrida, não há passivo potencialmente representativo a serconsiderado.

Sobre essa matéria, há ação pendente de julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) – ADPF/165:Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental – de autoria da Confederação Nacional do SistemaFinanceiro, com o objetivo de declarar a constitucionalidade da legislação que instituiu os PlanosEconômicos.

Provisão para demandas trabalhistas, fiscais e cíve is classificadas como prováveisR$ mil

Exercício/2011 Exercício/2010

Demandas trabalhistasSaldo inicial 2.323.535 3.040.622Constituição 529.851 501.962Reversão da provisão (234.670) (698.343)Baixa por pagamento (552.133) (709.440)Ajuste combinação de negócios (197.075) -Atualização monetária 193.362 188.734Valores adicionados/incorporados (1) 53.465 -Saldo final 2.116.335 2.323.535

Demandas fiscaisSaldo inicial 1.261.400 1.138.646Constituição 204.082 267.245Reversão da provisão (66.047) (138.924)Baixa por pagamento (13.077) (32.095)Atualização monetária 71.656 26.528Variação de participação societária (2) (237.556) -Valores adicionados/incorporados (1) 182.178 -Saldo final 1.402.636 1.261.400

Demandas cíveisSaldo inicial 3.319.315 2.819.401Constituição 781.927 1.118.072Reversão da provisão (456.787) (473.404)Baixa por pagamento (636.243) (448.469)Ajuste combinação de negócios 251.075 -Atualização monetária 187.065 303.715Valores adicionados/incorporados (1) 14.885 -Saldo final 3.461.237 3.319.315Total 6.980.208 6.904.250(1) Referem-se, aos saldos oriundos do Banco Patagonia e das empresas que compõem a parceria com a Mapfre.

(2) Refere-se à alteração da participação societária do Banco em empresas não financeiras.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Conso lidadas

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c) Passivos contingentes-possíveis

As demandas trabalhistas, fiscais e cíveis classificadas com risco “possível”, são dispensadas deconstituição de provisão com base na IAS 37.

Ações trabalhistas

Representam vários pedidos reclamados, tais como: indenizações, horas extras, descaracterização dejornada de trabalho, adicional de função e representação e outros.

Ações fiscais

Representam ações relacionados com: ISSQN, cobrança e outras obrigações fiscais oriundas da Secretariada Receita Federal e do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). As principais contingências têm origemem:

• Autos de infração lavrados pelo INSS, visando o recolhimento de contribuições incidentes sobreabonos salariais pagos nos acordos coletivos do período de 1995 a 2006, no valor de R$ 1.184.487mil, verbas de transporte coletivo e utilização de veículo próprio por empregados do Banco do Brasil,no valor de R$ 166.403 mil e participações nos lucros e resultados de funcionários, correspondentesao período de abril de 2001 a outubro de 2003, no valor de R$ 27.150 mil.

• Autos de infração lavrados pelas Fazendas Públicas dos Municípios visando a cobrança de ISSQN,no montante de R$ 251.412 mil.

Ações de natureza cível

Nas ações de natureza cível destacam-se as que visam indenizações e a cobrança de diferença entre ainflação ocorrida e o índice utilizado para correção de aplicações financeiras durante o período dos PlanosEconômicos (Plano Collor, Plano Bresser e Plano Verão).

Saldos dos passivos contingentes classificados como possíveisR$ mil

31.12.2011 31.12.2010

Demandas trabalhistas 140.115 88.781

Demandas fiscais 4.092.203 3.422.182

Demandas cíveis 4.294.798 2.871.303

Total 8.527.116 6.382.266

Em conformidade com a IAS 37, o Banco não divulga informações sobre contingências que possam afetaras disputas com outras partes em ser.

d) Depósitos em garantia de recursos

Os depósitos em garantia de recursos correspondem a depósitos judiciais, representados por valoresdepositados por ordem judicial vinculados a disputas judiciais pendentes, em que o Banco figura como réu,e somente podem ser movimentados mediante autorização do juiz que o determinou. Os valores estãorepresentados no balanço patrimonial em Outros ativos.

Saldos dos depósitos em garantia constituídos para as contingênciasR$ mil

31.12.2011 31.12.2010

Demandas trabalhistas 2.522.179 2.440.689

Demandas fiscais 5.915.700 5.419.232

Demandas cíveis 3.749.986 2.983.856

Total 12.187.865 10.843.777

e) Obrigações legais

O Banco mantém registrado em Outros Impostos, o montante de R$ 13.516.326 mil (R$ 12.942.257 mil em31.12.2010), relativo às seguintes ações:

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Ação Judicial: Imposto de Renda e Contribuição Soci al

Em fevereiro de 1998, o Banco ingressou com Mandado de Segurança, em curso na 16ª Vara Federal doDistrito Federal pleiteando a compensação integral dos prejuízos fiscais acumulados de Imposto de Rendae das bases de cálculo negativas de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Desde então, oBanco passou a compensar integralmente prejuízos fiscais e bases negativas com o valor devido deImposto de Renda e de Contribuição Social, realizando o depósito integral do montante devido (70% dovalor compensado), o que ensejou o despacho do Juízo da 16ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federaldeterminando a suspensão da exigibilidade dos referidos tributos, nos termos do artigo 151, inciso II, doCódigo Tributário Nacional (CTN). O mérito da causa foi julgado improcedente em 1ª Instância e o Recursode Apelação interposto pelo Banco foi desprovido pelo TRF da 1ª Região. A decisão foi impugnadamediante Recurso Extraordinário interposto pelo Banco, em 01.10.2002. Atualmente, o referido recurso doBanco encontra-se aguardando, no TRF da 1ª Região, o julgamento pelo STF, de outro recursoextraordinário (RE nº 591.340), que teve reconhecida a repercussão geral por aquela Corte Suprema.

A compensação dos valores decorrentes de prejuízos fiscais e de CSLL a compensar tem como efeito abaixa de créditos tributários ativados, observada a limitação de 30%.

Os tributos diferidos (IRPJ e CSLL) sobre a atualização dos depósitos judiciais vêm sendo compensadoscom os créditos tributários decorrentes da provisão para perda da referida atualização, em conformidadecom o art. 1º, inciso II, § 2º, da Resolução CMN nº 3.059, de 2002, sem efeito no resultado.

Considerada a hipótese de êxito na ação judicial, verificou-se que, em setembro de 2005 e em janeiro de2009, o Banco teria consumido todo o estoque de Prejuízos Fiscais e CSLL a Compensar, respectivamente.Assim, desde a competência outubro de 2005 e fevereiro de 2009, os valores do IRPJ e da CSLL estãosendo recolhidos integralmente. Além disso, ocorreria a transferência dos recursos da rubrica que registraos depósitos judiciais para a de disponibilidades. Os créditos tributários relativos aos depósitos judiciais(principal) seriam baixados contra a provisão de IRPJ e CSLL existente e seria revertida, contra o resultado,a provisão para riscos fiscais relativa à atualização dos depósitos, registrada no valor de R$ 4.322.529 mil.

Por outro lado, considerada a hipótese de perda da ação (situação em que os valores depositadosjudicialmente seriam convertidos em renda a favor da Fazenda Nacional), são reclassificadas, para a rubricarepresentativa de ativo “IRPJ a compensar” e “CSLL a compensar”, as parcelas de créditos tributários deIRPJ sobre prejuízos fiscais e CSLL a compensar, respectivamente, que poderiam ser utilizadas desde acompetência outubro de 2005 e fevereiro de 2009, observada a limitação de 30%. Esses tributos acompensar, que decorreriam das retificações das Declarações de Informações Econômico-Fiscais daPessoa Jurídica, correspondem a R$ 4.158.704 mil, em 31.12.2011, e sua atualização pela Taxa Selic, a R$998.849 mil. Tal valor ajusta a provisão para riscos fiscais relativa à atualização dos depósitos judiciais, deforma que alcançaria o montante necessário para anular integralmente o risco inerente à hipótese de perda.

Valores relacionados à referida açãoR$ mil

31.12.2011 31.12.2010

Obrigação legal – Provisão para processo judicial 12.153.757 11.697.619Depósitos judiciais 13.348.256 12.485.258Montante realizado 7.817.011 7.817.011Atualização 5.531.245 4.668.247Montante dos créditos tributários correspondente à parcela de 70% 6.585.045 6.540.168Prejuízos fiscais de IRPJ 3.002.033 3.002.033Bases negativas de CSLL / CSLL a compensar 3.583.012 3.538.135

Ação Judicial: PIS/Pasep e Cofins

Provisão para o processo judicial referente ao Mandado de Segurança por meio do qual se pretende oreconhecimento do direito do Banco do Brasil, da BB Corretora, da Ativos S.A. e do Banco Votorantim derecolherem o PIS/Pasep e a Cofins de acordo com as bases de cálculo previstas nas Leis Complementaresn.º 7/1970, e n.º 70/1991, sendo no Banco do Brasil o montante de R$ 1.362.569 mil (R$ 1.244.638 mil em31.12.2010), do qual R$ 759.932 mil oriundos do Banco Votorantim. As liminares do Banco do Brasil e daBB Corretora foram suspensas em 18.08.2010, motivo pelo qual voltaram a recolher, a partir do fato geradorde julho de 2010, o PIS/Pasep e a Cofins na forma prevista na Lei n.° 9.718/1998. As medidas judiciais doBanco Votorantim, que se referem apenas à Cofins, tiveram sentenças e acórdãos favoráveis passíveis derecursos.

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34 – Contratos de Seguros e de Previdência Compleme ntar

a) Ativos e passivos resultantes das operações de s eguros e previdência complementarR$ mil

31.12.2011 31.12.2010

Seguros Resseguros (1) ValorLíquido

Seguros Resseguros (1) ValorLíquido

Provisões Técnicas – Seguros 23.969.819 (225.534) 23.744.285 15.744.082 (246.589) 15.497.493

Provisão matemática de benefícios a conceder 19.786.013 (5.333) 19.780.680 12.997.663 (3.756) 12.993.907

Provisão de prêmios não ganhos 2.226.200 (118.758) 2.107.442 1.464.124 (153.494) 1.310.630

Provisão de sinistros a liquidar 1.309.421 (82.398) 1.227.023 887.758 (83.370) 804.388

Provisão de eventos ocorridos mas não avisados – IBNR 337.381 (16.345) 321.036 180.767 (5.969) 174.798

Provisão de insuficiência de prêmios 181.796 - 181.796 170.642 - 170.642

Provisão para resgates e outros valores a regularizar 41.300 - 41.300 25.301 - 25.301

Provisão matemática de benefícios concedidos 19.581 (1.591) 17.990 14.350 - 14.350

Outras provisões 68.127 (1.109) 67.018 3.477 - 3.477

Provisões Técnicas – Previdência Complementar 17.673.642 (2.511) 17.671.131 14.500.054 - 14.500.054

Provisão matemática de benefícios a conceder 15.810.931 - 15.810.931 12.865.101 - 12.865.101

Provisão matemática de benefícios concedidos 754.458 - 754.458 629.316 - 629.316

Provisão de excedente financeiro 418.493 - 418.493 395.622 - 395.622

Provisão de insuficiência de contribuição 359.213 - 359.213 301.435 - 301.435

Provisão de oscilação financeira 260.514 - 260.514 254.697 - 254.697

Provisão de eventos ocorridos mas não avisados – IBNR 7.446 (77) 7.369 6.094 - 6.094

Provisão de riscos não expirados 5.840 (52) 5.788 5.708 - 5.708

Outras provisões 56.747 (2.382) 54.365 42.081 - 42.081

Total das Provisões Técnicas 41.643.461 (228.045) 41.415.416 30.244.136 (246.589) 29.997.547(1) Referem-se aos montantes brutos de resseguros, sem considerar as respectivas provisões para risco de crédito.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

107

As provisões técnicas e matemáticas são constituídas e calculadas em consonância com os critériosestabelecidos pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e pela Superintendência de SegurosPrivados (SUSEP).

Seguros

Provisões matemáticas de benefícios a conceder e de benefícios concedidos – correspondem,respectivamente, aos compromissos assumidos pelas seguradoras com os segurados, enquanto nãoiniciado o evento gerador do pagamento da indenização e/ou do benefício, e, de outra forma, após iniciadoo evento gerador do pagamento da indenização e/ou benefício. São calculadas conforme metodologiadescrita em nota técnica atuarial do plano ou produto.

Provisão de prêmios não ganhos – constituída pelo prêmio do seguro correspondente ao período de riscoainda não decorrido. O cálculo é individual por apólice ou endosso dos contratos vigentes, na data base deconstituição, pelo método pro rata-die, tomando-se por base as datas de início e fim de vigência do riscosegurado. O fato gerador da constituição dessa provisão é a emissão da apólice ou endosso.

Provisão de sinistros a liquidar – constituída por estimativa de pagamentos prováveis, brutos deresseguros e líquidos de recuperação de cosseguro, com base nas notificações e avisos de sinistrosrecebidos até a data do balanço, e inclui provisão para os sinistros em discussão judicial, constituídaconforme critérios definidos e documentados em nota técnica atuarial. Os valores provisionados sãoatualizados monetariamente, nos termos da legislação aplicável.

Provisão de sinistros ocorridos mas não avisados – IBNR – constituída em função do montanteesperado de sinistros ocorridos em riscos assumidos na carteira e não avisados.

Provisão de insuficiência de prêmios – tem a finalidade de aferir a suficiência ou insuficiência dasprovisões de prêmios para cobertura das obrigações futuras relacionadas aos contratos de seguros. Asestimativas baseiam-se na projeção futura do fluxo de caixa dos direitos e obrigações futuras de cadacontrato considerando-se hipóteses e premissas em função de cada tipo de risco.

Provisão para resgates e outros valores a regulariz ar – abrange os valores referentes aos resgates aregularizar, às devoluções de contribuições ou prêmios e às portabilidades solicitadas, que por qualquermotivo, ainda não foram efetuadas.

Outras provisões – abrangem, principalmente, as provisões de despesas administrativas, de excedentefinanceiro e de benefícios a regularizar.

Previdência Complementar

Provisão matemática de benefícios a conceder e de b enefícios concedidos – refere-se,respectivamente, aos compromissos assumidos com participantes cuja percepção dos benefícios ainda nãoiniciou e àqueles em gozo de benefícios.

Particularmente, para os planos de previdência e seguros das modalidades PGBL (Plano gerador debenefícios livres) e VGBL (Vida gerador de benefícios livres), a provisão matemática de benefícios aconceder representa o montante de prêmios e contribuições aportados pelos participantes, líquido da taxade carregamento, acrescido dos rendimentos financeiros auferidos na aplicação dos recursos e deduzidosdos eventuais saques e portabilidade realizados.

Provisão de excedente financeiro – corresponde ao resultado financeiro excedente à rentabilidademínima garantida, repassado aos contratos com cláusula de participação de excedente financeiro.

Provisão de insuficiência de contribuições e prêmio s – tem a finalidade de aferir a suficiência ouinsuficiência das provisões de contribuições para cobertura das obrigações futuras relacionadas aos planosde previdência. As estimativas baseiam-se na projeção do fluxo de caixa dos direitos e obrigações futurasde cada contrato considerando-se hipóteses e premissas em função de cada tipo de risco.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

108

Provisão de oscilação financeira – constituída para fazer frente a eventuais impactos de variaçõesdesfavoráveis no retorno do investimento dos recursos destinados ao pagamento de benefícios e resgatesaos participantes, considerando a remuneração mínima garantida contratualmente.

Provisão de eventos ocorridos mas não avisados – IB NR – constituída em função do montanteesperado de sinistros ocorridos em riscos assumidos na carteira e não avisados.

Provisão de riscos não expirados – calculada pro rata-die, a partir da parcela das contribuições/prêmioscorrespondentes aos períodos de riscos não decorridos, contemplando estimativa para os riscos vigentesmas não emitidos.

Outras provisões – abrangem, principalmente, as provisões de resgates e outros valores a regularizar,provisões de despesas administrativas, de benefícios a regularizar e de oscilação de riscos.

b) Movimentação dos passivos por contratos de segur os e previdência complementarR$ mil

Exercício/2011 (1)

Saldo Inicial Constituições Reversões Atualizações Saldo Final

Provisões Técnicas – Seguros 15.744.082 23.338.287 (16 .269.357) 1.156.807 23.969.819

Provisão matemática de benefícios a conceder 12.997.663 10.259.821 (4.644.475) 1.173.004 19.786.013

Provisão de prêmios não ganhos 1.464.124 6.301.886 (5.539.810) - 2.226.200

Provisão de sinistros a liquidar 887.758 5.177.989 (4.756.767) 441 1.309.421

Provisão de eventos ocorridos mas não avisados – IBNR 180.767 872.163 (715.549) - 337.381

Provisão de insuficiência de prêmios 170.642 14.275 (3.121) - 181.796

Provisão para resgates e outros valores a regularizar 25.301 536.610 (521.070) 459 41.300

Provisão matemática de benefícios concedidos 14.350 32.982 (29.442) 1.691 19.581

Outras provisões 3.477 142.561 (59.123) (18.788) 68.127

Provisões Técnicas – Previdência Complementar 14.500 .054 5.186.258 (2.728.326) 715.656 17.673.642

Provisão matemática de benefícios a conceder 12.865.101 4.320.798 (1.973.507) 598.539 15.810.931

Provisão matemática de benefícios concedidos 629.316 238.670 (195.218) 81.690 754.458

Provisão de excedente financeiro 395.622 63.945 (75.410) 34.336 418.493

Provisão de insuficiência de contribuição 301.435 59.106 (1.328) - 359.213

Provisão de oscilação financeira 254.697 14.654 (8.837) - 260.514

Provisão de eventos ocorridos mas não avisados – IBNR 6.094 83.191 (81.839) - 7.446

Provisão de riscos não expirados 5.708 69.325 (69.193) - 5.840

Outras provisões 42.081 336.569 (322.994) 1.091 56.747

Total das Provisões Técnicas 30.244.136 28.524.545 (18 .997.683) 1.872.463 41.643.461(1) Abrangência: BB Mapfre SH1 Participações S.A. e Mapfre BB SH2 Participações S.A., com configuração societária detalhada na Nota 6.b, e

Brasilprev Seguros e Previdência S.A., com participação societária detalhada na Nota 5.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

109

R$ mil

Exercício/2010 (2)

Saldo Inicial Constituições Reversões Atualizações Saldo Final

Provisões Técnicas – Seguros 7.310.617 38.341.363 (29. 063.245) (844.653) 15.744.082

Provisão matemática de benefícios a conceder 5.043.898 8.478.882 (1.360.775) 835.658 12.997.663

Provisão de prêmios não ganhos 1.040.270 15.400.780 (14.976.926) - 1.464.124

Provisão de sinistros a liquidar 856.324 9.961.397 (8.248.309) (1.681.654) 887.758

Provisão de eventos ocorridos mas não avisados – IBNR 231.557 2.376.723 (2.427.510) (3) 180.767

Provisão de insuficiência de prêmios 119.336 1.419.992 (1.368.686) - 170.642

Provisão para resgates e outros valores a regularizar 8.332 212.745 (196.401) 625 25.301

Provisão matemática de benefícios concedidos 8.619 29.019 (24.557) 1.269 14.350

Outras provisões 2.281 461.825 (460.081) (548) 3.477

Provisões Técnicas – Previdência Complementar 8.181. 800 6.511.467 (1.426.311) 1.233.098 14.500.054

Provisão matemática de benefícios a conceder 7.236.285 5.495.918 (1.024.567) 1.157.465 12.865.101

Provisão matemática de benefícios concedidos 350.475 351.239 (146.327) 73.929 629.316

Provisão de excedente financeiro 255.445 143.679 (3.502) - 395.622

Provisão de insuficiência de contribuição 154.005 147.430 - - 301.435

Provisão de oscilação financeira 151.937 102.760 - - 254.697

Provisão de eventos ocorridos mas não avisados – IBNR 3.441 69.040 (66.387) - 6.094

Provisão de riscos não expirados 3.455 65.243 (62.990) - 5.708

Outras provisões 26.757 136.158 (122.538) 1.704 42.081

Total das Provisões Técnicas 15.492.417 44.852.830 (30 .489.556) 388.445 30.244.136(2) Abrangência: Companhia de Seguros Aliança do Brasil, Aliança do Brasil Seguros S.A., Brasilveículos Companhia de Seguros e Brasilprev Seguros e

Previdência S.A., com participação societária detalhada na Nota 5.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

110

c) Resultado das operações de seguros e previdência complementarR$ mil

Exercício/2011 (1) Exercício/2010 (2) Exercício/2009 (2)

Seguros Previdência Total Seguros Previdência Total Seguros Previdência Total

Prêmios e contribuições retidos 12.086.125 1.793.080 13.879.205 9.260.238 1.610.448 10.870.686 5.385.889 1.114.030 6.499.919

Variação das provisões técnicas (7.410.558) (1.647.563) (9.058.121) (5.907.326) (1.564.983) (7.472.309) (2.457.457) (1.127.703) (3.585.160)

Rendas com taxas de gestão e produtos - 478.811 478.811 - 362.126 362.126 - 195.050 195.050

Sinistros retidos (2.104.555) - (2.104.555) (1.447.697) - (1.447.697) (1.267.747) - (1.267.747)

Despesas com benefícios e resgates - (28.745) (28.745) - (36.150) (36.150) - (14.085) (14.085)

Despesas de comercialização (530.987) (27.707) (558.694) (118.220) (1.419) (119.639) (100.949) (7.946) (108.895)

Outras receitas/despesas operacionais (197.924) (10.525) (208.449) (231.732) 2.896 (228.836) (222.625) (839) (223.464)

Resultado das operações 1.842.101 557.351 2.399.452 1.555.263 372.918 1.928.181 1.337.111 158.507 1.495.618

Receitas financeiras 473.821 3.077.895 3.551.716 317.880 2.343.105 2.660.985 290.741 1.273.783 1.564.524

Despesas financeiras (69.211) (2.800.129) (2.869.340) (41.914) (2.109.822) (2.151.736) (32.943) (1.094.461) (1.127.404)

Resultado financeiro 404.610 277.766 682.376 275.966 233.283 509.249 257.798 179.322 437.120

Total 2.246.711 835.117 3.081.828 1.831.229 606.201 2.437.430 1.594.909 337.829 1.932.738(1) Abrangência: BB Mapfre SH1 Participações S.A. e Mapfre BB SH2 Participações S.A., com configuração societária detalhada na Nota 6.b, e Brasilprev Seguros e Previdência S.A., com participação societária detalhada

na Nota 5.(2) Abrangência: Companhia de Seguros Aliança do Brasil, Aliança do Brasil Seguros S.A., Brasilveículos Companhia de Seguros e Brasilprev Seguros e Previdência S.A., com participação societária detalhada na Nota 5.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

111

d) Análise de sensibilidade

As informações a seguir referem-se aos resultados da análise de sensibilidade e seus impactos noresultado e no patrimônio líquido das empresas do segmento de seguros e previdência complementarpertencentes ao Conglomerado Banco do Brasil, considerando alterações (choques) nos principais fatoresde risco inerentes aos negócios das empresas.

As empresas vinculadas ao segmento de capitalização não estão inseridas no escopo desta análise, hajavista os contratos emitidos não se qualificarem como um contrato de seguro, de acordo com a IFRS 4 –Contratos de Seguros.

I – Risco de mercado

O Banco do Brasil define risco de mercado como a perda potencial advinda de variações na taxa de juros,taxa de câmbio, preço de ações e preços de commodities.

Na presente análise de sensibilidade são considerados os seguintes fatores de risco: (i) taxa de juros e(ii) cupons de títulos indexados a índices de inflação (Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC,Índice Geral de Preços do Mercado - IGP-M e Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA),face à relevância nas posições ativas e passivas das empresas.

Para fins da simulação da análise de sensibilidade, são considerados somente os ativos classificados nascategorias “ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado” e/ou “ativos financeiros disponíveis paravenda”, que estão marcados a mercado de acordo com as metodologias de precificação e de cálculo derisco utilizadas no Conglomerado Banco do Brasil.

A definição dos parâmetros quantitativos utilizados na análise de sensibilidade teve por base a análise dasvariações históricas de taxas de juros em período recente e premissa de não alteração das curvas deexpectativa de inflação, refletindo em choque nos respectivos cupons de índices de inflação na mesmamagnitude da taxa de juros. Os parâmetros quantitativos comuns aplicados são: i) 100 basis points naestrutura de taxa de juros; e ii) 100 basis points na estrutura de taxa de cupons, ambas vigentes em31.12.2011 e 31.12.2010. A primeira reflete os juros praticados pelo mercado para papéis prefixados dogoverno brasileiro, denominados em reais, enquanto a segunda, os juros praticados pelo mercado parapapéis do governo brasileiro indexados à inflação, denominados em reais. Para cada indexador de inflaçãohá uma estrutura de taxa de cupons correspondente.

Ressalta-se que a análise de sensibilidade das sociedades holdings do segmento de seguros corresponde àsoma das análises individualizadas de cada empresa, exceto para a Aliança do Brasil Seguros S.A.,Companhia de Seguros Aliança do Brasil e Brasilveículos Companhia de Seguros, que são apresentadas deforma segregada para fins de comparabilidade com o período anterior.

Os resultados apurados em 2011, em comparação a 2010, refletem, principalmente, os impactos da aliançaestratégica entre o Banco do Brasil e o Grupo Segurador Mapfre, evidenciada na Nota 06. A participaçãoacionária detida pelo Banco em cada empresa, para cada período considerado, é apresentada na Nota 05.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

112

R$ mil

31.12.2011 31.12.2010

Impacto noPatrimônio Líquido

Impacto noResultado

Impacto noPatrimônio Líquido

Impacto noResultado

Fatores de Risco:

Taxa de Juros – Elevação

Aliança do Brasil Seguros S.A.(1) (421) (421) (1) (1)

Companhia de Seguros Aliança do Brasil (2) (2.781) (2.781) (3.375) (3.375)

Brasilveículos Companhia de Seguros (1) (1.163) (1.163) (1.822) (1.822)

BB Mapfre SH1 Participações S.A. (3) (3.799) (3.799) - -

Mapfre BB SH2 Participações S.A. (4) (3.542) (3.542) - -

Brasilprev Seguros e Previdência S.A. (5) (7.797) (7.797) (7.392) (7.392)

Taxa de Juros – Redução

Aliança do Brasil Seguros S.A.(1) 597 597 1 1

Companhia de Seguros Aliança do Brasil (2) 3.918 3.918 3.445 3.445

Brasilveículos Companhia de Seguros (1) 1.495 1.495 1.840 1.840

BB Mapfre SH1 Participações S.A. (3) 4.280 4.280 - -

Mapfre BB SH2 Participações S.A. (4) 3.612 3.612 - -

Brasilprev Seguros e Previdência S.A. (5) 8.571 8.571 8.134 8.134(1) Participação na sociedade detida pela holding Mapfre BB SH2 Participações S.A.

(2) Participação na sociedade detida pela holding BB Mapfre SH1 Participações S.A.(3) Abrange as empresas Mapfre Vera Cruz Vida e Previdência S.A. e Vida Seguradora S.A.. A empresa Companhia de Seguros Aliança do Brasil, que

integra a BB Mapfre SH1, foi segregada da análise para fins de comparabilidade com o período anterior.(4) Abrange as empresas Mapfre Vera Cruz Seguradora S.A. e Mapfre Riscos Especiais S.A.. As empresas Aliança do Brasil Seguros S.A. e

Brasilveículos Companhia de Seguros, que integram a Mapfre BB SH2, foram segregadas da análise para fins de comparabilidade com o períodoanterior.

(5) Abrange os seguintes fatores de risco: taxas de juros e cupons de títulos indexados a índices de inflação (IGP-M e IPCA).

II – Risco do negócio

O Banco do Brasil define como risco do negócio a possibilidade de perdas decorrentes de falhas naprecificação dos produtos de seguros e previdência complementar, bem como a inadequação em relação àestimativa dos passivos por contratos de seguros e previdência complementar (provisões técnicas).

Os passivos por contratos de seguros e previdência complementar representam valor significativo dopassivo e correspondem aos diversos compromissos financeiros futuros das empresas seguradoras comseus clientes.

Em função da relevância do montante financeiro e das incertezas que envolvem os cálculos das provisões,foi considerada na análise a sensibilização das variáveis mais relevantes para cada tipo de negócio, pormeio da simulação dos impactos sobre o Resultado e Patrimônio Líquido das companhias.

A análise considera as variáveis relevantes a seguir, designadas como fatores de riscos: (i) sinistralidade dacarteira para todos os ramos que as empresas atuam; (ii) agravo nos fatores da Provisão de EventosOcorridos mas não Avisados (IBNR), por meio da simulação do aumento no atraso entre a data de aviso e adata de ocorrência dos sinistros; (iii) agravo na tábua de mortalidade utilizada para cálculo da Provisão deInsuficiência de Prêmios (PIP); e (iv) redução na taxa de desconto utilizada para o cálculo dos fluxosatuariais projetados pela PIP.

Os fatores de riscos e parâmetros quantitativos utilizados nas simulações foram revisados e padronizados,comparativamente à dezembro de 2010, para refletir, com maior fidedignidade, o impacto da volatilidadesobre o Resultado e Patrimônio Líquido das empresas.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

113

R$ mil

31.12.2011 31.12.2010

Impacto noPatrimônio Líquido

Impacto noResultado

Impacto noPatrimônio Líquido

Impacto noResultado

Fatores de Risco:

Sinistralidade (1)

Aliança do Brasil Seguros S.A. (3.877) (3.877) (1.615) (1.615)

Companhia de Seguros Aliança do Brasil (34.067) (34.067) (38.897) (38.897)

Brasilveículos Companhia de Seguros (27.603) (27.603) (51.453) (51.453)

BB Mapfre SH1 Participações S.A. (5) (25.743) (25.743) - -

Mapfre BB SH2 Participações S.A. (6) (53.225) (53.225) - -

Provisões Técnicas (2)

Aliança do Brasil Seguros S.A. (993) (993) (1.136) (1.136)

Companhia de Seguros Aliança do Brasil (88.139) (88.139) (107.466) (107.466)

BB Mapfre SH1 Participações S.A. (5) (12.569) (12.569) - -

Mapfre BB SH2 Participações S.A. (6) (5.485) (5.485) - -

Subscrição (3) – Elevação

Brasilprev Seguros e Previdência S.A. (4) (19.300) (19.300) (16.148) (16.148)

Subscrição – Redução

Brasilprev Seguros e Previdência S.A. (4) 16.712 16.712 14.002 14.002(1) Parâmetro quantitativo: elevação de 5% na sinistralidade da carteira para todos os ramos em que a Companhia atua.(2) Parâmetros quantitativos:

a) agravo nos fatores da Provisão de Eventos Ocorridos mas não Avisados (IBNR);

b) agravo da Provisão de Insuficiência de Prêmios (PIP) de longo prazo:

. elevação de 5% na tábua de mortalidade;

. redução de 1% na taxa de desconto.

(3) Parâmetros quantitativos:

a) hipótese de cancelamento: 100 basis points na expectativa de que os participantes resgatem a reserva acumulada previamente à data daaposentadoria;

b) hipótese de anuitização: 10% na expectativa de que os participantes escolham, na data da aposentadoria, pela transformação da reservaacumulada em renda continuada.

c) hipótese de sobrevivência: 5% na expectativa do tempo de pagamento da renda continuada.

(4) Parâmetro quantitativo: elevações e reduções de 1%, 10% e 5% para cada hipótese relacionada ao fator de risco, respectivamente.

(5) Abrange as empresas Mapfre Vera Cruz Vida e Previdência S.A. e Vida Seguradora S.A.. A empresa Companhia de Seguros Aliança do Brasil, queintegra a BB Mapfre SH1, foi apartada para fins de comparabilidade com o período anterior.

(6) Abrange as empresas Mapfre Vera Cruz Seguradora S.A. e Mapfre Riscos Especiais S.A.. As empresas Aliança do Brasil Seguros S.A. eBrasilveículos Companhia de Seguros, que integram a Mapfre BB SH2, foram apartadas para fins de comparabilidade com o período anterior.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

114

35 – Imposto de Renda

a) Imposto de Renda (IR) e Contribuição Social sobr e Lucro Líquido (CSLL) apresentados naDemonstração do Resultado Consolidado

R$ mil

Exercício/2011 Exercício/2010 Exercício/2009

Impostos correntes

Do exercício (4.743.175) (6.272.318) (5.937.311)

Ajuste de exercícios anteriores 2.549 (28) (749)

Total (4.740.626) (6.272.346) (5.938.060)

Impostos diferidos

Registro e reversão de diferenças intertemporais 765.813 1.000.348 3.278.022

Reconhecimento de prejuízos fiscais de IR (29.349) 86.381 237.902

Reconhecimento de bases negativas de CSLL (17.595) 90.524 12.749

Ajuste da carteira de operações de arrendamento mercantil 79.948 (100.643) (260.846)

Diferido sobre ajuste de marcação a mercado 93.891 165.308 49.555

Provisão para IR e CSLL diferidos (1.550.148) (752.032) (1.926.255)

Ajustes decorrentes da parceria com a Mapfre (371.648) - -

Ajustes decorrentes de cessão de créditos com coobrigação 89.131 130.055 107.903

Ajustes decorrentes de combinação de negócios - intangíveis 311.306 292.935 (359.942)

Ajustes decorrentes de combinação de negócios a valor justo 281.545 (62.199) 16.853

Ajustes decorrentes de provisão para crédito de liquidação duvidosa (212.291) 110.945 (1.783.370)

Outras despesas diferidas 241.680 90.203 421.497

Total (317.717) 1.051.825 (205.932)

Total do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (5.058.343) (5.220.521) (6.143.9 92)

b) Conciliação dos encargos com IR e CSLL

R$ mil

Exercício/2011 Exercício/2010 Exercício/2009

Resultado antes da tributação sobre o lucro 17.795.255 16.550.866 19.623.382

Despesa de IR (25%) e de CSLL (15%) pelas alíquotas legais (7.118.102) (6.620.346) (7.849.353)

Encargos dos juros sobre capital próprio 1.220.523 961.300 743.146

Receitas do Fundo Constitucional do Centro-Oeste 312.894 304.247 310.611

Resultado com conversão de investimentos no exterior 142.035 (74.470) (419.786)

Resultado de participação em coligadas 60.076 51.048 36.204

Encargos sobre receitas não tributáveis/despesas não dedutíveis 324.231 157.700 1.035.186

Despesa com Imposto de Renda e Contribuição Social (5.058.343) (5.220.521) (6.143.992)

Alíquota efetiva 28,43% 31,54% 31,31%

c) IR e CSLL lançados contra o patrimônio líquidoR$ mil

Exercício/2011 Exercício/2010 Exercício/2009

Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (5.058.343) (5.220.521) (6.143.992)

IR e CSLL sobre os ganhos não realizados dos ativos financeiros disponíveis paravenda

(200.740) (111.888) (54.484)

Imposto de renda e contribuição social sobre o resu ltado abrangente (5.259.083) (5.332.409) (6.198.476)

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

115

d) IR e CSLL diferidos apresentados no Balanço Patr imonial Consolidado

PassivosR$ mil

31.12.2011 31.12.2010

Passivos fiscais diferidos

Decorrentes de ganhos atuariais (4.453.083) (3.609.319)

Ajustes decorrentes da parceria com a Mapfre (371.648) -

Marcação a mercado positiva de ativos financeiros (263.190) (438.923)

Ajuste da carteira de arrendamento mercantil (768.976) (930.884)

Outras diferenças temporais (808.881) (346.636)

Total (6.665.778) (5.325.762)

AtivosR$ mil

31.12.2010 Constituições Baixas 31.12.2011

Ativos fiscais diferidos

Montante dos prejuízos fiscais de IR/bases negativas de CSLL 623.119 139.764 587.989 174.894

Marcação a mercado negativa de títulos e valores mobiliários 301.318 297.228 335.235 263.311

Contribuição social a compensar 2.809.263 80.297 401.715 2.487.845

Diferimento de tarifas para adequação à taxa efetiva de juros 196.797 55.117 41.643 210.271

Cessão de créditos com coobrigação 237.958 185.822 96.691 327.089

Provisão para perdas em empréstimos a clientes 4.407.532 2.099.456 1.587.514 4.919.474

Provisão trabalhistas, fiscais e cíveis 2.761.700 1.146.274 1.115.891 2.792.083

Provisão com plano de benefícios pós-emprego 2.762.695 1.200.473 1.106.405 2.856.763

Outras provisões 5.467.851 2.070.735 1.151.994 6.386.593

Total 19.568.233 7.275.167 6.425.077 20.418.323

A agência do Banco do Brasil de Nova Iorque possui prejuízo fiscal no montante de R$ 214.886 mil, cujoativo fiscal diferido não foi reconhecido em virtude da inexistência de probabilidade de sua realização,segundo avaliação da Administração.

e) Expectativa de realização dos ativos fiscais dif eridos (créditos tributários)R$ mil

Ativos fiscais diferidos

Em 2012 4.002.425

Em 2013 4.386.477

Em 2014 3.395.003

Em 2015 2.845.233

Em 2016 4.805.279

Em 2017 724.939

Em 2018 53.966

Em 2019 51.195

Em 2020 48.281

Em 2021 105.525

Total 20.418.323

A expectativa de realização dos ativos fiscais diferidos (créditos tributários) respalda-se em estudo técnicoelaborado em 31.12.2011.

No exercício de 2011, observou-se a realização de créditos tributários no Banco no montante deR$ 6.920.059 mil correspondente a 195,95% da respectiva projeção de utilização para o período de 2011,que constava no estudo técnico elaborado em 31.12.2010.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

116

A realização dos valores nominais de créditos tributários ativados, considerando a recomposição daquelesbaixados durante o trâmite da ação judicial (70%), baseada em estudo técnico realizado pelo Banco em31.12.2011 está projetada para 5,5 anos, nas seguintes proporções:

Prejuízo Fiscal/CSLLa Compensar (1)

DiferençasTemporais (2)

Em 2012 40% 17%

Em 2013 40% 17%

Em 2014 18% 17%

Em 2015 1% 17%

Em 2016 1% 28%

A partir de 2017 - 4%(1) Projeção de consumo vinculada à capacidade de gerar bases tributáveis de IRPJ e CSLL em períodos subsequentes.

(2) A capacidade de consumo decorre das movimentações das provisões (expectativa de ocorrerem reversões, baixas e utilizações).

36 – Patrimônio Líquido

a) Valor patrimonial por ação ordinária

31.12.2011 31.12.2010

Patrimônio líquido atribuível aos acionistas controladores (R$ mil) 62.549.946 54.317.163

Valor patrimonial por ação (R$) (1) 21,83 18,98(1) O valor patrimonial da ação é calculado pela divisão do patrimônio líquido atribuível aos acionistas controladores pelo número de ações ordinárias.

b) Capital social

O Capital social, totalmente subscrito e integralizado, de R$ 33.122.569 mil (R$ 33.077.996 mil em31.12.2010), está dividido em 2.865.417.020 ações ordinárias representadas na forma escritural e sem valornominal. A União Federal é a maior acionista, detendo o controle.

O aumento do capital social no 1º semestre/2011, no valor de R$ 44.573 mil, decorreu do exercício dodireito de subscrição de 1.496.831 bônus “C” (Nota 36.j).

O Banco poderá, independentemente de reforma estatutária, por deliberação e nas condições determinadaspela Assembleia Geral dos Acionistas, aumentar o capital social até o limite de R$ 50.000.000 mil, mediantea emissão de ações ordinárias, concedendo-se aos acionistas preferência para a subscrição do aumento decapital, na proporção do número de ações que possuírem.

c) Reservas de capital

O saldo da conta Reserva de capital refere-se ao aumento da participação societária no Banco Patagoniadecorrente da oferta pública de aquisição obrigatória de ações no valor de R$ 140 mil. O controle acionárioda referida instituição foi adquirido em 12.04.2011, conforme descrito na Nota 6.a.

d) Reservas de lucrosR$ mil

31.12.2011 31.12.2010

Reservas de lucros 24.121.303 16.889.417

Reserva legal 3.496.563 2.884.197

Reservas estatuárias 20.624.740 14.005.220

Margem operacional 16.589.586 10.670.498

Equalização de dividendos 4.035.154 3.334.722

A reserva legal tem por finalidade assegurar a integridade do capital social e somente poderá ser utilizadapara compensar prejuízos ou aumentar o capital social. Do lucro líquido apurado no período, 5% (cinco porcento) são aplicados, antes de qualquer outra destinação, na constituição da reserva legal, que nãoexcederá 20% do capital social.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

117

A Reserva estatutária para margem operacional tem por finalidade garantir margem operacional compatívelcom o desenvolvimento das operações da sociedade e é constituída em até 100% do lucro líquido, após asdestinações legais, inclusive dividendos, limitada a 80% do capital social.

A Reserva estatutária para equalização de dividendos assegura recursos para o pagamento dos dividendos,constituída pela parcela de até 50% do lucro líquido, após as destinações legais, inclusive dividendos, até olimite de 20% do capital social.

e) Outros resultados abrangentes acumulados

O saldo da conta Outros resultados abrangentes acumulados refere-se ao efeito da marcação a mercadodos ativos financeiros disponíveis para venda e aos ajustes de conversão em investimentos no exterior. Em2011, o Banco reconheceu em outros resultados abrangentes a variação cambial na conversão para moedade apresentação, referente ao investimento no Banco Patagônia S.A.

f) Lucros acumulados não apropriados

O lucro líquido apurado segundo as práticas contábeis adotadas no Brasil é totalmente destinado na formade dividendos, JCP e de constituição de reservas de lucros. Assim, o saldo apresentado nessa conta,nestas demonstrações contábeis consolidadas elaboradas de acordo com as IFRS, representa o efeito dasdiferenças entre as práticas contábeis adotadas no Brasil e as Normas Internacionais de Contabilidade.

g) Juros sobre o capital próprio e dividendos

Valor(R$ mil)

Valor poração (R$)

Data base depagamento

Data depagamento

1º trim /2011

Dividendos 449.024 0,157 19.05.2011 27.05.2011

Juros sobre o capital próprio 723.921 0,253 22.03.2011 27.05.2011

2º trim /2011

Dividendos 595.322 0,208 18.08.2011 26.08.2011

Juros sobre o capital próprio 736.680 0,258 21.06.2011 26.08.2011

3º trim /2011

Dividendos 360.714 0,126 17.11.2011 25.11.2011

Juros sobre o capital próprio 795.800 0,278 21.09.2011 25.11.2011

4º trim /2011

Dividendos 442.565 0,154 17.02.2012 29.02.2012

Juros sobre o capital próprio 794.907 0,277 21.12.2011 07.02.2012

Total destinado aos acionistas no exercício/2011 4.8 98.933 1,711

Dividendos 1.847.625 0,645

Juros sobre o capital próprio (1) 3.051.308 1,066

Lucro líquido do período (2) 12.247.330(1) Valores sujeitos à alíquota de 15% de imposto de renda retido na fonte.

(2) Lucro líquido do período apurado em conformidade com as práticas contábeis adotadas pelas instituições financeiras no Brasil.

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Valor(R$ mil)

Valor poração (R$)

Data base depagamento

Data depagamento

1º trim /2010

Dividendos 444.161 0,173 21.05.2010 31.05.2010

Juros sobre o capital próprio 518.155 0,202 24.03.2010 31.05.2010

2º trim /2010

Dividendos 564.785 0,220 18.08.2010 26.08.2010

Juros sobre o capital próprio 525.372 0,205 24.05.2010 26.08.2010

3º trim /2010

Dividendos 375.970 0,131 22.11.2010 30.11.2010

Juros sobre o capital próprio 673.935 0,236 22.09.2010 30.11.2010

4º trim /2010

Dividendos 917.410 0,321 23.02.2011 28.02.2011

Juros sobre o capital próprio 685.788 0,240 22.12.2010 30.12.2010

Total destinado aos acionistas no exercício/2010 4.7 05.576 1,728

Dividendos 2.302.326 0,845

Juros sobre o capital próprio (1) 2.403.250 0,883

Lucro líquido do período (2) 11.758.093(1) Valores sujeitos à alíquota de 15% de imposto de renda retido na fonte.

(2) Lucro líquido do período apurado em conformidade com as práticas contábeis adotadas pelas instituições financeiras no Brasil.

Valor(R$ mil)

Valor poração (R$)

Data base depagamento

Data depagamento

1º trim /2009

Dividendos 218.474 0,085 14.05.2009 27.05.2009

Juros sobre o capital próprio 447.717 0,174 23.03.2009 27.05.2009

2º trim /2009

Dividendos 483.097 0,188 13.08.2009 27.08.2009

Juros sobre o capital próprio 456.137 0,178 22.06.2009 27.08.2009

3º trim /2009

Dividendos 315.482 0,123 12.11.2009 24.11.2009

Juros sobre o capital próprio 475.922 0,185 21.09.2009 24.11.2009

4º trim /2009

Dividendos 1.184.090 0,461 25.02.2010 10.03.2010

Juros sobre o capital próprio 478.090 0,186 21.12.2009 10.03.2010

Total destinado aos acionistas no exercício/2009 4.0 59.009 1,580

Dividendos 2.201.143 0,857

Juros sobre o capital próprio (1) 1.857.866 0,723

Lucro líquido do período (2) 10.147.522(1) Valores sujeitos à alíquota de 15% de imposto de renda retido na fonte.

(2) Lucro líquido do período apurado em conformidade com as práticas contábeis adotadas pelas instituições financeiras no Brasil.

Em conformidade com a legislação brasileira e com o Estatuto do Banco, a Administração decidiu pelopagamento aos seus acionistas de juros sobre o capital próprio, imputados ao valor dos dividendos,acrescido de dividendos adicionais, equivalentes a 40% sobre o lucro líquido.

h) Participações acionárias (quantidade de ações)

Evolução da quantidade de ações de emissão do Banco em que os acionistas sejam titulares, direta ouindiretamente, de mais de 5% das ações, bem como dos Administradores e dos membros do ConselhoFiscal e Comitê de Auditoria.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

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31.12.2011 31.12.2010Acionistas

Ações % total Ações % total31.12.2010União Federal 1.693.127.780 59,1 1.693.134.063 59,3

Ministério da Fazenda 1.483.727.780 51,8 1.483.734.063 51,9

Fundo de Garantia à Exportação 139.400.000 4,9 139.400.000 4,9

Fundo Fiscal de Investimento e Estabilização 62.500.000 2,2 62.500.000 2,2

Fundo Garantidor para Investimentos 7.500.000 0,2 7.500.000 0,3Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil - Previ 296.773.911 10,4 296.564.911 10,3

BNDES Participações S.A. - BNDESPar 3.696.348 0,1 235.119 -

Ações em tesouraria 32 - 9.753 -

Outros acionistas 871.818.949 30,4 870.785.401 30,4

Total 2.865.417.020 100,0 2.860.729.247 100,0

Ações ON

31.12.2011 31.12.2010

Conselho de Administração (exceto o Presidente do Banco) 11 12

Diretoria Executiva (inclui o Presidente do Banco) 27.463 33.331

Comitê de Auditoria 823 823

i) Quantidade de ações em circulação ( free float )

31.12.2011 31.12.2010

Quantidade % Quantidade %

Em circulação (free float) (1) 871.791.466 30,4 870.752.058 30,4

Total emitido 2.865.417.020 100,0 2.860.729.247 100,0(1) Não considera as ações em poder do Conselho de Administração e Diretoria Executiva.

j) Bônus de subscrição “C”

O Banco, conforme comunicado ao mercado de 30.03.2011, informou aos titulares de bônus de subscrição“C” (BBAS13) as condições para o exercício do direito de subscrever ações decorrentes desses bônus,emitidos e distribuídos gratuitamente aos acionistas em 17.06.1996. Os titulares dos bônus puderamexercer o direito de comprar novas ações do Banco no período de 31.03.2011 a 30.06.2011 (até 28.06.2011para os detentores de bônus custodiados em bolsa de valores). Cada bônus garantiu o direito de subscrever3,131799 ações. O preço do exercício foi de R$ 8,50 por bônus, corrigido pelo Índice Geral de Preços –Disponibilidade Interna (IGP-DI), da Fundação Getúlio Vargas, de 17.06.1996 até a data do protocolo dopedido de exercício do direito de subscrição. Os detentores de 1.496.831 bônus exerceram o direitogerando 4.687.773 recibos que, convertidos em 4.687.773 ações ON, conforme homologado pelo BancoCentral do Brasil em 27.10.2011. Os bônus não subscritos, no total de 2.831.873, perderam sua validade apartir da data limite para subscrição de 30.06.2011.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

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37 – Lucro por Ação

Exercício/2011 Exercício/2010 Exercício/2009

Lucro líquido atribuível aos acionistas controladores (R$ mil) 12.681.921 11.296.009 13.442.941

Média ponderada das ações em circulação – básico 2.861.404.718 2.711.976.359 2.567.313.946

Efeito diluidor

Média dos bônus de subscrição “C” 8.445.079 15.892.064 18.416.491

Média ponderada das ações em circulação – diluída 2.869.849.797 2.727.868.423 2.585.730.437

Lucro por ação

Lucro líquido por ação básico (em R$) 4,43 4,17 5,24

Lucro líquido por ação diluído (em R$) 4,42 4,14 5,20

O lucro por ação básico é calculado pela divisão do lucro líquido atribuível aos acionistas controladorespela média ponderada do número de ações ordinárias em circulação em cada um dos exercíciosapresentados.

O lucro por ação diluído é calculado pela divisão do lucro líquido atribuível aos acionistas controladorespela média ponderada do número de ações ordinárias em circulação, incluindo o efeito diluidor potencialdos bônus de subscrição “C”.

38 – Valor Justo dos Instrumentos FinanceirosR$ mil

31.12.2011 31.12.2010

Valor Contábil Valor Justo Valor Contábil Valor Justo

Ativos

Caixa e depósitos bancários 10.492.143 10.492.143 9.816.675 9.816.675

Depósitos compulsórios em bancos centrais 93.689.987 93.689.987 87.055.947 87.055.947

Empréstimos a instituições financeiras 41.846.491 40.509.083 33.977.433 30.473.099

Aplicações em operações compromissadas 139.032.201 138.800.266 85.060.184 84.926.348

Ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado 68.294.472 68.294.472 52.222.158 52.222.158

Ativos financeiros disponíveis para venda 84.328.189 84.328.189 75.010.625 75.010.625

Ativos financeiros mantidos até o vencimento 14.997.329 16.622.287 16.607.307 17.939.034

Empréstimos a clientes 399.032.494 391.503.766 338.388.298 332.250.927

Passivos

Depósitos de clientes 429.177.263 429.647.623 359.301.399 359.263.599

Valores a pagar a instituições financeiras 14.625.350 15.070.839 19.796.775 19.796.775

Passivos financeiros ao valor justo por meio do resultado 3.972.855 3.972.855 5.202.303 5.202.303

Obrigações por operações compromissadas 195.204.879 195.185.239 142.199.028 141.198.171

Obrigações de curto prazo 12.988.608 13.439.108 8.963.222 8.963.222

Obrigações de longo prazo 122.047.390 119.284.889 96.214.965 96.215.141

O valor justo de um instrumento financeiro é o valor pelo qual o instrumento poderia ser trocado em umaoperação normal entre as partes interessadas, que não é um valor de liquidação ou judicial. O Bancoconsidera como valor justo de um instrumento financeiro o valor pelo qual ele pode ser negociado em umaoperação corrente entre partes cientes e dispostas a negociar, conduzida em bases estritamentecomerciais. Caso um preço cotado em um mercado ativo esteja disponível para um instrumento financeiro, ovalor justo é calculado com base nesse preço. Na ausência de um mercado ativo para um instrumentofinanceiro, seu valor justo é calculado por uma estimativa imparcial, objetivando assim uma avaliação justae equânime dos instrumentos financeiros.

Metodologias de mensuração utilizadas para estimar o valor justo dos diferentes tipos de instrumentosfinanceiros:

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

121

a) Caixa e depósitos bancários

Os valores contábeis apresentados no balanço patrimonial consolidado na rubrica caixa e depósitosbancários equivalem a ativos de alta liquidez. Dessa forma, o valor contábil representa substancialmente ovalor justo.

b) Depósitos compulsórios em bancos centrais

Os valores contábeis apresentados no balanço patrimonial consolidado no grupamento depósitoscompulsórios em bancos centrais equivalem aproximadamente a seus valores justos.

c) Empréstimos a instituições financeiras e aplicaç ões em operações compromissadas

O valor justo dos empréstimos a instituições financeiras e das aplicações em operações compromissadascom taxas pré-fixadas foi determinado mediante o desconto dos fluxos de caixa estimados adotando taxasde juros equivalentes às taxas atuais de contratação para operações similares. Para as operações pós-fixadas, os valores contábeis foram considerados aproximadamente equivalentes ao valor justo.

d) Ativos e passivos financeiros ao valor justo por meio do resultado, ativos financeiros disponíveispara venda e ativos financeiros mantidos até o venc imento

Essas contas são constituídas basicamente por títulos e valores mobiliários e instrumentos financeirosderivativos. Considerando o conceito de valor justo apresentado anteriormente, caso não exista preçocotado em um mercado ativo disponível para um instrumento financeiro e também não seja possívelidentificar operações recentes com instrumento financeiro similar, o Banco define o valor justo deinstrumentos financeiros com base em metodologias de avaliação normalmente aceitas pelo mercado, comoo método do valor presente obtido pelo fluxo de caixa descontado e o modelo Black-Scholes.

De acordo com o método do valor presente de avaliação de instrumentos financeiros, os fluxos de caixafuturos esperados são descontados a valor presente considerando as condições normais de mercado, acurva de rentabilidade e fatores de volatilidade, utilizando-se das taxas de juros disponíveis no mercado.

Na avaliação de instrumentos financeiros, principalmente para os derivativos swaps, futuros e termos demoedas, utiliza-se o método do valor presente. Quanto às opções, aplica-se o modelo Black-Scholes.

O modelo Black-Scholes é utilizado para avaliar as opções européias. O preço da opção pode ser calculadoa partir de uma fórmula 'fechada' e, exceto para a volatilidade, as variáveis de entrada são diretamenteobserváveis. O Banco do Brasil escolheu este modelo sem pagamento de dividendos para a obtenção dasrespectivas superfícies de volatilidade, devido a sua vasta utilização pelo mercado, e sendo frequentementeutilizado pelas bolsas de valores para o cálculo de preços de ajuste de opções européias. Nas opções decompra que serão utilizadas para a obtenção da superfície, há equivalência entre os modelos americano eeuropeu, o que permite a utilização do modelo citado mesmo no caso de opções de compra do tipoamericano.

As fontes primárias são as bases de origem das informações de mercado que proporcionam a alimentaçãodos modelos desenvolvidos. As fontes primárias utilizadas para cada classe de ativos financeiros são asseguintes: títulos públicos (Anbima/Bacen), títulos privados (BM&FBovespa, SND - Sistema Nacional deDebêntures, Anbima e Cetip) e derivativos (BM&FBovespa, Broadcast e Reuters).

As fontes alternativas de informações (fontes secundárias) funcionam em regime de contingência, nahipótese de não haver disponibilidade de informação nas fontes primárias ou uma situação de crisesistêmica, na ocorrência de falta de liquidez para determinados ativos ou classe de ativos e diferençassignificativas entre informações de provedores de mercado. Como fonte alternativa é utilizada a Bloomberge, em casos críticos de ausência de informação, poderão ser utilizadas informações dos servidoresprimários do dia anterior.

e) Empréstimos a clientes

Os valores justos foram estimados para grupos de empréstimos a clientes similares com base no tipo deempréstimo, qualidade de crédito e prazo de vencimento. O valor justo dos empréstimos a clientes pré-

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

122

fixados foi determinado mediante o desconto de fluxos de caixa estimados adotando taxas de jurosequivalentes às taxas atuais de contratação para operações similares. Para os empréstimos a clientes pós-fixados, os valores contábeis foram considerados aproximadamente equivalentes ao valor justo.

Quanto aos empréstimos a clientes em curso anormal, consideramos que seus valores históricos menossuas respectivas provisões representam de forma adequada seus valores justos.

f) Depósitos de clientes

O valor justo dos depósitos pré-fixados com vencimentos pré-estabelecidos foi calculado mediante odesconto da diferença entre os fluxos de caixa contratuais e as taxas atualmente praticadas no mercadopara instrumentos cujos prazos de vencimento são similares. Para os depósitos pós-fixados e comvencimentos até 30 dias, o valor contábil foi considerado aproximadamente o equivalente ao valor justo.

g) Obrigações por operações compromissadas

O valor justo das obrigações por operações compromissadas com taxas pré-fixadas foi determinadomediante o desconto de fluxos de caixa estimados adotando taxas de juros equivalentes às taxas atuais decontratação para operações similares. Para as operações pós-fixadas, os valores contábeis foramconsiderados aproximadamente equivalentes ao valor justo.

h) Obrigações de curto prazo

As Obrigações de curto prazo tiveram seus valores justos atribuídos mediante cálculo do fluxo de caixadescontado, utilizando as taxas de juros oferecidas no mercado para obrigações cujos vencimentos, riscose prazos são similares. As “Obrigações por Repasses” possuem características específicas e representamuma carteira exclusiva do Banco do Brasil, sem similares no mercado. Seus valores justos equivalem aovalor contábil porque não existem variações na taxa de juros. Cada novo ingresso de recursos possui taxase características exclusivas, o que confere ao passivo total distinção frente a ingressos anteriores.

i) Obrigações de longo prazo

Com exceção do item “Obrigações por Emissão de Títulos e Valores Mobiliários”, as demais categorias dasobrigações de longo prazo do Banco possuem características específicas e representam carteirasexclusivas do Banco do Brasil, sem similares no mercado. Seus valores justos equivalem ao valor contábilporque não existem variações na taxa de juros. Cada novo ingresso de recursos possui taxas ecaracterísticas exclusivas, o que confere ao passivo total distinção frente a ingressos anteriores. Asoperações contempladas no item “Obrigações por Emissão de Títulos e Valores Mobiliários” tiveram seusvalores justos atribuídos mediante cálculo do fluxo de caixa descontado, que considera as taxas de jurosoferecidas no mercado para obrigações cujos vencimentos, riscos e prazos são similares (Nota 32).

j) Níveis de informação relativos a ativos e passiv os mensurados a valor justo no balanço

Conforme os níveis de informação na mensuração ao valor justo, as técnicas de avaliação utilizadas peloBanco são as seguintes:

Nível 1 – são usados preços cotados em mercados ativos para instrumentos financeiros idênticos. Uminstrumento financeiro é considerado como cotado em um mercado ativo se os preços cotados estiverempronta e regularmente disponíveis, e se esses preços representarem transações de mercado reais e queocorrem regularmente partindo do princípio que as partes são independentes.

Nível 2 – são usadas outras informações disponíveis, exceto aquelas do Nível 1, incluindo os preçoscotados em mercados não ativos ou para ativos e passivos similares, ou são usadas outras informaçõesque estão disponíveis ou que podem ser corroboradas pelas informações observadas no mercado parasuportar a avaliação dos ativos e passivos.

Nível 3 – são usadas informações que não estão disponíveis no mercado na definição do valor justo. Se omercado para um instrumento financeiro não estiver ativo, o Banco estabelece o valor justo usando umatécnica de valorização que considera dados internos, mas que seja consistente com as metodologiaseconômicas aceitas para a precificação de instrumentos financeiros.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

123

Ativos e passivos mensurados a valor justo no balan çoR$ mil

Saldo em31.12.2011

Preços cotados emmercados ativos

para ativosidênticos – Nível 1

Preços cotados emmercados não

ativos para ativossimilares – Nível 2

Informaçãosignificativa

indisponível –Nível 3

Ativos 173.809.660 106.110.747 66.114.128 1.584.785

Ativos financeiros a valor justo por meio doresultado

68.294.472 49.422.582 18.593.642 278.248

Títulos e valores mobiliários 66.897.772 49.297.223 17.323.122 277.427

Instrumentos financeiros derivativos (1) 1.396.700 125.359 1.270.520 821

Ativos financeiros disponíveis para venda 84.328.189 56.688.165 26.333.487 1.306.537

Empréstimos a clientes (2) 21.186.999 - 21.186.999 -

Passivos 5.072.729 194.059 4.862.386 16.283

Passivos financeiros a valor justo por meio doresultado 3.972.855 194.059 3.762.513 16.283

Captação com hedge (3) 352.199 - 352.199 -

Instrumentos financeiros derivativos 3.620.656 194.059 3.410.314 16.283

Obrigações de longo prazo (4) 1.099.874 - 1.099.874 -

R$ mil

Saldo em31.12.2010

Preços cotados emmercados ativos

para ativosidênticos – Nível 1

Preços cotados emmercados não

ativos para ativossimilares – Nível 2

Informaçãosignificativa

indisponível –Nível 3

Ativos 146.718.343 97.516.271 48.816.853 1.326.979

Ativos financeiros a valor justo por meio doresultado 52.222.158 40.654.332 11.182.607 385.219

Títulos e valores mobiliários 50.598.493 40.362.088 10.030.265 206.140

Instrumentos financeiros derivativos (1) 1.623.665 292.244 1.152.342 179.079

Ativos financeiros disponíveis para venda 75.010.625 56.861.939 18.148.686 941.760

Empréstimos a clientes (2) 19.485.560 - 19.485.560 -

Passivos 5.202.303 196.954 4.853.308 152.041

Passivos financeiros a valor justo por meio doresultado

5.202.303 196.954 4.853.308 152.041

Captação com hedge (3) 337.188 - 337.188 -

Instrumentos financeiros derivativos 4.865.115 196.954 4.516.120 152.041

Obrigações de longo prazo (4) - - - -(1) Inclui contratos de futuros relativos à negociação e intermediação de valores, que estão registrados em Outros Ativos.

(2) Refere-se à carteira de empréstimos a clientes e arrendamento mercantil, itens objeto de hedge oriundos do Banco Votorantim S.A.

(3) Valores registrados em obrigações de longo prazo.(4) Refere-se a passivos subordinados oriundos do Banco Votorantim S.A.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

124

Nível 3 - MovimentaçãoR$ mil

Títulos evalores

mobiliários

Instrumentosfinanceiros

derivativos (Ativo)

Ativos financeirosdisponíveis para

venda

Instrumentosfinanceirosderivativos

(Passivo)

Saldo em 31.12.2009 - 208.174 126.999 231.708

Inclusão pela compra de ações de companhias fechadas 165.198 - 658.756 -

Inclusão – debêntures 40.942 - 174.215 -

Aumento/(diminuição) no ajuste a valor justo - - (18.210) -

Derivativos de crédito – diminuição no ajuste a valor justo - (29.095) - (79.667)

Saldo em 31.12.2010 206.140 179.079 941.760 152.041

Inclusão pela compra de ações de companhias fechadas 233.546 - - -

Baixa de ações de companhias fechadas (165.198) - - -

Debêntures – aumento no ajuste a valor justo 2.939 - 288.105 -

Resultado – marcação a mercado - - 76.672 -

Opções – transferência para o Nível 2 - (5.635) - (56.837)

Credit linked notes – transferência para o Nível 2 - (160.271) - (73.772)

Equity linked notes – transferência para o Nível 2 - - - (4.658)

Derivativos de crédito – diminuição no ajuste a valor justo - (2.892) - -

Derivativos de crédito – aumento no ajuste a valor justo - - - 453

Derivativos de crédito – transferência para o Nível 2 - (9.461) - (944)

Saldo em 31.12.2011 277.427 821 1.306.537 16.283

39 – Instrumentos Financeiros Derivativos

Os derivativos são instrumentos financeiros que atendem cumulativamente as seguintes características: (i)seus valores se alteram em decorrência às mudanças de uma variável subjacente (taxa de câmbio, taxa dejuros, índices de preços, preço de uma commoditie etc); (ii) não é necessário qualquer desembolso inicial ouo desembolso inicial é menor do que seria exigido para outros tipos de contratos onde seria esperado umaresposta semelhante às mudanças nos fatores de mercado; e (iii) o instrumento financeiro é liquidado numadata futura.

Os instrumentos financeiros derivativos detidos ou mantidos pelo Banco são, essencialmente,transacionados com o propósito de negociação, sendo essas transações associadas, em sua maior parte, aacordos com seus clientes. O Banco pode também tomar posições com a expectativa de lucro, levando-seem consideração variações favoráveis em preços, taxas ou índices.

Os quadros a seguir demonstram a composição da carteira de derivativos por tipo de risco com seus valoresde referência registrados como ativos ou passivos, assim como os seus respectivos valores de mercado e acomposição da carteira de derivativos por prazos de vencimento de seus valores de referência.

a) Composição da carteira de derivativos para negoc iação por tipo de riscoR$ mil

31.12.2011 31.12.2010

Valor de Referência Valor de Referência

Contratos de futuros

Compromissos de compra 48.657.214 38.023.623

Risco de taxa de juros 31.920.368 18.304.258

Risco de moedas 9.412.815 8.508.156

Outros riscos 7.324.031 11.211.209

Compromissos de venda 56.534.961 61.710.441

Risco de taxa de juros 47.493.509 50.898.216

Risco de moedas 384.140 584.523

Outros riscos 8.657.312 10.227.702

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

125

Os contratos de futuros são acordos contratuais em que comprador e vendedor se comprometem acomprar ou vender um instrumento financeiro por um preço estipulado, numa data futura. Os contratos defuturos são negociados somente em bolsas e de forma padronizada conforme regulamentação específica.Os contratos tem seus valores ajustados diariamente a valor de mercado e são sujeitos a depósitos demargem em caixa nas bolsas para garantia das operações.

R$ mil

31.12.2011 31.12.2010

Valor deReferência

Valor deMercado

Valor deReferência

Valor deMercado

Contratos de operações a termo

Posição ativa 4.408.996 407.387 1.621.408 80.364

Risco de moedas 4.407.514 407.194 1.621.408 80.364

Outros riscos 1.482 193 - -

Posição passiva 3.908.174 (371.495) 4.532.436 (262.069)

Risco de moedas 3.888.879 (367.623) 4.532.436 (262.069)

Outros riscos 19.295 (3.872) - -

Os contratos de operações a termo são acordos contratuais customizados em que comprador e vendedorse comprometem a comprar ou vender, em data futura, um instrumento financeiro, a um preço fixado naprópria data da celebração do contrato. Os contratos a termo somente são liquidados integralmente na datade vencimento, podendo ser negociados em bolsa e no mercado de balcão.

R$ mil

31.12.2011 31.12.2010

Valor deReferência

Valor deMercado

Valor deReferência

Valor deMercado

Contratos de opções

Posição comprada 128.346.890 254.950 287.109.956 591.433

Risco de taxa de juros 124.212.793 13.807 255.422.734 173.103

Risco de moedas 3.988.423 239.668 31.485.014 410.888

Outros riscos 145.674 1.475 202.208 7.442

Posição vendida 109.204.002 (2.006.160) 275.588.719 (3.320.492)

Risco de taxa de juros 101.785.609 (1.787.741) 238.453.931 (2.895.650)

Risco de moedas 6.391.716 (212.586) 36.132.417 (421.277)

Outros riscos 1.026.677 (5.833) 1.002.371 (3.565)

Os contratos de opções são acordos contratuais que oferecem o direito para o comprador da opção,mediante pagamento de um prêmio ao vendedor, de comprar ou vender um montante específico de uminstrumento financeiro a um preço fixo, em uma data futura fixa ou a qualquer data dentro de um períodopredeterminado. O Banco compra e vende opções por meio de um mercado regulamentado.

R$ mil

31.12.2011 31.12.2010

Valor deReferência

Valor deMercado

Valor deReferência

Valor deMercado

Contratos de swap

Posição ativa 13.329.461 600.930 11.832.721 706.580

Risco de taxa de juros 7.751.469 298.820 7.776.332 529.057

Risco de moedas 3.383.803 170.130 1.746.323 69.769

Outros riscos 2.194.189 131.980 2.310.066 107.754

Posição passiva 21.931.593 (1.224.927) 27.093.351 (1.697.305)

Risco de taxa de juros 8.163.128 (298.433) 14.082.071 (1.202.609)

Risco de moedas 10.053.526 (584.089) 7.365.955 (250.470)

Outros riscos 3.714.939 (342.405) 5.645.325 (244.226)

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

126

Os contratos de swap são acordos contratuais entre duas partes para trocar fluxos de pagamentos aolongo do tempo baseado em valores de referência específicos, relacionados a variações de um índiceespecífico do qual é derivado, tais como taxa de juros, variação cambial ou índices patrimoniais.

Os swaps de taxa de juros são contratos feitos pelo Banco com outras instituições financeiras em que oBanco recebe ou paga uma taxa variável de juros em troca do recebimento ou pagamento,respectivamente, de uma taxa fixa de juros.

Nos swaps de moedas, o Banco paga um montante específico de um tipo de moeda e recebe um montanteespecífico de outro tipo de moeda.

R$ mil

31.12.2011 31.12.2010

Valor deReferência

Valor deMercado

Valor deReferência

Valor deMercado

Outros contratos de derivativos

Posição ativa 1.766.010 110.824 3.703.969 232.115

Risco de moedas 1.766.010 110.824 3.703.969 232.115

Os outros contratos derivativos referem-se, essencialmente, a contratos a termo de moeda sem entregafísica, apenas com liquidação financeira (Non Deliverable Foward). O NDF é operado em mercado debalcão e tem como objeto a taxa de câmbio de uma determinada moeda.

b) Composição da carteira de derivativos para negoc iação por prazo de vencimentoR$ mil

Vencimento em dias

Valor de referência - posição ativa 0-30 31-180 181-360 Após 360 31.12.2011 31.12.2010

Contratos de futuros 22.263.198 13.305.960 617.895 12.470.161 48.657.214 38.023.623

Contratos de operações a termo 617.791 2.316.180 1.355.405 119.620 4.408.996 1.621.408

Contratos de opções 124.818.998 1.835.205 1.620.646 72.041 128.346.890 287.109.956

Contratos de swap 809.434 1.506.356 5.967.836 5.045.835 13.329.461 11.832.721

Outros contratos de derivativos 323.823 957.295 419.726 65.166 1.766.010 3.703.969

R$ mil

Vencimento em dias

Valor de referência - posição passiva 0-30 31-180 181-360 Após 360 31.12.2011 31.12.2010

Contratos de futuros 8.112.556 9.226.426 12.375.609 26.820.370 56.534.961 61.710.441

Contratos de operações a termo 537.786 1.824.332 706.428 839.628 3.908.174 4.532.436

Contratos de opções 101.733.790 3.959.762 3.375.387 135.063 109.204.002 275.588.719

Contratos de swap 1.481.966 5.101.026 4.403.206 10.945.395 21.931.593 27.093.351

c) Composição da carteira de derivativos de créditoR$ mil

31.12.2011 31.12.2010

Valor deReferência

Valor deMercado

Valor deReferência

Valor deMercado

Posição ativa - risco transferido 1.861.338 22.608 1.012.217 13.173

Swaps de crédito – derivativos com bancos 1.861.338 22.608 1.012.217 13.173

Outros - - -- --

Posição Passiva - risco recebido 178.201 (18.073) 1.759.596 (16.774)

Swaps de crédito – derivativos com bancos 178.201 (18.073) 1.759.596 (16.774)

Outros - - -- --

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

127

d) Composição da carteira de derivativos designados para hedge de valor justo

As operações de contabilidade de hedge (hedge accounting) consistem em aplicar regras específicas eopcionais de contabilidade das operações de hedge financeiro que permitem eliminar ou reduzir avolatilidade dos resultados contábeis decorrentes do registro obrigatório dos instrumentos derivativos aovalor justo por meio do resultado. O principal objetivo da implementação de uma contabilidade de hedgeconsiste em registrar os ganhos ou perdas decorrentes dos instrumentos financeiros derivativos nosmesmos períodos contábeis em que os itens objeto de hedge afetam o resultado contábil da entidade, deforma a reduzir a volatilidade do resultado contábil criada pelo registro dos derivativos ao valor justo. Asoperações de contabilidade de hedge são classificadas como hedge de valor justo, hedge de fluxo de caixaou hedge de um investimento no exterior.

Como parte do seu processo de gerenciamento de ativos e passivos, o Banco utiliza derivativos com opropósito de proteção, para reduzir sua exposição aos riscos de crédito e mercado. O Banco optou porutilizar o hedge de valor justo com o objetivo de se proteger de eventuais oscilações nas taxas de juros e decâmbio dos seus instrumentos financeiros. O Banco do Brasil utiliza como instrumento de hedge um swap(Cross Currency Interest Rate Swap – CCIRS) com o objetivo de proteger uma captação externa contraoscilações de taxa de juros e de variação cambial. As operações de hedge foram avaliadas como efetivas,de acordo com o estabelecido na IAS 39, cuja comprovação da efetividade do hedge corresponde aointervalo de 80% a 125%.

A parte substancial da carteira de derivativos designados para hedge de valor justo pertence ao BancoVotorantim. A entidade, diferentemente do Banco do Brasil, utiliza contratos futuros como instrumento dehedge.

Para proteger os riscos de taxa de juros prefixada dos empréstimos, financiamentos e operações dearrendamento mercantil, foram negociados contratos no mercado futuro de DI junto a BM&FBovespa, deacordo com o fluxo de vencimento das parcelas. O valor de referência desses derivativos totalizamR$ 23.459.291 mil em 31.12.2011.

Para proteger os riscos de taxa de juros variável (dólar) dos financiamentos a exportação, foram negociadoscontratos no mercado futuro de DDI junto a BM&FBovespa, de acordo com o fluxo de vencimento dasparcelas. O valor de referência desses derivativos totalizam R$ 1.203.904 mil em 31.12.2011.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

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R$ mil

31.12.2011 31.12.2010

Instrumentos de hedge

Ativo 10.776.038 11.705.985

Futuro 6.991.760 5.064.318

Swap 2.068.382 3.891.982

Opções 1.715.896 2.749.685

Passivo 26.580.744 39.601.301

Futuro 24.451.844 20.237.546

Swap 1.195.548 15.626.860

Opções 933.352 3.736.895

Itens objeto de hedge

Ativo 22.368.654 29.497.069

Empréstimos a clientes 21.186.999 19.485.560

Ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado 79.834 9.308.980

Ativos financeiros disponíveis para venda 144.370 -

Investimentos externos 360.021 345.022

Outros ativos 597.430 357.507

Passivo 4.040.513 2.945.841

Outros passivos 4.040.513 2.945.841

Teste de Efetividade

Ativo 33.144.692 41.203.054

Passivo 30.621.257 42.547.142

Ativo - Passivo 2.523.435 (1.344.088)

Efetividade (80% a 125%) 108,64% 96,74%

Para os exercícios de 2011 e 2010, foram reconhecidos ganhos e perdas no resultado dos instrumentos dehedge e dos itens objetos de hedge.

R$ mil

Exercício/2011 Exercício/2010

Perdas dos itens objeto de hedge (499.978) (100.566)

Ganhos dos instrumentos de hedge 550.872 112.370

Efeito líquido 50.894 11.804

Ganhos dos itens objeto de hedge 589.055 199.621

Perdas dos instrumentos de hedge (587.577) (188.104)

Efeito líquido 1.478 11.517

40 – Garantias Financeiras e Outros CompromissosR$ mil

31.12.2011 31.12.2010

Créditos contratados a liberar 111.974.517 86.083.616

Garantias prestadas 12.604.492 12.500.620

Créditos de exportação confirmados 1.037.372 755.362

Créditos abertos para importação 505.697 463.424

Os créditos contratados a liberar destinam-se ao registro do saldo de valores a liberar de empréstimos aclientes e de arrendamento mercantil contratados, tais como cheque especial, crédito rotativo eassemelhados, exceto financiamentos imobiliários a liberar que possuem título próprio. As cartas de crédito

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em aberto ("standby") e as garantias financeiras por avais e fianças são compromissos condicionais,geralmente para garantir o desempenho de um cliente perante um terceiro em contratos de empréstimo.

Nos instrumentos financeiros relacionados a crédito, o montante contratual do instrumento financeirorepresenta o potencial máximo de risco de crédito no caso da contraparte não cumprir os termos docontrato. A maioria desses compromissos vence sem que sejam sacados. Como resultado, o montantecontratual total não é representativo da efetiva exposição futura a riscos de crédito ou necessidades deliquidez oriundas desses compromissos. Para diminuir o risco de crédito, o Banco requer que o contratadoentregue, como garantia, recursos em dinheiro, valores mobiliários ou outros bens para caucionar aabertura de crédito, semelhantes à caução exigida para as operações de crédito.

Em atendimento à IAS 37, para suportar perdas decorrentes da eventual necessidade de honrar obrigaçõesoriundas de contratos das espécies acima especificadas, o Banco do Brasil constituiu provisão para perdassobre garantias financeiras prestadas em 31.12.2011 no valor de R$ 115.624 mil (R$ 85.511 mil em31.12.2010).

41 – Capital Regulatório e Limite de Imobilização

O Banco do Brasil está sujeito à regulamentação do Banco Central do Brasil (Bacen), que publica diversasnormas referentes às políticas monetárias e de crédito para instituições financeiras que operam no Brasil.Além disso, a Superintendência de Seguros Privados (Susep) emite regulamentação que afeta operaçõesde seguros, planos de previdência privada e de capitalização.

Adicionalmente, o Banco Central do Brasil estabelece o valor mínimo de capital obrigatório, os limites decrédito, as práticas contábeis e o valor dos depósitos compulsórios requeridos, e também exige que osbancos cumpram uma norma semelhante ao Acordo de Basileia no tocante à adequação de capital.

O Índice de Basileia foi apurado segundo os critérios estabelecidos pelas Resoluções CMN n.º 3.444/2007 en.º 3.490/2007, que tratam do cálculo do Patrimônio de Referência (PR) e do Patrimônio de ReferênciaExigido (PRE), respectivamente, sem considerar as informações relativas ao Banco Votorantim conformedeterminação do Bacen.

a) Índice de BasileiaR$ mil

31.12.2011 31.12.2010

PR - Patrimônio de Referência 80.481.841 66.927.567

Nível I 60.615.163 52.397.235

Nível II 24.877.818 19.763.491

Deduções do PR (5.011.140) (5.233.159)

PRE - Patrimônio de Referência Exigido 63.326.079 52.297.217

Risco de crédito 59.802.205 48.900.525

Risco de mercado 90.442 31.422

Risco operacional 3.433.432 3.365.270

Índice de Basileia 13,98% 14,08%

Excedente do capital regulamentar sobre o capital regulamentar mínimo exigido 17.155.762 14.630.350

b) Índice de imobilização e capital excedente

31.12.2011 31.12.2010

Índice de imobilização 22,11% 16,83%

Capital excedente em relação ao índice de imobilização (R$ mil) 22.445.587 22.196.573

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42 – Benefícios a Empregados

O Banco do Brasil é patrocinador das seguintes entidades de previdência privada e de saúdecomplementar, que asseguram a complementação de benefícios de aposentadoria e assistência médica aseus funcionários:

Planos Benefícios Classificação

Previ - Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco doBrasil

Previ Futuro Aposentadoria e pensão Contribuição definida

Plano de Benefícios 1 Aposentadoria e pensão Benefício definido

Plano Informal Aposentadoria e pensão Benefício definido

Cassi - Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco doBrasil

Plano de Associados Assistência médica Benefício definido

Economus – Instituto de Seguridade Social Prevmais Aposentadoria e pensão Contribuição definida

Regulamento Geral Aposentadoria e pensão Benefício definido

Regulamento Complementar 1 Aposentadoria e pensão Benefício definido

Grupo B’ Aposentadoria e pensão Benefício definido

Plano Unificado de Saúde – PLUS Assistência médica Benefício definido

Plano Unificado de Saúde – PLUS II Assistência médica Benefício definido

Plano de Assistência MédicaComplementar – PAMC

Assistência médica Benefício definido

Fusesc - Fundação Codesc de Seguridade Social Multifuturo I Aposentadoria e pensão Contribuição definida

Plano de Benefícios 1 Aposentadoria e pensão Benefício definido

SIM - Caixa de Assistência dos Empregados dos SistemasBesc e Codesc, do Badesc e da Fusesc

Plano de Saúde Assistência médica Contribuição definida

Prevbep – Caixa de Previdência Social Plano BEP Aposentadoria e pensão Benefício definido

Número de participantes abrangidos pelos planos de benefícios patrocinados pelo Banco

31.12.2011 31.12.2010

N.° de participantes N.° de participantes

Ativos Assistidos Total Ativos Assistidos Total

Planos de Aposentadoria e Pensão 115.842 106.149 221.9 91 110.526 104.722 215.248

Plano de Benefícios 1 – Previ 30.659 83.825 114.484 32.449 82.727 115.176

Plano Previ Futuro 67.507 443 67.950 60.113 370 60.483

Plano Informal -- 7.649 7.649 -- 7.920 7.920

Outros Planos 17.676 14.232 31.908 17.964 13.705 31.669

Planos de Assistência Médica 117.376 92.481 209.857 112.630 91.152 203.782

Cassi 103.293 83.202 186.495 98.221 82.153 180.374

Outros Planos 14.083 9.279 23.362 14.409 8.999 23.408

Contribuições do Banco para os planos de benefíciosR$ mil

Exercício/2011 Exercício/2010

Planos de Aposentadoria e Pensão 1.164.046 1.004.182

Plano de Benefícios 1 – Previ (1) 495.401 459.051

Plano Previ Futuro 240.647 184.045

Plano Informal 297.618 295.797

Outros Planos 130.380 65.289

Planos de Assistência Médica 894.943 722.785

Cassi 799.390 689.561

Outros Planos 95.553 33.224

Total 2.058.989 1.726.967(1) Refere-se às contribuições relativas aos participantes amparados pelo Contrato 97 e o Plano 1, sendo que essas contribuições ocorreram

respectivamente através da realização do Fundo Paridade (Nota 42.e.1) e do Fundo de Contribuição (Nota 42.e.3). O Contrato 97 tem por objetodisciplinar a forma do custeio necessário à constituição de parte equivalente a 53,7% do valor garantidor do pagamento do complemento deaposentadoria devido aos participantes admitidos no Banco até 14.04.1967 que tenham se aposentado ou venham a se aposentar após essa data,exceto aqueles participantes que fazem parte do Plano Informal.

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Valores reconhecidos no resultadoR$ mil

Exercício/2011 Exercício/2010 Exercício/2009

Planos de Aposentadoria e Pensão 2.327.438 3.532.137 3.772.365

Plano de Benefícios 1 – Previ 2.981.314 4.299.199 4.223.294

Plano Previ Futuro (240.647) (184.045) (144.128)

Plano Informal (244.809) (522.033) (300.174)

Outros Planos (168.420) (60.984) (6.627)

Planos de Assistência Médica (1.132.022) (954.904) (858.723)

Plano Cassi (998.483) (892.045) (854.634)

Outros Planos (133.539) (62.859) (4.089)

Total 1.195.416 2.577.233 2.913.642

a) Planos de Aposentadoria e Pensão

Previ Futuro (Previ)

Plano destinado aos funcionários do Banco admitidos na empresa a partir de 24.12.1997. Os participantesativos contribuem com 7% a 17% do salário de participação na Previ. Os percentuais de participação variamem função do tempo de empresa e do nível do salário de participação. Não há contribuição paraparticipantes inativos. O patrocinador contribui com montantes idênticos aos dos participantes, limitado a14% da folha de salários de participação desses participantes.

Plano de Benefícios 1 (Previ)

Participam os funcionários do Banco que nele se inscreveram até 23.12.1997. Em decorrência doestabelecimento, em dezembro de 2000, da paridade entre as contribuições do Banco e dos participantes,foi constituído o fundo paridade, cujos recursos vem sendo utilizados para compensar as contribuições aoplano. Em vista de superávit acumulado, foram suspensas, retroativamente a janeiro de 2007, ascontribuições dos participantes, beneficiários (aposentados e pensionistas) e do patrocinador (Banco doBrasil). Conforme acordo firmado entre o Banco do Brasil, Previ e entidades representantes dosbeneficiários, o regulamento do Plano 1 foi alterado suspendendo as contribuições nos exercícios 2011,2012 e 2013, ficando a sua manutenção vinculada à existência da Reserva Especial do plano.

Plano Informal (Previ)

É de responsabilidade exclusiva do Banco do Brasil, cujas obrigações contratuais incluem: (a) pagamentode aposentadoria dos participantes fundadores e dos beneficiários dos participantes falecidos até14.04.1967; (b) pagamento da complementação de aposentadoria aos demais participantes que seaposentaram até 14.04.1967 ou que, na mesma data, já reuniam condições de se aposentar por tempo deserviço e contavam com pelo menos 20 anos de serviço efetivo no Banco do Brasil; e (c) aumento no valordos proventos de aposentadoria e das pensões além do previsto no plano de benefícios da Previ,decorrente de decisões judiciais e de decisões administrativas em função de reestruturação do plano decargos e salários e de incentivos criados pelo Banco.

Prevmais (Economus)

Participam desse plano os funcionários oriundos do Banco Nossa Caixa (incorporado pelo Banco do Brasilem 30.11.2009) inscritos a partir de 01.08.2006 e os participantes anteriormente vinculados ao plano debenefícios do Regulamento Geral que optaram pelo saldamento. O custeio para os benefícios de renda éparitário, limitado a 8% dos salários dos participantes. O plano oferece também benefícios de risco –suplementação de auxílio doença/acidente de trabalho, invalidez e pensão por morte.

Regulamento Geral (Economus)

Plano do qual fazem parte os funcionários oriundos do Banco Nossa Caixa inscritos até 31.07.2006. Planofechado para novas adesões. Funcionários e patrocinadora contribuem paritariamente em média com12,11% sobre o salário de participação.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

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Regulamento Complementar 1 (Economus)

Destinado aos funcionários oriundos do Banco Nossa Caixa. Oferece os benefícios de complementação doauxílio-doença e pecúlios por morte e por invalidez. O custeio do plano é de responsabilidade dapatrocinadora, dos participantes e dos assistidos.

Grupo B’ (Economus)

Plano voltado aos funcionários oriundos do Banco Nossa Caixa admitidos no período de 22.01.1974 a13.05.1974 e seus beneficiários. Plano fechado para novas adesões. O nível do benefício, a ser concedidoquando da implementação de todas as condições previstas em regulamento, é conhecido a priori.

Multifuturo I (Fusesc)

Participam desse plano os funcionários oriundos do Banco do Estado de Santa Catarina – Besc(incorporado pelo Banco do Brasil em 30.09.2008) inscritos a partir de 12.01.2003 e os participantesanteriormente vinculados ao Plano de Benefícios 1 da Fusesc que optaram por este plano. Funcionários epatrocinadora contribuem paritariamente entre 2,33% e 7% do salário de participação conforme decisãocontributiva de cada participante.

Plano de Benefícios 1 (Fusesc)

Voltado aos funcionários oriundos do Besc inscritos até 11.01.2003. Plano fechado para novas adesões.Funcionários e patrocinadora contribuem paritariamente em média com 9,89% sobre o salário departicipação.

Plano BEP (Prevbep)

Participam os funcionários oriundos do Banco do Estado do Piauí – BEP (incorporado pelo Banco do Brasilem 30.11.2008). Funcionários e patrocinadora contribuem paritariamente em média com 3,58% sobre osalário de participação.

b) Planos de Assistência Médica

Plano de Associados (Cassi)

O Banco é contribuinte do plano de saúde administrado pela Cassi, que tem como principal objetivoconceder auxílio para cobertura de despesas com a promoção, proteção, recuperação e reabilitação dasaúde do associado e seus beneficiários inscritos. O Banco contribui mensalmente com importânciaequivalente a 4,5% do valor dos proventos gerais ou do valor total do benefício de aposentadoria oupensão. A contribuição mensal dos associados e beneficiários de pensão é de 3% do valor dos proventosgerais ou do valor total do benefício de aposentadoria ou pensão, além da co-participação em algunsprocedimentos hospitalares.

Plano Unificado de Saúde – PLUS (Economus)

Plano dos funcionários oriundos do Banco Nossa Caixa. A participação no plano se dá por meio decontribuição de 1,5% do salário bruto, sem limites, para a cobertura do titular e seus dependentespreferenciais, descontados em folha de pagamento do titular e 10% a título de co-participação no custeio decada consulta e exames de baixo custo, realizados pelo titular e seus dependentes (preferenciais e nãopreferenciais).

Plano Unificado de Saúde – PLUS II (Economus)

Destinado aos funcionários oriundos do Banco Nossa Caixa. A participação no plano se dá por meio decontribuição de 1,5% do salário bruto, sem limites, para a cobertura do titular e seus dependentespreferenciais, descontados em folha de pagamento do titular e 10% a título de co-participação no custeio decada consulta e exames de baixo custo, realizados pelo titular e seus dependentes preferenciais e filhosmaiores. O plano não prevê a inclusão de dependentes não preferenciais.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

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Plano de Assistência Médica Complementar – PAMC (Ec onomus)

Voltado para os funcionários oriundos do Banco Nossa Caixa lotados no Estado de São Paulo. São titularesdo plano os empregados aposentados por invalidez dos Grupos “B” e “C” e os seus dependentes, queparticipam do custeio na medida de sua utilização e de acordo com tabela progressiva e faixa salarial.

Plano de saúde (SIM)

Participam desse plano os funcionários oriundos do Besc. A contribuição mensal dos associados é de 3%do valor dos proventos gerais.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

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c) Avaliações Atuariais

As avaliações atuariais são elaboradas semestralmente e as informações constantes nos quadros a seguir, referem-se àquelas efetuadas nas datas base de31.12.2011 e 31.12.2010.

Mudanças no valor presente das obrigações atuariais de benefício definidoR$ mil

Plano 1 – Previ Plano Informal – Previ Plano de Associados – Cassi Outros Planos

Exerc/2011 Exerc/2010 Exerc/2011 Exerc/2010 Exerc/2011 Exerc/2010 Exerc/2011 Exerc/2010

Saldo Inicial (90.805.477) (80.270.786) (1.994.759) (1.743.385) (5.297.173) (4.943.220) (5.189.411) (4.432.673)

Custo dos juros (9.798.080) (8.434.756) (204.672) (202.866) (577.040) (542.750) (540.832) (514.367)

Custo do serviço corrente (517.332) (447.544) -- -- (84.607) (70.937) (49.031) (41.506)

Benefícios pagos líquidos de contribuições de assistidos 6.718.424 7.532.656 297.618 295.797 503.816 376.039 370.240 314.364

Despesas administrativas pagas pelo plano -- -- -- -- -- -- 1.624 --

Passivos transferidos de outros planos -- -- -- -- -- -- (6.576) --

Ganho/(perda) atuarial sobre a obrigação atuarial (4.447.076) (9.185.047) (3.557) (344.305) (591.928) (116.304) (208.624) (515.229)

Saldo Final (98.849.541) (90.805.477) (1.905.370) (1.994.759) (6.046.932) (5.297.172) (5.622.610) (5.189.411)

Valor presente das obrigações atuariais com cobertura (98.849.541) (90.805.477) -- -- -- -- (4.477.749) (4.339.122)

Valor presente das obrigações atuariais a descoberto -- -- (1.905.370) (1.994.759) (6.046.932) (5.297.172) (1.144.861) (850.289)

Mudanças no valor justo dos ativos do planoR$ mil

Plano 1 – Previ Plano Informal – Previ Plano de Associados – Cassi Outros Planos

Exerc/2011 Exerc/2010 Exerc/2011 Exerc/2010 Exerc/2011 Exerc/2010 Exerc/2011 Exerc/2010

Saldo Inicial 141.566.322 137.814.150 -- -- -- -- 4.339.122 3.943.103

Rendimento estimado dos ativos do plano 14.934.610 13.963.696 -- -- -- -- 478.661 532.843

Contribuições recebidas 495.904 459.300 297.618 295.797 503.816 376.039 90.925 56.326

Benefícios pagos líquidos de contribuições de assistidos (6.718.424) (7.532.656) (297.618) (295.797) (503.816) (376.039) (307.090) (245.810)

Transferência de patrimônio -- -- -- -- -- -- 6.576 --

Reversão de valores para a Patrocinadora/Participante (1) -- (15.068.115) -- -- -- -- -- --

Ganho/(perda) atuarial sobre os ativos do plano (17.199.016) 11.929.947 -- -- -- -- (130.445) 52.660

Saldo Final 133.079.396 141.566.322 -- -- -- -- 4.477.749 4.339.122

(1) Refere-se aos valores utilizados para a constituição do fundo de destinação do superávit, cabendo ao Banco o montante de R$ 7.519.058 mil (Nota 42.e.2).

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Valores reconhecidos no balanço patrimonialR$ mil

Plano 1 – Previ Plano Informal – Previ Plano de Associados – Cassi Outros Planos

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010

1) Valor justo dos ativos do plano 133.079.396 141.566.322 -- -- -- -- 4.477.749 4.339.122

2) Valor presente das obrigações atuariais (98.849.541) (90.805.477) (1.905.370) (1.994.759) (6.046.932) (5.297.172) (5.622.610) (5.189.411)

3) Superávit/(déficit) (1+2) 34.229.855 50.760.845 (1.905.370) (1.994.759) (6.046.932) (5.297.172) (1.144.861) (850.289)

4) Superávit/(déficit) - parcela patrocinadora 17.114.928 25.380.423 (1.905.370) (1.994.759) (6.046.932) (5.297.172) (863.246) (684.994)

5) Ganhos/(perdas) atuariais não reconhecidos 3.742.924 15.485.636 (162.896) (199.476) (1.240.517) (689.849) (270.228) (180.864)

6) (Passivo)/Ativo atuarial líquido registrado (4-5 ) 13.372.004 9.894.787 (1.742.474) (1.795.283) (4.806.415) (4.607.323) (593.018) (504.130)

A realização do ativo atuarial registrado em Outros ativos ocorrerá obrigatoriamente até o final do plano. Entende-se por final do plano, a data em que serápago o último compromisso.

Valores reconhecidos no resultado relativos aos pla nos de benefício definidoR$ mil

Plano 1 – Previ Plano Informal – Previ Plano de Associados – Cassi Outros Planos

Exerc/2011 Exerc/2010 Exerc/2009 Exerc/2011 Exerc/2010 Exerc/2009 Exerc/2011 Exerc/2010 Exerc/2009 Exerc/2011 Exerc/2010 Exerc/2009

Custo do serviço corrente (258.666) (223.772) (204.672) -- -- -- (84.608) (70.937) (61.463) (24.592) (20.985) (19.412)

Contribuições dos participantes -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- (4.366) (703)

Custo dos juros (4.899.040) (4.217.378) (4.038.035) (204.672) (202.866) (194.472) (577.041) (542.750) (541.968) (298.536) (283.195) (251.042)

Rendimento esperado sobre osativos do plano

7.467.305 6.981.848 5.435.852 -- -- -- -- -- -- 238.942 268.359 279.971

Amortização do ganho/(perda)atuarial líquido 671.715 1.758.501 3.030.150 (40.137) (319.167) (105.702) (31.347) (2.307) -- (77.356) (17.055) (8.819)

Custo do serviço passado nãoreconhecido

-- -- -- -- -- -- (9.913) (9.913) (9.913) -- -- --

Despesa com funcionários daativa

-- -- -- -- -- -- (295.574) (208.894) (186.250) -- -- --

Despesa com contribuiçãoextraordinária -- -- -- -- -- -- -- (57.244) (55.040) -- -- --

Efeito do ativo/passivo nãoreconhecido

-- -- -- -- -- -- -- -- -- (92) (30.995) (34.690)

Outros ajustes/reversão -- -- -- -- -- -- -- -- -- (134) -- --

(Despesa)/Receita reconhecidana DRE 2.981.314 4.299.199 4.223.295 (244.809) (522.033) (300.174) (998.483) (892.045) (854.634) (161.768) (88.237) (34.695)

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

136

Composição dos ativos dos planos, apresentados como porcentagem do total

Plano 1 - Previ Plano Informal - Previ Plano de Associados - Cassi Outros Planos

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010

Renda fixa 30,2% 29,2% -- -- -- -- 90,9% 88,7%

Renda variável 62,2% 64,7% -- -- -- -- 4,3% 7,8%

Investimentos imobiliários 4,0% 3,2% -- -- -- -- 1,8% 1,7%

Empréstimos e financiamentos 3,2% 2,9% -- -- -- -- 1,8% 1,4%

Outros 0,4% -- -- -- -- -- 1,2% 0,4%

Montantes incluídos no valor justo dos ativos do plano

Em instrumentos financeiros próprios da entidade 5,5% 6,7% -- -- -- -- -- --

Em propriedades ou outros ativos utilizados pela entidade 0,1% 0,1% -- -- -- -- 0,1% --

Comparativo evidenciando o retorno esperado e o ret orno real dos ativos do plano

Plano 1 – Previ Plano Informal – Previ Plano de Associados – Cassi Outros Planos

Exerc/2011 Exerc/2010 Exerc/2011 Exerc/2010 Exerc/2011 Exerc/2010 Exerc/2011 Exerc/2010

Taxa nominal de rendimento esperado sobre osativos do plano

10,96% a.a. 10,76% a.a. -- -- -- -- 10,96% a.a. 10,76% a.a.

Rendimento esperado dos ativos para o período(R$ mil) (1) 14.934.610 13.963.696 -- -- -- -- 478.661 532.843

Rendimento efetivo (R$ mil) (2) (2.264.406) 10.825.528 -- -- -- -- 354.792 585.503

(1) 31.12.2010 a 31.12.2011 – Taxa real 6,30% a.a. e Taxa de inflação 4,38% a.a.

31.12.2009 a 31.12.2010 – Taxa real 6,30% a.a. e Taxa de inflação 4,20% a.a.

(2) Considera os efeitos decorrentes de investimentos em renda variável.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

137

Principais premissas atuariais adotadas em cada per íodo

Plano 1 – Previ Plano Informal – Previ Plano de Associados – Cassi Outros Planos (1)

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010

Taxa de inflação (a.a.) 4,20% 4,38% 4,20% 4,38% 4,20% 4,38% 4,20% 4,38%

Taxa real de desconto (a.a.) 6,10% 6,30% 6,10% 6,30% 6,10% 6,30% 6,10% 6,30%

Taxa nominal de retorno dos investimentos (a.a.) 10,56% 10,96% -- -- -- -- 10,56% 10,96%

Taxa real de crescimento salarial esperado (a.a.) -- 0,41% -- -- -- 0,41% 0,65% 0,26%

Tempo médio remanescente de trabalho (anos) 2,35 3,57 -- -- 14,12 14,81 6,73 5,24

Tábua de sobrevivência AT-83 AT-83 AT-83 AT-83

Regime de capitalização Crédito Unitário Projetado Crédito Unitário Projetado Crédito Unitário Projetado Crédito Unitário Projetado

(1) As premissas atuariais agrupadas são apresentadas através de médias ponderadas.

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138

O Banco, para definição dos valores relativos aos planos de benefício definido, utiliza métodos e premissasdiferentes daqueles apresentados pelas entidades patrocinadas.

A norma internacional IAS 19 e a interpretação IFRIC 14 detalham a questão da contabilização assim comoos efeitos ocorridos ou a ocorrer nas empresas patrocinadoras de plano de benefícios a empregados. Porsua vez, as entidades patrocinadas obedecem às normas emanadas do Ministério da Previdência Social,por intermédio do Conselho de Gestão da Previdência Complementar (CGPC) e da SuperintendênciaNacional de Previdência Complementar (Previc). As diferenças mais relevantes concentram-se na definiçãodos valores relativos ao Plano de Benefícios 1 – Previ.

Diferenças de premissas do Plano de Benefícios 1 – Previ

Banco Previ

Taxa real de desconto (a.a.) 6,3% 5%

Tábua de sobrevivência AT-83 AT-2000

Avaliação de Ativos – Fundos exclusivos Valor de mercado ou fluxo de caixadescontado – cenário base

Fluxo de caixa descontado – cenárioconservador

Regime de Capitalização Crédito Unitário Projetado Método Agregado

Conciliação do Plano de Benefícios 1 – valores apurados – Previ/BancoR$ mil

Ativos do Plano Obrigações Atuariais Efeito no Superávit

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010

Valor apurado – Previ 121.969.218 116.790.760 (97.420. 089) (90.629.774) 24.549.129 26.160.986

Incorporação dos valores do Contrato 97 13.188.500 13.147.607 (13.188.500) (13.147.607) - -

Ajuste no valor dos ativos do plano(1) (2.078.322) 11.627.955 - - (2.078.321) 11.627.955

Ajuste nas obrigações – taxa dedesconto/regime de capitalização

- - 11.759.048 12.971.904 11.759.048 12.971.904

Valor apurado - Banco 133.079.396 141.566.322 (98.849.541) (90.805.477) 34.229.856 50.760.845(1) Refere-se principalmente aos ajustes efetuados pelo Banco na apuração do valor justo dos ativos do plano, utilizando-se o valor de mercado para as

ações da Vale e fluxo de caixa descontado – cenário base para os ativos da empresa Neonergia, 521 Participações e Invepar, enquanto que na Previé utilizado o método de fluxo de caixa descontado – cenário conservador.

Valores atuariais para a data atual e para os dois exercícios anterioresR$ mil

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2009

Plano 1 (Previ) – Superávit/(déficit) 34.229.855 50.760.845 57.543.364

Obrigação de benefício definido (98.849.541) (90.805.477) (80.270.786)

Ativos do plano 133.079.396 141.566.322 137.814.150

Ajustes de experiência sobre os passivos do plano (a.a.) (2,6%) (8,4%) (3,6%)

Ajustes de experiência sobre os ativos do plano (a.a.) (6,9%) 16,7% 20,8%

Plano Informal (Previ) – Superávit/(déficit) (1.905.370) (1.994.759) (1.743.386)

Obrigação de benefício definido (1.905.370) (1.994.759) (1.743.386)

Ajustes de experiência sobre os passivos do plano (a.a.) (2,2%) (3,7%) (6,1%)

Plano de Associados (Cassi) – Superávit/(déficit) (6 .046.932) (5.297.172) (4.943.220)

Obrigação de benefício definido (6.046.932) (5.297.172) (4.943.220)

Ajustes de experiência sobre os passivos do plano (a.a.) (5,3%) (2,9%) (0,3%)

Outros Planos – Superávit/(déficit) (1.144.861) (850.289) (489.570)

Obrigação de benefício definido (5.622.610) (5.189.411) (4.432.673)

Ativos do plano 4.477.749 4.339.122 3.943.103

Ajustes de experiência sobre os passivos do plano (a.a.) (4,7%) (6,9%) (17,6%)

Ajustes de experiência sobre os ativos do plano (a.a.) (2,5%) (0,5%) (3,2%)

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

139

d) Resumo dos ativos/(passivos) atuariais registrad os no BancoR$ mil

Ativo Atuarial Passivo Atuarial

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010

Plano 1 (Previ) 13.372.004 9.894.787 -- --

Plano Informal (Previ) -- -- (1.742.474) (1.795.283)

Plano de Associados (Cassi) -- -- (4.806.415) (4.607.323)

Regulamento Geral (Economus) -- -- (163.932) (113.592)

Regulamento Complementar 1 (Economus) -- -- -- (237)

Plus I e II (Economus) -- -- (313.822) (275.836)

Grupo B’ (Economus) -- -- (115.264) (114.465)

Total 13.372.004 9.894.787 (7.141.907) (6.906.736)

e) Destinações do Superávit – Plano 1R$ mil

Exercício/2011 Exercício/2010

Fundo Paridade

Saldo Inicial 1.524.374 1.778.366

Atualização 167.125 205.059

Contribuições ao Plano 1 - contrato 97 (83.120) (459.051)

Saldo Final 1.608.379 1.524.374

Fundo de Destinação

Saldo Inicial 7.594.993 7.519.058

Atualização 489.911 75.935

Transferência para os fundos de contribuição e utilização (4.400.579) --

Saldo Final 3.684.325 7.594.993

Fundo de Contribuição

Saldo Inicial -- --

Constituição (1) 1.398.467 --

Atualização 110.247 --

Contribuições ao Plano 1 (412.281) --

Saldo Final 1.096.433 --

Fundo de Utilização

Saldo Inicial -- --

Constituição (1) 3.002.112 --

Atualização 247.138 --

Saldo Final 3.249.250 --(1) Fundos constituídos no primeiro semestre de 2011.

e.1) Fundo Paridade

O custeio do plano era mantido, até 15.12.2000, com a contribuição de 2/3 (dois terços) pelo Banco e de 1/3(um terço) pelos participantes. A partir de 16.12.2000, visando adequar às disposições da EmendaConstitucional n.º 20, tanto o Banco quanto os participantes passaram a contribuir com 50% cada, sendoinclusive objeto de acordo posterior entre as partes envolvidas, com a devida homologação pela Secretariade Previdência Complementar.

O custo da implementação da paridade contributiva foi coberto com a utilização do superávit existente noPlano na época. Como efeito desse acordo, coube ao Banco, ainda, reconhecer o valor deR$ 2.227.254 mil, os quais foram registrados em Outros ativos. Esse ativo é corrigido mensalmente combase na meta atuarial (INPC + 5% a.a.), e vem sendo utilizado desde janeiro de 2007 para compensareventual desequilíbrio financeiro na relação entre Reserva a Amortizar e Amortizante Antecipada decorrentedo contrato estabelecido com a Previ em 1997, o qual garantiu benefícios complementares aos participantesdo Plano 1 admitidos até 14.04.1967 e que não estavam aposentados até aquela data.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

140

e.2) Fundo de Destinação

Em 24.11.2010, o Banco assinou Memorando de Entendimentos com as entidades representativas defuncionários e aposentados, visando à destinação e utilização parcial do superávit do Plano, conformedetermina a Lei Complementar n.º 109/2001 e Resolução CGPC n.º 26/2008.

Face a aprovação das medidas previstas no Memorando de Entendimentos pelo Conselho Deliberativo daPrevi, o Banco registrou, em 30.11.2010, em Outros ativos, o montante de R$ 7.519.058 mil emcontrapartida à baixa do valor na rubrica de Outros ativos - Ativo Atuarial, sendo corrigido pela meta atuarial(INPC + 5% a.a.).

e.3) Fundo de Contribuição

O Fundo de Contribuição é constituído por recursos transferidos do Fundo de Destinação para fazer frente àsuspensão da cobrança de contribuições pelo período de três exercícios, conforme estabelecido noMemorando de Entendimentos. Mensalmente, o valor relativo às contribuições do Banco é transferido paraa titularidade da Previ. O Fundo de Contribuição é corrigido pela meta atuarial (INPC + 5% a.a.).

e.4) Fundo de Utilização

O Fundo de Utilização é constituído por recursos transferidos do Fundo de Destinação e poderá serutilizado pelo Banco após cumpridas as exigências estabelecidas pela legislação aplicável. O Fundo deUtilização é corrigido pela meta atuarial (INPC + 5% a.a.).

43 – Gestão de Riscos

a) Governança dos riscos

O gerenciamento de riscos no Conglomerado Financeiro do Banco do Brasil contempla os riscos de crédito,mercado, liquidez e operacional. As atividades de gerenciamento são realizadas por estruturas específicase especializadas, conforme objetivos, políticas, estratégias, processos e sistemas descritos em cada umdesses riscos.

O modelo de governança de riscos adotado pelo Banco envolve estrutura de comitê e subcomitês, com aparticipação de diversas áreas da Instituição, abrangendo os seguintes aspectos:

(i) segregação de funções: negócio versus risco;(ii) estrutura específica para avaliação/gestão de risco;(iii) processo de gestão definido;(iv) decisões em diversos níveis hierárquicos;(v) normas claras e estrutura de alçadas; e(vi) referência às melhores práticas de gestão.

Todas as decisões relacionadas à gestão de riscos são tomadas de forma colegiada e de acordo com asdiretrizes e normas internas do Banco do Brasil.

A governança de risco do Banco do Brasil, abrangendo o Banco Múltiplo e suas Subsidiárias Integrais, écentralizada no Comitê de Risco Global (CRG), o qual é composto pelos seguintes membros do ConselhoDiretor, permanentes com direito a voto:

(i) Presidente do Banco.(ii) Vice-Presidente de Gestão Financeira e Relação com Investidores.(iii) Vice-Presidente de Atacado, Negócios Internacionais e Private Banking.(iv) Vice-Presidente de Varejo, Distribuição e Operações.(v) Vice-Presidente de Controles Internos e Gestão de Riscos.(vi) Vice-Presidente de Gestão de Pessoas e Desenvolvimento Sustentável.

O CRG tem como principais competências:

(i) estabelecer estratégia para gestão de riscos de mercado, liquidez, crédito e operacional;

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

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(ii) definir limites globais de exposição a riscos;(iii) decidir sobre reservas mínimas de liquidez e sobre planos de contingência de liquidez; e(iv) aprovar a alocação de capital em função dos riscos.

O CRG reúne-se, ordinariamente, uma vez por mês, e, extraordinariamente, por convocação docoordenador, mediante solicitação de qualquer de seus componentes, para assuntos que exijam urgênciana decisão, observado o quórum de instalação e a conveniência administrativa.

Visando conferir agilidade ao processo de gestão, foram criados os Subcomitês de Risco de Crédito (SRC),de Mercado e de Liquidez (SRML) e de Risco Operacional (SRO), que decidem e/ou instrumentalizam oCRG, tendo poder decisório por delegação.

Dentre as competências do SRC, destacam-se:

(i) decidir sobre modelos de gestão de risco de crédito, observadas as estratégias aprovadas no CRG;(ii) decidir sobre a implementação de ações que viabilizem o gerenciamento da carteira de crédito;(iii) estabelecer indicadores de apuração do risco da carteira de crédito e respectivas metas, planos de

contingência afetos à gestão do risco de crédito, entre outros; e(iv) encaminhar ao CRG propostas sobre os assuntos relacionados a risco de crédito.

Dentre as competências do SRML, destacam-se:

(i) decidir sobre modelos para gestão de risco de mercado e de liquidez, observadas as estratégiasaprovadas no CRG;

(ii) definir limites específicos de exposição a risco de mercado;(iii) analisar e propor ao CRG os limites globais de exposição a risco de mercado;(iv) analisar e propor ao CRG a alocação de capital para cobertura do risco de mercado;(v) propor ao CRG a reserva mínima e os limites globais de risco de liquidez;(vi) propor ao CRG os planos de contingência de liquidez; e(vii) avaliar os resultados de backtesting e adotar, quando necessário, as medidas corretivas nos

modelos de gestão de riscos de mercado e de liquidez.

Dentre as competências do SRO, destacam-se:

(i) decidir sobre modelos de gestão de risco operacional, observadas as estratégias aprovadas noCRG;

(ii) decidir sobre o estabelecimento de indicadores chave de risco e das faixas de tolerância, alerta ecrítica para os respectivos indicadores;

(iii) aprovar limites específicos de exposição ao risco operacional;(iv) aprovar planos de contingência afetos à gestão do risco operacional;(v) definir ações de mitigação para perdas e indicadores chave de risco situados nas faixas críticas;(vi) acompanhar e avaliar as medidas implementadas para gerenciamento do risco operacional

associado aos serviços terceirizados relevantes para o funcionamento regular do Banco; e(vii) propor limites globais de exposição ao risco operacional.

Os subcomitês reúnem-se, ordinariamente, uma vez por mês, e, extraordinariamente, por convocação docoordenador ou mediante solicitação de qualquer de seus componentes, para assuntos que exijam urgênciana decisão, observado o quórum de instalação e a conveniência administrativa.

Quanto aos mecanismos de reporte dos níveis de exposição aos riscos à alta administração, destaca-se opainel de riscos, elaborado e reportado mensalmente aos subcomitês de riscos e ao CRG.

A Diretoria de Gestão de Riscos (Diris), vinculada à Vice-Presidência de Controles Internos e Gestão deRiscos (Vicri), responde pelo gerenciamento dos riscos de mercado, liquidez, operacional e de crédito. Estaintegração proporciona sinergia de processos e especialização, contribuindo para uma melhor alocação decapital e aderência ao Novo Acordo de Basiléia.

No processo de gerenciamento de riscos, as decisões são comunicadas às áreas intervenientes por meiode resoluções que expressam objetivamente o posicionamento assumido pela Administração, de forma agarantir sua aplicação em todos os níveis do Banco.

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b) Processo de gestão de riscos

O Banco do Brasil considera o gerenciamento de riscos como um dos vetores principais para o processo detomada de decisão.

O processo de gestão de riscos envolve fluxo contínuo de informações, obedecendo às seguintes fases:

Preparação

Compreende a coleta e análise dos dados. Nessa fase são analisadas e propostas medidas sobre os riscos,para discussão e deliberação nos subcomitês e, se necessário, posterior discussão e deliberação no CRG.

Decisão

As decisões são tomadas de forma colegiada nos escalões competentes e comunicadas às áreasintervenientes.

Execução

As áreas intervenientes implementam as decisões tomadas.

Acompanhamento/Gestão

É o controle realizado pela Diris, por meio da avaliação do cumprimento das deliberações e seus impactosno Banco, comunicando a situação dessas ações ao fórum competente (subcomitê ou CRG). O controledessas decisões e o reporte aos subcomitês/CRG proporciona o aprimoramento do processo de gestão.

c) Risco de mercado

Risco de mercado reflete a possibilidade de perdas que podem ser ocasionadas por mudanças nocomportamento das taxas de juros, de câmbio, dos preços das ações e dos preços de commodities.

Políticas

As políticas de riscos de mercado e de utilização de instrumentos financeiros derivativos, aprovadas peloConselho de Administração, compõem os documentos estratégicos relativos à gestão de risco de mercadodo Banco.

Esses documentos estabelecem as diretrizes a serem seguidas nas decisões negociais do Banco. Elesenvolvem a avaliação de riscos de mercado, tratando tanto de aspectos quantitativos, tais como métricasutilizadas, quanto de aspectos qualitativos, tais como política de hedge, abrangência da gestão esegregação de funções.

No âmbito das políticas e estratégias de gestão dos riscos de mercado do Banco do Brasil, adota-se comoprincípio geral que o modelo de gestão tem por objetivo identificar, avaliar, monitorar e controlar asexposições aos riscos de suas posições próprias.

No que tange à utilização de instrumentos financeiros derivativos, o Banco estipula, entre as suas políticas eestratégias, que são realizadas operações para atendimento das necessidades de seus clientes e para ogerenciamento de posições próprias, considerando as diversas categorias de riscos e adotando visãoconsolidada dos diferentes fatores de riscos.

Destaca-se, ainda, que a negociação com instrumentos financeiros derivativos é condicionada à préviaavaliação da natureza e da dimensão dos riscos envolvidos.

No que tange às políticas de hedge adotadas para a gestão dos riscos de mercado, são definidos osobjetivos a serem alcançados com as operações de hedge de forma consolidada para todo oConglomerado, garantida a efetividade individual de cada operação, observadas as regulamentações locais,no caso de dependências no exterior.

Adiciona-se que as operações com instrumentos financeiros derivativos destinadas a hedge sãosegregadas daquelas não destinadas a hedge, ambas com limites e objetivos próprios.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

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Sistemas de mensuração de riscos e processos de com unicação e informação

O processo de mensuração dos riscos de mercado faz uso de sistemas corporativos e do aplicativoRiskwatch, desenvolvido pela empresa canadense Algorithmics. A infraestrutura de tecnologia dainformação vinculada a este processo encontra-se instalada em ambientes localizados em Brasília (DF) eno Rio de Janeiro (RJ).

O aplicativo Riskwatch tem como principais objetivos:

(i) consolidar informações gerenciais do Conglomerado, apurando e fornecendo informações paragestão do risco de mercado, risco de liquidez e para gestão de ativos e passivos; e

(ii) fornecer medidas do risco de mercado e do risco de liquidez (produtos/fluxos de caixa por moeda eindexador), bem como da gestão de ativos e passivos.

Dentre as funções do aplicativo Riskwatch, destacam-se:

(i) calcular indicadores de risco de mercado, tais como VaR (paramétrico e não-paramétrico), duration,yield etc.;

(ii) construir relatórios de fluxos de caixa consolidados ou por produto, marcados a mercado ounominais;

(iii) apurar a sensibilidade da carteira às flutuações nas taxas de juros nacionais e internacionais;(iv) calcular o resultado teórico de carteiras após aplicação de cenários históricos e de estresse;(v) construir relatórios de descasamentos de prazo, taxas, indexadores e moedas.

No Banco, as posições próprias são segregadas em carteira de negociação e carteira de não negociação.Por meio de resolução emitida pelo CRG, estipula-se a política para classificação de operações na carteirade negociação. Esse documento define que no âmbito do Banco do Brasil, suas subsidiárias e controladas,as operações de posições próprias realizadas com intenção de negociação ou destinadas a hedge dacarteira de negociação, para as quais haja a intenção de serem negociadas antes de seu prazo contratual,observadas condições normais de mercado, e não sejam inegociáveis, são classificadas na carteira denegociação.

De forma excludente, as operações de posições próprias não classificadas na carteira de negociação sãoconsideradas como componentes da carteira de não negociação. As posições próprias detidas pelasempresas que não fazem parte do Conglomerado não são passíveis de classificação na carteira denegociação.

Para o processo de gestão dos riscos de mercado, o Banco faz uso de estrutura de grupos e livrosgerenciais, tanto para a área nacional quanto para a área internacional, com objetivos específicos e limitesde exposição a riscos.

No que tange aos limites de exposição a riscos de mercado, o CRG estabelece os seguintes critérios declassificação:

Limites globais: aplicados às carteiras de negociação e de não negociação, ao conjunto de operaçõessujeitas à exigência de capital e ao conjunto de operações sujeitas ao risco de taxas de juros da carteira denão negociação (Parcela RBan) e aprovados pelo CRG. As principais métricas utilizadas para a gestão sãoVaR, estresse e volume financeiro.

Limites específicos: aplicados aos grupos e livros gerenciais das carteiras de negociação e de nãonegociação ou a ambas as carteiras, aos fatores de riscos de mercado das operações sujeitas à exigênciade capital e aos fatores de riscos de mercado sensíveis ao risco de taxa de juros na carteira de nãonegociação (fatores de risco da Parcela RBan) e aprovados pelo SRML. As principais métricas utilizadaspara a gestão são VaR e estresse.

Limites operacionais: aplicados às operações que compõem os grupos e livros gerenciais, possibilitando aevidenciação do efetivo nível de risco das exposições assumidas e tendo como objetivo garantir ocumprimento das estratégias e dos limites globais e específicos estabelecidos. São definidos e aprovadospela Diris, apresentando como principais métricas VaR e bandas operacionais de exposição a riscos demercado.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

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A Diris reporta diariamente, por meio da intranet do Banco, aos gestores dos grupos e livros das carteirasde negociação e não negociação, o consumo dos limites específicos e operacionais. Mensalmente, reportaaos comitês estratégicos o consumo dos limites globais, por meio do relatório de gestão de riscos demercado.

Em caso de extrapolação de limites, a Diris, responsável pelo controle e acompanhamento da carteira,emite documento denominado “Ficha de Extrapolação de Limites”. Os gestores de grupos e livros devemapresentar suas justificativas para a extrapolação e especificar o prazo para sua regularização. Por sua vez,o nível hierárquico detentor da alçada para conduzir o caso deve emitir parecer sobre a manifestação dogestor. Cabe à equipe responsável pelo monitoramento do limite acompanhar as ações de enquadramento.

A comunicação dos riscos incorridos pelo Banco para a Alta Administração ocorre nas reuniões ordináriasmensais dos Comitês e Subcomitês Estratégicos de Riscos.

O Banco utiliza métodos estatísticos e de simulação para mensurar os riscos de mercado das suasexposições. Entre as métricas resultantes da aplicação destes métodos, destacam-se:

(i) Análise de sensibilidade.(ii) Valor em Risco (VaR).(iii) Estresse.

(i) Análise de sensibilidade

Método e objetivo da análise

O Banco realiza, trimestralmente, a análise de sensibilidade das exposições ao risco de taxas de juros desuas posições próprias, utilizando como método a aplicação de choques paralelos nas curvas de mercadodos fatores de risco mais relevantes. Tal método tem como objetivo simular os efeitos no resultado doBanco diante de cenários eventuais, os quais consideram possíveis oscilações nas taxas de jurospraticadas no mercado.

Pressupostos e limitações do método

A aplicação de choques paralelos nas curvas de mercado tem como pressuposto que os movimentos dealta ou de baixa nas taxas de juros ocorrem de forma idêntica, tanto para prazos curtos quanto para prazosmais longos. Como nem sempre os movimentos de mercado apresentam tal comportamento, este métodopode apresentar pequenos desvios nos valores simulados.

Escopo, cenários de aplicação do método e implicaçõ es no resultado

O processo de análise de sensibilidade no Banco do Brasil é realizado considerando o seguinte escopo:

a) operações classificadas na carteira de negociação, composta basicamente por títulos públicos einstrumentos financeiros derivativos, sendo que os efeitos, positivos ou negativos, decorrentes dospossíveis movimentos nas taxas de juros praticadas no mercado geram impacto direto no resultado doBanco; eb) operações classificadas na carteira de não negociação, na qual os efeitos, positivos ou negativos,decorrentes de mudanças nas taxas de juros praticadas no mercado, não afetam diretamente o resultadodo Banco, tendo em vista que a referida carteira é composta, majoritariamente, por operaçõescontratadas com a intenção de manutenção até os respectivos vencimentos – empréstimos a clientes,captações no varejo, títulos públicos – e cujo registro contábil é realizado com base nas taxascontratadas.

Para realização da análise de sensibilidade são considerados dois cenários eventuais, nos quais a taxabásica de juros sofreria choques paralelos, um aumento ou uma redução da ordem de 100 basis points (+/-1 ponto percentual).

Resultados da análise de sensibilidade

As tabelas abaixo apresentam os resultados obtidos para a carteira de negociação e para o conjunto deoperações registradas nas carteiras de negociação e de não negociação:

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

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Análise de sensibilidade para a carteira de negocia çãoR$ mil

Fatores de risco Exposição 31.12.2011 31.12.2010

+100 bps -100 bps +100 bps -100 bps

Taxa pré-fixada Taxas pré-fixadas de juros (3.138) 3.186 (11.727) 11.716

Cupons de taxas de juros Cupons de taxas de juros (183) 183 (375) 230

Cupons de índices de preços Cupons de índices de preços (782) 805 (913) 942

Cupons de moedas estrangeiras Cupons de moedas estrangeiras (794) 592 (2.493) 2.588

Total (4.897) 4.766 (15.508) 15.476

Análise de sensibilidade para a carteira de negocia ção e não negociaçãoR$ mil

Fatores de risco Exposição 31.12.2011 31.12.2010

+100 bps -100 bps +100 bps -100 bps

Taxa pré-fixada Taxas pré-fixadas de juros (1.372.068) 1.395.100 (1.765.848) 1.798.043

Cupons de taxas de juros Cupons de taxas de juros 2.090.904 (2.133.231) 1.463.493 (1.836.750)

Cupons de índices de preços Cupons de índices de preços (453.882) 473.540 (232.391) 246.563

Cupons de moedas estrangeiras Cupons de moedas estrangeiras 330.749 (316.032) 221.574 (231.013)

Total 595.703 (580.623) (313.172) (23.157)

(ii) Valor em Risco (VaR)

O VaR é uma métrica utilizada para estimar a perda máxima potencial, sob condições rotineiras demercado, apresentada diariamente em valores monetários, considerando determinado intervalo deconfiança e horizonte temporal.

Metodologia

Para mensuração do VaR, o Banco do Brasil adota a técnica de simulação histórica e os seguintesparâmetros: (i) 99% de intervalo de confiança unicaudal; (ii) 252 cenários retrospectivos de fatores dechoques diários; e (iii) horizonte temporal de 10 dias úteis.

O método de simulação histórica assume como relevante a possibilidade de ocorrência futura de eventosregistrados na série histórica (cenários retrospectivos). Logo, cada cenário retrospectivo corresponde a umpossível “estado do mercado” sob o horizonte temporal de simulação. Uma das grandes vantagens dométodo de VaR por simulação histórica reside no fato de se mitigar o risco de modelagem, haja vista que autilização da distribuição empírica de retornos torna desnecessária a assunção da hipótese de normalidadepara a série temporal de retornos, comumente assumida por outros métodos, tais como o paramétrico.

Os fatores de riscos utilizados para mensuração da métrica do VaR das exposições sujeitas a riscos demercado são classificados nas seguintes categorias: (i) taxas de juros: risco da variação dos cupons detaxas de juros praticados no mercado. (Exemplo: prefixado, cupom de dólar, cupom de IPCA (Índice depreços ao consumidor amplo), cupom de TR (taxa referencial)); (ii) taxas de câmbio: risco da variação dastaxas de câmbio praticadas no mercado. (Exemplo: real versus dólar, real versus euro, real versus iene); (iii)preços de ações: risco da variação dos preços de ações praticados no mercado. (Exemplo: PETR4(Petrobras-PN), VALE5 (Vale-PNA)); e (iv) preços de mercadorias (commodities): risco da variação dospreços de mercadorias no mercado. (Exemplo: boi gordo, soja, milho).

Processo de backtesting

O objetivo do backtesting, executado mensalmente, é avaliar a acurácia do modelo de risco de mercado.Esta avaliação está segregada dos processos de desenvolvimento e de utilização da métrica de VaR.

A metodologia utilizada pelo Banco consiste em verificar se o número de extrapolações (quantidade devezes em que os retornos negativos excederam as perdas estimadas pelo VaR) está compatível comaquele previsto pelo modelo (sob o ponto de vista estatístico), bem como se ocorreram de formaindependente ao longo do tempo.

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De forma complementar, visando oferecer um comparativo entre modelos, realiza-se a avaliação demagnitude de valores extremos e, ainda, o ordenamento dos modelos de VaR.

Resultados do VaR

A tabela abaixo apresenta o VaR mínimo, médio e máximo do Conglomerado, exceto Banco Votorantim.

VaR mínimo, médio e máximoR$ mil

Período Mínimo Médio Máximo

Janeiro a dezembro / 2011 449.707 934.234 1.877.574

Janeiro a dezembro / 2010 587.068 652.575 734.288

Grupo trading

Para efeito de gestão, o Banco do Brasil segrega as operações de trading book (carteira de negociação)das demais operações, estabelecendo estratégias e limites próprios. Os grupos a seguir demonstrados,trading internacional e trading doméstico, são subconjuntos da carteira de negociação.

VaR mínimo, médio e máximo do grupo trading internacional *

R$ mil

Período Mínimo Médio Máximo

Janeiro a dezembro / 2011 852 4.688 14.431

Janeiro a dezembro / 2010 187 1.969 5.090* Carteira de negociação em moeda estrangeira da rede de dependências no exterior.

VaR mínimo, médio e máximo do grupo trading doméstico *

R$ mil

Período Mínimo Médio Máximo

Janeiro a dezembro / 2011 107 4.942 15.495

Janeiro a dezembro / 2010 205 915 1.751* Carteira de negociação em moeda nacional da rede de dependências no país.

(iii) Estresse

O Banco utiliza métricas de estresse resultantes de simulações de suas exposições sujeitas a riscos demercado sob condições extremas, tais como crises financeiras e choques econômicos. Esses testesobjetivam dimensionar os impactos de eventos plausíveis, mas com baixa probabilidade de ocorrência nosrequerimentos de capital regulatório e econômico.

O programa de testes de estresse do Banco do Brasil tem os seguintes objetivos:

(i) estar integrado à estrutura de gerenciamento de riscos da Instituição;(ii) associar potenciais perdas a eventos plausíveis;(iii) ser considerado no desenvolvimento das estratégias de mitigação de riscos e nos planos de

contingência da Instituição;(iv) ser realizado individualmente por fator de risco e de forma conjunta; e(v) considerar a concentração em determinados fatores de risco os instrumentos não lineares e a

quebra das premissas do modelo de VaR.

Para exigência de capital, o programa de testes de estresse de risco de mercado faz uso de métodos deavaliação baseados em:

• Testes retrospectivos.• Testes prospectivos.• Testes de análise de sensibilidade.

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Teste retrospectivo

O método do teste retrospectivo de estresse estima o percentual da variação do valor de mercado dasexposições, mediante a aplicação de choques compatíveis com cenários específicos capazes de reproduzirperíodos históricos de estresse do mercado ou de maiores perdas da instituição, considerando os seguintesparâmetros:

(i) métricas: mínimo (pior perda) e máximo (maior ganho) da série histórica de retornos diários dacarteira de negociação;

(ii) extensão da série histórica: de 04/01/2000 até a data-base;(iii) período de manutenção: um mês (21 dias úteis); e(iv) periodicidade do teste: semanal.

O controle, o monitoramento e o acompanhamento diário dos limites de estresse para a carteira denegociação do Banco do Brasil e para os seus grupos e livros, são realizados com base nas métricas doteste retrospectivo de estresse.

Os resultados dos testes retrospectivos de estresse objetivam avaliar a capacidade de absorção de grandesperdas e identificar eventuais medidas para redução dos riscos da Instituição. Seguem os resultados dostestes retrospectivos de estresse da carteira de negociação de acordo com o programa de teste de estressede risco de mercado do Banco do Brasil.

Estimativas de perdas do teste retrospectivo de est resseR$ mil

31.12.2011 Fator de risco

Exposição Estresse

Taxas de juros 4.374.947 (758.403)

Moedas estrangeiras 1.734.800 (1.734.800)

Commodities (6.206) (71.299)

Ações 4.262 (2.472)

Total 6.107.803 (2.566.974)

Estimativas de ganhos do teste retrospectivo de est resseR$ mil

31.12.2011Fator de risco

Exposição Estresse

Taxas de juros 4.374.947 888.016

Moedas estrangeiras 1.734.800 1.734.800

Commodities (6.206) 11.660

Ações 4.262 2.839

Total 6.107.803 2.637.315

Estimativas de perdas do teste retrospectivo de est resseR$ mil

31.12.2010Fator de risco

Exposição Estresse

Taxas de juros 7.708.544 (1.223.561)

Moedas estrangeiras 817.534 (330.940)

Commodities (15.960) (3.706)

Ações 42.518 (22.198)

Total 8.552.636 (1.580.405)

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Estimativas de ganhos do teste retrospectivo de est resseR$ mil

31.12.2010Fator de risco

Exposição Estresse

Taxas de juros 7.708.544 1.476.007

Moedas estrangeiras 817.534 361.702

Commodities (15.960) 2.993

Ações 42.518 28.562

Total 8.552.636 1.869.264

Teste prospectivo

O método do teste prospectivo de estresse estima o percentual da variação do valor de mercado dasexposições sujeitas aos fatores de riscos subjacentes à exigência de capital para cobertura de riscos demercado, mediante a aplicação de choques nos fatores de riscos de mercado, estimados a partir decenários de estresse gerados pela Diretoria de Estratégia e Organização (Direo) e pela Diretoria deFinanças (Difin), considerando os seguintes parâmetros:

(i) métricas: maiores perdas e maiores ganhos estimados para os retornos da carteira de negociaçãono período;

(ii) extensão da série: prospecção para 21 dias úteis;(iii) período de manutenção: um mês (21 dias úteis); e(iv) periodicidade do teste: semanal.

Os testes prospectivos de estresse objetivam simular adversidades baseadas em características da carteirada Instituição e do ambiente macroeconômico, sob condições severas e plausíveis. Seguem os resultadosdos testes prospectivos de estresse da carteira de negociação, de acordo com o programa de teste deestresse de risco de mercado do Banco do Brasil.

Na estimativa de perdas do teste prospectivo de estresse para a carteira de negociação do Banco, combase na percepção da alta administração acerca do comportamento das taxas de juros, moedasestrangeiras, commodities e ações, para um horizonte temporal de 21 dias úteis, foram utilizadas comopremissas: taxa média de juros anuais de 18,49%; taxa de câmbio (reais/dólar) de R$1,80; variaçãonegativa de 4,86% do índice Commodity Research Bureau (CRB) para os preços das commodities; evariação negativa de 37,17% do Índice BOVESPA.

Estimativas de perdas do teste prospectivo de estre sseR$ mil

31.12.2011Fator de risco

Exposição Estresse

Taxas de juros 4.374.947 (54.939)

Moedas estrangeiras 1.734.800 (63.023)

Commodities (6.206) 39.717

Ações 4.262 (2.405)

Total 6.107.803 (80.650)

Na estimativa de ganhos do teste prospectivo de estresse para a carteira de negociação do Banco, combase na percepção da alta administração acerca do comportamento das taxas de juros, moedasestrangeiras, commodities e ações, para um horizonte temporal de 21 dias úteis, foram utilizadas comopremissas: taxa média de juros anuais de 10,93%; taxa de câmbio (reais/dólar) de R$3,20; variação positivade 2,63% do índice Commodity Research Bureau (CRB) para os preços das commodities; e variaçãonegativa de 32,96% do Índice BOVESPA.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

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Estimativas de ganhos do teste prospectivo de estre sseR$ mil

31.12.2011Fator de risco

Exposição Estresse

Taxas de juros 4.374.947 30.193

Moedas estrangeiras 1.734.800 1.100.994

Commodities (6.206) (14.138)

Ações 4.262 (2.172)

Total 6.107.803 1.114.877

No exercício de 2010, não havia estimativas de perdas e ganhos para o teste prospectivo de estresse.Portanto, segue o resultado do teste prospectivo para esse período:

Teste prospectivo de estresseR$ mil

31.12.2010Fator de risco

Exposição Estresse

Taxas de juros 7.708.544 41.448

Moedas estrangeiras 817.534 534.163

Commodities (15.960) 6.197

Ações 42.518 (22.759)

Total 8.552.636 559.049

Exposição cambial

O Banco do Brasil adota política de gerenciar a exposição cambial de forma a minimizar seus efeitos sobreo resultado do Banco.

A exposição cambial líquida, para 31.12.2011, é passiva no valor de US$ 427,1 milhões e, para o períodode 31.12.2010, é passiva no valor de US$ 812,5 milhões, o que reflete a estratégia de hedge fiscal adotadapelo Banco.

O hedge fiscal consiste em estratégia autorizada pelo Banco Central do Brasil onde a posição vendida emmoeda estrangeira realizada com o objetivo de proporcionar hedge para a participação em investimentos noexterior poderá considerar o valor necessário para proporcionar a efetiva proteção da referida posiçãocomprada em moeda estrangeira, inclusive computando-se os efeitos fiscais. Esta estratégia tem comoobjetivo principal a redução da volatilidade do resultado, após os efeitos tributários, haja vista que osganhos com a variação cambial dos investimentos no exterior não são tributados e, similarmente, as perdasnão geram dedução na base tributária.

Balanço em moedas estrangeirasR$ mil

Contas patrimoniais

31.12.2011 31.12.2010Moeda

Ativo Passivo Ativo Passivo

Dólar dos EUA 78.367.613 86.382.544 54.485.213 69.513.191

Euro 11.056.301 10.573.633 9.613.301 8.241.647

Libra Esterlina 104.679 166.220 61.479 122.127

Iene 1.406.371 2.134.978 1.597.371 1.510.362

Franco Suíço 58.934 20.751 120.634 13.451

Ouro 18.240 - 11.840 -

Demais moedas 7.322.561 7.638.726 106.161 73.097

Total 98.334.699 106.916.852 65.995.999 79.473.875

Posição líquida - patrimoniais (8.582.153) (13.477.876)

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

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R$ mil

Derivativos

31.12.2011 31.12.2010Moeda

Comprado Vendido Comprado Vendido

Dólar dos EUA 20.231.767 11.754.974 24.159.467 10.015.574

Euro 3.533.934 3.956.249 3.099.634 4.882.949

Libra Esterlina 45.908 63.999 79.108 137.699

Iene 688.282 269.015 2.359.382 2.422.015

Franco Suíço - 36.591 1.800 115.491

Demais moedas 171.264 809.344 180.864 182.444

Total 24.671.155 16.890.172 29.880.256 17.756.172

Posição líquida - derivativos 7.780.983 12.124.084

R$ mil

31.12.2011 31.12.2010Moeda

Posição líquida Posição líquida

Dólar dos EUA 461.863 (884.085)

Euro 60.354 (411.661)

Libra Esterlina (79.631) (119.239)

Iene (309.340) 24.376

Franco Suíço 1.593 (6.508)

Ouro 18.240 11.840

Demais moedas (954.245) 31.484

Posição líquida total (801.170) (1.353.792)

R$ mil

Resumo 31.12.2011 31.12.2010

Totais patrimoniais e derivativos 123.005.854 123.807.024 95.876.254 97.230.047

Posição líquida total (801.170) (1.353.792)

Posição líquida total – em US$ (427.108) (812.502)

d) Risco de liquidez

O risco de liquidez é a possibilidade de a Instituição não ter a capacidade de honrar seus compromissosfinanceiros no vencimento, sem incorrer em perdas inaceitáveis. Para fins de gestão de riscos, a liquidez éavaliada em valores monetários segundo composição de ativos e passivos estabelecida pelo gestor daliquidez.

Este risco assume duas formas: risco de liquidez de mercado e risco de liquidez de fluxo de caixa. Oprimeiro corresponde à possibilidade de perda decorrente da incapacidade de realizar uma transação emtempo razoável e sem perda significativa de valor. O segundo está associado à possibilidade de falta derecursos para honrar os compromissos assumidos em função do descasamento entre os pagamentos erecebimentos.

Gestão do risco de liquidez

O Banco mantém níveis de liquidez adequados aos compromissos da Instituição assumidos no Brasil e noexterior, resultado da sua ampla e diversificada base de depositantes, da qualidade dos seus ativos, dacapilaridade da sua rede de dependências externas e do acesso ao mercado internacional de capitais. Origoroso controle do risco de liquidez está em consonância com a política de risco de mercado e de liquidezestabelecida para o Conglomerado, atendendo às exigências da supervisão bancária nacional e dos demaispaíses onde o Banco atua.

A gestão do risco de liquidez no Banco é realizada de forma consolidada para cada uma das visões daliquidez, moeda nacional e moeda estrangeira. Para tanto, utiliza os seguintes instrumentos: (i) projeções de

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

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liquidez de curto, médio e longo prazos; (ii) teste de estresse; (iii) limites de risco de liquidez; (iv) plano decontingência de liquidez; e (v) teste de potencial das medidas de contingência de liquidez.

Os instrumentos de gestão do risco de liquidez são periodicamente monitorados e reportados aos comitêsestratégicos da instituição.

As projeções de liquidez de curto, médio e longo prazos permitem a avaliação prospectiva do fluxo de caixacom o objetivo de identificar situações que possam comprometer a Instituição.

Periodicamente, são realizados testes de estresse, quando a projeção de liquidez de curto prazo é avaliadasob cenários alternativos e de estresse, para verificar a capacidade de recuperação da liquidez dainstituição em condições adversas e propor medidas corretivas, caso necessário.

O Banco do Brasil adota as seguintes métricas como limites de risco de liquidez: (i) reserva de liquidez (RL);e (ii) indicador disponibilidade de recursos livres (DRL).

A RL é a métrica utilizada na gestão do risco de liquidez de curto prazo, constituindo-se no nível mínimo deativos de alta liquidez a ser mantido pelo Banco, compatível com a exposição ao risco decorrente dascaracterísticas das suas operações patrimoniais e fora do balanço e das condições de mercado. Estametodologia é utilizada diariamente como parâmetro para identificação de estados de contingência econsequente acionamento do plano de contingência de liquidez.

O DRL é utilizado no planejamento e na execução do orçamento anual. Visa assegurar equilíbrio entrecaptação e aplicação de recursos da carteira comercial e garantir o financiamento da liquidez em moedanacional com recursos estáveis. O limite mínimo do DRL é definido anualmente pelo CRG e seumonitoramento ocorre com periodicidade mensal.

O plano de contingência de liquidez é um conjunto de procedimentos que visa identificar, administrar ereportar estados de contingência de liquidez, possibilitando o acionamento de medidas de contingência deliquidez no intuito de resguardar a capacidade de pagamento da Instituição.

Como mecanismo adicional de controle, a capacidade de geração de liquidez das medidas de contingência,previstas no plano de contingência de liquidez, é testada mensalmente por meio do teste de potencial demedidas de contingência, à luz dos efeitos de diferentes cenários sobre a liquidez da Instituição e suacapacidade de geração de recursos líquidos.

Análise do risco de liquidez

Os limites de risco de liquidez são utilizados para monitorar o nível de exposição ao risco de liquidez dainstituição. Enquanto o limite da reserva de liquidez assegura o controle do risco decorrente do fluxo decaixa diários, o DRL monitora a visão de médio e longo prazo da condição financeira da empresa,garantindo a geração de recursos estáveis para o financiamento da liquidez operacional.

O controle desses limites, que atuam de forma complementar na gestão do risco de liquidez de curto, médioe longo prazo da Instituição, permitiu situação favorável da liquidez no período, sem necessidade deacionamento de plano de contingência de liquidez ou implementação de ações emergenciais noplanejamento orçamentário que visem a adequação da liquidez estrutural.

Gerenciamento das captações

A composição das captações em uma ampla e diversificada base de clientes constitui um elementoimportante da gestão do risco de liquidez do Banco do Brasil. A principal captação é representada,principalmente, pelos depósitos comerciais, formados pelos depósitos à vista, depósitos de poupança e osdepósitos a prazo voluntários, que se caracterizam em produtos sem maturidade definida tendo os seusvencimentos para fins de gestão de riscos de mercado e de liquidez definidos segundo modelos internos.

Outros passivos comerciais são os depósitos judiciais, que também se caracterizam por elevadaestabilidade e maturidade indefinida, as captações no mercado externo destinadas ao financiamento deexportações e importações, e outras captações comerciais representadas por outros recursos à vista, comocobrança, ordem de pagamento, pagamento e recebimento por conta de terceiros etc.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

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As captações realizadas no âmbito da tesouraria do Banco e as captações em operações compromissadaslastreadas em títulos são realizadas para a gestão de curto prazo da liquidez operacional e emimplementações de estratégias de mercado de capitais em captações de médio e longo prazo.

Tendo em vista apresentar o perfil de maturidade das captações de acordo com os critérios da IFRS 7, osdepósitos sem maturidade definida (SMD), depósitos à vista, depósitos de poupança, depósitos a prazocom liquidez diária e os depósitos judiciais, terão seus vencimentos alocados no primeiro vértice das tabelasa seguir.

Entre o final de 2010 e o de 2011, foi mantido o perfil de composição da captação, mantendo o destaque naparticipação dos depósitos comerciais e dos depósitos judiciais que, a despeito de estarem alocados nointervalo de até 1 mês, apresentam alta grau de estabilidade.

A variação observada de R$ 75 bilhões no volume total da captação no período em destaque deve-se,principalmente, ao aumento das captações em depósitos a prazo voluntários e dos depósitos em poupança,dentre os depósitos comerciais sem maturidade definida, e dos depósitos a prazo com clientes institucionaise o início da emissão de Letras de Crédito do Agronegócio, em 2011, dentre as captações de tesouraria.

Composição das captaçõesR$ mil

31.12.2011

PassivoAté 1 mês 1 a 6 meses 6 a 12 meses 1 a 5 anos Acima de 5

anosTotal Part%

Depósitos comerciais semmaturidade definida

276.695.753 - - - - 276.695.753 39,3%

Depósitos comerciais commaturidade definida

1.972.006 1.999.461 972.948 2.389.402 187.905 7.521.722 1,1%

Captação de tesouraria 10.539.100 4.040.512 8.560.593 20.547.153 6.600.742 50.288.100 7,1%

Operações compromissadas 137.447.684 11.627.398 1.189.941 2.129.039 13.511 152.407.573 21,6%

Fundos e repasses 6.966.297 8.456.791 9.424.584 35.413.092 25.936.339 86.197.103 12,2%

Depósitos judiciais 77.441.739 - - - - 77.441.739 11,0%

Captação no mercado externo 1.788.250 3.873.607 4.498.292 5.087.446 29.529.815 44.777.410 6,4%

Outras captações comerciais 9.260.065 1.819 - - - 9.261.884 1,3%

Total 522.110.894 29.999.588 24.646.358 65.566.132 62.268.312 704.591.284 100,0%

R$ mil

31.12.2010

PassivoAté 1 mês 1 a 6 meses 6 a 12 meses 1 a 5 anos Acima de 5

anosTotal Part%

Depósitos comerciais semmaturidade definida

236.838.371 - - - - 236.838.371 42,1%

Depósitos comerciais commaturidade definida

2.260.494 2.199.589 231.514 1.955.963 - 6.647.560 1,2%

Captação de tesouraria 10.159.717 31.536 11.682.197 5.200.363 3.321.436 30.395.249 5,4%

Operações compromissadas 101.857.060 17.422.246 1.681.808 2.220.826 12.597 123.194.537 21,9%

Fundos e repasses 11.839.273 7.380.467 8.380.224 29.294.562 17.923.128 74.817.654 13,3%

Depósitos judiciais 64.687.609 - - - - 64.687.609 11,5%

Captação no mercado externo 3.055.066 3.859.360 1.688.980 1.115.088 5.172.312 14.890.806 2,6%

Outras captações comerciais 10.684.436 769 - - - 10.685.205 1,9%

Total 441.382.026 30.893.967 23.664.723 39.786.802 26.429.473 562.156.991 100,0%

Contratos de garantias financeiras

Os contratos de garantias financeiras são compromissos condicionais de crédito emitidos pelo Banco paragarantir o desempenho de clientes pessoas físicas, pessoas jurídicas e outras instituições financeirasperante terceiros.

A natureza contingente desses passivos é considerada para fins de gestão do risco de liquidez do Banco nacomposição dos cenários utilizados no teste de estresse de liquidez realizado mensalmente.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

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Segue resumo do valor contábil dos contratos de garantias financeiras realizados pelo Banco, comdestaque para o prazo médio ponderado de vencimento do estoque que variou de 53 dias em 2010 para 51dias em 2011:

Contratos de garantias financeirasR$ mil

Descrição 31.12.2011 31.12.2010

Instituições financeiras 315.185 133.328

Pessoas Físicas e Pessoas Jurídicas 8.817.218 8.574.050

Coobrigações em cessões de crédito 18.377 10.633

Demais coobrigações 1.988.553 835.675

Total 11.139.333 9.553.686

Instrumentos financeiros derivativos

O Banco do Brasil utiliza instrumentos financeiros derivativos para gerenciar, de forma consolidada, suasposições e atender às necessidades dos seus clientes. A estratégia de hedge está em consonância com apolítica de risco de mercado e de liquidez e com a política de utilização de instrumentos financeirosderivativos aprovadas pelo Conselho de Administração.

O Banco conta com ferramentas e sistemas adequados ao gerenciamento dos instrumentos financeirosderivativos e utiliza metodologias estatísticas e de simulação para mensurar os riscos de suas posições, pormeio de modelos de Valor em Risco, de análise de sensibilidade e de teste de estresse.

As operações com derivativos financeiros, com destaque para aqueles sujeitos a chamadas de margem eajustes diários, são consideradas na mensuração dos limites de riscos de liquidez adotados no Banco e nacomposição dos cenários utilizados nos testes de estresse de liquidez realizados mensalmente.

O perfil de maturidade contratual do passivo com derivativos financeiros está apresentado na Nota 39.

e) Risco de crédito

Risco de crédito é definido como a possibilidade de ocorrência de perdas associadas ao não cumprimento,pelo tomador ou contraparte, de suas respectivas obrigações financeiras nos termos pactuados, àdesvalorização de contrato de crédito decorrente da deterioração na classificação de risco do tomador, àredução de ganhos ou remunerações, às vantagens concedidas na renegociação e aos custos derecuperação. Compreende, entre outros:

• o risco de crédito da contraparte: é a possibilidade de não cumprimento, por determinada contraparte,de obrigações relativas à liquidação de operações que envolvam a negociação de ativos financeiros,incluindo aquelas relativas à liquidação de instrumentos financeiros derivativos;

• o risco país: é a possibilidade de perdas associadas ao não cumprimento de obrigações financeirasnos termos pactuados por tomador ou contraparte localizada fora do país, em decorrência de açõesrealizadas pelo governo do país onde é localizado o tomador ou contraparte, e o risco detransferência, entendido como a possibilidade de ocorrência de entraves na conversão cambial dosvalores recebidos;

• a possibilidade de ocorrência de desembolsos para honrar avais, fianças, coobrigações,compromissos de crédito ou outras operações de natureza semelhante; e

• a possibilidade de perdas associadas ao não cumprimento de obrigações financeiras nos termospactuados por parte intermediadora ou convenente de empréstimos a clientes.

O gerenciamento do risco de crédito do Banco é realizado com base nas melhores práticas de mercado esegue as normas de supervisão e de regulação bancária. Objetiva identificar, mensurar, controlar e mitigar orisco das exposições, contribuir para a manutenção da solidez e da solvência e garantir o atendimento dosinteresses dos acionistas.

Política de crédito

A política de crédito aprovada pelo Conselho de Administração aplica-se a todos os negócios que envolvamrisco de crédito e está estruturada em quatro blocos: aspectos gerais, assunção de risco de crédito,cobrança e recuperação de crédito e gerenciamento do risco de crédito. Cada bloco contém um conjunto

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

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abrangente de enunciados, os quais englobam todas as etapas do gerenciamento do risco de crédito noBanco do Brasil.

Relacionamos alguns tópicos abordados na política de crédito do Banco do Brasil: (i) conceito de risco decrédito; (ii) segregação de funções; (iii) decisões colegiadas; (iv) apetite ao risco; (v) limites de risco; (vi)classificação de clientes; (vii) condições para assunção de risco; (viii) orientações para cobrança erecuperação de crédito; (ix) perda esperada, capital econômico e regulatório; (x) níveis de provisão e decapital; (xi) testes de estresse e análise de sensibilidade; e (xii) planejamento de capital.

Política de mitigação

Na realização de qualquer negócio sujeito ao risco de crédito, o Banco adota uma postura conservadora eutiliza mecanismos que proporcionem a cobertura total ou parcial do risco incorrido. No gerenciamento dorisco de crédito em nível agregado, para manter as exposições dentro dos níveis de risco estabelecidos pelaalta administração, o Banco busca transferir ou compartilhar o risco de crédito.

A utilização de instrumentos mitigadores está declarada na política de crédito, presente nas decisõesestratégicas e formalizada nas normas de crédito, atingindo todos os níveis da Organização e abrangendotodas as etapas do processo creditório.

Na constituição de garantias é dada preferência:

(i) aos bens adquiridos, produzidos ou beneficiados com o crédito;(ii) às garantias que ofereçam autoliquidez à operação;(iii) aos bens de fácil comercialização e sem risco de perecimento;(iv) aos bens da mesma espécie, natureza e categoria dos bens a adquirir ou realizar com o crédito; e(v) aos bens que produzirão renda para o pagamento da operação.

Para a vinculação em garantia, os bens são submetidos a avaliação técnica ou avaliados por meio deopinião de valor, cujo prazo de validade é de até doze meses. No caso de garantia pessoal, é analisada asituação econômico-financeira dos avalistas ou fiadores, além das responsabilidades diretas e indiretas noBanco, sendo ponderadas as dívidas com terceiros, em especial as dívidas fiscais, previdenciárias etrabalhistas.

As normas de crédito orientam as unidades operacionais de forma clara e abrangente. Entre outrosaspectos, as normas abordam a classificação, exigência, escolha, avaliação, formalização, controle ereforço de garantias, assegurando a adequação e suficiência do mitigador durante todo o ciclo da operação.

As principais garantias aceitas para mitigar o risco de crédito estão declaradas no item “Ativos recebidos emgarantia”.

Sistemas de mensuração

O risco de crédito é mensurado por indicadores tais como atraso, qualidade da carteira, provisão paradevedores duvidosos, concentração, perda esperada e exigência de capital regulatório e econômico, entreoutros.

Esses indicadores de risco podem ser apurados para a carteira total e/ou para determinados segmentos dacarteira, sendo reportados por meio dos instrumentos de gestão.

Na classificação de risco utilizada pelo Banco para as operações de crédito, são utilizadas informaçõesfornecidas pelas diversas bases corporativas e considerados, para a apuração do risco final dessasoperações, parâmetros relacionados à operação analisada (natureza da operação, garantias, inadimplência,prazo etc.) e ao mutuário (risco do cliente, limite de crédito, nível de endividamento etc.), bem comooperações com riscos mais elevados presentes no portfólio do cliente ou do grupo empresarial ao qualpertença e atrasos observados nos pagamentos da operação.

Os critérios de classificação do risco das operações no Banco do Brasil dividem-se, de acordo com ascaracterísticas das operações, conforme abaixo:

(i) operações específicas: são assim consideradas as operações que possuam alguma característicaque minimize o risco de crédito, tal como garantias ou produtos específicos;

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

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(ii) operações de clientes em situação de concordata, falência, recuperação judicial/extrajudicial ousimilares constantes no Código Civil Brasileiro: esse tipo de situação é ponderada na classificaçãodo risco das operações;

(iii) operações de renegociação de dívidas: classificadas com base no risco final da operaçãorenegociada; e

(iv) demais operações: aquelas não enquadradas nas situações anteriores, subdividindo-se em doissubgrupos:

(a) clientes com endividamento igual ou inferior a R$ 50 mil: classificação massificada em função doproduto de crédito no qual a operação é contratada; e

(b) clientes com endividamento superior a R$ 50 mil: ponderam-se aspectos relacionados aodevedor (limite de crédito e endividamento total) e aspectos da própria operação (natureza,finalidade, prazo e garantias) por meio de formulação matemática específica.

O quadro a seguir demonstra a classificação de risco utilizada pelo Banco ao se aplicar os critérios deapuração de risco.

Classificação de risco de crédito

Classificação Nível de risco

AA

A Baixo Risco

B

C

D

E

F Médio e Alto Risco

G

H

A classificação constante na tabela, que varia de risco AA ao risco H, é uma analogia ao definido pelanorma do Banco Central do Brasil que estabelece que a classificação de risco de operações de crédito deveser realizada em ordem decrescente de risco, a partir de critérios consistentes e verificáveis quecontemplem aspectos relacionados ao devedor e seus garantidores. Pela tabela, considera-se que quantomaior a classificação, maior é o risco da operação para a instituição financeira.

Os principais critérios observados pelas instituições financeiras quando da classificação das operações decrédito em níveis de risco são relacionados a: (i) situação econômico-financeira do devedor; (ii) grau deendividamento; (iii) capacidade de geração de resultados; (iv) fluxo de caixa; (v) pontualidade e atrasos nospagamentos; (vi) limite de crédito; (vii) natureza e finalidade da transação; características das garantias,particularmente quanto à suficiência e liquidez; e (viii) valor da operação.

A quantidade e a natureza das operações, a diversidade e complexidades dos produtos e serviços e ovolume exposto ao risco de crédito exigem que sua mensuração seja realizada de forma sistematizada. OBanco possui infraestrutura de bases de dados e de sistemas corporativos suficiente para efetuá-la deforma abrangente.

Exposição ao risco de crédito

As informações a seguir, a menos que declarado o contrário, referem-se a todas as empresas doconsolidado econômico-financeiro.

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Exposição máxima ao risco de créditoR$ mil

31.12.2011 31.12.2010

Caixa e depósitos bancários 10.492.143 9.816.675

Depósitos compulsórios em bancos centrais 93.689.987 87.055.947

Empréstimos a instituições financeiras 41.846.491 33.977.433

Aplicações em operações compromissadas 139.032.201 85.060.184

Ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado 68.294.472 52.222.158

Ativos financeiros disponíveis para venda 84.352.751 75.010.625

Ativos financeiros mantidos até o vencimento 14.997.329 16.607.307

Empréstimos a clientes 411.331.183 349.407.128

Total dos itens registrados no balanço patrimonial 864.036.557 709.157.457

Itens não registrados no balanço patrimonial 126.122.078 99.803.022

Total da exposição a risco de crédito 990.158.635 808.960.479

Os ativos representativos de caixa e depósitos bancários e depósitos compulsórios em bancos centrais nãoapresentam risco de crédito relevante. As demais exposições são detalhadas a seguir.

Empréstimos a instituições financeiras

Os empréstimos a instituições financeiras referem-se a aplicações em depósitos interfinanceiros e acarteiras de crédito adquiridas com coobrigação da instituição cedente e são apresentados na Nota 16.

Esses créditos seguem a análise de risco da Instituição, sendo classificados por rating interno. Estasexposições apresentam baixo risco de crédito e não apresentam créditos vencidos ou sujeitos a perda porredução do valor recuperável.

Operações compromissadas

As operações compromissadas são realizadas principalmente com o Banco Central do Brasil e com outrasinstituições financeiras. Os títulos e valores mobiliários utilizados como lastro dessas operações são, emregra, títulos públicos federais. Essas operações não apresentam créditos vencidos ou sujeitos a perdas porredução do valor recuperável.

Ativos financeiros ao valor justo por meio do resul tado, disponíveis para venda e mantidos até ovencimento

Os ativos financeiros registrados ao valor justo por meio do resultado são representados por títulos evalores mobiliários mantidos para negociação, por instrumentos financeiros derivativos e por quotas defundos de investimento e na composição do seu valor justo já é considerado o risco de crédito dacontraparte.

Os ativos disponíveis para venda são compostos basicamente por títulos públicos, predominantementeemitidos pelo Governo Federal, e por títulos privados. Para os títulos públicos federais não há risco decrédito relevante. Os títulos privados são emitidos por grandes empresas, avaliadas pelo Banco segundosuas práticas de análise de risco de crédito e foram classificadas como de baixo risco. Além disso, não háoperações vencidas e não foi registrada perda por redução do valor recuperável.

Os ativos mantidos até o vencimento são compostos quase que exclusivamente por títulos públicos federaise não apresentam risco de crédito relevante.

Itens não registrados no balanço patrimonial

As operações não registradas no balanço patrimonial seguem os mesmos critérios de classificação de riscopara operações de crédito típicas, impactam o limite de crédito dos clientes e referem-se a limites de créditoa liberar e a garantias prestadas. Os créditos a liberar são limites disponibilizados aos clientes, tais comocartão de crédito e cheque especial, ou compromissos de desembolso que seguem cronograma deliberação de recursos, tais como financiamento a investimentos ou créditos imobiliários, e são contratadoscom clientes que apresentam baixo risco de crédito. As garantias prestadas são operações normalmentecontratadas com pessoas jurídicas classificadas como de baixo risco e o desembolso só é efetivado na

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

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ocorrência de eventual inadimplência do cliente junto ao seu credor, convertendo-se a exposição emoperação de crédito.

Os itens não registrados no balanço patrimonial estão apresentados na Nota 40.

Empréstimos a clientes

Os empréstimos a clientes estão classificados em:

(i) não vencidos e não sujeitos a perdas por redução do valor recuperável;(ii) vencidos e não sujeitos a perdas por redução do valor recuperável; e(iii) sujeitos a perdas por redução do valor recuperável.

Empréstimos a clientesR$ mil

31.12.2011 31.12.2010

Não vencidos e não sujeitos a perdas por redução do valor recuperável 368.543.654 317.106.434

Vencidos e não sujeitos a perdas por redução do valor recuperável 10.157.634 4.590.288

Sujeitos a perdas por redução do valor recuperável 32.629.895 27.710.406

Total de empréstimos a clientes 411.331.183 349.407.128

Perdas por redução do valor recuperável (12.298.689) (11.018.830)

Total líquido 399.032.494 338.388.298

São considerados empréstimos a clientes não vencidos e não sujeitos a perda por redução do valorrecuperável as operações de crédito em situação de normalidade e sem indício de perdas e nãoclassificadas em impairment.

Empréstimos a clientes - não vencidos e não sujeito s a perdas por redução do valor recuperávelR$ mil

Nível de Risco 31.12.2011 31.12.2010

AA – C 362.341.027 311.609.030

D – H 6.202.627 5.497.404

Total 368.543.654 317.106.434

Os empréstimos classificados como de médio e alto riscos (D – H) não foram segmentados em impairmentem função de que, pelos critérios adotados, não foram evidenciados problemas de recuperabilidade dasoperações. Em 2011, identificamos que cerca de 99% dessas exposições estão concentradas emoperações classificadas entre os níveis “D” e “E”, considerados de médio risco.

Exposições associadas a estes níveis de risco são justificadas, principalmente, por empréstimos a clientesque, apesar de terem operações de crédito ativas, possuem baixo perfil de tomada de crédito, perfil detomada de crédito antigo ou limites de crédito inativos e, consequentemente, sem contratação de novasoperações, porém com manutenção e pagamentos de parcelas das operações existentes.

As metodologias de crédito do Banco do Brasil mantêm riscos mais conservadores às operações dessesclientes, de modo prudencial, em função da escassez de informações para a análise dos clientes.

Os empréstimos a clientes que se encontram vencidos e não estão sujeitos a perda por redução do valorrecuperável são operações sem indício de perdas e não classificadas em impairment, conformemetodologia de apuração.

As operações classificadas nessa categoria com prazo de vencido superior a 60 dias foram consideradassem indícios de perdas, por ter sido concedido prazo para a regularização dos vencimentos, seja porpagamentos das parcelas em atraso ou por repactuação dos prazos, conforme critérios estabelecidos pelosgestores de produtos. Após o prazo concedido, atendidos os critérios, as operações passam para a situaçãode normalidade e as operações não regularizadas serão obrigatoriamente reclassificadas para asegmentação de impairment em razão da existência de evidências de perdas.

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Empréstimos a clientes - vencidos e não sujeitos a perdas por redução do valor recuperávelR$ mil

31.12.2011 31.12.2010

1 a 60 dias 9.360.904 4294706

61 a 90 dias 570.837 160.130

Acima de 90 dias 225.893 135.452

Total 10.157.634 4.590.288

Na determinação dos empréstimos a clientes sujeitos a perda por redução do valor recuperável, sãoconsideradas operações segmentadas em impairment, tanto por avaliação coletiva quanto por avaliaçãoindividual. Para este grupamento há apuração de perda por redução do valor recuperável.

Para empréstimos a clientes de valor significativo e com problemas de recuperabilidade, o Banco efetuaanálise individualizada para mensuração de perdas incorridas.

São considerados empréstimos com problemas de recuperabilidade as operações de clientes comdificuldade financeira, que são objeto de uma quebra de contrato como, por exemplo, inadimplência ouatraso nos pagamentos de juros ou principal, bem como as operações em que for provável que o mutuárioentrará em falência ou passará por alguma reorganização financeira.

O problema de recuperabilidade é tratado como sendo inerente ao cliente e não exclusivamente em relaçãoa algumas de suas operações. Assim, identificada alguma operação em tal situação, todas as demaisoperações do cliente são classificadas da mesma forma.

Para determinação da relevância da exposição e consequente mensuração individualizada de perdas, oBanco classifica o cliente e não apenas suas operações como relevantes e não-relevantes, com base emseu endividamento total. São considerados como relevantes os clientes com endividamento a partir do qualsuas novas operações necessitam de despacho em alçada superior, pertencente ao nível decisórioestratégico.

Segregados os clientes detentores de endividamento com problemas de recuperabilidade e de valorconsiderado relevante, seus empréstimos serão avaliados individualmente pela área responsável pelacobrança e recuperação de créditos do Banco do Brasil.

Na avaliação individual são ponderados aspectos inerentes ao cliente e específicos das operações, taiscomo:

(i) situação das operações do cliente;(ii) compartilhamento de risco (risco Banco do Brasil versus risco de terceiros);(iii) situação econômico-financeira do cliente;(iv) restrições de crédito inerentes ao cliente, tanto internas quanto externas (política de crédito do

Conglomerado, histórico de atuação em crédito e registros em bureaus de crédito);(v) garantias das operações.

Empréstimos a clientes - sujeitos a perda por reduç ão do valor recuperávelR$ mil

31.12.2011 31.12.2010

Avaliação coletiva 29.594.618 26.262.344

Avaliação individual 3.035.277 1.448.062

Total 32.629.895 27.710.406

Ativos recebidos em garantia

Nos empréstimos a clientes é dada preferência às garantias que ofereçam autoliquidez à operação.

O valor máximo considerado para efeito de comprometimento da garantia é o obtido pela aplicação dedeterminado percentual sobre o valor do referido bem ou direito, conforme demonstrado na tabela a seguir.

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Ativos recebidos em garantia

Ativo % de cobertura

Direitos creditórios

Recibo de depósito bancário 100%

Certificado de depósito bancário 100%

Poupança 100%

Fundo de investimento de renda fixa 100%

Pledge Agreement – cash collateral (1) 100%

Ouro escritural e lingote 100%

Carta de crédito standby 100%

Outros direitos creditórios 80%

Fundos de aval

Fundo de Aval para Geração de Emprego e Renda 100%

Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas 100%

Fundo de Garantia de Operações 100%

Fundo Garantidor para Investimento 100%

Outros 100%

Fiança ou aval (2) 100%

Seguro de crédito 100%

Pledge Agreement – securities (3) 77%

Fundos offshore - BB Fund (4) 77%

Semoventes bovinos (5) 70%

Pledge Agreement - cash collateral (6) 70%

Demais garantias (7) 50%(1) Mesma moeda da operação.

(2) Prestado por estabelecimento bancário que possua limite de crédito no Banco, com margem suficiente para amparar a coobrigação.

(3) Contrato de caução/cessão de recursos de clientes em títulos e papéis.

(4) Exclusivo ou varejo.(5) Exceto em operações de Cédula do Produtor Rural (CPR).

(6) Celebrado em moeda diversa à das operações a serem amparadas e que não disponham de mecanismo de hedge cambial.

(7) Abrangem imóveis, veículos, máquinas, equipamentos, dentre outras.

As garantias de direitos creditórios representadas por aplicações financeiras devem estar internalizadas noBanco e são bloqueadas pela Instituição, permanecendo assim até a liquidação da operação. O Bancopoderá, a seu critério, por ocasião do vencimento da aplicação financeira, lançar mão para quitação dossaldos referentes às parcelas vencidas, independentemente de aviso ou notificação ao cedente/financiado.

Além de cláusulas de cessão de crédito ou cessão dos direitos creditórios, para vinculação dos mitigadores,o instrumento de crédito contém cláusula de reforço da garantia, para assegurar o percentual de coberturapactuado na contratação da operação, durante todo o prazo da operação.

Os fundos de avais, a exemplo do Fundo de Aval para Geração de Emprego e Renda (Funproger), Fundode Garantia de Operações (FGO), Fundo Garantidor para Investimento (FGI), dentre outros, têm comogestor o Banco do Brasil, e o Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe) é gerido pelo ServiçoBrasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), na condição de agente financeiro. Estesfundos são utilizados como garantias pelo Banco, mitigando os riscos das operações, e possuemcaracterísticas como:

(i) limites máximos do percentual de cobertura para utilização do fundo como garantia de operaçõesem função do tipo da operação: investimento ou capital de giro;

(ii) público alvo em função do faturamento ou do risco do cliente;(iii) existência ou não da apresentação de contragarantias;(iv) limites máximos sobre o montante dos recursos que constituem o patrimônio líquido do fundo (índice

de alavancagem); e(v) limites para perdas acumuladas, isto é, o índice máximo de inadimplência admitido (stop loss).

Os gestores dos fundos de avais realizam o acompanhamento quanto ao enquadramento das operaçõesnas regras do fundo, previamente à concessão dessa garantia, bem como a gestão operacional dasgarantias concedidas e dos ativos do fundo, determinando, se necessária, a suspensão da utilização dos

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fundos em garantia de operações, antes que o montante dos recursos vinculados ultrapassem aalavancagem prevista para cada fundo.

As principais garantias vinculadas aos empréstimos a clientes são apresentados abaixo:

(i) imóveis rurais - imóveis localizados em área rural (terrenos);(ii) imóveis urbanos - imóveis localizados em área urbana (casas, apartamentos, armazéns, galpões,

edifícios comerciais ou industriais, lotes urbanos, lojas etc);(iii) lavouras - colheita dos bens financiados (colheita de abacate, colheita de arroz, colheita de feijão

etc);(iv) móveis - bens que possam ser facilmente movidos ou removidos, por não estarem fixos ou presos

ao solo, sem qualquer dano à sua integridade material ou ao imóvel onde estão instalados(máquinas, equipamentos, veículos etc);

(v) operações do Banco do Brasil - aplicações financeiras existentes no Banco (poupança, CDB, fundosde renda fixa etc);

(vi) pessoais - garantias fidejussórias (aval ou fiança, inclusive de fundos de aval a exemplo do FGO,Fampe, Funproger etc);

(vii) produtos agropecuário-extrativos - produto agropecuário-extrativo, tais como: abacaxi, açaí, arroz,café, cacau, uva etc;

(viii) produtos industrializados: matéria-prima, mercadorias ou os produtos industrializados (bobinas deaço, calçados, chapa de aço inox etc);

(ix) recebíveis - recebíveis representados por agenda de cartão de crédito, cobrança ou chequecustodiado;

(x) semoventes - animais de rebanho (bovinos, suínos, ovinos, caprinos, equinos etc);(xi) títulos e direitos - títulos de crédito ou direitos em garantia (ações, Cédulas de Crédito Comercial –

CCC, Cédulas de Crédito Industrial – CCI, Cédulas de Crédito à Exportação – CCE, Cédulas doProdutor Rural – CPR, cédulas rurais, cheques, duplicatas etc); e

(xii) seguros de crédito: seguros de crédito (Seguradora Brasileira de Crédito à Exportação - SBCE,Seguradora de Crédito do Brasil – Secreb etc).

Concentração

As estratégias de gerenciamento do risco de crédito orientam as ações em nível operacional. As decisõesestratégicas compreendem, entre outros aspectos, a materialização do apetite ao risco do Banco do Brasil eo estabelecimento de limites de risco e de concentração. São considerados também os limites deconcentração impostos pelo Banco Central do Brasil.

São utilizados para gerenciar a concentração das exposições a risco de crédito o acompanhamento doslimites setoriais e as exposições individuais e por grupo empresarial. Adicionalmente, o Banco desenvolveue implementou sistemática de mensuração e acompanhamento da concentração do risco de crédito nacarteira de pessoas jurídicas. O modelo é baseado no Índice de Herfindahl, avalia a concentração a partirdo risco de crédito dos tomadores e considera a inter-relação entre os diversos setores econômicos quecompõem a carteira de crédito de pessoas jurídicas.

Abaixo são apresentados os valores representativos das exposições por atividade econômica e por regiãogeográfica.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

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Exposições por atividade econômicaR$ mil

31.12.2011 31.12.2010

Banco do Brasil 373.429.707 315.205.823

Pessoa Jurídica 222.539.109 186.477.030

Petroleiro 26.041.921 21.202.057

Metalurgia e siderurgia 25.333.982 21.049.518

Agronegócio de origem vegetal 22.522.626 19.501.626

Construção civil 17.723.539 15.676.947

Serviços 16.550.855 11.584.925

Energia elétrica 14.166.892 10.576.031

Automotivo 12.920.760 10.744.128

Transporte 10.919.608 10.151.002

Agronegócio de origem animal 10.027.635 8.175.545

Comércio varejista 9.650.798 8.565.196

Têxteis e confecções 9.025.317 7.675.697

Eletroeletrônico 8.146.601 5.959.726

Papel e celulose 6.426.162 5.841.336

Insumos agrícolas 5.969.427 5.641.370

Telecomunicações 5.676.796 4.733.517

Químico 5.472.613 4.956.752

Madeireiro e moveleiro 5.240.928 4.242.968

Comércio atacadista e indústrias diversas 4.386.869 3.902.124

Demais atividades 2.435.051 2.735.541

Bebidas 2.407.243 2.122.350

Couro e calçados 1.493.486 1.438.674

Pessoa Física 150.890.598 128.728.793

Banco Votorantim 37.901.476 34.201.305

Pessoa Jurídica 10.435.591 10.087.473

Pessoa Física 27.465.885 24.113.832

Total Banco do Brasil e Banco Votorantim 411.331.183 349.407.128

Exposições por região geográficaR$ mil

31.12.2011 31.12.2010

Banco do Brasil 373.429.707 315.205.823

Mercado Interno 341.050.850 291.309.107

Sudeste 183.390.359 152.105.066

Sul 67.773.838 59.798.726

Centro Oeste 40.253.973 34.753.258

Nordeste 35.596.685 32.391.902

Norte 14.035.995 12.260.155

Mercado Externo 32.378.857 23.896.716

Banco Votorantim 37.901.476 34.201.305

Total Banco do Brasil e Banco Votorantim 411.331.183 349.407.128

Operações de crédito renegociadas

Operações de crédito renegociadas são aquelas com evidências de problemas de recuperabilidade docrédito por dificuldade financeira significativa do devedor, que tenham sido compostas ou renegociadas,com alteração das condições originalmente pactuadas.

As operações de crédito renegociadas são tratadas na segmentação impairment, podendo ainda serclassificadas em relevantes (avaliação individual) e não-relevantes (avaliação coletiva).

Os saldos relativos às operações renegociadas constam da Nota 21.

Os ativos que o Banco adquiriu na liquidação de operações de crédito constam da Nota 23.

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f) Risco operacional

É definido como a possibilidade de perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processosinternos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos. Inclui o risco legal associado à inadequação oudeficiência em contratos firmados, bem como a sanções em razão do descumprimento de dispositivos legaise a indenizações por danos a terceiros decorrentes das atividades desenvolvidas pela instituição.

Para adequação do BB à Resolução CMN 3.380, foram aprovadas, no âmbito do Conselho Diretor e doConselho de Administração, ações necessárias para a implementação da estrutura de gerenciamento dorisco operacional, a qual é composta pelas Diretorias de Controles Internos (Dicoi) e de Gestão daSegurança (Diges). O Diretor de Gestão de Riscos, por meio de indicação do Conselho de Administração, éo responsável perante o Banco Central do Brasil , pelo gerenciamento do risco operacional do Banco doBrasil.

Para garantir efetividade ao gerenciamento do risco operacional no Banco, bem como assegurar arealização das funções pelas áreas responsáveis, definiu-se cinco fases de gestão.

Fases do processo de gerenciamento do risco operaci onal

Fase de Gestão Síntese das atividades

Identificação Determinação das fragilidades nos processos do Banco e nos serviços relevantes executados porterceiros, bem como identificação dos eventos de perda associados.

Avaliação e mensuração Proposição de limites de exposição e indicadores chave de risco, captura dos eventos de perda ecálculo do capital a ser alocado para risco operacional.

Mitigação Desenvolvimento de mecanismos e planos de ação para mitigação dos riscos operacionaisidentificados e elaboração de planos de continuidade de negócios.

Controle Acompanhamento das ações de mitigação; proposição, implementação e acompanhamento das açõesde controle; apuração do nível de conformidade dos processos; realização de backtesting.

MonitoramentoMonitoramento dos eventos de perda operacional, do comportamento dos indicadores chave de risco,dos limites de exposição, bem como da existência de controles internos e de planos de continuidade denegócios.

Política de risco operacional

A política de risco operacional revisada e aprovada anualmente pelo Conselho de Administração, contémorientações às áreas do Banco, que visam garantir a efetividade do modelo de gestão do risco operacional.

Essa política permeia as atividades relacionadas ao gerenciamento do risco operacional, com o objetivo deidentificar, avaliar, mensurar, mitigar, controlar e monitorar os riscos operacionais inerentes aos produtos,serviços, processos e sistemas no âmbito do Banco do Brasil.

Monitoramento

O acompanhamento das perdas operacionais, para produção dos devidos reportes e acionamento dasáreas gestoras de processos, sistemas, produtos ou serviços em caso de necessidade de proposição deações de mitigação, é feito através da apuração mensal dos valores das perdas de acordo com o limiteglobal de perdas operacionais, o qual contempla as ocorrências das redes interna e externa.

Com o objetivo de tornar o monitoramento ainda mais eficiente, foram adotados limites específicos para asseguintes categorias de eventos de risco operacional: (i) problemas trabalhistas; (ii) falhas nos negócios(planos econômicos, indenização cobrança e sucumbência, exclusão de cadastro restritivo); (iii) fraudes eroubos externos (roubos externos, fraude eletrônica externa, perdas com cartões); (iv) falhas em processos(falhas em serviço); e (v) fraudes internas.

Mensalmente, o monitoramento é realizado pela Diris com reporte ao SRO e ao CRG.

Havendo extrapolação de algum limite específico, acima indicado, cabe ao gestor do produto, processo ouserviço ao qual esteja associado, indicar as causas bem como ações de mitigação para reenquadramentodo limite extrapolado.

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g) Banco Votorantim

Introdução

Em 2009, o Banco do Brasil estabeleceu uma parceria estratégica com o Banco Votorantim, adquirindo49,99% do capital votante e 50% do capital social total. Esta parceria estratégica alia diferenciaiscompetitivos das duas instituições: a capacidade de originação de ativos e o modelo de negócios ágil doBanco Votorantim e a força do Banco do Brasil, com grande capilaridade de rede e capacidade decaptação.

A estrutura da parceria preserva o modelo de gestão e impulsiona a capacidade de ambas as instituições decapturarem oportunidades de crescimento de forma mais forte e rápida. Representa avanços em novosnegócios e atuação em áreas estratégicas, com criação de valor para o Bando do Brasil, para o BancoVotorantim e para os clientes, que passam a contar com uma instituição ainda mais competitiva, sólida eágil.

Desde a aprovação da parceria pelo Banco Central, efetivada em setembro de 2009, o Banco do Brasil e oBanco Votorantim têm explorado oportunidades conjuntas de negócio em diversos segmentos, comresultados tangíveis já alcançados, como:

• Programa de securitização de ativos: por meio de um instrumento de acordo operacional, o Banco doBrasil adquire regularmente carteiras de ativos de crédito originadas pelo Banco Votorantim. Esseprograma gera benefícios efetivos para ambas as instituições, na medida em que alia a elevadacapacidade de originação de ativos do Banco Votorantim à ampla base de depósitos (funding) doBanco do Brasil, que tem como estratégia expandir sua carteira de crédito ao consumo.

• Crescimento em financiamento de veículos: a partir do estabelecimento da parceria, o BancoVotorantim passou a atuar como o braço do Banco do Brasil para realização de financiamentos deveículos fora do ambiente de agências.

• Oferta cruzada de produtos de investimento: a Votorantim Wealth Management & Services (VWM&S)e a Banco do Brasil Administração de Ativos Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A (BBDTVM) têm atuado conjuntamente no desenvolvimento e distribuição de fundos de investimentoinovadores e customizados de direitos creditórios (FIDCs), imobiliários (FIIs) e de investimentos emparticipações (FIPs). Como exemplos, podem ser citados o FIDC Fênix (Lojas Americanas), osfundos imobiliários BB Votorantim JHSF, BB Renda Corporativa I e o FIP Energia Renovável, quesão distribuídos a clientes de ambas as instituições. Vale destacar que o BB Renda Corporativa tempor objetivo a realização de investimentos imobiliários de longo prazo, por meio da aquisição eadaptação de ativos no estado de São Paulo, para posterior locação ao Banco do Brasil.

• Maior utilização pelo Banco do Brasil da corretora do Banco Votorantim para a realização detransações de posições proprietárias, fundos de investimentos e do seu segmento varejo (via homebroker do Banco).

O objetivo deste tópico é apresentar informações relevantes sobre a estrutura e o processo degerenciamento de riscos adotados pelo Consolidado Votorantim, constantes do relatório de gerenciamentode riscos do Banco Votorantim.

Governança dos riscos

O Banco Votorantim adota a abordagem integrada para gestão de riscos, conforme especificado no site doBanco, link relações com investidores: “a abordagem integrada para gestão de riscos compreende a adoçãode instrumentos que permitem a consolidação e controle dos riscos relevantes incorridos pelo Banco. Estaabordagem tem por objetivo organizar o processo decisório, definindo os mecanismos que estabelecem oapetite ao risco, os níveis de risco aceitáveis e compatíveis com o volume de capital disponível, em linhacom a estratégia de negócio adotada, vinculando este apetite ao risco com as fontes do retorno financeiropretendido, e controlando-os de forma sistemática”.

De forma resumida, o Banco Votorantim adota os seguintes fundamentos na prática da gestão integrada deriscos:

(i) visão consolidada de riscos;(ii) compatibilização entre apetite ao risco, limites autorizados e retorno financeiro pretendido;(iii) segregação funcional das áreas de negócio, controle de riscos, auditoria e processamento

operacional;

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(iv) adoção de metodologias de cálculo de riscos em função das melhores práticas de mercado; e(v) envolvimento da alta administração.

Atividades de gerenciamento de riscos

(i) identificação de riscos e controles.(ii) avaliação de riscos e controles;(iii) análise de vulnerabilidades de controles;(iv) avaliação do apetite ao risco;(v) implantação de resposta aos riscos;(vi) definição de indicadores de desempenho;(vii) monitoramento de histórico destes indicadores.

Políticas, normas, manuais e procedimentos

Conforme especificado no site do Banco, o processo de gerenciamento de riscos no Banco Votorantimconta com um conjunto de documentos que estabelece as principais diretrizes que devem ser observadasnas atividades de gerenciamento de riscos. O nível de detalhamento destes normativos está estruturado emfunção do objetivo de cada documento e organizado conforme a hierarquia apresentada a seguir:

• Políticas corporativas: princípios e diretrizes fundamentais estabelecidas pelo nível máximo dahierarquia e aplicadas para toda a organização e que norteiam as demais normas, procedimentos emanuais de produtos e serviços.

• Normas: regras estabelecidas para definir as atividades e a forma como os procedimentos sãoorganizados, aprofundando os aspectos abordados nas políticas corporativas.

• Procedimentos: regras operacionais estabelecidas para descrever as atividades e as etapas de suaexecução, detalhando os aspectos abordados nas normas.

• Manuais de produtos, serviços, sistemas e de modelagens de cálculo: conjunto de documentos quecompilam as principais características sobre a estruturação dos produtos, serviços, sistemas emetodologias de cálculos utilizados.

Estes normativos estão publicados para consulta interna ao Banco, no portal corporativo (intranet), e sãorevistos e atualizados com periodicidade mínima anual, ou quando houver mudanças significativas nosobjetivos e estratégias do negócio ou mudanças significativas no enfoque e na metodologia de gestão dorisco.

Estruturas de controles de riscos

No relatório de gerenciamento de riscos do Banco Votorantim é especificado que para a execução dasatividades de gestão de riscos, o Banco conta com áreas dedicadas que são responsáveis pelos controlesconsolidados de riscos de mercado, liquidez, crédito e operacional.

Risco de mercado

É objetivo do controle de risco de mercado do Banco Votorantim apoiar a gestão do negócio, estabelecer osprocessos e implementar as ferramentas necessárias para avaliação e controle dos riscos de mercado,possibilitando a mensuração e acompanhamento dos níveis de tolerância ao risco pela alta administração.

No relatório de gestão de riscos do Banco Votorantim são apresentados os princípios básicos observadospelo Banco Votorantim na gestão e controle de riscos de mercado e estão em conformidade com asmelhores práticas de mercado:

• Envolvimento da alta administração: os comitês e comissões existentes estão estruturados com oobjetivo de envolver a alta administração na supervisão global da tomada de riscos.

• Segregação de carteiras: para efeito da gestão e do controle consolidado do risco de mercado dasexposições, as operações são segregadas em dois tipos de carteiras, conforme a sua estratégia denegócio: carteira de negociação (trading) ou carteira de não-negociação (banking).

• Independência de funções: segregação de funções entre as áreas responsáveis pela execução deoperações e a definição de estratégias de negócio, e as áreas encarregadas pela sua contabilização,pelo controle de riscos, compliance e controles internos e auditoria, está estruturada com o objetivode garantir independência e autonomia na condução das atribuições inerentes a cada função.

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• Definição de atribuições: definição clara dos processos e do leque de atividades de cada funçãoenvolvida na gestão e controle de riscos de mercado está estruturada com o objetivo de possibilitaruma gestão operacional organizada e eficiente.

• Definição de metodologias de precificação e cálculo de riscos: para efeito do controle de riscos sãoadotadas metodologias estruturadas, de utilização corporativa mandatória, baseadas em melhorespráticas de mercado.

• Estabelecimento de limites: definição clara e objetiva dos limites autorizados de risco, com base nasmedidas de riscos, está estruturada com o objetivo de inserir nas atividades diárias os níveis detolerância a risco definidos pela instituição.

• Monitoramento de limites: definição do processo de acompanhamento e reporte do nível de utilizaçãodos limites autorizados.

O Banco Votorantim adota um conjunto de medidas objetivas para gestão e controle de riscos de mercado,dentre os quais, destacam-se:

(i) Análise de sensibilidade;(ii) Valor em Risco (VaR); e(iii) Estresse.

(i) Análise de sensibilidade

Método e objetivo da análise

Para elaboração da análise de sensibilidade das exposições ao risco de taxas de juros do BancoVotorantim, utilizou-se como método a aplicação de choques paralelos nas curvas de mercado dos fatoresde risco mais relevantes. Tal método tem como objetivo simular os efeitos no resultado do Banco diante decenários eventuais, os quais consideram possíveis oscilações nas taxas de juros praticadas no mercado.

Pressupostos e limitações do método

A aplicação de choques paralelos nas curvas de mercado tem como pressuposto que os movimentos dealta ou de baixa nas taxas de juros ocorrem de forma idêntica, tanto para prazos curtos quanto para prazosmais longos. Como nem sempre os movimentos de mercado apresentam tal comportamento, este métodopode apresentar pequenos desvios nos valores simulados.

Escopo, cenários de aplicação do método e implicaçõ es no resultado

Com relação aos efeitos da aplicação do método sobre as carteiras do Banco, têm-se duas situaçõesdistintas:

a) para as operações classificadas na carteira de negociação, composta por operações com intenção denegociação, os efeitos dos possíveis movimentos nas taxas de juros praticadas no mercado geram impactodireto no resultado do Banco; e

b) para as operações classificadas na carteira de não negociação, a valorização ou a desvalorização, emdecorrência de mudanças nas taxas de juros praticadas no mercado, não afeta diretamente o resultado doBanco, tendo em vista que a referida carteira é composta, majoritariamente, por operações contratadas coma intenção de manutenção até os respectivos vencimentos – empréstimos a clientes, captações no varejo,títulos públicos – cujo registro contábil é realizado com base nas taxas contratadas.

Para efeito de simulação, foram considerados dois cenários eventuais, nos quais a taxa básica de jurossofreria um aumento ou uma redução da ordem de 100 basis points (+/- 1 ponto percentual).

A partir de 31 de maio de 2011, o Banco Votorantim passou a adotar a segregação entre carteiras denegociação e não negociação, o que explica a diferença elevada nas exposições e sensibilidades.

Resultados da análise de sensibilidade

As tabelas a seguir, apresentam os resultados da simulação realizada para a carteira de negociação e parao conjunto de operações registradas nas carteiras de negociação e de não negociação:

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Análise de sensibilidade para a carteira de negocia çãoR$ mil

Fatores de risco Exposição 31.12.2011 31.12.2010

+100 bps -100 bps +100 bps -100 bps

Taxa pré-fixada Taxas pré-fixadas de juros (22.234) 23.079 (874.721) 901.432

Cupons de taxas de juros Cupons de taxas de juros - - (71.941) 77.683

Cupons de índices de preços Cupons de índices de preços 363 (355) (232.885) 248.994

Cupons de moedas estrangeiras Cupons de moedas estrangeiras (9.125) 10.711 (385.967) 412.889

Total (30.996) 33.435 (1.565.514) 1.640.998

Análise de sensibilidade para a carteira de negocia ção e não negociaçãoR$ mil

Fatores de risco Exposição 31.12.2011 31.12.2010

+100 bps -100 bps +100 bps -100 bps

Taxa pré-fixada Taxas pré-fixadas de juros (216.132) 224.120 (874.721) 901.432

Cupons de taxas de juros Cupons de taxas de juros 5.712 (5.896) (71.941) 77.683

Cupons de índices de preços Cupons de índices de preços 3.042 (2.739) (232.885) 248.994

Cupons de moedas estrangeiras Cupons de moedas estrangeiras (16.091) 19.033 (385.967) 412.889

Total (223.469) 234.518 (1.565.514) 1.640.998

(ii) Valor em Risco (VaR)

Metodologia

O VaR é uma métrica utilizada para estimar a perda máxima potencial, sob condições rotineiras demercado, apresentada diariamente em valores monetários, considerando determinado intervalo deconfiança e horizonte temporal.

Para mensuração do VaR, o Banco Votorantim adota a técnica de simulação histórica e os seguintesparâmetros: (i) 99% de intervalo de confiança unicaudal; (ii) 252 cenários retrospectivos de fatores dechoques diários para a carteira de negociação; (iii) 1260 cenários retrospectivos de fatores de choquesdiários para a carteira de não negociação; e (iv) horizonte temporal de 10 dias úteis.

Os fatores de riscos utilizados para mensuração da métrica do VaR das exposições sujeitas a riscos demercado são classificados nas seguintes categorias: (i) taxas de juros: risco da variação dos cupons detaxas de juros praticados no mercado. (Exemplo: prefixado, cupom de dólar, cupom de IPCA (Índice dePreços ao Consumidor Amplo), cupom de TR (Taxa referencial), cupom de TJLP); (ii) taxas de câmbio: riscoda variação das taxas de câmbio praticadas no mercado. (Exemplo: real versus dólar, dólar versus euro,dólar versus iene); (iii) preços de ações: risco da variação dos preços de ações e índices praticados nomercado. (Exemplo: IBOV (Índice Ibovespa)); e (iv) preços de mercadorias (commodities): risco da variaçãodos preços de mercadorias no mercado. (Exemplo: boi gordo, soja, milho.)

Cabe destacar que o Banco Votorantim alterou a metodologia do VaR em 30 de junho de 2011.Anteriormente, era utilizado o modelo paramétrico. Portanto, seguem abaixo as tabelas do VaR doConsolidado Banco Votorantim, bem como da carteira trading, para o período de junho a dezembro de2011.

VaR mínimo, médio e máximo do Banco VotorantimR$ mil

Período Mínimo Médio Máximo

Junho a dezembro / 2011 109.369 166.575 254.433

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VaR mínimo, médio e máximo da carteira de tradingR$ mil

Período Mínimo Médio Máximo

Junho a dezembro / 2011 12.465 40.402 114.491

(iii) Estresse

O Banco utiliza métricas de estresse resultantes de simulações de suas exposições sujeitas a riscos demercado sob condições extremas, tais como crises financeiras e choques econômicos. Esses testesobjetivam dimensionar os impactos de eventos plausíveis, mas com baixa probabilidade de ocorrência, nosrequerimentos de capital regulatório e econômico.

O programa de testes de estresse do Banco Votorantim tem os seguintes objetivos:

(i) estar integrado à estrutura de gerenciamento de riscos da instituição;(ii) controlar limites de exposições;(iii) associar potenciais perdas a eventos plausíveis;(iv) ser considerado no desenvolvimento das estratégias de mitigação de riscos e nos planos de

contingência da instituição;(v) ser realizado individualmente por fator de risco e de forma conjunta; e(vi) considerar a concentração em determinados fatores de risco os instrumentos não lineares e a

quebra das premissas do modelo de VaR.

O programa de testes de estresse de risco de mercado do Banco Votorantim faz uso de métodos deavaliação baseados em:

• Testes retrospectivos; e• Testes prospectivos.

O método do teste retrospectivo de estresse estima a variação do valor de mercado das exposições dacarteira de negociação do Banco, mediante a aplicação de choques nos fatores de mercado compatíveiscom cenários específicos capazes de reproduzir períodos históricos de estresse do mercado, considerandoos seguintes parâmetros:

(i) Métricas: resultado do cenário pessimista e resultado do cenário otimista.(ii) Extensão da série histórica para determinação dos cenários: de 01/2005 até a data-base.(iii) Período de manutenção: retornos acumulados de 10 dias úteis.(iv) Periodicidade do teste: diária.

Os resultados dos testes retrospectivos de estresse objetivam avaliar a capacidade de absorção de grandesperdas e identificar eventuais medidas para redução dos riscos da instituição. Seguem os resultados doteste retrospectivo de estresse da carteira de negociação de acordo com o programa de teste de estressede risco de mercado do Banco Votorantim.

Estimativas de perdas do teste retrospectivo de est resseR$ mil

31.12.2011Fator de risco

Exposição Estresse

Taxas de juros 12.859.689 (43.600)

Moedas estrangeiras 173.602 (85.621)

Commodities 3.710 (231)

Ações 19.030 (6.435)

Total 13.056.031 (135.887)

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

168

Estimativas de ganhos do teste retrospectivo de est resseR$ mil

31.12.2011Fator de risco

Exposição Estresse

Taxas de juros 12.859.689 44.333

Moedas estrangeiras 173.602 -

Commodities 3.710 254

Ações 19.030 -

Total 13.056.031 44.587

Estimativas de perdas do teste retrospectivo de est resseR$ mil

31.12.2010Fator de risco

Exposição Estresse

Taxas de juros 127.534.708 (2.659.174)

Moedas estrangeiras 87.232 (13.085)

Commodities 3.647 (365)

Ações 83.152 (24.946)

Total 127.708.739 (2.697.570)

Estimativas de ganhos do teste retrospectivo de est resseR$ mil

31.12.2010Fator de risco

Exposição Estresse

Taxas de juros 127.534.708 2.819.099

Moedas estrangeiras 87.232 21.808

Commodities 3.647 365

Ações 83.152 15.799

Total 127.708.739 2.857.071

Teste prospectivo

O método do teste prospectivo de estresse estima a variação do valor de mercado das exposições dacarteira de negociação do Banco, mediante a aplicação de choques nos fatores de riscos de mercado,estimados a partir de cenários de estresse gerados pela Subcomissão de Cenários, considerando osseguintes parâmetros:

(i) Métricas: resultado do cenário pessimista e resultado do cenário otimista.(ii) Extensão da série: prospecção para retornos acumulados de 10 dias úteis.(iii) Periodicidade do teste: diária.

Os testes prospectivos de estresse objetivam simular adversidades baseadas em características da carteirada instituição e do ambiente macroeconômico, sob condições severas e plausíveis.

O controle, o monitoramento e o acompanhamento diário dos limites de estresse, para a carteira denegociação do Banco Votorantim, são realizados com base nas métricas do teste prospectivo de estresse.

Na estimativa de perdas do teste prospectivo de estresse para a carteira de negociação do BancoVotorantim, com base na percepção da alta administração acerca do comportamento das taxas de juros,moedas estrangeiras, commodities e ações, para um horizonte temporal de 21 dias úteis, foram utilizadascomo premissas: taxa média de juros anuais de 12,9%; variação cambial (reais/dólar) de 18,0%; variaçãonegativa de 10,0% do índice Commodity Research Bureau (CRB) para os preços das commodities; evariação negativa de 25,00% do Índice BOVESPA.

Na estimativa de ganhos do teste prospectivo de estresse para a carteira de negociação do BancoVotorantim, com base na percepção da alta administração acerca do comportamento das taxas de juros,

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

169

moedas estrangeiras, commodities e ações, para um horizonte temporal de 21 dias úteis, foram utilizadascomo premissas: taxa média de juros anuais de 9,5%; variação cambial (reais/dólar) de -8,9%; variaçãopositiva de 10,0% do índice Commodity Research Bureau (CRB) para os preços das commodities; evariação positiva de 14,5% do Índice BOVESPA.

Seguem os resultados do teste prospectivo de estresse da carteira de negociação de acordo com oprograma de teste de estresse de risco de mercado do Banco Votorantim:

Estimativas de perdas do teste prospectivo de estre sseR$ mil

31.12.2011Fator de risco

Exposição Estresse

Taxas de juros 12.859.689 (39.625)

Moedas estrangeiras 173.602 (39.120)

Commodities 3.710 (231)

Ações 19.030 (2.900)

Total 13.056.031 (81.876)

Estimativas de ganhos do teste prospectivo de estre sseR$ mil

31.12.2011Fator de risco

Exposição Estresse

Taxas de juros 12.859.689 33.468

Moedas estrangeiras 173.602 -

Commodities 3.710 254

Ações 19.030 -

Total 13.056.031 33.722

Estimativas de perdas do teste prospectivo de estre sseR$ mil

31.12.2010Fator de risco

Exposição Estresse

Taxas de juros 127.534.708 (2.212.045)

Moedas estrangeiras 87.232 (7.757)

Commodities 3.647 (365)

Ações 83.152 (20.573)

Total 127.708.739 (2.240.740)

Estimativas de ganhos do teste prospectivo de estre sseR$ mil

31.12.2010Fator de risco

Exposição Estresse

Taxas de juros 127.534.708 1.883.892

Moedas estrangeiras 87.232 15.991

Commodities 3.647 365

Ações 83.152 12.086

Total 127.708.739 1.912.334

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

170

Balanço em moedas estrangeirasR$ mil

Contas patrimoniais

31.12.2011 31.12.2010Moeda

Ativo Passivo Ativo Passivo

Dólar dos EUA 4.162.416 7.497.750 3.330.854 6.229.141

Euro 19.738 263.981 4.712 23.130

Iene 6.228 - 397 -

Franco Suíço 5.360 261.386 239.273 239.146

Demais moedas 4.397 - 1.489 -

Total 4.198.139 8.023.117 3.576.725 6.491.417

Posição líquida - patrimoniais (3.824.978) (2.914.692)

R$ mil

Derivativos

31.12.2011 31.12.2010Moeda

Comprado Vendido Comprado Vendido

Dólar dos EUA 4.033.441 920.594 3.964.535 1.087.012

Euro 257.707 34.590 32.065 25.886

Franco Suíço 263.798 - - 4.146

Demais moedas 180.141 - - 992

Total 4.735.087 955.184 3.996.600 1.118.036

Posição líquida - derivativos 3.779.903 2.878.564

R$ mil

31.12.2011 31.12.2010Moeda

Posição líquida Posição líquida

Dólar dos EUA (222.487) (20.764)

Euro (21.126) (12.239)

Iene 6.228 397

Franco Suíço 7.772 (4.019)

Demais moedas 184.538 497

Posição líquida total (45.075) (36.128)

R$ mil

Resumo 31.12.2011 31.12.2010

Totais patrimoniais e derivativos 8.933.226 8.978.301 7.573.325 7.609.453

Posição líquida total (45.075) (36.128)

Posição líquida total – em US$ (24.029) (21.683)

Risco de liquidez

Segundo o relatório de gestão do Banco Votorantim “a principal ferramenta utilizada para a mensuração deriscos de liquidez é a de cenários de caixa mínimo, construídos com metodologia de teste de estresse”.

Princípios básicos

No relatório citado, estão destacados os princípios básicos que são observados pelo Banco Votorantim nagestão e controle de riscos de liquidez:

• Envolvimento da alta administração: os comitês e comissões existentes estão estruturados com oobjetivo de envolver a Alta Administração na supervisão global da tomada de riscos.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

171

• Independência de funções: segregação de funções entre as áreas responsáveis pela execução deoperações e a definição de estratégias de negócio, e as áreas encarregadas pela sua contabilização,pelo controle de riscos, compliance e controles internos e auditoria, está estruturada com o objetivode garantir independência e autonomia na condução das atribuições inerentes a cada função.

• Definição de atribuições: definição clara dos processos e do leque de atividades de cada funçãoenvolvida na gestão e controle de riscos de liquidez está estruturada com o objetivo de possibilitaruma gestão operacional organizada e eficiente.

• Definição de metodologias para construção de cenários: são adotadas metodologias estruturadas, deutilização corporativa mandatória, baseadas em melhores práticas de mercado, que visam incorporara dinâmica da contratação de novas operações e da liquidação das carteiras existentes.

• Estabelecimento de limites: definição clara e objetiva dos limites autorizados de risco, com base nasmedidas de riscos, está estruturada com o objetivo de inserir nas atividades diárias os níveis detolerância a risco definidos pela instituição.

• Monitoramento de limites: definição do processo de acompanhamento e reporte do nível de utilizaçãodos limites autorizados.

• Plano de contingência de liquidez: definição e revisão periódica de plano estruturado pararecomposição dos níveis pré-estabelecidos de caixa mínimo, com atribuição de responsáveis,instrumentos e prazos de implementação.

Áreas envolvidas

As funções de gerenciamento de risco de liquidez no Banco Votorantim compreendem um conjunto deatividades funcionais que permeiam toda a cadeia de negócio, desde o desenvolvimento de produtos, anegociação e o desembolso de operações, a modelagem e o controle de risco de liquidez e a formalização,contabilização e liquidação de operações, bem como o acompanhamento da efetividade dos processos econtroles utilizados.

Medidas e limites de risco para gestão e controle

O Banco Votorantim adota um conjunto de medidas objetivas para gestão e controle de riscos de liquidez:

(i) Caixa mínimo.(ii) Cenários de vencimento.(iii) Cenários orçamentários.(iv) Cenários de stress.(v) Análises de sensibilidade.(iv) Perfil de concentração de captação.

As medidas de risco são utilizadas para o estabelecimento de limites e para a tomada de risco. Estes limitescompreendem a definição dos valores máximos autorizados, para cada cenário futuro monitorado,através do estabelecimento de níveis de caixa mínimo, pela definição de patamares ao longo do tempo.

Os valores estabelecidos nos limites de liquidez e no plano de contingência são atualizados e revistosperiodicamente, em função da alteração significativa das condições de mercado ou da dinâmica ecomposição das carteiras.

Composição das captações

Os quadros abaixo apresentam a composição das captações do Banco Votorantim:

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

172

Composição das captaçõesR$ mil

31.12.2011Passivo

Até 1 mês De 1 a 6meses

De 6 a 12meses

De 1 a 5anos

Acima de 5anos

Total

Depósitos a vista 215.880 - - - - 215.880

Depósitos interfinanceiros 316.109 187.155 308.803 306.878 309.158 1.428.103

Depósitos a prazo 650.733 3.832.265 4.305.882 2.372.000 7.459 11.168.339

Carteira própria 1.756.174 4.896.109 4.710.672 2.141.663 51.018 13.555.636

Carteira de terceiros 574.882 2.318.039 270.448 - - 3.163.369

Carteira livre movimentação - - - 4.233 - 4.233

Estratégia de renda fixa 1.119 548.134 399.485 15.646 - 964.384

Recursos de aceites emissão de títulos 26.362 95.937 1.538.799 6.236.032 1.036.194 8.933.324

Obrigações por empréstimos e repasses 328.045 1.312.379 1.023.964 2.725.987 348.807 5.739.182

Dívidas subordinadas - - 568.290 1.149.395 1.559.450 3.277.135

Total 3.869.304 13.190.018 13.126.343 14.951.834 3.312.086 48.449.585

R$ mil

31.12.2010Passivo

Até 1 mês De 1 a 6meses

De 6 a 12meses

De 1 a 5anos

Acima de 5anos

Total

Depósitos a vista 154.466 - - - - 154.466

Depósitos interfinanceiros 29.949 225.926 65.670 41.028 562 363.135

Depósitos a prazo 1.331.003 2.516.457 4.853.058 2.576.139 4.650 11.281.307

Outros depósitos 75 - - - - 75

Carteira própria 2.816.271 198.626 7.415.842 2.029.378 - 12.460.117

Carteira de terceiros 947.124 1.751.939 682.051 - - 3.381.114

Carteira livre movimentação - - 1.265.423 27.308 6.776 1.299.507

Estratégia de renda fixa 97.154 337.966 289.009 433.864 - 1.157.993

Recursos de aceites emissão de títulos 1.238.103 311.656 74.979 3.278.241 246.087 5.149.066

Obrigações por empréstimos e repasses 19.378 988.602 2.160.735 2.438.068 20.458 5.627.241

Dívidas subordinadas - - 725.538 1.580.859 1.145.735 3.452.132

Total 6.633.523 6.331.172 17.532.305 12.404.885 1.424.268 44.326.153

44 – Partes Relacionadas

Custos com remunerações e outros benefícios atribuídos ao Pessoal Chave da Administração do Banco doBrasil (Conselho de Administração, Diretoria Executiva, Comitê de Auditoria e Conselho Fiscal).

R$ mil

Exercício/2011 Exercício/2010 Exercício/2009

Benefícios de curto prazo 28.126 27.008 25.095Honorários 19.107 17.235 17.476

Diretoria Executiva 16.940 15.426 15.885

Comitê de Auditoria 1.603 1.341 1.157

Conselho de Administração 302 255 237

Conselho Fiscal 262 213 197

Participações no lucro 6.863 7.662 6.854

Outros 2.156 2.111 765

Benefícios de rescisão de contrato de trabalho 3.501 2.125 10.940

Total 31.627 29.133 36.035

Em novembro de 2011, o Banco aprovou pagamento, em ações ou instrumento baseado em ações, deremuneração variável aos membros da Diretoria Executiva, em que esses receberão, a título de bonificação

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

173

anual relativa ao exercício de 2011, e dentro do montante global aprovado pela Assembleia Geral Ordináriade 27.04.2011, um valor entre dois e quatro honorários, de acordo com o atingimento da meta de RetornoSobre o Patrimônio Líquido - RSPL, fixada em 20%. Ficando o atingimento da meta de RSPL entre 100% e105%, a remuneração de cada membro da Diretoria Executiva será de dois honorários; se ficar maior que105% e até 115%, será calculada de forma proporcional e, se ficar acima de 115%, será de quatrohonorários. O pagamento será efetuado em três parcelas anuais, iguais e sucessivas, sendo a primeira ematé trinta dias após a divulgação do resultado. No exercício de 2011, o Banco reconheceu despesa no valorde R$ 6.160 mil, a título de bonificação anual.

O Banco está avaliando os critérios para a implementação do programa de remuneração variável dos seusadministradores, com vigência a partir do exercício de 2012, dentro dos termos e condições estabelecidospela Resolução CMN nº 3.921, de 25.11.2010.

O Banco não oferece benefícios pós-emprego ao Pessoal Chave da Administração, com exceção àquelesque fazem parte do quadro funcional do Banco, participantes do Plano de Previdência dos Funcionários doBanco do Brasil - Previ. Desde janeiro de 2007, em razão do superávit acumulado no Plano dessesfuncionários, o Banco não apresenta despesas com esse benefício, conforme apresentado na Nota 42.

O Banco não concede empréstimos a seus diretores, membros de seu Conselho de Administração, Comitêde Auditoria e Conselho Fiscal, porque essa prática é proibida a todas as instituições financeiras reguladaspelo Banco Central do Brasil.

Os saldos de contas referentes às transações entre as empresas consolidadas do Banco são eliminadosnas demonstrações contábeis consolidadas. Em relação ao acionista controlador, estão incluídas astransações com o Tesouro Nacional e os órgãos da administração direta do governo federal que mantêmoperações bancárias com o Banco.

O Banco realiza transações bancárias com as partes relacionadas, tais como depósitos em conta corrente(não remunerados), depósitos remunerados, empréstimos e operações compromissadas. Há aindacontratos de prestação de serviços e de garantias prestadas. Tais transações são praticadas em condiçõesnormais de mercado, substancialmente nos termos e condições para operações comparáveis, incluindotaxas de juros e garantias. Essas operações não envolvem riscos anormais de recebimento.

O Banco é patrocinador da Fundação Banco do Brasil (FBB), cujos objetivos são a promoção, apoio,incentivos e patrocínio de ações de âmbito educacional, cultural, social, filantrópico, recreativo/esportivo ede fomento às atividades de pesquisa científico-tecnológica e assistência às comunidades urbano-rurais. Noexercício/2011, fez contribuições para a FBB no valor de R$ 42.527 mil (R$ 90.320 mil no exercício/2010).

No exercício/2011, o Banco adquiriu carteiras de operações de crédito do Banco Votorantim, cedidas comcoobrigação, no montante R$ 10.643.782 mil (R$ 7.975.787 mil no exercício/2010).

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

174

Sumário das Transações com Partes RelacionadasR$ mil

31.12.2011

Controlador (1) Controladas (2) Controleconjunto (3) Coligadas (4) Pessoal chave da

administração (5)Outras partes

relacionadas (6) Total

AtivosEmpréstimos a instituições financeiras - 20.590.919 18.434 - - - 20.609.353

Ativos financeiros disponíveis para venda - 61.940 94.313 - - - 156.253

Empréstimos a clientes 836.224 49.612 7.861 - - 523.750 1.417.447

Outros ativos - 181.572 - - - - 181.572

Total 836.224 20.884.043 120.608 - - 523.750 22.364.625

PassivosDepósitos de clientes 717.309 5.337.322 424.597 255.241 6.542 6.029.402 12.770.413

Obrigações por operações compromissadas - 1.680.647 830.169 - - 1.113.044 3.623.860

Obrigações de longo prazo 1.643.963 14.326.735 - - - 43.735.159 59.705.857

Outros passivos - 1.251.984 70.248 31 - 1.125.124 2.447.387

Total 2.361.272 22.596.688 1.325.014 255.272 6.542 52.002.729 78.547.517

Demonstração do Resultado ConsolidadoReceitas de juros e prestação de serviços 113.931 1.982.470 47.264 132.130 - 423.145 2.698.940

Despesas com captação (97.341) (1.192.412) (50.671) (3.306) (1.014) (2.986.825) (4.331.569)

Total Líquido 16.590 790.058 (3.407) 128.824 (1.014) (2.563.680) (1.632.629)

Garantias e outras coobrigações (7) - 629.116 7.474.911 - - - 8.104.027

(1) Controlador – compreende o Tesouro Nacional (STN), representando a União Federal, e órgãos da Administração Direta do Governo Federal.

(2) Controladas – compreendem as empresas relacionadas na Nota 5, identificadas no item 1.

(3) Joint Ventures – compreende as empresas relacionadas na Nota 5, identificadas no item 2 e 3.

(4) Coligadas – compreendem as empresas relacionadas na Nota 24.(5) Pessoal Chave da Administração – Conselho de Administração, Diretoria Executiva, Comitê de Auditoria e Conselho Fiscal.

(6) Compreendem as empresas públicas e sociedades de economia mista controladas pelo Governo Federal, entidades vinculadas aos funcionários(Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil – Previ, Fundação Codesc de Seguridade Social – Fusesc, Caixa de Assistência dosFuncionários do Banco do Brasil – CASSI) e a Fundação Banco do Brasil – FBB.

(7) Inclui o Contrato de Abertura de Linha de Crédito Interbancário Rotativo a liberar com o Banco Votorantim, equivalente ao valor do patrimônio líquidodaquela instituição deduzido dos valores utilizados nas operações com o Banco.

R$ mil

31.12.2010

Controlador (1) Controladas (2) Controleconjunto (3) Coligadas (4) Pessoal chave da

administração (5)Outras partes

relacionadas (6) Total

AtivosEmpréstimos a instituições financeiras - 14.960.687 75.078 - - - 15.035.765Ativos financeiros disponíveis para venda - 5.632 92.574 27.988 - - 126.194Empréstimos a clientes 947.969 48.602 86.706 - - 798.938 1.882.215

Outros ativos - 432.042 318.106 - - 135.926 886.074Total 947.969 15.446.963 572.464 27.988 - 934.864 17.930.248

PassivosDepósitos de clientes 816.374 3.544.279 1.209.769 714.369 7.275 8.342.147 14.634.213Obrigações por operações compromissadas - 1.174.729 - - - 528.713 1.703.442

Obrigações de longo prazo 1.512.821 9.443.002 - - - 45.740.191 56.696.014Outros passivos - 31.075 113.117 - - 121.355 265.547Total 2.329.195 14.193.085 1.322.886 714.369 7.275 54.732.406 73.299.216

Demonstração do Resultado ConsolidadoReceitas de juros e prestação de serviços 87.957 1.578.538 1.047.877 165.570 - 427.908 3.307.850

Despesas com captação (170.672) (385.147) (19.892) (21.951) (838) (2.400.736) (2.999.236)Total Líquido (82.715) 1.193.391 1.027.985 143.619 (838) (1.972.828) 308.614

Garantias e outras coobrigações (7) - 1.002.892 9.409.585 - - - 10.412.477(1) Controlador – compreende o Tesouro Nacional (STN), representando a União Federal, e órgãos da Administração Direta do Governo Federal.

(2) Controladas – compreendem as empresas relacionadas na Nota 5, identificadas no item 1.

(3) Joint Ventures – compreende as empresas relacionadas na Nota 5, identificadas no item 2 e 3.

(4) Coligadas – compreendem as empresas relacionadas na Nota 24.(5) Pessoal Chave da Administração – Conselho de Administração, Diretoria Executiva, Comitê de Auditoria e Conselho Fiscal.

(6) Compreendem as empresas públicas e sociedades de economia mista controladas pelo Governo Federal, entidades vinculadas aos funcionários(Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil – Previ, Fundação Codesc de Seguridade Social – Fusesc, Caixa de Assistência dosFuncionários do Banco do Brasil – CASSI) e a Fundação Banco do Brasil – FBB.

(7) Inclui o Contrato de Abertura de Linha de Crédito Interbancário Rotativo a liberar com o Banco Votorantim, equivalente ao valor do patrimônio líquidodaquela instituição deduzido dos valores utilizados nas operações com o Banco.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

175

R$ mil

31.12.2009

Controlador (1) Controladas (2) Controleconjunto (3) Coligadas (4) Pessoal chave da

administração (5)Outras partes

relacionadas (6) Total

AtivosEmpréstimos a instituições financeiras - 16.559.827 - - - - 16.559.827Ativos financeiros disponíveis para venda - 3.930 82.277 - - - 86.207

Empréstimos a clientes 1.218.927 234.136 88.446 - - 226.227 1.767.736Outros ativos - 1.030.058 294.958 153.214 - - 1.478.230Total 1.218.927 17.827.951 465.681 153.214 - 226.227 19.892.000

PassivosDepósitos de clientes 711.810 5.113.117 289.455 311.071 6.939 5.753.819 12.186.211

Obrigações por operações compromissadas - 1.023.492 - - - 1.174.283 2.197.775Obrigações de longo prazo 2.100.693 7.328.589 - - - 26.793.832 36.223.114Outros passivos - 50.278 47.184 21.176 - 17.508 136.146Total 2.812.503 13.515.476 336.639 332.247 6.939 33.739.442 50.743.246

Demonstração do Resultado ConsolidadoReceitas de juros e prestação de serviços 111.541 1.330.800 690.133 141.676 - 173.841 2.447.991Despesas com captação (165.932) (219.083) (19.934) (19.485) (1.341) (2.046.112) (2.471.887)Total Líquido (54.391) 1.111.717 670.199 122.191 (1.341) (1.872.271) (23.896)

Garantias e outras coobrigações (7) - 478.160 - - - - 478.160(1) Controlador – compreende o Tesouro Nacional (STN), representando a União Federal, e órgãos da Administração Direta do Governo Federal.(2) Controladas – compreendem as empresas relacionadas na Nota 5, identificadas no item 1.

(3) Joint Ventures – compreende as empresas relacionadas na Nota 5, identificadas no item 2 e 3.

(4) Coligadas – compreendem as empresas relacionadas na Nota 24.

(5) Pessoal Chave da Administração – Conselho de Administração, Diretoria Executiva, Comitê de Auditoria e Conselho Fiscal.(6) Compreendem as empresas públicas e sociedades de economia mista controladas pelo Governo Federal, entidades vinculadas aos funcionários

(Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil – Previ, Fundação Codesc de Seguridade Social – Fusesc, Caixa de Assistência dosFuncionários do Banco do Brasil – CASSI) e a Fundação Banco do Brasil – FBB.

(7) Inclui o Contrato de Abertura de Linha de Crédito Interbancário Rotativo a liberar com o Banco Votorantim, equivalente ao valor do patrimônio líquidodaquela instituição deduzido dos valores utilizados nas operações com o Banco.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

176

45 – Ativos e Passivos Correntes e Não Correntes po r PrazoR$ mil

31.12.2011

Até 1 ano Após 1 ano Total

Ativo

Caixa e depósitos bancários 10.492.143 - 10.492.143

Depósitos compulsórios em bancos centrais 93.689.987 - 93.689.987

Empréstimos a instituições financeiras 19.748.681 22.097.810 41.846.491

Aplicações em operações compromissadas 139.013.120 19.081 139.032.201

Ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado 23.565.450 44.729.022 68.294.472

Ativos financeiros disponíveis para venda 17.692.942 66.635.247 84.328.189

Ativos financeiros mantidos até o vencimento 4.105.814 10.891.515 14.997.329

Empréstimos a clientes 185.454.687 213.577.807 399.032.494

Ativos não correntes disponíveis para venda 56.328 58.060 114.388

Investimentos em coligadas - 514.206 514.206

Ativo imobilizado - 6.194.386 6.194.386

Ágio sobre investimentos - 2.797.993 2.797.993

Outros ativos intangíveis 3.399.398 11.798.512 15.197.910

Ativos por impostos correntes 8.253.378 46.870 8.300.248

Ativos por impostos diferidos - 20.418.323 20.418.323

Outros ativos 39.203.343 22.368.965 61.572.308

Total 544.675.271 422.147.797 966.823.068

Passivo

Depósitos de clientes 277.607.122 151.570.141 429.177.263

Valores a pagar a instituições financeiras 11.992.885 2.632.465 14.625.350

Passivos financeiros ao valor justo por meio do resultado 3.444.277 528.578 3.972.855

Obrigações por operações compromissadas 184.967.739 10.237.140 195.204.879

Obrigações de curto prazo 10.383.708 2.604.900 12.988.608

Obrigações de longo prazo 29.406.654 92.640.736 122.047.390

Provisões 6.508.027 472.181 6.980.208

Passivos por contratos de seguro 9.004.904 32.638.557 41.643.461

Passivos por impostos correntes 4.348.307 23.125 4.371.432

Passivos por impostos diferidos - 6.665.778 6.665.778

Outros passivos 52.591.759 13.284.861 65.876.620

Total 590.255.382 313.298.462 903.553.844

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

177

R$ mil

31.12.2010

Até 1 ano Após 1 ano Total

Ativo

Caixa e depósitos bancários 9.816.675 - 9.816.675

Depósitos compulsórios em bancos centrais 87.055.947 - 87.055.947

Empréstimos a instituições financeiras 25.618.785 8.358.648 33.977.433

Aplicações em operações compromissadas 84.998.403 61.781 85.060.184

Ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado 48.431.307 3.790.851 52.222.158

Ativos financeiros disponíveis para venda 20.410.695 54.599.930 75.010.625

Ativos financeiros mantidos até o vencimento 3.733.507 12.873.800 16.607.307

Empréstimos a clientes 148.345.872 190.042.426 338.388.298

Ativos não correntes disponíveis para venda 32.911 64.381 97.292

Investimentos em coligadas - 1.184.775 1.184.775

Ativo imobilizado - 5.553.136 5.553.136

Ágio sobre investimentos - 2.398.484 2.398.484

Outros ativos intangíveis 2.935.187 8.508.607 11.443.794

Ativos por impostos correntes 9.918.925 73.181 9.992.106

Ativos por impostos diferidos - 19.568.233 19.568.233

Outros ativos 34.855.446 19.587.902 54.443.348

Total 476.153.660 326.666.135 802.819.795

Passivo

Depósitos de clientes 273.741.507 85.559.892 359.301.399

Valores a pagar a instituições financeiras 14.487.917 5.308.858 19.796.775

Passivos financeiros ao valor justo por meio do resultado 4.430.954 771.349 5.202.303

Obrigações por operações compromissadas 134.325.926 7.873.102 142.199.028

Obrigações de curto prazo 5.167.069 3.796.153 8.963.222

Obrigações de longo prazo 29.658.084 66.556.881 96.214.965

Provisões 5.881.189 1.023.061 6.904.250

Passivos por contratos de seguro 3.033.899 27.210.237 30.244.136

Passivos por impostos correntes 5.934.776 33.191 5.967.967

Passivos por impostos diferidos - 5.325.762 5.325.762

Outros passivos 52.385.431 15.895.620 68.281.051

Total 529.046.752 219.354.106 748.400.858

46 – Conciliação do Patrimônio Líquido e do Resulta do

As demonstrações contábeis consolidadas do Conglomerado Banco do Brasil são preparadas emconformidade com as práticas contábeis adotadas pelas instituições financeiras no Brasil (BR GAAP), asquais diferem, em determinados aspectos, das práticas contábeis descritas pelas IFRS.

Principais ajustes promovidos ao patrimônio líquido e ao resultado do Banco resultantes da aplicação dasIFRS:

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

178

R$ mil

Referência 31.12.2011 31.12.2010

Patrimônio líquido atribuível ao Controlador em BR GAAP 57.972.442 50.440.636

Ajustes de IFRS 4.577.504 3.876.527

Diferimento de tarifas e comissões para ajuste ao método da taxa efetiva de juros (a) (525.677) (491.992)

Combinações de negócios – Amortização de ágio sobre investimentos (b) 1.098.134 364.162

Combinações de negócios – Alocação do preço de compra (b) (1.201.246) 280.881

Formação de joint ventures – Parceria BB/Mapfre (c) 929.120 -

Ganho 1.692.050 -

Baixa de ágios (734.324) -

Alocação do preço de compra (28.606) -

Provisão para perdas em empréstimos a clientes (d) 6.858.029 6.335.945

Cessão de créditos com coobrigação (e) (817.722) (594.895)

Outros ajustes 817.830 370.319

Imposto de Renda e Contribuição Social sobre ajustes IFRS (f) (2.580.964) (2.387.893)

Patrimônio líquido atribuível ao Controlador em IFR S 62.549.946 54.317.163

Participações de acionistas não controladores 719.278 101.774

Patrimônio líquido apurado em conformidade com as I FRS 63.269.224 54.418.937

R$ mil

Referência Exercício/2011 Exercício/2010 Exercício/2009

Resultado atribuível ao Controlador em BR GAAP 12.12 5.990 11.703.186 10.147.522

Ajustes de IFRS 555.932 (407.177) 3.295.418

Diferimento de tarifas e comissões para ajuste ao método da taxa efetiva de juros

(a) (33.685) (74.368) 122.595

Combinações de negócios – Amortização de ágio sobre investimentos (b) 738.046 216.340 146.149

Combinações de negócios – Alocação do preço de compra (b) (1.482.127) (576.841) 857.722

Formação de joint ventures – Parceria BB Mapfre (c) 929.120 - -

Ganho 1.692.050 - -

Baixa de ágios (734.324) - -

Alocação do preço de compra (28.606) - -

Provisão para perdas em empréstimos a clientes (d) 522.084 (254.762) 4.458.183

Cessão de créditos com coobrigação (e) (222.827) (325.137) (269.758)

Outros ajustes 298.392 209.436 122.097

Imposto de Renda e Contribuição Social sobre ajustes IFRS (f) (193.071) 398.155 (2.141.570)

Resultado atribuível ao Controlador em IFRS 12.681.922 11.296.009 13.442.940

Participações de acionistas não controladores 54.990 34.336 36.450

Resultado apurado em conformidade com as IFRS 12.736.912 11.330.345 13.479.390

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

179

a) Diferimento de tarifas e comissões para ajuste a o método da taxa efetiva de juros

Segundo as práticas contábeis adotadas pelas instituições financeiras no Brasil, as tarifas e comissõescobradas pela originação de empréstimos a clientes são reconhecidos como receita no ato do recebimento.

De acordo com as IFRS, em consonância com a IAS 39, as tarifas e comissões que integram o cálculo dataxa efetiva de juros, diretamente atribuíveis aos instrumentos financeiros classificados ao custo amortizado,devem ser amortizadas ao longo da vida esperada dos contratos.

Os ajustes apresentados em nossas demonstrações contábeis consolidadas refletem o diferimento lineardessas receitas em função do prazo médio calculado para cada instrumento sujeito ao método da taxaefetiva de juros.

b) Combinações de negócios

Segundo as práticas contábeis adotadas no Brasil, o montante do ágio ou deságio resultante da aquisiçãode controle de uma companhia decorre da diferença entre o valor da contraprestação paga e o valor demercado dos ativos líquidos adquiridos, o qual é amortizado em até dez anos, caso ele seja baseado emexpectativa de rentabilidade futura.

Em conformidade com a IFRS 3, o ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) érepresentado pela diferença positiva entre o valor da contraprestação e o montante líquido proporcionaladquirido do valor justo dos ativos e passivos da adquirida. O montante registrado como ágio não sofreamortização, todavia é avaliado no mínimo anualmente para fins de determinar se ele está em imparidade.

Os ajustes classificados como “Combinações de Negócios” referem-se à reversão da amortização de ágioefetuada segundo as práticas contábeis adotadas no Brasil, a amortização da parcela de valor justo dosativos e passivos adquiridos/assumidos, a amortização dos ativos intangíveis de vida útil definidaidentificados na aquisição da participação societária e o deságio apurado na aquisição de participaçãosocietária, efetuados em conformidade com a IFRS 3.

c) Formação de joint ventures – Parceria BB/Mapfre

Segundo as práticas contábeis adotadas no Brasil, essa transação foi registrada como uma troca departicipações societárias considerando o valor contábil dos patrimônios líquidos contribuídos e recebidos.Para fins de equalização dessa parceria, houve o aporte de recursos oriundos do BB no valor de,aproximadamente, R$ 332 milhões.

Em conformidade com a SIC 13 – Contribuições não monetárias para a formação de joint ventures, asparticipações societárias recebidas na formação da Parceria são registradas a valor justo, o valor contábildos ativos contribuídos pelo BB, incluindo qualquer ágio, são baixados e o resultado da transação éreconhecido na proporção da participação societária da Mapfre nas novas sociedades constituídas.

d) Provisão para perdas em empréstimos a clientes

Segundo as práticas contábeis adotadas pelas instituições financeiras no Brasil, os empréstimos a clientesdevem ser classificados em ordem crescente de níveis de risco, que variam do risco AA ao risco H. Aclassificação da operação no nível de risco correspondente é de responsabilidade da instituição detentorado crédito e deve ser efetuada com base em critérios consistentes e verificáveis, amparada por informaçõesinternas e externas.

Os principais critérios observados pelas instituições financeiras quando da classificação dos empréstimos aclientes em níveis de risco são relacionados a: i) situação econômico-financeira do devedor; (ii) grau deendividamento; (iii) capacidade de geração de resultados; (iv) fluxo de caixa; (v) pontualidade e atrasos nospagamentos; (vi) limite de crédito; (vii) natureza e finalidade da transação; características das garantias,particularmente quanto à suficiência e liquidez; e (viii) valor da operação.

A classificação dos empréstimos a clientes em níveis de risco é revista mensalmente, em função de atrasoverificado no pagamento de parcela de principal ou de encargos.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

180

A provisão para fazer face às perdas em empréstimos a clientes, conforme as regras do BR GAAP, deve serconstituída mensalmente, não podendo ser inferior ao somatório decorrente da aplicação de percentuaismínimos, os quais variam de 0% (zero por cento) para as operações de nível AA a 100% para as operaçõesclassificadas no nível H. Apesar de o modelo utilizado determinar um percentual mínimo de provisão paracada nível de risco, uma entidade pode, ao seu próprio critério, determinar um adicional de provisão.

Esta prática de provisionamento de perdas em empréstimos a clientes é baseada em um modelo de perdaesperada, com a utilização de limites regulatórios definidos pelo Banco Central do Brasil.

Segundo as IFRS, a partir das disposições da IAS 39, o Banco classifica seus empréstimos a clientes emoperações com problemas de recuperabilidade (imparidade) e sem problemas de recuperabilidade (não-imparidade). O conjunto de operações em imparidade é segregado em função de sua relevância, gerandosegmentos de operações sujeitas a tratamento individualizado (análise individual de imparidade) e/outratamento coletivo (análise coletiva de imparidade).

A avaliação individual envolve a valoração de cada operação, onde são ponderados aspectos inerentes aocliente tomador e específicos das operações, tais como: situação das operações, compartilhamento de riscode crédito, situação econômico-financeira do cliente, restrições de crédito e garantias atreladas. A apuraçãoda provisão de forma coletiva é realizada mediante a aplicação dos índices de perdas históricas emoperações de natureza semelhante, considerando produtos similares e aspectos relacionados ao clientetomador e à operação (nível de risco, situação original e prazo de exigibilidade).

Esta prática de provisionamento de perdas em empréstimos a clientes é baseada em um modelo de perdaincorrida, a partir da ocorrência de eventos de perda.

e) Cessão de créditos com coobrigação

Em conformidade com as práticas contábeis adotadas pelas instituições financeiras no Brasil, as operaçõesde crédito cedidas a terceiros com acordo firmado de coobrigação são baixadas do balanço patrimonial e adiferença entre a contraprestação recebida e o valor contábil do ativo financeiro é registrada como receitaou despesa no momento da cessão.

Sob as IFRS, em conformidade com a IAS 39, caso a entidade retenha substancialmente todos os riscos ebenefícios da propriedade do ativo cedido, ela continuará a reconhecer o ativo transferido em sua totalidadee reconhecerá um passivo financeiro pela contrapartida recebida.

Os ajustes relativos a “Cessão de créditos com coobrigação” refletem os valores dos empréstimos a clientescedidos pelo Banco Votorantim S.A.

f) Imposto de renda e contribuição social sobre os ajustes de IFRS

Esse ajuste decorre da aplicação das alíquotas de imposto de renda e contribuição social sobre os ajustesde conversão das demonstrações contábeis consolidadas elaboradas em conformidade com as práticascontábeis adotadas no Brasil para as demonstrações contábeis consolidadas em conformidade com asIFRS.

47 – Eventos subsequentes

EuroBank

Em 19.01.2012, efetivou-se o fechamento da operação de aquisição da totalidade das ações do EuroBank,instituição financeira norte-americana, com o pagamento de US$ 6 milhões aos vendedores e atransferência das 835.855 ações ordinárias ao Banco do Brasil, correspondentes à totalidade do capitalsocial e votante do EuroBank.

Em 2011, a aquisição já havia passado pelas seguintes aprovações:

• em 31.05.2011 - Assembleia de Acionistas do Banco do Brasil;• em 09.08.2011 - Banco Central do Brasil;• em 19.10.2011 - Florida Office of Financial Regulation (OFR);

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

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• em 07.11.2011 - Federal Deposit Insurance Company (FDIC);• em 16.12.2011 - Federal Reserve Board (FED).

O EuroBank, sociedade de capital fechado com sede na Flórida (EUA), possui uma rede de 3 agênciaslocalizadas nas regiões de Coral Gables, Pompano Beach e Boca Raton onde atende clientes americanos,portugueses, hispânicos e um pequeno público de brasileiros.

A aquisição do EuroBank contribuirá para a expansão dos negócios do Banco nos EUA e lhe permitirá atuarno mercado de varejo norte-americano, com foco no atendimento das comunidades brasileira e hispânicaresidentes naquele País.

A aquisição do EuroBank não teve impacto nos números divulgados nessas demonstrações contábeis.

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RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMO NSTRAÇÕESFINANCEIRAS CONSOLIDADAS

AoConselho de Administração, aos Acionistas e aos Administradores doBanco do Brasil S.A.Brasília - DF

Examinamos as demonstrações financeiras consolidadas do Banco do Brasil S.A. (“Banco”), quecompreendem o balanço patrimonial consolidado em 31 de dezembro de 2011 e as respectivasdemonstrações consolidadas do resultado, do resultado abrangente, das mutações dopatrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, assim como oresumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas.

Responsabilidade da administração sobre as demonstr ações financeiras consolidadas

A Administração do Banco é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessasdemonstrações financeiras consolidadas de acordo com as Normas Internacionais de RelatórioFinanceiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board - IASB e peloscontroles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração dedemonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada porfraude ou erro.

Responsabilidade dos auditores independentes

Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeirasconsolidadas com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras einternacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelosauditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurançarazoável de que as demonstrações financeiras estão livres de distorção relevante.

Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência arespeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações financeiras consolidadas.Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dosriscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causadapor fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internosrelevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeirasconsolidadas do Banco para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nascircunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controlesinternos do Banco. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticascontábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela Administração, bemcomo a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentarnossa opinião.

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Opinião

Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas acima referidas apresentamadequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeiraconsolidada do Banco do Brasil S.A. em 31 de dezembro de 2011, o desempenho consolidadode suas operações e os seus fluxos de caixa consolidados para o exercício findo naquela data,de acordo com as Normas Internacionais de Relatório Financeiro (IFRS), emitidas pelo“International Accounting Standard Board – IASB”.

Brasilia, 27 de março de 2012

KPMG Auditores IndependentesCRC 2SP014428/O-6 F-DF

Giuseppe Masi Carlos Massao TakauthiContador CRC 1SP176273/O-7 S-DF Contador CRC 1SP206103/O-4 S-DF

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MEMBROS DOS ÓRGÃOS DAADMINISTRAÇÃO

PRESIDENTEAldemir Bendine

VICE-PRESIDENTESAlexandre Corrêa AbreuDan Antonio Marinho ConradoDanilo AngstGeraldo Afonso Dezena da SilvaIvan de Souza MonteiroOsmar Fernandes DiasPaulo Rogério CaffarelliRicardo Antônio de OliveiraRobson Rocha

DIRETORESAdilson do Nascimento AnisioAdmilson Monteiro GarciaAdriano Meira RicciAntonio Maurício MauranoAntônio Pedro da Silva MachadoAry Joel de Abreu LanzarinCarlos Alberto Araujo NettoCarlos Eduardo Leal NeriClenio Severio TeribeleGueitiro Matsuo GensoHayton Jurema da RochaIves Cézar FülberJosé Mauricio Pereira CoelhoLuiz Henrique Guimarães de FreitasMárcio Hamilton FerreiraMarco Antonio Ascoli MastroeniMarco Antônio da Silva BarrosMarcos Ricardo LotNilson Martiniano MoreiraOswaldo de Salles Guerra CerviPaulo Roberto Lopes RicciSandro José FrancoSandro Kohler MarcondesSérgio Ricardo Miranda NazaréWalter Malieni Júnior

CONTADORIAEduardo Cesar PasaContador GeralContador CRC-DF 017601/O-5CPF 541.035.920-87

Daniel André StielerContador CRC-DF 013931/O-2CPF 391.145.110-53

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃONelson Henrique Barbosa Filho (Presidente)Aldemir Bendine (Vice-presidente)Adriana Queiroz de CarvalhoBernardo Gouthier MacedoFrancisco de Assis Leme FrancoHenrique JägerSérgio Eduardo Arbulu Mendonça

CONSELHO FISCALDaniel Sigelmann (Presidente)Anelize Lenzi Ruas de AlmeidaClóvis Ailton MadeiraMarcos Machado GuimarãesPedro Carvalho de Mello

COMITÊ DE AUDITORIAJosé Danúbio Rozo (Coordenador)Celene Carvalho de JesusJosé Gilberto Jaloretto

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