cultura do milho

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 CULTURA DO MILHO Fitotecnia I

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CULTURA DO MILHO

Fitotecnia I

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ECOFISIOLOGIA E FENOLOGIA Comparado com outras plantas

cultivadas, o milho (Zea mays ) mostra

grandes avanços nas diversas áreas doconhecimento agronômico, bem comonas áreas concernentes à ecologia e

etnobiologia, permitindo melhorcompreensão de suas relações com omeio ambiente e com o homem.

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ECOFISIOLOGIA E FENOLOGIA Tais interações são fundamentais para

o exercício da previsão de

comportamento da planta, quandosubmetida a estímulos e açõesnegativas advindas da atuação de

agentes bióticos e abióticos no sistemaprodutivo.

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2. Ecofisiologia e elementos do

clima Como planta tropical, o milho exige,

durante seu ciclo vegetativo, calor e

umidade para se desenvolver e produzirsatisfatoriamente, proporcionandorendimentos compensadores.

 A fotossíntese, respiração, transpiraçãoe evaporação são funções diretas daenergia disponível no ambiente.

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2. Ecofisiologia e elementos do

clima Atualmente, devido ao melhoramento

vegetal e técnicas modernas de cultivo,

o milho é cultivado em regiõescompreendidas entre 58º latitude Norte(Canadá e antiga URSS) a 40º de

latitude Sul (Argentina), em diversasaltitudes (desde o nível do mar até maisde 2.500 m de altitude, nos Andes).

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2. Ecofisiologia e elementos do

clima Para a cultura do milho, existem muitos

estudos sobre suas exigências

climáticas, para obter o aumento dorendimento agrícola.

Podem ser apontadas algumas

condições ideais para odesenvolvimento desse cereal:

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2. Ecofisiologia e elementos do

climai. no momento da semeadura, o solo deve

ter temperatura > 10ºC e umidade

próxima à capacidade de campo;ii. durante o crescimento e

desenvolvimento das plantas, a

temperatura do ar deve estar perto de25ºC, o solo com disponibilidade deágua e luminosidade adequada;

 

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2. Ecofisiologia e elementos do

climaiii. temperatura e luminosidade

favoráveis, alta disponibilidade de

água no solo e umidade relativa do ar> 70% para floração e enchimento dosgrãos;

iv. período predominantemente seco deveocorrer por ocasião da colheita.

 

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2. Ecofisiologia e elementos do

clima2.1. Temperatura Um dos fatores de produção mais

importantes e decisivos para odesenvolvimento do milho: regiões cujoverão apresenta temperatura média

diária <19ºC e noites com temperaturamédia <12,8ºC não são recomendadas para a cultura do milho .

 

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2. Ecofisiologia e elementos do

clima Temperaturas do solo <10ºC ou >42ºC

prejudicam a germinação, enquanto

entre 25 e 30ºC ocorrem condiçõesótimas para os processos degerminação da semente e emergência

das plântulas.

 

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2. Ecofisiologia e elementos do

clima No período de florescimento e

maturação, temperaturas médias diárias

>26ºC podem promover a aceleraçãodessas fases, assim como temperaturas<15,5ºC podem prontamente retardá-

las: a cada grau >21,1ºC nos primeiros60 dias após a semeadura, oflorescimento é apressado 2 a 3 dias.

 

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2. Ecofisiologia e elementos do

clima O rendimento do milho pode ser

reduzido, bem como alterada a

composição proteica dos grãos, quandoocorrerem temperaturas >35ºC.

Este efeito está relacionado com a

diminuição da atividade da redutase donitrato, interferindo no processo detransformação de nitrogênio.

 

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2. Ecofisiologia e elementos do

clima O aumento da temperatura contribui

para diminuição da taxa fotossintética

líquida, em função do aumento darespiração, interferindo diretamente naprodução. Temperaturas elevadas à

noite (>24ºC) promovem consumoenergético elevado, diminuindo o saldode fotoassimilados.

 

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2. Ecofisiologia e elementos do

clima Da mesma forma, temperaturas >32ºC

reduzem a germinação do grão de

pólen na ocasião de sua emissão. A maioria dos genótipos atuais de milho

não se desenvolve em temperaturas

<10ºC, considerada a temperatura basal para a espécie .

 

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2. Ecofisiologia e elementos doclima

Em função de suas etapas dedesenvolvimento, o milho deve

acumular quantidades distintas decalor, chamadas de unidades calóricas(UC), unidades térmicas de

desenvolvimento (UTD) ou graus-dia(GD).

 

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2. Ecofisiologia e elementos doclima

Conceito: grau-dia é a diferença entre atemperatura média diária e a

temperatura mínima ou temperaturabase exigida por uma espécie.

Pode variar de acordo com a cultivar

(ou híbrido), e existem muitas críticas àprecisão de sua estimativa.

 

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2. Ecofisiologia e elementos doclima

Contudo, mesmo com as limitações doconceito de graus-dia, ainda é um

índice bioclimático muito útil,principalmente para caracterizar osmateriais vegetais quanto à duração

dos subperíodos e do ciclo, emassociação com a temperatura do ar.

 

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2. Ecofisiologia e elementos doclima

2.2. Luz O milho responde com altos

rendimentos a crescentes intensidadesluminosas, em virtude de pertencer àsplantas com fotossíntese C4, o que lheconfere alta produtividade biológica.

É uma planta de dias curtos, e diaslongos atrasam seu florescimento.

 

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2. Ecofisiologia e elementos doclima

2.2. Luz Contudo, redução de 30 a 40% da

intensidade luminosa causa um atrasona maturação de grãos, principalmenteem cultivares tardios, que são mais 

sensíveis à carência de luz .

 

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2. Ecofisiologia e elementos doclima

2.2. Luz A maior sensibilidade à variação da

luminosidade ocorre no início da fasereprodutiva, 10 a 15 dias após oflorescimento: se houver redução da

luminosidade, ocorre redução dadensidade dos grãos (massa específica).

 

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2. Ecofisiologia e elementos doclima

2.2. Luz O aproveitamento efetivo da luz pelo

milho é influenciado pela distribuiçãoespacial das plantas na área, peloarranjo das folhas na planta e pela

extensão da área foliar presente.

 

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2. Ecofisiologia e elementos doclima

2.2. Luz O aproveitamento efetivo da luz solar

pode ser incrementado pela melhordistribuição espacial de plantas na área,mediante combinações adequadas, o

espaçamento entre linhas e o númerode plantas, não ultrapassando apopulação de 65.000 plantas/ha.

 

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2. Ecofisiologia e elementos doclima

2.3. Vento A incidência de ventos em lavouras de

milho pode aumentar a demanda de água por parte da planta, tornando-amais suscetível aos períodos curtos deestiagem.

 Além disso, o vento pode causar oacamamento da cultura.

 

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2. Ecofisiologia e elementos doclima

2.3. Vento Ventos frios ou quentes podem causar

falhas na polinização , constituindo-seimportante fator limitante. Quando submetidas a ventos, plantas

de milho com 4 a 10 folhas podem terprejuízo no crescimento edesenvolvimento.

 

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2. Ecofisiologia e elementos doclima

2.4. Água Praticamente todos os processos

metabólicos da planta são influenciadospela presença de água. Se deficiências hídricas iniciais

prejudicam a germinação, deficiênciasposteriores podem paralisar ocrescimento da planta.

 

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2. Ecofisiologia e elementos doclima

2.4. Água No milho, as maiores exigências de

água se concentram na fase deemergência, florescimento e formaçãodo grão; mas o período crítico está

entre 15 dias antes e 15 dias depois doaparecimento da inflorescênciamasculina (pendão).

 

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2. Ecofisiologia e elementos doclima

2.4. Água A cultura do milho exige um mínimo de

350-500 mm de precipitação no verão,para que produza a contento, sem anecessidade de fazer irrigação.

 A falta de água interfere nos processosde síntese de proteína e RNA.

 

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2. Ecofisiologia e elementos doclima

2.4. Água Da mesma forma, estresses hídricos

podem reduzir o vigor vegetativo e aaltura da planta, bem como a produçãoe fertilidade do pólen; também ocorre

alteração do sincronismo deflorescimento das inflorescênciasmasculinas e femininas.

 

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2. Ecofisiologia e elementos doclima

2.4. Água Para alguns autores, a ocorrência de

ligeiros estresses hídricos, no início dodesenvolvimento da cultura, podeconcorrer para estimular um maior

desenvolvimento radicular das plantas,desde que o solo abaixo de 20 cm dasuperfície tenha água disponível.

 

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2. Ecofisiologia e elementos doclima

2.4. Água Por ocasião do pendoamento, períodos

de deficiência hídrica de uma semanapodem promover queda de 50% naprodução, ao passo que sob as mesmas

condições, deficiência hídrica posterior à polinização acarretará danos de 25a 32%.

 

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2. Ecofisiologia e elementos doclima

2.4. Água O consumo de água por parte do milho,

em clima quente e seco, raramentesupera 3,0 mm/dia, enquanto a plantaestiver com altura < 30 cm. Todavia,

entre o espigamento e a maturação, oconsumo pode subir para 5,0 a 7,5 mmdiários (e até mesmo 10 mm/dia).

 

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2. Ecofisiologia e elementos doclima

2.4. Água A quantidade de água disponível para a

cultura encontra-se na dependência daprofundidade explorada pelas raízes, dacapacidade de armazenamento de água

do solo e da densidade radicular daplanta.

 

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2. Ecofisiologia e elementos doclima

2.4. Água Portanto, o manejo racional do solo e

da cultura reveste-se de sumaimportância para o crescimento edistribuição do sistema radicular,

favorecendo o aproveitamento eficienteda água no processo produtivo.

 

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2. Ecofisiologia e elementos doclima

2.4. Água Existem diferenças acentuadas na

profundidade efetiva da extração dasolução do solo pelas raízes dasculturas anuais: em regiões tropicais, a

profundidade efetiva das raízesraramente ultrapassa 30 cm, e emtemperadas, supera 1,0 m.

 

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2. Ecofisiologia e elementos doclima

2.4. Água Entretanto, para estimar o fator

umidade no clima de uma região, éindispensável considerar as perdashídricas através da evapotranspiração.

O cálculo da evapotranspiraçãopotencial segue o método deThornthwaite (1948).

 

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2. Ecofisiologia e elementos doclima

2.4. Água O balanço hídrico é o balanço entre a

precipitação e a evapotranspiração, epode indicar de forma mais consistentea disponibilidade hídrica de uma região,

ao longo do ano.

 

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3. FENOLOGIA DO MILHO

O milho tem ciclo vegetativo variado,evidenciando desde genótipos

extremamente precoces, cujapolinização pode ocorrer 30 dias após aemergência, até aqueles cujo ciclo vital

pode alcançar 300 dias. Nas condições brasileiras, o ciclo varia

de 110 a 180 dias.

 

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3. FENOLOGIA DO MILHO

Os genótipos são caracterizados emsuperprecoce, precoce e tardio, período

compreendido entre semeadura ecolheita. De modo geral, o ciclo da cultura

compreende as seguintes etapas dedesenvolvimento:

 

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3. FENOLOGIA DO MILHO

i. germinação e emergência: períodoentre a semeadura e o efetivo

aparecimento da plântula, que podevariar, em função da temperatura, de 5a 12 dias de duração;

 

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3. FENOLOGIA DO MILHO

ii. crescimento vegetativo: períodocompreendido entre a emissão da 2ª

folha e o início do florescimento. Etapacom extensão variável, sendo este fatocomumente empregado para

caracterizar os tipos de cultivares demilho quanto ao comprimento do ciclo;

 

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3. FENOLOGIA DO MILHO

iii.florescimento: período compreendidoentre o início da polinização e o início

da frutificação, cuja duração raramenteultrapassa 10 dias;iv.frutificação: período compreendido

desde a fecundação até o enchimentocompleto dos grãos, durando entre 40e 60 dias;

 

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3. FENOLOGIA DO MILHO

v.maturidade: período compreendidoentre o final da frutificação e o

aparecimento da camada negra, sendoeste relativamente curto e indicativo dofinal do ciclo de vida da planta.

 

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3. FENOLOGIA DO MILHO

Para maior facilidade de manejo eestudo, bem como para possibilidade do

estabelecimento de correlações entreelementos fisiológicos, climatológicos,fitogenéticos, entomológicos,

fitopatológicos e fitotécnicos com odesenvolvimento da planta, o ciclo domilho foi dividido em 11 estádios.

 

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3. FENOLOGIA DO MILHO

Os estádios de crescimento edesenvolvimento anteriores ao 

aparecimento das espigas sãoidentificados pela avaliação do númerode folhas plenamente expandidas ou

desdobradas (quando apresenta a linhade união lâmina-bainha, ou “colar”,

facilmente visível).

 

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4. FISIOLOGIA DO MILHO

O milho possui elevado potencial eacentuada habilidade fisiológica na

conversão de carbono mineral emcompostos orgânicos, os quais sãotranslocados das folhas e de outros

tecidos fotossinteticamente ativos(fonte) para locais onde serãoestocados (dreno).

 

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4. FISIOLOGIA DO MILHO

 As relações fonte-dreno podem sertremendamente alteradas pelas

condições de solo, clima, estádiofisiológico e nível de estresse da cultura. O rendimento de grãos de uma cultura

de milho pode ser expresso pelaequação:

 

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4. FISIOLOGIA DO MILHO

 Y= Ri.Ei.Ec.p, onde: Ri: radiação incidente; Ei: eficiência de interceptação daradiação; Ec: eficiência de conversão da radiação

interceptada pela biomassa vegetal; e P: partição de fotoassimilados a partes

de interesse comercial.

 

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4. FISIOLOGIA DO MILHO

 Assim, a radiação incidente é função dalocalização geográfica da área de

produção (latitude, longitude e altitude),bem como da época de semeadura aolongo do ano. 

Este fato é citado na Tabela 1 (ALFONSI,1991). 

 

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4. FISIOLOGIA DO MILHO

 A eficiência da interceptação depende da idade da planta, da

arquitetura foliar, do arranjo espacial deplantas e da população empregada, aopasso que a eficiência de conversão 

depende, principalmente, datemperatura, estado nutricional eequilíbrio hídrico das plantas. 

 

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4. FISIOLOGIA DO MILHO

 A partição dos fotoassimilados é,sobretudo, função do genótipo e das

relações de fonte-dreno. Como a temperatura afeta a eficiência de

conversão, é preferível usar a taxa de

crescimento por unidade de tempotérmico como medida de desempenho decultivares de milho (Tabela 2). 

 

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4. FISIOLOGIA DO MILHO

Existe correlação positiva entre a taxa decrescimento por unidade de tempo

térmico e a produção de grãos por m2. O aumento da temperatura,

principalmente noturna, além de

incrementar a respiração, acelera aacumulação de graus-dia, encurtando ociclo da cultura. 

 

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4. FISIOLOGIA DO MILHO

O rendimento de grãos de uma culturapode ser definido como o produto do

rendimento biológico e índice de colheita(IC). O rendimento biológico é determinado

pelo peso total da matéria seca daplanta, sendo medida integrada dosefeitos da fotossíntese e respiração. 

 

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4. FISIOLOGIA DO MILHO

 A fotossíntese depende da extensão deárea foliar e da permanência das

folhas em plena atividade. O IC, fração dos grãos produzidos em

relação à matéria seca total da planta,

pode ser usado em programas demelhoramento genético e avaliação dedesempenho de genótipos. 

 

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4. FISIOLOGIA DO MILHO

 Ainda, o IC poderá identificar ahabilidade de um cultivar em combinar

elevada capacidade de produção total ede destinar a matéria seca acumulada acomponentes de interesse econômico.

O IC máximo do milho é 0,60 (climatemperado e alta latitude); os piores ICsestão na África (0,10 no Quênia). 

 

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4. FISIOLOGIA DO MILHO

 As características morfofisiológicasassociadas com o elevado rendimento de

grãos variam para diferentes cultivares;contudo, a precocidade conferiu aosmateriais testados os maiores índices de

partição (cultivares precoces esuperprecoces), desde que atendidas asexigências climáticas e nutricionais. 

 

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4. FISIOLOGIA DO MILHO

Genótipos tropicais de milho apresentampartição da matéria seca de forma

deficiente e variável, explicando o baixorendimento da cultura em condiçõestropicais, quando comparada às de clima

temperado (intensa competição entre aspartes vegetativas e a espiga,desequilibrando relação fonte/dreno). 

 

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4. FISIOLOGIA DO MILHO

No milho, o porte exuberante, o númeroexcessivo de folhas, a maturação tardia,

o pendão avantajado, o maior nível dedominância apical e baixo índice decolheita foram importantes para a

adaptação ao ambiente tropical. 

 

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4. FISIOLOGIA DO MILHO

Plantas com essas característicaspoderiam competir, com mais eficiência,

com outras plantas de crescimentorápido, bem como ser submetida adesfolha intensa causada por insetos; as

reservas de açúcar no colmo podem ser,evolutivamente, resultado da resistênciaà seca. 

 

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4. FISIOLOGIA DO MILHO

O milho difere dos demais cereais,pois sua espiga cresce de uma gema

axilar, e portanto, está sujeita à ação dedominância apical. Portanto, a redução da atividade

metabólica do pendão antes da antese pode contribuir para o aumento nocrescimento do tamanho da espiga. 

 

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4. FISIOLOGIA DO MILHO

 A redução no rendimento do milho, nasmais variadas condições, está associada

à duração do período de enchimento degrãos. Em altas temperaturas diurnas(>35ºC) e noturnas (>24ºC) a taxa de

acúmulo de matéria seca nos grãos e operíodo de enchimento são reduzidos. 

 

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4. FISIOLOGIA DO MILHO

Este período também pode ser encurtadoem função da redução do suprimento de

sacarose das folhas, provocado peladesfolha ou pela elevação do nível deestresse imposto à planta: a retirada de

folhas superiores de milho, quando acultura tem 50% das panículas empolinização, derruba a produtividade. 

 

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4. FISIOLOGIA DO MILHO

O incremento diário de matéria seca nosgrãos pode variar, também, de acordo

com o genótipo, ou seja, linhagens degrãos dentados apresentam maior taxade acúmulo do que materiais genéticos

portadores de grãos duros. 

 

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4. FISIOLOGIA DO MILHO

O número de grãos por planta e porunidade de área é um dos componentes

mais importantes na determinação dorendimento da cultura, o qual éinfluenciado por eventos ocorridos entre

a emissão da 4ª e 10ª folhas, alémdaqueles evidenciados no florescimento(fecundação). 

 

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4. FISIOLOGIA DO MILHO

Em áreas tropicais, este é o parâmetroque, normalmente, concorre para as

maiores oscilações de rendimento dacultura. A obtenção do maior número de grãos

possível é função da população e donúmero de espigas encontradas porplanta e por área. 

 

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4. FISIOLOGIA DO MILHO

Erroneamente, valoriza-se demais otamanho da espiga, e se esquece que

este parâmetro compensa muito pouco adefinição da produção, quando o númerode espigas presentes na área for

pequeno; assim, em primeira instância, onúmero de espigas é mais importanteque o tamanho das mesmas. 

 

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4. FISIOLOGIA DO MILHO

No Brasil, rendimentos elevados foramobtidos com populações de 55.000 a

72.000 plantas/ha, com espaçamentosvariáveis entre 0,55 e 0,80 m, com 3,5 a5 plantas por metro linear, devidamente

arranjadas de forma a minimizar asrelações de competição por fatores deprodução.