curso de agricultura orgÂnica online - infobibos...

17
Prof, Silvio R. Penteado (Eng. Agr. Ms Dr) Email: [email protected] CESAGRO- PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS PELA LEI 9.610/98 CURSO DE AGRICULTURA ORGÂNICA ONLINE Este é o curso completo sobre agricultura orgânica. Você vai ficar sabendo tudo sobre a adubação na agricultura orgânica e poderá escolher e fazer adubos na propriedade. Bom estudo, conte conosco! Prof. Silvio R. Penteado AULA 8 – NUTRIÇÃO E ADUBAÇÃO ORGÂNICA Obs. É proibido a reprodução parcial ou total de textos em publicações, revistas, jornais, etc., sem autorização expressa do autor NUTRIÇÃO E ADUBAÇÃO ORGÂNICA – FUNDAMENTOS E PRÁTICAS NESTE MÓDULO SERÁ ABORDADO Conceitos e fundamentos Como regenerar nossos solos Como adubar de forma equilibrada Como preparar adubos orgânicos Cálculo de adubação pelo equilíbrio de bases QUESTÕES Em que a nutrição do sistema orgânico diverge da nutrição convencional? Como os nitrogenados solúveis afetam o solo? O que é mais importante na calagem? Como o conhecimento da trofobiose afeta a adubação das plantas? Porque a estrutura é mais importante do que a textura do solo?

Upload: doantram

Post on 10-Nov-2018

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Prof, Silvio R. Penteado (Eng. Agr. Ms Dr) Email: [email protected]

CESAGRO- PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS PELA LEI 9.610/98

CURSO DE AGRICULTURA ORGÂNICA ONLINE

Este é o curso completo sobre agricultura orgânica. Você vai ficar sabendo tudo sobre a adubação na agricultura orgânica e poderá escolher e fazer adubos na propriedade. Bom estudo, conte conosco! Prof. Silvio R. Penteado

AULA 8 – NUTRIÇÃO E ADUBAÇÃO ORGÂNICA Obs. É proibido a reprodução parcial ou total de textos em publicações, revistas, jornais, etc., sem

autorização expressa do autor

NUTRIÇÃO E ADUBAÇÃO ORGÂNICA – FUNDAMENTOS E

PRÁTICAS

NESTE MÓDULO SERÁ ABORDADO � Conceitos e fundamentos � Como regenerar nossos solos � Como adubar de forma equilibrada � Como preparar adubos orgânicos � Cálculo de adubação pelo equilíbrio de bases

QUESTÕES • Em que a nutrição do sistema

orgânico diverge da nutrição convencional?

• Como os nitrogenados solúveis afetam o solo?

• O que é mais importante na calagem?

• Como o conhecimento da trofobiose afeta a adubação das plantas?

• Porque a estrutura é mais importante do que a textura do solo?

Prof, Silvio R. Penteado (Eng. Agr. Ms Dr) Email: [email protected]

CESAGRO- PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS PELA LEI 9.610/98

1ª Lição: CONCEITOS E FUNDAMENTOS

O VALOR DA ADUBAÇÃO ORGÂNICA Um solo saudável é um ambiente com vida. Ele está cheio de organismos vivos

como minhocas, insetos, ácaros, mamíferos e répteis (que moram no solo), nematóides, bactérias, fungos e outros microorganismos do solo.

A atividade biológica do solo é uma denominação genérica para a ação dos organismos vivos do solo, tanto animais quanto vegetais. Esses organismos têm forte influência na gênese e manutenção da organização dos constituintes do solo, principalmente nos horizontes superficiais. As raízes das plantas, por exemplo, alteram o pH do solo ao seu redor e, ao morrer e se decompor, deixam canais. Formigas, cupins e minhocas manipulam, ingerem e excretam material de solo formando microagregados e construindo poros.

O maior parte destes animais e microrganismos é benéfico ao solo e às plantas. Os fertilizantes químicos pela sua elevada concentração e acidez matam muitos destes organismos benéficos como as minhocas e as bactérias que fazem com que a matéria orgânica seja decomposta na forma de húmus.

As plantas formadas no processo orgânico tendem a ser mais saudáveis e mais

resistentes à doença e aos insetos nocivos do que as plantas crescidas com fertilizantes químicos. Por outro lado, a amônia, incluída na maioria dos fertilizantes químicos pode atrair insetos devido a seu cheiro. A liberação do excesso de nutrientes solúveis nas plantas, como radicais livres, constituem fonte de alimentos para as pragas e patógenos.

As frutas e os vegetais orgânicos são muito mais ricos em nutrientes e minerais

do que as plantas crescidas no solo quimicamente fertilizados, uma vez que os adubos orgânicos possuem a maior parte dos nutrientes essenciais exigidos pelas plantas e sua liberação é lenta no solo permitindo menor perda e maior aproveitamento.

CONCEITO DE FERTILIDADE A fertilidade da terra é a capacidade que ela tem para produzir abundantes frutos

e que depende dos nutrientes do solo, da sua natureza física e dos teores de matéria orgânica e húmus; que por sua vez é o sustento de milhares de microorganismos que são os responsáveis pela transformação dos elementos demandados pelas culturas em desenvolvimento.

Ao longo da história da humanidade, o ser humano sempre conviveu intimamente

com o solo. Em quase todas as culturas mitologicamente o solo (a terra) foi relacionado

NESTA LIÇÃO SERÁ ESTUDADO

• O valor da adubação orgânica

• Quando um solo é fértil

• Conceito de fertilidade do solo

Prof, Silvio R. Penteado (Eng. Agr. Ms Dr) Email: [email protected]

CESAGRO- PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS PELA LEI 9.610/98

com os aspectos de fertilidade, produção, sustento e proteção do qual se desenvolveu o conceito de “Mãe Terra”.

Muitas vezes a relação com o solo se dava através do extrativismo ou aprendendo

a cultivá-lo para a produção de alimentos e em outros casos utilizando-o como matéria-prima na cerâmica, na construção de casas ou na fabricação do vidro. O desenvolvimento humano sempre esteve atrelado aos solos.

Segundo a definição clássica, o solo é um complexo organizado de minerais,

matéria-orgânica, ar e água. Entretanto, o solo não serve só como meio de apoio mecânico ou substrato no qual se fixam e se nutrem as raízes das plantas, mas também como um sistema complexo de interações de organismos, de afinidade de seres que com suas ações permitem e criam condições e fatores necessários para que se desenvolvam as plantas. Estes seres (micro/macro flora e fauna) são de fato importantes agentes de constituição dentre os fatores de formação do solo.

Estima-se que em um metro quadrado de solo fértil, com 30 cm de profundidade,

contenha 1.500.000 protozoários, 21.000.000 de nematóides, 100.000 ácaros e 40.000 insetos; além de 500.000 bactérias, 400.000 fungos e 50.000 algas. Todos estes microorganismos presentes no solo participam, cada um a seu modo, na elaboração do alimento para as plantas a partir da matéria orgânica e de minerais e na fixação do nitrogênio do ar. A cobertura vegetal tem uma ação muito ativa na formação do solo na qual se destaca a proteção sobre as condições climáticas (insolação, vento, chuva e variações de temperatura, sobretudo) e a interação das raízes com os microorganismos de seu entorno. Este espaço é chamado de rizosfera e recebe os efeitos das raízes das plantas através das excreções de substâncias orgânicas que servem de alimentos aos microorganismos (fungos, bactérias e actinomicetos); que por sua vez crescem em torno da raiz produzindo enzimas que favorecem e estimulam o crescimento vegetal e a formação de antibióticos controladores de patógenos (organismos que causam doenças nas plantas).

O conceito de fertilidade em um solo é uma das maiores contribuições a

construção da Agricultura Agroecológica, de uma agricultura mais científica e menos dogmática, mais holística e menos reducionista; este enfoque tem um caráter prático porque considera os aspectos bióticos ( com vida) e abióticos (sem vida) do solo e as conseqüências de seu manejo sobre tais fatores.

Por essas razões, o solo não é um material inerte, mas ao contrário, um complexo vivo e ordenado de interações biológicas, com uma dinâmica própria de ações e reações com um metabolismo próprio e cíclico, o que nos leva a concluir que o solo é um organismo vivo.

A fertilidade natural de todos os solos depende, não só de seus minerais mas também do húmus, ambos responsáveis pela sua manutenção e conservação; além de protegê-lo da erosão, devido á inigualável capacidade de reter água que o húmus possui.

Portanto, ao contar com um solo fértil, rico em húmus e matéria orgânica e

microorganismos, obteremos cultivos mais sadios, resistentes ao ataque de insetos e com certa imunidade a doenças. A fertilidade pode, desta forma, ser comparada à saúde humana: quanto melhor nos alimentarmos, melhor resistiremos às doenças. Ao contrário, quando solo e gente se alimentam mal, ambos ficam mais propensos a adoecerem.

_________________________________________________________ Adaptado de El concepto de fertilidad; Eng. Agr. Omar Guillermo M. Hernández

Prof, Silvio R. Penteado (Eng. Agr. Ms Dr) Email: [email protected]

CESAGRO- PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS PELA LEI 9.610/98

2ª Lição: PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADUBAÇÃO

1. CONHECER O SOLO No sistema orgânico, mais importante do que aplicar adubos nos solos é

fundamental conhecer suas características e o estudo para uma correção e manejo adequados. A saúde da planta está diretamente relacionada com a saúde do solo.

� Conhecer os aspectos físicos, químicos e biológicos É importante entender o solo em seus 3 aspectos: físico, químico e biológico,

para que possamos manejá-lo de forma que ele possa oferecer tudo que as plantas necessitam para um bom desenvolvimento – ar, água, nutrientes, nas quantidades e nas épocas certas.

Para reconhecer a qualidade de um solo, dependem não somente das suas características físicas (textura, estrutura, porosidade, etc) como também pela cobertura vegetal. Elas podem indicar aspectos de deficiência e toxidez nutricional, como problemas físicos, de compactação, exemplo:

� Conhecer os componentes essenciais do solo Estudando um solo já formado nós encontramos 4 componentes: água, ar,

minerais e matéria orgânica, em diferentes proporções. A parte mineral do solo pode ser de 3 tipos: areia – partículas mais grosseiras,

silte – partículas intermediárias e argila – partículas mais finas, com carga elétrica negativa, que atraem os nutrientes com carga elétrica positiva, como o cálcio, potássio, sódio,etc.

Um solo com menos de 20% de argila é considerado arenoso; entre 20 e 40% é

areno-argiloso e com mais de 40% de argila é argiloso. Estes são os tipos de textura do solo, que nós não podemos modificar.

PLANTA CARACTERÍSTICAS INDICADORAS Beldroega Alta fertilidade Caruru Alta fertilidade Guanxuma Compactação Rúcula arroxeada Falta de fósforo e baixa CTC Sapé Elevada acidez Vassoura Solo degradado em recuperação

NESTA LIÇÃO SERÁ ESTUDADO

• Conhecer o solo

• Aspectos físicos, químicos e biológicos do solo

• Como fazer a análise do solo

• Importância dos ciclos naturais na adubação

• A Teoria da Trofobiose

• A regeneração dos solos

Prof, Silvio R. Penteado (Eng. Agr. Ms Dr) Email: [email protected]

CESAGRO- PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS PELA LEI 9.610/98

TIPOS DE SOLOS EM FUNÇÃO DA SUA TEXTURA:

a. Solos arenosos – são leves, soltos; a água, o ar e as raízes penetram com facilidade, porém, a água se movimenta muito rapidamente, tanto para as camadas mais profundas, até atingir o lençol freático, como para cima, evaporando para o ar. Como a areia não tem a capacidade da argila de segurar os nutrientes, estes são levados para as camadas mais profundas, resultando em solos pobres em nutrientes nas camadas superiores.

b. Solos argilosos – são mais pesados; a água e o ar circulam com dificuldade, oferecem maior resistência à penetração das raízes; mas, como a argila é capaz de armazenar utrientes, são solos mais ricos nas camadas superiores.

Vale aqui uma observação : o tipo de argila que se forma nas condições de

clima tropical e subtropical tem uma capacidade bem menor de reter nutrientes quando comparada com a argila que se forma em clima temperado, o que quer dizer que os nossos solos são mais pobres que os solos das regiões temperadas; mas, em compensação, os nossos solos são mais profundos e oferecem um volume muito maior para as raízes explorarem, desde que não haja nenhum impedimento para o desenvolvimento delas, como a formação de camadas adensadas, frequentes em solos altamente mecanizados – o famoso pé-de-arado.

2. CONHECER A REAÇÃO DO SOLO

Os nossos solos tem reação ácida, causada principalmente pela ação da água da chuva ou irrigação que lava o cálcio e o magnésio do solo, pela retirada de nutrientes (K, Ca e Mg) do solo pelas raízes das plantas. pela remoção através das colheitas e anteriormente pela utilização de adubos acidificantes. Além da erosão do solo, a acidez do solo desencadeia sérios efeitos para a planta e sua produtividade.

Prof, Silvio R. Penteado (Eng. Agr. Ms Dr) Email: [email protected]

CESAGRO- PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS PELA LEI 9.610/98

Outro efeito negativo é a presença de alumínio, elemento tóxico para as plantas que prejudica o crescimento das raízes e aos baixos teores de cálcio e magnésio do solo, nutrientes essenciais para as plantas. A determinação da necessidade da correção ou seja a calagem é feita pela análise de solo, que deve ser efetuada cada 1 a 2 anos. A quantidade empregada de calcário no sistema orgânico não ultrapassa 2,0 toneladas/ha/ano. O mais importante ao fazer os cálculos da calagem é considerar o equilíbrio dos nutrientes no solo, como a relação Ca/Mg e MG/K, pois afetam todos os processos nutricionais e de resistência da planta. Como regra geral no sistema orgânico, a calagem deve elevar o pH do solo a níveis em torno ou pouco superiores a 6 (solos levemente ácidos a neutros). Nesta faixa de pH não ocorre a toxidez do alumínio e manganês para as plantas, a disponibilidade dos nutrientes s é mais equilibrada e a atividade dos microorganismos que dão vida ao solo é maior.

3. FAZER ANÁLISE DO SOLO

A análise do solo é fundamental para saber as condições do solo (nutrientes, pH, etc) para que possamos oferecer para a planta condições adequadas para uma boa produtividade e sanidade. Para retirar as amostras, subdividir a área a ser amostrada em glebas ou talhões homogêneos quanto à cor do solo, textura (maior ou menor presença de areia), grau de drenagem, tipo de vegetação ou cultura anterior, declividade, histórico de uso e manejo.

COMO RETIRAR AS AMOSTRAS: As amostragens devem ser feitas coletando-se amostras simples em 20 pontos ao acaso. Caminhar em ziguezague, em cada gleba ou talhão homogêneo. Misturando-se bem as amostras simples, obtém-se uma amostra composta, da qual separam-se mais ou menos 300 gramas em saco plástico limpo Estas devem ser colocadas dentro de outro saco plástico, junto com a etiqueta de identificação da amostra Anexar uma ficha com as informações adicionais que ajudam na interpretação dos resultados da análise.

PROFUNDIDADE DAS AMOSTRAS: É recomendável, também, proceder de vez em quando, a amostragem de camadas mais profundas do solo (20 a 40 cm e às vezes de 40 a 60 cm). Objetivo: detectar a ocorrência de barreiras físicas (pedregosidade, compactação) ou químicas (toxidez de alumínio, deficiência de cálcio), que impedem o crescimento radicular em profundidade, limitando a absorção de nutrientes e água. Nesse caso o número de amostras simples que irão formar a amostra composta pode ser reduzido à metade.

CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES: Não coletar amostras próximo a casas, brejos, voçorocas, caminhos de pedestres, formigueiros etc. Nunca utilizar recipientes usados ou sujos como sacos de adubo, cimento, embalagens de defensivos e outros. A época de coleta ideal para culturas anuais é no início do período de seca e com boa antecedência em relação ao plantio, para planejar e comprar os calcários e adubos.

Para culturas perenes em produção, a amostragem deve ser feita preferencialmente logo após a colheita. A análise, na mesma gleba, deve ser repetida em intervalos que variam de 1 a 4 anos. As áreas cultivadas intensivamente (2 ou mais safras por ano) ou de altas produtividades devem ser analisadas anualmente.

Prof, Silvio R. Penteado (Eng. Agr. Ms Dr) Email: [email protected]

CESAGRO- PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS PELA LEI 9.610/98

Prof, Silvio R. Penteado (Eng. Agr. Ms Dr) Email: [email protected]

CESAGRO- PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS PELA LEI 9.610/98

Prof, Silvio R. Penteado (Eng. Agr. Ms Dr) Email: [email protected]

CESAGRO- PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS PELA LEI 9.610/98

3. TEORIA DA TROFOBIOSE

Esta teoria é um dos princípios básicos da agricultura orgânica. Destacam-se como autor, o pesquisador Francis Chaboussou, que publicou em 1980, Les plantes malades des pesticides, traduzido para o português como "Plantas doentes pelo uso de agrotóxicos”. Esta obra contém a teoria da trofobiose, que é hoje um dos pilares ou fundamentos da agricultura orgânica para explicar o comportamento da planta ante ao desequilíbrio nutricional e ao ataque de pragas e patógenos.

TROFOBIOSE : TROFOS = ALIMENTOS - BIOSE = EXISTÊNCIA DE VIDA

Na sua obra, Francis Chaboussou, afirma que a presença de pragas ou patógenos não é a causa principal das plantas serem atacadas ou doentes, porém o desequilíbrio pelo emprego inadequado de adubos de alta solubilidade ou dos agrotóxicos, que afetam os seus mecanismos de defesa, liberando os radicais livres.

Ele procura mostrar que uma planta em bom estado nutricional, sem excessos de nutrientes, torna-se mais resistente ao ataque de pragas e doenças. Outro ponto que o autor destaca é que o uso de agrotóxicos causa um desequilíbrio nutricional e metabólico à planta, deixando-a mais vulnerável e causando alterações na qualidade biológica do alimento.

Segundo esta teoria o ser vivo somente sobrevive se encontra alimento adequado disponível Quando a planta absorve os nutrientes, eles são metabolizados e armazenados na forma de proteínas, processo denominado de Proteossíntese. As proteínas constituem-se de cadeias complexas, que os insetos nocivos e os patógenos não conseguem desdobrar, pois alimentam-se de substâncias simples. Nestas condições, as pragas e patógenos tem baixa disponibilidade de alimentos, fator desfavorável para o crescimento da sua população

No entanto, no manejo incorreto das plantas, quando são aplicados adubos solúveis ou são empregados agrotóxicos, este processo é afetado, liberando os nutrientes na forma de açucares, aminoácidos (radicais livres), que são alimentos disponíveis para os insetos nocivos e patógenos, favorecendo seu desenvolvimento e ataque nas plantas. Na avaliação correta, a presença destes agentes danosos são a conseqüência de um manejo incorreto, não a causa principal.

Prof, Silvio R. Penteado (Eng. Agr. Ms Dr) Email: [email protected]

CESAGRO- PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS PELA LEI 9.610/98

4. IMPORTÂNCIA DOS CICLOS NATURAIS NA ADUBAÇÃO Nos ciclos naturais do Nitrogênio e da Decomposição da Matéria Orgânica que

ocorrem constantemente na natureza, conforme já foi detalhado em lições anteriores, estão as principais fontes de nutrientes para as plantas. O produtor orgânico deve levar em conta essa ajuda da natureza e obter nutrientes saudáveis, de baixo custo e de alto valor nutritivo para as plantas.

Prof, Silvio R. Penteado (Eng. Agr. Ms Dr) Email: [email protected]

CESAGRO- PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS PELA LEI 9.610/98

5. A REGENERAÇÃO DOS SOLOS

Conforme sua própria denominação e princípios, a agricultura orgânica, emprega os nutrientes na forma orgânica. O objetivo é que o produtor regenere o solo com matéria orgânica, de forma que o mesmo solo vivo forneça os nutrientes necessários para as plantas, sem necessidade de contínuas incorporações, como ocorre na agricultura convencional.

O produtor deve em primeiro lugar buscar a vivificação do solo, estimulando a

presença da biovida, ou seja macro e microrganismos. Desta forma as plantas poderão mobilizar todos os nutrientes disponíveis no solo e crescer saudáveis.

� Melhorar a estrutura do solo Tornamos um solo fertíl não com aplicação de adubos químicos de alta

solubilidade, mas melhorando as suas condições, de tal forma que a plantas possa desenvolver-se e produzir.

Não podemos modificar a textura de um solo, como visto acima, no entanto, existe um outro fator muito mais importante para a fertilidade que é a estrutura do solo, e ela nós podemos construir, manter ou destruir um solo ideal.

O melhor da fertilidade do solo é a sua estrutura. Ela é mais importante que a textura e a riqueza de nutrientes. As raizes das plantas precisam de ar no solo e água, que ocupam os espaços vazios.

Um solo é estruturado quando as partículas de areia, silte e argila estão ligadas, formando blocos maiores - os grumos ou agregados, os quais deixam entre si espaços maiores – os macroporos, que são de imensa importância para a circulação do ar e da água.

Os macroporos permitem a circulação do ar. No interior dos agregados os espaços são bem menores – os microporos, que são muito importantes para a retenção de água através do efeito da capilaridade. Os grumos se formam pela ação cimentante de várias substâncias entre as quais destacamos o húmus, que é um dos produtos da decomposição da matéria orgânica.

A textura de um solo não pode ser modificada, porém a sua estrutura sim. A

estrutura do solo, consiste na formação de agregados de areia, silte e argila. Este são cimentados pela ação do humus. Esta estrutura dá condição de macro e microporos, que permitem a presença de ar e água no solo.

� Melhorar com a matéria orgânica A matéria orgânica presente nos solos é formada por restos animais e vegetais

em diferentes fases de decomposição, decomposição esta realizada pelos organismos decompositores – a micro e mesovida do solo – fungos, bactérias, minhocas, cupins, etc. Portanto, a matéria orgânica é o alimento da vida do solo e como ela está em constante decomposição, nós precisamos também repô-la com frequência.

Durante a decomposição são liberados nutrientes, água e gás carbônico, e são

formadas outras substâncias orgânicas entre as quais o húmus, que além de funcionar como cimento na formação dos agregados de areia-silte-argila, tem também a mesma capacidade da argila de atrair e reter nutrientes, só que em grau muito mais elevado.

Prof, Silvio R. Penteado (Eng. Agr. Ms Dr) Email: [email protected]

CESAGRO- PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS PELA LEI 9.610/98

A matéria orgânica tem a capacidade de reter duas a três vezes maior o seu volume a água, que será fornecido para as plantas e para a vida de toda flora e fauna presente no solo, assim como manter a sua temperatura em condições adequadas à vida.

As plantas cultivadas em solos adubados com matéria orgânica são mais

resistentes às pragas e às doenças por dois motivos principais: estão nutricionalmente equilibradas porque recebem todos os nutrientes que necessitam, tanto macro como micronutrientes, sem falta nem excesso; a atividade biológica produz diversas outras substâncias, inclusive antibióticos, que protegem as plantas dos microorganismos que causam doenças.

� Melhorar com a atuação do humus O húmus melhora não apenas as propriedades físicas do solo, através da sua

estruturação, mas também melhora as suas propriedades químicas, isto tanto nos solos arenosos como nos solos argilosos. Mas, nas condições de clima tropical e sub-tropical, o húmus não é estável, ele não se acumula como nos solos de clima temperado; pelo contrário, ele continua sendo decomposto em nutrientes, água e gás carbônico, através da atividade das bactérias do solo, o que resulta na perda da estrutura dos agregados e no comprometimento da fertilidade, diretamente ligada à essa estrutura.

No sistema orgânico, é recomendado o emprego do humus sempre em complementação com a aplicação de elevadas quantidades de matéria orgânica, como compostos orgânicos, que permitem a sobrevida da fauna do solo, como macro e microrganismos.

Prof, Silvio R. Penteado (Eng. Agr. Ms Dr) Email: [email protected]

CESAGRO- PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS PELA LEI 9.610/98

3ª Lição: CONCEITOS DE NUTRIÇÃO DAS PLANTAS

a. NUTRIENTES ESSENCIAIS PARA AS PLANTAS

Um elemento é considerado essencial para as plantas quando satisfaz dois critérios de essencialidade:

a) Direto - O elemento participa de algum composto ou de alguma reação, sem os quais a planta não vive.

b) Indireto - Muitos elementos químicos são indispensáveis à vida vegetal, os elementos não podem ser substituídos por nenhum outro, sem eles, as plantas não conseguem completar o seu ciclo de vida.

Os elementos essenciais para as plantas são considerados em número de 16. Os elementos essenciais carbono-C, oxigênio-02 e hidrogênio-H, constituem em torno de 95% do peso das plantas e têm origem na água e no ar, sendo denominados de macronutrientes orgânicos. Os demais elementos essenciais, no total de treze, por terem em geral origem no solo, são denominados nutrientes minerais e são classificados em:

Macronutrientes primários: Nitrogênio-N, Fósforo-P, Potássio-K

Macronutrientes secundários: Enxofre-S, Cálcio- Ca, Magnésio- Mg

Micronutrientes: Boro-B, Cloro- Cl, Cobre-Cu, Ferro-Fe, Manganês-Mn, Molibdênio- Mo, Zinco- Zn

Outros nutrientes como o sódio, silício e o cobalto são considerados elementos essenciais apenas para algumas espécies.

A separação entre macro e micronutrientes baseia-se apenas na matéria seca, a qual vai ser refletida nas quantidades exigidas, contidas ou fornecidas, pelo solo, pelo adubo ou ambos.

NESTA LIÇÃO SERÁ ESTUDADO

• Conheça os nutrientes, sua função e Importância dos nutrientes para as plantas

• A importância do equilíbrio dos nutrientes na nutrição das plantas.

• A relação entre os nutrientes no sistema ecológico e orgânico.

Prof, Silvio R. Penteado (Eng. Agr. Ms Dr) Email: [email protected]

CESAGRO- PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS PELA LEI 9.610/98

b. FUNÇÕES DOS NUTRIENTES NAS PLANTAS- Fonte: E. MALAVOLTA 1985. A seguir são descritos os papéis funcionais dos macro e micronutrientes:

NUTRIENTES FUNÇÃO

Nitrogênio Componente do citoplasma, enzimas e coenzimas. Maior vegetação e perfilhamento. Aumenta o teor de proteína. Favorece o vigor e o desenvolvimento das plantas e dos frutos. Diminui a resistência à secas, geadas, pragas e moléstias.

Fósforo Armazenamento e fornecimento de energia. Favorece e acelera o desenvolvimento do sistema radicular. Aumenta o florescimento e a frutificação. Ajuda a fixação simbiótica do nitrogênio.

Potássio Efeito coloidal (promove a hidratação), armazenamento de energia (fosforilação) açúcar e amído, fotossíntese e respiração, síntese de aminoácidos e proteínas, abertura de estômatos, translocação de carboidratos. Favorece a formação dos frutos e sua resistência.

Cálcio Regulação da hidratação, ativação de enzimas, desenvolvimento e funcionamento das raízes. Aumenta a resistência a pragas e moléstias. Auxilia na fixação simbiótica do nitrogênio; maior pegamento das floradas.

Magnésio Regulação da hidratação, ativação de enzimas (respiração e síntese de proteínas), armazenamento e transferência de energia. Colabora com o fósforo.

Enxofre Componente do citoplasma e proteínas (inclusive enzimas). Aumenta a vegetação e a frutificação; aumenta o teor de óleos, gorduras e proteínas. Ajuda na fixação simbiótica do Nitrogênio.

Boro Organização e funcionamento de membranas (atividade de ATPase e absorção iônica. Germinação do grão de pólen e crescimento do tubo polínico. Favorece o florescimento e expressão sexual. Elongação celular, divisão e metabolismo de ácidos nucléicos. Aumenta a granação. Metabolismo de auxinas (AIA), fenóis e lignificação (parede). Transporte de carboidratos e auxina. Ativação do zinco. Colabora com o cálcio.

Cobalto Fixação do nitrogênio. Controle hormonal (ácido abcísico etileno). Maior crescimento de raízes.

Prof, Silvio R. Penteado (Eng. Agr. Ms Dr) Email: [email protected]

CESAGRO- PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS PELA LEI 9.610/98

Cloro Absorção iônica (atividade de ATPase) Ajustamento osmótico. Atividade osmótica. Movimentos foliares.

Cobre Aumenta a resistência às doenças. Menor esterilidade masculina (cereais). Favorece o metabolismo de fenóis e a lignificação. Formação do grão de pólen e fertilização. Nodulação e fixação de nitrogênio.

Ferro Fixação de nitrogênio. Síntese de clorofila. Desenvolvimento dos cloroplastos. Desenvolvimento dos ribossomos e síntese protéica.

Manganês Aumenta a resistência a algumas doenças. Biossíntese de clorofila, de glicolipídeos e ácidos graxos na membrana dos cloroplastos. Manutenção da integridade funcional da membrana cloroplasmática. Controle hormonal (AIA). Síntese de proteínas e RNA.

Molibdênio Fixação simbiótica do nitrogênio. Formação dos grãos de pólen. Metabolismo de proteínas e de ácidos nucléicos. Absorção e transporte de ferro.

Silício Redução na toxidez de manganês, ferro e outros elementos. Esterificação do fósforo. Metabolismo de fenóis. Composição da parede celular. Aumenta a proteção contra pragas e moléstias. Reduz a taxa de transpiração. Composição da parede do grão de pólen e fertilização.

Sódio Acumulação de oxalato. Substituição parcial do potássio. Abertura estomatal. Regulação atividade de redutase de nitrato. Exigência pelas plantas com via C4 na fotossíntese. Indução do metabolismo das crassuláceas. Manutenção do balanço da água.

Zinco Estimula o crescimento e a frutificação. Promoção da síntese do citocromo C. Formação de amido. Metabolismo de fenóis e parede do xilema. Estabilização dos ribossomos. Metabolismo de proteínas e de ácidos nucléicos. Inibição da RNAase. Aumento no tamanho e multiplicação celular. Fertilidade do grão de pólen.

Prof, Silvio R. Penteado (Eng. Agr. Ms Dr) Email: [email protected]

CESAGRO- PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS PELA LEI 9.610/98

C. EQUILÍBRIO NA NUTRIÇÃO A procura por um alimento com maior valor biológico e com propriedades

organolépticas melhores, fez com que surgissem outras formas mais equilibradas de fertilização dos solos que levam em conta as proporções dos nutrientes no solo e não só os teores totais.

No sistema orgânico deve-se fazer constantemente a análise do solo e foliar,

quantas vezes forem necessárias, para que os teores dos nutrientes esteja enquadrados em níveis adequados, mantendo assim o equilíbrio e saúde da planta.

No plantio, quando forem incorporados adubos verdes, estercos e compostos

orgânicos, é geralmente recomendada a análise foliar para justificar a aplicação em cobertura de adubos orgânicos de cobertura.

Sabe-se que o cálcio e o magnésio têm uma estreita relação com a absorção do

potássio e, conseqüentemente, com o ataque de pragas e doenças. Da mesma forma, o enxofre com o nitrogênio, o boro com o cálcio e o potássio, o zinco com o fósforo, entre outras relações que, direta ou indiretamente, afetam a produção e a sanidade das culturas e criações.

Nesse novo enfoque se diz equilíbrio de bases do solo e não calagem, onde os

diferentes tipos de calcário serão utilizados com mais critério e não apenas o econômico. A Tabela abaixo apresenta os níveis e relações considerados ideais para os

nutrientes no solo.Na fase de conversão ou implantação do sistema orgânico, não há necessidade rígida de colocar todos os nutrientes nas proporções ideais logo no primeiro ano, pois ao se acrescentarem adubos orgânicos e verdes, os microrganismos passam pôr um período de ajuste, até atingir o equilíbrio do solo. Tabela: Proporção, teores e relações entre nutrientes do solo para a agricultura orgânica. NUTRIENTES NÍVEIS ADEQUADOS NO

SOLO OBSERVAÇÃO

Matéria Orgânica

Elevar para 5% Abaixo de 2,5 % os microrganismos do solo não encontram alimento para sua sobrevida.

% Capacidade de Troca Catiônica (CTC)

• Cálcio: 70 a 85 % • Magnésio: 12 a 18% • Potássio: 3 a 5% • Hidrogênio: menos de

5%.

A matéria orgânica no solo, favorece a troca catiônica. Além disso, poderemos ativar a vida e as raízes, com maior disponibilidade dos nutrientes para as plantas.

pH ideal 5,8 a 6,8 O pH elevado torna indisponível os

micronutrientes. O pH ideal está em torno de 6,0

Relações • Cálcio/Magnésio: 5:1 a

7:1 • Magnésio/Potássio: 2:1

O cálcio na agricultura orgânica tem maior importância como nutriente.

Prof, Silvio R. Penteado (Eng. Agr. Ms Dr) Email: [email protected]

CESAGRO- PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS PELA LEI 9.610/98

Potássio • Solos leves: 3,5%

• Solos médios 3,0% • Solos pesados 3,0%

• Fósforo Mínimo 25 ppm, com 3%

M.O. Ideal: 50 ppm solúvel

Relação fósforo disponível/fixado: 1/2

Enxofre 25 ppm Relação S: ideal 1:10 Micronutrientes • Zinco (Zn): 5 ppm

• Manganês (Mn): 20 ppm • Ferro (Fe): 20 ppm • Cobre (Cu) 2 ppm • Boro (B): 2 ppm

Os micronutrientes molibdênio, cobalto, silício, selênio, cloro: podem ser fornecidos ao solo através de pós de rochas magmáticas.Devem ser fornecidos em dose homeopáticas ao solo.

EQUILÍBRIO NA APLICAÇÃO DOS ADUBOS ORGÂNICOS A aplicação de adubos na agricultura orgânica é feita com bastante critério pois do seu equilíbrio nutricional depende a maior parte da resistência da planta ás pragas, doenças e sinistros naturais. Deve ser considerado que utilizar biofertilizantes, compostos orgânicos ricos (Bokashi), resíduos agro-industriais e estercos ricos em nitrogênio para repor nutrientes, poderá ser tão prejudicial quanto empregar adubos solúveis. CONCENTRAÇÃO DOS NUTRIENTES NO ADUBO ORGÂNICO •O adubo orgânico deve ser observado e analisado e antes da aplicação ao solo. •Informações: teor de umidade, teor de nutrientes e quanto à presença de contaminantes químicos (metais pesados), físicos (principalmente sementes de ervas invasoras) e biológicos (agentes patogênicos). •Quando adquirir adubos orgânicos de fora da propriedade, precisa ser comunicado à certificadora. •O teor dos nutrientes no adubo orgânico é baixo, requerendo quantidades elevadas •O custo é mais do adubo orgânico elevado quando não há disponibilidade do material no local, incluindo ainda os custos de transporte e de aplicação. •Recomenda-se cautela no planejamento de implantação orgânica, levando em conta um programa de adubação orgânica. CONHEÇA O ADUBO ORGÂNICO • O adubo orgânico pode ter origem : vegetal (gramínea ou leguminosa) ou animal • Pode estar totalmente estabilizado /curtido/ decomposto, semi-decomposto ou crú (não curado) • É importante no adubo orgânico sua relação Carbono/Nitrogênio = C/N • Para uso deve estar comprovadamente livre de contaminantes: químicos, físicos e biológicos • Para uso deve ter o conhecimento do teor de nutrientes na matéria seca • Verificar sempre a possibilidade de efeitos alelopáticos, que pode ser benéfico ou prejudicial para as culturas que serão instaladas.