conversão de energia ii · conversão de energia ii indutância das máquina síncrona cada fase...
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Conversão de Energia II
Aula 6.1
Máquinas Síncronas
Prof. João Américo Vilela
Departamento de Engenharia Elétrica
Bibliografia
Conversão de Energia II
FITZGERALD, A. E., KINGSLEY Jr. C. E UMANS, S. D. Máquinas Elétricas: com
Introdução à Eletrônica De Potência. 7ª Edição, AMGH Editora LTDA, 2014.
Capítulo 4 – Introdução às Máquinas Rotativas
TORO, V. Del, MARTINS, O. A. Fundamentos de Máquinas
Elétricas. LTC, 1999.
Capítulo 3 – Fundamentos da Conversão Eletromecânica
de Energia
CHAPMAN, S. J. Fundamentos de Máquinas Elétricas.
5º Edição, AMGH Editora LTDA, 2013.
Capítulo 3 – Fundamentos de Máquinas CA
Conversão de Energia II
Gerador síncrono monofásico de dois pólos
Introdução a Máquinas Síncronas
Obs. Alguns geradores não usam
escovas, mas induzem a tensão no
rotor.
Conversão de Energia II
Gerador síncrono com enrolamento de campo distribuído provoca uma
distribuição de fluxo no entreferro senoidal.
Introdução a Máquinas Síncronas
Pólos lisos
Distribuição espacial da
densidade de fluxo.
Conversão de Energia II
Assumindo que a distribuição do fluxo no entreferro é senoidal (Fig a),
com o movimento do rotor o fluxo concatenado do enrolamento do rotor
varia no tempo induzindo uma tensão na bobina do estator senoidal no
tempo (Fig.b).
Introdução a Máquinas Síncronas
Fig. a – Distribuição espacial
da densidade de fluxo.
Fig. b – Tensão induzida na
bobina do estator pelo
movimento do rotor que
produz a variação do fluxo.
Conversão de Energia II
Gerador síncrono com enrolamento de estator distribuído provoca uma
variação de fluxo nas espiras do estator de forma senoidal.
Introdução a Máquinas Síncronas
Conversão de Energia II
A figura abaixo apresenta uma máquina síncrona monofásica de quatro
pólos salientes com enrolamento concentrados.
Introdução a Máquinas Síncronas
Hznp
fe602
Frequência elétrica da tensão
gerada em uma máquina síncrona
Conversão de Energia II
A estrutura de polos saliente é característica de geradores hidrelétricas
porque as turbinas hidráulicas operam em velocidades relativamente
baixa e, portanto, um número relativamente elevado de polos é
necessário para produzir a frequência desejada; a estrutura de polos
salientes é melhor adaptada a essa situação.
Introdução a Máquinas Síncronas
Conversão de Energia II
Na figura (b) as duas bobinas de cada fase são conectadas em série de
modo que suas tensões são somadas, e as três fases podem então ser
ligadas em Y ou Δ. As bobinas de cada fase também podem ser ligadas
em paralelo.
Introdução a Máquinas Síncronas
Conversão de Energia II
Introdução a Máquinas Síncronas
Os anéis coletores da máquina síncrono servem para alimentar o
enrolamento de campo com corrente contínua.
Anéis coletores de uma máquina
síncrona
Anéis coletores de uma máquina
assíncrona trifásica
Conversão de Energia II
Introdução a Máquinas Síncronas
Existem geradores síncronos sem escovas, no qual um pequeno gerador
induz tensão no rotor que é retificada e utilizada para gerar a corrente de
campo.
Conversão de Energia II
Introdução a Máquinas Síncronas
Existem geradores síncronos sem escovas, no qual um pequeno gerador
induz tensão no rotor que é retificada e utilizada para gerar a corrente de
campo.
Conversão de Energia II
Indutância das Máquina Síncrona
Cada fase da armadura do motor trifásico tem um fluxo concatenado com
as demais enrolamentos da máquina.
Diagrama esquemático de uma máquina
síncrona trifásica de rotor cilíndrico e
dois pólos.
iL
Relembrando que indutância é fluxo
concatenado pela corrente na bobina.
A indutância concatenada na fase “a”
Os dois subscritos iguais indicam uma
indutância própria e dois subscritos
distintos representam uma indutância
mútua entre os dois enrolamentos.
Conversão de Energia II
Indutância das Máquina Síncrona
As equações abaixo representam os fluxos concatenados nas fases da
armadura e no enrolamento do campo em função de indutâncias e
correntes.
A letra L é usada para indicar que, em geral, ambas as indutâncias
próprias e mútua de uma máquina trifásica podem variar com o ângulo do
rotor.
Conversão de Energia II
Indutância das Máquina Síncrona
Com um estator cilíndrico, a indutância do enrolamento de campo não
depende da posição do rotor θm.
A indutância mútua entre estator e rotor variam
periodicamente com θme, que é o ângulo elétrico
entre o eixo magnético do enrolamento de campo e
o da fase “a”.
A letra L é usada para indicar uma indutância que não depende do ângulo θm. - Lff0 é a parcela de Lff devido à componente fundamental espacial de fluxo de
entreferro;
- Lf1 é responsável pelo fluxo de dispersão do enrolamento de campo;
δe0 = ângulo elétrico do rotor no tempo t = 0;
Conversão de Energia II
Indutância das Máquina Síncrona
Com rotor cilíndrico, a geometria do entreferro não dependerá do θm se o
efeito das ranhuras do rotor forem desprezadas.
A indutância mútua da armadura, fase-fase, podem ser encontradas
supondo-se que a indutância mútua depende exclusivamente do fluxo
fundamental espacial de entreferro.
- Laa0 é a componente de indutância própria devido ao fluxo fundamental espacial
de entreferro;
- La1 é a componente adicional devido ao fluxo dispersivo da armadura;
Para um sistema trifásico, o fluxo de uma fase se distribui igualmente nas outras
fases, ficando as outras duas fase com metade do fluxo próprio produzido por
uma fase especifica.
Conversão de Energia II
Indutância das Máquina Síncrona
Substituindo as equações de fluxo próprio e mútuo na expressão de fluxo
concatenado da fase “a”, obtém-se:
Com correntes trifásicas em equilíbrio, tem-se:
Assim,
Conversão de Energia II
Indutância das Máquina Síncrona
Da equação de fluxo concatenado na bobina “a” defini-se a indutância
síncrona Ls.
- Laa0 é a componente espacial do fluxo concatenado própria da fase “a” no
entreferro;
- La1 conhecido como indutância de dispersão, é devida à componente de
dispersão do fluxo concatenado da fase “a”;
- (1/2).Laa0 é devido aos fluxos concatenados da componente fundamental
espacial do fluxo de entreferro produzido pelas correntes nas fases “b” e “c”;
Indutância síncrona Ls
Indutância síncrona Ls é a indutância efetiva vista pela fase “a” quando a máquina
está funcionando em regime permanente e condições trifásicas equilibradas.
Conversão de Energia II
Circuito Equivalente – Máquina Síncrona
A tensão eaf induzida devido ao fluxo do enrolamento de campo pode ser
obtido pela derivada do fluxo concatenado em relação ao tempo,
considerando a corrente de armadura igual a zero.
Relembrando que:
Tensão induzida na bobina é a derivada do fluxo concatenado no tempo
dt
tdIL
dt
tsenIdL
dt
d eefaf
epicoa
Sa )cos()(
0_
dt
itdL
dt
diL
dt
d fee
afa
Sa
)cos( 0No rotor a corrente
é constante
Conversão de Energia II
Circuito Equivalente – Máquina Síncrona
Tensão nos terminais da bobina da fase “a”.
)(
cos()(()( 0
_ tiRdt
tdIL
dt
tsendILtV aa
eefaf
epicoaSa
)()()cos()( 0_ tiRtsenILtILtV aaeeefafeepicoaSa
dt
tdIL
dt
tsenIdL
dt
d eefaf
epicoa
Sa 0_ cos()(
Determinando os valores eficazes e representando de forma fasorial
_ _ _
0
ˆ
2 2 2 2
a pico S e a pico af f e a pico
e a
V L I L I Ij R
Conversão de Energia II
Circuito Equivalente – Máquina Síncrona
Determinação do circuito equivalente.
eficazaaeafeficazaSeficaza IREIXV _0__
Determinando os valores eficazes
A tensão interna induzida na
bobina tem que se opor a
tensão terminal.
É necessário um ajuste das
referências (bobina de campo
deslocada de 180º).
_ _ _
0
ˆ
2 2 2 2
a pico S e a pico af f e a pico
e a
V L I L I Ij R
Conversão de Energia II
Circuito Equivalente – Máquina Síncrona
A figura abaixo apresenta o circuito equivalente da gerador síncrono
(como motor o circuito permanece o mesmo, mas altera o sentido da
corrente).
XXX aS 1
Motor Gerador
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Circuito Equivalente – Máquina Síncrona
A figura abaixo apresenta o circuito equivalente da fase “a” da máquina
síncrono.
Onde:
Ra = resistência da armadura;
Xa1 = reatância de dispersão da armadura;
Xφ = reatância de magnetização efetiva do enrolamento de armadura, em condição
de equilíbrio trifásico;
ER = tensão interna gerada pelo fluxo resultante de entreferro (tensão de
entreferro);
Eaf = Valor eficaz da tensão gerada devido a variação do fluxo produzido pelo
enrolamento de campo;
Obs. As tensões apresentadas são tensões de fase.
Conversão de Energia II
Exercício
Um motor síncrono trifásico em Y de 60 [Hz] tem uma tensão de linha de
460 [V] nos terminais e uma corrente de terminal de 120 [A] com um fator
de potência de 0,95 indutivo. Nessa condições de operação, a corrente de
campo é 47 [A]. A reatância síncrona da máquina é igual a 1,68 [Ω] (0,794
por unidade, em uma base trifásica de 460 [V] e 100 [kVA]). Suponha que
a resistência de armadura seja desprezível. Calcule:
a) A tensão gerada Eaf em volts;
b) O valor da indutância mútua Laf entre o campo e a armadura;
c) A potência de entrada elétrica do motor em kW.