cruzeiros marítimos

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - CAMPUS JOINVILLE CENTRO DE ENGENHARIA DA MOBILIDADE ENGENHARIA NAVAL EMB 5701 – TRANSPORTE MARÍTIMO CRUZEIROS MARÍTIMOS Eduarda Rosecler Busnardo

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Trabalho que retrata as caracteristicas de cruzeiros marítimos no Brasil e Mundo

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Page 1: Cruzeiros Marítimos

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - CAMPUS JOINVILLECENTRO DE ENGENHARIA DA MOBILIDADE

ENGENHARIA NAVALEMB 5701 – TRANSPORTE MARÍTIMO

CRUZEIROS MARÍTIMOS

Eduarda Rosecler Busnardo

12 / 2012

Page 2: Cruzeiros Marítimos

CRUZEIROS MARÍTIMOS

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 1

2. ASPECTO HISTÓRICO 1

3. A ERA DOS JATOS COMERCIAIS 2

4. FORMAS DE ORGANIZAÇÃO 2

5. CRUZEIROS MARÍTIMOS DO CARIBE 3

6. AMBIENTE DE NEGOCIOS ATUAL 4

7. INOVAÇÕES NOS NAVIOS 5

8. NOVO MODELO DO NEGOCIO DE CRUZEIROS MARÍTIMOS 7

9. IMPACTO AMBIENTAL 8

10.FROTAS DE NAVIOS DE CRUZEIROS 8

11.NAVIOS DE CRUZEIROS NO BRASIL 9

12.PORTOS E TERMINAIS DE NAVIOS DE CRUZEIROS 11

13.TERMINAIS DE NAVIOS DE CRUZEIROS NO BRASIL 13

14.CONCLUSÃO 14

15.BIBLIOGRAFIA 15

Disciplina de Transporte Marítimo

Page 3: Cruzeiros Marítimos

CRUZEIROS MARÍTIMOS

1. INTRODUÇÃO

Os cruzeiros se tornaram, a medida que surgiram inovações, um dos mais promissores segmentos

da indústria turística, que vem apresentando significativas taxas de cresciemnto no mercado mundial. O forte

investimento neste tipo de negócio pode ser constatado no numero de lançamento de novos navios

especificos para a área – entre 9 e 10 – o que prova o rápido crescimento deste nicho de mercado.

Apesar de a principal clientela deste serviço estar na América do Norte e Europa, regioes como

Pacífico Asiático tem aproveitadoos serviços de embarcaçoes mais antigas, que acabaram sendo deslocados

pelo surgimento de novos navios maiores e com maior tecnologia embarcada.

O navio de cruzeiros é um navio que transporta passageiros com o objetivo de proporcionar lazer e

diversão ao clientes, em que a propria viagem faz parte do programa, incluindo todas as amenidades.

Diferentemente dos navios transoceanicos, que fazem viagens de um ponto a outro e demoram até muitos

meses para retornar ao mesmo porto, os navios de cruzeiros seguem um roteiro com itinerario, em que se

tem um Home Port, onde é feita a saida e chegada dos navios e os Call Ports, em que são feitas as paradas

programas no itinerario.

2. ASPECTOS HISTÓRICOS

Em 1900 foi construída a primeira embarcaçao exclusiva para viagens de cruzeiro, uma vez que

antes desta os navios eram improvisados, usando os transatlanticos para longas viagens (de cruzeiro) até o

sul durante o pior momento do inverno do Atlantico Norte. Assim, os navios da época eram transatlanticos no

verão e de cruzeiro no inverno. A embarcação, chamada Prinzessin Victoria Luise, foi encomentdada por

Albert Ballin, da antiga Hamburg-America Line. Visto que diversos empreendedores observaram a

oportunidade de lucros com o negocio, forma projetados, na época, navios com a capacidade de

transformaçao de acordo com a estaçao do ano.

Até a década de 20, com o transporte de imigrantes no trajeto Europa – América do Norte, houve o

impulso de diversos transatlanticos para esta rota e foi somente limitado pois houve uma crescente muito alta

de fluxo migratório ao ponto de não se tornar desejavel ao governo da época.

Com a atividade de cruizeiros ganhando destaque no lazer, foi iniciada uma corrida para consquista

de clientes em potencial, e assim, os navios começaram a incrementar o luxo dentro de seu cenário.

Exemplo clássico desta onstentação com jantares elegantes e camarotes que ofereciam conforto esta o

Titanic, que em sua viagem inaugural acabou batendo em um iceberg e afundou em 1912.

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CRUZEIROS MARÍTIMOS

3. A ERA DOS JATOS COMERCIAIS

Numa atmosfera em que o tempo é dinheiro e a preocupação com a segurança era mais

considerada, os anos 60 foram um grande baque para as viagens dedicadas a travessia de oceanos, pois os

grandes avioes dispunham do mesmo serviço, com a vantagem do tempo reduzido. O surgimento dos jatos

acessíveis foi um momento decisivo para a atuação das empresas do setor, pois sem a re-invenção da

atuação da companhia, o fim do setor era quase certo. Em 1986, com a excessão das empresas Cunard

Lines e Azuka Cruises, que oferecem um isolamento luzuoso e forçado em sua viagens oceanicas, o declínio

da procura de viagens do tipo cessou, e muitas companhias deixaram de operar neste nicho de mercado.

Como efeito oposto, os cruzeiros passaram a crescer nos anos 80, com a finalidade diferenciada de

trazer recreação e momentos agradaveis as férias dos passageiros. Ao início, pequenos liners foram

construídos especialmente para dedicação a circuítos fechados. Com o SS Noruega, a procura dos clientes

por um “super navio” mostrou a tendencia da época, e desde então crescimento das embarcações de

turismo tem crescido paulatinamente.

Apesar da influencia inicial dos cruzeiros com rotas em torno do Caribe, hoje em dia cerca de 100

navios circulando nas mais diversas áreas do globo, como Sudeste Asiático, Alaska, Oceano Índico, África

Oriental entre outros. Em alguns casos, o unico modo de se conhecer um determinado local pode ser

realizado apenas em cruzeiros, como viajar até o Ártico ou a Antártida.

4. FORMAS DE ORGANIZAÇÃO

Muito semelhantes a hotéis flutuantes. Os navios de cruzeiros possuem uma equipe completa de

funcionarios para atender a todas as necessidades decorrentes da viagem, não sendo incomum casos em

que a quantidade de funcionários é superior a de passageiros em navios de luxo.

Navios como o Mariner of the seas da Royal Caribbean, por exemplo, serve cerca de 9 mil quilos de

carne, 28 mil ovos, 30 mil litros de sorvete e 18 mil fatias de pizza por semana, portanto, o aprovisionamento

é crucial para que estes alguns milhares de pratos sejam servidos em todas as refeições. Pode-se observar

na Tabela 1 o numero de passageiros que frequentam cruzeiros com destinos variados e, ainda, que a maior

parte destes clientes sao oriundos da América do Norte entre os anos de 1980 e 2005.

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CRUZEIROS MARÍTIMOS

Tabela 1. Crecimento anual de passageiros

Cada operadora possui o seu distintivo e tema de denominação, a fim de caracterizar os navios de

forma mais seletiva; por exemplo, navios Royal Caribbean possuem sempre a terminação of the seas em

seus nomes e, por ocorrer a prática de compra de navios mais antigos, é muito comum descobrir que

algumas embarcações ja tiveram diversos nomes.

Existem momentos em que os navios de cruzeiros são requisitados para serviços especiais por

alguma necessidade repentina e específica, como, por exemplo em 2004, em que navios foram enviados

para Atenas nas Olimpiadas de Verão para cobrir as procuras hoteleiras e em 2005, em que o governo dos

Estado Unidos contratou três navios da Carnival Cruises para abrigar os refugiados do Furacao Catrina.

5. CRUZEIROS MARÍTIMOS DO CARIBE

Industria muito forte e crescente, o numero de passageiros deste destino tem obtido um crescimento

muito grande e, apesar de dados desatualizados pela dificuldade de mensurar tal requisito,de 1983 e 1993 o

numero de passageiros passou de 900.850 para 2,3 milhões. Segue abaixo uma tabela que ilustra a procura

de áreas especificas por onde os cruzeiros possuem itinerário em contexto mundial:

Tabela 2. Áreas de atuação dos cruzeiros marítimos.

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CRUZEIROS MARÍTIMOS

É possivel observar, a partir da Tabela 2, como o Caribe a regiao mais procurada para viagens de

cruzeiro por sua privilegiada posição geográfica que oferece o que os passageiros mais procuram

(geralmente) em cruzeiros, que é um clima agradável para se passar as férias e paisagens deslumbrantes.

Dentre as linhas que operam na região, entre elas Royal Caribbean, Princes Cruise, Carnival Cruise

Lines, Celebrity Cruises e Disney Cruise Lines, a maior parte saem dos Estado Unidos e, cerca de um terço

partem de Miami.

Muitas paradas são realizadas em Bahamas, em decorrencia da sua distancia da Flórida ser

conveniente tanto para cruzeiros extensos quanto para curtos e, a maior parte das linhas principais possuem

o que chamam de “ilha privada”, mas que na verdade geralmente são praias privadas em uma ilha do Caribe.

Como atrativo, estas ïlhas” podem apresentar cenários estonteantes, passeios de caicaque, mergulhos em

refices de corais, comida, equipamentos para diversos esportes entre varias outras atividades que podem

fazer a diferença no momento da escolha do cliente.

6. AMBIENTE DE NEGOCIOS ATUAL

O século 21 trouxe mudanças para o modelo conhecido de cruzeiros marítmis, que visa

principalmente a mudança do metodo utilizado para a gestao, os portos e operadoras deste negocio. Houve

a percepçao de que este mercado pode ser dedicado não apenas para o maior nível de renda, e sim para

todos aqueles que desejem, portanto a necessidade de abrir o campo e construir navios mais acessiveis e

com boas experiencias para estes novos clientes. Abaixo segue a Figura 1, que ilustra a Receita Anual

gerada por este ramo da industria turística, em que pode ser observado o forte crescimento até o ano de

2006.

Figura 1. Receita anual gerada pelos cruzeiros.

Deve-se conhecer as tendencias dos novos consumidores pois deste modo que será possivel atrair

novos consumidores e estas tendencias podem ser observadas em um conjunto de fatores listado abaixo:

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CRUZEIROS MARÍTIMOS

Clientes querem preços mais atrativos;

Eventos mais acessiveis as massas e

Programaçoes e experiencias em vez de compras.

Estas tendencias levaram as operadoras a oferta de pacotes turisticos com atratividade do preço,

oferecendo menores custos por dia de permanencia. Ainda, outra forma de agradar os passageiros

incrementado foi a disponibilidade de opçoes de lazer sem custo adicional, como uma pista de patinação,

que foi equipada a classe Voyager da Royal Caribbean.

A estratégia agora é mostrar o que se pode fazer ou apreciar num navio de cruzeiro, e não mais o

destino de viagem em sí; é claro que o destino ainda é importante, mas os cruzeiros deixarm de ser apenas

um meio de transporte para se transformarem em um centro de lazer e recreaçoes durante a viagem.

7. INOVAÇÕES NOS NAVIOS

A velocidade nao era um fator relevante para os navios de cruzeiro, pois seus antigos navios levavam

cerca de 6 horas para chegar nos portos de escala. As velocidades, de 18 nós aproximadamente, e assim o

combustivel poderia ser economizado durante a viagem. O que aconteceu foi que, a partir da recusa das

companhias áeres em disponibilizar vantagens para os passageiros que comprassem as passagens no

pacote do cruzeiro, o valor das passagens aéreas ficavam mais baratas se compradas diretamente pelo

cliente. Um absurdo pois as linhas de cruzeiros são os maiores compradores privados de passagens aéreas

dos Estados Unidos.

Para contornar este fator problema que poderia reduzir o numero de clientes, os navios começaram a

operar em velocidades mais altas, e, os portos de escala passaram a ficar mais distantens dos Home Ports,

que mudaram suas posiçoes estratégicas; agora, estes portos passaram a se localizar em menos de 4 horas

(em uma viagem terrestre) dos centro de concentração de clientes em potencial (Nova Iorque, Houston, ...),

descartando a necessidade antes tão requisitada das companhias aéreas.

O 11 de setembro de 2001 acresceu muito esta categoria turistica, pois grande parte da população

americana temia muito o uso de aviões e, passando as férias em cruzeiros, a preocupação com a segurança

era menor.

Ainda, a fim de se obter mais lucros, foi introduzida uma nova classe de navios, maior que as

anteriores: as chamadas Postpanamax, que apesar de não poderem mais ser levadas do Oceano Atlantico

para o Pacífico pelo Canal do Panamá, atraiu muito clientes, tornando o mercado muito mais lucrativo. Estes

navios maiores podem abrigar mais lojas, ofertas de recreação e spas, o que gera maior renda para os

navios e, foi tamanho crescimento de lucros que após alguns anos as companhias que ofereceram maiores

navios criaram navios maiores ainda, chamados de Ultraclasse. A fim de ilustrar o crecimento dos navio ao

longo dos anos, segue a Figura 2, com algumas imagens de navios da frota do Royal Caribbean:

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CRUZEIROS MARÍTIMOS

Figura 2. Frota de Cruzeiros da Royal Caribbean.- Evolução e Capacidade da Oferta

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CRUZEIROS MARÍTIMOS

Abaixo segue a Tabela 3, que ilustra as diferenças básicas entre as classes Panamax e Ultraclasse:

Características Classe Panamax Ultraclasse

Comprimento 294 350 a 380

Tonelagem Bruta 88000 165000

Boca 32,3 56,3

Calado Aéreo 55 55

Calado 8,2 8,5

Capacidade passageiros 2600 5000

Capacidade tripulantes 950 1500

Fonte: IAHPH Cruise Terminal Plannig - 2007

Tabela 3. Comparativo de Navios de Cruzeiro

8. NOVO MODELO DO NEGÓCIO DE CRUZEIROS MARÍTIMOS

Muitas mudanças foram realizadas em torno do modo como era realizada a gestão dos cruzeiros, o

objetivo do marketing e o estilo dos navios; para poder ficar mais simplificada a compreensão deste novo

modelo, segue abaixo uma tabela comparativa, que ilustra o velho modelo abtual e o modelo utilizado

atualmente:

Fonte: IAHPH Cruise Terminal Plannig - 2007Tabela 4. Comparativo entre Velho e Novo Modelo

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Criterio Antigo Modelo Novo Modelo

Gerenciamento Controle Colaboracao

Capital Principal Financeiro Conhecimento

Elementos PrincipaisTerminais

NaviosInformacao

Relacionamentos

Projeto do NavioMenor Custo

PanamaxAmenidades/ custo por dia

Mega PostPanamax

Desempenho do Navio Velocidade mais economica Mais rapido e melhor

Berco de atracacao Basico Seguro e High Tech

Marca distintiva Divertido para todos Opcoes Individuais

Publico alvo massa Interativo

ProdutoDestinos Conhecidos

Poucas opcoes de excursaoDestinos exoticos

Mais opcoes / ecoturismo

Precos inflacionados Deflacionados

Homeport Proximo itinerario Proximo aos clientes

Porto de Escala Estabelecido Adaptavel

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CRUZEIROS MARÍTIMOS

9. IMPACTO AMBIENTAL

Os navios de cruzeiros, por abrigarem uma enorme quantidade de passageiros e tripulantes a bordo,

possuem muitos dejetos, resíduos sólidos e despejos sanitários que devem passar por tratamento pois, por

geralmente seguirem o mesmo roteiro, podem acabar causando um impacto cumulativo significatibo,

poluindo as regioes que frequentam. Se não for cuidado, estas embarcações acabam se tornando fonte de

elementos patogenicos e susbtancias toxicas que irao prejudicar a saude humana e danificar a vida aquatica.

10.FROTAS DE NAVIOS DE CRUZEIROS

O tamanho do navio de cruzeiro é dado, em geral, pela quantidade de passageiros que pode

transportar. Abaixo segue um gráfico que ilustra a participação do mercado mundial das empresas de

cruzeiro mais requisitadas entre 2006 e 2008 – com relação a venda de passagens:

Tabela 5. Participação de Mercado Mundial entre 2006 e 2008 – venda de passagens

A seguir pode ser visualizada uma relação das princiais linhas de cruzeiro atuais do mercado

turistico:

CARNIVAL CRUISESFrota: 29 naviosMaior navio : Carnival Dream e Carnival Soon – Postpanamax

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CRUZEIROS MARÍTIMOS

ROYAL CARIBBEAN INTERNATIONALFrota: 22 navios / 6 classesMaior navio : Oasis of the sea

CELEBRITY CRUISESFrota: 10 naviosMaiores navios: Celebrity Constalation, Celebrity Solstice e Celebrity Equinox

HOLLAND AMÉRICA LINEFrota: 14 naviosMaiores navios: MS Eurodam, MS Westerdam, MS Noordam, MS Zuiderdam, MS Oortedam

NORWEGIAN CRUISE LINEFrota: 15 naviosMaior navio: SS Norway

COSTA CRUISESFrota: 12 naviosMaior navio: Costa Serena

MSC CRUISESFrota: 10 naviosMaior navio: MSC Fantasia

PRINCESS CRUISEFrota: 17 naviosMaior navio: Caribbean Princess

CUNARD CRUISESFrota: 3 naviosMaior navio: Queen Mary 2

OUTRASDisney Cruise LineCrista Cruise – ganhadora do premio de “Melhores Grandes Navios de Cruzeiros do Mundo” da revista Travel & Leisure.

11.NAVIOS DE CRUZEIROS NO BRASIL

Segundo o Guia de Cruzeiros Marítimos de 2007 existem quatro operadoras que atuam no Brasil a

serviço de 10 companhias de cruzeiros que utilizam 17 navios no total.

MSC Cruises – Uso do MSC Armonia, MSC Sinfonia e MSC Ópera

Costa Cruises – Uso do Costa Clássica, Costa Mágica e Costa Victória

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CRUZEIROS MARÍTIMOS

Sun & Sea – Uso do Royal Caribbean (Splendor of the seas), Azamara Cruises (Azamara Journey),

Island Cruises (Island Escape e Island Star) e Celebrity Cruises (Celebrity Infinity)

CVC Cruzeiros – Uso do Viages Iberojet (Grand Voyager), Festival Cruises (Mistral), Pullmantur

Cruises (Sky Wonder, Zenith e Pacific) e Iberostar (Grand Amazon)

Segue abaixo a Tabela 6, que apresenta o numero de passageiros por dia que utilizaram este serviço

em cruzeiros no Brasil entre 2008 e 2009:

Tabela 6. Participação de Mercado – Brasil entre 2008 e 2009

Usando a compaaração acima, fica mais claro o desempenho de cada companhia, possibilitando a

comparação, independende do tamanho, das empresas de cruzeiro que prestam serviço no Brasil.

Os portos de embarque (Home Ports)que o Brasil possui atualmente são:

o Santos

o Rio de Janeiro

o Salvador e

o Itajai

As viagens realizadas no Brasil possuem portos de escalas em locais variados, dentro e fora do país.

Aqueles cruzeiros que escalam somente em portos de um mesmo país são chamado de Domésticos,

enquando os com escala em outros países são denominados Internacionais.

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CRUZEIROS MARÍTIMOS

Abaixo seguem duas tabelas para a visualização da quantidade de navios e de passageiros de

cruzeiros que circularam no país entre 2004 e 2011.

Tabela 7. e 8. Quantidade de Navios e Passageiros no Brasim entre 2004 e 2011.

Em cruzeiros os caminhos a se percorrer não são chamados de rotas, e sim de roteiros, pois não

fazem sempre a mesma trajetoria regular; já os cruzeiros atuam em diversos itinerários, sendo assim, não

possuem uma rota habitual e regular.

12.PORTOS E TERMINAIS DE NAVIOS DE CRUZEIROS

Existem basicamente dois tipos básico de portos que servem para o tráfego de navios de cruzeiro: os

portos de origem e retorno da viagem Home Ports e os vários pontos de escala dos navios, chamado de Call

Ports.

O termo “terminal de cruzeiro” refere-se as instalaçoes dedicadas aos passageiros e tambem aos

elementos de infraestrutura que dão superte ao atendimento dos navios e dos passageiros. O terminal

basicamente é composto de:

Instalações destinadas a recepção e despacho dos passageiros,

Cais ou píer para atracação dos navios e

Interface terminal-navio.

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Page 14: Cruzeiros Marítimos

CRUZEIROS MARÍTIMOS

Se for possivel escolher, os terminais sempre devem estar distantes dos locais de operação do porto,

para não propiciar um cenário pouco atrativo. Outro ponto importante é considerar o custo para implantar ou

desenvolver o terminal e seu impacto na comunidade.

De acordo com a Camissão de Planejamento e Desenvolvimento de Portos da Associação

Internacional de Portos, os terminais de cruzeiros podem ser classificados em terminais temporários ou

provisórios, armazens remodelados, armazens de utilização compartilhada e os terminais dedicados.

Terminais Temporários: de estruturas montaveis, este tipo de terminal pode ser rapidamente

instalado para receber um cruzeiro. Comum quando uma operadora de cruzeiros esta

testando o interesse dos clientes em novos locais de parada, assim como a aprovação do

porto e analise a logistica de atracação.

Armazém Remodelado: casos em que um antigo armazém sem uso é adaptado para ser um

terminal de cruzeiros. Deve ter todas as sinalizações e necessidades da estrutura, porem o

uso deste local como terminal ocorre somente nos dias em que os navios estão atracados.

Caso não seja mais viavel o uso deste terminal, a estrutura pode voltar a ser um armazem

com poucos investimentos.

Instalações de uso compartilhado: utilizados apenas nos períodos em que os cruzeiros

marítimos ocorrem, porem ao contrario dos armazens remodelados, os investimentos são

maiores na estruturação, tornando este quase mais permanente. Pode ocorrer de em

períodos sem cruzeiros a estrutura seja utilizada como estoque de mercadorias como carga

geral solta.

Terminais Dedicados: objetivo específico de atender em tempo integral ao tráfego de

cruzeiros marítimos. São comuns em locais que atendam linhas mais permanentes.

Construidos somente se o volume de passageiros e cruzeiros compensar.

Existe ainda uma categoria nao classificada, que seriam os Terminais de Fundeio, em que os turistas

embarcam e desembarcam utilizando tênderes do próprio navio. Estes Tênderes são muito utilizados

para realizar serviços de transporte de pessoas e suprimentos e são tambem utilizados em situações

de emergencia. Abaixo segue uma imagem do uso de Tênderes utilizados para desembarque de um

navio de cruzeiro em São Francisco do Sul da companhia Pullmantur:

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CRUZEIROS MARÍTIMOS

Figura 3. Uso de Tênderes para embarque e desembarque de passageiros.

13.TERMINAIS DE NAVIOS DE CRUZEIRO NO BRASIL

No Brasil existem diversos portos com “estações de passageiros” que são compartilhados com

instalações de administração do porto e construidas na época em que os transatlanticos ainda operavam no

país, potanto desiquipadas e despreparadas. Como exemplos, tem-se ps portos de Fortaleza, Recife e

Vitória; em Itaqui existe uma estrutura destinada para este serviço, porem não há passagem de navios de

cruzeiro com frequencia no local.

Manaus possui um porto dedicado ao trafego fluvial e a cruzeiros marítimos enquanto o Rio de

Janeiro possui um terminal dedicado.

O porto de Santos possui uma instalação dedicada localizada no antigo Armazem 25. A estrutura

deste terminal é superior, com escritorios de autoridades aduaneiras, saloes de embarque e desembarque,

sala de despacho, entre outros.

Recife e Vitória investem em palnos para construção de seus terminais de passageiros nos locais

mais antigos do porto.

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CRUZEIROS MARÍTIMOS

14.CONCLUSÃO

Apesar do enorme crescimento deste nicho de mercado a nivel mundial, o Brasil se encontra em

atraso de investimentos em uma fonte de lucros tão forte. Com uma enorme faixa litoranea que abranje mais

de oito mil quilômetros de fronteira marítima, com 2045 praias, entre magníficos costões de pedra, falésias,

mangues, ilhas, barreiras de coral e uma infinidade de belezas naturais, o usofruto destes recursos naturais

encantadores não é aproveitado, sendo que com tantos atrativos uma enorme quantidade de clientes em

potencial de fora do país iriam se interessar por cruzeiros litoraneos. Há ainda de se considerar os cruzeiros

fluviais, que seriam de grande possibilidade de funcionamento e sucesso devido a nova onda mundial de

ecoturismo e dedicação a natureza, pricipalmente em nosso país que possui a Amazonia.

No ambito mundial, este mercado apresenta forte crescimento, e com o novo modelo de gestão, em

que a satisfação do cliente se tornou um dos grandes objetivos (se não o maior de todos), os preços

reduziram e acabaram dando um impulso ainda maior para este tipo de serviço.

Como tendencia, pode-se observar que o crescimento dos navios não irão parar e que, com tantas

mudanças de mercado e barreiras, esta industria conseguiu superar grandes obstaculos – como o problema

com as companhias aéreas – tornando seus destinos e itinerarios ainda mais interessantes para os

passageiros e o mais importante – LUCRATIVOS.

15.BIBLIOGRAFIA

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Page 17: Cruzeiros Marítimos

CRUZEIROS MARÍTIMOS

AMARAL, R. C. N.. Cruzeiros Marítimos. 2 ª ed., Barueri: Editora Manole, 2006.

AMARAL, R. C. N.. Uma Análise do Mercado de Cruzeiros Marítimos – Evolução, expansão e previsão

no Brasil e no mundo. São Paulo, 2009.

Cruzeiros Marítimos // Estudo de perfil e impactos econômicos no Brasil, Fundação Getulio Vargas.

FGV Projetos, Rio Janeiro.

PALLADINO, I. L. P.. Crescimento dos Cruzeiros Marítimos no Brasil na última década. Rio de Janeiro,

2010.

Disponível em: <<http://www.anvisa.gov.br/hotsite/cruzeiros/documentos/2011/Outubro/Guia_Sanitario/

GUIA_SANIT%C3%81RIO_NAVIOS_DE_CRUZEIRO_V2011_2012_V.portugues_.pdf>> Acessado em:

5/12/2012

Transporte Marítimo15