daniel sotelo - admecles

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Administração Eclesiástica ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA INTRODUÇÃO Poderia iniciar esta introdução com uma pergunta: Como você está administrando a sua igreja? Da resposta a esta pergunta, dependerá o sucesso ou o fracasso de sua administração. Administrar além de precisar ter conhecimento das leis, uma contabilidade eficiente e de uma gerência correta dos recursos da igreja. É estar pronto a conseguir equacionar os problemas que eventualmente aconteçam no cotidiano da igreja. A igreja não é uma empresa, nem o pastor é um executivo, mas o pastor necessita ter conhecimentos básicos de como lidar com os negócios da terra e do céu ao mesmo tempo. O Pastor ou obreiro que tenha ou venha a ter em suas mãos a grande e honrosa responsabilidade de liderar uma igreja, deverá além dos conhecimentos bíblicos e teológicos suficientes para poder alimentar o rebanho com ‘’ pasto verde e água fresca’’, deverá possuir conhecimentos básicos 1

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Administração Eclesiástica

ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA

INTRODUÇÃO

Poderia iniciar esta introdução com uma pergunta: Como você está

administrando a sua igreja? Da resposta a esta pergunta, dependerá o sucesso

ou o fracasso de sua administração.

Administrar além de precisar ter conhecimento das leis, uma

contabilidade eficiente e de uma gerência correta dos recursos da igreja. É

estar pronto a conseguir equacionar os problemas que eventualmente

aconteçam no cotidiano da igreja.

A igreja não é uma empresa, nem o pastor é um executivo, mas o pastor

necessita ter conhecimentos básicos de como lidar com os negócios da terra e

do céu ao mesmo tempo.

O Pastor ou obreiro que tenha ou venha a ter em suas mãos a grande e

honrosa responsabilidade de liderar uma igreja, deverá além dos

conhecimentos bíblicos e teológicos suficientes para poder alimentar o rebanho

com ‘’ pasto verde e água fresca’’, deverá possuir conhecimentos básicos de

administração ou pelo menos estarem cientes de que precisarão de tal

conhecimento.

Esta apostila não possui o objetivo de ser o único manual que irá sanar

toda e qualquer dúvida a respeito deste extenso assunto é administração

eclesiástica, mas sim mostrar em primeiro lugar que apesar de a igreja não ser

uma empresa ela necessita ser administrada, e em segundo lugar, o pastor ou

obreiro precisa estar sempre atualizado, seja com as leis que hora ou outra

estão sempre mudando ou surgindo outras novidades, seja com os avanços

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Administração Eclesiástica

tecnológicos que se bem utilizados serão de grande ajuda para um ministério

atualizado numa igreja bem moderna.

Como o próprio Jesus orou ao Pai, dizendo: ‘’ Pai, rogo que não os tire

do mundo, mas que os livre do mal’’.

Que Deus abençoe todo aquele que deseja utilizar bem todas as regras

e técnicas de administração eclesiástica, para que sua comunidade cristã

cresça e floresça dando frutos a proporção geométricas, e glorificando o nome

de Deus com o testemunho visível em sua comunidade local.

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Administração Eclesiástica

1. Igreja

1.1.Surgimento

A igreja foi um prolongamento das sinagogas judaicas do Antigo Israel,

contudo sua administração, ou seja, seus métodos e economia são diferentes.

No princípio houve pouca ou até mesmo nenhuma administração

(organização). O papel de organizar a igreja coube aos apóstolos, após o

Pentecostes. No entanto já existia a idéia de igreja neste período apostólico.

1.2. Termo

Este termo é uma palavra grega Εκκλησία (ekklesia), que significa

reunir. Entre os gregos, o termo era usado para uma reunião do povo,

regularmente convocada para decisões políticas e sociais da polis (cidade) (At

19.32, 39, 41).

Entre os hebreus era usado o termo QAHAL: assembléia dos anciãos no

Antigo Israel, como eram chamadas suas assembléias (Dt 23. 1-3; Ne 13.1; Lm

1.10).

A LXX (Septuaginta: tradução grega do Hebraico do Antigo

Testamento) que traduziu por ekklesia os termos hebraicos QAHAL Israel ou

QAHAL YHWH, demonstrando que o povo de Israel se reunia solenemente

diante de Deus para cultua-lo.

Qahal (congregação ou assembleia, reunião de todo o povo de Israel).

Ekklesia (congregação, assembléia do povo de Deus após o Novo

Testamento).

Nos Evangelhos, só há duas referências ao termo Igreja (Mt 16.18;

18.17).

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1.3. Reino/Igreja

Devemos observar algumas diferenças entre as palavras Reino/Igreja.

O Reino sempre existiu antes da Igreja no Antigo Testamento e no Novo

Testamento. O Reino é invisível, consiste no domínio de Cristo na vida dos

seus servos. Mas, sendo invisível, o Reino não deixa de ser espiritual, pessoal

e social, político e econômico.

Distinção:

A Igreja começou com Cristo e o Reino sempre existiu;

Igreja:

No Novo Testamento a palavra Igreja é usada pela primeira vez em

Mateus 16.18. “Também eu te digo que és Pedro, e sobre esta pedra

edificarei a minha Igreja’.

Observamos que a introdução do termo ‘’ minha Igreja’’, foi feito pelo

Senhor Jesus, isto é, não uma mera construção de pedras, um local

qualquer, mas trata-se da Igreja Universal de Cristo, reunião ou grande

assembléia de todos os salvos e santos lavados e remidos pelo sangue do

Cordeiro’’. Mas o Senhor Jesus não fala em Igreja apenas em seu aspecto

universal, quando Ele menciona a segunda vez que aparece no Novo

Testamento o termo Igreja Mateus 18.15-17, Ele está tratando da igreja

local, pois Ele está dando instruções de como tratar um irmão que está

errado.

Reino

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O reino é a expressão máxima do amor de Deus pelo ser humano, pois

antes da fundação do mundo o reino já existia com todas as benção,

promessas e alianças que Deus, destinou aos que receberem a Cristo

Jesus. Mateus 25.34.

A Igreja reúne os crentes em Cristo e o Reino inclui todos os filhos de

Deus;

Igreja

Aqui neste caso trata-se da igreja local, visível que reúne a comunidade

dos fiéis que se reúnem num determinado lugar para adorar a Cristo, e

cumprir a grande comissão.

Reino

Desta forma trata-se da igreja universal, invisível que reúne aqueles os

quais verdadeiramente, receberam a Cristo Jesus como Salvador. É

invisível, pois somente o Senhor Jesus pode distinguir os verdadeiros dos

falsos crentes.

A Igreja pertence a este mundo (relações); porém o Reino não pertence

a este mundo;

Igreja

É a igreja representada diante da sociedade politicamente organizada. É

a igreja formal e visível

Reino

É a igreja universal invisível, reunião de todos os que aceitaram a Cristo

Jesus e não fazem mais parte da igreja visível, pois estão com Deus, por

isso não fazem mais parte deste mundo físico, mas sim do mundo espiritual.

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A Igreja é visível; mas, o Reino é invisível;

Igreja

É a igreja é aquela que se pode ver, o mesmo que igreja organizada ou

institucional ou local.

Reino

É a igreja que não está mais militando conosco, pois já estão com o

Senhor.

A Igreja é local; e o Reino é universal abrange todas as igrejas na face

da terra;

Igreja

A igreja é local, pois é a reunião de um grupo determinado de pessoas

em um lugar específico para adorar a Deus.

Reino

Aqui é a reunião da igreja de todos os tempos e de todos os lugares,

nações, tribos e línguas.

1.4. Nomes

As igrejas receberam nomes de acordo com a sua localidade. Assim

temos referências:

Igreja de Antioquia (At 13.1; 14.26; 15.3);

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Terceira cidade do império romano, ao norte de Jerusalém. Primeiro

centro do cristianismo gentílico. Base e inicio da obra missionária do

apóstolo Paulo.

Igreja de Jerusalém (At 8.1; 11.22; 15.4);

Nenhuma cidade bíblica pode comparar-se a Jerusalém, tanto por sua

figuração histórica como por sua importância simbólica. Dista do

Mediterrâneo 50 Km; do Mar Morto 29 Km; de Hebrom 32 Km e de

Samaria aproximadamente 58 Km.É o inicio da igreja na Palestina com o

apostolo Tiago.

Igreja de Cencréia (Rm 16.1);

Foi um dos portos de Corinto e importante centro comercial no lado

oriental do istmo.

Igreja de Éfeso (At 20.17);

Metrópole da Ásia Pró-consular, na província de Lídia, perto da

desembocadura do Caíster, entre Mileto para o Sul e Esmirna no Norte.

Navios de todas as partes do mundo faziam escala em seu amplo porto.

Igreja de Esmirna (Ap 2.8);

Situada na cabeceira do golfo de Esmirna, a 64 Km ao Norte de Éfeso,

era um importante cruzamento das rotas comerciais terrestres e marítimas.

Igreja de Laodicéia (Cl 4.16);

Era a cidade principal da Frígia, situada ao Sul de Colossos e

Hierápolis, sobre o rio Lico, afluente do Meânder. Laodicéia tinha fama

por sua escola de medicina.

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1.5. Como as igrejas se organizaram.

As igrejas eram organizadas segundo os princípios que encontram

expostos no Novo Testamento, ou seja, agências do reino de Deus.

Muitas dessas igrejas foram organizadas em casas de cristãos

fervorosos em trabalhar pra o reino de Deus:

Casa de Áquila e Priscila (Rm 16.5);

Hospedaram Paulo em Corinto, vv. 2,3. A arqueologia moderna mostra ser

Priscila de família distinta, de categoria elevada em Roma, enquanto Áquila era

judeu. Quando esse casal se converteu ao Evangelho deram-se logo

totalmente ao trabalho da igreja. Foram com Paulo a Éfeso, At 18.18, onde

mais tarde a casa deles foi lugar de reunião de uma igreja 1 Co 16.19.

Casa de Gaio (Rm 16.23);

Há uma tradição de que ele mais tarde veio a ser escriba de João, em sua

casa no tempo de Paulo uma igreja se reunia.

Casa de Filemon (Fm 2).

Era um cristão de Colossos, dos convertidos de Paulo, pessoa abastada. Em

sua casa reunia-se uma igreja. Parece que ele e Paulo eram amigos íntimos.

1.6. Missão da igreja.

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Qualquer sistema, quando se organiza, se propõe a realizar um trabalho,

uma tarefa, um objetivo. Porém a igreja não é um sistema qualquer, mas a

suprema entidade, a sublime organização que o nosso Senhor se dignou de

organizar com o fim de propagar a Grande obra de Salvação e expandir o reino

de Deus.

Como organismo espiritual as funções da igreja são:

Adoração

[Do lat. Adorationem, orar para alguém] veneração elevada que se presta

a Deus, reconhecendo-lhe a soberania sobre o universo, o governo moral e a

força de seus decretos. A verdadeira adoração está associada ao amor que

devotamos a Deus. É um ato permanente na vida do filho de Deus. Adoração

não é contemplação; é, acima de tudo, serviço que se presta ao Reino de

Deus.

Evangelização

[Do gr. Evangelion + em nossa língua evangelismo] Exposição sistemática

da doutrina e dos métodos da proclamação do Evangelho de Cristo, de

conformidade com o espírito e a urgência da Grande Comissão (Mc 16.14-18).

A Evangelização é feita pessoalmente, ou de dois a dois (Mt 6.7; Lc 10.1) ou

em equipes, ou em campanhas (At 2.1-41). Pode ser feita através de

testemunhos dos crentes, pelos sermões dos púlpitos, pelos cultos nas casas,

nas ruas, nas praças, estádios etc.

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Educação

A obra da educação, do ensino, é também um atestado eloqüente do poder

de nossas vidas salvas. Temos que ensinar o povo educa-lo, doutrina-lo e

prepara-lo intelectual e moralmente para ser responsável pelo desenvolvimento

da pátria como bons cidadãos.

Ação Social

.

A obra de beneficência ou ação social é o resultado do amor que a igreja

devota aos perdidos. Será, na realidade, a prática do que se aprende na igreja.

Com a ação social, o crente concretiza, materializa o que suas palavras

pregaram, isto é, ele sai do campo da teoria e passa à prática; ultrapassa o

idealismo passando a realizar boas obras porque ele é feitura de Deus, ‘’

criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus antes prepararam

para que andássemos nelas’’ (Ef 2.10). Não praticamos boas obras para

sermos salvos. Mas porque somos salvos, devemos praticá-las, para a honra e

glória de Deus e para o bem de nosso próximo.

Adoração (relação vertical do homem com Deus);

Evangelização (cumprir o ‘’ Ide’’, dar testemunho);

Educação (A famosa comissão ‘’ Ide, (...) ensinando-os (...) (Mt 28.19));

Ação Social. (relação horizontal do homem com o homem – Jesus nos amou

primeiro).

1.7. Dos Membros da Igreja

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A igreja enquanto instituição terrena se compõe de pessoas convertidas.

O Novo Testamento nos ensina que os membros das igrejas primitivas

ouviam as boas novas, arrependiam-se dos seus pecados e de bom grado

aceitavam a Palavra de Deus, sendo batizados e tornando-se membros da

igreja: ‘’ E cada dia acrescentava-lhes o Senhor os que iam sendo salvos’’ (At

2.47).

Para ser tornar membro de uma igreja o candidato deve possuir alguns

requisitos:

Requisito espiritual: O candidato deve dar provas de que realmente é

regenerado pelo poder de Deus, mudar de mente, de pensar (Mt 3.2);

Requisito social: O candidato deve se apresentar perante a igreja

mostrando-se desejoso de pertencer ao rol de membros da igreja;

Requisito formal: O candidato deve passar pelas águas (batismo), pois

assim estará dando testemunho público de sua fé.

Contudo, não é apenas esta a forma de fazer parte do rol de membros

de uma igreja, pode ser usado um dos métodos abaixo;

Carta de transferência; (um crente ao se mudar deve levar consigo carta

para apresentar em outra igreja);

Reconciliação; (o membro após dar testemunho, pode ser reconciliado

com a igreja e tornar a fazer parte do rol de membros);

Aclamação (o membro, quando por qualquer motivo não puder

apresentar a carta de transferência pode ser recebido por aclamação).

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1.8. Formas de governo.

Várias são as formas de governo de uma igreja, vejamos:

Monárquico (Um líder é o chefe supremo – adotado pela igreja Católica

Romana);

Episcopal (O Bispo é quem administra todas as coisas da igreja);

Oligárquico (Um pequeno grupo controla a igreja, os membros não se

pronunciam);

Congregacional (à igreja cabe gerir os negócios dentro da pura

democracia).

Democrático (assembléia, o pastor, e os presbíteros).

1.9. Disciplina.

A disciplina visa manter a igreja dentro do padrão de pureza apostólica.

Sem disciplina ela vai se tornando, dia a dia, corrompida.

2. Templo

2.1. Construção:

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Para que uma igreja seja bem funcional, precisa de uma sede bem

localizada e planejada de maneira que obedeça todo o requisito técnico e que

ofereça conforto e beleza.

Não podemos iniciar uma obra como esta sem um passo anterior muito

importante. Esse primeiro passo é oração, é o passo primordial, indispensável,

pois a oração é a alavanca de todo o trabalho da igreja. Sem ela tudo é

infrutífero e sem valor, a oração é a arma do crente que, nas impossibilidades

humanas, tem nas orações a força das possibilidades eternas.

Outro aspecto importante na construção de um templo é sem dúvida

nenhuma a parte financeira, é importante fazer com que o povo se sinta

responsável por essa grande obra, pois é no templo onde Deus irá ser

cultuado, por isso deve-se ser feita campanhas financeiras.

E é na própria Bíblia que temos diversos exemplos de campanhas, como

na construção dos muros, na construção do templo, o povo sempre foi

conclamado a uma campanha de dedicação das posses. Cada um deve se

sentir como o verdadeiro construtor do templo.

Para que o templo possa ser funcional e ao mesmo tempo bonito e

confortável, é de grande importância a contratação de um profissional

habilitado que possa desenvolver um projeto do mais alto nível.

O templo deve possuir:

Proporcionalidade:

Em relação a proporcionalidade é importante salientar que não se deve

construir uma igreja que abrigaria 1500 pessoas. Quando se tem uma

comunidade de 250 pessoas, estaria desperdiçando dinheiro, no entanto no

projeto de construção do templo deve-se levar em contas o aspecto de

crescimento da comunidade. Porém no momento adequado e quando for

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Administração Eclesiástica

crescendo para comportar a comunidade com o devido conforto que a igreja

merece deve-se fazer as mudanças adequadas. Outro aspecto também é

quanto aos recursos financeiros. Pois se a igreja fizer um projeto que possibilite

o crescimento no futuro, ela também terá tempo hábil para conseguir mais

recursos para a obra.

Tamanho;

Para as dimensões adequadas de um templo um bom parâmetro a ser

utilizado é a medida de 0,70 m2 (setenta centímetros quadrados) por pessoa,

assim sendo um templo de 70 m2 abrigará de forma confortável 100 (cem)

pessoas.

Ventilação;

Assunto muito importante, que trataremos mais a frente.

Galerias;

As galerias são uma ótima opção para as igrejas que não possuam muito

espaço, nas galerias podem estar dispostos, os grupos de louvor, coral etc,

bem como a cabine de som, nos dias de EBD (Escola Bíblica Dominical) pode

comportar diversas classes, tomando-se o devido cuidado com as crianças etc.

Local para músicos, coral etc;

Como mostramos acima, nos templos onde se tem galeria, esses grupos

(músicos, coral, orquestra etc) pode se comportar neste local, se não, um bom

local é as laterais próximas ao púlpito.

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Batistério ;

Existem igrejas que preferem realizar seus batismos fora do seu templo, ou

seja, em locais de águas corrente, mas apontamos as desvantagens tais como,

custos com transporte, alimentação, local para troca de roupa, horário de

saída, condições meteorológicas etc. Ao contrário se fizer o batismo no próprio

templo os custos serão menores, sem os contratempos que tratamos acima.

Sem contar que a profissão de fé será feita a frente da comunidade.

Assoalhos;

Apesar de não parecer, mas este é um importante ponto a ser analisado,

pois são pessoas de diversas idades que andam pela igreja, o piso deve ter

além de boa qualidade, não pode ser escorregadio, hoje existe uma boa

alternativa que além de bonito é prático e seguro, o piso chamado de ‘’

ardósia’’.

Gabinete Pastoral;

O gabinete pastoral não pode ser aquela famosa salinha atrás do templo, deve

ser arejado, iluminado, deve ser um local de trabalho, onde o pastor possa dar

expediente atendendo a igreja.

Salas (secretaria, tesouraria etc):

Deve ser ter em mente que estes locais são destinados a trabalho, devido a

isto deve ser confortável, mas não há necessidade de muito espaço, desde que

se tenha neste local todos os mobiliários necessários para o bom desempenho

de cada função.

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Salas (EBD, Grupos da igreja):

Devem ser bem iluminadas, arejadas, ventiladas, amplas, e ter todo o

mobiliário necessário para que os trabalhos possam fluir de maneira agradável.

Banheiros:

Os banheiros de uma igreja devem ser amplos. Mesmo numa igreja

pequena de até duzentas pessoas, deve haver, nos banheiros femininos, a

opção de dois vasos e dois lavatórios e, pelo menos, um chuveiro para uma

emergência. Deve-se prever, no banheiro masculino: dois vasos, dois

lavatórios, um banheiro e um chuveiro. Quando a igreja cresce demais é

preciso prever-se sanitário para crianças, tanto no banheiro masculino, quanto

no banheiro feminino, e a previsão é de um vaso sanitário para cada grupo de

50 pessoas.

Ex: 500 pessoas = 10 vasos sanitários: 05 vasos femininos e 05 vasos

masculinos

.

Visibilidade:

Este assunto muito é importante, que trataremos mais à frente.

Acústica;

Outro assunto também importante, que trataremos mais à frente.

Iluminação;

Aspecto muito interessante, que trataremos mais a frente.

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Tudo sempre visando maior praticidade e economia.

Para a construção de um templo, são necessários passos importantes:

1) Espirituais:

Sabemos que a força do crente repousa na oração, é então de fundamental

importância que uma obra desse porte se tenha bastante empenho nas

campanhas de orações, pois é neste templo que o reino de Deus irá crescer

mais, almas vão ser libertas, e o nome do Senhor será glorificado.

2) Econômicos:

Para uma obra de grande vulto, faz-se necessário o empenho de toda a

igreja, em campanhas, para se levantar recursos para o empreendimento, por

isso colocamos o primeiro passo importante a espiritual, pois com Deus no

controle os corações se quebrantam, a vontade cresce, o ânimo de contribuir

floresce.

3) Técnicos:

É indispensável que o templo seja construído com parâmetros técnicos,

pois será local de constante movimentação, e uma obra dessa natureza deve

ser gerida por alguém que tenha conhecimento técnico para que possa ser um

local para adoração e não futuras esquentações de cabeça.

4) Estéticos

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Não menos importante que os anteriores, o aspecto estético é

necessário para que ao se entrar no templo a sensação seja agradável, seja

convidativo ao se sentar.

2.2. Pedra fundamental

Ao se pensar na construção de um novo templo, logo após a aquisição

do local (terreno) onde será construído o templo. Deve-se pensar na cerimônia

da pedra fundamental. Por quê?

- Primeiro, porque é uma solenidade que desperta no crente a importância

e magnitude da obra a ser erigida;

- Segundo, porque é também uma grande oportunidade para se pregar o

Evangelho;

- Terceiro, porque será um momento de quebrantamento espiritual, e

além dos crentes da igreja, estarão presentes às cerimônias crentes de

outras igrejas, amigos, personalidades eclesiásticas ou não, momento

ideal para se apresentar o plano da obra e apelar aos que desejam

auxiliar financeiramente a construção;

- Quarto, porque será uma oportunidade concedida aos crentes que

desejam colaborar com documentos, fotos, publicações etc, para serem

colocados na urna;

Para a cerimônia de lançamento da pedra fundamental, alguns detalhes

devem ser observados, tais como: o terreno já deve estar bem limpo; a urna

pode ser uma caixa de metal; um jarro grande; uma caixa de cimento pré-

moldado etc; os documentos a serem colocados devem ser selecionados com

antecedência. O local do terreno onde será colocada a urna poderá ser cavado

antes.

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A notícia da solenidade a ser realizada deve ser divulgada nos meios de

comunicação escrita, e uma cópia dos mesmos deve ser colocada na urna.

Fotografias devem ser retiradas inclusive para serem depositadas na urna.

Para no futuro, se o local for escavado, serão encontrados ali os documentos

juntamente com as fotos.O secretário da igreja deverá fazer uma Ata Histórica

do momento

Este é um momento também para se destacar para os convidados, a

importância da igreja para o bairro e cidade, onde a obra do templo está sendo

erguida mostrando o grande trabalho desempenhado por esse Organismo Vivo

durante séculos, e os trabalhos que ainda poderão ser realizados.

2.3. Funcionalidade do Templo

Esta é uma parte da construção do templo que deve ser levada muito

em consideração. Pois, esta é uma parte onde estão relacionados outros

aspectos tais como: beleza, conforto e economia. Devido a isso iremos

mencionar um especialista no assunto, o Dr. Alberto Del Nero – Engenheiro

especializado na construção de templos, o Dr. Alberto Del Nero, utiliza de

forma de um acróstico formando a palavra VIVA, para expor de maneira clara

as vantagens do templo funcional.

V – Visibilidade – Neste aspecto sem dúvida nenhuma no culto a parte

mais importante é a mensagem da Palavra de Deus o ouvinte, no entanto tem

a necessidade de além, de ouvir a mensagem, ver o pregador, se a visibilidade

não for boa. O ouvinte se cansará de ficar esticando o pescoço para ver o

pregador, e sobremaneira prejudicado na recepção da mensagem. Por isso a

igreja deve ser projetada de maneira que qualquer que seja o local escolhido

pelo ouvinte ele possa além de ouvir ver o pregador onde ele estiver no altar.

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I – Iluminação – Geralmente observamos, um projeto pobre em termos

de iluminação em nossas igrejas, quando essa não é toda feita de improvisos.

Um bom projeto de iluminação é feito de maneira que a iluminação seja

indireta, ou seja, não se vê nenhuma lâmpada, e disposta de maneira que o

espectador não terá que fazer muito esforço visual para notar o pregador. Nem

este terá que franzir o cenho para ler a Palavra de Deus, ou até mesmo para

contemplar as reações fisionômicas de seus ouvintes.

V – Ventilação – Esse é um problema que merece atenção especial,

principalmente nas cidades de clima quente, pois, é quase impossível ao

ouvinte prestar atenção no culto, ou em qualquer outro trabalho na igreja,

quando o corpo sofre as reações bastante incomodas do calor, sem contar o

inconveniente dos abanadores. Por isso é importante um projeto para que o ar

possa circular na igreja de maneira que haja constante troca do ar quente pelo

ar frio, dessa maneira além de ter constantemente ar puro no interior da igreja,

economiza-se com (ventiladores e ou ar-condicionado), pois, tornar-se-ão

quase indispensáveis.

A – Acústica – Como sabemos a parte que requer maior relevância no

culto é a pregação da Palavra, por isso podemos dizer que chegamos na parte

mais importante de nosso estudo. Podemos dizer que hoje a igreja deve

possuir um ótimo tratamento acústico, pois, sem isso os ruídos provocados

atrapalharão e muito os ouvintes prestarem atenção na pregação da Palavra e

até mesmo podemos dizer na hora dos louvores, que se tornarão quase

insuportáveis de se ouvir. Devido a isso a acústica ter um papel principal neste

estudo.

3. O Pastor

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Administração Eclesiástica

O nome mais antigo é o de presbítero, mais o que mais se arraigou é o

de Pastor, embora ocorra apenas uma vez nas epístolas do Novo Testamento,

com a significação que conhecemos. (Ef 4.11).

A função de apascentar, de pastores, exige ternura, afetividade,

renúncia e amor.

3.1. O Pastor e suas finanças

O ideal aqui seria que aquele que escolheu o episcopado, trabalhar em

prol da Igreja de Cristo aqui na terra, seja sustentado pela igreja que pastoreia

em todos os aspectos econômicos, pois, ficariam estes pastores, com maior

tempo disponível para se dedicar integralmente ao serviço do reino de Deus.

De modo contrário, terão que ‘’ construir tendas’’ para seu sustento e de sua

família, dedicando horas preciosas de seu tempo para trabalhos seculares,

sem contar com o desgaste físico que com certeza atrapalha e muito na hora

de preparar uma mensagem, realizar estudos bíblicos, e outras atividades

ministeriais de grande importância para o corpo de Cristo.

3.1. Mordomia

O Pastor deve ser exemplo em todas as coisas, e uma dessas

atividades é praticar a grande doutrina, ou seja, entregar o seu próprio dízimo,

com isso, não podem doutrinar suas igrejas e exigirem dos membros ao serem

dizimistas fiéis.

3.2. Mercenários

Por outro lado infelizmente há entre nós obreiros que atuam como se

fossem grandes executivos, de maneira que se uma outra igreja o chama com

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Administração Eclesiástica

um aceno de melhor ordenado, não pensam duas vezes abandonam o rebanho

e partem para outra igreja, acham que Deus só os chamou para igrejas

grandes e ricas, pois, se uma igreja menor precisa de seus serviços, logo

acham que ‘’ não é a vontade de Deus’’.

E ainda há outros que encaram o ministério apenas como um ‘’ bico’’, ou para

aparecer ou então para complementar a renda mensal, não devotando á igreja

trabalho e amor que ela merece. Alguns querem enriquecer. Mas se esquecem

de que muitos, levados por essa cobiça, ‘’ naufragaram no tocante á fé’’ (1 Tm

1.19).

3.3. O dinheiro da igreja

Alguns pastores em virtude de sua condição de líder, e da confiança que

nele é depositada, querem controlar as finanças da igreja podendo com isso

sofrer uma grande tentação “barra do ouro’’, por isso não é recomendável que

o pastor use desse método para que as finanças da igreja sejam bem

empregadas etc. Ele deve supervisionar, constituir uma comissão de contas

com pessoas da igreja etc, mas nunca ele mesmo controlar o dinheiro em suas

mãos.

3.4. Pastoral

O ministério da visitação é de grande importância para a vida da igreja,

mas deve haver moderação, vejamos abaixo alguns tipos de visita:

Para fortalecimento do crente enfraquecido

Muitas vezes os acontecimentos do cotidiano nos entristecem a ponto de

não termos nem forças e nem ânimo suficiente para caminharmos na vida

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cristã, devido a isto se faz necessário à presença do nosso líder nos dando

força.

Para conforto e consolo a família que perdeu um ente querido

Esta é uma hora, onde as pessoas mais precisam de apoio e de uma

palavra de conforto, não só os membros da igreja como também os familiares,

que mesmo não sendo crentes estão muito frágeis, uma boa hora para se falar

do amor de Deus.

Para conforto a um membro que se acha enfermo

Momento este em que a pessoa reconhece a sua fragilidade, e acha-se

numa situação de reflexão, tristeza, dor etc. Necessitando de uma palavra de

conforte, de fortalecimento e carinho.

Para trazer algum interessado à igreja

Este é um tipo de visita não menos importante que as anteriores, pois aqui

a pessoa verificará o amor que a igreja sente e demonstra às pessoas, o amor

de Cristo nós temos que irradiar aos quatro cantos do mundo, dessa forma o

corpo de Cristo não crescerá apenas quantitativamente, mas crescerá

realmente.

Para atender a algum imperativo social

Esta visita é importante também, pois evangelizaremos através de nosso

testemunho pessoal, pois sempre nestes locais há pessoas que não tiveram

ainda um encontro com Cristo.

No entanto é bom observar alguns detalhes importantes quanto à ética

na hora da visitação. O obreiro deve portar-se com muita sabedoria. Primeiro, a

respeito de conversas impróprias é, melhor ouvir mais que falar.

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Segundo deve guardar sigilo das confidências que lhe fizerem.

Terceiro a visita deve ter um horário que não manche a reputação do

pastor, nunca visitar um membro feminino sozinho.

Quarto deve dirigir a conversa em torno de assuntos de ordem espiritual.

Deve orar, ler a Palavra, aconselhar, ensinar, elogiar (se for o caso) louvar,

tudo sempre com muito equilíbrio.

As visitas não serão feitas somente a lares, mas também aos hospitais,

aos presídios etc.

3.5. Audiência Pastoral

Existem ministérios que são muito grandes, com isso seu pastor não tem

tempo para realizar visitação de casa em casa. Se assim o fizesse tomaria

como isso todo o tempo.

Para dar solução a este problema, deve se ter um dia ou dias

específicos para a Audiência pastoral. Aonde os membros vão até o gabinete

do pastor para se aconselharem.

3.6. O pastor e a ética

O pastor deve possuir uma conduta pessoal ilibada; um bom

relacionamento com os membros de sua igreja, com os visinhos da igreja, com

seus colegas de ministério, e em especial com sua própria família, não

esqueçam o pastor deve ser bom exemplo em tudo.

3.7. Literatura.

24

Administração Eclesiástica

Poderíamos fazer uma pergunta: Para que o pastor deve se aplicar à

leitura?

Abaixo veremos alguns exemplos à resposta:

Para aumentar conhecimento.

O pastor mais do que qualquer outro homem deve se esforçar para

aumentar dia-a-dia seu cabedal de cultura, pois, esta é dinâmica e não

estacionária.

Para tornar-se exemplo.

Principalmente os jovens estão à procura de exemplos, e se o pastor é

um homem culto e ávido por cultura, eles o imitarão.

Para servir melhor.

Quanto mais preparado for o obreiro, tanto maiores serão as

oportunidades que lhe serão dadas para melhor servir a obra do Senhor.

Para ser boa influência

O pastor que se prepara sempre será uma boa influência não só para os

crentes, mas devido ao seu amplo conhecimento, o será também para a

sociedade.

3.8. A Benção

No Antigo Testamento observamos que era uma prática bastante

comum. Encontramos muitas referências ao costume dos judeus de abençoar,

entre as mais antigas podemos citar do Antigo Testamento citamos:

25

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‘’ O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto

sobre ti, e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante o seu rosto, e te

dê a paz’’ ( Nm 6.24-26).

No Novo testamento também encontramos várias formas de bênçãos,

citamos:

‘’ E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos

corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus’’ ( Fp 4.7).

‘’ Ora, o Deus de paz, que pelo sangue do pacto eterno tornou a trazer dentre

os mortos a nosso Senhor Jesus, grande pastor das ovelhas, vos aperfeiçoe

em toda boa obra, para fazerdes a sua vontade, operando em nós o que

perante ele é agradável, por, meio de Jesus Cristo, ao qual seja glória para

todo o sempre. Amém’’ (Hb 13.20,21).

‘’ A graça do Senhor Jesus seja convosco’’ (I Co 16.23).

‘’ Ora, aquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos

diante de sua glória imaculados e jubilosos, ao único Deus, nosso Salvador,

por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de

todos os séculos, e agora, e para todo o sempre. Amém.’’ (Jd 24,25).

‘’ A graça do Senhor Jesus seja com todos’’ (Ap 22.21).

No entanto a benção mais usada em nosso meio, e tem sido conhecida

como benção apostólica, é aquela de Paulo em II Coríntios 13.13:

‘’ A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito

Santo sejam com todos vós.’’

O ato de pronunciar a bênção deve ser feito no final do culto e o pastor

deverá levantar a mão direita ou as duas mãos sobre o auditório. Com voz

calma, firme, compassada, proferirá a bênção com solenidade.

26

Administração Eclesiástica

4. O ministério

Dependendo de qual for o modelo de governo, ou o costume da igreja o

ministério se compõe de diferentes modos:

Geralmente se compõe de:

Denominação Hierarquia

Assembléia de Deus Pastor Evangelista Presbítero Diácono

Presbiteriana Pastor Presbítero Diácono xxxxxxxxx

Batista Pastor Diácono xxxxxxxxx xxxxxxxxx

Romana Bispo Presbítero Diácono xxxxxxxxx

IURD Bispo Pastor Obreiro xxxxxxxxx

Luterana Bispo Presbítero Diácono

Metodista Bispo Pastor

Maranata Pastor Presbítero Diácono

Congregacional Pastor Presbítero Diácono

4.1. Consagração

Para o candidato ao episcopado, devem ser observados alguns

requisitos para a prática do ministério, pois, o Apóstolo Paulo recomenda ‘’A

ninguém imponha precipitadamente as mãos’’. (1 Tm 5.22).

Requisito espiritual. (demonstrar uma conversão genuína, virtudes como

fé, amor, humildade).

Requisito moral. (Que demonstre alto padrão de caráter, e testemunho

dos de fora quanto à sua vida moral – 1 Tm 3.7).

Requisito intelectual. (Que seja estudioso e procure sempre se

desenvolver intelectualmente).

27

Administração Eclesiástica

Depois de ter sido verificado todos estes aspectos tanto pelo ministério

como por toda a igreja, tornará público o ato de consagração ao ministério da

palavra do candidato ‘’ fulano de tal’’, e será marcada a datada cerimônia de

consagração que deverá possuir um caráter inesquecível tanto para o

candidato como para todos os membros da igreja.

5. Símbolos pátrios

Neste caso deve-se sempre observar o que é recomendado pela

Constituição Brasileira no que se refere ao uso dos símbolos nacionais, pois

sempre os utilizamos em algumas cerimônias em nossas igrejas, e é exigência

de todo cidadão brasileiro saber usar de maneira adequada os símbolos da

pátria.

6. Secretaria

A secretaria é uma parte importante da vida da igreja, pois é na

secretaria que se encontra todos os assentamentos da igreja e de seus

membros, e é na secretaria da igreja que se trata de diversos assuntos

administrativos tais como:

Recebimento de documentação de membros que se mudam para a

igreja ou mesmo que visitam

Expedição de documentos como cartas, ofícios, solicitações, carteira

etc.

Arquivo de documentos, histórico da igreja, rol de membros e

estatísticas etc.

Devido a esse tramite burocrático é que a secretaria da igreja possui um

grande número de formulários e fichas, como nosso curso não é um estudo

28

Administração Eclesiástica

aprofundado sobre secretaria de igreja. Iremos apenas aqui mostrar alguns

modelos de formulários e fichas e dar uma breve explicação para que serve

cada um e seu preenchimento.

6.1. Documentação obrigatória

As instituições sem fins lucrativos, como no caso das igrejas e entidades

de outras naturezas, mesmo não tendo empregados registrados, deverão

possuir obrigatoriamente os seguintes documentos:

1) Estatuto – Uma vez que a igreja foi fundada e a assembléia geral

extraordinária aprovou o estatuto, este deve ser registrado em cartório

competente.

2) Inscrição em cadastro do CNPJ, antigo CGC

A lei 4.503 de 30/11/1964, tem como preceito:

‘’ Art. 1º - É obrigatória a inscrição no CGC, que é instituído no Ministério da

Fazenda, da igreja sede e suas filiais, cuja identificação será pelo número

de ordem e barra’’.

3) Carimbo do CNPJ

Tendo em vista o decreto 61.514 de 12/10/67 que tornou obrigatório o uso

do carimbo para a igreja matriz e suas filiais.

4) Livro de Inspeção do Trabalho

A Consolidação das Leis do Trabalho, portaria 1º, Artigo 628, Decreto-

Lei 5.452 de 01/05/43, alterado pelo Decreto-Lei 229 de 28/02/67, torna

29

Administração Eclesiástica

obrigatória a utilização do Livro de Inspeção do Trabalho, comprado em

qualquer papelaria ou em casa especializada. Este livro deve ser registrado

em cartório no prazo máximo de 30 dias, após o registro do estatuto da

igreja.

5) Livro Caixa

Pelo regulamento do Imposto de Renda, a igreja é obrigada a possuir

um Livro Caixa, contendo o Termo de Abertura e o de Encerramento, o qual

depois de registrado em cartório, deve iniciar a escrituração com o Balanço

de Abertura.

6) Livro de Ata.

A igreja é obrigada a possuir também um Livro de Ata, devidamente

registrado em cartório, contendo o Termo de Abertura e o de Encerramento.

7) Rais

A Consolidação das Leis do Trabalho preceitua: ‘’ Todas as igrejas,

enumeradas no Decreto 76.900 de 23/12/75, devem apresentar

anualmente, dentro do prazo legal, o Rais Negativo, quando não possuírem

empregados’’.

8) Declaração de Isenção do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica

De acordo com e Decreto Federal nº 1.041, todas as igrejas estão

obrigadas a entregar à Receita Federal, no mês de junho de cada ano, sua

declaração de isenção do imposto de renda de pessoa jurídica.

9) Matrícula no INSS

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Administração Eclesiástica

A igreja ou entidade filantrópica sem fins lucrativos, após a posse de seu

estatuto registrado em cartório e do número de registro no CNPJ, deve

providenciar sua matrícula no INSS.

10)Licença de Funcionamento e Publicidade

As igrejas devem providenciar a inscrição de taxa de funcionamento e

publicidade, na prefeitura de sua cidade, quando o município exigir.

11)Ata de Eleição da Última Diretoria

As igrejas devem transcrever em Ata a eleição da diretoria, e

providenciar o seu registro em cartório.

12)Imposto Sindical Patronal

As igrejas são consideradas empregadoras. Portanto, deverão recolher no

mês de janeiro de cada ano o imposto sindical patronal ou solicitar isenção.

13)-Outros Documentos Obrigatórios

A - escritura definitiva dos imóveis;

B - contrato de cessão de direito dos imóveis;

C - contrato de locação dos salões alugados.

14)Identidade e CPF de todos os membros da diretoria.

15)Carnê do INSS do presidente e dos demais membros da diretoria,

quando for o caso.

31

Administração Eclesiástica

A maioria das igrejas registra em cartório apenas o estatuto, e tira o

CNPJ no Ministério da Fazenda. Desse modo, além de cometer o gravíssimo

erro de não cumprir as obrigações exigidas por lei, sujeita-se ao risco de sofrer

elevadas multas e outras penalidades, dependendo do caso.

6.3. Documentos Obrigatórios quando possuírem empregados

Quando as igrejas contratam empregados e os registram em carteira,

devem possuir os seguintes documentos além dos descritos anteriormente:

1) Livro de Registro de Empregados, devidamente registrado em cartório.

2) Folha de Pagamento.

3) Recibo de pagamento de salários.

4) Recibo de férias.

5) Recibo de pagamento da 1ª e da 2ª parcela do 13º salário.

6) Ficha de salário família quando for o caso.

7) Guia de Recolhimento (INSS; FGTS; PIS; Contribuição Sindical).

8) Prova de entrega (Cadastro Geral; Seguro desemprego; Rais);

9) Quadro de horário de trabalho.

10)CTPS atualizada

11)Prova de compra (VT, VR).

12)Enviar ao sindicato da classe cópia do quadro de horário de trabalho e

as guias dos últimos seis meses recolhidos ao INSS.

6.4. Documentos Obrigatórios para as Congregações

1) Livro de Ata

O Livro de Ata da congregação deve conter o endereço da mesma, o Termo

de Abertura e o de Encerramento, além de constar que ela é subordinada à

igreja matriz, a qual é sua fiel mantenedora. Este livro deve ser assinado

pelo presidente da entidade.

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Administração Eclesiástica

Obs: No Livro de Ata da congregação, serão transcritos somente os seguintes

assuntos:

A -número de membros em comunhão.

B -número de membros apresentados para batismo.

C -número de crianças apresentadas.

D -número de casamentos e o nome do pastor celebrante.

E -nome do tesoureiro auxiliar, nomeado pelo dirigente da

congregação.

F -Nome do secretário que seja auxiliar, nomeado pelo dirigente da

congregação.

Em ambos os casos de membros disciplinados pela congregação.

A igreja matriz é a sede central e mantenedora de cada congregação.

Assim, todos os atos civis, representações perante terceiros, isenção de

impostos, recebimento de verbas, registros, processos, contratos,

financiamentos, contabilidade e balanços são da competência da igreja matriz,

sua fiel mantenedora.

O Secretário Geral, ou seja, da matriz deve orientar as filiais em toda e

qualquer dúvida que esta vier a ter, bem como a todos os procedimentos

administrativos que são semelhantes aos da matriz.

6.5. A Igreja Pessoa Jurídica.

Sabemos que para a igreja o nosso Manual de Regra, Fé e Conduta é a

Bíblia Sagrada, mas devemos reconhecer, no entanto, que estamos sujeitos as

leis do país, e de acordo com a lei, todas as entidades religiosas, para poderem

funcionar e exercerem suas atividades, são obrigadas a se tornar pessoa

jurídica, afim de que sejam reconhecidas pela lei e tenham sua existência legal.

33

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6.6. Estatuto

O estatuto é um instrumento escrito que corporifica todos os princípios

pelos quais a igreja se governa ou regula seus atos.

6.7. Regimento Interno

O regimento se compõe das partes secundárias que a igreja estabelece

para dar efeito aos princípios corporificados no estatuto, no entanto, a igreja

pode adotar apenas o estatuto, se assim o desejar. Senão o Estatuto e o

Regimento Interno o segundo deve estar sempre em harmonia com o primeiro.

Existem vantagens em usar o Estatuto?

1) Condução dos trabalhos da igreja dentro de uma democracia.

2) Oferece os meios de procedimento na solução dd problemas que

porventura venham a surgir.

3) Define áreas de responsabilidade e elimina a duplicação.

4) Define os meios e como se conduzir o serviço do Senhor. Bem como a

uniformidade do governo eclesiástico.

Para a elaboração de um Estatuto deve se nomear uma comissão para

que possa dentro dos prazos e realidades do local e objetivo, fazer um que

atenda a igreja da melhor maneira possível. Após a conclusão dos trabalhos de

elaboração do Estatuto deve se convocar uma sessão da igreja para que possa

34

Administração Eclesiástica

ser aprovado. Após aprovação deverá este ser publicado no Diário Oficial e

finalmente deve ser registrado para que possa produzir os efeitos legais.

6.8. Projeto Preliminar de um Estatuto

É de grande importância apresentar alguns esclarecimentos necessários

à confecção e projeto do Estatuto de uma igreja.

1) Deve-se escrever estatuto e não estatutos.

2) Os artigos devem ser escritos: Art. 1º, Art. 2º, Art. 3º até Art. 9º , a partir

daí, deve-se escrever: Art. 10, Art. 11, Art. 13 etc.

3) Os parágrafos podem ser escritos com símbolo ou por extenso.

4) Quando se trata de um só parágrafo, deve-se escrever apenas:

Parágrafo Único.

5) Os capítulos devem ser escritos em algarismos romanos e em letras

maiúsculas: CAPÍTULO I, CAPÍTULO II etc.

6) Na linha abaixo do capítulo deve-se escrever a que o mesmo se refere,

precedido de uma das seguintes preposições: DO, DA, DOS, DAS;

como no exemplo a seguir:

35

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CAPÍTULO I

DA DENOMINAÇÃO, OBJETIVO, SEDE E FÔRO

CAPÍTULO II

DAS ATIVIDADES

Obs: Referindo-se ao último capítulo do estatuto não deve constar a

preposição ‘’DAS’’; conforme se segue:

CAPÍTULO XII

DISPOSIÇÕES GERAIS

7. MODELOS

7.1. Estatuto

ESTATUTO

CAPÍTULO I

DO NOME, SEDE E SEUS FINS

Art. 1º - A instituição

denominada:............................................................fundada

Em ......de...............................de.............., é uma sociedade civil sem fins

lucrativos, de prazo de duração por tempo indeterminado, de caráter religioso.

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Art. 2º - A instituição tem domicílio, sede e foro nesta cidade

de .......................... Estado de............................................... Localizada à (Rua

– Av.) ...................................... nº.................. Bairro de .....................................

Art. 3º - A instituição tem a finalidade de prestar culto a Deus em espírito

e verdade.

CAPÍTULO II

DAS ATIVIDADES

Art. 4º - A instituição tem as seguintes atividades:

Parágrafo 1º - Pregar o Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo,

batizar os conversos, ensinar os fiéis a guardar a doutrina e prática da Escritura

Sagrada;

Parágrafo 2º - Manter cursos educacionais, culturais e teológicos.

CAPÍTULO III

DOS MEMBROS, SEUS DIREITOS, DEVERES E EXCLUSÃO

Art. 5º - A instituição terá número ilimitado de membros, os quais serão

admitidos na qualidade de fieis em Senhor Jesus Cristo, pessoas de ambos os

sexos, nacionalidade, cor, condição social ou política.

Parágrafo Único – A instituição se reserva o direito de aceitar como

membros, os que forem ou aceitarem o batismo nas águas por imersão, em

nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, com bom testemunho público, tendo

a Bíblia Sagrada por regra de fé e governo.

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Administração Eclesiástica

CAPÍTULO XIII

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 49 – Os casos omissos deste Estatuto serão resolvidos em

assembléia geral extraordinária e registrados em Ata para que tenham força

estatutária. Para os devidos fins, fica eleito o foro desta cidade

de............................., Estado de........................

Art. 50 – Este Estatuto entra em vigor depois de registrado em cartório

competente.

Art. 51 – Revogam-se as disposições em contrário.

(Cidade), ..........de.............................de.....................

______________________________________________________

Nome e assinatura do presidente

Número do RG (identidade) e do CIC

_____________________________________________________

Nome e assinatura do advogado

Número da OAB e do CIC

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Administração Eclesiástica

Obs.: De conformidade com a Lei 6.884 de 09/12/80, é obrigatória a

assinatura do advogado no estatuto e na ata de fundação, bem como a rubrica

do advogado e do presidente da entidade em todas as folhas, na margem

esquerda. Deve-se proceder da mesma maneira quando, eventualmente, se

fizer reforma do estatuto.

7.2. Ata de Fundação

Ata da Assembléia Geral Extraordinária, realizada na sede da

Igreja.................., localizada à Rua........................ nº.......................

Bairro.......................... Município de........................ Estado

de................................ Estando presentes dois terços dos membros em

comunhão, foi escolhido por unanimidade para presidir esta Assembléia o

Pastor (nome por extenso do pastor), o qual agradeceu sua indicação. A

seguir, o Presidente nomeou para Secretário Ad hoc o irmão........................, e

declarou instalada esta Assembléia Geral Extraordinária e aberta a sessão,

às ..................horas, esclarecendo que a presente convocação tem como

finalidade a fundação (nome da instituição); a aprovação do Estatuto e a

eleição da Diretoria da mesma. A seguir, o Presidente determinou que o

Secretário Ad hoc procedesse a leitura do projeto do Estatuto, o qual, depois

de lido e submetido à votação, foi aprovado por unanimidade. A seguir, o

Presidente determinou que se procedesse à eleição da Diretoria da (nome da

instituição). Os candidatos foram escolhidos e seus nomes submetidos à

apreciação da Assembléia, sendo eleitos os seguintes irmãos para comporem

a Diretoria, nos cargos assim qualificados: Presidente:......, brasileiro, casado,

Ministro do Evangelho, residente e domiciliado nesta cidade de.....................,

na Rua............. nº......, Bairro..... Estado do.................., portador da identidade

RG..... e do CIC.......; Vice-Presidente: :......, brasileiro, casado, Ministro do

Evangelho, residente e domiciliado nesta cidade de....................., na

Rua............. nº......, Bairro..... Estado do.................., portador da identidade

RG..... e do CIC.......; Primeiro-Secretário: :......, brasileiro, casado, Ministro do

Evangelho, residente e domiciliado nesta cidade de....................., na

Rua............. nº......, Bairro..... Estado do.................., portador da identidade

39

Administração Eclesiástica

RG..... e do CIC.......; Segundo-Secretário: :......, brasileiro, casado, Ministro do

Evangelho, residente e domiciliado nesta cidade de....................., na

Rua............. nº......, Bairro..... Estado do.................., portador da identidade

RG..... e do CIC.......; Primeiro-Tesoureiro: :......, brasileiro, casado, Ministro do

Evangelho, residente e domiciliado nesta cidade de....................., na

Rua............. nº......, Bairro..... Estado do.................., portador da identidade

RG..... e do CIC.......; Segundo-Tesoureiro: :......, brasileiro, casado, Ministro do

Evangelho, residente e domiciliado nesta cidade de....................., na

Rua............. nº......, Bairro..... Estado do.................., portador da identidade

RG..... e do CIC........ Foram eleitos para Comissão de Conta, os seguintes

irmãos:...........; ..............; e .............. Depois de fazer apresentações dos

pastores presentes e ler um trecho da Bíblia Sagrada, em Romanos 8.1, o

Presidente considerou definitivamente fundada a (nome da instituição), e

aprovado o seu Estatuto. Em seguida deus posse à Diretoria eleita. Após o ato

solene, o Presidente interrompeu a sessão por algum tempo, a fim de que

fosse lavrada a ata. Reaberta a sessão, o Presidente determinou que fosse

feita a leitura da ata, que depois de lida foi aprovada por unanimidade. Nada

mais havendo a tratar, eu,....., Secretário ‘’Ad hoc’’, lavrei a presente e a

assino com os demais.

(Cidade),.......de.................de........................

_________________________________________

Secretário Ad hoc (nome e assinatura)

Número do RG...........; CIC.................

_________________________________________

Presidente (nome e assinatura)

Número do RG.....; CIC........................

________________________________________

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Administração Eclesiástica

Advogado (nome e assinatura)

Número da OAB..........; CIC................

1) Para fazer o registro do estatuto, mande publicar um extrato no Diário

Oficial do Estatuto (o extrato é cobrado por centímetro). Leve um xerox do

estatuto à agência do Diário Oficial, para cadastrar-se e obter um desconto na

publicação.

7.3. Extrato do Estatuto

Para ser publicado em Diário Oficial, faz-se um extrato do Estatuto como

se segue:

A igreja Evangélica......, com sede na Rua....... nº...., Bairro.....,

Município......., (estado); declara que em Assembléia Geral Extraordinária,

realizada em ...../....../......, foi aprovado o seu Estatuto e eleita a sua Diretoria,

composta de um Presidente, um Vice-Presidente, Primeiro e Segundo

Secretários, Primeiro e Segundo Tesoureiros, com mandato de .....anos.

O Estatuto poderá ser reformado, se necessário, e sua duração é de

prazo indeterminado.

(Cidade),......de........de........

______________________________________________

Presidente

2) Fazer quatro cópias do estatuto.

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Administração Eclesiástica

3) Comprar quatro exemplares do Diário Oficial do Estado, onde foi

publicado o extrato, para anexar no estatuto.

4) Assinar todas as cópias dos estatutos.

5) Reconhecer firma do requerente.

6) Registrar o estatuto no Cartório das Pessoas Jurídicas. O cartório ficará

com uma cópia do estatuto e devolverá o original com as demais cópias.

8. Formulários

Os formulários são uma maneira organizada de nos comunicarmos, é

certo que nem todos usam os formulários e nem tampouco existe um código de

Redação Oficial para tais formulários.

Vamos de maneira simplificada mostrar alguns modelos de formulários a

seguir:

1) Formulário de Carta de Transferência.

TIMBRE DA IGREJA

CARTA DE TRANSFERÊNCIA

Da Igreja.......

À Igreja.....

Esta carta certifica

que........................................................................................................ ligado a

esta igreja em......de................................................de.................................., a

seu pedido, em ................

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Administração Eclesiástica

de........................................de...................................., foi desligado dessa

igreja, para unir-se à igreja acima citada.

A fim de facilitar a sua integração como membro dessa igreja,

oferecemos as seguintes informações sobre sua situação em nosso meio:

Freqüentou ( ) culto matutino.

( ) Culto Vespertino

( ) Culto de Oração

( ) E. B. D.

( ) Evangelismo

________________________________

Cargos que ocupou na igreja:

__________________________________________________________

__________________________________________________________

____________

Serviços especiais prestados à igreja:

__________________________________________________________

__________________________________________________________

______________

_______________________,.........

de......................de.......

___________________________

_____________________________

Secretário da Igreja Pastor

CARTA DE TRANSFERÊNCIA

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Administração Eclesiástica

TIMBRE DA IGREJA

Rio de Janeiro,_____ de _____________________ de 20______

Para

Igreja Evangélica________________________________

End.:_____44____________________________________

Amados irmãos em Cristo Jesus:

‘’ Ora, o Senhor da paz, Ele mesmo vos dê continuamente a paz, em

todas as circunstâncias’’ (II Ts 3.16).

(Nome completo do solicitante)

Solicitou sua carta de transferência desta igreja para essa igreja.

Está em plena comunhão aqui e pode ser aceito (a) nessa igreja sem

embaraço, pois sua transferência para aí foi aprovada na Assembléia desta

igreja do dia.........

Ao lhe dar a presente CARTA DE TRANSFERÊNCIA, deseja esta igreja

que, ao ir para o meio dos irmãos, vá para maior glória e honra do Reino de

Deus. Com a presente carta, o nome deixa de constar no nosso ROL de

MEMBROS, a fim de que aí possa ser arrolado.

Que Deus continue a abençoar essa amada igreja.

Atenciosamente, pela igreja,

___________________________________

44

Administração Eclesiástica

Secretaria

___________________________________45Pastor

ENVELOPE DE CONTRIBUIÇÃO

45

PELA GRAÇA DE DEUS, contribuirei liberal, regular e Alegremente para o sustento financeiro de minha igreja e Desenvolvimento do Evangelho de Cristo em minha Pátria

E no estrangeiro. (Leia Mal 3.7-10; Mt 23.23; 2Co 8.1-5)

Data:.............../........................./20..........

.........................................................................................Assinatura do contribuinte

IGREJA EVANGÉLICA............

NOME:____________________________________________________

MÊS DIZIMO OFERTA CAMPANHA

JAN R$ _______________ R$ _______________ R$ ________________FEV R$ _______________ R$ _______________ R$ ________________MAR R$ _______________ R$ _______________ R$ ________________ABR R$ _______________ R$ _______________ R$ ________________MAI R$ _______________ R$ _______________ R$ ________________JUN R$ _______________ R$ _______________ R$ ________________JUL R$ _______________ R$ _______________ R$ ________________AGO R$ _______________ R$ _______________ R$ ________________SET R$ _______________ R$ _______________ R$ ________________OUT R$ _______________ R$ _______________ R$ ________________NOV R$ _______________ R$ _______________ R$ ________________DEZ R$ _______________ R$ _______________ R$ ________________

Administração Eclesiástica

TIMBRE DA IGREJA

CARTÃO DE MEMBRO

No:______________

46

foto

Administração Eclesiástica

Nome:__________________________________________________________

_______

End. Rua/ Av.____________________________ _________________

No___________

Bairro:___________________________ Cidade ______________________

UF _____

Complemento:__________________________ Data do

Nas.:_____/_______/________

Idt:________________________________/

CPF:______________________________

Nome do

Pai:___________________________________________________________

Nome da

Mãe:__________________________________________________________

Data do Batismo:____ /______/________/ Data de

Entrada:_____/______/_________

Função Eclesiástica: _____________________________

Data______/______/_______

Função Eclesiástica: _____________________________

Data______/______/_______

Função Eclesiástica: _____________________________

Data______/______/_______

47

Administração Eclesiástica

Cargo:________________________________________

Data______/______/________

Cargo:________________________________________

Data______/______/________

Cargo:________________________________________

Data______/______/________

_________________________________

__________________________________

Secretaria Pastor

MODELO CREDENCIAL ECLESIÁSTICA

48

IGREJA EVANGÉLICARua Jacira, 123

Rio de Janeiro – RJTel 2222-3333

IDENTIDADE ECLESIÁSTICA

Data de Emissão Validade Congregação

Assinatura do Pastor Presidente

Nome

Filiação

Nascimento Batismo FOTO

Função

Identidade Naturalidade Matrícula

Administração Eclesiástica

Obs.: Existe no mercado evangélico, já padronizado formulários e outros

documentos que poderão ser adquiridos para serem utilizados nos mais

diversos departamentos da igreja tais como:

Livros – Registro; Ata; Casamento; Batismo etc;

Certificados – Apresentação de Bebê; Batismo etc;

Fichas – Membro; EBD; Visitante etc;

Cartas – Convite; Novos Convertidos; Desviados etc;

Folhetos para evangelismo etc.

9. Planejamento

Para que o dirigente da igreja possa levar seus trabalhos a diante, se faz

necessário um planejamento, ou seja, uma organização prévia de todos os

eventos da igreja e isto está falando de todos os grupos e departamentos da

igreja, é de suma importância que os diretores, presidentes e responsáveis por

todo e qualquer grupo e departamento da igreja, juntamente com o pastor e o

secretário da igreja, tenham reuniões prévias, estabelecendo o programa de

trabalho do ano seguinte. No dia marcado, todos os líderes de departamentos

da igreja terão assento a essa reunião e dirão mês a mês o planejamento feito

nas reuniões prévias.

Certamente haverá, nesse encontro, datas conflitantes e é exatamente

por isto que é importante e útil. Deve se levar em consideração os feriados

nacionais, e as datas importantes para a igreja, e só assim fazer a marcação

dos eventos.

49

Administração Eclesiástica

É realmente necessário um calendário anual onde conste toda a

programação da igreja? A resposta é sim, pois só assim além de ter a data de

todos os eventos, a tesouraria poderá fazer a previsão orçamentária anual.

9.1. Orçamento

Orçamento significa previsão de receita e fixação de despesa. É de

fundamental importância o orçamento, para qualquer planejamento sério.

Podemos até dizer que o orçamento é o resumo de tudo quanto se pretende

fazer na igreja.

Como a igreja não possui em numerários a previsão orçamentária, ou

seja, não se sabe quanto a igreja irá arrecadar entre dízimos e ofertas e

demais donativos, mostraremos abaixo uma maneira de se fazer a distribuição

dos recursos:

Do total de entradas mensalmente na igreja:

10% - Assistência Social

30% - Despesas com a manutenção do culto

30% - Despesas gerais

10% - Departamentos

10% - Evangelismo e missões

10% - Outros.

Acima mostramos apenas como se fazer uma distribuição dos recursos em

termos percentuais, é lógico que deve se adaptado a cada realidade.

9.2. Organograma

É uma ótima maneira de se representar visivelmente a igreja num todo,

ou seja, toda a hierarquia eclesiástica, departamental da igreja. Não Existe um

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organograma ideal cada igreja deve possuir o seu que nunca será igual ao de

outra igreja.

Ex.:

10. Marketing

Porque trataremos deste assunto aqui? Para muitos pode até mesmo

parecer sem importância, mas dizemos que é uma ferramenta muito importante

se adequadamente utilizado. O pastor ou obreiro hoje é preparado somente em

matérias relacionadas com a teologia ou religião; no entanto, ao assumir a

direção de uma igreja, está sendo chamado a gerenciar um negócio! É bem

verdade que esse negócio é uma organização sem fins lucrativos, e que trata

de assuntos espirituais também, mas nem por isso deixa de ser um negócio

que deve ser administrado, e bem administrado, pois lida com um produto do

mais alto valor ‘’ almas’’.

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IGREJA

PASTORVICE-PRESIDENTE

DEPARTAMENTOS

PASTOR-PRESIDENTE

GRUPOS

TESOURARIA SECRETARIA

FILIAIS

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Provavelmente você não aceite esta idéia de marketing, ou até mesmo

devido a semântica da palavra marketing não soe bem aos ouvidos, mas pare

um pouco e pense, quando compartilhamos a nossa experiência, a nossa fé

com quem não crê, não estamos na verdade fazendo o marketing da igreja!?

Quando na frente da igreja há um aviso indicando o horário dos eventos,

estamos sendo alcançados pelo marketing. Muito mais do que pensamos. A

nossa igreja sempre realizou o marketing, não designando tal atividade por

esse nome.

O marketing está muito relacionado ao crescimento da igreja, o marketing

bem sucedido requer sempre uma atitude de flexibilidade e adaptabilidade. Não

existe uma receita de bolo, ou uma única maneira de se fazer, ou certo ou

errado, cada igreja é distinta uma da outra, e é necessário dispensar especial

atenção aos elementos que lhe são próprios. O crescimento da igreja está mais

voltado para a arte de como se fazer, do que a ciência do método e das

regras.

Fazer marketing não é simplesmente incrementar planos para vender mais,

e sim preparar o caminho para que o produto seja vendável, o marketing

trabalho melhorando a imagem do produto.

No marketing existe a expressão de ‘’ os quatro Ps’’, ou seja.

Produto – Relações pessoais

Preço – Dedicação

Ponto – Presença dos cristãos

Promoção – Palavra oral.

Produto

O produto aqui em tela não é nem Jesus, nem a palavra, pois não

estamos vendendo nem um, nem outro, não foi para isso que Deus chamou a

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igreja. O nosso produto aqui no caso é o relacionamento, relacionamento este

vertical – homem com Deus, e horizontal – homem com o seu semelhante.

Preço

O preço aqui não é a cobrança de dinheiro pelo privilégio de se

relacionarem com Cristo, o ‘’ preço’’ cobrado nessa transação é de natureza

intelectual e emocional: a dedicação.

Ponto

Cada pessoa ao aceitar o Senhor Jesus é um cristão, e ser cristão não

tem local ou horário, somos cristão todo dia toda hora em todo lugar, desse

modo o marketing cristão apresenta uma realidade bem diferente. Ou seja,

estamos sempre em exibição, constantemente representando o Deus eterno,

sempre somos a igreja, onde quer que estejamos, sem importar o que estamos

fazendo. Desse modo o lugar em que fazemos o marketing cristão – seguindo

a Cristo ou servindo-O – é onde estivermos, em qualquer ocasião do dia ou da

noite.

Promoção

Quando se trata de promover o produto, nós mesmos somos a melhor

promoção que existe, transmitindo aos outros o conhecimento que adquirimos

sobre o verdadeiro significado da vida.

Ponto Vista

O pastor Flávio de Oliveira Pereira num artigo: “Prometo que no ano que

vem...- para onde caminha a sua organização”, escreve propostas

interessantes.

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No primeiro ponto: declaração de missão: quem somos e qual a razão de

nossa existência; o articulista mostra que a igreja deve ter um propósito de ser

missionária. Esta é a função da mesma, se não qual é o seu ministério? No

segundo ponto, ele analisa a questão de analise de situação - estabelecimento

de um diagnóstico: onde estamos agora? Neste ponto a questão fundamental

é: o planejamento da igreja para o ano e o planejamento pastoral. Os que eles

vão fazer de trabalho durante esta temporada. As questões que o articulista

coloca acerca deste ponto são: Quais as nossas fortalezas? Quais as

oportunidades externas à nossa volta que favorecem o nosso trabalho? Quais

as nossas fraquezas? Quais as ameaças externas que podem atrapalhar a

nossa caminhada? No terceiro ponto, que a meu ver são fundamentais, o autor

do artigo determina: definições de objetivos e metas? No quarto ponto ele

mostra a questão da formulação estratégica: como faremos para chegar lá? E

concluindo o autor escreve sobre a questão de avaliação e controle: será que

continuamos no caminho certo?

Estas questões levantadas pelo autor, mostra a necessidade de se elaborar

um programa efetivo dentro de uma comunidade com uma organização básica

para se ter bom proveito do trabalho do pastor como de todos os membros. É

claro que, o pastor não deve fazer tudo sozinho, mas montar uma equipe que

possa trabalhar em conjunto, um grupo de trabalho para que a igreja possa

crescer junto com seus membros. (O artigo está na Revista Leia Urgente , ano

l, número 5, Dez/Jan 2001).

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GLOSSÁRIO

Abastado –

Opulento, farto, rico.

Aclamação –

Ato de aclamar, aplauso, eleger.

Apóstolo –

[gr. Apóstolos] – Enviado.

Ávido –

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que deseja intensamente, insaciável, avarento.

Cabedal –

Conjunto de coisas de valor, bens intelectuais ou morais.

Cenho –

Aspecto severo, semblante carrancudo.

Decreto –

[lat. Decretum] – Decisão manifestada oficialmente e publicamente.

Eloqüente –

Arte de bem falar, talento de convencer.

Episcopado –

Dignidade e exercício da jurisdição de bispo, corporação dos bispos, desejo de

fazer parte do ministério cristão.

Epístola –

Carta, composição poética dirigida a alguém.

Escriba –

Doutor da lei entre os judeus.

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Ética –

[gr. Ethiké] – ciência moral, estudo sistemático dos deveres e obrigações do

indivíduo.

Golfo –

Braço de mar que entra pela terra e cuja abertura é muito larga.

Hierarquia –

[gr. Hier-arkhia] – escala de poderes e autoridades.

Horizontal –

Paralelo ao horizonte, deitado ao comprido.

Ilibada –

Não tocada, pura, imaculada.

Institucional –

Coisa estabelecida.

LXX –

Septuaginta (tradução do A. T. hebraico para o grego, por eruditos judeus).

Mantenedora –

Que mantém, protege, defende.

Marketing –

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Propaganda, planejamento estratégico.

Mediterrâneo –

Mar entre a Europa e a África.

Pentecostes –

Festa com que os cristãos celebram o sétimo domingo depois da páscoa.

Remido –

Livre da culpa do pecado com base no sacrifício vicário de Cristo Jesus.

Sinagoga –

Templo judaico, assembléia de fiéis entre os hebreus.

Solenidade –

Qualidade do que é solene, formalidades que servem para validar ou autenticar

certos atos.

Urna –

Vaso em que se guardava cinza, para conter água, recolher votos etc.

Veneração –

Honra, tributar respeito, reverenciar.

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Vertical –

Perpendicular ao horizonte, que segue a direção da linha do prumo.

BIBLIOGRAFIA

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ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico. Rio de Janeiro, CPAD,

1996.

ELWELL, Walter A. Manual Bíblico do Estudante – um guia para o melhor livro

do

Mundo. 2ª ed. Rio de Janeiro, CPAD, 1995.

FERREIRA, Ebenezer Soares. Manual da Igreja e do Obreiro. 8ª ed, Rio de

Janeiro.

JUERP, 1995.

HALLEY, Henry H. Manual Bíblico – um comentário abreviado da Bíblia. 4ª ed,

São

Paulo. Vida Nova, 1994.

JARDIM, Amaury de Souza. Administrando a Igreja – um manual para o pastor

e para

O líder congregacional. Rio de Janeiro, UIECB, 2001.

MONEY, Netta Kemp de. Geografia Histórica do mundo bíblico. São Paulo.

Editora

Vida, 1998.

MORAES, Rubens. Legislação para igrejas e outras entidades sem fins

lucrativos.

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Rio de Janeiro, CPAD, 1996.

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