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ETAPAS DA COLONIZAÇÃO BRASILEIRA

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ETAPAS DA COLONIZAÇÃO BRASILEIRA

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A conquista do Novo Mundo

• Portugal: Périplo Africano

►Espanha: testou a Espanha: testou a teoria da teoria da esfericidade da esfericidade da TerraTerra

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A 1ª controvérsia diplomática

• 1493 – a Espanha tenta emplacar a “Bula Inter Coetera”

► 1494 – Espanha e Portugal 1494 – Espanha e Portugal firmam o “Tratado de firmam o “Tratado de Tordesilhas”Tordesilhas”

► As demais nações apelam para As demais nações apelam para o “Ut Possidetis”o “Ut Possidetis”

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Portugal• A conquista de Ceuta foi o

marco inicial de sua grande empreitada

► Já sabia da existência do Já sabia da existência do Brasil (fragilidade da Brasil (fragilidade da teoria da casualidade)teoria da casualidade)

► O Brasil acabou sendo um O Brasil acabou sendo um excelente entreposto no excelente entreposto no caminho para as Índiascaminho para as Índias

► Foi muito útil a herança Foi muito útil a herança cultural deixada pelos cultural deixada pelos árabesárabes (bússola, astrolábio... (bússola, astrolábio...))

► A posição geográfica A posição geográfica favorável também ajudou favorável também ajudou muito...muito...

► Também é preciso Também é preciso considerar a Escola de considerar a Escola de Sagres...Sagres...

► E a Revolução de Avis...E a Revolução de Avis...

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Lembrete:

• Toda essa história começou por que os europeus almejavam chegar às índias...

►As cidades italianas de As cidades italianas de Gênova e Veneza Gênova e Veneza monopolizavam o monopolizavam o mediterrâneo. Navegar era mediterrâneo. Navegar era preciso...preciso...

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Modelos de colonização da América

• Modelo Português • Modelo Espanhol

► Colônia de ExploraçãoColônia de Exploração ► Colônia de ExploraçãoColônia de Exploração

► Plantation Plantation (latifúndio agro-exportador)(latifúndio agro-exportador)► Plantation Plantation (latifúndio agro-(latifúndio agro-

exportador)exportador)

► Mão de obra escrava Mão de obra escrava (mais (mais

índio do que negro)índio do que negro)► Mão de obra escrava Mão de obra escrava (mais (mais

negro do que índio)negro do que índio)

► Sociedade menos Sociedade menos hierarquizada hierarquizada (livres e cativos)(livres e cativos)

► Sociedade mais Sociedade mais hierarquizada hierarquizada (chapetones, criollos, (chapetones, criollos,

mestiços, negros e índios)mestiços, negros e índios)

► Administração mais Administração mais simples e centralizadasimples e centralizada

► Administração mais complexa e Administração mais complexa e descentralizadadescentralizada

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OS TUPI-GUARANI• Os povos Tupi-guarani, agricultores pouco

sedentários e de muita rivalidade intertribal, que dominavam a costa brasileira de São Paulo ao Pará,foram os primeiros a entrar em contato com os europeus.

• Os Tupi-guarani estavam mais bem organizados que as outras nações.Eram extremamente preconceituosos,tanto que chamavam os Jês de Tapuia, ou seja,”selvagens”. Este menosprezo dos Tupi-guarani pelos outros povos acabou depois sendo assimilado pelos conquistadores.

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MODO DE VIDA• O tipo de sociedade em

que estavam organizados esses indígenas é chamado pelos antropólogos de sistema tribal.

• O que domina na organização tribal é a relação de parentesco,definida pela cooperação entre membros descendentes de um ancestral comum.

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• Nas aldeias não existia uma autoridade formal, responsável pelo controle do grupo.O chefe de cada aldeia não tinha o poder de um rei.Ele trabalhava como os outros do grupo, e seu poder de liderança era exercido durante as reuniões, nos períodos de guerra ou em situações de calamidade. Era chamado de cacique ou morubixaba.

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• Outra figura importante na organização das tribos era o Pajé, também conhecido por xamã, mediador entre o plano dos homens e o dos espíritos.

• Os Tupi-guarani acreditavam na vida futura e na reencarnação dos antepassados em uma criança.

• Temiam os espíritos do mal e as almas dos mortos.

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ENCONTRO DE CULTURAS : ÍNDIOS - BRANCOS.

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INFERNO E PARAÍSOINFERNO E PARAÍSO

A leitura cristã feita do encontro dos europeus com os habitantes da América tinha forte conotação maniqueísta. De um lado, estava o “bem” , simbolizado por Deus e pela busca do paraíso; de outro, o “mal” , representado pelo Diabo e o inferno. Assim, a idéia da conquista de novas terras vinha acompanhada pelo desejo de levar a palavra de Deus para as “criaturas demonizadas” do Novo Mundo, por meio da catequese.

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• Os jesuítas, liderados por Manuel da Nóbrega, chegaram com o primeiro governador geral para iniciar a conversão dos índios.

• Os índios recebiam a catequese, com prioridade na conversão das crianças.

• Os índios eram agrupados em “reduções”, que eram uma espécie de comunidade liderada pelos jesuítas. Foram criadas para reformular o padrão cultural dos índios e reforçar o processo de conversão.

• Fundação do povoado de São Paulo do Piratininga em 1.554

REDUÇÕES

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Drogas do Sertão

Drogas do sertão

• Drogas do sertão é um termo que se refere a algumas especiarias extraídas da Amazônia como: ervas aromáticas, plantas medicinais, cacau, canela, baunilha, castanha do Pará e outras.

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A Coroa Portuguesa considerava o índio como um súdito, o que legalmente não permitia que o índio fosse considerado escravo. O apogeu do trabalho escravo dos nativos ocorrera entre 1540 a 1570, principalmente nos atuais estados de Pernambuco e Bahia. A partir de 1570, a Coroa Portuguesa pretendeu criar legislação para proibir a escravização indígena, porém permitindo brechas legais para a sua utilização.

A proibição da escravização indígena

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• Podemos observar, no mapa ao lado, a drástica redução dos habitantes da costa leste, de maioria Tupi. Ao longo do processo de colonização e mesmos após a independência esses índios foram dominados, dizimados e aos poucos foram refugiando nas terras interioranas para evitar o contato.

SÉCULO XXI

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Capitanias Hereditárias• Sistema adequado à política

colonizadora portuguesa: “máximo de lucro e mínimo de investimento”

► Donatários podiam Donatários podiam legislar e controlar legislar e controlar quase tudo (podiam quase tudo (podiam fundar vilas, conceder fundar vilas, conceder sesmarias, receber a sesmarias, receber a REDIZIMA ou seja, 1/10 REDIZIMA ou seja, 1/10 das rendas da Coroa e a das rendas da Coroa e a VINTENA, 5% do VINTENA, 5% do arrecadado com a pesca arrecadado com a pesca e o pau Brasil, cobrar e o pau Brasil, cobrar tributos sobre salinas, tributos sobre salinas, moendas e engenhos moendas e engenhos em suas terras em suas terras

► Deveriam arcar com os custos...Deveriam arcar com os custos... ► Índios hostis, natureza furiosa...Índios hostis, natureza furiosa...

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Povoamento litorâneo

• A ocupação do território brasileiro, por muitos anos, ficou restrita ao litoral.

• Tal fato explica porque as densidades demográficas e a degradação ambiental nessa região são mais evidentes.

• Explica também o desenvolvimento das primeiras vilas e cidades, bem como, a presença de grandes aglomerações urbanas próximas ao litoral.

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Pecuária

Fator essencial na ocupação e povoamento do interior, a pecuária se desenvolve no vale do rio São Francisco e na região sul da colônia. As fazendas do vale do São Francisco são latifúndios assentados em sesmarias e dedicados à produção de couro e criação de animais de carga. Muitos proprietários arrendam as regiões mais distantes a pequenos criadores. Não é uma atividade dirigida para a exportação e combina o trabalho escravo com a mão-de-obra livre: mulatos, pretos forros, índios, mestiços e brancos pobres. No sul, a criação de gado é destinada à produção do charque para o abastecimento da região das minas.

A remuneração, de uma maneira geral, baseava-se na participação do crescimento do rebanho; uma cria a cada quatro nascidas, com o

acerto realizado a cada cinco anos.

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Durante o período colonial, a empresa açucareira foi o grande investimento dos portugueses nas terras brasileiras. Contudo, as necessidades de consumo das populações nativas serviram para o desenvolvimento de outras atividades econômicas destinadas à subsistência. Tais empreendimentos econômicos ficaram comumente conhecidos como atividades acessórias ou secundárias e costumava abranger o plantio de pequenas e médias culturas e produção de algodão, rapadura, aguardente, tabaco e mandioca.

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BRECHA CAMPONESA

Uma das mais novas modalidades pesquisadas nesse campo trata, por exemplo, da criação da “brecha camponesa”. Esse termo se refere ao costume que alguns senhores de engenho tinham em liberar alguns lotes de sua propriedade para que os escravos pudessem realizar a produção de gêneros agrícolas voltados para o próprio consumo e a venda no mercado interno. Tal medida seria benéfica aos escravos ao abrir oportunidade para a compra de outros produtos e a relativa melhora de sua condição de vida.

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Por que estudar a África?Por que estudar a África?

Além de identificar e reconhecer as influências das culturas africanas (sobretudo da chamada África Atlântica) sobre a formação do Brasil, é necessário olhar outros povos, histórias e tradições , indo além do habitual costume que privilegia o estudo do mundo eurocêntrico (que tem a cultura de origem europeia como base ou referência).

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O “Berço” da humanidadeO “Berço” da humanidade

O continente é reconhecidamente associado ao surgimento do homem, pois em terras africanas foram identificadas várias e antigas espécies que fizeram parte da evolução humana.

MigraçõesMigrações

Desde os tempos mais remotos as populações africanas passaram por processos migratórios ou pela formação de grupos isolados pouco numerosos, favorecendo a formação de vários grupos étnicos e de uma grande diversidade de estruturas sociais, tribos, comunidades e variadas formas de organização política – que, embora utilizemos termos ocidentais como “impérios” ou “reinos”, funcionavam de formas próprias e diferenciadas.

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•Nos seus 30,2 milhões de Km², repartidos por 53 países

a África tem 1 bilhão de habitantes, cerca de 15% da Humanidade, que aliás foi nela que teve a sua origem.

•Nos países africanos mais de 60% da população ainda não completou 25 anos, o que perspectiva um grande potencial de futuro para o menos desenvolvido dos continentes.

•É preciso derrubar os principais obstáculos ao renascimento de África, outrora, vista como um reservatório de escravos para o engrandecimento das Américas.

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A descolonização da África, entre 1950 e 1970, dá origem a sistemas políticos frágeis, que, em muitos países, acabam degenerando em ditaduras ou em sangrentas guerras civis envolvendo clãs e etnias rivais.

A instabilidade do continente é uma herança do caótico processo de colonização.

Muitos dos conflitos africanos se arrastam há anos sem perspectiva de se obter a paz, como as guerras civis que devastam a Nigéria, o Sudão e a Somália .

As principais tensões na África contemporânea ocorrem

nos Grandes Lagos e na porção norte do continente.

ÁFRICA

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Civilizações marcantesCivilizações marcantes

O Antigo Egito é certamente a mais conhecida e grandiosa civilização africana, tendo sido cenário de importantes acontecimentos e tendo construído uma formidável cultura.

Durante mais de 2 mil anos os egípcios dominaram extensas regiões e promoveram obras fantásticas para honrar seus vários deuses e para produzir através do aproveitamento do Rio Nilo.

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Civilizações marcantesCivilizações marcantes

Abaixo do região egípcia, onde hoje está o Sudão, tendo civilizações que deixaram suas marcas:

O Reino de Kush chegou a ser conhecido como a civilização dos “faraós negros”, tendo como capital a cidade de Meroé. Os kushitas também construíram pirâmides e tiveram relações tensas com os poderosos egípcios. O reino só foi extinto no século IV da Era Cristã.

Ruínas da cidade de Meroé

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Oceano Atlântico

África do Norte

África Ocidental

África Central

África Oriental

África do Sul

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A África AtlânticaA África Atlântica

É a região ocidental do continente, banhada pelo Oceano Atlântico e que teve fortes in-fluências sobre a for-mação colonial das Américas, pois foi a origem dos escravos que partiram para o Novo Mundo.

Oceano Atlântico

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A África AtlânticaA África Atlântica

Oceano Atlântico

Para os estudiosos da História da África, a região é formada pelos seguintes países atuais: Mauritânia, Senegal, Gâmbia, Guiné Bissau, Guiné, Serra Leoa, Libéria, Costa do Marfim, Gana, Togo, Benin, Nigéria, Camarões, Guiné Equatorial, São Tomé e Príncipe, Gabão, Congo, República Democrática do Congo e Angola

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A África AtlânticaA África Atlântica

A região sediou um dos mais importantes reinos históricos da África, o poderoso Império de Gana, que desenvolveu intensa atividade mineradora e comercial que negociava vários produtos e também impulsionou o tráfico de escravos. Situado numa movimentada rota entre as regiões atlânticas e subsaarianas, o império manteve contatos com vários povos, o que facilitou os negócios envolvendo escravos. Gana manteve sob seu controle vários reinos na região e entrou em decadência após o domínio de invasores islâmicos, no século XIII.

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A África AtlânticaA África AtlânticaO reino de Mali estava nas proximidades da África Atlântica, mas era bastante ligado à região. Mali adotou o islamismo e também deveu seu desenvolvimento ao comércio, além de intensa vida urbana, o que ocorria em grandes cidades como Tombuctu.

Ruínas de Jenné-jeno (Mali), reconhecida como a mais antiga cidade da região sub-saariana

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A escravidão é uma característica marcante na vida da África Atlântica, sendo o tráfico humano uma atividade que teve muita importância na região. O escravismo era uma prática muito comum na África e remonta aos tempos das civilizações mais antigas do continente.

EscravidãoEscravidão

Arte egípcia retratando a escravidão

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EscravidãoEscravidão

Cenas da escravidão interna na África Atlântica

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EscravidãoEscravidão

Cenas da escravidão interna na África Atlântica

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EscravidãoEscravidão

Mulheres e crianças escravas

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EscravidãoEscravidãoCom a expansão marítima europeia a partir do século XV, os contatos entre a Europa e a África tornaram-se intensos e com eles a escravidão ganhou mais mercados, através do tráfico atlântico, que passou a ter o Novo Mundo como destino.

Os portugueses estabeleceram privilegiadas condições de negociação, estabelecendo grande volume de atividades e possibilitando o aumento das influências externas sobre a África Atlântica.

Tráfico atlântico: Fluxo externo para as Américas; Preferência por escravos homens, por crianças e

adolescentes.

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EscravidãoEscravidãoAs intensas intromissões externas contribuíram para desestabilizar os reinos africanos, cada vez mais dependentes das potências europeias.

O tráfico atlântico acentuou também os problemas internos na África, pois aumentou as tensões entre os povos e sociedades numa luta entre aqueles que buscavam escravos e aqueles que buscavam resistir à submissão.

Cena de ataque a população de aldeia

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EscravidãoEscravidão Cerca de 90% dos escravos transferidos para as Américas

partiram da África Atlântica; No caso do fornecimento de escravos para o Brasil, os

interesses pelos controle do comércio escravista gerou atritos entre lideranças e grupos africanos, comerciantes portugueses e também brasileiros;

“Castelo” de São Jorge da Mina, em Gana – Grande porto escravista português

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EscravidãoEscravidão

Esquemas e representações de navios negreiros que faziam as rotas entre a África Atlântica e as Américas

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EscravidãoEscravidão

Fluxo, intensidade e destinos dos

escravos através das

rotas atlânticas

entre a África e as Américas

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EscravidãoEscravidão O fluxo escravista a partir da África Atlântica acabou também

disseminando, através do êxodo escravo, vários elementos da cultura nativa africana para as Américas, então Significativa parte da base sócio-cultural das sociedades formadas nas Américas recebereu influências diretas dos povos da África Atlântica.

As populações escravas passaram a constituir a população americana, agindo no processo de produção colonial, mas a devida integração à sociedade ainda não foi concluída mesmo após o fim do trabalho escravo;

A continuidade do tráfico escravo foi trágica para vários reinos, aldeias e povoados africanos, que passaram a ser atacados para obtenção de pessoas que seriam submetidas ao escravismo no Mundo Atlântico.

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A África pré-colonial

• A África possuiu uma História anterior a sua exploração colonial iniciada nos séculos XV e XVI;

• Era um local onde existiam grandes e importantes civilizações;

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REGIÕES AFRICANAS

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O Darwinismo

• Mas inspirados pelo Darwinismo os europeus passaram a ver o continente como um lugar de pessoas inferiores;

• A África e seus moradores não deveriam ser levados, mesmo que a força, a um estágio mais elevado de “cultura”.

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• A África foi habitado por comerciantes, ferreiros, ourives, guerreiros, reis e rainhas;

• Algumas civilizações são conhecidas desde o século IV, como a primeira dinastia de Gana;

• Dentre os primeiros povos da África podemos destacar os bérberes e os bantos.

• Os bérberes eram nômades e viviam em caravanas que cortavam o deserto do Saara.

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• Os bantos habitavam o noroeste da África, (atuais Estados da Nigéria, Mali, Mauritânia e Camarões);

• Eram agricultores e faziam da pesca e da caça atividades suplementares, dominavam a metalurgia, fato que possibilitou conquistarem povos vizinhos e assim formarem um grande reino, que abrangia grande parte do noroeste do continente, o reino do Congo.

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• Durante os séculos V a XV, na África ocidental, os impérios de Gana e de Mali, e reinos da África central e oriental, como os Luba e Lunda, se chocaram entre os séculos XVI e XIX, sendo considerados semelhantes aos Estados de modelo monárquico ou imperial;

• Um dos motivos deste choque era o tráfico de africanos para serem escravizados na América.

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Áfricas

• O continente africano era habita por povos distintos em “estágios evolutivos” distintos;

• Por isso não é correto pensar na África como um continente habitado por pessoas todas iguais;

• Cada tribo, ou civilização africana tinha sua própria língua, costumes, leis e deuses.

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A África no Brasil• Os africanos no Brasil,

durante o período da escravidão, eram tratados como mercadoria;

• Eram explorados e sua cultura tida como inferior;

• Mas mesmo assim conseguiram manter um pouco de seus costumes vivos.

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Religião

• Através da religiosidade os africanos preservaram parte de sua cultura;

• Nesta religião, criada no Brasil, mistura-se o cristianismo e as crenças africanas;

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Relações

Nossa Senhora da Conceição Iemanjá

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Outras influências

• O português falado no Brasil é prova viva da contribuição africana;

• Na música o samba;

• Na culinária a feijoada e o arroz doce

• Nas festas a congada, o maracatu...

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Comércio de Escravos

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NAVIO NEGREIRO

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TRÁFICO NEGREIRO

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Escravidão • O negro resistiu, fugindo, atacando seus feitores, queimando senzalas, dispersando o gado, suicidando-se, abortando, disfarçando sua cultura (sincretismo) etc.

► Os quilombos reuniam negros fugidos, Os quilombos reuniam negros fugidos, índios e até foras-da-lei... índios e até foras-da-lei...

► Quase sempre foram mercadoria barata Quase sempre foram mercadoria barata (mesmo portugueses pobres e até (mesmo portugueses pobres e até escravos alforriados podiam possuir escravos alforriados podiam possuir uma peça). uma peça).

► O número de mulheres trazidas da O número de mulheres trazidas da África era cinco vezes menor que o de África era cinco vezes menor que o de homens. homens.

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Isto é preconceito, você sabia?

• Colocar apelidos nas pessoas negras, como Pelé, Mussum, tição, café, chocolate, buiu, branca de neve. Os apelidos pejorativos são uma forma perversa de desumanizar e desqualificar seres humanos.

• Elogiar negros dizendo que são de “alma branca”.

• Fazer piada de mau gosto, usando o termo “coisa de preto” ou “serviço de preto”.

• Querer agradar a negros dizendo que é negro, “mas” é bonito, ou que “apesar” do “cabelo ruim” é inteligente.

• Usar eufemismo como “moreninho”, “escurinho”, “pessoas de cor”, evitando a palavra negro ao se referir a pessoas negras.

• Negar a ascendência negra do mulato, dizendo que ele não é “totalmente” negro, que é de raça apurada, ou usar as expressões “limpar o sangue” e “melhorar a raça”, ao se referir à miscigenação.

• Fazer comparação, usando a cor branca como símbolo de que é limpo, bom, puro e, em contrapartida, usar a cor preta representando o que é sujo, feio, ruim.Fonte: Almanaque Pedagógico Afrobrasileiro – Rosa Margarida de Carvalho Rocha, Nzinga.

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Educação das Relações Étnico-RaciaisEducação das Relações Étnico-Raciais

A palavra é ...A palavra é ...

Etnocentrismo – Visão de mundo que considera o grupo a que o indivíduo pertence o centro de tudo. Elegendo como o mais correto e como padrão cultural a ser seguido por todos, considera os outros, de alguma forma diferentes como inferiores.

Identidade Étnica – Conjunto de caracteres próprios e exclusivos de uma pessoa que a faz reconhecer-se pertencente a um determinado povo, ao qual se liga por traços comuns de semelhança física, cultural e histórica.

Afro-brasileiro – Adjetivo usado para referir-se à parcela significativa da população brasileira com ascendência parcial ou totalmente africana.

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Produção na Colônia

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Sociedade• Grande influência do catolicismo

(outros cultos não podiam ser feitos em público...).

► Família patriarcal.Família patriarcal.

► Forte influência dos padrões da Forte influência dos padrões da aristocracia européia.aristocracia européia.

► Presença dos cristãos-novos Presença dos cristãos-novos (judeus convertidos).(judeus convertidos).

► Possibilidade de alforria Possibilidade de alforria (Q(Quartações – Carta de uartações – Carta de compromisso compromisso etc). etc).

► Rigidez no tempo do açúcar e Rigidez no tempo do açúcar e flexibilidade na mineração e na flexibilidade na mineração e na pecuária.pecuária.

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Um trapiche é uma máquina destinada a moer a cana de açúcar que consiste numa estrutura fixa onde se encontra um conjunto de ao menos dois cilindros, um recipiente, e um braço destinado a fazer rodar os cilindros. A máquina é movida a tração animal, geralmente bois.

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Os Quilombos

• Do Banto: “Povoação”

• Núcleos habitacionais e comerciais, além de local de resistência à escravidão

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O Quilombo dos Palmares

• Criado no final de 1590 a partir de um pequeno refúgio de escravos localizado na Serra da Barriga, em Alagoas, Palmares se fortificou, chegando a reunir quase 30 mil pessoas. Transformou-se num estado autônomo, resistiu aos ataques holandeses, luso-brasileiros e bandeirantes paulistas, e foi totalmente destruído em 1716.

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ZUMBI

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A União Ibéricae

A Invasão Holandesa

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União Ibérica (1580-1640)

Com a morte do rei de Portugal, D. Sebastião, em 1578, o trono português ficou vago.

Felipe II, rei da Espanha e neto de D. Manuel rei de Portugal, reivindicou o trono português e conquistou à força;

Portugal era da Espanha ( União Ibérica )

Holanda X Espanha

Holanda pertencia a Espanha ( era uma região desenvolvida por causa do comércio );A partir de 1572, começa a luta pela independência da Holanda e dos reinos adjacentes;Em 1581, a Holanda torna-se independente

Como represália:

Espanha faz um embargo econômico que afeta a economia de Portugal, Holanda e Brasil;Em 1621, é criada a Cia das Índias Ocidentais (pela Holanda) para enfrentar o embargo;Os holandeses planejaram a invasão de Salvador em 1624.

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Holandeses na Bahia

Em 1624, a Holanda invade Salvador e aprisiona o governador Diogo de Mendonça Furtadocolonos organizam a resistência ( guerra de guerrilha)

Em 1625, a Espanha envia a Bahia uma esquadra com 50 navios e 12mil homens. Foi comandado pelo Fradique Toledo Osório.

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Holandeses em Pernambuco

Em 1630, holandeses voltam a atacar o Brasil ( PE)= Olinda e Recife

A chegada dos holandeses levou parte da população para o interior, criando focos de resistência em PE ( o maior foi o arraial do Bom Jesus e seu chefe era Mathias de Albuquerque )

Tática militar era a guerra de guerrilhas

Em 1632, Domingos Jorge Calabar ajuda os holandeses a destruir o Arraial, destruição 1635.

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Resultado das conquistas holandesas até esse período (1630-1635)

Engenhos destruídosOlinda incendiada e destruídaFuga de negros ( cresce o Quilombo dos Palmares)Plantações destruídasHolandeses dominam o litoral nordestino.

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Nassau chega ao Recife (1637-1644)

•Período de relativa "paz" por adotar algumas medidas, tais como:

* Aliança com Senhores de Engenho * Reativa a produção açucareira * Faz empréstimos aos Senhores de Engenho * Garante o abastecimento de escravos * Faz o saneamento e modernização do Recife * Recife passou a se chamar Mauritzstad ou Maurícia * criou o Jardim Botânico * Fez pontes * pratica a tolerância religiosa * trouxe os pintores Albert Echout e Frans Post

•Trouxe cientistas como: Jorge Marcgrave ( naturalista ) e Wiliam Piso ( Médico)

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 Restauração Portuguesa

Em 1640, Portugal com ajuda da Inglaterra e da Holanda tornou-se independente da EspanhaAssume o trono português D. João IV, iniciando a dinastia de BragançaNassau retorna em 1644 a HolandaComeça o processo de Insurreição Pernambucana

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Terceira fase do domínio holandês em Pernambuco (1645-1654)

Os holandeses começam a cobrar os empréstimos feitos aos Senhores de EngenhoIntolerância religiosaInicia um sentimento de revoltaNo dia 03/08/1645, Batalha dos Montes das Tabocas

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Líderes :

João Fernandes Vieira (branco)Henrique Dias (negro)Felipe Camarão (índio)

* representação das três raças do Brasil.

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19/04/1648 e em 11/1649 - Batalha dos Guararapes

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Tratado de paz com a Holanda foi firmado em 08/1661, em Haia

Pontos do acordo:

Holanda renuncia qualquer pretensão sobre o BrasilPortugal paga uma indenização de 4 milhões de cruzadosPortugal cede o Ceilão ( Sri Lanka, na Ásia) e Molucas na Indonésia. No dia 26/01/1654 , os holandeses são expulsos definitivamente de Recife

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1. O CICLO DO OURO• Século XVIII.• MG, MT, GO• Movimento bandeirante

(séc XVII):– Bandos armados que

percorriam o interior do país em busca de riquezas.

– Origem: São Vicente (São Paulo).

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– Tipos de bandeiras (expedições exploradoras): apresamento (caça ao índio), sertanismo de contrato (destruição de quilombos ou outros serviços no interior), busca de metais preciosos.

– Importância histórica: • alargamento informal das

fronteiras, • ataque/destruição de missões

no sul, dando origem a reserva de gado.

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• descoberta de ouro (nos atuais estados de MG, MT e GO)

• A administração aurífera: – Intendência das Minas (1702) –

órgão criado por Portugal para administrar a região das minas.

– Divisão em lotes (DATAS); – Cobrança de impostos:

• Quinto (20%).• Casas de Fundição (1720).

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• Capitação (1735 – imposto sobre escravos)• 100 arroubas anuais (1500kg/ano).• Derrama (cobrança de impostos atrasados).

• Submissão de Portugal aos interesses ingleses: Tratado de Methuen (1703) – acordo panos e vinhos.

• Mudanças do Brasil a partir da descoberta de ouro:– Aumento populacional.– Aumento do mercado interno.– Integração econômica.

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– Integração do sul (gado).– Deslocamento do eixo econômico

(NE – SE).– Mudança da capital (RJ – 1763).– Interiorização.– Urbanização (Vila Rica, Mariana,

Sabará, Diamantina...).– Surgimento de classe média

urbana.– Mobilidade social relativa.

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– Aumento do escravismo.

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• O distrito Diamantino:– Maior controle de POR.– Até 1740 cobrava-se o Quinto.– A partir de 1740: concessão de contrato.

• Contratador.– A partir de 1771: monopólio de POR.

• A arte na época do ouro:– Estilo barroco.– Obras de caráter religioso.– Antônio Francisco Lisboa – O Aleijadinho

(maior representante).

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Aleijadinho nasceu em Vila Rica no ano de 1730 (não há registros oficiais sobre esta data). Era filho de uma escrava com um mestre-de-obras português. Iniciou sua vida artística ainda na infância, observando o trabalho de seu pai que também era entalhador.Por volta de 40 anos de idade, começa a desenvolver uma doença degenerativa nas articulações. Não se sabe exatamente qual foi a doença, mas provavelmente pode ter sido hanseníase ou alguma doença reumática. Aos poucos, foi perdendo os movimentos dos pés e mãos. Pedia a um ajudante para amarrar as ferramentas em seus punhos para poder esculpir e entalhar. Demonstra um esforço fora do comum para continuar com sua arte. Mesmo com todas as limitações, continua trabalhando na construção de igrejas e altares nas cidades de Minas Gerais.

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E o pior é que a maior parte do ouro que se tira das minas passa em pó e em moedas para os reinos estranhos, e a menor é a que fica em Portugal e nas cidades do Brasil, salvo o que se gasta em cordões, arrecadas e outros brincos, dos quais se vêem hoje carregadas as mulatas de mau viver e as negras muito mais do que as senhoras. Nem há pessoa prudente que não confesse haver Deus permitido que se descubra nas Minas tanto ouro para castigar com ele ao Brasil, como está castigando, no mesmo tempo tão abundante de guerras, aos Europeus com o ferro."

André João Antonil, Jesuíta italiano, percorreu o Brasil.Em 1711, publicou em Lisboa a obra Cultura e Opulência do Brasil por suas Drogas e Minas.

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A POPULAÇÃO BRASILEIRA NO SÉCULO XVII 

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A POPULAÇÃO BRASILEIRA NO SÉCULO XVIII

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• As Reformas Pombalinas (1750 – 1777):– Marquês do Pombal*: despotismo esclarecido em POR.– Tentativa de modernizar POR, diminuindo influência

inglesa no país.– Estratégia: aumentar a exploração sobre o Brasil.– Aumento do controle administrativo.– Criação de companhias de comércio (reforço do

monopólio).– Criação da Derrama.– Expulsão de Jesuítas de POR – destruição das missões

no RS.

* Sebastião José de Carvalho e Melo

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1 - REVOLTAS NATIVISTAS:

• Revolta de Beckman (1684) Causas: As divergência entre fazendeiros e jesuítas quanto à escravização dos índios Oposição ao monopólio da Cia de Comércio do Maranhão Desenrolar dos fatos: 1621, foi criado o Estado do Maranhão ( Ceará, Piauí, Pará e Amazonas) capitanias reais estava

diretamente subordinado a metrópole. 1641, os holandeses ocuparam a região do Maranhão (expulsaram invasores). A situação da região era de pobreza. A economia baseava-se na agricultura de subsistência, criação de gado, cultivo da cana , cacau e

fumo ( em escala modesta). Faltava dinheiro para comprar escravos negros Saída: índios (missões). 1682, foi criada a Cia de Comércio do Maranhão.

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Líderes :

•Manuel Beckman, Tomás Beckman e Jorge Sampaio

Aderiram ao movimento: latifundiários, comerciantes luso-brasileiros, mascates, padres contrários aos privilégios da Cia de Jesus.

Interessante: A revolta não era separatista. (elitista)

Movimento iniciou em 24/02/1684

•Revoltosos destituíram as autoridades e constituíram uma junta.

Organizou-se uma comissão representativa do comércio, da lavoura e do clero.

•Maio de 1685, Portugal manda novo governador Gomes de Freire de Andrade e prende os revoltosos.

•Manuel Beckman e Jorge Sampaio são executados.

Resultado: a maioria dos objetivos alcançados.

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Guerra dos Emboabas (MG 1707 – 1709):

– Bandeirantes paulistas X Emboabas (forasteiros)*.

– Capão da Traição: grande massacre de paulistas.

– SP é separada de MG.

– Paulistas retiram-se em sua maioria e descobrem novas jazidas de ouro em GO e MT.

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• Guerra dos Mascates (PE – 1710):– Olinda X Recife

– Causa básica: Recife obtém autonomia e Olinda não aceita.

– Recife confirma sua autonomia e torna-se a capital de Pernambuco (1714).

Latifundiários Comerciantes portugueses

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• Revolta de Vila Rica ou de Filipe dos Santos (MG – 1720):– Contra o estabelecimento das Casas de Fundição.– Líder: Filipe dos Santos.– Resultado: Filipe dos Santos é enforcado e

esquartejado.

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2 - REVOLTAS EMANCIPACIONISTAS:• Século XVIII (final) e XIX (início).• Objetivo: separação de Portugal

(independência).• Nacionalistas.• Influenciadas pelo iluminismo,

independência dos EUA e Revolução Francesa.

• Inconfidência Mineira (1789):– Causas: esgotamento do ouro, crise econômica,

exploração abusiva de POR (impostos, derrama, proibição de produção de manufaturados na colônia – Alvará de D. Maria I).

– Penetração de ideais iluministas.

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– Líderes: elite mineira (Cláudio Manuel da Costa, Tomás

Antônio Gonzaga, Alvarenga Peixoto, Joaquim José da Silva Xavier – o “Tiradentes”).

– Objetivos: proclamação da República, fim do pacto colonial, estímulo ao desenvolvimento de manufaturas, criação de uma Universidade, bandeira com a inscrição “Libertas quae sera tamen” (Liberdade ainda que tardia).

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– Denunciada por Joaquim Silvério dos Reis.

– Líderes presos e degredados para a África.

– Tiradentes é enforcado e esquartejado (exemplo).

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Conjuração Baiana ou Revolta dos Alfaiates (1798):

Motivos: Transferência da capital de Salvador para o Rio de Janeiro (1763)

Aumento das dificuldades econômicas (empobrecimento da maioria da população)

 Influências:  Idéias Iluministas   “Liberdade, Igualdade e Fraternidade” Independência dos Estados Unidos Maçonaria 

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Objetivos:  Criação de uma República  Independência Fim da escravidãoImpostos mais eqüitativosAumento de salários das tropasEleições públicasLuta contra o clero, o rei e as autoridades. Circulação de panfletos “subversivos” em 12/08/1798

Líderes: Luiz Gonzaga das Virgens (soldado), Lucas Dantas de Amorim Torres ( soldado)João de Deus  (alfaiate),Cipriano Barata ( Médico)   fundou o Jornal o Sentinela da Liberdade; Manuel Faustino dos Santos ( alfaiate);  Hermógenes  Pantoja  ( militar); Agostinho Gomes ( padre)   

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Loja maçônica: Cavaleiros da Luz ( padres, comerciantes e militares) 

Movimento foi considerado de Lesa-majestade = crime contra a coroa Observação: o movimento não chegou a eclodir. Cronistas da época chamavam de “associação de mulatos” 07/11/1799 foram condenados  a forca e ao esquartejamento      João de Deus do Nascimento ;       Luiz Gonzaga das Virgens;      Lucas Dantas de Oliveira;      Manuel Faustino dos Santos ( o lira) Execução deveria servir de exemplo para inibir atos como do Haiti. 

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COMPARAÇÃO ENTRE AS CONJURAÇÕES MINEIRA E BAIANA

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Gêneros  Literários 

Quinhentismo: Esse é o primeiro movimento literário no Brasil e não apresenta um autor específico. Possui uma característica mais informativa e documental.

Barroco: A literatura barroca teve início em 1601 com o poema épico Prosopopeia, de Bento Teixeira. Os sermões do padre Antônio Vieira também foram importantes nesse período. O poeta mais importante desse estilo no Brasil foi Gregório de Matos, chamado também de Boca do Inferno, que fazia poesias satíricas.

Arcadismo: O início do Arcadismo no Brasil foi em 1768 com a publicação de Obras Poéticas, de Cláudio Manuel da Costa, cujo pseudônimo era Glauceste Satúrnio. Esse movimento produz poesias líricas e bucólicas com a valorização da vida no campo. Seu principal autor é Tomás Antônio Gonzaga, que publicou Marília de Dirceu e Cartas Chilenas.

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Numa tarde quente da Bahia, uma Freira resolveu satirizar, publicamente, Gregório de Matos(nasceu em 1636) , que tinha uma fisionomia delgada e um nariz saliente, chamando-lhe de “Pica-Flor” (passarinho, o mesmo que beija-flor). Gregório não deixou por menos e lhe respondeu em versos:

“Se Pica-Flor me chamais, Pica-Flor aceito ser, Mas resta saber agora, Se no nome que ma dais, Meteis a flor, que guardais![...]Se me dais este favor, Sendo eu só o Pica, E o mais vosso, claro fica, que fico então Pica-Flor” Provavelmente aí está a origem da palavra "pica" (Pênis).

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O sermão do Padre Antônio Vieira, intitulado Pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda,  trata-se  de  um  texto religioso redigido pelo sacerdote, com vistas à pregação que realizou no Brasil, no ano de 1640, na Igreja de Nossa Senhora da Ajuda, na Bahia.

(...) Em castigar, vencei-nos a nós, que somos criaturas fracas; mas em perdoar, vencei-Vos a Vós mesmo, que sois todo-poderoso e infinito. Só esta vitória é digna de Vós, porque só vossa justiça pode pelejar com armas iguais contra vossa misericórdia; e sendo infinito o vencido, infinita fica a glória do vencedor. (...).(VIEIRA, 1959, p. 322-323).

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1. O PERÍODO JOANINO (1808 – 1821)

• Período em que a família real portuguesa instalou-se no Brasil.

• Causa: fuga das tropas napoleônicas.– Não adesão ao Bloqueio Continental.

• 1808: Abertura dos Portos.– Fim do Pacto Colonial.

Chegada da família real portuguesa.

D. João VI

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• 1810: Tratados de comércio com a ING:– Tratado de Aliança e Amizade – proibição da

Inquisição no Brasil e fim gradual do tráfico negreiro.– Tratado de Comércio e Navegação – tarifas alfandegárias reduzidas para produtos ingleses; porto livre (SC).

• Realizações de D. João:– Permissão para a produção de manufaturas (revogação

do Alvará de D. Maria I – 1763) – frustrado pela concorrência inglesa.

– Academia militar.– Banco do Brasil.– Imprensa Régia.

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– Biblioteca Real. – Escola de Medicina (BA e RJ).– Real Teatro de São João– Jardim Botânico (RJ).

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• Com a chegada de D. João VI e a corte portuguesa ao Brasil, este recebe forte influência cultural européia, intensificada ainda mais com a chegada de um grupo de artistas franceses (1816) encarregado da fundação da Academia de Belas Artes (1826), na qual os alunos poderiam aprender as artes e os ofícios artísticos. Esse grupo ficou conhecido como Missão Artística Francesa.

• Os artistas da Missão Artística Francesa pintavam, desenhavam, esculpiam e construíam à moda européia. Obedeciam ao estilo neoclássico (novo clássico), ou seja, um estilo artístico que propunha a volta aos padrões da arte clássica (greco-romana) da Antigüidade.

• Algumas características de construções neoclássicas:

· Colunas (de origem grega): Estrutura de sustentação das construções. Compõe-se de três partes : base, fuste (parte maior) e capitel (parte superior com ornamentos).

· Arcos (de origem romana): Elemento de construção de formato curvo existente na parte superior das portas e passagens que serve de sustentação.

· Frontões: Estrutura geralmente triangular existente acima de portas e colunas e abaixo do telhado. Os frontões podem receber os mais variados tipos de decoração.

Os pintores deveriam seguir algumas regras na pintura tais como: inspirada nas esculturas clássicas gregas e na pintura renascentista italiana, sobretudo em Rafael, mestre inegável do equilíbrio da composição e da harmonia do colorido.

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ARTISTAS DA MISSÃO ARTÍSTICA FRANCESA

• Chefiada por Joaquim Lebreton, a missão artística francesa criou, no Rio de Janeiro, a Escola Real das ciências, arte e ofícios.

• Nicolas-Antonine Taunay: (1775-1830) pintor francês de grande destaque na corte de Napoleão Bonaparte e considerado um dos mais importantes da Missão Francesa. Durante os cinco anos que residiu no Brasil, retratou várias paisagens do Rio de Janeiro.

• Jean-Baptiste Debret: (1768-1848) foi chamado de "a alma da Missão Francesa". Ele foi desenhista, aquarelista, pintor cenográfico, decorador, professor de pintura e organizador da primeira exposição de arte no Brasil (1829). Em 1818 trabalhou no projeto de ornamentação da cidade do Rio de Janeiro para os festejos da aclamação de D.João VI como rei de Portugal, Brasil e Algarve. Mas é em Viagem pitoresca ao Brasil, coleção composta de três volumes com um total de 150 ilustrações, que ele retrata e descreve a sociedade brasileira. Seus temas preferidos são a nobreza e as cenas do cotidiano brasileiro e suas obras nos dão uma excelente idéia da sociedade brasileira do século XIX.

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Características do neoclássico

Igreja de Santa Genoveva em Paris

Forte influência da arquitetura neoclássica foi a descoberta arqueológica das cidades italianas de Pompéia e Herculano que, no ano de 79 a.C., foram cobertas pelas lavas do vulcão Vesúvio. Diante daquelas construções, num erro de interpretação, os historiadores de arte acreditavam que os edifícios gregos eram recobertos com mármore branco, ocasionando a construção de tantos edifícios brancos. Exemplo: Casa Branca dos Estados Unidos.

Porta do Brandemburgo, em Berlim

A pintura desse período foi inspirada principalmente na escultura clássica grega e na pintura renascentista italiana, sobretudo em Rafael, mestre inegável do equilíbrio da composição.

A grande odalisca - Ingres

Vênus Anadioneme

_Ingres

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Retrato da Marquesa de Belas, 1816.

Largo da Carioca em 1816. Museu Nacional de Belas Artes

NICOLAS-ANTOINE TAUNAY

Vista do Pão-de-Açúcar a Partir do Terraço de Sir Henry Chamberlain

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Debret: Negra vendendo caju

JEAN-BAPTISTE DEBRET

Debret: Caçador de escravos.

Em "Viagem Pitoresca ao Brasil", coleção composta de três volumes com um total de 150 ilustrações, Debret retrata e descreve a sociedade brasileira. Seus temas preferidos são a nobreza e as cenas do cotidiano brasileiro. Sua obra dá uma excelente idéia da sociedade brasileira do século 19, como se vê na figura acima.

Detalhe de A Coroação de D. Pedro I, de J.B. Debret

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Grandjean de Montigny – Introduziu o Neoclássico na arquitetura brasileira.

• Grandjean de Montigny – Em 1816, desembarca no Rio de Janeiro.• Impedido de lecionar por falta de lugar adequado, Montigny entregou-se a vários

projetos oficiais e particulares.• Desde sua chegada ao Brasil até sua morte, em 1850, realizou numerosos projetos de

arquitetura e urbanismo, dos quais bem poucos se concretizaram.• Entre os projetos que se concretizaram, figuram a Escola Real de Ciências Artes e

Ofícios• Teatro da Paz, construção em estilo neoclássico que, no tempo do Império, foi a maior

casa de óperas e até hoje permanece entre os mais destacados teatros do país, por sua tradição artística. Erguido na época áurea da borracha pelo arquiteto Grandjean de Montigny, o teatro serviu de palco para grandes figuras do mundo das artes

• Em sua fachada e nas laterais erguem-se colunas que lhe dão o equilíbrio de templo grego. Nas colunatas coríntias, sobre a fachada principal, existem quatro bustos de mármore representando a música, a poesia, a comédia e a tragédia. Suas escadarias, adornadas por bustos em mármore de Carrara de Gonçalves Dias e José de Alencar, ligam o salão de entrada ao pavilhão superior, onde imensa lâmina ladeia a entrada de um amplo corredor, em arcadas, que comunica as frizas e as varandas.

ARQUITETURA

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Pórtico da Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios, na altura da antiga Travessa do Sacramento, no Rio de Janeiro. Atual Escola de Belas Artes, hoje unidade da Universidade Federal do Rio de Janeiro, O pórtico da antiga Academia Imperial de Belas Artes, hoje no Jardim Botânico

Projetado por Grandjean de Montigny, para ordenar a feira de pescado do Largo do Paço, este mercado funcionou de 1840 a 1933, quando a Bolsa de Valores o demoliu para construir sua sede.

GRANDJEAN DE MONTIGNY

Teatro da Paz, a fachada e detalhe das escadarias: requinte de arquitetura, retrato do período áureo da borracha. Projeto de Grandjean de Montigny

Entrada do teatro da Paz em Belém do Pará

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• Conseqüências sociais da instalação da

Corte no Brasil:– Costumes importados da Europa no RJ.

– Alta do custo de vida.

– Crescimento populacional do RJ (urbanização).

– Criação de cargos públicos para ocupar nobres.

– Distribuição de títulos nobiliárquicos.

• Apoio de proprietários rurais locais.

– Aumento de impostos para financiar despesas da corte.

Page 183: Da colonização a proclamação da república show 2013

• 1815: Elevação do Brasil à categoria de REINO UNIDO 

A PORTUGAL E ALGARVES (legitimação da Corte no

Brasil – Congresso de Viena).

• Lembrar: 1816: Missão artística francesa no RJ (vinda de

vários artistas, entre eles o pintor Jean Baptiste Debret).

Page 184: Da colonização a proclamação da república show 2013

• Política externa:– 1807 – invasão da Guiana Francesa

(devolvida em 1817).

– 1816 – anexação da Província Cisplatina (URU) – independente em 1828.

• A Revolução Liberal do Porto (1820):– POR – crise econômica e domínio

inglês.

– Liderança da burguesia portuguesa.

Page 185: Da colonização a proclamação da república show 2013

– Objetivos:

• Volta de D. João VI.

• Constituição.

• Recolonização do Brasil (volta do monopólio português).

– 1821: D. João VI retorna a Portugal.

• D. Pedro assume como Regente.

Page 186: Da colonização a proclamação da república show 2013

2 - O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA (1821 – 1822):

• Cortes portuguesas (parlamento) tentam recolonizar o Brasil.

• Exigência da volta de D. Pedro para Portugal.

• JAN/1822: “Dia do Fico”.

Elites coloniais brasileiras aproximam-se de D. Pedro.D. Pedro anuncia permanência no Brasil.

Page 187: Da colonização a proclamação da república show 2013

• MAI/1822: Decreto do “Cumpra-se”.

• JUN/1822: D. Pedro convoca Assembléia

Constituinte.

• AGO/1822: tropas portuguesas no Brasil

consideradas inimigas.

• 7/9/1822: Após receber ultimato de POR, D. Pedro proclama a independência.

Page 188: Da colonização a proclamação da república show 2013

• DEZ/1822: D. Pedro é coroado (DOM PEDRO I).• Dependência econômica em relação a ING.• Manutenção das estruturas sociais e econômicas:

– Latifúndio.– Agroexportação.– Monocultura.– Escravismo.

• Sem participação popular no processo de independência.

Aliança circunstancial de interesses de D. Pedro e das elites brasileiras para manter seus privilégios.

Page 189: Da colonização a proclamação da república show 2013

Primeiro reinado

1822 -1831

Page 190: Da colonização a proclamação da república show 2013

• Províncias que não aceitaram a proclamação:

• Bahia;• Cisplatina;• Grão-Pará.• Maranhão• Grenfell e Cochrane

Guerra de Independência

Page 191: Da colonização a proclamação da república show 2013

• 1824: Estados Unidos (primeiro país devido à Doutrina Monroe)

• 1825: Em Londres, os britânicos mediam o encontro entre os diplomatas brasileiros e portugueses. Portugal reconhece com a indenização brasileira de 2 milhões de libras esterlinas;

• Posteriormente são os ingleses que reconhecem a independência do Brasil.

Reconhecimento da independência

Page 192: Da colonização a proclamação da república show 2013

Inicia os trabalhos a 17 de abril e é fechada por ato autoritário do Imperador a 12 de novembro;

O ante-projeto constitucional foi considerado muito liberal pelo monarca;

O projeto constituinte é conhecido com “Constituição da Mandioca”

Constituinte de 1823

Page 193: Da colonização a proclamação da república show 2013

Outorgada em 25 de março;

4 poderes: executivo, legislativo, judiciário e Moderador;

Catolicismo apostólico romano: religião oficial do Império;

Voto censitário;

Regime do Padroado;

Regime do Beneplácito;

Constituição de 1824

Page 194: Da colonização a proclamação da república show 2013

4 Poderes

Page 195: Da colonização a proclamação da república show 2013

• 100 mil-réis a 199 mil-réis: cidadão passivo, não votava nem era votado;

• 200 mil-réis a 399 mil-réis: cidadão ativo, eleitor de paróquia (ou de 1º grau), votava mas não era votado;

• 400 mil-réis a 799 mil-réis: cidadão ativo, eleitor de província (ou de 2º grau), votava e era votado para deputado;

• 800 mil-réis ou mais: cidadão ativo, eleitor de província (ou de 2º grau), votava e era votado para senador.

Voto censitário

Page 196: Da colonização a proclamação da república show 2013

Somente os católicos poderiam assumir cargos públicos;

Somente os templos católicos poderiam ser públicos;

Porém, formalmente, havia liberdade religiosa;

O monarca era o chefe da Igreja Católica brasileira e não o Papa.

Padroado (União Igreja-Estado)

Page 197: Da colonização a proclamação da república show 2013

O imperador sagrava os bispos;

O imperador poderia conceder títulos de nobreza;

A Assembléia Nacional não tinha autoridade para concessão de títulos (poderia, no máximo, sugerir) e o monarca não necessitaria de sua autorização para concedê-los.

Beneplácito

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Luta Política

“Partido Português” “Partido Brasileiro”

• Apoiavam o absolutismo de D. Pedro;

• Institucionalmente eram fortes no Senado;

• Socialmente eram os grandes comerciantes da Corte

Liberais: eram contra o absolutismo de D. Pedro;

Institucionalmente eram fortes na Câmara dos Deputados;

Socialmente eram os médios e pequenos comerciantes da Corte e os grandes fazendeiros;

Page 199: Da colonização a proclamação da república show 2013

• A elite do nordeste não aceita o absolutismo de D. Pedro I;

• Não aceita os altos impostos decretados pelo monarca sem consentimento das assembléias provinciais;

• O movimento foi continuação da revolução pernambucana de 1817;

Confederação do Equador

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Características principais:

• Republicanismo;

• Separatismo;

• Ideais liberais-iluministas;

• Líderes eram grandes senhores-de-engenho com participação da classe-média intelectual de Olinda e Recife (clérigos, jornalistas etc).

• Repressão violenta comandada por Grenfell.

Confederação do Equador

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• Brasil e Argentina disputam o território que iniciou uma guerra pela autonomia;

• Guerra impopular que D. Pedro I insistiu em lutar. O Brasil teve milhares de mortos, principalmente da região de Santa Catarina e Rio Grande do Sul;

• A região consegue sua independência e não fica nem para o Brasil nem para a Argentina: torna-se a República Oriental do Uruguai.

Guerra da Cisplatina 1825-1828

Page 202: Da colonização a proclamação da república show 2013

Guerra da Cisplatina

Page 203: Da colonização a proclamação da república show 2013

O Brasil possuía uma estrutura de “plantation”O açúcar e o algodão – produção em declínio;A crise dura de 1765 a 1850;Durante o Primeiro Reinado, o café começa a se

espalhar pela Província do Rio de Janeiro, mas de maneira ainda incipiente.

Crise Econômica

Page 204: Da colonização a proclamação da república show 2013

• Fechamento da Constituinte;

• Outorga da Constituição de 1824;• Envolvimento de D. Pedro I na sucessão portuguesa (guerra

civil contra o irmão D. Miguel que usurpara o trono);• Repressão violenta ao movimento separatista e republicano

das províncias do nordeste (Confederação do Equador) 1824;• Guerra da Cisplatina (1825-28).

Crise Política do I Reinado

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• Manifestações populares contra o monarca após a morte de Líbero Badaró (jornalista liberal de São Paulo) por pessoas ligadas a D. Pedro;

• Noites das Garrafadas (março de 1831);

• Revolta de militares brasileiros;

• 07 de abril de 1831: abdicação de D. Pedro I em favor de seu filho Pedro de Alcântara.

Abdicação de D. Pedro I

Page 206: Da colonização a proclamação da república show 2013

• Como não havia nenhum parente maior de idade para assumir a regência em nome de D. Pedro II, a constituição determinava que a Assembléia Nacional indicasse três nomes que comporiam a Regência Trina que governaria até a maioridade do imperador criança.

Início do Período Regencial

Page 207: Da colonização a proclamação da república show 2013

• Transição até a maioridade de D. Pedro II.

• Instabilidade política (agitações internas).

• Fases:– Regência Trina Provisória (abr/jul 1831);

– Regência Trina Permanente (1831 – 1834);

– Regência Una do Padre Feijó (1835 – 1837);

– Regência Una de Araújo Lima (1837 – 1840).

BRASIL IMPÉRIO (1822 – 1889)Período Regencial (1831 – 1840)

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• Tendências políticas do período:

– Restauradores ou Caramurus:• Portugueses, descendentes de portugueses e burocratas

ligados ao antigo governo de D. Pedro I.• Contrários a qualquer reforma política (conservadores).• Absolutistas.• Objetivo: volta de D. Pedro I.

– Liberais Moderados ou Chimangos:• Proprietários rurais especialmente do Sudeste.• Monarquistas e escravistas.• Federalismo com forte controle do RJ (centralizadores).• Principal força política que controlava o governo na época.

Page 209: Da colonização a proclamação da república show 2013

– Liberais Exaltados ou Farroupilhas ou Jurujubas:

• Proprietários rurais de regiões periféricas sem influência do

RJ, classe média urbana e setores do exército.

• Fim da monarquia e proclamação da República.

• Federalismo (grande autonomia provincial).

• Alguns pregavam ideais democráticos inspirados na

Revolução Francesa.

• Foco de revoltas.

Page 210: Da colonização a proclamação da república show 2013

DESENVOLVIMENTO DOS PARTIDOS POLÍTICOS:

Page 211: Da colonização a proclamação da república show 2013

• Regência Trina Provisória (abr/jul 1831):– Brigadeiro Francisco de Lima e Silva, Nicolau Pereira de

Campos Vergueiro e José Carneiro de Campos.

– Suspensão provisória do Poder Moderador.

– Proibição de criar novos impostos.

– Proibição de dissolver a Câmara de Deputados.

– Eleição de uma Regência Permanente.

Page 212: Da colonização a proclamação da república show 2013

• Regência Trina Permanente (1831 – 1834):– Brigadeiro Francisco Lima e Silva, João Bráulio Muniz (Norte) e

José da Costa Carvalho (sul).– Criação da Guarda Nacional (ago/1831 – Padre Diogo Feijó).

• Redução do exército e da Marinha.• Comando: “coronéis” (patente vendida ou eleita entre os

chamados “cidadãos ativos” – eleitores).• Defesa de interesses pessoais dos grandes fazendeiros.

Page 213: Da colonização a proclamação da república show 2013

– Criação do Código de Processo Criminal (nov/1832):• Autoridade judiciária e policial (nos municípios) aos “juízes de

paz”, eleito entre os grandes proprietários.– Ato Adicional de 1834:

• Reforma constitucional.• Objetivo: conciliação entre moderados e exaltados.• Assembléias Legislativas Provinciais (Deputados Estaduais).

Capital nomeava os Presidentes de Província.• RJ = Município Neutro.• Substituição da Regência Trina por Regência Una.• Suspensão do Poder Moderador e do Conselho de Estado até o

fim do Período Regencial.

Page 214: Da colonização a proclamação da república show 2013

• Regência Una do Padre Feijó (1835 – 1837):– Várias revoltas pelo país (Cabanagem, Sabinada e Revolução

Farroupilha).

– Divisão nos Liberais Moderados (ver quadro do slide 4):

• Progressistas (posteriormente liberais): classe média urbana, alguns proprietários rurais e alguns membros do clero. Favoráveis a Feijó e ao Ato Adicional.

• Regressistas (posteriormente conservadores): maioria dos grandes proprietários, grandes comerciantes e burocratas. Centralizadores e contrários ao Ato Adicional.

– Feijó renuncia em 1837 (oposição crescente).

Page 215: Da colonização a proclamação da república show 2013

• Regência Una de Araújo Lima (1837 – 1840):– Regressistas no poder.– Retorno da centralização monárquica.– Criação do Colégio Pedro II, Arquivo Público Nacional e Instituto

Histórico e Geográfico Brasileiro (“Ministério das Capacidades” – Bernardo Pereira de Vasconcelos, ministro da Justiça).

– Lei Interpretativa do Ato Adicional (mai/1840): anulação prática do Ato Adicional.

• Capital (RJ) com poderes para nomear funcionários públicos, controlar órgãos da polícia e da justiça nos Estados.

Page 216: Da colonização a proclamação da república show 2013

– Fundação do “Clube da Maioridade” (1840):• Grupo Progressista (ou Liberais).• Antecipação da maioridade de D. Pedro II.• Imperador = paz interna.• “Golpe da Maioridade” – vitória do

grupo liberal.• Fim do período regencial.

Page 217: Da colonização a proclamação da república show 2013

PRINCIPAIS REBELIÕES DO PERÍODO REGENCIAL:

Page 218: Da colonização a proclamação da república show 2013

• Revolta dos Malês (BA 1835):– Revolta de negros escravos islâmicos (alfabetizados que liam o

Alcorão). No mínimo 100 negros foram massacrados.

Page 219: Da colonização a proclamação da república show 2013

• Cabanagem (PA/AM 1835 – 1840):– Ampla participação popular (índios, negros, mestiços, escravos ou

livres, porém, todos sem posses).

– Luta contra desigualdades.

– Sem programa político definido.

– Chegaram a tomar o poder mas foram traídos (Antônio Malcher, Francisco Vinagre e Eduardo Angelim).

– Por ser a mais popular das revoltas, foi a mais severamente reprimida (30 mil mortos ou 25% da população total da Província).

Page 220: Da colonização a proclamação da república show 2013

– As lideranças anônimas da Cabanagem: Domingos Onça, Mãe da Chuva, João do Mato, Sapateiro, Remeiro, Gigante do Fumo, Piroca Cana, Chico Viado, Pepira, Zefa de Cima, Zefa de Baixo, Maria da Bunda, etc.

Page 221: Da colonização a proclamação da república show 2013

• A Sabinada (BA – 1837 – 1838):– Francisco Sabino Barroso (líder).– Dificuldades econômicas da Província (causa principal) e

recrutamento forçado para lutar contra os Farrapos no sul (causa imediata).

– Obj: República Provisória até a maioridade de D. Pedro II.– Adesão da classe média urbana.– Líderes presos ou mortos e expulsos da Bahia.

Bandeira da República Bahiense, proclamada durante a rebelião.

Page 222: Da colonização a proclamação da república show 2013

• A Balaiada (MA 1838 – 1841):– Manuel dos Anjos Ferreira (o “Balaio”), Raimundo Gomes (o

“Cara Preta”) e Negro Cosme Bento: principais líderes.

– Causas: pobreza generalizada: concorrência com algodão dos EUA, privilégios de latifundiários e comerciantes portugueses.

– Vinganças pessoais (sem projeto político).– Desunião entre participantes.

Manipulados e traídos pelos liberais locais (“bem-te-vis”).Reprimidos por Luís Alves de Lima e Silva (futuro Duque de Caxias).

Page 223: Da colonização a proclamação da república show 2013

• Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos (RS 1835 – 1845):– A mais elitista e longa de todas as revoltas.– Principais lideranças (estancieiros): Bento Gonçalves (maior

líder), Davi Canabarro, Guiuseppe Garibaldi.– Causas:

• Altos impostos sobre o charque gaúcho;• Baixos impostos de importação sobre o charque platino (ARG e

URU);• Nomeação do Presidente de Província (governador) pelo Rio de

Janeiro, contrário aos interesses gaúchos.

Page 224: Da colonização a proclamação da república show 2013

– Proclamação da República do Piratini, ou República Rio-Grandense (RS, a partir de 1835) e da República Juliana (SC, de jul-nov de 1839).

Bandeira dos farrapos

Garibaldi

Bandeira da República Juliana

Page 225: Da colonização a proclamação da república show 2013

– Experiência de combate (guerras fronteiriças) e recursos econômicos para manter a guerra (elite provincial).

– Não houve unanimidade: Porto Alegre apoiou o governo central, bem como áreas de colonização germânica ou ligadas ao comércio com a capital.

Brasão de Porto Alegre: o termo “leal e valerosa” refere-se ao apoio prestado pela cidade ao governo central (RJ).

Page 226: Da colonização a proclamação da república show 2013

– Acordo encerra conflito em 1845: “Paz de Ponche Verde”

• Anistia dos envolvidos gaúchos;• Incorporação dos farrapos no exército

nacional;• Permissão para escolher o Presidente de

Província;• Devolução de terras confiscadas na guerra;• Proteção ao charque gaúcho da

concorrência externa;

Page 227: Da colonização a proclamação da república show 2013

Do Segundo Reinado

aProclamação

daRepública

Page 228: Da colonização a proclamação da república show 2013

POLÍTICA INTERNA• 3 fases:

– Consolidação (1840 – 1850):– Conciliação (1850 – 1870):– Crise (1870 – 1889):

• 2 correntes políticas:– Liberais: profissionais liberais urbanos, latifundiários ligados a

produção para o mercado interno (áreas mais novas).– Conservadores: grandes comerciantes, latifundiários ligados ao

mercado externo, burocracia estatal.– Sem divergências ideológicas, disputavam o poder mas

convergiam para a conciliação. Ambos representavam elites econômicas.

Page 229: Da colonização a proclamação da república show 2013

• Parlamentarismo às avessas:– Poder legislativo subordinado ao executivo.– Imperador = peça central nas decisões.

D. PEDRO II

Liberais e Conservadores manipulados por D. Pedro II, cientes de que precisavam de sua proteção.

Page 230: Da colonização a proclamação da república show 2013

• A Lei de Terras (1850):– Terras sem registro = “devolutas” (pertencentes ao

Estado).

– Regularização mediante a compra de registro.

– Conseqüências:

• Pequenos proprietários perdem suas terras.

• Concentração de terras nas mãos de grandes latifundiários.

• Imigrantes e escravos libertos sem acesso a terra.

• Mão-de-obra barata e numerosa para grandes latifundiários.

Page 231: Da colonização a proclamação da república show 2013

• A Questão Christie (1863 – 1865):– Rompimento de relações diplomáticas entre BRA e

ING.– Causas:

• Roubo de carga de navio inglês naufragado no RS (ING exige indenização);

• Prisão de marinheiros ingleses no RJ (ING exige desculpas).

– W. D. Christie (embaixador inglês no Brasil) aprisiona 5 navios brasileiros no porto do RJ a título de indenização.

– BRA paga indenização mas exige desculpas da ING por invadir porto do RJ.

– Arbítrio internacional de Leopoldo I (BEL) favorável ao BRA;

– BRA rompe relações diplomáticas com a ING.– ING desculpa-se oficialmente em 1865.

Page 232: Da colonização a proclamação da república show 2013

• A Guerra do Paraguai (1865 – 1870):– Maior conflito armado da América

Latina.– Antecedentes:

• PAR: sem dívida externa, sem analfabetismo, miséria ou escravidão, com indústrias, estradas de ferro, universidades, telégrafo, exército desenvolvido, governado ditatorialmente por Solano López.Solano López segundo

a imprensa brasileira

Page 233: Da colonização a proclamação da república show 2013

– Causas:• PAR sem saída para o mar

(anexações no BRA e ARG).

• “Mau exemplo” – oposição inglesa ao projeto paraguaio.

• Rompimento de relações diplomáticas com o BRA (represália a invasão do URU e deposição de Aguirre).

• Invasão paraguaia ao MT e ARG (1865).

Page 234: Da colonização a proclamação da república show 2013

– TRÍPLICE ALIANÇA (BRA + ARG + URU)* X PAR

– ING: retaguarda (empréstimos).– Conseqüências:

• PAR: 600 mil mortos (99% dos homens), dívidas, perdas territoriais.

POPULAÇÃO (1864):

PAÍS SOLDADOS (1864):

10 milhões BRASIL 18 mil

1,5 milhão ARGENTINA 8 mil

300 mil URUGUAI 1 mil

800 mil PARAGUAI 64 mil

Page 235: Da colonização a proclamação da república show 2013

O MASSACRE DA POPULAÇÃO PARAGUAIA

População no começo da guerra 800 mil

População morta durante a guerra 606 mil (75,75%)

População após a guerra 194 mil (24,25%)

Homens sobreviventes 14 mil (1,75%)

Mulheres sobreviventes 180 mil (22,5%)

Homens sobreviventes menores de 10 anos 9800 (1,225%)

Homens sobreviventes até 20 anos 2100 (0,2625%)

Homens sobreviventes maiores de 20 anos 2100 (0,2625%)

Page 236: Da colonização a proclamação da república show 2013

• BRA: endividamento, fortalecimento político do exército, crise do escravismo e do Império.

• ING: afirmação de interesses econômicos na região.

Page 237: Da colonização a proclamação da república show 2013

ECONOMIA:

• Café: principal produto.– Mercado externo (EUA/EUROPA).

– Alto valor.

– Solo (“terra roxa”) e clima favoráveis.

– Região Sudeste.

– Desenvolvimento dos transportes (estradas de ferro, portos).

– Desenvolvimento de comunicações (telégrafo, telefone).

– Desenvolvimento de atividades urbanas paralelas (comércio, bancos, indústrias)

Page 238: Da colonização a proclamação da república show 2013

– Vale do Paraíba (RJ – SP): 1ª zona de cultivo. Início no final do século XVIII. Latifúndio escravista tradicional, sem inovações técnicas. Principal até aproximadamente 1860-70.

– Oeste paulista: 2ª zona de cultivo. Início aproximadamente a partir de 1850. Tecnologicamente mais avançado. Introdução do trabalho de imigrantes paralelamente ao escravismo. “Terra Roxa”.

Page 239: Da colonização a proclamação da república show 2013
Page 240: Da colonização a proclamação da república show 2013

• Açúcar: decadência– Concorrência externa.

– Açúcar de beterraba (Europa).

– Queda no preço.

• Outros produtos:– Algodão (MA): importante entre 1861 e 1865 (18%)

• Guerra de Secessão (EUA)

– Borracha (AM e PA): importante a partir de 1880 (8%)

• II Revolução Industrial – automóveis.

– Couros e peles (6 – 8%)

– Fumo (2 – 3%)

Page 241: Da colonização a proclamação da república show 2013

• A “Era Mauá” (1850 – 1870):– Início da industrialização.– Irineu Evangelista de Souza (Barão e

Visconde de Mauá).– Causas:

• Tarifa Alves Branco (1844):– Aumento de tarifas para importados.– Aumento de arrecadação para o Estado.– Estímulo involuntário para a indústria

nacional.• Fim do tráfico negreiro (1850):

– Liberação de capitais.

Mauá: o primeiro empresário capitalista brasileiro.

Page 242: Da colonização a proclamação da república show 2013

– Mercado interno.

– Bens de consumo não duráveis.

– Setor têxtil: principal.

– Surto industrial que não alterou o a estrutura econômica

nacional.

– Motivos do fracasso:

• Falta de apoio do governo.

• Sabotagens (oposição

de latifundiários).

• Concorrência inglesa.

Page 243: Da colonização a proclamação da república show 2013

SOCIEDADE:

• A Revolução Praieira (PE – 1848):– Causas: concentração fundiária e crise econômica.

– Líderes: Pedro Ivo e Abreu Lima.

– Jornal “Diário Novo” – Rua da Praia.

– Manifesto ao Mundo: voto universal, liberdade de imprensa, abolição da escravidão, proclamação da República, nacionalização do comércio, direito ao trabalho.

– Última grande revolta do período.

– Influência das revoluções liberais européias.

Page 244: Da colonização a proclamação da república show 2013

• A imigração:– Superação da crise do escravismo.– Mito do “embranquecimento”.– Necessidade de mão-de-obra (cafeicultura – sudeste).– Ocupação e defesa (região sul).– Crise econômica e social em países europeus.

Page 245: Da colonização a proclamação da república show 2013

– Os sistemas de imigração nos cafezais:

PARCERIA (fracasso) COLONATO (sucesso)

Primeiro sistema introduzido (1847). Oeste Paulista (por volta de 1870), subvencionada pelo governo.

Trabalho familiar camponês. Trabalho familiar camponês.

Colono dividia lucros e prejuízos. Ficava com metade do produzido.

Camponês recebia 2 salários: fixo anual e por produtividade.

Colonos se endividavam (passagens, mantimentos, juros elevados...).

Governo paulista pagava as passagens.

Eventualmente era permitida uma pequena roça ao imigrante.

Era garantido um pedaço de roça para subsistência ou comércio.

Page 246: Da colonização a proclamação da república show 2013

• A crise do escravismo:– Oposição inglesa (Bill

Aberdeen – 1845).– Lei Eusébio de Queirós

(1850).• Fim do tráfico de

escravos.• Tráfico interprovincial

(NE – SE).• Aumento do valor dos

escravos.

Page 247: Da colonização a proclamação da república show 2013

– Movimento abolicionista: intelectuais, camadas médias urbanas, setores do exército.

– Prolongamento da escravidão por meio de leis inócuas:• Lei do Ventre Livre (1871).• Lei dos Sexagenários ou Saraiva-Cotegipe (1885).

Page 248: Da colonização a proclamação da república show 2013

– Radicalização do movimento abolicionista – caifazes.– Lei Áurea (1888):

• Fim da escravidão sem indenizações.• Marginalização de negros.• Crise política do império.

Page 249: Da colonização a proclamação da república show 2013

A CRISE GERAL DO IMPÉRIO (a partir de 1870):

• A questão religiosa:– Igreja atrelada ao Estado (Constituição de 1824).

• Padroado e Beneplácito.– 1864 – Bula Syllabus (Papa Pio IX): maçons expulsos

dos quadros da Igreja.– D. Pedro II proíbe tal determinação no Brasil.

Bispos de Olinda e Belém descumprem imperador e são presos.Posteriormente anistiados.Igreja deixa de prestar apoio ao Imperador.

Page 250: Da colonização a proclamação da república show 2013

• Questão militar:– Exército desprestigiado pelo governo: baixos soldos,

pouca aparelhagem e investimentos.

– Exército fortalecido nacionalmente após a Guerra do Paraguai.

– Punições do governo a oficiais que manifestavam-se politicamente.

• Sena Madureira, Cunha Matos.

– Penetração de idéias abolicionistas e republicanas positivistas nos quadros do exército associam o Império ao atraso institucional e tecnológico do país.

Page 251: Da colonização a proclamação da república show 2013

• Questão Republicana:– 1870: Manifesto Republicano (RJ) – dissidência radical do

Partido Liberal.

– 1873: Fundação do PRP (Partido Republicano Paulista), vinculado a importantes cafeicultores do Estado.

– Descompasso entre poderio econômico dos cafeicultores do Oeste Paulista e sua pequena participação política.

– Abolicionismo em contradição com o escravismo defendido por velhas elites aristocráticas cariocas.

– Idéia do Federalismo – maior autonomia estadual.

– Apoio de classes médias urbanas, também pouco representadas pelo governo imperial.

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• Questão Abolicionista:– Abolição da Escravidão

(1888) retira do governo imperial sua última base de sustentação: aristocracia tradicional.

• Império é atacado por todos os setores, sendo associado ao atraso e decadência.

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• A Proclamação da República (15/11/1889):– 1888 – D. Pedro II tenta implementar

reformas políticas inspiradas no republicanismo através de Visconde de Ouro Preto:

• Autonomia provincial, liberdade de culto e ensino, senado temporário, facilidades de crédito...

– Reformas negadas pelo parlamento que é dissolvido pelo imperador.

– Republicanos espalham boatos de supostas prisões de líderes militares.

– Marechal Deodoro da Fonseca lidera rebelião que depõe D. Pedro II.