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  • Auditor Fiscal do Trabalho

    Contabilidade Geral Parte 2

    Prof. Slvio Sande

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    Aula XXContabilidade Geral

    CONTABILIDADE GERAL PARTE 2

    MTODO DA EQUIVALNCIA PATRIMONIAL

    Equivalncia Patrimonial significa que a sociedade investidora avaliar sua participao societria, na sociedade investida, utilizando como parmetro o percentual de sua participao no capital social daquela sociedade. Esse percentual ser aplicado sobre o Patrimnio Lquido desta Sociedade Investida, resultando no valor do investimento da Sociedade Investidora.

    Com a adoo desse mtodo de avaliao de Investimentos os resultados das controladas e coligadas sero reconhecidos pela sociedade investidora no exerccio em que forem gerados. Alm dos resultados, tambm sero reconhecidos pela Sociedade Investidora quaisquer outros efeitos no Patrimnio Lquido da Sociedade Investida como, por exemplo, o aumento ou reduo de Reservas de Reavaliao e de Reservas de Capital, as quais no transitam por resultado na sociedade investida enquanto se constituem em reservas.

    O fundamento ou a lgica do mtodo da equivalncia patrimonial consiste, pois, em se considerar que o Patrimnio Lquido Contbil representa o capital prprio ou a riqueza prpria de uma entidade. Assim, se determinada empresa possui participao no capital social de outra, ento ela ter direito participao no Patrimnio Lquido dessa outra sociedade na mesma proporo de sua participao no capital social. Desta forma, por exemplo, se a empresa A participa com 20% do capital social da empresa B, ela (a empresa A) ter direito de participar, tambm, de 20% no Patrimnio Lquido da empresa B, ou de outra forma, 20% do Patrimnio Lquido da empresa B pertencem empresa A.

    Para ilustrar o assunto, de forma preliminar, tomemos o seguinte exemplo: a sociedade Sande S.A. adquire aes da Cia Soneca, que no conjunto representam 30% do Capital Social desta. A Sande S.A. avaliar, invariavelmente, essa participao considerando aquele percentual sobre o Patrimnio Lquido da Cia Soneca. Desta forma, se no momento da aquisio o Patrimnio Lquido da Cia Soneca foi de R$ 100.000,00, a participao societria ser registrada, na Sande S.A., pelo valor de R$ 30.000,00.

    Contudo, se a Cia Soneca auferir lucros, mesmo que no haja distribuio de dividendos, a participao da Sande S.A. aumentar. Por exemplo, o PL da Cia Soneca aumentou em R$ 10.000,00 decorrente de resultados obtidos, passando o PL a ser R$ 110.000,00. Imediatamente a Sande S.A. reconhecer essa variao patrimonial na sociedade investida, aumentando o valor do seu investimento em R$ 3.000,00. A sua participao passar para R$ 33.000,00 (30% de R$ 100.000,00, valor original; mais 30% de R$ 10.000,00, valor do resultado gerado na sociedade investida). Perceba que o percentual de participao societria no foi alterado, pois no houve mudana na estrutura do Capital Social da sociedade investida.

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    Tentamos, com esse exemplo, de forma bem resumida, demonstrar o princpio deste mtodo de avaliao de investimentos. Entretanto, o mtodo da equivalncia patrimonial apresenta algumas particularidades prprias e se configura, no todo, em operaes mais complexas do que a acima apresentada. Nos tpicos seguintes procuraremos explicar suficientemente os aspectos especficos deste mtodo de avaliao, de modo que voc possa resolver quaisquer questes de provas envolvendo o assunto.

    A par dessa introduo simplria, podemos conceituar o mtodo da equivalncia patrimonial como sendo aquele em que os investimentos da sociedade investidora so avaliados tendo como referncia o percentual de participao no capital social da sociedade investida aplicado sobre o Patrimnio Lquido desta mesma sociedade investida, consignando, com isso, os resultados e quaisquer variaes patrimoniais na sociedade investida a partir do momento de sua gerao, independentemente de o resultado ser positivo ou negativo e de haver ou no distribuio de dividendos ou lucros.

    DEFINIES FUNDAMENTAIS

    Para que possamos entender o processo de avaliao de investimentos pelo Mtodo da Equivalncia Patrimonial MEP, necessrio que algumas definies, como sociedade controladora, sociedade coligada normal e por equiparao. sejam analisadas de forma pormenorizada. Para tanto, nos socorremos dos enunciados da Lei n 6.404/76.

    CONTROLADA E CONTROLADORA

    O conceito oficial dessas duas figuras jurdicas encontrado no 2 do art. 243 da lei societria, que assim preceitua:

    2 Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou atravs de outras controladas, titular de direitos de scio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderncia nas deliberaes sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores..

    Do comando legal se extrai que sociedade controladora aquela que possui a titularidade de mais da metade (ou mais de 50%) das quotas ou aes com direito a voto de outra sociedade, que ser controlada. O controle no necessita ser direto, podendo ser por intermdio de outra controlada, isto , admite-se o controle indireto.

    Assim, por exemplo, se a sociedade Anchova S.A. participa com 51% do capital votante da sociedade Baleia S.A. e, esta, por sua vez, participa da com 60% do Capital votante da sociedade Car S.A., ento a sociedade Anchova S.A. controladora da sociedade Baleia S.A. de forma direta e da sociedade Car S.A. de forma indireta, que so suas controladas.

    Isto assim porque, se a sociedade Anchova S.A. dita as regras que devem ser seguidas pela sociedade Baleia S.A., ela, de forma indireta, estar ditando, tambm, a conduta da sociedade Car S.A., pois esta ltima controlada da sociedade Baleia S.A., logo seguir as diretrizes por ela traada. A sociedade Baleia S.A. traar diretrizes para a sociedade Car S.A. conforme orientaes de sua controladora, a sociedade Anchova S.A..

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    Outro aspecto interessante o que diz respeito preponderncia nas deliberaes sociais. De regra, tem-se preponderncia quando se possui a maioria do Capital Votante. Entretanto, na prtica, em situaes no raras, possvel que uma parcela do capital votante, menor que a maioria, defina os rumos de uma sociedade. o caso em que as aes da sociedade investida esto pulverizadas no mercado de forma que, nas assembleias deliberativas, grande parte dos acionistas minoritrios e os detentores de aes preferenciais sem direito a voto ou mesmo detentores de aes ordinrias com direito a voto, no participam das deliberaes tomadas pela maioria presente.

    Por oportuno, cabe mencionar que a lei das Sociedades Annimas, em seu art. 15, 2, preceitua que as aes sem direito a voto no podero exceder a 50% do total das aes de uma companhia. Com isto, a lei admite a possibilidade de o Capital Votante estar representado por apenas 50% do Capital Total.

    Ora, ocorrendo essa hiptese, 25% do Capital Total mais uma ao pode representar a maioria do Capital Votante, isto , a deteno, de forma permanente, de 25,01% do Capital Total pode representar a preponderncia nas deliberaes sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores, desde que a companhia tenha 50% do seu capital representado por aes sem direito a voto e que o investidor ou investidora com participao de 25,01% possua somente aes ordinrias, isto , aes representativas do capital votante.

    COLIGADA

    O conceito legal de Sociedade Coligada nos fornecido pelo 1, do art. 243 da lei das sociedades annimas que assim dispe:

    Art. 243. O relatrio anual da administrao deve relacionar os investimentos da companhia em sociedades coligadas e controladas e mencionar as modificaes ocorridas durante o exerccio.

    1 So coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influncia significativa. (Redao dada pela Lei 11941/2009)

    2 Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou atravs de outras controladas, titular de direitos de scio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderncia nas deliberaes sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores.

    3 A companhia aberta divulgar as informaes adicionais, sobre coligadas e controladas, que forem exigidas pela Comisso de Valores Mobilirios.

    4 Considera-se que h influncia significativa quando a investidora detm ou exerce o poder de participar nas decises das polticas financeira ou operacional da investida, sem control-la. (Includo pela Lei 11.941/2008)

    5 presumida influncia significativa quando a investidora for titular de vinte por cento ou mais do capital votante da investida, sem control-la. (Includo pela Lei 11.941/2008)

    Desta forma, a nica condio para que se considere uma sociedade coligada de outra que haja uma influencia significativa. Influencia Esta manifestada atravs da participao da investidora nas decises polticas financeiras e operacionais da investida e presumida atravs da participao de 20% ou mais do capital votante.

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    CONTROLE COMUM

    A figura do controle comum est diretamente relacionada essncia econmica da entidade contbil e, como tal, deve ser entendida. A dimenso econmica da entidade delimitada como o conjunto de entes, ainda que juridicamente distintos, que estejam em um mesmo grupo ou que seu controle seja exercido por um mesmo ente ou conjunto de entes. Vejamos a questo por meio de um exemplo:

    1. a companhia XYZ controla as companhias A, B e C;

    2. a companhia A uma companhia aberta e participa com 10% do capital votante das companhias B e C;

    3. assim, a companhia A avaliar os investimentos em B e C pelo mtodo da equivalncia patrimonial, j que todas esto sob o controle comum de XYZ.

    TCNICA DA EQUIVALNCIA PATRIMONIAL

    O valor do investimento avaliado pelo MEP se dar da seguinte forma:

    Aplica-se a percentagem de participao no capital da investida sobre o patrimnio lquido da investida.

    Subtrai-se do resultado encontrado os lucros no realizados entre negcios com a investidora ou com outras coligadas ou controladas da investidora, quando: o lucro estiver includo no resultado de uma coligada e controlada e correspondido por incluso no custo de aquisio de ativos de qualquer natureza no balano patrimonial da investidora ou o lucro estiver includo no resultado de uma coligada e controlada e correspondido por incluso no custo de aquisio de ativos de qualquer natureza no balano patrimonial de outras coligadas e controladas.

    Art. 248. No balano patrimonial da companhia, os investimentos em coligadas ou em controladas e em outras sociedades que faam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum sero avaliados pelo mtodo da equivalncia patrimonial, de acordo com as seguintes normas: (Redao dada pela Lei 11941/2009)

    I o valor do patrimnio lquido da coligada ou da controlada ser determinado com base em balano patrimonial ou balancete de verificao levantado, com observncia das normas desta Lei, na mesma data, ou at 60 (sessenta) dias, no mximo, antes da data do balano da companhia; no valor de patrimnio lquido no sero computados os resultados no realizados decorrentes de negcios com a companhia, ou com outras sociedades coligadas companhia, ou por ela controladas;

    II o valor do investimento ser determinado mediante a aplicao, sobre o valor de patrimnio lquido referido no nmero anterior, da porcentagem de participao no capital da coligada ou controlada;

    III a diferena entre o valor do investimento, de acordo com o nmero II, e o custo de aquisio corrigido monetariamente; somente ser registrada como resultado do exerccio:

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    a) se decorrer de lucro ou prejuzo apurado na coligada ou controlada;

    b) se corresponder, comprovadamente, a ganhos ou perdas efetivos;

    c) no caso de companhia aberta, com observncia das normas expedidas pela Comisso de Valores Mobilirios.

    ELIMINAO DE RESULTADOS NO REALIZADOS

    Lucros no realizados EM COLIGADAS.

    Devem ser eliminados os lucros no realizados ascendentes e descendentes ou seja, resultante de venda da coligada para a investidora OU da investidora para a coligada.

    ELIMINA-SE APENAS O LUCRO REFERENTE A PARTICIPAO DA EMPRESA INVESTIDORA

    Exemplo: Supondo a seguinte situao em determinada companhia A, que possua um investimento em sua COLIGADA companhia B. O valor contbil do investimento de A em B de R$ 150.000,00, antes do clculo da equivalncia patrimonial, o que representa 60% do Capital Social de B. O Patrimnio Lquido de B de R$ 300.000,00, porm esto computados em lucros acumulados os lucros obtidos em vendas realizadas A, cujos bens esto no patrimnio de A, no valor de R$ 10.000,00.

    Patrimnio Lquido da controlada B R$ 300.000,00% de participao de A em B 60%Lucros no realizados no PL de B R$ 10.000,00Valor contbil do investimento de A em B R$ 150.000,00

    Clculo da equivalncia patrimonial

    Patrimnio Lquido de B R$ 300.000,00% de participao 60%Total do investimento de A em B R$ 180.000,00(-) Lucros no realizados (60% 10.000) R$ (6.000,00)Total do Investimento lquido de A em B R$ 174.000,00Valor contbil do Investimento de A em B R$ 150.000,00Resultado da Equivalncia Patrimonial R$ 24.000,00

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    Lucros no realizados EM CONTROLADAS:

    Tambm devem ser eliminados os lucros no realizados ascendentes e descendentes ou seja, resultante de venda da coligada para a investidora OU da investidora para a controlada;

    ELIMINA-SE TODO O LUCRO NO REALIZADO

    Supondo que o investimento do exemplo anterior fosse em controlada teramos:

    Supondo a seguinte situao em determinada companhia A, que possua um investimento em sua CONTROLADA companhia B. O valor contbil do investimento de A em B de R$ 150.000,00, antes do clculo da equivalncia patrimonial, o que representa 60% do Capital Social de B. O Patrimnio Lquido de B de R$ 300.000,00, porm esto computados em lucros acumulados os lucros obtidos em vendas realizadas A, cujos bens esto no patrimnio de A, no valor de R$ 10.000,00.

    Patrimnio Lquido da controlada B R$ 300.000,00% de participao de A em B 60% Lucros no realizados no PL de B R$ 10.000,00Valor contbil do investimento de A em B R$ 150.000,00

    Clculo da equivalncia patrimonial

    Patrimnio Lquido de B R$ 300.000,00% de participao 60%Total do investimento de A em B R$ 180.000,00(-) Lucros no realizados R$ (10.000,00)Total do Investimento lquido de A em B R$ 170.000,00Valor contbil do Investimento de A em B R$ 150.000,00Resultado da Equivalncia Patrimonial R$ 20.000,00

    CONTABILIZAO DOS FATOS QUE ALTERAM O VALOR DA PARTICIPAO

    LUCROS NA INVESTIDA

    Quando a Investida obtm lucros, seu Patrimnio Lquido aumenta e para ser mantida a mesma participao na investidora, teremos que aumentar o valor do investimento na proporo da participao do capital social da investida.

    D- Investimentos C- Receita com equivalncia Patrimonial

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    PREJUZOS NA INVESTIDA

    Quando a Investida tem prejuzos, seu Patrimnio Lquido diminui e para ser mantida a mesma participao na investidora, teremos que diminuir o valor do investimento na proporo da participao do capital social da investida.

    D- Despesa com Equivalncia PatrimonialC- Investimentos

    DIVIDENDOS DECLARADOS PELA INVESTIDA

    Quando A Investida Declara dividendos ela debita a conta lucros acumulados e credita a conta dividendos a pagar, portanto diminui seu patrimnio lquido logo deve-se reconhecer esse efeito na investidora diminuindo o valor do investimento para que seja mantida a mesma proporo.

    D- Dividendos a receberC- Investimentos

    AJUSTES DE EXERCCIOS ANTERIORES

    Os ajustes de exerccios anteriores, na sociedade investida, sero registrados diretamente em Lucros ou Prejuzos Acumulados. Com esse procedimento, os valores da decorrentes no transitam pelo resultado do exerccio, porque, efetivamente, no se referem ao exerccio findo e sim a outros exerccios anteriores, porm aumentam o PL da sociedade investida. Por isso, a sociedade investidora deve reconhecer esse ajuste pela equivalncia patrimonial tambm em contrapartida da conta Lucros ou Prejuzos Acumulados, sem transitar pelo resultado.

    Ajuste credor D- Investimento C- PL/ajuste de exerccicios Anteriores

    Ajuste devedor D- PL/ajuste de exerccicios Anteriores C- Investimentos

    AJUSTE DE AVALIAO PATRIMONIAL EFETUADO PELA INVESTIDA

    O ajuste de Avaliao patrimonial decorrentes de ajustea valor justo dos investimentos temporrios na investida gera um aumento em seu PL, cujo valor no advm do resultado do exerccio. O registro contbil desse fato se apresenta do seguinte modo:

    Dbito: Investimento em coligada/controlada AtivoCrdito: Ajuste de avaliao patrimonial em bens de coligada/controlada PL

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    GIO E DESGIO

    O CPC 15 define gio como a diferena positiva entre o valor pago pela aquisio de controle da adquirida e o valor lquido, na data de aquisio, dos ativos identificveis adquiridos e dos passivos assumidos, com base em seu valor justo.

    Aquisio de investimento em coligadas ou controladas com mais valia e goodwill.

    O gio na aquisio de investimentos em coligadas e controladas deve ser classificado em duas parcelas:

    1. MAIS VALIA dos ativos lquidos Diferena entre o valor de mercado (valor econmico) de parte ou de todos os bens do ativo da coligada e controlada e o respectivo valor contbil; Nessa hiptese, o valor do Patrimnio Lquido da sociedade investida no contempla o valor de mercado dos bens, pois estes podem estar registrados com valores contbeis menores ou maiores do que o de mercado, gerando, respectivamente o gio ou o desgio por ocasio da alienao da participao societria.

    2. GOODWILL - Expectativa de resultado futuro (good Will); e. Os investimentos realizados em sociedades que apresentam valores intrnsecos que no esto representados na contabilidade, seja em consequncia da clientela, da marca, do ponto.

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    Questes

    Julgue o item a seguir, no que se refere a demonstraes contbeis.

    1. (CESPE FUNPRESP 2016)

    Os investimentos avaliados pelo mtodo de equivalncia patrimonial devem figurar no ativo circulante do balano patrimonial, em razo da alta liquidez que possuem.

    Ao final de um exerccio financeiro, cabe ao contabilista tomar uma srie de providn-cias para demonstrar corretamente a situa-o patrimonial da entidade com a qual tra-balha. Acerca dessa matria, julgue o item que se segue.

    ()Certo()Errado

    2. (CESPE TRE-RJ 2012)

    Os investimentos em coligadas sobre cuja administrao determinada empresa tenha influncia significativa somente devem ser obrigatoriamente avaliados pelo mtodo da equivalncia patrimonial quando a empresa controladora participar com pelo menos 20% do capital votante da controlada.

    ()Certo()Errado

    3. (CESPE TC-DF 2014)

    Com relao contabilizao dos itens patrimoniais e de resultado, bem como aos seus efeitos, julgue o item que se segue.

    Os investimentos mantidos por uma entida-de em suas coligadas ou controladas e em outras entidades devem ser avaliados pelo mtodo da equivalncia patrimonial, com impactos no balano patrimonial e na de-monstrao de resultado do exerccio.

    ()Certo()Errado

    4. (CESPE PF 2014)

    No que concerne a aplicao do mtodo da equivalncia patrimonial na avaliao de investimentos realizados por companhias abertas, julgue o item seguinte.

    Os dividendos declarados pela investida em favor da investidora provocam, na contabi-lidade da investidora, um registro a dbito de uma conta patrimonial que representa o direito de receber os dividendos e a crdito de uma conta de resultado que represen-ta o reconhecimento da receita gerada na transao.

    ()Certo()Errado

    Com relao aos critrios de avaliao de ativos e seus efeitos no patrimnio de uma companhia aberta, julgue o item a seguir.

    5. (CESPE TCE-RO 2013)

    Um investimento que garanta sociedade investidora uma influncia significativa so-bre a sociedade investida deve ser avaliado pelo mtodo da equivalncia patrimonial, o qual exige que eventuais lucros gerados pela investida sejam reconhecidos no patri-mnio da investidora, independentemente de ter havido a distribuio desses lucros sob a forma de dividendos.

    ()Certo()Errado

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    Com relao s demonstraes financeiras levantamento, classificao e avaliao , julgue o item seguinte.

    Considere a seguinte situao.

    A sociedade controladora X adquiriu aes da controlada Y, participao avaliada em R$ 300.000,00, que corresponde a 10% do patrimnio lquido de X e a 60% do capital de Y. Ao final do exerccio, o patrimnio l-quido de Y passou para R$ 600.000,00.

    6. (CESPE TST 2008)

    Nessa situao, o valor contbil da participao no se alterou, permanecendo inalterada a proporo no capital de Y.

    ()Certo()Errado

    Julgue o item, relativo a os impactos no pa-trimnio de uma companhia aberta.

    7. (CESPE TCE-RO 2013)

    O gio pago na aquisio de participaes acionrias avaliadas pelo mtodo da equi-valncia patrimonial, com fundamento econmico na diferena de valor dos ativos lquidos da investida, deve ser baixado do ativo da investidora proporcionalmente realizao dos ativos que lhe deu origem, a dbito da conta de resultado de equivaln-cia patrimonial.

    ()Certo()Errado

    Com relao contabilizao de investi-mentos em coligadas e controladas, julgue o item a seguir, desconsiderando qualquer efeito tributrio.

    8. (CESPE ANATEL 2014)

    Suponha que o lucro lquido da empresa Delta, no final de 2013, tenha sido de R$ 600.000. Suponha, ainda, que 10% desse lucro no tenham sido realizados naque-

    le perodo e que sejam referentes a uma operao de venda de estoque para a con-troladora, que detm 30% de participao na empresa Delta. Nessa situao, a con-troladora dever reconhecer o valor de R$ 180.000 como resultado da equivalncia patrimonial em 2013.

    ()Certo()Errado

    No item a seguir apresentada uma situa-o hipottica acerca do processo contbil de reconhecimento, mensurao e eviden-ciao, seguida de uma assertiva a ser jul-gada.

    A investidora Delta possui 40% de partici-pao na investida Gama. Durante o exer-ccio 20X1, a empresa investidora Delta adquiriu $ 500.000,00 de mercadorias da investida, com custo de $ 350.000,00. Ao final de 20X1, a investidora Delta apurou a venda de 25% das mercadorias adquiridas da investida, com custo de $ 125.000,00. Nesse mesmo perodo, a investida Gama apurou lucro no valor de $ 250.000,00.

    9. (CESPE BACEN 2013)

    Nessa situao, o lanamento contbil para o reconhecimento do resultado positivo de equivalncia patrimonial deve ser o seguinte:

    D participao em Gama

    C resultado positivo de equivalncia pa-trimonial $ 55.000,00

    ()Certo()Errado

    10. (Cespe TJ-AC 2012)

    Uma sociedade empresria mantm inves-timentos em uma coligada avaliados pelo mtodo da equivalncia patrimonial. A coli-gada apurou lucro no final do perodo. Nes-sa situao, no mesmo perodo, a sociedade empresria investidora dever fazer um lan-

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    amento a dbito de investimentos em co-ligadas (ativo no circulante) e a crdito de equivalncia patrimonial (resultado).

    ()Certo()Errado

    11. (Cespe 2011)

    A legislao vigente determina que sejam coligadas as sociedades nas quais a inves-tidora tenha influncia significativa, isto , quando a investidora detm ou exerce o po-der de participar nas decises das polticas financeiras ou operacionais da investida, sem, contudo, control-la. Essa influncia significativa tambm presumida quando a companhia investidora, nas mesmas condi-es anteriores, possuir 10% do capital vo-tante da investida.

    ()Certo()Errado

    Gabarito:1. E2. E3. E4. E5. C6. E7. C8. C9. E10. C11. E

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    DEMONSTRAES CONSOLIDADAS

    Objetivo

    Demonstraes consolidadas so as demonstraes contbeis de grupo econmico , em que os ativos, passivos, patrimnio lquido, receitas, despesas e fluxos de caixa da

    controladora e de suas controladas so apresentados como se fossem uma nica entidade eco-nmica.

    Obrigatoriedades

    De acordo com o art. 249 da Lei das Sociedades por Aes (n 6.404, de 15.12.76), temos que:

    As Companhias Abertas que tiverem mais de 30 por cento do valor de seu patrimnio lquido representado por investimentos em sociedades controladas , devero elaborar e divulgar, jun-tamente com suas demonstraes financeiras, as demonstraes consolidadas.

    Diz ainda no pargrafo nico do referido artigo:

    A CVM poder expedir normas sobre as sociedades cujas demonstraes devam ser abrangidas na consolidao, e:

    Determinar a incluso de sociedades que, embora no controladas, sejam financeiras ou administrativamente dependentes da Companhia;

    Autorizar, em casos especiais, a excluso de uma ou mais sociedades controladas.

    Principais ajustes de eliminaes

    1. Investimentos

    Para efeito de consolidao e de acordo com as normas gerais, os investimentos nas subsidi-rias so eliminados contra a correspondente proporo no patrimnio lquido das subsidirias.

    De acordo com a Lei das Sociedades Annimas, todos os investimentos relevantes devem ser avaliados pelo mtodo de equivalncia patrimonial, portanto, por ocasio da consolidao te-remos o valor dos investimentos registrados pela

    controladora na mesma proporo de participao no patrimnio das controladas.

    Ajuste no consolidado:

    D: Patrimnio Lquido (controlada)

    C: Investimentos (controladora)

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    2. Saldos Intercompanhias

    Todas as transaes de dbito e crdito existentes entre as companhias do grupo devem ser eliminadas.

    Por ocasio da preparao das demonstraes financeiras consolidadas, todos os saldos deve-dores e credores entre controladora e controladas devem ser identificados e eliminados.

    Ajuste no consolidado:

    D: Contas a Pagar (empresas do grupo)

    C: Contas a Receber (empresas do grupo)

    3. Lucros nos estoques no realizados

    Os lucros nos estoques no realizados so decorrentes das transaes de compra e venda entre a controladora e controladas.

    No consolidado, o saldo dos estoques obtido atravs da somatria dos saldos das contas de estoque de cada Companhia consolidada, e representativa deduo da parcela de lucros no realizados nos estoques, por no ter sido transacionado com terceiros.

    Ajuste do consolidado:

    D: Vendas

    C: Custo de Vendas

    C: Estoques

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    Questes

    Julgue o item seguinte, a respeito das pr-ticas contbeis brasileiras e do balano pa-trimonial.

    1. (CESPE ABIN 2010)

    A consolidao do balano patrimonial per-mite apresentar aos usurios as informa-es patrimoniais e financeiras de um gru-po empresarial como se fosse de uma nica entidade contbil.

    ()Certo()Errado

    A respeito da consolidao de demonstra-es contbeis, julgue o item que se segue.

    2. (CESPE CADE 2014)

    Considere que a companhia X tenha adqui-rido 100% da companhia Y. Nessa situao, na elaborao da demonstrao consolida-da, dever ser efetuado um lanamento de ajuste que retifica totalmente o patrimnio lquido de Y. Alm disso, o valor correspon-dente ao investimento, registrado no balan-o da companhia X, no dever ser objeto de ajuste para efeitos de consolidao.

    ()Certo()Errado

    No que se refere consolidao das de-monstraes contbeis, julgue o prximo item.

    3. (CESPE MPU 2013)

    Na consolidao das demonstraes cont-beis, devero ser excludas as parcelas dos resultados do exerccio, dos lucros ou preju-zos acumulados e do custo de estoques ou do ativo no circulante que corresponde-

    rem a resultados, ainda no realizados, de negcios entre as sociedades.

    ()Certo()Errado

    Em relao consolidao das demonstra-es contbeis e demonstraes separa-das, julgue o item a seguir.

    4. (CESPE ANATEL 2014)

    O balano patrimonial consolidado apre-sentado por uma empresa controladora que tenha, por exemplo, 70% de participao acionria da empresa investida, deve apre-sentar, separadamente, as participaes de no controladores, dentro do patrimnio l-quido.

    ()Certo()Errado

    No que se refere consolidao das de-monstraes contbeis, julgue o prximo item.

    5. (CESPE ANTAQ 2014)

    No processo de consolidao das demons-traes contbeis, devem ser mantidos to-dos os saldos a receber e a pagar decorren-tes de transaes entre as empresas.

    ()Certo()Errado

    No que se refere consolidao das de-monstraes contbeis, julgue o prximo item.

    6. (CESPE ANTAQ 2014)

    A consolidao das demonstraes cont-beis tem por finalidade apresentar infor-maes contbil-financeiras de forma mais

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    abrangente aos usurios da informao, transformando controladora e suas contro-ladas em uma nica empresa com persona-lidade jurdica.

    ()Certo()Errado

    Acerca da consolidao das demonstra-es contbeis, julgue o item subsecutivo.

    7. (CESPE STJ 2015)

    Os resultados decorrentes de transaes intragrupo que sejam reconhecidos no ativo, a exemplo da venda de estoques e de itens do ativo imobilizado, somente devem ser eliminados das demonstraes contbeis consolidadas quando tais ativos forem negociados com terceiros.

    ()Certo()Errado

    Considerando o disposto nos pronuncia-mentos tcnicos do CPC, julgue o item a seguir.

    8. (CESPE TJ-SE 2014)

    Tratando-se de demonstraes consolida-das, a empresa controladora deve apresen-tar as participaes de no controladores no ativo do balano patrimonial consolida-do, separadamente do patrimnio lquido.

    ()Certo()Errado

    9. (CESPE CEGER-ES 2013)

    A empresa XYZ, companhia aberta que con-trola a empresa ABC com 80% de participa-o acionria, coligada da empresa PQR. Em 2012, a empresa XYZ realizou as seguin-tes operaes:

    aquisio de novas participaes acionrias na empresa ABC por R$ 200.000,00.

    aquisio de novas participaes acionrias na empresa PQR por R$ 120.000,00.

    venda de estoques para a empresa ABC, que j revendeu esses estoques para os seus clientes. A empresa XYZ obteve um lucro de R$ 10.000,00 nessa operao.

    venda de um imvel para a empresa ABC, que ainda mantm esse imvel em seu patrimnio. A empresa XYZ obteve um lucro de R$ 25.000,00 na operao.

    concesso de emprstimos para a em-presa ABC, no valor de R$ 150.000,00.

    Com base nas operaes apresentadas, correto afirmar que

    a) o lucro obtido com a venda de estoques para a empresa ABC considerado um lucro no realizado e, portanto, deve ser eliminado no processo de consoli-dao.

    b) a participao dos acionistas no con-troladores, no percentual de 20%, ser apresentada no patrimnio lquido do balano patrimonial consolidado, sepa-radamente do patrimnio lquido dos proprietrios da controladora.

    c) o lucro de R$ 25.000,00 que a empre-sa XYZ obteve na venda do imvel para a empresa ABC ser eliminado na de-monstrao de resultado consolidada, por meio de um dbito na receita aufe-rida pela empresa XYZ e um crdito na despesa incorrida pela empresa ABC.

    d) a aquisio de novas participaes acio-nrias na empresa PQR, no valor de R$ 120.000,00, ser eliminada por ocasio do processo de consolidao a cargo da empresa XYZ.

    e) a concesso de emprstimos para a em-presa ABC, no valor de R$ 150.000,00, no ser eliminada por ocasio do pro-cesso de consolidao a cargo da em-presa XYZ.

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    No item a seguir apresentada uma situa-o hipottica, seguida de uma assertiva a ser julgada.

    10. (CESPE PF 2013)

    As companhias Ydra e Kithero investiram na companhia Xios, detendo, respectivamente, 44,5% e 9% das aes ordinrias emitidas por essa companhia. A companhia Ydra no investiu na companhia Kithero, mas realizou com ela um acordo, segundo o qual a Kithero sempre seguiria os votos da Ydra nas decises relativas Xios. Nessa situao, correto afirmar que as demonstraes financeiras da Xios devero, obrigatoriamente, ser consolidadas pela companhia Ydra.

    ()Certo()Errado

    Julgue o item a seguir, relativo s regras es-tabelecidas pela Comisso de Valores Mo-bilirios para a consolidao de demons-traes contbeis.

    11. (CESPE TCE-RO 2013)

    Considere a seguinte situao hipottica. A controlada ABC vendeu para a controladora XYZ, por R$ 160.000,00, mercadorias que haviam sido adquiridas de terceiros por R$ 140.000,00. Dias depois, a XYZ revendeu essas mercadorias a seus clientes por R$ 170.000,00. Nessa situao, o lucro de R$ 20.000,00, obtido pela ABC na transao com a XYZ, foi eliminado no processo de consolidao das demonstraes contbeis do grupo, tendo sido baixado de receitas de vendas e de estoques de mercadorias.

    ()Certo()Errado

    12. (CESPE TCE-ES 2013)

    Uma empresa controladora vendeu para sua controlada, por R$ 250.000,00, mercadorias que haviam custado R$ 185.000,00 e, no mesmo exerccio, a controlada vendeu parte dessas mercadorias por R$ 215.000,00, restando em seu estoque 2/5 do que havia comprado da controladora.

    Para efeitos de consolidao dos balanos, assinale a opo que apresenta o registro contbil de eliminao dessa transao.

    a) dbito custo da merc. vendida 150.000,00dbito estoque 65.000,00crdito receita de vendas 215.000,00

    b) dbito receita de vendas 250.000,00crdito custo da merc. vendida 224.000,00crdito estoque 26.000,00

    c) dbito receita de vendas 250.000,00crdito custo da merc. vendida 215.000,00crdito estoque 35.000,00

    d) dbito receita de vendas 250.000,00crdito custo da merc. vendida 185.000,00crdito estoque 65.000,00

    e) dbito estoque 65.000,00dbito custo da merc. vendida 185.000,00crdito receita de vendas 250.000,00

    Gabarito:1. C2. E3. C4. C5. E6. E7. E8. E9. D10. C11. E12. B

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    CONTABILIDADE DE CUSTOS

    Introduo

    A Contabilidade de Custos surgiu com o advento do sistema produtivo, ou seja, com a Revoluo Industrial, na Inglaterra, no final do sculo XVIII. O surgimento da contabilidade de custos aconteceu em decorrncia do surgimento de empresas com sistema produtivo, que necessitavam de informaes contbeis diferentes daquelas desenvolvidas pelas empresas comerciais da era mercantilista.

    O sistema desenvolvido nessa poca visava avaliar os custos de transformao de cada processo e da mo-de-obra empregada, com o objetivo de fornecer referncia para medir a eficincia do processo de produo. Atualmente a sobrevivncia das organizaes depende cada vez mais das prticas gerenciais de apurao, anlise, controle e gerenciamento dos custos de produo dos bens e servios, principalmente no atual ambiente de extrema competio.

    Importante notar que durante muito tempo se pensou que a Contabilidade de Custos se referia apenas ao custeamento dos produtos e que servia somente s empresas industriais. Todavia, atualmente, esse ramo da Contabilidade constitudo de tcnicas que podem ser aplicadas a muitas outras atividades, inclusive, e principalmente, aos servios pblicos e ainda s empresas no-lucrativas.

    A Contabilidade de Custos engloba tcnicas de Contabilidade Geral e outras tcnicas extras contbeis para o registro, organizao, anlise e interpretao dos dados relacionados produo ou prestao de servios.

    Conceito e objetivos da contabilidade de custos

    Conjunto de registros especiais utilizados para identificar, mensurar e informar os custos dos produtos/servios.

    Com base no domnio dessas tcnicas, como usurios, suas tomadas de decises gerenciais sero sensivelmente facilitadas.

    A idia bsica de custos, atualmente, de que eles devem ser determinados, tendo em vista o uso a que se destinam. A diversidade de objetivos da Contabilidade de Custos torna difcil estabelecer um s tipo de custo da produo, que se adapte a todas as necessidades. Cada utilizao de custo requer, de fato, diferentes tipos de custos. Por isso, a Contabilidade de Custos, quando acumula os custos e os organiza em informaes relevantes, pretende atingir trs objetivos principais: a determinao do lucro, o controle das operaes e a tomada de decises.

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    FINALIDADE DA CONTABILIDADE DE CUSTOS

    A Contabilidade de Custos ocupa-se da classificao, agrupamento, controle e atribuio dos custos, sendo que os custos coletados servem a trs finalidades principais:

    a) Fornecer dados de custos para a medio dos lucros e avaliao dos estoques.

    b) Fornecer informaes aos dirigentes para o controle das operaes e atividades da empresa.

    c) Fornecer informaes para o planejamento da direo e a tomada de decises.

    CONCEITOS APLICADOS CONTABILIDADE DE CUSTOS

    GASTO

    Sacrifcio financeiro com que a entidade arca para obteno de um produto ou servio qualquer.

    INVESTIMENTOS

    So os gastos que tm como contrapartida um ativo.

    CUSTOS

    So os gastos relativos a bens ou servios utilizados na produo de outros bens ou servios.

    DESPESAS

    Representam os bens ou servios consumidos direta ou indiretamente para a obteno de receitas. A diferenciao entre custos e despesas importante para a contabilidade financeira, pois os custos so incorporados aos produtos (estoques), ao passo que as despesas so levadas diretamente ao resultado do exerccio.

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    Classificao em Relao aos Produtos Fabricados:

    CUSTO DIRETO

    So os custos apropriados diretamente a cada produto fabricado, sem a necessidade de rateios. Estes custos podem ser identificados na composio do produto, e variam de acordo com a quantidade produzida.

    Exemplos = Matrias primas, embalagens e outros materiais diretos, mo de obra direta.

    CUSTO INDIRETO

    So gastos necessrios produo, mas nem sempre podem ser identificados e mensurados em cada unidade do produto. Para se chegar ao custo de produo, necessrio fazer um rateio desses custos para determinar o quanto cabe a cada produto.

    Exemplos = Aluguel da fbrica, imposto predial da fbrica, seguro da fbrica, manuteno da fbrica, depreciao, materiais indiretos, mo de obra indireta, energia eltrica da fbrica.

    Classificao dos Custos em Relao aos Nveis de Produo

    CUSTO FIXO

    So os custos cujos valores gastos so os mesmos independentemente da quantidade produzida, ou seja, no sofrem variaes em razo do volume de produo.

    Exemplos = Seguro da fbrica, aluguel da fbrica, o IPTU, salrio da administrao, manuteno da fbrica, mo de obra indireta (chefia, superviso).

    CUSTO VARIVEL

    So os custos cujos valores alteram de acordo com a quantidade produzida.

    Exemplo = Matria prima, embalagens, mo de obra direta, energia eltrica consumida na fbrica, materiais indiretos.

    CLASSIFICAO DAS DESPESAS

    Despesas Fixas so gastos cuja variao no est vinculada ao volume de vendas da empresa .

    Despesas Variveis so gastos cuja variao est vinculada ao volume de vendas da empresa. Por exemplo: comisso sobre vendas.

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    TRATAMENTO DOS CUSTOS E DAS DESPESAS

    Componentes Bsicos dos Custos

    Material direto

    Mo-de-obra direta

    Custos indiretos de fabricao

    Mo-de-obra direta

    composta por todo o trabalho aplicado diretamente na execuo do produto, ou de suas partes e componentes, seja esse especializado ou no.

    Todo o salrio devido ao operrio que trabalha diretamente no produto, cujo tempo pode ser identificado com a unidade que est sendo produzida.

    Custos Indiretos de Fabricao (CIF)

    Representa todos os demais custos industriais que no podem ser identificados com um produto especfico, devendo ser alocados ou distribudos aos produtos na base de rateios.

    Inclui:

    Aluguel da fbrica Materiais indiretos Seguro Impostos Depreciao Entre outros.

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    Custo Direto: esto associados diretamente produo. MD + MOD

    Custo Primrio: MP + MOD

    Custo de Transformao: representam o esforo da empresa para transformar o material adquirido do fornecedor.

    MP + CIF

    CUSTO DOS PRODUTOS EM ELABORAO (Conta do ATIVO-ESTOQUES)

    Corresponde aos custos apropriados aos produtos que esto em fase intermediria de produo.

    CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS o valor correspondente aos gastos incorridos, como Materiais Diretos (Matrias-Primas, Insumos e Embalagens), Mo-de-Obra, Custos Indiretos de Fabricao (ou Gastos Gerais de Fabricao), aplicados na fabricao dos produtos que foram vendidos.

    Exemplo Prtico:

    Os dados da produo de uma empresa, em um determinado ms, so os seguintes:

    Itens Valores em R$

    Custos Indiretos do perodo 3.500.000Estoque Final de Prod. Acabados 400.000Estoque Final de Prod. em Elaborao 600.000Estoque Inicial de Produtos Acabados 900.000Estoque Inicial de Prod. em Elaborao 800.000Matria-Prima consumida no perodo 2.000.000Outros Custos Diretos no perodo 2.500.000

    O custo total da produo no ms

    a) R$ 7.000.000.b) R$ 8.000.000.c) R$ 8.200.000d) R$ 8.300.000.e) R$ 8.800.000.

    O Custo da produo acabada

    a) R$ 8.000.000.b) R$ 8.200.000.c) R$ 8.300.000.d) R$ 8.700.000.e) R$ 8.800.000.

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    O custo da produo vendida

    a) R$ 9.000.000.b) R$ 8.800.000.c) R$ 8.700.000.d) R$ 8.500,000.e) R$ 8.300.000.

    O total de produtos acabados disponveis para a venda

    a) R$ 8.700.000.b) R$ 8.800.000.c) R$ 9.000.000.d) R$ 9.100.000.e) R$ 9.400.000.

    Indique se a informao est Certa ou Errada:

    a () um gasto uma contrapartida necessria obteno de um bem ou servio.

    b () um gasto pode ter como contrapartida um investimento, um custo ou uma despesa.

    c () O investimento um gasto que tem como contrapartida um ativo.

    d () a despesa representa um investimento.

    e () Custo a aquisio de bens e servios que se incorporam ao patrimnio.

    f () na compra de matria prima temos um investimento.

    g () custo o gasto necessrio produo de um bem.

    h () Os gastos posteriores produo, necessrios para a venda e para a administrao do produto, tambm so custos.

    i () a depreciao dos equipamentos industriais faz parte do custo do produto.

    j () perda anormal o sacrifcio patrimonial involuntrio.

    k () quando da sua aquisio a matria prima e tratada como custo.

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    Questes

    1. (CESPE SEFAZ-ES 2013)

    Assinale a opo em que se indicam, res-pectivamente, investimentos, custos, des-pesas e perdas.

    a) aquisio de mquinas para fbrica; compra de matria-prima, frete de ven-das, deteriorao de produtos acaba-dos por inundao

    b) aquisio de mquinas para fbrica, energia eltrica consumida no parque industrial, frete de vendas, deteriorao de produtos acabados por inundao

    c) comisses sobre vendas, salrio dos vendedores, aquisio de matria-pri-ma, seguro da fbrica

    d) aquisio de mquinas para fbrica, compra de matria-prima, mo de obra direta, fogo em lote de produtos em produo

    e) compra de imvel para instalao da f-brica, salrio dos vendedores, aquisio de matria-prima, seguro da fbrica

    Com relao aos conceitos e aplicaes atinentes a custos em geral, julgue o item subsequente.

    2. (CESPE ANTAQ 2009)

    A contabilidade est crescentemente foca-da em sistemas de informao que permi-tam melhor gerenciamento de custos, cons-tituindo parte do domnio da contabilidade gerencial. A contabilidade de custos, como suporte para a tomada de decises, es-sencial para: introduzir ou cortar determi-nado produto, determinar preos, definir a melhor opo entre comprar ou produzir.

    ()Certo()Errado

    Acerca da terminologia e da classificao utilizadas na contabilidade de custos, jul-gue o item a seguir.

    3. (CESPE CGE-PI 2015)

    Em uma empresa industrial, cuja poltica de pagamentos estabelece que as compras se-jam pagas com trinta dias contados a par-tir da data da aquisio, a matria-prima representa uma despesa, no momento em que adquirida pela empresa, e um custo, ao ser consumida no processo produtivo.

    ()Certo()Errado

    A respeito da terminologia aplicada con-tabilidade de custos e distino entre custos e despesas, julgue o item.

    4. (CESPE CGE-PI 2015)

    Investimentos so os gastos essenciais produo, como aqueles realizados, por exemplo, com o objetivo de adquirir novos produtos ou servios.

    ()Certo()Errado

    Tendo em vista que os custos podem ser classificados quanto forma de apropria-o ou quanto variabilidade, julgue o item a seguir.

    5. (CESPE CGE-PI 2015)

    Quanto maior for o volume de produo, maior ser o custo fixo por unidade produ-zida.

    ()Certo()Errado

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    Tendo em vista que os custos podem ser classificados quanto forma de apropria-o ou quanto variabilidade, julgue o item a seguir.

    6. (CESPE CGE-PI 2015)

    Como os custos variveis esto inversamen-te relacionados com o volume de produ-o, quanto maior a quantidade produzida, menores sero os custos variveis totais de produo.

    ()Certo()Errado

    Com relao a custo fixo, custo varivel e custo total, julgue o item que se segue.

    7. (CESPE TCU 2015)

    Calcula-se o custo fixo unitrio dividindo-se o custo fixo total pela quantidade produzi-da. Assim, com o aumento da quantidade produzida, diminui-se o custo fixo unitrio.

    ()Certo()Errado

    8. (CESPE TCU 2015)

    Em tese, os custos diretos correspondem aos gastos facilmente mensurados e dire-tamente aplicados produo, como, por exemplo, os referentes a mo de obra direta e consumo de materiais diretos.

    ()Certo()Errado

    Acerca da classificao de custos, julgue o prximo item.

    9. (CESPE TCE-PA 2016)

    Na distino entre custo e despesa, os ter-mos custo dos produtos vendidos e custo das mercadorias vendidas, como comumen-te aparecem nas demonstraes de resulta-dos, no so rigorosamente corretos, uma vez que constituem despesas.

    ()Certo()Errado

    Em relao terminologia aplicada con-tabilidade de custos, julgue o item a seguir.

    10. (CESPE TCE-PA 2016)

    Os gastos para a obteno de bens que se destinem aos estoques da entidade so considerados investimentos.

    ()Certo()Errado

    Em relao terminologia aplicada con-tabilidade de custos, julgue o item a seguir.

    11. (CESPE TCE-PA 2016)

    Na compra vista de um computador para ser utilizado no escritrio de uma empre-sa de auditoria, ocorrem um desembolso e uma despesa, representados pela entrega imediata de recursos ao fornecedor.

    ()Certo()Errado

    Em relao terminologia aplicada con-tabilidade de custos, julgue o item a seguir.

    12. (CESPE TCE-PA 2016)

    No fluxo de fabricao e venda de um pro-duto, a aquisio de matria-prima um gasto que se transforma em custo no mo-mento de sua utilizao no processo produ-tivo, e em despesa, quando ocorre a venda do produto fabricado.

    ()Certo()Errado

    Julgue o item que se segue, acerca da clas-sificao de custos.

    13. (CESPE TCE-PA 2016)

    luz dos conceitos de custo e despesa, o termo despesa indireta de fabricao no correto, uma vez que utilizado comumen-te para designar gastos que tm caracters-ticas de custos.

    ()Certo()Errado

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    Tendo em vista que os custos podem ser classificados quanto forma de apropria-o ou quanto variabilidade, julgue o item a seguir.

    14. (CESPE TCU 2015)

    Custos com aluguel de fbrica, mo de obra indireta, manuteno da fbrica e material indireto devem respeitar um critrio de ra-teio e so facilmente apropriveis ao custo do produto; por isso, eles constituem gastos indiretos.

    ()Certo()Errado

    Com relao aos sistemas de custos, julgue o item a seguir.

    15. (CESPE TCU 2013)

    Os custos do perodo so todos aqueles no includos nos custos do produto. De acordo com o regime de competncia, esses custos so considerados despesas na demonstra-o de resultado do perodo em que eles ocorreram.

    ()Certo()Errado

    Com relao aos sistemas de custos, julgue o item a seguir.

    16. (CESPE TCU 2013)

    Os custos so gastos essenciais produo, visto que os fatores produtivos so utiliza-dos com o objetivo de adquirir novos pro-dutos ou servios.

    ()Certo()Errado

    Gabarito:1. B2. C3. E4. E5. E6. E7. C8. C9. C10. C11. E12. C13. C14. E15. C16. C

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    MTODOS DE CUSTEIO

    Apropriao de Custos aos Produtos

    Os mtodos de apropriao dos custos aos produtos, so tambm chamados de mtodos de custeio, dentre os quais destacamos e apresentamos na sequncia os conceitos de custeio por absoro, custeio varivel

    Custeio por Absoro

    Custeio por Absoro o mtodo derivado da aplicao dos princpios de contabilidade geralmente aceitos, nascido da situao histrica mencionada. Consiste na apropriao de todos os custos de produo aos bens elaborados, e s os de produo; todos os gastos relativos ao esforo de produo so distribudos para todos os produtos ou servios feitos.

    O custeio por absoro uma imposio do Regulamento do Imposto de Renda, que determina que os produtos em fabricao e os produtos acabados sero avaliados pelo custo de produo.

    A Auditoria Externa tem-no como bsico. Apesar de no ser totalmente lgico e de muitas vezes falhar como instrumento gerencial, obrigatrio para fins de avaliao de estoques (para apurao do resultado e para o prprio balano).

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    Vantagens custeio por absoro

    a) Aparentemente, sua filosofia bsica alia-se aos preceitos contbeis geralmente aceitos, principalmente aos fundamentos do regime de competncia.

    b) aceito para fins de relatrios externos.

    c) Alocao de todos os custos pode melhorar a utilizao dos recursos escassos de uma empresa reduzindo consumos excessivos.

    Exemplo (1): Determinada indstria incorre em custos variveis de R$ 200.000,00, custos fixos de R$ 120.000,00 e despesas de R$ 40.000,00. Considerando que a sociedade vendeu metade das unidades produzidas por R$ 250.000,00, apresentar o resultado do perodo de acordo com o custeio por absoro.

    Custeio Varivel ou direto

    o sistema de custeio que considera como custo da produo somente os custos variveis. Os custos fixos pelo fato de existirem mesmo que no exista produo no so considerados como custo de produo e sim alocados como despesas.

    Neste sistema os custos dos produtos vendidos e os estoques finais de produtos em elaborao e acabados s contero custos variveis

    Exemplo (1): Determinada indstria incorre em custos variveis de R$ 200.000,00, custos fixos de R$ 120.000,00 e despesas de R$ 40.000,00. Considerando que a sociedade vendeu metade das unidades produzidas por R$ 250.000,00, apresentar o resultado do perodo de acordo com o custeio varivel.

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    Questes

    17. Custeio por absoro atende aos princpios fundamentais de contabilidade, por incluir todos os custos necessrios para serem confrontados com a receita, por ocasio da venda do produto.

    ()Certo()Errado

    18. Em um perodo de inflao elevada, o custo das mercadorias vendidas apurado segun-do o critrio de avaliao de estoques PEPS deve apresentar valor maior que aquele que seria apurado, caso se adotasse o crit-rio UEPS.

    ()Certo()Errado

    19. O sistema de custeio por absoro utiliza-do, principalmente, para atender necessi-dades gerenciais; o custeio direto ou vari-vel, para preparar o custo de estoques e de produtos vendidos das demonstraes con-tbeis oficiais objeto de divulgao.

    ()Certo()Errado

    20. No custeio por absoro apropriam-se aos produtos elaborados todos os custos de produo, quer fixos, quer variveis, quer diretos ou indiretos, e to somente os cus-tos de produo.

    ()Certo()Errado

    21. Os custos fixos tendem a ser muito mais um encargo para que a empresa possa ter con-dies de produo do que sacrifcio para a fabricao especfica desta ou daquela uni-dade. Assim sendo, no h, normalmente, grande utilidade para fins gerenciais no uso

    de um valor onde existem custos fixos apro-priados.

    ()Certo()Errado

    22. Quando se apropriam custos fixos aos pro-dutos, o custo de determinado produto pode variar em funo no s de seu volu-me, mas tambm em funo da quantidade dos outros bens fabricados.

    ()Certo()Errado

    23. No custeio varivel ou custeio direto s so alocados aos produtos os custos diretos, ficando os fixos e os indiretos variveis se-parados e considerados como despesas do exerccio, indo diretamente para o Resulta-do.

    ()Certo()Errado

    Esto corretas somente as afirmaes

    24. Se, em um determinado exerccio social, uma empresa industrial vender menos uni-dades do que fabricou nesse perodo, o lu-cro obtido pelo mtodo do custeio varivel ser menor do que pelo mtodo do custeio por absoro.

    ()Certo()Errado

    25. No custeio por absoro, os custos fixos so lanados diretamente em conta de resulta-do.

    ()Certo()Errado

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    26. A legislao do imposto de renda no per-mite a utilizao do mtodo do custeio vari-vel para a determinao do custo dos pro-dutos vendidos das pessoas jurdicas que optarem pela tributao com base no lucro real.

    ()Certo()Errado

    Com relao aos mtodos de custeio, jul-gue o item seguinte.

    27. (CESPE TCU 2013)

    No mtodo de custeamento varivel, os cus-tos variveis diretos so alocados aos bens ou servios. Desse modo, apenas os custos variveis, mensurados objetivamente, so considerados no valor do bem sem a utili-zao de mtodos de rateio, pois no sofre-ram processos arbitrrios ou subjetivos.

    ()Certo()Errado

    Com relao contabilidade de custos, im-portante ferramenta para a apurao de resultados e para a gesto empresarial, jul-gue o item que se segue.

    28. (CESPE TCE-ES 2012)

    A metodologia de custeio varivel, apesar de amplamente utilizada para fins geren-ciais, no pode ser utilizada no Brasil para fins de publicao societria ou de apura-o fiscal.

    ()Certo()Errado

    Em relao classificao e terminologia de custos, julgue o item a seguir.

    29. (CESPE ANAC 2012)

    O custo varivel uniforme por unidade, mas varia em relao ao total, na proporo direta das variaes da atividade ou do vo-lume de produo relacionado.

    ()Certo()Errado

    No que se refere gesto econmica, jul-gue o item a seguir.

    30. (CESPE ANAC 2009)

    No custeio varivel, ou direto, a totalidade dos custos, fixos e variveis, alocada aos produtos.

    ()Certo()Errado

    Em relao aos conceitos de custos e meto-dologias de custeio, julgue o item a seguir.

    31. (CESPE ANATEL 2014)

    O custeio varivel incorpora ao produto apenas os custos cujo montante varia com o volume de produo, ou seja, essencial-mente matrias primas diretas e mo de obra direta.

    ()Certo()Errado

    Com relao aos custos, julgue o item.

    32. (CESPE ANATEL 2014)

    Um custo cujo montante seja incrementado quando cresce o volume de produo, mas seja constante para cada unidade produzi-da, um custo varivel.

    ()Certo()Errado

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    custos variveis unitrios R$

    matria-prima direta 15

    mo de obra direta 7

    custos indiretos variveis de produo 8

    despesas variveis sobre vendas 2

    custos fixos no perodo R$

    custos indiretos fixos de produo 300 mil

    despesas administrativas e de vendas fixas

    500 mil

    Determinada empresa incorreu nos custos e nas despesas mostrados acima, em um perodo em que foram produzidas 25 mil unidades de seu nico produto e vendidas 20 mil unidades desse produto, no haven-do quaisquer espcies de estoques iniciais nem de estoques finais de produtos em processamento.

    Com base nessa situao hipottica e con-siderando que os dados acima descritos se-jam os nicos dados relevantes, julgue os prximos itens.

    33. (CESPE FUB 2015)

    O estoque final de produtos acabados, apu-rado pelo mtodo do custeio varivel, apre-senta valor superior a R$ 200 mil.

    ()Certo()Errado

    34. (CESPE FUB 2015)

    O custo varivel total cresce com o aumento da produo do bem, estando, portanto, re-lacionado com a quantidade produzida.

    ()Certo()Errado

    35. (CESPE FUB 2015)

    A diferena entre o lucro operacional lqui-do do perodo apurado pelo mtodo do cus-

    teio por absoro e o apurado pelo mtodo do custeio varivel inferior a R$ 70 mil.

    ()Certo()Errado

    Com relao a custo fixo, custo varivel e custo total, julgue o item que se segue.

    36. (CESPE TCU 2015)

    O custo total unitrio pode ser calculado de duas maneiras distintas: somando-se o cus-to fixo unitrio com o custo varivel unit-rio ou dividindo-se o custo total que a soma dos custos fixos e dos custos variveis pela quantidade produzida.

    ()Certo()Errado

    Julgue o seguinte item, acerca dos mto-dos de custeio.

    37. (CESPE STJ 2015)

    No custeio varivel, os custos fixos so se-parados e considerados como despesas do perodo, portanto no so alocados aos pro-dutos. Esse procedimento evita que eventu-ais arbitrariedades, provocadas pelo rateio dos custos fixos, venham a afetar o clculo do custo dos produtos.

    ()Certo()Errado

    Caso o presidente do TCE/RN determine que seja calculado o custo da Ouvidoria do rgo,

    38. (CESPE TCE-RN 2014)

    os vencimentos dos servidores administrati-vos do referido centro de custos sero con-siderados custos indiretos, uma vez que es-ses servidores realizam diversas atividades no mbito da Ouvidoria.

    ()Certo()Errado

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    Em relao aos mtodos de custeio por ab-soro e varivel ou direto, julgue o seguin-te item.

    39. (CESPE TCE-RN 2014)

    O mtodo de custeio varivel ou direto , em alguns casos, incompatvel com os prin-cpios de contabilidade. Todavia, ele pode ser utilizado pela companhia no decorrer do exerccio, desde que, ao final, sejam realiza-dos lanamentos de ajuste para adequ-lo ao custeio por absoro.

    ()Certo()Errado

    A empresa X incorreu nos seguintes custos (em reais) em determinado perodo.

    custos fixos 1.500

    custos variveis diretos 800

    custos variveis indiretos 200

    As vendas lquidas da referida empresa, nesse perodo, totalizaram R$ 3.000.

    Nessa situao hipottica,

    40. (CESPE TCE-RN 2014)

    sob o custeio varivel, o custo dos produtos vendidos pela empresa X seria igual a R$ 1.000.

    ()Certo()Errado

    Com relao aos diversos aspectos do con-trole de custos, julgue o item a seguir.

    41. (CESPE TRE-RJ 2012)

    Se determinada entidade faz o levantamen-to de seus custos apenas pelo mtodo de custeio por absoro, o valor corresponden-te aos custos fixos da entidade est embuti-do em cada unidade de seus produtos.

    ()Certo()Errado

    42. (CESPE SEFAZ-ES 2013)

    Considere que uma indstria tenha apre-sentado os seguintes saldos de contas em 31/12/xxx1:

    aquisio de matria-prima R$ 100.000,00

    aluguel do galpo da fbrica R$ 30.000,00

    mo de obra direta R$ 50.000,00

    matria-prima consumida R$ 90.000,00

    custos gerais fabris R$ 40.000,00

    despesas administrativas R$ 70.000,00

    despesas com comisses R$ 20.000,00

    Considere, ainda, que, no ms de janeiro/xxx1, tenham sido fabricadas 1.000 unida-des e vendidas 750 unidades por R$ 500,00 cada uma e que no tenha havido saldo de estoques iniciais e finais de produtos em elaborao. Tendo como referncia essa si-tuao hipottica, assinale a opo em que se indicam, respectivamente, o saldo de es-toques de produtos acabados e o custo dos produtos vendidos.

    a) R$ 62.500,00; R$ 147.500,00b) R$ 75.000,00; R$ 225.000,00c) R$ 100.000,00; R$ 300.000,00d) R$ 48.500,00; R$ 161.500,00e) R$ 52.500,00; R$ 157.500,00

    43. (CESPE MJ 2013)

    A respeito da utilizao de sistemas de cus-tos para fins de avaliao de estoques, jul-gue o item seguinte.

    Em uma empresa industrial, os custos de produo de determinado perodo so com-postos por custos de converso e custos de matria-prima direta.

    Uma fbrica que adota o custeio por absor-o aplicou R$ 35.000,00 de matria-pri-ma, R$ 15.000,00 de mo de obra direta e R$ 55.000,00 de custos indiretos de fabri-cao em sua produo do ms de setem-

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    bro de 2012. O saldo inicial dos estoques de produtos em elaborao do referido ms foi de R$ 8.000,00 e a fbrica no possua estoque de produtos acabados no incio do ms. Considerando que a fbrica vende seu nico produto por R$ 20,00 a unidade e que foi vendida a produo total de 6.000 uni-dades, julgue o item que se segue.

    ()Certo()Errado

    44. (CESPE ANAC 2012)

    O custo de produo do perodo foi igual a R$ 70.000,00.

    ()Certo()Errado

    45. (CESPE FINEP 2009)

    conta saldo (em R$)

    depreciao acumulada 12.000

    disponvel 12.700

    capital social 19.800

    fornecedores 21.300

    custos fixos 24.000

    matria-prima no perodo 36.000

    mo de obra direta 42.000

    receita de vendas 96.000

    A tabela acima apresenta as informaes contbeis de uma indstria que produziu e vendeu 12.000 unidades de seu produto no perodo.

    Se a indstria adotar o custeio por absor-o, produzir 12.000 unidades e vender 9.000 unidades por R$ 12,50 cada, ento o valor, em reais, do resultado bruto auferido ser igual a

    a) 21.900.b) 22.000.c) 23.600.d) 28.500.e) 36.000.

    Com relao contabilidade de custos e utilizao de custos para fins gerenciais, julgue o item que se segue.

    46. (CESPE TRT 2013)

    De acordo com o mtodo do custeio por absoro, d-se o nome de rateio ao proce-dimento adotado para alocao dos custos que so fixos por unidade produzida.

    ()Certo()Errado

    Acerca dos custos para tomada de decises e dos sistemas de custo e informaes ge-renciais, julgue o item subsectivo.

    47. (CESPE ANTT 2013)

    O custo da produo de uma mercadoria pelo sistema de custeio por absoro con-templa os custos diretos de produo, mas no os indiretos.

    ()Certo()Errado

    A respeito do uso de custos para fins de avaliao de estoques e gesto, julgue o item subsecutivo.

    48. (CESPE ANTT 2013)

    Apesar de o custeio por absoro, que con-sidera o conjunto de custos de produo diretos e indiretos na apurao do valor unitrio do produto, ser aceito para fins societrios e fiscais, no o mais indicado para fins gerenciais, dada a relativa arbitra-riedade existente na determinao do custo geral de produo por unidade.

    ()Certo()Errado

    49. (CESPE CGE-PI 2015)

    No que se refere a mtodos de custeio, jul-gue o item subsequente.

    De acordo com o mtodo de custeio por ab-soro, os custos fixos, embora no sejam ativados, so considerados no resultado

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    medida que os produtos fabricados so vendidos.

    ()Certo()Errado

    custos variveis unitrios R$

    matria-prima direta 15

    mo de obra direta 7

    custos indiretos variveis de produo 8

    despesas variveis sobre vendas 2

    custos fixos no perodo R$

    custos indiretos fixos de produo 300 mil

    despesas administrativas e de vendas fixas

    500 mil

    Determinada empresa incorreu nos custos e nas despesas mostrados acima, em um perodo em que foram produzidas 25 mil unidades de seu nico produto e vendidas 20 mil unidades desse produto, no haven-do quaisquer espcies de estoques iniciais nem de estoques finais de produtos em processamento.

    Com base nessa situao hipottica e con-siderando que os dados acima descritos sejam os nicos dados relevantes, julgue o prximo item.

    50. (CESPE FUB 2015)

    O custo unitrio dos produtos vendidos, pelo mtodo do custeio por absoro, igual a R$ 45.

    ()Certo()Errado

    51. (CESPE FUB 2015)

    Uma indstria produz apenas um produto e realizou os seguintes gastos durante o ms de junho de 2015:

    ()Certo()Errado

    R$

    comisso dos vendedores 20.000

    compra de matria-prima* 50.000

    mo de obra direta 80.000

    outros custos de fabricao 30.000

    salrio da administrao geral 25.000

    salrio da superviso da fbrica 20.000

    *lquido de tributos recuperveis

    Os saldos das contas do estoque, em junho de 2015, eram os seguintes:

    R$

    estoque final de matria-prima 15.000

    estoque final de produtos em elaborao 25.000

    estoque inicial de matria-prima 10.000

    estoque inicial de produtos acabados 20.000

    estoque inicial de produtos em elaborao 30.000

    Considerando esses dados e admitindo que essa indstria utilize o mtodo de cus-teio por absoro, julgue o seguinte item.

    52. (CESPE FUB 2015)

    Se, no ms de junho, a indstria vendeu todos os produtos acabados nos meses an-teriores e 45do que foi produzido no ms, ento o custo dos produtos vendidos foi menor do que os custos de produo no ms de junho.

    53. (CESPE FUB 2015)

    No ms de junho, o custo da matria-prima consumida foi igual a 15 do custo dos pro-dutos elaborados.

    ()Certo()Errado

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    54. (CESPE FUB 2015)

    O custo dos produtos acabados no ms de junho foi igual a R$ 205.000.

    ()Certo()Errado

    Com relao aos mtodos de custeio vari-vel e por absoro, julgue o item que se segue.

    55. (CESPE TCE-SC 2016)

    No custeio por absoro, considerada a existncia de custos fixos e respeitada a ca-pacidade de produo da empresa, quanto maior for o volume de produo, menor ser o custo unitrio do produto.

    ()Certo()Errado

    56. (CESPE PC-PE 2016)

    Em abril de 2016, uma empresa realizou os seguintes gastos para a produo de seu principal produto:

    matria-prima: R$ 25 por unidade; embalagens: R$ 5 por unidade; mo de obra direta: R$ 40 por unidade; custos indiretos

    fixos totais de abril de 2016:

    R$ 90.000;

    custos indiretos variveis totais de abril de 2016:

    R$ 10.000.

    Considerando a inexistncia de estoques de perodos anteriores e que a empresa produ-ziu, em abril de 2016, 5.000 unidades total-mente acabadas do referido produto, os va-lores do custo unitrio de produo de abril de 2016 calculados de acordo com o mto-do do custeio por absoro e com o mtodo do custeio varivel so, respectivamente:

    a) R$ 88 e R$ 32.b) R$ 90 e R$ 32.c) R$ 90 e R$ 72.d) R$ 20 e R$ 70.e) R$ 72 e R$ 90.

    Gabarito:17. C18. E19. B20. C21. C22. C23. E24. C25. E26. C27. C28. C29. C30. E31. C32. C 33. E34. C35. C36. C37. C38. E39. C40. C41. C42. E43. X44. E45. E46. E47. E48. C49. E 50. E51. X52. C53. E54. E55. C56. C

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    RELAO CUSTO/VOLUME/LUCRO

    CONCEITO DE MARGEM DE CONTRIBUIO

    Entende-se por margem de contribuio a diferena entre o preo de venda e a soma das despesas e custos variveis de um produto ou servio.

    A margem de contribuio , em outras palavras, a sobra financeira de cada produto ou diviso de uma empresa para a recuperao ou amortizao das despesas e dos custos fixos de uma entidade e para a obteno do lucro esperado pelos empresrios.

    Outras denominaes: Contribuio para o lucro; Contribuio para o custos fixo; Saldo Marginal; Receita Marginal; Lucro Marginal, etc.

    MARGEM DE CONTIBUIO UNITRIA Corresponde Receita de Venda Unitria (RVU) ou Preo de Venda Unitrio (PVU), diminuda do Custos Variveis Unitrios (CVU) e das Despesas Variveis Unitrias (DVU).

    MCU = PVU (CVU + DVU)

    A Margem de Contribuio Unitria um ndice importante para fundamentar decises relativas ao aumento da produo de determinado produto dentro da capacidade produtiva da empresa.

    PONTO DE EQUILBRIO CONTBIL (PEC) o ponto que revela a quantidade de unidades produzidas e vendidas em que a receita de vendas igual ao custo total do produto, incluindo as despesas, ou seja, em que no h lucro ou prejuzo.

    PEC (Qt) = (Custo Fixo + Despesas Fixas)/MCU =

    PEC (em reais) = PEC (Quantidade) x PVU

    Exemplo 1: Calcular o ponto de equilbrio contbil e em valor de uma empresa que apresenta os seguintes dados (em reais):

    Custos Variveis Unitrios (CVU) 50,00

    Despesas Variveis Unitrias 40,00

    Custos Fixos 30.000,00

    Despesas Fixas 10.000,00

    Preo de Venda Unitrio 100,00

    O ponto de equilbrio contbil em unidades dessa empresa :

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    Representao Grfica do ponto de equilbrio

    Exemplo 2:

    Custos Fixos [CF] = R$ 160.000,00;

    Despesas Fixas (DF) = R$ 40.000,00;

    Receita de Venda Unitria (RVU) ou Preo de Venda Unitrio (PVU) = R$ 40,00;

    Custos Variveis Unitrios (CVU) = R$ 14,00;

    Despesas Variveis Unitrias (DVU) = R$ 6,00.

    Capital Investido no projeto industrial = R$ 1.200.000,00;

    Depreciao das mquinas e equipamentos = R$ 60.000,00.

    Calcular:

    1. Margem de contribuio unitria;

    2. Ponto de Equilbrio em unidades;

    3. Ponto de Equilbrio em Valor;

    4. Resultado com a produo e venda de 11.000 unidades;

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    5. Resultado com a produo e venda de 9.000 unidades.

    CUSTO DE OPORTUNIDADE o rendimento que a sociedade teria caso optasse por outro tipo de investimento, normalmente, no mercado financeiro.

    Exemplo (5): A sociedade industrial Alfa tem por objetivo investir em determinado projeto industrial no valor de R$ 600.000,00. Pretende com o projeto efetuar a produo e venda de 18.000 unidades.

    Considerando que com o mesmo investimento obteria no perodo considerado uma rentabilidade no mercado financeiro equivalente a 8% do valor investido, calcular o custo de oportunidade.

    PE econmico

    O ponto de equilbrio econmico, por sua vez, mostra a quantidade mnima que a empresa ter que vender para assegurar a rentabilidade real dada pela taxa de mnima remunerao do capital investido.

    Q (e) = Custos Fixos + Desp. Fixas + Retorno mnimo s/ PL

    Preo de Venda Custos e despesas variveis

    PONTO DE EQUILBRIO FINANCEIRO

    Representa o Ponto de Equilbrio Contbil, sem ser computado nos Custos Fixos os valores que no sero desembolsados no perodo, no caso, a Depreciao.

    PE financeiro

    Q (f) = Custos Fixos + Desp. Fixas Deprec.

    MCu

    MARGEM DE SEGURANA Percentual mximo da produo vendida que pode ser reduzido sem que a sociedade tenha prejuzo.

    Exemplo: Considerando que determinada indstria tem o ponto de equilbrio com 80.000 unidades e que a produo atual de 100.000 unidades, calcular a Margem de Segurana.

    Exemplo: Determinada indstria automobilstica produz veculos nas seguintes condies:

    Custos e Despesas Variveis por Unidade: R$ 20.000,00

    Custos e Despesas Fixos: R$ 1.000.000,00

    Preo de Venda Unitrio: R$ 45.000,00

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    Determinar:

    1. O Ponto de Equilbrio(em quantidade e valor);

    2. Considerando a venda de 50 unidades indicar o Lucro e a Margem de Segurana;

    LIMITAO DA CAPACIDADE DE PRODUO

    Quando surgir algum fator que limite a capacidade de produo da empresa, devemos procurar utilizar esse recurso da melhor forma possvel, para que a empresa tenha o melhor resultado. E para que isso acontea, precisamos utilizar o conceito de margem de contribuio de uma forma diferente do que vimos na aula anterior.

    Exemplo 2

    Suponha que uma indstria automobilstica produza dois tipos de veculos, um popular e um executivo, com a seguinte estrutura de custos:

    Preo de venda

    Custos e Despesas Variveis

    Margem de Contribuio por unidade

    Modelo Executivo R$ 80.000,00 R$ 66.000,00 R$ 14.000,00

    Modelo Popular R$ 40.000,00 R$ 32.000,00 R$ 8.000,00

    O modelo executivo vem equipado com airbag duplo e tem um mercado estimado em 1.000 unidades e o modelo popular vem com airbag somente para o motorista e tem um mercado estimado em 3.000 unidades. Em determinado ms, a empresa s conseguiu importar 4.000 airbags, quanto dever produzir para maximizar seu lucro?

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    Questes

    Tendo em vista que a anlise de custos um dos principais fatores para a tomada de decises em uma empresa, julgue o item que se segue.

    57. (CESPE ANAC 2012)

    Para se obter a margem de contribuio, os custos fixos e variveis devem ser subtra-dos das vendas.

    ()Certo()Errado

    58. (CESPE SEGER 2008)

    A comisso de formatura da 7 turma do curso de cincias contbeis da faculdade ABC pretende organizar um almoo para ar-recadar fundos para sua festa de formatura. A previso dos custos do evento listada a seguir.

    em reais

    almoo (por pessoa) 20,00

    convites (por pessoa) 2,00

    aluguel do local de realizao do almoo 2.000,00

    gastos com divulgao do evento 1.500,00

    animador do evento 500,00

    brindes para sorteio 5.000,00

    Desconsiderando os efeitos tributrios e sabendo que a comisso de formatura pre-tende cobrar R$ 40,00 por convite, assinale a opo que apresenta, respectivamente, o ponto de equilbrio contbil do evento, em quantidade; a margem de segurana, em quantidade, considerando que 600 convi-tes j foram vendidos; e o lucro que se ter

    com cada ingresso adicional vendido para o evento, respeitado o limite de 800 pessoas.

    a) 450 convites; 150 convites e R$ 20,00b) 500 convites; 100 convites e R$ 20,00c) 450 convites; 150 convites e R$ 18,00d) 550 convites; 50 convites e R$ 40,00e) 500 convites; 100 convites e R$ 18,00

    conta saldo (em R$)

    depreciao acumulada 12.000

    disponvel 12.700

    capital social 19.800

    fornecedores 21.300

    custos fixos 24.000

    matria-prima do perodo 36.000

    mo de obra direta 42.000

    receita de vendas 96.000

    59. (CESPE FINEP 2009)

    A tabela acima apresenta as informaes contbeis de uma indstria que produziu e vendeu 12.000 unidades de seu produto no perodo.

    O valor, em reais, da margem de contribui-o unitria igual a

    a) 0,75.b) 1,50.c) 6,50.d) 8,00.e) 11,00.

    Considere que uma empresa tenha obtido receita de vendas de R$ 200 mil ao vender 10 mil unidades de seu nico produto, ob-tendo lucro operacional lquido de R$ 40

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    mil, antes de deduo do IR. Considere, ainda, que a empresa possua custos e des-pesas fixas de R$ 80 mil. Com base nessas informaes, julgue o prximo item.

    60. (CESPE TRT-17 2013)

    O ndice da margem de contribuio dessa empresa igual a 20%

    ()Certo()Errado

    A respeito do uso de custos para fins de avaliao de estoques e gesto, julgue o item subsecutivo.

    61. (CESPE ANTT 2013)

    Uma empresa com margem de contribui-o de 40% e custos e despesas fixas de $ 125.000 ter que vender mais de $ 400.000 para obter um lucro lquido operacional de $ 50.000.

    ()Certo()Errado

    Determinada indstria fabricou e vendeu 10.000 unidades de seu nico produto no ltimo ms. Seus custos variveis unitrios foram de R$ 20,00 e os fixos totais soma-ram R$ 132.000,00. Seu preo de venda de R$ 35,00 por unidade.

    Com base nessa situao hipottica, julgue o item subsequente.

    62. (CESPE ANS 2013)

    O ndice da margem de contribuio da em-presa superior a 50%.

    ()Certo()Errado

    preo de venda (por unidade) 200

    custos e despesas variveis (por unidade) 100

    custos e despesas fixos (totais) 40.000

    A tabela anterior contm informaes, em reais, referentes a uma empresa que fabri-ca alto-falantes. Com base nessas informa-es, e considerando que a empresa pro-duza e venda, atualmente, 800 unidades do produto por ms, julgue o item a seguir.

    63. (CESPE MPU 2013)

    A margem de segurana da empresa, em quantidades produzidas, igual a 400 uni-dades.

    ()Certo()Errado

    Acerca da margem de contribuio, ferra-menta utilizada pelas empresas para o pla-nejamento e a tomada de deciso, julgue o item a seguir.

    64. (CESPE ANTAQ 2014)

    A margem de contribuio unitria indica o valor com que cada unidade de produto deve colaborar para cobrir as despesas fixas e variveis no perodo.

    ()Certo()Errado

    No que se refere aos mtodos de custeio, julgue o item.

    65. (CESPE TCU 2015)

    O mtodo de custeamento varivel, pelo qual todos os custos variveis so alocados aos bens ou servios, sejam eles diretos ou indiretos, apresenta a vantagem de possibi-litar que se encontre a margem de contri-buio unitria de cada produto, podendo, pois, servir como instrumento de deciso de curto prazo.

    ()Certo()Errado

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    receita de vendas R$ 500.000,00

    ndice da margem de contribuio 20%

    lucro operacional lquido R$ 7.000

    Considerando as informaes acima, rela-tivas empresa industrial hipottica Next, julgue o item subsecutivo.

    66. (CESPE FUB 2013)

    Os custos e despesas variveis da empresa Next superam R$ 300.000,00.

    ()Certo()Errado

    Com relao aos mtodos de custeio vari-vel e por absoro, julgue o item que se segue.

    67. (CESPE TCE-ES 2016)

    A margem de contribuio unitria de um produto afetada pelo reajuste do valor dos custos fixos no perodo de sua produo.

    ()Certo()Errado

    68. (CESPE PE 2016)

    A tabela a seguir apresenta algumas informaes de determinada empresa, relativas ao ms de abril de 2016.

    Considerando-se essas informaes e o fato de que a empresa receba uma demanda extra de um cliente e constate que no tem capacidade suficiente para fornecer tal volume em funo de limitao na disponibilidade de horas-mquinas, o primeiro produto cujo volume de produ-o deve ser reduzido em prol da obteno do melhor resultado para a empresa o modelo

    a) III.b) IV.c) V.d) I.e) II.

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    69. (CESPE TCE-PR 2016)

    A margem de contribuio unitria de de-terminado produto 80, o custo direto va-rivel 20 por unidade, o custo indireto va-rivel 5 por unidade e o custo indireto fixo por unidade 8. Considerando os dados apresentados e os conceitos inerentes aos sistemas de custeio direto e por absoro, assinale a opo correta.

    a) A margem de contribuio deve cobrir os custos fixos e variveis.

    b) A margem de contribuio conceito utilizado, tambm, no mbito do cus-teio por absoro.

    c) A margem de contribuio apresentada decorre de um preo de venda de R$ 100.

    d) A margem de contribuio apresentada decorre de um preo de venda de R$ 105.

    e) A margem de contribuio apresentada decorre de um preo de venda de R$ 113.

    70. (CESPE SEFAZ-AC 2006)

    Para determinar a quantidade a ser produzi-da no ponto de equilbrio, considere a hip-tese de um bem cujo preo unitrio de ven-da R$ 60,00 e o custo unitrio varivel, R$ 20,00, sendo o custo fixo de R$ 120.000,00. Considere tambm que o lucro desejado seja de R$ 20.000,00.

    Com referncia a essa situao hipottica, assinale a opo correta.

    a) A margem de contribuio unitria de R$ 120.000,00.

    b) Para no haver lucro nem prejuzo, de-vero ser produzidas e vendidas 2.000 unidades.

    c) A receita total no ponto de equilbrio de R$ 210.000,00.

    d) Para que seja alcanado o lucro deseja-do, devero ser produzidas e vendidas 3.500 unidades.

    71. (CESPE SEFAZ-AC 2006)

    No estudo do ponto de equilbrio, relevan-te analisar a margem de segurana.

    Considerando que uma indstria tenha uma capacidade instalada para a produo de 2.500 unidades de determinado produto, que o ponto de equilbrio corresponda a 2.000 unidades e que a margem de contri-buio unitria seja de R$ 100,00, assinale a opo correta.

    a) A margem de segurana da empresa de 25% de sua capacidade de produo.

    b) A empresa apresenta uma margem de segurana de R$ 25,00 por unidade.

    c) A margem de segurana, em termos re-lativos, de 20%.

    d) A empresa pode ter um lucro total de R$ 250.000,00 se utilizar toda a sua ca-pacidade instalada.

    A respeito de custos, julgue o item a seguir.

    72. (CESPE PF 2002)

    Conceitualmente, o ponto de equilbrio de determinado produto atingido quando a margem de contribuio total dele atinge os custos fixos.

    ()Certo()Errado

    componente/conta valor (R$)

    receita bruta de vendas 22.000

    custos e despesas fixas 8.000

    materiais direitos 3.000

    mo-de-obra direta 2.500

    impostos sobre vendas 2.200

    comisso varivel de vendedores 800

    A tabela acima apresenta informaes re-lativas produo e venda de 1.000 uni-dades de um produto. Acerca da anlise

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    custo-volume-lucro dessa produo, julgue o item a seguir.

    73. (CESPE ANATEL 2009)

    A quantidade de produo/venda necess-ria para se atingir o ponto de equilbrio con-tbil menor que 550.

    No que se refere utilizao de sistemas de custos e informaes gerenciais para toma-da de decises e a suas especificidades, jul-gue o item subsecutivo.

    ()Certo()Errado

    74. (CESPE CNJ 2013)

    Quando se utiliza o conceito da margem de contribuio para tomada de deciso, possvel apurar o ponto de lucro esperado. Para apur-lo, necessrio adicionar o valor do lucro-meta da empresa ao numerador da equao do ponto de equilbrio contbil, obtendo-se como resultado a quantidade a ser produzida/vendida para que esse lucro seja alcanado.

    ()Certo()Errado

    A figura abaixo mostra grficos relacionan-do a receita total, bem como os custos total e fixo em funo do volume de produo de uma empresa, previstos para determinado ano. Com essas informaes, a empresa es-tabelece seu oramento e avalia resultados esperados para o ano planejado.

    Considerando as informaes acima apre-sentadas e assumindo que Q1 o volume de produo previsto no ano considerado, julgue o item que se segue.

    75. (CESPE TRT5 2008)

    O ponto de interseo das curvas de recei-ta total e de custo total define o ponto de equilbrio. Nesse ponto, o custo total com-posto apenas pela parcela de custo fixo.

    ()Certo()Errado

    Julgue o item a seguir, a respeito da des-tinao do resultado e do ponto de equil-brio econmico.

    76. (CESPE AFT 2013)

    Atinge-se o ponto de equilbrio econmico quando a soma das margens de contribui-o totaliza o montante indicativo de que no haver lucro nem prejuzo.

    ()Certo()Errado

    Uma indstria que fabrica um nico pro-duto alcanou lucro lquido operacional de R$15.000 ao vender 50.000 unidades desse produto, tendo obtido receita total de R$ 200.000,00. Os custos variveis dessa in-dstria consomem 60% de sua receita.

    Com base nessas informaes, julgue os itens subsequentes, considerando a anli-se custo-volume-lucro.

    77. (CESPE MJ 2013)

    A margem de segurana atual dessa empre-sa superior a 10.000 unidades.

    ()Certo()Errado

    78. (CESPE MJ 2013)

    Se no houver alterao na estrutura de custos ou no preo de venda, um aumento de 2.500 unidades vendidas ocasionar um

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    aumento de R$ 6.000,00 no lucro lquido operacional.

    ()Certo()Errado

    Com relao anlise custo-volume-lucro, julgue o item que se segue.

    79. (CESPE TCE-RO 2013)

    Uma margem de segurana de cem unida-des significa que as vendas de uma empresa podem cair at esse limite, sem que a em-presa apresente prejuzos.

    ()Certo()Errado

    Com relao anlise custo-volume-lucro, julgue o item que se segue.

    80. (CESPE TCE-RO 2013)

    Aumento dos custos fixos e reduo da mar-gem de contribuio unitria so eventos que provocam reduo do ponto de equil-brio.

    ()Certo()Errado

    Acerca dos custos para tomada de decises e dos sistemas de custo e informaes ge-renciais, julgue o item subsectivo.

    81. (CESPE ANTT 2013)

    Considere que o custo fixo de uma pizzaria seja o pagamento de aluguel no valor de R$ 5.000,00, que o custo varivel unitrio da pizza seja de R$ 2,00 e que cada unida-de seja vendida por R$ 10,00. Nesse caso, a pizzaria deve produzir e vender, no mnimo, 645 pizzas, para pagar todos os custos fixos e variveis.

    ()Certo()Errado

    Determinada indstria fabricou e vendeu 10.000 unidades de seu nico produto no ltimo ms. Seus custos variveis unitrios

    foram de R$ 20,00 e os fixos totais soma-ram R$ 132.000,00. Seu preo de venda de R$ 35,00 por unidade.

    Com base nessa situao hipottica, julgue o item subsequente.

    82. (CESPE ANS 2013)

    A margem de segurana da empresa no ms dado foi superior a 1.000 unidades.

    ()Certo()Errado

    Uma empresa vendeu 50.000 unidades de determinado produto, obtendo uma re-ceita total de venda de R$ 2 milhes. Seus custos variveis somaram R$ 1,2 milho e suas despesas fixas totalizam R$ 650 mil.

    Considerando que essas informaes se-jam as nicas relevantes para a realizao da anlise de custo, volume e lucro da em-presa, julgue os itens que se seguem.

    83. (CESPE ANATEL 2014)

    Um aumento de 10% no preo de ven-da, para fazer face a um aumento de R$ 65.000,00 nos custos fixos, mantidos cons-tantes os custos variveis, implicar um ponto de equilbrio de mais de R$ 1,55 mi-lhes.

    ()Certo()Errado

    84. (CESPE ANATEL 2014)

    Para atingir uma meta de lucro de 10%, mantidos constantes o preo de venda uni-trio e os custos fixos e variveis atuais, a empresa dever vender pelo menos 55.000 unidades do referido produto.

    ()Certo()Errado

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    85. (CESPE ANATEL 2014)

    Na situao em tela, a empresa atingir o ponto de equilbrio se vender, pelo menos, R$ 1,7 milho.

    ()Certo()Errado

    No que diz respeito contabilidade geren-cial, julgue o prximo item.

    87. (CESPE ANATEL 2014)

    A anlise de custo-volume-lucro uma fer-ramenta gerencial utilizada para identificar a combinao mais favorvel de custos vari-veis, custos fixos, preo de venda, volume de vendas e mix de venda para o aumento da rentabilidade da empresa

    88. (CESPE PE 2016)

    Determinada indstria fabricante de rotea-dores apresentou o seguinte resultado em abril de 2016, referente venda de 1.000 unidades do produto:

    Vendas R$ 160,000

    (-) custos e despesas variveis R$ 90.000

    (-) custos e despesas fixos R$ 62.000

    lucro lquido R$ 8.000

    A referida indstria tem capacidade instala-da suficiente para produzir 1.500 unidades do roteador. Considerando-se que a admi-nistrao da empresa tenha a inteno de utilizar componentes de melhor qualidade no processo de fabricao do roteador o que dever gerar um aumento de R$ 10 no custo varivel unitrio do produto e que a melhoria da qualidade final do produto eleve a quantidade de unidades vendidas para 1.100 roteadores por ms, sem alterar o seu preo unitrio, correto afirmar que a aceitao da proposta provocar o seguinte efeito:

    a) mesmo que a proposta viesse acompa-nhada de uma reduo de custos e des-pesas fixas no valor de R$ 5.000, no seria recomendvel aceit-la.

    b) o lucro da empresa sofrer uma redu-o de 50%, sendo recomendvel no se adotar a proposta elaborada pela ad-ministrao da empresa.

    c) o aumento da produo deve afetar o valor dos custos e das despesas fixos da empresa.

    d) apesar de a margem de contribuio unitria sofrer uma reduo de R$ 10, a margem de contribuio tot