covergencias e divergencias de platao e aristotles
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8/17/2019 Covergencias e Divergencias de Platao e Aristotles
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poética em Arestotles
Poética é um dos mais influentes — e controvertidos — textos legados pela
Antiguidade. Nele, Aristóteles analisou e sistematizou, pela primeira vez, o
formato e a estética de dois importantes gêneros literários gregos, a tragédia e
a epopeia; com isso, praticamente fundou a disciplina conhecida atualmente
por teoria literária.
! tratado pertence, aparentemente, " categoria dos escritos esotéricos
#internos$; evidências presentes na %oética em outras o&ras aristotélicas,
notadamente a Retórica e a Política, situam a data de cria'(o por volta de )**+.
Aparentemente, o filósofo ocupara)se de uest-es literárias anteriormente, a
ulgar pelo t/tulo de um diálogo perdido,#Sobre os Poetas$.
!riginalmente, a Poética compreendia dois volumes, dos uais apenas o
primeiro chegou até nós. 0á evidências de ue o volume perdido tratava
da poesia i1m&ica e da comédia. A perda ocorreu, provavelmente, antes do
século 23.
4en'(o " parte merecem os estudos e comentários so&re a Poética efetuados
pelos eruditos do 5enascimento. ! irlandês 6onathan 78ift, nas Viagens de
Gulliver #cap. 9, :lu&&du&dri&... 3ronias " parte, eles muito contri&uiram para a divulga'(o
das doutrinas aristotélicas no !cidente.
! texto exp-e, de forma ordenada e coerente, as idéias do filósofo so&re a
composi'(o poética; dado, porém, seu caráter expositivo, semelhante ao de
uma prele'(o oral, n(o é de estranhar ue apresente incoerências, lacunas e
o&scuridades, alimento fecundo de controvérsias ue á duram séculos...
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ARTE POÉTICA
Arte poética é expressão que remete, em primeiro lugar, para Aristóteles (384-322
a. C.) e para o seu conecimento trata!o so"re a poesia. Ao que se pensa e #ulga sa"er,
este trata!o, composto na parte $inal !a %i!a ao autor, re%ela !o car&cer acrom&tico !e
importante parte !o corpo textual aristotélico. 'ecorre, contu!o, a um texto anterior,
pro!ui!o em contexto muito mais a"erto, o !i&logo Dos Poetas, on!e alguns !os
moti%os estrutura!ores !a arte poética aristotélica, como a imita*ão+ ou a catarse+,
tinam si!o #&, ao que parece, %isto que o !i&logo se per!eu e só muito posteriormente
$oi reconstitu!o, expostos e !esen%ol%i!os.
A Arte oética !e Aristóteles era, na sua origem, constitu!a por !ois li%ros e não
apenas por aquele que o#e conecemos e a tra!i*ão nos legou e que passa por ser o
primeiro !os !ois. anto as par&$rases &ra"es !o texto, !a autoria !e A%icena (séc. /0) e
!e A%erróis (séc. /00), como a %ersão siri&ca em que am"as se inspiram (séc. 100), !eque resta o#e um $ragmento, !esconeciam #& a existncia !o segun!o li%ro !a Poética.
car&cter acroam&tico !o texto, muito mais !estina!o ao esclarecimento !e !iscpulos
que ao manuseamento !o p"lico, explica, pelo menos em parte, o !esaparecimento !o
li%ro, que %ersaria, ao que se sa"e, a comé!ia, como o primeiro %ersa a tragé!ia.
A Arte Poética !e Aristóteles, tal como o#e a conecemos, !i%i!e-se em !uas
partes. A primeira !esen%ol%e um conceito !e poesia como imita*ão !e ac*5es , que se
a$asta, ou mesmo contrap5e, ao !e latão, para quem a poesia era narra*ão e não
imita*ão (c$. 6i%ro 000, A República). A arte poética em Aristóteles requer opera!ores
!irectos, agentes ou personagens, enquanto em latão exige (apenas) recita!ores. A
imita*ão aristotélica, processan!o-se por meios, o"#ectos e mo!os !i$erentes, não secon$un!e, porém, com cópia ou repro!u*ão $iel !a reali!a!e, carrean!o antes, pela
percep*ão !o geral a que $iloso$icamente aspira, cria*ão autónoma e trans$igura*ão
eterogénea. A segun!a parte !a Poética, a mais extensa, estu!a a tragé!ia, uma !as
espécies ou géneros !a poesia !ram&tica, e $a a compara*ão !a tragé!ia e !a epopeia,
um género !a poesia narrati%a ou não-!ram&tica.
7eria, contu!o, $lagrante in#usti*a %er apenas no texto !e Aristóteles um có!ice
técnico !e !ois géneros poéticos, a tragé!ia e a epopeia, como aconteceu !urante muitos
e muitos anos, on!e so"ressaem os !o 'enascimento com as suas par&$rases normati%as,
ou um sistema !e ela"ora!as regras, capa !e constituir um cnone compositi%o, seguro
e per$eito. A Arte Poética !e Aristóteles aparece-nos o#e, !epois !o romantismo e !osmo!ernismos, não só como exemplo !e rigor e $un!amento !e estu!os cl&ssicos, o que
nunca !eixou !e ser, mas, so"retu!o, como o primeiro texto que tentou com xito
compreen!er e pro"lematiar a singulari!a!e !o $enómeno poético. li%ro !o estagirita
!e!ica!o 9 poesia tem o enorme mérito !e ser um estu!o emprico e !escriti%o, que
parte quase sempre !os $enómenos para as leis e não !estas para aqueles, o que le
assegura uma pereni!a!e in%e#&%el. rata-se !e uma poética generati%a, se assim
po!emos !ier, e não normati%a, !os textos poéticos.
Neste sentido, a refexão aristotélica não terminou ainda; a arte poéticacontinua viva e de excelente saúde. Se, por um lado, a Poética continua a
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ser indispensável para aqueles que queriam conhecer o uncionamento não
da tragédia enquanto género universalmente válido, o que oi o erro das
poéticas latinas e renascentistas, de orácio a !oilaeu, mas da tragédia
circunscrita ao tempo de "rist#teles, oq ue leva a aceitar que sem o
estagirita os tra$alhos so$re a tragédia de %ilamo&it' ou de Niet'sche
di(cilmente poderiam ter sido escritos, por outro, o livro do grego mostra)se, em termos de teoria da literatura, o primeiro elo de uma cadeia que, até
aos seus mais recentes desenvolvimentos, de *a+o$son a odorov, nunca o
dispensou, até quando contra ele pensa, o que, diga)se, poucas ve'es tem
acontecido
-N/0120N-3"S 0 43/0120N-3"S 0N10 56"" 0 "13S060S N"
-N-05-" 4" 503-"
convergencias
Aristóteles diz ue a poesia #arte$ é imita'(o e classifica conforme * aspectos?
• 4eios da imita'(o
• !&etos da imita'(o
• 4odo da imita'(o
!s meios seriam, cores, formas, ritmo@harmonia, linguagemF
Gxemplos?
• Aulética #flauta$ H ritmo@harmonia
• Iitar/stica #c/tara$ H ritmo@harmonia
• 7er/ngica H ritmo@harmonia
• Jan'a H ritmo
• Gpopéia H linguagem
Aristóteles se ueixava de n(o existir uma palavra para englo&ar todas as formas poéticas #art/sticas$ ueimitavam a linguagem. 0oe existe? literatura.
Iap/tulo 33 da %oética H Ilassifica'(o segundo o o&eto imitado A KliteraturaL imita a'-es de homenspiores, iguais ou melhores do ue nós.
• %iores H Iomédia
• 3guais H
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• 4elhores H Gpopéia@tragédia
! mesmo o&eto tam&ém pode ser imitado de modos diferentes
• Narrativo? Gpopéia
• Jramático? tragédia@comédia
Iomo Aristóteles n(o acredita no mundo das idéias, n(o considera errado imitar, ao contrário, é bom,pois é fonte de prazer e conhecimento #L%or imita'(o o homem aprendeL$. 7egundo %lat(o a tragédiaprovoca terror e isso seria ruim, incutindo o medo, porém Aristóteles alega ue a imita'(o purga, purifica oleitor #catarse$, sendo, ent(o, Mtil.
vis(o negativa da poesia em %lat(o %ara %lat(o a imita'(o é negativa #mesmo em&ora a 5epM&lica sea
uma imita'(o$. Gle alega ue uma pessoa só consegue conhecer &em a sua própria profiss(o e outras
coisas n(o sa&e fazer &em, portanto é imposs/vel se imitar com fidelidade. Além disso, ele alega, a
imita'(o cont/nua afeta o caráter do imitador, ent(o ele proi&e o homem de caráter elevado de imitar
pessoas vis.
Gnt(o a princ/pio deveria ser admitido somente a narrativa e o modo misto. %orém, no livro , ele aca&a
por concluir ue toda a poesia é imita'(o, poi imita'(o, estando dois graus longe da verdade. Assim, ele
expulsa o %oeta da 5epM&lica ideal.
! Mnico discurso ue deve ser mantido é auele ue leva " verdade, a filosofia. A retórica é considerada
mauiagem e tam&ém é &anida.
s ela reflete o mundo sens/vel, ue é, por sua vez, reflexo do mundo das idéias. %ortanto é imita'(o da
Ouem vai fazer a defesa da poesia é o disc/pulo de %lat(o, Aristóteles, na K%oeticaL.
http?@@estudando.8ee&lP.com@platatildeo)x)aristoacuteteles.html
Divergencias
:ão aceita%a latão que a naturea !a cria*ão liter&ria consistisse exatamente na
imita*ão não só !e uma o"ra;o"#eto, mas tam"ém !e uma i!éia;reali!a!e. ara o
$ilóso$o, o "om poeta não seria aquele capa !e !ominar o assunto !o qual $ala sem
conec-lo pro$un!amente. 7e $alasse so"re a guerra, !e%eria ser conece!or
igualmente a um general< se so"re a ca!eira ou o sapato, !e%eria ser !o mesmo mo!o
marceneiro ou sapateiro.
Apesar !a atitu!e !e censura ao poeta, o !iscurso plat=nico ser& retoma!o por outros
não tão ilustres quanto latão, mas lamenta%elmente limita!os a algum tipo !e censura.
>e outra $orma pensou Aristóteles. :este, e na sua Poética, a oesia (6iteratura) gana
status !e Arte superior 9 própria ?istória.
Por isso, a Poesia encerra mais filosofia e elevação do que a
História; aquela enuncia verdades erais; esta relata fatos
particulares! "nunciar verdades erais é di#er que espécie de
coisas um indiv$duo de nature#a tal vem a di#er ou fa#er
veross$mil ou necessariamente; a isso visa a Poesia, ainda
quando nomeia personaens! Relatar fatos particulares é contar
o que Alceb$ades %fulano& fe# ou fi#eram a ele!'()'iii)
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7ua a"or!agem, portanto, passa !o plano i!ealista para o plano ontológico. @nuncia*ão
aparece, aqui, como !ier ou $aer %erossmil. A poesia comporta um !iscurso que é
necess&rio 9 sua existncia.
Seguí-los e compará-los através de suas obras e de seus descendentes ter!cos éestabelecer a rela"#o d!alg!ca necessár!a para a compreens#o e para a anál!se doste$tos%
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