curso para formação de acólitos - forma extraordinária do rito romano

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  • 7/25/2019 Curso Para Formao de Aclitos - Forma Extraordinria Do Rito Romano

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    Curso Para Formao de Aclitos na Forma Extraordinria do Rito Romano.

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    APRESENTAO

    A presente apostila tem como objetivo formar jovens interessados noSanto Servio do Altar, no auxlio a Sacerdotes, na Santa Missa na Forma

    Extraordinria do Rito Romano, a Missa Tridentina, conforme as prescriesde 1962.

    Mediante isso, chamamos a ateno dos candidatos que as normaslitrgicas aqui expostas, tratam-se unicamente de atender a esta formalitrgica, anterior ao Conclio Vaticano II.

    Cabe a ns entender e ter presente em nossas concincias a eliminaode qualquer comparao e juzos de valores quanto s formas litrgicasdiferentes das aqui expostas.

    O Organizador.

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    ORAES PARA INICIAR AS REUNIES

    Vinde Esprito Santo, enchei os coraes dos vossos fiis.

    E acendei neles o fogo do Vosso amor.

    Enviai o Vosso Esprito e tudo ser criado, e renovareis a face da terra.

    OREMOS

    Deus, que instrustes os coraes dos vossos fiis com a Luz do Esprito Santo,Fazei que apreciemos retamente todas as coisas, segundo o mesmo Esprito.E gozemos sempre da Sua consolao, por Cristo Nosso Senhor. Amm!

    Ave Maria, cheia de graa,o Senhor convosco.Bendita sois vs entre as mulheres,e bendito o fruto do vosso ventre, Jesus.Santa Maria, Me de Deus,rogai por ns, pecadores, agora e na hora da nossa morte.Amm.

    Nossa Senhora do Carmo, Rogai por ns.

    So Joo Bosco, Rogai por ns.

    So Tarcsio, Rogai por ns.

    + Nos cum prole pia,Benedictat Virgo Maria

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    NOES, NORMAS,EXPLICAES E

    PRTICA CERIMONIAL

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    15CONSELHOS DE OURO PARA OS SERVIDORES DOALTAR

    1)CONSIDERAR UMA GRANDE HONRA O SER ACLITO (=NO INSTITUDO,COROINHA).ESFORAR-SE POR HONRAR ESTE CARGO E SER FIEL A ESTA GRAA.

    2)FAZER BEM CADA MOVIMENTO E COM EXATIDO.POR EXEMPLO:PREPARAR O ALTAR, AJUDAR NAMISSA,ACENDER OS CARVES DO TURBULO,AS ENTRADAS E SADAS DAS CERIMNIAS.DAR O MELHORDE SI.

    3)PIEDADE. GRANDE AMOR A JESUSEUCARISTIA.FAZER UMA VISITA AO SANTSSIMO CADA VEZ QUEFOR IGREJA.AO DE GRAAS APS A COMUNHO.ROSRIO (OU TERO)DIRIO NOSSA SENHORA.

    4) ESTADO DE GRAA. PERMANECER SEMPRE NA AMIZADE COM DEUS. SE CAIR EM PECADO,CONFESSAR-SE O QUANTO ANTES.FUGIR DAS OCASIES DE PECADO (TV, MS COMPANHIAS, MAUS

    AMBIENTES).

    5) CONHECER-SE E CORRIGIR-SE. TEMOS DEFEITOS E FRAQUEZAS.ACEITAR AS CORREES COMHUMILDADE.PEDIR A GRAA DEDEUS.

    6) SERIEDADE E RESPONSABILIDADE NO CUMPRIMENTO DO DEVER.LEVAR A SRIO AS ORDENS, OSAVISOS,AS CERIMNIAS,OS DEVERES PRPRIOS DO ACLITO.

    7)NO OLHAR PARA OS FIIS OU OUTRAS PARTES DURANTE AS CERIMNIAS.

    8)PERMANECER ERGUIDO,EM POSIO RETA:-AJOELHADO:ERGUIDO,AS MOS JUNTAS,SEM CRUZAR OU MOVER OS PS;-EM P:OS PS ENDIREITADOS,AS MOS JUNTAS;-SENTADO:O CORPO ERGUIDO,OS JOELHOS JUNTOS,AS MOS SOBRE AS PERNAS;

    -CAMINHANDO:COMPASSADAMENTE.OS OLHOS BAIXOS.NO CAMINHAR PARA TRS.9)REALIZAR CADA AO SOMENTE DEPOIS DE TER CONCLUDO A ANTERIOR.SENTAR-SE,AJOELHAR-SE,COLOCAR-SE DE P (NO SE APOIAR QUANDO ESTIVER EM P).

    10)ATENO S CERIMNIAS.FAZER AS COISAS BEM E COMPASSADAMENTE,MAS COM PRONTIDO EDESENVOLTURA.ENSAIAR.APRENDER BEM.

    11) SIMETRIA E SINCRONIZAO NAS CERIMNIAS.REALIZAR AS AES JUNTO COM OS OUTROS AOMESMO TEMPO, POR EX: AS INCLINAES E AS RESPOSTAS DA MISSA. GUARDAR SEMPRE A MESMADISTNCIA QUANTO AOS OUTROS ACLITOS.

    12)SILNCIO:NA IGREJA,NA SACRISTIA.NO CONVERSAR NA IGREJA,NO RIR,NO GESTICULAR.13)PRONUNCIAR BEM AS PALAVRAS [EM LATIM].

    14)RESPEITO E OBEDINCIA AOS SACERDOTES,SUPERIORES E CERIMONIRIOS MAIS VELHOS.

    15)BOM EXEMPLO:NO CATECISMO,NA ESCOLA,NA RUA,NA IGREJA.OBSERVAR UM COMPORTAMENTOEXEMPLAR (QUE MOTIVE A SER IMITADO).FAZER AS COISAS COM DEDICAO,PIEDADE E ZELO.

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    IPARTICIPAO NA SANTA MISSA

    I ntroduo.Nesta apostila vamos seguir o que diz o Papa Pio XII na Instruo sobre Msica

    Sacra e Sagrada Liturgia, de 3 de setembro de 1958. Este o ltimo documento que tratasobre o assunto at o ano de 1962.

    1) Noes prvias.A Santa Missa pode ser:a)Missa Pontifical: a Missa celebrada pelo Bispo. Esta pode ser:

    Solene: celebrada com canto e ministros sagrados. Rezada: sem canto com a ajuda de dois Sacerdotes Capeles (mesmas

    normas de participao da Missa dialogada ou rezada pelo sacerdote).b) Missa com canto: quando o Sacerdote canta as partes que lhe so prprias.

    Subdivide-se em:

    Solene: quando o Sacerdote ajudado pelo Dicono e Subdicono; Cantada (de guardio): quando o Sacerdote ajudado s por aclitos.

    c) Missa Dialogada: quando os fiis participam liturgicamente, ou seja,respondendo ao Celebrante e rezando com ele o Gloria, Credo, Sanctus e Agnus Dei.

    d)Missa Rezada: quando os fiis participam em silncio ou em comum por meio deoraes e cnticos de piedade popular (extra-litrgicos).

    2) Participao dos fiis nas Missas com canto.Na Missa Solene a participao ativa dos fiis pode realizar-se em trs graus:a) Primeiro grau: Quando todos os fiis cantam as respostas litrgicas: Amen; Et

    cum spiritu tuo; Gloria Tibi, Domine; Habemus ad Dominum; Dignum et iustum est; Sed

    libera nos a malo; Deo gratias. Deve-se trabalhar para que em todos os lugares os fiissejam capazes de cantar essas repostas.b) Segundo grau: Quando todos os fiis cantam as partes do Ordinrio da Missa:

    Kyrie, Gloria, Credo, Sanctus e Agnus Dei. Deve-se esforar para que os fiis saibam acantar essas partes da Missa com as melodias gregorianas mais simples.

    c) Terceiro grau: Quando todos os presentes estejam de tal modo exercitados nocanto gregoriano, que saibam cantar as partes do Prprio da Missa. Deve-se urgir essaparticipao plena sobretudo nas comunidades religiosas e seminrios.

    Nos domingos e festas deve-se optar (optandum est) para que a Missa paroquial ouprincipal seja celebrada com canto.

    Para as Missas cantadas, aplicam-se as mesmas normas de participao da Missa

    solene.

    3) Participao dos f iis nas M issas rezadas.O primeiro modo com o qual os fiis podem participar da Missa rezada d-se

    quando, cada um, por prpria indstria, participa internamente, ou seja, com ateno spartes principais da Missa, ou externamente, segundo os costumes aprovados das diversasregies.

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    4) Posies dos fiis na Santa M issa.

    Partes da Cerimnia Missa Rezada Missa Dialogada Missa Cantada eSolene

    MissaPontifical

    Recepo do Bispo (Ecce

    Sacerdos)

    De joelhos De joelhos De joelhos De joelhos

    Entrada do Celebrante De p De p De p De pCanto do Asperges De p De p De p De pOraes ao p do altar De joelhos De joelhos De p De pAo subir ao altar De joelhos De p De p De pIncensao - - De p De pIntrito e Kyrie De joelhos De p De p De pGloria De joelhos De p De p/sentados De

    p/sentadosColecta (orao do dia). De joelhos De p De p De pEpstola Sentados Sentados Sentados Sentados

    Gradual/Aleluia Sentados Sentados Sentados SentadosEvangelho De p De p De p De pCredo De p De p De p/sentados De

    p/sentadosEt incarnatus est Genuflexo Genuflexo De joelhos De joelhosDus. vob./Oremus De p De p De p De pOfertrio Sentados Sentados Sentados SentadosIncensao do Celebrante - - De p De pOrate fratres De p De p De p De pAps o Sanctus (rezadoou cantado)

    De joelhos De joelhos De joelhos De joelhos

    Todo o Cnon De joelhos De joelhos De joelhos De joelhosPater Noster/Agnus Dei De joelhos De p De p De pAps o Agnus /comunho De joelhos De joelhos De joelhos De joelhosAblues at Communio De joelhos De joelhos De p De pPostcommunio De joelhos De p De p De pBno final De joelhos De joelhos De joelhos De joelhosEvangelho final De p De p De p De pOraes finais/p do altar De joelhos De joelhos - -Sada do Celebrante De p De p De p De joelhos

    2Exceo: nos dias de penitncia (advento, quaresma), salvo no domingo, e nas Missas de defuntos, deve-seajoelhar durante a Colecta e a Postcommunio.

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    II Normas para os Aclitos

    1) Regras para ajudar a Missa rezada com 1 Acli to3.

    1. O aclito da Missa, sempre que possvel, deve apresentar-se vestido de batina esobrepeliz.

    2.Na sacristia, quando o sacerdote comea a paramentar-se, deve colocar-se sua esquerdae oferecer-lhe sucessivamente o amito, a alva, o cngulo, o manpulo, a estola e a casula.Depois que o sacerdote pe o cngulo, ajusta a alva de maneira que as suas extremidadesfiquem igualmente elevadas do cho e as pregas igualmente distribudas.

    3. Uma vez paramentado o sacerdote, tomar o missal segurando-o com ambas as mos,por baixo, tendo-o diante do peito e com a abertura para o lado esquerdo.

    4.Ao partir da sacristia, far reverncia cruz, juntamente com o sacerdote, e lhe oferecergua benta, seguindo na sua frente. Se a Missa no for no altar-mor ou no altar doSantssimo, passando por estes far genuflexo simples, e, se o Santssimo, estiver exposto,far genuflexo dupla, juntamente com o sacerdote.

    5. Chegando ao altar, receber com a mo direita o barrete, beijando-o, depois de terbeijado tambm a mo do sacerdote; far genuflexo junto com o sacerdote, colocando emseguida o missal no altar sobre a estante, e o barrete na credncia do lado da Epstola.

    Note-se que o aclito sempre faz genuflexo durante a Missa, desde a chegada

    at a sada, mesmo se no h o Santssimo no sacrrio.

    6.De volta da credncia, passar para o lado do Evangelho, fazendo genuflexo no meio,ficando de p, mos postas e virado para o altar. Nas Missas com o povo, antes de ir para oseu lugar ao lado do Evangelho, o aclito tocar a campainha, na credncia, assim que ocelebrante, aps abrir o missal, se dirigir para o meio do altar.

    7. Quando o sacerdote desce o degrau para comear a Missa, se ajoelhar no cho (e no nodegrau) e benzendo-se com ele, responder com voz clara e compassada, conservandosempre as mos postas e a cabea virada para o altar.

    Sempre que o sacerdote se benze ou bate no peito, o aclito far o mesmo(exceto no Confteor que o aclito tambm reza depois do sacerdote e durante o Cnon).

    8.O Confiteor deve ser rezado com inclinao profunda; s palavras ''tibi pater" e ''te pater"

    o aclito deve virar-se para o sacerdote; s ao "Indulgentiam" que cessa a inclinao.

    9. Quando o sacerdote sobe ao altar, o aclito levantar com a mo direita a extremidadedianteira da alva para no ser pisada, e passar a ajoelhar-se sobre o degrau, a ficando, dejoelhos, at o fim da Epstola.

    3Extradas do Manual da Parquia.

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    10. Terminada a Epstola, responder ''Deo gratias" e, levantando-se ir buscar o missalpara pass-lo ao lado do Evangelho, esperando porm ao lado do sacerdote, que este sedirija para o meio do altar.

    11.No princpio do Evangelho far o sinal da cruz juntamente com o celebrante, estando

    virado para ele e ao seu lado esquerdo, e, ao ouvir a palavra "Iesus" far reverncia evoltar para o lado da Epstola onde ficar at o fim do Evangelho, de p e mos postas.

    12.Durante o Credo se conservar de joelhos .

    13. Terminado o Credo e dito o "Oremus", subir ao altar para dobrar o vu do clice,colocando-o dobrado sobre o altar (com a cruz para cima), e se dirigir para a credncia,trazendo as galhetas para o lado do altar, tomando a do vinho na mo direita e a da gua namo esquerda. Oferecer ao sacerdote primeiro a do vinho, beijando-a na ala antes de dare depois de receber, e depois a da gua, com a colherinha.

    14. Logo em seguida levar as galhetas para a credncia e voltar para o ''Lavabo'' com agalheta de gua na mo direita e o pratinho do Lavabo na mo esquerda, colocar no braoesquerdo o manustrgio, ou colocar sobre o altar ou debaixo do pratinho, pendente nadireo do sacerdote. No Lavabo, quando o sacerdote se aproxima, o aclito lhe farreverncia antes de derramar a gua, como tambm depois, antes de voltar para a credncia.Terminado o "Lavabo" tomar a campainha da credncia e ir se ajoelhar do lado daEpstola.

    15. Ao "Orate fratres" esperar que o sacerdote termine de dar a volta, para comear aresponder o "Suscipiat".

    16. Ao "Sanctus" tocar trs vezes a campainha e ao "Benedictus" se benzer com osacerdote.

    17. Antes da elevao, quando o sacerdote estender as duas mos sobre o clice, dar umtoque de campainha, levantar-se- e levando a campainha ir se ajoelhar bem perto docelebrante, mas atrs e para o lado. Durante a elevao (tanto da hstia como do clice)tocar trs vezes a campainha, bem espaadamente, sustentando com a mo esquerda aponta da casula, e inclinando-se, dando um toque na campainha, quando o sacerdote faz agenuflexo.

    18. Terminada a elevao voltar a ajoelhar-se onde estava. Ao Per ipsum (pequenaelevao), tocar a campainha; ao "Agnus Dei" bater trs vezes no peito como o sacerdote,e ao "Domine non sum dignus" tocar trs vezes a campainha.

    19. Quando o sacerdote faz genuflexo aps ter tomado a Hstia, o aclito levanta-se e vai credncia buscar a patena. Ajoelha-se no seu lugar e, enquanto o sacerdote toma o clice,reza o "Confiteor" e reponde "Amen" ao "Misereatur" e ao "Indulgentiam". Bate acampainha quando o sacerdote abre o sacrrio, exceto quando na Missa foram consagradaspartculas para o povo em alguma mbula. Bate a campainha nas trs vezes em que o Padrediz Domine non sum dignus.

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    Quando o sacerdote vai se dirigir para a mesa da comunho, o aclito se levanta,afasta-se para a esquerda sem voltar as costas para o Santssimo, deixa o padre passar e oacompanha pelo lado direito, colocando bem a patena sob o queixo dos comungantes,acompanhando o movimento da mo do sacerdote.

    No final entrega a patena ao sacerdote. Bate a campainha ao fechar-se o sacrrio. O

    aclito deve segurar a patena sem tocar no centro dela, sempre em posio horizontal.20. Ablues:O Aclito vai credncia e traz para o altar as duas galhetas de vinho e gua,uma em cada mo. Fica atento aguardando que o padre incline o clice para a abluo.Ento por vinho no clice e, pouco depois vinho e gua, devagar e aos poucos, parandoquando o celebrante erguer o clice ou os dedos.

    21. Voltar em seguida para a credncia onde deixa as galhetas, cobrindo-as, e, vindonovamente para o altar, levar o vu desdobrado, segurando-o com ambas as mos, para olado do Evangelho e de l passar o missal para o lado da Epstola, fazendo genuflexo aopassar pelo meio do altar.

    22. Posto o missal no altar (reto, no em diagonal), voltar para o lado do Evangelho paraentregar ao sacerdote a bolsa e o vu; depois se ajoelhar no degrau do lado do Evangelho.

    23. Dada a bno pelo sacerdote, levantar-se- indo imediatamente para perto do altar dolado do Evangelho e a far o sinal da cruz, respondendo ao sacerdote; em seguida, feitareverncia ao celebrante, passar para o lado da Epstola, indo buscar na credncia a folhacom as oraes finais (se for preciso).

    24. Ao "Et Verbum caro factum est" far genuflexo e logo aps se ajoelhar no cho pararesponder s oraes finais, apresentando a folha das oraes finais quando o sacerdotepedir. Terminadas as oraes, levar a folha para a credncia, trar o barrete, apanhar omissal, far genuflexo com o sacerdote, dar-lhe- o barrete, beijando-o primeiro e depois amo do sacerdote, e voltar para a sacristia, na frente, da mesma forma que veio noprincpio da Missa.

    25. Chegando sacristia far reverncia cruz com o sacerdote, receber o barrete e seajoelhar para receber a bno do sacerdote. Depois, colocar o barrete juntamente com omissal sobre a mesa; passando depois para a esquerda do sacerdote, o ajudar a desvestir-se, recebendo os paramentos e colocando-os em ordem sobre a mesa.

    26. Terminado tudo, far uma reverncia ao sacerdote e lhe pedir a bno, retirando-se dasacristia.

    Se comungou, dever ir para a igreja para dar ao de graas. Depois, guardar noseu lugar a batina e a sobrepeliz. Se for o encarregado, dever arrumar o altar, apagar asvelas e guardar os paramentos.

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    2) Particularidades da Missa rezada com 2 Acli tos.

    1. Pr incpios gerais: Eles se colocam ao p do altar; no cho, de cada lado: o primeiro no lado da

    epstola e o segundo no lado do evangelho.

    Antes e depois dos diversos deslocamentos, eles vm juntos fazer a genuflexo nomeio do altar, no cho.

    sempre o primeiro aclito (o da direita) que toca a campainha.2.Na sada da sacristia: o segundo vai frente, toca o sino da entrada e, chegando ao altar,deixa o primeiro, que leva o missal, e o celebrante passarem diante dele.

    3.Depois da Epstola: o primeiro aclito transporta sozinho o missal; o segundo aclito selevanta para ouvir o Evangelho, ou transporta o pedestal do microfone, se for o caso.

    4. Ao Ofertrio: Aps a genuflexo, o segundo sobe ao altar para dobrar o vu do clice,enquanto o primeiro vai credncia apanhar as galhetas, toma a do vinho e d a de gua,

    com a colherinha, para o segundo aclito; e ambos vo at o lado direito do altar.

    5. No Lavabo: O primeiro derrama a gua sobre os dedos do padre e ele mesmo segura opratinho. O segundo apresenta o manustrgio.

    6. Na elevao: Sobem ambos para os lados do padre, um pouco atrs, e levantam umpouquinho a casula s na elevao.

    7.Depois da comunho dos fiis:O primeiro aclito serve o padre nas ablues e guarda apatena enquanto o segundo aguarda de joelhos. A seguir, o segundo sobe e transporta omissal ao mesmo tempo em que o primeiro toma e transporta o vu do clice; o primeiro

    deixa o segundo passar diante dele, por respeito pelo missal que ele transporta. O primeiroapresenta ao padre a bolsa aberta, o vu e de novo a bolsa fechada, enquanto o segundo oaguarda no cho ao lado da Epstola ao lado do altar. Ambos fazem vnia ao altar e vmjuntos ao meio, onde genufletem, vo o primeiro para a esquerda e o segundo para a direita.Destrocam os lugares quando o primeiro voltar da resposta ao ltimo Evangelho.

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    3) Modo de ajudar a M issa rezada do Bispo.1.Arrumao: a)Do altar:

    Arrumar o paramento no meio do altar, com o manpulo ao lado.

    No precisa colocar sacra se tiver o cnon. O missal j deve estar aberto na Missa do dia.

    Acendem-se quatro velas. Coloca-se uma candela ao lado do Missal (a candela deve estar sempre junto ao

    Missal). Coloca-se um genuflexrio aos ps do altar para o bispo com o cnon.

    b) Da credncia: arruma-se para a Missa como de costume acrescentando o lavabo dobispo (jarro, bacia (com gua) e toalha) e um pratinho para colocar a cruz e o solidu. Oclice deve ser colocado na credncia da missa.

    2. Para a Missa rezada do Bispo, sempre se requerem dois Aclitos. Chegando igreja, oBispo far as oraes preparatrias no genuflexrio: os Aclitos ficaro de joelhos a seuslados. Depois que o Bispo fizer as oraes preparatrias, faz-se o lavabo no meio do altar4,

    o A2tira o genuflexrio e coloca o cnon em frente ao sacrrio (no lugar da sacra maior),o A1 traz o pratinho para o bispo colocar a cruz peitoral e o solidu, e depois os aclitosajudam o Bispo paramentar. Os aclitos devem levar os paramentos ao bispo, um de cadavez. Depois que o Bispo se paramentar, o A1 traz o pratinho e coloca o solidu no Bispo; oA2vai ajoelhar-se com o manpulo nas mos.

    3. Depois da absolvio para o povo, na orao aos ps do altar, o A2 entrega ao bispo oManpulo (o lado aberto deve estar virado para a direita).

    4. Depois da Epstola, o A1passa o Missal e A2passa a candela.

    5. O Ofertrio: o A1 coloca o clice no meio do altar. Tudo segue normal, sendo que olavabo se faz de joelhos: o A1segura o jarro e a bacia, e o A2a toalha.Depois da Secreta, o A1pega o pratinho na credncia, tira o solidu do bispo e o

    coloca no pratinho. O A2tira o Missal da estante e coloca em seu lugar o cnon se tiver, ecoloca o Missal na credncia. Se no houver cnon nada do que foi dito ser feito.

    6.Na hora da comunho dos fiis o A1vai com a patena e o A2vai coma candela; de modoque: o A1fica direita do Bispo e o A2 sua esquerda. Depois da comunho, o A2j podedeixar a candela no lado da epstola.

    7. Depois que o A1fizer as ablues, coloca o solidu no Bispo. Depois que o clice estiver

    arrumado, o A1levar o clice novamente para a credncia. E o A2faz o lavabo do bispocomo j foi mostrado acima (se o A1 chegar a tempo deve ajudar, e para no complicarmuito, pode , desta vez, segurar a toalha)

    4Aclito 1 leva o jarro e bacia; Aclito 2 leva a toalha e sabonete (se houver).

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    8. Antes da bno final h mais respostas: V: Sit nomen Domini benedictum. R: Ex hocnunc et usque in saeculum. / V: Adiutorium nostrum in nomine Domini. R: Qui fecit caelumet terram.

    9. Se tiver cnon o A2segur-lo- para o bispo; se no, segurar a sacra.

    10. Depois de acabar a Missa os aclitos ajudaro o Bispo a tirar os paramentos. Depois oA1pegar o pratinho para entregar a cruz peitoral; e o A2colocar o genuflexrio para oBispo (se o Bispo for fazer as oraes finais, o genuflexrio deve ser colocado antes). Osaclitos devem permanecer junto ao Bispo.

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    4) M issa Cantada com Cerimonirio e Tur iferrio

    1. Turiferrio frente da procisso, com o turbulo na mo direita, os dois aclitos com asmos postas, o clero presente, o cerimonirio e, por fim, o celebrante. Chegando ao altar oTUR faz genuflexo e se dirige para o lado da Epstola. O CER fica direita do CEL e os

    ACS um de cada lado. O CER recebe o barrete e passa-o ao AC1, fazem todos agenuflexo, se ajoelham, enquanto que o AC1 vai at a credncia ou cadeira para deixar obarrete, ao voltar se ajoelha do lado epstola direita do CER.

    2. Se houver Asperges, entram os ACs, em seguida o Clero presente. Atrs entra o CER(direita) e o TUR (esquerda), segurando a capa do CEL. Chegando ao altar. Os ACS secolocam um de cada lado. O TUR permanece ao lado esquerdo e o CER direita do CEL.O CER apresenta a gua benta. Todos se ajoelham e o CEL entoa o Asperges. Depois que oCEL se aspergir, como tambm aos ministros ao seu lado, todos se levantam. O CEL tendoo CER sua direita faz com este a genuflexo e asperge o Clero e depois o povo. Se houverespao o TUR acompanha o CEL segurando a capa do lado esquerdo.

    3. Chegando ao altar de volta todos permanecem de p at o final da orao. Finda a oraotodos genufletem e vo aos bancos. O CER recebe a capa do CEL e passa ao TUR que aleva para a sacristia. Depois de colocar o manpulo e a casula o CEL vai ao meio do altaracompanhado dos ACs e do CER para o incio da Missa.

    4. Terminadas asoraes ao p do altar, quando o CEL subir ao altar, o CER suspende aalva do CEL, d um sinal para que todos se levantem; chama o TUR, recebe a naveta eambos se dirigem ao centro do altar para benzer o incenso. O CER oferece ao celebrante acolherinha, beija primeiro a colherinha e depois a mo do padre (na ordem inversa aoreceb-la). Depois que entregou a colherinha diz: Benedicite pater reverende, inclinando

    a cabea.5. Depois de bento o incenso, o CER recebe o turbulo do TUR e lhe entrega a navetapassando, em seguida, o turbulo ao CEL beijando a parte superior do turbulo e depois amo do celebrante . O TUR deixa a naveta na credncia, faz genuflexo no centro, e secoloca esquerda do CEL.

    6. Enquanto o CEL incensa a cruz, o AC1, sem genuflexo, pega o Missal e fica de p dolado epstola, virado para o altar. Ele fica com o Missal, enquanto o CEL incensa este ladodo altar, e em seguida o coloca sobre o altar, voltando para seu lugar sem genuflexo. OCER e o TUR acompanham o CEL fazendo as genuflexes sustentando-o com a mo sob ocotovelo. (Porm no seguram a parte posterior da casula.).

    Aps a incensao do altar o CER recebe o turbulo do CEL (beijando a mo dasacerdote e depois o turbulo), o TUR desce com ele para o lado epstola e se coloca suaesquerda. O CER, diante do CEL, o incensa com trs ductos de dois ictus, fazendo com oTUR reverncia profunda antes e depois. Em seguida o CER entrega o turbulo ao TUR,que volta para o seu lugar.

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    7. O CER mantm-se direita do CEL e lhe indica o intrito, em seguida recita o Kyriealternando com o CER e os ACs (que esto de p). Se houver tempo o CEL faz vnia cruze vai se sentar e os ACs fazem genuflexo no meio do altar e vo se sentar junto credncia ,o CER permanece de p direita do celebrante, voltado para a nave. (Fig. 6)

    8. Ao cantar-se o ltimo Kyrie, o CEL, ao convite do CER, se dirige para o centro do altar,onde, entre os dois ACs e estando o CER direita do AC1, faz, juntamente com eles agenuflexo. O CEL sobe ao altar para entoar o Gloria (se houver). Depois de recitado oGloria, o CEL genuflete no supedneo; o CER e os ACs acompanham a genuflexo e todosse dirigem para as cadeiras. Ao canto do Cum Sancto Spiritu, todos voltam para o altar.

    9. Depois do canto do Kyrie ou do Gloria, o CEL canta o Dominus vobiscum e se dirigepara o lado da epstola para cantar a orao. O CER, estando do lado do missal, vira apgina e indica as oraes, os ACs permanecem de p.

    10. Se o CEL for se sentar para o canto da epstola, quando um leitor for cant-la, omovimento idntico ao do Kyrie. Terminado o canto da epstola, o CEL e o CER dirigem-se para o altar para rezar o gradual, alelluia ou tractus, e em seguida, regressam s cadeirasse o canto for longo. Se o CEL no se sentar para o canto da epstola todos permanecem nomesmo lugar, e vo se sentar s depois de rezado o gradual, tractus ou alelluia.

    11. No versculo que segue ao alelluia, ou na ltima estrofe da prosa, ou no ltimoversculo do tractus, ao sinal do CER, todos se levantam e voltam para o altar para a benodo incenso, que se procede como no incio. Terminada a imposio do incenso, enquanto oCEL reza o Munda Cor Meum, o CER toma o missal e, com o TUR, desce ao meio doaltar: ento os aclitos se juntam aos dois e todos fazem a genuflexo. O CER sobe paradeixar o missal no altar, descendo em seguida para colocar-se direita do TUR; o TUR vaipara o lado do evangelho e fica em baixo, de frente para o altar. Os ACs se colocam juntosde p no plano, na lateral do altar. Depois que o CEL cantou Sequentia ou Initium, como sinal da cruz, o TUR passa o turbulo ao CER, e este o apresenta ao CEL beijando oturbulo e em seguida a mo do mesmo; o CER acompanha o CEL nas reverncias.Terminado a incensao do livro, o CER recebe de volta o turbulo, beijando a mo do CELe o turbulo e o entrega ao TUR. Terminado o canto do evangelho, se o CEL for pregar osquatro ministros fazem juntos a genuflexo; o TUR vai alimentar o turbulo; os ACs e oCER vo se sentar. Se outro sacerdote for pregar, o movimento feito junto com ocelebrante: CER direita e TUR esquerda do CEL, ACs em cada ponta.

    12. Terminado o sermo os ACs dirigem-se para o altar, fazem genuflexo com o CEL aosinal do CER; se o CEL tiver pregado fazem genuflexo no centro, o CER direita do AC1; depois os ACs se abrem e o CER vai para o lado da epstola, todos permanecem de p;todos os ministros genufletem ao Et incarnatus est; tendo o CEL recitado o Credo eledesce os degraus do altar para ajoelhar-se juntamente com os ministros ao canto do Etincarnatus. Se ainda faltar muito para o canto destas palavras, todos se dirigem para ascadeiras procedendo-se como no Gloria. Ento ao canto do Et Incarnatus o CEL tira obarrete e se inclina assim como os aclitos, enquanto que o CER se pe de joelhos. NoCrucifixus, o CER, se for clrigo, vai levar o clice para o altar, se o CER no for clrigo,um dos clrigos que estiverem no coro, dando preferncia ao mais digno, vai levar o clice

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    ao altar depois do Et homo factus est do Credo, desdobra o corporal e coloca sobre eleo clice coberto com o vu. Se no houver Credo, faz-se o mesmo logo depois doevangelho. Ao canto do Et vitam, ao sinal do CER, todos voltam para o altar. Osministros esperam, de p, em seus devidos lugares o Oremus do Ofertrio para fazerem avnia.

    13. Depois que fizeram a reverncia no Oremus do ofertrio, os ACs fazem no meio agenuflexo; o AC2 vai dobrar o vu do clice, o AC1 vai credncia para pegar asgalhetas; depois de dobrar o vu o AC2 se coloca esquerda do AC1 e recebe deste agalheta com gua. Fazem a reverncia ao CEL ao apresentar-lhe as galhetas beijando-asantes e depois (exceto na Missa de Requiem), e o sadam novamente com uma inclinaode cabea, antes de se retirarem. Em seguida voltam aos seus lugares e permanecem de p.

    14. No oferecimento do clice, quando o CEL estiver rezando o Veni sanctificatorspiritus, o CER chama o TUR e ambos sobem ao altar para a beno o incenso. QuandooCEL estiver incensando a cruz o AC2 tira o missal, esperando do lado do evangelho, e ope de volta depois que o CEL incensou este lado do altar. Desce em seguida, fazendo agenuflexo com o AC1 no centro, e se dirigem para a credncia, para preparar o lavabo.

    15. Terminado a incensao do altar, o CER incensa o CEL, como no intrito; o AC2 pegacom as duas mos o manustrgio desdobrado, o AC1 pega com a mo esquerda o pratinho,e com a direita a galheta de gua, e se coloca esquerda do AC2. Os ACs se aproximamdo CEL e fazem uma inclinao; o AC1 derrama a gua e o AC2 apresenta o manustrgio.Quando o CEL devolve o manustrgio, os ACs fazem a inclinao, voltam credncia edeixam a galheta, o manustrgio e o pratinho, pegando em seguida a campainha; depois voao meio do altar genufletem e ficam de p, nos seus lugares, at serem incensados, emseguida ajoelham.

    Depois de incensado o CEL, o TUR recebe o turbulo do CER, fazem juntos agenuflexo diante do altar; o CER vai para o lado do evangelho para indicar as oraes aoCEL; o TUR vai incensar, primeiro o clero, um sacerdote de cada vez com um golpe duplo;em seguida o coro, primeiro o lado do evangelho depois o da epstola, com trs golpesduplos em cada lado: um para o centro outro para a sua esquerda e outro para a sua direita.

    16. O TUR, depois que incensou o coro, vai diante do altar faz a genuflexo e incensa deum ducto e um ictus a cada um, ao CER, ao AC1 e ao AC2. Em seguida faz a genuflexo,vai at a entrada do coro, e incensa o povo com 3 ductus e 1 ictus (no meio, sua esquerdae sua direita); depois, volta diante do altar faz a genuflexo e vai alimentar o turbulo,para entrar na hora do Sanctus. Se no houver clero, o TUR espera o fim do lavabo paraincensar os ministros.

    17. O CER deve estar atento para indicar as oraes ao CEL e virar as pginas do missal.Pouco antes da consagrao, o TUR se coloca do lado da epstola; o AC1, pe o incensono turbulo. O TUR se ajoelha no degrau central mais baixo, ao mesmo tempo que o CERse ajoelha do lado esquerdo do CEL, ou seja, quando tiver virado a folha do missal quecorresponde consagrao, e incensa o Ssmo. com 3 ductos e 2 ictus a cada elevao,fazendo uma inclinao mediana, antes e depois. . O CER, de joelhos esquerda do CEL,

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    levanta a casula durante a elevao. O AC1 toca a campainha, ou os dois, se houver duascampainhas.

    Depois da consagrao, o CER e o TUR se levantam ; o CER continua a virar asfolhas do missal. O TUR depois de fazer uma genuflexo no centro vai deixar o turbulo nasacristia. Em seguida volta e se ajoelha ao lado direito do AC1. Os ACs permanecem de

    joelhos at o Domine non sum dignus.18. Quando o CER virou a folha do missal onde esteja o Domine non sum dignus, eledesce os degraus e se ajoelha ao lado esquerdo do AC2. Terminado o terceiro Domine nonsum dignus,os quatro se levantam; o AC1 vai credncia deixar a campainha e pegar apatena. Quando o AC1 chegar, fazem todos a genuflexo e sobem ao supedneo paracomungar. Quando o sacerdote estiver comungando o Preciosssimo Sangue, o CER reza oConfiteor, que todos acompanham. Depois que comungaram, os ACs voltam para seuslugares ao p do altar e se ajoelham; o TUR volta a se ajoelhar ao lado do AC1; e o CERacompanha o CEL com a patena. Ao voltar da Comunho, o CER se coloca de joelhos nodegrau inferior do altar, lado da epstola.

    19. Depois da comunho, quando o CEL fechar o sacrrio, todos se levantam; o AC1 vaipegar as galhetas que apresenta ao CEL como na missa rezada. Depois que deixou asgalhetas na credncia vai ao meio do altar e faz genuflexo com o AC2; em seguida o AC1transporta o missal enquanto que o AC2 transporta o vu do clice. Depois que o CELcobriu o clice, descem e se colocam cada qual no seu lugar. O TUR vai sacristia buscar oturbulo e se coloca junto credncia, onde permanece at a procisso de sada. Durante oEvangelho final, o prprio TUR coloca incenso no turbulo.

    20. O CER, quando o CEL fechou o sacrrio, se levanta e permanece no mesmo lugar, dolado da epstola; quando o AC1 deixar o missal sobre o altar ele sobe e se coloca do lado domissal, no lado da epstola, marca o missal para a antfona de comunho e assiste durante asoraes. Depois da ltima orao, ele fecha o missal, pega e mostra ao CEL um livro como Ite Missa est. Quando o CEL terminou de cantar o Ite Missa est, o CER desce, fazgenuflexo no meio e se coloca do lado evangelho, de p; quando o coro terminar de cantaro Deo Gratias, ao sinal do CER, todos se ajoelham para a bno; terminada a bnotodos se levantam e o CER vai segurar a sacra para o sacerdote; se houver um evangelhoprprio ele deixa o missal aberto e o leva para o lado evangelho, assim que o CEL cantar oIte missa est. Contudo o CER deve ir para o lado do evangelho neste momento. Durante oEvangelho, os ACs esto de p virados para o CEL; no Et Verbum eles fazem agenuflexo.

    21. Depois do evangelho final, o CER vai pegar o barrete do CEL; quando este desce, todosfazem a genuflexo, depois o CER entrega o barrete ao CEL beijando primeiro o barrete edepois a mo de celebrante. Voltam para a sacristia na mesma ordem de entrada. Chegando sacristia o CEL tira o barrete e todos fazem vnia cruz como antes da missa; o CEL tiraos paramentos, ajudado pelo CER.

    A M D G

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    ANOTAES

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    Transcrio resumida de algumas partes do livroA SANTA MISSA NA HISTRIA E NA MSTICA.

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    INTROBO AD ALTARE DEI

    Entrarei ao Altar de Deus. Um dia, como um cervo acossado por matilhas, debatia-se David com mil inimigos, assim externos como internos, para livrar-se deles e levar vidamais tranquila. Mas s depois de longo, penoso e renhido combate, quando foras humanas

    j no lhe podiam valer, foi que chamou por socorro do Alto: Julgai-me, Deus, e separaia minha causa da gente mpia; livrai-me do homem injusto e enganador!.Foi, ento, que, talvez arrebatado em xtase, como o profeta Jeremias, entrou a

    contemplar os povos da Terra, ascendendo ao Monte Sio para l celebrar a nova aliana; eos ouvia aclamar triunfalmente, l do alto, aplaudindo aos que vinham carregados dos bensdo Senhor, como trigo, vinho novo... e os via como em um jardim irrigado e florido, semnunca elanguescer e entristecer-se: fortalecia-os o Senhor e lhes mudava o pesar em alegria.E o Senhor repetia: Satur-los-ei de graas; inebriarei as almas dos meus sacerdotes, e omeu povo usar fartura dos meus bens (Jer 31, 12-15).

    Foi, ento, repito, que David resolveu entrar ao Altar do Senhor, erguido no MonteSio.Introbo ad altare Dei.

    * * *O que David queria, e em xtase via, no lhe foi possvel obter. Qual Moiss, viu e

    suspirou pela terra em que corre leite e mel, viu e suspirou pelo Altar, em que sacrifica oCordeiro imaculado, mas como Moiss, morreu sem entrar na terra prometida.

    Introbo ad altare Dei! Sim, entrarei ao altar de Deus; entrarei seno eu, aomenos, em um dos meus descendentes!

    E a profecia se realizou. O Filho da Casa de David, Jesus Cristo, entrou ao altar deDeus, levantado no Monte calvrio, levantado no Monte Sio, que se multiplicou tantasvezes quantas so as Igrejas do Senhor no mundo universo.

    * * *

    O Sacrifcio.

    Que um sacrifcio? O sacrifcio verdadeiro e propriamente dito, segundo no-lodefine o prprio Esprito Santo pela boca de Moiss e So Paulo, a oblao de coisasensvel com a sua destruio quer parcial, quer total, quer seja fsica (como se d com oholocausto) quer mstica, (como se d com a libao e efuso de vinho ou gua) efetuadapor um ministro legtimo e feita s a Deus, com o fim de manifestar os sentimentosinternos, com que o homem deve reconhecer o seu supremo domnio. Desde que hmemria do homem decado, no faltaram sacrifcios entre os povos.

    Passando pelos mais, limito-me a apontar o de Melquisedec, narrado nas Escrituras,e que tem, por isso mesmo, o testemunho infalvel do Esprito Santo, e que muito prpriopara o nosso caso.

    Melquisedec ofereceu a Deus o sacrifcio de po e vinho, smbolo perfeitssimo dosacrifcio da Nova Aliana, em que o po, pelo poder das palavras da consagrao, setransubstancia em Corpo de Cristo, e o vinho em Sangue de Cristo. Recordo ainda osacrifcio da lei mosaica, que considerado debaixo de quatro pontos de vista, devido aosquatro diversos fins:

    O sacrifcio latrutico, que visa direta e exclusivamente, segundo a inteno dosacrificante, o fim de reconhecer por ele o supremo e inalienvel domnio de Deus sobre

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    tudo o que existe. Por isso, neste sacrifcio h destruio total da oferta ou vtima, hdestruio fsica; e por isso dito holocausto.

    O sacrifcio eucarstico, que visa diretamente o fim de render graas a Deus pelosfavores e benefcios outorgados; e chama-se hstia pacfica.

    O impetratrio, que visa a obteno de novas graas e novos benefcios.

    O propiciatrio, que visa aplacar a Deus, e por isso chamado tambm desatisfatrio, cujo escopo oferecer a Deus vtimas em expiao dos pecados, em satisfaodas penas devidas pelos pecados, e chama-se hstia pro delicto e hstia pro peccatis.

    Do dito se colhe que o sacrifcio tem como fim reconhecer a perfeio infinita doser Divino e do seu soberano domnio sobre quanto veio existncia por seu infinito poder.O reconhecimento do Ser perfeitssimo, que Deus, uma Eucaristia ou agradecimento nopleno rigor da significao do termo; ela abrange em sua verdadeira acepo as idias daadorao, em virtude da qual o homem se aniquila na presena da divina Majestade; dagratido, que leva o homem a exaltar os benefcios de Deus; da imperfeio, que induz ohomem a implorar as graas de que necessita; da expiao, que faz com que se obtenha asupresso da justa ira do Senhor, prestes a fulminar sobre o homem o seu tremendo castigo.

    Estes so e devem ser os quatro fins que visa todo e qualquer sacrifcio que seoferece Divindade, os quais se podem reunir em um pnico, que o de unir intimamenteo homem a Deus; e chama-se a eucaristia-sacrifcio.

    O sacrifcio da Nova Aliana.

    Exposta a noo geral do sacrifcio, qual entendido por todas as religiesverdadeiras e falsas, releva acentuar mais a significao do sacrifcio da Nova Lei, osacrifcio da religio revelada, sacrifcio da religio crist, o nico aceitvel a Deus, sendoo nico prescrito por ele prprio. Abrogando Deus a religio mosaica, aboliu o sacrifcioque nela fora ordenado; e fundando uma religio diversa da de Moiss, estabeleceu umsacrifcio diferente do de Moiss.

    Cristo, o Filho de Deus, veio ao mundo para fazer a vontade do Pai. Depois de haveraperfeioado a lei de Moiss e modificando a religio judaica, instituiu um sacrifcio dignoda lei e da religio divinamente acabadas: o sacrifcio de um homem-Deus.

    A natureza humana, unida hipostaticamente Pessoa divina, isto , ao verbo,segunda Pessoa da santssima Trindade, no pratica ao que no se deva atribuir Pessoa;ora, em Jesus h uma nica Pessoa, e esta divina; Jesus Deus, e o que Deus faz ato devalor infinito e, se bem que o sacrifcio seja de natureza humana, todavia o sacrifcio deJesus ao que se deve atribuir Pessoa divina, ao Verbo; mas a ao do Verbo infinita,logo, infinito o sacrifcio; logo, o sacrifcio do homem-Deus de valor infinito. Portanto,de todos os sacrifcios o sacrifcio de cristo, o Homem-Deus, que de um modo maisperfeito preenche os quatro fins acima expostos; porque, considerada a dignidade da vtimaimolada em holocausto, que vtima houve jamais ou haver que supere em dignidade ouexcelncia a Vtima divina, Jesus Cristo? O sacrifcio de Cristo, embora um nico, valeuinfinitamente mais do que os milhes e bilhes de vtimas puramente humanas ouirracionais de todos os tempos.

    Esta a verdade que a Igreja definiu nos Conclios Efesino e Tridentino, quandodisse que Cristo se ofereceu a Deus Pai sobre o altar da cruz, para l efetuar a nossa eternaredeno.

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    Sim, a morte de Cristo na cruz foi um verdadeiro sacrifcio. Em Cristo temos osacerdote constitudo por Deus desde toda a eternidade e por isso legtimo. Em Cristotemos a vtima sensvel, verdadeira e realmente imolada na cruz. Temos portanto, os doisrequisitos essenciais para todo o sacrifcio: o sacerdote e a vtima. (N.B. No requisitoessencial que seja o sacerdote quem mate a vtima, mas sim quem a oferea). Em Cristo

    temos outrossim perfeitamente verificados os quatro fins do sacrifcio: Cristo por sua mortena cruz reconhece o supremo domnio de Deus, aplaca a divina majestade, expia as penasdos pecados, impetra novas bnos do alto e rende graas a Deus pelos benefciosrecebidos.

    O Santo Sacrifcio da Missa.

    Enquanto houver homens sobre a terra mister que haja sacrifcios; e isto por forados fins que visa toda sacrifcio: o reconhecimento da soberania absoluta de Deus, orendimento de graas ao Senhor pelos benefcios recebidos, a impetrao de novos favoresdivinos e o aplacamento da ira divina, ofendida pelos pecados, e a satisfao das penasmerecidas.

    Ora, que outro sacrifcio poderia ser mais grato a Deus e preencher de modo maisperfeito a finalidade do sacrifcio do que o sacrifcio do Homem-Deus?

    Eis aqui por que, fundando Cristo sua religio sobre a terra, lhe deu um novosacrifcio, que a continuao do sacrifcio oferecido outrora, cruentamente, sobre oCalvrio: o sacrifcio da Missa!

    O sacrifcio da Missa um verdadeiro sacrifcio; porque , primeiro, um ato pblicoefetuado segundo um rito determinado e por ministros para isso especificamente deputados.Este rito e estes ministros foram institudos por Deus mesmo, que aboliu o rito e osmistrios da Lei Antiga. Por isto, de todos os sacrifcios, o da santa Missa o nicoaceitvel a Deus, porquanto ele a renovao e a aplicao daquele do Calvrio, do qualtem a plena eficcia.

    , em segundo lugar, verdadeiro sacrifcio, porque se oferece na Missa uma coisasensvel, que o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, debaixo das espcies de po e vinho, omesmo Corpo e o mesmo Sangue que um dia ficou imolado no alto do Calvrio, oferecidopelo prprio Sumo Sacerdote, Jesus Cristo. Se h uma diferena entre os dois, esta consisteem que o Sacrifcio do Calvrio foi cruento; em que no Calvrio Cristo se ofereceupessoalmente sem ministros, enquanto nos nossos altares se oferece mediante o ministriodos sacerdotes; em que no Calvrio o sacrifcio nos mereceu a redeno, e nos nossosaltares, a aplicao dos frutos dela.

    Portanto, no h motivo algum para negar que o Sacrifcio da Missa seja verdadeirosacrifcio: temos nela o sacerdote e temos a vtima.

    A EucaristiaSacramento.

    A respeito do sacrifcio seria incompleto se passssemos em silncio um elemento,no digo essencial, mais integral de todo o sacrifcio: A Eucaristia-Sacramento.

    Parece provado que a todos os sacrifcios, assim pagos como judaicos, estavaanexa a ideia de que, para ser completo o sacrifcio, era mister unir-se divindade com aparticipao efetiva e real das vtimas: isto , com a comunho, como diramos hoje, emque se come da vtima.

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    Fosse como fosse a ideia dos pagos e juDeus a respeito da comunho, o certo queo sacrifcio da Missa, no s Eucaristia-Sacrifcio, seno tambm Eucaristia-sacramento.Sim, no sacrifcio da Missa a criatura no s se d inteiramente a Deus em holocausto, mas por Deus convidada a assentar-se sua mesa celeste, sobre a qual ele oferece a comer e abeber aquela mesma vtima, a carne e o sangue preciosssimos de Jesus.

    alimento divinizado pela consagrao! Alimento divino! O Corpo e o Sangueunidos alma e divindade de nosso Senhor Jesus Cristo! Alimento nico; pois s ele tema virtude de operar a fuso de Deus com o homem, unio que proporciona criatura bensinmeros, que a transforma e a torna sempre mais semelhante ao seu Criador.

    Que realidade consoladora! Pela Eucaristia-Sacramento ou pela comunho que devofazer, sempre que celebro, uno-me de modo admirvel a Deus; nutro-me com a substnciadivina; sou de certa maneira divinizado; preparo-me insensivelmente para a pscoa da vidaeterna.

    * * *Quer-me agora parecer que no necessrio insistir ainda no valor do santo

    sacrifcio da Missa. mais que evidente. Aqui temos um Deus que se imola, um Deus que imolado. Que cmulo de mistrios!

    Entretanto, importa relembrar que o sacrifcio da Missa de valor infinito, para queningum se escuse de no ter encontrado o suficiente para si. um mar inexaurvel degraas e benefcios. S quem bebe deste mar agrada a Deus; s quem assiste Missa prestaa Deus o sacrifcio por ele aceito. Afora o sacrifcio da Missa, nenhum outro pode seragradvel a Deus e proveitoso ao homem e to proveitoso, que santos do cu participam dasua glria, as almas do purgatrio e os vivos da terra gozam superabundantemente dos seusbenefcios. que o sacrifcio da Missa constitui o nico holocausto verdadeiramente dignodo Senhor, em que se sacrifica o Cristo sempre vivo para interceder em nosso favor. Aqui,como sobre a cruz, o Cristo se constitui o vnculo vivo que nos une a Deus.

    No santo sacrifcio da Missa temos o ato em volta do qual gravita e dele se irradia oprprio sacrifcio da Redeno. Sim, na santa Missa, aquele mesmo sacrifcio, oferecido umdia sobre o Calvrio, assume a condio como de coisa que ocupa a circunferncia, comode um satlite gravitando em volta do sol, como de uma fonte viva que desgua no oceano.A santa Missa o entro, o sol e o oceano onde se concentra o prprio sacrifcio doCalvrio que eterno, e ao mesmo tempo perpetuado no tempo, no cu perante Deus e naterra entre os homens; o mistrio da consumao de todos os desgnios de Deus, realizadoum dia e renovado por todos os sculos at ao fim do mundo.

    * * * tendo presente o exposto que o sacerdote deve oferecer o tremendo ato religioso.

    Oxal se aproximasse sempre para o futuro da ara sagrada do Senhor com estas disposiesde alma que o dominam ao presente!

    Quem dera, pudesse comunicar e, comunicadas, conservar estas mesmas santas einvejveis disposies nas almas de todos os assistentes ao santo e inefvel sacrifcio daMissa! Quisera, sim, que todos os cristos se persuadissem de vez por todas ser o santosacrifcio da Missa o ato de religio mais necessrio!

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    PARAMENTANDO-SE1. O amicto.2. A alva.3. O cngulo.4. O manpulo;

    5.

    A estola.6.

    A casula.7. A dalmtica.

    O sacerdote no altar o substituto e representante de Jesus Cristo. Para apresentar-se dignamente diante de Deus Pai, e da Corte Celeste, deve trazer na alma o ornamento dasvirtudes daquele que representa.

    O sacerdote dever apresentar-se diante do Pai celeste como um outro Jac diantede Isaac, vestido das vestes de Esa, o primognito. Exultar Deus por aquela fragrnciaque se desprender do corao de seu Filho primognito e unignito, oculta debaixo dasvestes desde sacerdote. Manda a Igreja, qual outra Rebeca, vestir o sacerdote de vestes no

    suas, como para atrair sobre si, por esta piedosa fraude, a complacncia divina, e tornar osacrifcio incruento da santa Missa aceito a Deus Pai.

    Quo pequeno e ao mesmo tempo quo grande o sacerdote; nada em si, tudo emJesus! Nisto pensando, vai se paramentando; e a cada paramento que enverga novas ideiaslhe ocorrem. Ouamo-lo!

    1.

    O amicto.

    A primeira pea, que o sacerdote veste, o amicto. Beija-o; lana-o sobre aos ombros,descansa-o por um momento na cabea; fixa-o em volta do pescoo; deixa-lhe asextremidades carem pelas espduas, e segura-as em seguida com duas longas fitas, em

    volta dos rins, enquanto diz: Ponde-me na cabea, Senhor, o elmo da salvao para querepila os assaltos do demnio.

    * * *O amicto de origem muito antiga, comum aos clrigos e leigos. Estes, porm, o

    abandonaram, e Roma o adotou. Era ento o amicto desdobrado no pr baixo, mas por cimada alva, como pea litrgica, e prescreve seu uso a partir do sculo XI. Ainda o prescreve orito ambrosiano.

    Cinge-se com o amicto o pescoo, para significar segundo Amalrio, a moderaoque se deve ter no uso da voz, visto que esta se localiza na garganta: Collum undiquecingimos, quia vox in collo est. Esta de fato a idia que expressa ainda hoje o bispo,quando, na ordenao do subdicono, diz, impondo-lhe o amicto: Recebe o amicto,

    smbolo da moderao na voz.Se perguntarmos por que descansa o amicto por um momento na cabea,

    respondemos que foi uso j antes do sculo XI cobrir primeiro a cabea, da qual se tirava sdepois de se tem envergado todos os mais paramentos, que o amicto deveria cobrir. Postoque fosse isto de direito exclusivo dos papas a partir do sculo XII at XVI, estava em usotambm entre os simples sacerdotes de alguns lugares, que se cobriam cm ele a cabeadurante certa parte da Missa. Deste uso originou-se o sentido mstico dado ao amicto.Chamaram-no degalea salutis elmo da salvao.

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    Belo sentido mstico tem ele! Bem necessrio ao sacerdote este elmo da salvao.Agarre-se ele a este smbolo da verdadeira esperana crist!

    Elmo de ao, capacete inamolgvel, quanto s necessrio ao ministro e batalhadorda causa de Deus! justamente contra o sacerdote que o demnio arma e assesta depreferncia sua formidvel bateria para arrancar-lhe da alma a paz, e do corao a coragem.

    Protege-o, galea salutis.2. A alva.

    Vestido o amicto, enverga a alva, veste talar qual fora prescrita por Deus aossacerdotes descendentes de Aaro. geralmente tecida de linho. Comforma-se assimmelhor com as vestes que So Joo viu em sua viso e descreve: E foi-lhe dado vestir-sede finssimo linho, resplandecente e branco (Apoc 19, 8). A alva representa, no seu lavorcomo na sua brancura, a justia e a inocncia conquistadas mediante as tribulaespadecidas em unio com Cristo: E este linho fino soas virtudes dos Santos (Apoc 19,8). Esses lavaram seus vestidos e os embranqueceram no sangue do Cordeiro (Apoc 7,14).

    Os ministros da Igreja primitiva andavam sempre vestidos com essa alva, tambmfora das funes litrgicas. Os nefitos e os no-batizados vestiam-se na oitava da pascoelae a depunham no sbado seguinte, que por isso chamava in albis, donde vem o nome daveste: alva.

    3. O cngulo.

    Pega depois o cngulo, corda de certo comprimento que serve para estreitar a alvaem volta dos flancos assim que a sua amplitude no impea no desempenho das suasfunes religiosas.

    O cngulo de origem muito antiga, e com ele cingiam, ento, todos os quegozavam ou queriam gozar do bom nome e da boa reputao, pois simbolizava o recato, acontinncia, a probidade; por isso prescrito j no primeiro Ordo Romanus, como peaque deve fazer parte das vestes eclesisticas.

    E cingindo-se os rins com este cngulo, reza: Cingi-me, Senhor, com o cngulo dapureza, e extingui em mim as chamas da volpia, para que reine em mim a virtude dacontinncia e da castidade.

    Cngulo, cinge os rins dos sacerdotes, para que tenham sempre presente anecessidade da mortificao, que lhes assegura e garante a inocncia da vida! Sem semortificar no so e no podem ser Ministros do Crucificado, porque quem quer ser deCristo crucifica a carne com seus vcios e concupiscncias.

    4.

    O manpulo.

    Enfia, ao depois, no brao esquerdo o manpulo. Sua origem, alm de remotssima, interessante. Usavam-no os Cnsules Romanos por ocasio da inaugurao dos jogos nocirco. Depois que o cristianismo entrou em Roma, e criou nela razes, as esttuas emonumentos cristos, que simbolizavam o Salvador e a Santssima Virgem, eramdistinguidas das mais pelo manpulo. Logo v-se nele um sinal de respeito todo peculiarprestado a Jesus e a Maria.

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    As personagens distintas, em ocasies de darem ou receberem presentes, levavam omanpulo ricamente trabalhado. As esttuas ou imagens destas personagens sorepresentadas com o manpulo sobre o brao esquerdo. No primeiro Ordo Romanus, prescrito como insgnia de autoridade: tem-no o subdicono desdobrado sobre o braodireito na ocasio de dirigir a Schola Cantorum.

    De Molon (1718) aventou a ideia de que o manpulo teria servido de leno paraenxugar o suor: da o nome sudarium. Dele se serviam os rapazes que, na abadia deCluni, cantavam no coro; como tambm durante o mesmo ofcio, dele usavam os rapazes deSo Joo de Lyon. Estes seguravam-no entre os dedos da mo esquerda.

    Isto parece sugerir a ideia de que a finalidade do manpulo fora sempre qual hoje ados lenos. Mas, por serem estes casos espordicos, parece ser mais aceitvel a ideias dosmanpulos, em sua origem, eram verdadeiros distintivos de nobreza e autoridade, sendo queconsta, com toda a certeza, que eram levados pelos clrigos in sacris, e s durante aMissa, desde o sculo X.

    Entretanto, assim uma como outra ideia pode ser interpretada pela orao que aIgreja pe na boca do sacerdote ao introduzir-lhe no brao o manpulo: Possa eu tornar-medigno, Senhor, de carregar o manpulo das lgrimas e da dor, para que receba na glria oprmio dde minhas fadigas.

    5. A Estola.

    Depois do manpulo vem a vez da de pendurar ao pescoo, peito abaixo, e cruzarsobre o mesmo a estola. Interessante a sua origem! As pessoas de posio e abastadasusavam originariamente um rico tecido de linho pendente do pescoo para com ele enxugaro rosto. Deste pano, chamado orarium (do latim, os= boca, rosto), usavam mais tarde osque falavam em pblico; por isso tornou-se ele, aos poucos, nas Igrejas, o ornamento dosbispos, dos padres e dos diconos; da quererem alguns derivar a origem do orarium, deorator = pregador; da o costume de subirem ainda hoje, os pregadores ao plpito com aestola.

    certo que primitivamente caa a estola direito por trs e pela frente. Passou-sedepois a cruz-la sobre o peito e at a firm-la cruzada debaixo do brao direito.

    A Igreja conserva ainda hoje trs modos de levar a estola. O bispo observa primeiro,o sacerdote o segundo e o dicono o terceiro.

    6. A Casula.

    Vem a vez de envergar a casula (casa pequena, chamada pelos gregos de planeta)pea no fixa, mas mvel. A casula primitiva assemelhava-se bastante a uma pequena casa,em que parecia estar encerrado o sacerdote. A sua forma redonda permitia o giro fcil emredor do pescoo.

    a antiga paenula derivado de pannus, vestimenta de uso universal, vestida emtoda parte e por todos.

    Pelo fim do sculo IV tornou-se mais o hbito prprio e cotidiano dos senadores; eaos poucos passou a ser veste exclusiva dos sacerdotes ou ministros do culto divino.

    Santo Ambrsio representado em um mosaico do sculo V vestido da paenula,mosaico que se encontra na capela de So Stiro em Milo.

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    Para ter livres as mos, o sacerdote recolhia a casula dos braos aos ombros; naelevao o dicono soerguia-a por detrs, para que o celebrante fosse mais desimpedido emseus movimentos, ato este, ainda hoje em uso, posto que de nenhuma finalidade prtica.

    Desde o sculo XV foi-se-lhe cortando parte do que cobria os braos, assim queveio tomando imperceptivelmente a forma atual, que muito pouco se assemelha quela

    primitiva. S a gtica relembra mais de perto o que fora a casula primitiva.* * *O dicono e o subdicono so ministros, servos, ajudantes que servem o sacerdote

    no altar.O diaconato e o subdiaconato so as duas Ordens chamadas Maiores para se

    distinguirem das Menores, que so os ostiariato, leitorato, exorcistato e acolitato.O ofcio prprio do dicono cantar o santo Evangelho e servir o sacerdote no altar.

    Antigamente, quando os sacerdotes eram pouco numerosos, incumbiam-se os diconos deoutras funes mais importantes, hoje reservados ao sacerdote: eles batizavam, distribuama santa comunho, o que se lhes concede ainda hoje em certos casos raros.

    O subdicono canta a Epstola e serve diretamente ao dicono, indiretamente aosacerdote, no que se refere ao santo Sacrifcio. So estes dois ministros do Sacerdote, emvirtude do seu ofcio, revestidos de dignidade extraordinria. a eles que se permite chegarmais perto do Santo dos Santos; so os que representam no altar os fiis e respondem emnome deles.

    * * *Como disse, paramentam-se: o dicono leva manpulo, mas s durante a santa Missa

    e no ofcio da sexta-feira santa e sbado santo; pe estola, que, ao invs do sacerdote, cruza,no sobre o peito, mas sob o brao direito. Em vez de casula enverga dalmtica. Dosmesmos paramentos, menos a estola, se veste o subdicono.

    7. A dalmtica.

    A dalmtica , com poucas variantes, a tunicela dos antigos romanos, vestecomprida, de mangas, antes estreitas que largas, que se sobrepunha alva; mas no logrougeneralizar-se na liturgia.

    A dalmtica, originria da Dalmcia (donde lhe vem o nome) entrou em usolitrgico j no sculo II do cristianismo. Era mais comprida que a tunicela e muito ampla.As mangas mais largas, porm fechadas, como as da tunicela. Mais tarde se abriram asmangas da dalmtica e da tunicela. Eram mangas curtas; pois no ultrapassavam oscotovelos.

    Vestia-se ento a dalmtica por sobre a tunicela, como hoje ainda o faz o bispo aocelebrar pontificalmente. At os imperadores envergavam este hbito. Como paramentosagrado, a dalmtica foi primeiramente reservada aos Bispos. So Silvestre, no sculo IV, aconcedeu tambm aos diconos; e no tardou que se tornasse paramento exclusivo deles.Chama-se na liturgia a veste da justiadalmtica justitiae.

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    AS CORES DOS PARAMENTOS1. O Branco.2. O Encarnado.3. O Verde.4. O Roxo.

    5.

    O Preto.6.

    O Rseo.

    1. O Branco.

    Os paramentos que ostentam cor branca revelam dia de festa e jbilo. sempre o fundo dos paramentos que diz se um paramento branco, encarnado,

    verde, roxo, preto ou rseo, e no a corda da cruz da casula, e o fundo que se apresentacom relevos artsticos trabalhados em ouro, pedraria e prata.

    Entre as cores o branco a expresso da alegria da inocncia, da glria anglica, do

    trunfo dos Santos, da dignidade e da vitria do Salvador.Por isso os paramentos de cor branca so usados na Igreja romana nas festas de

    Nosso Senhor Jesus Cristo: Natal, Epifania, Asceno, Corpo de Deus, festas do SagradoCorao de Jesus; nas festas de Nossa Senhora, de todos os Santos, Pontfices, Doutores,Confessores e Virgens, numa palavra, nas festas dos santos e santas que no foremmrtires.

    2. O vermelho.

    A Igreja Romana prescreve, alm dos paramentos brancos, os encarnados, osverdes, os roxos, e os pretos. Entende-se aqui por paramentos a casula, a estola e o

    manpulo.Os paramentos encarnados ou vermelhos so usados nas festas do Esprito Santo, daCruz, e dos Santos Mrtires.

    Quo bem quadra o encarnado nestas Missas! Simboliza, em seus esplendor, o fogo,e em sua cor, o sangue: o fogo da caridade pura e santa, o fogo que teve o poder de levar osque o sentiam crepitar estuante, no peito, a dar a vida e o sangue por Deus.

    3. O verde.

    Os paramentos verdes so usados nas funes religiosas das Tmporas, quesignificam na liturgia mstica a peregrinao rumo do cu, i. , no tempo que segue

    Epifania e Pentecostes.Em verdade, muito bem sabe a Igreja interpretar os pensamentos mais sublimes pormeio dos mais simples sinais e smbolos! Manda ao sacerdote que use dos paramentosverdes nestes dias para ficar com o sentir do povo cristo, que v no verde a cor daprimavera e o smbolo da esperana, dando-lhe ocasio de suspirar pela eterna primaveracomo peregrinos que tm postos os olhos s na Cidade Eterna, com a firme esperana de lchegar.

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    4. O roxo.

    Os paramentos roxos ou violceos so usados durante o Advento, Septuagsima,Quaresma, Tmpora, Viglias, Rogaes e as trs solenes bnos litrgicas do ano, i. , dasvelas, das cinzas e das palmas.

    Tambm aqui est a cor maravilhosamente escolhida. a cor da penitncia; e osdias em que ela usada so de penitncia. a cor, cujos reflexos ora claros, ora escurosfascinam a vista, considerada na antiguidade como a cor significativa do poder rgio, dasoberania, das altas dignidades, das riquezas.

    A Igreja, longe de abolir este simbolismo, ampliou-o, modificando lhe o aspecto eaplicando-o penitncia, orao em meio da aflio e da humilhao. E no precisamente isto que nos enriquece, eleva e dignifica? No a penitncia, a orao e ahumilhao que nos tornam gratos a Deus e nos conquistam a sua graa?

    5. O preto.

    O preto est em perfeito antagonismo com o branco. Se esta cor smbolo da

    alegria, aquela o smbolo da tristeza.A cor preta recorda tristeza, designa luto, relembra a morte.A Igreja veste luto na comemorao da morte de Jesus e de seus filhos. Chora-lhes a

    morte como Esposa que de Jesus e como Me que dos cristos. L est ela vestida depreto no altar a interceder e a sacrificar pelos filhos bem amados.

    6. O rseo.

    Os paramentos rseos foram introduzidos nas Igrejas ricas e so usados s duasvezes ao ano: no terceiro domingo do Advento, chamado Gaudete, e no quarto domingoda Quaresma, chamado Laetare. A origem desta cor litrgica vem disso: no domingo

    Laetare, o Papa benzia a rosa que enviaria, ora a um, ora a outro dos prncipes cristos.S mais tarde que esta cor ficou introduzida no domingo Gaudete, que apresenta

    algumas analogias litrgicas como o domingo Laetare.Estas so as cores dos paramentos na Igreja romana, que no reconhece nenhuma

    outra mais.N.B. A uniformidade exige que todas as mais peas, com o frontal, o conopu, etc.,

    sejam sempre da cor da casula, excetuado o conopu, que nunca deve ser de cor preta.

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    COISAS DO CULTO DIVINO1. A pia da gua benta.2. A aspersoCaldeirinha com o hissope.3. O cantocho ou gregoriano (cantoria).4. O incenso (naveta).

    5.

    O turbulo.6.

    O altar (fixo, mvel e porttil).7. O Tabernculo.8. As toalhas.9. O Corporal com a Bursa.10.

    A pala.11.O purificatrio.12.O manustrgio.13.O clice com o vu.14.A vela com Castial.

    1. A pia da gua benta.

    A gua benta. A beno da gua uma cerimnia litrgica antiqussima, Tertuliano, nosculo III, fala da gua santificada por meio da invocao de Deus.

    A beno mais solene da gua foi sempre a da fonte batismal, que se faz nas Viglias daPscoa e Pentecoste.

    Nos primeiros sculos muitos do povo cristo levavam s suas casas um pouco de guabenta, antes que fosse misturada com o sacro crisma, a fim de aspergir as casas e oscampos. Generalizando-se este costume, tornou-se muito cedo to grande o nmero de

    pretendentes desta gua que, no bastando a que fora benta nas duas preditas solenidades,ordenou Carlos magno em seus Capitulares (Cdigo de leis dividido em captulos) que sebenzesse a gua em todos os domingos do ano antes da Missa.

    O rito da beno da gua est cheio de belos significados. O sacerdote toma sal e gua,que primeiro exorciza, e, misturando-os em seguida, os benze recitando algumas oraes.

    Que significam estas cerimnias e matrias?A tarefa prpria do sal preservar da corrupo; a da gua purificar. O sacerdote os

    exorciza, isto , os livra de todo o contato diablico, coisa que a Igreja faz sempre que elevaalguma criatura ao uso santo. Mistura-os o sacerdote para que esta gua consagrada tenhaem si a virtude que preserva da corrupo e a que purifica. Lana-lhes a bno ainda, como sinal da cruz, que a arma da defesa contra os inimigos da salvao e a fonte de toda a

    graa. Reza, enfim, implorando a virtude de poder, mediante esta gua, expulsar o diabodas nossas almas, dos nossos corpos e das nossas casas; curar as nossas doenas e atrairsobre ns o socorro do esprito Santo.

    Possui a gua benta o poder de apagar os pecados veniais de todos os que dela seservem com f em Jesus Cristo e com o arrependimento das prprias culpas.

    Lavai-me, Senhor, sempre mais das minhas iniquidades e purificai-me dos meuspecados. (Sl 50, 4)

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    2. A aspersocaldeirinha com hissope.

    A asperso do altar e da Casa de Deus que prescrita para certas Igrejas antes decomear a Santa Missa Solene, e louvavelmente praticada nas matrizes, oncorrebelamente para instruir o povo fiel acerca de grande e importante verdade: necessrio quens nos purifiquemos antes de assistir ao Santo sacrifcio. So numerosssimas aspurificaes prescritas na Lei antiga, aos sacerdotes e ao povo que se prope a fazer suasoblaes a Deus. E, todavia, quo inferiores so os sacrifcios de Israel aos dos cristos! Anao alguma foi dado ter a divindade to perto, como o nosso Deus nos to vizinho,exclama So Toms.

    Enquanto se vai procedendo asperso, o coro canta a antfona: asperges me, Domine,hyssopo, et mundabor, lavabis me et super nivem dealbabor. Aspergi-me Senhor, com ohissope, e serei purificado; lavai-me, senhor, e serei mais alvo que a neve.

    Asperge-se primeiramente o altar, para afugentar o esprito das trevas que se introduzem toda a parte, mesmo no santurio.

    A seguir, o sacerdote se asperge a si mesmo; pois, se a pureza h de ser o condo detodos, evidente que deve ser particularmente do sacerdote, que se prope percorrer as filasdos fiis, levando-lhes as graas da purificao.

    Segue a asperso dos fiis. E, medida que vai desempenhando estas cerimnias, recitaa meia voz, com os seus ministros, o Miserere, expressando os sentimentos de penitncia,que o animam a ele e aos fiis, dispondo-se assim a receber os dons divinos.

    Durante o tempo Pascal, ou melhor, desde a Pscoa a Pentecoste, o coro canta umaoutra antfona, acompanhada da primeira estrofe, no j do Miserere mas do Salmo 117:Confitemini Domino: - Vidi aquam egredientem de templo a latare dextro, aleluia! Etomnes ad quos pervenit aqua ista salvi facti sunt et dicent: aleluia, aleluia, aleluia! Vi agua romper do lado direito do templo, aleluia! E salvaram-se todos os que foramaspergidos com esta gua; e todos diro: aleluia, aleluia, aleluia!

    Mas por que este canto durante o tempo pascal? que antigamente era nos dias dePscoa e Pentecoste que se administrava o santo sacramento do Batismo aos catecmenos.A antfona relembra os frutos salutares do sacramento da regenerao. Convida-nos a Igreja alegria e ao recolhimento, por to grande benefcio. Entende-se, por isso que estaria forade lugar o Miserere, que prprio para dias de dor e penitncia.

    Se tivssemos maior f, de certo estaramos sempre em tempo na Igreja a fim departicipar das graas da asperso!

    3. O cantocho ou gregoriano.

    O coro canta, e canta um canto todo prprio da Santa Igreja, um canto sagrado pelaelevao divina dos pensamentos e melodias.

    Longe de ser inferior a qualquer outro, o Canto Gregoriano supera a todos pelaexpresso da prece, que irrompe to intensa quo simples da alma humana que procura aDeus.

    O Canto gregoriano merece ser aqui recordado por constituir uma nota caracterstica nasanta Missa Solene, e nos demais ofcios divinos.

    O nome de cantus planus cantocho orignou-se da sua simplicidade; assim, foichamado a partir do sculo XIV, em oposio ao canto compassado e figurado que entrou alhe fazer concorrncia.

  • 7/25/2019 Curso Para Formao de Aclitos - Forma Extraordinria Do Rito Romano

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    Curso Para Formao de Aclitos na Forma Extraordinria do Rito Romano.

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    4. O incensoNaveta.

    E enquanto os ouvidos se embalam e a alma se eleva s regies superiores com assuaves melodias do cantocho, turvam os olhos e o olfato nuvens espiraladas que ascendemdo turbulo ao alto e enchem a Igreja toda.

    o incenso cuja origem, smbolo e uso despertam certo interesse, como coisainseparvel em todas as solenes funes religiosas.

    O incenso uma substancia resinosa, extrada de uma planta que cresce na Palestina ena Arbia.

    A lngua latina tem duas palavras para indicar essa substancia: a palavra thus, de umverbo grego, que significa perfumar, e a palavra incensum, de um verbo latino, que querdizer queimar, donde o termo incenso. Podemos reunir os dois significados e dizer que oincenso um perfume destinado a se consumir em honra de Deus.

    O uso do incenso era conhecido entre os Gregos e Romanos, que o ofereciam aos seusDeuses. Em sinal de honra, era queimado tambm diante de personagens ilustres. Aospoucos foi usado outrossim para incensar os bispos, depois de pessoas em geral, por fim, osprprios objetos.

    5. O turbulo.

    O turbulo um instrumento litrgico, em que crepita o fogo que devorar o incenso, edonde se evolar em nuvens aromticas. Em sua origem era o turbulo um enormeperfumador sem correntes e repleto de carvo aceso. Um mosaico de So Vital de Ravenaprova que o turbulo j era suspenso por correntes no sculo VI. Era o turbulo carregadopelos aclitos e levado ad nares hominum aos narizes dos homensque estendiam paraele as mos e recolhiam a si o fumo suave do incenso. H testemunhos que depem ter sidoo incenso usado, desde o sculo II, para perfumar as Igrejas; e s mais tarde se passou a

    usa-lo para incensar as pessoas e as cosas. A Peregrinatio Sylvias ad loca santanarra quena manh do domingo, ao canto do galo, quando o Bispo e os seus ministrantes entraram nosanturio do Atansis (Ressurreio) j alumiado por numerosssimas lmpadas, aps aorao e a salmodia, e antes que o Bispo lesse o Evangelho ao povo, eram carregadosturbulos; e a Baslica da Ressurreio ficou cheia de um suave aroma.

    O uso do incenso na liturgia ainda hoje muito frequente. usado quase em todas ascerimnias litrgicas: na Missa Solene; durante os ofcios das Laudes e das Vsperas; nasbnos do Santssimo; e, entre outras, nas grandes bnos litrgicas do ano, das velas, daPurificao, das cinzas, e das palmas.

    Falar-se- em seu lugar da incensao do altar durant